Luciana Vilma Oliveira Quintino - Universidade Estadual do Ceará

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sensibilização e conscientização dos profissionais da área, conhecimento acerca do
atendimento adequado às vítimas; capacitação para o diagnóstico e a devida
intervenção; promoção de medidas preventivas e aperfeiçoamento do sistema de
informação sobre o perfil de morbimortalidade por violência (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2001). O ato de notificar é de extrema importância e
deve ser encorajado, já que é a partir dele que medidas de proteção às vítimas
podem ser tomadas, contribuindo, assim, com a redução do tempo de exposição às
agressões (GRUDTNER, 2005).
Defronte à relevância deste ato para o combate aos maus tratos, destacase
um dos grandes entraves, a subnotificação, que pode ser decorrente de diversos
fatores, que vão desde a inadequada intervenção dos profissionais que atendem a
essas vítimas até a inexistência de redes de apoio nos municípios (CARDOSO;
SANTANA; FERRIANI, 2006). Essa prática, tão específica e complexa, exige dos
trabalhadores mínimas condições para desenvolvê-la com eficiência, incluindo-se,
dentre elas, capacitação, aparato legal e apoio do poder público.
Tendo em vista a importância da capacitação dos profissionais no
enfrentamento dos casos de maus tratos, nos últimos anos, as instituições vêm
promovendo cursos que propiciam discussões sobre o tema e informam sobre o
preenchimento da ficha de notificação. Contudo, esta sozinha não tem sido
suficiente para combater o problema, já que os profissionais necessitam também de
suporte do poder público, das redes de proteção e apoio, do setor jurídico e de
diversos setores da sociedade ou até mesmo da própria unidade hospitalar.
Por meio da notificação ao Conselho Tutelar, as agressões chegam ao
conhecimento do Poder Judiciário e as crianças que correm risco ou que estão em
situações de gravidade são retiradas do lar e postas em abrigos (MARTINS; JORGE,
2009). Este ato, apesar de ser necessário para a interrupção da violência, pode
motiva o sentimento de abandono por parte da criança, gerando danos maiores para
ela. Com o propósito de minimizar esses traumas, essas instituições precisam estar
estruturadas de forma a oferecer um ambiente propício ao seu desenvolvimento.
Pesquisa realizada por Habigzang et al. (2005) acerca das redes de apoio
para vítimas de violência sexual, comprovou que o Conselho Tutelar foi o órgão mais