14.10.2014 Views

Luciana Vilma Oliveira Quintino - Universidade Estadual do Ceará

Luciana Vilma Oliveira Quintino - Universidade Estadual do Ceará

Luciana Vilma Oliveira Quintino - Universidade Estadual do Ceará

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

47<br />

Sob o olhar <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s, ao cuidar, o profissional deve intervir no<br />

senti<strong>do</strong> de amenizar o sofrimento da criança. Para Deslandes e Paixão (2006),<br />

quan<strong>do</strong> a criança vitimizada encontra apoio e confiança no profissional que a<br />

atende, colaborará com o esclarecimento <strong>do</strong> diagnóstico e sua devida intervenção.<br />

[...] A gente procura amenizar da melhor forma possível a situação, eu me<br />

compadeço muito com a situação <strong>do</strong>s bichinhos que vem pra cá, porque é<br />

uma situação muito difícil (E6).<br />

A criança maltratada apresenta-se traumatizada e fragilizada, logo quem<br />

realiza o atendimento precisa agir com cuida<strong>do</strong> para evitar qualquer tipo de<br />

constrangimento, respeitan<strong>do</strong>-a acima de tu<strong>do</strong>. Para isso, o atendimento dessa<br />

clientela deve ter suas peculiaridades e acontecer em local reserva<strong>do</strong>, evitan<strong>do</strong><br />

expor mais ainda a criança e seus familiares a situações constrange<strong>do</strong>ras.<br />

[...] dei prioridade no atendimento, chamei logo o médico, ela foi avaliada.<br />

Até para evitar que as pessoas ficassem olhan<strong>do</strong>, aquela exposição da<br />

criança (E5).<br />

[...] faço o possível para que isso fique sigiloso até porque a criança está<br />

escutan<strong>do</strong> aquilo e fica gravan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> (E6).<br />

[...] Na triagem, as meninas dão ênfase para entrar diretamente na<br />

emergência para dar prioridade e resguardar a criança daquelas pessoas<br />

curiosas que ficam olhan<strong>do</strong> (E8).<br />

Nos relatos anteriores, observou-se que, ao respeitar a privacidade e a<br />

individualidade da criança e <strong>do</strong>s seus familiares, os participantes estão evitan<strong>do</strong> que<br />

as mesmas possam sofrer outros tipos de agressões decorrentes da exposição <strong>do</strong><br />

seu problema para outras pessoas no ambiente hospitalar. Esse comportamento<br />

acolhe<strong>do</strong>r é capaz de estabelecer vínculo e atender à criança em sua integralidade.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, alguns profissionais se restringem ao atendimento<br />

sintomático, visan<strong>do</strong> resolver somente as manifestações orgânicas apresentadas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!