P ÔSTERES P 093 TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA DE ALTA RESOLUÇÃO EM DISTROFIAS RETINIANAS Renato Magalhães Passos, Adriana Berezovsky, André R. Castro, Paula Sacai, Solange Salomão, Sung Watanabe Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Descrever as alterações estruturais da região macular observadas por meio <strong>de</strong> tomografia <strong>de</strong> coerência óptica <strong>de</strong> domínio espectral (SD-OCT) em distrofias retinianas. Método: Estudo transversal com 25 pacientes (48 olhos) portadores <strong>de</strong> distrofias retinianas: 6 casos <strong>de</strong> doença <strong>de</strong> Stargardt (DS), 8 <strong>de</strong> retinose pigmentária (RP), 7 <strong>de</strong> distrofia <strong>de</strong> cones (DC) e 4 <strong>de</strong> distrofia <strong>de</strong> conebastonete (DCB). Todos foram submetidos a exame oftalmológico completo e OCT <strong>de</strong> domínio espectral realizado com o aparelho Spectralis HRA+OCT (Hei<strong>de</strong>lberg Engineering, Alemanha). Foram obtidos scans <strong>de</strong> alta resolução horizontais e verticais, além do mapa <strong>de</strong> espessura macular. Resultados: Acuida<strong>de</strong> visual média do melhor olho foi <strong>de</strong> 0,9 logMAR em DS, 0,6 logMAR em RP, 0,9 logMAR em DC e 0,9 logMAR em DCB. Os principais achados estruturais pelo SD-OCT em DS foram: perda dos segmentos internos e externos dos fotorreceptores e atrofia do epitélio pigmentar da retina subjacente em região foveal. Em RP, as imagens <strong>de</strong>monstraram afinamento generalizado da retina neurossensorial, mantendo a estratificação interna em região parafoveal e aspecto normal da fóvea em pacientes com boa acuida<strong>de</strong> visual (0,9 logMAR). Os achados em DC e DCB foram semelhantes: atrofia <strong>de</strong>limitada dos segmentos interno e externo <strong>de</strong> fotorreceptores em região foveal com EPR preservado, à semelhança <strong>de</strong> um buraco lamelar externo. A espessura foveal média em DS, RP, DC e DCB foi respectivamente 84,0 ± 36, 188,6 ± 55, 139,7 ± 42 e 106,0 ± 47 μm. Conclusões: OCT <strong>de</strong> domínio espectral apresentou alta sensibilida<strong>de</strong> e especificida<strong>de</strong> na análise dos achados estruturais nestas distrofias retinianas, configurando-se como uma ferramenta não-invasiva e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> no diagnóstico diferencial <strong>de</strong>stas distrofias retinianas. P 094 ANÁLISE DOS CASOS DE INJÚRIAS OCULARES REGISTRADOS NO CENTRO DE INFORMAÇÕES TÓXICOLÓGICAS DE SANTA CATARINA, 2003 A 2009 Débora Zanatta, Adriana Mello Barotto, Augusto Adam Netto, Carlos Eduardo <strong>de</strong> Souza, Heloisa Vicentini Sandrini, Ieda Ana Costa Correa, Marilia Susane Birck, Marlene Zannin Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina (UFSC) - Florianópolis (SC) / Centro <strong>de</strong> Informações Toxicológicas <strong>de</strong> Santa Catarina - (CIT) (SC) Objetivo: Analisar o perfil epi<strong>de</strong>miológico dos casos <strong>de</strong> injúrias oculares registradas no Centro <strong>de</strong> Informações Toxicológicas <strong>de</strong> Santa Catarina (CIT/SC), no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2003 a maio <strong>de</strong> 2009. Método: Estudo <strong>de</strong>scritivo, retrospectivo e transversal, realizado no banco <strong>de</strong> dados do CIT/SC com casos registrados em “via ocular”, no período janeiro <strong>de</strong> 2003 a maio <strong>de</strong> 2009. Resultados: Foram analisados 744 casos, com predomínio no sexo masculino (60%), em zona urbana (86%), no ambiente <strong>de</strong> trabalho (32%). Foi observada uma frequência maior <strong>de</strong> casos na primeira (26%) e entre a terceira e quinta (45%) décadas <strong>de</strong> vida. O hipoclorito <strong>de</strong> sódio com 12,5% e a soda cáustica com 4% foram responsáveis pela maioria dos casos. A hiperemia (76%) foi a sintomatologia relatada com maior frequência seguida pela ardência (46%), e lacrimejamento (19%). Em 74% dos casos, os pacientes não foram avaliados por oftalmologistas. Conclusões: Apesar da falta <strong>de</strong> registros nacionais, os dados regionais <strong>de</strong>monstram que este tipo <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte, que acomete principalmente os trabalhadores, ainda não é tratado a<strong>de</strong>quadamente, visto que a correta irrigação ocular e o encaminhamento ao oftalmologista não são realizados na maioria dos casos. P 095 PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS CI- RÚRGICOS DEVIDO A TRAUMA OCULAR NO HOSPITAL REGIO- NAL DE SÃO JOSÉ Maiara Dalcegio, Astor Grumman Júnior, Deyse Bianca Campos, Günther Bernar<strong>de</strong>s Brink, Hélio Francisco Shiroma, Patrícia Martins Biff, Rosa Maria Tasmo Costa, Thiago Silveira Pereira Hospital Regional <strong>de</strong> São José Dr. Homero <strong>de</strong> Miranda Gomes - São José (SC) Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes com trauma ocular aberto e fechado com necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cirurgia oftalmológica <strong>de</strong>vido ao trauma na Instituição referida. Avaliar os tipos <strong>de</strong> trauma mais frequentemente associados à lesão ocular grave (trauma aberto). Método: Estudo observacional transversal, através <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> prontuários e preenchimento <strong>de</strong> protocolo padrão. Foram incluídos todos os pacientes submetidos a qualquer procedimento cirúrgico oftalmológico <strong>de</strong>vido ao trauma no período entre 1º <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2010 e 1º <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2011. Resultados: Foram avaliados 73 pacientes, 87,7% do sexo masculino, com média <strong>de</strong> 37,5 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Houve acometimento apenas do olho direito em 47% dos casos, apenas olho esquerdo em 52%, e bilateral em 1% dos casos. A acuida<strong>de</strong> visual predominante foi “movimento <strong>de</strong> mãos” (24%). 48% dos traumas ocorreram em ativida<strong>de</strong>s ocupacionais, 16% em lazer, 13% em aci<strong>de</strong>ntes domésticos, 12% <strong>de</strong>vido à violência, 9% em aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito. De acordo com a classificação do Birmingham Eye Trauma Terminology System (BETTS), 77% dos pacientes apresentaram trauma ocular aberto, sendo a maior parte (39%) das lesões classificada como lacerante. Dentre os traumas abertos, 57% ocorreram em ativida<strong>de</strong>s ocupacionais, 79,6% apresentaram lesão corneana <strong>de</strong> espessura total, 45% lesão escleral <strong>de</strong> espessura total, 49% extrusão <strong>de</strong> conteúdo intraorbitário. Conclusões: Tanto em traumas abertos quanto fechados, houve predomínio <strong>de</strong> perfurações unilaterais, em adultos, por ativida<strong>de</strong> laboral. Em traumas oculares abertos, o predomínio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> laboral é ainda maior, sendo a córnea a região mais acometida. Este fato <strong>de</strong>monstra a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior ênfase em programas <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, principalmente em ambientes <strong>de</strong> trabalho. P 096 ESPESSURA MACULAR EM UVEÍTE ANTERIOR AGUDA: ESTU- DO UTILIZANDO OCT Lydianne Lumack do Monte Agra, João Lins <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Neto, Renato Franca Araujo, Ronaldo Franca Araujo, Thayze Teixeira Melo Nunes Martins Fundação Altino Ventura (FAV) - Recife (PE) Objetivo: Avaliar a espessura da retina em portadores <strong>de</strong> uveíte anterior aguda através <strong>de</strong> tomografia <strong>de</strong> coerência óptica (OCT). Método: Foram selecionados 41 portadores <strong>de</strong> uveíte anterior aguda admitidos na emergência da Fundação Altino Ventura - Recife/PE. Foram realizadas medidas imediatas da espessura da retina através <strong>de</strong> OCT do olho acometido e do olho contralateral. Resultados: Não houve diferença significante (p>0,05) nas medidas dos parâmetros <strong>de</strong> espessura da retina entre o olho acometido e o olho contralateral. Conclusões: Não foi <strong>de</strong>monstrado acometimento do segmento posterior em portadores <strong>de</strong> uveíte anterior aguda na amostra estudada. PÔSTERES XXXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Textos sem revisão editorial pelos Arquivos <strong>Brasileiro</strong>s <strong>de</strong> <strong>Oftalmologia</strong> Arq Bras Oftalmol. 2011;74(4 Supl):21-47 45
PÔSTERES P 097 MANIFESTAÇÕES OCULARES DO PACIENTE INTERNADO IN- FECTADO PELO HIV Leandro Mazzoleni Stramari, Filipe Guidotti Cardoso, Ítalo Mundialino Marcon, Mateus Zanchet Tecchio, Pierre Horta Barbosa, Tiago Rizzato Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia <strong>de</strong> Porto Alegre - Porto Alegre (RS) / Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre (UFCSPA) - Porto Alegre (RS) Objetivo: Descrever as manifestações oculares do paciente com HIV internado na Santa Casa <strong>de</strong> Porto Alegre e avaliar associações com o tempo <strong>de</strong> doença, tratamento, carga viral e CD4. Método: Estudo transversal <strong>de</strong> 48 pacientes internados entre maio <strong>de</strong> 2008 a setembro <strong>de</strong> 2009, com ficha padrão e exame oftalmológico completo. Resultados: Entre os avaliados, 25 (52,1%) eram do sexo masculino, e 23 (47,9%) do sexo feminino. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 39,6 anos. Os fatores <strong>de</strong> risco para HIV mais importantes foram: heterossexualida<strong>de</strong> (60,4%), homossexualida<strong>de</strong> (10,4%), uso <strong>de</strong> drogas EV (6,3%) e causa in<strong>de</strong>terminada ou não revelada (22,9%). As queixas oculares mais frequentes foram: diminuição da visão para longe (12,5%), diminuição da visão para perto (8,3%). As manifestações oculares mais frequentes foram: exsudato algodonoso (14,6%), blefarite (8,3%), retinite por citomegalovírus (6,3%) e pali<strong>de</strong>z do disco óptico (4,2%). Para os pacientes que apresentaram achados oftalmológicos o tempo médio <strong>de</strong> doença foi <strong>de</strong> 3,6 anos, enquanto entre os que não apresentaram alterações no exame o tempo médio foi <strong>de</strong> 8,0 anos (p