Análise Experimental de uma Fornalha a Lenha de Fluxo Co ...
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vai <strong>de</strong> cima para baixo na lenha. Isto faz com que a chama se forme <strong>de</strong> cabeça para<br />
baixo. Assim, o fogo não se forma entre cada pedaço <strong>de</strong> lenha, e sim abaixo <strong>de</strong>les,<br />
fazendo com que os pedaços <strong>de</strong> lenha não se aqueçam <strong>de</strong>mais logo no começo do<br />
processo, e a emissão <strong>de</strong> voláteis seja mais dosada ao longo da queima. Enquanto que<br />
nas fornalhas <strong>de</strong> fluxo contra-corrente os gases quentes que envolvem a lenha fria<br />
entram no processo, nas fornalhas <strong>de</strong> fluxo co-corrente a lenha fria recebe calor por<br />
radiação n<strong>uma</strong> proporção bem menor, diminuindo assim a pirólise <strong>de</strong>scontrolada.<br />
A distância entre a chama formada na zona <strong>de</strong> pirólise e o topo da chaminé,<br />
chamada região adiabática, pois teoricamente não troca calor com o ambiente, é um<br />
espaço em que os gases têm a chance <strong>de</strong> reagirem completamente com o ar, pois<br />
fornece condições <strong>de</strong> tempo e temperatura suficientes para as reações <strong>de</strong> combustão<br />
se completarem (BORGES, 1994).<br />
Vlassov (2001, p.98) se refere ao fluxo co-corrente com <strong>uma</strong> maneira <strong>de</strong> queima<br />
do combustível na camada ainda não amplamente <strong>de</strong>senvolvida, <strong>de</strong>vido aos poucos<br />
estudos realizados sobre o mesmo.<br />
2.3.3 Experiências realizadas com a queima <strong>de</strong> biomassa nos fluxos contra-corrente e<br />
co-corrente<br />
Neste item serão apresentados os resultados <strong>de</strong> alg<strong>uma</strong>s experiências<br />
realizadas em combustão <strong>de</strong> biomassa com fluxo co-corrente, e também <strong>de</strong> fluxo<br />
contra-corrente, para efeito <strong>de</strong> comparação das emissões <strong>de</strong> CO.<br />
Verhaart (1990) construiu um protótipo <strong>de</strong> fornalha <strong>de</strong> fluxo co-corrente, com a<br />
região adiabática em seção horizontal e altura da chaminé variável (Figura 06), e<br />
obteve <strong>uma</strong> combustão com baixo teor <strong>de</strong> CO, <strong>de</strong> 300 ppm em média, como<br />
apresentado na figura 07.<br />
Borges (1994) construiu um fogão a lenha <strong>de</strong> uso doméstico com alg<strong>uma</strong>s<br />
modificações no queimador. Ele inverteu o fluxo <strong>de</strong> ar e construiu <strong>uma</strong> região adiabática<br />
(Figura 08). <strong>Co</strong>m essas modificações, os voláteis pirolisados pela radiação e condução<br />
do leito <strong>de</strong> carvão juntamente com o ar para combustão passam por <strong>uma</strong> região <strong>de</strong><br />
altas temperaturas, a grelha. Os gases resultantes passam então pela região