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PNQS 2012 Categoria IGS<br />

Inovação da Gestão <strong>em</strong> Saneamento<br />

RDPG – Relatório de Descrição de Prática de Gestão<br />

Soluções Inovadoras <strong>para</strong><br />

Gerenciamento da Qualidade da Água<br />

<strong>em</strong> Locais Afastados da Distribuição<br />

Set<strong>em</strong>bro 2012


INTRODUÇÃO<br />

A Divisão de Controle Sanitário da OC é a<br />

responsável por garantir a qualidade de água<br />

distribuída na região de atuação da OC, além da<br />

operação de sist<strong>em</strong>as isolados de tratamento de<br />

água, realizando coletas de amostras de água,<br />

análises físico-químicas e microbiológicas,<br />

desinfecção de reservatórios e rede de<br />

distribuição de água (RDA)<br />

A região metropolitana na qual a OC atua<br />

é composta por 11 municípios, abrangendo uma<br />

área total de 1.036 km 2 e que apresenta<br />

carac<strong>ter</strong>ísticas de ocupação distintas, passando<br />

por centros comerciais sofisticados, bairros<br />

residenciais de alto padrão, distritos industriais,<br />

bairros periféricos com infra-estrutura urbana<br />

precária e zonas rurais.<br />

Devido a este perfil diversificado o<br />

abastecimento da região é composto por 4<br />

grandes sist<strong>em</strong>as produtores de água (SA) e 13<br />

sist<strong>em</strong>as isolados menores, alguns com mananciais b<strong>em</strong> preservados e outros com certo grau<br />

de degradação.<br />

A OPORTUNIDADE<br />

A.1 Qual foi à oportunidade de melhoria de gestão solucionada pela prática de gestão<br />

impl<strong>em</strong>entada<br />

Em regiões periféricas a expansão urbana exige freqüentes ampliações do sist<strong>em</strong>a de<br />

abastecimento de água. Novos <strong>em</strong>preendimentos exig<strong>em</strong> uma constante atualização no<br />

sist<strong>em</strong>a distribuidor de água, entregando este produto a clientes cada vez mais distante da<br />

unidade de produção. Por essas carac<strong>ter</strong>ísticas a qualidade da água poderá ser comprometida<br />

<strong>em</strong> algumas regiões da rede, isso devido <strong>ao</strong> fato do agente desinfetante (cloro) ser degradado<br />

<strong>ao</strong> longo do t<strong>em</strong>po no sist<strong>em</strong>a de distribuição de água. Na saída do tratamento é realizada uma<br />

dosag<strong>em</strong> de cloro de modo a garantir que o produto chegue <strong>ao</strong> cliente com no mínimo de 0,2<br />

mg.L -1 de Cloro Residual Livre (CRL), assegurando uma qualidade sanitária adequada <strong>ao</strong><br />

consumo humano.<br />

Via de regra, é assim que o sist<strong>em</strong>a funciona, com as unidades de tratamento liberando<br />

a água com dosag<strong>em</strong> de CRL entre 1,0 e 2,5 mg.L -1 . A variação existente é devido à d<strong>em</strong>anda<br />

de cloro no sist<strong>em</strong>a de distribuição, que sofre influencia de vários fatores podendo-se destacar<br />

o t<strong>em</strong>po que o produto desinfetante ficará no sist<strong>em</strong>a de reservação/distribuição, a extensão,<br />

diâmetro, idade, ma<strong>ter</strong>ial da RDA e a composição das substâncias presente na água final,


deste modo, quanto maior for o t<strong>em</strong>po que a água fica na rede menor será a concentração de<br />

CRL que chega <strong>ao</strong> cliente.<br />

Pequenas unidades de produção atend<strong>em</strong> as comunidades próximas, não havendo um<br />

grande t<strong>em</strong>po de retenção na RDA, mas os grandes sist<strong>em</strong>as abastec<strong>em</strong> localidades que<br />

chegam a grandes distâncias, que somente por isso já ocorre uma d<strong>em</strong>ora <strong>para</strong> que a água<br />

chegue até o cliente, mas se há consumo proporcional e o correto dimensionamento na<br />

dosag<strong>em</strong> de cloro é suficiente <strong>para</strong> garantir a qualidade.<br />

O probl<strong>em</strong>a na pratica acontece quando há pouco consumo de água <strong>para</strong> o volume<br />

total da rede, que pode ocorrer mais freqüent<strong>em</strong>ente nas expansões periféricas da RDA, na<br />

qual a taxa de ocupação é baixa, ocasionando um baixo consumo de água e assim o consumo<br />

de cloro pela RDA será grande o suficiente <strong>para</strong> que a água chegue <strong>ao</strong>s clientes com baixos<br />

teores de CRL, o que não somente é um risco sanitário, como também estará <strong>em</strong> desacordo<br />

com a legislação vigente.<br />

As ações mais eficientes <strong>para</strong> recuperar o teor de cloro na rede são: promover a<br />

circulação e o consumo da água. Quando possível são feitas in<strong>ter</strong>ligações no sist<strong>em</strong>a,<br />

favorecendo a circulação e o consumo, porém isso n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é possível e muitas vezes a<br />

única al<strong>ter</strong>nativa é a “descarga da rede”, que consiste <strong>em</strong> abrir um registro de descarga <strong>para</strong><br />

permitir que a água estancada seja descartada. O probl<strong>em</strong>a nesta prática é o grande volume<br />

de água descartada, causando um ônus <strong>para</strong> <strong>em</strong>presa, <strong>para</strong> a sociedade que necessita deste<br />

recurso e <strong>para</strong> o meio ambiente do qual a água foi retirada e está sendo “desperdiçada”, além<br />

do fato que <strong>em</strong> alguns casos a situação volta a ocorrer <strong>em</strong> períodos muito curtos.<br />

O aumento da dosag<strong>em</strong> n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é uma ação viável, pois <strong>para</strong> resolver o probl<strong>em</strong>a<br />

<strong>em</strong> um pequeno trecho elevaria consideravelmente o uso do agente desinfetante, além de<br />

causar transtorno <strong>em</strong> outra região, pois os clientes localizados próximos <strong>ao</strong> início da<br />

distribuição receberiam uma água com uma dosag<strong>em</strong> de cloro maior, aumentando ainda as<br />

reclamações de gosto e odor.<br />

Neste cenário o objetivo é garantir que o cliente receba água com qualidade e com a<br />

concentração correta do agente desinfetante. Soluções como realizar a dosag<strong>em</strong> de cloro<br />

diretamente na rede são complexas, exig<strong>em</strong> a supervisão de um técnico e a necessidade de<br />

infra-estrutura apropriada. O fato é que a dosag<strong>em</strong> do agente desinfetante diretamente na rede<br />

de distribuição n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é viável, sendo a descarga de rede uma solução satisfatória <strong>para</strong> a<br />

maioria dos casos. Para as exceções é que surge o desafio de fornecer água com qualidade<br />

<strong>em</strong> pontos isolados da RDA, procurando soluções inovadoras e sustentáveis, deste modo<br />

garantindo que todos os clientes recebam água com a qualidade adequada e atendendo as<br />

diretrizes <strong>em</strong>presariais.<br />

A.2 De que maneira as causas do probl<strong>em</strong>a foram identificadas<br />

A Divisão de Controle Sanitário da OC realiza uma média de 1.450 análises de<br />

CLR/mês. As amostras analisadas prov<strong>em</strong> de diferentes origens e foram coletadas <strong>em</strong> pontos<br />

da RDA (cavalete), unidades de produção de água, reservatórios de distribuição e residências.<br />

Quando um resultado de CRL, na RDA, apresenta resultado insatisfatório (


CRL volta a apresentar valores críticos. Nestes casos o procedimento de descarga além de ser<br />

ineficiente, dispendioso, improdutivo gera uma imag<strong>em</strong> de desperdício da OC. Estes pontos<br />

isolados são desafios <strong>para</strong> garantia da qualidade de água, que pela ausência de CRL expõ<strong>em</strong><br />

o sist<strong>em</strong>a a possíveis contaminações da água.<br />

Durante as atividades de monitoramento e atendimento às reclamações de clientes da<br />

Divisão de Controle Sanitário de um dos grandes SA da região de atuação da OC, foram<br />

identificados seis pontos isolados nestas condições. Destes, 4 foram solucionados com<br />

descarga de rede e in<strong>ter</strong>ligação, um quinto ponto não estabilizava o valor do CRL mesmo após<br />

6 horas de descarga da RDA, o melhor resultado obtido com descarga de CRL foi de 0,62<br />

mg.L -2 , mesmo assim, após 2 dias o CRL estava com valor nulo.<br />

Com esta informação foi realizado um estudo do consumo e extensão da RDA e<br />

verificou-se que a mesma apresentava <strong>em</strong> um trecho de 1.500 metros, com somente 1 ligação<br />

“ativa”, o consumo de 8 m 3 .mês -1 , este também é volume aproximado do trecho da RDA, deste<br />

modo a água permanecia aproximadamente 1 mês no trecho até chegar <strong>ao</strong> cliente. O fato do<br />

t<strong>em</strong>po de retenção neste trecho ser elevado, permite a formação de biofilme, com isso a RDA<br />

não está condicionada com a presença de CRL, este é um dos motivos que somente a<br />

descarga não resolve a questão da d<strong>em</strong>anda de CRL no trecho.<br />

O cliente <strong>em</strong> questão é uma escola municipal de educação infantil, que atende cerca<br />

de 20 crianças e funciona meio período. Preocupados com a questão sanitária da água que é<br />

consumida nesta escola a Divisão de Controle Sanitário da OC procurou uma maneira de<br />

aplicar o desinfetante de modo que fosse operacional, eficiente e que não se transformasse<br />

<strong>em</strong> um risco <strong>para</strong> a comunidade.<br />

O sexto ponto é um condomínio de casa de alto padrão ainda <strong>em</strong> fase inicial, com<br />

poucas casas ocupadas. Somando estas com as que estão <strong>em</strong> construção, o total corresponde<br />

somente a cerca de 30% dos lotes. Completando o cenário, na entrada do condomínio há uma<br />

<strong>em</strong>presa com 2 reservatórios de 184 m 3 cada, os quais abastec<strong>em</strong> o condomínio. O volume do<br />

reservatório somado <strong>ao</strong> volume da adutora, até sua última derivação, antes do reservatório,<br />

corresponde a 7 dias de consumo médio da área, novamente carac<strong>ter</strong>izando uma situação que<br />

depura todo o CRL do sist<strong>em</strong>a, condicionando assim a água a valores de CRL <strong>em</strong> desacordo<br />

com a legislação.<br />

A IDEIA<br />

B.1 De que forma a solução foi planejada, concebida, desenvolvida e verificada<br />

Após identificar o probl<strong>em</strong>a durante a avaliação dos resultados, o assunto foi<br />

discutido na reunião de análise critica da Divisão de Controle Sanitário e ficou<br />

definido que seria realizado um estudo de como dosar o cloro na água da escola,<br />

uma vez que a aplicação de desinfetante direto na RDA seria impraticável, pois além<br />

da dificuldade de acertar uma dosag<strong>em</strong> pequena seria necessária a construção de<br />

uma estrutura <strong>para</strong> os equipamentos e produtos químicos, o que é inviável tanto<br />

operacional como financeiramente. Sendo assim a opção foi dosar cloro direto no<br />

reservatório da escola, mas esta decisão leva a questão de como realizar a dosag<strong>em</strong><br />

de cloro s<strong>em</strong> deixar equipamentos e produtos químicos dispostos, de modo que<br />

crianças ou pessoas leigas não tivess<strong>em</strong> <strong>acesso</strong>.<br />

Devido a essas restrições e havendo necessidade de uma solução que resolva a<br />

questão sanitária s<strong>em</strong> representar risco <strong>ao</strong>s funcionários e alunos da escola. Foi realizada uma


pesquisa sobre técnicas de desinfecção com produtos a base de cloro e na ocasião a melhor<br />

opção foi dosar cloro por difusão, diretamente no reservatório da escola.<br />

Está técnica é largamente utilizada <strong>para</strong> dosag<strong>em</strong> de cloro <strong>em</strong> piscinas, havendo vários<br />

produtos no mercado, porém esses produtos não são indicados <strong>para</strong> a ingestão direta. Ainda<br />

por dispersão existe uma técnica muito utilizada <strong>para</strong> a desinfecção de poços <strong>case</strong>iros que é a<br />

conhecida garrafa cloradora, a qual consiste <strong>em</strong> um dispositivo que utiliza uma garrafa plástica<br />

(PET ou outro polímero) com areia de filtro e hipoclorito de cálcio, que é um equipamento<br />

simples e eficiente que necessita somente troca periódica. Sua eficiência <strong>em</strong> poços já foi<br />

largamente comprovada e há referencia do Ministério da Saúde sobre a possibilidade de se<br />

utilizar <strong>em</strong> reservatórios.<br />

Em pesquisa bibliográfica não se encontrou trabalhos com uso de<br />

garrafas cloradoras <strong>em</strong> reservatório, então foi realizado um projeto-piloto,<br />

simulando a condição de consumo utilizando a mesma água que a escola.<br />

Este piloto funcionou por 2 meses e apresentou resultados satisfatórios,<br />

d<strong>em</strong>onstrando ser possível dosar cloro com as garrafas cloradoras <strong>em</strong> um<br />

reservatório, desde que foss<strong>em</strong> substituídas periodicamente.<br />

No caso do condomínio, foram identificadas 128 ligações de água com um consumo<br />

médio de 1.400 m 3 /mês. Devido <strong>ao</strong> numero de ligações não seria prático soluções individuais,<br />

mas é um cenário adequado a uma solução coletiva, neste caso <strong>em</strong> particular há reservatórios<br />

antes da região de distribuição afetada, portanto foi possível instalar um sist<strong>em</strong>a de dosag<strong>em</strong><br />

de hipoclorito de sódio diretamente no reservatório, necessitando somente a construção de um<br />

abrigo <strong>para</strong> a bomba dosadora e o produto químico, aproveitando a estrutura elétrica já<br />

existente.<br />

B.2 Como funciona a prática de gestão<br />

A gestão desta prática t<strong>em</strong> como objetivo garantir que a qualidade da água na RDA<br />

permaneça adequada, com monitoramento constante dos resultados de CRL e microbiológicos,<br />

que atenda as carac<strong>ter</strong>ísticas peculiares do local.<br />

No ponto isolado da RDA onde foi instalado o clorador, é realizado periodicamente o<br />

monitoramento <strong>para</strong> que se comprove a eficiência do método, garantindo a troca do clorador no<br />

período correto e descargas regulares na RDA, com o objetivo de condicionar gradualmente a<br />

rede a um estado <strong>em</strong> que a presença de CLR seja corriqueira. Estas ações pontuais serão<br />

mantidas até a normalização da RDA, que deve ocorrer pelo aumento do consumo de água no<br />

trecho.<br />

Dosag<strong>em</strong> de cloro por difusão (garrafa cloradoras) - Escola<br />

Para a escola, utilizamos a as garrafas cloradoras <strong>para</strong> a dosag<strong>em</strong> de cloro e<br />

identificamos que o estado da caixa d’água é um fator de<strong>ter</strong>minante, devido à necessidade de<br />

que esta tenha condições sanitárias adequadas, com lavagens periódicas, resguardada de<br />

infiltração e de insetos. Um reservatório <strong>em</strong> condições inadequadas favorece o consumo de<br />

CRL, além de ser foco de contaminações. A posição da garrafa dentro do reservatório é<br />

fundamental, uma vez que desejamos a melhor distribuição de CRL no reservatório. O ideal é<br />

que o clorador fique próximo à entrada de água e que a tubulação de saída esteja no ponto<br />

oposto, favorecendo a dispersão de CRL e uma maior homogeneização.


Dosag<strong>em</strong> de hipoclorito de sódio no Sist<strong>em</strong>a de Distribuição - Condomínio<br />

A instalação do sist<strong>em</strong>a de dosag<strong>em</strong> do hipoclorito no sist<strong>em</strong>a de reservação antes do<br />

condomínio, apresentou como desafio a in<strong>ter</strong>mitência de adução d’água <strong>para</strong> o reservatório,<br />

uma vez que o consumo é muito inferior a capacidade instalada e a adução não é contínua.<br />

Para evitar o grande volume de água retida, optou-se por operar com somente uma câmera e<br />

pela metade de sua capacidade, ainda que, com esses ajustes o probl<strong>em</strong>a da in<strong>ter</strong>mitência não<br />

foi sanado, sendo assim, a dosag<strong>em</strong> deveria ocorrer simultaneamente com a adução, pois se a<br />

dosag<strong>em</strong> fosse contínua poderia ocorrer uma super-dosag<strong>em</strong> de hipoclorito <strong>em</strong> períodos no<br />

qual ocorresse uma <strong>para</strong>da anormal no sist<strong>em</strong>a de adução. A solução encontrada foi instalar<br />

uma válvula de fluxo, a qual aciona o sist<strong>em</strong>a elétrico no qual está ligado a bomba dosadora,<br />

sincronizando a dosag<strong>em</strong> de produto químico com a adução de água.<br />

B.3 Como funciona a sist<strong>em</strong>ática de avaliação e de melhoria da prática de gestão<br />

Os resultados dos indicadores Isp15 e Isp17, são adequados <strong>para</strong> avaliar a melhoria<br />

desta prática, o Isp15 representa a adequação dos resultados de CRL, d<strong>em</strong>onstrando que a<br />

OC está atendendo a legislação e as metas sanitárias. O Isp17 é um indicador indireto, já que<br />

este indicador representa os resultados de Coliformes Totais (CT). A presença de CRL não é<br />

garantia de resultados positivos <strong>para</strong> este indicador, mas a ausência de CRL costuma<br />

d<strong>em</strong>onstrar uma maior freqüência de resultados anômalos de CT. Esses indicadores são<br />

adequados <strong>para</strong> avaliar a OC e o local onde foi identificado o probl<strong>em</strong>a.<br />

Para os pontos onde foram instalados os dispositivos, a média dos valores de CRL<br />

dev<strong>em</strong> ser superior a 0,20 mg.L -1 e os resultados de CT dev<strong>em</strong> ser negativos <strong>em</strong> 95% das<br />

amostras, esses dados são obtidos do sist<strong>em</strong>a informatizado da Divisão de Controle Sanitário<br />

da OC, a qual será responsável pela avaliação e manutenção do sist<strong>em</strong>a, providenciando a<br />

troca do clorador quando necessário.<br />

Como os pontos probl<strong>em</strong>áticos não são identificados somente no monitoramento da<br />

qualidade de água, a identificação dos trechos com alta d<strong>em</strong>anda de CRL é uma necessidade,<br />

por este motivo uma boa prática é realizar a identificação dos trechos onde os resultados de<br />

CRL estão próximos do limite (0,2 mg.L -1 ). Adotou-se como limite <strong>para</strong> avaliação, os pontos<br />

com valores inferiores a 0,4 mg.L -1 . Também são avaliados os valores médios de CRL e seu<br />

desvio padrão, pois quanto maior o desvio padrão maior é a variação entre os resultados de<br />

CRL, indicando o que pode ser uma maior d<strong>em</strong>anda deste na RDA. Deste modo as regiões<br />

com maiores desvios padrões são mais prováveis de ocorrer pontos com baixas concentrações<br />

de CRL. Com<strong>para</strong>ndo dois setores A e B, ambos estão no extr<strong>em</strong>o de seu sist<strong>em</strong>a de<br />

abastecimento, com número de amostrag<strong>em</strong> idêntica, no qual <strong>em</strong> A ocorre probl<strong>em</strong>as de<br />

d<strong>em</strong>anda de CRL e <strong>em</strong> B não. É possível verificar esta tendência através do gráfico, no qual


observamos os valores do desvio padrão aproximando muito do valor médio dos resultados,<br />

d<strong>em</strong>onstrando uma grande dispersão nos resultados dos ensaios de CRL.<br />

Setor A<br />

Setor B<br />

Média<br />

Desvio Padrão<br />

C.1 RESULTADOS<br />

A melhoria na qualidade da água na escola após a aplicação do método é comprovada<br />

quando com<strong>para</strong>mos os resultados de CRL e de CT. Após a instalação do clorador todos os<br />

resultados com CRL>0,2 foram negativos <strong>para</strong> CT, mesmo s<strong>em</strong> o agente desinfetante as<br />

amostras apresentam uma porcentag<strong>em</strong> elevada de resultados negativos de CT. Isto<br />

d<strong>em</strong>onstra que após a aplicação do clorador, mesmo quando a caixa d’água fica alguns dias<br />

s<strong>em</strong> detectar o CRL, na analise é possível perceber uma ação residual, com<strong>para</strong>ndo os<br />

resultados de CT, tanto nas amostras com CRL< 0,2 mg/L na caixa com o clorador como <strong>em</strong><br />

outros pontos s<strong>em</strong> o mesmo, percebendo-se uma grande redução na presença de CT nas<br />

amostras.


Resultado similar foi observado no condomínio, com a dosag<strong>em</strong> de desinfetante<br />

diretamente no reservatório. As amostras da RDA apresentaram s<strong>em</strong>pre valores superior a 0,2<br />

mg/L e ausência de CT.<br />

C.2 Quais são outros benefícios intangíveis da impl<strong>em</strong>entação da prática, baseados <strong>em</strong><br />

fatos, depoimentos ou reconhecimentos<br />

Com esta ação a Divisão de Controle Sanitário da OC garantiu que alunos e<br />

funcionários da escola e os moradores do condomínio pod<strong>em</strong> consumir água com qualidade<br />

sanitária adequada desde a sua implantação <strong>em</strong> junho/2010, a <strong>em</strong>presa também d<strong>em</strong>onstra<br />

<strong>para</strong> a comunidade o compromisso de prestar um serviço de qualidade, com ações<br />

comprometidas <strong>em</strong> favorecer o b<strong>em</strong> estar da população, preocupada com regiões periféricas,<br />

atenta a novos desafios, agindo preventivamente <strong>em</strong> cooperação com a comunidade e à<br />

órgãos públicos.<br />

Com a implantação desta prática cerca de 150 famílias foram beneficiadas diretamente,<br />

consumindo água, com a qualidade exigida pela portaria MS 2914/2011, com um volume<br />

superior a 1.400 m 3 /mês. Outros consumidores foram beneficiados indiretamente, devido a<br />

adoção desta prática que não descarta água, disponibilizando o volume que seria descartado<br />

<strong>para</strong> outros usuários.<br />

Para a equipe da Divisão de Controle Sanitário da OC há a satisfação de encontrar<br />

soluções <strong>para</strong> probl<strong>em</strong>a que pareciam inviáveis. A experiência <strong>em</strong> participar de um projeto<br />

inovador é a certeza que pod<strong>em</strong> superar outros desafios, utilizando as ferramentas de<br />

planejamento e gestão da qualidade.<br />

Utilizando os dados de monitoramento da qualidade de água, que são uma exigência<br />

da legislação, <strong>para</strong> identificar o perfil analítico do setor de abastecimento, ou mesmo o sist<strong>em</strong>a<br />

como um todo, permite in<strong>ter</strong>pretar a distribuição como um processo físico químico, e<br />

d<strong>em</strong>onstrando que “O monitoramento da qualidade da água é mais que gerar resultados, é<br />

gerar soluções a partir dos resultados.”

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