5 A 8 / SET - Conselho Brasileiro de Oftalmologia
5 A 8 / SET - Conselho Brasileiro de Oftalmologia
5 A 8 / SET - Conselho Brasileiro de Oftalmologia
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
TEMAS L IVRES<br />
TL 041<br />
NOVO ALGORITMO PARA QUANTIFICAÇÃO DE DESCOLA-<br />
MENTOS DO EPITÉLIO PIGMENTADO USANDO O OCT DE<br />
DOMÍNIO ESPECTRAL<br />
Fernando Marcon<strong>de</strong>s Penha, Giovanni Gregori, Manuel Falcão, Philip J. Rosenfeld,<br />
William J. Feuer, Zohar Yehoshua<br />
Bascom Palmer Eye Institute, University of Miami - Miami - Florida (USA)<br />
Objetivo: Medir a área e volume <strong>de</strong> <strong>de</strong>scolamentos do epitélio pigmentado da<br />
retina (PEDs) em olhos com <strong>de</strong>generação macular relacionado à ida<strong>de</strong> (DMRI),<br />
usando um novo algoritmo quantitativo através da tomografia <strong>de</strong> coerência óptica<br />
(OCT) <strong>de</strong> domínio espectral. Método: Foram realizados cinco scans em cada olho,<br />
usando o Cirrus HDOCT (Carl Zeiss Meditec, EUA). Cada scan era composto <strong>de</strong><br />
40.000 A-scans, organizados num padrão <strong>de</strong> 200 x 200 A-scans, cobrindo uma área<br />
<strong>de</strong> 6x6 mm na qual o PED estava incluído. Um novo algoritmo, totalmente<br />
automatizado, <strong>de</strong>senvolvido por um dos co-autores foi utilizado para medir a área<br />
e volume do PED. O "test-retest standard <strong>de</strong>viations" para área e volume dos PEDs<br />
foi calculada para cada olho. O mesmo método foi aplicado em um subgrupo <strong>de</strong><br />
pacientes para avaliar as mudanças do PED após terapia com anti-VEGF.<br />
Resultados: Sessenta e três olhos <strong>de</strong> 58 pacientes foram inclusos no estudo <strong>de</strong><br />
reprodutibilida<strong>de</strong>. O algoritmo criou mapas <strong>de</strong> área e volume <strong>de</strong> PED altamente<br />
reprodutíveis nos cinco scas avaliados por olho. A "intra-class correlation" foi<br />
acima <strong>de</strong> 0,99 para área e volume em todos os olhos avaliados. Trinta e um olhos<br />
foram submetidos à terapia anti-VEGF. Após as injeções a área média do PED mudou<br />
<strong>de</strong> 6,22 mm 2 para 5,53 mm 2 (p=0,078) e o volume <strong>de</strong> 1,17 mm 3 para 0,74 mm 3 (p=0,04).<br />
Conclusões: Demonstrou-se um novo algoritmo capaz <strong>de</strong> produzir medidas <strong>de</strong> área<br />
e volume do PED com alta reprodutibilida<strong>de</strong>. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se obter medidas<br />
confiáveis do PED po<strong>de</strong> ser muito útil tanto no acompanhamento da história natural<br />
<strong>de</strong>ssas lesões e também po<strong>de</strong>rá servir <strong>de</strong> novo parâmetro para o tratamento <strong>de</strong><br />
pacientes com PED e DMRI exsudativa após terapia intravítrea com anti-VEGF.<br />
TL 042<br />
ANÁLISE DA TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA DE PRO-<br />
FUNDIDADE AMPLIADA NO ESTÁGIO TARDIO DA DOENÇA DE<br />
VOGT-KOYANAGI-HARADA<br />
Felipe Theodoro B. Gaspar Carvalho Silva, Carlos E. Hirata, Edilberto Olivalves,<br />
Joyce H. Yamamoto, Rogerio A. Costa, Viviane M. Sakata, Walter Y. Takahashi<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP) - São Paulo (SP)<br />
Objetivo: Realizar medidas da espessura da coroi<strong>de</strong> utilizando a tomografia<br />
<strong>de</strong> coerência óptica espectral <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> ampliada OCT (PA), comparar os<br />
dados com controles históricos e correlacionar com dados clínicos e morfológicos<br />
indicativos <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> doença. Método: Estudo transversal <strong>de</strong> 13 pacientes<br />
(23 olhos) no estágio tardio (> 6 meses do início dos sintomas) da doença <strong>de</strong> Vogt-<br />
Koyanagi-Harada (VKH) <strong>de</strong> centro terciário. Valores normativos históricos foram<br />
utilizados <strong>de</strong> 30 pacientes (54 olhos). Os <strong>de</strong>sfechos principais foram espessura<br />
da coroi<strong>de</strong> em 13 pontos do polo posterior centrados na fóvea, duração da doença<br />
em meses, gravida<strong>de</strong> fundoscópica padronizada, ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> doença (<strong>de</strong> acordo<br />
com o grupo <strong>de</strong> trabalho S.U.N.) e integrida<strong>de</strong> da junção dos segmentos interno<br />
e externo (IS/OS) dos fotorreceptores visualizada com OCT. Resultados: Todas<br />
as 13 medidas isoladamente e a mediana diferiram entre pacientes e controles<br />
(mediana 287 vs. 245 μm, p6 meses após início da doença) e<br />
correlacioná-las com ativida<strong>de</strong> clínica, gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> olho (FO) e tomografia<br />
<strong>de</strong> coerência óptica espectral (SD-OCT). Método: Quarenta e nove pacientes (93<br />
olhos) foram submetidos à oftalmoscopia <strong>de</strong> varredura a laser. Áreas <strong>de</strong> hiperautofluorescência<br />
ou alta reflectância foram analisadas por três observadores<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. O aspecto <strong>de</strong> FO foi classificado em leve, mo<strong>de</strong>rado ou grave <strong>de</strong><br />
acordo com a gravida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>spigmentação e alterações focais (lesões numulares,<br />
acúmulos <strong>de</strong> pigmento, fibrose sub-retiniana). A ativida<strong>de</strong> clínica <strong>de</strong> segmento<br />
anterior (<strong>de</strong> acordo com grupo S.U.N.), a gravida<strong>de</strong> do FO e a presença <strong>de</strong><br />
alterações estruturais pelo SD-OCT foram correlacionadas com a FAF e NIR.<br />
Resultados: Hiperautofluorescência e alta reflectância foram observadas respectivamente<br />
em 30% (28/93) dos casos na FAF e em 41% (38/93) na NIR. Ativida<strong>de</strong><br />
clínica foi observada em 11% (10/93) e não houve correlação com alterações à<br />
FAF ou NIR. Áreas <strong>de</strong> hiperautofluorescência foram mais frequentes nos casos<br />
graves (32% [11/34]) em relação aos casos leves (19% [8/43]). Na NIR, aumento<br />
na reflectância foi observada em 38% (13/34) dos casos graves comparativamente<br />
à 30% (13/43) dos leves. Espessamento ou irregularida<strong>de</strong>s na retina externa foram<br />
encontrados em 86% (24/28) e 92% (35/38) dos casos na FAF e NIR respectivamente.<br />
Conclusões: Áreas <strong>de</strong> hiperautofluorescência e alta reflectância encontram-se<br />
mais presentes em olhos com FO grave e correspon<strong>de</strong>m às regiões com<br />
alterações estruturais na retina externa pelo SD-OCT. Não houve associação entre<br />
ativida<strong>de</strong> clínica <strong>de</strong> segmento anterior e alterações à FAF e NIR. Fapesp 07/57155-5<br />
e 07/57154-9.<br />
TL 044<br />
ESTUDO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE TNF-α E DE SEUS RECEP-<br />
TORES SOLÚVEIS NAS RETINOCOROIDITES SUPOSTAMEN-<br />
TE TOXOPLÁSMICAS<br />
Thais Fontes Bessa, Antônio Lúcio Teixeira, Cynthia Azeredo Cor<strong>de</strong>iro, Fernando<br />
Oréfice, Wesley Campos<br />
Hospital São Geraldo - Belo Horizonte (MG)<br />
Objetivo: Os fatores que <strong>de</strong>terminam a ocorrência da retinocoroidites supostamente<br />
toxoplásmicas (RCST) não são completamente conhecidos. Dentre estes<br />
se <strong>de</strong>stacam os relacionados à resposta imune do hospe<strong>de</strong>iro. O fator <strong>de</strong> necrose<br />
tumoral-alpha (TNF-α) é a principal citocina mediadora da resposta inflamatória<br />
aguda a microrganismos, <strong>de</strong>sempenhando um importante papel na patogênese das<br />
inflamações intraoculares. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é estudar os níveis séricos<br />
da citocina TNF-α e dos seus receptores solúveis (sTNFR1 e sTNFR2) nos<br />
pacientes com RCST, comparando-os aos grupos <strong>de</strong> indivíduos sem história prévia<br />
<strong>de</strong> uveíte e associando-os aos achados oftalmológicos. Método: Trinta e sete<br />
pacientes com RCST foram recrutados do Serviço <strong>de</strong> Uveítes do Hospital São<br />
Geraldo (HC-UFMG). Como controles, 30 indivíduos com IgG+ para toxoplasmose,<br />
mas sem história e/ou sinais <strong>de</strong> uveíte foram incluídos neste estudo. Avaliação<br />
oftalmológica completa foi realizada em todos os indivíduos. Coleta <strong>de</strong> sangue foi<br />
realizada após o exame oftalmológico. Os pacientes receberam tratamento<br />
específico para RCST e corticoi<strong>de</strong> sistêmico. Após a resolução do processo<br />
inflamatório, nova coleta <strong>de</strong> sangue foi realizada em 15 pacientes. O ensaio<br />
imunoenzimático ELISA foi utilizado para a análise das concentrações séricas do<br />
TNF-α, sTNFR1 e sTNFR2. Resultados: A concentração sérica do sTNFR2 foi maior<br />
no Grupo Uveíte quando comparado ao Grupo Controle (Uveíte: média ± <strong>de</strong>svio<br />
padrão (DP), 1734,84 ± 379,32; Controle: média ± DP, 1442,75 ± 309,47; p=0,002).<br />
Vasculite retiniana esteve presente em 58,33% dos indivíduos do Grupo Uveíte<br />
e esteve associada a uma maior concentração sérica <strong>de</strong> sTNFR2 (média ± DP;<br />
1808,19 ± 391,31; p=0,002). Conclusões: Os resultados <strong>de</strong>ste estudo sugerem<br />
que há repercussão sistêmica da inflamação intraocular na RCST.<br />
TEMAS LIVRES<br />
XXXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA<br />
Textos sem revisão editorial pelos Arquivos <strong>Brasileiro</strong>s <strong>de</strong> <strong>Oftalmologia</strong><br />
18<br />
Arq Bras Oftalmol. 2011;74(4 Supl):7-19