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astroPT magazine

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Volume 2 Edição 3<br />

COSMOLOGIA<br />

de milhões de<br />

objectos astronómicos.<br />

No<br />

meio deste mar<br />

de informação<br />

os autores identificaram<br />

cerca<br />

de 4000 anãs<br />

brancas próximas.<br />

Para cada<br />

uma delas, usaram<br />

espectros<br />

para detectar<br />

variações na<br />

sua velocidade<br />

radial (ao longo<br />

da nossa linha<br />

de visão) que<br />

indiciassem a<br />

presença de<br />

uma estrela<br />

companheira e<br />

permitissem O observatório SWIFT da NASA. Crédito: NASA/Goddard Space Flight Center/Swift<br />

determinar as<br />

suas características.<br />

centro de gravidade comum cada vez com maior<br />

Nos casos em que a companheira era também<br />

uma anã branca, os autores utilizaram a Teoria da<br />

Relatividade Geral para determinar quanto tempo<br />

passaria até as estrelas do sistema colidirem. De<br />

facto, devido à elevada velocidade orbital e fortes<br />

campos gravitacionais das anãs brancas, um tal<br />

sistema binário dissipa energia sob a forma de<br />

ondas gravitacionais. Isto não é ficção, foi<br />

demonstrado experimentalmente com observações<br />

de um sistema binário com dois pulsares<br />

(estrelas de neutrões). Este trabalho resultou, em<br />

1993, num prémio Nobel atribuído aos investigadores<br />

da Universidade de Princeton, Russell Hulse<br />

e Joseph Taylor. O resultado dessa dissipação é a<br />

perda gradual de energia orbital das estrelas. As<br />

estrelas ficam cada vez mais próximas e orbitam o<br />

velocidade. Isto aumenta a emissão de ondas gravitacionais,<br />

resultando numa aproximação ainda<br />

maior, … , um ciclo vicioso que termina com a<br />

colisão das duas estrelas numa escala de tempo<br />

relativamente curta (dezenas de milhões de anos)<br />

após a formação do sistema. Com os dados do<br />

SDSS e observações subsequentes, os autores<br />

confirmaram a presença de 15 sistemas binários<br />

formados por duas anãs brancas na amostra original<br />

de 4000, traduzindo-se este número na frequência<br />

referida de uma colisão por século.<br />

Podem ver a notícia e o artigo aqui e aqui, respectivamente.<br />

Brock Russell, da Universidade de Maryland, College<br />

Park, é o autor principal de um outro estudo<br />

que explora outra particularidade destes sistemas<br />

Página 23

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