La - Comunità italiana

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Flávio T.
Sentido
único
Senso unico
Nella stessa epoca, Brasile e Italia hanno modificato la loro
legislazione del Codice della Strada per inasprire le regole
contro autisti in stato di ebbrezza. Malgrado il poco tempo di
vigenza delle leggi e le proteste iniziali, il numero di incidenti è
diminuito nei due paesi. La creatività non manca in cerca di
alternative per chi non rinuncia alle nottate dosate ad alcol
Na mesma época,
Brasil e Itália
modificam sua
legislação de trânsito
para apertar o cerco
contra motoristas
embriagados.
Apesar do pouco
tempo de vigência
das leis e protestos
iniciais, o número de
acidentes diminuem
nos dois países. Não
falta criatividade na
busca de alternativas
para quem não abre
mão de baladas
dosadas a álcool
Ja n a i n a Cesar, d e Treviso, e Nay r a Garofle
Não adianta reclamar. No
Brasil, quem quiser sair
para se divertir e tomar
alguns goles de cerveja
ou caipirinha, terá que pegar um
táxi na hora de ir embora. Isso,
porque desde 19 de junho, a nova
lei 11.705, que altera o Código
de Trânsito Brasileiro, provocou
uma mudança de hábitos
da população brasileira. O consumo
de qualquer quantidade de
bebida alcoólica por condutores
de veículos está terminantemente
proibido. Resultado: só no Rio
de Janeiro, o número de mortes
caiu pela metade desde que a lei
entrou em vigor.
Antes, era permitida a ingestão
de até seis decigramas de álcool
por litro de sangue (o equivalente
a dois copos de cerveja).
Hoje, quem for pego dirigindo
depois de beber, além da multa
de 955 reais, vai perder a carteira
de motorista por 12 meses e poderá
até ser preso se a quantidade
de álcool por litro de sangue
for superior a 0,6 grama. Apesar
da nova Lei Seca não permitir
nenhuma concentração de álcool
no sangue, é tolerado até 0,2
grama de álcool por litro de sangue,
o que corresponde à margem
de erro dos exames.
O carona que estiver com o
motorista que for preso por dirigir
alcoolizado não precisa se
preocupar porque não há punição
para ele. Sobre o tempo de
permanência do álcool no sangue,
isso depende da bebida e
da quantidade consumida. Uma
taça de vinho, por exemplo, ou
um copo de cerveja, podem ser
eliminados em uma hora. Já uma
dose de uísque leva duas horas
para “evaporar”. O teste de bafômetro
não é obrigatório, mas se
houver recusa do motorista, ele é
levado ao Instituto Médico Legal
(IML), multado e convidado a fazer
exame de sangue.
Na Itália, a lei anti-álcool
que já tinha sofrido mudanças
drásticas ano passado e mostrado
resultados com uma diminuição
de 12% do número de vítimas,
foi reforçada com a entrada
em vigor da nova lei aprovada,
em julho, pelo Senado. O tempo
de “fazer festa sem responsabilidade”,
como dizem por lá, está
com os dias contados, pelo menos
é o que esperam os ministérios
da Justiça e do Transporte.
Agora, a partir de setembro,
quem está pensando em tirar a
carteira de motorista deverá se
submeter a um teste anti-álcool
e anti-drogas, fato que levantou
muita polêmica entre os partidos
de oposição e os jovens que adoram
bebericar nos bares.
— Essa iniciativa é inútil —
diz Donatella Poretti, senadora do
Partido Radical — Como o álcool
não fica no sangue, mas desaparece
em poucas horas, quem for
fazer o teste não beberá um ou
dois dias antes, e isso é tão claro
quanto um mais um são dois. Já
o rastro no sangue de quem fumou
um cigarro de maconha, no
último mês, permanece e aí corremos
o risco de dar a carteira
justamente a quem bebe.
Segundo Poretti, o único instrumento
que funciona é o controle
nas estradas, como indicado
na pesquisa feita pela Comissão
Européia e pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). Os dados
do Ministério do Interior
confirmam que, em 2007, foram
feitas 800.000 blitzen nas estradas
com o teste do bafômetro,
um número muito superior aos
300.000 realizados em 2006.
No Brasil, a polêmica gira em
torno das punições que, segundo
especialistas em direito penal,
serão dificultadas por conta de
uma brecha na lei. Isso porque,
de acordo com a Constituição, o
infrator tem o direito de não produzir
prova contra si e pode se
recusar a fazer o teste do bafômetro
ou de sangue. Dessa forma,
ele não poderia ser condenado
criminalmente. Antes mesmo
de completar um mês de vigência
da lei, o Tribunal de Justiça concedeu
uma liminar autorizando
um motorista a beber e dirigir.
Cartazes de campanhas contra a direção perigosa.
Jornais, revistas e outdoors viram alvo para atingir os motoristas
Cartelloni di campagne contro la guida pericolosa.
Giornali, riviste e outdoors sono diretti ai conducenti
È
inutile protestare. In Brasile,
chi vuole uscire per
divertirsi e bere un po’ di
birra o di caipirinha, avrà
due opzioni: prendere un taxi al
momento di andare via o, semplicemente,
dimenticare l’alcol. Ciò
perché dal 19 giugno la nuova
legge 11.705, che altera il Código
de Trânsito Brasileiro, ha provocato
cambiamenti nelle abitudini
della popolazione brasiliana.
Il consumo di qualsiasi quantità
di bevanda alcolica da parte di
conducenti di veicoli è categoricamente
proibita. Risultato: solo
a Rio de Janeiro il numero di
morti è caduto la metà da quando
la legge è entrata in vigore.
Prima era permesso di bere fino
a sei decigrammi di alcol per litro
di sangue (l’equivalente a due
bicchieri di birra). Oggi, chi viene
fermato a guidare dopo aver bevuto,
oltre a prendere un’ammenda
di 955 reais, perde la patente
di guida per 12 mesi e può essere
perfino arrestato se la quantità
d’alcol per litro di sangue è
superiore a 0,6 grammi. Malgrado
la nuova “Lei Seca” non permetta
nessuna concentrazione di alcol
nel sangue, viene tollerato non
più di 0,2 grammo di alcol per litro
di sangue, il che corrisponde al
margine d’errore delle analisi.
Chi siede accanto al conducente
che viene fermato perché guida
in stato di ebbrezza non si deve
preoccupare, non viene punito.
Riguardo al tempo di permanenza
dell’alcol nel sangue, questo dipende
dalla bevanda e dalla quantità
ingerita. Un bicchiere di vino,
per esempio, o uno di birra, possono
essere eliminati in un’ora. Invece
una dose di wiskey ci mette due
ore per “evaporare”. Il test dell’etilometro
non è obbligatorio, ma se
il conducente si rifiuta a farlo, viene
portato all’Instituto Médico Legal
(IML), multato e invitato a fare
le analisi del sangue.
In Italia, la legge anti-alcol,
che aveva già subìto drastici cambiamenti
l’anno scorso e mostrato
risultati, con una diminuzione
del 12% del numero di vittime, è
stata inasprita con l’entrata in vigore
della nuova legge approvata,
in luglio, dal Senato. Il tempo di
“fare festa senza responsabilità”,
come dicono da quelle parti, ha i
giorni contati, perlomeno è quello
che sperano i ministeri della
Giustizia e dei Trasporti. Ora,
da settembre, chi sta pensando
di prendere la patente dovrà sottomettersi
ad un test anti-alcol
e anti-droghe, fatto questo che
ha causato molte polemiche tra i
partiti di opposizione e i giovani
che adorano bere nei bar.
— Questa iniziativa è inutile
— dice Donatella Poretti, senatrice
del Partito Radicale. —
Siccome l’alcol non rimane nel
sangue, ma sparisce in poche
ore, chi va a fare il test non berrà
uno o due giorni prima, e questo
è tanto chiaro quanto uno più
uno fa due. Invece le tracce nel
sangue di chi ha fumato uno spinello
durante il mese rimane, e
allora corriamo il rischio di dare
la patente proprio a chi beve.
Secondo Poretti l’unico strumento
a funzionare è il controllo
lungo le strade, come indicato da
una ricerca fatta dalla Commissione
Europea e dall’Organizzazione
Mondiale della Sanità (OMS). I
dati del ministero degli Interni
confermano che nel 2007 sono
stati effettuati 800.000 blitz sulle
strade con il test dell’etilometro,
un numero molto superiore ai
300.000 realizzati nel 2006.
In Brasile la polemica gira intorno
alle punizioni che, secondo
specialisti in diritto penale,
saranno rese difficili dovuto ad
una breccia nella legge. Questo
perché, secondo la Costituzione,
l’infrattore ha il diritto di non
produrre prove contro se stesso
e può rifiutarsi a fare il test
dell’etilometro o le analisi del
sangue. Così, non potrebbe essere
condannato criminalmente.
Ancora prima di compiere un mese
di vigenza della legge, il Tribunal
de Justiça ha concesso una
preliminare che autorizza i conducenti
a bere e guidare.
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