16.10.2013 Views

31/12/2012 – CDI: Resumo de limites.

Antiga tabela básica de limites agora atualizada para um resumo dos conceitos notáveis e regras gerais (listagem dos teoremas de limites) necessários no estudo de limites, uma peça fundamental e complicada no curso de Cálculo Diferencial e Integral.

Antiga tabela básica de limites agora atualizada para um resumo dos conceitos notáveis e regras gerais (listagem dos teoremas de limites) necessários no estudo de limites, uma peça fundamental e complicada no curso de Cálculo Diferencial e Integral.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>31</strong>/<strong>12</strong>/20<strong>12</strong> – <strong>CDI</strong>: <strong>Resumo</strong> <strong>de</strong> <strong>limites</strong>.<br />

Tags: <strong>Resumo</strong>, manual, guia, informal tabelado para <strong>de</strong>finições, Limites notáveis, proprieda<strong>de</strong>s e regras gerais, com <strong>de</strong>monstrações.<br />

GUIDG.COM 1<br />

I – Esse estudo requer um entendimento <strong>de</strong> vários conceitos <strong>de</strong> matemática. Trata-se <strong>de</strong> um guia <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s<br />

com <strong>de</strong>monstrações, não serve como material didático completo.<br />

II – Se houver dúvidas quanto aos significados dos símbolos consulte “Notação Matemática” no arquivo do site.<br />

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................................2<br />

1.1 Limites laterais ............................................................................................................................................................2<br />

1.2 Teorema da Unicida<strong>de</strong> ................................................................................................................................................3<br />

2 LIMITES, DEFINIÇÃO ....................................................................................................................................................3<br />

2.1 Limites no infinito.......................................................................................................................................................3<br />

2.2 Limites infinitos ..........................................................................................................................................................4<br />

2.3 Limites infinitos no infinito.........................................................................................................................................4<br />

2.4 Limites no infinito, Teorema auxiliar I .......................................................................................................................4<br />

2.5 Limites infinitos, Teorema auxiliar II .........................................................................................................................5<br />

2.6 Limites no infinito, notações.......................................................................................................................................5<br />

2.7 In<strong>de</strong>terminações, introdução .......................................................................................................................................5<br />

2.8 In<strong>de</strong>terminações e proprieda<strong>de</strong>s dos <strong>limites</strong> infinitos: ................................................................................................6<br />

2.9 Proprieda<strong>de</strong>s imediatas................................................................................................................................................6<br />

2.10 Proprieda<strong>de</strong>s dos Limites ............................................................................................................................................7<br />

3 LIMITES NOTÁVEIS (FUNDAMENTAIS) ...................................................................................................................8<br />

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LEITURA COMPLEMENTAR .................................................................<strong>12</strong>


1 INTRODUÇÃO<br />

GUIDG.COM 2<br />

Não está em nosso objetivo introduzir os conceitos iniciais <strong>de</strong> <strong>limites</strong>, a nossa introdução se refere as<br />

notações matemáticas. Para iniciarmos está revisão <strong>de</strong> conteúdo será importante relembrarmos como se<br />

faz a correta leitura dos símbolos abaixo:<br />

f (x) , lê-se “f <strong>de</strong> x” e significa “função <strong>de</strong> x”.<br />

xQ a , lê-se “x ten<strong>de</strong> à a”.<br />

lim<br />

xQ a<br />

f x<br />

` a = b , lê-se: O limite <strong>de</strong> f (x) quando x ten<strong>de</strong> à a é igual a b .<br />

1.1 Limites laterais<br />

ou: O limite <strong>de</strong> f (x) é b quando x ten<strong>de</strong> à a .<br />

xQ a + , lê-se “x ten<strong>de</strong> à a pela direita”.<br />

xQ a @ , lê-se “x ten<strong>de</strong> à a pela esquerda”.<br />

a) lim<br />

xQ a +<br />

f x<br />

` a = L<br />

Dizemos que o limite <strong>de</strong> uma função quando x ten<strong>de</strong> à a pela direita (na reta real, dos valores maiores<br />

para os menores), é L . Então L é o limite á direita.<br />

b) lim f x @ xQ a ` a = L<br />

Dizemos que o limite <strong>de</strong> uma função quando x ten<strong>de</strong> à a pela esquerda (na reta real, dos valores<br />

menores para os maiores), é L . Então L é o limite á esquerda.<br />

c) Teorema do limite bilateral:<br />

Se f(x) é <strong>de</strong>finida em um intervalo aberto contendo a , exceto possivelmente no ponto a , então:<br />

lim f x<br />

xQ a ` a = L^ lim<br />

xQ a +<br />

f x<br />

` a = lim f x @ xQ a ` a = L<br />

Ou seja, o limite bilateral existe se, e somente se os <strong>limites</strong> laterais existirem e forem iguais.


1.2 Teorema da Unicida<strong>de</strong><br />

Se lim f x<br />

xQ a ` a = b1 e lim f x<br />

xQ a ` a = b2 então b1 = b2 .<br />

2 LIMITES, DEFINIÇÃO<br />

GUIDG.COM 3<br />

Seja f(x) <strong>de</strong>finida num intervalo aberto I , contendo a , exceto possivelmente no próprio a . Dizemos<br />

que o limite <strong>de</strong> f(x) quando x aproxima-se <strong>de</strong> a é L , e escrevemos que:<br />

lim f x<br />

xQ a ` a L<br />

= L se 8 ε > 0 ,9 δ > 0 | L f x<br />

L<br />

` a M<br />

@ L<br />

M < ε sempre queL x@ aM<br />

< δ .<br />

Lê-se: O limite <strong>de</strong> f(x) quando x ten<strong>de</strong> à a é igual a L se para todo épsilon maior que zero, existe um<br />

<strong>de</strong>lta maior que zero tal que o módulo <strong>de</strong> f(x) – L é menor que épsilon sempre que o módulo <strong>de</strong> x – a<br />

for menor que <strong>de</strong>lta.<br />

Amplamente isto significa que através do estabelecimento <strong>de</strong> uma relação entre as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s<br />

propostas, po<strong>de</strong>-se obter uma prova matemática para a existência do limite.<br />

Para que se entenda a <strong>de</strong>finição é necessário enten<strong>de</strong>r o significado geométrico.<br />

Uma explicação para os símbolos é vista em “Notação Matemática” no arquivo do site.<br />

2.1 Limites no infinito<br />

` a<br />

a) Seja f(x) uma função <strong>de</strong>finida em um intervalo aberto a, +1 . Escrevemos:<br />

lim f x<br />

xQ +1 ` a L<br />

= L se8ε > 0 ,9 A > 0 | Lf<br />

x<br />

L<br />

` a M<br />

@ L<br />

L<br />

M < ε sempre que x > A .<br />

b c<br />

b) Seja f(x) uma função <strong>de</strong>finida em um intervalo aberto @1 , b . Escrevemos:<br />

lim f x<br />

xQ@1 ` a L<br />

= L se8ε > 0 ,9 B < 0 | Lf<br />

x<br />

L<br />

` a M<br />

@ L<br />

M < ε sempre que x < B .<br />

Ou seja, os <strong>limites</strong> existem se satisfazerem cada um à sua condição dada.<br />

Obs.: Veja a seção 2.4 , irá ajudar muito no cálculo <strong>de</strong> <strong>limites</strong> no infinito.<br />

M


2.2 Limites infinitos<br />

GUIDG.COM 4<br />

a) Seja f(x) uma função <strong>de</strong>finida em um intervalo aberto contendo a, exceto, possivelmente, em x = a.<br />

Dizemos que:<br />

lim f x<br />

xQ a ` a = +1 se8M > 0 ,9 δ> 0 | f x<br />

` a L M<br />

> M sempre queL x@ a<br />

M< δ .<br />

b) Seja f(x) uma função <strong>de</strong>finida em um intervalo aberto contendo a, exceto, possivelmente, em x = a.<br />

Dizemos que:<br />

lim f x<br />

xQ a ` a =@1 se8N < 0 ,9 δ> 0 | f x<br />

2.3 Limites infinitos no infinito<br />

` a L M<br />

< N sempre queL x@ a<br />

M< δ .<br />

Havendo uma boa interpretação <strong>de</strong> <strong>limites</strong> no infinito e <strong>limites</strong> infinitos, as <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>finições po<strong>de</strong>m ser<br />

facilmente <strong>de</strong>duzidas:<br />

a) lim f x<br />

xQ +1 ` a = +1 se8M > 0 ,9 N > 0 | f x<br />

` a > M sempre que x > N .<br />

Ou seja, o limite <strong>de</strong> uma função vai positivamente para o infinito, se para todo M maior que zero (no<br />

eixo das or<strong>de</strong>nadas) existir um N maior que zero (no eixo das abscissas), por maior que M seja sempre<br />

teremos uma f(x) > M sempre que x > N .<br />

Da mesma forma se <strong>de</strong>duz os próximos três casos:<br />

b) lim f x<br />

xQ +1 ` a =@1 se8M < 0 ,9 N > 0 | f x<br />

` a < M sempre que x > N .<br />

c) lim f x<br />

xQ@1 ` a = +1 se8M > 0 ,9 N < 0 | f x<br />

` a > M sempre que x < N .<br />

d) lim f x<br />

xQ@1 ` a =@1 se8M < 0 ,9 N < 0 | f x<br />

` a < M sempre que x < N .<br />

2.4 Limites no infinito, Teorema auxiliar I<br />

O próximo teorema irá ajudar no cálculo <strong>de</strong> <strong>limites</strong> no infinito.<br />

a) lim<br />

xQ +1<br />

b) lim<br />

xQ@1<br />

1<br />

x n<br />

f<br />

= 0<br />

1<br />

x n<br />

f<br />

= 0<br />

+<br />

Sendo n2ZC .<br />

“Sendo n pertencente ao conjunto dos números inteiros positivos exceto por n igual à zero.


2.5 Limites infinitos, Teorema auxiliar II<br />

O próximo teorema irá ajudar no cálculo <strong>de</strong> <strong>limites</strong> infinitos.<br />

a) lim<br />

xQ 0 +<br />

b) lim<br />

xQ 0 @<br />

1<br />

x n<br />

f<br />

= +1<br />

1<br />

x n<br />

V<br />

f +1, se n é par<br />

=<br />

@1 , se n é impar<br />

2.6 Limites no infinito, notações<br />

Quando apresentarmos a notação<br />

lim<br />

xQ1<br />

` a<br />

f x<br />

GUIDG.COM 5<br />

Isto é, o limite <strong>de</strong> uma função quando x ten<strong>de</strong> ao infinito, estamos procurando pelo limite da função<br />

quando xQ +1 e xQ@1 , ou seja, são dois <strong>limites</strong>:<br />

lim<br />

xQ +1<br />

f x<br />

` a e lim<br />

xQ@1<br />

` a<br />

f x<br />

2.7 In<strong>de</strong>terminações, introdução<br />

Quando chegamos à alguma das sete formas abaixo, dizemos que chegamos a uma in<strong>de</strong>terminação.<br />

0f<br />

1<br />

,<br />

0 1<br />

f ,1@1 , 0A1 ,0 0 ,1 0 ,1 1<br />

Isto significa que nada se po<strong>de</strong> dizer sobre o limite sem um estudo mais profundo <strong>de</strong> cada caso, que por<br />

sua vez é feito com o auxilio da equivalência entre funções.<br />

Convém ainda lembrar que @1 e +1 não são números, são conceitos.<br />

Dizer que xQ@1 ou xQ +1 indica o comportamento da variável x . Assim x nunca chega à<br />

um limite numérico, por isso diz-se que ten<strong>de</strong> ao infinito. Diferente <strong>de</strong> quando dizemos por exemplo, que<br />

xQF 10 , aqui o limite <strong>de</strong> x existe, mesmo que f(x) não esteja <strong>de</strong>finida neste ponto.


2.8 In<strong>de</strong>terminações e proprieda<strong>de</strong>s dos <strong>limites</strong> infinitos:<br />

A tabela a seguir resume os casos principais para os <strong>limites</strong> infinitos, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> ter:<br />

xQ a , xQ a + , xQ a @ , xQ +1 ou xQ@1 .<br />

GUIDG.COM 6<br />

0 + indica que o limite é zero quando x ten<strong>de</strong> à zero pela direita (por valores positivos), e 0 @ indica que<br />

o limite é zero quando x ten<strong>de</strong> a zero pela esquerda (por valores negativos).<br />

* Para os quatro primeiros casos citados em 2.7 .<br />

lim f x<br />

` a lim g x<br />

` a h(x)= lim h x<br />

` a simbolicamente<br />

01 F1 F1 f(x) + g(x) F1 F1 F1 = F1<br />

02 * +1 +1 f(x) – g(x) ? ( +1) – (+1) é in<strong>de</strong>terminação<br />

03 +1 k f(x) + g(x) +1 +1 + k = +1<br />

04 @1 k f(x) + g(x) @1 @1 + k = @1<br />

05 +1 +1 f(x) . g(x) +1 ( +1) . (+1) = +1<br />

06 +1 @1 f(x) . g(x) @1 ( +1) . (@1) = @1<br />

07 +1 k > 0 f(x) . g(x) +1 +1 . k = +1<br />

08 +1 k < 0 f(x) . g(x) @1 +1 . k = @1<br />

09 * F1 0 f(x) . g(x) ? F1 . 0 é in<strong>de</strong>terminação<br />

10 k F1 f(x) / g(x) 0 k /F1 = 0<br />

11 * F1 F1 f(x) / g(x) ? F1 / F1 é in<strong>de</strong>terminação<br />

<strong>12</strong> k > 0 0 + f(x) / g(x) +1 k / 0 + = +1<br />

13 +1 0 + f(x) / g(x) +1 +1 / 0 + = +1<br />

14 k > 0 0 @ f(x) / g(x) @1 k / 0 @ = @1<br />

15 +1 0 @ f(x) / g(x) @1 +1 / 0 @ =@1<br />

16 * 0 0 f(x) / g(x) ? 0 / 0 é in<strong>de</strong>terminação<br />

2.9 Proprieda<strong>de</strong>s imediatas<br />

a) Se a , m e n são números reais, então:<br />

lim<br />

xQ a<br />

` a<br />

mx + n = ma + n<br />

Decorrências imediatas: Se c é um número real qualquer, então:<br />

b) lim<br />

xQ a c = c<br />

c) lim<br />

xQ a x = a


2.10 Proprieda<strong>de</strong>s dos Limites<br />

Vejamos as principais proprieda<strong>de</strong>s usadas na manipulação algébrica e no cálculo <strong>de</strong> <strong>limites</strong>.<br />

Os 10 primeiros são mais <strong>de</strong>dutíveis enquanto os 4 restantes em mais <strong>de</strong>staque.<br />

Sejam as funções f(x) e g(x) , para as quais existem os <strong>limites</strong> lim f x<br />

xQ a ` a e lim g x<br />

xQ a ` a , então:<br />

01 - lim<br />

xQ a<br />

f x<br />

` a B ` aC<br />

F g x = lim f x<br />

xQ a ` a ` a<br />

F lim g x<br />

xQ a<br />

B C<br />

` a<br />

02 - lim kA f x<br />

xQ a<br />

03 - lim<br />

xQ a<br />

` a<br />

= kA lim f x<br />

xQ a<br />

f x<br />

` a B ` aC<br />

A g x = lim f x<br />

xQ a ` a ` a<br />

A lim g x<br />

xQ a<br />

H ` aI<br />

f x<br />

04 - limJ<br />

f<br />

` aK=<br />

xQ a g x<br />

lim<br />

` a<br />

f x<br />

xQ a f<br />

` a , se lim g x<br />

g x xQ a ` a ≠ 0<br />

B ` aCn<br />

05 - lim f x<br />

xQ a<br />

06 - lim<br />

xQ a<br />

` a<br />

07 - lim ln f x<br />

xQ a<br />

lim<br />

xQ a<br />

B Cn<br />

` a<br />

= lim<br />

xQ a f x<br />

nq<br />

` a<br />

f x<br />

w ` w<br />

= nq<br />

a<br />

lim f x<br />

xQ a<br />

B C<br />

B C<br />

` a<br />

08 - lim sin f x<br />

xQ a<br />

B C<br />

` a<br />

09 - lim cos f x<br />

xQ a<br />

` a<br />

f x<br />

10 - lim e<br />

xQ a<br />

B ` aC<br />

= ln lim<br />

xQ a f x<br />

= e lim<br />

xQ a<br />

B ` aC<br />

= sin lim<br />

xQ a f x<br />

= cos lim<br />

xQ a f x<br />

b ` ac<br />

f x<br />

, com n2N<br />

B ` aC<br />

, se lim f x<br />

xQ a ` a > 0<br />

11 - Se f x<br />

` a > 0 , e o lim f x<br />

xQ a ` a = b , então b > 0<br />

Ou seja, se a função assume valores positivos, então o limite será positivo.<br />

<strong>12</strong> - Proprieda<strong>de</strong> do Confronto: Se f(x) e g(x) são funções tais que: lim f x<br />

xQ a ` a = lim g x<br />

xQ a ` a = b<br />

E se h(x) é uma função tal que: f x<br />

` a ≤ h x<br />

` a ≤ g x<br />

` a , então lim h x<br />

xQ a ` a = b .<br />

Esta proprieda<strong>de</strong> é <strong>de</strong>monstrada como prova do primeiro limite fundamental (3-1).<br />

GUIDG.COM 7


13 - Proprieda<strong>de</strong> para funções polinomiais: Seja f x<br />

` a = a0 x n + a1 x n@ 1 + …+ an então:<br />

X<br />

\<br />

a) lim f x<br />

xQ +1 ` a = +1, se a0 > 0<br />

Z@1<br />

, se a0 < 0<br />

b) lim f x<br />

xQ@1 ` a = +1, se a X<br />

\<br />

0 > 0 e n par<br />

Za0<br />

< 0 e n ímpar<br />

c) lim f x<br />

xQ@1<br />

` a =@1 , se a 0<br />

X<br />

\ > 0 e n ímpar<br />

Za0<br />

< 0 e n par<br />

GUIDG.COM 8<br />

14 – Limites no infinito do quociente <strong>de</strong> funções polinomiais: Se P x<br />

` a = a0 x n + a1 x n@ 1 + …+ an<br />

e Q x<br />

` a = b0 x m + b1 x m@ 1 + …+ bm , então:<br />

` a<br />

P x f<br />

lim ` a = lim<br />

xQ1 Q x<br />

xQ1<br />

a0 x n<br />

b0 x m<br />

f<br />

3 LIMITES NOTÁVEIS (FUNDAMENTAIS)<br />

As próximas proposições são conhecidas como <strong>limites</strong> fundamentais, ou notáveis. Estas proposições irão<br />

nos auxiliar no cálculo <strong>de</strong> <strong>limites</strong> quando estivermos diante <strong>de</strong> casos particulares tais como<br />

0f<br />

1 0 , 1 e 1<br />

0<br />

.<br />

Também é interessante lembrar que os itens 1, 8 e 9 são as proposições que caracterizam os <strong>limites</strong><br />

fundamentais.<br />

1) lim<br />

xQ 0<br />

2) lim<br />

xQ 0<br />

3) lim<br />

xQ 0<br />

sinxf<br />

= 1<br />

x<br />

x f<br />

= 1<br />

sinx<br />

` a<br />

sin axf<br />

= a<br />

x<br />

` a<br />

sin axf<br />

af<br />

4) lim ` a =<br />

xQ 0 sin bx b<br />

5) lim<br />

xQ 0<br />

6) lim<br />

xQ 0<br />

1@ cos xf<br />

= 0<br />

x<br />

tan xf<br />

= 1<br />

x<br />

` a 1<br />

7) lim<br />

xQ 0 1 + x<br />

x<br />

f<br />

= e


f g<br />

1f<br />

8) lim 1 +<br />

xQF1 x<br />

x<br />

= e<br />

GUIDG.COM 9<br />

O interessante neste limite é o surgimento da in<strong>de</strong>terminação 1 1 . Torna-se então evi<strong>de</strong>nte a dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> provar que 1 1 = 1 , como vemos a função nos leva a acreditar que o resultado seria 1 (uma vez que a<br />

parte fracionária da função torna-se nula), entretanto po<strong>de</strong>mos provar que seu resultado é o número<br />

irracional e = 2,7182... indo assim contra o senso comum. A prova matemática não viola nenhum dos<br />

axiomas e teoremas matemáticos, isto é, chega-se a este resultado por uma forma transitiva (usando<br />

artifícios matemáticos) já que não po<strong>de</strong>mos prová-la diretamente.<br />

lim<br />

xQF1<br />

f g<br />

1f<br />

1 +<br />

x<br />

x<br />

` a1<br />

= 1 + 0 =1 1 (conclusão imediata, resultado in<strong>de</strong>terminação)<br />

Em 2.8 vimos que 1 1 é uma in<strong>de</strong>terminação.<br />

A prova formal <strong>de</strong>ste teorema envolve noções <strong>de</strong> séries, por este motivo será omitida.<br />

Com isso só nos resta provar este limite usando a Regra <strong>de</strong> L’Hospital.<br />

Demonstração <strong>de</strong> 8 por L’Hospital:<br />

Queremos provar que lim 1 +<br />

xQ1 1<br />

f g<br />

f<br />

x<br />

x<br />

= e , usando proprieda<strong>de</strong>s e a regra <strong>de</strong> L’Hospital:<br />

lim<br />

xQ1<br />

e<br />

...<br />

f g<br />

1f<br />

1 +<br />

x<br />

x<br />

xA ln 1 +<br />

lim<br />

xQ1<br />

1<br />

H d eI<br />

f<br />

L<br />

x M<br />

L fM<br />

L M<br />

L x f M<br />

J 1 K<br />

f<br />

x<br />

= lim<br />

xQ1 e<br />

= e lim<br />

xQ1<br />

H I<br />

f gx<br />

1f<br />

lnJ 1 +<br />

x<br />

ln 1 + 1<br />

H d eI<br />

f<br />

L M<br />

L x f<br />

M<br />

J K<br />

@ 1 x<br />

^\<br />

Definindo as funções no limite<br />

Então pela regra <strong>de</strong> L’Hospital:<br />

ln 1 +<br />

lim<br />

xQ1<br />

e 1<br />

H d eI<br />

f<br />

L M<br />

L x f<br />

M<br />

J K<br />

@ 1 x<br />

e lim<br />

d e<br />

x f<br />

xQ1 x + 1<br />

h<br />

j<br />

= e lim<br />

xQ1<br />

` ai<br />

f. x f<br />

` ak<br />

g. x<br />

= e<br />

K<br />

= lim<br />

xQ1 e<br />

X<br />

^Z<br />

H I<br />

f g<br />

1f<br />

xA lnJ 1 + K<br />

x<br />

f x<br />

` a = ln 1 + 1<br />

f g<br />

f<br />

x<br />

= e lim<br />

xQ1<br />

H I<br />

f g<br />

J<br />

1f<br />

xA ln 1 + K<br />

x<br />

[ f. x<br />

` a =<br />

@ 1<br />

x2 f<br />

1 + 1<br />

x<br />

g x<br />

` a = x@ 1 [ g. x<br />

` a @ 2 =@ x<br />

h<br />

1 i<br />

f<br />

@ ` a<br />

l x x + 1 fm<br />

l lim m<br />

j xQ1 @ 2 k<br />

@ x<br />

Aplicando novamente a regra <strong>de</strong> L’Hospital:<br />

...<br />

e lim<br />

xQ1<br />

d e<br />

x f<br />

x + 1<br />

= e lim<br />

xQ1 1<br />

` a<br />

= e<br />

= e<br />

lim<br />

xQ1 @<br />

Hh<br />

i I<br />

1 f<br />

b c<br />

Lj<br />

` ak<br />

2 M<br />

J A @ x K<br />

x x + 1<br />

f @ 1 f<br />

= ` a<br />

f x x + 1


...<br />

Com isso temos que lim 1 +<br />

xQ1 1<br />

f g<br />

f<br />

x<br />

x<br />

= e .<br />

9) lim<br />

xQ 0<br />

10) lim<br />

xQ 0<br />

lim<br />

xQ 0<br />

ax@ 1f<br />

= ln a<br />

x<br />

` aa<br />

1 + x<br />

` aa<br />

1 + x<br />

x<br />

x<br />

@ 1f<br />

= a<br />

` aa<br />

@ 1f<br />

1 + 0<br />

=<br />

0<br />

@ 1f<br />

1<br />

= a @ 1f<br />

0<br />

=<br />

0 0<br />

f<br />

GUIDG.COM 10<br />

In<strong>de</strong>terminação do tipo 0/0 , logo po<strong>de</strong>mos aplicar a regra <strong>de</strong> L’Hospital para resolver, contudo a regra<br />

não <strong>de</strong>ve ser utilizada se o estudante ainda não entrou no estudo da Derivada e Diferencial.<br />

a) Para aqueles que já conhecem a regra:<br />

lim<br />

xQ 0<br />

` aa<br />

1 + x<br />

x<br />

@ 1f<br />

0<br />

=<br />

0<br />

f<br />

Definindo o numerador como f e o <strong>de</strong>nominador como g , diferenciando em relação à x ,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente o quociente temos:<br />

L = lim<br />

xQ 0<br />

= aA 1<br />

f<br />

g<br />

` aa@ 1<br />

f f. f a 1 + x<br />

= lim = lim<br />

xQ 0 g. xQ 0<br />

` aa@ 1<br />

= aA1 a A1 @ 1 = a<br />

b) Demonstração por proprieda<strong>de</strong>s:<br />

` a<br />

I – Multiplicando e dividindo por ln 1 + x ;<br />

II – Alternando a or<strong>de</strong>m dos fatores;<br />

lim<br />

xQ 0<br />

` aa<br />

1 + x<br />

x<br />

@ 1f<br />

A<br />

z~ I |~x<br />

` a<br />

ln 1 + x f<br />

` a<br />

ln 1 + x<br />

= lim<br />

xQ 0<br />

` a<br />

A 0 + 1 @ 0<br />

1<br />

f ` aa@ 1<br />

= lim a 1 + x<br />

xQ 0<br />

z ~ II | ~x<br />

` a ` aa<br />

ln 1 + x f 1 + x @ 1f<br />

A ` a<br />

x ln 1 + x<br />

III – Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> logaritmos, a fração 1/x sobe como expoente <strong>de</strong> (1 + x) ;<br />

IV – Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>limites</strong>, o limite <strong>de</strong> um produto é o produto dos <strong>limites</strong>;<br />

lim ` a<br />

xQ 0 ln 1 + x<br />

1<br />

z~ III |~x`<br />

aa<br />

1 + x @ 1 fA<br />

` a<br />

x ln 1 + x<br />

z ~ IV | ~x<br />

f = lim<br />

xQ 0 ln 1 + x<br />

` a 1<br />

` aa<br />

f 1 + x<br />

xA<br />

lim<br />

xQ 0<br />

@ 1f<br />

` a<br />

ln 1 + x<br />

V – Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>limites</strong>, o limite <strong>de</strong> um logaritmo é o logaritmo do limite;<br />

VI – Limite fundamental 7 ;<br />

VII – Equivalência fundamental <strong>de</strong> logaritmos, ln e = log e e^e x = e , x = 1 ;<br />

...


...<br />

` a1 z ~ V | ~x<br />

h z VI ~ = F7 = | e ~x i<br />

l<br />

j<br />

m<br />

k<br />

ln<br />

lim 1 + x<br />

xQ 0<br />

f<br />

x<br />

A lim<br />

xQ 0<br />

Portanto resumimos para: lim<br />

xQ 0<br />

` aa<br />

1 + x<br />

d<br />

t<br />

e<br />

@ 1 VII<br />

f<br />

` a =<br />

ln 1 + x ln e<br />

` aa<br />

1 + x<br />

@ 1<br />

` a<br />

ln 1 + x<br />

f<br />

A lim<br />

xQ 0<br />

` aa<br />

1 + x<br />

@ 1<br />

` a<br />

ln 1 + x<br />

VIII – Multiplicando e dividindo por a ;<br />

IX – Novamente a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> logaritmos, a sobe como expoente <strong>de</strong> (1 + x) ;<br />

` aa<br />

X – Definindo 1 + x = u , temos que se xQ 0 , uQ1 ;<br />

lim<br />

xQ 0<br />

` aa<br />

z VIII|x<br />

1 + x @ 1 d e<br />

f<br />

` a A af<br />

ln 1 + x a<br />

= lim<br />

xQ 0<br />

B` aa<br />

C z ~ X | ~x<br />

a 1 + x @ 1 ` a<br />

f<br />

b ` aa<br />

c = a u@ 1 f<br />

lim<br />

ln 1 + x<br />

uQ 1<br />

{ ~ } ~y ln u<br />

IX<br />

XI – Definindo u – 1 = y , temos que se uQ1 , yQ0 , u = 1 + y ;<br />

XII – Dividindo o numerador e o <strong>de</strong>nominador por y ;<br />

XIII – Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>limites</strong>; o limite <strong>de</strong> um quociente é o quociente dos <strong>limites</strong>;<br />

XIV – Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> logaritmos, a fração 1/y sobe como expoente <strong>de</strong> (1 + y) ;<br />

z ~ XI | ~x<br />

ay f<br />

b c<br />

ln 1 + y<br />

lim<br />

yQ 0<br />

= lim<br />

yQ 0<br />

z~ XII|~x<br />

a f<br />

b c<br />

ln 1 + y<br />

f=<br />

y<br />

z ~ XIII|<br />

~x<br />

d e<br />

lim<br />

yQ 0<br />

lim<br />

yQ 0 a<br />

b c 1f<br />

y<br />

ln 1 + y<br />

{~ }~y<br />

XV – Proprieda<strong>de</strong> que <strong>de</strong>corre da <strong>de</strong>finição, 2.9-b;<br />

XVI – Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>limites</strong>, o limite <strong>de</strong> um logaritmo é o logaritmo do limite;<br />

XVII – Novamente o limite fundamental 7 ;<br />

lim<br />

yQ 0 a<br />

z~ XV = a|~x<br />

d e<br />

b c 1<br />

f a f<br />

h i = = a<br />

ln e f<br />

l<br />

y m<br />

{ ~ } ~y<br />

k<br />

{ ~ } ~y<br />

lnl j lim 1 + y<br />

yQ 0<br />

XVII = F7 = e<br />

XVI<br />

Portanto o limite 10 esta provado.<br />

11) lim<br />

xQ 0<br />

a x @ b x<br />

x<br />

f af<br />

= ln<br />

b<br />

XIV<br />

f<br />

f<br />

GUIDG.COM 11


4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LEITURA COMPLEMENTAR<br />

(1) Paulo Boulos - Cálculo diferencial e integral Vol.1;<br />

(2) Diva Marilia Flemming - Cálculo A;<br />

(3) Louis Leithold - O cálculo com geometria analítica Vol.1;<br />

(4) Apostila/Livro <strong>de</strong> <strong>CDI</strong>-1 UDESC 2010-1.<br />

GUIDG.COM <strong>12</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!