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Sônia_Texto Completo - SciELO Proceedings

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eletromagnética) são estratégicas e de fundamental importância para o<br />

desenvolvimento econômico e social. Para garantir suprimento de<br />

energia para toda a população mundial até 2050 será preciso dobrar o<br />

volume de energia em relação à atualmente utilizada.(EMBRAPA,<br />

2010, p.1).<br />

Em um relatório publicado pelo IPEA/PENSA/USP,em 1998, os<br />

destaques são dados para a competitividade do setor, além de evidenciar e justificar a<br />

atividade monocultora.<br />

Na produção de cana-de-açúcar, basicamente, dois subsistemas<br />

regionais convivem no Brasil, um no Centro/Sul (C/S) e outro no<br />

Norte/Nordeste (N/Ne), sendo o primeiro mais competitivo e<br />

dinâmico que o segundo. Ambos, no entanto, são citados como os dois<br />

primeiros em competitividade no mundo. As vantagens do subsistema<br />

produtor de cana do C/S são as de estarem na região considerada<br />

como a de melhores características edafoclimáticas existentes no<br />

mundo, parque industrial forte, base para pesquisa agropecuária<br />

tradicional e tradição. As vantagens do N/NE são a localização para<br />

atender ao mercado local de açúcar e álcool, e o acesso a cotas<br />

especiais de exportação, principalmente para o mercado norteamericano<br />

(WAACK; NEVES, 1998, p. 04).<br />

No Brasil, a viabilidade econômica, a sustentabilidade de cada fonte<br />

renovável e a disponibilidade de recursos naturais para a geração de<br />

energia são variáveis entre regiões. Os biomas terrestres e aquáticos<br />

no País têm alto potencial de produção de biomassa (EMBRAPA,<br />

2011, p. 4).<br />

Como podemos observar os enunciados mantêm uma regularidade e se<br />

posicionam se lermos esses enunciados como fazendo parte de uma formação discursiva<br />

que o processo de entrelaçamento dessas “verdades”. Há nesses enunciados um<br />

entrelaçamento entre essas “verdades” em que o saber político, o saber econômico se<br />

juntam para elaborar “verdades” que criam o saber ecológico. Instaura-se no país uma<br />

retórica em que assimila-se e adapta-se ao discurso econômico dominante entrelaçandose,<br />

portanto, discursos e práticas que têm o espaço como referência, configurando novos<br />

territórios de atuação do capital. A exemplo da ocupação da Amazônia, do Cerrado,<br />

Triângulo Mineiro, Oeste paulista e sul de Mato Grosso do Sul (THOMAZ JR, 2009;<br />

OLIVEIRA, 2009).

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