L+D #50

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projetos simplicidade com qualidade <strong>L+D</strong> 60 O badalado bairro da Vila Madalena em São Paulo, conhecido pela boemia e também pelo clima pacato de cidade do interior, tem sofrido mudanças intensas com novos empreendimentos residenciais e comerciais. Em busca desse burburinho, diversas galerias de arte têm dividido a mesma calçada com padarias sofisticadas, lojas descoladas e prédios de apartamentos de alto padrão. Para realizar o sonho antigo de abrir a sua própria galeria, Alexandre Cury escolheu casinhas geminadas, padaria na esquina e um boteco despretencioso como vizinhos. Sua relação antiga com a Vila contou muito nas decisões tomadas sobre a relação que a galeria teria com o entorno. Antes da inauguração, Alexandre fez uma abertura exclusiva para os moradores do bairro. No local onde funcionava uma antiga borracharia, aproveitou o grande vão que abrigava carros e macacos hidráulicos para expor obras de arte. Com projeto de arquitetura de Beto Madureira, a Galeria Garage se relaciona com a rua a partir de uma fachada limpa e convidativa. A intenção era evitar a aparência sisuda que inibe a entrada de moradores do bairro, e fazer com que os pedestres se sentissem convidados a visitar a galeria. Embarcando na ideia de causar uma enorme transformação sem perder a identidade, o projeto de iluminação desenvolvido pela lighting designer Lúcia Chedieck vai do simples ao sofisticado sem se desligar dos conceitos originais pretendidos pelo proprietário e desenvolvidos pelo arquiteto. O projeto atende aos requisitos imprescindíveis à iluminação de obras de arte, como o controle de intensidade e emissão de ultravioleta. Com essas premissas, Lúcia convenceu o proprietário sobre a necessidade de se investir em equipamentos de qualidade. A escolha por uma família de projetores próprios para museus e galerias foi a opção adotada. O trabalho em conjunto e o acompanhamento intenso desde o início do projeto se traduzem em convivência bastante harmoniosa entre arte, arquitetura e luz. Foi um trabalho com prazo curto e colaborativo, práticas bem conhecidas por Lúcia por sua experiência em iluminação teatral.
Na fachada, um pórtico irregular com linhas diagonais, que brincam com a perspectiva, conduz o olhar para a caixa luminosa que se revela no interior da galeria. A face branca exterior recebe uma luz aberta com baixa intensidade, evitando algum efeito que pudesse ser agressivo à calma da vizinhança. Logo na entrada, as paredes brancas da galeria recebem uma luz lavada com uma regularidade perfeita, destacando as obras e suas cores, acendendo o branco com um tom quente. Projetores pequenos e com formato quadrado (12W LED 3.000ºK) estão distribuídos uniformemente sob o mezanino construído para abrigar mais uma sala de exposição. A galeria principal tem luz lavada nas paredes com perfeita homogeneidade em tom branco quente. Projetores com foco concentrado pontuam as esculturas. No mezanino a luz é pontual, utilizando os mesmos projetores com lentes de foco fechado <strong>L+D</strong> 61
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R$19,20 l+d luz + design + arquitet
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