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hóspedes, abrigando-nos. Zeus protege os deveres da<br />
hospitalidade.<br />
— Você é um tolo ou vem de muito longe, já que<br />
não sabe que nós, os ciclopes, não nos preocupamos<br />
com Zeus nem com os outros deuses. Mas me diga<br />
onde está o seu navio.<br />
— Possêidon 4 destruiu-o, mentiu astutamente<br />
Odisseu.<br />
O vento o lançou contra as rochas desta ilha.<br />
Então o ciclope, sem nada mais falar, estendeu a<br />
mão sobre os companheiros de Odisseu, agarrou dois<br />
e bateu-os contra o solo. Esquartejou-os membro por<br />
membro e os devorou, entre goles de leite. Era o seu<br />
jantar daquela noite. Em seguida, adormeceu.<br />
Diante daquele espetáculo horrendo, a mais<br />
profunda angústia tomou conta dos homens.<br />
Odisseu, então, pôs-se a pensar num meio de escapar<br />
dali com vida; não podia matar o monstro, pois,<br />
nesse caso, quem removeria a pedra gigantesca que<br />
tapava a entrada da caverna<br />
No dia seguinte, o ciclope acordou e pegou mais<br />
dois homens para devorar na sua primeira refeição e<br />
saiu. Veio à mente de Odisseu, então, uma idéia para<br />
salvar a si e aos seus: pegou um grande tronco que ali<br />
se encontrava, fez uma estaca com uma ponta bem<br />
fina e escondeu-a. À noite, o ciclope voltou, recolheu<br />
na caverna seu rebanho e fechou a entrada com a<br />
rocha. Depois, como jantar, agarrou mais dois dos<br />
homens de Odisseu e devorou-os. Odisseu se dirigiu<br />
a ele:<br />
4<br />
Possêidon: Netuno, na mitologia latina.<br />
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