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projectos que fazem a diferença - Instituto Superior de Engenharia ...

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22 À CONVERSA COM...<br />

individualmente, em inglês. Há ainda outro tipo <strong>de</strong> parcerias, como<br />

<strong>projectos</strong> <strong>de</strong> investigação com grupos <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> outros países. Há<br />

um projecto Europeu, <strong>que</strong> envolve vários alunos <strong>de</strong> várias instituições<br />

e no qual cada um <strong>de</strong>senvolve a sua parte <strong>de</strong> projecto no seu país. Outro<br />

projecto é o IP – Intensive Program, <strong>que</strong> consiste na possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>, em 10 dias <strong>de</strong> ensino intensivo, os alunos po<strong>de</strong>rem fazer créditos<br />

ECTU, <strong>que</strong> po<strong>de</strong>m correspon<strong>de</strong>r a uma unida<strong>de</strong> curricular. Há IPs <strong>que</strong><br />

reúnem os alunos no ISEP, e outros em <strong>que</strong> vão os nossos alunos para<br />

fora. Facilita a mobilida<strong>de</strong> aos alunos, por ser mais curto e, logo, mais<br />

barato, e dá-lhes a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer outro país e fazer uma<br />

disciplina num local diferente.<br />

Participamos também no European Project Semester, <strong>que</strong> correspon<strong>de</strong><br />

a 30 créditos. Este projecto, totalmente leccionado em inglês, é dirigido<br />

a alunos no último ano do primeiro ciclo <strong>de</strong> estudos. Além <strong>de</strong> um projecto<br />

transversal, <strong>de</strong>senvolvido em equipas com elementos <strong>de</strong> várias<br />

nacionalida<strong>de</strong>s e internacionais, os alunos apren<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>senvolvem<br />

competências <strong>que</strong> são transversais a todas as engenharias.<br />

ISEP.BI É um projecto inovador... Po<strong>de</strong>mos dizer <strong>que</strong> através <strong>de</strong>ste<br />

projecto estamos a formar os engenheiros perfeitos para trabalhar<br />

em multinacionais?<br />

J.S. Penso <strong>que</strong> sim. Estes alunos vão, durante um semestre, trabalhar<br />

em equipa, o <strong>que</strong> é extremamente importante para <strong>que</strong> aprendam a<br />

ser o menos egoístas possível, em termos <strong>de</strong> trabalho, pois têm, efectivamente,<br />

<strong>de</strong> fazer o trabalho em conjunto. O facto <strong>de</strong> estarem com<br />

pessoas <strong>de</strong> outros países, <strong>de</strong> outras culturas, é uma mais-valia muito<br />

gran<strong>de</strong> e ajuda-os a <strong>de</strong>senvolver como pessoas, principalmente quando<br />

acabarem o curso, começarem a trabalhar e perceberem <strong>que</strong> talvez<br />

Portugal seja pe<strong>que</strong>no <strong>de</strong>mais para eles.<br />

ISEP.BI Portugal tem uma ligação natural com os PALOPs. Qual é a<br />

potencialida<strong>de</strong>, para além da língua, <strong>que</strong> vê na aposta nestes países?<br />

J.S. Em relação à ligação aos PALOPs, do meu ponto <strong>de</strong> vista, trata-se<br />

<strong>de</strong> uma obrigação <strong>de</strong> Portugal, até mesmo pela história colonial. Há um<br />

vínculo histórico, uma obrigação <strong>de</strong> colaboração <strong>de</strong> uma forma mais<br />

próxima com os países africanos <strong>de</strong> língua portuguesa e com Timor-<br />

-Leste também. É óbvio <strong>que</strong> alguns <strong>de</strong>stes países passam por situações<br />

muito complicadas, muitos com situações <strong>de</strong> extrema pobreza,<br />

dificulda<strong>de</strong>s financeiras. Neste sentido, temos alguns <strong>projectos</strong> <strong>de</strong> acolhimento<br />

<strong>de</strong> alunos, por exemplo, <strong>de</strong> São Tomé e Príncipe, juntamente<br />

com a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Madrid e com a Repsol. Este projecto permite<br />

<strong>que</strong> os São Tomenses estu<strong>de</strong>m no ISEP com uma bolsa <strong>de</strong> estudo, <strong>que</strong><br />

lhes paga gran<strong>de</strong> parte dos gastos e, o último ano do curso, é feito<br />

em Madrid, financiado integralmente pela Repsol. Este último ano é<br />

feito na Escola <strong>de</strong> Minas <strong>de</strong> Madrid, com algumas unida<strong>de</strong>s curriculares<br />

específicas <strong>de</strong> pesquisa e extracção <strong>de</strong> petróleo. A i<strong>de</strong>ia é formar profissionais<br />

e quadros técnicos superiores <strong>que</strong> <strong>de</strong>pois possam voltar ao<br />

seu país, dar o seu melhor e po<strong>de</strong>r colaborar no <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

indústria. São Tomé e Príncipe é, no caso do petróleo, um país muito<br />

<strong>de</strong>ficitário em termos <strong>de</strong> quadros técnicos superiores e, dado <strong>que</strong> tem<br />

um gran<strong>de</strong> potencial na exploração <strong>de</strong> petróleo é, sem dúvida, uma<br />

mais-valia para o país.<br />

ISEP.BI Já falamos um pouco nos mercados externos à Europa... Para<br />

<strong>que</strong> mercados aponta a aposta no futuro?<br />

J.S. Sem dúvida para a América Latina. Temos vindo a granjear uma óptima<br />

relação com o Brasil, <strong>que</strong> ficou expressa aquando da organização<br />

das Jornadas Luso-Brasileiras <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>. Temos bastantes investigadores<br />

brasileiros a trabalhar cá, temos alunos em mobilida<strong>de</strong> ao abrigo<br />

<strong>de</strong> protocolos específicos <strong>de</strong> cooperação. Houve mesmo um grupo<br />

<strong>de</strong> alunos brasileiros, <strong>de</strong> electrotecnia, <strong>que</strong> ouviram falar do ISEP e do<br />

prestígio <strong>que</strong> tem, e propuseram-se a vir estudar para cá. Claro <strong>que</strong> por<br />

trás estão <strong>projectos</strong> <strong>de</strong> investigação e parcerias, mas é o processo <strong>de</strong><br />

internacionalização a funcionar.

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