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Avaliação dos eventos adversos pós-vacina Tetravalente. Brasil, 2002

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO<br />

INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA<br />

Avaliação <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> – 2005.<br />

Sandra Aparecida Moreira Gomes Monteiro<br />

Dissertação apresentada à Banca d o Programa de<br />

Mestrado em Saúde Coletiva, para a obtenção do<br />

Título de Mestre em Saúde Coletiva.<br />

Área de Concentração: Epidemiologia<br />

Orientadora: Profa. Dra. Olga Akiko Takano<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Eliseu Alves Waldman<br />

Cuiabá - MT<br />

2007


Avaliação <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> – 2005.<br />

Sandra Aparecida Moreira Gomes Monteiro<br />

Dissertação apresentada à Banca do Programa de<br />

Mestrado em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde<br />

Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso,<br />

para a obtenção do Título de Mestre em Saúde<br />

Coletiva.<br />

Área de Concentração: Epidemiologia<br />

Orientadora: Profa. Dra. Olga Akiko Takano<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Eliseu Alves Waldman<br />

Cuiabá - MT<br />

2007


FICHA CATALOGRÁFICA<br />

M775a<br />

Monteiro, Sandra Aparecida Moreira Gomes<br />

Avaliação <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. /Sandra Aparecida<br />

Moreira Gomes Monteiro. – 2007.<br />

180p. : il. ; color.<br />

Disssertação (mestrado) – Universidade Federal de<br />

Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Área de<br />

concentração: Epidemiologia, 2007.<br />

“Orientação: Profª Drª Olga Akiko Takano”.<br />

“Co-Orientador: Profº Drº Eliseu Alves Waldman”<br />

Índice para Catálogo Sistemático<br />

CDU – 614.47(81)<br />

1. Vacina <strong>Tetravalente</strong><br />

2. Vacina DTPw/Hib<br />

3. Vacina DTP/Hib<br />

4. Vacina DTP<br />

5. Vacina DTPH<br />

6. Imunização – Eventos <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

7. Eventos <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong>l – Saúde Pública<br />

8. Vacina <strong>Tetravalente</strong> – Eventos <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

É expressamente proibida a comercialização deste documento tanto na sua<br />

forma impressa como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida<br />

exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, dede que na reprodução<br />

figure a identificação da autora, título, instituição e ano da dissertação.


FICHA CATALOGRÁFICA<br />

M775a<br />

Monteiro, Sandra Aparecida Moreira Gomes<br />

Avaliação <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. /Sandra Aparecida<br />

Moreira Gomes Monteiro. – 2007.<br />

180p. : il. ; color.<br />

Disssertação (mestrado) – Universidade Federal de<br />

Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Área de<br />

concentração: Epidemiologia, 2007.<br />

“Orientação: Profª Drª Olga Akiko Takano”.<br />

“Co-Orientador: Profº Drº Eliseu Alves Waldman”<br />

Índice para Catálogo Sistemático<br />

CDU – 614.47(81)<br />

1. Vacina <strong>Tetravalente</strong><br />

2. Vacina DTPw/Hib<br />

3. Vacina DTP/Hib<br />

4. Vacina DTP<br />

5. Vacina DTPH<br />

6. Imunização – Eventos <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

7. Eventos <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong>l – Saúde Pública<br />

8. Vacina <strong>Tetravalente</strong> – Eventos <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

É expressamente proibida a comercialização deste documento tanto na sua<br />

forma impressa como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida<br />

exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, dede que na reprodução<br />

figure a identificação da autora, título, instituição e ano da dissertação.


AGRADECIMENTOS


AGRADECIMENTOS


Monteiro, SAMG. Avaliação <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> – 2005. [Dissertação de Mestrado]. Cuiabá: Instituto de Saúde<br />

Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso; 2007.<br />

RESUMO<br />

Objetivo: Analisar os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> (EAPV -T)<br />

notifica<strong>dos</strong> no país desde sua introdução na Rede Pública do <strong>Brasil</strong> em <strong>2002</strong><br />

até 2005. Méto<strong>dos</strong>: Estudo de corte transversal. A população de estudo<br />

abrangeu crianças menores de um ano de idade que receberam pelo menos<br />

uma <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> no território brasileiro. A fonte de da<strong>dos</strong> foi<br />

o Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós -Vacinais (SVEAPV) do<br />

Programa Nacional de Imunizações Resulta<strong>dos</strong>: Foram notifica<strong>dos</strong> 11.558<br />

casos de EAPV-T, resultando em uma taxa de 34,0 casos<br />

notifica<strong>dos</strong>/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, com distribuição heterogênea nas<br />

Unidades da Federação (6,0 - 141,0). Apenas 36,6% de municípios<br />

apresentaram notificação. Foram classifica<strong>dos</strong> como graves 65,3% <strong>dos</strong><br />

casos notifica<strong>dos</strong>. M ostrou-se associado à gravidade do evento, apenas o<br />

intervalo de tempo inferior à uma hora (OR=7,4) e entre uma e seis horas<br />

(OR=3,7). O sexo e a <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong> não apresentaram associação com a<br />

gravidade do evento. Dentre os 14.241 <strong>eventos</strong> notifica<strong>dos</strong> , os mais<br />

freqüentes foram: Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH), Febre e<br />

Convulsão. A evolução para cura sem seqüelas ocorreu em 98,7% <strong>dos</strong><br />

casos notifica<strong>dos</strong>. A taxa de óbitos temporalmente associado foi de 0,04<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas. Conclusões: Ocorreu aumento das<br />

notificações após a introdução da <strong>vacina</strong> combinada <strong>Tetravalente</strong> refletindo<br />

em taxas mais elevadas de notificação de EAPV -T no país em relação à<br />

<strong>vacina</strong> DTP quando aplicada isolada ou simultaneamente à anti -Hib em<br />

sítios separa<strong>dos</strong>, mas essas taxas foram menores que as descritas em<br />

estu<strong>dos</strong> clássicos da <strong>vacina</strong> DTP. O percentual expressivo de casos graves<br />

pode ter ocorrido pelo viés de notificação gerado pela valorização de casos<br />

graves em relação aos <strong>eventos</strong> não -graves. O banco de da<strong>dos</strong> não permitiu<br />

a análise qualitativa da investigação <strong>dos</strong> casos graves. Os da<strong>dos</strong><br />

encontra<strong>dos</strong> indicam a necessidade de novas estratégias para elevar a<br />

sensibilidade da vigilância e alcançar maior homogeneidade do SVEAPV no<br />

<strong>Brasil</strong>.<br />

Palavras-chave: Vacinas, Vacina <strong>Tetravalente</strong>, <strong>vacina</strong> DTPw/Hib, <strong>vacina</strong><br />

DTPH, <strong>vacina</strong> DTP, <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong>, vigilância


Monteiro, SAMG. Avaliação <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> – 2005./ Evaluation of DTP/Hib post-vaccine adverse events.<br />

Brazil, <strong>2002</strong> – 2005. [dissertation]. Cuiabá (BR): Instituto de Saúde Coletiva,<br />

Universidade Federal de Mato Grosso; 2007.<br />

ABSTRACT<br />

Objective: To analyze the DTP/Hib adverse events following imm unisation<br />

(DTPH-AEFI) reported in the country from its introduction to the Brazilian<br />

Public Health System in <strong>2002</strong> up to 2005. Methods: Cross-sectional study.<br />

The population in the study covered children less than one year in age who<br />

received at least one <strong>dos</strong>e of the DTP/Hib vaccine in the Brazilian Health<br />

Services. The data source was the Vaccine Adverse Events Vigilance System<br />

- VAEVS of the National Immunization Program . Results: 11,558 cases of<br />

DTPH-AEFI were reported, resulting in a reporting rate of 34.0 cases per<br />

100,000 applied <strong>dos</strong>es, with heterogeneous distribution in Federal State s (6,0<br />

– 141,0). Only 36.6% of Brazilian municipalities presented reports of DTPH -<br />

AEFI. 65.3% of the reported cases were classified as serious events. Only the<br />

time interval of less than one hour (OR=7.4) and between one and six hours<br />

(OR=3.7) showed association with the case severity. The gender of the patient<br />

and the vaccine <strong>dos</strong>e did not present association statistics with the case<br />

severity. Amongst the 14,241 reported cases, the most frequently DTPH -AEFI<br />

reported was the Hypotonic-Hyporesponsive Episode (HHE), Fever and<br />

Generalized Convulsive Seizure. The evolution to cure without side -effects<br />

occurred in 98.7% of the reported cases. The death rate with temporal<br />

association with the vaccine was 0.04 cases per 100,000 applied <strong>dos</strong>es.<br />

Conclusions: An increase of reports occurred after the introduction of<br />

DTP/Hib combined vaccine, resulting in higher reporting rates DTPH-AEFI<br />

than DTP vaccine in Brazil, when applied isolated or simultaneously to anti -Hib<br />

in different injection sites. However, these rates were lower than the ones<br />

described in DTP vaccine classical researches. The expressive percentage of<br />

serious cases may be due to a reporting bias caused by the val orization of<br />

serious cases in relation to non-serious cases. The database did not allow the<br />

qualitative analysis of investigation of serious cases. The data found indicates<br />

the necessity of new strategies to increase the surveillance sensibility and<br />

reach more homogeneity to VAEVS in Brazil.<br />

Keywords: vaccine, DTP/Hib vaccine, DTPw/Hib vaccine, DTPH vaccine,<br />

DTP vaccine, adverse events, vigilance, surveillance.


ÍNDICE<br />

LISTA DE FIGURAS 10<br />

LISTA DE TABELAS 13<br />

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 15<br />

1 INTRODUÇÃO 17<br />

1.1 ASPECTOS GERAIS DA IMUNIZAÇÃO 17<br />

1.2 HISTÓRICO 18<br />

1.3 IMUNIZAÇÃO, EVENTOS ADV ERSOS PÓS-VACINAIS E<br />

SAÚDE COLETIVA 22<br />

1.4 O PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES 25<br />

1.5 O PROCESSO DE LICENCIAMENTO DAS VACINAS E 28<br />

CONTROLE DE QUALIDADE<br />

1.6 EVENTOS ADVERSOS PÓS -VACINAIS 30<br />

1.7 VIGILÂNCIA DE EVENTOS ADVERSOS PÓS -VACINAÇÃO 34<br />

1.8 A VACINA TETRAVALENTE (DTP/HIB) E SUA<br />

INTRODUÇÃO NO CALENDÁRIO VACINAL BRASILEIRO 43<br />

2 OBJETIVOS 52<br />

3 MATERIAIS E MÉTODOS 53<br />

3.1 DELINEAMENTO 53<br />

3.2 ÁREA E POPULAÇÃO DE ESTUDO 53<br />

3.3 DEFINIÇÕES 53<br />

3.3.1 Definição de caso 53<br />

3.3.2 Definição de caso de Evento Adverso Pós -Vacinal<br />

grave 54<br />

3.3.3 Critérios de inclusão 54<br />

3.3.4 Critérios de exclusão 54<br />

3.4 FONTE DE DADOS 55<br />

3.5 VARIÁVEIS DE ESTUDO 55<br />

3.6 ORGANIZAÇÃO E MANEJO DO BANCO DE DADOS 56<br />

3.7 ANÁLISE DOS DADOS 57<br />

3.8 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 59<br />

4 RESULTADOS 60<br />

4.1 CARACTERÍSTICAS RELATIVAS AOS EVENTOS<br />

ADVERSOS PÓS-VACINA TETRAVALENTE 60<br />

4.1.1 Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo 87<br />

4.1.2 Convulsão 94<br />

4.1.3 Óbitos 101<br />

4.2 CARACTERÍSTICAS RELATIVAS AOS EVENTOS<br />

ADVERSOS PÓS-VACINA DTP 2000-2001 104<br />

4.3 ANÁLISE DE FATORES ASSOCIADOS À GRAVIDADE 120


5 DISCUSSÃO 123<br />

6 CONCLUSÕES 146<br />

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 150<br />

ANEXOS 160<br />

Anexo 1 – Ficha de Notificação de Eventos Adversos Pós-Vacinais 161<br />

Anexo 2 –<br />

Anexo 3 –<br />

Anexo 4 –<br />

Anexo 5 –<br />

Anexo 6 –<br />

Anexo 7 –<br />

Anexo 8 –<br />

Anexo 9 –<br />

Número de <strong>dos</strong>es aplicadas de <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>,<br />

segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005 163<br />

Cobertura <strong>vacina</strong>l para <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> em menores<br />

de 1 ano, segundo Macro-Regiões e Unidades da<br />

Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> – 2005 164<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong>, sexo e<br />

idade de aplicação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005 165<br />

Taxa de distribuição <strong>dos</strong> casos n otifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> por 100.000 <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas, por Macro-Regiões e Unidades da Federação.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005 166<br />

Percentual de Municípios com casos notifica<strong>dos</strong> de<br />

evento adverso pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo Macro-<br />

Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> - 2005 167<br />

Distribuição do número de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> por <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo gravidade,<br />

segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 168<br />

Distribuição do número de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> por <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo conduta frente<br />

ao esquema <strong>vacina</strong>l, segundo Macro -Regiões e Unidades<br />

da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 170<br />

Distribuição do número de c asos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> por <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo evolução, por<br />

Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -<br />

2005. 172


Anexo 10 –<br />

Metodologia de preenchimento da codificação do lote<br />

produzido pelo Laboratório Bio-Manguinhos/FIOCRUZ.<br />

174<br />

Anexo 11 –<br />

Número de <strong>dos</strong>es aplicadas de <strong>vacina</strong> DTP, segundo<br />

Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, 2000 -<br />

2001. 177<br />

Anexo 12 – Cobertura <strong>vacina</strong>l para <strong>vacina</strong> DTP em menores de 1<br />

ano, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação.<br />

<strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 178<br />

Anexo 13 –<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP, segundo <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong>, sexo e idade<br />

de aplicação. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 179<br />

Anexo 14 – Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<br />

<strong>vacina</strong> DTP, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, segundo<br />

Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, 2000 -<br />

2001. 180


LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1 –<br />

Figura 2 –<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> por <strong>dos</strong>e aplicada e idade.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 65<br />

Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas por<br />

Macro-Regiões. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 65<br />

Figura 3 – Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<br />

<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas,<br />

segundo Unidades da Federação . <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 66<br />

Figura 4 –<br />

Figura 5 –<br />

Figura 6 –<br />

Figura 7 –<br />

Figura 8 –<br />

Figura 9 –<br />

Figura 10 –<br />

Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas,<br />

segundo municípios da Região Norte. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005. 67<br />

Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas,<br />

segundo municípios da Região Nordeste. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -<br />

2005. 68<br />

Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>e s aplicadas,<br />

segundo municípios da Região Sudeste. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -<br />

2005. 69<br />

Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas,<br />

segundo municípios da Região Sul. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005. 70<br />

Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas,<br />

segundo municípios da Região Centro -Oeste. <strong>Brasil</strong>,<br />

<strong>2002</strong>-2005 71<br />

Percentual de Municípios com casos notifica<strong>dos</strong> de<br />

<strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, por Unidades<br />

da Federação. 72<br />

Percentual de Municípios com casos notifica<strong>dos</strong> de<br />

<strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, por Macro-<br />

Regiões. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 73


Figura 11 –<br />

Figura 12 –<br />

Figura 13 –<br />

Figura 14 –<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> adver sos<br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> por Macro -Região, ano e mês<br />

de aplicação da <strong>vacina</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005. 74<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> por semana epidemiológica de<br />

aplicação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 75<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> por macro -regiões, segundo<br />

gravidade. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 76<br />

Distribuição proporcional do intervalo entre a aplicação<br />

da <strong>vacina</strong> e o evento adverso pós -<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong><br />

notificado. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 77<br />

Figura 15 – Distribuição da proporção de tipo de atendimento<br />

médico/hospitalização por <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> notifica<strong>dos</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 79<br />

Figura 16 –<br />

Figura 17 –<br />

Figura 18 –<br />

Figura 19 –<br />

Figura 20 –<br />

Figura 21 –<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> segundo conduta frente ao<br />

esquema <strong>vacina</strong>l. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005 81<br />

Distribuição <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de evento s <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> segundo evolução. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -<br />

2005. 83<br />

Distribuição por semana epidemiológica <strong>dos</strong> casos<br />

notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong><br />

relativos aos 6 lotes com maior número de notificações.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 85<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP por <strong>dos</strong>e aplicada e idade. <strong>Brasil</strong>, 2000 -<br />

2001. 107<br />

Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

DTP por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas por Macro -<br />

Regiões. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 108<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP por ano e mês de aplicação. <strong>Brasil</strong>,<br />

2000-2001. 109


Figura 22 –<br />

Figura 23 –<br />

Figura 24 –<br />

Figura 25 –<br />

Figura 26 –<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de evento <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP por ano e semana epidemiológica de<br />

aplicação. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 109<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP por macro-regiões, segundo gravidade.<br />

<strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 110<br />

Distribuição proporcional do intervalo entre a aplicação<br />

da <strong>vacina</strong> e o evento adverso pós -<strong>vacina</strong> DTP notificado.<br />

<strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 112<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de evento s <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP, segundo conduta frente ao esquema<br />

<strong>vacina</strong>l. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 115<br />

Distribuição <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de evento s <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP, segundo evolução. <strong>Brasil</strong>, 2000 -2001. 115


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1 –<br />

Tabela 2 –<br />

Tabela 3 –<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> de acordo com número de<br />

<strong>eventos</strong> apresenta<strong>dos</strong>, segundo Macro -Regiões e<br />

Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 63<br />

Distribuição <strong>dos</strong> principais tipos de evento s <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> notifica<strong>dos</strong>, segundo tempo<br />

decorrido entre a aplicação da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> e a<br />

ocorrência do evento adverso. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005. 78<br />

Distribuição <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, com referência de atendimento<br />

médico/hospitalização, segundo Macro -Regiões e<br />

Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005. 80<br />

Tabela 4 – Distribuição <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> notifica<strong>dos</strong>, segundo tipo e tempo de<br />

atendimento médico/hospitalização. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 82<br />

Tabela 5 –<br />

Taxa <strong>dos</strong> principais <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> notifica<strong>dos</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 86<br />

Tabela 6 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de Episódio<br />

Hipotônico-Hiporresponsivo pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>,<br />

por Macro-Região e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>,<br />

<strong>2002</strong>-2005. 88<br />

Tabela 7 –<br />

Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Episódio<br />

Hipotônico-Hiporresponsivo pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 92<br />

Tabela 8 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de Convulsão pós -<br />

<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, por Macro -Região e Unidades da<br />

Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005. 96<br />

Tabela 9 –<br />

Tabela 10 –<br />

Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Convul são pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005. 99<br />

Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP de acordo com número de <strong>eventos</strong><br />

apresenta<strong>dos</strong>, segundo Macro-Regiões e Unidades da<br />

Federação. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 105


Tabela 11 –<br />

Tabela 12 –<br />

Tabela 13 –<br />

Tabela 14 –<br />

Tabela 15 –<br />

Distribuição <strong>dos</strong> principais tipos de evento s <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP notifica<strong>dos</strong>, segundo tempo decorrido<br />

entre a aplicação da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> e a ocorrência<br />

do evento adverso. <strong>Brasil</strong>, 2000 -2001. 110<br />

Distribuição <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP, com referência de atendimento<br />

médico/hospitalização, segundo Macro -Regiões e<br />

Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, 2000 -2001. 113<br />

Distribuição <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP<br />

notifica<strong>dos</strong>, segundo tipo e tempo de atendimento<br />

médico/hospitalização. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 114<br />

Taxa <strong>dos</strong> principais <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP<br />

notifica<strong>dos</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas. <strong>Brasil</strong>, 2000 -<br />

2001. 116<br />

Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Episódio<br />

Hipotônico-Hiporresponsivo pós-<strong>vacina</strong> DTP. <strong>Brasil</strong>,<br />

2000-2001. 118<br />

Tabela 16 – Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Convulsão pós -<br />

<strong>vacina</strong> DTP. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 119<br />

Tabela 17 –<br />

Análise Bivariada relativos a fatores associa<strong>dos</strong> à<br />

gravidade <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005. 121<br />

Tabela 18 – Modelo final da Regressão Logística analisando os<br />

fatores associa<strong>dos</strong> à gravidade do s casos notifica<strong>dos</strong> de<br />

<strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -<br />

2005. 121<br />

Tabela 19 – Análise Bivariada relativa aos fatores associa<strong>dos</strong> à<br />

gravidade <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> DTP. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 122<br />

Tabela 20 – Modelo final da Regressão Logística analisando os<br />

fatores associa<strong>dos</strong> à gravidade <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de<br />

<strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001. 122


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

ANVISA<br />

Agência Nacional de Vigilância Sanitária<br />

CAEFISS Canadian Adverse Events Following Immunization<br />

Surveillance System<br />

CDC<br />

CRIE<br />

Centers for Disease Control and Prevention<br />

Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais<br />

CGPNI Coordenação Geral do Programa Nacional de<br />

Imunizações<br />

DATASUS<br />

DNEES<br />

DTP<br />

DTPa<br />

DTPH<br />

DTPH-AEFI<br />

EAPV-DTP<br />

EAPV-T<br />

EHH<br />

EUSAFEVAC<br />

FDA<br />

GAVI<br />

GSK<br />

Hib<br />

IBGE<br />

IMPACT<br />

INCQS<br />

Departamento de Informática do Sistema Único de<br />

Saúde do Ministério da Saúde<br />

Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística de<br />

Saúde<br />

Vacina tríplice bacteriana, contra difteria, tétano e<br />

coqueluche<br />

Vacina tríplice bacteriana acelular, contra difteria, tétano<br />

e coqueluche<br />

Vacina combinada <strong>Tetravalente</strong> DTP/Hib<br />

DTPH adverse events following immunization<br />

Eventos Adversos Pós-Vacina DTP<br />

Eventos Adversos Pós-Vacina <strong>Tetravalente</strong><br />

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo<br />

European Research Program for Improved Vaccine<br />

Safety Surveillance<br />

Food and Drugs Administration<br />

Aliança Global para Vacinas e Imunizações<br />

Laboratório GlaxoSmithKline<br />

Haemophilus influenzae tipo b<br />

Instituto <strong>Brasil</strong>eiro de Geografia e Estatística<br />

Immunization Monitoring Program Act ive<br />

Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde


MSAEFI Monitoring System for Adverse Events Following<br />

Immunization<br />

MS<br />

NCVIA<br />

OMS<br />

PAHO<br />

PAI<br />

PHAC<br />

PNI<br />

PNUD<br />

PSF<br />

Ministério da Saúde<br />

National Childhood Vaccine Injury Act<br />

Organização Mundial de Saúde<br />

Pan American Health Organization<br />

Programa Ampliado de Imunizações<br />

Public Health Agency of Canada<br />

Programa Nacional de Imunizações<br />

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento<br />

Programa de Saúde da Família<br />

SI-EAPV Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós -<br />

Vacinais<br />

SMSL<br />

SPSS<br />

SVEAPV<br />

SVS<br />

TETRAVALENTE<br />

UNICEF<br />

UTI<br />

VAAESS<br />

VAERS<br />

VAEVS<br />

VIGAT<br />

VSD<br />

VSU<br />

WHO<br />

Síndrome da Morte Súbita do Lactente<br />

Statistical Package for Social Sciences<br />

Sistema Nacional de Vigilância de Eventos Adversos<br />

Pós-Vacinais<br />

Secretaria de Vigilância em Saúde<br />

Vacina combinada DTP/Hib<br />

Fundo das Nações Unidas para a Infância<br />

Unidade de Terapia Intensiva<br />

Vaccine Associated Adverse Events Surveillance Sys tem<br />

Vaccine Adverse Event Reporting<br />

Vaccine Adverse Events Vigilance System<br />

Vigilância Ativa de Eventos Adversos Pós -Vacina<br />

<strong>Tetravalente</strong><br />

Vaccine Safety Datalink<br />

Vaccine Safety Unit<br />

World Health Organization


17<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

1.1 ASPECTOS GERAIS DA IMUNIZAÇÃO<br />

O objetivo principal da imunização é a erradicação da doença; o<br />

objetivo imediato é a prevenção da doença em indivíduos ou grupos. A<br />

erradicação global da varíola em 1977 e a eliminação da p oliomielite das<br />

Américas em 1991, do Pacífico Ocidental 1 em 1997 e da Europa em 1998,<br />

são modelos de controle de doenças através da imunização. Estes dois<br />

feitos foram atingi<strong>dos</strong> combinando -se um programa de imunização efetivo<br />

com vigilância epidemiológica intensiva e medidas eficient es de Saúde<br />

Pública (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS , 2000; THE GLOBAL<br />

POLIO ERADICATION INICIATIVE , 2006).<br />

A <strong>vacina</strong>ção tornou-se, assim, um componente essencial <strong>dos</strong><br />

modernos programas de Saúde Pública, situando -se entre as intervenções<br />

médicas de melhor custo-benefício e a maior realização em Saúde Pública<br />

do Século XX (ELLENBERG e CHEN , 1997; CDC, 1999a).<br />

Apesar do aprimoramento <strong>dos</strong> processos utiliza<strong>dos</strong> em sua<br />

produção e purificação, as <strong>vacina</strong>s são constituídas por agentes infecciosos<br />

atenua<strong>dos</strong> ou inativa<strong>dos</strong>, ou por algum de seus produtos ou componentes,<br />

que podem induzir a ocorrência de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> (MINISTÉRIO DA<br />

1 A Organização Mundial da Saúde trabalha com seis regiões: Américas, África, Europa,<br />

Pacífico Ocidental, Leste do Mediterrâneo e Sudeste Asiático.


18<br />

SAÚDE, 1998). As <strong>vacina</strong>s, como to<strong>dos</strong> os outros produtos farmacêuticos,<br />

não são, portanto, inteiramente livres de riscos (ELLENBERG e CHEN , 1997).<br />

Os benefícios da <strong>vacina</strong>ção são medi<strong>dos</strong> pela redução da<br />

incidência das doenças por ela prevenidas (ISKANDER<br />

et al., 2004). O<br />

sucesso <strong>dos</strong> programas de imunização reduziu o peso de um grande<br />

número de doenças infecciosas em escala global. Como conseqüê ncia, o<br />

impacto dessas devastadoras doenças tem sido, cada vez mais,<br />

desconhecido pela população, principalmente em países industrializa<strong>dos</strong>.<br />

Com a diminuição do medo dessas doenças imunopreveníveis, o foco de<br />

interesse tem mudado na direção de verdadeiros e presumi<strong>dos</strong> “<strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong>” das <strong>vacina</strong>s ( HEININGER, 2004). Assim, a morbidade associada,<br />

ou presumidamente associada, com a <strong>vacina</strong> pode causar mais apreensão<br />

ao público do que as doenças em si (SMEETH et al., <strong>2002</strong>).<br />

1.2 HISTÓRICO<br />

A história da <strong>vacina</strong>ção está pontilhada de incidentes que<br />

expressam, alternadamente, grande entusiasmo pelo procedimento ou, ao<br />

contrário, furiosa rejeição. Pasteur e Sabin foram sauda<strong>dos</strong> como heróis, ao<br />

passo que Oswaldo Cruz foi execrado por boa parte da opinião pública por ter<br />

introduzido a <strong>vacina</strong> obrigatória contra a varíola no Rio de Janeiro em 1904,<br />

no episódio que ficou conhecido como Revolta da Vacina (SCLIAR, 2005).<br />

Naquele ano, uma epidemia de varíola assolou a cidade, então<br />

capital da República. Em apenas cinco mes es, 1.800 pessoas foram


19<br />

internadas. Diante da gravidade apresentada, o governo federal decidiu<br />

intervir na situação. Embora houvesse lei anterior estabelecendo a<br />

imunização compulsória das crianças contra a doença, ela nunca havia sido<br />

cumprida. Foi então necessário que o governo enviasse um projeto ao<br />

Congresso Nacional reinstaurando a obrigatoriedade da <strong>vacina</strong>ção<br />

antivariólica. Estarrecida, a população rebelou -se contra as medidas e<br />

nasceu uma violenta oposição a Oswaldo Cruz, reunindo jornalistas,<br />

parlamentares e associações de trabalhadores. No dia 13 de novembro de<br />

1904, estourou a revolta propriamente dita, colocando em la<strong>dos</strong> opostos<br />

população e governo. Foram registra<strong>dos</strong> choques com a polícia, greves,<br />

barricadas, quebra-quebra, tiroteios (MINISTÉRIO D A SAÚDE, 2004a).<br />

Hoje, mais de 100 anos após a Revolta da Vacina, a varíola<br />

encontra-se erradicada no mundo e a poliomielite eliminada em várias<br />

regiões. A imunização diminuiu drasticamente os casos de difteria,<br />

coqueluche, tétano, sarampo, caxumba, rubéola (congênita e adquirida),<br />

febre amarela e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.<br />

Constata-se, pelo êxito <strong>dos</strong> Dias Nacionais de Vacinação que a adesão da<br />

população aproxima-se de 100%.<br />

MOULIN (2003) fez uma análise crítica a respeito da h istória da<br />

<strong>vacina</strong>ção, revelando a complexidade do fenômeno <strong>vacina</strong>l ao se adotar<br />

uma perspectiva que combina ciências biológicas e sociais. Referiu não<br />

existir uma única história da <strong>vacina</strong>ção, mas sim <strong>vacina</strong>s que surgiram em<br />

diferentes perío<strong>dos</strong> e países. A partir dessa abordagem antropológica, pode -<br />

se deixar de atribuir a resistência das populações às campanhas de


20<br />

imunização ao atraso <strong>dos</strong> homens, considerando o fenômeno em toda a sua<br />

complexidade, ao mesmo tempo científica, política e social.<br />

A guerra da <strong>vacina</strong> era, para além da recusa da <strong>vacina</strong>ção, a<br />

explosão de uma profunda oposição aos programas de higienização do<br />

espaço urbano. Os novos planos <strong>dos</strong> engenheiros não levaram em conta as<br />

necessidades do pequeno comércio informal e substituíram a densa rede de<br />

vielas da capital federal – que encarnava as solidariedades, flexíveis e<br />

fortes, do povo – por espaço aberto e purificado à Haussma nn 2 . De um lado,<br />

os cientistas arma<strong>dos</strong> de certezas, do outro lado, um povo oprimido por<br />

inúmeras medidas das quais se perceb e a forma autoritária e a negação de<br />

justiça e igualdade, que manifestava com a revolta contra a <strong>vacina</strong>ção uma<br />

reação à violência, à derrota política e à expulsão do centro vital da cidade<br />

(MOULIN , 2003).<br />

A passagem da resistência para a aceitabilidade é sintomática de<br />

um reequilíbrio da relação <strong>dos</strong> indivíduos com a ciência médica. Na análise<br />

antropológica da história pode -se constatar que em várias ocasiões a<br />

segurança do indivíduo foi sacrificada ao bem público, mesmo que em razão<br />

do acaso biológico ligado à idiossincrasia (MOULIN , 2003).<br />

A história recente da política de imunizações no <strong>Brasil</strong> tem como<br />

marco o ano de 1973, com o término da campanha de erradicação da<br />

Barão Georges-Eugène Haussmann — foi prefeito do departamento do Sena (França)<br />

entre 1853 e 1870, tendo sido encarregado pelo Imperador Napoleão III de modernizar a<br />

cidade de Paris; para isso demoliu as ruas sujas e apinhadas da cidade medieval e criou<br />

uma capital ordenada sobre a geometria de avenidas e bulevare s. É uma referência na<br />

história do urbanismo e das cidades.


21<br />

varíola, iniciada em 1962, e a criação do Programa Nacional de Imunizações<br />

– PNI (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003; MOULIN, 2003).<br />

A década de 1970, anos de contrastes e de enfrentamento de<br />

múltiplos modelos e projetos no campo da saúde, fo i determinante para a<br />

atual configuração do sistema de saúde brasileiro. Foi um tempo de<br />

introdução de propostas racionalizadoras, do planejamento como<br />

instrumento do desenvolvimento de políticas públicas, do surgimento de<br />

iniciativas que propugnavam a universalização <strong>dos</strong> cuida<strong>dos</strong> em saúde e da<br />

estruturação de um novo campo de saber e práticas, o denominado<br />

Movimento Sanitário <strong>Brasil</strong>eiro, que originou a Saúde Coletiva (PAIM e<br />

ALMEIDA, 1998; TEMPORÃO, 2003).<br />

Aquele momento específico de desenvolvimento da política de<br />

saúde permitiu apreender, portanto, um movimento com três faces: o<br />

fortalecimento das práticas méd icas como espaço de estruturação de uma<br />

nova etapa no processo de capitalização da saúde; a modernização <strong>dos</strong><br />

espaços e das práticas institucionais com programas de extensão de<br />

cobertura, <strong>dos</strong> quais o PNI é um exemplo ; e o surgimento de um<br />

pensamento crítico que questiona as duas anteriores (TEMPORÃO , 2003).<br />

Em 1975 foi promulgada a lei 6.259 (BRASIL, 1975) que dispunha<br />

sobre a organização das ações de vigilância epidemiológica, da notificação<br />

compulsória de doenças e da regulamentação do PNI. Esta lei tornou<br />

obrigatória a <strong>vacina</strong>ção básica no primeiro ano de vida , sujeitando os pais<br />

infratores à suspensão do pagamento do salário -família.<br />

A Constituição de 1988 refere-se à saúde como um "direito de


22<br />

to<strong>dos</strong> e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas<br />

que visem à redução do risco de doenças ou outros agravos e ao acesso<br />

universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e<br />

recuperação do indivíduo" (BRASIL, 1988).<br />

Portanto, o <strong>Brasil</strong> e também outros países criaram dispositivos<br />

legais que obrigam a imunização inf antil das <strong>vacina</strong>s incluídas no c alendário<br />

<strong>vacina</strong>l, e para tanto as <strong>vacina</strong>s são oferecidas gratuitamente pelo governo a<br />

toda a população do país, sendo inclusive obrigatório o cumprimento do<br />

calendário <strong>vacina</strong>l para a matrícula em escolas e creches em todo o território<br />

nacional. O Estatuto da Criança e do Adolescente, que dispõe sobre a<br />

proteção integral à criança e ao adolescente , quando afirma que "é<br />

obrigatória a <strong>vacina</strong>ção das crianças nos casos recomenda<strong>dos</strong> pelas<br />

autoridades sanitárias" , também está baseado nos princípios que norteiam<br />

as ações preventivas e constitui, assim, a <strong>vacina</strong>ção um direito coletivo de<br />

proteção à saúde (BRASIL, 1990).<br />

1.3 IMUNIZAÇÃO, EVENTOS ADVERSOS PÓS -VACINAIS E SAÚDE<br />

COLETIVA<br />

A imunização<br />

é, ao mesmo tempo, uma prática de saúde<br />

individual e de saúde coletiva. Para romper a cadeia epidemiológica de<br />

algumas doenças é necessário imunizar certo percentual da população. Esta<br />

é uma obrigação que cada cidadão deve a si mesmo, ou - caso ele não<br />

reconheça tal obrigação como indivíduo<br />

- à comunidade. Tuberculose,


23<br />

coqueluche, poliomielite e sarampo são exemplos de doenças<br />

transmissíveis, em que um caso pode gerar outros, às vezes em caráter<br />

epidêmico (SCLIAR, 2005).<br />

Sob a perspectiva da saúde coletiva, a imunização está<br />

fundamentada em três motivos éticos: sua virtude antecipatória, o princípio<br />

da universalidade e a capacidade de atenuação <strong>dos</strong> conflitos. A virtude<br />

antecipatória da imunização manifesta -se na capacidade de, como<br />

intervenção, antecipar-se à doença e ao dano, preservando a autonomia da<br />

pessoa humana, permitindo assim a realização plena de seu potencial<br />

genético e impedindo que os prejuízos à saúde reduzam suas chances no<br />

justo compartilhamento de todas as oportunidades que a sociedade oferec e.<br />

Assim, ao beneficiar todas as classes sociais e todas as nações do mundo, a<br />

<strong>vacina</strong>ção tem um potencial igualitário, expressão do princípio da<br />

universalidade e da igualdade de oportunidades. E ainda que a imunização<br />

não elimine os contrastes - nem entre interesses, nem entre legítimos<br />

valores humanos<br />

- constitui-se em uma maneira de agir oportuna e<br />

apropriada para promover e manter a eqüidade social, concorrendo para a<br />

justiça e a saúde entre os homens (BARATA , 1999).<br />

Por to<strong>dos</strong> estes motivos, a imunização tem sido considerada um<br />

eficaz procedimento preventivo tanto pelos profissionais de saúde como<br />

pelos governos. Este consenso fez com que esta prática raramente tenha<br />

sido questionada do ponto de vista ético (LOCH, 2005).<br />

Há uma peculiaridade, porém, sobr e a imunização que a faz<br />

diferente de outras medidas preventivas, pois pode consistir na inoculação


24<br />

de um agente patogênico, mesmo que atenuado, num organismo sadio e,<br />

conseqüentemente, esta intervenção pode gerar <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 199 8).<br />

A descoberta e o desenvolvimento das primeiras <strong>vacina</strong>s<br />

implicaram riscos, exigiram grande coragem e só foram possíveis graças a<br />

um contexto histórico no qual as epidemias provocavam terror entre as<br />

populações (MARTINS e MAIA , 2003). As epidemias de varíola, como a<br />

ocorrida em Cuiabá durante do final do século XIX, por exemplo, matou mais<br />

da metade <strong>dos</strong> habitantes (MONTEIRO, 2001).<br />

Em situações de epidemias, ou de alta incidência de doenças<br />

graves, os riscos associa<strong>dos</strong> às <strong>vacina</strong>s tendem a ser menos valo riza<strong>dos</strong><br />

(saldo favorável à <strong>vacina</strong> em uma análise clássica de risco versus benefício<br />

comparando-se <strong>vacina</strong>s e doenças). A <strong>vacina</strong> antivariólica era a pior das<br />

<strong>vacina</strong>s no que se refere a <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> - causava febre, às vezes<br />

lesões <strong>vacina</strong>is disseminadas e havia, embora raramente, casos de<br />

encefalite <strong>vacina</strong>l. Entretanto, foi com ela, e através da uma <strong>vacina</strong>ção<br />

obrigatória feita casa a casa, que a varíola foi erradicada no mundo<br />

(MARTINS e MAIA, 2003).<br />

No contexto da Saúde Coletiva inicia -se, juntamente com<br />

o<br />

conceito de controle, o planejamento em saúde com a básica determinação<br />

do custo versus benefício (NUNES , 1994). No entanto, sabemos que quanto<br />

melhor forem as estratégias de promoção de saúde, em longo prazo, menos<br />

pessoas ficarão doentes e menos recurs os serão necessários para seus<br />

tratamentos.


25<br />

Num contexto secular, a promoção e a preservação da saúde são<br />

vistas como uma evidência de respeito pela humanidade, pelo homem como<br />

ser racional. Os benefícios das <strong>vacina</strong>s, na concepção da saúde coletiva,<br />

estão bem fundamenta<strong>dos</strong> nos princípios da beneficência, da não -<br />

maleficência e da justiça social. Do ponto de vista ético, a peculiaridade de a<br />

imunização ser uma interferência física num organismo sadio, constituindo -<br />

se numa estratégia preventiva e não no trata mento de uma doença<br />

estabelecida, traz consigo a necessidade de informação detalhada <strong>dos</strong><br />

riscos/benefícios (LOCH, 2005).<br />

O declínio acelerado da morbimortalidade por doenças<br />

imunopreveníveis, porém, trouxe à observação <strong>dos</strong> profissionais que atuam<br />

principalmente nas áreas de saúde pública, epidemiologia, infectologia e<br />

imunizações um aumento de notificação e investigação de casos de <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong>is, em sua grande maioria benignos e transitórios<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 ). Estu<strong>dos</strong> científicos com base em<br />

observações de campo sobre os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong>is têm, assim,<br />

se tornado mais freqüentes, no<br />

país e no mundo, e os conceitos e<br />

informações técnicas são a cada dia mais consistentes.<br />

1.4 O PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES<br />

Durante a primeira metade do século XX, a utilização das <strong>vacina</strong>s<br />

esteve praticamente restrita aos países industrializa<strong>dos</strong>. Em escala mundial,<br />

a cobertura geográfica da <strong>vacina</strong>ção era (e ainda é) muito heterogênea. A


26<br />

primeira implementação em escala planetária de uma vacin a deu-se com a<br />

<strong>vacina</strong> da varíola, iniciada em 1956, sob o patrocínio da Organização<br />

Mundial de Saúde (OMS). O objetivo era erradicar a doença, o que foi<br />

alcançado nos países industrializa<strong>dos</strong> por volta de 1960 e, em todo o<br />

mundo, em 1977. Permanece como o ú nico caso de erradicação global de<br />

uma doença infecciosa humana e deveu -se a condições muito favoráveis:<br />

uma estratégia bem delineada, uma <strong>vacina</strong> estável, muito eficaz e barata,<br />

apesar de bastante reatogência (PLOTKIN, 1994).<br />

No seguimento do sucesso conse guido com a varíola, em 1974 a<br />

OMS criou o “Programa Ampliado de Imunizações” (PAI), que incluía meta<br />

de altas coberturas inicialmente para sei s <strong>vacina</strong>s contra as seguintes<br />

doenças: tuberculose (BCG), difteria, té tano, coqueluche, poliomielite<br />

e<br />

sarampo. Mais tarde a OMS adicionaria a febre amarela e a hepatite B. Essa<br />

seleção foi feita com base na alta morbimortalidade destas doenças e na<br />

disponibilidade de <strong>vacina</strong>s bem experimentadas e baratas (MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE, 2003).<br />

O <strong>Brasil</strong>, saindo na vanguarda, já havia formulado em 1973 o PNI,<br />

por determinação do Ministério da Saúde (MS) , a partir do aprimoramento<br />

metodológico no desenvolvimento de estratégias integradas de controle de<br />

doenças por <strong>vacina</strong>ção adquirido pela Divisão Nacional de Epidemiologia e<br />

Estatística de Saúde (DNEES) do seu Departamento Nacional de Profilaxia e<br />

Controle de Doenças, com o objetivo de coordenar as ações de imunizações<br />

que se caracterizavam, até então, pela descontinuidade, pelo caráter


27<br />

episódico e pela reduzida área de cobertura (TE MPORÃO, 2003;<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).<br />

Ao longo do tempo, a atuação do PNI, ao consolidar uma estratégia<br />

de âmbito nacional, apresentou na sua missão institucional precípua<br />

consideráveis avanços, alcança<strong>dos</strong> pelo fato de ter-se adaptado, ao longo<br />

dessas mais de três décadas, às mudanças institucionais por que passou o<br />

Ministério da Saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Atualmente, o PNI<br />

apresenta um novo perfil gerencial, descentralizado, com integração entre os<br />

três níveis de governo, que discutem juntos no rmas, definições, metas e<br />

resulta<strong>dos</strong>. O grande executor das ações de va cinação agora é o município.<br />

Os esta<strong>dos</strong> coordenam e assessoram tecnicamente, e o Ministério da Saúde<br />

mantém as ações essenciais, como o fornecimento das <strong>vacina</strong>s<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 20 03). O PNI é, hoje, parte integrante do<br />

Programa da Organização Mundial da Saúde, com o apoio técnico,<br />

operacional e financeiro do Fundo das Nações Unidas para a Infância -<br />

UNICEF, e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações<br />

Unidas para o Desenvolvimento - PNUD (CARVALHO e EDUARDO, 1998).<br />

As altas coberturas <strong>vacina</strong>is no <strong>Brasil</strong>, como um todo, refletem a<br />

confiança da população no PNI e a credibilidade do Programa perante a<br />

comunidade médica brasileira (MARTINS e MAIA, 2003) e organismos<br />

internacionais, sendo hoje o PNI citado como referência mundial, inclusive<br />

estabelecendo cooperação técnica em inúmeros países (FEIJÓ e SÁFADI ,<br />

2006).<br />

As ações do PNI resultaram em uma substancial alt eração no


28<br />

perfil de morbimortalidade da população brasileira nas últimas décadas,<br />

sendo um traço marcante das modificações o declínio no peso relativo das<br />

doenças infecciosas e parasitárias, notadamente as doenças<br />

imunopreveníveis (WALDMAN, 1999).<br />

1.5 O PROCESSO DE LICENCIAMENTO DAS VACINAS E<br />

CONTROLE DE QUALIDADE<br />

Assim como de outros produtos farmacêuticos, o processo de<br />

desenvolvimento e licenciamento de uma nova <strong>vacina</strong> é extremamente<br />

laborioso, objetivando o maior grau possível de proteção (eficácia) c om o<br />

menor número possível de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> (inocuidade) , antes de seu<br />

registro como produto a ser comercializado .<br />

Inicialmente são realiza<strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong> de laboratório e em animais<br />

de experimentação (ensaios pré-clínicos), visando estabelecer segurança e<br />

atividade biológica. A seguir a <strong>vacina</strong> é testada em ensaios clínicos em<br />

humanos, cumprindo as três fases recomendadas pela OMS :<br />

- Fase I: em pequenos grupos de 10 a 100 voluntários adultos sãos, para<br />

estabelecer sua segurança, imunogenicidade (preliminar) e <strong>dos</strong>ificação;<br />

- Fase II: em grupos de 50 a poucas centenas de voluntários, visando<br />

principalmente a avaliação da efetividade, imunogenicidade, segurança,<br />

<strong>dos</strong>e-resposta e reações adversas;<br />

- Fase III: esta fase, com tamanho das amostras geralmente de 1.000 ou<br />

mais voluntários sãos, objetiva principalmente o conhecimento da eficácia


29<br />

clínica, verificação da efetividade e monitoração de reações adversas ;<br />

muitos destes estu<strong>dos</strong> incluem grupo placebo e os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> são<br />

detecta<strong>dos</strong> de maneira duplo cega. (ELLENBERG e CHEN, 1997;<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998, 2005 a; RODRIGUES, 1999; BRITO, 2000;<br />

FRITZELL, <strong>2002</strong>; ISKANDER et al., 2004).<br />

Apesar de todo esse processo , tais amostras ainda são de<br />

tamanho insuficiente para detectar <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> raros. Além disso ,<br />

ensaios <strong>vacina</strong>is são geralmente realiza<strong>dos</strong> em populações bem definidas e<br />

homogêneas, com tempo de acompanhamento relativamente curto, o que<br />

limita sua generalização. Assim,<br />

a avaliação pós-licenciamento da<br />

segurança da <strong>vacina</strong> é fundamental.<br />

Essa avaliação é realizada pelos<br />

sistemas de vigilância passiva de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong>is e estu<strong>dos</strong><br />

epidemiológicos retrospectivos ( denomina<strong>dos</strong> de fase IV), que tem o<br />

potencial de fornecer avaliação de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> raros, tempor almente<br />

associa<strong>dos</strong> à imunização e que não foram detecta<strong>dos</strong> dura nte os testes<br />

clínicos prévios (ROSENTHAL et al., 1996; AMERICAN ACADEMY OF<br />

PEDIATRICS, 2000; BRITO, 2000; ISKANDER et al., 2004).<br />

To<strong>dos</strong> os procedimentos de fabricação da <strong>vacina</strong> licenciada<br />

também são estritamente regula<strong>dos</strong> e continuamente avalia<strong>dos</strong>. Antes da<br />

liberação para o público, cada lote de <strong>vacina</strong> é submetido a rigorosos testes ,<br />

que obedecem critérios internacionais para controle de qualidade de <strong>vacina</strong>s<br />

e asseguram a potência <strong>vacina</strong>l e ausência de contaminação (ELLEMBERG<br />

e CHEN, 1997; BRITO, 2000). No <strong>Brasil</strong>, o responsável por esta atividade é<br />

o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), unidade


30<br />

técnico-cientifica da Fundação Oswaldo Cruz , e que está diretamente<br />

articulada com o Sistema Nacional de V igilância Sanitária. Desde 1983,<br />

to<strong>dos</strong> os lotes de imunobiológicos adquiri<strong>dos</strong> pelos programas oficiais de<br />

imunização são analisa<strong>dos</strong> pelo INCQS, antes de serem utiliza<strong>dos</strong> n a<br />

população. A avaliação é feita através de análise laboratorial e de análise de<br />

documentação (protocolo de produção e controle de qualidade emitida pelo<br />

produtor). Na análise laboratorial, são realiza<strong>dos</strong> ensaios específicos para<br />

cada tipo de imunobiológico, e, em geral, podemos classificar estes ensaios<br />

em biológicos (potência, termoestab ilidade, identidade, toxicidade<br />

inespecífica, toxicidade específica e pirogênio), microbiológicos (esterilidade<br />

bacteriana e fúngica, contagem de bactérias viáveis) e químicos e/ou físico -<br />

químicos (pH, concentração de proteínas, concentração de conservante s,<br />

concentração de adjuvantes, conteúdo de polissacarídeo, dentre outros .<br />

Com base nestas duas avaliações é emitido um laudo de análise para<br />

orientação aos programas de imunização, quanto à qualidade do produto . As<br />

análises laboratoriais podem auxiliar na elucidação das causas de <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> supostamente atribuí<strong>dos</strong> à <strong>vacina</strong> (BRITO, 2000; MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE, 2005a).<br />

1.6 EVENTOS ADVERSOS PÓS -VACINAIS<br />

Entende-se por evento adverso toda situação clínica ocorrida em<br />

tempo variável após a utilização de p rodutos imunobiológicos, respeitando -<br />

se um diagnóstico diferencial adequado, o afastamento de situação


31<br />

coincidente e a plausibilidade biológica do evento (MINISTÉRIO DA SAÚDE,<br />

2005a, 2005b).<br />

Em <strong>vacina</strong>ção, nem tudo o que é subseqüente é conseqüente<br />

(WECKX, 2003). Determinar a causalidade de <strong>eventos</strong> pós -<strong>vacina</strong>ção<br />

associa<strong>dos</strong> com uma <strong>vacina</strong> específica é desafiador e requer cuida<strong>dos</strong>a<br />

análise de todas as evidências científicas, avaliação da qualidade e<br />

consistência <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> e consideração da plausibilidade biol ógica entre a<br />

<strong>vacina</strong> e o evento (ISKANDER et al., 2004; TOZZI, 2004).<br />

Os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong>is podem ser causa<strong>dos</strong> pela<br />

aplicação das <strong>vacina</strong>s, ser desencadea<strong>dos</strong> pelas <strong>vacina</strong>s em pacientes com<br />

determina<strong>dos</strong> fatores predisponentes (tais como convulsõe s febris), ou ser<br />

<strong>eventos</strong> independentes, associa<strong>dos</strong> temporalmente à <strong>vacina</strong>ção, como as<br />

intercorrências infecciosas. Portanto, a incidência de reações indesejáveis<br />

provocadas pelas <strong>vacina</strong>s varia de acordo com as características do produto<br />

utilizado e as peculiaridades da pessoa que o recebe (MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE, 1998, 2005a).<br />

Os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-imunização podem variar de triviais e<br />

inconvenientes a graves e ameaçadores à vida. Alguns <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

são observa<strong>dos</strong> com freqüência relativamente alta dep ois da administração<br />

de algumas <strong>vacina</strong>s. Esses <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> mais comuns são<br />

normalmente leves a modera<strong>dos</strong> e sem seqüelas permanentes, isto é, são<br />

manifestações geralmente benignas e transitórias. Em geral são reações<br />

intrínsecas ao antígeno imunizante<br />

ou a algum outro componente das<br />

<strong>vacina</strong>s como, por exemplo, febre e dor no local decorrente da aplicação.


32<br />

Abscessos estéreis podem ocorrer, resultando, provavelmente, da natureza<br />

irritante de algumas <strong>vacina</strong>s ou de seu adjuvante ou<br />

da inoculação<br />

inadvertida<br />

subcutânea de uma <strong>vacina</strong> feita para uso intramuscular<br />

(MANSOOR e PILLANS, 1997; SANTANA, 1999; AMERICAN ACADEMY<br />

OF PEDIATRICS, 2000).<br />

Raramente os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> após imunização conduzem a<br />

seqüelas permanentes ou morte (BARLOW et al., 2001). Estes efeitos<br />

individuais não são previsíveis. É importante ressaltar que a ocorrência de<br />

um evento adverso após a imunização não prova que a <strong>vacina</strong> causou os<br />

sinais e sintomas (MINISTÉRIO DA SAÚDE , 1998).<br />

A maioria das <strong>vacina</strong>s é aplicada em lactentes e crianças dur ante<br />

um período de suas vidas em que certas condições clínicas manifestam -se<br />

com maior freqüência, como os distúrbios convulsivos (SMEETH et al.,<br />

<strong>2002</strong>). No caso de <strong>vacina</strong>s de vírus vivos, a associação etiológica definitiva<br />

entre a <strong>vacina</strong> e a doença subseqü ente exige o isolamento do vírus <strong>vacina</strong>l<br />

do paciente. Entretanto, mesmo esta generalização tem exceções, como o<br />

vírus <strong>vacina</strong>l da poliomielite, que é encontrado habitualmente na garganta de<br />

<strong>vacina</strong><strong>dos</strong> durante 1 a 2 semanas e nas fezes durante semanas após a<br />

imunização. A ocorrência de uma síndrome neurológica, como uma<br />

encefalite, durante este período, não prova que o poliovírus <strong>vacina</strong>l causou a<br />

doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE , 1998).<br />

A associação de um evento clínico adverso com uma <strong>vacina</strong><br />

específica é sugerida se o evento ocorre em taxa significativamente maior<br />

em receptores da <strong>vacina</strong> do que em grupos não <strong>vacina</strong><strong>dos</strong>, de idade e local


33<br />

de residência semelhantes, ou quando o mesmo evento ocorre após <strong>dos</strong>es<br />

subseqüentes da mesma <strong>vacina</strong>. Acúmulo fora do habitual, em associação<br />

temporal, de um determinado evento adverso com <strong>vacina</strong>ção anterior,<br />

reforça a hipótese de associação causal<br />

e deve ser investigada<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998; FERNANDES et al., 2005).<br />

Os verdadeiros <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> são apenas uma fração do que<br />

é imputado às <strong>vacina</strong>ções. Muitos <strong>eventos</strong> são intercorrências devidas ao<br />

acaso, mas quando um aumento da freqüência ou intensidade habitual <strong>dos</strong><br />

<strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> (“surtos”) ocorre, uma investigação adequada deve ser<br />

realizada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998 , 2005a).<br />

São três os pontos básicos para uma investigação <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong>is (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998, 2005a):<br />

- fatores relaciona<strong>dos</strong> à <strong>vacina</strong>: inclui o tipo (viva ou não -viva), cepa, o<br />

meio de cultivo <strong>dos</strong> microrganismos, processo de inativação ou<br />

atenuação, adjuvantes, estabilizadores ou substâncias conservadoras , o<br />

lote da <strong>vacina</strong>;<br />

- fatores relaciona<strong>dos</strong> aos <strong>vacina</strong><strong>dos</strong> : idade, sexo, número de <strong>dos</strong>es e<br />

datas das <strong>dos</strong>es anteriores da <strong>vacina</strong>, <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> às <strong>dos</strong>es<br />

prévias, doenças concomitantes, do enças alérgicas, auto-imunidade,<br />

deficiência imunológica;<br />

- fatores relaciona<strong>dos</strong> à administração (injetor a pressão, agulha e seringa,<br />

ponto de inoculação, via de inoculação - intradérmica, subcutânea ou<br />

intramuscular).<br />

Uma rápida identificação e investiga ção de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -


34<br />

<strong>vacina</strong>is é importante para que uma resposta clara e cientificamente<br />

sustentada possa ser oferecida à população ( FERNANDES et al., 2005),<br />

pois a segurança com que a população encara o uso das <strong>vacina</strong>s, quando<br />

frustrada diante de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> mais sérios, pode resultar em perda da<br />

confiança em um programa de <strong>vacina</strong>ção, na diminuição da adesão e,<br />

conseqüentemente, ressurgimento de doenças já controladas (CHEN et al.,<br />

1997).<br />

As <strong>vacina</strong>s estão entre os produtos biológicos mais segur os e<br />

eficazes, mas nenhuma <strong>vacina</strong> é completamente segura ou completamente<br />

eficaz. Nenhuma <strong>vacina</strong> está, portanto, totalmente livre de provocar <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong>, porém é consenso que os riscos de complicações graves<br />

causadas pelas <strong>vacina</strong>s são muito menores d o que os das doenças contra<br />

as quais elas protegem (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998 ).<br />

1.7 VIGILÂNCIA DE EVENTOS ADVERSOS PÓS -VACINAÇÃO<br />

No <strong>Brasil</strong>, assim como em diversos países do mundo, enquanto<br />

existia grande incidência de doenças imunopreveníveis, as atençõ es eram<br />

voltadas para o seu controle. Pouco se discutia acerca de segurança de<br />

<strong>vacina</strong>s e sobre os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> relaciona<strong>dos</strong> às <strong>vacina</strong>ções. Porém,<br />

com a queda das incidências das doenças evitáveis por <strong>vacina</strong>ção, as<br />

doenças passaram a assustar menos e ga nharam relevo os <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong>is, dando início à organização de sistemas de vigilância<br />

de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> após o licenciamento das <strong>vacina</strong>s ( MANSOOR et al.,


35<br />

1997; SANTANA, 1999; SINGLETON et al., 1999; BRITO, 2000; CDC, 2003,<br />

LAWRENCE et al., 2003; MARTINS e MAIA, 2003; PÉREZ e DIEZ, 2003;<br />

ZANONI et al., 2003; ISKANDER et al., 2004; LANKINEN et al., 2004;<br />

PHAC, 2006).<br />

Os objetivos da vigilância de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> após o<br />

licenciamento das <strong>vacina</strong>s são: identificar reações adversas raras não<br />

detectadas durante os estu<strong>dos</strong> pré -licenciamento, monitorar aumento de<br />

reações conhecidas, identificar fatores de risco ou condições pré -existentes<br />

que podem promover reações, identificar lotes de <strong>vacina</strong>s com altas taxas e<br />

tipos de <strong>eventos</strong> incomuns, e identif icar possíveis reações adversas que<br />

possam justificar futuros estu<strong>dos</strong> (WHO, 1997; SANTANA, 1999;<br />

SINGLETON et al., 1999; LAWRENCE et al., 2003; PÉREZ e DIEZ, 2003;<br />

ZANONI et al., 2003; ISKANDER et al., 2004; LANKINEN et al., 2004) .<br />

Há dois tipos de vigilância de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -licenciamento<br />

em uso: vigilância ativa e vigilância passiva.<br />

No sistema de vigilância ativa<br />

é realizado uma avaliação<br />

sistemática de to<strong>dos</strong> os <strong>vacina</strong><strong>dos</strong> , permitindo associar o estado <strong>vacina</strong>l de<br />

todas as pessoas de uma população definida aos seus desfechos clínicos.<br />

Isso permite o cálculo adequado das taxas de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong>, uma vez<br />

que minimiza a subnotificação. Tal sistema pode fornecer da<strong>dos</strong> mais<br />

fidedignos que o sistema passivo, mas geralmente são muito caros e podem<br />

não ter capacidade para detectar <strong>eventos</strong> muito raros ou óbitos devido ao<br />

número de participantes comparativamente menor (ISKANDER et al., 2004).<br />

Os sistemas de vigilância passiva desenvolvem -se com base na


36<br />

notificação espontânea, dependem de profissionais de sa úde, <strong>vacina</strong>dores<br />

ou outros que voluntariamente notifiquem enfermidade após <strong>vacina</strong>ção.<br />

A<br />

vigilância passiva constitui-se no método mais antigo de vigilância e<br />

freqüentemente é utilizada na análise sistemática de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> à<br />

saúde. São sistemas simples e de baixo custo, não limitam a população<br />

cujas notificações são recebidas e, devido ao grande número de<br />

notificações, oferece um potencial para detectar <strong>eventos</strong> raros (WALDMAN ,<br />

1998; ISKANDER et al., 2004; CDC, 2003; VARRICHIO et al., 2004).<br />

As limitações do sistema de vigilância passiva incluem<br />

variabilidade nos critérios e vieses de notificação, como erros no diagnóstico,<br />

maior probabilidade de<br />

<strong>eventos</strong> mais sérios ou ocorri<strong>dos</strong> após menor<br />

intervalo de tempo serem mais comumente notifica<strong>dos</strong> que <strong>eventos</strong><br />

menores, etc. Geralmente ocorre subnotificação, isto é, somente uma fração<br />

do real número total de <strong>eventos</strong> ocorrido s após <strong>vacina</strong>ção são notifica<strong>dos</strong> .<br />

Super-notificação também pode ocorrer, uma vez que: a) muitos <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> notifica<strong>dos</strong> podem ter sido causa<strong>dos</strong> por medicamentos ou outros<br />

produtos utiliza<strong>dos</strong> concomitantemente ; b)a <strong>vacina</strong> pode ter sido aplicada em<br />

período de incubação de alguma doença; e c) algumas condições notificadas<br />

podem não cumprir critérios ideais de diagnóstico, considerando a<br />

dificuldade em se padronizar definições de caso (WALDMAN , 1998; CDC,<br />

2003; ISKANDER et al., 2004; VARRICHIO et al., 2004).<br />

Ambos os sistemas de vig ilância, ativo e passivo, têm baixa<br />

especificidade, isto é, <strong>eventos</strong> pós -<strong>vacina</strong>ção podem ser coincidentes , e não<br />

necessariamente resultado da administração da<br />

<strong>vacina</strong> (BRAUN e


37<br />

ELLEMBERG, 1997; CDC, 2003; MARTINS e MAIA, 2003; BONHOEFFER<br />

et al., 2004a; ISKANDER et al., 2004).<br />

Embora uma condição específica ocorrendo em uma única<br />

pessoa após imunização não forneça evidênci a suficiente para estabelecer<br />

associação causal com a <strong>vacina</strong>, o relato de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> após a<br />

imunização é importante porque, em conjunto com outros relatos,<br />

pode<br />

permitir a identificação e melhor entendimento de <strong>eventos</strong> que sejam<br />

demasiadamente raros para serem detecta<strong>dos</strong> nos ensaios clínicos pré -<br />

licenciamento ( ou que ocorram apenas esporadicamente em estu<strong>dos</strong> de<br />

larga escala), possibilitando a geração de hipóteses e recomendações de<br />

estu<strong>dos</strong> adicionais (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS , 2000; BRAUN<br />

e ELLEMBERG, 1997; ELLEMBERG e CHEN, 1997; MANSOOR , 1997;<br />

FRITZELL, <strong>2002</strong>; CDC, 2003).<br />

Nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> foi estabelecido em 1986 o Ato Nacional de<br />

Danos na Infância pela Vacina (National Childhood Vaccine Injury Act -<br />

NCVIA), que ordenou que os profissionais de saúde e produtores de <strong>vacina</strong>s<br />

notificassem ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos determina<strong>dos</strong><br />

<strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> ocorri<strong>dos</strong> após a aplicação de certas <strong>vacina</strong>s. Naquele<br />

ano, o Center for Diseases Control and Prevention (CDC) implementou o<br />

Sistema de Monitoramento de Eventos Adversos pós -imunização (Monitoring<br />

System for Adverse Events Following Immunization - MSAEFI). A partir de<br />

1990, o MSAEFI foi substituído pelo VAERS (Vaccine Adverse Event<br />

Reporting), sob administração conjunta do CDC e FDA (Food and Drug<br />

Administration), para receber as notificações de casos suspeitos de <strong>eventos</strong>


38<br />

<strong>adversos</strong> pós administração de alguma <strong>vacina</strong> licenciada no país ( BRITO,<br />

2000; ISKANDER et al., 2004).<br />

O VAERS é um sistema de vigilância passiva e faz parceria com<br />

outras quatro grandes organizações de manutenção de saúde para<br />

estabelecer o projeto Vaccine Safety Datalink (VSD). Esse projeto permite<br />

estu<strong>dos</strong> planeja<strong>dos</strong> de segurança de <strong>vacina</strong>s, assim como investigações de<br />

preocupações emergentes sobre segurança de <strong>vacina</strong>s ( ROSENTHAL et al.,<br />

1995, 1996; SINGLETON et al., 1999; AMERICAN ACADEMY OF<br />

PEDIATRICS, 2000; VARRICCHIO et al., 2004).<br />

O Canadá desenvolveu em 1987 seu sistema de notificação de<br />

EAPV, o<br />

Vaccine Associated Adverse Events Surveillance System<br />

(VAAESS), que em 2005 passou a chamar-se Canadian Adverse Events<br />

Following Immunization Surveillance System (CAEFISS).<br />

É um sistema de<br />

vigilância passiva monitorado pelo Vaccine Safety Unit (VSU), Divisão de<br />

Imunização e Infecções Respiratórias<br />

do Centre for Infectious Disease<br />

Prevention and Control (CIDPC) da Public Health Agency of Canada – PHAC<br />

(BRITO, 2000; PHAC, 2006).<br />

Como medida suplementar ao CAEFISS, foi criado em 1990 o<br />

Programa de Monitorização Ativa de Imunização ( Immunization Monitoring<br />

Program ACTive - IMPACT) um sistema de vigilância ativa de <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> pós <strong>vacina</strong>is sérios, falhas <strong>vacina</strong>is e doenças infecciosas<br />

selecionadas. O IMPACT atua através de um contrato com a Sociedade<br />

Pediátrica Canadense e envolve<br />

uma rede de 12 centros pediátricos<br />

canadenses, que representam mais de 90% de to<strong>dos</strong> as admissões de


39<br />

cuida<strong>dos</strong> terciários para crianças no país. Esse programa procura, em todas<br />

as admissões possíveis, correlações com as <strong>vacina</strong>ções (BRITO, 2000;<br />

HEALTH CANADA, <strong>2002</strong>; SCHEIFELE et al., <strong>2002</strong>; PHAC, 2006).<br />

No <strong>Brasil</strong>, a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo foi<br />

pioneira ao implantar, em 1984, o primeiro sistema de vigilância para<br />

<strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong>ção ( BRITO, 2000; FREITAS, 2005). A<br />

implantação do Sistema Nacional de Vigilância de Eventos Adversos Pó s-<br />

Vacinação (SVEAPV) do Ministério da Saúde teve início em 1992 (MARTINS<br />

e MAIA, 2003; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 ), embora somente em 14 de<br />

julho de 2005 a Portaria Ministerial nº 33 tenha tornado compulsória a<br />

notificação <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong>is no país (MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE, 2005c).<br />

Em 1998, o PNI elaborou um Manual de Vigilância de Eventos<br />

Adversos Pós-Vacinais, que orienta aos profissionais de saúde quanto à<br />

conduta, notificação<br />

e investigação de casos associa<strong>dos</strong> às <strong>vacina</strong>s<br />

disponíveis na rede pública. Nesse Manual também são encontradas as<br />

Normas para o SVEAPV, que estabelece os objetivos do Sistema, os<br />

critérios de notificação, as atribuições <strong>dos</strong> diferentes níveis (local, municipal,<br />

regional, estadual, e nacional), o fluxograma de informação e listagem de<br />

EAPVs de fluxo imediato (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998).<br />

Também no ano de 1998 foi realizado , em uma parceria com o<br />

DATASUS, um teste piloto de um sistema informatizado, o SI -EAPV -<br />

Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós -Vacinais, desenvolvido<br />

com o objetivo de registrar a ocorrência de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> por


40<br />

imunobiológicos, laboratório, <strong>dos</strong>e, faixa etária e tempo. Esse Sistema foi<br />

implantado em todas as capitais da Federação em 2000 e com ele o PNI<br />

garantiu um melhor gerenciamento das ações de vigilância <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong>is (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998, 2003).<br />

Em 2005 uma revisão do Manual de EAPV foi submetida a<br />

consulta pública, estando no prelo para publicação (MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE, 2005a). Essa revisão dispõe mais especificam ente sobre os<br />

objetivos do SVEAPV, introduz uma definição de caso de EAPV, estabelece<br />

uma classificação <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> quanto à intensidade, apresenta uma nova<br />

listagem de <strong>eventos</strong> para notificação, atualiza o fluxograma e atribuições de<br />

to<strong>dos</strong> os níveis e apresenta o novo Formulário de Investigação de Eventos<br />

Adversos Pós-Vacinais.<br />

Os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> ocorri<strong>dos</strong> após a aplicação de uma <strong>vacina</strong> ,<br />

defini<strong>dos</strong> de acordo com os critérios do Manual de Eventos Adversos, são<br />

notifica<strong>dos</strong> ao SVEAPV por meio de formulário próprio, encontra<strong>dos</strong> nas<br />

Unidades de Saúde, especialmente nas que dispõe de serviço de <strong>vacina</strong>ção .<br />

O formulário preenchido é encaminhado à Vigilância Epidemiológica local ou<br />

municipal. Para fins da vigilância epidemiológica, o tempo máximo para se<br />

considerar a investigação iniciada em tempo oportuno é de 48 horas após a<br />

notificação. A notificação/investigação deverá ser encaminhada às Regionais<br />

de Saúde (formulário/<br />

meio eletrônico), que ao receberem <strong>dos</strong> municípios<br />

devem proceder a sua análise, realizar as complementações necessárias e<br />

encaminhar ao nível estadual (em unidades federadas sem regionais as<br />

notificações serão encaminhadas diretamente <strong>dos</strong> municípios para o nível


41<br />

estadual). Os da<strong>dos</strong> da investigação inicial devem ser digita<strong>dos</strong> no sistema<br />

de informação e atualiza<strong>dos</strong> sempre que novas informações forem<br />

incorporadas à investigação.<br />

As <strong>vacina</strong>s que têm criado mais problemas de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

são as <strong>vacina</strong>s DTP e DTP/Hib (quádrupla bacteriana ou <strong>Tetravalente</strong>,<br />

associando a DTP à <strong>vacina</strong> contra Haemophilus influenzae do tipo b), devido<br />

particularmente ao componente Pertussis (Coqueluche). Esse componente é<br />

sabidamente o responsável pela maioria <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong>, que podem<br />

ser graves, embora raramente isto ocorra. ( LAWRENCE et al., 2003;<br />

MARTINS e MAIA, 2003).<br />

Em 1997, um óbito inicialmente atribuído à <strong>vacina</strong>, ocorrido em<br />

um estado do Nordeste, teve grande repercussão na mídia falada e escrita,<br />

dando início, talvez pela primeira vez no país, aos questionamentos sobre<br />

alguma das <strong>vacina</strong>s em uso no setor públi co. No caso, tratava-se da <strong>vacina</strong><br />

DTP clássica, de células inteiras (tríplice bacteriana, contra difteria, tétano e<br />

coqueluche). Vale ressaltar que no <strong>Brasil</strong> já estava em uso, no setor privado,<br />

a <strong>vacina</strong> DTP acelular, menos reatogênica . Foi necessário um trabalho<br />

intenso e rápido que evitasse o descrédito do programa e, ao mesmo tempo,<br />

o risco de<br />

ressurgimento de doenças já controladas pelas <strong>vacina</strong>s<br />

(MARTINS e MAIA, 2003).<br />

O conhecimento científico acumulado sobre a eficácia e<br />

segurança <strong>dos</strong> diversos produtos <strong>vacina</strong>is, as conseqüências<br />

epidemiológicas das doenças que se podem prevenir com <strong>vacina</strong>s e os<br />

recursos financeiros e de pessoal para aplicar <strong>vacina</strong>s em indivíduos ou


42<br />

grupos populacionais resultam em recomendações contidas nos programas<br />

públicos e calendários de <strong>vacina</strong>ção, destina<strong>dos</strong>, de modo geral, para<br />

indivíduos sadios e em condições de vida normal . Indivíduos em maior risco<br />

de adoecer, de apresentar ou que apresentaram <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<br />

<strong>vacina</strong>is podem requerer <strong>vacina</strong>s ou esquemas especiais (SUCCI , 2003).<br />

Esses indivíduos são encaminha<strong>dos</strong> aos Centros de Referência em<br />

Imunobiológicos Especiais (CRIEs).<br />

Os CRIEs foram implanta<strong>dos</strong> gradativamente no <strong>Brasil</strong> em todas<br />

as unidades federadas desde 1993, onde já estivesse implantado o Sistema<br />

de Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinais, sendo regulamenta<strong>dos</strong><br />

pela Instrução Normativa nº 002 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, <strong>2002</strong>). Os CRIEs<br />

atendem à demanda <strong>dos</strong> casos mais graves de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<br />

<strong>vacina</strong>is e disponibilizam produtos especiais, de moderna tecnologia e al to<br />

custo, àqueles que por motivos biológicos são impedi<strong>dos</strong> de dar<br />

continuidade aos esquemas já inicia<strong>dos</strong> ou mesmo de usufruir os benefícios<br />

<strong>dos</strong> produtos que se encontram na rotina, disponibiliza<strong>dos</strong> na rede pública ,<br />

por exemplo, portadores de imunodeficiências primárias ou secundárias,<br />

doenças crônicas pulmonares, hepáticas ou renais , etc. Os imunobiológicos<br />

especiais são administra<strong>dos</strong>, gratuitamente, mediante prescrição médica<br />

especializada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 ).<br />

O SVEAPV brasileiro, por ser um sistema de vigilância passiva,<br />

encontra-se ainda com muitas limitações, como subnotificação, notificação<br />

de casos relaciona<strong>dos</strong> temporalmente, mas sem associação causal, sujeito a<br />

influências que afetam sua sensibilidade, etc. Um <strong>dos</strong> pontos mais negativos


43<br />

desse sistema é, de certa forma, dar credibilidade a <strong>eventos</strong> com associação<br />

temporal mas sem relação causal com as <strong>vacina</strong>ções (MARTINS e MAIA,<br />

2003). Investigações clínicas e epidemiológicas adicionais são<br />

freqüentemente necessárias para esclarecer hipóteses lev antadas pelos<br />

da<strong>dos</strong> da Vigilância (FERNANDES et al., 2005).<br />

1.8 A VACINA TETRAVALENTE (DTP/ Hib) E SUA INTRODUÇÃO NO<br />

CALENDÁRIO VACINAL BRASILEIRO<br />

Na segunda década do Século XX, as <strong>vacina</strong>s contra difteria,<br />

tétano e coqueluche foram gradualmente introduzi das mundialmente.<br />

Inicialmente foi introduzida a imunização <strong>vacina</strong>l com os toxóides diftérico e<br />

tetânico inativa<strong>dos</strong> quimicamente, mas em <strong>vacina</strong>s isoladas. A partir <strong>dos</strong><br />

anos 1940 iniciou-se no mundo o uso combinado de ambos toxóides,<br />

adsorvi<strong>dos</strong> em hidróxido de alumínio, com a <strong>vacina</strong> contra coqueluche,<br />

constituída por suspensão de 15 a 20 milhões (4UI) de bacilos completos de<br />

Bordetella pertussis inativa<strong>dos</strong>, em forma de uma <strong>vacina</strong> trivalente: a <strong>vacina</strong><br />

Tríplice Bacteriana ou DTP (DTPw na nomenclatura internaci onal atual:<br />

"whole-cell DTP vaccine" - <strong>vacina</strong>s de células inteiras) ( MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE, 2003).<br />

No <strong>Brasil</strong> a implantação da <strong>vacina</strong> DTP iniciou -se nos anos 50,<br />

com melhoras lentas, mas progressivas , nas coberturas <strong>vacina</strong>is, sendo<br />

maior de 80% na rotina para menores de um ano em 1995 e mais de 95% de


44<br />

cobertura na rotina para essa faixa etária a partir de 2000, quando também<br />

já contava com auto-suficiência garantida para produção d essa <strong>vacina</strong><br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 ; DATASUS, 2006).<br />

Na década de 1970 foi introduzida a primeira geração da <strong>vacina</strong><br />

contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib), constituída exclusivamente pelo<br />

polissacarídeo capsular purificado, o principal fator de virulência do Hib.<br />

Essa <strong>vacina</strong> demonstrou eficácia protetora de cerca de 90% em cri anças<br />

maiores de 18 meses de idade, porém baixa imunogenicidade em menores<br />

dessa idade, que são precisamente os indivíduos com maior risco de<br />

padecer da enfermidade devido à imaturidade do sistema imune (DECKER e<br />

EDWARDS, 1998; PELTOLA, 2000).<br />

Com o objetivo de se produzir uma <strong>vacina</strong> anti -Hib imunogênica<br />

em crianças menores de<br />

dois anos, procedeu-se a conjugação do<br />

polissacáride capsular com antígenos protéicos . Essas novas <strong>vacina</strong>s são<br />

chamadas de <strong>vacina</strong>s conjugadas de Hib e têm sido recomendadas para uso<br />

em lactentes desde 1990 (CDC, 1993; DECKER e EDWARDS, 1998;<br />

PELTOLA, 2000; BRASIL, 2003).<br />

Existem quatro tipos básicos de <strong>vacina</strong>s conjugadas contra Hib<br />

que, apesar de diferirem quanto à sua composição química, propriedades<br />

imunológicas e esquema de administração, têm demonstrado alta margem<br />

de segurança e eficácia clínica em diferentes países. Essas <strong>vacina</strong>s diferem<br />

no tipo de antígeno protéico conjugado e sua efetividade vem sendo<br />

demonstrada pelo decréscimo das taxas de incidências das doenças por<br />

elas prevenidas na medida em que é aumentada a cobertura <strong>vacina</strong>l


45<br />

(BRICKS, 1998).<br />

A <strong>vacina</strong> conjugada contra Hib foi introduzida no <strong>Brasil</strong> em 1999<br />

para menores de dois anos de idade e a partir de <strong>2002</strong> para menores de<br />

cinco anos de idade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003) .<br />

Antes da introdução da <strong>vacina</strong> contra Hib, este agente ocupava o<br />

segundo lugar dentre as meningites bacterianas especificadas, e hoje os<br />

da<strong>dos</strong> disponíveis apontam para um impacto altamente positivo dessa<br />

<strong>vacina</strong>, com uma redução de 95% na incidência de men ingites por<br />

Haemophilus influenzae tipo b em menores de cinco anos, quando<br />

compara<strong>dos</strong> os anos de 1998 e 2003 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004b).<br />

O número de casos de difteria notificado no <strong>Brasil</strong> também vem<br />

decrescendo progressivamente, de 640 casos em 1990, com coeficiente de<br />

incidência de 0,45 casos/100.000 habitantes, até 58 casos em 2000 (0,03<br />

casos/100.000 habitantes). Em 2003, registraram -se 40 casos, o que<br />

corresponde a 0,02 casos/100.000 habitantes (MINISTÉRIO DA SAÚDE,<br />

2004b).<br />

A morbidade da coqueluche n o país também já foi elevada. No<br />

início da década de 1980, eram notifica<strong>dos</strong> mais de 40 mil casos anuais, e o<br />

coeficiente de incidência era superior a 30 casos/100.000 habitantes. A partir<br />

de 1996, o número de casos anuais não excedeu 2.000, mantendo -se com<br />

coeficiente de incidência em torno de 1 caso/100.000 habitantes<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004b).<br />

O tétano acidental reduziu-se de 2.226 casos em 1982 para<br />

menos de 600 desde <strong>2002</strong>. No mesmo período ocorreu uma redução no


46<br />

número de casos de tétano neonatal, de 584 em 1982 para 15 em 2003.<br />

Considerando que esta enfermidade apresenta uma letalidade média de<br />

70%, esse controle contribui positivamente na redução da mortalidade<br />

infantil neonatal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004b).<br />

A <strong>vacina</strong> é o único meio para interromper a cadeia de transmissão<br />

de muitas doenças imunopreveníveis, porém o controle das doenças só é<br />

obtido se as coberturas <strong>vacina</strong>is alcançam , e sejam manti<strong>dos</strong>, índices<br />

homogêneos para to<strong>dos</strong> os subgrupos da população , em níveis<br />

considera<strong>dos</strong> suficientes para redu zir a morbimortalidade por essas doenças<br />

(BRAUN E ELLEMBERG, 1999; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 ).<br />

O surgimento de <strong>vacina</strong>s para mais doenças resulta em um<br />

desafio para a inclusão das mesmas no , já complexo, calendário <strong>vacina</strong>l,<br />

uma vez que a necessidade de adm inistração de três ou quatro injeções em<br />

uma mesma visita à Unidade de Saúde pode resultar em não uniformidade<br />

de coberturas, assim como maiores custos de aplicação (CDC , 1999b;<br />

PAHO, 2000; DI FABIO e QUADROS, 2001; ARAÚJO et al., 2001).<br />

Devido ao aumento do número de <strong>vacina</strong>s recomendadas para<br />

lactentes, uma alta prioridade é o desenvolvimento de <strong>vacina</strong>s combinadas<br />

que permitam administração simultânea, com menos injeções separadas<br />

(CDC, 1993; PAHO, 2000).<br />

À medida que mais <strong>vacina</strong>s são desenvolvidas e com eçam a ser<br />

disponíveis, a combinação de <strong>vacina</strong>s pode fornecer uma maneira de<br />

administrar múltiplos antígenos, evitando múltiplas injeções e complicações<br />

na uniformidade do calendário <strong>vacina</strong>l. As vantagens da combinação de


47<br />

<strong>vacina</strong>s são que elas diminuem o de sconforto para os receptores das<br />

<strong>vacina</strong>s e seus pais e também reduzem o custo de administração das<br />

mesmas (DI FABIO e QUADROS, 2001).<br />

Nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, o Food and Drugs Administration (FDA)<br />

licencia <strong>vacina</strong>s combinadas com base em estu<strong>dos</strong> indicando que a<br />

imunogenicidade <strong>dos</strong> produtos (ou eficácia) e segurança são comparáveis<br />

ou equivalentes aos produtos monovalentes ou combina<strong>dos</strong> licencia<strong>dos</strong><br />

previamente. Também autoriza geralmente aquelas <strong>vacina</strong>s combinadas que<br />

possam ser intercambiáveis com formulações mon ovalentes, ou outras<br />

<strong>vacina</strong>s combinadas com componentes antigênicos similares produzi<strong>dos</strong> por<br />

outros fabricantes, para continuar a série <strong>vacina</strong>l (CDC , 1999b).<br />

Em 2000, o Relatório da XIV Reunião do Grupo Técnico<br />

Consultivo em Doenças Imunopreveníveis da Org anização Pan-Americana<br />

da Saúde, enfatizou a cooperação continuada e coordenada de to<strong>dos</strong> os<br />

países membros na ampliada Aliança Global para Vacinas e Imunizações<br />

(GAVI) e, entre outras recomendações, estava a combinação da <strong>vacina</strong><br />

conjugada contra o Hemophilus influenzae tipo b com a <strong>vacina</strong> DTP, como<br />

forma de reduzir o número de visitas necessárias e os custos, e aumentar o<br />

cumprimento do calendário <strong>vacina</strong>l (PAHO, 2000).<br />

O mesmo documento referia, ainda, ser essencial que os<br />

Programas usassem <strong>vacina</strong>s com qua lidade reconhecida, de acordo com<br />

padrões internacionais de segurança, potência, eficácia e estabilidade, e que<br />

as Autoridades Regulatórias Nacionais assegurassem um efetivo controle de<br />

qualidade das <strong>vacina</strong>s utilizadas no país, com imediata notificação e


48<br />

cuida<strong>dos</strong>a investigação de possíveis <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> atribuí<strong>dos</strong> à<br />

<strong>vacina</strong>ção (PAHO, 2000).<br />

Nesse contexto, em <strong>2002</strong>, foi introduzida no país a <strong>vacina</strong><br />

combinada DTP e Hib, denominada <strong>Tetravalente</strong>, para menores de um ano<br />

de idade em início de esquema. O esquem a básico de <strong>vacina</strong>ção<br />

recomendado é de três <strong>dos</strong>es, com intervalo de dois meses entre as <strong>dos</strong>es<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 ).<br />

A <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> DTP/Hib utilizada no <strong>Brasil</strong>, contra difteria,<br />

tétano, coqueluche e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b<br />

tem sua formulação final realizada por Bio -Manguinhos/Fiocruz, utilizando a<br />

<strong>vacina</strong> Hib produzida pelo laboratório GlaxoSmithKline (GSK), e a <strong>vacina</strong> DTP<br />

produzida pelo Instituto Butantan (MARTINS et al., 2005; FIOCRUZ, 2006).<br />

Assim, a <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> é uma <strong>vacina</strong> obtida através da reconstituição<br />

da <strong>vacina</strong> conjugada contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib), liofilizada,<br />

com a <strong>vacina</strong> tríplice (DTP), líquida. A <strong>vacina</strong> conjugada contra Haemophilus<br />

influenzae tipo b (Hib), liofilizada, é composta do polissacarídeo capsular<br />

poliribosil-ribitol fosfato (PRP) purificado de Hib, covalentemente ligado ao<br />

toxóide tetânico. A <strong>vacina</strong> tríplice (DTP) é uma suspensão composta pelos<br />

toxóides diftérico e tetânico, combina<strong>dos</strong> com a <strong>vacina</strong> pertussis<br />

(coqueluche), adsorvi<strong>dos</strong> em hidróxido de alumínio e adiciona<strong>dos</strong> de<br />

timerosal como conservante (FIOCRUZ, 2006) .<br />

Muitos autores referem que a imunogenicidade e a tolerância da<br />

<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> são similares às obtidas quando são aplicadas as<br />

<strong>vacina</strong>s contra DTP e Hib separadamente ( BEGG et al., 1995; PELTOLA,


49<br />

2000; ARAÚJO et al., 2001; DECKER e EDWARDS, 2004; PUNJABI et al.,<br />

2006).<br />

No <strong>Brasil</strong>, antes da introdução da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> produzida<br />

no país, um estudo de fase III realizado referiu que a <strong>vacina</strong> combinada<br />

nacional foi tão imunogênica quanto a <strong>vacina</strong> européia registrada para tétano<br />

e coqueluche, com taxas de soroconversão e títulos do componente diftérico<br />

discretamente menores ( CLEMENS et al., 2003). No tocante à<br />

reatogenicidade, os resulta<strong>dos</strong> desse estudo mostram-na semelhante a<br />

<strong>vacina</strong> de referência internacional (<strong>vacina</strong> DTP/Hi b de GSK), e um pouco<br />

inferior aos da<strong>dos</strong> encontra<strong>dos</strong> no estudo clássico de CODY et al. (1981)<br />

com a <strong>vacina</strong> DTP, isto é, não foi encontrada diferença clínica relevante<br />

entre a <strong>vacina</strong> combinada brasileira e a <strong>vacina</strong> européia registrada , sendo<br />

considerada adequada a segurança da <strong>vacina</strong> utilizada no <strong>Brasil</strong>. A<br />

incidência de alguns <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> é bastante alta , mas apesar disso,<br />

em sua maioria são leves e desprovi<strong>dos</strong> de complicações maiores, não<br />

constituindo contra-indicações para a administração de <strong>dos</strong>es subseqüentes<br />

da <strong>vacina</strong> (CLEMENS et al., 2003; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005a ).<br />

Durante primeiro ano de introdução da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> no<br />

<strong>Brasil</strong>, foi observado pela Coordenação Geral do Progr ama Nacional de<br />

Imunizações do Ministério da Saúde (CGPNI/MS) um aparente incremento<br />

no número de notificações de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong>is. Foram<br />

consideradas todas as limitações do sistema passivo de vigilância e<br />

constatada a necessidade de estu<strong>dos</strong> a dicionais, conforme recomenda o


50<br />

CDC, que utiliza um sistema similar de notificações (CDC, 2003; MARTINS<br />

et al., 2005).<br />

Para permitir, então, uma melhor informação sobre a freqüência<br />

<strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> mais graves e mais raros da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>,<br />

recentemente introduzida no país, a CGPNI/MS apoiou e financiou um<br />

estudo de Vigilância Ativa de Eventos Adversos Pós-Vacina <strong>Tetravalente</strong><br />

(VIGAT), realizado pelo Laboratório brasileiro Bio -Manguinhos/Fiocruz, no<br />

Município do Rio de Janeiro de março a dezembro de 2004 (MARTINS et al.,<br />

2005). O objetivo primário do estudo foi verificar a freqüência de Episódio<br />

Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH), e seus objetivos secundários incluíram a<br />

apuração da freqüência de febre alta, convulsões febris e afebris, apnéia e<br />

<strong>eventos</strong> graves após a <strong>vacina</strong> DTP/Hib utilizada pelo PNI.<br />

Esse estudo<br />

verificou que a <strong>vacina</strong> DTP/Hib (<strong>Tetravalente</strong>) utilizada pelo Programa<br />

Nacional de Imunizações apresenta os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> mais raros, tais<br />

como episódio hipotônico-hiporresponsivo e convulsões, em freqüência<br />

compatível com outros estu<strong>dos</strong> de vigilância ativa re ferentes à <strong>vacina</strong> DTP,<br />

como o clássico estudo de CODY et al. (1981) (MARTINS et al., 2005,<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005a ).<br />

Considerando que a <strong>vacina</strong> DTP é , historicamente, a <strong>vacina</strong> com<br />

o maior número de notificações de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> no <strong>Brasil</strong> (MARTINS e<br />

MAIA, 2003), a proposta deste trabalho é analisar o perfil de reatogenicidade<br />

da <strong>vacina</strong> combinada DTP/Hib, denominada <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, notifica<strong>dos</strong><br />

ao Sistema de Vigilância de Evento s Adversos Pós-Vacinais (SVEAPV) do<br />

<strong>Brasil</strong>, com a finalidade de conhecer sua magnitude, características e grupos


de maior risco e oferecer subsídios para o aprimoramento da vigilância .<br />

51


52<br />

2 OBJETIVOS<br />

2.1 OBJETIVO GERAL<br />

Analisar os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> (EAPV -T)<br />

notifica<strong>dos</strong> no <strong>Brasil</strong>, desde sua introdução na Rede Pública do país em<br />

<strong>2002</strong> até 2005.<br />

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS<br />

2.2.1 Descrever os EAPV-T notifica<strong>dos</strong> e inseri<strong>dos</strong> no SI-EAPV, segundo<br />

ano de notificação, idade, sexo e número da <strong>dos</strong>e, por Macro-Regiões<br />

e Unidades da Federação, com ênfase aos <strong>eventos</strong> Episódio<br />

Hipotônico-Hiporresponsivo, Convulsão e Óbito.<br />

2.2.2 Comparar as taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de EAPV -T com as de EAPV-<br />

DTP utilizada isoladamente ou simultaneamente à <strong>vacina</strong> anti -Hib, em<br />

sítios separa<strong>dos</strong>.<br />

2.2.3 Analisar fatores associa<strong>dos</strong> à gravidade <strong>dos</strong> casos de EAPV -T<br />

notifica<strong>dos</strong>.


53<br />

3 MATERIAIS E MÉTODOS<br />

3.1 DELINEAMENTO<br />

Trata-se de um estudo de corte transversal.<br />

3.2 ÁREA E POPULAÇÃO DE ESTUDO<br />

A população de estudo abrangeu crianças menores de um ano de<br />

idade que receberam ao menos uma <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> no<br />

território brasileiro, no período de <strong>2002</strong> a 2005 .<br />

A área de estudo compreendeu todo o território brasileiro, que<br />

possuía uma população de crianças menores de um ano de idade estimada<br />

em 3.309.775 em <strong>2002</strong> e em 3.500.554 em 2005 (IBGE, 2006).<br />

3.3 DEFINIÇÕES<br />

3.3.1 Definição de caso<br />

Criança menor de um ano de idade que, após receber qualquer<br />

<strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> em território brasileiro no período de <strong>2002</strong> a<br />

2005, tenha apresentado algum evento adverso que tenha sido notificado e<br />

inserido no SI-EAPV. Considerando que o Episódio Hipotônico -<br />

Hiporresponsivo (EHH) pode ser confundido com vários <strong>eventos</strong>, entre eles<br />

a convulsão, em toda notificação de EHH associada à convulsão, somente a


54<br />

convulsão foi considerada como evento adverso (BLUMBERG et al., 1993;<br />

DUVERNOY e BRAUN, 2000).<br />

3.3.2 Definição de caso de Evento Adverso Pós -Vacinal grave<br />

Qualquer evento pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, notificado e inserido no<br />

SI-EAPV entre <strong>2002</strong> e 2005, qu e tenha resultado em óbito, hospitalização<br />

por mais de 12 horas, ocorrência de episódio hipotônico-hiporresponsivo,<br />

convulsão, encefalopatia, púrpura ou reação de hipersensibilidade até 2<br />

horas após a aplicação da <strong>vacina</strong> ( HEALTH CANADA, <strong>2002</strong>; CDC, 2003;<br />

LAWRENCE et al., 2003; FREITAS, 2005; MARTINS et al., 2005; WHO,<br />

2005).<br />

3.3.3 Critérios de inclusão<br />

Foram incluí<strong>dos</strong> somente os casos de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<br />

<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> que tenham sido notifica<strong>dos</strong> e inseri<strong>dos</strong> no SI-EAPV e<br />

assinala<strong>dos</strong> como “confirma<strong>dos</strong>”.<br />

3.3.4 Critérios de exclusão<br />

Foram excluí<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os casos notifica<strong>dos</strong> cujo fechamento foi<br />

assinalado como “descartado”, “indefinido”, “em investigação”, “associado a<br />

outras <strong>vacina</strong>s” ou “sem fechamento”. Também foram excluí<strong>dos</strong> os casos<br />

inseri<strong>dos</strong> no SI-EAPV por outros imunobiológicos que não fossem a <strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>.


55<br />

3.4 FONTE DE DADOS<br />

Foram utiliza<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> secundários do Sistema de Vigilância<br />

Epidemiológica de Eventos Adversos Pós -Vacinais (SVEAPV), armazena<strong>dos</strong><br />

no Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós-Vacinais (SI -EAPV),<br />

desenvolvido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), disponíveis em<br />

formato eletrônico.<br />

Para obtenção do número de <strong>dos</strong>es aplicadas e<br />

coberturas<br />

<strong>vacina</strong>is foram utiliza<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> oficiais do PNI, disponibiliza<strong>dos</strong> pelo seu<br />

Sistema de Informações (SI-PNI) no portal do Departamento de Informática<br />

do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS). Para da<strong>dos</strong><br />

populacionais foram utiliza<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> do IBGE disponibilizadas no portal<br />

do DATASUS.<br />

O modelo de Ficha de Notificação de Eventos Adversos Pós-<br />

Vacinais utilizado no período de interesse deste Estudo está representado<br />

no Anexo 1.<br />

3.5 VARIÁVEIS DE ESTUDO<br />

Foram analisadas variáveis demográficas (sexo e idade), relativas<br />

ao espaço (distribuição de casos segundo Municípios, Unidades da<br />

Federação e Macro-Regiões do país), relativas ao tempo (d ata de aplicação,<br />

semana epidemiológica, mês e ano de aplicação, tempo decorrido entre a<br />

aplicação e o início <strong>dos</strong> sintomas) , relativas às <strong>vacina</strong>s <strong>Tetravalente</strong> e DTP


56<br />

(<strong>vacina</strong> utilizada, número da <strong>dos</strong>e, lote e laboratório), relativas ao evento<br />

adverso apresentado (tipo de evento adverso, gravidade e evolução,<br />

hospitalização, local e tempo de hospitalização, conduta frente ao esquema<br />

<strong>vacina</strong>l).<br />

3.6 ORGANIZAÇÃO E MANEJO DO BANCO DE DADOS<br />

O banco original do SI-EAPV foi disponibilizado pelo PNI em<br />

junho de 2006, em arquivo Dbase, sendo convertido para o<br />

software<br />

estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 14.0.<br />

Inicialmente foi realizada rigorosa análi se de consistência de<br />

todas as variáveis, eliminação da duplicidade de casos e exclusão daqueles<br />

que não preenchiam os critérios de definição de caso .<br />

A distribuição <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> no banco original era feita por cada<br />

evento adverso pós-<strong>vacina</strong>l notificado e não por receptor da <strong>vacina</strong>. Isso<br />

ocorre porque o SI-EAPV cria fichas separadas, com mesmos da<strong>dos</strong> de<br />

identificação, para cada evento adverso digitado para um mesmo <strong>vacina</strong>do<br />

com a mesma <strong>vacina</strong>, data e <strong>dos</strong>e. Assim, quando mais de um evento<br />

adverso notificado era referente a uma mesma criança e mesma <strong>dos</strong>e, esses<br />

<strong>eventos</strong> foram considera<strong>dos</strong> como um único caso com dois ou mais <strong>eventos</strong>.<br />

Foi considerado duplicidade quando uma mesma criança<br />

apresentou um mesmo evento notificado mais de uma vez com a mesma<br />

data, mesmo local, mesma <strong>dos</strong>e e mesmo número do lote, sendo mantida


57<br />

apenas a notificação que entrou no sistema pela primeira vez ou a mais<br />

completa. Os casos duvi<strong>dos</strong>os foram manti<strong>dos</strong>.<br />

Para possibilitar a análise foram criadas variáveis dicotômicas<br />

para cada evento. Também foram cria<strong>dos</strong> intervalos de classes para idade e<br />

tempo decorrido e transforma<strong>dos</strong> em variáveis numéricas. Foi criada a<br />

variável relativa à gravidade do caso, a partir de critérios aceitos por vários<br />

pesquisadores e utiliza<strong>dos</strong> no presente estudo para def inição de caso de<br />

evento adverso pós-<strong>vacina</strong>l grave (HEALTH CANADA, <strong>2002</strong>; CDC, 2003;<br />

LAWRENCE et al., 2003; WHO, 2005). A variável Semana Epidemiológica<br />

foi criada para possibilitar análise da distribuição <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> no<br />

tempo.<br />

3.7 ANÁLISE DOS DADOS<br />

Foi feita análise descritiva <strong>dos</strong> caracteres epidemiológicos<br />

<strong>dos</strong><br />

EAPV-T, referentes à pessoa, tempo e espaço.<br />

Uma análise <strong>dos</strong> EAPV-DTP notifica<strong>dos</strong> nos dois anos anteriores<br />

à introdução da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> (2000 e 2001) em que a <strong>vacina</strong> DTP foi<br />

utilizada simultaneamente à <strong>vacina</strong> anti-Hib, porém em sítios separa<strong>dos</strong>,<br />

também foi realizada com o objetivo de possibilitar a comparação e detectar<br />

possíveis mudanças nos perfis de notificação após a introdução da nova<br />

<strong>vacina</strong> combinada.<br />

Foi construída uma série histórica das taxas de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> notifica<strong>dos</strong> no país, de <strong>2002</strong> a 2005, e pós -<strong>vacina</strong>


58<br />

DTP, de 2000 a 2001, noti fica<strong>dos</strong> e inseri<strong>dos</strong> no SI-EAPV, onde o<br />

numerador foi o número de casos e o denominador o número de <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas em cada período.<br />

Foram utilizadas as medidas de tendência central (média e<br />

mediana) e de dispersão (desvio padrão, valores máximos e mínimos), com<br />

Intervalo de Confiança de 95% e nível de significância 5%.<br />

Verificou-se associação entre variáveis independent es (sexo,<br />

faixa etária, tempo decorrido e <strong>dos</strong>e aplicada) e a variável relativa à<br />

gravidade do caso, utilizando-se o Teste de Qui-quadrado ( x 2 ) de Pearson,<br />

com nível de significância de 5%. Calculou -se, ainda, a razão de prevalência<br />

(RP) para tais associações, determinando-se os intervalos de confiança de<br />

95%. Realizou-se análise multivariada aplicando -se regressão logística não<br />

condicional, incluindo todas as variáveis avaliadas na análise bivariada,<br />

considerando significativas, no modelo final, aquelas que apresentaram<br />

p


59<br />

utilizada isoladamente no Estado de São Paulo no período de 1984 a 2001<br />

(FREITAS, 2005), onde foi utilizada metodologia semelhante.<br />

Considerando a relevância do Mu nicípio do Rio de Janeiro devido<br />

ao estudo de Vigilância Ativa <strong>dos</strong> EAPV -T (VIGAT) realizado durante o ano<br />

de 2004 (MARTINS et al., 2005), foi estimada a prevalência de casos de<br />

EHH e Convulsão, notifica<strong>dos</strong> e inseri<strong>dos</strong> no SI -EAPV referentes àquele<br />

município naquele ano.<br />

3.8 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS<br />

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em<br />

Pesquisa do Hospital Universitário Júlio Müller com o Protocolo N o 276/CEP-<br />

HUJM/06 em 13 de setembro de 2006.<br />

A pesquisa observou as recomendações da Resolução n o 196 de<br />

10/10/96 - Conselho Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde, para Pesquisa<br />

Científica em Seres Humanos.<br />

O estudo foi realizado com fundamento em análise de da<strong>dos</strong><br />

secundários referentes às informações de rotina da vigilância de <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da<br />

Saúde. Foram preservadas a privacidade das informações e o anonimato<br />

<strong>dos</strong> sujeitos da pesquisa, utilizando -se os da<strong>dos</strong> assim obti<strong>dos</strong><br />

exclusivamente para os propósitos desta pesquisa.


60<br />

4 RESULTADOS<br />

4.1 CARACTERÍSTICAS RELATIVAS AOS EVENTOS ADVERSOS<br />

PÓS-VACINA TETRAVALENTE<br />

Foram aplicadas no <strong>Brasil</strong> cerca de 34 milhões <strong>dos</strong>es de <strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> de <strong>2002</strong> a 2005 (DATASUS , 2006). O número de <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas por Unidade da Federação está apresentado no Anexo 2.<br />

A cobertura <strong>vacina</strong>l com 3ª <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> atingiu,<br />

segundo da<strong>dos</strong> consolida<strong>dos</strong> nacionais, a meta estabelecida pelo PNI de<br />

95% 3 das crianças menores de um ano nos anos de 2003 a 2005 (95,7%,<br />

96,1% e 95,3% respectivamente). Nesses t rês anos, todas as Macro-<br />

Regiões atingiram a meta estabelecida, com exceção do Norte e Nordeste<br />

em 2004 e 2005, porém estes mantiveram cobertura <strong>vacina</strong>l acima de 90%.<br />

Em <strong>2002</strong>, ano em que a <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> foi gradativamente substituindo<br />

a DTP e a anti-Hib no país, a cobertura de 53,9% da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong><br />

subestima a cobertura para as quatro <strong>vacina</strong>s isoladamente (DATASUS,<br />

2006). A cobertura <strong>vacina</strong>l para a 3ª <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> por<br />

Unidade da Federação está apresentada no Anexo 3.<br />

No período de interesse ocorreram 16.293 notificações de<br />

<strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> (EAPV<br />

-T). Destas, foram<br />

3 Para cada <strong>vacina</strong> é estabelecida uma meta de cobertura na <strong>vacina</strong>ção de rotina, levando -<br />

se em conta as características epidemiológicas de cada doença e os nívei s estima<strong>dos</strong> para<br />

propiciar a proteção pretendida. Para a tetravalente a meta é de 95% da população menor<br />

de um ano (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004 b).


61<br />

excluí<strong>dos</strong> 956 <strong>eventos</strong> por duplicidade e 902 <strong>eventos</strong> por fechamento<br />

diferente de “confirmado”, sendo 353 como “descartado”, 283 como<br />

“indefinido”, 179 como “em investigação”, 24 como “sem fechamento” e 63<br />

como “associado a outras <strong>vacina</strong>s”. Foram excluí<strong>dos</strong>, ainda, 194 <strong>eventos</strong><br />

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH) associa<strong>dos</strong> à convulsão em uma<br />

mesma criança e data, sendo mantida apenas esta última naquele caso.<br />

Foram, então, considera<strong>dos</strong> para análise 14.241 <strong>eventos</strong>, apresenta<strong>dos</strong> por<br />

11.558 crianças, aqui denominadas Caso Notificado (Tabela 1).<br />

O número médio de casos notifica<strong>dos</strong> por ano foi de 2.890,<br />

variando entre 2.126 em <strong>2002</strong><br />

a 3.383 em 2004. Do total de casos<br />

notifica<strong>dos</strong> no período, 53,8% (6.222/11.558) eram do sexo masculino<br />

e<br />

46,2% (5.336/11.558) do sexo feminino . Para ambos os sexos, a média das<br />

idades foi de 3,8 meses e a mediana foi de 4 meses (desvio padrão – DP –<br />

de 1,9 meses). Quando analisado por <strong>dos</strong>e aplicada, observou -se que a<br />

média da idade correspondeu à idade recomendada de aplicação de cada<br />

<strong>dos</strong>e e que a proporção de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> notifica<strong>dos</strong> diminuiu a cada<br />

<strong>dos</strong>e aplicada (Figura 1). Quando analisada a idade mínima de aplicação por<br />

<strong>dos</strong>e aplicada encontrou-se 2,5% de crianças com idade inferior à<br />

recomendada para a primeira <strong>dos</strong>e, 3,4% para a segunda <strong>dos</strong>e e 4,1% para<br />

a terceira <strong>dos</strong>e (Anexo 4).<br />

As taxas de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> por 100.000<br />

<strong>dos</strong>es aplicadas da <strong>vacina</strong> T etravalente por ano estão apresentadas na<br />

Figura 2 e<br />

a distribuição espacial da mesma taxa, por Esta<strong>dos</strong> da<br />

Federação, está apresentada na Figura 3 e detalhada no Anexo 5.


62<br />

Observou-se, para a totalidade de casos notifica<strong>dos</strong> no <strong>Brasil</strong> no período de<br />

<strong>2002</strong> a 2005, uma taxa de 34,0 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, com uma<br />

distribuição não homogênea pelo país.<br />

A Região Sul apresentou as maiores taxas de casos notifica<strong>dos</strong>,<br />

sendo que o Estado de Santa Catarina foi o Estado com a maior taxa para o<br />

período, de 141,0 casos por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, quase duas vezes a<br />

taxa do Rio Grande do Sul, com 80,6 casos por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas,<br />

segunda maior taxa, seguido pelo Acre, com 75,5 casos notifica<strong>dos</strong> por<br />

100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

A Região Nordeste apresentou as menor es taxas de EAPV-T,<br />

sendo o Estado do Maranhão, com 6,0 casos notifica<strong>dos</strong> por 100.000 <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas, aquele que apresentou a menor taxa do período. Os Esta<strong>dos</strong> da<br />

Região Centro-Oeste apresentaram um marcante decréscimo nas suas<br />

taxas de notificação EAPV-T nos dois últimos anos, particularmente Goiás e<br />

Mato Grosso do Sul, sendo este o Estado com a menor taxa por ano, de 1,6<br />

casos por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, em 2005.<br />

A taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de EAPV -T por 100.000 <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas por municípios (da<strong>dos</strong> nã o apresenta<strong>dos</strong>) mostrou-se muito<br />

heterogênea em to<strong>dos</strong> os Esta<strong>dos</strong> da Federação , variando de zero a<br />

12.500,0. A distribuição espacial dessa taxa está apresentada nas Figuras 4<br />

a 8.


63<br />

Tabela 1 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> de acordo com número de<br />

<strong>eventos</strong> apresenta<strong>dos</strong>, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Sudeste Sul<br />

Nordeste Norte Região<br />

Centro-<br />

Oeste<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004<br />

Total<br />

Total<br />

Total<br />

Esta<strong>dos</strong> Número de <strong>eventos</strong><br />

Total de Número de <strong>eventos</strong><br />

Total de<br />

Número de <strong>eventos</strong><br />

Total de<br />

de<br />

de<br />

de<br />

<strong>eventos</strong><br />

<strong>eventos</strong><br />

<strong>eventos</strong><br />

1 2 3 4 casos<br />

1 2 3 4 5 casos<br />

1 2 3 4 5 6 casos<br />

Acre 9 3 1 0 13 18 22 5 1 1 0 29 39 15 22 6 1 0 0 44 81<br />

Amazonas 4 0 0 0 4 4 21 7 2 0 0 30 41 13 2 2 0 0 0 17 23<br />

Amapá 3 1 0 0 4 5 9 2 0 0 0 11 13 5 0 0 0 0 0 5 5<br />

Pará 32 0 0 0 32 32 53 1 0 0 0 54 55 50 9 4 0 0 1 64 86<br />

Rondônia 29 0 0 0 29 29 33 3 0 0 0 36 39 29 8 1 0 0 0 38 48<br />

Roraima 5 0 0 0 5 5 2 0 0 0 0 2 2 2 2 1 0 0 0 5 9<br />

Tocantins 9 0 0 0 9 9 62 1 0 0 0 63 64 55 1 0 0 0 0 56 57<br />

Sub-total 91 4 1 0 96 102 202 19 3 1 0 225 253 169 44 14 1 0 1 229 309<br />

Alagoas 11 0 0 0 11 11 29 2 0 0 0 31 33 31 8 4 0 0 0 43 59<br />

Bahia 51 3 0 0 54 57 52 25 2 0 0 79 108 50 20 1 1 0 0 72 97<br />

Ceará 40 11 4 0 55 74 42 24 3 0 0 69 99 65 33 1 1 0 0 100 138<br />

Maranhão 24 4 0 0 28 32 16 3 0 0 0 19 22 16 2 1 1 0 0 20 27<br />

Paraíba 17 2 0 0 19 21 40 0 0 0 0 40 40 43 1 0 0 0 0 44 45<br />

Pernambuco 23 3 1 0 27 32 20 16 2 1 0 39 62 38 11 4 0 0 0 53 72<br />

Piauí 4 0 0 0 4 4 21 0 0 0 0 21 21 56 1 0 0 0 0 57 58<br />

Rio Grande do Norte 28 0 0 0 28 28 24 0 0 0 0 24 24 24 2 0 0 0 0 26 28<br />

Sergipe 29 0 0 0 29 29 36 0 0 0 0 36 36 35 0 0 0 0 0 35 35<br />

Sub-total 227 23 5 0 255 288 280 70 7 1 0 358 445 358 78 11 3 0 0 450 559<br />

Paraná 55 4 0 0 59 63 135 58 5 0 0 198 266 122 89 1 0 0 0 212 303<br />

Rio Grande do Sul 186 0 0 0 186 186 228 3 0 0 0 231 234 505 6 0 0 0 0 511 517<br />

Santa Catarina 193 39 3 1 236 284 231 111 22 4 0 368 535 190 140 41 3 2 0 376 615<br />

Sub-total 434 43 3 1 481 533 594 172 27 4 0 797 1.035 817 235 42 3 2 0 1.099 1.435<br />

Espírito Santo 79 3 0 0 82 85 111 4 0 0 0 115 119 108 16 1 0 0 0 125 143<br />

Minas Gerais 203 15 0 0 218 233 266 22 0 0 0 288 310 203 9 0 0 0 0 212 221<br />

Rio de Janeiro 190 38 0 0 228 266 216 41 0 0 0 257 298 203 18 3 0 0 0 224 248<br />

São Paulo 484 73 0 0 557 630 506 212 17 1 0 736 985 531 210 16 1 0 0 758 1.003<br />

Sub-total 956 129 0 0 1.085 1.214 1.099 279 17 1 0 1.396 1.712 1.045 253 20 1 0 0 1.319 1.615<br />

Distrito Federal 99 5 0 0 104 109 83 22 2 0 0 107 133 60 24 5 2 0 0 91 131<br />

Goiás 22 4 0 0 26 30 98 17 8 1 1 125 165 49 16 7 5 0 0 77 122<br />

Mato Grosso do Sul 14 1 1 0 16 19 43 7 0 0 0 50 57 40 18 7 0 0 0 65 97<br />

Mato Grosso 48 11 3 1 63 83 61 28 11 1 0 101 154 29 16 7 1 0 0 53 86<br />

Sub-total 183 21 4 1 209 241 285 74 21 2 1 383 509 178 74 26 8 0 0 286 436<br />

<strong>Brasil</strong><br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

1.891 220 13 2 2.126 2.378 2.460 614 75 9 1 3.159 3.954 2.567 684 113 16 2 1 3.383 4.354<br />

(continua)<br />

63


64<br />

Tabela 1 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> de acordo com número de<br />

<strong>eventos</strong> apresenta<strong>dos</strong>, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Região<br />

Norte<br />

Nordeste<br />

Sul<br />

Sudeste<br />

Centro-<br />

Oeste<br />

2005<br />

<strong>2002</strong> - 2005<br />

Total<br />

Esta<strong>dos</strong><br />

Número de <strong>eventos</strong><br />

Total de Total de<br />

de<br />

<strong>eventos</strong> casos<br />

1 2 3 4 5 casos<br />

Total de <strong>eventos</strong><br />

Acre 11 35 3 1 0 50 94 136 232<br />

Amazonas 12 6 1 0 0 19 27 70 95<br />

Amapá 5 3 0 0 0 8 11 28 34<br />

Pará 100 0 0 0 0 100 100 250 273<br />

Rondônia 22 4 2 0 0 28 36 131 152<br />

Roraima 3 1 0 0 0 4 5 16 21<br />

Tocantins 54 0 0 0 0 54 54 182 184<br />

Sub-total 207 49 6 1 0 263 327 813 991<br />

Alagoas 24 10 0 0 0 34 44 119 147<br />

Bahia 122 33 1 0 0 156 191 361 453<br />

Ceará 85 17 1 0 0 103 122 327 433<br />

Maranhão 8 5 7 1 0 21 43 88 124<br />

Paraíba 79 0 0 0 0 79 79 182 185<br />

Pernambuco 32 12 2 1 0 47 66 166 232<br />

Piauí 36 1 0 0 0 37 38 119 121<br />

Rio Grande do Norte 37 0 0 0 0 37 37 115 117<br />

Sergipe 45 0 0 0 0 45 45 145 145<br />

Sub-total 468 78 11 2 0 559 665 1.622 1.957<br />

Paraná 46 53 2 0 0 101 158 570 790<br />

Rio Grande do Sul 370 3 0 0 0 373 376 1.301 1.313<br />

Santa Catarina 165 133 43 5 2 348 590 1.328 2.024<br />

Sub-total 581 189 45 5 2 822 1.124 3.199 4.127<br />

Espírito Santo 97 30 0 0 0 127 157 449 504<br />

Minas Gerais 203 16 0 0 0 219 235 937 999<br />

Rio de Janeiro 157 18 1 0 0 176 196 885 1.008<br />

São Paulo 496 60 2 1 0 559 626 2.610 3.244<br />

Sub-total 953 124 3 1 0 1.081 1.214 4.881 5.755<br />

Distrito Federal 68 4 3 1 0 76 89 378 462<br />

Goiás 7 9 4 0 0 20 37 248 354<br />

Mato Grosso do Sul 2 0 0 0 0 2 2 133 175<br />

Mato Grosso 44 18 3 2 0 67 97 284 420<br />

Sub-total 121 31 10 3 0 165 225 1.043 1.411<br />

(continuação)<br />

<strong>Brasil</strong><br />

Fonte: PNI,2006.<br />

2.330 471 75 12 2 2.890 3.555 11.558 14.241<br />

64


65<br />

Figura 1 – Distribuição percentual de casos de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> por <strong>dos</strong>e aplicada e idade. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005.<br />

100<br />

% de Casos<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11<br />

Idade em meses<br />

1ª <strong>dos</strong>e 2ª <strong>dos</strong>e 3ª <strong>dos</strong>e<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Figura 2 – Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas por Macro -Regiões. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-<br />

2005.<br />

100,0<br />

90,0<br />

Taxa por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005<br />

Ano<br />

Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-Oeste <strong>Brasil</strong><br />

Fonte: PNI, 2006.


66<br />

Figura 3 - Taxas de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, segundo Unidades da<br />

Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

<strong>2002</strong> 2003<br />

2004<br />

2005<br />

Fonte: PNI, 2006.


67<br />

Figura 4 – Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, segundo municípios da Região<br />

Norte. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

<strong>2002</strong> 2003<br />

2004<br />

2005<br />

Total<br />

Fonte: PNI, 2006.


68<br />

Figura 5 – Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, segundo municípios da Região<br />

Nordeste. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

2003<br />

<strong>2002</strong><br />

2004<br />

2005<br />

Total<br />

Fonte: PNI, 2006.


69<br />

Figura 6 – Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, segundo municípios da Região<br />

Sudeste. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

<strong>2002</strong> 2003<br />

2004<br />

2005<br />

Total<br />

Fonte: PNI, 2006.


70<br />

Figura 7 – Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, segundo municípios da Região<br />

Sul. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

<strong>2002</strong> 2003<br />

2004<br />

2005<br />

Total<br />

Fonte: PNI, 2006.


71<br />

Figura 8 – Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, segundo municípios da Região<br />

Centro-Oeste. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005<br />

<strong>2002</strong> 2003<br />

2004<br />

2005<br />

Total<br />

Fonte: PNI, 2006.


72<br />

Foi encontrado um percentual muito heterogêneo de municípios<br />

que notificaram EAPV-T em cada Estado, com o maior percentual ,<br />

excetuando-se o Distrito Federal, sendo o do Estado do Espírito Santo , com<br />

73,1%, e o com menor percentual o Estado do Piauí, com apenas 7,7% de<br />

seus municípios tendo notificado algum EAPV -T (Figura 9, Anexo<br />

6). De<br />

uma maneira geral, as Regiões Sul e Sudeste apresenta ram maior<br />

percentual de municípios notificantes e as Regiões Norte e Nordeste os mais<br />

baixos percentuais (Figura 10).<br />

Figura 9 – Percentual de Municípios com casos notifica<strong>dos</strong> de evento<br />

adverso pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, por Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-<br />

2005.<br />

Fonte: PNI, 2006.


73<br />

Figura 10 – Percentual de Municípios com casos notifica<strong>dos</strong> de evento<br />

adverso pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, por Macro-Regiões. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

As distribuições <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> por mês e semana<br />

epidemiológica de aplicação estão apresentadas nas Figuras 11 e 12,<br />

respectivamente.


74<br />

Figura 11 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> ad versos pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> por Macro -Região, ano e mês de aplicação da <strong>vacina</strong>.<br />

<strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Norte<br />

Nordeste<br />

Número de casos<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12<br />

Mês de aplicação da <strong>vacina</strong><br />

Número de casos<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12<br />

Mês de aplicação da <strong>vacina</strong><br />

Sul<br />

Sudeste<br />

200<br />

200<br />

Número de casos<br />

150<br />

100<br />

50<br />

Número de casos<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

0<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12<br />

Mês de aplicação da <strong>vacina</strong><br />

Mês de aplicação da <strong>vacina</strong><br />

Centro-Oeste<br />

<strong>Brasil</strong><br />

Número de casos<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12<br />

Mês de aplicação da <strong>vacina</strong><br />

Número de casos<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12<br />

Mês de aplicação da <strong>vacina</strong><br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Observa-se um progressivo aumento do número de notificações<br />

nos primeiros meses de <strong>2002</strong>, com o maior pico de notificações de EAPV-T<br />

do período desta avaliação ocorrendo no mês de março de 2004 (446<br />

casos), concentrando-se o maior número na semana 10 (127 casos) .<br />

Destes, 49 casos foram notifica<strong>dos</strong> na Região Sudeste (sendo 33 casos no<br />

Estado de São Paulo) e 42 casos na Região Sul (sendo 19 no Estado do Rio<br />

Grande do Sul e 14 casos em Santa C atarina).


75<br />

Figura 12 – Distribuição de casos de evento s <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> por semana epidemiológica de aplicação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005.<br />

N ú m e r o d e C a s o s<br />

1 6<br />

1 2<br />

8<br />

4<br />

0<br />

N o r t e<br />

1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 2 1 2 3 2 5 2 7 2 9 3 1 3 3 3 5 3 7 3 9 4 1 4 3 4 5 4 7 4 9 5 1 5 3<br />

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a<br />

3 0<br />

2 5<br />

2 0<br />

1 5<br />

1 0<br />

5<br />

0<br />

N o r d e s t e<br />

1<br />

3<br />

5<br />

7<br />

9<br />

1 1<br />

1 3<br />

1 5<br />

1 7<br />

1 9<br />

2 1<br />

2 3<br />

2 5<br />

2 7<br />

2 9<br />

3 1<br />

3 3<br />

3 5<br />

N ú m e r o d e C a s o s<br />

3 7<br />

3 9<br />

4 1<br />

4 3<br />

4 5<br />

4 7<br />

4 9<br />

5 1<br />

5 3<br />

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a<br />

N ú m e r o d e C a s o s<br />

5 0<br />

4 0<br />

3 0<br />

2 0<br />

1 0<br />

0<br />

S u l<br />

1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 2 1 2 3 2 5 2 7 2 9 3 1 3 3 3 5 3 7 3 9 4 1 4 3 4 5 4 7 4 9 5 1 5 3<br />

S e m a n a E p id e m io ló g ic a<br />

N ú m e r o d e C a s o s<br />

6 0<br />

5 0<br />

4 0<br />

3 0<br />

2 0<br />

1 0<br />

0<br />

S u d e s t e<br />

1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 2 1 2 3 2 5 2 7 2 9 3 1 3 3 3 5 3 7 3 9 4 1 4 3 4 5 4 7 4 9 5 1 5 3<br />

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a<br />

N ú m e r o d e C a s o s<br />

1 6<br />

1 4<br />

1 2<br />

1 0<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

C e n t r o - O e s t e<br />

1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 2 1 2 3 2 5 2 7 2 9 3 1 3 3 3 5 3 7 3 9 4 1 4 3 4 5 4 7 4 9 5 1 5 3<br />

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a<br />

N ú m e r o d e C a s o s<br />

1 4 0<br />

1 2 0<br />

1 0 0<br />

8 0<br />

6 0<br />

4 0<br />

2 0<br />

0<br />

B r a s il<br />

1<br />

3<br />

5<br />

7<br />

9<br />

1 1<br />

1 3<br />

1 5<br />

1 7<br />

1 9<br />

2 1<br />

2 3<br />

2 5<br />

2 7<br />

2 9<br />

3 1<br />

3 3<br />

3 5<br />

3 7<br />

3 9<br />

4 1<br />

4 3<br />

4 5<br />

4 7<br />

4 9<br />

5 1<br />

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a<br />

2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5<br />

Fonte: PNI, 2006.


76<br />

Os casos considera<strong>dos</strong> graves, conforme critérios adota<strong>dos</strong> nesta<br />

análise, alcançaram 65,3% (7.542/11558) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> no período<br />

estudado, tendo ocorrido uma maior proporção (72,9%) em <strong>2002</strong> e uma<br />

menor proporção (62,2%) em 2004, com taxas de 26,4 e 22,6 por 100.000<br />

<strong>dos</strong>es aplicadas, respectivamente. O percentual de casos graves notifica<strong>dos</strong><br />

foi maior que o de casos não-graves em todas as macro-regiões do <strong>Brasil</strong>,<br />

com oscilações ano a ano (Figura 13, Anexo 7).<br />

Figura 13 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> por macro -regiões, segundo gravidade. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -<br />

2005.<br />

%<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

No rte<br />

No rde ste<br />

S ul<br />

S ude ste<br />

Ce ntro-<br />

O e ste<br />

No rte<br />

N o rde ste<br />

S ul<br />

S ude ste<br />

Ce ntro-<br />

O e ste<br />

não grave<br />

G ra vid a d e<br />

grave<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005<br />

A Figura 14 apresenta a distribuição <strong>dos</strong> EAPV -T de acordo com<br />

o intervalo de tempo decorrido entre a aplicação da <strong>vacina</strong> e a ocorr ência do<br />

evento, onde se observa que a grande maioria (78,2%) <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> ocorreu nas primeiras seis horas, com pico ocorrendo em duas<br />

horas após aplicação da <strong>vacina</strong> (20,7%). A Tabela 2 apresenta a distribuição


77<br />

<strong>dos</strong> principais EAPV-T a partir desse critério, onde pode ser observado que<br />

dentre os <strong>eventos</strong> mais freqüentes nas primeiras seis horas est avam o EHH,<br />

a febre maior que 39,5 o C e a convulsão febril. A febre maior que 39,5 o C<br />

persistiu como evento mais frequentemente notif icado até 72 horas após a<br />

aplicação da <strong>vacina</strong>, a partir de quando os <strong>eventos</strong> locais passaram<br />

a<br />

predominar em relação aos sistêmicos.<br />

Figura 14 – Distribuição proporcional do intervalo entre a aplicação da<br />

<strong>vacina</strong> e o evento adverso pós -<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005.<br />

25<br />

20<br />

20,7<br />

%<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

15,0<br />

11,9<br />

12,7<br />

9,4<br />

7,5 7,3<br />

5,3<br />

3,3<br />

3,0<br />

2,3<br />

1,5<br />

<br />

Intervalo entre a aplicação e o evento<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Dentre o total de casos notifica<strong>dos</strong>, foi referido atendimento médico<br />

em 57,1% (6.604/11.558) das crianças que apresentaram EAPV -T. O Estado<br />

do Amapá foi o que apresentou o maior percentual, 92,9% (26/28), e o Estado<br />

de São Paulo, o menor percentual, 31,0% (809/2.610), <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong><br />

tendo referência de atendimento médico . Em números absolutos, os Esta<strong>dos</strong><br />

com maior número de casos notifica<strong>dos</strong> com referência de atendimento médico<br />

foram o Estado de Santa Catarina, São Paulo e Rio Gran de do Sul (Tabela 3).


78<br />

Tabela 2 - Distribuição <strong>dos</strong> principais tipos de evento adverso pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> notifica<strong>dos</strong>, segundo tempo<br />

decorrido entre a aplicação da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> e a ocorrência do evento adverso. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Evento Adverso<br />

Intervalo em horas<br />

72 h<br />

Total<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

EHH 992 (46,5) 3768 (41,9) 233 (21,8) 143 (13,4) 41 (9,6) 16 (7,3) 15 (4,6) 5208 (36,6)<br />

Febre 431 (20,2) 2628 (29,2) 405 (38,0) 344 (32,3) 131 (30,7) 54 (24,7) 59 (18,0) 4052 (28,5)<br />

Febre > 39,5 326 (15,3) 1790 (19,9) 285 (26,7) 235 (22,1) 100 (23,4) 42 (19,2) 44 (13,5) 2822 (19,8)<br />

Febre < 39,5 105 (4,9) 838 (9,3) 120 (11,2) 109 (10,2) 31 (7,3) 12 (5,5) 15 (4,6) 1230 (8,6)<br />

Convulsão 369 (17,3) 1242 (13,8) 191 (17,9) 109 (10,2) 44 (10,3) 23 (10,5) 14 (4,3) 1992 (14,0)<br />

Convulsão Febril 279 (13,1) 998 (11,1) 158 (14,8) 91 (8,5) 30 (7,0) 16 (7,3) 6 (1,8) 1578 (11,1)<br />

Convulsão Afebril 90 (4,2) 244 (2,7) 33 (3,1) 18 (1,7) 14 (3,3) 7 (3,2) 8 (2,4) 414 (2,9)<br />

Dor, rubor e calor 99 (4,6) 384 (4,3) 57 (5,3) 120 (11,3) 42 (9,8) 31 (14,2) 29 (8,9) 762 (5,4)<br />

Encefalopatia aguda 0 (0,0) 1 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (0,3) 2 (0,0)<br />

Hipersensibilidade < 2 h 57 (2,7) 68 (0,8) 2 (0,2) 3 (0,3) 2 (0,5) 1 (0,5) 0 (0,0) 133 (0,9)<br />

Hipersensibilidade > 2 h 7 (0,3) 123 (1,4) 43 (4,0) 58 (5,4) 25 (5,9) 7 (3,2) 3 (0,9) 266 (1,9)<br />

Púrpura 0 (0,0) 3 (0,0) 0 (0,0) 2 (0,2) 0 (0,0) 2 (0,9) 0 (0,0) 7 (0,0)<br />

Choque anafilático 10 (0,5) 13 (0,1) 1 (0,1) 0 (0,0) 2 (0,5) 0 (0,0) 0 (0,0) 26 (0,2)<br />

Cefaléia e Vômitos 16 (0,7) 69 (0,8) 16 (1,5) 8 (0,8) 6 (1,4) 0 (0,0) 0 (0,0) 115 (0,8)<br />

Abscesso Quente 6 (0,3) 48 (0,5) 17 (1,6) 45 (4,2) 30 (7,0) 14 (6,4) 89 (27,2) 249 (1,7)<br />

Abscesso Frio 5 (0,2) 14 (0,2) 4 (0,4) 25 (2,3) 6 (1,4) 8 (3,7) 22 (6,7) 84 (0,6)<br />

Exantema generalizado 19 (0,9) 82 (0,9) 18 (1,7) 34 (3,2) 18 (4,2) 14 (6,4) 11 (3,4) 196 (1,4)<br />

Nódulo 27 (1,3) 90 (1,0) 15 (1,4) 54 (5,1) 19 (4,4) 15 (6,8) 29 (8,9) 249 (1,7)<br />

Linfadenite não supurada 0 (0,0) 7 (0,1) 4 (0,4) 10 (0,9) 5 (1,2) 4 (1,8) 16 (4,9) 46 (0,3)<br />

Enduração 16 (0,7) 60 (0,7) 9 (0,8) 27 (2,5) 18 (4,2) 11 (5,0) 15 (4,6) 156 (1,1)<br />

Outros <strong>eventos</strong> inusita<strong>dos</strong> 51 (2,4) 228 (2,5) 29 (2,7) 35 (3,3) 13 (3,0) 9 (4,1) 5 (1,5) 370 (2,6)<br />

Outras reações locais 22 (1,0) 139 (1,5) 14 (1,3) 38 (3,6) 19 (4,4) 7 (3,2) 9 (2,8) 248 (1,7)<br />

Total de <strong>eventos</strong> 2134 (100,0) 9002 (100,0) 1067 (100,0) 1065 (100,0) 427 (3,0) 219 (100,0) 327 (100,0) 14241 (100,0)<br />

Fonte: PNI/2006.<br />

78


79<br />

No país, dentre os casos com essa referência, foi predominante o<br />

atendimento médico em Unidades de Emergência, em 63,2% (2.903/4.594) <strong>dos</strong><br />

casos notifica<strong>dos</strong> e a menor proporção de atendimentos encontrada foi em<br />

UTIs, com 2,2% (101/4.594) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>; ressalta-se, porém, que em<br />

30,4% (2.010/6.604) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> essa informação não estava<br />

disponível (Figura 15).<br />

Dentre os casos classifica<strong>dos</strong> como graves ,<br />

foi referido<br />

atendimento<br />

médico/hospitalização em 66,3% (5.003/7.542) . Dentre os<br />

classifica<strong>dos</strong> como não-graves, foi referido atendimento<br />

médico/hospitalização em 39,9% (1.601/4.016) <strong>dos</strong> casos.<br />

Figura 15 – Distribuição da proporção de tipo de atendimento médico/<br />

hospitalização por evento adverso pós -<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> notificado. <strong>Brasil</strong>,<br />

<strong>2002</strong>-2005.<br />

77(1,7%)<br />

2.903 (63,2%)<br />

101 (2,2%)<br />

1.012 (22,0%)<br />

501 (10,9%)<br />

Posto de Saúde<br />

Enfermaria<br />

Emergência<br />

UTI<br />

Outros<br />

Fonte: PNI, 2006.


80<br />

Tabela 3 - Distribuição <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, com referência de atendimento médico/ hospitalização,<br />

segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Regiões<br />

Norte<br />

Esta<strong>dos</strong><br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005 <strong>2002</strong>-2005<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

AC 10 (76,9) 16 (55,2) 27 (61,4) 32 (64,0) 85 (62,5)<br />

AM 2 (50,0) 19 (63,3) 11 (64,7) 15 (78,9) 47 (67,1)<br />

AP 3 (75,0) 10 (90,9) 5 (100,0) 8 (100,0) 26 (92,9)<br />

PA 7 (21,9) 15 (27,8) 57 (89,1) 99 (99,0) 178 (71,2)<br />

RO 21 (72,4) 21 (58,3) 26 (68,4) 21 (75,0) 89 (67,9)<br />

RR 5 (100,0) 2 (100,0) 5 (100,0) 1 (25,0) 13 (81,3)<br />

TO 6 (66,7) 54 (85,7) 32 (57,1) 40 (74,1) 132 (72,5)<br />

Sub-total 54 (56,3) 137 (60,9) 163 (71,2) 216 (82,1) 570 (70,1)<br />

Nordeste<br />

Sul<br />

AL 1 (9,1) 9 (29,0) 33 (76,7) 25 (73,5) 68 (57,1)<br />

BA 36 (66,7) 50 (63,3) 47 (65,3) 99 (63,5) 232 (64,3)<br />

CE 39 (70,9) 51 (73,9) 92 (92,0) 97 (94,2) 279 (85,3)<br />

MA 22 (78,6) 13 (68,4) 15 (75,0) 16 (76,2) 66 (75,0)<br />

PB 8 (42,1) 21 (52,5) 14 (31,8) 22 (27,8) 65 (35,7)<br />

PE 17 (63,0) 27 (69,2) 45 (84,9) 36 (76,6) 125 (75,3)<br />

PI 3 (75,0) 12 (57,1) 41 (71,9) 25 (67,6) 81 (68,1)<br />

RN 17 (60,7) 19 (79,2) 26 (100,0) 32 (86,5) 94 (81,7)<br />

SE 19 (65,5) 18 (50,0) 21 (60,0) 33 (73,3) 91 (62,8)<br />

Sub-total 162 (63,5) 220 (61,5) 334 (74,2) 385 (68,9) 1.101 (67,9)<br />

PR 39 (66,1) 117 (59,1) 148 (69,8) 85 (84,2) 389 (68,2)<br />

RS 48 (25,8) 92 (39,8) 217 (42,5) 195 (52,3) 552 (42,4)<br />

SC 155 (65,7) 262 (71,2) 299 (79,5) 289 (83,0) 1005 (75,7)<br />

Sub-total 242 (50,3) 471 (59,1) 664 (60,4) 569 (69,2) 1.946 (60,8)<br />

Sudeste<br />

Centro-Oeste<br />

ES 53 (64,6) 91 (79,1) 105 (84,0) 116 (91,3) 365 (81,3)<br />

MG 126 (57,8) 150 (52,1) 128 (60,4) 153 (69,9) 557 (59,4)<br />

RJ 74 (32,5) 165 (64,2) 152 (67,9) 137 (77,8) 528 (59,7)<br />

SP 188 (33,8) 208 (28,3) 209 (27,6) 204 (36,5) 809 (31,0)<br />

Sub-total 441 (40,6) 614 (44,0) 594 (45,0) 610 (56,4) 2.259 (46,3)<br />

DF 80 (76,9) 76 (71,0) 71 (78,0) 59 (77,6) 286 (75,7)<br />

GO 20 (76,9) 104 (83,2) 59 (76,6) 12 (60,0) 195 (78,6)<br />

MS 11 (68,8) 30 (60,0) 59 (90,8) 2 (100,0) 102 (76,7)<br />

MT 13 (20,6) 52 (51,5) 33 (62,3) 47 (70,1) 145 (51,1)<br />

Sub-total 124 (59,3) 262 (68,4) 222 (77,6) 120 (72,7) 728 (69,8)<br />

<strong>Brasil</strong> 1.023 (48,1) 1.704 (53,9) 1.977 (58,4) 1.900 (65,7) 6.604 (57,1)<br />

Fonte: PNI, 2006


81<br />

Das crianças referidas como tendo recebido atendimento médico ,<br />

53,6% (3.542/6.604) permaneceram na Unidade de Saúde por menos de<br />

uma hora, 25,7% (1.695/6.604) ficaram em observação/ hospitalizadas até<br />

seis horas. Permaneceram hospitalizadas por mais de 12 horas, 17,1% <strong>dos</strong><br />

casos, sendo que apenas 3,7% por mais de 48 horas . Daquelas crianças<br />

que permaneceram na Unidade de Saúde por menos de uma hora, 42,7%<br />

(1.512/3.542) foram atendidas em Unidades de Emergência, e 18,9%<br />

(669/3.542) foram atendidas no próprio Posto de Saúde. As crianças<br />

atendidas em Unidades de Emergência foram liberadas em 81,7%<br />

(2.371/2.903) <strong>dos</strong> casos com até seis horas de hospitalização e em 95,9%<br />

(2.783/2.903) <strong>dos</strong> casos com até 24 horas de hospitalização (Tabela 4).<br />

Em 75,4% <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> (8.710/11.558) havia informação<br />

sobre a conduta em relação ao esquema <strong>vacina</strong>l. Destes, foi mantido<br />

esquema <strong>vacina</strong>l em 30,5% e contra -indicado com troca de esquema em<br />

67,2% <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> (Figura 16, Anexo 8).<br />

Figura 16 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de evento s <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> segundo conduta frente ao esquema <strong>vacina</strong>l. <strong>Brasil</strong>,<br />

<strong>2002</strong>-2005.<br />

7.000<br />

6.000<br />

5.853 (67,2%)<br />

Número de casos<br />

5.000<br />

4.000<br />

3.000<br />

2.000<br />

1.000<br />

0<br />

2.653 (30,5%)<br />

Mantido esquema<br />

204 (2,3%)<br />

Contra-indicação sem<br />

troca de esquema<br />

Contra-indicação com<br />

troca de esquema<br />

Conduta<br />

Fonte: PNI, 2006.


82<br />

Tabela 4 - Distribuição <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> notifica<strong>dos</strong>, segundo tipo e tempo de atendimento<br />

médico/ hospitalização. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Tipo<br />

Tempo de Hospitalização<br />

< 1 h 1 - 6 h 7 - 12 h 13 - 24 h 25 - 48 h > 48 h<br />

Total<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

Posto de<br />

Saúde<br />

669 (66,2) 296 (29,3) 13 (1,3) 25 (2,5) 5 (0,5) 3 (0,3) 1.011 (100,0)<br />

Enfermaria 83 (16,6) 60 (12,0) 19 (3,8) 163 (32,5) 81 (16,2) 95 (19,0) 501 (100,0)<br />

Emergência 1.512 (52,1) 859 (29,6) 146 (5,0) 266 (9,2) 65 (2,2) 55 (1,9) 2.903 (100,0)<br />

UTI 28 (27,7) 36 (35,6) 5 (5,0) 9 (8,9) 10 (9,9) 13 (12,9) 101 (100,0)<br />

Outros 73 (94,8) 4 (5,2) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 77 (100,0)<br />

Sem<br />

informação<br />

1.177 (58,6) 440 (21,9) 55 (2,7) 198 (9,9) 59 (2,9) 81 (4,0) 2.010 (100,0)<br />

Total 3.542 (53,6) 1.695 (25,7) 238 (3,6) 662 (10,0) 220 (3,3) 247 (3,7) 6.604 (100,0)<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

82


83<br />

A evolução estava informada em 79,5% <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong><br />

(9.190/11.558), sendo que “cura sem seqüela” foi o desfecho de 98,7%<br />

(9.073/9.190) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> que continham esse campo preenchido<br />

(Figura 17, Anexo 9). Havia a informação de 12 óbitos (0,1% <strong>dos</strong> casos<br />

notifica<strong>dos</strong>) temporalmente associa<strong>dos</strong> à <strong>vacina</strong>ção com <strong>Tetravalente</strong> e cura<br />

com seqüelas em 105 casos notificad os (1,1 %). As características<br />

apresentadas pelos casos com evolução assinalada como óbito ser ão<br />

descritas adiante, porém, nesse Banco de Da<strong>dos</strong>, não há informações sobre<br />

a investigação <strong>dos</strong> óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas.<br />

Também não há descrição <strong>dos</strong> tipos de seqüelas apresentadas pelos casos<br />

com evolução assinalada como “cura com seqüelas”.<br />

Figura 17 – Distribuição <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de evento s <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> segundo evolução. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005.<br />

9.000<br />

9.073 (98,7%)<br />

Núm ero de casos<br />

7.500<br />

6.000<br />

4.500<br />

3.000<br />

1.500<br />

0<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

105 (1,1%) 12 (0,1%)<br />

Cura sem sequelas Cura com sequelas Óbito<br />

Evoluçã o<br />

Havia informação sobre o número do lote em 84,7%<br />

(9.789/11.558) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de EAPV -T. Para estes encontrou-se<br />

4.711 lotes, com um número médio de 2,1 notificações por lote. Para 76,7%


84<br />

(3.616/4.711) <strong>dos</strong> lotes informa<strong>dos</strong> ha via apenas uma notificação e para<br />

9,0% (426/4.711) apenas duas notificações.<br />

Os seis lotes com os maiores números de notificações somavam<br />

juntos 2,7% (264/9.711) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>. O lote com maior freqüência<br />

foi encontrado em 70 notificações (0,7% do s casos notifica<strong>dos</strong>), com 54,3%<br />

(38/70) <strong>dos</strong> casos relaciona<strong>dos</strong> classifica<strong>dos</strong> como graves, mas com<br />

evolução para cura sem seqüelas em 100% <strong>dos</strong> casos.<br />

Na análise por<br />

semana epidemiológica e ano foi observada uma distribuição por longos<br />

perío<strong>dos</strong> das notificações desses seis lotes (Figura 18 ) e na análise por<br />

Macro-Regiões e Unidades da Federação encontrou -se distribuição irregular,<br />

com um mesmo lote sendo encontrado em notificações de Esta<strong>dos</strong> das<br />

cinco Regiões.<br />

Em relação à maior ocorrência de notificações ve rificadas na<br />

semana epidemiológica 10 de 2004 e demonstrada na Figura 12, a análise<br />

de distribuição <strong>dos</strong> lotes por semana epidemiológica não encontrou nenhum<br />

lote específico associado a tal achado.<br />

É importante ressaltar que em inúmeros casos foi impossíve l a<br />

identificação correta do lote, pois a descrição <strong>dos</strong> mesmos era incompatível<br />

com a metodologia de identificação utilizada pelo laboratório produtor ( Anexo<br />

10). Outros lotes continham, ainda, a identificação <strong>dos</strong> rótulos de um <strong>dos</strong><br />

frascos componentes (DTP ou Hib) e não do cartucho (<strong>Tetravalente</strong>), como<br />

deveria ser, inclusive os<br />

dois lotes mais freqüentes, cujos números<br />

informa<strong>dos</strong> se referiam ao frasco do componente Hib.


11<br />

14<br />

17<br />

10<br />

13<br />

16<br />

41<br />

44<br />

47<br />

51<br />

10<br />

13<br />

16<br />

40<br />

19<br />

43<br />

46<br />

49<br />

52<br />

40<br />

43<br />

46<br />

49<br />

52<br />

40<br />

43<br />

46<br />

49<br />

52<br />

40<br />

43<br />

46<br />

49<br />

52<br />

85<br />

Figura 18 – Distribuição por semana epidemiológica <strong>dos</strong> casos de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> relativos aos<br />

6 lotes com maior número de notificações. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Lote 037VZF027Z<br />

Lote 034VZF011Z<br />

Número de Casos<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

1<br />

2004<br />

2005<br />

Número de Casos<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

2004<br />

2005<br />

22<br />

25<br />

28<br />

31<br />

34<br />

37<br />

4<br />

7<br />

1<br />

4<br />

7<br />

Semana Epidemiológica<br />

10<br />

13<br />

16<br />

19<br />

22<br />

25<br />

28<br />

31<br />

34<br />

Semana Epidemiológica<br />

Número de Casos<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

1<br />

19<br />

Lote 037VZD062Z<br />

22<br />

25<br />

28<br />

31<br />

34<br />

37<br />

2004<br />

2005<br />

Número de Casos<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

37<br />

Lote 033VZD011Z<br />

2003<br />

2004<br />

4<br />

7<br />

1<br />

4<br />

Semana Epidemiológica<br />

7<br />

10<br />

13<br />

16<br />

19<br />

22<br />

25<br />

28<br />

31<br />

34<br />

37<br />

Semana Epidemiológica<br />

Número de Casos<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

1<br />

20<br />

Lote 033VZD009A<br />

23<br />

26<br />

29<br />

32<br />

35<br />

38<br />

2003<br />

2004<br />

Número de Casos<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Lote 033VZF006Z<br />

2003<br />

2004<br />

5<br />

8<br />

1<br />

4<br />

7<br />

10<br />

13<br />

16<br />

19<br />

37<br />

40<br />

43<br />

46<br />

49<br />

Semana Epidemiológica<br />

22<br />

25<br />

28<br />

31<br />

34<br />

Semana Epidemiológica<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

85


86<br />

Os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> mais freqüentes no período foram: Episódio<br />

Hipotônico-Hiporresponsivo (n=5.208), febre (n=4 .052) e convulsão<br />

(n=1.992), totalizando juntos 7 9% (11.252/14.241) <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> notifica<strong>dos</strong>.<br />

Outros <strong>eventos</strong> também classifica<strong>dos</strong> como graves, como choque anafilático<br />

(n=26), púrpura (n=7) e encefalopatia (n=2) ficaram entre os <strong>eventos</strong> menos<br />

freqüentes (Tabela 5).<br />

Tabela 5 – Taxa <strong>dos</strong> principais <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong><br />

notifica<strong>dos</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

EAPV<br />

N<br />

Taxa/100.000<br />

<strong>dos</strong>es<br />

aplicadas<br />

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo 5208 15,3<br />

Febre 4052 11,9<br />

Febre > 39,5 2822 8,3<br />

Febre < 39,5 1230 3,6<br />

Convulsão 1992 5,9<br />

Convulsão Febril 1578 4,6<br />

Convulsão Afebril 414 1,2<br />

Dor, rubor e calor 462 1,4<br />

Outros <strong>eventos</strong> graves e/ou inusita<strong>dos</strong> 356 1,0<br />

Abscesso 333 1,0<br />

Hipersensibilidade > 2 horas 266 0,8<br />

Outras reações locais 248 0,7<br />

Nódulo 246 0,7<br />

Exantema generalizado 196 0,6<br />

Enduração 156 0,5<br />

Hipersensibilidade < 2 horas 133 0,4<br />

Cefaléia e Vômitos 115 0,3<br />

Choque anafilático/ anafilactóide 26 0,1<br />

Púrpura 7 0,0<br />

Encefalopatia aguda 2 0,0<br />

Total de <strong>eventos</strong> 14.241 41,9<br />

Fonte: PNI, 2006.


87<br />

4.4.1 Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo<br />

O Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH) foi o evento com a<br />

maior freqüência de notificação no período estudado, ocorrendo em 45,1%<br />

(5.208/11.558) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>. Considerando o total de <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas no período, o EHH apresentou uma taxa de notificação de 15,3<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, ou 1 caso/6.532 <strong>dos</strong>es aplicadas. A Tabela<br />

6 apresenta as taxas por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas e as proporções de<br />

ocorrência de EHH por ano nas Macro -Regiões e Unidades da Federação .<br />

O Estado que apresentou a menor taxa de EHH foi o Maranhão,<br />

com taxa de 2,0 casos notifica<strong>dos</strong>/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas . O Estado de<br />

Santa Catarina foi o que apresentou a maior t axa, com 70,3 casos<br />

notifica<strong>dos</strong>/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, mais que o dobro da segunda e<br />

terceira maiores taxas encontradas, do Estado do Acre e do Distrito Federal,<br />

com 31,1 e 30,2 casos notifica<strong>dos</strong>/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas ,<br />

respectivamente.<br />

No Município do Rio de Janeiro, em 2004 foram aplicadas<br />

250.604 <strong>dos</strong>es de <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> e notifica<strong>dos</strong> 50 casos de EHH,<br />

resultando em uma taxa de 20,0 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

A Tabela 7 demonstra as características apresentadas pelos<br />

casos notifica<strong>dos</strong> de EHH. Houve uma predominância do sexo masculino em<br />

to<strong>dos</strong> os anos, variando de 52,5% em <strong>2002</strong> e de 56,6% em 2005.


88<br />

Tabela 6 - Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, por Macro-<br />

Região e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Regiões<br />

Norte<br />

Nordeste<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005 <strong>2002</strong>-2005<br />

N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa*<br />

AC 6 46,2 17,5 11 37,9 21,7 13 29,5 28,7 26 52,0 52,1 56 41,2 31,1<br />

AM 1 25,0 1,0 12 40,0 5,9 7 41,2 3,4 11 57,9 5,0 31 44,3 4,2<br />

AP 4 100,0 12,4 6 54,5 13,3 4 80,0 9,2 4 50,0 9,2 18 64,3 10,9<br />

PA 4 12,5 2,1 14 25,9 2,8 43 67,2 8,9 78 78,0 15,6 139 55,6 8,3<br />

RO 16 55,2 25,1 13 36,1 14,5 18 47,4 20,0 13 46,4 14,1 60 45,8 17,8<br />

RR 2 40,0 9,6 1 50,0 3,6 3 60,0 11,1 1 25,0 3,4 7 43,8 6,6<br />

TO 2 22,2 3,1 19 30,2 23,2 8 14,3 10,0 14 25,9 17,1 43 23,6 13,9<br />

Sub-total 35 40,7 6,9 76 33,8 7,6 96 41,9 9,8 147 55,9 14,4 354 44,1 10,1<br />

AL 9 81,8 6,5 21 67,7 10,2 16 37,2 8,3 15 44,1 7,6 61 51,3 8,3<br />

BA 20 37,0 5,2 26 32,9 3,4 21 29,2 2,8 52 33,3 6,8 119 33,0 4,5<br />

CE 25 45,5 7,5 49 71,0 10,5 55 55,0 12,6 65 63,1 14,6 194 59,3 11,5<br />

MA 10 35,7 4,1 6 31,6 1,4 7 35,0 1,8 7 33,3 1,6 30 34,1 2,0<br />

PB 8 42,1 7,0 23 57,5 11,8 16 36,4 8,4 18 22,8 8,9 65 35,7 9,3<br />

PE 15 55,6 4,7 15 38,5 2,9 29 54,7 6,0 22 46,8 4,5 81 48,8 4,5<br />

PI 1 25,0 1,7 6 28,6 3,6 22 38,6 13,0 18 48,6 10,3 47 39,5 8,3<br />

RN 19 67,9 17,5 12 50,0 7,7 10 38,5 6,5 14 37,8 8,9 55 47,8 9,6<br />

SE 8 27,6 10,4 19 52,8 15,9 11 31,4 9,6 10 22,2 9,2 48 33,1 11,4<br />

Sub-total 115 45,1 6,5 177 49,4 5,9 187 41,6 6,5 221 39,5 7,4 700 43,2 6,6<br />

continua<br />

88


89<br />

Tabela 6 - Distribuição absoluta, proporcional em relação ao total de notificações e taxa* de casos notifica<strong>dos</strong> de Episódio<br />

Hipotônico-Hiporresponsivo pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, por Macro-Região e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

continuação<br />

Regiões<br />

Centro-Oeste Sudeste Sul<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005 <strong>2002</strong>-2005<br />

N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa*<br />

PR 24 40,7 9,2 60 30,3 12,4 57 26,9 12,0 51 50,5 10,7 192 33,7 11,3<br />

RS 64 34,4 21,3 48 20,8 11,0 94 18,4 21,3 74 19,8 17,0 280 21,5 17,4<br />

SC 128 54,2 72,1 172 46,7 68,7 201 53,5 78,1 161 46,3 62,7 662 49,8 70,3<br />

Sub-total 216 44,9 29,2 280 35,1 23,9 352 32,0 30,0 286 34,8 24,5 1134 35,4 26,7<br />

ES 37 45,1 28,4 44 38,3 25,1 60 48,0 35,1 51 40,2 30,6 192 42,8 29,9<br />

MG 135 61,9 23,4 163 56,6 18,7 145 68,4 16,7 132 60,3 15,1 575 61,4 18,0<br />

RJ 65 28,5 14,2 107 41,6 16,0 97 43,3 14,1 77 43,8 11,2 346 39,1 13,8<br />

SP 361 64,8 28,0 383 52,0 20,9 406 53,6 22,0 325 58,1 17,8 1475 56,5 21,7<br />

Sub-total 598 55,1 24,4 697 49,9 19,6 708 53,7 19,8 585 54,1 16,5 2588 53,0 19,7<br />

DF 52 50,0 44,3 41 38,3 30,1 34 37,4 25,1 29 38,2 22,7 156 41,3 30,2<br />

GO 17 65,4 16,3 56 44,8 19,6 30 39,0 10,1 6 30,0 2,1 109 44,0 11,1<br />

MS 3 18,8 4,3 20 40,0 16,7 22 33,8 18,6 1 50,0 0,8 46 34,6 10,6<br />

MT 27 42,9 27,9 43 42,6 27,3 23 43,4 14,2 28 41,8 16,9 121 42,6 20,8<br />

Sub-total 99 47,4 25,5 160 41,8 22,9 109 38,1 15,3 64 38,8 9,0 432 41,4 17,2<br />

<strong>Brasil</strong> 1063 50,2 18,1 1390 44,0 14,8 1452 42,9 15,6 1303 45,1 13,8 5208 45,1 15,3<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Nota: * Taxa por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

§ Percentual do total de notificações de cada Unidade da Federação ou Macro-Região.<br />

89


90<br />

Observou-se uma maior ocorrência de EHH em crianças menores<br />

de 4 meses de idade, sendo a idade mediana de 3 meses e idade média de<br />

3,6 meses (DP 1,8 meses). A 1ª <strong>dos</strong>e foi responsável pela maioria absoluta<br />

(53,3% a 56,5%) <strong>dos</strong> casos em to<strong>dos</strong> os anos, com exceção de 2005, com<br />

quase metade <strong>dos</strong> casos. A 2 a <strong>dos</strong>e veio a seguir, com um terço <strong>dos</strong> casos,<br />

em média.<br />

Em 91,4% (4.760/5.208) <strong>dos</strong> casos, o EHH ocorreu nas primeiras<br />

seis horas após a aplicação da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, sendo 72,4%<br />

(3.768/5.208) entre uma e seis horas, predominantemente com duas horas,<br />

quando ocorreram 25,1% (1 .305/5.208) <strong>dos</strong> casos de EHH notifica<strong>dos</strong>.<br />

Apenas 1,4% ocorreu após 24 horas da <strong>vacina</strong>ção.<br />

Foi referido atendimento médico/ hospitalização em 61,4%<br />

(3.200/5.208) das crianças que apresentaram EHH, em uma tendência<br />

crescente, de 50,3% (535/1.063) em <strong>2002</strong> a 71,9% (937/1.303) em 2005. O<br />

tempo de observação/hospitalização foi menor de 12 horas em 81,8%<br />

(2.166/3.199) <strong>dos</strong> casos, sendo que apenas 3,1% (98/3.199) permaneceram<br />

internadas por mais de 48 horas. O tipo de atendimento médico/hospitalização<br />

foi encontrado em 67,7% (2.167/3.200) <strong>dos</strong> casos com essa referência, sendo<br />

69% (1.496/2.167) em unidades de Emergência, 16,8% (365/2167) em Postos<br />

de Saúde e 1,7% em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).<br />

A conduta tomada após a notificação <strong>dos</strong> casos de EHH com<br />

relação ao esquema <strong>vacina</strong>l com <strong>Tetravalente</strong> estava descrita em 72,5%<br />

(3.776/5.208) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>, sendo que a <strong>vacina</strong> foi contra -indicada<br />

com substituição em 92,8% (3.504/3.776) e mantida em 4,1% (153/3.776).


91<br />

A evolução foi descrita em 77% (4.009/5.208) <strong>dos</strong> casos<br />

notifica<strong>dos</strong> de EHH. Daqueles que continham essa informação, 99,2%<br />

(3.975/4.009) evoluíram para cura sem seqüela.<br />

Havia a referência de evolução para óbito em cinco (5/4.009)<br />

casos de EHH, sendo quatro do sexo masculino e um do sexo feminino; com<br />

relação à <strong>dos</strong>e, dois foram temporalmente associa<strong>dos</strong> à 1ª <strong>dos</strong>e (com 2 e 3<br />

meses de idade), outros dois à 2ª <strong>dos</strong>e (ambos com 4 meses de idade) e um<br />

à 3ª <strong>dos</strong>e (com 7 meses de idade).<br />

Em to<strong>dos</strong> esses casos, o tempo<br />

decorrido entre a aplicação e o evento foi menor de seis horas, sendo um<br />

com menos de uma hora. To<strong>dos</strong> os cinco casos de EHH em que a evolução<br />

foi referida como óbito tinham referência de hospitalização, sendo quatro em<br />

Unidades de Emergência e um em enfermaria. No ano de 2003 concentrouse<br />

a maior proporção de óbitos associa<strong>dos</strong> ao EHH, com<br />

quatro casos,<br />

sendo que três óbitos foram notifica<strong>dos</strong> em Santa Catarina e um em Minas<br />

Gerais. O caso restante foi notificado em <strong>2002</strong> em Santa Catarina.<br />

Como já referido, nesse banco de da<strong>dos</strong> não há informações<br />

sobre a investigação <strong>dos</strong> óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas,<br />

tampouco descrição <strong>dos</strong> tipos de seqüelas temporalmente associadas à<br />

<strong>vacina</strong>ção.<br />

Em 79,3% (4.132/5.208) <strong>dos</strong> casos , o EHH não estava associado a<br />

outros <strong>eventos</strong>. Em 18,3% estava associado a um evento e em 2,4% estava<br />

associado a dois ou mais <strong>eventos</strong>. Febre foi o evento mais freqüentemente<br />

associado à EHH, encontrado em 18,5% <strong>dos</strong> casos (966/5.208), sendo<br />

predominante a febre acima de 39,5ºC, em 11,3% (589/5.208) <strong>dos</strong> casos.


92<br />

Tabela 7 - Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>,<br />

<strong>2002</strong>-2005.<br />

Característica <strong>2002</strong>-2005<br />

(n=5.208)<br />

<strong>2002</strong><br />

(n=1.063)<br />

2003<br />

(n=1.390)<br />

2004<br />

(n=1.452)<br />

2005<br />

(n=1.303)<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

Sexo Feminino 2.401 (46,1) 505 (47,5) 645 (46,4) 685 (47,2) 566 (43,4)<br />

Masculino 2.807 (53,9) 558 (52,5) 745 (53,6) 767 (52,8) 737 (56,6)<br />

Total 5.208 (100,0) 1.063 (100,0) 1.390 (100,0) 1.452 (100,0) 1.303 (100,0)<br />

Idade Media 3,6 meses 3,5 meses 3,6 meses 3,5 meses 3,7 meses<br />

Mediana 3 meses 3 meses 3 meses 3 meses 4 meses<br />

Dose aplicada<br />

1ª Dose 2.776 (53,4) 599 (56,5) 740 (53,3) 792 (54,6) 645 (49,6)<br />

2ª Dose 1.738 (33,4) 331 (31,2) 465 (33,5) 456 (31,4) 486 (37,4)<br />

3ª Dose 686 (13,2) 130 (12,3) 183 (13,2) 203 (14,0) 170 (13,1)<br />

Total 5.200 (100,0) 1.060 (100,0) 1.388 (100,0) 1.451 (100,0) 1.301 (100,0)<br />

Faixa etária (em 7m 140 (2,7) 28 (2,6) 39 (2,8) 33 (2,3) 40 (3,1)<br />

Total 5.208 (100,0) 1.063 (100,0) 1.390 (100,0) 1.452 (100,0) 1.303 (100,0)<br />

Intervalo entre 24 h 72 (1,4) 11 (0,2) 26 (0,5) 18 (0,3) 17 (0,3)<br />

Total 5.208 (100,0) 1.023 (96,2) 1.332 (95,8) 1.390 (95,7) 1.248 (95,8)<br />

Continua<br />

92


93<br />

Tabela 7 - Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>,<br />

<strong>2002</strong>-2005.<br />

continuação<br />

Característica <strong>2002</strong>-2005<br />

(n=5.208)<br />

<strong>2002</strong><br />

(n=1.063)<br />

2003<br />

(n=1.390)<br />

2004<br />

(n=1.452)<br />

2005<br />

(n=1.303)<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

Não 2.008 (38,6) 528 (49,7) 604 (43,5) 510 (35,1) 366 (28,1)<br />

Sim 3.200 (61,4) 535 (50,3) 786 (56,5) 942 (64,9) 937 (71,9)<br />

Atendimento<br />

médico/<br />

Hospitalização Total 5.208 (100,0) 1.063 (100,0) 1.390 (100,0) 1.452 (100,0) 1.303 (100,0)<br />

Tempo de<br />

48h 98 (3,1) 6 (1,1) 36 (4,6) 28 (3,0) 28 (3,0)<br />

Total 3.199 (100,0) 535 (100,0) 785 (100,0) 942 (100,0) 937 (100,0)<br />

Tipo de Atendimento Posto de Saúde 365 (16,8) 7 (8,0) 74 (14,1) 134 (19,2) 150 (17,5)<br />

Médico Enfermaria 238 (11,0) 13 (14,9) 78 (14,9) 46 (6,6) 101 (11,8)<br />

Emergência 1.496 (69,0) 66 (75,9) 362 (69,0) 490 (70,2) 578 (67,4)<br />

UTI 37 (1,7) 1 (1,1) 10 (1,9) 19 (2,7) 7 (0,8)<br />

Outros 31 (1,4) 0 (0,0) 1 (0,2) 9 (1,3) 21 (2,5)<br />

Total 2.167 (100,0) 87 (100,0) 525 (100,0) 698 (100,0) 857 (100,0)<br />

Evolução Cura s/ sequelas 3.975 (99,2) 175 (97,8) 1.126 (98,3) 1.392 (99,5) 1.282 (99,7)<br />

Cura c/ sequelas 29 (0,7) 3 (1,7) 15 (1,3) 7 (0,5) 4 (0,3)<br />

Óbito 5 (0,1) 1 (0,6) 4 (0,3) 0 (0,0) 0 (0,0)<br />

Total 4.009 (100,0) 179 (100,0) 1.145 (100,0) 1.399 (100,0) 1.286 (100,0)<br />

Conduta Mantido esquema 153 (4,1) 3 (1,8) 55 (5,0) 64 (5,1) 31 (2,5)<br />

Contra-indicação sem<br />

troca<br />

119 (3,2) 11 (6,7) 44 (4,0) 25 (2,0) 39 (3,1)<br />

Contra-indicação com<br />

troca<br />

3.504 (92,8) 149 (91,4) 998 (91,0) 1.167 (92,9) 1.190 (94,4)<br />

Total 3.776 (100,0) 163 (100,0) 1.097 (100,0) 1.256 (100,0) 1.260 (100,0)<br />

Fonte: PNI/2006.<br />

93


94<br />

4.1.2 Convulsão<br />

O evento adverso Convulsão ocorreu em 17,2% (1.992/11.558)<br />

<strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de EAPV -T no período analisado, sendo a Convulsão<br />

Febril a mais freqüente, responsável por 78,2% (1.578/1.992) <strong>dos</strong> casos<br />

notifica<strong>dos</strong> de Convulsão. Considerando o total de <strong>dos</strong>es aplicadas no<br />

período, a convulsão ocorreu na proporção de 5,9 casos /100.000 <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas, ou 1 caso/17.078 <strong>dos</strong>es aplicadas. A Tabela 8 apresenta as taxas<br />

por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas e as proporções de ocorrência de convulsão<br />

por ano nas Macro-Regiões e Unidades da Federação.<br />

O Estado que apresentou a menor taxa de<br />

Convulsão foi o<br />

Amapá, com taxa de 0,6 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, e o Estado de<br />

Espírito Santo foi o que apresentou a maior taxa, com 22,7 casos/100.000<br />

<strong>dos</strong>es aplicadas, seguido <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> de Santa Catarina e Acre, com 17,1 e<br />

16,1 casos notifica<strong>dos</strong>/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas , respectivamente.<br />

No Município do Rio de Janeiro, em 2004 , foram aplicadas<br />

250.604 <strong>dos</strong>es de <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> e notifica<strong>dos</strong> 14 casos de Convulsão<br />

(5,6 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas) , sendo 11 casos de Convulsão Febril<br />

(4,4 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas) e três casos de Convulsão Afebril ( 1,2<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas ).<br />

As características apresentadas pelos casos notifica<strong>dos</strong> de<br />

Convulsão estão demonstradas na Tabela 9. Houve uma predominância do<br />

sexo masculino em to<strong>dos</strong> os anos, variando de 52,8% em 2004 (282/584) e<br />

de 55,9% (255/456) em 2005.


95<br />

A faixa etária de maior freqüência de convulsão foi a de menores<br />

de 4 meses, seguida da de 4 a 5 meses, com idade média de 4 meses (DP 2<br />

meses), sendo, portanto, mais freqüente nas duas primeiras <strong>dos</strong>es, com<br />

43,6% (866/1.986) e 37,4% (743/1.986) das notificações desse evento,<br />

respectivamente.<br />

Em 81,0% (1.611/1.992) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>, a c onvulsão<br />

ocorreu nas primeiras seis horas após a aplicação da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>,<br />

sendo 62,3% (1.242/1.992) entre uma e seis horas, predominantemente com<br />

duas horas em 19,6% (390/1 .992) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>. Apenas 4,1%<br />

(81/1.992) após as 24 horas da aplicação.<br />

Há referência de que receberam atendimento<br />

médico/hospitalização<br />

76,1% (1.516/1.992) <strong>dos</strong> casos de convulsão<br />

notifica<strong>dos</strong>, sendo que 71,6% (1.085/1.516) destes permaneceram<br />

em<br />

observação/hospitaliza<strong>dos</strong> por tempo inferior a 12 horas e apenas 11,8% por<br />

mais de 24 horas O tipo de<br />

atendimento médico/hospitalização foi<br />

encontrado em 60,2% (913/1.516) <strong>dos</strong> casos com essa referência. Destes,<br />

69,1% (631/913) ocorreram em Unidades de Emergência, 12,7% (1 16/913)<br />

em Postos de Saúde e 1,9% (17/913) foram atendi<strong>dos</strong> em UTIs.<br />

A evolução <strong>dos</strong> casos de convulsão pós -<strong>Tetravalente</strong> estava<br />

descrita em 76,3% (1.519/1.992). Destes, 98,9% (1.503/1.519) apresentaram<br />

evolução para cura sem seqüelas.


96<br />

Tabela 8 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de Convulsão pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo Macro-Regiões e Unidades<br />

da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Região<br />

Norte<br />

Nordeste<br />

Estado<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005 <strong>2002</strong>-2005<br />

N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa*<br />

AC 2 15,4 5,8 3 10,3 5,9 11 25,0 24,3 13 26,0 26,1 29 21,3 16,1<br />

AM 0 0,0 0,0 4 13,3 2,0 3 17,6 1,5 1 5,3 0,5 8 11,4 1,1<br />

AP 0 0,0 0,0 1 9,1 2,2 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 1 3,6 0,6<br />

PA 0 0,0 0,0 2 3,7 0,4 10 15,6 2,1 8 8,0 1,6 20 8,0 1,2<br />

RO 5 17,2 7,9 11 30,6 12,2 6 15,8 6,7 5 17,9 5,4 27 20,6 8,0<br />

RR 3 60,0 14,3 1 50,0 3,6 1 20,0 3,7 1 25,0 3,4 6 37,5 5,7<br />

TO 2 22,2 3,1 9 14,3 11,0 8 14,3 10,0 5 9,3 6,1 24 13,2 7,8<br />

Sub-Total 12 12,5 2,4 31 13,8 3,1 39 17,0 4,0 33 12,5 3,2 115 14,1 3,3<br />

AL 1 9,1 0,7 4 12,9 2,0 9 20,9 4,7 5 14,7 2,5 19 16,0 2,6<br />

BA 12 22,2 3,1 14 17,7 1,9 11 15,3 1,5 24 15,4 3,1 61 16,9 2,3<br />

CE 13 23,6 3,9 13 18,8 2,8 27 27,0 6,2 20 19,4 4,5 73 22,3 4,3<br />

MA 5 17,9 2,1 5 26,3 1,2 5 25,0 1,3 4 19,0 0,9 19 21,6 1,3<br />

PB 6 31,6 5,3 7 17,5 3,6 5 11,4 2,6 1 1,3 0,5 19 10,4 2,7<br />

PE 5 18,5 1,6 10 25,6 1,9 10 18,9 2,1 5 10,6 1,0 30 18,1 1,7<br />

PI 1 25,0 1,7 3 14,3 1,8 9 15,8 5,3 2 5,4 1,1 15 12,6 2,6<br />

RN 5 17,9 4,6 8 33,3 5,1 9 34,6 5,9 6 16,2 3,8 28 24,3 4,9<br />

SE 11 37,9 14,3 7 19,4 5,8 10 28,6 8,7 22 48,9 20,2 50 34,5 11,9<br />

Sub-Total 59 23,1 3,3 71 19,8 2,4 95 21,1 3,3 89 15,9 3,0 314 19,4 3,0<br />

continua<br />

96


97<br />

Tabela 8 - Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de Convulsão pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo Macro-Regiões e Unidades<br />

da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

continuação<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005 <strong>2002</strong>-2005<br />

Região Estado<br />

N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa* N % § taxa*<br />

Sul<br />

Sudeste<br />

Centro-Oeste<br />

PR 16 27,1 6,1 41 20,7 8,5 35 16,5 7,4 26 25,7 5,4 118 20,7 7,0<br />

RS 24 12,9 8,0 22 9,5 5,0 42 8,2 9,5 33 8,8 7,6 121 9,3 7,5<br />

SC 34 14,4 19,2 43 11,7 17,2 52 13,8 20,2 32 9,2 12,5 161 12,1 17,1<br />

Sub-Total 74 15,4 10,0 106 13,3 9,1 129 11,7 11,0 91 11,1 7,8 400 12,5 9,4<br />

ES 36 43,9 27,7 39 33,9 22,2 29 23,2 17,0 42 33,1 25,2 146 32,5 22,7<br />

MG 48 22,0 8,3 64 22,2 7,3 41 19,3 4,7 56 25,6 6,4 209 22,3 6,6<br />

RJ 25 11,0 5,5 35 13,6 5,2 26 11,6 3,8 38 21,6 5,5 124 14,0 4,9<br />

SP 130 23,3 10,1 132 17,9 7,2 126 16,6 6,8 73 13,1 4,0 461 17,7 6,8<br />

Sub-Total 239 22,0 9,7 270 19,3 7,6 222 16,8 6,2 209 19,3 5,9 940 19,3 7,2<br />

DF 29 27,9 24,7 11 10,3 8,1 13 14,3 9,6 18 23,7 14,1 71 18,8 13,7<br />

GO 6 23,1 5,7 23 18,4 8,0 9 11,7 3,0 2 10,0 0,7 40 16,1 4,1<br />

MS 4 25,0 5,7 9 18,0 7,5 13 20,0 11,0 0 0,0 0,0 26 19,5 6,0<br />

MT 25 39,7 25,8 33 32,7 21,0 14 26,4 8,6 14 20,9 8,4 86 30,3 14,8<br />

Sub-Total 64 30,6 16,5 76 19,8 10,9 49 17,1 6,9 34 20,6 4,8 223 21,4 8,9<br />

<strong>Brasil</strong> 448 21,1 7,6 554 17,5 5,9 534 15,8 5,7 456 15,8 4,8 1.992 17,2 5,9<br />

Fonte: PNI/ 2006<br />

Nota: * Taxa por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

§ Percentual do total de notificações de cada Unidade da Federação ou Macro-Região.<br />

97


98<br />

Havia referência de evolução para óbito em três (3/1.519) casos de<br />

convulsão, sendo dois do sexo masculino e um do sexo feminino. Os dois óbitos em<br />

crianças do sexo masculino ocorreram temporalmente associa<strong>dos</strong> à 3ª <strong>dos</strong>e, tendo<br />

um ocorrido em 2003, no Estado de Santa Catarina, em menino de seis meses de<br />

idade, e outro em 2005, no Estado de Minas Gerais, em menino de 10 meses d e<br />

idade. O caso do sexo feminino ocorreu temporalmente associado à 2ª <strong>dos</strong>e da<br />

<strong>vacina</strong>, em 2003, no Estado do Paraná, em menina de sete meses de idade. To<strong>dos</strong><br />

os casos de Convulsão pós-<strong>Tetravalente</strong> com evolução para óbito apresentavam<br />

entre uma e seis horas de tempo decorrido entre a aplicação da <strong>vacina</strong> e o evento e<br />

to<strong>dos</strong> tinham referência de hospitalização, sendo que, <strong>dos</strong> do is casos com o tipo de<br />

hospitalização informado, um assinalava Unidade de Emergência e o outro, Posto<br />

de Saúde. Não há informações nesse banco de da<strong>dos</strong>, como já referido, sobre a<br />

investigação <strong>dos</strong> óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas, tampouco<br />

descrição <strong>dos</strong> tipos de seqüelas temporalmente associadas à <strong>vacina</strong>ção.<br />

A conduta tomada após a notificação <strong>dos</strong> casos de convulsão com<br />

relação ao esquema <strong>vacina</strong>l com <strong>Tetravalente</strong> estava descrita em 72,5%<br />

(1.444/1.992) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>, sendo que em a <strong>vacina</strong> foi contra -indicada<br />

com substituição em 92,7% (1.338/1.444) e mantida em 4,4% (64/1.444).<br />

A Convulsão foi notificada como evento isola do em 80,9%<br />

(1.611/1.992) <strong>dos</strong> casos. Em 17,3% (344/1 .992) estava associada a um<br />

evento e em 1,9% (37/1.992) estava associada a dois ou mais <strong>eventos</strong>. Febre<br />

foi o evento mais freqüentemente associado à convulsão, encontrado em<br />

17,2% <strong>dos</strong> casos (343/1.992), se ndo predominante a febre acima de 39,5ºC,<br />

que ocorreu em 13,7% (273/1.992) <strong>dos</strong> casos.


99<br />

Tabela 9 – Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Convulsão pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Característica <strong>2002</strong>-2005<br />

(n=1.992)<br />

<strong>2002</strong><br />

(n=448)<br />

2003<br />

(n=554)<br />

2004<br />

(n=534)<br />

2005<br />

(n=456)<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

Sexo Feminino 919 (46,1) 210 (46,9) 256 (46,2) 252 (47,2) 201 (44,1)<br />

Masculino 1.073 (53,9) 238 (53,1) 298 (53,8) 282 (52,8) 255 (55,9)<br />

Total 1.992 (100,0) 448 (100,0) 554 (100,0) 534 (100,0) 456 (100,0)<br />

Idade Media 4 meses 4 meses 4 meses 4,1 meses 4 meses<br />

Mediana 4 meses 4 meses 4 meses 4 meses 4 meses<br />

Moda 2 meses 2 meses 2 meses 2 meses 2 meses<br />

Dose aplicada<br />

1ª Dose 866 (43,6) 204 (45,6) 228 (41,5) 227 (42,5) 207 (45,5)<br />

2ª Dose 743 (37,4) 164 (36,7) 220 (40,0) 206 (38,6) 153 (33,6)<br />

3ª Dose 377 (19,0) 79 (17,7) 102 (18,5) 101 (18,9) 95 (20,9)<br />

Total 1.986 (100,0) 447 (100,0) 550 (100,0) 534 (100,0) 455 (100,0)<br />

Faixa etária (em 7m 110 (5,5) 27 (6,0) 31 (5,6) 33 (6,2) 19 (4,2)<br />

Total 1.992 (100,0) 448 (100,0) 554 (100,0) 534 (100,0) 456 (100,0)<br />

Intervalo entre 24 h 81 (4,1) 9 (2,0) 25 (4,5) 28 (5,2) 19 (4,2)<br />

Total 1.992 (100,0) 448 (100,0) 554 (100,0) 534 (100,0) 456 (100,0)<br />

continua<br />

99


100<br />

Tabela 9 – Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Convulsão pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Característica <strong>2002</strong>-2005<br />

(n=1.992)<br />

Atendimento médico/<br />

Hospitalização<br />

continuaçao<br />

2005<br />

(n=456)<br />

<strong>2002</strong><br />

(n=448)<br />

2003<br />

(n=554)<br />

2004<br />

(n=534)<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

Não 476 (23,9) 143 (31,9) 149 (26,9) 110 (20,6) 74 (16,2)<br />

Sim 1.516 (76,1) 305 (68,1) 405 (73,1) 424 (79,4) 382 (83,8)<br />

Total 1.992 (100,0) 448 (100,0) 554 (100,0) 534 (100,0) 456 (100,0)<br />

Tempo de<br />

48h 99 (6,5) 9 (3,0) 31 (7,7) 32 (7,5) 27 (7,1)<br />

Total 1.516 (100,0) 305 (100,0) 405 (100,0) 424 (100,0) 382 (100,0)<br />

Tipo de Atendimento Posto de Saúde 116 (12,7) 4 (6,5) 22 (9,6) 37 (12,7) 53 (16,1)<br />

Médico Enfermaria 140 (15,3) 16 (25,8) 40 (17,5) 37 (12,7) 47 (14,2)<br />

Emergência 631 (69,1) 39 (62,9) 165 (72,1) 207 (70,9) 220 (66,7)<br />

UTI 17 (1,9) 3 (4,8) 2 (0,9) 10 (3,4) 2 (0,6)<br />

Outros 9 (1,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (0,3) 8 (2,4)<br />

Total 913 (100,0) 62 (100,0) 229 (100,0) 292 (100,0) 330 (100,0)<br />

Evolução Cura s/ sequelas 1.503 (98,9) 102 (100,0) 452 (97,8) 511 (99,6) 438 (99,1)<br />

Cura c/ sequelas 13 (0,9) 0 (0,0) 8 (1,7) 2 (0,4) 3 (0,7)<br />

Óbito 3 (0,2) 0 (0,0) 2 (0,4) 0 (0,0) 1 (0,2)<br />

Total 1.519 (100,0) 102 (100,0) 462 (100,0) 513 (100,0) 442 (100,0)<br />

Conduta Mantido esquema 64 (4,4) 4 (4,0) 21 (4,7) 23 (4,9) 16 (3,7)<br />

Contra-indicação sem<br />

troca<br />

42 (2,9) 3 (3,0) 22 (4,9) 6 (1,3) 11 (2,5)<br />

Contra-indicação com<br />

troca<br />

1.338 (92,7) 92 (92,9) 403 (90,4) 436 (93,8) 407 (93,8)<br />

Total 1.444 (100,0) 99 (100,0) 446 (100,0) 465 (100,0) 434 (100,0)<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

100


101<br />

4.1.3 Óbitos<br />

No período de <strong>2002</strong> a 2005 foram notifica<strong>dos</strong> 34 casos de EAPV-T em<br />

menores de um ano de idade com evolução para óbito. Destes, 14 casos tiveram<br />

fechamento assinalado como “descarta<strong>dos</strong>”, quatro como “em investigação”, dois<br />

como “indefini<strong>dos</strong>”, dois como “sem fechamento” e 12 como “confirma<strong>dos</strong>”.<br />

Dos 12 óbitos<br />

notifica<strong>dos</strong> no período de estudo como<br />

confirma<strong>dos</strong>, oito eram do sexo masculino e quatro do sexo feminino, com<br />

idade média de 4,9 meses e mediana de 4 meses (DP =2,4 meses).<br />

Quando analisada a idade por sexo, observo u-se uma maior<br />

variação nas crianças do sexo masculino, que apresentavam idade média e<br />

mediana de cinco meses (DP=2,8 meses), com idades variando de dois a 10<br />

meses. As crianças do sexo feminino que evoluíram para óbito<br />

apresentavam idade média de 4,8 mese s, mediana de<br />

quatro meses<br />

(DP=1,5 meses), com idade variando de quatro meses a sete meses.<br />

A 2ª <strong>dos</strong>e foi mais freqüentemente associada ao óbito , estando<br />

relacionada a cinco <strong>dos</strong> 12 óbitos notifica<strong>dos</strong> como confirma<strong>dos</strong>, sendo que to<strong>dos</strong> os<br />

quatro óbitos de crianças do sexo feminino foram temporalmente associa<strong>dos</strong> a essa<br />

<strong>dos</strong>e. Após a 3ª <strong>dos</strong>e foram associa<strong>dos</strong> quatro óbitos e após a 1ª <strong>dos</strong>e, três óbitos.<br />

Considerando o total de <strong>dos</strong>es de <strong>Tetravalente</strong> aplicadas no país no<br />

período de <strong>2002</strong> a 2005, os óbitos<br />

temporalmente associa<strong>dos</strong> a <strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> representaram uma taxa de 0,04 casos 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas,<br />

ou 1 caso/2.834.988 <strong>dos</strong>es aplicadas. Apenas duas Macro-Regiões<br />

apresentaram casos confirma<strong>dos</strong> com evolução para óbito: Região Sul, com


102<br />

sete casos e Região Sudeste, com cinco casos, sendo quatro os Esta<strong>dos</strong>:<br />

Santa Catarina (cinco casos), Minas Gerais (quatro casos), Paraná (dois casos)<br />

e São Paulo (um caso). Considerando o número de <strong>dos</strong>es aplicadas por<br />

Unidade da Federação, as taxas de óbitos por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas foram<br />

de 0,53 para o Estado de Santa Catarina, 0,13 para o Estado de Minas Gerais,<br />

0,12 para o Estado do Paraná e 0,01 para o Estado de São Paulo.<br />

A maioria <strong>dos</strong> óbitos ocorreu no ano de 2003, com nove casos,<br />

sendo oito entre fevereiro e maio daquele ano. A única semana epidemiológica<br />

em que ocorreu mais de um caso de óbito foi a semana 08 de 2003, que<br />

apresentou dois casos, sendo um no Estado de Santa Catarina e um no Estado<br />

de São Paulo. Os demais casos ficaram dispersos nas semanas subseqüentes .<br />

No ano de <strong>2002</strong> ocorreram dois óbitos e um no ano de 2005.<br />

Dentre os 12 casos notifica<strong>dos</strong> com evolução para óbito, o evento<br />

adverso que mais freqüentemente esteve temporalmente relacionado foi o EHH, em<br />

41,7% (5/12) <strong>dos</strong> casos, seguido de Convulsão, em 25% (3/12). Nos outros casos<br />

ocorreram Hipersensibilidade até 2 horas em um deles e febre maior que 39ºC no<br />

outro. Os dois <strong>eventos</strong> restantes foram Abscesso Local Quente e Abscesso Local<br />

Frio. Devido a este último evento não ser relacionado com a <strong>vacina</strong> Tetrav alente,<br />

todo o Banco de Da<strong>dos</strong> do SI-EAPV foi verificado e constatado que, além dele,<br />

to<strong>dos</strong> os demais casos notifica<strong>dos</strong> e assinala<strong>dos</strong> como confirma<strong>dos</strong> como EAPV-T<br />

com evolução para óbito foram notifica<strong>dos</strong> exclusivamente como temporalmente<br />

associa<strong>dos</strong> à <strong>vacina</strong>ção com <strong>Tetravalente</strong>.<br />

Em 75% (9/12) <strong>dos</strong> casos o evento ocorreu nas primeiras seis horas da<br />

aplicação da <strong>vacina</strong>, em um caso em menos de uma hora e em dois casos em mais


103<br />

de 72 horas, sendo estes os Abscessos quente e frio, com o evento ocorrido após<br />

sete e dez dias da aplicação da <strong>vacina</strong>, respectivamente . O campo Tempo<br />

Decorrido, na Ficha de Notificação de EAPV, refere -se ao intervalo de tempo entre a<br />

aplicação da <strong>vacina</strong> e o início do evento adverso, não sendo possível determinar se<br />

nos casos de óbitos (ass inala<strong>dos</strong> no campo Evolução), o tempo decorrido foi<br />

utilizado para referir-se ao intervalo entre a aplicação da <strong>vacina</strong> e o óbito.<br />

Foi encontrada referência de atendimento médico/hospitalização em<br />

83,3% (10/12) <strong>dos</strong> casos com evolução para óbito, com o tipo de atendimento<br />

médico/hospitalização informado em 80% (8/10) destes, sendo<br />

seis em<br />

Unidades de Emergência, um em Enfermaria e um em Posto de Saúde.<br />

Dos 12 óbitos referi<strong>dos</strong> como confirma<strong>dos</strong> de EAPV -T, 83,3%<br />

(10/12) tinham a informação do número do lote, send o que nenhum<br />

desses lotes estava associado a mais de um óbito. Desses 10 lotes<br />

informa<strong>dos</strong>, 50% (5/10) apresentavam outras notificações, totalizando<br />

outros 64 <strong>eventos</strong> que não evoluíram para óbito, entre eles Febre em<br />

40,6% (26/64), EHH em 28,1% (18/64), Con vulsão em 9,4% (6/64) e<br />

outros não graves em menor proporção .<br />

Entre os oito óbitos com fechamento diferente de “confirmado” ou<br />

“descartado”, sete eram do sexo masculino, seis ocorreram após a 1ª <strong>dos</strong>e,<br />

cinco com idade de dois meses, cinco após 24 horas da aplicação da <strong>vacina</strong>,<br />

dois casos com evento EHH, um caso com Convulsão e três com “Outros<br />

Eventos Graves/ Inusita<strong>dos</strong>”, quatro do Estado de São Paulo (to<strong>dos</strong> “em<br />

investigação”, sendo três em 2005 e um em <strong>2002</strong>), dois na Bahia ( um


104<br />

“indefinido”, em 2003 e um “sem fechamento”, em 2004), um em Mato Grosso<br />

(“sem fechamento”, em 2004) e um no Paraná (“indefinido”, em 2003).<br />

Não há informações nesse banco de da<strong>dos</strong> sobre a investigação<br />

<strong>dos</strong> óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas.<br />

4.2 CARACTERÍSTICAS RELATIVAS A OS EVENTOS ADVERSOS<br />

PÓS-VACINA DTP 2000-2001<br />

Foram aplicadas quase 20 milhões de <strong>dos</strong>es de <strong>vacina</strong> DTP no <strong>Brasil</strong><br />

de 2000 a 2001 (DATASUS , 2006) (Anexo 11). A cobertura <strong>vacina</strong>l com 3ª<br />

<strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong> DTP, segundo da<strong>dos</strong> consolida<strong>dos</strong> nacionais, foi superior a<br />

95% em todas as Macro-Regiões do país, com exceção da Região Norte nos<br />

dois anos e Nordeste em 2000 (Anexo 12).<br />

Nesse período ocorreram 3.871 notificações de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<br />

<strong>vacina</strong> DTP (EAPV -DTP) em crianças menores de 12 meses de idade.<br />

Destas, foram excluí<strong>dos</strong> 68 <strong>eventos</strong> por duplicidade, 8 <strong>eventos</strong> por<br />

fechamento diferente de “confirmado”, sendo 2 como “descartado”, 5 como<br />

“indefinido” e 1 como “em investigação”. Foram excluí<strong>dos</strong>, ainda, 34 <strong>eventos</strong><br />

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH) associa<strong>dos</strong> à convulsão, sendo<br />

mantido apenas esta última. Foram, então, incluí<strong>dos</strong> para análise 3.761<br />

<strong>eventos</strong>, apresenta<strong>dos</strong> por 3.487 crianças, aqui denominadas Caso<br />

Notificado, sendo 1.486 casos em 2000 e 2.001 casos em 2001 (Tabela 10).


105<br />

Tabela 10 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP de acordo com número de <strong>eventos</strong><br />

apresenta<strong>dos</strong>, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Região<br />

Sul<br />

Nordeste<br />

Norte<br />

2000 2001 2000-2001<br />

Estado Número de <strong>eventos</strong><br />

Número de <strong>eventos</strong><br />

Total<br />

Total de Total de<br />

Total de Total de<br />

Total de<br />

de<br />

1 2 3 4 Casos <strong>eventos</strong> 1 2 3 Casos <strong>eventos</strong><br />

<strong>eventos</strong><br />

Casos<br />

AC 0 0 0 0 0 0 9 0 0 9 9 9 9<br />

AM 10 1 0 0 11 12 9 2 0 11 13 22 25<br />

AP 1 0 0 0 1 1 4 0 0 4 4 5 5<br />

PA 23 7 1 0 31 40 41 2 0 43 45 74 85<br />

RO 12 0 0 0 12 12 10 0 1 11 13 23 25<br />

RR 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1<br />

TO 0 0 0 0 0 0 6 0 0 6 6 6 6<br />

Sub-Total 46 8 1 0 55 65 80 4 1 85 91 140 156<br />

AL 8 0 0 0 8 8 28 1 0 29 30 37 38<br />

BA 28 2 0 0 30 32 59 1 0 60 61 90 93<br />

CE 7 1 0 0 8 9 31 2 0 33 35 41 44<br />

MA 15 2 0 0 17 19 21 0 0 21 21 38 40<br />

PB 4 0 0 0 4 4 5 2 0 7 9 11 13<br />

PE 16 3 0 0 19 22 23 1 0 24 25 43 47<br />

PI 2 0 0 0 2 2 5 0 0 5 5 7 7<br />

RN 3 0 0 0 3 3 4 0 0 4 4 7 7<br />

SE 13 1 0 0 14 15 29 0 0 29 29 43 44<br />

Sub-Total 96 9 0 0 105 114 205 7 0 212 219 317 333<br />

PR 36 6 0 0 42 48 48 3 0 51 54 93 102<br />

RS 268 4 0 0 272 276 252 8 0 260 268 532 544<br />

SC 149 0 0 1 150 153 196 10 3 209 225 359 378<br />

Sub-Total 453 10 0 1 464 477 496 21 3 520 547 984 1.024<br />

continua<br />

105


106<br />

Tabela 10 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP de acordo com número de <strong>eventos</strong><br />

apresenta<strong>dos</strong>, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

continuação<br />

Região<br />

Sudeste<br />

Centro-Oeste<br />

2000 2001 2000-2001<br />

Estado Número de <strong>eventos</strong><br />

Número de <strong>eventos</strong><br />

Total<br />

Total de Total de<br />

Total de Total de<br />

Total de<br />

de<br />

1 2 3 4 Casos <strong>eventos</strong> 1 2 3 Casos <strong>eventos</strong><br />

<strong>eventos</strong><br />

Casos<br />

ES 43 3 0 0 46 49 65 4 0 69 73 115 122<br />

MG 98 19 0 0 117 136 169 15 0 184 199 301 335<br />

RJ 81 6 0 0 87 93 79 13 0 92 105 179 198<br />

SP 455 18 1 1 475 498 561 83 1 645 730 1.120 1.228<br />

Sub-Total 677 46 1 1 725 776 874 115 1 990 1.107 1.715 1.883<br />

DF 42 2 0 0 44 46 65 0 0 65 65 109 111<br />

GO 35 1 0 0 36 37 44 2 0 46 48 82 85<br />

MS 16 1 0 0 17 18 9 0 0 9 9 26 27<br />

MT 32 8 0 0 40 48 58 12 4 74 94 114 142<br />

Sub-Total 125 12 0 0 137 149 176 14 4 194 216 331 365<br />

Total 1.397 85 2 2 1.486 1.581 1.831 161 9 2.001 2.180 3.487 3.761<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

106


107<br />

Do total de casos notifica<strong>dos</strong> no período, 53,4% (1.862/3.487) eram<br />

do sexo masculino e 46,6% (1.625/3.487) do sexo feminino . Para ambos os<br />

sexos, a média das idades foi de 3,8 meses e a mediana foi de 4 meses, com<br />

desvio padrão de 2 meses para masculino e 2,2 para feminino (Anexo 13).<br />

Quando analisado por <strong>dos</strong>e aplicada, observou -se que a média de<br />

idade corresponde à idade recomendada de aplicação de cada <strong>dos</strong>e e que a<br />

proporção de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> notifica<strong>dos</strong> diminuiu a cada <strong>dos</strong>e aplicada<br />

(Figura 19). Quando analisada a idade mínima de aplicação por <strong>dos</strong>e<br />

aplicada encontrou-se 2,0% de crianças com idade inferior à recomendada.<br />

Figura 19 – Distribuição percentual de casos de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

DTP por <strong>dos</strong>e aplicada e idade. <strong>Brasil</strong>, 200 0-2001.<br />

100<br />

80<br />

% de Casos<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11<br />

Idade em Meses<br />

1ª Dose 2ª Dose 3ª Dose<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

As taxas de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> por 100.000<br />

<strong>dos</strong>es aplicadas da <strong>vacina</strong> DTP por ano estão apresentadas na Figura 20 e<br />

detalhadas no Anexo 14. Observou-se, para a totalidade de casos


108<br />

notifica<strong>dos</strong> no <strong>Brasil</strong> no período de 2000 e 2001, uma taxa de 17,7<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, com uma distribuição não homogênea pelo<br />

país. A Região Sul apresentou as maiores taxas de casos notifica<strong>dos</strong>, sendo<br />

que o Estado de Santa Catarina foi o Estado com a maior taxa para o<br />

período, de 63,1 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

A Região Nordeste<br />

apresentou as menores taxas de EAP V-DTP, com 5,3 casos/100.000 <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas, porém o Estado com menor taxa pertence à Região Norte,<br />

Roraima, com<br />

1,5 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas. Com exceção <strong>dos</strong><br />

Esta<strong>dos</strong> de Rondônia, Mato Grosso do Sul e Amazonas, to<strong>dos</strong> os demais<br />

Esta<strong>dos</strong> apresentaram um aumento na s suas taxas de notificação no<br />

segundo ano analisado.<br />

Figura 20 – Taxa de casos de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP por<br />

100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas por Macro -Regiões. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Taxa por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas<br />

45,0<br />

40,0<br />

35,0<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

2000 2001<br />

Ano<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Sul Centro-Oeste Sudeste Norte Nordeste <strong>Brasil</strong>


109<br />

As distribuições <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> por mês e semana<br />

epidemiológica de aplicação estão apresentadas nas Figuras 21 e 22,<br />

respectivamente.<br />

Observou-se um discreto aumento do número de<br />

notificações nos meses de agosto e outubro, com os maiores picos de<br />

notificações de EAPV-DTP do período avaliado ocorrendo na semana 34 em<br />

2001 (70 casos) e semana 33 em 2000 (62 casos).<br />

Figura 21 – Distribuição de casos de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP por<br />

ano e mês de aplicação. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Núm ero de Casos<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12<br />

Mê s de a plica çã o<br />

2000 2001<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Figura 22 – Distribuição de casos de evento <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong> DTP por<br />

ano e semana epidemiológica de aplicação. <strong>Brasil</strong>, 2000 -2001.<br />

Número de Casos<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

11<br />

13<br />

15<br />

17<br />

19<br />

21<br />

25<br />

27<br />

29<br />

31<br />

33<br />

35<br />

37<br />

39<br />

41<br />

43<br />

45<br />

47<br />

49<br />

51<br />

1<br />

3<br />

5<br />

7<br />

9<br />

23<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Semana Epidemiológica<br />

2000 2001


110<br />

Os casos considera<strong>dos</strong> graves, conforme critérios adota<strong>dos</strong> nesta<br />

análise totalizaram 79,1% <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> no período estudado, tendo<br />

ocorrido uma maior proporção (80,2%) em 2001, que também teve a maior<br />

taxa por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas (16,3). O percentual de casos graves<br />

notifica<strong>dos</strong> foi maior que para os casos considera<strong>dos</strong> leves em todas as<br />

Macro-Regiões do <strong>Brasil</strong>, com oscilações ano a ano (Figura 23).<br />

Figura 23 – Distribuição de casos de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong> DTP por<br />

Macro-Regiões, segundo gravidade. <strong>Brasil</strong>, 200 0-2001.<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

2000<br />

2001<br />

Norte<br />

Nordeste<br />

Sul<br />

Sudeste<br />

Não Grave<br />

Centro-<br />

Oeste<br />

Norte<br />

Nordeste<br />

Sul<br />

Grave<br />

Sudeste<br />

Centro-<br />

Oeste<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

A Tabela 11 apresenta a distribuição <strong>dos</strong> EAPV-DTP de acordo<br />

com o intervalo de tempo decorrido entre a aplicação da <strong>vacina</strong> e a<br />

ocorrência do evento adverso e a Figura 24 apresenta a distribuição <strong>dos</strong><br />

principais <strong>eventos</strong> a partir desse critério, onde se observa que a grande<br />

maioria (84,6%) <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> ocorreu nas primeiras seis horas da<br />

aplicação da <strong>vacina</strong>, com dois picos, um com menos de uma hora (20,6%) e<br />

outro com duas horas (21,5%) da aplicação da <strong>vacina</strong>.


111<br />

Tabela 11 - Distribuição <strong>dos</strong> principais tipos de evento adverso pós-<strong>vacina</strong> DTP notifica<strong>dos</strong>, segundo tempo decorrido<br />

entre a aplicação da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> e a ocorrência do evento adverso. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Tipo de EAPV-DTP<br />

72h Total<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo 445 (55,5) 1247 (52,2) 75 (28,7) 33 (20,4) 14 (22,2) 3 (12,0) 2 (3,3) 1.819 (48,4)<br />

Convulsão 198 (24,7) 524 (22,0) 73 (28,0) 49 (30,2) 15 (23,8) 2 (8,0) 4 (6,6) 865 (23,0)<br />

Convulsão Febril 138 (17,2) 412 (17,3) 64 (24,5) 36 (22,2) 13 (20,6) 1 (4,0) 2 (3,3) 666 (17,7)<br />

Convulsão Afebril 60 (7,5) 112 (4,7) 9 (3,4) 13 (8,0) 2 (3,2) 1 (4,0) 2 (3,3) 199 (5,3)<br />

Febre 76 (9,5) 448 (18,8) 75 (28,7) 40 (24,7) 19 (30,2) 4 (16,0) 5 (8,2) 667 (17,7)<br />

Febre> 39,5 70 (8,7) 438 (18,3) 73 (28,0) 40 (24,7) 19 (30,2) 4 (16,0) 5 (8,2) 649 (17,3)<br />

Febre < 39,5 6 (0,7) 10 (0,4) 2 (0,8) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 18 (0,5)<br />

Hipersensibilidade até 2 horas 28 (3,5) 35 (1,5) (0,0) 1 (0,6) (0,0) 0 (0,0) 1 (1,6) 65 (1,7)<br />

Hipersensibilidade após 2 horas 6 (0,7) 44 (1,8) 25 (9,6) 21 (13,0) 5 (7,9) 3 (12,0) 4 (6,6) 108 (2,9)<br />

Abscesso Quente 2 (0,2) 13 (0,5) 4 (1,5) 7 (4,3) 4 (6,3) 8 (32,0) 30 (49,2) 68 (1,8)<br />

Exantema generalizado 6 (0,7) 12 (0,5) 2 (0,8) 1 (0,6) 1 (1,6) 3 (12,0) 2 (3,3) 27 (0,7)<br />

Outros <strong>eventos</strong> graves e/ou inusita<strong>dos</strong> 4 (0,5) 12 (0,5) (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,6) 17 (0,5)<br />

Choque anafilático 5 (0,6) 4 (0,2) (0,0) 2 (1,2) 1 (1,6) 0 (0,0) 0 (0,0) 12 (0,3)<br />

Abscesso Frio (0,0) 2 (0,1) 1 (0,4) 2 (1,2) 2 (3,2) 1 (4,0) 3 (4,9) 11 (0,3)<br />

Dor, rubor e calor 2 (0,2) 5 (0,2) 1 (0,4) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (3,3) 10 (0,3)<br />

Total de <strong>eventos</strong> 802 (100,0) 2387 (100,0) 261 (100,0) 162 (100,0) 63 (100,0) 25 (100,0) 61 (100,0) 3.761 (100,0)<br />

Fonte: PNI, 2006<br />

111


112<br />

Figura 24 – Distribuição proporcional do intervalo entre a aplicação da<br />

<strong>vacina</strong> e o evento adverso pós -<strong>vacina</strong> DTP. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

25<br />

20<br />

20,9<br />

21,5<br />

%<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

12,6 12,6<br />

9,7<br />

7,0<br />

3,3<br />

4,1 4,3<br />

1,7<br />

0,7 1,6<br />

<br />

Intervalo entre a aplicação e o evento<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Dentre os casos notifica<strong>dos</strong>, foi referido atendimento<br />

médico/hospitalização em 46,9% (1.636/ 3.487) das crianças que<br />

apresentaram EAPV-DTP ( Tabela 12); destas, em 94,9% (1.553/1636) <strong>dos</strong><br />

casos o tipo de atendimento médico/hospitalização não estava disponível.<br />

(Tabela 13).<br />

Em apenas 4,6% (159/3.487) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> havia informação<br />

sobre a conduta em relação ao esquema <strong>vacina</strong>l (Figura 25). A evolução <strong>dos</strong><br />

casos notifica<strong>dos</strong> também estava informada em apenas 4,8%(167/3.487)<br />

<strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> (Figur a 26). Havia a informação de dois óbitos (0,1%<br />

<strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>) e cura com seqüelas em dois casos notifica<strong>dos</strong><br />

(0,1%), porém, como já referido, nesse Banco de Da<strong>dos</strong> não há informações<br />

sobre a investigação do óbito e/ou descrição do tipo de seqüela<br />

temporalmente associa<strong>dos</strong> à <strong>vacina</strong>ção.


113<br />

Tabela 12 - Distribuição <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

DTP, com referência de atendimento médico/hospitalização, segundo<br />

Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Regiões<br />

Centro-Oeste Sudeste Sul<br />

Nordeste<br />

Norte<br />

Esta<strong>dos</strong><br />

2000 2001 2000-2001<br />

N (%)* N (%)* N (%)*<br />

AC 0 (0,0) 9 (100,0) 9 (100,0)<br />

AM 3 (27,3) 8 (72,7) 11 (50,0)<br />

AP 0 (0,0) 4 (100,0) 4 (80,0)<br />

PA 17 (54,8) 30 (69,8) 47 (63,5)<br />

RO 6 (50,0) 7 (63,6) 13 (56,5)<br />

RR 0 (0,0) 1 (100,0) 1 (100,0)<br />

TO 0 (0,0) 4 (66,7) 4 (66,7)<br />

Sub-Total 26 (47,3) 63 (74,1) 89 (63,6)<br />

AL 3 (37,5) 13 (44,8) 16 (43,2)<br />

BA 24 (80,0) 35 (58,3) 59 (65,6)<br />

CE 6 (75,0) 23 (69,7) 29 (70,7)<br />

MA 15 (88,2) 13 (61,9) 28 (73,7)<br />

PB 2 (50,0) 3 (42,9) 5 (45,5)<br />

PE 8 (42,1) 11 (45,8) 19 (44,2)<br />

PI 1 (50,0) 3 (60,0) 4 (57,1)<br />

RN 2 (66,7) 1 (25,0) 3 (42,9)<br />

SE 10 (71,4) 20 (69,0) 30 (69,8)<br />

Sub-Total 71 (67,6) 122 (57,5) 193 (60,9)<br />

PR 18 (42,9) 23 (45,1) 41 (44,1)<br />

RS 88 (32,4) 60 (23,1) 148 (27,8)<br />

SC 94 (62,7) 143 (68,4) 237 (66,0)<br />

Sub-Total 200 (43,1) 226 (43,5) 426 (43,3)<br />

ES 30 (65,2) 46 (66,7) 76 (66,1)<br />

MG 64 (54,7) 104 (56,5) 168 (55,8)<br />

RJ 53 (60,9) 58 (63,0) 111 (62,0)<br />

SP 188 (39,6) 227 (35,2) 415 (37,1)<br />

Sub-Total 335 (46,2) 435 (43,9) 770 (44,9)<br />

DF 35 (79,5) 48 (73,8) 83 (76,1)<br />

GO 28 (77,8) 31 (67,4) 59 (72,0)<br />

MS 10 (58,8) 3 (33,3) 13 (50,0)<br />

MT 1 (2,5) 2 (2,7) 3 (2,6)<br />

Sub-Total 74 (54,0) 84 (43,3) 158 (47,7)<br />

<strong>Brasil</strong> 706 (47,5) 930 (46,5) 1.636 (46,9)<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Nota: * Percentual do total de casos notifica<strong>dos</strong> por cada Unidade da Federação ou Macro -<br />

Região.


114<br />

Tabela 13 - Distribuição <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP notifica<strong>dos</strong>, segundo tipo e tempo de atendimento<br />

médico/hospitalização. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Tempo de Hospitalização<br />

Tipo < 1 h 1 - 6 h 7 - 12 h 13 - 24 h 25 - 48 h > 48 h Total<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

Posto de Saúde 7 (87,5) 1 (12,5) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 8 (100,0)<br />

Enfermaria 1 (4,3) 1 (4,3) 2 (8,7) 7 (30,4) 6 (26,1) 6 (26,1) 23 (100,0)<br />

Emergência 16 (32,0) 14 (28,0) 8 (16,0) 8 (16,0) 1 (2,0) 3 (6,0) 50 (100,0)<br />

Outros 2 (100,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (100,0)<br />

Sem informação 1.536 (98,9) 5 (0,3) 0 (0,0) 7 (0,5) 2 (0,1) 3 (0,2) 1.553 (100,0)<br />

Total 1.562 (95,5) 21 (1,3) 10 (0,6) 22 (1,3) 9 (0,6) 12 (0,7) 1.636 (100,0)<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

114


115<br />

Figura 25 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de evento s <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

DTP, segundo conduta frente ao esquema <strong>vacina</strong>l. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Número de Casos<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

24 (15,1%)<br />

135 (84,9%)<br />

0<br />

Mantido esquema<br />

Contra-indicação com troca de<br />

esquema<br />

Conduta<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Figura 26 – Distribuição <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de evento s <strong>adversos</strong> pós<strong>vacina</strong><br />

DTP, segundo evolução. <strong>Brasil</strong>, 2000 -2001.<br />

Número de casos<br />

200<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

163 (97,6%)<br />

2 (1,2%)<br />

2 (1,2%)<br />

Cura sem sequelas Cura com sequelas Óbito<br />

Evolução<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Havia informação sobre o número do lote em 83% (2.890/3.4 87)<br />

<strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de EAPV -DTP. Para estes encontrou-se 1.301 lotes,<br />

com um número médio de 2,7 notificações por lote. Para 24,2% (844/3.487)<br />

<strong>dos</strong> lotes informa<strong>dos</strong> havia apenas uma notificação e para 6,9% (242/3.487)<br />

apenas duas notificações. Os seis lotes com maior freqüência somaram 110


116<br />

casos (3,2%), Na análise por semana epidemiológica e ano foi observada<br />

uma distribuição por longos pe río<strong>dos</strong> das notificações desses seis lotes,<br />

mesmo se considera<strong>dos</strong> os demais sub -lotes do lote principal a que<br />

pertencem, que totalizaram 336 casos (9,6%). Na análise por Macro -Regiões<br />

e Unidades da Federação encontrou -se distribuição irregular, com um<br />

mesmo lote sendo encontrado em notificações de Esta<strong>dos</strong> das<br />

cinco<br />

Regiões.<br />

Os EAPV-DTP mais freqüentes no período de <strong>2002</strong> a 2001 foram:<br />

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (n=1.818 ), convulsão ( n=865) e febre<br />

(n=667) que juntos totalizaram 89,1% (3.351/3.761) <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong> notifica<strong>dos</strong>.<br />

Outros <strong>eventos</strong> também classifica<strong>dos</strong> como graves ficaram entre os <strong>eventos</strong><br />

menos freqüentes, como choque anafilático ( n=12) e púrpura ( n=4), ou não<br />

tiveram notificações, como encefalopatia (Tabela 14).<br />

Tabela 14 – Taxa <strong>dos</strong> principais <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP<br />

notifica<strong>dos</strong>, por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas. <strong>Brasil</strong>, 2000 -2001.<br />

Tipo de EAPV<br />

N<br />

Taxa/ 100.000<br />

<strong>dos</strong>es<br />

aplicadas<br />

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo 1819 9,2<br />

Convulsão 865 4,4<br />

Convulsão Febril 666 3,4<br />

Convulsão Afebril 199 1,0<br />

Febre 667 3,4<br />

Febre> 39,5 649 3,3<br />

Febre < 39,5 18 0,1<br />

Hipersensibilidade após 2 horas 108 0,5<br />

Hipersensibilidade até 2 horas 65 0,3<br />

Abscesso Quente 68 0,3<br />

Exantema generalizado 27 0,1<br />

Outros <strong>eventos</strong> graves e/ou inusita<strong>dos</strong> 17 0,1<br />

Choque anafilático 12 0,1<br />

Abscesso Frio 11 0,1<br />

Dor, rubor e calor 10 0,1<br />

Total de <strong>eventos</strong> 3.761 19,1<br />

Fonte: PNI, 2006.


117<br />

O Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo ocorreu em 52,2%<br />

(1.819/3.487) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>. Considerando o total de <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas no período, o EHH foi notificado na proporção de 9,2<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, ou 1 caso /10.846 <strong>dos</strong>es aplicadas. A Tabela<br />

15 demonstra as características apresentadas pelos casos notifica<strong>dos</strong> de<br />

EHH pós-DTP nesse período.<br />

A Convulsão ocorreu em 24,8% (865/3.487) <strong>dos</strong> casos<br />

notifica<strong>dos</strong>, sendo a Convulsão Febril a mais freqüente, responsável por<br />

76,9% (666/865 ) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Convulsão. Considerando o total<br />

de <strong>dos</strong>es aplicadas no período, a Convulsão ocorreu na proporção de 3,4<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, ou 1 caso/22.809 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

As<br />

características apresentadas pelos casos notifica<strong>dos</strong> de Co nvulsão estão<br />

demonstradas na Tabela 16.<br />

Dois casos de EAPV-DTP notifica<strong>dos</strong> no período de estudo<br />

apresentaram evolução para óbito e fechamento igual a “confirmado”.<br />

Destes, um era do sexo feminino, quatro meses de idade, com evento<br />

ocorrido entre uma e seis horas após a aplicação da 1ª <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong>, em<br />

2000, no Estado de Alagoas. O lote desse caso também foi referido em mais<br />

três <strong>eventos</strong>, sendo dois EHH e um convulsão, to<strong>dos</strong> com evolução<br />

ignorada. O outro caso era do sexo masculino, dois meses de idade, c om<br />

evento ocorrido após 72 horas da aplicação da 1ª <strong>dos</strong>e <strong>vacina</strong> (15 dias) , em<br />

2001, no Estado de Santa Catarina. O lote foi notificado em mais dois<br />

<strong>eventos</strong>, sendo um convulsão e o outro febre maior que 39,5ºC, ambos com<br />

evolução ignorada.


118<br />

Tabela 15 - Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Episódio Hipotônico -<br />

Hiporresponsivo pós-<strong>vacina</strong> DTP. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

2000 - 2001 2000 2001<br />

Característica<br />

(N = 1819) (N = 747) (N = 1.072)<br />

N (%) N (%) N (%)<br />

Sexo Feminino 864 (47,5) 337 (45,1) 527 (49,2)<br />

Masculino 955 (52,5) 410 (54,9) 545 (50,8)<br />

Total 1.819 (100,0) 747 (100,0) 1.072 (100,0)<br />

Idade (em meses) Média 3,5 3,5 3,5<br />

Mediana 3 3 3<br />

Dose aplicada 1ª Dose 1.039 (57,6) 427 (57,7) 612 (57,5)<br />

2ª Dose 513 (28,4) 193 (26,1) 320 (30,0)<br />

3ª Dose 253 (14,0) 120 (16,2) 133 (12,5)<br />

Total 1.805 (100,0) 740 (100,0) 1.065 (100,0)<br />

Faixa etária<br />

< 4m 1.014 (55,7) 424 (56,8) 590 (55,0)<br />

4 a 5m 490 (26,9) 185 (24,8) 305 (28,5)<br />

6 a 7m 264 (14,5) 115 (15,4) 149 (13,9)<br />

> 7m 51 (2,8) 23 (3,1) 28 (2,6)<br />

Total 1.819 (100,0) 747 (100,0) 1.072 (100,0)<br />

Intervalo entre 24 h 19 (1,0) 11 (1,5) 8 (0,7)<br />

Total 1.819 (100,0) 747 (100,0) 1.072 (100,0)<br />

Atendimento Não 1.001 (55,0) 394 (52,7) 607 (56,6)<br />

médico/<br />

Sim 818 (45,0) 353 (47,3) 465 (43,4)<br />

Hospitalização Total 1.819 (100,0) 747 (100,0) 1.072 (100,0)<br />

Tempo de 48h 3 (0,4) 0 (0,0) 3 (0,6)<br />

Total 818 (100,0) 353 (100,0) 465 (100,0)<br />

Tipo de<br />

Posto de Saúde 3 (10,3) 1 (11,1) 2 (10,0)<br />

atendimento Enfermaria 8 (27,6) 4 (44,4) 4 (20,0)<br />

médico* Emergência 18 (62,1) 4 (44,4) 14 (70,0)<br />

Total 29 (100,0) 9 (100,0) 20 (100,0)<br />

Evolução** Cura s/ seqüelas 86 (100,0) 35 (100,0) 51 (100,0)<br />

Total 86 (100,0) 35 (35,0) 51 (100,0)<br />

Conduta*** Mantido esquema 3 (3,6) 1 (2,9) 2 (4,1)<br />

Contra-ind c/ troca 81 (96,4) 34 (97,1) 47 (95,9)<br />

Total 84 (100,0) 35 (100,0) 49 (100,0)<br />

Fonte: PNI, 2006<br />

(Nota: Informação disponível somente em *29/818; **86/1.819; ***84/1.819 casos notifica<strong>dos</strong>)


119<br />

Tabela 16 - Características <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de Convulsão pós -<strong>vacina</strong><br />

DTP. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

2000 - 2001 2000 2001<br />

Característica<br />

(N = 865 ) (N = 363 ) (N = 502 )<br />

N (%) N (%) N (%)<br />

Sexo Feminino 382 (44,2) 162 (44,6) 220 (43,8)<br />

Masculino 483 (55,8) 201 (55,4) 282 (56,2)<br />

Total 865 (100,0) 363 (100,0) 502 (100,0)<br />

Idade (em meses)<br />

Média 4,1 4,2 4<br />

Mediana 4 4 4<br />

Dose aplicada 1ª Dose 386 (45,2) 153 (42,9) 233,0 (46,9)<br />

2ª Dose 277 (32,4) 116 (32,5) 161,0 (32,4)<br />

3ª Dose 191 (22,4) 88 (24,6) 103,0 (20,7)<br />

Total 854 (100,0) 357 (100,0) 497 (100,0)<br />

Faixa etária < 4m 383 (44,3) 150 (41,3) 233 (46,4)<br />

4 a 5m 250 (28,9) 110 (30,3) 140 (27,9)<br />

6 a 7m 183 (21,2) 79 (21,8) 104 (20,7)<br />

> 7m 49 (5,7) 24 (6,6) 25 (5,0)<br />

Total 865 (100,0) 363 (100,0) 502 (100,0)<br />

Intervalo entre 24 h 21 (2,4) 8 (2,2) 13 (2,6)<br />

Total 865 (100,0) 363 (100,0) 502 (100,0)<br />

Atendimento Não 279 (32,3) 118 (32,5) 161 (32,1)<br />

médico/<br />

Sim 586 (67,7) 245 (67,5) 341 (67,9)<br />

Hospitalização Total 865 (100,0) 363 (100,0) 502 (100,0)<br />

Tempo de 48h 8 (1,4) 1 (0,4) 7 (2,1)<br />

Total 586 (100,0) 245 (100,0) 341 (100,0)<br />

Tipo de<br />

Posto de Saúde 3 (7,5) 1 (6,3) 2 (8,3)<br />

atendimento Enfermaria 12 (30,0) 7 (43,8) 5 (20,8)<br />

médico* Emergência 25 (62,5) 8 (50,0) 17 (70,8)<br />

Total 40 (100,0) 8 (50,0) 17 (70,8)<br />

Evolução** Cura s/ seqüelas 46 (95,8) 21 (100,0) 25 (92,6)<br />

Cura c/ seqüelas 2 (4,2) 0 (0,0) 2 (7,4)<br />

Total 48 (100,0) 21 (100,0) 27 (100,0)<br />

Conduta*** Mantido esquema 2 (4,3) 0 (0,0) 2 (7,1)<br />

Contra-ind c/ troca 45 (95,7) 19 (100,0) 26 (92,9)<br />

Total 47 (100,0) 19 (100,0) 28 (100,0)<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

(Nota: Informação disponível somente em *40/586; **48/865; ***47/865 casos notifica<strong>dos</strong>)


120<br />

4.3 ANÁLISE DE FATORES ASSOCIADOS À GR AVIDADE<br />

Na análise bivariada foram encontradas associações<br />

estatisticamente significativas entre gravidade <strong>dos</strong> casos<br />

de EAPV-T e o<br />

intervalo de tempo decorrido e a <strong>dos</strong>e aplicada. Observou -se que a<br />

ocorrência de evento adverso em intervalo de tempo inferi or a uma hora<br />

após a aplicação da <strong>vacina</strong>, bem como entre uma e seis horas , foi maior<br />

(105% e 77%, respectivamente) que a prevalência de EAPV-T após seis<br />

horas da aplicação. Em relação à <strong>dos</strong>e aplicada, tanto a 1ª quanto a 2ª<br />

<strong>dos</strong>es apresentaram maior prevalê ncia de casos graves que a 3ª <strong>dos</strong>e (11%<br />

e 6% respectivamente). As variáveis sexo e faixa etária não apresentaram<br />

significância estatística na análise bivariada (Tabela 17).<br />

Em modelo ajustado, verificou -se que os intervalos de tempo<br />

decorrido após a aplicação da <strong>vacina</strong> menor que uma hora e entre uma e<br />

seis horas mantiveram-se<br />

estatisticamente significativos, representando<br />

chance de ocorrência de caso grave de EAPV -T inversamente proporcional<br />

ao tempo decorrido (Tabela 18).<br />

Com relação à <strong>vacina</strong> DTP, na anál ise bivariada a 1ª <strong>dos</strong>e<br />

aplicada, a faixa etária de menores de quatro meses , o intervalo de tempo<br />

decorrido entre a aplicação, tanto de uma a seis horas como menor que uma<br />

hora, apresentaram associação estatisticamente significativa com gravidade<br />

do caso de EAPV-DTP (Tabela 19). No modelo ajustado a <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong><br />

não manteve significância estatística (Tabela 20).


121<br />

Tabela 17 – Análise Bivariada relativa a fatores associa<strong>dos</strong> à gravidade do<br />

caso de evento adverso pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005.<br />

Variáveis<br />

Grave<br />

(N)<br />

Não-Grave<br />

(N)<br />

RP* IC 95% p<br />

Sexo<br />

Feminino 3.486 1.850 1,00 -<br />

Masculino 4.056 2.166 1,00 0,97-1,03<br />

0,87<br />

Total 7.542 4.016<br />

Faixa Etária<br />

>7m 267 153 1,00 - -<br />

6 a 7m 1.109 728 0,95 0,88-1,03 0,23<br />

4 a 5m 2.468 1.368 1,01 0.94-1,09 0,76<br />

< 4m 3.698 1.767 1,06 0,99-1,15 0,08<br />

Total 7.542 4.016<br />

Intervalo entre aplicação e evento<br />

>6h 1.256 1.829 1,00 - -<br />

1-6h 4.844 1.864 1,77 1,70-1,86


122<br />

Tabela 19 – Análise Bivariada relativos a fatores associadas à gravidade do<br />

caso de evento adverso pós-<strong>vacina</strong> DTP. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Variáveis<br />

Grave<br />

(N)<br />

Não-Grave<br />

(N)<br />

RP* IC 95% p<br />

Sexo<br />

Feminino 1.181 344 1,00 -<br />

Masculino 1.247 385 0,99 0,95-1,03<br />

0,49<br />

Total 2.428 729<br />

Faixa Etária<br />

>7m 107 39 1,00 - -<br />

6 a 7m 462 170 1,00 0,89-1,11 0,96<br />

4 a 5m 756 243 1,03 0,93-1,15 0,53<br />

< 4m 1.433 277 1,14 1,03-1,26 0,01<br />

Total 2.758 729<br />

Intervalo entre aplicação e evento<br />

>6h 375 303 1,00 - -<br />

1-6h 172 168 1,49 1,39-1,60


123<br />

5. DISCUSSÃO<br />

No presente estudo foi encontrado um substancial incremento das<br />

taxas de casos<br />

de EAPV-T notifica<strong>dos</strong> por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas entre<br />

<strong>2002</strong> e 2005 (variando de 30,6 a 36,3), se comparadas às taxas de casos<br />

EAPV-DPT entre 2000 e 2001 (14,9 e 20,6, respectivamente) . Esses valores<br />

podem não indicar, necessariamente, uma maior reatogenicidade da <strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, como será discutido adiante.<br />

As taxas de EAPV-DPT entre 2000 e 2001 em menores de um<br />

ano de idade encontradas na presente avaliação, período em que essa<br />

<strong>vacina</strong> estava sendo utilizada simultaneamente à <strong>vacina</strong> Hib em sítios de<br />

aplicação separa<strong>dos</strong>, são similares às taxas para a mesma <strong>vacina</strong><br />

encontradas no estudo de FREITAS (2005) no Estado de São Paulo, ao<br />

mesmo período e faixa etária. Aquele estudo aponta também um incremento<br />

da taxa geral de notificação de EAPV -DTP a partir do ano 2000, em relação<br />

aos anos anteriores, quando do uso isolado da DTP.<br />

Nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, a taxa média de notificação de EAPV -DTP<br />

no VAERS no período de 1991 a 2001 foi de 21,1 casos/ 100.000 <strong>dos</strong>es<br />

distribuídas; a <strong>vacina</strong> combinada <strong>Tetravalente</strong> (DTPw/Hib no estudo)<br />

apresentou uma taxa menor (10,1 casos/100.000 <strong>dos</strong>es distribuídas), porém<br />

o estudo inclui crianças até sete anos de idade, fato que pode justificar a<br />

diferença (CDC, 2003). Já em estudo realizado na Nova Zelândia, referente<br />

às notificações recebidas pelo National To xicology Group’s Centre for


124<br />

Adverse Reactions Monitoring (CARM), o sistema de vigilância de <strong>eventos</strong><br />

<strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong>is do Ministério da Saúde daquele país, mostrou, assim<br />

como o SVEAPV brasileiro, uma maior freqüência de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> com<br />

a <strong>vacina</strong> DTP/Hib do que com a DTP, mas sem especificar a faixa etária<br />

(MANSOOR e PILLANS, 1997).<br />

Todas as taxas de EAPV, citadas acima, referem-se ao total de<br />

casos que foram notifica<strong>dos</strong> em sistemas de vigilância passiva, existindo<br />

uma variação muito grande no tipo d e evento notificado, na proporção de<br />

gravidade, nas idades <strong>dos</strong> <strong>vacina</strong><strong>dos</strong>, nas definições de caso aplicadas em<br />

cada período e local, além de diferentes proteínas carreadoras na <strong>vacina</strong><br />

conjugada Hib, tornando imprecisa qualquer comparação, não permitindo<br />

conclusões a respeito.<br />

Considerando a variabilidade de proporção de <strong>eventos</strong> graves e<br />

não-graves entre os estu<strong>dos</strong> de vigilância passiva, é possível que em uma<br />

comparação feita especificamente por tipo de evento apresentado,<br />

especialmente os considera<strong>dos</strong> de maior interesse público, como EHH e<br />

convulsão (BONHOEFFER et al., 2004; HEININGER, 2004), os da<strong>dos</strong> sejam<br />

menos sujeitos a vieses de notificação, portanto mais consistentes. Ambos<br />

os <strong>eventos</strong> e a febre foram aqueles mais notifica<strong>dos</strong>, tanto na análise <strong>dos</strong><br />

EAPV-T notifica<strong>dos</strong> no <strong>Brasil</strong>, objeto desta dissertação, quanto na análise<br />

<strong>dos</strong> EAPV-DTP do Estado de São Paulo, no período de 1984 a 2001 ,<br />

realizado por FREITAS (2005).<br />

No presente trabalho, a taxa média de EHH pós -<strong>Tetravalente</strong> no<br />

<strong>Brasil</strong> chegou a duplicar no primeiro ano de sua utilização, em <strong>2002</strong> (18,1


125<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas), em relação à encontrada para a <strong>vacina</strong><br />

DTP entre 2000-2001 (9,2 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas) , quando do uso<br />

simultâneo da <strong>vacina</strong> DTP e da Hib em aplicações separadas . Foi também<br />

superior à encontrada na avaliação de FREITAS (2005), de metodologia<br />

semelhante, em que a taxa de EHH pós-DTP situou-se entre 5 e 8<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas em 1997 e 1998 no Estado de São Paulo,<br />

período de uso da DTP ainda isoladamente . Segundo aquele estudo, esses<br />

números também já haviam apresentado um aumento ness es dois anos em<br />

relação aos EHH notifica<strong>dos</strong> nos anos anteriores, que assinalavam taxas de<br />

EHH em torno de 2 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas. De 1999 a 2001,<br />

período de uso simultâneo DTP e Hib, as taxas de EHH situaram-se em<br />

torno de 12 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

Apesar do incremento, as taxas de EHH notifica<strong>dos</strong> pós-<br />

<strong>Tetravalente</strong> neste estudo ainda foram inferiores à encontrada pelo estudo<br />

clássico de CODY et al. (1981) de vigilância ativa de EAPV-DTP, de 1<br />

caso/1.750 <strong>dos</strong>es, equivalente a 57,1 casos de EHH por 100.000 <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas, bem como inferiores à taxa de EHH descrita em outros estu<strong>dos</strong><br />

encontra<strong>dos</strong> na literatura, que variam de 36 a 250 casos/100.000 <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas da <strong>vacina</strong> DTP (VERMEER-DE-BONDT, 1998; BONHOEFFER et<br />

al., 2004). Vale ressaltar que esses estu<strong>dos</strong> incluíram crianças até seis ou<br />

sete anos de idade e, como o predomínio <strong>dos</strong> casos de EHH ocorreu em<br />

menores de um ano,<br />

a taxa desse evento para essa faixa etária fica<br />

subestimada, uma vez que é considerado o total de <strong>dos</strong>es aplicadas no seu<br />

cálculo.


126<br />

As taxas de EHH nesta avaliação também foram inferiores às<br />

encontradas no<br />

estudo de vigilância ativa pós -<strong>Tetravalente</strong> (VIGAT)<br />

realizado em 2004 no <strong>Brasil</strong>, no município do Rio de Jane iro, que incluiu<br />

apenas crianças menores de um ano de idade, cuja taxa de EHH pós-<br />

<strong>Tetravalente</strong> foi de 1 caso/1.505 lactentes <strong>vacina</strong><strong>dos</strong>, o que equivale a 66<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas (MARTINS et al., 2005).<br />

O único Estado do país a fazer exceção ao exp osto acima foi<br />

Santa Catarina, cuja taxa de EHH encontrada neste estudo (70,3 casos/<br />

100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas) foi um pouco maior que a observada no VIGAT<br />

(MARTINS et al., 2005). Qualquer justificativa, neste estudo,<br />

para esse<br />

achado seriam meras conjectura s, mas não se deve ignorá -lo. Uma<br />

avaliação específica da vigilância <strong>dos</strong> EAPV naquele Estado poderia resultar<br />

em sugestões de melhorias para o Sistema no <strong>Brasil</strong>, seja como descrição<br />

de um modelo de atuação, seja como consolidação da necessidade de<br />

reavaliação criteriosa do diagnóstico e definição de caso.<br />

Analisando especificamente o Município do Rio de Janeiro e o<br />

ano de 2004, a taxa de notificação de EHH pós-<strong>Tetravalente</strong> encontrada por<br />

vigilância passiva, neste presente estudo, equivale a 28,6% da taxa de<br />

casos de EHH encontra<strong>dos</strong> por vigilância ativa por MARTINS et al. (2005)<br />

naquele Município.<br />

Considerando que aquele estudo (MARTINS et al., 2005) utilizou,<br />

com rigor metodológico, um número substancial (21.064) de crianças<br />

<strong>vacina</strong>das em situações típicas de serviços de saúde,<br />

bem como a<br />

consistência <strong>dos</strong> acha<strong>dos</strong> do estudo de vigilância ativa no Município do Rio


127<br />

de Janeiro quando comparado com o estudo clássico de CODY et al (1981),<br />

e a semelhança das taxas encontradas na vigilância passiva do Município e<br />

Nacional, é provável que esses resulta<strong>dos</strong> também se apliquem ao restante<br />

do <strong>Brasil</strong>, podendo ser estimado que<br />

somente cerca de um terço <strong>dos</strong><br />

potenciais casos de EHH ocorri<strong>dos</strong> pós -<strong>Tetravalente</strong> no país, como um todo,<br />

tenham sido notifica<strong>dos</strong> no período em estudo . Essa estimativa, porém,<br />

desconsidera a heterogeneidade das Unidades da Federação, necessitando<br />

de estu<strong>dos</strong> mais específicos para ser validada.<br />

Com relação à convulsão, no presente estudo também foi<br />

encontrado um incremento de notificações após a introdução<br />

da <strong>vacina</strong><br />

combinada <strong>Tetravalente</strong> (DTP/Hib) no <strong>Brasil</strong> , em <strong>2002</strong>, em relação ao<br />

consolidado nacional para DTP e Hib, em sítios de aplicação separa<strong>dos</strong>, nos<br />

dois anos anteriores (3,4 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas) . O incremento foi<br />

mais evidente no primeiro ano de utilização da <strong>Tetravalente</strong> (7,6<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas em <strong>2002</strong>) ,<br />

desacelerando nos anos<br />

seguintes (5,9; 5,7 e 4,8 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas de 2003 a 2005,<br />

respectivamente). Em to<strong>dos</strong> os perío<strong>dos</strong>, a convulsão febril<br />

foi mais<br />

freqüente, sendo descrita em cerca de 80% <strong>dos</strong> casos de convulsão<br />

notifica<strong>dos</strong>.<br />

Essas taxas de convulsão pós -<strong>Tetravalente</strong> notificadas no <strong>Brasil</strong><br />

encontradas neste estudo foram semelhantes às taxas descritas em outros<br />

dois<br />

estu<strong>dos</strong> disponíveis na literatura, um realizado na Inglaterra<br />

(FARRINGTON et al.,1995) e outro nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> (BARLOW et al.,<br />

2001), que avaliaram o risco de convulsão pós -<strong>vacina</strong> DTP em revisões de


128<br />

prontuários médicos, com taxas de aproximadamente<br />

6 a 9 casos de<br />

convulsão/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

No estudo<br />

da vigilância passiva do Estado de São Paulo<br />

(FREITAS, 2005), também foi observado incremento das notificações de<br />

convulsões pós-DTP em 1997 (aproximadamente 5 casos/100.000 <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas) com relação aos anos anteriores (aproximadamente 2<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas), porém nos anos seguintes, até o último ano<br />

avaliado (2001), a despeito da introdução da aplicação simultânea de <strong>vacina</strong><br />

contra Hib, a taxa de notificações estabilizou -se em torno de 4<br />

casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, semelhante à taxa e ncontrada para o país<br />

no mesmo período.<br />

Apesar do aumento na proporção de notificações , nesta<br />

avaliação, as taxas de convulsões pós-<strong>Tetravalente</strong> encontradas no país<br />

também foram inferiores às taxas de convulsão pós-DTP descritas no estudo<br />

clássico de vigilância ativa de CODY et al. (1981), de 1 caso/1.750 <strong>dos</strong>es, o<br />

que equivale a 57,1 casos/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas (incluídas <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas em crianças até seis anos de idade ), bem como inferior à taxa<br />

observada no estudo de vigilância ativa no município do Rio de Janeiro<br />

(VIGAT), de 1 caso/5.266 crianças <strong>vacina</strong>das (considera<strong>dos</strong> apenas<br />

menores de um ano de idade) , equivalente a 19 casos/100.000 <strong>dos</strong>es<br />

aplicadas (MARTINS et al., 2005).<br />

As exceções no caso das taxas de convulsões foram o Estado do<br />

Espírito Santo, que apresentou taxa maior que a do VIGAT, e os Esta<strong>dos</strong> de<br />

Santa Catarina e Acre, com taxas semelhantes. Assim como exposto acima,


129<br />

avaliações específicas da vigilância nos Esta<strong>dos</strong> com taxas próximas ou<br />

superiores às esperadas podem contribuir para anális e da qualidade do<br />

Sistema no país.<br />

Considerando um número provável de casos espera<strong>dos</strong>, tendo<br />

como referência o VIGAT (MARTINS et al., 2005),<br />

com as mesmas<br />

ressalvas descritas acima para o EHH, é provável que cerca de 30% <strong>dos</strong><br />

casos de convulsão pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> tenham sido notifica<strong>dos</strong> no<br />

<strong>Brasil</strong> nos primeiros quatro anos de introdução da <strong>vacina</strong> no país.<br />

O incremento observado no número de notificações de EHH e<br />

convulsões neste estudo, embora possa ser genuíno, decorrente de uma<br />

potencialização da reatogenicidade da <strong>vacina</strong> DTP quando associada à anti -<br />

Hib, ou vice-versa, não encontra respaldo em estu<strong>dos</strong> científicos<br />

previamente realiza<strong>dos</strong>. Portanto, é mais provável que seja resultado de<br />

uma expectativa de aumento de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> induzida pela inclusão da<br />

nova <strong>vacina</strong> combinada DTP/Hib no calendário <strong>vacina</strong>l do PNI, aumentando<br />

a sensibilidade para notificação (BRAUN e ELLEMBERG, 1997; MANSOOR<br />

e PILLANS, 1997; SINGLETON et al., 1999; CDC, 2003; MARTINS et al.,<br />

2005); e/ou resultado do maior investimento em capacitação de pessoal<br />

promovido continuamente pelo PNI a partir de 1997 (MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE, 2003), e/ou, como sugerido por FREITAS (2005), ser explicado pela<br />

necessidade da notificação do caso de EAPV para disponibilização pelos<br />

Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIEs) da <strong>vacina</strong><br />

DTP acelular (DTPa), menos reatogênica, mas de custo mais elevado, para


130<br />

crianças que apresentaram EHH ou convulsão em <strong>dos</strong>es anteriores de DTP<br />

ou <strong>Tetravalente</strong>.<br />

Vale ressaltar ainda que, apesar do crescimento nas taxas de<br />

notificações, o total de Municípios notificantes representa apenas pouco<br />

mais de um terço <strong>dos</strong> municípios do país, o que corrobora a hipótese de<br />

subnotificação no SVEAPV.<br />

A interpretação das taxas de EAPV -T encontradas por município<br />

deve ser criteriosa, uma vez que alguns municípios, em conseqüência de<br />

possuírem populações muito pequenas, apresentam para cálculo das taxas<br />

um número pequeno de <strong>dos</strong>es aplicadas no denominador. Assim, as taxas<br />

de EAPV-T por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas tornam -se distorcidas,<br />

extremamente elevadas, mesmo quando um número muito baixo de EAPV -T<br />

foi notificado.<br />

Devem ser consideradas, também, outras limitações para a<br />

interpretação desses resulta<strong>dos</strong>, como as devidas à dificuldade em se obter<br />

informações relativas à re-exposição entre indivíduos que apresentaram<br />

reações pós-<strong>vacina</strong>is e a possibilidade de que várias <strong>vacina</strong>s sejam<br />

administradas concomitantemente, dificultando a identificação daquela<br />

possivelmente associada à reação adversa (BEGG e MILLER, 1990; CHEN<br />

et al., 1997; WARD, 2000; CDC, 2003; WHO, 2005).<br />

Existe, ainda, a possibilidade de vieses induzi<strong>dos</strong> por erros de<br />

diagnósticos, especialmente referentes ao EHH, uma condição fugaz, sem<br />

correlato anatômico ou laboratorial, que pode ser confundida com uma série<br />

de outros <strong>eventos</strong>, como a síncope e a convulsão, e que raramente é


131<br />

observada pelos profissionais da saúde, pois frequentemente já está resolvida<br />

quando da chegada à unidade de saúde. A definição prévia de um evento na<br />

ficha de notificação, em vez <strong>dos</strong> sinais e sintomas, deixa para o notificador,<br />

nem sempre suficientemente capacitado, e não para uma equipe de vigilância<br />

treinada, confirmar um caso. Nas condições típicas da rotina <strong>dos</strong> serviços,<br />

estas dificuldades podem reduzir a comparabilidade <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> informa<strong>dos</strong> ao<br />

sistema de vigilância de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> (DUVERNOY e BRAUN, 2000;<br />

BLUMBERG et al., 2003; FREITAS, 2005; MARTINS et al., 2005).<br />

Outra limitação do estudo refere -se às proporções de casos<br />

graves e não-graves, observadas em diferentes estu<strong>dos</strong>.<br />

A elevada<br />

proporção de casos graves encontrada neste estudo para a <strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong> (65,3%) foi superior à encontrada para a <strong>vacina</strong> DTP utilizada<br />

isoladamente (32%) no estudo da vigilância de EAPV -DTP de 1984 a 2001,<br />

realizado no Estado de São Paulo (FREITAS, 2005) , onde foi utilizada<br />

mesma definição de caso grave de EAPV . Já havia sido observado por<br />

aquela autora que a proporção de casos graves encontradas em seu estudo,<br />

superior aos 15% e 10% encontra<strong>dos</strong> pelos sistemas de vigilância de EAPV<br />

<strong>dos</strong> EUA e Austrália (BRAUN a t al., 1997; LAWRENCE et al., 2003), era<br />

superestimada em virtude do viés de notificação de casos de maior<br />

gravidade, uma vez que reações locais tendem a ser menos valorizadas,<br />

tanto pelos pais, como pelos profissionais de saúde (HEININGER, 2004).<br />

O mesmo viés ocorreu no caso nacional, resultado da orientação<br />

do sistema no <strong>Brasil</strong>, que prioriza a notificação de casos de maior gravidade<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998 ). Essa priorização apresenta vantagens,


132<br />

como a de diminuir a quantidade de informação a ser anal isada, tornando-o<br />

mais simples e diminuindo seus custos, além de dar ênfase aos <strong>eventos</strong> com<br />

maior potencial de atingir a confiabilidade da <strong>vacina</strong> ; no entanto, apresenta<br />

também desvantagens, como a de diminuir a representa tividade <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>,<br />

em virtude da superestimação de casos graves que ocasiona (FREITAS,<br />

2005), dificultando a investigação, a partir <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> da vigilância passiva,<br />

de fatores associa<strong>dos</strong> à gravidade <strong>dos</strong> EAPV que, se melhor conheci<strong>dos</strong>,<br />

podem subsidiar recomendações para a utilização mais se gura de <strong>vacina</strong>s.<br />

Uma diferença na proporção de notificações por gênero foi<br />

encontrada neste estudo, sendo mais freqüente notificações de casos em<br />

crianças do sexo masculino, sem significância estatística com relação à<br />

gravidade do caso, considerando -se o total de notificações. O mesmo<br />

achado ocorreu no estudo de FREITAS (2005) com a <strong>vacina</strong> DTP. Também<br />

para EHH foi encontrada predominância do sexo masculino em ambos os<br />

estu<strong>dos</strong>, diferentemente <strong>dos</strong> acha<strong>dos</strong> de CODY et al. (1981) e MARTINS et<br />

al. (2005) com a vigilância ativa e de DUVERNOY e BRAUN (2000), em<br />

revisão de EHH notifica<strong>dos</strong> ao VAERS, onde a predominância foi do sexo<br />

feminino. Todavia, em to<strong>dos</strong> , a diferença entre os sexos não foi<br />

estatisticamente significante.<br />

Em relação<br />

aos óbitos temporalmente associa<strong>dos</strong> à <strong>vacina</strong><br />

<strong>Tetravalente</strong>, apesar da casuística ser muito pequena para permitir<br />

conclusões definitivas, a diferença entre os gêneros foi notória. No presente<br />

estudo, 66,7% <strong>dos</strong> óbitos referi<strong>dos</strong> como associa<strong>dos</strong> à <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong><br />

ocorreram em crianças do sexo masculino. Embora um estudo referente às


133<br />

notificações do VAERS de 1991 a 1994 (BRAUN e ELLEMBERG, 1997)<br />

inclua todas as <strong>vacina</strong>s, a proporção de óbitos em meninos menores de um<br />

ano foi semelhante (63,7%). Esses autores correlacionaram esse achado<br />

com estudo anterior (WISE e RASTOGI, 1993) que mostrou que 58% de<br />

to<strong>dos</strong> os óbitos em menores de um ano notifica<strong>dos</strong> ao VAERS foram<br />

atribuí<strong>dos</strong> à Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL), e referiram,<br />

ainda, que os lactentes masculinos têm risco 50% maior de SMSL e um risco<br />

maior de mortalidade geral que lactentes do sexo feminino; e que a SMSL<br />

não está associada com a <strong>vacina</strong>ção com DTP, também referido por outros<br />

autores (ELLEMBERG e CHEN, 1997; JONVILLE -BERA et al., 2001;<br />

SILVERS et al., 2001). Nesse estudo do VAERS, ainda com relação aos<br />

óbitos, também foi observado um incremento na proporção de óbitos em<br />

crianças que apresentavam baixo peso ao nascer, o que favorece a<br />

correlação com a SMSL (LEACH et al., 1999). Como no SI -EAPV não<br />

constam da<strong>dos</strong> de história perinatal, patológica pregressa e familiar ou<br />

da<strong>dos</strong> de investigação <strong>dos</strong> casos fatais relaciona<strong>dos</strong> à <strong>vacina</strong>ção, maiores<br />

comentários sobre os da<strong>dos</strong> relativos aos óbitos não podem ser teci<strong>dos</strong><br />

neste trabalho. Talvez se consiga analisá-los a partir da articulação com a<br />

base de da<strong>dos</strong> do Sistema de Informação de Mortalidade ( SIM), mas tal<br />

análise foge ao escopo desta dissertação.<br />

Ressalta-se que, embora exista uma diferença na proporção de<br />

gêneros ao nascimento, com maior percentual de recém -nasci<strong>dos</strong> do sexo<br />

masculino (DATASUS, 2006) , as diferenças nas proporções de EAPV -T por<br />

gênero encontradas neste trabalho foram maiores que as apresentadas pela


134<br />

população de nasci<strong>dos</strong> vivos nos mesmos perío<strong>dos</strong>. Um a análise da<br />

distribuição <strong>dos</strong> EAPV-T por gênero a partir da taxa p or <strong>dos</strong>es aplicadas<br />

seria mais adequada para estimar a influência na reatogenicidade da <strong>vacina</strong><br />

sobre essa característica, porém as <strong>dos</strong>es aplicadas não<br />

se encontram<br />

disponibilizadas por sexo.<br />

Com relação à <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong>, a 1ª <strong>dos</strong>e apresentou uma maior<br />

freqüência neste estudo, tanto geral , quanto especificamente para EHH e<br />

convulsão, semelhante ao encontrado para a <strong>vacina</strong> DTP utilizada<br />

isoladamente no Estado de São Paulo (FREITAS, 2005), porém, perdeu<br />

significância estatística na análise multivariada. No est udo de vigilância ativa<br />

de EAPV-T no Município do Rio de Janeiro (VIGAT), embora a <strong>dos</strong>e de<br />

maior freqüência para EHH e convulsão tenha sido a 3ª <strong>dos</strong>e (MARTINS et<br />

al., 2005), assim como no estudo de FARRINGTON (1995), também não foi<br />

encontrada diferença estatisticamente significativa entre as <strong>dos</strong>es.<br />

O encontro, neste estudo, de um percentual não desprezível de<br />

notificações de casos com idade de <strong>vacina</strong>ção inferior à r ecomendada<br />

remete à necessidade de revisão das notificações pelos responsáveis pela<br />

vigilância <strong>dos</strong> EAPV nos diversos níveis ( principalmente local e municipal),<br />

pois provavelmente trata-se de erros no preenchimento da Ficha de<br />

Notificação ou ocorri<strong>dos</strong> durante a digitação.<br />

O tempo decorrido entre a aplicação da <strong>vacina</strong> e o aparecimento<br />

de algum evento adverso pós-<strong>Tetravalente</strong>, especialmente com relação ao<br />

EHH e convulsão, foi similar ao descrito neste e em outros estu<strong>dos</strong> com<br />

relação à <strong>vacina</strong> DTP utilizada isolada ou simultaneamente à <strong>vacina</strong> anti-Hib


135<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998; DUVERNOY e BRAUN, 2000; FREITAS,<br />

2005; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005a ). Esses da<strong>dos</strong> também encontram<br />

semelhança quando compara<strong>dos</strong> ao estudo de vigilância ativa pós -<br />

<strong>Tetravalente</strong> no Município do Rio de Janeiro, onde 76,5% <strong>dos</strong> EHH e 75%<br />

das convulsões também ocorreram nas primeiras sei s horas da aplicação<br />

(MARTINS et al., 2005). Tais acha<strong>dos</strong> mostram a importância do<br />

acompanhamento nas primeiras horas após a <strong>vacina</strong>ção, especialmente<br />

quando é possível identificarmos grupos de risco, mas indica também a<br />

possibilidade de subestimarmos a fre qüência de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<br />

<strong>vacina</strong>ção tardios (BRAUN e ELLEMBERG, 1997; SINGLETON et al.,1999;<br />

FREITAS, 2005).<br />

As altas proporções de atendimento médico/hospitalização em<br />

decorrência de EAPV-T encontradas neste estudo, bem como de casos que<br />

tiveram contra-indicadas <strong>dos</strong>es subseqüentes da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> e<br />

indicação de substituição do esquema <strong>vacina</strong>l, permitem estimar o impacto<br />

potencial desses <strong>eventos</strong> na percepção de risco por parte da população e do<br />

seu custo para a saúde pública . Isso torna clara a importância da vigilância,<br />

à medida que oferece subsídios para a identificação de grupos e fatores de<br />

risco a serem considera<strong>dos</strong> no estabelecimento de estratégias visando a<br />

diminuição da freqüência desses <strong>eventos</strong> (FREITAS, 2005).<br />

Nesta avaliação, nenhum lote específico foi identificado como<br />

associado a uma maior freqüência de casos graves de EAPV -T. Assim como<br />

assinalado por FREITAS (2005) em relação aos lotes de <strong>vacina</strong> DTP no<br />

Estado de São Paulo, também para a <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> no país a


136<br />

distribuição no tempo <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de lotes aparentemente mais<br />

reatogênicos não favorece a sua identificação devido ao não aparecimento<br />

de picos quando a distribuição <strong>dos</strong> casos é analisada em curtos perío<strong>dos</strong>,<br />

como por semana epidemiológica ou mesmo meses.<br />

Teoricamente, os sistemas de vigilância passiva poderiam<br />

direcionar a questão da segurança de um lote individual de <strong>vacina</strong> muito<br />

mais efetivamente que a questão da causalidade em casos individuais de<br />

<strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

(ELLEMBERG e CHEN, 1997) , mas muitas outras<br />

informações além do simples número de notificações relativas a cada lote de<br />

<strong>vacina</strong> são necessárias, por diversas razões:<br />

­ primeiro, muitos erros com rel ação à identificação do lote foram<br />

encontra<strong>dos</strong> na base de da<strong>dos</strong>. Embora exista uma metodologia bem<br />

estabelecida para definição do número do lote por cada laboratório produtor,<br />

ela é desconhecida da imensa maioria <strong>dos</strong> notificantes. Por se tratar de um<br />

conjunto de letras e números, isso pode facilitar erros ao copiar. Além disso,<br />

a <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> utilizada no <strong>Brasil</strong> possui três números de lotes: um<br />

lote relativo ao cartucho (que contém os dois frascos-ampola: componente<br />

DTP - líquido e componente Hib - liofilizado) e os lotes relativos a cada um<br />

<strong>dos</strong> frascos componentes individualmente. Com freqüência um <strong>dos</strong> lotes <strong>dos</strong><br />

frascos componentes foi assinalado incorretamente no campo específico da<br />

Ficha de Notificação de EAPV;<br />

­ segundo, a grande variedade no tamanho <strong>dos</strong> lotes e sua distribuição<br />

aleatória por várias Regiões do país;<br />

­ terceiro, a distribuição variável <strong>dos</strong> lotes no tempo, como descrito acima; e


137<br />

­ finalmente, haverá sempre a variabilidade do acaso em taxas de<br />

notificação.<br />

Essas ponderações reforçam a necessidade de melhor<br />

capacitação de profissionais de saúde com relação à importância da correta<br />

identificação do lote durante a notificação e, como observado por FRE ITAS<br />

(2005), do acompanhamento contínuo e sistemático das notificações por<br />

equipes responsáveis pela investigação <strong>dos</strong> casos classifica<strong>dos</strong> como<br />

graves, com vistas à identificação <strong>dos</strong> denomina<strong>dos</strong> “lotes quentes” (ou Hot<br />

Lots), ou seja, lotes de <strong>vacina</strong>s potencialmente mais reatogênicos e<br />

geralmente associa<strong>dos</strong> à ocorrência de <strong>eventos</strong> mais graves, como EHH e<br />

convulsões.<br />

A vigilância com finalidade de identificação de tendências, grupos<br />

e fatores de riscos também deve ser efetuada contínua e sistematicamente ,<br />

preferencialmente pelas mesmas equipes responsáveis pela identificação<br />

<strong>dos</strong> Hot Lots, devendo ser incluí<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> relativos às clínicas privadas de<br />

<strong>vacina</strong>ção. A articulação do PNI com a área regulatór ia (Agência Nacional de<br />

Vigilância Sanitária<br />

- ANVISA), neste caso, deve ser melhor definida,<br />

preferencialmente com ambos participando conjuntamente do SVEAPV, a<br />

semelhança de muitos países (HEALTH CANADA, <strong>2002</strong>; CDC, 2003;<br />

LAWRENCE et al., 2003; LANKINEN e t al., 2004).<br />

A interpretação <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> de sistemas de vigilância passiva que<br />

monitoram a segurança <strong>vacina</strong>l é complexa e associada a substanciais<br />

incertezas. Os da<strong>dos</strong> devem ser interpreta<strong>dos</strong> com cautela, porque<br />

descrevem <strong>eventos</strong> que têm associação temporal com a <strong>vacina</strong>ção, mas não


138<br />

necessariamente implicam em <strong>eventos</strong> que tenham sido causa<strong>dos</strong> pelas<br />

<strong>vacina</strong>s (BRAUN e ELLEMBERG, 1997; CDC, 2003; WECKX, 2003;<br />

ISKANDER et al., 2004). Os sintomas apresenta<strong>dos</strong> podem ter sido<br />

coincidentes, ou a <strong>vacina</strong> pode ter sido aplicada em período de incubação de<br />

alguma doença, ou terem sido causa<strong>dos</strong> por medicamentos ou outros<br />

produtos utiliza<strong>dos</strong> concomit antemente (MARTINS e MAIA, 2003; CDC,<br />

2003).<br />

Uma interpretação cautelosa também se impõe por ser o Sistema<br />

de Vigilância de Eventos Adversos (SVEAPV) no <strong>Brasil</strong> , assim como<br />

também to<strong>dos</strong> os demais sistemas de vigilância passiva, sujeito a<br />

subnotificação, que pode variar substancialmente de acordo com a região<br />

geográfica, o tipo de evento adverso e, principalmente, com o grau de<br />

sensibilização e capacitação <strong>dos</strong> profissionais da saúde, especialmente <strong>dos</strong><br />

<strong>vacina</strong>dores, e mesmo da população, para realizar a notificação. Também<br />

dificultam a avaliação da segurança <strong>vacina</strong>l os erros de notificação, as<br />

múltiplas exposições e os múltiplos desf echos. Outros potenciais vieses de<br />

notificação incluem um aumento de notificação nos primeiros anos de<br />

licenciamento de novas <strong>vacina</strong>s, aumento de notificações de <strong>eventos</strong> que<br />

ocorrem imediatamente após a <strong>vacina</strong>ção e aumento de notificações após<br />

publicidade sobre um determinado verdadeiro ou alegado tipo de evento<br />

adverso (BRAUN e ELLEMBERG, 1997; ELLEMBERG e CHEN, 1997;<br />

WECKX, 2003; CDC, 2003, ISKANDER et al., 2004).<br />

A grande heterogeneidade entre as Unidades da Federação<br />

encontrada neste estudo reflete o e xposto acima, sugerindo que não sejam


139<br />

genuínas as variações da reatogenicidade da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong><br />

nos<br />

diferentes Esta<strong>dos</strong>, e sim artefatos do sistema.<br />

Em decorrência de to<strong>dos</strong> esses vieses, associa<strong>dos</strong> à dificuldade<br />

em se obter denominadores mais precisos para a estimativa das taxas de<br />

casos notifica<strong>dos</strong> de EAPV, uma vez que os relativos a <strong>dos</strong>es de <strong>vacina</strong>s<br />

aplicadas constituem informações administrativas, vulneráveis a<br />

inconsistências nem sempre sanáveis (FREITAS, 2005), a taxa de incidência<br />

e risco relativo de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> específicos não pode m ser calcula<strong>dos</strong> a<br />

partir de da<strong>dos</strong> resultantes de sistemas de vigilância passiva. Testes de<br />

significância estatística e intervalo de confiança podem ser utiliza<strong>dos</strong>, mas<br />

interpreta<strong>dos</strong> com a devida precaução e não ro tineiramente. Independente<br />

<strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> usa<strong>dos</strong>, a interpretação das combinações de EAPV que são<br />

identificadas como possíveis sinais de alerta devem levar em conta to<strong>dos</strong> os<br />

vieses e erros de notificação, o estado atual do conhecimento médico sobre<br />

as desordens notificadas e outras limitações já discutidas referentes aos<br />

sistemas de vigilância passiva. Confirmação em estu<strong>dos</strong> controla<strong>dos</strong> pode<br />

ser requerida, uma vez que muitos s inais identifica<strong>dos</strong> através de sistemas<br />

de vigilância passiva podem ser falhos ao serem valida<strong>dos</strong> em rigorosos<br />

estu<strong>dos</strong> de seguimento (VARRICCHIO, 2004; MARTINS et al., 2005).<br />

A diversidade de méto<strong>dos</strong> utilizada por estu<strong>dos</strong> de segurança<br />

<strong>vacina</strong>l, inclusive <strong>dos</strong> que descrevem as características <strong>dos</strong> <strong>eventos</strong><br />

notifica<strong>dos</strong> em outros sistemas governa mentais de vigilância passiva, como<br />

o VAERS americano (DUVERNOY e BRAUN, 2000; CDC, 2003), o CARM<br />

neo-zeolandês (MANSOOR e PILLANS, 1997) ou o GREEN CHANNEL


140<br />

italiano (ZANONI et al., 2003), também dificulta a comparação de da<strong>dos</strong><br />

entre países.<br />

A comparabilidade requer uma padronização, pois a variabilidade<br />

na definição de caso de evento adverso pós -<strong>vacina</strong>is pode fazer com que os<br />

da<strong>dos</strong> publica<strong>dos</strong> não sejam comparáveis, o que acaba afetando a<br />

sensibilidade e a especificidade, tanto em estu<strong>dos</strong>, quanto na avaliaç ão de<br />

da<strong>dos</strong> de sistemas passivos de vigilância (BRAUN et al., 1998;<br />

BONHOEFFER et al., <strong>2002</strong>).<br />

Muitos estu<strong>dos</strong> não especificam, por exemplo, as taxas de<br />

ocorrência de EHH por <strong>dos</strong>es aplicadas de cada <strong>vacina</strong>, alguns porque não<br />

há o registro do evento “EHH” e s im de sintomas separa<strong>dos</strong>, como hipotonia,<br />

sonolência, palidez, apnéia, cianose, síncope ou estupor. Em um desses<br />

estu<strong>dos</strong>, que tinha como objetivo caracterizar os casos de EHH nas<br />

notificações de EAPV recebidas pelo VAERS no período de 1996 a 1998,<br />

esses sintomas foram identifica<strong>dos</strong> por um algoritmo computadorizado e<br />

revisa<strong>dos</strong> a seguir (DUVERNOY e BRAUN , 2000).<br />

Em 2000 foi criado um grupo internacional chamado The Brighton<br />

Collaboration, com o objetivo de facilitar a disseminação e avaliação de<br />

informações sobre a segurança de <strong>vacina</strong>s. O grupo é apoiado pelo Center<br />

for Disease Control and Prevention (CDC) <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS), European Research Program for Improved<br />

Vaccine Safety Surveillance (EUSAFEVAC) e especialistas do m undo todo<br />

(BONHOEFFER et al., <strong>2002</strong>). Dentre os projetos já publica<strong>dos</strong> desse grupo<br />

estão a padronização e harmonização de definições de caso de EHH,


141<br />

convulsão, febre e nódulo no local da injeção, além das diretrizes para a<br />

coleta e análise <strong>dos</strong> casos (BONHOE FFER et al., 2004a, 2004b; MARCY et<br />

al., 2004; ROTHSTEIN et al., 2004).<br />

No <strong>Brasil</strong>, o estudo de vigilância ativa pós -<strong>Tetravalente</strong> (VIGAT)<br />

realizado em 2004 no Município do Rio de Janeiro, além da estimativa da<br />

freqüência do evento Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo, também<br />

apresentou um outro dado relevante para o Programa Nacional de<br />

Imunizações, que foi a descrição detalhada da síndrome, que poderá<br />

subsidiar o sistema nacional de vigilância de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> na rotina do<br />

acompanhamento destes <strong>eventos</strong> n a rede pública de serviços de imunização<br />

(MARTINS et al., 2005).<br />

Apesar das limitações, compartilhadas por outros sistemas de<br />

vigilância passiva, os da<strong>dos</strong> encontra<strong>dos</strong> no presente trabalho demonstram<br />

ser o SVEAPV brasileiro muito útil no processo de monitor izarão da<br />

segurança <strong>vacina</strong>l no país.<br />

As dificuldades encontradas no <strong>Brasil</strong>, porém, vão além das<br />

inerentes a qualquer investigação de associação causal para estabelecer a<br />

plausibilidade entre os <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> identifica<strong>dos</strong> pela vigilância e a<br />

<strong>vacina</strong>, pois são intensificadas pelas dificuldades ocasionadas pela grande<br />

extensão territorial de um país em desenvolvimento . A desigualdade de<br />

distribuição da assistência médica, de Serviços de Verificação de Óbitos ou<br />

disponibilização de exames complementares dificultam o estabelecimento de<br />

diagnóstico diferencial, em casos suspeitos de EAPV, com outras patologias<br />

de apresentação clínica semelhante e comuns na faixa etária pediátrica .


142<br />

Estratégias que ampliem a sensibilidade do SVEAPV podem<br />

permitir a detecção rápida de sinais de alerta e geração de hipóteses sobre<br />

novos possíveis EAPV ou mudanças na freqüência daqueles conheci<strong>dos</strong>.<br />

A partir de 2005 a notificação de EAPV passou a fazer parte da<br />

Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005c, 2006), e este pode ser um grande passo<br />

para a melhoria da vigilância, mas novas estratégias ainda são requeridas.<br />

Nesse sentido, uma série de sugestões foi feita por FREITAS<br />

(2005), em seu trabalho de avaliação do sistema de vigilânci a de EAPV-DTP<br />

no Estado de São Paulo, algumas baseadas em experiências de outros<br />

países e passíveis de aplicação pelo nível nacional no <strong>Brasil</strong>.<br />

Uma das alternativas citadas consiste em aumentar sua<br />

sensibilidade por meio da distribuição de formulários , após a <strong>vacina</strong>ção, com<br />

instruções para que sejam notificadas doenças que se manifestem nas<br />

quatro semanas seguintes, sempre que necessitem atendimento médico, à<br />

semelhança do realizado pelo Monitoring System for Adverse Events<br />

Following Immunization (MSAEFI) americano (STETLER et al., 1987). Essa<br />

alternativa poderia ser considerada para o <strong>Brasil</strong>, mas restrita a municípios<br />

sentinelas seleciona<strong>dos</strong> entre os que apresentam maior adesão ao sistema.<br />

Um cuidado adicional de educação em saúde, nesse caso, deve ser tom ado<br />

com objetivo de evitar ressaltar o temor em relação aos EAPV em<br />

populações com percepção diminuída do risco da doença.<br />

Outra estratégia baseia-se na utilização de pesquisas em bancos<br />

de da<strong>dos</strong> com prontuários eletrônicos onde são registradas informaçõe s


143<br />

sobre <strong>vacina</strong>ção, intercorrências clínicas e outras informações de interesse,<br />

relativas a coortes de crianças residentes em determinadas áreas pré -<br />

definidas (CHEN et al., 1997; SANTANA et al., 1999). No <strong>Brasil</strong>, com o<br />

progressivo aumento, em número e abrangência, de equipes do Programa<br />

de Saúde da Família (PSF), a capacitação <strong>dos</strong> médicos e enfermeiro s<br />

dessas equipes e disponibilização de instrumentos adequa<strong>dos</strong> podem tornar<br />

viável a vigilância ativa-passiva de todas as pessoas <strong>vacina</strong>das dentro de<br />

seu território.<br />

A realização de vigilância epidemiológica ativa em grandes<br />

centros médicos de atendimento pediátrico no país , como proposto pelo<br />

inglês FARRINGTON et al. (1995) , pelo Vaccine Safety Datalink project<br />

americano (BARLOW et al., 2001) , ou à semelhança do Immunization<br />

Monitoring Program Active - IMPACT canadense (BRITO, 2000; HEALTH<br />

CANADA, <strong>2002</strong>; PHAC, 2006), também pode disponibilizar uma fonte de<br />

da<strong>dos</strong> para a detecção e análise de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós -<strong>vacina</strong>is sérios,<br />

assim como falhas <strong>vacina</strong>is, através da correlação das <strong>vacina</strong>ções com<br />

sintomas sugestivos de EAPV , ou diagnóstico da doença imunopre venível, à<br />

admissão hospitalar.<br />

No <strong>Brasil</strong> essa estratégia, assim como é realizada no Canadá<br />

BRITO, 2000; HEALTH CANADA, <strong>2002</strong>;<br />

PHAC, 2006), poderia ser<br />

incorporada às equipes que já fazem a vigilância ativa das Paralisias<br />

Flácidas Agudas ( PFA). Essas equipes são responsáveis pela notificação<br />

positiva ou negativa semanal de casos de PFA, considerado evento<br />

sentinela para a detecção de casos novos de Paralisia Infantil (Poliomielite)


144<br />

e um <strong>dos</strong> indicadores de vigilância epi demiológica, preconiza<strong>dos</strong> pela OMS,<br />

a serem atingi<strong>dos</strong> para manter os padrões de Certificação de Erradicação da<br />

Pólio nos países certifica<strong>dos</strong> (WHO, 2003). Não deve ser uma realidade tão<br />

distante, também, a implementação de tecnologia da informação nos centros<br />

médicos, permitindo a utilização de prontuários eletrônicos, bem como o<br />

desenvolvimento de um registro nacional de imunização , o que facilitaria o<br />

acesso a todas as admissões hospitalares de imuniza<strong>dos</strong> recentes, através<br />

da conexão desses bancos de da<strong>dos</strong> (SCHEIFELE et al., <strong>2002</strong>). Ressalta-se<br />

que a análise de da<strong>dos</strong> desse tipo de vigilância deve considerar o viés de<br />

casos graves e a conseqüente diminuição da força de associação de<br />

preditores de gravidade.<br />

Pode ser interessante a possibilidade de disponibilização no site<br />

do PNI ou da SVS de uma Ficha de Notificação de EAPV, com modelos<br />

específicos para preenchimento eletrônico por profissionais da saúde não<br />

liga<strong>dos</strong> à vigilância, ou por <strong>vacina</strong><strong>dos</strong> ou res ponsáveis, a exemplo de alguns<br />

países como os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> , Canadá, Espanha e Inglaterra (HEALTH<br />

CANADA, <strong>2002</strong>; CDC, 2003; LANKINEN et al., 2004). Vale ressaltar que<br />

essa metodologia, por contar com preenchimento de fichas por pessoal não<br />

capacitado, embora tenha o potencial de aumentar a sensibilidade, também<br />

pode resultar em da<strong>dos</strong> incompletos e com muitos erros, o que diminui a<br />

precisão do banco de da<strong>dos</strong> (ELLEMBERG e CHEN, 1997). Seriam<br />

necessárias avaliações rotineiras e sistemáticas de todas as notific ações<br />

recebidas pelas equipes técnicas da vigilância, bem como disponibilidade de<br />

contato com o notificador para obtenção de informações complementares.


145<br />

Deve ser considerada, ainda, a necessidade de aprimoramento da<br />

Ficha de Notificação de EAPV (já sendo elaborada pelo PNI) que permita a<br />

incorporação de padronização das definições <strong>dos</strong> casos e diretrizes da<br />

coleta de da<strong>dos</strong>, bem como aperfeiçoamento do software de<br />

armazenamento <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> (SI -EAPV), visando facilitar a digitação ou<br />

transferência de novas fichas, permitir análise estatística <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, além de<br />

interface com outros sistemas informatiza<strong>dos</strong> do SUS.<br />

À despeito de todas as limitações inerentes a um sistema de<br />

vigilância passiva e da necessidade de incorporação de novas estratégias<br />

que aumentem sua<br />

sensibilidade, os resulta<strong>dos</strong> encontra<strong>dos</strong> nesta<br />

dissertação mostram que o SVEAPV no <strong>Brasil</strong> é um instrumento valioso,<br />

com potencial de dispor de da<strong>dos</strong> de cobertura nacional e oferecer ao PNI<br />

subsídios para garantir o seu compromisso em manter qualidade e<br />

segurança das <strong>vacina</strong>s utilizadas no calendário <strong>vacina</strong>l brasileiro.


146<br />

6. CONCLUSÕES<br />

­ Entre <strong>2002</strong> e 2005 foram notifica<strong>dos</strong> 11.558 casos de EAPV -T no <strong>Brasil</strong>,<br />

ou seja, 34,0 casos notifica<strong>dos</strong>/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas da <strong>vacina</strong>, com<br />

uma distribuição heterogênea entre os Esta<strong>dos</strong> da Federação, variando<br />

de 6,0 a 141,0 casos notifica<strong>dos</strong>/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas .<br />

­ Dos casos notifica<strong>dos</strong>, 65,3% foram classifica<strong>dos</strong> como graves e desse<br />

total, 66,3% receberam atendimento médico/ hospitalização. O percentual<br />

expressivo de casos graves pode ter ocorrido pelo viés de notificação<br />

gerado pela valorização de casos graves em relação aos <strong>eventos</strong> não -<br />

graves ou devido à consideração de EHH como evento grave.<br />

Há<br />

necessidade de se rever os critérios de notificação de casos e a<br />

classificação de gravidade.<br />

­ Apenas 36,6% <strong>dos</strong> municípios brasileiros apresentaram notificação de<br />

EAPV-T no período estudado.<br />

­ Dos casos notifica<strong>dos</strong> 53,8% eram do sexo masculino. O sexo não se<br />

mostrou associado à gravidade do evento (p


147<br />

­ Mostrou-se associado à gravidade do evento, independentemente das<br />

demais variáveis, apenas o intervalo de tempo inferi or a uma hora<br />

(OR=7,4; IC95%=6,38-8,67) e entre uma e seis horas (OR=3,7 ;<br />

IC95%=3,42-4,09).<br />

­ Os EAPV-T mais frequentemente notifica<strong>dos</strong> no período estudado foram o<br />

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (45,1% <strong>dos</strong> casos), Febre > 39,5 o C<br />

(24,4% <strong>dos</strong> casos), Convulsão (17,2% <strong>dos</strong> casos).<br />

­ A taxas de casos notifica<strong>dos</strong> de EHH foi de 15,5/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas,<br />

de Febre foi de 12,0/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas e de Convulsão foi de<br />

5,9/100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas.<br />

­ O EHH ocorreu com maior freqüência em lactentes do sexo mascu lino<br />

(53,9%), após a 1ª <strong>dos</strong>e (53,4%) e entre uma e seis horas após a<br />

aplicação da <strong>vacina</strong> (72,4%).<br />

­ A Convulsão ocorreu com maior freqüência em lactentes do sexo<br />

masculino (53,9%), após a 1ª <strong>dos</strong>e (43,6%) e entre uma e seis horas após<br />

a aplicação da <strong>vacina</strong> (62,3%).<br />

­ Foi contra-indicada nova <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> com troca de<br />

esquema <strong>vacina</strong>l em 67,2% <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong>. Especificamente para<br />

EHH e convulsão, esse percentual foi de 92,8% e 92,7%,<br />

respectivamente, embora a contra-indicação com substituição pela DTPa<br />

(e anti-Hib, se anterior à 3ª <strong>dos</strong>e), seja o recomendado.


148<br />

­ Em quase totalidade ( 98,7%) <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de EAPV -T a<br />

evolução foi para cura sem seqüelas e em 1,1% para cura com seqüelas.<br />

A evolução para óbito foi temporalmente associada à <strong>vacina</strong>ção com a<br />

<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> em 0,1% <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> .<br />

­ Houve maior proporção de óbitos temporalmente associa<strong>dos</strong> à <strong>vacina</strong>ção<br />

com <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> em lactentes do sexo masculino (66,7 %). Os<br />

óbitos ocorreram com maior freqüência após a 2ª <strong>dos</strong>e ( 41,7%). Nenhum<br />

lote foi associado a mais de um óbito.<br />

­ No Banco de Da<strong>dos</strong> do SI-EAPV não há informações sobre a<br />

investigação <strong>dos</strong> óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas, bem<br />

como descrição <strong>dos</strong> tipos de seqüelas apresentadas pelos casos com<br />

evolução assinalada como “cura com seqüelas” , não permitindo a análise<br />

qualitativa da investigação e conclusão d esses casos.<br />

­ Os resulta<strong>dos</strong> encontra<strong>dos</strong> sugerem que as maiores taxas de EAPV -T, se<br />

comparadas às referentes à <strong>vacina</strong> DPT utilizada isoladamente ou<br />

simultaneamente à <strong>vacina</strong> anti-Hib em sítios separa<strong>dos</strong>, estão associadas<br />

à melhoria da sensibilidade da vigilância, e não a um aumento da<br />

reatogenicidade da <strong>vacina</strong> c ombinada DTP/Hib (<strong>Tetravalente</strong>); tais<br />

resulta<strong>dos</strong>, porém, não podem ser conclusivos.


149<br />

­ O estudo da segurança <strong>vacina</strong>l com base em sistemas de vigilância<br />

passiva é complicado em decorrência das limitações inerentes ao<br />

sistema, porém, tem o potencial de documentar o perfil de<br />

reatogenicidade da <strong>vacina</strong>, oferecendo subsídios para rápida detecção<br />

em avaliações futuras de possíveis mudanças, gerando hipóteses a<br />

serem testadas em estu<strong>dos</strong> mais específicos.<br />

­ A heterogeneidade das taxas de EAPV-T entre os Esta<strong>dos</strong> da Federação<br />

demonstram a necessidade de novas estratégias para elevar a<br />

sensibilidade da vigilância e alcançar maior homogeneidade do SVEAPV<br />

no <strong>Brasil</strong>.<br />

­ A avaliação sistemática do SVEAPV, o aperfeiçoamento de seus<br />

instrumentos, em especial a Ficha de Notificação e o Sistema<br />

Informatizado, a utilização de novas metodologias, entre elas a utilização<br />

<strong>dos</strong> PSF como unidades sentinelas, e uma melhor interface com área<br />

regulatória são essenciais para garantia da segurança <strong>vacina</strong>l no <strong>Brasil</strong>.


150<br />

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ANEXOS<br />

160


161<br />

Anexo 1 - Ficha de Notificação de EAPV<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE<br />

SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE<br />

DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA<br />

COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES<br />

FICHA DE NOTIFICAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS PÓS - VACINAIS<br />

UF: REGIONAL: MUNICÍPIO: U. S. DE NOTIFICAÇÃO: DATA DE NOTIFICAÇÃO:<br />

NOME DO PACIENTE: Nº CNS:<br />

DATA DE NASCIMENTO: _______ / _______ / ____________ IDADE: _______ ANOS _______ MESES _______ DIAS<br />

SEXO: ( ) MASCULINO ( ) FEMIN INO<br />

RESPONSÁVEL:<br />

ENDEREÇO CO MPLETO:<br />

BAIRRO OU LOCALIDADE: PONTO DE REFERÊNCIA: TELEFONE PARA CONTATO:<br />

IMUN O DOSE<br />

( ) SIM<br />

( ) NÃO<br />

DATA DE<br />

APLICAÇ ÃO LABORATÓR IO LOTE<br />

EVENTO<br />

(Código no ver so)<br />

DATA DE INÍCIO<br />

DOS SINTOMAS<br />

D ATA DE ENTRADA: _______ / _______ / ____________<br />

D ATA DE SAÍDA : _______ / _______ / ____________<br />

TEMPO<br />

DECORR IDO<br />

ATENDIMENTO MÉDICO<br />

RESUMO CLÍNICO E OBSERVAÇÕES<br />

EVOLUÇÃO<br />

DO CASO<br />

( ) Cura se m sequelas<br />

( ) Cura com sequelas<br />

( ) Óbito<br />

( ) Ignora do<br />

( ) Cura se m sequelas<br />

( ) Cura com sequelas<br />

( ) Óbito<br />

( ) Ignora do<br />

( ) Cura se m sequelas<br />

( ) Cura com sequelas<br />

( ) Óbito<br />

( ) Ignora do<br />

( ) Cura se m sequelas<br />

( ) Cura com sequelas<br />

( ) Óbito<br />

( ) Ignora do<br />

FECHA MENTO<br />

DO CASO<br />

( ) Confirma do<br />

( ) Em investiga ção<br />

( ) Indefinido<br />

( ) D esc artado<br />

( ) POSTO DE SAÚDE ( ) ENFERMARIA<br />

( ) PRONTO -ATENDIMENTO ( ) UTI<br />

( ) Associado c/mais de uma va cina<br />

( ) Confirma do<br />

( ) Em investiga ção<br />

( ) Indefinido<br />

( ) D esc artado<br />

( ) Associado c/mais de uma <strong>vacina</strong><br />

( ) Confirma do<br />

( ) Em investigação<br />

( ) Indefinido<br />

( ) D esc artado<br />

( ) Associado c/mais de uma va cina<br />

( ) Confirma do<br />

( ) Em investiga ção<br />

( ) Indefinido<br />

( ) D esc artado<br />

( ) Associado c/mais de uma va cina<br />

CONDUTA FRENTE AO ESQUEMA<br />

VACINAL<br />

( ) Mantido Esquema<br />

( ) Contra-indic ação com troca de esquema<br />

( ) Contra-indic ação sem troc a de esquema<br />

( ) Ignorado<br />

( ) Mantido Esquema<br />

( ) Contra-indic ação com troca de esquema<br />

( ) Contra-indic ação sem troc a de esquema<br />

( ) Ignorado<br />

( ) Mantido Esquema<br />

( ) Contra-indic ação com troca de esquema<br />

( ) Contra-indic ação sem troc a de esquema<br />

( ) Ignorado<br />

( ) Mantido Esquema<br />

( ) Contra-indic ação com troca de esquema<br />

( ) Contra-indic ação sem troc a de esquema<br />

( ) Ignorado<br />

TEMPO DE OBSERVAÇÃO / HO SPITALIZAÇÃO:<br />

_______ DIA S _______ HORA S _______ MINUTOS<br />

_________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________<br />

_ _______________________________________________<br />

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____<br />

_<br />

DADOS DO RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO<br />

RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO: _________________________________________________________________________________________ DATA DE NOTIFICAÇÃO: _______ / _______ / ____________<br />

FUNÇÃO : _____________________________________________ LOCAL DE TRABALHO : ____________________________________________ TELEFONE : _____________________________________<br />

________________________________________________________________________________________________________<br />

ASSINATURA DO RESP ONSÁVEL / CARIMBO<br />

Frente


162<br />

TA B E L A D E E VE N T OS A DV E R S OS<br />

C Ó D IG O N O M E D O EV EN TO A D V E R SO D E SC R IÇ Ã O<br />

3 A b sc esso frio T u mo raçã o n o loc al de a plicaçã o co m flu tu aç ão , SE M sin ais in flam atór io s evid en te s.<br />

2 A b sc esso qu ente T u mo raçã o n o loc al de a plicaçã o co m flutu a ç ão , CO M sinais inf la mató rio s ( ed ema , c alor, ru b or e do r) .<br />

2 3 A rtralgia D o r na s artic ulaç õe s.<br />

4 5 A rtrite D o r na s artic ulaç õe s assoc iado c om in flama ção das m esmas – in ch aço , verm elhid ão e calo r.<br />

3 9 A taxia A lteraçã o d a m archa. D ev e ser av alia da por u m p ro fissio na l ha bilitad o.<br />

5 7 A tro fia no lo cal d a a plicaç ão R etraçã o da p ele n o local da ap lica ção .<br />

5 0 Ce faléia D o r de cab e ça.<br />

5 4 Ce faléia e vômito D o r de cab e ça e v ô mito .<br />

2 8 Ch o q ue an a filático H ip oten são o u ch o que a sso ciad o à urticár ia , ed ema d e f ace, l aringoe spa sm o.<br />

1 2 Co n v ulsão a feb ril A lteraçã o d o nível d e co n sc iê nc ia aco m pa nhado d e co n tra çõ es m uscu lares in v o luntárias. E m criança s me nore s<br />

p odem o co rrer se m contraç õ es ev ide ntes. S em asso ciaç ão co m feb re.<br />

1 1 Co n v ulsão f eb ril A lteraçã o d o nível d e co n sciên cia ac o mpan h ad o d e co n traçõ es mu sc u lar es inv o lun tárias. E m c rian ças m en or es<br />

p odem o co rrer se m contraç õ es ev ide ntes. Sem p re a co n tec em após p eríod o f eb ril.<br />

5 2 D ific u ld ad e de deam b ular D ificu ld ad e p ara cam in har. D ev e ser av alia da p or pr of issio n al h abil itad o.<br />

2 9 D o r, r ub or e ca lo r T ip o d e rea ção no lo cal d e aplicaç ão.<br />

3 5 E n cefa lite Inflam açã o d o en céfa lo ( cére br o) d ia gnostica da p o r pr ofissional h ab ilitad o, sen d o afa stad as o u tras ca usas<br />

c on hecid as atra vé s de exam es co m plem entares.<br />

3 6 E n cefa lo p atia D istúrb io d o Sistem a N e rv oso C en tr al n ão ex p lica do po r outra cau sa alé m da <strong>vacina</strong>ção , oco rrid a n o s<br />

p rime iro s 7 dias ( ge ralmen te n as pr im eiras 72 h s) ap ó s ap licaçã o da D T P. A sseme lha -se clinicame n te à<br />

e nc efalite, m as sem ev idê nc ia de r eaçã o in flam atór ia .<br />

9 E n du ra ção T ip o d e rea ção com en d u recime n to no lo cal d e ap lica ção.<br />

1 3 E p isó d io H ip o tô n ico H ipo rre sponsiv o P alid ez o u cian ose p erio ral, hip otonia ("flacid ez") e d iminuição de resp o sta a e stímulos de cu rta d uraç ão .<br />

1 7 E x an te ma E ru pção cu tâ ne a g en era liza da co m o u sem pru rid o.<br />

1 0 Fe br e m aior o u igual a 3 9 ,5 °C Ver ifica da co m termô m etro .<br />

5 8 G ranulom a T ip o d e rea ção com form ação de "car oç o" no lo ca l d e ap licação (D ia gn ó stico histo p ato ló gico ).<br />

5 6 Icter ícia C oloraç ão am arelada d a pe le e mu co sas, m ais ev id en te nos olhos.<br />

4 1 L esões g en era lizadas L esões sem elha ntes à s d a tu be rcu lose d eco rrentes da dissemin ação do BCG no s ó rgãos.<br />

6 L inf adenom eg alia m aior que 0 3 cm n ão su pur ad a A u me nto d os g ânglio s lin fático s ("ing uas") SE M flu tu açã o ou supuraç ão .<br />

5 L inf adenom eg alia m aior que 0 3 cm su p ur ad a A u me nto d os g ânglio s lin fático s ("ing uas") CO M flu tu aç ão o u sup ura ção .<br />

7 L inf adenom eg alia n ão su pur ad a A u me nto d os g ânglio s lin fático s ("ing uas") SE M flu tu açã o ou supuraç ão .<br />

8 L inf adenom eg alia su pu ra da A u me nto d os g ânglio s lin fátic os ( "inguas") C O M flu tu ação ou supuraçã o.<br />

2 2 M en in g ite assé p tica Inflam açã o d as me nin g es co m cu ltu ras do L C R n eg ativ as.<br />

5 3 M ialg ia D o r muscu lar.<br />

4 2 M ielite Inflam açã o d a m ed ula espin hal com d ia gnóstico p o r p rofissiona l ha bilitad o e rea lizaç ão de ex ame s<br />

c om p lem en tares.<br />

1 4 N ó dulo T ip o d e rea ção com ca roço palpá ve l n o loca l d a ap licaçã o.<br />

4 6 O rq u ite Inflam açã o d os testíc ulo s.<br />

4 9 O ste om ie lite Infe cção do aparelh o ó steo ar ticu lar.<br />

4 7 O u tr os ev en to s S em de finiçã o - U sar cam p o d e re su m o clín ico para e sp ecificar o ev en to .<br />

4 3 Pa nc reatite Inflam açã o d o pâ n creas diag nosticado p o r pro fissional h ab ilita do e re aliza ção d e exam es co mp lem entar es.<br />

2 6 Pa ralisia d e me mb ro s infe rior es P aralisa ção d as per na s. D ev e se r a va liad a por p ro fissio n al h ab ilitad o.<br />

5 5 Pa resia D imin uiçã o d e fo rç a de mem b ro s o u d e u m g ru po mu scu lar. D ev e ser av aliad a p o r p ro fissio nal h ab ilitad o.<br />

1 5 Pa reste sia A lteraçã o d e sensibilid ad e na p ele ( fo rmig ame nto , dorm ência). D ev e se r av aliad a por pr of issio nal h ab ilitad o.<br />

2 1 Pa ro tidite Inflam açã o d as paró tid as - reg iã o sub m an dib ula r - n o rma lm en te ac om p an ha do de febre e mal -e star.<br />

3 8 Polio m ie lite associada a vacin a P aralisia flá cida ag u d a q u e oc or re en tr e 4 -4 0 d ias ap ós ap lic ação d a v acin a sen do co n statad a seqüela a pó s 6 0<br />

d ias d o in ício d o q u ad ro. N o s casos d e c om u nica ntes d o s v acin ad os o perío do é de 4 -8 5 d ias.<br />

4 8 Polir rad icu lite (S índro me d e G u illain -Bar ré) Inflam açã o d as raízes ne rv osas d a me du la e sp in ha l cara cterizad o por d o r n o s M MII e pa ralisia a sc ende n te.<br />

D ev e ser d iag n osticad a p o r p rofissio n al habilitad o e realizaçã o d e ex am es co m plem en tares.<br />

1 8 Púrp u ra tr om b oc itopên ica P resen ça de m an ch as v io láce as n a p ele d e tam anhos var iad o s ( puntif or mes a eq uim o se s) acom pa n ha do da<br />

d imin uiçã o d o nú m ero d e p laq uetas n o san gue.<br />

2 7 Q u elóid e C ic atr iz elev ad a e d isfo rme no lo c al d a a plicaçã o.<br />

3 2 Re ação de Ar th us R eaçã o d e h ipe rsenbilid ad e loc al imp orta nte.<br />

5 1 Re ação de h ip e rse nsib ilida de ap ó s 2 h s U rticária lo ca lizad a o u disseminada, edem a d e face , lar in g o espa sm o .<br />

2 0 Re ação de h ip e rse nsib ilida de até 2 hs U rticária lo ca lizad a o u disseminada, edem a d e face , lar in g o espa sm o .<br />

4 Ú lcera ma io r qu e 0 1c m F or maç ão de lesão u lcer ad a m aior q u e 0 1cm n o lo c al d a aplicaçã o.<br />

2 4 Viscera liza ção Q u adro d e disseminaçã o do v írus v ac inal d a FA co m quad ro seme lh an te à doen ç a p o r vírus selv ag em. D ev e<br />

ser av a liad a po r pr of issio nal h ab ilitad o e realizaçã o de ex am es c om p lem en tares.<br />

0 1 O u tr as rea çõ es lo cais S em de finiçã o - U sar cam p o d e re su m o clín ico para esp ecificar o ev en to .<br />

2 5 Fe br e m en or q u e 3 9 ,5 C Ver ifica da co m termô m etro .<br />

5 9 Ce faléia / M ialg ia / Mal -esta r S in tom as inesp ecífico s asso ciad o s q u e p odem oc or rer após ap licaç ão de algu m as v acin as<br />

Verso


163<br />

Anexo 2 - Número de <strong>dos</strong>es aplicadas de <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> , segundo<br />

Macro-Regiões e Unidades da Federação . <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Região Esta<strong>dos</strong> <strong>2002</strong> 2003 2004 2005 Total<br />

Acre 34.223 50.633 45.308 49.870 180.034<br />

Amazonas 101.879 204.763 203.005 221.824 731.471<br />

Amapá 32.344 45.179 43.567 43.689 164.779<br />

Pará 188.805 505.649 485.820 501.271 1.681.545<br />

Rondônia 63.677 89.867 90.192 92.412 336.148<br />

Roraima 20.933 28.039 27.003 29.829 105.804<br />

Tocantins 64.618 82.044 79.971 81.926 308.559<br />

Sub-total 506.479 1.006.174 974.866 1.020.821 3.508.340<br />

Norte<br />

Centro-Oeste Sudeste Sul<br />

Nordeste<br />

Alagoas 139.418 204.931 192.176 196.504 733.029<br />

Bahia 383.364 754.631 745.065 767.152 2.650.212<br />

Ceará 332.342 466.205 438.117 445.978 1.682.642<br />

Maranhão 243.065 416.649 384.187 432.266 1.476.167<br />

Paraíba 113.555 194.147 190.690 201.995 700.387<br />

Pernambuco 320.762 515.595 485.398 488.237 1.809.992<br />

Piauí 58.205 166.974 169.347 174.193 568.719<br />

Rio Grande do<br />

Norte 108.577 155.472 152.886 157.105 574.040<br />

Sergipe 77.020 119.747 114.563 108.905 420.235<br />

Sub-total 1.776.308 2.994.351 2.872.429 2.972.335 10.615.423<br />

Paraná 260.635 482.830 473.876 478.497 1.695.838<br />

Rio Grande do Sul 300.431 436.747 442.162 434.167 1.613.507<br />

Santa Catarina 177.459 250.467 257.310 256.691 941.927<br />

Sub-total 738.525 1.170.044 1.173.348 1.169.355 4.251.272<br />

Espírito Santo 130.091 175.529 170.995 166.440 643.055<br />

Minas Gerais 576.044 873.515 865.815 874.301 3.189.675<br />

Rio de Janeiro 456.347 670.793 689.779 689.334 2.506.253<br />

São Paulo 1.288.973 1.829.893 1.848.212 1.825.604 6.792.682<br />

Sub-total 2.451.455 3.549.730 3.574.801 3.555.679 13.131.665<br />

Distrito Federal 117.310 136.372 135.213 127.727 516.622<br />

Goiás 104.380 285.768 298.284 292.285 980.717<br />

Mato Grosso do Sul 70.107 119.645 118.414 125.644 433.810<br />

Mato Grosso 96.781 157.445 161.952 165.833 582.011<br />

Sub-total 388.578 699.230 713.863 711.489 2.513.160<br />

<strong>Brasil</strong> 5.861.345 9.419.529 9.309.307 9.429.679 34.019.860<br />

Fonte: DATASUS, 2006.


164<br />

Anexo 3 – Cobertura <strong>vacina</strong>l para <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> em menores de 1<br />

ano, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> –<br />

2005.<br />

Região<br />

Centro-Oeste Sudeste Sul<br />

Nordeste<br />

Norte<br />

Esta<strong>dos</strong><br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005<br />

% % % %<br />

Acre 67,7 104,6 86,4 94,4<br />

Amazonas 32,1 76,8 75,7 78,0<br />

Amapá 64,7 93,9 96,3 97,6<br />

Pará 33,1 106,5 101,0 98,1<br />

Rondônia 65,4 92,8 92,0 90,4<br />

Roraima 68,4 84,5 85,9 95,6<br />

Tocantins 75,8 100,5 95,5 93,8<br />

Sub-total 43,3 96,4 92,4 91,9<br />

Alagoas 61,1 100,2 91,5 91,0<br />

Bahia 35,7 92,3 89,5 89,5<br />

Ceará 69,9 99,8 94,7 90,0<br />

Maranhão 48,3 90,8 84,8 91,7<br />

Paraíba 46,2 95,7 93,6 97,7<br />

Pernambuco 62,2 113,1 108,3 107,7<br />

Piauí 24,2 91,2 91,6 93,0<br />

Rio Grande do Norte 60,8 96,8 98,4 100,0<br />

Sergipe 65,3 108,1 107,2 101,3<br />

Sub-total 51,1 97,9 94,0 94,3<br />

Paraná 50,8 103,6 99,8 100,2<br />

Rio Grande do Sul 60,5 96,3 95,8 94,2<br />

Santa Catarina 64,6 101,6 100,5 100,7<br />

Sub-total 57,4 100,4 98,4 98,0<br />

Espírito Santo 74,5 112,0 109,1 105,8<br />

Minas Gerais 55,4 87,5 87,2 86,4<br />

Rio de Janeiro 42,2 95,2 99,7 99,0<br />

São Paulo 64,7 98,8 99,2 97,7<br />

Sub-total 58,5 95,7 96,5 95,2<br />

Distrito Federal 83,1 98,5 98,5 87,3<br />

Goiás 28,4 104,0 113,8 110,7<br />

Mato Grosso do Sul 54,5 102,3 94,1 100,1<br />

Mato Grosso 59,2 100,9 101,0 99,9<br />

Sub-total 50,6 101,9 104,2 101,6<br />

<strong>Brasil</strong> 53,9 97,5 96,1 95,3<br />

Fonte: DATASUS/PNI, 2006.


165<br />

Anexo 4 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong>, sexo e<br />

idade de aplicação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

1ª Dose 2ª Dose 3ª Dose<br />

Idade em<br />

meses Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

0 36 (1,4) 49 (1,6) 15 (0,8) 16 (0,7) 8 (0,9) 6 (0,6)<br />

1 24 (0,9) 32 (1,1) 5 (0,3) 5 (0,2) 4 (0,5) 2 (0,2)<br />

2 1.914 (73,4) 2.211 (73,1) 35 (1,9) 35 (1,6) 6 (0,7) 5 (0,5)<br />

3 470 (18,0) 546 (18,1) 13 (0,7) 14 (0,6) 1 (0,1) 3 (0,3)<br />

4 79 (3,0) 98 (3,2) 1.084 (59,0) 1.369 (61,7) 11 (1,3) 9 (0,9)<br />

5 34 (1,3) 44 (1,5) 499 (27,1) 575 (25,9) 12 (1,4) 9 (0,9)<br />

6 21 (0,8) 21 (0,7) 98 (5,3) 113 (5,1) 442 (50,7) 494 (51,4)<br />

7 16 (0,6) 8 (0,3) 44 (2,4) 47 (2,1) 250 (28,7) 273 (28,4)<br />

8 7 (0,3) 6 (0,2) 22 (1,2) 23 (1,0) 71 (8,1) 100 (10,4)<br />

9 2 (0,1) 5 (0,2) 12 (0,7) 13 (0,6) 37 (4,2) 31 (3,2)<br />

10 2 (0,1) 3 (0,1) 9 (0,5) 7 (0,3) 19 (2,2) 15 (1,6)<br />

11 3 (0,1) 1 (0,0) 2 (0,1) 3 (0,1) 11 (1,3) 15 (1,6)<br />

Média 2,3 2,3 4,5 4,5 6,6 6,6<br />

Mediana 2,0 2,0 4,0 4,0 6,0 6,0<br />

Desvio<br />

Padrão<br />

1,0 0,9 1,1 1,1 1,4 1,3<br />

Total 2.608 (100,0) 3.024 (100,0) 1.838 (100,0) 2.220 (100,0) 872 (100,0) 962 (100,0)<br />

Fonte: PNI/2006.<br />

Nota: em 34 casos a <strong>dos</strong>e não estava informada.<br />

165


166<br />

Anexo 5 - Taxa de distribuição <strong>dos</strong> casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong><br />

pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, por Macro -Regiões e<br />

Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> -2005.<br />

Região<br />

Centro-Oeste Sudeste Sul<br />

Nordeste<br />

Norte<br />

Esta<strong>dos</strong><br />

Ano<br />

Total<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005<br />

Acre 38,0 57,3 97,1 100,3 75,5<br />

Amazonas 3,9 14,7 8,4 8,6 9,6<br />

Amapá 12,4 24,3 11,5 18,3 17,0<br />

Pará 16,9 10,7 13,2 19,9 14,9<br />

Rondônia 45,5 40,1 42,1 30,3 39,0<br />

Roraima 23,9 7,1 18,5 13,4 15,1<br />

Tocantins 13,9 76,8 70,0 65,9 59,0<br />

Sub-total 19,0 22,4 23,5 25,8 23,2<br />

Alagoas 7,9 15,1 22,4 17,3 16,2<br />

Bahia 14,1 10,5 9,7 20,3 13,6<br />

Ceará 16,5 14,8 22,8 23,1 19,4<br />

Maranhão 11,5 4,6 5,2 4,9 6,0<br />

Paraíba 16,7 20,6 23,1 39,1 26,0<br />

Pernambuco 8,4 7,6 10,9 9,6 9,2<br />

Piauí 6,9 12,6 33,7 21,2 20,9<br />

Rio Grande do Norte 25,8 15,4 17,0 23,6 20,0<br />

Sergipe 37,7 30,1 30,6 41,3 34,5<br />

Sub-total 14,4 12,0 15,7 18,8 15,3<br />

Paraná 22,6 41,0 44,7 21,1 33,6<br />

Rio Grande do Sul 61,9 52,9 115,6 85,9 80,6<br />

Santa Catarina 133,0 146,9 146,1 135,6 141,0<br />

Sub-total 65,1 68,1 93,7 70,3 75,2<br />

Espírito Santo 63,0 65,5 73,1 76,3 69,8<br />

Minas Gerais 37,8 33,0 24,5 25,0 29,4<br />

Rio de Janeiro 50,0 38,3 32,5 25,5 35,3<br />

São Paulo 43,2 40,2 41,0 30,6 38,4<br />

Sub-total 44,3 39,3 36,9 30,4 37,2<br />

Distrito Federal 88,7 78,5 67,3 59,5 73,2<br />

Goiás 24,9 43,7 25,8 6,8 25,3<br />

Mato Grosso do Sul 22,8 41,8 54,9 1,6 30,7<br />

Mato Grosso 65,1 64,1 32,7 40,4 48,8<br />

Sub-total 53,8 54,8 40,1 23,2 41,5<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

<strong>Brasil</strong> 36,3 33,5 36,3 30,6 34,0


167<br />

Anexo 6 – Percentual de Municípios com casos notifica<strong>dos</strong> de evento<br />

adverso pós-<strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo Macro -Regiões e Unidades da<br />

Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong> - 2005.<br />

Região<br />

Centro-Oeste Sul Sudeste<br />

Nordeste<br />

Norte<br />

Esta<strong>dos</strong><br />

Total de Municípios com Notificação<br />

Municípios N %<br />

Acre 22 11 50,0<br />

Amazonas 62 7 11,3<br />

Amapá 16 8 50,0<br />

Pará 143 41 28,7<br />

Rondônia 52 27 51,9<br />

Roraima 15 3 20,0<br />

Tocantins 139 41 29,5<br />

Sub-total 449 138 30,7<br />

Alagoas 102 22 21,6<br />

Bahia 417 138 33,1<br />

Ceará 184 76 41,3<br />

Maranhão 217 25 11,5<br />

Paraíba 223 68 30,5<br />

Pernambuco 185 57 30,8<br />

Piauí 222 17 7,7<br />

Rio Grande do Norte 167 34 20,4<br />

Sergipe 75 25 33,3<br />

Sub-total 1792 462 25,8<br />

Espírito Santo 78 57 73,1<br />

Minas Gerais 853 275 32,2<br />

Rio de Janeiro 92 58 63,0<br />

São Paulo 645 334 51,8<br />

Sub-total 1668 724 43,4<br />

Paraná 399 140 35,1<br />

Rio Grande do Sul 293 168 57,3<br />

Santa Catarina 497 230 46,3<br />

Sub-total 1189 538 45,2<br />

Distrito Federal 1 1 100,0<br />

Goiás 246 75 30,5<br />

Mato Grosso do Sul 78 39 50,0<br />

Mato Grosso 141 60 42,6<br />

Sub-total 466 175 37,6<br />

Fonte: PNI/DATASUS, 2006.<br />

<strong>Brasil</strong> 5564 2037 36,6


168<br />

Anexo 7 – Distribuição do número de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> por <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo gravidade,<br />

segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

Região<br />

Norte<br />

Nordeste<br />

Sul<br />

ANO<br />

Esta<strong>dos</strong><br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005 <strong>2002</strong>-2005<br />

leve grave Total leve grave Total leve grave Total leve grave Total leve grave Total<br />

Acre 4 9 13 15 14 29 16 28 44 10 40 50 45 91 136<br />

Amazonas 3 1 4 10 20 30 6 11 17 7 12 19 26 44 70<br />

Amapá 0 4 4 4 7 11 0 5 5 4 4 8 8 20 28<br />

Pará 28 4 32 38 16 54 10 54 64 12 88 100 88 162 250<br />

Rondônia 8 21 29 11 25 36 10 28 38 8 20 28 37 94 131<br />

Roraima 0 5 5 0 2 2 1 4 5 2 2 4 3 13 16<br />

Tocantins 4 5 9 28 35 63 37 19 56 34 20 54 103 79 182<br />

Sub-total 47 49 96 106 119 225 80 149 229 77 186 263 310 503 813<br />

Alagoas 1 10 11 6 25 31 17 26 43 14 20 34 38 81 119<br />

Bahia 20 34 54 34 45 79 37 35 72 74 82 156 165 196 361<br />

Ceará 16 39 55 7 62 69 18 82 100 18 85 103 59 268 327<br />

Maranhão 10 18 28 8 11 19 8 12 20 8 13 21 34 54 88<br />

Paraíba 4 15 19 9 31 40 22 22 44 58 21 79 93 89 182<br />

Pernambuco 6 21 27 14 25 39 12 41 53 18 29 47 50 116 166<br />

Piauí 1 3 4 12 9 21 25 32 57 16 21 37 54 65 119<br />

Rio Grande do Norte 4 24 28 4 20 24 6 20 26 17 20 37 31 84 115<br />

Sergipe 7 22 29 7 29 36 14 21 35 13 32 45 41 104 145<br />

Sub-total 69 186 255 101 257 358 159 291 450 236 323 559 565 1.057 1.622<br />

Paraná 19 40 59 92 106 198 110 102 212 20 81 101 241 329 570<br />

Rio Grande do Sul 96 90 186 147 84 231 351 160 511 258 115 373 852 449 1.301<br />

Santa Catarina 72 164 236 142 226 368 112 264 376 149 199 348 475 853 1.328<br />

Sub-total 187 294 481 381 416 797 573 526 1.099 427 395 822 1.568 1631 3.199<br />

continua<br />

168


169<br />

Anexo 7 – Distribuição do número de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> por <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo gravidade,<br />

segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

continuação<br />

Região<br />

Sudeste<br />

Centro-Oeste<br />

Fonte: PNI, 2006<br />

ANO<br />

Esta<strong>dos</strong><br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005 <strong>2002</strong>-2005<br />

leve grave Total leve grave Total leve grave Total leve grave Total leve grave Total<br />

Espírito Santo 8 74 82 28 87 115 31 94 125 33 94 127 100 349 449<br />

Minas Gerais 30 188 218 53 235 288 21 191 212 30 189 219 134 803 937<br />

Rio de Janeiro 137 91 228 110 147 257 94 130 224 56 120 176 397 488 885<br />

São Paulo 57 500 557 200 536 736 212 546 758 145 414 559 614 1.996 2.610<br />

Sub-total 232 853 1.085 391 1.005 1.396 358 961 1.319 264 817 1.081 1245 3.636 4.881<br />

Distrito Federal 21 83 104 50 57 107 37 54 91 24 52 76 132 246 378<br />

Goiás 3 23 26 37 88 125 34 43 77 11 9 20 85 163 248<br />

Mato Grosso do Sul 8 8 16 18 32 50 25 40 65 1 1 2 52 81 133<br />

Mato Grosso 9 54 63 16 85 101 12 41 53 22 45 67 59 225 284<br />

Sub-total 41 168 209 121 262 383 108 178 286 58 107 165 328 715 1043<br />

<strong>Brasil</strong> 576 1.550 2.126 1.100 2.059 3.159 1.278 2.105 3.383 1.062 1.828 2.890 4.016 7.542 11.558<br />

165


170<br />

Anexo 8 – Distribuição do número de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> por <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo conduta<br />

frente ao esquema <strong>vacina</strong>l, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005<br />

Região<br />

Norte<br />

Estado<br />

Mantido esquema<br />

Contra-indicação sem<br />

troca de esquema<br />

Contra-indicação com<br />

troca de esquema<br />

Ignorado<br />

Mantido esquema<br />

Contra-indicação sem<br />

troca de esquema<br />

Contra-indicação com<br />

troca de esquema<br />

Acre 1 0 2 10 6 0 8 15 15 0 29 0 10 0 40 0<br />

Amazonas 1 0 0 3 11 0 11 8 6 0 9 2 4 0 11 4<br />

Amapá 0 1 3 0 2 1 8 0 0 3 1 1 0 0 4 4<br />

Pará 0 0 0 32 0 0 5 49 6 2 55 1 0 0 96 4<br />

Rondônia 0 0 2 27 5 0 17 14 11 1 24 2 9 0 19 0<br />

Roraima 0 0 4 1 0 0 2 0 0 1 4 0 2 0 2 0<br />

Tocantins 4 0 5 0 29 0 34 0 40 0 16 0 30 0 24 0<br />

Sub-total 6 1 16 73 53 1 85 86 78 7 138 6 55 0 196 12<br />

Ignorado<br />

Mantido esquema<br />

Contra-indicação sem<br />

troca de esquema<br />

Contra-indicação com<br />

troca de esquema<br />

Ignorado<br />

Mantido esquema<br />

Contra-indicação sem<br />

troca de esquema<br />

Contra-indicação com<br />

troca de esquema<br />

Ignorado<br />

Nordeste<br />

Alagoas 0 0 0 11 2 0 12 17 20 0 23 0 16 0 18 0<br />

Bahia 2 3 3 46 36 19 15 9 40 0 13 19 67 0 77 12<br />

Ceará 0 4 4 47 3 9 40 17 15 1 76 8 8 1 86 8<br />

Maranhão 3 0 1 24 8 0 4 7 5 2 11 2 3 0 3 15<br />

Paraíba 1 0 0 18 9 4 3 24 40 1 0 3 60 18 0 1<br />

Pernambuco 0 8 0 19 15 23 1 0 19 22 8 4 26 0 19 2<br />

Piauí 0 1 2 1 0 1 20 0 3 3 50 1 1 2 34 0<br />

Rio Grande do Norte 0 0 3 25 4 0 11 9 7 0 19 0 16 1 19 1<br />

Sergipe 0 1 0 28 6 0 9 21 13 0 22 0 11 0 32 2<br />

Sub-total 6 17 13 219 83 56 115 104 162 29 222 37 208 22 288 41<br />

continua<br />

170


171<br />

Anexo 8 – Distribuição do número de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> por <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo conduta<br />

frente ao esquema <strong>vacina</strong>l, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

continuação<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005<br />

Regiao<br />

Sul<br />

Estado<br />

Mantido esquema<br />

Contra-indicação sem<br />

troca de esquema<br />

Contra-indicação com<br />

troca de esquema<br />

Ignorado<br />

Mantido esquema<br />

Contra-indicação sem<br />

troca de esquema<br />

Contra-indicação com<br />

troca de esquema<br />

Paraná 3 0 7 49 56 0 109 33 71 1 128 12 7 0 89 5<br />

Rio Grande do Sul 0 0 22 164 17 0 203 11 106 0 392 13 19 0 292 62<br />

Santa Catarina 47 0 31 158 132 0 232 4 107 1 267 1 110 4 234 0<br />

Sub-total 50 0 60 371 205 0 544 48 284 2 787 26 136 4 615 67<br />

Ignorado<br />

Mantido esquema<br />

Contra-indicação sem<br />

troca de esquema<br />

Contra-indicação com<br />

troca de esquema<br />

Ignorado<br />

Mantido esquema<br />

Contra-indicação sem<br />

troca de esquema<br />

Contra-indicação com<br />

troca de esquema<br />

Ignorado<br />

Sudeste<br />

Centro-Oeste<br />

Espírito Santo 1 0 22 59 29 1 84 1 32 0 88 5 25 26 67 9<br />

Minas Gerais 1 0 5 212 22 0 68 198 15 0 5 192 19 0 153 47<br />

Rio de Janeiro 5 0 27 196 100 1 155 1 78 5 138 3 37 4 118 17<br />

São Paulo 24 0 112 421 221 11 473 31 214 1 507 36 157 2 390 10<br />

Sub-total 31 0 166 888 372 13 780 231 339 6 738 236 238 32 728 83<br />

Distrito Federal 7 0 3 94 47 8 18 34 41 0 43 7 35 0 40 1<br />

Goiás 0 0 0 26 43 3 52 27 48 1 28 0 16 0 3 1<br />

Mato Grosso do Sul 0 0 1 15 23 0 16 11 35 0 0 30 1 0 0 1<br />

Mato Grosso 3 0 12 48 17 1 60 23 13 0 40 0 18 1 46 2<br />

Sub-total 10 0 16 183 130 12 146 95 137 1 111 37 70 1 89 5<br />

<strong>Brasil</strong> 103 18 271 1.734 843 82 1.670 564 1.000 45 1.996 342 707 59 1.916 208<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

171


172<br />

Anexo 9 – Distribuição do número de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> por <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo evolução,<br />

por Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005<br />

Região<br />

Sul<br />

Nordeste<br />

Norte<br />

Estado<br />

Cura<br />

sem<br />

sequelas<br />

Cura<br />

com<br />

sequelas<br />

Óbito<br />

Ignorado<br />

Cura<br />

sem<br />

sequelas<br />

Cura<br />

com<br />

sequelas<br />

Óbito<br />

Ignorado<br />

Cura<br />

sem<br />

sequelas<br />

Cura<br />

com<br />

sequelas<br />

Ignorado<br />

Cura<br />

sem<br />

sequelas<br />

Cura<br />

com<br />

sequelas<br />

Acre 3 0 0 10 14 0 0 15 44 0 0 50 0 0 0<br />

Amazonas 1 0 0 3 23 0 0 7 17 0 0 19 0 0 0<br />

Amapá 0 0 0 4 7 1 0 3 5 0 0 8 0 0 0<br />

Pará 0 0 0 32 5 0 0 49 62 2 0 96 4 0 0<br />

Rondônia 2 0 0 27 22 0 0 14 38 0 0 28 0 0 0<br />

Roraima 1 0 0 4 2 0 0 0 5 0 0 4 0 0 0<br />

Tocantins 4 5 0 0 26 35 0 2 56 0 0 53 1 0 0<br />

Sub-total 11 5 0 80 99 36 0 90 227 2 0 258 5 0 0<br />

Alagoas 0 0 0 11 14 0 0 17 43 0 0 34 0 0 0<br />

Bahia 9 0 0 45 75 1 0 3 72 0 0 156 0 0 0<br />

Ceará 11 0 0 44 67 1 0 1 100 0 0 103 0 0 0<br />

Maranhão 5 0 0 23 16 0 0 3 18 2 0 21 0 0 0<br />

Paraíba 2 0 0 17 16 0 0 24 44 0 0 79 0 0 0<br />

Pernambuco 6 1 0 20 39 0 0 0 53 0 0 46 0 0 1<br />

Piauí 3 0 0 1 21 0 0 0 57 0 0 37 0 0 0<br />

Rio Grande do Norte 5 0 0 23 16 0 0 8 25 1 0 36 1 0 0<br />

Sergipe 1 0 0 28 16 0 0 20 34 1 0 44 1 0 0<br />

Sub-total 42 1 0 212 280 2 0 76 446 4 0 556 2 0 1<br />

Paraná 11 0 0 48 162 0 2 34 192 3 17 90 0 0 11<br />

Rio Grande do Sul 22 0 0 164 225 2 0 4 502 4 5 373 0 0 0<br />

Santa Catarina 72 0 1 163 290 1 4 73 374 1 1 346 2 0 0<br />

Sub-total 105 0 1 375 677 3 6 111 1.068 8 23 809 2 0 11<br />

continua<br />

Óbito<br />

Ignorado<br />

172


173<br />

Anexo 9 – Distribuição do número de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> por <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong>, segundo evolução,<br />

por Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, <strong>2002</strong>-2005.<br />

continuação<br />

<strong>2002</strong> 2003 2004 2005<br />

Região<br />

Sudeste<br />

Centro-Oeste<br />

Estado<br />

Cura<br />

sem<br />

sequelas<br />

Cura<br />

com<br />

sequelas<br />

Óbito<br />

Ignorado<br />

Cura<br />

sem<br />

sequelas<br />

Cura<br />

com<br />

sequelas<br />

Óbito<br />

Ignorado<br />

Cura<br />

sem<br />

sequelas<br />

Cura<br />

com<br />

sequelas<br />

Ignorado<br />

Cura<br />

sem<br />

sequelas<br />

Cura<br />

com<br />

sequelas<br />

Espírito Santo 23 0 0 59 114 1 0 0 121 4 0 125 2 0 0<br />

Minas Gerais 21 0 1 196 163 3 2 120 157 0 55 198 1 1 19<br />

Rio de Janeiro 32 0 0 196 255 2 0 0 223 1 0 176 0 0 0<br />

São Paulo 143 0 0 414 711 1 1 23 725 1 32 550 1 0 8<br />

Sub-total 219 0 1 865 1.243 7 3 143 1.226 6 87 1.049 4 1 27<br />

Distrito Federal 10 1 0 93 69 2 0 36 87 2 2 74 1 0 1<br />

Goiás 0 0 0 26 97 1 0 27 77 0 0 20 0 0 0<br />

Mato Grosso do Sul 3 0 0 13 39 10 0 1 65 0 0 2 0 0 0<br />

Mato Grosso 18 0 0 45 82 1 0 18 50 0 3 65 0 0 2<br />

Sub-total 31 1 0 177 287 14 0 82 279 2 5 161 1 0 3<br />

<strong>Brasil</strong> 408 7 2 1.709 2.586 62 9 502 3.246 22 115 2.833 14 1 42<br />

Fonte: PNI, 2006.<br />

Óbito<br />

Ignorado<br />

173


174<br />

Anexo 10 - Metodologia de preenchimento da codificação do lote produzido<br />

pelo Laboratório Bio-Manguinhos/FIOCRUZ.<br />

O número do lote consiste de 10 campos nos cartuchos, rótulos e<br />

protocolos das Vacinas e Diluentes<br />

Apresentação <strong>dos</strong> Campos<br />

Vacinas (exceto Vacina Contra Poliomielite), Diluentes.<br />

CAMPOS 1 e 2: Dezena do ano de fabricação.<br />

CAMPO 3: Dígito único identificador do mês de fabricação deve ter a seguinte<br />

correspondência:<br />

Janeiro Número “1”<br />

Fevereiro Número “2”<br />

Março Número “3”<br />

Abril Número “4”<br />

Maio Número “5”<br />

Junho Número “6”<br />

Julho Número “7”<br />

Agosto Número “8”<br />

Setembro Número “9”<br />

Outubro Letra ”O”<br />

Novembro Letra “P”<br />

Dezembro Letra “U”<br />

CAMPOS 4, 5 e 6: Código do Produto, por apresentação (Anexo A).<br />

Nota: No campo 4 usa-se “V” para Vacina, “D” para Diluente.<br />

CAMPOS 7, 8 e 9: Número seqüencial do lote: Composto sempre de três<br />

algarismos, iniciando-se a série a cada ano civil, a partir do número 001.<br />

CAMPO 10: Letra identificadora (do lote único, sub -lote, ou ocorrência).<br />

Deve obedecer a seguinte lista pré-definida:<br />

A - 1º sub-lote<br />

B - 2º sub-lote<br />

C - 3º sub-lote<br />

D - 4º sub-lote<br />

E - 5º sub-lote<br />

F - 6º sub-lote<br />

Y - Fusão de Pequenos Lotes<br />

Z - Lote Único


175<br />

Validade<br />

O preenchimento da dezena do mês de validade nos Rótulos e nos Cartuchos<br />

segue a correspondência abaixo:<br />

Janeiro Número “1”<br />

Fevereiro Número “2”<br />

Março Número “3”<br />

Abril Número “4”<br />

Maio Número “5”<br />

Junho Número “6”<br />

Julho Número “7”<br />

Agosto Número “8”<br />

Setembro Número “9”<br />

Outubro Número “10”<br />

Novembro Número “11”<br />

Dezembro Número “12”<br />

O preenchimento da dezena do ano de validade nos Rótulos e nos Cartuchos,<br />

a partir do ano 2000 deve ser:<br />

2000 = 00<br />

2001 = 01 e assim por diante.<br />

Nos rótulos e cartuchos, as datas de fabricação e prazos de validade, ficam<br />

separadas do número do lote (Anexo B)<br />

Código do Produto<br />

ZD VACINA COMBINADA CONTRA DTP E HIB 05 DOSES<br />

ZE VACINA COMBINADA CONTRA DT P E HIB 10 DOSES<br />

ZH COMPONENTE DTP 05 DOSES<br />

ZI COMPONENTE DTP 10 DOSES<br />

ZF COMPONENTE HIB 05 DOSES<br />

ZG COMPONENTE HIB 10 DOSES


176<br />

Apresentação da Codificação d e Lotes – Vacinas, Diluentes E<br />

Biofármacos<br />

- No Cartucho e no Rótulo<br />

F A B . 0 1 0 6 V A L . 0 1 0 8<br />

1 2 3 4 5 6 7 8<br />

1 e 2 ------------------ dezena do mês de fabricação<br />

3 e 4 ----------------- dezena do ano de fabricação<br />

5 e 6 ------------------ dezena do mês de validade<br />

7 e 8 ------------------ dezena do ano de validade<br />

L O T E 0 6 1<br />

Z D 0 0 1 Z<br />

V<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<br />

1 e 2 ------------------ dezena do ano de fabricação<br />

3 ----------------------- dígito do mês de fabricação<br />

4 ----------------------- usa-se “V” para Vacina, “D” para Diluente.<br />

5 e 6------------------- código do produto<br />

7, 8 e 9 --------------- número seqüencial do lote<br />

10 ---------------------- letra identificadora do lote único, sub -lote ou ocorrência<br />

Foto do cartucho da <strong>vacina</strong> <strong>Tetravalente</strong> e seus frascos componentes Hib e DTP, disponível<br />

em: http://www.bio.fiocruz.br/interna/<strong>vacina</strong>s_dtp_hib.htm .


177<br />

Anexo 11 - Número de <strong>dos</strong>es aplicadas de <strong>vacina</strong> DTP, segundo Macro-<br />

Regiões e Unidades da Federação . <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Região Estado 2000 2001 Total<br />

Acre 37.957 41.782 79.739<br />

Amazonas 188.785 198.296 387.081<br />

Amapá 41.852 76.661 118.513<br />

Pará 368.869 437.173 806.042<br />

Rondônia 98.435 98.494 196.929<br />

Roraima 42.596 25.861 68.457<br />

Tocantins 85.507 86.979 172.486<br />

Sub-Total 864.001 965.246 1.829.247<br />

Norte<br />

Centro-Oeste Sudeste Sul<br />

Nordeste<br />

Alagoas 195.845 179.130 374.975<br />

Bahia 748.844 822.530 1.571.374<br />

Ceará 505.072 505.632 1.010.704<br />

Maranhão 348.858 389.968 738.826<br />

Paraíba 197.681 207.254 404.935<br />

Pernambuco 496.468 469.718 966.186<br />

Piauí 181.382 184.610 365.992<br />

Rio Grande do Norte 160.443 156.279 316.722<br />

Sergipe 127.587 121.757 249.344<br />

Sub-Total 2.962.180 3.036.878 5.999.058<br />

Paraná 552.713 524.357 1.077.070<br />

Rio Grande do Sul 522.685 480.100 1.002.785<br />

Santa Catarina 292.742 276.452 569.194<br />

Sub-Total 1.368.140 1.280.909 2.649.049<br />

Espírito Santo 177.730 175.040 352.770<br />

Minas Gerais 1.063.967 945.432 2.009.399<br />

Rio de Janeiro 742.023 682.141 1.424.164<br />

São Paulo 2.108.904 1.939.703 4.048.607<br />

Sub-Total 4.092.624 3.742.316 7.834.940<br />

Distrito Federal 146.755 142.822 289.577<br />

Goiás 286.172 280.296 566.468<br />

Mato Grosso do Sul 126.405 128.001 254.406<br />

Mato Grosso 155.597 151.666 307.263<br />

Sub-Total 714.929 702.785 1.417.714<br />

Fonte: DATASUS, 2006.<br />

<strong>Brasil</strong> 10.001.874 9.728.134 19.730.008


178<br />

Anexo 12 – Cobertura <strong>vacina</strong>l para <strong>vacina</strong> DTP em menores de 1 ano,<br />

segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. <strong>Brasil</strong>, 2000 – 2001.<br />

Região<br />

Centro-Oeste Sudeste Sul<br />

Nordeste<br />

Norte<br />

Estado<br />

2000<br />

%<br />

2001<br />

%<br />

Acre 65,06 79,12<br />

Amazonas 74,81 72,37<br />

Amapá 85,73 156,41<br />

Pará 68,19 83,93<br />

Rondônia 102,56 104,5<br />

Roraima 128,99 81,27<br />

Tocantins 100,46 106,32<br />

Sub-Total 78,13 87,85<br />

Alagoas 87,81 83,96<br />

Bahia 88,47 100,04<br />

Ceará 99,03 109,95<br />

Maranhão 73,67 83,64<br />

Paraíba 89,32 102,8<br />

Pernambuco 94,54 89,59<br />

Piauí 91,44 99,8<br />

Rio Grande do Norte 88,31 92,02<br />

Sergipe 100,48 100,87<br />

Sub-Total 89,93 96,31<br />

Paraná 103,96 105,64<br />

Rio Grande do Sul 97,51 98,35<br />

Santa Catarina 103,08 105,04<br />

Sub-Total 101,25 102,7<br />

Espírito Santo 100,14 101,31<br />

Minas Gerais 105,43 97,25<br />

Rio de Janeiro 91,19 91,77<br />

São Paulo 100,35 101,77<br />

Sub-Total 99,82 98,65<br />

Distrito Federal 99,45 100,28<br />

Goiás 96,9 97,73<br />

Mato Grosso do Sul 98,84 105,26<br />

Mato Grosso 93,94 100,82<br />

Sub-Total 97,08 100,23<br />

<strong>Brasil</strong> 94,71 97,45<br />

Fonte: DATASUS/PNI, 2006.


179<br />

Anexo 13 – Distribuição de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP, segundo <strong>dos</strong>e da <strong>vacina</strong>, sexo e idade de<br />

aplicação. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

1ª Dose 2ª Dose 3ª Dose<br />

Idade em<br />

Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino<br />

meses<br />

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)<br />

0 6 (0,7) 3 (0,3) 8 (1,6) 6 (1,1) 4 (1,4) 2 (0,6)<br />

1 9 (1,1) 16 (1,7) 0 (0,0) 1 (0,2) 1 (0,3) 1 (0,3)<br />

2 581 (71,4) 701 (74,3) 4 (0,8) 9 (1,6) 1 (0,3) 1 (0,3)<br />

3 153 (18,8) 157 (16,6) 10 (2,0) 8 (1,4) 2 (0,7) 1 (0,3)<br />

4 36 (4,4) 34 (3,6) 275 (55,7) 327 (58,3) 7 (2,4) 2 (0,6)<br />

5 10 (1,2) 14 (1,5) 135 (27,3) 139 (24,8) 4 (1,4) 7 (2,1)<br />

6 10 (1,2) 6 (0,6) 33 (6,7) 38 (6,8) 144 (49,5) 171 (50,1)<br />

7 5 (0,6) 5 (0,5) 11 (2,2) 16 (2,9) 86 (29,6) 101 (29,6)<br />

8 0 (0,0) 3 (0,3) 6 (1,2) 7 (1,2) 23 (7,9) 25 (7,3)<br />

9 2 (0,2) 0 (0,0) 7 (1,4) 7 (1,2) 8 (2,7) 20 (5,9)<br />

10 1 (0,1) 4 (0,4) 4 (0,8) 0 (0,0) 8 (2,7) 6 (1,8)<br />

11 1 (0,1) 0 (0,0) 1 (0,2) 3 (0,5) 3 (1,0) 4 (1,2)<br />

Média 2,4 2,4 4,6 4,5 6,5 6,7<br />

Mediana 2 2,2 4 4 6 6<br />

DP 1 1 1,3 1,2 1,5 1,3<br />

Total 814 (100,0) 943 (100,0) 494 (100,0) 561 (100,0) 291 (100,0) 341 (100,0)<br />

Fonte: PNI/2006.<br />

Nota: em 43 casos a <strong>dos</strong>e não estava informada.<br />

179


180<br />

Anexo 14 - Taxa de casos notifica<strong>dos</strong> de <strong>eventos</strong> <strong>adversos</strong> pós-<strong>vacina</strong> DTP,<br />

por 100.000 <strong>dos</strong>es aplicadas, segundo Macro-Regiões e Unidades da<br />

Federação. <strong>Brasil</strong>, 2000-2001.<br />

Região Estado 2000 2001 2000 - 2001<br />

Acre 0,0 21,5 11,3<br />

Amazonas 5,8 5,5 5,7<br />

Amapá 2,4 5,2 4,2<br />

Pará 8,4 9,8 9,2<br />

Rondônia 12,2 11,2 11,7<br />

Roraima 0,0 3,9 1,5<br />

Tocantins 0,0 6,9 3,5<br />

Sub-Total 6,4 8,8 7,7<br />

Norte<br />

Centro-Oeste Sudeste Sul<br />

Nordeste<br />

Alagoas 4,1 16,2 9,9<br />

Bahia 4,0 7,3 5,7<br />

Ceará 1,6 6,5 4,1<br />

Maranhão 4,9 5,4 5,1<br />

Paraíba 2,0 3,4 2,7<br />

Pernambuco 3,8 5,1 4,5<br />

Piauí 1,1 2,7 1,9<br />

Rio Grande do Norte 1,9 2,6 2,2<br />

Sergipe 11,0 23,8 17,2<br />

Sub-Total 3,5 7,0 5,3<br />

Paraná 7,6 9,7 8,6<br />

Rio Grande do Sul 52,0 54,2 53,1<br />

Santa Catarina 51,2 75,6 63,1<br />

Sub-Total 33,9 40,6 37,1<br />

Espírito Santo 25,9 39,4 32,6<br />

Minas Gerais 11,0 19,5 15,0<br />

Rio de Janeiro 11,7 13,5 12,6<br />

São Paulo 22,5 33,3 27,7<br />

Sub-Total 17,7 26,5 21,9<br />

Distrito Federal 30,0 45,5 37,6<br />

Goiás 12,6 16,4 14,5<br />

Mato Grosso do Sul 13,4 7,0 10,2<br />

Mato Grosso 25,7 48,8 37,1<br />

Sub-Total 19,2 27,6 23,3<br />

<strong>Brasil</strong> 14,9 20,6 17,7<br />

Fonte: PNI, 2006.

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