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astroPT magazine

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SISTEMA SOLAR<br />

Março 2012<br />

Sol aponta um gigantesco buraco<br />

coronal na direcção da Terra<br />

Buraco coronal observado ontem pelo Solar Dynamics Observatory na banda do ultravioleta<br />

extremo (193 Å). Estão representadas as linhas do campo magnético da coroa solar<br />

(representação obtida a partir de cálculos realizados com base no modelo PFSS).<br />

Crédito: SDO(NASA)/AIA consortium/Helioviewer.<br />

O Solar Dynamics Observatory<br />

tem estado a assistir nos<br />

últimos dias à lenta deslocação<br />

de um enorme buraco coronal<br />

acima da superfície do Sol. A<br />

gigantesca abertura deve a sua<br />

presença a uma lacuna na<br />

estrutura do campo magnético<br />

da coroa, que permite a fuga<br />

de um rápido e denso fluxo de<br />

partículas carregadas para o<br />

espaço interplanetário. Neste<br />

momento, o buraco coronal<br />

está voltado na direcção da<br />

Terra, pelo que se espera um<br />

aumento da actividade geomagnética<br />

nos próximos dias<br />

devido à interacção do campo<br />

magnético terrestre com o<br />

intenso vento solar gerado na<br />

região.<br />

A densidade de plasma no<br />

interior dos buracos coronais<br />

é tipicamente 100<br />

vezes inferior à observada<br />

noutras regiões da coroa.<br />

Normalmente, os gases da<br />

coroa são superaquecidos<br />

a temperaturas superiores<br />

a 1.000.000 ºC, facto que<br />

os torna particularmente<br />

brilhantes em imagens<br />

captadas na banda do<br />

ultravioleta extremo. Devido<br />

à sua baixa densidade,<br />

os buracos coronais são<br />

relativamente mais frios e,<br />

consequentemente, mais<br />

escuros nessa zona do<br />

espectro electromagnético.<br />

Durante os períodos de<br />

actividade solar mínima, os<br />

buracos coronais tendem a<br />

ficar confinados às regiões<br />

polares do Sol. A sua ocorrência<br />

em latitudes inferiores vaise<br />

tornando mais comum à<br />

medida que o ciclo solar se<br />

aproxima do seu auge, pelo<br />

que a sua presença nestas<br />

regiões do disco solar nesta<br />

fase do actual ciclo é um fenómeno<br />

perfeitamente normal.<br />

Sérgio Paulino<br />

Página 34

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