ESPINOZA-Tratado da correcção do intelecto.pdf - adelinotorres.com
ESPINOZA-Tratado da correcção do intelecto.pdf - adelinotorres.com
ESPINOZA-Tratado da correcção do intelecto.pdf - adelinotorres.com
- No tags were found...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Trata<strong>do</strong></strong> <strong>da</strong> Correção <strong>do</strong> Intelecto - Spinoza<br />
Page 22 of 29<br />
já de Aristóteles. Quanto a “animal que ladra” e “animal racional”, trata-se para<br />
Espinosa de universais, produzi<strong>do</strong>s pela associação de idéias singulares, conforme o<br />
conceptualismo <strong>da</strong> baixa escolástica e <strong>do</strong>s primeiros filósofos <strong>da</strong> era moderna. (N. <strong>do</strong> T.)<br />
23 – Deste exemplo claramente se vê o que notei há pouco. Com efeito, por aquela<br />
união na<strong>da</strong> entendemos além <strong>da</strong> própria sensação, a saber, <strong>do</strong> efeito <strong>do</strong> qual concluimos<br />
a causa, sobre que na<strong>da</strong> inteligimos. (N. <strong>do</strong> A.)<br />
24 – Tal conclusão, ain<strong>da</strong> que certa, não é bastante segura, a não ser para os muitíssimo<br />
cui<strong>da</strong><strong>do</strong>sos. De fato, se náo tomarem o máximo cui<strong>da</strong><strong>do</strong>, cairáo logo em erros: pois onde<br />
se concebem as coisas tão abstratamente e não pela ver<strong>da</strong>deira essência, logo se é<br />
confundi<strong>do</strong> pela imaginação. Realmente, o que é un9 parece aos homens múltiplo,<br />
porque ao que concebem abstrata, separa<strong>da</strong> e confusamente impóem nomes que são<br />
usa<strong>do</strong>s por eles para coisas mais familiares; <strong>com</strong> o que acontece que imaginam isso<br />
<strong>com</strong>o costumam imaginar as coisas a que primeiramente impuseram esses nomes. (N. <strong>do</strong><br />
A.)<br />
25 – Não há um processo ao infinito no conhecimento <strong>do</strong> conhecimento, mas uma<br />
intuição imediata: eis o que chamaríamos o “cogito espinosano”. (N. <strong>do</strong> T.)<br />
26 – Sen<strong>do</strong> a alma idéia <strong>do</strong> corpo, é de sua natureza estar uni<strong>da</strong> a ele. (N. <strong>do</strong> T.)<br />
27 – Não há nenhum exemplo de conhecimento pela causa, o que só aparecerá no § 96,<br />
1. (N. <strong>do</strong> T.)<br />
28 – Este programa, <strong>com</strong>o bem nota Koyré, lembra muito o frasea<strong>do</strong> de Bacon. (N. <strong>do</strong><br />
T.)<br />
29 – Aqui tratarei um pouco mais longamente <strong>da</strong> experiência e examinarei o méto<strong>do</strong> de<br />
proceder <strong>do</strong>s empiristas e <strong>do</strong>s filósofos recentes. (N. <strong>do</strong> A.)<br />
30 – A objeção de um processo ao infinito é clássica, já se encontran<strong>do</strong> em Aristóteles.<br />
Os escolásticos e, aqui, Espinosa, insistem em evitá-lo. (N. <strong>do</strong> T.)<br />
31 – Por “força nativa” enten<strong>do</strong> aquilo que em nós não é causa<strong>do</strong> pelas forças exteriores,<br />
o que depois explicarei em minha filosofia. (N. <strong>do</strong> A.)<br />
32 – Aqui se chamam “obras”; em minha filosofia explicar-se-á o que são. (N. <strong>do</strong> A.)<br />
33 – O méto<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> instrumento, é também um produto <strong>do</strong> <strong>intelecto</strong> (idea, <strong>com</strong>o dirá<br />
logo depois) que pode tornar-se instrumento mais aperfeiçoa<strong>do</strong> para outros, por sua vez<br />
novos instrumentos. Ele supõe, em to<strong>do</strong> caso, o instrumento inato, isto é, o<br />
conhecimento já existente: a idéia ver<strong>da</strong>deira. Este conhecimento é chama<strong>do</strong> vis nativa<br />
na nota 34 (onde não seguimos a edição original, que omitiu um não, enquanto é a idéia<br />
adequa<strong>da</strong> (a de Deus, em última análise, <strong>com</strong>o anota Carlini), não originária <strong>da</strong>s coisas,<br />
mas ativi<strong>da</strong>de autônoma <strong>da</strong> mente (instrumenta intellectualia). Cf. § 39 e Bacon em<br />
várias passagens. (N. <strong>do</strong> T.)<br />
34 – Note-se que aqui não só cui<strong>da</strong>rei de mostrar o que acabei de dizer, mas também que<br />
até agora procedi corretamente, e ao mesmo tempo outras coisas muito necessárias de se<br />
saber. (N. <strong>do</strong> A.)<br />
35 – Para nosso autor e outros modernos, formal é o por si, em sua essência real, oposto<br />
a objetivo, ou seja, conceitual, na idéia. A terminologia é de origem escolástica, mas<br />
para os modernos o conceito se refere às coisas representativamente, e para os<br />
ebook:<strong>intelecto</strong>.html<br />
18-07-2007