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Volume 2 Edição 3<br />
EXOPLANETAS<br />
Kepler-16ABb (Tatooine), Kepler-<br />
20e e -20f (primeiros planetas mais<br />
pequenos que a Terra), e Kepler-<br />
22b (primeira Super-Terra ou sub-<br />
Neptuno na zona habitável).<br />
Durante um trimestre, o telescópio<br />
mantém-se fixo apontando para o<br />
seu campo de visão em Cisne. No<br />
final desse período, e para manter<br />
os painéis solares virados para o<br />
Sol, o telescópio tem de rodar 90<br />
graus mantendo-se apontado para<br />
o mesmo campo em Cisne. Isto faz<br />
com que a mesma estrela seja<br />
observada em píxeis diferentes do<br />
CCD em trimestres diferentes. Ao<br />
fim de 4 trimestres, o telescópio<br />
volta à posição original (fez uma<br />
rotação de 360 graus). A nova versão<br />
do software de processamento<br />
de dados, disponível desde o Verão<br />
de 2011, é particularmente importante<br />
pois permite pela primeira<br />
vez à equipa “colar” observações<br />
de uma mesma estrela obtidas em trimestres dis-<br />
As rotações trimestrais do telescópio Kepler tendo em vista manter os painéis solares<br />
voltados para o Sol. Crédito: DKG / Wikipedia<br />
tintos, corrigindo fielmente o ruído introduzido<br />
pelo hardware do telescópio, e<br />
corrigindo em particular o brilho<br />
da estrela em função da sensibilidade<br />
dos píxeis usados para a<br />
observar.<br />
Apesar de ter disponível apenas<br />
mais um trimestre (Q6) de dados,<br />
A curva de luz de Kepler-18, com três<br />
planetas detectados com trânsitos, em<br />
bruto (vermelho, em cima) e corrigida<br />
(azul, em baixo). Notem-se as descontinuidades<br />
dos valores em bruto no final de<br />
cada trimestre – a curva de luz parece<br />
recomeçar numa posição nova na vertical,<br />
o que corresponderia a uma variação<br />
grande de brilho da estrela. Na realidade<br />
isto deve-se a efeitos instrumentais,<br />
nomeadamente ao facto de a estrela ser<br />
observada por píxeis com sensibilidades<br />
diferentes em diferentes trimestres. O<br />
novo software permite eliminar estes efeitos<br />
de forma muito precisa. Crédito: missão<br />
Kepler<br />
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