Luciana Vilma Oliveira Quintino - Universidade Estadual do Ceará
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Fundamentan<strong>do</strong>-se nas afirmações <strong>do</strong>s autores referencia<strong>do</strong>s no estu<strong>do</strong>,<br />
compreende-se que o cuida<strong>do</strong> de saúde precisa ser transforma<strong>do</strong> de forma a<br />
atender às necessidades <strong>do</strong> usuário. Para isso, os profissionais <strong>do</strong> setor precisam<br />
incorporar as tecnologias leves <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> na sua prática, através da utilização das<br />
relações de acolhimento e vínculo, como também da responsabilização pelo<br />
problema <strong>do</strong> usuário e da busca pela resolubilidade.<br />
2.2 ATENÇÃO À CRIANÇA NO CONTEXTO SOCIAL E DE SAÚDE<br />
Nas sociedades antigas, o Esta<strong>do</strong> e os pais decidiam sobre a vida e a<br />
morte das crianças, constituin<strong>do</strong>-se em prática comum o infanticídio, especialmente<br />
quan<strong>do</strong> estas eram defeituosas. O direito de propriedade <strong>do</strong>s pais sobre os filhos,<br />
representa<strong>do</strong> pelo pátrio poder, permitia-lhes castigá-los, puni-los ou condená-los<br />
(LIMA, 2009).<br />
Com a intenção de amenizar o sofrimento das crianças e diminuir o<br />
infanticídio, foram criadas, na Idade Média, as ―rodas <strong>do</strong>s expostos‖, em que eram<br />
aban<strong>do</strong>nadas as crianças rejeitadas pelos genitores, que recebiam a garantia <strong>do</strong><br />
anonimato (ROQUE; FERRIANI, 2002). Nesta época, o cuida<strong>do</strong> com a criança era<br />
considera<strong>do</strong> um estorvo. A partir <strong>do</strong> século XX, o significa<strong>do</strong> da infância e os mo<strong>do</strong>s<br />
de cuidar <strong>do</strong>s filhos foram mudan<strong>do</strong> e a criança começou a ser vista como sujeito de<br />
direitos (GOMES; CAETANO; JORGE, 2008).<br />
Essa modificação no mo<strong>do</strong> de pensar a infância teve início em 1924, com<br />
a Declaração de Genebra, que expressou a preocupação internacional em<br />
assegurar à criança uma proteção especial. Em 1946, foi cria<strong>do</strong> o Fun<strong>do</strong> das<br />
Nações Unidas para a Infância – UNICEF, agência da Organização das Nações<br />
Unidas - ONU, responsável pelo apoio aos projetos e ações pela sobrevivência,<br />
desenvolvimento e proteção de crianças e a<strong>do</strong>lescentes (LIMA, 2009).<br />
Em 1959, perío<strong>do</strong> de progresso no tocante à atenção à infância, a<br />
Assembléia Geral das Nações Unidas proclamaram sua Declaração Universal <strong>do</strong>s<br />
Direitos da Criança, garantin<strong>do</strong>-lhe os direitos à sobrevivência, à proteção, ao