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6º. ano – 1º. volume - Portal Educacional

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Entretanto, é a partir da interação entre os indivíduos que serão assimiladas as estruturas sintáticas da<br />

língua, sistematizadas indutivamente. O esforço exigido pela comunicação torna o indivíduo apto ao uso<br />

da língua estrangeira, não se limitando somente à memorização e repetição de estruturas linguísticas<br />

e à tradução de textos.<br />

Para Wilkins (1976, citado por LARSEN-FREEMAN, p. 121), fica claro que somente há comunicação<br />

efetiva quando os aprendizes sabem como utilizar certas funções dentro de um contexto social. Ou<br />

seja, para um aprendiz estar apto a se comunicar em uma língua estrangeira, é necessário não apenas<br />

a competência linguística, mas, também, a competência comunicativa, conforme afirma Hymes (1971,<br />

citado por LARSEN-FREEMAN, p. 121). Para que sejam desenvolvidas habilidades comunicativas, Larsen-<br />

-Freeman (2003, p. 129-130) aponta o uso da língua em atividades comunicativas, tais como: jogos,<br />

desempenho de papéis e resolução de situações-problema, além da utilização de material autêntico da<br />

língua-alvo. Assim, neste material, buscamos dar ao aluno a oportunidade de desenvolver estratégias<br />

de compreensão do idioma em situações de uso mais próximas do real.<br />

No processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, revela-se essencial o estudo da língua em<br />

uso e sua realização como processo linguístico discursivo. Essa é a proposta da abordagem interacionista<br />

utilizada neste livro, no qual há integração das quatro habilidades (ouvir, falar, ler e escrever) com as<br />

competências gramatical, sociolinguística, discursiva e estratégica. Portanto, o ensino da Língua Inglesa<br />

deve ser contextualizado, significativo, divertido e aplicado aos princípios que promovam a formação do<br />

ser hum<strong>ano</strong> e a construção da cidadania. A concepção de ensino deste material busca levar os alunos a<br />

compreenderem e interferirem na realidade, desenvolvendo sua capacidade de selecionar, processar informações,<br />

fazer adequações necessárias, decidir, além de articular conhecimentos e incentivar a criatividade.<br />

Para tanto, faz-se uso de gêneros textuais, isto é, conteúdos e assuntos contextualizados em textos<br />

verbais ou não verbais, com características bem definidas a serem analisadas e, posteriormente, produzidas<br />

pelos alunos que passam a interagir com materiais autênticos. Graças ao estudo e à discussão de dado<br />

gênero, bem como do texto que o exemplifica, é possível indutivamente trabalhar o funcionamento da<br />

língua, conduzindo o aluno a sistematizar o que está sendo estudado. Com isso, diferentes discursos<br />

são analisados, além de se conceder espaço para a diversidade linguística tão característica de uma<br />

língua usada por cerca de 150 milhões de pessoas. Diferentes sotaques, mudanças de vocabulário e<br />

estrutura chamam a atenção do leitor, apresentando, ainda, questões culturais das regiões onde a língua<br />

inglesa é oficial, bem como aspectos interculturais, por meio dos quais são propostas discussões sobre<br />

a realidade brasileira em relação aos países abordados, contribuindo para o desenvolvimento de uma<br />

consciência étnica. Esta leva em conta o outro, pois também tem acesso a ele, graças à linguagem, não<br />

se esquecendo da realidade e das especificidades do seu próprio espaço.<br />

O professor desempenha um papel-chave como mediador desse processo de interação, sendo o Livro<br />

Integrado Positivo uma ferramenta útil e prática no letramento dos alunos. O professor também é auxiliado,<br />

por meio das orientações metodológicas, a desenvolver estratégias de aprendizagem em conjunto com os<br />

alunos, ajudando-os a perceberem o funcionamento da língua nos textos e nos contextos apresentados<br />

pelo material.<br />

Outro aspecto a ser considerado para o uso deste material refere-se ao uso (ou não) da língua materna<br />

– a língua portuguesa – durante as aulas de Língua Inglesa. Este tem sido tema de debate entre<br />

diversos estudiosos. Ainda que a maioria dos professores e estudiosos acreditem que o uso da língua<br />

inglesa deve tomar todo o espaço da aula, na prática, não é tão simples quanto parece. É impossível<br />

ignorar a existência da língua materna e a prática dos alunos de recorrer à tradução como facilitador para<br />

compreensão da língua estrangeira. Compartilhamos a opinião de Atkison (1987, 1993 citado por PAPA,<br />

2010) e de Kharm e Hajjaj (1989), os quais indicam que nem sempre o uso exclusivo da língua estrangeira<br />

em aula implica aproveitamento total por parte dos alunos, e que usar a língua estrangeira não é,<br />

necessariamente, indicativo de excelência de um curso. A língua materna é, sim, facilitadora do processo<br />

de ensino-aprendizagem e do relacionamento entre professores e alunos, pois um ambiente de qualidade<br />

em sala de aula indubitavelmente influenciará na compreensão e aquisição de uma língua estrangeira.<br />

Portanto, no tocante à língua em que as aulas devem ser ministradas, é necessário analisar dois aspectos.<br />

Primeiramente, considerando-se a realidade da maior parte das escolas brasileiras, é irreal cogitar<br />

4<br />

Livro do Professor

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