5 A 8 / SET - Conselho Brasileiro de Oftalmologia
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TEMAS LIVRES<br />
TL 029<br />
PREVALÊNCIA DO OLHO SECO E DA SÍNDROME DE SJÖGREN<br />
SECUNDÁRIA NA DOENÇA MISTA DO TECIDO CONECTIVO<br />
Jose Eduardo Pazim, Fany Solange Usuba, Joyce Hisae Yamamoto, Maria<br />
Teresa Correia Caleiro, Milton Ruiz Alves, Priscila Novaes, Ricardo Fuller<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP) - São Paulo (SP)<br />
Objetivo: Determinar a prevalência da síndrome <strong>de</strong> Sjögren (SS), olho seco<br />
e sua gravida<strong>de</strong> nos pacientes com doença mista do tecido conectivo (DMTC).<br />
Método: Quarenta e quatro pacientes consecutivos com DMTC e 41 controles<br />
pareados segundo ida<strong>de</strong> e sexo foram submetidos a exames para avaliação da<br />
dinâmica do filme lacrimal (FL) [teste <strong>de</strong> Schirmer I sem anestésico e tempo <strong>de</strong><br />
rompimento do filme lacrimal] e da alteração da superfície ocular (SO) [coloração<br />
com colírios <strong>de</strong> fluoresceína e Rosa Bengala para avaliar respectivamente<br />
córnea e conjuntiva]. Olho seco foi classificado como <strong>de</strong>finido (um teste da<br />
dinâmica do FL positivo e um teste da SO positivo) ou provável (qualquer teste<br />
para avaliar a dinâmica do FL ou alteração da SO positivo). Além disso, foi realizada<br />
classificação do olho seco <strong>de</strong> acordo com gravida<strong>de</strong>, utilizando critério modificado<br />
<strong>de</strong> Behrens et al. Para classificação <strong>de</strong> SS secundária foi utilizado o critério <strong>de</strong><br />
classificação revisado do Grupo <strong>de</strong> Consenso Americano-Europeu (AECG).<br />
Cintilografia <strong>de</strong> glândula salivar foi realizada em todos os pacientes com DMTC.<br />
O uso <strong>de</strong> medicação xerogênica prévia ou corrente foi usado como critério <strong>de</strong><br />
exclusão. Resultados: A frequência <strong>de</strong> olho seco <strong>de</strong>finido (22 versus 0%, p=0,03),<br />
provável (70 versus 48%, p=0,002), grave (16 versus 0%, p=0,003) e mo<strong>de</strong>rado/<br />
leve (70 versus 12%) foi significativamente maior nos pacientes com DMTC quando<br />
comparados ao grupo controle. Sintomas sicca estavam presentes em 38,6% dos<br />
pacientes e em 12% do grupo controle. Aproximadamente 1/3 dos pacientes (31,8%)<br />
preencheram os critérios <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong> SS secundária. Conclusões: Olho<br />
seco e SS secundária são achados frequentes na DMTC recomendando-se o<br />
exame ocular periódico para diagnóstico e tratamento precoces.<br />
TL 030<br />
TRATAMENTO ANTI-TNF PODE MELHORAR OS PARÂMETROS<br />
DA SUPERFÍCIE OCULAR NA ARTRITE REUMATÓIDE E ESPON-<br />
DILITE ANQUILOSANTE<br />
Fany Solange Usuba, Alejandro Berra, Jose Eduardo Pazim, Jozélio Freire<br />
Carvalho, Milton Ruiz Alves, Priscila Novaes<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP) - São Paulo (SP)<br />
Objetivo: Comparar os parâmetros clínicos e funcionais da superfície ocular<br />
dos pacientes com artrite reumatoi<strong>de</strong> (AR) e espondilite anquilosante (EA) pré e<br />
pós-terapia com agentes anti-TNF. Método: Vinte e nove pacientes com AR (n=15)<br />
e EA (n=14) foram examinados para olho seco. Eles foram avaliados pré-tratamento<br />
(0M), com 3 (3M) e 12 (12M) meses após terapia com agentes anti-TNF. Os pacientes<br />
respon<strong>de</strong>ram o questionário para avaliação dos sintomas - Ocular Surface Disease<br />
In<strong>de</strong>x (OSDI) e foram submetidos aos seguintes exames: teste <strong>de</strong> Schirmer, tempo<br />
<strong>de</strong> rompimento do filme lacrimal (BUT), coloração com fluoresceína e lissamina<br />
ver<strong>de</strong> assim como avaliação histológica das células da conjuntiva bulbar por<br />
citologia <strong>de</strong> impressão. Resultados: A ida<strong>de</strong> média dos pacientes foi <strong>de</strong> 47,4 ±<br />
12,9 anos. Infliximabe foi administrado em 52%, adalimumabe em 38% e etanercept<br />
em 10% dos pacientes. Interessantemente houve um aumento nos valores do teste<br />
<strong>de</strong> Schirmer comparando avaliação dos dados pré-tratamento com 3M nos<br />
pacientes com AR (16,9 ± 12,5 mm vs. 21,6 ± 12,8 mm, p=0,01) enquanto os valores<br />
com 12M (20,5 ± 11,7) foram comparáveis com a avaliação pré-tratamento.<br />
Nenhuma diferença foi observada nestes parâmetros para pacientes com EA (0M:<br />
15,0 ± 10,5 mm, 3M: 18,3 ± 11,1 mm e 12M: 18,5 ± 10,1 mm). Notavelmente, uma<br />
melhora significativa do grau <strong>de</strong> lesão citológica foi obtido com 12M <strong>de</strong> avaliação<br />
nos pacientes com EA (0M: 78,6% com alteração citológica vs. 12M:35,7%, p=0,03).<br />
BUT, coloração da superfície ocular com fluoresceína e lissamina ver<strong>de</strong> e escore<br />
do OSDI foram semelhantes antes e após o tratamento para os pacientes com<br />
AR e EA. Conclusões: A terapia com agentes anti-TNF po<strong>de</strong> promover recuperação<br />
da produção lacrimal em pacientes com AR e melhorar as lesões citológicas<br />
conjuntivais nos pacientes com EA.<br />
TL 031<br />
ANÁLISE DA PROLIFERAÇÃO, DIFERENCIAÇÃO E MORTE<br />
CELULAR EM RETINA DE RATOS EM DESENVOLVIMENTO<br />
TRATADAS COM BEVACIZUMABE<br />
Monique Matsuda, Alfred Sholl-Franco, André Luís F. Portes, Maria Alice Fusco,<br />
Mário L. R. Monteiro, Nádia C. O. Miguel, Silvana Allodi, Thiago Puntar<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP) - São Paulo (SP)<br />
Objetivo: Investigar o efeito do bevacizumabe (BVZ), utilizado em doenças<br />
vasoproliferativas retinianas, no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> células da retina <strong>de</strong> roedores<br />
in vitro. Método: Ratos Lister Hoo<strong>de</strong>d (30 animais) com dois dias <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foram<br />
eutanasiados e tiveram suas retinas dissecadas e cortadas em explantes <strong>de</strong> 1 mm 2 .<br />
O tecido retiniano foi dividido em grupos controle ou submetido ao tratamento in<br />
vitro com 0,25 mg/mL <strong>de</strong> BVZ (Avastin ® ) por 48 h. Em seguida, as retinas foram<br />
analisadas por imunohistoquímica e por RT-PCR em tempo real para avaliação das<br />
proteínas e dos mRNAs para: caspase-3 (marcador <strong>de</strong> morte celular por apoptose),<br />
beclina-1 (marcador <strong>de</strong> morte celular por autofagia), PCNA (marcador <strong>de</strong> proliferação<br />
celular), GFAP (marcador <strong>de</strong> ativação glial) e vimentina (marcador <strong>de</strong> glia indiferenciada).<br />
A comparação entre os grupos foi realizada pelos testes t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt<br />
e U <strong>de</strong> Mann-Whitney. Resultados: Não houve diferenças nos marcadores <strong>de</strong><br />
proliferação e <strong>de</strong> morte celular após o tratamento, por 48 h, com BVZ. Entretanto,<br />
<strong>de</strong>tectou-se uma diminuição na expressão do mRNA do marcador <strong>de</strong> ativação glial<br />
e um aumento no marcador <strong>de</strong> glia indiferenciada no grupo tratado. Conclusões:<br />
O uso in vitro <strong>de</strong> BVZ na dose e pelo tempo estudado não induz alterações no<br />
padrão <strong>de</strong> morte celular programada na retina <strong>de</strong> ratos em <strong>de</strong>senvolvimento. No<br />
entanto, alterações na expressão do GFAP e no conteúdo proteico da vimentina<br />
indicam que o BVZ po<strong>de</strong> interferir nos processos <strong>de</strong> diferenciação/ativação das<br />
células gliais retinianas. Esses dados mostram a importância em se aprofundar os<br />
estudos sobre a ação do BVZ e sugerem cautela no seu uso, particularmente na<br />
retina em <strong>de</strong>senvolvimento, como utilizado atualmente em crianças com retinopatia<br />
da prematurida<strong>de</strong>.<br />
TL 032<br />
AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA, FUNCIONAL E MORFOLÓGICA<br />
DA RETINA DE COELHO APÓS INJEÇÃO INTRAVÍTREA DE ÁCIDO<br />
MICOFENÓLICO<br />
Francisco Max Damico, André Liber, Armando Cunha Jr, Baruch Kuppermann,<br />
Dora Ventura, Fábio Gasparin, Gabriela Ioshimoto, Leandro Zacharias, Renata<br />
Aguiar, Sílvia Fialho<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP) - São Paulo (SP)<br />
Objetivo: Ácido micofenólico (MPA) é um potente imunomodulador usado em<br />
uveítes, mas 20% dos pacientes suspen<strong>de</strong>m o uso pelos efeitos colaterais. O<br />
objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi <strong>de</strong>terminar a dose tóxica do MPA na retina <strong>de</strong> coelhos<br />
após injeção intravítrea através <strong>de</strong> farmacocinética, alterações funcionais in vivo<br />
e in vitro, e morfologia. Método: Para a <strong>de</strong>terminação da meia-vida vítrea do MPA,<br />
1 mg/ml <strong>de</strong> MPA (Roche, Palo Alto, CA) foi injetado no vítreo <strong>de</strong> 16 coelhos New<br />
Zealand. As concentrações <strong>de</strong> MPA foram <strong>de</strong>terminadas por cromatografia líquida<br />
<strong>de</strong> alta eficiência. Para os ensaios in vitro, culturas <strong>de</strong> células ARPE-19 e <strong>de</strong> Müller<br />
foram tratadas com 25, 50 e 100 μg/ml <strong>de</strong> MPA e foram avaliadas viabilida<strong>de</strong> celular<br />
e apoptose. Para os ensaios in vivo, 24 coelhos receberam injeções <strong>de</strong> 5, 50, 200,<br />
1,000 e 10,000 μg/ml <strong>de</strong> MPA no OD e veículo no OE. A avaliação funcional foi<br />
feita por eletrorretinografia (ERG) e a morfológica por microscopia <strong>de</strong> luz. Resultados:<br />
A meia-vida vítrea do MPA foi <strong>de</strong> 5 dias (P