Análise Experimental de uma Fornalha a Lenha de Fluxo Co ...
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De acordo com o gráfico, para concentrações <strong>de</strong> CO abaixo <strong>de</strong> 0,5 %, a relação<br />
CO/C x H y é <strong>de</strong> 1: 0,25. Portanto, com as concentrações <strong>de</strong> CO medidas pelo analisador<br />
nas corridas experimentais, nas corridas com tiragem natural o teor médio <strong>de</strong> C x H y foi<br />
estimado <strong>de</strong> 42 ppm, e nas corridas com tiragem natural esse valor foi <strong>de</strong> 270 ppm.<br />
Para efeito <strong>de</strong> comparação, um estudo experimental realizado por Oanh et al<br />
(1999) alcançou valores <strong>de</strong> 780 ppm em média para combustão <strong>de</strong> lenha <strong>de</strong> eucalipto<br />
em <strong>uma</strong> fornalha convencional (fluxo contra-corrente).<br />
<strong>Co</strong>mo já reportado na revisão bibliográfica, os HPAs são os principais<br />
responsáveis pela contaminação nos grãos durante a secagem, além <strong>de</strong> serem<br />
cancerígenos. <strong>Co</strong>m essa relação estimada, é possível perceber que a fornalha <strong>de</strong> fluxo<br />
co-corrente po<strong>de</strong> emitir gases <strong>de</strong> combustão com um baixo teor <strong>de</strong>sses contaminantes.<br />
4.5 BALANÇO DE ENERGIA<br />
Para <strong>uma</strong> análise energética, fundamental para assegurar o melhor<br />
aproveitamento da energia térmica do combustível e o bom estado operacional do<br />
equipamento, faz-se necessário, entre outras coisas conhecer os fluxos <strong>de</strong> calor<br />
envolvidos no processo. Para isso foi feito um balanço <strong>de</strong> energia na fornalha. Porém,<br />
há incertezas que não foram possíveis <strong>de</strong> se calcular, como o po<strong>de</strong>r calorífico da lenha,<br />
que é calculado através da composição do combustível. Há também o fluxo <strong>de</strong> gases,<br />
que é estimado por cálculos, e não medido.<br />
Na tiragem natural o inbalanço médio no balanço energético é <strong>de</strong> 7 ± 2 %,<br />
enquanto que na tiragem induzida, esse valor é 15 ± 5 %.<br />
A maior perda <strong>de</strong> energia ocorreu pelas pare<strong>de</strong>s da fornalha, principalmente nas<br />
corridas com tiragem natural, on<strong>de</strong> foram alcançadas as maiores temperaturas.<br />
Na corrida 8, com tiragem natural e a maior temperatura entre todas as corridas,<br />
874ºC na base da chaminé, e a temperatura média na câmara <strong>de</strong> combustão 957 ºC, a<br />
perda <strong>de</strong> energia pelas pare<strong>de</strong>s foi <strong>de</strong> 7,2 kW. Já a corrida 16, com tiragem induzida,<br />
obteve a menor temperatura média entre todas as corridas, com 345ºC na base da<br />
chaminé e 360 ºC na câmara <strong>de</strong> combustão, a perda <strong>de</strong> energia pelas pare<strong>de</strong>s foi <strong>de</strong><br />
3,01 kW.