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Fazer Download da Edição - Supermercado Moderno

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=<br />

SM.COM.BR | DEZEMBRO DE 2012 | ANO 43<br />

5 2 3<br />

12<br />

Alegria<br />

CAMPEÃO E EBBA<br />

REDUZEM RUPTURA E<br />

ELEVAM MARGEM<br />

Promocoes<br />

nem sempre<br />

Abusar do preco baixo<br />

vicia consumidor<br />

Excesso de oferta reduz lucro<br />

Mas tem solucao<br />

Queijos finos<br />

OS NACIONAIS CRESCEM<br />

50% E ACUMULAM<br />

VANTAGENS SOBRE<br />

OS IMPORTADOS<br />

Varejo e industria<br />

Em um ano, a campanha<br />

Cooperação trouxe sete casos<br />

de boa parceria, três fóruns<br />

e muitos resultados<br />

Nutricao infantil<br />

SEGMENTO ELEVA VOLUME EM<br />

60%, MAS AINDA ESTÁ<br />

FORA DE BOA PARTE DOS<br />

LARES COM CRIANÇAS. ÓTIMO!<br />

e mais: PERSPECTIVA 2013 | LEIS & TRIBUTOS | ESTRESSE AUMENTA


AO LEITOR<br />

CONTEÚDO MENSAL AO SEU ALCANCE<br />

Menos promoções<br />

e mais sortimento<br />

no mesmo espaço<br />

SHEILA HISSA<br />

EDITORA EXECUTIVA<br />

sheila.hissa@sm.com.br<br />

Numa época tão boa como a que vivemos, quando<br />

praticamente não se fala em que<strong>da</strong> de ven<strong>da</strong>s, apenas em alta,<br />

o tema promoções chama especial atenção. Afinal, com o mercado<br />

aquecido e o consumidor comprando em vários canais de<br />

acordo com sua comodi<strong>da</strong>de, faz sentido essa supervalorização<br />

dos descontos? A editora Alessandra Morita ouviu consultores<br />

e indústrias e concluiu que não faz sentido, não. É claro que<br />

se trata de um recurso que gera tráfego e ven<strong>da</strong>s e que beneficia<br />

particularmente as categorias novas e de baixa penetração, pois<br />

acaba viabilizando a experimentação. Porém estudos recentes<br />

mostram que mais <strong>da</strong> metade gera um acréscimo no volume que<br />

teria ocorrido mesmo sem desconto. Ou seja, convicções que<br />

fizeram sentido no passado hoje estão se esgotando e exigindo<br />

um redesenho. As promoções ain<strong>da</strong> podem gerar bons resultados,<br />

mas se feitas com inteligência, como mostra a reportagem.<br />

Mais importante do que disputar espaço com os concorrentes<br />

de maneira camicase é encontrar meios de atender os clientes<br />

com suas novas necessi<strong>da</strong>des de consumo. Sua loja já trabalha<br />

com queijos finos nacionais? Tem uma boa varie<strong>da</strong>de? Expõe<br />

direito? Se as respostas forem negativas, gongo, você perdeu<br />

ven<strong>da</strong>s e LUCRO. E o que dizer de nutrição infantil (papinhas,<br />

fórmulas, leites)? O mix e espaço nas gôndolas são consistentes?<br />

Você estimula a consumidora a trocar a farmácia pela sua loja?<br />

Não!? Gongo! O segmento promete crescer ca<strong>da</strong> vez mais, graças<br />

à ampliação <strong>da</strong> classe média. O que o cenário do País mostra é que<br />

os desafios hoje são bem complexos e pouco vale promocionar<br />

por promocionar. É preciso atenção ao movimento de consumo<br />

e descobrir maneiras de conseguir espaço nas prateleiras e<br />

boas negociações com os fornecedores. O resto são ven<strong>da</strong>s e lucro.<br />

SUPERMERCADO MODERNO<br />

Proprie<strong>da</strong>de de Publicar Mídias Especializa<strong>da</strong>s Lt<strong>da</strong>.<br />

Presidência do Grupo<br />

Robert Macody Lund<br />

PUBLICAR MÍDIAS ESPECIALIZADAS LTDA<br />

Diretoria<br />

Telefone (11) 3327-4504<br />

DIRETOR EXECUTIVO Sergio L. A. <strong>da</strong> Veiga Oliveira<br />

EDITOR EMÉRITO Valdir Orsetti<br />

Conselho Executivo<br />

Lauricéia Tavares Bernardino, Mário Nazar,<br />

Robert Macody Lund e<br />

Sergio L. A. <strong>da</strong> Veiga Oliveira<br />

Re<strong>da</strong>ção<br />

Telefone (11) 3327-4514 / e-mail: re<strong>da</strong>cao@sm.com.br<br />

EDITORA EXECUTIVA Sheila Hissa<br />

EDITORA-ASSISTENTE Alessandra Morita<br />

REPÓRTERES Adriana Silvestrini, Fernando Salles e Viviane Sousa<br />

ESTAGIÁRIO Rafael Faustino<br />

Colaboradores<br />

PROJETO GRÁFICO E DIREÇÃO DE ARTE FmaisG Projetos Visuais<br />

FOTOS André Valentim, Ciete Silvério, Fábio Castelo e Paulo Pereira<br />

TRATAMENTO DE IMAGENS J. Soza<br />

Conselho Editorial<br />

Bruno Abrantes (Floresta), Celso Furtado (Coop), Eduardo Adrião (GPA),<br />

Flavio Almei<strong>da</strong> (Villarreal), Gabriel Pedroso (Futurama), José Ricardo<br />

Scheurer (Son<strong>da</strong>), Lucas Nassar (Mambo), Marcio do Valle (Coop)<br />

ASSINATURA Sueli Simão (11) 3327-4522 • sueli.simao@sm.com.br<br />

MARKETING ANUNCIANTE Camila Siqueira (11) 3327-4512<br />

• camila.siqueira@sm.com.br<br />

EVENTOS Renata Franzini (11) 3327-4463 • renata.franzini@sm.com.br<br />

PUBLICIDADE<br />

Telefone (11) 3327-4516 / e-mail: supermercadomoderno@sm.com.br<br />

APOIO A VENDAS Carla Morais (11) 3327-4505<br />

Gerente Comercial e de Marketing<br />

Marcelo Luz e Silva (11) 3327-4507 • marcelo.luz@sm.com.br<br />

Gerentes de Contas<br />

Adriana Damião (11)3327-4570 • adriana.<strong>da</strong>miao@sm.com.br<br />

Alexandre Niccolai (11) 3327-4520 • alexandre.niccolai@sm.com.br<br />

Roberto Campaneli (11) 3327-4623 • roberto.campaneli@sm.com.br<br />

Van<strong>da</strong> Mae<strong>da</strong> (11) 3327-4555 • van<strong>da</strong>.mae<strong>da</strong>@sm.com.br<br />

REPRESENTANTES<br />

SÃO PAULO<br />

Ação Representação Com. S/C Lt<strong>da</strong>.: Rua Brigadeiro Tobias, 356,<br />

10º an<strong>da</strong>r, sl. 104-C, 01032-901, São Paulo, SP. Tel./fax (11) 3313-1433.<br />

E-mail: vanderlan.acao@terra.com.br<br />

RIO DE JANEIRO (RJ) e ESPÍRITO SANTO (ES)<br />

Grupo RioBrasil: Av. N. Sra. de Copacabana, 897, sl. 402<br />

22060-001 - Rio de Janeiro - RJ, Tel. (21) 2599-8969.<br />

E-mail: atendimento@gruporiobrasil.com.br<br />

CURITIBA (PR)<br />

Spala Marketing e Representações: R. Conselheiro Laurindo, 825, cjto 512,<br />

80060-100, Curitiba, PR. Tel./fax (41) 3027-5565. E-mail: gilberto@spalamkt.com.br<br />

PORTO ALEGRE (RS)<br />

In Trade Comunicação Dirigi<strong>da</strong>: R. Vitorio Francisco Gior<strong>da</strong>ni, 309, Jardim Planalto -<br />

91220-490 Porto Alegre, RS. Tel./fax (51) 3737-5177. E-mail:cesar.intrade@globo.com<br />

MINAS GERAIS (MG)<br />

SBF Representações Comunicação Propagan<strong>da</strong> e Marketing Lt<strong>da</strong>:<br />

Av. Getúlio Vargas, 1.300 - sala 1704 - Savassi - 30112-021, Belo Horizonte, MG.<br />

Tel. (31) 2125-2900. E-mail: sbfaria@sbfpublici<strong>da</strong>de.com.br<br />

ou cibelle@sbfpublici<strong>da</strong>de.com.br<br />

INTERIOR SÃO PAULO (SP)<br />

Interage Representações<br />

Av. Diogo Gomes Carneiro, 110, Bloco 107, Butantã - 05547-030, São Paulo,<br />

Capital. Responsável Rosemeire Camargo Sesso. Tel. (11) 4112-3141/<br />

99607-6510. E-mail: roseinterage@terra.com.br<br />

Para obter informações e solicitar serviços<br />

Fax (11) 3228 - 9333 - Site www.sm.com.br<br />

<strong>Supermercado</strong> <strong>Moderno</strong>: R. Brigadeiro Tobias, 356, 3º an<strong>da</strong>r, CEP 01032-901.<br />

São Paulo, SP. Tel. (11) 3327-4400. C. Postal 3349 - 01060-970.<br />

<strong>Supermercado</strong> <strong>Moderno</strong> é envia<strong>da</strong> mensalmente a executivos, proprietários,<br />

compradores, gerentes e encarregados de lojas de autosserviço, conveniência,<br />

atacados e cooperativas responsáveis por 80% <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s. Coordenador de Produção<br />

- Denise Spedo Maciel (11) 3327- 4569. Distribuição: DTD Distribuição e<br />

Courier. Não autorizamos pessoas a oferecer assinaturas. Se for procurado por<br />

alguém, denuncie-o às autori<strong>da</strong>des. SM não aceita matérias pagas no espaço<br />

editorial. Proibi<strong>da</strong> reprodução total ou parcial sem autorização dos editores. Registro<br />

de Publicação assentado no ca<strong>da</strong>stro <strong>da</strong> Divisão de Censura de Diversões<br />

Públicas, D.P.F., nº 275.P209/73. Impresso por Prol Editora Gráfica Lt<strong>da</strong>, Av. Papaiz,<br />

581, Jd. <strong>da</strong>s Nações, Diadema, SP.<br />

Este produto é<br />

impresso na Prol,<br />

utilizamos papel com<br />

certificado FSC que<br />

garante o manejo<br />

florestal responsável.<br />

Trabalhamos<br />

comprometidos<br />

com o meio ambiente<br />

e temos uma ótima<br />

impressão do futuro.


SUMARIO<br />

SM | Nº 523 | DEZEMBRO DE 2012 | ANO 43<br />

70<br />

As ven<strong>da</strong>s de queijos finos nacionais cresceram 50% nos últimos cinco<br />

anos. Eles representam 85% do mercado nacional e oferecem margem<br />

bruta de 35% a 55%. Mas ain<strong>da</strong> há quem tenha dúvi<strong>da</strong>s sobre abrir<br />

espaço para esses produtos nas gôndolas <strong>da</strong>s lojas. Conheça mais sobre<br />

os queijos especiais brasileiros e confira dicas dos especialistas<br />

PRODUTO NACIONAL<br />

Campanha abor<strong>da</strong> consumo excessivo de sal | pág 13<br />

SECOES<br />

VOCÊ .............................................................................................................08<br />

SM DIGITAL .........................................................................................10<br />

PTO. DE VENDA ..............................................................................13<br />

LEIS E TRIBUTOS ........................................................................19<br />

MEGAMERCADO ...........................................................................85<br />

NOVOS PRODUTOS ...................................................................88<br />

COM A PALAVRA ...........................................................................90<br />

MATERIAS<br />

Estresse: empresas criam academias para diminuir o problema entre seus colaboradores | pág. 78<br />

NEGÓCIO<br />

MAIS VENDAS EM 2013 .........................................................25<br />

Os supermercados voltarão a crescer no ano que<br />

vem. Os economistas esperam alta de 5%<br />

COOPERAÇÃO<br />

ALEGRIA COM OS RESULTADOS ................................31<br />

Juntos, Campeão e Ebba elevaram a margem<br />

bruta de sucos prontos e reduziram estoques<br />

UM ANO DE COOPERAÇÃO .................................................37<br />

Sucesso <strong>da</strong> campanha lança<strong>da</strong> por SM para<br />

estreitar a relação entre varejo e indústria<br />

CAPA<br />

PROMOÇÃO NEM SEMPRE IMPERDÍVEL ...49<br />

Excesso de ofertas vicia o consumidor em preço<br />

baixo, mas o problema tem solução<br />

CATEGORIA<br />

NUTRIÇÃO INFANTIL ....................................................................61<br />

O mercado movimentou R$ 1 bilhão em 2011,<br />

mas ain<strong>da</strong> há muito espaço para avançar<br />

GESTÃO<br />

SEM ESTRESSE ...................................................................................78<br />

Veja como reduzir o problema em sua loja


VOCÊ: LUIZ GUSTAVO MALDI RAMOS<br />

VALORIZANDO O PROFISSIONAL DO VAREJO<br />

POR FERNANDO SALLES | FOTO DIVULGAÇÃO<br />

PÁG.<br />

08<br />

CURRÍCULO INVEJÁVEL<br />

Aos 35 anos, a carreira do<br />

gerente comercial e de logística<br />

<strong>da</strong> Coop inclui muitos projetos,<br />

como a criação de uma área<br />

de gestão de estoque e a<br />

implantação do sistema WMS.<br />

Resultado de muito estudo<br />

aliado ao conhecimento prático<br />

ASCENSÃO NA CARREIRA<br />

COM BASE EM PREPARAÇÃO TEÓRICA<br />

Em 1995, quando chegou à Coop<br />

como office-boy, Gustavo Ramos acreditava<br />

que sua vocação era a indústria<br />

automobilística. Mas em poucos meses<br />

se rendeu ao dinamismo e aos desafios<br />

do varejo. Com 17 anos, foi chamado a<br />

ocupar uma vaga de pesquisador. “Assim<br />

comecei a conhecer os produtos, as<br />

marcas e seus fornecedores”, conta.<br />

Nessa mesma época, cobria as férias<br />

<strong>da</strong> assistente comercial que, ao ser promovi<strong>da</strong>,<br />

o indicou para o cargo.<br />

As oportuni<strong>da</strong>des de ascensão não<br />

surgiam por acaso: enquanto acumulava<br />

conhecimento prático, se dedicava<br />

aos estudos. Formou-se em administração<br />

de empresas e em comércio<br />

exterior, fez pós-graduação em marketing,<br />

foi a Chicago (EUA) estu<strong>da</strong>r o varejo.<br />

Como comprador, percebeu a importância<br />

do aprimoramento <strong>da</strong> logística<br />

no autosserviço. Quis saber mais<br />

do assunto e fez uma especialização no<br />

Imam. O aprendizado o ajudou a partir<br />

de 2003, ao ser transferido para o setor<br />

de logística com o objetivo de implantar<br />

o sistema WMS (Warehouse Management<br />

System). Era um grande projeto,<br />

que incluía desde a padronagem <strong>da</strong><br />

paletização até a definição de horários<br />

de entrega. Foram cinco anos nesse setor,<br />

até ser chamado pelo vice-presidente<br />

Márcio Valle para gerenciar a<br />

área comercial. “Minha dúvi<strong>da</strong> era<br />

quem ficaria com a logística, e ele me<br />

respondeu: você”, lembra o executivo.<br />

Hoje, aos 35 anos, o currículo do gerente<br />

comercial e de logística inclui diversos<br />

outros projetos, como a criação<br />

de uma área de gestão de estoque, que<br />

permitiu disparar automaticamente<br />

os pedidos de produtos com deman<strong>da</strong><br />

regular para o fornecedor, liberando os<br />

compradores para outras definições.<br />

“Ao invés de ficarem emitindo pedido,<br />

eles agora se reúnem com os representantes<br />

<strong>da</strong> indústria para tratar <strong>da</strong>s negociações,<br />

ações estratégicas para o<br />

negócio, análise de sortimento, além, é<br />

claro, <strong>da</strong>s ações promocionais”, diz o<br />

gerente. To<strong>da</strong>s essas iniciativas têm<br />

aju<strong>da</strong>do a Coop a atingir metas.<br />

Enquanto o varejo apresenta ruptura<br />

média de 8% nos itens <strong>da</strong> curva A,<br />

por exemplo, na rede quase 96% desses<br />

produtos estão disponíveis nas gôndolas.<br />

De 2009 para cá, a cooperativa, com<br />

28 lojas (SP), comemora alta de dois<br />

pontos percentuais na rentabili<strong>da</strong>de.<br />

Gustavo Ramos li<strong>da</strong> bem com o acúmulo<br />

de responsabili<strong>da</strong>des porque sabe<br />

que sob seu comando estão equipes<br />

forma<strong>da</strong>s por profissionais eficientes.<br />

Aos interessados em seguir carreira no<br />

varejo, aconselha. “O estudo, aliado à<br />

prática, é peça fun<strong>da</strong>mental.”


SM.DIGITAL<br />

MAIS INFORMAÇÕES NO PORTAL E TABLET<br />

POR ADRIANA SILVESTRINI ADRIANA.SILVESTRINI@SM.COM.BR<br />

PÁG.<br />

10<br />

SM.COM.BR<br />

GOOGLE PLAY<br />

APP STORE<br />

É MUITO FÁCIL LER AS EDIÇÕES DE SM NO TABLET E CONFERIR CONTEÚDO EXCLUSIVO. BASTA ACESSAR GRATUITAMENTE PELO APP STORE OU GOOGLE PLAY.<br />

PARA FAZER O DOWNLOAD DO QR CODE EM SEU APARELHO: POSICIONE A CÂMERA SOBRE UM DOS CÓDIGOS ACIMA, FOTOGRAFE E BAIXE O APLICATIVO.<br />

ENQUETE<br />

Qual é o meio de pagamento mais usado<br />

pelos consumidores na sua loja?<br />

RANKING<br />

Últimas Notícias mais<br />

acessa<strong>da</strong>s em novembro:<br />

1<br />

2<br />

Carrefour aumenta chance de<br />

vender sua operação no Brasil<br />

Ex-dono do Assaí adquire<br />

rede Russi<br />

3<br />

4<br />

Cencosud pode comprar<br />

mais uma rede carioca de<br />

supermercados<br />

Walmart é investigado sobre<br />

corrupção no Brasil<br />

3 %<br />

CHEQUE<br />

6 %<br />

CARTÃO DE DÉBITO<br />

15 %<br />

CARTÃO DE CRÉDITO<br />

76 %<br />

DINHEIRO<br />

Áreas líderes em consulta<br />

no mês passado<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

Últimas Notícias<br />

SM Responde<br />

Negócios<br />

Ponto de Ven<strong>da</strong><br />

FOTOS THE COMMONS<br />

ARQUIVO REDAÇÃO SM<br />

SALGADINHOS EM ALTA<br />

O mercado de salgadinhos crescerá<br />

33% até 2015, impulsionado pelo<br />

consumo de itens mais caros.<br />

É o que mostra estudo <strong>da</strong> consultoria<br />

Mintel. Crescerá, ain<strong>da</strong>, o número<br />

de consumidores <strong>da</strong>s classes D<br />

e E.Leia mais na editoria Categorias.<br />

ENTREVISTA EM VÍDEO<br />

SM Digital conversou com Chris<br />

Rother, diretora de negócios <strong>da</strong><br />

e-bit, sobre o aumento <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s no<br />

comércio eletrônico. Ela revela por<br />

que os alimentos ain<strong>da</strong> representam<br />

fatia pequena do total vendido online.<br />

Confira a reportagem na seção Gestão.<br />

BLOG DA REDAÇÃO<br />

Mesmo com mais fibras, alguns<br />

pães integrais contêm alto teor<br />

de farinha branca. O problema<br />

é a falta de legislação que<br />

regulamente o que pode ser<br />

considerado integral. A repórter<br />

Viviane Sousa detalha esse tema.


PTO. DE VENDA<br />

TUDO QUE INTERESSA AO SETOR<br />

PÁG.<br />

13<br />

POR FERNANDO SALLES FERNANDO.SALLES@SM.COM.BR | FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

69 %<br />

<strong>da</strong>s empresas<br />

brasileiras<br />

consideram<br />

priori<strong>da</strong>de<br />

o uso eficiente<br />

de tecnologia<br />

CIETE SILVERIO<br />

MOTIVAÇÃO<br />

BENEFÍCIO PARA MANTER<br />

AS MÃES DA EQUIPE SATISFEITAS<br />

O Grupo Pão de Açúcar tem investido para manter seus colaboradores<br />

satisfeitos. Um bom exemplo é o programa “Cartão Mamãe”, implementado<br />

há um ano e meio e que oferece às colaboradoras com filhos de até cinco anos<br />

o benefício de R$100 por mês para gastar em produtos infantis <strong>da</strong> loja.<br />

“A preocupação com as pessoas sempre foi uma crença <strong>da</strong> empresa “, pontua<br />

Cristiane Lacer<strong>da</strong>, gerente de Planejamento e Desenvolvimento de Gente do Grupo.<br />

EQUIPAMENTO<br />

Leitura<br />

de longo alcance<br />

A Motorola já disponibiliza o<br />

computador portátil MC9190-RFID, que<br />

permite leitura de códigos de barra ou RFID<br />

a média e longa distância. O leitor utiliza<br />

uma única antena linear de longo alcance<br />

<strong>da</strong> Motorola, o que, segundo a empresa,<br />

garante maior precisão na contagem de<br />

produtos, inclusive <strong>da</strong>queles estocados<br />

no chão, nos fundos do depósito e em outras<br />

áreas fora do alcance visual do funcionário.<br />

Informações: www.motorolasolutions.com


PTO. DE VENDA<br />

LIVROS<br />

Para liderar<br />

CAMPANHA<br />

Alerta sobre riscos do alto consumo de sal<br />

Em parceria com o governo do<br />

Estado, os supermercados paranaenses<br />

realizaram no mês passado uma<br />

campanha para conscientizar a<br />

população sobre o consumo de sal.<br />

A ação faz parte <strong>da</strong> Campanha Nacional<br />

de Conscientização do Consumo de Sal<br />

e tem como intuito reduzir a incidência<br />

de problemas cardiovasculares<br />

causados pelo consumo excessivo<br />

de sódio. Em Curitiba, o hipermercado<br />

Condor Nilo Peçanha foi uma <strong>da</strong>s<br />

lojas que aderiram à campanha,<br />

espalhando cartazes, faixas de gôndola<br />

e folhetos alertando sobre os<br />

perigos do excesso de sal na alimentação.<br />

Qual a principal quali<strong>da</strong>de a ser<br />

exigi<strong>da</strong> de um líder? Para a escritora<br />

Flávia Lippi, a resposta é: capaci<strong>da</strong>de<br />

de trazer soluções inovadoras.<br />

Para aju<strong>da</strong>r os profissionais<br />

que atuam ou desejam atuar em<br />

posições de liderança, a autora<br />

e diretora-presidente do Instituto<br />

de Desenvolvimento Humano<br />

Lippi lança pela Matrix Editora o<br />

livro “Líder Transformador”, vendido<br />

pelo preço médio de R$ 29,90.<br />

Informações: www.matrixeditora.com.br<br />

EXPANSÃO<br />

DELTA<br />

SUPERMERCADOS<br />

CHEGA<br />

À SEXTA LOJA<br />

NOVA LOJA DELTA SUPERMERCADOS<br />

Uni<strong>da</strong>de tem seções de pa<strong>da</strong>ria, rotisseria, açougue, além de lanchonete e adega de vinhos<br />

Com quase três déca<strong>da</strong>s<br />

de atuação nas ci<strong>da</strong>des de<br />

Araras, Charquea<strong>da</strong> e Piracicaba,<br />

a rede Delta expande sua<br />

atuação no interior paulista e<br />

chega ao município de Porto Feliz.<br />

Com 15 checkouts e 1.800 m 2<br />

de área de ven<strong>da</strong>s, a sexta loja<br />

<strong>da</strong> empresa conta com setores<br />

como pa<strong>da</strong>ria, confeitaria,<br />

açougue, lanchonete e rotisseria,<br />

além de disponibilizar uma adega<br />

com mais de 500 rótulos de vinhos.<br />

14 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


LEIS E TRIBUTOS<br />

EM DIA COM SEUS DIREITOS E DEVERES<br />

PÁG.<br />

19<br />

POR VIVIANE SOUSA VIVIANE.SOUSA@SM.COM.BR<br />

SHUTTERSTOCK<br />

GESTANTES<br />

CONTRATADAS<br />

DE FORMA<br />

TEMPORÁRIA<br />

GANHAM DIREITO<br />

A ESTABILIDADE<br />

A mu<strong>da</strong>nça está em uma nova Súmula<br />

do TST (Tribunal Superior do Trabalho).<br />

O texto diz que qualquer funcionária gestante<br />

admiti<strong>da</strong> mediante contrato por tempo<br />

determinado também passa a ter direito à<br />

estabili<strong>da</strong>de provisória prevista no artigo 10,<br />

inciso II, alínea b, do ADCT (Atos <strong>da</strong>s Disposições<br />

Constitucionais Transitórias). Apesar de o novo<br />

entendimento não ter força de lei, o advogado<br />

Fábio Christófaro, <strong>da</strong> Gaiofato Associados,<br />

acredita que o fato de ter partido <strong>da</strong> mais alta<br />

corte trabalhista brasileira fará com que seja<br />

seguido por juízes de outros tribunais trabalhistas.<br />

Fonte: Gaiofato Associados www.gaiofato.com.br<br />

RETIFICACAO DA EFD TEM<br />

NOVOS PROCEDIMENTOS<br />

A partir de 1º de janeiro de 2013, a correção <strong>da</strong> EFD<br />

(Escrituração Fiscal Digital) do ICMS (Imposto sobre<br />

Circulação de Mercadorias e Serviços) e IPI (Imposto sobre<br />

Produtos Industrializados) poderá ser feita até o último dia<br />

do terceiro mês subsequente ao do encerramento do período<br />

de apuração, sem que seja necessária aprovação <strong>da</strong> autori<strong>da</strong>de<br />

competente. Após esse prazo, a retificação de informações<br />

na apuração do ICMS será submeti<strong>da</strong> à autorização<br />

<strong>da</strong> Secretaria <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>. No caso do IPI, à Receita Federal.<br />

Fonte: MG Contécnica Consultoria e Contabili<strong>da</strong>de www.mgcontecnica.com.br<br />

REFIS DA CRISE<br />

PODE SER<br />

PRORROGADO<br />

A Câmara dos Deputados já aprovou o programa<br />

que permite aos empresários com dívi<strong>da</strong>s saudá-las junto<br />

ao governo. A Medi<strong>da</strong> Provisória 547/2012, que prevê<br />

a prorrogação, está em votação no Senado. Caso aprova<strong>da</strong><br />

em mais essa instância, seguirá para sanção <strong>da</strong> presidente<br />

Dilma Rousseff. A MP irá beneficiar as pessoas jurídicas<br />

com dívi<strong>da</strong>s contraí<strong>da</strong>s até 30 de novembro de 2008.<br />

Fonte: Sescap (PR) www.sescap-pr.org.br<br />

THE COMMONS


LEIS E TRIBUTOS<br />

SHUTTERSTOCK<br />

BENEFICIO DE<br />

ACORDO SALARIAL<br />

TERA RENOVACAO<br />

AUTOMATICA<br />

Com a revisão <strong>da</strong> Súmula nº 277/1998,<br />

feita pelo TST (Tribunal Superior do<br />

Trabalho), as vantagens concedi<strong>da</strong>s<br />

pelas empresas aos trabalhadores serão<br />

automaticamente renova<strong>da</strong>s e somente<br />

revoga<strong>da</strong>s se houver nova negociação.<br />

O entendimento do TST, nos últimos<br />

24 anos, foi o de que os benefícios<br />

negociados valeriam enquanto vigorasse<br />

o acordo, por prazos de um ou dois anos.<br />

Para mantê-los numa convenção seguinte<br />

era necessária nova ro<strong>da</strong><strong>da</strong> de negociação.<br />

Enti<strong>da</strong>des de trabalhadores comemoram,<br />

considerando que isso vai impedir<br />

retrocessos nas negociações. Por outro<br />

lado, empresários acreditam que isso irá<br />

dificultar as convenções e acordos coletivos.<br />

Fonte: Diap www.diap.org.br


OBRIGATORIEDADE<br />

DE NOVO TERMO DE<br />

RESCISAO DE<br />

CONTRATO E ADIADA<br />

O antigo formulário agora terá<br />

vali<strong>da</strong>de até 31 de janeiro de 2013, de<br />

acordo com determinação do Ministério<br />

do Trabalho. A decisão foi toma<strong>da</strong><br />

pelo fato de muitas empresas ain<strong>da</strong> não<br />

terem adotado os novos formulários,<br />

o que poderia prejudicar os trabalhadores<br />

no momento em que fossem requerer<br />

o seguro-desemprego e o FGTS<br />

(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço),<br />

junto à Caixa Econômica Federal.<br />

Como mu<strong>da</strong>nça mais importante, o<br />

novo termo permite que o trabalhador<br />

identifique, de forma muito clara, to<strong>da</strong>s<br />

as verbas a que tem direito por ocasião<br />

<strong>da</strong> rescisão do contrato de trabalho.<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego<br />

www.mte.gov.br<br />

PAULO PEREIRA<br />

NOTA FISCAL PODERA TER DE LISTAR<br />

IMPOSTOS PAGOS PELOS CONTRIBUINTES<br />

Foi aprovado em novembro,<br />

pelo Senado, o Projeto de<br />

Lei 1472/07, que obriga os<br />

comerciantes a colocarem nas<br />

notas fiscais o valor dos tributos<br />

incidentes sobre os produtos<br />

e serviços vendidos. O objetivo<br />

é detalhar para o consumidor<br />

a participação dos impostos<br />

na composição do preço<br />

<strong>da</strong>s mercadorias, regulamentando<br />

determinação constitucional.<br />

No entanto, o projeto, que até<br />

o fechamento desta edição<br />

aguar<strong>da</strong>va sanção presidencial,<br />

poderá ser vetado por ser<br />

difícil de implantar. Afinal, listar<br />

uma extensa quanti<strong>da</strong>de<br />

de tributos não será na<strong>da</strong> fácil.<br />

Fonte: Agência Câmara de Notícias<br />

www2.camara.leg.br


NEGÓCIOS<br />

TEXTO PATRÍCIA BÜLL REDACAO@SM.COM.BR<br />

Veja no tablet mais<br />

A informações sobre crédito<br />

e inadimplência


2013 PERSPECTIVAS<br />

E RUMOS<br />

CONSUMO ALTO<br />

AS FAMÍLIAS CONTINUARÃO ADQUIRINDO<br />

MAIS PRODUTOS E SERVIÇOS,<br />

O QUE VAI CONTINUAR AJUDANDO A<br />

PUXAR A ECONOMIA NO ANO QUE VEM<br />

ano de 2013 deve contar uma história que você já está careca de ouvir. O setor supermercadista<br />

voltará a crescer acima do PIB (Produto Interno Bruto). E isso graças à<br />

expansão dos indicadores de ren<strong>da</strong>, que continuarão em alta. A expectativa dos especialistas<br />

em varejo é de que os super e hipermercados cresçam cerca de 5% em 2013 –<br />

mesma taxa espera<strong>da</strong> para este ano –, contra alta de 3% a 4% <strong>da</strong> economia brasileira.<br />

O maior desafio para o varejo alimentar será a concorrência pelos gastos do consumidor<br />

com bens duráveis, o qual, em função do aumento de crédito, voltará a aquecer.<br />

Celso Grisi, diretor-presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, é um dos que apostam<br />

em 5% para os supermercados em 2013. “Sempre que o salário mínimo tem ganho<br />

real, o que deve voltar a acontecer, o impacto é direto nos supermercados”, afirma.<br />

Já a Tendência Consultoria projeta alta no<br />

setor de 4,3% em 2013 . “Depois <strong>da</strong>s altas<br />

dos últimos anos, o segmento deve se acomo<strong>da</strong>r,<br />

com crescimento em ritmo menor.<br />

Além disso, no próximo ano, os bens duráveis<br />

devem ganhar a preferência do consumidor<br />

na hora <strong>da</strong>s compras”, diz Alessandra<br />

Ribeiro, economista <strong>da</strong> consultoria.<br />

Quanto ao PIB, a Tendências prevê 3,6%<br />

de aumento no próximo ano. Em 2012, a<br />

taxa deverá ficar em 1,5%. “Mais uma vez<br />

é o consumo <strong>da</strong>s famílias, com alta de<br />

3,7%, que puxará a economia”, explica a<br />

economista. “Isso se justifica pelas taxas<br />

mínimas históricas de desemprego, o que<br />

eleva massa salarial e traz efeitos positivos<br />

PIB<br />

7,5%<br />

CONSUMO DAS<br />

FAMÍLIAS<br />

2,7%<br />

1,5%<br />

3,9%<br />

2010 2011 2012* 2013*<br />

Fontes: Fenaban; IBGE; economistas *projeções<br />

7%<br />

CRÉDITO<br />

CARTEIRA TOTAL<br />

4,1% 3,9% 3,7%<br />

2010 2011 2012* 2013*<br />

20,5%<br />

19%<br />

16,1% 16,3%<br />

2010 2011 2012* 2013*<br />

5<br />

%<br />

será a evolução dos super<br />

e hipermercados no ano<br />

que vem, mesma taxa de<br />

2012, graças à ren<strong>da</strong>, ain<strong>da</strong><br />

em ritmo de expansão<br />

26 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


2013 PERSPECTIVAS<br />

E RUMOS<br />

CENARIO FAVORAVEL<br />

MASSA SALARIAL TERÁ MAIS UM ANO POSITIVO,<br />

2010 2011 2012* 2013*<br />

DIMINUINDO A INADIMPLÊNCIA<br />

INFLAÇÃO<br />

IPCA 5,9%<br />

6,5%<br />

5,4% 5,4%<br />

MASSA<br />

SALARIAL<br />

REAL<br />

7,5%<br />

4,8% 4,9% ** 5%<br />

INADIMPLÊNCIA<br />

4,6%<br />

5,5% 5,7% 5,3%<br />

2010 2011 2012* 2013*<br />

Fontes: Fenaban; IBGE;<br />

economistas, governo federal<br />

* projeções ** média acumula<strong>da</strong><br />

em 12 meses até maio de 2012<br />

2010 2011 2012* 2013*<br />

também na inadimplência e na concessão de<br />

crédito”. Para se ter uma ideia, a projeção do governo<br />

federal é que a massa salarial cresça perto<br />

de 5% reais em 2013. Grisi, <strong>da</strong> Fractal, também<br />

prevê mais ganhos de ren<strong>da</strong>. “O cenário<br />

de quase pleno emprego também vai favorecer<br />

as negociações salariais em 2013”, diz. Para ele,<br />

a ascensão <strong>da</strong>s classes mais pobres é um movimento<br />

que deve continuar, justamente pelo<br />

aumento real do salário mínimo e pelos programas<br />

de transferência de ren<strong>da</strong> do governo. “Só<br />

que o ritmo será um pouco menor”, comenta.<br />

É POR ISSO QUE O CONSUMO continuará<br />

crescendo no ano que vem. A Abia (Associação<br />

Brasileira <strong>da</strong>s Indústrias <strong>da</strong> Alimentação),<br />

por exemplo, mantém o otimismo. Sua projeção<br />

é elevar de 5% a 6% as ven<strong>da</strong>s reais e em<br />

4% a produção. Em 2012, a ideia é fechar com<br />

aumento de 4% a 5% no faturamento real e<br />

também com 4% no volume fabricado.<br />

Já a Abipla (Associação Brasileira <strong>da</strong>s Indústrias<br />

de Produtos de Limpeza e Afins)<br />

tem expectativa de que as ven<strong>da</strong>s de produtos<br />

de limpeza cresçam de dois a três pontos<br />

percentuais acima do PIB em 2013. “No nosso<br />

caso, o que garante o crescimento são os<br />

lançamentos, especialmente os que trazem<br />

maior valor agregado”, afirma Maria Eugênia<br />

Sal<strong>da</strong>nha, presidente executiva <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de.<br />

NA ESTEIRA DAS EXPECTATIVAS de um consumo<br />

maior, os supermercados também estão<br />

fazendo sua parte ao investir para crescer. É o<br />

caso <strong>da</strong> mineira Bahamas, com 28 lojas, cuja<br />

expectativa é elevar o faturamento em 20% nominais<br />

neste ano, sem abrir uma única filial.<br />

Para 2013, serão aplicados R$ 40 milhões em<br />

expansão e reformas de uni<strong>da</strong>des. “Abriremos<br />

no primeiro semestre três lojas em Uberlândia<br />

e um CD para atender as filiais do Triângulo<br />

Mineiro. Também temos a possibili<strong>da</strong>de de<br />

adquirir redes locais”, afirma Jovino Campos<br />

Reis, diretor comercial. Já a catarinense Giassi,<br />

12 lojas, pretende abrir uma loja ao ano, sendo<br />

que, em 2012, a ci<strong>da</strong>de escolhi<strong>da</strong> é a de Joinville.<br />

Zefiro Giassi, diretor-presidente, diz que<br />

a ideia é cresce 10% ao ano, mantendo o atual<br />

ritmo. Assim como essas empresas, quem quiser<br />

garantir uma fatia maior do mercado precisa<br />

estar preparado para atender o aumento<br />

do consumo nos próximos anos.<br />

NESTA REPORTAGEM VOCÊ VIU:<br />

PROJEÇÕES PARA O SETOR E PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS<br />

INVESTIMENTOS DOS SUPERMERCADOS<br />

28 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


COOPERAÇÃO<br />

MEXIDAS NO SORTIMENTO<br />

Ao passar de quatro para sete marcas, eliminar sabores de alguns<br />

fabricantes e abrir espaço para Maguary, a rede campeão multiplicou<br />

os ganhos, como conta Sílvio Marques, gestor de compras <strong>da</strong> empresa.<br />

ALEGRIA COM OS<br />

RESULTADOS<br />

Redução de ruptura a quase zero. Diminuição de estoque de 30 para<br />

15 dias. Aumento médio de 20% na margem bruta de sucos prontos.<br />

Alta média de 15% na rentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> categoria. Essas são algumas<br />

<strong>da</strong>s conquistas <strong>da</strong> rede Campeão depois de parceria com a Ebba<br />

SM<br />

12<br />

TEXTO VIVIANE SOUSA VIVIANE.SOUSA@SM.COM.BR | FOTOS ANDRÉ VALENTIM<br />

DEZEMBRO 2012 | SM.COM.BR 31


RESULTADOS<br />

COOPERAÇÃO<br />

Quando reassumiu o controle dos sucos<br />

Maguary, em 2009, a Ebba (Empresa<br />

Brasileira de Bebi<strong>da</strong>s e Alimentos)<br />

logo iniciou um plano para<br />

melhorar no mercado a imagem <strong>da</strong><br />

marca e de sua parceira de gôndola,<br />

a Da Fruta, também de sucos prontos<br />

e concentrados. Foram feitas<br />

pesquisas a fim de avaliar o perfil<br />

do consumidor e os resultados de<br />

ca<strong>da</strong> marca, além de levantamento<br />

com os varejistas para entender suas<br />

necessi<strong>da</strong>des de abastecimento.<br />

Segundo Lilian Yokota, gerente de<br />

produtos <strong>da</strong> Ebba, os resultados<br />

permitiram desenvolver uma estratégia<br />

de ven<strong>da</strong>s e serviços que melhoraram<br />

o desempenho dos produtos<br />

no autosserviço alimentar.<br />

“Como levamos em consideração o<br />

histórico de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s empresas,<br />

estamos também desenvolvendo<br />

ações personaliza<strong>da</strong>s”, conta Lilian.<br />

A REDE CAMPEÃO, 20 LOJAS no<br />

Rio de Janeiro, foi uma <strong>da</strong>s primeiras<br />

a sentir os benefícios <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça.<br />

Dois anos após iniciar um trabalho<br />

com a Ebba, seus problemas<br />

com ruptura, envolvendo os sucos<br />

prontos Maguary de 1 litro, praticamente<br />

desapareceram. Sílvio Marques,<br />

gestor de compras <strong>da</strong> empresa,<br />

lembra que antes de a Ebba reassumir<br />

a marca, as lojas chegavam a<br />

ficar praticamente desabasteci<strong>da</strong>s.<br />

Isso acontecia com frequência, o<br />

que afetava negativamente os números<br />

<strong>da</strong> seção de não alcoólicos.<br />

As entregas agora ocorrem semanalmente<br />

e sem atrasos, o que permite<br />

reduzir a ruptura, além do tempo de<br />

estoque. Hoje, o nível é de 15 dias,<br />

quando no passado chegava a mais<br />

de 30. A Ebba também estimulou as<br />

ven<strong>da</strong>s com a presença constante de<br />

promotores e campanhas de degustação<br />

nas lojas. E adequou o planograma<br />

dos sucos prontos, de maneira a<br />

facilitar as escolhas e as compras. A<br />

rede segue hoje a árvore de decisão<br />

<strong>da</strong> categoria, o que significa manter<br />

um layout no qual os produtos são<br />

divididos por sabor. Os de maior giro<br />

(isso varia de loja para loja) agora<br />

iniciam a exposição <strong>da</strong> categoria, no<br />

sentido do fluxo do corredor. Normalmente<br />

os que mais saem são os<br />

sabores manga, maracujá, laranja,<br />

uva e goiaba. “Poderíamos ter feito<br />

o contrário – abrir a gôndola com as<br />

versões de maior valor agregado para<br />

gerar experimentação –, mas não<br />

impomos na<strong>da</strong> ao consumidor. Nosso<br />

objetivo é facilitar o momento de<br />

compra”, destaca o gestor de compras.<br />

30 %<br />

é a alta no volume de ven<strong>da</strong>s de<br />

sucos prontos Maguary – a marca,<br />

junto com Da Fruta, responde<br />

por 50% <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> categoria<br />

MAIOR GIRO E MAIOR LUCRO<br />

15 %<br />

20 % é a alta média na<br />

é o aumento médio<br />

obtido na margem<br />

bruta de sucos prontos<br />

pela rede Campeão<br />

rentabili<strong>da</strong>de de to<strong>da</strong><br />

a categoria depois<br />

de parceria com a Ebba<br />

O RESULTADO NÃO PODERIA ser<br />

melhor. Nos últimos dois anos, o volume<br />

de ven<strong>da</strong>s de sucos prontos Maguary<br />

cresceu 30%, garantindo uma<br />

alta de cerca de 10% na participação<br />

<strong>da</strong> categoria no faturamento <strong>da</strong> seção<br />

de bebi<strong>da</strong>s não alcoólicas. Hoje,<br />

sucos prontos respondem por 40%<br />

do segmento e a Ebba, com suas duas<br />

marcas, é campeã em ven<strong>da</strong>s, com<br />

50% de participação. O sortimento<br />

<strong>da</strong> categoria na rede também passou<br />

por mu<strong>da</strong>nças. Levando em conside-<br />

32 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


RESULTADOS<br />

COOPERAÇÃO<br />

ÁRVORE DE DECISÃO Seguindo, na exposição, critérios de escolha do shopper, os sabores de sucos prontos foram agrupados na vertical<br />

Juntos, Campeão e<br />

Ebba aumentaram o<br />

fluxo de consumidores<br />

no corredor de sucos<br />

prontos e, com isso,<br />

a participação <strong>da</strong><br />

categoria nas ven<strong>da</strong>s<br />

ração o histórico de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s lojas,<br />

foi constatado que o giro de alguns<br />

sabores, de determina<strong>da</strong>s marcas, estava<br />

muito baixo. A rede então decidiu<br />

tirá-los <strong>da</strong>s prateleiras. Das lojas<br />

localiza<strong>da</strong>s na zona sul, por exemplo,<br />

foram retirados cinco sabores de três<br />

marcas. Outras marcas tiveram a presença<br />

reduzi<strong>da</strong>. O espaço que sobrou<br />

foi usado para ampliar a exposição<br />

dos produtos Maguary, incluindo os<br />

lançamentos – de tangerina e maçã.<br />

40 %<br />

é a participação<br />

de sucos prontos<br />

nas ven<strong>da</strong>s de<br />

bebi<strong>da</strong>s não alcoólicas<br />

A rede Campeão aproveitou o gancho<br />

para incrementar a seção com<br />

novas marcas. “Precisávamos de<br />

mais varie<strong>da</strong>de. Optamos por três<br />

com as quais já trabalhávamos em<br />

outras categorias e que eram bem<br />

aceitas pelo público”, explica Marques.<br />

Hoje, as lojas têm um sortimento<br />

com sete marcas, quando<br />

antes eram cerca de quatro.<br />

Para atender o shopper que procura<br />

embalagens pequenas, de consu-<br />

10 %<br />

é a alta na participação<br />

de sucos prontos<br />

nas ven<strong>da</strong>s<br />

de não alcoólicos<br />

mo imediato, a rede decidiu também<br />

incluir no mix as caixinhas de 200 ml.<br />

Em dois anos, a versão já representa<br />

15% <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> categoria. Elas ficam<br />

na parte superior <strong>da</strong>s gôndolas a<br />

fim de evitar problemas com per<strong>da</strong>s.<br />

Novos sabores, novas marcas e<br />

embalagens, além de um maior fluxo<br />

de clientes na seção de sucos, motivou<br />

o Campeão a aumentar a margem<br />

dos néctares em cerca de 20%,<br />

resultando na expansão <strong>da</strong> rentabili<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> categoria em 15%.<br />

Todo esse trabalho em conjunto,<br />

segundo o gerente de compras<br />

<strong>da</strong> rede, mexeu com outros fabricantes,<br />

que passaram a <strong>da</strong>r maior<br />

atenção à imagem de seus produtos.<br />

Como disse Marques, “no final<br />

<strong>da</strong>s contas, a rede ganhou em dobro<br />

com uma única boa parceria”,<br />

NESTA REPORTAGEM VOCÊ VIU:<br />

TIPO DE PARCERIA FIRMADA ENTRE<br />

CAMPEÃO E EBBA<br />

RESULTADOS PARA A REDE<br />

34 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


COOPERAÇÃO<br />

SM<br />

12<br />

1<br />

ANO DE<br />

COOPERACAO<br />

SUCESSOS<br />

E CERTEZAS<br />

EM JANEIRO, SM LANÇOU CAMPANHA<br />

PARA ENRIQUECER A RELAÇÃO ENTRE<br />

VAREJO E FORNECEDOR E, ASSIM,<br />

MELHORAR OS RESULTADOS DE AMBOS.<br />

PAUTADA EM BONS EXEMPLOS<br />

E DISCUSSÕES FRANCAS, A INICIATIVA<br />

RESULTOU EM SETE REPORTAGENS E TRÊS<br />

FÓRUNS FRUTÍFEROS E ANIMADORES.<br />

O BALANÇO, VOCÊ ENCONTRA<br />

AQUI. NO PRÓXIMO ANO TEM MAIS.<br />

TEXTO ALESSANDRA MORITA ALESSANDRA.MORITA@SM.COM.BR<br />

A<br />

Veja no tablet<br />

mais depoimentos<br />

sobre cooperação


ANO DE<br />

COOPERACAO<br />

SUCESSOS<br />

E CERTEZAS<br />

07<br />

CASES<br />

DE<br />

ESTAQUE<br />

Durante este ano, SM publicou sete histórias de sucesso envolvendo<br />

uma maior colaboração entre supermercados e fornecedores.<br />

Os cases mostram o que foi feito e quais resultados – invariavelmente<br />

aumento de ven<strong>da</strong>s e de lucrativi<strong>da</strong>de. Varejo e indústria<br />

aprofun<strong>da</strong>ram as parcerias para atender melhor o público e garantir melhores<br />

resultados para todos. Na pauta <strong>da</strong>s negociações predominou o<br />

chamado sell out – as ven<strong>da</strong>s ao consumidor final. Veja o que foi feito<br />

pelas empresas que toparam essa nova forma de negociar. No ano que<br />

vem retomamos as discussões em Fóruns, Encontros e reportagens. A<br />

campanha continua forte com a sua participação.<br />

PAULO PEREIRA<br />

01<br />

FIM DO AÇOUGUE DE BALCÃO<br />

REDE COOPERCICA + JBS<br />

ALTA DE 20% NA MARGEM BRUTA DE CARNE BOVINA<br />

RAFAEL DABUL<br />

02<br />

GESTÃO DE CATEGORIAS<br />

CONDOR + KIMBERLY + HYPERMARCAS<br />

FOCO NAS VERSÕES DE MAIOR VALOR AGREGADO<br />

Trabalhando com a JBS, que tem um programa<br />

de desenvolvimento de açougues, a Coopercica,<br />

do interior paulista, registrou ain<strong>da</strong> aumento<br />

de 25% nas ven<strong>da</strong>s do açougue. O sortimento<br />

foi ajustado ao perfil do cliente, com a introdução<br />

de 20 novos cortes, e o balcão de atendimento<br />

foi eliminado. Para a JBS, que oferece treinamento<br />

aos parceiros, ao vender apenas itens embalados,<br />

a rede também reduziu as per<strong>da</strong>s.<br />

Ao incentivar a compra de versões mais caras,<br />

a rede paranaense melhorou a rentabili<strong>da</strong>de<br />

de papéis higiênicos e de cremes para pele.<br />

A empresa, com 33 lojas, aplicou o gerenciamento<br />

por categorias com Kimberly-Clark e Hypermarcas.<br />

No primeiro caso, conseguiu elevar as ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s<br />

versões de folha dupla em 30%. No caso dos<br />

cremes, obteve aumento de 15% com a linha facial<br />

– isso contra 7% <strong>da</strong>s lojas sem o gerenciamento.<br />

PALAVRA D0<br />

VAREJO<br />

FOTOS PAULO PEREIRA<br />

MELHORAMOS RELAÇÃO COM A PROCTER<br />

“O Fórum foi fun<strong>da</strong>mental para nos aproximarmos<br />

<strong>da</strong> P&G. Graças a ele, recebemos a visita do diretor<br />

comercial <strong>da</strong> empresa, quando tratamos <strong>da</strong>s<br />

deficiências dos dois lados. Passamos a trabalhar<br />

juntos em gerenciamento por categorias e as ven<strong>da</strong>s<br />

explodiram nas categorias envolvi<strong>da</strong>s. Por enquanto<br />

aproveitamos apenas 30% a 40% <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong>des.<br />

Vamos conquistar muito mais”, diz João Márcio Castro,<br />

gestor comercial <strong>da</strong> rede Princesa, 20 lojas (RJ)<br />

38 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


DIVULGAÇÃO<br />

03<br />

PREÇO NÃO É TUDO<br />

O JEITO ANGELONI DE PARCERIA<br />

FOCAR EM VENDAS É O DESAFIO DE JOSÉ FRETTA<br />

LIA LUBAMBO<br />

04<br />

NOVO MIX DE HIGIENE<br />

REDE ARCO-ÍRIS + J&J<br />

RESULTADOS SE DEVEM A ATENDIMENTO DIRETO<br />

Em vez de resumir as negociações a preço, a rede,<br />

com 23 lojas, tem acertado com os fornecedores<br />

formas de elevar as ven<strong>da</strong>s. É o que explica<br />

José Augusto Fretta, presidente <strong>da</strong> empresa,<br />

a maior de Santa Catarina. A companhia está<br />

melhorando a exposição <strong>da</strong>s mercadorias e as<br />

ações de merchandising, entre outras iniciativas,<br />

com resultados positivos para todos.<br />

As ven<strong>da</strong>s, no ano passado, tiveram alta de 12%<br />

Rede pernambucana com 21 lojas, o Arco-Íris<br />

integra um programa <strong>da</strong> Johnson & Johnson que<br />

atende diretamente redes de médio e pequeno<br />

porte. Juntas, as empresas redefiniram o mix <strong>da</strong>s<br />

lojas conforme o comportamento do cliente.<br />

Também optaram por incluir 30 novos SKUs, como<br />

packs e a embalagem de 500 ml de Listerine. Outra<br />

mu<strong>da</strong>nça foi agrupar todos os itens para bebês<br />

em um único local <strong>da</strong> gôndola, facilitando a compra.<br />

05<br />

MUDANÇAS EM MATINAIS<br />

SUPER MAIA + NESTLÉ<br />

AUMENTO DA LUCRATIVIDADE CHEGOU A 40%<br />

CRISTIANO MARIZ<br />

Nutrição infantil e até barras de cereais passaram<br />

a integrar a seção de matinais <strong>da</strong> rede Super Maia.<br />

A decisão foi toma<strong>da</strong> com a Nestlé a partir de<br />

estudos de comportamento do shopper realizados<br />

para implementar o GC. Também houve mu<strong>da</strong>nças<br />

no layout na gôndola. A categoria de nutrição<br />

infantil passou a abrir o corredor de matinais,<br />

sendo que os leites especiais ficaram na parte<br />

superior <strong>da</strong>s prateleiras e as papinhas ganharam<br />

mais frentes. Com isso, entre outras ações,<br />

os leites tiveram alta de 39% em volume, os<br />

cereais, 40% e as papinhas, 10%. Com o projeto<br />

cooperativo, o Super Maia passou a contar com<br />

melhores negociações e mais ações de marketing.<br />

PALAVRA DA<br />

INDUS-<br />

TRIA<br />

DISCUTIMOS ESTRATÉGIAS COMERCIAIS<br />

“Com o Fórum, capturamos eventuais falhas em<br />

nossa operação e observamos boas práticas de outras<br />

indústrias. Percebemos alguns clientes insatisfeitos<br />

com determina<strong>da</strong>s estratégias comerciais em algumas<br />

regiões. Convi<strong>da</strong>mos alguns deles para uma nova<br />

discussão na própria região, a fim de aperfeiçoar<br />

o atendimento, ou para uma visita a nosso centro<br />

de inovação, onde explicamos nossas estratégias”, declara<br />

Marcelo Costa, diretor de trade marketing <strong>da</strong> Unilever<br />

DEZEMBRO 2012 | SM.COM.BR 39


ANO DE<br />

COOPERACAO<br />

SUCESSOS<br />

E CERTEZAS<br />

PALAVRA D0<br />

VAREJO<br />

PAULO PEREIRA<br />

AUMENTAMOS EM 70% O MIX DA P&G<br />

“Por meio desse trabalho de SM, começamos<br />

a comprar direto <strong>da</strong> Procter, o que melhorou<br />

o abastecimento e as negociações. Aumentamos<br />

em 70% o mix de produtos <strong>da</strong> empresa e<br />

dobramos o volume de ven<strong>da</strong>s. Graças a uma<br />

melhor distribuição, a ruptura caiu 25%.<br />

É por isso que essa ação de SM deve continuar.<br />

Ela é muito positiva para o setor”, ressalta Pedro<br />

Lourenço, presidente <strong>da</strong> rede BH, 112 lojas (MG)<br />

DRAWLIO JOCA<br />

06<br />

REDEFINIÇÃO DO MIX<br />

MERCADINHOS SÃO LUIZ + 3M<br />

RUPTURA CAI PELA METADE<br />

Luiz Fernando Ramalho, do Mercadinhos<br />

São Luiz (esquer<strong>da</strong>) e Danilo Ribeiro, <strong>da</strong> 3M,<br />

contaram com a aju<strong>da</strong> do distribuidor do<br />

Ceará J.A. Comercial. Juntos, eles solucionaram<br />

atrasos na entrega dos produtos e redefiniram<br />

o sortimento <strong>da</strong> 3M em papelaria e utili<strong>da</strong>des<br />

domésticas. Resultado: reduziram pela<br />

metade a falta de mercadorias nessas duas<br />

categorias. O São Luiz tem 12 lojas em Fortaleza.<br />

LIA LUBAMBO<br />

07<br />

LOJA DE DESTILADOS<br />

WALMART + DIAGEO<br />

ITENS SOFISTICADOS PARA ALAVANCAR MARGENS<br />

As duas empresas inauguraram uma loja<br />

especializa<strong>da</strong> em destilados no fim de agosto.<br />

Nela, são vendidos produtos mais sofisticados.<br />

Também há muita interativi<strong>da</strong>de por meio de<br />

totens, além de demonstradoras. A loja, localiza<strong>da</strong><br />

em Recife (PE), que nos primeiros meses só<br />

venderá Diageo, poderá ser leva<strong>da</strong> pelo<br />

Walmart a outras regiões. A indústria também<br />

pretende estender a iniciativa a outros varejistas.<br />

PALAVRA DA<br />

INDUS-<br />

TRIA<br />

DARIO DE FREITAS<br />

TIVEMOS DISCUSSÕES SINCERAS<br />

“O Fórum de SM foi excelente oportuni<strong>da</strong>de para<br />

a P&G estar em contato com os clientes em um<br />

ambiente diferenciado. Nele, tendências de mercado,<br />

do shopper e preocupações do setor puderam ser<br />

discuti<strong>da</strong>s abertamente para encontrar maneiras de<br />

crescer mais em nossos negócios. Além disso, foi uma<br />

oportuni<strong>da</strong>de de conhecer e fortalecer relacionamentos<br />

com os proprietários e principais executivos do varejo<br />

brasileiro”, diz José Valdez, diretor de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> P&G<br />

40 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


ANO DE<br />

COOPERACAO<br />

SUCESSOS<br />

FÓRUM<br />

COOPERAÇÃO E CERTEZAS<br />

03<br />

FORUNS<br />

DE<br />

PRESTIGIO<br />

<strong>Supermercado</strong>s de um lado. Indústrias do outro.<br />

Mas em vez <strong>da</strong> tensão <strong>da</strong>s negociações, debates<br />

sinceros e produtivos. Assim foram os três Fóruns<br />

Colaborativos realizados por SM nos meses<br />

de março, junho e outubro. Na<strong>da</strong> menos do que<br />

sete grandes fabricantes, todos multinacionais, apresentaram<br />

histórias de bom relacionamento ao lado de<br />

varejistas-parceiros de vários pontos do País. Todos líderes<br />

regionais. Sempre em dupla, eles expuseram suas<br />

iniciativas e seus resultados. Na plateia, cerca de 70<br />

redes, a ca<strong>da</strong> evento, representa<strong>da</strong>s por seus proprietários<br />

e diretores comerciais. “Com os fóruns, alguns supermercadistas<br />

conseguiram se aproximar mais <strong>da</strong>s<br />

indústrias participantes obtendo resultados que foram<br />

do aumento de ven<strong>da</strong>s e lucro à redução de ruptura”,<br />

afirmou Sergio Alvim, diretor executivo de SM. Os encontros<br />

também contaram com a participação de Ari<br />

Kertesz, sócio <strong>da</strong> consultoria McKinsey, que tratou de<br />

temas como a ruptura e os papel de compradores e<br />

vendedores para um relacionamento mais colaborativo.<br />

No terceiro fórum, Kertesz divulgou os resultados<br />

preliminares de um levantamento sobre a opinião dos<br />

varejistas a respeito do nível de serviços dos fabricantes.<br />

O estudo tem o apoio de SM. Segundo a pesquisa,<br />

ain<strong>da</strong> em an<strong>da</strong>mento, 90% dos respondentes afirmam<br />

que o mais importante é o serviço pós-ven<strong>da</strong>. Confira<br />

a seguir os cases apresentados nos três eventos e como<br />

as empresas solucionaram problemas em comum. Os<br />

debates (e as soluções) continuarão em 2013.<br />

PALAVRA D0<br />

VAREJO<br />

FOTOS PAULO PEREIRA<br />

RECEBEMOS VISITA DO DIRETOR DA PEPSICO<br />

“Dos Fóruns Colaborativos, surge a oportuni<strong>da</strong>de<br />

de conversar com decisores <strong>da</strong> indústria, como<br />

aconteceu com a Pepsico. O vice-presidente comercial,<br />

Rômulo Dantas, esteve em nossa sede onde mostramos<br />

a necessi<strong>da</strong>de de sermos atendidos diretamente,<br />

o que aconteceu há pouco mais de 40 dias. O projeto<br />

ain<strong>da</strong> é embrionário, mas, nesse período, já contamos<br />

com resultados positivos de ven<strong>da</strong>s”, diz Antonio Celso<br />

Azevedo, superintendente do Verdemar, sete lojas (MG)<br />

42 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


MIX, COMPRAS, ATENDIMENTO<br />

PRIMEIRO FÓRUM AGRADOU 100% DOS PARTICIPANTES<br />

01Aprovado por todos os varejistas, o 1º Fórum apresentou três<br />

bem-sucedidos casos de relacionamento. Um deles envolveu<br />

o Condor, representado pelo gerente comercial João Luiz<br />

Silva (primeira foto a partir <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>), e a Nivea, com<br />

o diretor comercial <strong>da</strong> época, Luiz Clavis, hoje na Hypermarcas.<br />

Juntos, adequaram o mix e acertaram o estoque, elevando<br />

as ven<strong>da</strong>s. Outro caso foi o do Covabra e Master Blend<br />

(ex-Sara Lee), contado por Adilson Santos e Hugues<br />

Godefroy, respectivos diretores comerciais (segun<strong>da</strong> foto).<br />

Eles eliminaram a concentração de compras no fim do mês,<br />

com alta de 50% na margem líqui<strong>da</strong> <strong>da</strong> rede. Já o terceiro<br />

caso trouxe Super Bom (Lucas Barcelos terceira foto), P&G<br />

(Rodrigo Ribeiro, a seguir) e Coop (Emerson Poppi, última foto).<br />

Eles falaram sobre as vantagens do atendimento indireto.<br />

FOTOS PAULO PEREIRA<br />

FOTOS PAULO PEREIRA<br />

02<br />

No<br />

MAIS MARGEM, MENOS RUPTURA<br />

EMPRESAS CONSEGUIRAM ELEVAR A RENTABILIDADE<br />

segundo encontro, mais histórias de sucesso e<br />

novamente 100% de aprovação do público. Erico Bollis,<br />

gerente regional <strong>da</strong> rede Pague Menos (à esquer<strong>da</strong>), contou,<br />

ao lado de Marcelo Costa, <strong>da</strong> Unilever, como as duas<br />

empresas conseguiram rentabilizar a categoria de cui<strong>da</strong>dos<br />

com os cabelos. Com redução de itens básicos e introdução<br />

do segmento de salões, as ven<strong>da</strong>s dos produtos sofisticados<br />

(de maiores margens) cresceram 62%. Já Rômulo Dantas,<br />

vice-presidente comercial <strong>da</strong> Pepsico (à direita) falou<br />

sobre os trabalhos com o Savegnago, rede paulista que<br />

abre espaço para os fornecedores à medi<strong>da</strong> que investem<br />

regularmente na categoria para incentivar o consumo.<br />

Ao melhorar o mix e evitar ruptura, as duas empresas<br />

elevaram ven<strong>da</strong>s de achocolatados em 29% e de aveia em 19%.<br />

PALAVRA DA<br />

INDUS-<br />

TRIA<br />

IDENTIFICAMOS SOLUÇÕES<br />

“O Fórum tem se tornado referência no mercado.<br />

Vejo como bastante positiva a nossa participação,<br />

tanto na apresentação que fizemos do GC em<br />

colaboração com o Super Maia, quanto no debate<br />

de temas sensíveis, como a formação de preços<br />

e ruptura. Momentos como este nos aju<strong>da</strong>m a<br />

identificar soluções que podem trazer resultados<br />

positivos para ambos os lados”, afirma Westermann<br />

Geraldes, vice-presidente de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Nestlé<br />

DEZEMBRO 2012 | SM.COM.BR .BR 43


ANO DE<br />

COOPERACAO<br />

SUCESSOS<br />

E CERTEZAS<br />

COOPERAÇÃO<br />

PALAVRA D0<br />

VAREJO<br />

PAULO PEREIRA<br />

TROUXEMOS P&G E PEPSICO PARA PERTO<br />

“Agarramos as oportuni<strong>da</strong>des que este Fórum nos<br />

trouxe e fomos atrás <strong>da</strong> indústria, conseguindo<br />

levá-la até nossa base. Com Procter e Pepsico, por<br />

exemplo, tínhamos problemas de abastecimento<br />

e de desconfiguração de preços em relação ao mercado.<br />

A partir de exaustivas conversas, superamos as<br />

dificul<strong>da</strong>des, chegando a um acordo vantajoso<br />

para todos”, relata José Fagundes Júnior, diretor<br />

de infraestrutura <strong>da</strong> rede Super Maia, 15 lojas (DF)<br />

FOTOS PAULO PEREIRA<br />

03<br />

Gerenciamento<br />

GESTÃO COMPARTILHADA<br />

ESTRATÉGIAS E OBJETIVOS DEFINIDOS EM CONJUNTO<br />

por categorias em matinais. Esse foi o case<br />

apresentado pela rede Super Maia (DF) e a Nestlé durante<br />

o 3º Fórum Colaborativo. Depois de uma série de estudos<br />

com os shoppers para a aplicação <strong>da</strong> ferramenta, os parceiros<br />

decidiram ajustar o sortimento, alinhar preços com o<br />

mercado e alterar a exposição. Segundo Werner Goulart,<br />

responsável pelo GC <strong>da</strong> rede (foto à direita), foram excluí<strong>da</strong>s<br />

seis categorias e incluí<strong>da</strong>s outras três. Renata Batal, chefe de<br />

GC <strong>da</strong> Nestlé (à esquer<strong>da</strong>) conta que, após a implementação<br />

do projeto, na loja-piloto, a ruptura caiu 5% e o<br />

faturamento subiu 35%. “Também conseguimos otimizar a<br />

experiência de compra e fidelizar o shopper”, diz a executiva.<br />

Outra apresentação foi a de Muffato e Johnson & Johnson.<br />

Ambas definiram como objetivo comum uma alta de<br />

25% nas ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> linha J&J de higiene e beleza. A partir<br />

<strong>da</strong>í estabeleceram as estratégias. “Optou-se por redefinir<br />

o número de itens <strong>da</strong> indústria que ficam estocados nos CDs.<br />

Antes, eram 7 SKUs que respondiam por 6% <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s<br />

e hoje são 85 que representam 74%”, explica Adilson Correa,<br />

gerente comercial <strong>da</strong> rede (à esquer<strong>da</strong> na segun<strong>da</strong> foto).<br />

Leonardo Curado, diretor de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> J&J (à direita), conta<br />

que também houve revisão de portfólio conforme os<br />

clusters de ca<strong>da</strong> loja. Com isso, os packs promocionais, cujas<br />

ven<strong>da</strong>s subiram 10%, passaram a ser destina<strong>da</strong>s às lojas certas.<br />

PALAVRA DA<br />

INDUS-<br />

TRIA<br />

DIVULGAÇÃO<br />

VAMOS FOCAR MAIS NAS REDES REGIONAIS<br />

“SM assume papel diferenciado como interlocutor<br />

entre o trade e a indústria. Com o fórum, identificamos,<br />

entre outros pontos, que os regionais sentem-se<br />

diferentes dos globais mesmo com a alta participação<br />

que já têm no mercado. Isso nos fez repensar como<br />

estávamos estruturados para atendê-los e nos<br />

redesenhamos para buscar maior foco e melhorar a<br />

relação com esses parceiros”, comenta Luiz Carlos Almei<strong>da</strong>,<br />

diretor de desenvolvimento de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Pepsico<br />

44 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


CAPA<br />

nem sempre<br />

O VAREJO EXAGERA NAS OFERTAS SEM<br />

MEDIR SUA EFICIÊNCIA E SEM AVALIAR O<br />

IMPACTO QUE TÊM SOBRE OS RESULTADOS.<br />

ALÉM DE AFETAR A RENTABILIDADE,<br />

A PRÁTICA TEM TRANSFORMADO O<br />

CONSUMIDOR NUM CAÇA-PREÇO-BAIXO.<br />

A INDÚSTRIA TAMBÉM TEM SUA CULPA<br />

TEXTO ALESSANDRA MORITA ALESSANDRA.MORITA@SM.COM.BR<br />

DEZEMBRO 2012 | SM.COM.BR 49


PROMOÇÃO<br />

CAPA<br />

A<br />

Veja no tablet<br />

mais informações<br />

Principal iniciativa de super e<br />

hipermercados para aumentar<br />

tráfego, elevar ven<strong>da</strong>s e cultivar<br />

imagem de loja barata, as promoções<br />

estão virando alvo de<br />

dores de cabeça. Ninguém nega<br />

a importância <strong>da</strong> ação. O que especialistas,<br />

algumas indústrias<br />

e alguns varejistas começam a<br />

questionar é o enorme tamanho<br />

que ela adquiriu e os seus reflexos na rentabili<strong>da</strong>de e<br />

no comportamento do consumidor. Hoje, os supermercadistas,<br />

com apoio ou não <strong>da</strong> indústria, brigam<br />

para oferecer o maior desconto, no maior número<br />

de itens, com a maior frequência possível, comprometendo<br />

margens e viciando o mercado. Claro que<br />

obtêm resultados positivos, mas os negativos já são<br />

maiores. É o que mostra estudo realizado pela Nielsen,<br />

que analisou 778 promoções de 323 produtos<br />

diferentes entre 2009 e 2011. De todo o volume de<br />

ven<strong>da</strong>s gerado a partir de ofertas, uma média de 45%<br />

refere-se à ven<strong>da</strong> adicional. Ótimo. Mas 55% do volume<br />

teria sido vendido mesmo sem a ação promocional,<br />

ou seja, mesmo sem espremer margem e/ou<br />

fornecedor. “O pior é que muitas categorias são alvo<br />

regular de ofertas, pois respondem bem à iniciativa, o<br />

que leva o consumidor a entender que o preço baixo<br />

corresponde ao preço regular. Quando o valor volta<br />

ao seu padrão, o cliente simplesmente não aceita”,<br />

explica Patricia Momesso, gerente de atendimento<br />

<strong>da</strong> Nielsen. Para ela, é preciso encontrar outros tipos<br />

de ações para incrementar as ven<strong>da</strong>s. “O mais importante<br />

é avaliar o retorno que a oferta traz em relação<br />

ao que será investido pelas empresas”, diz.<br />

Pesquisas <strong>da</strong> consultoria Sense Envirosell também<br />

indicam que é preciso evitar o excesso de promoções.<br />

“O Brasil é um dos países com menor índice de<br />

fideli<strong>da</strong>de às lojas porque o brasileiro é um dos que<br />

frequentam mais estabelecimentos atrás de oferta”,<br />

afirma José Augusto Domingues, sócio-diretor <strong>da</strong><br />

empresa. O especialista diz ain<strong>da</strong> que um estudo realizado<br />

por uma grande rede, anos atrás, mostrou<br />

que o consumidor desconfia do excesso de promoções.<br />

Para ele, “se tudo está em oferta é porque na<strong>da</strong>,<br />

de fato, está em oferta”; ou “se tudo está em oferta é<br />

porque a loja cobra preços muito altos”.<br />

“Como resposta, a rede diminuiu a quanti<strong>da</strong>de de<br />

ofertas por categoria”, afirma Domingues. “Hoje, apenas<br />

10% dos SKUs de um segmento estão com preços<br />

reduzidos. Até algum tempo atrás, eram 40%”, comenta.<br />

Segundo ele, para evitar mensagem equivoca<strong>da</strong>,<br />

os varejistas também têm procurado associar<br />

as promoções a ocasiões específicas, como aniversário<br />

<strong>da</strong> rede ou alguma negociação extraordinária.<br />

O USO INDISCRIMINADO DE OFERTAS não é causado<br />

apenas pelos supermercados, lembra Rafael<br />

D’Andrea, sócio-diretor <strong>da</strong> consultoria ToolboxTM.<br />

“Muitos fabricantes utilizam essa ferramenta para<br />

ampliar a transação no varejo”, afirma. Segundo ele,<br />

os dois lados precisam planejar em conjunto ca<strong>da</strong><br />

ação para obter os melhores resultados. Dependendo<br />

do que se deseja, existem mecânicas mais interessantes<br />

do que diminuir o preço. De acordo com<br />

D’Andrea, se a meta é ampliar a penetração ou a frequência<br />

de compras de um produto, podem ser feitas<br />

abor<strong>da</strong>gens ou ações do tipo “junte tampinhas ou<br />

códigos de barras e troque por um brinde”.<br />

Combos ou kits, por exemplo, costumam ser eficientes<br />

para elevar o volume de uma categoria. Eles<br />

incentivam quem já adquire os produtos a comprar<br />

uma quanti<strong>da</strong>de maior. Os combos podem ain<strong>da</strong><br />

ser usados para estimular o consumo de produtos<br />

premium. As empresas oferecem kits com produtos<br />

básicos e sofisticados, a um preço atraente, permitindo<br />

a experimentação. A ideia é levar o consumidor<br />

a migrar do produto barato para o mais caro.<br />

É o que a indústria chama de trade up. “Mas to<strong>da</strong>s<br />

essas possibili<strong>da</strong>des precisam ser avalia<strong>da</strong>s em conjunto<br />

com outras variáveis”, alerta o sócio-diretor <strong>da</strong><br />

Tool boxTM. Entre elas, a elastici<strong>da</strong>de dos preços, os<br />

formatos de loja onde as promoções serão realiza<strong>da</strong>s<br />

e o comportamento de compras do shopper.<br />

É preciso ain<strong>da</strong> entender a resposta <strong>da</strong>s categorias<br />

a ca<strong>da</strong> tipo de promoção. Por isso, você confere a<br />

seguir algumas dicas do que gera bons resultados.


cafe-<br />

Oferta de preco:<br />

Segundo a Master Blend, é comum o<br />

varejista aplicar desconto elevado e<br />

desnecessário. Exemplo: em vez de reduzir<br />

em 20% o preço do Pilão tradicional para<br />

chegar a R$ 6. Basta reduzir em 8% e<br />

oferecer a R$ 6,90. A loja alcança o mesmo<br />

volume sem mexer muito na margem.<br />

O que fazer:<br />

Rentabilizar a categoria incentivando<br />

o consumo dos produtos sofisticados.<br />

A indústria sugere tratar o café como o<br />

vinho, com especialistas para explicar<br />

os diferentes tipos e com degustações<br />

nas quais o cliente aprende a saborear<br />

e distinguir um produto do outro.<br />

Dica:<br />

Durante a primeira quinzena<br />

do mês, é mais indicado<br />

promocionar as embalagens<br />

maiores, em função <strong>da</strong>s<br />

compras de abastecimento.<br />

Nos últimos quinze dias, o foco<br />

devem ser as embalagens menores.<br />

10 %<br />

“QUANDO O VAREJO ULTRAPASSA 10% DE DESCONTO<br />

NOS PRODUTOS NESTLÉ É PORQUE COMPROMETEU SUA<br />

MARGEM”, DIZ WESTERMANN GERALDES, VP DE VENDAS<br />

iogurte<br />

Oferta de preco:<br />

Reduções de preço raramente são eficientes,<br />

pois o consumidor evita estocar o produto<br />

por ser muito perecível. Isso vale inclusive<br />

nos casos em que há divulgação em<br />

tabloides. Segundo pesquisas <strong>da</strong> ToolboxTM,<br />

apenas 1% dos shoppers entram no corredor<br />

de iogurtes com tabloides nas mãos.<br />

O que fazer:<br />

Degustação de lançamentos costuma<br />

<strong>da</strong>r bons resultados na categoria,<br />

principalmente quando há um<br />

novo apelo ou benefício. A ideia é<br />

incentivar a experimentação, como<br />

no caso de iogurte grego, ain<strong>da</strong><br />

relativamente novo no mercado.<br />

Dica:<br />

AFINAL, A EMPRESA<br />

ADOTA DESCONTO<br />

FIXO POR<br />

CANAL QUE NÃO<br />

PASSA DE 3% A 5%<br />

Oferecer descontos de iogurtes<br />

funcionais, que regulam o<br />

intestino, gera bons resultados,<br />

segundo a ToolboxTM. Nesse<br />

caso, o consumidor adquire<br />

grande quanti<strong>da</strong>de, pois<br />

consome o produto diariamente.<br />

FOTOS THE COMMONS<br />

biscoito<br />

Oferta de preco:<br />

A resposta do shopper a promoções varia em<br />

ca<strong>da</strong> região. O que vale para todo o País é<br />

estimular a migração para itens sofisticados.<br />

Por isso, é bom ter em mente que no<br />

Nordeste o biscoito pode substituir uma<br />

refeição. Já no Sudeste, o consumo é mais<br />

forte no café <strong>da</strong> manhã e no lanche <strong>da</strong> tarde.<br />

O que fazer:<br />

Segundo a ToolboxTM, kits com itens<br />

básicos e sofisticados mobilizam<br />

o cliente. No Nordeste, vale associar água<br />

e sal com recheados; no Sudeste, investir<br />

em cookies e biscoitos finos. Também<br />

funcionam pacotes do tipo “leve dois<br />

e pague apenas R$ 0,10 pelo segundo”.<br />

Dica:<br />

Uma sugestão simples,<br />

porém interessante,<br />

é investir na<br />

exposição casa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

versões básicas mais<br />

vendi<strong>da</strong>s na loja com<br />

itens mais sofisticados.<br />

DEZEMBRO 2012 | SM.COM.BR 51


PROMOÇÃO<br />

CAPA<br />

A EXPERIMENTAÇÃO LEVA O PÚBLICO A MIGRAR<br />

DOS AZEITES BÁSICOS PARA OS ESPECIAIS. HOJE, O<br />

EXTRAVIRGEM DOMINA O MERCADO COM...<br />

FOTOS THE COMMONS<br />

Oferta de preco:<br />

Segundo os fornecedores Sovena e<br />

Gomes <strong>da</strong> Costa, quando o preço do azeite<br />

cai para menos de R$ 10, a alta no volume<br />

é bem significativa. Mas o que mais<br />

funciona são as ações do tipo ‘Compre<br />

3 e Pague 2’ ou ‘Leve 750 g e Pague<br />

500’, que não mexem no preço unitário.<br />

azeite<br />

O que fazer:<br />

Para a Sovena, nas degustações que<br />

comparam o sabor de óleo, azeite<br />

básico e azeite sofisticado, 90% <strong>da</strong>s<br />

pessoas reconhecem as diferenças.<br />

Isso vale para estimular a migração<br />

do óleo para o azeite simples e do<br />

extravirgem para as versões premium.<br />

Dica:<br />

No caso dos produtos sofisticados,<br />

a Gomes <strong>da</strong> Costa acredita que o<br />

varejo poderia diminuir o markup,<br />

que chega a 70%, reduzindo o<br />

preço final. Isso não prejudicaria<br />

a rentabili<strong>da</strong>de, que seria<br />

compensa<strong>da</strong> pela alta do volume.<br />

cerveja<br />

Oferta de preco:<br />

Excesso de ofertas dificulta<br />

a retoma<strong>da</strong> do preço normal<br />

e distorce a imagem<br />

<strong>da</strong> marca, sobretudo <strong>da</strong>s<br />

linhas premium, nas quais<br />

o preço baliza a quali<strong>da</strong>de.<br />

O que fazer:<br />

‘Compre e Ganhe’ é a mecânica promocional<br />

mais indica<strong>da</strong>, segundo a Brasil Kirin<br />

(ex-Schincariol), pois o shopper logo percebe<br />

o ganho. Degustação de lançamentos também é<br />

interessante, mas é preciso ficar atento à legislação,<br />

que exige alertas sobre excesso de consumo.<br />

Dica:<br />

CERVEJAS ESPECIAIS<br />

NÃO SÃO SENSÍVEIS<br />

A VARIAÇÕES DE<br />

PREÇO PELA FORÇA<br />

DAS MARCAS<br />

Primeira e quarta semanas do mês são as<br />

<strong>da</strong>tas mais indica<strong>da</strong>s para realizar ofertas.<br />

A Brasil Kirin informa que se observam picos<br />

em torno do dia 20. Ações do tipo ‘Leve e<br />

Pague’ só são interessantes se o objetivo<br />

for influenciar o aumento pontual do giro.<br />

chocolate<br />

Oferta de preco:<br />

Essa mecânica funciona bem em <strong>da</strong>tas<br />

sazonais – como Dia <strong>da</strong>s Mães e dos<br />

Namorados –, para itens considerados<br />

de presente, como caixas especiais e de<br />

bombons. Para a ToolboxTM, a iniciativa<br />

estimula o shopper a substituir outros<br />

presentes pelas opções de chocolate.<br />

O que fazer:<br />

Promoções do tipo ‘Compre<br />

3 e Pague 2’ ou ‘Três uni<strong>da</strong>des<br />

por R$ 10’ podem ser utiliza<strong>da</strong>s<br />

para as barras de chocolate.<br />

Neste último caso, a redução<br />

de preço não costuma<br />

ser tão grande quanto parece.<br />

Dica:<br />

Embora não seja perceptível, o preço<br />

por quilo do chocolate é mais alto do que<br />

o de muitos alimentos. Por isso, em<br />

vez de promoção, incentive o consumo<br />

dos segmentos de compra por impulso,<br />

como bombons e tabletes. Exponha nos<br />

checkouts e perto de produtos substitutos.<br />

52 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


CAPA<br />

PROMOÇÃO<br />

CAPA<br />

EXCESSO DE<br />

OFERTAS É MAIS<br />

PREJUDICIAL DO<br />

QUE SE IMAGINA,<br />

POIS....<br />

shampoo<br />

Oferta de preco:<br />

...O SHOPPER DESCONFIA DA POLÍTICA DE PREÇOS.<br />

EXAGERO NAS PROMOÇÕES DE ITENS DE ROTINA TAMBÉM<br />

É RUIM, POIS ELES REPRESENTAM 80% DAS COMPRAS<br />

80<br />

Segundo a Unilever, o brasileiro dá<br />

importância, sim, à promoção do produto.<br />

O consumidor fica com a sensação de estar<br />

fazendo um bom negócio. Mesmo assim,<br />

dependendo do segmento, pode ser mais<br />

interessante oferecer um brinde.<br />

Analise o que sua clientela prefere.<br />

O que fazer:<br />

Para a Sense Envirosell, o varejista<br />

deve manter um bom mix, já que<br />

a mulher mu<strong>da</strong> o tipo e a marca de<br />

shampoo com frequência. Deve ain<strong>da</strong><br />

oferecer kits com dois shampoos e<br />

um condicionador, já que o primeiro<br />

acaba antes do que o outro.<br />

%<br />

Dica:<br />

A Unilever lembra que os<br />

lançamentos são muito<br />

valorizados. Aposte em ações que<br />

estimulem a experimentação<br />

e informe o consumidor sobre<br />

os benefícios dos itens premium.<br />

Brindes também funcionam.<br />

desodorante<br />

Oferta de preco:<br />

A exemplo do shampoo, no geral,<br />

a redução de preço estimula a compra.<br />

Segundo a Nivea, a exceção fica por<br />

conta de aplicadores específicos,<br />

como squeeze, cremes e premium,<br />

que têm baixa penetração nos lares.<br />

OFERTAS DE<br />

LANÇAMENTOS<br />

DURANTE UM OU<br />

DOIS DIAS GERAM<br />

EXPERIMENTAÇÃO<br />

O que fazer:<br />

Ações como ‘Leve 2 e Pague 1’<br />

também funcionam para elevar<br />

o volume <strong>da</strong> categoria.<br />

Mas é preciso <strong>da</strong>r boa visibili<strong>da</strong>de<br />

a esses packs nas gôndolas<br />

para incentivar a compra.<br />

Dica:<br />

Tanto packs quanto outros tipos<br />

de ações precisam de comunicação<br />

clara no ponto de ven<strong>da</strong>. Isso pode<br />

ser feito por meio de etiquetas<br />

promocionais de cores contrastantes<br />

com as <strong>da</strong>s embalagens.<br />

absorvente<br />

Oferta de preco:<br />

Segundo a Johnson&Johnson,<br />

como a shopper adquire pelo<br />

menos duas embalagens<br />

do produto a ca<strong>da</strong> compra,<br />

os packs geram mais interesse<br />

do que as ofertas unitárias.<br />

OFERTAS SÃO MAIS INDICADAS PARA A VERSÃO<br />

INTERNA DURANTE O VERÃO E OS FERIADOS<br />

O que fazer:<br />

Ao incentivar a compra de packs,<br />

em especial dos absorventes externos,<br />

é preciso garantir boa visibili<strong>da</strong>de<br />

nas gôndolas. Essas versões<br />

facilitam o momento <strong>da</strong> compra e<br />

trazem maior comodi<strong>da</strong>de às shoppers.<br />

Dica:<br />

MAIOR SAÍDA DE<br />

ABSORVENTES NOS<br />

SUPERMERCADOS<br />

ACONTECE NO<br />

INÍCIO DO MÊS<br />

Oferecer brindes na compra de<br />

absorventes também pode aju<strong>da</strong>r<br />

a estimular a compra por impulso<br />

e a elevar o tíquete médio. Miniaturas<br />

de itens de higiene e beleza são<br />

os mais indicados para a categoria.<br />

54 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


PROMOÇÃO<br />

CAPA<br />

lava-roupa<br />

Oferta de preco:<br />

Como se trata de uma categoria<br />

formadora de imagem, o varejo vive<br />

um dilema. Se apela demais para as<br />

promoções, enfrenta prejuízos em longo<br />

prazo. Se corta as ofertas, corre o risco<br />

de perder cliente. A palavra é equilíbrio.<br />

O que fazer:<br />

DEFINIR METAS DE<br />

VENDAS E LUCRO<br />

COM A INDÚSTRIA<br />

EVITA EXCESSO DE<br />

OFERTAS<br />

Para a Sense Envirosell, o varejista<br />

deve diversificar as ações. Uma opção<br />

é distribuir brindes ou realizar sorteios<br />

em parceria com os fabricantes.<br />

Isso gera estoque adicional, mas<br />

não chega a prejudicar a margem.<br />

Dica:<br />

Segmentos de maior valor<br />

agregado, como os líquidos,<br />

aju<strong>da</strong>m a rentabilizar a categoria.<br />

Mas é preciso educar o cliente.<br />

Mantenha um demonstrador<br />

falando sobre os benefícios.<br />

THE COMMONS<br />

limpador multiuso<br />

Oferta de preco:<br />

Segundo a ToolboxTM, ofertas são<br />

arrisca<strong>da</strong>s nessa categoria, pois<br />

podem criar uma nova orientação<br />

de preços para o shopper. É preciso<br />

não cair em tentações fáceis.<br />

O que fazer:<br />

O produto não pode faltar em casa,<br />

mas o consumidor só se lembra dele<br />

quando acaba. Por isso, convém forçar<br />

um estoque doméstico, com promoções<br />

que dão uma uni<strong>da</strong>de de graça.<br />

Dica:<br />

Excesso de ofertas pode levar o cliente<br />

a migrar para marcas mais baratas,<br />

depois que o preço voltar ao normal.<br />

Distribuição de amostras costumam<br />

gerar melhores resultados.<br />

LEVE E PAGUE<br />

É A AÇÃO MAIS<br />

USADA DEPOIS DAS<br />

OFERTAS, SEGUNDO<br />

A NIELSEN<br />

la de aco<br />

Oferta de preco:<br />

Como se trata de categoria com<br />

preço unitário baixo, o mais<br />

indicado é negociar ações<br />

promocionais do tipo ‘Leve 8<br />

e Pague 7’. Mas isso, segundo a<br />

Bombril, vale apenas para a versão<br />

tradicional, que é a mais vendi<strong>da</strong>.<br />

EM 27% DAS CATEGORIAS ANALISADAS PELA<br />

NIELSEN FOI APLICADA A FÓRMULA LEVE/PAGUE.<br />

O VOLUME INCREMENTAL NAS VENDAS FOI DE...<br />

21<br />

O que fazer:<br />

Para potencializar os resultados, uma<br />

alternativa é incluir a lã de aço na<br />

semana ou mês <strong>da</strong> limpeza, uma<br />

iniciativa ca<strong>da</strong> vez mais comum entre<br />

os supermercados. Consiste em colocar<br />

um grande número de itens de limpeza<br />

em oferta durante determinado período.<br />

%<br />

Dica:<br />

Nas versões mais caras, como<br />

a lã de aço com sabão ou os<br />

minirrolinhos, não é indica<strong>da</strong><br />

a mecânica ‘Leve e Ganhe’, nem<br />

as ofertas, pois o cliente está<br />

disposto a pagar mais.O ideal<br />

são brindes, como limpadores.<br />

NESTA REPORTAGEM VOCÊ VIU:<br />

O RISCO DO EXCESSO DE PROMOÇÕES MAIS DA METADE DAS OFERTAS NÃO GERA AUMENTO ADICIONAL NO VOLUME O QUE FAZER EM NOVE CATEGORIAS<br />

56 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


CATEGORIA<br />

EU GOSTO!<br />

Papinhas, cereais, fórmulas e complementos<br />

infantis estão ca<strong>da</strong> vez mais presentes na casa do<br />

brasileiro graças ao aumento <strong>da</strong> ren<strong>da</strong>.<br />

Mas ain<strong>da</strong> há espaço para ampliar o consumo e<br />

saborear o que essa categoria traz de melhor: lucro!<br />

FOTOS SHUTTERSTOCK<br />

TEXTO VIVIANE SOUSA VIVIANE.SOUSA@SM.COM.BR<br />

DEZEMBRO 2012 | SM.COM.BR 61


NUTRICAO INFANTIL<br />

CATEGORIA<br />

NORDESTE E A REGIAO<br />

ONDE O MERCADO MAIS AVANÇA<br />

Sua participação nas ven<strong>da</strong>s nacionais de papinhas<br />

cresceu quatro pontos percentuais em três anos<br />

2008<br />

2011<br />

nascimento de cerca de três milhões de bebês por ano, aliado ao aumento <strong>da</strong> ren<strong>da</strong><br />

dos brasileiros e à falta de tempo <strong>da</strong>s mães, tem impulsionado o mercado de nutrição<br />

infantil no Brasil. Também vem contribuindo para o crescimento os investimentos<br />

dos fabricantes em lançamentos e o surgimento de novos fornecedores.<br />

Para se ter uma ideia, nos últimos cinco anos o volume de ven<strong>da</strong>s desse mercado,<br />

que inclui papinhas, fórmulas, cereais e complementos nutricionais, cresceu 60%.<br />

Em 2011, movimentou cerca de R$ 1 bilhão e ain<strong>da</strong> há espaço para expansão. O motivo:<br />

esses produtos não estão presentes em boa parte dos lares onde há crianças.<br />

Não por acaso, o Nordeste é a região<br />

onde esse mercado mais avança. Sua<br />

participação nas ven<strong>da</strong>s nacionais<br />

de papinhas, por exemplo, passou de<br />

14,4 % 18,4 %<br />

Fonte: Nielsen<br />

60%<br />

1<br />

foi quanto cresceu o<br />

mercado de nutrição infantil<br />

é quanto a categoria<br />

nos últimos cinco anos movimentou em 2011<br />

bilhão de reais<br />

Fonte: Nestlé<br />

14,4% em 2008 para 18,4% em 2011,<br />

uma alta de quatro pontos percentuais.<br />

Nas demais áreas do País, o consumo<br />

ficou praticamente estável, conforme<br />

<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Nielsen. Isso significa<br />

que os lares de classe média baixa começaram<br />

a entrar na categoria. “Esses<br />

consumidores estão com mais dinheiro<br />

no bolso e as mães sempre querem<br />

garantir o melhor para os filhos”, avalia<br />

Marcos Francisco Soares, gerente<br />

de compras do Villarreal, cinco lojas<br />

no Vale do Paraíba (SP). Na rede, as<br />

ven<strong>da</strong>s de nutrição infantil devem fechar<br />

2012 com alta superior a 15%.<br />

PARA TORNAR ESSES PRODUTOS<br />

mais acessíveis à baixa ren<strong>da</strong>, os fabricantes<br />

têm apostado em embalagens<br />

que exigem menor desembolso. No<br />

segmento de fórmulas – leites em pó<br />

específicos para bebês –, cujo preço varia<br />

de R$ 20 a R$ 30 numa lata de 380 g,<br />

já podem ser encontrados sachês mais<br />

baratos de algumas marcas. O mesmo<br />

acontece com os complementos nutricionais.<br />

A Mead Johnson Nutrition<br />

fabrica uma versão de 30 g para a sua<br />

62 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


NUTRICAO INFANTIL<br />

CATEGORIA<br />

EXPOSIÇÃO SOB A ÓTICA DO SHOPPER<br />

Para facilitar a compra, a recomen<strong>da</strong>ção é abrir a gôndola com as fórmulas e expor<br />

as papinhas no meio. Cereais e complementos infantis devem vir na sequência<br />

linha Sustagen Kids, com preço sugerido<br />

de R$ 1,99. Em alguns varejos,<br />

a embalagem de 380 g do produto<br />

pode ser encontra<strong>da</strong> na casa dos<br />

R$ 20. A Nestlé também oferece versões<br />

mais em conta, como os sachês<br />

de 230 g e 600 g do cereal Mucilon.<br />

Serena Aboutboul, diretora de<br />

nutrição infantil <strong>da</strong> Nestlé, explica<br />

que essas versões mais baratas estão<br />

virando tendência. No Nordeste<br />

os sachês têm preferência do público.<br />

As embalagens menores funcionam<br />

como porta de entra<strong>da</strong> para o<br />

consumo frequente dos produtos.<br />

No Condor, rede paranaense com<br />

33 lojas, elas já representam 45%<br />

<strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s dessa categoria.<br />

No segmento de papinhas, o que<br />

tem movimentado o mercado são<br />

as novi<strong>da</strong>des com apelo orgânico. A<br />

paranaense Jasmine recentemente<br />

CRISTIANO MARIZ<br />

MARKETING RESTRITO<br />

Veja o que a legislação diz sobre<br />

a divulgação de itens infantis<br />

Alguns produtos que compõem<br />

o grupo de nutrição infantil não<br />

podem ser alvo de promoção<br />

ou ação de marketing para incentivar<br />

o consumo, seja dentro ou fora<br />

dos pontos de ven<strong>da</strong>, conform<br />

e a a Lei Federal nº 11.265/2006.<br />

Já outros podem ser divulgados,<br />

mas com restrições. O objetivo<br />

é fornecer proteção legal à<br />

amamentação. Fórmulas infantis ou<br />

de segmento para lactentes e recémnascidos<br />

de alto risco, mamadeiras,<br />

bicos, chupetas e protetores<br />

de mamilos estão na lista dos que<br />

não podem ser promocionados<br />

sob nenhuma hipótese.<br />

Em contraparti<strong>da</strong>, as fórmulas infantis<br />

para crianças de primeira infância,<br />

leites fluidos, em pó, modificados<br />

e similares de origem vegetal,<br />

podem ter algum tipo de divulgação.<br />

No entanto, as ações devem incluir,<br />

obrigatoriamente, com destaque<br />

visual ou auditivo, as seguintes<br />

orientações aos consumidores:<br />

“O Ministério <strong>da</strong> Saúde informa:<br />

o aleitamento materno evita infecções<br />

e alergias e é recomen<strong>da</strong>do até os<br />

2 anos de i<strong>da</strong>de ou mais”. No caso<br />

dos alimentos de transição e à base<br />

de cerais para lactentes ou crianças<br />

de primeira infância, bem como<br />

outros alimentos à base de leite<br />

ou não, quando apresentados<br />

como apropriados para a alimentação,<br />

é preciso ter o seguinte informe:<br />

“O Ministério <strong>da</strong> Saúde informa:<br />

após os 6 meses de i<strong>da</strong>de<br />

continue amamentando seu filho<br />

e ofereça novos alimentos”.<br />

O desrespeito a essa legislação<br />

pode levar a punições que variam<br />

entre multa, apreensão do produto,<br />

interdição <strong>da</strong> loja, entre outros.<br />

Fonte: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)<br />

64 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


NUTRICAO INFANTIL<br />

CATEGORIA<br />

O autosserviço é o principal canal para compra de produtos<br />

de nutrição infantil. A única exceção são as fórmulas<br />

(leites específicos para bebês), mais vendi<strong>da</strong>s nas farmácias<br />

lançou papinhas e purezinhos com<br />

selo de certificação de produto orgânico,<br />

conforme as novas regras do<br />

Ministério <strong>da</strong> Agricultura. Ao todo,<br />

são cinco sabores, entre salgados<br />

e doces, para crianças a partir dos<br />

seis meses de i<strong>da</strong>de. No Pão de Açúcar,<br />

o volume de ven<strong>da</strong>s vem subindo<br />

desde novembro de 2011, quando<br />

a rede introduziu o produto.<br />

“A shopper se mostra ca<strong>da</strong> vez<br />

mais preocupa<strong>da</strong> em oferecer uma<br />

alimentação saudável aos filhos.<br />

Por isso, as papinhas orgânicas são<br />

uma alternativa às convencionais”,<br />

afirma Sandra Caires, gerente comercial<br />

de orgânicos <strong>da</strong> rede.<br />

Segundo ela, o próximo passo é o<br />

fabricante intensificar a divulgação<br />

dos benefícios <strong>da</strong> linha junto aos<br />

médicos e ao consumidor final.<br />

Já no segmento de fórmulas, os investimentos<br />

para tornar os produtos<br />

mais alinhados aos desejos dos<br />

pais também contribuíram para o<br />

crescimento. Hoje, além dos benefícios<br />

nutricionais, já é utiliza<strong>da</strong><br />

tecnologia para evitar cólicas intestinais<br />

nos bebês. E mais novi<strong>da</strong>de<br />

vem por aí. A Mead Johnson Nutrition,<br />

dona <strong>da</strong> marca Enfamil, pretende<br />

lançar uma nova categoria: a<br />

dos leites de crescimento, já disponível<br />

em outros países. Trata-se de<br />

um composto lácteo que contém<br />

neuronutrientes capazes de aju<strong>da</strong>r<br />

66 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


NUTRICAO INFANTIL<br />

CATEGORIA<br />

MERCADO PROMISSOR<br />

O número de nascimentos e a<br />

baixa penetração indicam<br />

o alto potencial de consumo<br />

esse é o número de bebês<br />

que nascem por ano no Brasil<br />

e que puxam as ven<strong>da</strong>s<br />

do mercado de nutrição infantil<br />

Fonte: IBGE<br />

3<br />

milhões<br />

no desenvolvimento de crianças<br />

até os cinco anos de i<strong>da</strong>de.<br />

O autosserviço é o principal canal<br />

de compras do shopper para a<br />

categoria de nutrição infantil. A exceção<br />

são as fórmulas, cujo volume<br />

de ven<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> é maior nas farmácias.<br />

Serena Aboutboul, <strong>da</strong> Nestlé,<br />

explica que a procura do produto<br />

nesse canal se deve ao fato de a primeira<br />

compra acontecer a partir<br />

de orientação de um pediatra.<br />

Mas existem maneiras de os<br />

super e hipermercados tentar reverter<br />

essa situação. Um cui<strong>da</strong>do<br />

nesse sentido é investir em um mix<br />

completo, com as principais marcas<br />

de fórmulas infantis e suas versões.<br />

Segundo Serena, as farmácias saem<br />

na frente porque costumam trabalhar<br />

com um sortimento completo.<br />

EVITAR RUPTURA DAS MARCAS<br />

e versões de maior giro também é<br />

importante para os supermercados<br />

ampliarem a participação de mercado.<br />

Isso porque as mães são fiéis<br />

à recomen<strong>da</strong>ção médica e ao gosto<br />

dos filhos. Tanto é que, quando não<br />

encontram o que estão procurando,<br />

elas mu<strong>da</strong>m de loja, conforme constatação<br />

<strong>da</strong> Danone. É preciso ain<strong>da</strong><br />

redobrar a atenção nos finais de<br />

semana, período de pico de ven<strong>da</strong>s<br />

desses produtos no autosserviço.<br />

Uma exposição que agrupe to<strong>da</strong>s<br />

as categorias complementares é<br />

outra maneira de fidelizar o shopper<br />

e melhorar a rentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> seção.<br />

É com esses objetivos que cresce<br />

o número de redes investindo<br />

no gerenciamento por categorias<br />

e na exposição desses produtos no<br />

“cantinho do bebê”, quando possível.<br />

Essa é uma maneira de agrupar<br />

em um mesmo espaço alimentos,<br />

itens de higiene, puericultura leve,<br />

demais acessórios e brinquedos.<br />

NESTA REPORTAGEM VOCÊ VIU:<br />

No espaço para nutrição infantil, a<br />

recomen<strong>da</strong>ção de alguns fabricantes<br />

é expor primeiro as fórmulas<br />

para garantir que sejam nota<strong>da</strong>s<br />

pelo consumidor. Elas devem ser<br />

segui<strong>da</strong>s pelas papinhas – produto<br />

de maior giro. Depois devem vir os<br />

cereais e os complementos infantis.<br />

Convém agrupar os itens em ca<strong>da</strong><br />

um desses segmentos por fase de<br />

crescimento para facilitar a compra.<br />

DEPOIS DE APLICAR O GC, há dois<br />

meses, a rede Condor viu as ven<strong>da</strong>s<br />

de nutrição infantil subirem na loja-piloto.<br />

Feito em parceria com a<br />

Nestlé, o projeto garantiu alta de 9%<br />

comparado aos dois meses anteriores.<br />

As papinhas foram as campeãs,<br />

com evolução de 12%. Depois vêm<br />

as fórmulas e os cereais infantis,<br />

ambos com crescimento de 10%.<br />

“Fizemos pesquisas de satisfação<br />

com os shop pers, que relataram<br />

uma maior facili<strong>da</strong>de para encontrar<br />

os produtos”, conta Jorge Felizardo,<br />

responsável pelo GC na rede.<br />

“Essa facili<strong>da</strong>de tem permitido a<br />

eles se dedicarem a outras compras<br />

dentro <strong>da</strong> loja, o que tem elevado o<br />

nosso tíquete médio”. Não por acaso,<br />

o segmento pode ser uma armapara<br />

rentabilizar sua loja.<br />

EVOLUÇÃO DO MERCADO DE NUTRIÇÃO INFANTIL<br />

COMO TRABALHAR O SEGMENTO PARA CONSEGUIR MELHORES RESULTADOS<br />

DICAS DE GERENCIAMENTO POR CATEGORIAS<br />

68 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


CATEGORIA<br />

PRODUTO<br />

NACIONAL<br />

QUEM AINDA HESITA EM CONCEDER ESPAÇO PARA<br />

O QUEIJO FINO NACIONAL DEVE ANALISAR MELHOR ESSE<br />

MERCADO. ELE CRESCEU 50% NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS.<br />

CONFIRA AS DICAS DE ESPECIALISTAS E DA ASSOCIAÇÃO<br />

QUE REÚNE OS FABRICANTES BRASILEIROS<br />

Q U E I J O S F I N O S<br />

TEXT O VIV IANE SOUS A VIVIANE.SOUSA@SM.COM.BR | FOT OS<br />

FABIO CAS TELO<br />

E<br />

mbora sejam fabricados no País<br />

há mais de 30 anos, só agora os<br />

queijos finos nacionais passaram<br />

a ocupar um lugar destacado nas<br />

prateleiras dos supermercados e<br />

na mesa do brasileiro. Seguindo a<br />

mesma técnica de preparo <strong>da</strong> região<br />

de origem, normalmente países<br />

europeus, eles tiveram o volume de ven<strong>da</strong>s<br />

elevado em 50% nos últimos cinco anos e<br />

hoje participam com 85% <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s contra<br />

apenas 15% dos importados. Tudo fruto do<br />

aumento <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> <strong>da</strong> população e do crescimento<br />

<strong>da</strong> classe média. Preço acessível, sabor<br />

a<strong>da</strong>ptado ao pala<strong>da</strong>r do brasileiro, boa exposição<br />

em pontos de ven<strong>da</strong> e investimentos <strong>da</strong><br />

indústria nacional explicam o sucesso. Para<br />

os super e hipermercados, além de gerar ven<strong>da</strong>s,<br />

os queijos finos nacionais geram também<br />

boa margem bruta – entre 35% e 55%,<br />

o que assegura boa rentabili<strong>da</strong>de. Só uma desvantagem<br />

importante em relação aos importados,<br />

segundo Jair Jorge Leandro, consultor<br />

de queijos: a pequena varie<strong>da</strong>de. Mas esse<br />

é um problema que a indústria corrigirá<br />

à medi<strong>da</strong> que o consumo crescer ain<strong>da</strong> mais.


SABOR & VENDAS<br />

Nacional ou importado, ca<strong>da</strong> um tem seu consumidor. Analise o que merece maior espaço na sua loja<br />

VANTAGENS<br />

DESVANTAGENS<br />

FINOS NACIONAIS<br />

Porta de entra<strong>da</strong> do consumidor<br />

Preço geralmente mais baixo<br />

Distribuição mais rápi<strong>da</strong> e eficaz<br />

Maior frequência de compras<br />

Melhor negociação com fornecedor nacional<br />

Apoio no PDV com promotores e merchandising<br />

Sabor mais a<strong>da</strong>ptado ao gosto brasileiro<br />

Desconfiança do público em relação à quali<strong>da</strong>de<br />

Baixa capaci<strong>da</strong>de de produção<br />

Distribuição regional de alguns fabricantes<br />

Pequena varie<strong>da</strong>de de tipo e maturação<br />

FINOS IMPORTADOS<br />

Valorização do público que conhece<br />

Margem maior<br />

Relação fácil com alguns importadores<br />

Maior varie<strong>da</strong>de de tipo e maturação<br />

Novi<strong>da</strong>des criam tendência<br />

Distribuição difícil, devido às regras alfandegárias<br />

Necessi<strong>da</strong>de de estoque alto para evitar ruptura<br />

Necessi<strong>da</strong>de de estoque alto pode gerar per<strong>da</strong>s<br />

Preço alto na maioria <strong>da</strong>s vezes, em função do câmbio<br />

Fontes: Super Nosso (MG), Farinha Pura (RJ), Pão de Açúcar, consultores e Abiq (Associação Brasileira <strong>da</strong>s Indústrias de Queijo)


Q U E I J O S F I N O S N A C I O N A I S<br />

CATEGORIA<br />

EMMENTAL<br />

Alguns fabricantes nacionais: Cruzília, Quatá,<br />

Serrabella, Tirolez<br />

Alta no volume de ven<strong>da</strong>s (2011): 2,3%<br />

Participação na produção interna (2011): 1,7%<br />

Temperatura de refrigeradores: de 8ºC a 10ºC<br />

Importante saber: seu porte imponente o faz ser<br />

conhecido como o “rei dos queijos”<br />

Acompanhamentos: vinho branco frutado<br />

(tipo Lambrusco) e pão italiano<br />

Pratos: gratinados, sopas, omeletes e fondues<br />

Origem: Vale do Emmental – Suíça<br />

Tipo <strong>da</strong> massa: cozi<strong>da</strong>, amarela e semidura<br />

Características: cheio de grandes olhaduras<br />

(furos); feito do leite de vacas que consomem<br />

pastagem natural. O sabor, assim como do Gruyère,<br />

é frutado, amendoado e doce. A casca é fina<br />

10 % a15 %<br />

deverá ser a faixa média de<br />

crescimento no volume de ven<strong>da</strong>s<br />

de queijos finos nacionais e<br />

importados em 2013<br />

EDAM<br />

Alguns fabricantes nacionais: Regina,<br />

Santa Clara, Tirolez<br />

Alta no no volume de ven<strong>da</strong>s (2011): 2,5%<br />

Participação na produção interna (2011): 2,0%<br />

Temperatura de refrigeradores: de 8ºC a 10ºC,<br />

principalmente após ser fracionado<br />

Importante saber: a cera colori<strong>da</strong> serve apenas<br />

para manter a tradição. Pode ser consumi<strong>da</strong><br />

sem problemas. Antigamente, era usa<strong>da</strong> para<br />

proteger o queijo. Cor avermelha<strong>da</strong> indica menos<br />

tempo de maturação. Cor preta, no mínimo,<br />

17 semanas de maturação (sabor mais forte)<br />

Acompanhamentos: vinho branco frutado<br />

(tipo Riesling ou Asti)<br />

Pratos: na sala<strong>da</strong>, com frutas e em lanches<br />

Origem: Holan<strong>da</strong><br />

Tipo <strong>da</strong> massa: semicozi<strong>da</strong>, amarela-clara<br />

e semidura<br />

Características: é esférico com casca colori<strong>da</strong>.<br />

O sabor é adocicado e um pouco picante. Quando<br />

jovem a textura é flexível. Mais velho, pode ser ralado<br />

EXPOSIÇÃO<br />

CASADA<br />

Além do ponto natural,<br />

é importante expor os queijos na<br />

área de vinhos. Plaquinhas<br />

indicando o acompanhamento<br />

ideal para ca<strong>da</strong> queijo estimula<br />

ain<strong>da</strong> mais o consumo<br />

dos dois produtos<br />

GRUYÈRE<br />

Alguns fabricantes nacionais: Cruzília, Quatá,<br />

Santa Clara, Serrabella, Tirolez<br />

Alta no volume de ven<strong>da</strong>s (2011): 2,5%<br />

Participação na produção interna (2011): 2,7%<br />

Temperatura de refrigeradores: de 8º C a 10º C<br />

Importante saber: seu sabor suave e os furos<br />

na massa agra<strong>da</strong>m às crianças<br />

Acompanhamentos: vinho branco frutado<br />

(tipo Riesling ou Asti), pães<br />

Pratos: lanches, fondues e com vegetais<br />

Origem: ci<strong>da</strong>de de Gruyère – Suíça<br />

Tipo <strong>da</strong> massa: cozi<strong>da</strong>, amarela e semidura<br />

Características: tem formato cilíndrico.<br />

Sabor suave, adocicado lembrando amêndoas.<br />

O leite é o de vaca. A casca é espessa e o miolo com<br />

pequenas olhaduras (furos), devido à fermentação<br />

COMO<br />

AGRUPAR<br />

Queijos finos não costumam ser<br />

separados por nacionali<strong>da</strong>de.<br />

A organização na gôndola<br />

é por família: tipo de textura<br />

(cremosa, macia, semidura<br />

e dura), tempo de maturação<br />

e mofo (branco e azul)<br />

72 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


Q U E I J O S F I N O S N A C I O N A I S<br />

CATEGORIA<br />

PORÇÕES<br />

AS PREFERIDAS<br />

Os consumidores gostam de<br />

porções fraciona<strong>da</strong>s. As mais<br />

vendi<strong>da</strong>s vão de150 g a 300 g.<br />

Algumas varie<strong>da</strong>des, como<br />

Estepe, também devem<br />

ser vendi<strong>da</strong>s fatia<strong>da</strong>s<br />

ESTEPE<br />

Alguns fabricantes nacionais: Latco,<br />

Quatá, Tirolez<br />

Aumento no volume de ven<strong>da</strong>s (2011): 2,5%<br />

Participação na produção interna (2011): 4,3%<br />

Temperatura de refrigeradores: de 8ºC a 10ºC<br />

Importante saber: como tem boa textura<br />

e vai bem em lanches, é interessante vendê-lo<br />

fatiado em bandejas<br />

Acompanhamentos: vinho branco frutado<br />

(tipo Riesling ou Asti), uva tipo itália, pera e cereja.<br />

Também combina com marmela<strong>da</strong>s e compotas<br />

Pratos: aquecido em racleteira com legumes,<br />

picles e frios. Vai bem em lanches e molhos 4 queijos<br />

Origem: estepes russas<br />

Tipo <strong>da</strong> massa: semicozi<strong>da</strong>, amarela e macia<br />

Características: não tem casca. Seu sabor é<br />

suave e amendoado. No aroma destacam nuances<br />

lácteas e caramela<strong>da</strong>s. É feito com leite de<br />

vaca filtrado e pasteurizado, e apresenta olhaduras<br />

5 % a10 %<br />

mais baratos do que os queijos<br />

finos importados. É essa a grande<br />

vantagem dos nacionais. Mas isso<br />

nem sempre acontece. Depende<br />

<strong>da</strong> variação do dólar<br />

GRANA PADANO<br />

Alguns fabricantes nacionais: Gran Mestri, Vigor<br />

Aumento no volume de ven<strong>da</strong>s (2011): 9,3%<br />

(incluindo família parmesão)<br />

Participação na produção interna (2011): 32%<br />

(incluindo família parmesão)<br />

Temperatura: ambiente<br />

Acompanhamentos: Chardonnay para primeira<br />

fase de maturação; tintos tradicionais para<br />

a intermediária e tintos encorpados para a final<br />

Pratos: sopas, massas, gratinar, em lascas ou ralado<br />

Origem: Itália<br />

Tipo <strong>da</strong> massa: dura, de cor amarela forte,<br />

granulosa e oleosa<br />

Características: produzido com leite de vaca.<br />

Tem longa maturação. Pode variar de 12 a 48 meses.<br />

O sabor é frutado, suave e doce. Nunca amargo<br />

GOUDA<br />

Alguns fabricantes nacionais: Cruzília, Frimesa,<br />

Latco, Quatá, Regina, Santa Clara, Serrabella, Tirolez<br />

Aumento no volume de ven<strong>da</strong>s (2011): 2,5%<br />

Participação na produção interna (2011): 3,3%<br />

Temperatura de refrigeradores: de 10ºC a 16ºC<br />

Importante saber: é muito apreciado pelos<br />

brasileiros, por ter sabor suave, adocicado e sem<br />

acidez, parecido com a do queijo Prato<br />

Acompanhamentos: vinho tinto, cerveja, doces,<br />

compotas e frutas (peras, maçãs e uvas)<br />

Prato: Incrementa omeletes e suflês<br />

Origem: ci<strong>da</strong>de de Gou<strong>da</strong> – Holan<strong>da</strong><br />

Tipo <strong>da</strong> massa: semicozi<strong>da</strong>, amarelo-palha e macia<br />

Características: feito a partir de coalha<strong>da</strong><br />

“doce” de leite de vaca integral ou<br />

parcialmente desnatado. O formato é cilíndrico.<br />

Na fermentação ganha algumas olhaduras<br />

grandes. Sua casca fina é pinta<strong>da</strong> de magenta<br />

85 % a90 %<br />

é a participação dos<br />

nacionais no volume de ven<strong>da</strong>s<br />

de queijos finos. As classes<br />

C/D respondem por 17% do<br />

consumo e A/B por 73%<br />

74 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


Q U E I J O S F I N O S N A C I O N A I S<br />

CATEGORIA<br />

GORGONZOLA<br />

Alguns fabricantes nacionais: Cruzília, Latco,<br />

Quatá, Regina, Serrabella, Tirolez<br />

Aumento no volume de ven<strong>da</strong>s (2011): 10%<br />

Participação na produção interna (2011): 5,9%<br />

Temperatura de refrigeradores: de 5ºC a 10ºC<br />

Importante saber: o momento ideal para<br />

degustação, segundo especialistas, é de 10 a 15<br />

dias após ser embalado, porque é quando a ação<br />

do mofo está estabiliza<strong>da</strong><br />

Acompanhamentos: vinhos mais encorpados<br />

e pães mais duros, como o italiano<br />

Pratos: molhos de massas ou pastas abran<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

com manteiga ou creme de leite<br />

Origem: ci<strong>da</strong>de de Gorgonzola – Milão (Itália)<br />

Tipo <strong>da</strong> massa: crua, branca, com textura<br />

mole e mofo azulado<br />

Características: rico em gordura. Costuma ser<br />

produzido com leite de vaca fresco. Seu mofo<br />

azul é proveniente do Penicillium roqueforti<br />

35 % a55 %<br />

é a faixa de margem bruta<br />

aplica<strong>da</strong> pelo varejo aos finos<br />

nacionais. A variação ocorre em<br />

função do tipo e <strong>da</strong> marca<br />

BRIE<br />

Alguns fabricantes nacionais: Cruzília, Regina,<br />

Serrabella, Tirolez<br />

Aumento no volume de ven<strong>da</strong>s (2011): 2,5%<br />

Participação na produção interna (2011): 3,1%<br />

Temperatura de refrigeradores: de 5º C a 10º C<br />

Importante saber: à medi<strong>da</strong> que<br />

envelhece, sua massa fica mais cremosa e seu<br />

sabor e aroma se intensificam. Por isso, muitos<br />

consumidores o preferem no limite <strong>da</strong> vali<strong>da</strong>de<br />

Acompanhamentos: vinho Cabernet Sauvignon,<br />

geleias e frutas, como <strong>da</strong>masco<br />

Pratos: sala<strong>da</strong> de folhas e canapés<br />

Origem: Província de Brie – França<br />

Tipo <strong>da</strong> massa: crua, branca, mofo branco, com<br />

textura mole e recheio cremoso<br />

Características: pode ter leve sabor de nozes<br />

ou cogumelos. Os de maior maturação têm<br />

sabor forte. É feito com leite cru de vaca e, como<br />

o camembert, tem fina cama<strong>da</strong> de mofo branco<br />

CAMEMBERT<br />

Alguns fabricantes nacionais: Cruzília, Latco,<br />

Regina, Tirolez, Vigor<br />

Aumento no volume de ven<strong>da</strong>s (2011): 2,5%<br />

Participação na produção interna (2011): 3,1%<br />

Temperatura de refrigeradores: de 5ºC a 10ºC<br />

Importante saber: deve ser conservado na<br />

própria embalagem, após aberto. Dica que pode<br />

ser transmiti<strong>da</strong> ao shopper com cartazes no PDV<br />

Acompanhamentos: o tipo jovem<br />

acompanha vinho branco Chardonnay.<br />

Já o de maior maturação, vinho tinto Shiraz.<br />

Pratos: em molhos para massas<br />

Origem: Vila de Camembert – França<br />

Tipo <strong>da</strong> massa: crua, branca, mofo branco,<br />

com textura mole e recheio cremoso<br />

Características: feito com leite vaca cru<br />

ou pasteurizado. Quando novo, a<br />

textura é firme e quebradiça; maturado<br />

o mofo o deixa macio e cremoso<br />

AUMENTE<br />

AS VENDAS<br />

Investir em promotores para<br />

tirar dúvi<strong>da</strong>s dos clientes,<br />

promover degustações e <strong>da</strong>r<br />

dicas de acompanhamentos<br />

estimula a compra por<br />

impulso. Receitas também<br />

funcionam<br />

NESTA REPORTAGEM VOCÊ VIU:<br />

VENDAS E MARGEM DOS FINOS NACIONAIS<br />

COMO EXPOR E EXPOSIÇÃO CASADA<br />

O QUE SABER DE CADA QUEIJO<br />

76 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


GESTÃO<br />

PAUSA PARA RELAXAR<br />

Ca<strong>da</strong> vez mais, os supermercados estão procurando aliviar o estresse de suas equipes.<br />

A rede paulista Lopes criou uma sala de descanso, disponível em 90% <strong>da</strong>s lojas <strong>da</strong> empresa<br />

N<br />

S<br />

PAULO PEREIRA ESTUDIO LUZIA


O<br />

TREZZZZ...<br />

Áreas de lazer, incentivo<br />

à pratica esportiva<br />

e prevenção a doenças<br />

são algumas iniciativas<br />

já adota<strong>da</strong>s pelas redes<br />

de supermercados para<br />

melhorar a quali<strong>da</strong>de de<br />

vi<strong>da</strong> de seus colaboradores<br />

e envolvê-los com a<br />

empresa. O resultado<br />

são ganhos em eficiência<br />

e maior produtivi<strong>da</strong>de<br />

TEXTO MARIANA VIEIRA REDACAO @SM.COM.BR<br />

DEZEMBRO 2012 | SM.COM.BR 79


ESTRESSE<br />

GESTÃO<br />

Zerar o estresse <strong>da</strong> equipe pode trazer mais benefícios<br />

do que você imagina. Segundo pesquisa<br />

<strong>da</strong> consultoria Regus com mais de 16<br />

mil profissionais em todo o mundo, 41% dos<br />

brasileiros sentiram que os níveis de estresse<br />

aumentaram em relação ao ano passado.<br />

Apesar de ser menor que a média global, de<br />

48%, o índice deve ser visto com atenção. De<br />

acordo com a Regus, a falta de infraestrutura<br />

interna para <strong>da</strong>r suporte ao crescimento<br />

do País e a contínua instabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> economia<br />

mundial contribuíram para essa pressão.<br />

Tanto que os principais gatilhos para elevar o<br />

estresse são de natureza profissional, como o<br />

trabalho, citado por 55% dos respondentes,<br />

as finanças, com 45%, e os clientes, com 38%.<br />

“Trabalhadores estressados costumam ser<br />

infelizes e doentes. As empresas que desejam<br />

aju<strong>da</strong>r suas equipes a levar uma vi<strong>da</strong> mais<br />

gratificante não podem deixar de analisar e<br />

combater os níveis elevados de estresse dentro<br />

de suas organizações”, esclarece Guilherme<br />

Ribeiro, diretor-geral <strong>da</strong> Regus no Brasil.<br />

Pensando justamente nisso, o Carrefour<br />

desenvolve diversos projetos com o objetivo<br />

de melhorar a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> dos funcionários.<br />

Um deles é a semana na qual os colaboradores<br />

contam com serviços de medição<br />

de pressão, <strong>da</strong> taxa de colesterol e glicemia,<br />

entrevista com médicos e dicas posturais.<br />

CIETE SILVERIO<br />

Em Campinas, interior de São Paulo, a loja<br />

Dom Pedro realiza ações que visam a<br />

integração, menor nível de estresse e incentivo<br />

à produtivi<strong>da</strong>de. Possui uma sala<br />

de jogos com mesa de pingue-pongue, sinuca<br />

e academia interna que funciona três<br />

vezes por semana com aulas ministra<strong>da</strong>s<br />

por profissionais capacitados. A uni<strong>da</strong>de<br />

também realiza ações pontuais, como a do<br />

Dia <strong>da</strong>s Crianças, na qual os filhos dos funcionários<br />

podem passar o dia com os pais.<br />

AS CAMPANHAS PODEM SER realiza<strong>da</strong>s<br />

por ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> rede, com total autonomia<br />

<strong>da</strong> matriz brasileira, que fica em São<br />

Paulo. A empresa disponibiliza ain<strong>da</strong> inscrições<br />

gratuitas aos funcionários para os<br />

eventos esportivos que costuma patrocinar.<br />

O Pão de Açúcar também se dedica a<br />

manter seus colaboradores bem longe do<br />

estresse. Uma <strong>da</strong>s ferramentas é a pesquisa<br />

de engajamento, que mede fatores de<br />

satisfação. Segundo Cristiane Lacer<strong>da</strong>, gerente<br />

de Planejamento e Desenvolvimento<br />

de Gente, ela é uma evolução <strong>da</strong> pesquisa<br />

EMPRESA<br />

PEQUENA<br />

COBRA MENOS<br />

Segundo a pesquisa<br />

<strong>da</strong> Regus, as causas de<br />

estresse mu<strong>da</strong>m conforme<br />

o tamanho <strong>da</strong> empresa.<br />

Nas companhias menores,<br />

a cobrança dos gerentes<br />

é considera<strong>da</strong> fonte de<br />

estresse por apenas 21%<br />

dos entrevistados. Já nas<br />

empresas grandes, esse<br />

percentual sobe para<br />

42%. Outra constatação<br />

do estudo é que 66% dos<br />

brasileiros, independente<br />

do porte <strong>da</strong> empresa,<br />

acreditam que uma maior<br />

flexibili<strong>da</strong>de nos horário<br />

de trabalho aju<strong>da</strong>ria a<br />

diminuir o problema –<br />

alternativa que, no varejo,<br />

se aplicaria apenas ao<br />

pessoal administrativo<br />

80 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


ESTRESSE<br />

GESTÃO<br />

de clima. “Não adianta medir a satisfação<br />

se não soubermos o quanto aquele colaborador<br />

está conectado com o propósito <strong>da</strong><br />

empresa”, esclarece. Com os resultados <strong>da</strong><br />

pesquisa são realiza<strong>da</strong>s ações pontuais.<br />

Outra preocupação <strong>da</strong> companhia é com<br />

alimentação saudável e ativi<strong>da</strong>des físicas.<br />

Uma <strong>da</strong>s iniciativas nesse sentido foi a criação<br />

de academias de ginástica, hoje presentes<br />

na sede administrativa e em diversos<br />

Centros de Distribuição (veja foto na página<br />

anterior) nas ci<strong>da</strong>des de São Paulo, Rio<br />

de Janeiro, Fortaleza e Brasília. “O cui<strong>da</strong>do<br />

com as pessoas sempre foi uma crença no<br />

Grupo Pão de Açúcar”, pontua Cristiane.<br />

AÇÕES COMO ESSAS não são exclusivas<br />

dos gigantes. O Lopes <strong>Supermercado</strong>s, com<br />

26 lojas no Estado de São Paulo, também trabalha<br />

para o bem-estar dos colaboradores.<br />

”Entendemos que a motivação parte de ca<strong>da</strong><br />

um. Por isso, buscamos estabelecer ações<br />

que contribuam para a equipe e a eficácia de<br />

seus trabalhos”, explica Cristiane Andrade,<br />

gerente de Recursos Humanos <strong>da</strong> rede.<br />

A executiva conta ain<strong>da</strong> que a empresa<br />

mantém um canal de comunicação com os<br />

colaboradores, pelo qual compartilha ideias<br />

e sugestões, e também realiza pesquisas de<br />

clima. Com base nos resultados dessas duas<br />

ferramentas promove melhorias, como a sala<br />

de descanso e lazer. Trata-se de um espaço<br />

para o colaborador descansar e se integrar<br />

com os colegas, o que contribui para melhorar<br />

a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e a produtivi<strong>da</strong>de<br />

durante o expediente de trabalho. Hoje, 90%<br />

<strong>da</strong>s lojas já possuem o benefício.<br />

Outra constatação <strong>da</strong> pesquisa <strong>da</strong> Regus<br />

é que os funcionários de pequenas empresas<br />

estão mais propensos ao estresse causado<br />

por clientes, com 41% <strong>da</strong>s citações. Nas grandes,<br />

o percentual é de 33%. “Essa situação<br />

ocorre porque as empresas menores normalmente<br />

têm um número inferior de funcionários.<br />

Eles, por vezes, acumulam ativi<strong>da</strong>des<br />

além do atendimento direto ao cliente. E,<br />

por isso, deve-se ficar atento. Se essa situação<br />

não for bem dosa<strong>da</strong>, pode gerar um grau<br />

EVITE ESTRESSE NA SUA EQUIPE<br />

Manter os colaboradores motivados é uma maneira<br />

de combater o problema. Veja o que fazer:<br />

COMUNIQUE MAIS E MELHOR Seja objetivo e claro;<br />

nunca se esqueça de ser assertivo nos problemas.<br />

Traga fatos e <strong>da</strong>dos, vá direto ao ponto<br />

DESENVOLVA EMPATIA Colocar-se no lugar do outro<br />

fazvocê mais humano e aju<strong>da</strong> a entender as diferenças<br />

APRENDA A DAR FEEDBACK Faça críticas construtivas<br />

em vez de “ferraback”<br />

TENHA FOCO Isso contribui para que você seja mais<br />

produtivo. O mercado de varejo é muito dinâmico<br />

e exige atenção e orientação para o resultado<br />

PRAZER EM SERVIR Não há na<strong>da</strong> mais prazeroso do que<br />

atender genuinamente as necessi<strong>da</strong>des de alguém. Dedique-se<br />

Fonte: Praxis Consultoria<br />

maior de preocupação e o consequente estresse”,<br />

pontua Guilherme Ribeiro, <strong>da</strong> Regus.<br />

A alta carga de estresse se reflete diretamente<br />

nos negócios. O rendimento <strong>da</strong>s<br />

equipes cai abaixo do esperado, provocando<br />

que<strong>da</strong> <strong>da</strong> eficiência, além de aumentar o número<br />

de afastamentos por motivo de doença.<br />

De maneira geral, a empresa pode contribuir<br />

para reduzir o problema proporcionando<br />

um local de trabalho agradável, onde as<br />

sugestões dos funcionários são leva<strong>da</strong>s em<br />

consideração. Uma política de recursos humanos<br />

com premiações e oportuni<strong>da</strong>des de<br />

treinamento e desenvolvimento também<br />

aju<strong>da</strong> bastante. “Não podemos esquecer que<br />

antes de sermos gerentes, chefes ou subordinados,<br />

somos colaboradores, principalmente<br />

em um supermercado onde o trabalho<br />

é realizado em equipe”, finaliza Ribeiro.<br />

NESTA REPORTAGEM VOCÊ VIU:<br />

PESQUISA APONTA QUE BRASILEIROS ESTÃO MAIS ESTRESSADOS<br />

AS AÇÕES DOS SUPERMERCADOS PARA COMBATER O PROBLEMA<br />

DIFERENÇAS DE CAUSAS ENTRE EMPRESAS PEQUENAS E GRANDES<br />

82 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


MEGAMERCADO<br />

VOCÊ POR DENTRO DOS NEGÓCIOS<br />

POR ADRIANA SILVESTRINI ADRIANA.SILVESTRINI@SM.COM.BR<br />

PÁG.<br />

85<br />

O CRÉDITO DA<br />

CLASSE MÉDIA<br />

Pesquisa <strong>da</strong> Serasa Experian<br />

sobre a classe média brasileira<br />

mostra que ela é composta em<br />

sua maioria por jovens moradores<br />

de periferias (31%), pessoas que<br />

estão envelhecendo na periferia<br />

(18%) e aspirantes sociais (11%).<br />

Atualmente, eles representam<br />

60% dos 104 milhões de pessoas<br />

<strong>da</strong> classe média. E o crédito tem<br />

sido um grande impulsionador<br />

do consumo e do crescimento<br />

do mercado interno. Estatísticas<br />

demonstram que 58% <strong>da</strong> classe<br />

média usa o cartão de crédito,<br />

23% o crediário e 18% cheque,<br />

parcelando suas compras (em cartões<br />

de crédito, crediário) em 9 vezes.<br />

JULIO SOUZA<br />

“Seremos líderes na ven<strong>da</strong> de pães, bolos, biscoitos<br />

e crackers em 20 anos, no máximo.” O recado otimista foi <strong>da</strong>do<br />

por Ricardo Guerra (foto), diretor executivo <strong>da</strong> Limagrain Guerra, durante a inauguração <strong>da</strong><br />

fábrica <strong>da</strong> marca francesa Jacquet em Guarapuava, a 255 quilômetros de Curitiba (PR). “Não<br />

mediremos esforços para estar em todos os canais de ven<strong>da</strong>s, principalmente no autosserviço.”<br />

A marca francesa, com 130 anos de história na Europa,<br />

chega ao Brasil... com estratégias bem defini<strong>da</strong>s. De acordo com Guerra, os<br />

produtos terão prazo de vali<strong>da</strong>de “estendido”. Os pães, por exemplo, terão, em média, 20<br />

dias para serem consumidos, cerca de 10 a mais do que os de marcas concorrentes. O<br />

posicionamento de preço será idêntico ao praticado pela líder brasileira do segmento. A<br />

ideia <strong>da</strong> marca francesa é atingir to<strong>da</strong>s as classes sociais.<br />

Estão disponíveis nas gôndolas 24 itens de bolos premium<br />

a partir deste mês. Estes são importados diretamente <strong>da</strong> França.<br />

A princípio, a linha de panificados será vendi<strong>da</strong> apenas em lojas do Pão de Açúcar e Extra<br />

nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (ao todo serão 177 lojas). Posteriormente,<br />

será distribuí<strong>da</strong> em outras redes. “Por meio de pesquisa, constatamos que os franceses e<br />

os brasileiros têm gosto semelhantes. Mas, é claro, quem dita a regra é sempre o nosso<br />

consumidor”, garante Guerra.<br />

10<br />

milhões<br />

de brasileiros são<br />

diabéticos, diz<br />

o Ministério <strong>da</strong><br />

Saúde. Por dia, são<br />

500 novos casos.<br />

Atenção a produtos<br />

para esse público


MEGAMERCADO<br />

Beleza brasileira<br />

Confira o potencial anual (2012) de consumo para produtos de beleza por classe e por região. Na lista entram perfumes,<br />

colônias, maquiagem, cremes hidratantes e de tratamento, filtro solar, esmalte, desodorante e tinta para o cabelo.<br />

POR CLASSE<br />

CLASSE<br />

Nº DE DOMICÍLIOS<br />

EM ÁREA URBANA<br />

% DOMICÍLIOS<br />

POTENCIAL DE<br />

CONSUMO (R$ BILHÕES)<br />

% POTENCIAL DE CONSUMO<br />

A 1.302.104 2,60 3.48 9,60<br />

B 12.241.533 24,45 15.05 41,52<br />

C 26.226.959 52,38 15.43 42,60<br />

D/E 10.303.381 20,57 2.28 6,28<br />

BRASIL 50.073.977 100 36.24 100<br />

POR REGIÃO<br />

REGIÃO<br />

POTENCIAL DE<br />

CONSUMO (R$ BILHÕES)<br />

% POTENCIAL DE CONSUMO<br />

CONSUMO PER CAPITA<br />

R$/HAB POR ANO<br />

NORTE 2.49 7 208,28<br />

NORDESTE 6.59 18 167,70<br />

SUDESTE 18.08 50 239,45<br />

SUL 5.93 16 252,83<br />

CENTRO-OESTE 3.15 9 245,86<br />

BRASIL 36.24 100 222,28<br />

Fonte: Pyxis Consumo - IBOPE Inteligência<br />

NOVA FÁBRICA DE CHOCOLATE NO RIO GRANDE DO SUL<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

Atualmente to<strong>da</strong> a produção de chocolates <strong>da</strong> marca Neugebauer<br />

– compra<strong>da</strong> em janeiro de 2010 pela Vonpar Alimentos – permanece na<br />

fábrica em Porto Alegre. Porém, de acordo com Claudio Fontes, vicepresidente<br />

<strong>da</strong> Vonpar, uma nova fábrica de chocolates está sendo<br />

construí<strong>da</strong> na ci<strong>da</strong>de de Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, onde a<br />

empresa já produz balas e pirulitos. “Essa expansão <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de permitirá<br />

que as duas produções, de guloseimas e chocolates, fiquem juntas”,<br />

ressalta o executivo, que não revela os valores do investimento. A nova<br />

fábrica de chocolates tem inauguração prevista para maio de 2013. Com<br />

ela, a Vonpar Alimentos aumentará em 200% a capaci<strong>da</strong>de produtiva e<br />

somará seis linhas de produção. Os produtos <strong>da</strong> Vonpar alcançam to<strong>da</strong> a<br />

região Sul e Sudeste do Brasil e estão presentes nas redes Zaffari, Walmart<br />

e Makro. De acordo com Fontes, a empresa está desenhando uma<br />

estratégia para oferecer o mix mais adequado possível aos consumidores<br />

do canal supermercadista, e acredita no diálogo para a definição do<br />

portfólio de produtos mais adequados para ca<strong>da</strong> canal e região do Brasil.<br />

86 SM.COM.BR | DEZEMBRO 2012


Embalagens com<br />

a cara do Brasil<br />

THE COMMONS<br />

CONSUMIDORES CONECTADOS<br />

De acordo com levantamento realizado pela Kantar<br />

Worldpanel, atualmente 159 milhões de pessoas estão conecta<strong>da</strong>s<br />

a aparelhos individuais no Brasil. Somente nos dois últimos anos<br />

foi possível observar um crescimento de mais de 5,4 milhões<br />

de usuários de ban<strong>da</strong> larga, o que representa uma penetração<br />

em 48% dos lares brasileiros. Em 2010, a ban<strong>da</strong> larga estava<br />

presente em apenas 37% dos lares do País. Os smartphones estão<br />

em 7% dos domicílios, em contraparti<strong>da</strong> com 4%, no ano de 2010.<br />

Esse crescimento representa 3,6 milhões de novos usuários. Os<br />

tablets e modems 3G ficam, respectivamente, atrás com 1% e 2%<br />

de penetração nos lares. Isso significa que no primeiro trimestre<br />

deste ano, 776 mil pessoas já tiveram acesso aos tablets, enquanto<br />

2,8 milhões utilizaram modems 3G para se conectarem à internet.<br />

Para <strong>da</strong>r mais ‘brasili<strong>da</strong>de’<br />

ao visual de sua marca, a quarentona<br />

Arisco reformulou as embalagens<br />

de seus temperos, caldos e geleias.<br />

A partir de agora, to<strong>da</strong>s terão uma faixa<br />

verde e amarela, com tom patriota,<br />

abaixo do logo. Segundo Ana Paula<br />

Duarte, diretora de marketing <strong>da</strong> Unilever,<br />

a ideia <strong>da</strong>s novas cores é conectar<br />

ain<strong>da</strong> mais o brasileiro com a marca.


NOVOS PRODUTOS<br />

DE OLHO NAS PRATELEIRAS<br />

PÁG.<br />

88<br />

POR ADRIANA SILVESTRINI ADRIANA.SILVESTRINI@SM.COM.BR | FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

CONSERVAS GOURMET<br />

Azeitona preta tempera<strong>da</strong> com caroço, azeitona verde<br />

tempera<strong>da</strong> com e sem caroço, piparras (pimenta) tempera<strong>da</strong>s<br />

e cebolinha ao pesto. Esses são os sabores <strong>da</strong>s conservas<br />

gourmet espanholas. Elas chegam às gôndolas por meio<br />

<strong>da</strong> importadora La Pastina. Os produtos têm vi<strong>da</strong><br />

útil de três anos e preços sugeridos entre R$18,00 e 24,80.<br />

Perfumista<br />

americana<br />

A marca Axe<br />

acrescenta mais uma<br />

variante ao seu portfólio<br />

de produtos. Para atrair<br />

os consumidores jovens,<br />

a empresa contratou a<br />

perfumista americana Ann<br />

Gottlieb para criar o Axe<br />

Apolo. O produto pode<br />

ser encontrado em todo o<br />

Brasil nas versões: roll-on,<br />

aerossol (antitranspirante,<br />

com embalagem na<br />

cor prata) e bodyspray<br />

(perfume para o corpo, com<br />

embalagem na cor preta).<br />

COCO COM<br />

ALGODÃO<br />

Inspira<strong>da</strong> no clima<br />

tropical e na pele <strong>da</strong> mulher<br />

brasileira, a Palmolive<br />

Naturals lança a combinação<br />

Coco & Algodão para sabonetes.<br />

Nas versões líquido (250 ml)<br />

e em barra (90 g e 150 g),<br />

a novi<strong>da</strong>de marca o retorno<br />

<strong>da</strong> Palmolive às campanhas<br />

de TV. Para completar a<br />

divulgação do produto, haverá<br />

outras ações de marketing,<br />

que incluem materiais no ponto<br />

de ven<strong>da</strong> e em mídias digitais.


GRANOLAS DOCE E SALGADA<br />

A fabricante Retratos do Gosto apresenta a linha de granolas cria<strong>da</strong> pela<br />

chef Heloísa Bacellar. No total, são três receitas – granola doura<strong>da</strong> com frutas desidrata<strong>da</strong>s;<br />

granola morena com banana-passa e chocolate (50% cacau), e granola salga<strong>da</strong><br />

numa mistura de legumes e temperos desidratados, como alho, cebola,<br />

salsinha, tomate, polpa de abóbora. A marca ain<strong>da</strong> oferece chips de provolone.<br />

ESPUMA FEMININA<br />

Café para comer<br />

Após quatro anos de desenvolvimento e testes, a SPA -<br />

indústria alimentar sedia<strong>da</strong> em Vila Velha (ES)- lança o Coffee Beans,<br />

ou seja, café para comer. As opções do produto são: saco de 400<br />

gramas com grãos de 3 gramas; grãos de 10 gramas em caixa display<br />

com 15 uni<strong>da</strong>des e sacos de 84 gramas com grãos de 6 gramas.<br />

Para facilitar a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

consumidoras, a Bic apresenta as<br />

espumas femininas para depilação<br />

Bic Comfort for Women, com opções<br />

para pele seca e pele delica<strong>da</strong>.<br />

Os produtos foram feitos para preparar<br />

e condicionar a pele <strong>da</strong> mulher<br />

para a retira<strong>da</strong> dos pelos. Também<br />

têm fragrâncias e efeito hidratante.<br />

O preço médio é de R$ 10,00.


COM A PALAVRA<br />

OPINIÃO DE EXECUTIVOS E ESPECIALISTAS<br />

POR VIVIANE SOUSA VIVIANE.SOUSA@SM.COM.BR | FOTO DIVULGAÇÃO<br />

PÁG.<br />

90<br />

JEFFERSON RODRIGO DA SILVA<br />

COORDENADOR DE HOMESCAN<br />

DA CONSULTORIA NIELSEN<br />

Eletrodomésticos<br />

estão em alta<br />

Autosserviço ain<strong>da</strong> responde por<br />

parcela pequena <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s, mas<br />

pode reverter essa estatística<br />

E<br />

stimulado pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos<br />

Industrializados) e pelo aumento <strong>da</strong> ren<strong>da</strong><br />

dos brasileiros, o mercado de eletrodomésticos<br />

tem crescido no Brasil a uma taxa de 15% nos últimos semestres.<br />

Apesar disso, 30% dos lares no País só possuem<br />

um ou dois produtos desse segmento, o que é pouco. O<br />

<strong>da</strong>do é <strong>da</strong> pesquisa “O mercado de eletrodomésticos”,<br />

feita pela consultoria Nielsen com uma amostra de oito<br />

mil lares, estratifica<strong>da</strong> para representar 42 milhões de<br />

famílias de to<strong>da</strong>s as classes sociais e regiões do Brasil.<br />

Além do potencial de evolução do segmento, outra boa<br />

notícia é que o autosserviço pode responder por parte<br />

desse avanço. Jefferson Rodrigo <strong>da</strong> Silva, coordenador<br />

de Homescan <strong>da</strong> Nielsen, fala mais sobre o assunto.<br />

Qual a vantagem do autosserviço na<br />

comercialização de eletrodomésticos?<br />

A comodi<strong>da</strong>de ofereci<strong>da</strong> aos clientes, porque ao mesmo<br />

tempo que fazem as compras para abastecer a despensa <strong>da</strong> casa,<br />

podem escolher uma nova geladeira, fogão, micro-on<strong>da</strong>s, sem<br />

precisar se deslocar até uma loja especializa<strong>da</strong>. Outra vantagem<br />

é que a frequência regular do público aos super e hiper pode aumentar<br />

as chances de ven<strong>da</strong> de eletrodomésticos de menor porte.<br />

Mas a participação do setor nas ven<strong>da</strong>s<br />

desses produtos ain<strong>da</strong> é baixa. Por quê?<br />

Segundo a pesquisa, apenas 5% dos lares adquiriram seus<br />

eletrodomésticos no autosserviço. A questão é que nem to<strong>da</strong>s<br />

as lojas vendem esses produtos, o que já confere ao setor baixa<br />

participação nas ven<strong>da</strong>s. A maioria são hipermercados, já que a<br />

categoria deman<strong>da</strong> muito espaço em loja e no depósito. Outros<br />

fatores são a concorrência com lojas online e a reduzi<strong>da</strong> oferta de<br />

modelos e marcas em relação às lojas especializa<strong>da</strong>s.<br />

O que o setor pode fazer para reverter isso?<br />

O mais importante é investir num sortimento variado e direcionado,<br />

porque quando o brasileiro sai para comprar eletrodomésticos<br />

ele gosta de fazer comparações, inclusive dentro <strong>da</strong> mesma<br />

loja. Isso tende a deixar o canal mais atrativo aos olhos do público,<br />

e é o que as lojas especializa<strong>da</strong>s fazem. Garantir vendedores<br />

treinados também aju<strong>da</strong>. O autosserviço precisa oferecer ain<strong>da</strong> um<br />

mix adequado ao perfil dos seus clientes. A região Sul, por exemplo,<br />

responde por boa parte <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s de aspiradores de pó. Já o Estado<br />

do Rio de Janeiro apresenta alta presença de ar-condicionado.<br />

De acordo com a pesquisa, quais<br />

os eletrodomésticos com maior potencial<br />

de crescimento de ven<strong>da</strong>s?<br />

Enquanto geladeiras e fogões são priori<strong>da</strong>de em mais de 90%<br />

dos lares, lavadoras de roupas e micro-on<strong>da</strong>s estão mais presentes<br />

entre a classe média/alta. Mas com o aumento <strong>da</strong> ren<strong>da</strong>, as classes<br />

C/D começam a adquirir esses itens, tanto que hoje esse público<br />

tem maior chance de aumentar a penetração desses produtos<br />

nos lares. Some-se à lista os tanquinhos, porta de entra<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

famílias de baixa ren<strong>da</strong> aos equipamentos de lavagem de roupa,<br />

antes de migrarem para máquinas automáticas. Já os purificadores<br />

de água estão presentes em apenas um terço dos lares, a maioria<br />

<strong>da</strong>s classes A/B. Então, suas ven<strong>da</strong>s tendem a aumentar em to<strong>da</strong>s<br />

as cama<strong>da</strong>s. Esse mercado crescerá muito nos próximos anos.

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