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EUA - aicep Portugal Global

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INTERNACIONALIZAÇÃO DO SETOR DA SAÚDE NACIONAL<br />

NOS MERCADOS DE ANGOLA, BRASIL, <strong>EUA</strong> E ALEMANHA<br />

(20%), da diabetes (11%) e doenças associadas ao excesso de peso e obesidade (10%). No total, estas<br />

patologias correspondem a cerca de 75% das despesas totais (CDC, US Department of Health & Human<br />

Services, online).<br />

A tendência para o aumento do controlo dos custos de saúde, em particular dos custos hospitalares,<br />

condiciona a evolução do setor. Os cortes nas despesas têm vindo, de facto, a afetar as margens dos<br />

hospitais nos últimos anos. Em resultado, os hospitais também têm vindo a alterar a sua política de<br />

investimentos e de compras. Os investimentos nos hospitais, em termos das suas receitas, diminuíram<br />

cerca de 2.8 pontos percentuais entre 2006 e 2009 (Larew, 2011). Os hospitais têm igualmente alterado a<br />

sua estrutura de custos. Por exemplo, os internamentos têm vindo a diminuir, enquanto os cuidados<br />

ambulatórios têm aumentado. Em consequência, o mercado dos setores de ambulatório, urgências,<br />

reabilitação física e meios de diagnósticos tem aumentado, o que é acompanhado por um aumento da<br />

concorrência.<br />

No futuro, espera-se que os produtos e serviços de saúde capazes de contribuir para a diminuição ou<br />

contenção de custos terão maior facilidade em atrair investidores e maiores níveis de comparticipação. As<br />

projeções do CMS apontam, para além do maior crescimento das despesas hospitalares, para um forte<br />

crescimento das despesas em estruturas e equipamentos nos próximos anos 9 . Os executivos dos hospitais<br />

esperam, igualmente, um crescimento dos seus orçamentos, nos próximos anos (Lavoise, 2012) pela<br />

necessidade de modernizar os serviços, após um forte controlo da despesa. De notar, no entanto, que uma<br />

parte elevada dos investimentos nos próximos anos, deverá ser aplicada na compra e no desenvolvimento<br />

de sistemas informáticos. Em particular, os hospitais terão de continuar a fazer investimentos que<br />

permitam desenvolver os registos de saúde eletrónicos e assim cumprir o disposto na lei da reforma dos<br />

cuidados de saúde. Espera-se, no entanto, e num futuro imediato, que o controlo de custos continue a<br />

afetar principalmente as compras de dispositivos médicos tecnológicos (Patil, 2012) e os medicamentos<br />

inovadores mais caros.<br />

Adicionalmente, o controlo de custos tem acelerado novas formas de organização de prestação e<br />

financiamento dos cuidados de saúde, nomeadamente as ACO e os IDN (rede integrada de serviços),<br />

aumentado o poder dos grupos de compras coletivas. Estas tendências tendem a diminuir as margens dos<br />

produtores e distribuidores afetando, em particular, as empresas mais pequenas e com menor poder de<br />

mercado.<br />

9 O seu peso relativo das despesas hospitalares deverá continuar a crescer, mas a um ritmo lento até 2014. Estima-se que o<br />

crescimento da despesa hospitalar volte a crescer uma taxa de crescimento superior a 6% a partir de 2014 (CDC, US Department of<br />

Health & Human Services, online).<br />

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