PSICOLOGIA OK - UniFil
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Nome do Pesquisador (Aluno): Danielle Yumi Assada<br />
Nome do Orientador: Zeila<br />
Titulação do Orientador:<br />
Instituição:<br />
Curso para apresentação: <strong>PSICOLOGIA</strong><br />
Freud e a Interpretação dos sonhos<br />
Freud provoca uma ruptura na maneira de abordar o homem em 25 séculos de<br />
pensamento. Todas as filosofias, toda a psicologia incipiente, toda a ciência até Freud se<br />
preocupava com o homem em seu aspecto consciente. Se há um texto, na obra de<br />
Freud, que possamos indicar como primeiro responsável por esta ruptura é A<br />
Interpretação dos Sonhos, onde formula a divisão da mente entre o consciente e o<br />
inconsciente. Foi em A Interpretação dos Sonhos que Freud formula as leis e as<br />
características do inconsciente. Com este conceito consegue juntar fenômenos distintos<br />
como o sonho e os sintomas histéricos, desenvolvendo o mecanismo de trabalho dos<br />
sonhos e o funcionamento do aparato mental. Apresenta o mecanismo de deslocamento<br />
na possibilidade que as idéias têm, no inconsciente, de 'emprestar' seu valor para outras<br />
idéias, de modo que fatos ou imagens aparentemente sem importância podem ter sido<br />
amenizadas, com o quê burlam a censura, compondo o material do sonho. No sonho há<br />
também em funcionamento o mecanismo da condensação. Este mecanismo permite que<br />
um pequeno detalhe possa representar uma idéia completa. O que Freud formula é que<br />
os sonhos seguem uma lei própria, seguem uma lógica que não é a lógica cotidiana. É<br />
levado assim a demonstrar que nosso aparato mental é formado pela consciência, cujas<br />
regras reconhecemos, e pelo inconsciente, cujos efeitos nos surpreendem por seguir uma<br />
lógica diferente e desconhecida (ainda que sempre familiar). O sonho pode ser entendido<br />
como a expressão de uma série de desejos, que encontram nele a única via para a<br />
consciência. É por isto também que o sonho será entendido por Freud como a via de<br />
ligação para o inconsciente, uma vez que é sua manifestação mais direta. O tema central<br />
do texto é a de que "O sonho é a realização de um desejo". Este desejo entendamos, não<br />
é necessariamente um desejo que possamos aceitar em nossa vida conscientemente,<br />
quando não se trata de um desejo aceitável, nos diz Freud, preferimos esquecê-lo. Este<br />
esquecimento será descrito como conseqüência de um mecanismo chamado 'recalque'.<br />
O desejo recalcado, no entanto, permanece em algum lugar exercendo seus efeitos. O<br />
sonho é revelador de como funciona o psiquismo humano; é o guardião do sono; é uma<br />
formação do inconsciente que está diretamente relacionada ao desejo. O sonho acaba<br />
sendo uma espécie de matéria-prima na teoria freudiana, e é também depois que Freud<br />
propõe essa formulação que a clínica psicanalítica vai encontrar sua justificativa teórica,<br />
ainda que não fosse esta a preocupação inicial de Freud. Permitindo assim a intervenção<br />
clínica da psicanálise, os sintomas, Freud demonstra que são também realizações de<br />
desejo. A diferença em relação aos sonhos é que nos sintomas um compromisso se<br />
estabelece entre o desejo e a censura, fazendo com que nem o desejo se realize por<br />
completo nem a censura seja totalmente eficaz. Desta forma um desejo mais 'amenizado'<br />
é realizado. Uma conseqüência direta desta explicação do sintoma é muita incômoda<br />
para todos nós. Se nossos desejos devem levar em consideração a realidade para que<br />
possamos aceitá-los, como saber se o que reconhecemos como nossos desejos não são<br />
XVI SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E I MOSTRA DE TRABALHOS DA PÓS-<br />
GRADUAÇÃO<br />
06 A 11 DE OUTUBRO DE 2008