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III. A educação intercultural

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<strong>III</strong> A EDUCAÇÃO INTERCULTURAL<br />

Dito de outro modo, é assinalado o valor emblemático da reciprocidade de<br />

tra tamento, fazendo realçar a especial responsabilidade no «acolhimento do<br />

diferente» num país, como é manifestamente o caso de Portugal, que foi – e<br />

continua a sê-lo – fortemente exportador de população para o estrangeiro.<br />

A ética de tratamento do imigrante não pode ser substancialmente diversa<br />

da ética de defesa dos direitos do emigrante, sob pena de incoerência flagrante<br />

na esfera das políticas públicas actuantes para minorar os impactes<br />

humanos negativos decorrentes dos movimentos de populações em constante<br />

intensificação.<br />

Enquanto a alínea c) do elenco de competências postula a importância da<br />

cooperação das instituições de Ensino Superior na elaboração de conteúdos<br />

para os programas de formação inicial e contínua de professores, a alínea d)<br />

visa idêntica preocupação com vista à área curricular de formação pessoal e<br />

social, segmento dos conteúdos programáticos dos Ensinos Básico e Se cun -<br />

dário, a que era concedida inequívoca prioridade no contexto de uma<br />

Educação para os Valores. Objectivo semelhante é o visado com a alínea e),<br />

agora mais especificamente no âmbito das aulas de Educação Moral e Reli -<br />

giosa, que se tinham visto recentemente «abertas» a todas as confissões religiosas,<br />

em pé de rigorosa igualdade de oportunidades e de tratamento pelo<br />

Estado.<br />

As alíneas f) e h) singularizaram a relevância do atendimento específico a<br />

comunidades heterogéneas, quer no âmbito do PIPSE – Programa Inter mi -<br />

nis terial para a Promoção do Sucesso Educativo –, quer no da iniciativa<br />

«Educação para Todos», quer ainda no quadro de acções comunitárias de al -<br />

fa betização cívica, sobretudo em periferia urbana, a cargo da Direcção-Geral<br />

de Extensão Educativa.<br />

Numa vertente diversa, a das campanhas de mobilização da consciência ou<br />

do ethos de escola, as alíneas b), g) e i) tiveram por motivação, respectivamente,<br />

a promoção: dos Direitos da Criança; do diálogo <strong>intercultural</strong>, em<br />

regime de parceria alargada com as associações de pais e de estudantes, bem<br />

como as autarquias locais; de concursos nas escolas sobre direitos humanos,<br />

valores da solidariedade e respeito pela diferença.<br />

Finalmente, as três últimas alíneas – j), k) e l) – postularam a necessidade de<br />

in quéritos e estudos rigorosos para melhor conhecimento da situação com<br />

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