Análise Experimental de uma Fornalha a Lenha de Fluxo Co ...
Análise Experimental de uma Fornalha a Lenha de Fluxo Co ...
Análise Experimental de uma Fornalha a Lenha de Fluxo Co ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
50<br />
CO 2 + C (s) 2CO<br />
H 2 O + C (s) CO + H 2<br />
São reações endotérmicas, acompanhadas pela diminuição da temperatura. Por<br />
isso a temperatura máxima e a concentração máxima <strong>de</strong> CO 2 têm lugar no final da zona<br />
inferior.<br />
Alguns autores afirmam que a queima em grelha implica em queima parcial do<br />
combustível. É comum a presença <strong>de</strong> carbono não queimado no cinzeiro, que ten<strong>de</strong> ser<br />
tanto maior quanto maior for o teor <strong>de</strong> cinzas do combustível (e.g. VLASSOV, 2001).<br />
2.3.2) <strong>Fornalha</strong>s <strong>de</strong> fluxo contra-corrente e co-corrente<br />
O principal diferencial <strong>de</strong>sse trabalho é o fluxo dos gases na fornalha. Enquanto<br />
as fornalhas convencionais apresentam o fluxo contra-corrente, ou seja, combustível e<br />
gases em sentidos opostos, a fornalha aqui estudada apresenta o fluxo co-corrente,<br />
on<strong>de</strong> o combustível e os gases fluem no mesmo sentido, apresentando vantagens em<br />
relação ao fluxo convencional, como será apresentado neste capítulo.<br />
Nas fornalhas convencionais o combustível é alimentado por cima enquanto o ar<br />
<strong>de</strong> combustão entra por baixo, geralmente através <strong>de</strong> <strong>uma</strong> grelha (Figura 05). Assim, o<br />
ar entra primeiro em contato o carvão em combustão, que <strong>de</strong>vido à sua alta porosida<strong>de</strong>,<br />
tem <strong>uma</strong> gran<strong>de</strong> área <strong>de</strong> superfície específica. Mesmo <strong>uma</strong> camada fina <strong>de</strong> carvão<br />
consome a maioria do oxigênio no ar, produzindo dióxido <strong>de</strong> carbono (CO 2 ). Esse<br />
processo libera <strong>uma</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor, por isso, quando CO 2 encontra mais<br />
carvão no caminho, <strong>uma</strong> segunda reação acontece, reduzindo parte do CO 2 a CO,<br />
<strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> oxigênio. <strong>Co</strong>mo a redução é <strong>uma</strong> reação endotérmica, o gás esfria, e<br />
assim a redução nas camadas superiores é menos intensa. E se nas camadas<br />
superiores ainda encontra-se ma<strong>de</strong>ira não modificada, esta irá aquecer pelo contato<br />
com o gás ainda quente, causando a pirólise <strong>de</strong>scontrolada e produzindo voláteis e<br />
carvão, longe da zona <strong>de</strong> combustão (BORGES, 1994).<br />
Os produtos da pirólise não encontram oxigênio, a menos que se forneça ar<br />
secundário. Porém, este é fornecido normalmente frio, e assim resfria a chama,<br />
impedindo a re-conversão do CO formado em CO 2 (BORGES, 1994). No início do