TEORIA DAS DEFORMAÇÕES - FEC
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS<br />
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL,ARQUITETURA<br />
E URBANISMO<br />
<strong>TEORIA</strong> <strong>DAS</strong> <strong>DEFORMAÇÕES</strong><br />
Departamento de Estruturas<br />
PROF DR. NILSON TADEU MASCIA<br />
CAMPINAS, JANEIRO DE 2006
1. Introdução<br />
II - <strong>TEORIA</strong> <strong>DAS</strong> <strong>DEFORMAÇÕES</strong><br />
A análise das deformações de um corpo sólido iguala-se em importância à análise<br />
de tensões e se constituirá de nosso objeto de estudo nesta segunda parte da teoria das<br />
tensões e deformações.<br />
Para isso será necessária a definição precisa de deformação em primeiro lugar, e das<br />
relações entre tensão e deformação na forma da lei de Hooke generalizada, a seguir.<br />
2. Significado físico de deformação<br />
Um corpo sólido se deforma quando sujeito a mudanças de temperatura ou a ação<br />
de uma carga externa. Por exemplo, num ensaio de corpo de prova de aço, como mostrado<br />
na figura abaixo, ocorre mudança no comprimento do C. P., entre dois pontos A e B. a<br />
carga aplicada é crescente e os pontos A e B são genéricos.<br />
Fig. 1 - Modelo do ensaio de tração
Neste ensaio determina-se a variação do comprimento compreendido entre A e B.<br />
Se 0 é o comprimento inicial e aquele observado sob tensão de tração, o<br />
alongamento da barra vale: ∆ = − 0 .<br />
O alongamento por unidade de comprimento vale:<br />
ε =<br />
d<br />
=<br />
− 0<br />
0<br />
0<br />
Esse alongamento por unidade de comprimento é chamado de deformação linear ou<br />
específica, sendo uma quantidade adimensional, mas usualmente se pode referir a ela por<br />
cm/cm ou mm/mm. Algumas vezes é dada em porcentagem. A quantidade ε é<br />
numericamente bastante pequena. Se se considerar a variação do comprimento da peça a<br />
expressão anterior ficaria:<br />
ε<br />
=<br />
0<br />
d<br />
=<br />
]<br />
ln 0<br />
Além da deformação linear descrita acima, um corpo em geral pode se deformar<br />
linearmente em outras duas direções. Analiticamente as direções são ortogonais entre si e<br />
relacionadas nos eixos x, y, z. Assim um corpo pode se deformar como na figura abaixo.<br />
0<br />
=<br />
ln<br />
Fig. 2 - Deformações tangenciais<br />
0
Tais deformações causam uma mudança nos ângulos inicialmente retos, entre linhas<br />
imaginárias do corpo e essa alteração angular é definida por deformação cisalhante ou<br />
deformação tangencial.<br />
3. Definição matemática de deformação<br />
As deformações variam de ponto a ponto a ponto num elemento estrutural<br />
infinitesimal (continuidade do material). Para esclarecimento das deformações, via<br />
definição matemática, toma-se um elemento infinitesimal (AB), como mostra a figura:<br />
Fig. 3 - Deslocamento e deformação<br />
Os pontos A e B passam para A’ e B’ respectivamente. Durante a deformação, o<br />
ponto A sofre um deslocamento u. o deslocamento do ponto B é u + ∆u<br />
, pois, além de u<br />
comum a todo elemento ∆ x , ocorre o alongamento ∆u no elemento. Assim, a definição de<br />
deformação linear é:<br />
ε<br />
=<br />
Lim u − ∆u<br />
+ u<br />
∆x<br />
→ 0 ∆x<br />
=<br />
Lim ∆u<br />
∆x<br />
→ 0 ∆x<br />
Se um corpo sofre deformação em direções ortogonais, como mostra a figura para o<br />
caso bidimensional,<br />
=<br />
du<br />
dx
Fig. 4 - Deslocamento e deformação. Caso plano<br />
As deformações decorrentes podem ser indicadas por meio de índices. Pela mesma<br />
razão é necessário mudarem-se as derivadas ordinárias para parciais. Dessa forma, se em<br />
um ponto de um corpo os componentes de deslocamento nas direções x e y (caso<br />
bidimensional) forem u e v, as deformações lineares são:<br />
ε<br />
ε<br />
x<br />
y<br />
=<br />
=<br />
∂u<br />
u + dx − u<br />
∂x<br />
dx<br />
∂v<br />
v + dx − v<br />
∂y<br />
dy<br />
No caso tridimensional acrescenta-se:<br />
deslocamento na direção z.<br />
ε z =<br />
∂w<br />
, onde w representa o<br />
∂z<br />
O sinal positivo se aplica aos alongamentos e o negativo aos encurtamentos.<br />
Além da deformação linear, um elemento pode sofrer uma deformação angular<br />
(transversal), como mostrado na figura abaixo, em relação ao plano x-y:<br />
=<br />
=<br />
∂u<br />
∂x<br />
∂v<br />
∂y
Fig. 5 - Deformações tangenciais. Caso plano.<br />
Esta deformação inclina os lados do elemento deformado em relação aos eixos x e<br />
y. como v é o deslocamento na direção y, na direção x tem-se que a inclinação do lado PQ<br />
∂ v<br />
inicialmente horizontal é .<br />
∂x<br />
__________________<br />
Obs.: Num elemento do quadrado PRSQ<br />
dx = ds cosθ<br />
dy = ds senθ
Fig. 6 - Deformações tangenciais. Análise de γ.<br />
e num elemento do quadrado deformado P’R’S’Q’ vem:<br />
Sendo γxy muito pequeno vem:<br />
Fig. 7 - Deformações tangenciais. Análise de γ.<br />
cos(π/2 + γxy) = -senγxy ≈ -γxy = γ1 + γ2<br />
_______________________<br />
Analogamente, o lado vertical gira de um ângulo ∂ u / ∂y<br />
, como conseqüência o<br />
ângulo reto PRQ reduz de<br />
∂v<br />
∂u<br />
+ = γ 1 + γ 2 = γ xy<br />
∂x<br />
∂y<br />
valendo estas considerações para pequenas variações dos ângulos 1<br />
ter:<br />
γ e 2<br />
γ , donde se pode
tg γ 1 ≈ sen γ 1 ≈ γ 1 , valendo também para γ 2 .<br />
O sinal positivo para a deformação angular se aplica quando é deformado segundo a<br />
figura desenhada anteriormente, e pode-se relacionar com os τ xy positivos na convenção de<br />
sinais adotada anteriormente.<br />
Para os planos xz e yz as definições são semelhantes, portanto:<br />
________________________<br />
∂w<br />
∂u<br />
+<br />
∂x<br />
∂z<br />
∂w<br />
∂v<br />
+<br />
∂y<br />
∂z<br />
=<br />
=<br />
γ =<br />
zx<br />
γ =<br />
Obs.: Uma importante observação a respeito das relações deslocamento/deformação é que as deformações,<br />
em numero de seis, dependem de três deslocamentos. Assim as equações não são independentes, necessitando<br />
de equações de compatibilidade para solução do problema.<br />
a) CASO TRIDIMENSIONAL<br />
b) CASO PLANO<br />
Deform. ε x,<br />
ε y,<br />
ε z,<br />
γ xy,<br />
γ xz , γ yz Desloc. u, v, w<br />
b.1) CASO PLANO DE TENSOES<br />
Deform. ε x,<br />
ε y , ε z , γ xy Desloc. u, v, w<br />
b.2) CASO PLANO DE DEFORMAÇOES<br />
Deform. ε x,<br />
ε y,<br />
γ xy Desloc. u, v<br />
__________________________<br />
yz<br />
γ<br />
γ<br />
xy<br />
zy
4. Deformação Elástica<br />
Lei de Hooke<br />
Suponhamos que o corpo ou sólido a ser estudado siga a lei de Hooke e seja de<br />
material isótropo.<br />
Define-se isotropia a propriedade de um material ter o mesmo comportamento<br />
elástico em qualquer direção.<br />
A lei de Hooke é aplicada com as seguintes considerações:<br />
a) Se em todos os pontos de um sólido atua a mesma tensão σ de direção<br />
constante, um comprimento na direção de σ, sofre um alongamento:<br />
σ ⋅<br />
∆ =<br />
E<br />
b) Na direção normal à tensão σ no comprimento t, ocorre um encurtamento:<br />
ν ⋅t<br />
⋅σ<br />
∆ t = −<br />
E<br />
Esquematicamente:<br />
Fig.8 - Alongamento e contração na tração.
se:<br />
tem-se:<br />
Fazendo-se:<br />
Como:<br />
∆<br />
=<br />
σ<br />
E<br />
∆<br />
e<br />
=<br />
ε<br />
ν<br />
∆t<br />
σ<br />
− = e igualando-se as expressões tem-<br />
ν ⋅ t E<br />
∆<br />
ε y<br />
=<br />
∆t<br />
−<br />
ν ⋅ t<br />
∆t<br />
e = ε x ,<br />
t<br />
x ε y = −<br />
ν = −<br />
Sendo ν chamado de coeficiente de Poisson e genericamente representado por:<br />
ε x<br />
ε<br />
ε i deformação lateral ( −)<br />
ν ij = − =<br />
,<br />
ε j deformação axial ( + )<br />
com ν variando entre 0 e 0,5 como veremos mais tarde.<br />
É interessante notar que há, até agora, duas constantes de isotropia, E e ν, válidas<br />
para x, y e z.<br />
Considerando-se agora um elemento tridimensional solicitado segundo as direções<br />
principais:<br />
a) Aplicando-se apenas a tensão σ1:<br />
∆<br />
1<br />
'<br />
=<br />
1<br />
E<br />
σ<br />
1<br />
,<br />
∆<br />
2<br />
'<br />
=<br />
ν<br />
−<br />
2<br />
E<br />
σ<br />
1<br />
,<br />
∆<br />
y<br />
3<br />
'<br />
=<br />
ν<br />
−<br />
3<br />
E<br />
σ<br />
1
∆<br />
∆<br />
Fig. 9 - Lei de Hooke. Caso tridimensional.<br />
b) Aplicando-se apenas a tensão σ2:<br />
1<br />
'<br />
=<br />
ν<br />
−<br />
1<br />
E<br />
σ<br />
2<br />
,<br />
∆<br />
2<br />
'<br />
c) Aplicando-se apenas a tensão σ2:<br />
1<br />
'<br />
=<br />
ν<br />
−<br />
1<br />
E<br />
σ<br />
3<br />
,<br />
∆<br />
2<br />
'<br />
=<br />
=<br />
2<br />
E<br />
ν<br />
−<br />
Juntando-se ∆ 1 para os três casos tem-se:<br />
∆<br />
1<br />
'+<br />
∆<br />
1<br />
' +<br />
(superposição de efeitos)<br />
→<br />
∆<br />
'<br />
+<br />
∆<br />
1<br />
∆<br />
'<br />
=<br />
'<br />
+<br />
∆<br />
1<br />
E<br />
'<br />
σ<br />
1<br />
σ<br />
2<br />
2<br />
E<br />
,<br />
ν<br />
−<br />
σ<br />
1<br />
E<br />
3<br />
1<br />
,<br />
E<br />
∆<br />
σ<br />
2<br />
3<br />
'<br />
∆<br />
=<br />
3<br />
ν<br />
−<br />
'<br />
ν<br />
−<br />
1<br />
E<br />
=<br />
σ<br />
[ σ −ν<br />
( σ + ) ]<br />
1 1<br />
1 =<br />
1 2 σ 3<br />
1<br />
1<br />
1<br />
∴<br />
1<br />
ε 1 = 1 2 +<br />
E<br />
[ σ −ν<br />
( σ σ ) ]<br />
3<br />
3<br />
3<br />
E<br />
3<br />
σ<br />
E<br />
2<br />
σ<br />
3
analogamente para ∆ 2 e ∆ 3 tem-se:<br />
Cisalhamento puro<br />
1<br />
ε 2 = 2 1 +<br />
E<br />
[ σ −ν<br />
( σ σ ) ]<br />
1<br />
ε 3 = 3 1 +<br />
E<br />
[ σ −ν<br />
( σ σ ) ]<br />
Considerando-se o cisalhamento puro caracterizado por:<br />
σ<br />
1<br />
=<br />
σ<br />
2<br />
−σ<br />
=<br />
3<br />
0<br />
=<br />
σ<br />
A figura abaixo mostra uma chapa com este estado de tensão e o respectivo círculo<br />
de Mohr.<br />
Fig. 10 - Cisalhamento puro.<br />
O alongamento específico na direção da tração seria:<br />
ε<br />
=<br />
1<br />
E<br />
[ σ −νσ<br />
] = σ<br />
1<br />
2<br />
3<br />
2<br />
1+<br />
ν<br />
E
Tomando-se agora um elemento quadrático 1-2-3-4 cujas faces formam um ângulo<br />
de 45º com as direções principais (tração e compressão), tem-se que a tensão normal nestas<br />
faces é nula, atuando apenas uma tensão cisalhante τ, cujo valor é σ, como mostra o círculo<br />
de Mohr. A diagonal , horizontal, sofrerá um alongamento tal que:<br />
∆<br />
=<br />
ε<br />
=<br />
1+<br />
ν<br />
+ ν<br />
σ , pois ε = σ<br />
E<br />
E<br />
1<br />
.<br />
Fig. 11 - Distorção do elemento<br />
E a diagonal vertical encurtará do mesmo valor.<br />
Deste modo o quadrado 1-2-3-4 torna-se um losango.<br />
Na figura a seguir os desenhos do quadro e do losango são repetidos mas com os<br />
pontos 1 e 2 fixos.
Fig. 12 - Distorção do elemento.<br />
Assim, é verificado que a deformação se resume numa variação do ângulo reto, ou<br />
seja, a distorção (variação do ângulo reto) vale, para pequenas deformações:<br />
________________________________<br />
∆ 2 ∆<br />
γ ≈ tg γ ≈ = 2 = 2ε<br />
/ 2<br />
γ<br />
=<br />
1+<br />
ν<br />
2 σ<br />
E<br />
OBS.: Esta demonstração baseia-se no fato de ∆ ser “bastante” pequeno em relação a e também E ser<br />
“bastante” grande, como aliás o é nos materiais usuais.<br />
________________________________<br />
Isolando-se o elemento 1− 2 − 3 − 4 pode-se concluir que as tensões τ, iguais em<br />
módulo às tensões principais ±σ, causaram a variação do ângulo reto. Vale portanto a<br />
relação (como visto em torção):<br />
τ<br />
γ =<br />
γ =<br />
G<br />
σ<br />
G
G<br />
=<br />
( 1+<br />
ν )<br />
Esta relação vincula os três parâmetros elásticos para materiais isotrópicos: E, G, ν;<br />
sendo, dos três, apenas dois independentes.<br />
Lei de Hooke generalizada<br />
Pode-se chegar, agora, ao nível de se indicar a lei de Hooke para um elemento<br />
solicitado pelas tensões:<br />
2<br />
E<br />
σx, σy, σz, τxy, τxz, τyz<br />
Portanto, considerando-se o carácter linear das relações entre tensão e deformação,<br />
que permite uma superposição de efeitos, tem-se a lei de Hooke generalizada:<br />
[ σ −ν<br />
( σ + σ ) ]<br />
ε x =<br />
1<br />
E<br />
x y z ; γ xy =<br />
ε y =<br />
1 [ σ y −ν<br />
( σ x + σ z ) ] ;<br />
E<br />
γ xz =<br />
ε z =<br />
1 [ σ z −ν<br />
( σ x + σ y ) ] ;<br />
E<br />
γ yz =<br />
Os componentes de deformação (σx, σy, σz, τxy, τxz, τyz) definem o estado de<br />
deformação, similar ao estado de tensão (este tridimensional).<br />
Análise do coeficiente de Poisson<br />
É interessante a análise do coeficiente de Poisson no sentido de quantificá-lo<br />
numericamente e com isso também quantificar o valor de G função de E e ν, ou tendo G e ν<br />
determinar E, sendo a primeira situação a mais prática.<br />
Imaginando para este fim um corpo cilíndrico de material isótropo carregado nas<br />
bases com pressão P e lateralmente com p1, como mostra a figura:<br />
τ<br />
xy<br />
G<br />
τ xz<br />
G<br />
τ<br />
yz<br />
G
Estado de tensão<br />
σ1 = -P<br />
σ2 = σ3 = -p1<br />
Fig. 13 - Pressão num sólido.<br />
A direção longitudinal é uma das principais e qualquer uma das direções<br />
transversais pode ser também principal (a forma da seção transversal não influi).<br />
Escolhemos agora a relação entre p1 e P de tal modo que a deformação elástica consista<br />
apenas numa variação dos comprimentos longitudinais sem variação da área da seção.<br />
Tem-se um estado linear de deformação caracterizada por:<br />
_________________________________<br />
ε1 ≠ 0, ε2 = ε3<br />
Obs.: No estado linear de tensão tem-se σ1 ≠ 0, σ2 = σ3 = 0<br />
_________________________________<br />
Assim, com σ1 = -P, σ2 = σ3 = p1<br />
ε<br />
2<br />
=<br />
1<br />
ν<br />
− 1 1<br />
1<br />
E 1−ν<br />
[ p −ν<br />
( p + P)<br />
] = 0 p = P
E, para ε3 = 0, chegaria-se à mesma relação de pressões.<br />
Fazendo-se:<br />
ε<br />
ε<br />
1<br />
1<br />
=<br />
=<br />
∆<br />
=<br />
P<br />
−<br />
E<br />
ν<br />
1−<br />
2ν<br />
1−ν<br />
P 2(<br />
0,<br />
5 −ν<br />
)( 1+<br />
ν )<br />
−<br />
E 1−ν<br />
O encurtamento específico ε1 exprime a “variação” de volume porque a seção não<br />
varia. Desta equação resulta: ν < 0,5, pois caso contrário as pressões P e p1 produziriam<br />
aumento de volume, o que não é possível.<br />
Da equação p1<br />
=<br />
ν<br />
P conclui-se que:<br />
1−ν<br />
ν ≥ 0,<br />
pois se ν < 0 significaria que tendência da pressão longitudinal P de aumentar a área deve<br />
ser combatida por uma tração transversal, que é compatível com a hipótese do problema em<br />
estudo.<br />
Há, portanto, os limites teóricos para o coeficiente de Poisson:<br />
Por curiosidade, para o aço, ν ≈ 0,3.<br />
0 < ν < 0,5<br />
Vale ressaltar que estas deduções servem apenas para materiais isótropos.<br />
Pode-se então analisar a relação:<br />
G<br />
=<br />
E<br />
2( 1+<br />
ν )<br />
Se: ν = 0,<br />
5 G =<br />
E<br />
2(<br />
1+<br />
0,<br />
5)<br />
G =<br />
E<br />
3<br />
Conclusão: G < E Aço: G ≈ 8.000 KN/cm 2 , E = 21.000 KN/cm 2 .<br />
4.5. Dilatação; módulo volumétrico.<br />
Considerando-se os lados de um elemento infinitesimal dx, dy, dz. Após a<br />
deformação os lados ficam:
Faz-se:<br />
(1+εx)dx; (1+εy)dy; (1+εz)dz<br />
Tomando-se agora o volume antes da deformação e depois da deformação tem-se:<br />
dV = dx dy dz<br />
dV = ∆dV = (1+εx)dx(1+εy)dy (1+εz)dz<br />
dV + ∆dV – dV = (1+εx)dx(1+εy)dy (1+εz)dz - dx dy dz<br />
∆dV ≈ (εx + εy + εz) dx dy dz<br />
onde foram desprezados os produtos de deformação εxεy, εxεz, εyεz, εxεyεz, pois são muito<br />
pequenos.<br />
A variação de volume é freqüentemente denominada de DILATAÇÃO, e pode ser<br />
escrita por:<br />
e = εx + εy + εz = ε1 + ε2 + ε3<br />
sendo e um invariante de deformação.<br />
No caso plano: e = εx + εy = ε1 + ε2<br />
Observa-se, neste momento, que as deformações angulares (γ) não causam variação<br />
de volume.<br />
Com base na lei de Hooke generalizada, a dilatação pode ser expressa em termos<br />
das tensões e das constantes do material.<br />
Assim:<br />
e = εx + εy + εz<br />
1<br />
1<br />
[ σ −ν<br />
( σ + σ ) ] + [ σ −ν<br />
( σ + σ ) ] + [ σ −ν<br />
( σ + ) ]<br />
1<br />
e =<br />
x y z<br />
y x z<br />
z x σ y<br />
E<br />
E<br />
E<br />
Daí tira-se que:<br />
( σ + σ + )<br />
1−<br />
2ν<br />
e =<br />
x y σ z<br />
E<br />
e é proporcional a ( σ + σ + σ ) , que é também invariante (de tensões).<br />
Portanto:<br />
x<br />
y<br />
e<br />
z<br />
=<br />
1−<br />
2ν<br />
Θ<br />
E
sendo Θ = ( σ + σ + σ ) .<br />
x<br />
y<br />
z<br />
No caso de um corpo elástico submetido a uma pressão hidrostática de intensidade<br />
p, tem-se<br />
σ = σ = σ<br />
x<br />
y<br />
z<br />
=<br />
− p<br />
1−<br />
2ν<br />
Daí: Θ = - p em e = Θ<br />
E<br />
Fazendo-se<br />
−<br />
p<br />
e<br />
=<br />
K<br />
=<br />
e<br />
=<br />
fica:<br />
E<br />
3( 1−<br />
2ν<br />
)<br />
1 2ν<br />
3 p<br />
E<br />
−<br />
−<br />
A quantidade K é chamada de módulo de compressão ou módulo volumétrico, e<br />
representa a relação entre compressão hidrostática e a variação de volume.<br />
6. Deformação no estado plano de tensão<br />
Considerando um estado plano de tensões definido por:<br />
e esquematicamente por:<br />
σ ,<br />
x<br />
σ ,<br />
z<br />
σ ,<br />
τ<br />
y<br />
xz<br />
,<br />
τ<br />
τ<br />
xy<br />
yz<br />
,<br />
≠<br />
=<br />
0<br />
0
Fig. 14 - Estado de deformação.<br />
E as expressões da lei de Hooke ficam:<br />
ε<br />
ε<br />
ε<br />
x<br />
y<br />
z<br />
=<br />
=<br />
=<br />
1<br />
( σ x −νσ<br />
y )<br />
E<br />
1<br />
( σ y −νσ<br />
x)<br />
E<br />
ν<br />
− ( σ x + σ y)<br />
E<br />
τ xy<br />
γ xy = com<br />
G<br />
____________________<br />
G<br />
=<br />
ε , ε , ε , γ ≠<br />
x<br />
E<br />
2( 1+<br />
ν )<br />
Observação importante: no caso plano de deformação existe uma tensão σz ≠ 0 o que implica um estado de<br />
tensão triaxial.<br />
____________________<br />
No caso plano de deformação tem-se:<br />
y<br />
z<br />
xy<br />
0
E as expressões da lei de Hooke ficam:<br />
ε<br />
ε<br />
ε<br />
x<br />
y<br />
z<br />
=<br />
=<br />
=<br />
ε ,<br />
x<br />
ε ,<br />
z<br />
ε ,<br />
y<br />
γ ,<br />
xz<br />
γ<br />
xy<br />
γ<br />
1<br />
[ σ x −ν<br />
( σ y −σ<br />
z )]<br />
E<br />
1<br />
[ σ y −ν<br />
( σ x + σ z )]<br />
E<br />
1<br />
[ σ z −ν<br />
( σ x + σ y)]<br />
E<br />
τ xy<br />
γ xy = com<br />
G<br />
yz<br />
≠<br />
=<br />
0<br />
0<br />
σ<br />
z<br />
=<br />
E<br />
2( 1+<br />
ν )<br />
ν ( σ + σ )<br />
6.1 Equações para a transformação de deformação plana (tem desenvolvimento<br />
análogo ao de tensão).<br />
G<br />
Fig. 15 - Estado de tensão.<br />
Então sendo conhecidas as tensões σx, σy e τxy, deseja-se conhecer as deformações<br />
εx, εy e γxy. Assim:<br />
=<br />
x<br />
y
ε<br />
ε<br />
ε<br />
γ<br />
x<br />
z<br />
y<br />
xy<br />
=<br />
1<br />
( σ x −νσ<br />
y )<br />
E<br />
σ z = 0<br />
=<br />
1<br />
( σ y −νσ<br />
x )<br />
E<br />
σ z = 0<br />
=<br />
ν<br />
− ( σ x + σ y )<br />
E<br />
σ z = 0<br />
=<br />
τ xy<br />
G<br />
Deseja-se, também, conhecer as deformações em um plano girado dθ (anti-horário).<br />
Para rotações de tensões tem-se:<br />
2<br />
2<br />
σ x = σ cos θ + σ sen θ + τ sen 2θ<br />
x<br />
Para β = θ + 90º tem-se:<br />
2<br />
2<br />
σ y = σ sen θ + σ cos θ − τ sen 2θ<br />
x<br />
Para as deformações tem-se:<br />
y<br />
y<br />
- Tomando-se um elemento dx, dy que se deforma tem-se:<br />
Para as direções x e y tem-se:<br />
xy<br />
xy<br />
Fig. 16 - Deformação no elemento.
E as deformações ficam:<br />
Fig. 17 - Deformação no elemento.<br />
ε x<br />
ε y<br />
ε x<br />
γ<br />
xy<br />
1<br />
= ( σ x −νσ<br />
y )<br />
E<br />
1<br />
= ( σ y −ν<br />
σ x )<br />
E<br />
ν<br />
= − ( σ x + σ y )<br />
E<br />
τ xy<br />
=<br />
G<br />
Substituindo-se na equação de ε x os termos de σ x e σ y resulta-se:<br />
ε<br />
ε<br />
2<br />
=<br />
ε + ε<br />
2<br />
±<br />
2 ( ε − ε ) ( γ )<br />
1 x y<br />
x y xy<br />
e as deformações tangenciais nestes planos são nulas.<br />
A deformação máxima de cisalhamento ocorre nos planos a 45º com os planos<br />
principais e vale:<br />
2<br />
+<br />
2 ( ε − ε ) ( γ )<br />
1<br />
x y<br />
γ max =<br />
+<br />
2<br />
2<br />
xy<br />
2<br />
2<br />
2<br />
2
Círculo de Mohr para deformação<br />
Analogamente ao estado de tensão obtém-se:<br />
__________________________<br />
E como observações há:<br />
Fig. 18 - círculo de Mohr.<br />
a) A deformação linear máxima é ε1 e mínima é ε2. Essas são as deformações principais e nenhuma<br />
deformação angular (γ) está associada a elas. As direções das deformações principais coincidem com<br />
as das tensões principais.<br />
b) A maior deformação angular é γmax e vale o raio do círculo de Mohr. Assim:<br />
R<br />
=<br />
γ<br />
max<br />
=<br />
ε1<br />
− ε 2<br />
2<br />
c) A soma das deformações lineares em quaisquer duas direções mutuamente perpendiculares é<br />
invariante:<br />
εx + εy = ε1 + ε2 = constante
d) Nos planos em que as deformações angulares (cisalhantes) são máximas, as deformações normais<br />
(lineares) são:<br />
ε 1 + ε 2<br />
2<br />
e) O ponto P do círculo funciona como pólo e o círculo de Mohr é traçado analogamente ao das<br />
tensões. E, finalmente, pode-se fazer a seguinte analogia entre tensão e deformação:<br />
____________________________<br />
7.<br />
Solução:<br />
Exercício nº 1<br />
Tensões Deformações<br />
σx<br />
σy<br />
τxy<br />
σ x<br />
σ y<br />
τ xy<br />
εx<br />
εy<br />
1/2γxy<br />
ε x<br />
ε y<br />
1/2γ xy<br />
Um elemento de um sólido se contrai de 5x10 -4 mm/mm, ao longo do eixo x, e se<br />
alonga de 3x10 -4 na direção de y e se distorce de um ângulo de 6x10 -2 rad, como<br />
mostra a figura. Determinar as deformações principais e as direções nas quais<br />
elas atuam. Utilizar o circulo de Mohr para a solução do problema.
Fig. 19 - Estado de deformação.<br />
Fig. 20 - Círculo de Mohr
Solução:<br />
Exercício nº 2<br />
Sendo εa = 200 x 10 -6 e εb = 300 x 10 -6 deformações nas direções a e b<br />
respectivamente d um certo ponto numa chapa.<br />
Sabendo-se que εa é a deformação e vale ε2, determine as tensões e as<br />
deformações para o ponto indicado.<br />
Dados: E = 20.000 KN/cm 2 , ν = 0,3.<br />
Fig. 21 - Estado de deformação.
εb = εy = 300 x 10 -6<br />
εa = ε2 = ε x = 200 x 10 -6<br />
Fig. 22 - Estado de deformação.<br />
O cálculo de σx, σy, e τxy deverá ser feito pela lei de Hooke. Assim:<br />
1<br />
20.<br />
000<br />
εb = εy = 300 x 10 -6 = [ σ y − 0,<br />
3σ<br />
x ]<br />
σy = 0,3 σx = 6 ......(I)<br />
εa = ε x = 200 x 10 -6 =<br />
−2<br />
( ε x + 300×<br />
10 )<br />
−6<br />
( ε x − 300 × 10 )<br />
γ xy<br />
2<br />
+<br />
2<br />
cos( 2<br />
εx + 1.732γxy = -100 x 10 -6 ................(A)<br />
×<br />
60º<br />
)<br />
+<br />
2<br />
sen( 2<br />
×<br />
60º<br />
)<br />
Como a direção principal é obtida por rotação de 60º do eixo x-x tem-se:
γ xy<br />
tg(<br />
2×<br />
60º<br />
) =<br />
= −1,<br />
732<br />
−6<br />
ε − 300×<br />
10<br />
− xy<br />
x<br />
−6<br />
ε x − 0,<br />
577γ<br />
= − 300 × 10 .................... (B)<br />
De (A) e (B) obtém-se:<br />
εx = 500x10 -6<br />
γxy = -346x10 -6<br />
Com isto<br />
τxy = γxyG =<br />
τxy = -2,7 kN/cm 2<br />
E:<br />
εx =<br />
σ x − 0 , 3σ<br />
y =<br />
De (I) e (II):<br />
E<br />
γ xy<br />
2(<br />
1+<br />
ν )<br />
=<br />
( −346×<br />
10<br />
−6<br />
)<br />
20.<br />
000<br />
2(<br />
1<br />
+<br />
0,<br />
3)<br />
1 1<br />
−<br />
[ σ x −νσ y ] = [ σ x − 0,<br />
3σ<br />
y ] = 500×<br />
10<br />
ε<br />
20.<br />
000<br />
10<br />
E o estado de tensão<br />
σx = 13,0 KN/cm 2<br />
σy = 9,9 KN/cm 2<br />
6
__________________<br />
Fig. 23 - Estado de tensão.<br />
Observação: Pode-se resolver este problema por rotação de eixo. Assim se<br />
ε<br />
σ<br />
σ<br />
x<br />
x<br />
y<br />
=<br />
=<br />
=<br />
1<br />
[ σ x −νσ<br />
y ]<br />
E<br />
...<br />
...<br />
Obtêm-se condições básicas para solução.<br />
_________________<br />
Exercício nº 3<br />
Para o tubo de parede fina são dados:<br />
εaa = 1,40x10 -4<br />
εbb = 4,80x10 -4<br />
E = 21.000 kN/cm 2<br />
ν = 0,3
Solução:<br />
Determinar F e T<br />
Fig. 24 - Tubo de parede fina.<br />
Fig. 25 - Tubo de parede fina.
ε<br />
bb<br />
=<br />
ε<br />
ε<br />
ε<br />
a) Cálculo das tensões e deformações<br />
Assim:<br />
aa<br />
bb<br />
O tubo segundo sua vinculação estará sujeito pelos esforços T e F e em qualquer d<br />
seus pontos de uma seção transversal ao estado de tensão acima.<br />
=<br />
=<br />
ε<br />
y<br />
ε<br />
x<br />
=<br />
=<br />
−1,<br />
4 × 10<br />
4,<br />
8×<br />
10<br />
−4<br />
−4<br />
Sendo σy e σz nulos pode-se obter por meio da expressão de εy o valor de σx.<br />
Daí:<br />
E:<br />
x<br />
E:<br />
=<br />
48×<br />
10<br />
ε<br />
x<br />
ε<br />
y<br />
=<br />
−1,<br />
4×<br />
10<br />
−4<br />
=<br />
1<br />
[ 0<br />
21000<br />
σ = 9,<br />
8 KN/cm 2<br />
x<br />
− 0,<br />
3(<br />
σ + 0)]<br />
1 1<br />
−<br />
= σ x ε x = [ 9,<br />
8]<br />
= − 4,<br />
67 × 10<br />
E<br />
21000<br />
4,<br />
67 × 10<br />
−1,<br />
4×<br />
10<br />
2<br />
4,<br />
67 × 10<br />
x<br />
−1,<br />
4×<br />
10<br />
2<br />
−4<br />
−4<br />
−4<br />
−4<br />
−4 xy<br />
=<br />
γ xy<br />
=<br />
+<br />
6,<br />
33×<br />
10<br />
−4<br />
4<br />
cos( 2×<br />
45º<br />
)<br />
E<br />
−4<br />
21.<br />
000<br />
τ xy = σ xy ⋅G<br />
= γ xy = = ( 6,<br />
33×<br />
10 ) × = 5,<br />
1 KN/cm<br />
2(<br />
1+<br />
ν )<br />
2(<br />
1+<br />
0,<br />
3)<br />
2<br />
+<br />
γ<br />
2<br />
sen( 2<br />
×<br />
45º<br />
)
) Cálculo dos esforços T e F<br />
b1) Momento torçor T<br />
Em tubos de parede fina tem-se:<br />
∴<br />
T<br />
=<br />
b2) Espaço normal F<br />
2<br />
π ⋅ dm<br />
⋅t<br />
τ xy ⋅<br />
2<br />
σ<br />
F<br />
c) Sentidos dos esforços<br />
=<br />
=<br />
F<br />
A<br />
=<br />
τ<br />
xy<br />
σ ⋅π<br />
⋅ d ⋅ t<br />
Sendo σ x e γ xy positivos tem-se:<br />
x<br />
x<br />
2T<br />
π ⋅ d ⋅t<br />
= 2<br />
m<br />
5,<br />
1⋅<br />
π ⋅10<br />
2<br />
F<br />
=<br />
=<br />
2<br />
σ ⋅ A<br />
∴ F = 61,<br />
6 KN<br />
x<br />
⋅ 0,<br />
2<br />
=<br />
9, 8⋅<br />
π ⋅ 0,<br />
10 ⋅ 0,<br />
2<br />
Fig. 26 - Tubo de parede fina. Esforços.<br />
160 KN. cm
8. Medidas de deformação. Rosetas.<br />
Extensômetros elétricos de resistência são pequenos instrumentos de uso comum<br />
em laboratórios quando se deseja medir deformações. Fazendo-se composições com os<br />
extensômetros pode-se chegar a um conjunto chamado roseta.<br />
Na figura a seguir são apresentados dois tipos de rosetas. Uma denominada de<br />
retangular e a outra de delta.<br />
Fig. 27 - Composições com os extensômetros.<br />
Formulários: se conhecidos θ1 , θ2 e θ3, e<br />
εy e γxy pelas expressões:<br />
ε<br />
ε<br />
ε<br />
θ<br />
θ<br />
θ<br />
1<br />
2<br />
3<br />
=<br />
=<br />
=<br />
1<br />
2<br />
3<br />
1<br />
1 2<br />
, εθ εθ<br />
e θ3<br />
2<br />
2<br />
ε cos θ + ε sen θ + γ cosθ<br />
senθ<br />
x<br />
2<br />
2<br />
ε cos θ + ε sen θ + γ cosθ<br />
senθ<br />
x<br />
2<br />
2<br />
ε cos θ + ε sen θ + γ cosθ<br />
senθ<br />
x<br />
y<br />
y<br />
y<br />
2<br />
3<br />
xy<br />
xy<br />
xy<br />
1<br />
2<br />
3<br />
ε , podem-se obter εx,<br />
Se θ1 = 0º, θ2 = 45º, θ3 = 90º Roseta retangular<br />
ε ε γ<br />
x y xy<br />
εx = ε0º ; εy = ε90º ; ε45º = + +<br />
2 2 2<br />
∴ γ xy = 2ε<br />
45º<br />
− ( ε 90º<br />
+ ε 0º<br />
)<br />
Se θ1 = 0º, θ2 = 60º, θ3 = 120º Roseta delta<br />
1<br />
3<br />
2
εx = ε0º ; εy = (2ε60º + 2ε120º - ε0º)/3; γ = 2 / 3)(<br />
ε − ε )<br />
xy<br />
( 60º<br />
120º<br />
A aplicação da técnica das rosetas em problemas experimentais de análise de tensão<br />
é quase rotineiro.<br />
Exemplo:<br />
Se εa = 150×10 -6 , εb = 300×10 -6 e εc = 150×10 -6 são deformações em x, y e a<br />
distorção γxy .<br />
Fig. 28 - Exemplo. Extensômetros.<br />
Solução: Aplicando-se a expressão da roseta retangular obtém-se?<br />
εx = ε0º = εa = 150×10 -6<br />
εy = ε90º = εc = 150×10 -6<br />
ε 45º<br />
= ε b =<br />
ε ε x y γ xy<br />
+ +<br />
2 2 2<br />
γ = 0<br />
xy<br />
ou γ xy = 2ε45º - (ε0º - ε90º)<br />
γ xy = 0
Bibliografia.<br />
FEODOSIEV, V. I. Resistencia de Materiales. Moscu: Editora Mir, 1980, 583p.<br />
POPOV, E. G. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Editora Edgar<br />
Blucher Ltda, 1978, 543p.<br />
SCHIEL, F. Introdução à Resistência dos Materiais. São Paulo: Harpet & Row do<br />
Brasil, 1984, 395p.<br />
Nilson Tadeu Mascia