III. A educação intercultural
III. A educação intercultural
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Roberto Carneiro<br />
Essa visibilidade institucional viria a ser reforçada com a assinatura do Des -<br />
pacho n.º 53/ME/91, de 23 de Abril, mediante o qual foram nomeados os<br />
primeiros responsáveis do Secretariado, com relevo para o Presidente, na<br />
pessoa prestigiada e consensual do Rev. Pe. Víctor Feytor Pinto, e do Se cre -<br />
tário Executivo, na pessoa da Dra. Maria Amélia Mendonça Pedrosa de<br />
Oliveira, dedicada alta funcionária do ME, com amplas provas de empenhamento<br />
e competência dadas no GEP e na DGEE, onde chegara a ocupar o<br />
cargo de Subdirectora-Geral.<br />
Na perspectiva do perfil elevado pretendido para o Secretariado será oportuno<br />
recordar as cinco personalidades independentes que, nos termos do<br />
mesmo Despacho constitutivo, foram designadas para o integrar: Manuel<br />
Nazareth, Maria Teresa Ambrósio, Maria Teresa Patrício Gouveia, Alfredo<br />
Bruto da Costa e Maria Emília Nadal. Sem margem para dúvida, o novo<br />
Secretariado ficou a contar com a presença de um leque muito representativo<br />
de figuras da sociedade civil que lhe viriam a emprestar grande prestígio<br />
e capacidade de diálogo nos mais diversos azimutes de interesse do<br />
Secretariado.<br />
Tomada de posse<br />
A investidura oficial dos membros do Secretariado teve lugar em concorrida<br />
cerimónia pública, simbolicamente realizada numa Escola Básica de Lisboa,<br />
nesse mesmo dia 23 de Abril de 1991, coincidindo com a data de publicação<br />
do Despacho Ministerial que procedeu à nomeação dos titulares.<br />
Recordo-me, não sem uma ponta de emoção, do turbilhão de crianças excitadas<br />
que rodeavam os visitantes, representativas de várias origens e etnias,<br />
designadamente de origem africana, que se mesclavam numa explosão de<br />
alegria e com total ausência de preconceito. O local escolhido foi a Escola<br />
n.º 120, estabelecimento de ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico (ex-Ensino<br />
Primário), situada na freguesia de S. Domingos de Benfica, Lisboa.<br />
Foi obviamente intencional a escolha de uma escola do 1.º Ciclo. Para significar<br />
a prioridade absoluta aos ciclos iniciais de escolaridade e para «valorizar»<br />
um contexto em que o convívio entre diferentes e a <strong>intercultural</strong>idade<br />
são um acontecimento natural e espontâneo.<br />
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