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CRL volta a apresentar valores críticos. Nestes casos o procedimento de descarga além de ser
ineficiente, dispendioso, improdutivo gera uma imagem de desperdício da OC. Estes pontos
isolados são desafios para garantia da qualidade de água, que pela ausência de CRL expõem
o sistema a possíveis contaminações da água.
Durante as atividades de monitoramento e atendimento às reclamações de clientes da
Divisão de Controle Sanitário de um dos grandes SA da região de atuação da OC, foram
identificados seis pontos isolados nestas condições. Destes, 4 foram solucionados com
descarga de rede e interligação, um quinto ponto não estabilizava o valor do CRL mesmo após
6 horas de descarga da RDA, o melhor resultado obtido com descarga de CRL foi de 0,62
mg.L -2 , mesmo assim, após 2 dias o CRL estava com valor nulo.
Com esta informação foi realizado um estudo do consumo e extensão da RDA e
verificou-se que a mesma apresentava em um trecho de 1.500 metros, com somente 1 ligação
“ativa”, o consumo de 8 m 3 .mês -1 , este também é volume aproximado do trecho da RDA, deste
modo a água permanecia aproximadamente 1 mês no trecho até chegar ao cliente. O fato do
tempo de retenção neste trecho ser elevado, permite a formação de biofilme, com isso a RDA
não está condicionada com a presença de CRL, este é um dos motivos que somente a
descarga não resolve a questão da demanda de CRL no trecho.
O cliente em questão é uma escola municipal de educação infantil, que atende cerca
de 20 crianças e funciona meio período. Preocupados com a questão sanitária da água que é
consumida nesta escola a Divisão de Controle Sanitário da OC procurou uma maneira de
aplicar o desinfetante de modo que fosse operacional, eficiente e que não se transformasse
em um risco para a comunidade.
O sexto ponto é um condomínio de casa de alto padrão ainda em fase inicial, com
poucas casas ocupadas. Somando estas com as que estão em construção, o total corresponde
somente a cerca de 30% dos lotes. Completando o cenário, na entrada do condomínio há uma
empresa com 2 reservatórios de 184 m 3 cada, os quais abastecem o condomínio. O volume do
reservatório somado ao volume da adutora, até sua última derivação, antes do reservatório,
corresponde a 7 dias de consumo médio da área, novamente caracterizando uma situação que
depura todo o CRL do sistema, condicionando assim a água a valores de CRL em desacordo
com a legislação.
A IDEIA
B.1 De que forma a solução foi planejada, concebida, desenvolvida e verificada
Após identificar o problema durante a avaliação dos resultados, o assunto foi
discutido na reunião de análise critica da Divisão de Controle Sanitário e ficou
definido que seria realizado um estudo de como dosar o cloro na água da escola,
uma vez que a aplicação de desinfetante direto na RDA seria impraticável, pois além
da dificuldade de acertar uma dosagem pequena seria necessária a construção de
uma estrutura para os equipamentos e produtos químicos, o que é inviável tanto
operacional como financeiramente. Sendo assim a opção foi dosar cloro direto no
reservatório da escola, mas esta decisão leva a questão de como realizar a dosagem
de cloro sem deixar equipamentos e produtos químicos dispostos, de modo que
crianças ou pessoas leigas não tivessem acesso.
Devido a essas restrições e havendo necessidade de uma solução que resolva a
questão sanitária sem representar risco aos funcionários e alunos da escola. Foi realizada uma