5 A 8 / SET - Conselho Brasileiro de Oftalmologia
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PÔSTERES<br />
P 081<br />
ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DOS GENES CFH, LOC387715<br />
E VEGF COM A RESPOSTA TERAPÊUTICA AO BEVACIZUMABE<br />
NA DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE<br />
Marcio Bittar Nehemy, Carlos Eduardo dos Reis Veloso, Daniel Nehemy, Luciana<br />
Negrão Frota <strong>de</strong> Almeida, Luiz Armando <strong>de</strong> Marco<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte (MG)<br />
Objetivo: Investigar a associação entre polimorfismos dos genes CFH, LOC387715<br />
e VEGF com a resposta ao tratamento da <strong>de</strong>generação macular relacionada à ida<strong>de</strong><br />
(DMRI) com bevacizumabe. Método: Foram avaliados prospectivamente 220<br />
pacientes com DMRI e que foram submetidos à genotipagem para os seguintes<br />
polimorfismos: VEGF rs1413711, CFH rs1061170 e LOC387715 rs10490924. Os<br />
pacientes que preencheram os critérios <strong>de</strong> inclusão receberam uma injeção<br />
intravítrea <strong>de</strong> 1,25 m/0,01 mL <strong>de</strong> bevacizumabe. Acuida<strong>de</strong> visual (AV) e espessura<br />
macular central (EMC) foram medidas antes e 4 a 6 semanas após o tratamento.<br />
Resultados: Do total <strong>de</strong> 220 pacientes, 60 preencheram os critérios <strong>de</strong> inclusão.<br />
A AV variou <strong>de</strong> 0,7 para 0,6 e a EMC <strong>de</strong> 313 para 284 μm após o tratamento. Não<br />
houve diferença estatisticamente significativa, para os três genes estudados,<br />
quando foi comparada a melhora <strong>de</strong> AV e da EMC em pacientes homozigotos para<br />
o alelo <strong>de</strong> risco com pacientes heterozigotos e homozigotos sem alelo <strong>de</strong> risco.<br />
Os valores-p para AV e EMC foram, respectivamente: 1,000 e 0,784 para o CFH;<br />
0,735 e 0,392 para o LOC387715; 0,745 e 0,777 para o VEGF. Conclusões: Não<br />
há associação entre os polimorfismos estudados dos genes CFH, LOC387715 e<br />
VEGF com a resposta terapêutica ao bevacizumabe em casos <strong>de</strong> DMRI exsudativa.<br />
P 082<br />
BEVACIZUMAB INTRAVÍTREO (AVASTIN ® )<br />
Rafael Schalins May, Leonardo Perez Zeni, Manuel Augusto Pereira Vilela,<br />
Mércio Antonio Di Domenico<br />
Instituto <strong>de</strong> <strong>Oftalmologia</strong> Ivo Corrêa-Meyer - Porto Alegre (RS)<br />
Objetivo: Avaliar a resposta em longo prazo da acuida<strong>de</strong> visual e angiográfica<br />
após tratamento com bevacizumab intravítreo (Avastin ® ). Pacientes selecionados<br />
apresentavam uma das seguintes patologias retinianas: <strong>de</strong>generação macular<br />
relacionada à ida<strong>de</strong> [DMRI], retinopatia diabética proliferativa [RDP], maculopatia<br />
diabética [MD], obstrução da veia central da retina [OVCR], obstrução <strong>de</strong> ramo<br />
venoso [ORV], glaucoma neovascular [GNV], neovascularização sub-retiniana<br />
miópica [NVCM]). Método: Estudo retrospectivo <strong>de</strong> todos os casos com mínimo <strong>de</strong><br />
12 meses pós-injeção <strong>de</strong> bevacizumab intravítreo (1,25 mg). Exame oftalmológico<br />
completo realizado na primeira e nas consultas subsequentes, incluindo retinografia<br />
e angiografia fluoresceínica. Foram excluídos os casos com registros ou documentação<br />
incompletos. O <strong>de</strong>sfecho foi a estabilida<strong>de</strong> ou melhora dos níveis <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong><br />
visual e dos achados angiográficos. Os dados estatísticos foram analisados pelo<br />
programa STATA 11. Resultados: De um total <strong>de</strong> 124 casos, 88 olhos <strong>de</strong> 87 pacientes<br />
(29% perdas) foram incluídos. Ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 67 anos (24-89, dp=12,8), acuida<strong>de</strong><br />
visual média na primeira consulta 0,22 (0,004-0,8). A maioria dos casos realizou<br />
apenas uma aplicação (60%) (1-4 aplicações). O "follow-up", médio foi <strong>de</strong> 12 meses<br />
(6-60 meses). Do total, mulheres 57,5%, caucasianos (86%), catarata (67%),<br />
comorbida<strong>de</strong> sistêmica (56%), hifema transinjeção (1,1%). As principais indicações<br />
terapêuticas foram NVCM (35,7%), DMRI (23,8%), RDP (13,1%). A acuida<strong>de</strong> final<br />
média foi 0,24 (0,01 - 1,0). Indivíduos com acuida<strong>de</strong> inicial igual ou superior a 0,10<br />
tiveram chances maiores (OR=4,48; IC 95%=1,73-11,5 nos casos com DMRI;<br />
OR=5,6, IC 95%= 1-29,2 para a CNVM) <strong>de</strong> obter acuida<strong>de</strong>s finais iguais ou superiores<br />
a 0,10. Conclusões: Bevacizumab intravítreo após 12 meses manteve a acuida<strong>de</strong><br />
média original na maioria dos casos, e nos subgrupos aqueles com DMRI e CNVM<br />
e acuida<strong>de</strong> inicial igual ou superior a 0,10 chances significantes <strong>de</strong> melhora ou<br />
estabilida<strong>de</strong>.<br />
P 083<br />
COMPARAÇÃO ENTRE BEVACIZUMAB VERSUS RANIBIZUMAB<br />
PARA O TRATAMENTO DE DEGENERAÇÃO MACULAR NEO-<br />
VASCULAR ASSOCIADA À IDADE<br />
Daniel Araujo Ferraz, Beatriz Takahashi, Lisa Mariel, Paulo Zantut, Walter<br />
Takahashi<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP) - São Paulo (SP)<br />
Objetivo: Comparar a evolução na acuida<strong>de</strong> visual (AV) em membrana neovascular<br />
sub-relacionados com <strong>de</strong>generação macular (DMRI) <strong>de</strong> pacientes tratados com<br />
bevacizumab ou ranibizumab. Método: Trata-se <strong>de</strong> estudo retrospectivo, intervencionista<br />
e comparativo. A evolução na AV <strong>de</strong> 40 olhos <strong>de</strong> DMRI neovascular<br />
tratados com bevacizumab (Grupo 1) foram comparados com a evolução na visão<br />
<strong>de</strong> 40 olhos tratados com ranibizumabe (Grupo 2). Os pacientes foram submetidos<br />
a 3 doses <strong>de</strong> injeções intravítreas mensais consecutivos com novas injeções se<br />
necessário, e seguido por 8 meses. A eficácia do tratamento também foi comparada<br />
entre os olhos virgens e os olhos com tratamentos prévios. Resultados: Os grupos<br />
foram semelhantes na média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, gênero e AV basal. Evolução na AV entre<br />
os grupos não mostrou resultados estatisticamente diferente <strong>de</strong> zero ao mês 8.<br />
No mês 1, 2, 3 e 6, houve uma mudança na diferença estatisticamente AV, sempre<br />
com melhores resultados no grupo 2. No 8º mês, o grupo 1 teve uma mudança<br />
na AV <strong>de</strong> / logMAR 0,90 - 0,08 na linha <strong>de</strong> base para logMAR 0,72 / - 0,14 em relação<br />
ao mês 8 e o grupo 2 teve uma mudança em AV <strong>de</strong> logMAR 0,89 / - 0,08 para<br />
0,62 / - 0,14. Não houve diferença estatística entre os tratamentos, quando comparados<br />
os olhos com e sem tratamento prévio. Conclusões: Apesar <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong> visual<br />
em olhos tratados ranibizumab melhorar mais que o bevacizumab nos primeiros<br />
meses, essa diferença <strong>de</strong>saparece no 8º mês, sugerindo que ambas as drogas<br />
não mostram diferença na eficácia <strong>de</strong> um longo tempo. Ambas as drogas são<br />
igualmente eficaz em olhos com e sem tratamento prévio.<br />
P 084<br />
ESTUDO DA RETINOPATIA DA PREMATURIDADE NA UTI NEO-<br />
NATAL DA SANTA CASA DE PORTO ALEGRE<br />
Mariana Rossi Thorell, André Moraes Freitas, Betina Wächter, Débora Helena<br />
Cestari<br />
Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia <strong>de</strong> Porto Alegre - Porto Alegre (RS)<br />
Objetivo: Avaliar incidência e fatores associados à indicação <strong>de</strong> tratamento com<br />
laser na retinopatia da prematurida<strong>de</strong> (ROP) em recém-nascidos internados na UTI<br />
neonatal da Santa Casa <strong>de</strong> Porto Alegre entre 2005 e 2010. Método: Estudo<br />
prospectivo <strong>de</strong> recém-nascidos prematuros internados na UTI da Santa Casa <strong>de</strong><br />
Porto Alegre com: a) peso menor ou igual a 1.500 g, ou b) ida<strong>de</strong> gestacional menor<br />
que 32 semanas, ou c) peso maior que 1.500 g e ida<strong>de</strong> gestacional maior que 32<br />
semanas com três ou mais fatores <strong>de</strong> risco associados. Exame <strong>de</strong> oftalmoscopia<br />
indireta entre 4 e 6 semanas <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> cronológica, intercalando 1 gota <strong>de</strong> tropicamida<br />
0,5% e 1 gota <strong>de</strong> fenilefrina 0,1% a cada 15 minutos (3 vezes). Exames <strong>de</strong>scritos<br />
em formulários padronizados (classificação internacional <strong>de</strong> ROP 2005) e, seguimento<br />
e tratamento <strong>de</strong>terminados pelo oftalmologista conforme estágio da doença.<br />
Resultados: No período do estudo nasceram 16.290 prematuros na Santa Casa<br />
<strong>de</strong> Porto Alegre e 314 preencheram critério para a avaliação <strong>de</strong> ROP. Destes, 105<br />
(33,4%) <strong>de</strong>senvolveram ROP e 21 (6,6%) necessitaram <strong>de</strong> laser. Houve um óbito.<br />
Dos 21 tratados, 28,6% estavam em estágio 2 e 71,4%, em estágio 3. Não se<br />
observou estágios 4 e 5. A média <strong>de</strong> peso dos não tratados foi <strong>de</strong> 1.312 g e dos<br />
tratados, <strong>de</strong> 982 g. A média <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> oxigênio foi <strong>de</strong> 18 entre os não<br />
tratados e <strong>de</strong> 35 nos tratados. Conclusões: A cegueira causada por ROP po<strong>de</strong><br />
ser evitada com a<strong>de</strong>quado cuidado neonatal, triagem e tratamento. Neste estudo<br />
observou-se associação entre indicação <strong>de</strong> laser e: ida<strong>de</strong> gestacional, baixo peso<br />
ao nascer, maior tempo <strong>de</strong> exposição ao O 2<br />
, uso <strong>de</strong> surfactante, presença <strong>de</strong><br />
hemorragia intraventricular, maior número <strong>de</strong> transfusões sanguíneas e baixo<br />
Apgar no quinto minuto. São necessários outros estudos para <strong>de</strong>linear o perfil <strong>de</strong><br />
RNs com ROP e correlacionar fatores associados à indicação <strong>de</strong> tratamento nas<br />
<strong>de</strong>mais UTIs do país, reduzindo o número <strong>de</strong> crianças com cegueira por ROP.<br />
PÔSTERES<br />
XXXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA<br />
Textos sem revisão editorial pelos Arquivos <strong>Brasileiro</strong>s <strong>de</strong> <strong>Oftalmologia</strong><br />
42<br />
Arq Bras Oftalmol. 2011;74(4 Supl):21-47