projectos que fazem a diferença - Instituto Superior de Engenharia ...
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A NOSSA TECNOLOGIA 23<br />
E-LEARNING<br />
FLEXIBILIZAR O<br />
ENSINO RUMO AO<br />
SUCESSO ESCOLAR<br />
CARLOS VAZ DE CARVALHO<br />
Flexibilida<strong>de</strong>, motivação e exigência. Estas são as três palavras-<br />
-chave directamente associadas ao conceito <strong>de</strong> e-learning.<br />
Para Carlos Vaz <strong>de</strong> Carvalho, responsável pelo GILT, o grupo<br />
<strong>de</strong> investigação do ISEP mais envolvido no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do e-learning, esta nova forma <strong>de</strong> aprendizagem tem inúmeras<br />
vantagens como complemento ao Ensino convencional. O<br />
segredo está em conhecer bem o público-alvo, e em direccionar<br />
as ferramentas do e-learning para a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> realmente<br />
necessitam <strong>de</strong>las. O objectivo? Melhorar a motivação, os resultados<br />
dos alunos e manter o conceito <strong>de</strong> escola e o espírito<br />
académico sempre vivos.<br />
Começou a trabalhar no e-learning em 1996, mas admite <strong>que</strong>, só <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
há oito anos a esta parte, o conceito começou a ganhar forma e a habitar<br />
os <strong>projectos</strong> <strong>de</strong> investigação das escolas <strong>de</strong> Ensino <strong>Superior</strong> <strong>de</strong> uma<br />
forma mais assertiva. Carlos Vaz <strong>de</strong> Carvalho começou, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito<br />
cedo, a trabalhar em <strong>projectos</strong> <strong>de</strong> investigação europeus, “praticamente<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>que</strong> saí da faculda<strong>de</strong>”, conta. E este espírito <strong>de</strong> iniciativa permite-lhe,<br />
hoje, levar os <strong>projectos</strong> do GILT a candidaturas internacionais<br />
e a alcançar financiamento para <strong>projectos</strong> <strong>que</strong> têm dado os seus frutos.<br />
Mas, <strong>de</strong> uma forma muito simples, como po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>finir o e-learning?<br />
“Trata-se da utilização <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> tecnologia para apoiar a aprendizagem,<br />
seja apenas como complemento, como é o caso do ISEP, em<br />
<strong>que</strong> temos a aprendizagem presencial e os professores se apoiam numa<br />
plataforma <strong>de</strong> e-learning. Nestas plataformas po<strong>de</strong>m colocar conteúdos<br />
e têm à disposição ferramentas <strong>de</strong> comunicação com os alunos, <strong>que</strong><br />
também po<strong>de</strong>m submeter os seus trabalhos online”. Ou então, acrescenta<br />
o responsável pelo GILT, “po<strong>de</strong>mos ser um bocadinho mais ambiciosos<br />
e usar a tecnologia para suportar, <strong>de</strong> forma total, a aprendizagem”.<br />
Segundo explicou ao BI Carlos Vaz <strong>de</strong> Carvalho, as vantagens do e-<br />
-learning pren<strong>de</strong>m-se, essencialmente, “com a flexibilida<strong>de</strong> no tempo,<br />
no espaço, e em termos <strong>de</strong> conteúdos curriculares”. Ou seja, o aluno<br />
po<strong>de</strong> estar em casa, não tem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vir à escola, para assistir a<br />
uma aula, e po<strong>de</strong> fre<strong>que</strong>ntar as aulas no espaço <strong>que</strong> prefere, no tempo<br />
em <strong>que</strong> prefere. Segundo o investigador, este tipo <strong>de</strong> aprendizagem<br />
é muito útil, nomeadamente, “para os trabalhadores estudantes, <strong>que</strong><br />
têm a vida profissional muito atarefada, uma vida pessoal, muitas vezes<br />
já com filhos, e <strong>que</strong> têm <strong>que</strong> conseguir conciliar o processo <strong>de</strong> aprendizagem<br />
com todos esses outros momentos da sua vida”.<br />
Carlos Vaz <strong>de</strong> Carvalho vai ainda mais longe: “o recurso às ferramentas<br />
<strong>de</strong> e-learning é uma forma <strong>de</strong> ajudar a combater o insucesso escolar<br />
<strong>que</strong> existe nos primeiros anos, ou mesmo o abandono”, afirma. E o mais<br />
importante é dirigir as ferramentas <strong>de</strong> e-elarning para <strong>que</strong>m realmente<br />
necessita <strong>de</strong>las, ou seja, <strong>de</strong> encontrar “ferramentas novas e <strong>que</strong> po<strong>de</strong>rão<br />
ser mais motivantes para a<strong>que</strong>les alunos <strong>que</strong> não correspon<strong>de</strong>m ao<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aluno tradicional, <strong>que</strong> se <strong>de</strong>smotivam facilmente”, remata.<br />
“NÃO SE TRATA DE FACILITAR, MAS SIM<br />
DE FLEXIBILIZAR”<br />
Para Carlos Vaz <strong>de</strong> Carvalho, um dos aspectos fundamentais no e-learning<br />
é <strong>de</strong>terminação do público-alvo. Por<strong>que</strong>, para <strong>que</strong> uma escola<br />
tenha sucesso, os alunos têm <strong>de</strong> ser motivados, logo, é necessário<br />
“adaptar a nossa oferta ao nosso público, e criar vários mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
aprendizagem diferentes”. O investigador explica <strong>que</strong> “po<strong>de</strong>mos ter<br />
um mo<strong>de</strong>lo completamente à distância, em <strong>que</strong> tudo é feito à distância,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a inscrição, passando pelo contacto com o professor, avaliação,<br />
tudo”. Ou então, um mo<strong>de</strong>lo repartido entre aulas presenciais<br />
e aulas à distância. Estas aulas complementares po<strong>de</strong>m ser repartidas<br />
pelo semestre. “Por exemplo, para os trabalhadores estudantes, po<strong>de</strong>mos<br />
pensar em reduzir o número <strong>de</strong> vezes <strong>que</strong> vêm ao ISEP. Têm <strong>de</strong> vir<br />
ao ISEP todas as semanas, por<strong>que</strong> é muito importante manter o contacto,<br />
mas não têm <strong>de</strong> vir todos os dias”.<br />
O investigador <strong>que</strong>r ainda <strong>de</strong>smistificar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>que</strong> o ensino em e-<br />
-learning é facilitador. O <strong>que</strong> não é verda<strong>de</strong>, até por<strong>que</strong>, “o e-learning<br />
tem sempre <strong>que</strong> garantir a qualida<strong>de</strong> e, por isso, é preciso fazer mais<br />
para garantir a qualida<strong>de</strong>”. E cita um exemplo: “Há uns anos, fizemos<br />
um trabalho na área da gestão, em <strong>que</strong> comparamos uma disciplina<br />
em duas formas <strong>de</strong> ensino diferentes: presencial e b-learning. A meio,<br />
os alunos do b-learning começaram a <strong>que</strong>ixar-se <strong>que</strong> tinham muito trabalho;<br />
muito mais do <strong>que</strong> os alunos da formação presencial.