Análise Experimental de uma Fornalha a Lenha de Fluxo Co ...
Análise Experimental de uma Fornalha a Lenha de Fluxo Co ...
Análise Experimental de uma Fornalha a Lenha de Fluxo Co ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
125<br />
/ 3min atingiu <strong>uma</strong> temperatura menor em comparação às outras corridas com tiragem<br />
natural (770ºC), <strong>de</strong>vido à maior umida<strong>de</strong> da lenha nesta corrida. Portanto, se a umida<strong>de</strong><br />
da lenha na corrida 6 estivesse na média das outras corridas, provavelmente a<br />
temperatura seria maior, e como conseqüência, a corrida 6 obteria <strong>uma</strong> maior<br />
eficiência.<br />
Já para a área <strong>de</strong> grelha <strong>de</strong> 0,13 m 2 , o melhor <strong>de</strong>sempenho foi a corrida 3, com<br />
alimentação mais rica (0,3kg / 2min), que atingiu <strong>uma</strong> temperatura <strong>de</strong> 840ºC em regime<br />
por um período <strong>de</strong> 67 minutos, o excesso <strong>de</strong> ar foi 1,80, um pouco menor do que a<br />
corrida 4, e o teor <strong>de</strong> CO foi <strong>de</strong> 85ppm, atingindo <strong>uma</strong> eficiência <strong>de</strong> 76,2%.<br />
O pior <strong>de</strong>sempenho da fornalha durante as corridas com tiragem natural foi na<br />
corrida 7, com a menor área <strong>de</strong> grelha (0,05 m 2 ) e a alimentação mais rica (0,3 kg /<br />
2min), que atingiu <strong>uma</strong> eficiência <strong>de</strong> 70,2%. A área <strong>de</strong> grelha foi pequena para muita<br />
lenha, e com isso a temperatura não subiu muito em relação às outras corridas, atingiu<br />
804ºC por um período <strong>de</strong> 32 minutos em regime. A concentração <strong>de</strong> O 2 nos gases <strong>de</strong><br />
combustão foi <strong>de</strong> 8,73%.<br />
Vale ressaltar que as incertezas das eficiências das corridas com tiragem natural<br />
foram em torno <strong>de</strong> 2,5 %, portanto, as eficiências das corridas com maior área <strong>de</strong><br />
grelha (1, 2 e 3) po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas equivalentes, e as corridas com área <strong>de</strong><br />
grelha intermediária (4, 5 e 6), principalmente as com os regimes alimentação mais<br />
pobres, foram muito próximas.<br />
O excesso <strong>de</strong> ar nas corridas com tiragem natural variou <strong>de</strong> 1,71 a 1,93. Na<br />
literatura, o valor i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> ar para queima <strong>de</strong> combustível sólido varia entre<br />
1,3 e 1,4, para <strong>uma</strong> fornalha tradicional (fluxo contra-corrente). <strong>Co</strong>ntudo, fabricantes <strong>de</strong><br />
equipamento <strong>de</strong> análises <strong>de</strong> gases adotam <strong>uma</strong> faixa maior <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> ar (entre<br />
1,70 e 1,85) para combustão <strong>de</strong> lenha, <strong>de</strong>vido à prática adquirida.<br />
Em experimentos realizados com fornalhas a lenha relatados na literatura, o<br />
excesso <strong>de</strong> ar obtido não chegou ao i<strong>de</strong>al, segundo a literatura. <strong>Co</strong>mo por exemplo no<br />
trabalho <strong>de</strong> Borges (1994), o excesso <strong>de</strong> ar ficou em média 1,73.