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Sistematização, correção e adubação adequadas dão ao solo as ...

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Renan Rigo<br />

A Amazônia é,<br />

disparada, a mais<br />

conhecida atração<br />

natural br<strong>as</strong>ileira<br />

mundo a fora. A<br />

imensidão verde<br />

da floresta e a<br />

abundância de<br />

água correndo pelos<br />

leitos dos rios fazem<br />

com que a região<br />

seja campeã em<br />

superlativos – e<br />

elogios também!<br />

Bem-vindos<br />

Renan Rigo<br />

à selva!<br />

Renan Rigo<br />

É<br />

fato! Suponhamos que você p<strong>as</strong>se uma<br />

temporada no exterior e faça novos amigos<br />

de outros países. Mais cedo ou mais<br />

tarde um deles vai chegar para você e<br />

perguntar: “Você é br<strong>as</strong>ileiro Ah... então você<br />

conhece a Amazônia, né”. Pois é! Por mais longínqua<br />

e distante da realidade da maior parte<br />

da população br<strong>as</strong>ileira, especialmente no eixo<br />

Centro-Sul do País, a Amazônia povoa o imaginário<br />

do mundo quando o <strong>as</strong>sunto é Br<strong>as</strong>il. A<br />

maior floresta tropical do planeta é rica em<br />

biodiversidade, umidade e grandiosidade! Tudo<br />

é conjugado no superlativo neste lugar: a maior<br />

floresta, o maior rio, a maior<br />

bacia hidrográfica, a maior biodiversidade<br />

em floresta tropical...<br />

M<strong>as</strong> não se deixe enganar, são<br />

nos detalhes que o lugar encanta<br />

seus viajantes. Cada árvore de<br />

floresta, cada gota d’água<br />

impregnada no ambiente, extremamente quente<br />

e úmido, são partes importantíssim<strong>as</strong> de um<br />

quebra-cabeça divino. E a composição completa<br />

é literalmente de tirar o fôlego.<br />

Situada em um território compartilhado<br />

por nove países, a floresta amazônica encanta<br />

por sua beleza. Gigantes verdes espalham-se<br />

em cop<strong>as</strong> frondos<strong>as</strong> cerca de 30 metros acima<br />

do <strong>solo</strong> e a intensidade da floresta em v<strong>as</strong>tidão<br />

dá a impressão de que se trata de uma selva<br />

sem fim. Permeada por rios, a visibilidade da<br />

mata, observada de cima, seduz de dentro do<br />

avião e chega <strong>ao</strong> ápice quando <strong>as</strong> árvores<br />

abrem espaço para a corrente de águ<strong>as</strong> do<br />

Amazon<strong>as</strong>. O rio serpenteia e corre toda a<br />

extensão da floresta, desde su<strong>as</strong> tímid<strong>as</strong> manch<strong>as</strong><br />

verdes próxim<strong>as</strong> <strong>ao</strong>s Andes – onde n<strong>as</strong>ce<br />

–, p<strong>as</strong>sando pela densa mata br<strong>as</strong>ileira, até<br />

desembocar em sua foz junto à Ilha de Marajó,<br />

no Pará. Em termos gerais, nenhum outro rio<br />

ou floresta conseguiu superar essa conjugação<br />

de águ<strong>as</strong> e selv<strong>as</strong>. E nesse ponto, o pedaço<br />

br<strong>as</strong>ileiro é um show à parte.<br />

Distânci<strong>as</strong><br />

Belém - 3.088 Km<br />

Br<strong>as</strong>ília - 3.379 Km<br />

São Paulo - 3.880 Km<br />

Rio de Janeiro - 4.277 Km<br />

De Manaus, luxo e decadência<br />

Há du<strong>as</strong> form<strong>as</strong> convencionais de se chegar<br />

a Manaus, a capital br<strong>as</strong>ileira incrustada no<br />

coração da floresta: de barco ou de avião. Pelo<br />

rio, vindo de Belém, por exemplo, o clima pode<br />

ser sentido já nos primórdios de sua aventura<br />

partindo de uma região já próxima à Linha do<br />

Equador. Agora, meu amigo, se você vem de<br />

avião proveniente de latitudes mais longínqu<strong>as</strong>,<br />

se prepare! Ao primeiro pé fora da aeronave<br />

você é arrebatado pelo calor/vapor/<br />

FERVOR desta sauna <strong>ao</strong> ar livre! É uma experiência<br />

diferente <strong>ao</strong>s menos acostumados. A<br />

umidade da cidade combinada com <strong>as</strong> alt<strong>as</strong><br />

temperatur<strong>as</strong> dá a impressão de que você está<br />

derretendo por alguns momentos<br />

– e olha que meu vôo chegou<br />

pela madrugada. Não é<br />

exagero, prova disso é o eterno<br />

ar-condicionado circulante em<br />

automóveis e dentro de prédios<br />

e construções. Manaus é quente<br />

– e também interessante!<br />

É claro que você vai se encantar pelos<br />

deslumbres de construções datad<strong>as</strong> do<br />

luxuoso Ciclo da Borracha, próximos <strong>ao</strong><br />

fim do século XIX e início do XX, como o<br />

Teatro Amazon<strong>as</strong> – construção mais<br />

conhecida da capital – e o Palácio Rio<br />

Negro. Aliás, foi nessa época que a capital<br />

amazonense viveu seu ápice em glamour<br />

e beleza pela economia proveniente da<br />

exploração d<strong>as</strong> seringueir<strong>as</strong>, com a maioria<br />

dos grandes monumentos erguidos<br />

junto a essa explosão de prosperidade.<br />

Historicamente, tudo veio à decadência<br />

após a exploração iniciada na Ásia e o fim<br />

do poderio econômico br<strong>as</strong>ileiro na extração<br />

do látex. Muita coisa ficou deixada de<br />

lado e de longe lembram a riqueza exalada<br />

em palacetes, c<strong>as</strong>sinos e construções<br />

modern<strong>as</strong> para a época. No entanto, o<br />

charme da cidade ainda permanece e vale<br />

lembrar o principal: a cidade é a porta de<br />

entrada para a floresta!<br />

Manaus é banhada pelo Rio Negro, m<strong>as</strong><br />

reserva um show particular em seus domínios. É<br />

junto à cidade que <strong>as</strong> águ<strong>as</strong> cor de Coca-Cola do<br />

Negro se unem às barrent<strong>as</strong> correntes do Solimões.<br />

O famoso Encontro d<strong>as</strong> Águ<strong>as</strong> é atração turística<br />

obrigatória <strong>ao</strong> visitante e você entende o porquê <strong>ao</strong><br />

avistar o fenômeno: el<strong>as</strong> não se misturam de imediato<br />

– o que é muito bonito! Segundo o guia<br />

Nilson, que acompanhava o grupo em visita a essa<br />

atração, isso ocorre pela composição química d<strong>as</strong><br />

du<strong>as</strong> correntes – densidade, acidez e temperatur<strong>as</strong><br />

diferentes – o que faz com que estes irmãos corram<br />

lado a lado por cerca de seis quilômetros antes do<br />

Solimões vencer a batalha e receber o nome de<br />

Amazon<strong>as</strong>, em definitivo. Particularmente, pegue<br />

um barquinho não tão pequeno. Isso porque a visão<br />

do encontro é mais bonita se vista mais do alto. A<br />

divisão d<strong>as</strong> águ<strong>as</strong> é pontilhada por uma linha tênue,<br />

porém marcante. Incrivelmente, ali está parte da<br />

formação do maior rio do mundo – e, por sorte,<br />

você pode até avistar um boto no local pra completar<br />

essa belezura!<br />

Pelo Rio Negro, próximo a Manaus aproveite<br />

também para desfrutar a visão da cidade pelo lado<br />

de fora. É possível ver o porto, <strong>as</strong> construções históric<strong>as</strong>,<br />

a cúpula do Teatro Amazon<strong>as</strong> (inconfundível<br />

em su<strong>as</strong> cores verde-amarela) e um contr<strong>as</strong>te entre<br />

c<strong>as</strong><strong>as</strong> simples de palafit<strong>as</strong>, com prédios novos e mais<br />

Partindo para o rio,<br />

o encontro e a floresta<br />

modernos. E por falar em modernidade, subindo o<br />

Negro, pouco antes da Praia de Ponta Negra, você<br />

avistará uma d<strong>as</strong> nov<strong>as</strong> e mais modern<strong>as</strong> construções<br />

no Norte br<strong>as</strong>ileiro: a ponte estaiada da rodovia<br />

AM-070 que liga a capital <strong>ao</strong> município de Iranduba.<br />

Considerada a maior ponte fluvial e estaiada do<br />

Br<strong>as</strong>il e a segunda maior ponte fluvial do mundo, a<br />

construção tem 3,6 quilômetros de extensão, sendo<br />

importante elo na integração da região metropolitana<br />

manauara.<br />

Há quem aproveite o p<strong>as</strong>seio oferecido pel<strong>as</strong><br />

divers<strong>as</strong> companhi<strong>as</strong> turístic<strong>as</strong> da região e visite,<br />

também, o Parque Janauary, pelo lado do Solimões.<br />

Em pequen<strong>as</strong> cano<strong>as</strong> motorizad<strong>as</strong>, os gui<strong>as</strong> seguem<br />

por entre igapós e várze<strong>as</strong> alagad<strong>as</strong> observando a<br />

fauna e a flora locais, com destaques para um lago<br />

repleto de vitóri<strong>as</strong>-régi<strong>as</strong>. Dessa vez, no entanto,<br />

partimos de barco, pelo Rio Negro acima, até um<br />

hotel de selva, onde o visitante pode se hospedar, ou<br />

melhor, se isolar no meio da Floresta Amazônica. O<br />

breu do rio em contr<strong>as</strong>te <strong>ao</strong> verde da mata, que<br />

também se reflete no espelho d’água, é um deslumbre!<br />

Aliás, como toda a extensão d<strong>as</strong> belez<strong>as</strong> naturais<br />

do Amazon<strong>as</strong>, o Eldorado procurado há muitos<br />

anos pelos exploradores ficou escondido por aqui –<br />

o que explica o inconformismo dos gringos <strong>ao</strong><br />

pensar que você, br<strong>as</strong>ileiro, ainda não conhece essa<br />

maravilha. Aventure-se!<br />

O Teatro<br />

Amazon<strong>as</strong><br />

Em pensar que no meio da selva floresceu<br />

uma cultura tão exuberante e requintada <strong>ao</strong>s<br />

moldes europeus, talvez tenhamos como maior<br />

expressão desse momento o Teatro Amazon<strong>as</strong>.<br />

Inaugurado em 1896, no auge do ciclo econômico<br />

da borracha, a construção é, de longe, o principal<br />

patrimônio cultural arquitetônico do Estado. Com<br />

pintur<strong>as</strong> do Pano de Boca de Crispim do Amaral e<br />

do Salão Nobre pelo italiano Domenico de Angelis, o<br />

teatro foi tombado em 1966 como patrimônio<br />

histórico, tendo sido restaurado em 1990 pelo<br />

Governo do Estado. Sua grandiosidade e beleza são<br />

magnânim<strong>as</strong> e representam um período áureo na<br />

história br<strong>as</strong>ileira, abrigando, hoje, espetáculos<br />

clássicos e populares de dança, música e teatro de<br />

artist<strong>as</strong> locais, nacionais e internacionais.<br />

Berço de vida<br />

De acordo com a ONG WWF-Br<strong>as</strong>il, na Amazônia<br />

vivem e se reproduzem mais de um terço d<strong>as</strong><br />

espécies existentes no planeta, apesar do ecossistema<br />

local ser b<strong>as</strong>tante frágil, já que a floresta vive do seu<br />

próprio material orgânico, em meio a um ambiente<br />

úmido, com chuv<strong>as</strong> abundantes. No total, a selva<br />

abriga 2.500 espécies de árvores (um terço da<br />

madeira tropical do planeta) e 30 mil d<strong>as</strong> 100 mil<br />

espécies de plant<strong>as</strong> que existem em toda a América<br />

Latina – fora <strong>as</strong> que ainda não foram catalogad<strong>as</strong>!<br />

Além disso, a floresta é dividida em estratos vegetais<br />

que carregam, à cada nível, uma diversidade absurda<br />

de insetos, répteis, anfíbios, mamíferos e aves, além<br />

da fauna aquática representada por peixes de água<br />

doce típicos, desde o tambaqui, muito apreciado na<br />

culinária, até o gigantesco pirarucu, um dos maiores<br />

do mundo.<br />

Daniella Barbosa<br />

Daniella Barbosa<br />

Dic<strong>as</strong><br />

Tribos indígen<strong>as</strong>: Algum<strong>as</strong> operador<strong>as</strong> de<br />

turismo oferecem p<strong>as</strong>seios na região para<br />

tribos indígen<strong>as</strong>. Para o turista que gosta de<br />

conhecer de perto a cultura local, é uma ótima<br />

oportunidade de se encantar pel<strong>as</strong> danç<strong>as</strong><br />

folclóric<strong>as</strong> e pintur<strong>as</strong> corporais. Não deixa de ser<br />

também mais uma oportunidade de entrar na<br />

selva e ver de perto animais da floresta, como o<br />

bicho preguiça, jacarés e jibói<strong>as</strong>;<br />

Culinária regional: grande parte dos<br />

pratos típicos tem como ingredientes<br />

principais os frutos e raízes da região amazônica.<br />

Se puder aproveite para experimentar o sorvete<br />

de açaí, a banana chips, o guaraná – original da<br />

Amazônia – e a variedade de peixes em divers<strong>as</strong><br />

refeições e modos de preparo. Destaque para o<br />

pirarucu, que chega a ganhar até uma versão<br />

defumada em alguns restaurantes;<br />

Parintins: Se por um ac<strong>as</strong>o você estiver na<br />

região na época do festival, pode ter certeza<br />

que vai encontrar Manaus muito vazia. Todo<br />

mundo viaja, no mês de junho, para Parintins, a<br />

cidade dos bois Garantido e Caprichoso. Com uma<br />

rivalidade bem parecida com a dos times gaúchos<br />

do Internacional e do Grêmio, os bois disputam a<br />

festa. O espetáculo anima <strong>as</strong> torcid<strong>as</strong> locais e, com<br />

certeza, é uma maravilha de se admirar.<br />

Julho de 2013 • 31

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