Número 41 - Publicado em 30/04/2010 - Guia Maçônico do Rio ...
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Organização<br />
AUG :. RESP :. LOJ :.<br />
“FRANCISCO XAVIER FERREIRA<br />
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS” -<br />
JURISDICIONADA AO GORGS<br />
T<strong>em</strong>plo : Leonello Paulo Palu<strong>do</strong><br />
Centro T<strong>em</strong>plário - 3º andar<br />
Rua Aureliano de Figueire<strong>do</strong> Pinto, 945<br />
Dia da Oficina: 3º Sába<strong>do</strong> de cada mês Hora: 10:00 h<br />
Informativo CHICO DA BOTICA<br />
- Ano 6 Edição 0<strong>41</strong>- <strong>30</strong> Abr. <strong>2010</strong> -<br />
>>> Informativo Virtual destaca . . .<br />
Datas importantes de abril:<br />
• 19 - Dia <strong>do</strong> Índio<br />
• 19 - Dia <strong>do</strong> Exército Brasileiro<br />
• 21 - Tiradentes, Dia <strong>do</strong> Policial Militar<br />
• 22 - Descobrimento <strong>do</strong> Brasil<br />
Página 8<br />
SOBRE TIRADENTES E A MAÇONARIA<br />
Joaquim José da Silva Xavier nasceu na fazenda <strong>do</strong> Pombal, comarca <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> das Mortes, próximo a Vila de<br />
São José Del Rei. (Atual Tiradentes) no ano de 1746, não se saben<strong>do</strong>, porém o dia de seu nascimento.<br />
Muito se t<strong>em</strong> fala<strong>do</strong> sobre se Tiradentes era maçom e se os ideais da Inconfidência Mineira seguiam os princípios<br />
da Ord<strong>em</strong>. Opiniões divergentes cercam diversos autores e o t<strong>em</strong>a é objeto de discussões nos grupos maçônicos por toda<br />
a parte. Assim se pronuncia o Ir.·. José Castellani: “Dentre to<strong>do</strong>s os conjura<strong>do</strong>s alguns <strong>do</strong>s quais, como Maciel, têm<br />
sua qualidade Maçônica praticamente aceitra – é o Tiradentes o que suscita maior número de especulações e elucubrações,<br />
por parte de escritores Maçons tendenciosos, que procuram ver, <strong>em</strong> cada vulto histórico, um maçom, mesmo que<br />
não haja nenhuma base histórica para que seja feita tal afirmação. Lúcio José <strong>do</strong>s Santos, comentan<strong>do</strong> as afirmações de<br />
Joaquim Felício <strong>do</strong>s Santos – segun<strong>do</strong> as quais o Tiradentes seria Maçom e que, quan<strong>do</strong> r<strong>em</strong>ovi<strong>do</strong> da Bahia, teria introduzi<strong>do</strong><br />
a Maçonaria na Comarca <strong>do</strong> Serro – diz o seguinte: Quer-nos parecer que há bastante exagero no que acima v<strong>em</strong><br />
afirman<strong>do</strong>. Que os patriotas brasileiros na Europa se tivess<strong>em</strong> feito iniciar nas Lojas Maçônicas e que, portanto, alguns<br />
conjura<strong>do</strong>s foss<strong>em</strong> Maçons, é perfeitamente possível e mesmo provável (...) Mas, <strong>em</strong> to<strong>do</strong> o processo da Inconfidência<br />
nenhum vestígio se encontra de ação propriamente Maçônica... O texto é precioso pois na realidade se a Maçonaria já<br />
tivesse prestígio e força suficiente para promover uma insurreição, por que não teria para impedir que seus filha<strong>do</strong>s foss<strong>em</strong><br />
condena<strong>do</strong>s ao degre<strong>do</strong> perpétuo e - no caso de Tiradentes – à morte na forca?”<br />
Afora esta opinião outros autores t<strong>em</strong> por certo a afirmativa de que a Inconfidência foi um processo dentro <strong>do</strong>s<br />
princípios maçônicos. E trabalhos, peças de arquitetura e mais artigos foram assim se desenvolven<strong>do</strong>. Laura Pinca <strong>em</strong><br />
um artigo, Tiradentes, o bode expiatório, para MONTFORT Associação Cultural, trata <strong>do</strong> t<strong>em</strong>a assim: “Novos estu<strong>do</strong>s<br />
históricos apresentam uma inconfidência mineira diferente daquela que nos narram os livros didáticos. Embora a historiografia<br />
oficial considere a inconfidência mineira (1789) como uma grande luta para a libertação <strong>do</strong> Brasil, o historia<strong>do</strong>r inglês<br />
Kenneth Maxwell, autor de "A devassa da devassa" (<strong>Rio</strong> de Janeiro, Terra e Paz, 2ª ed. 1978.) que esteve recent<strong>em</strong>ente<br />
no Brasil, diz que "a conspiração <strong>do</strong>s mineiros era, basicamente, um movimento de oligarquias, no interesse da<br />
oligarquia, sen<strong>do</strong> o nome <strong>do</strong> povo invoca<strong>do</strong> apenas como justificativa", e que objetivava, não a independência <strong>do</strong> Brasil,<br />
mas a de Minas Gerais.<br />
Desta forma o assunto evolui. O termo factóide nossos dicionários, ainda não apresentam uma definição, mas na<br />
Wikipédia, a enciclopédia livre é fácil encontrar o seguinte significa<strong>do</strong>: Um factóide é um fato divulga<strong>do</strong> com sensacionalismo<br />
pela imprensa, este pode ser verdadeiro ou não. Trata-se também de propaganda política mal intencionada. Têm-se<br />
notícia <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> termo já na década de 50. O propósito de um factóide é gerar deliberadamente um impacto diante da<br />
opinião pública de forma à manipulá-la de acor<strong>do</strong> com as aspirações de poderosos grupos que se utilizam de sua influência<br />
na mídia... O certo é que a nossa Ord<strong>em</strong> assumiu de fato a orig<strong>em</strong> da Inconfidência formada por princípios maçônicos<br />
como norte <strong>do</strong> movimento e seu mártir maior como símbolo duma resistência ao absolutismo da época como nos conta<br />
Françoise Jean de Oliveira Souza, <strong>em</strong> seu artigo Em busca de uma tradição inventada, reportag<strong>em</strong> para Duetto, História<br />
Viva, edição 47, set<strong>em</strong>bro de 2007: “A partir de 1870, a maçonaria elege Tiradentes como seu símbolo maior e reivindica<br />
a organização <strong>do</strong> levante <strong>do</strong>s inconfidentes. A escolha de Tiradentes como herói nacional não é difícil de ser explicada.<br />
Com a publicação da obra de Joaquim Norberto de Souza e Silva, História da Conjuração Mineira (1873), que ressaltava<br />
o fervor religioso <strong>do</strong> personag<strong>em</strong> nos últimos momentos de sua vida, inúmeras representações simbólicas tornaramse<br />
possíveis, aproximan<strong>do</strong>-o à figura de Cristo...”. Por esta razão v<strong>em</strong>os que a verdade ainda está sen<strong>do</strong> buscada, o que<br />
é o grande objetivo da Maçonaria. Nossa história nos prega muitos fatos dessa natureza. Como ex<strong>em</strong>plo: 1) as origens da<br />
maçonaria <strong>em</strong> que facultam alguns autores, de que Adão, com sua folha de parreira seria o primeiro maçom revesti<strong>do</strong><br />
com seu avental; 2) se Jesus Cristo foi maçom ou não, da<strong>do</strong> sua vivência não revelada na Bíblia <strong>do</strong>s 13 aos <strong>30</strong> anos <strong>em</strong><br />
que viveu junto aos essênios, onde teria si<strong>do</strong> inicia<strong>do</strong>, como também vivi<strong>do</strong> na Índia e no Egito. (a obra de Castellani<br />
"Crendices e Manias <strong>em</strong> Nome da Maçonaria" trata dessa suposição).<br />
E assim, nossa história continua sen<strong>do</strong> revelada, mesmo que um factóide seja planta<strong>do</strong> <strong>em</strong> nossa cultura e se for<br />
positivo, que germine e traga s<strong>em</strong>pre novos ensinamentos. Viva! Tiradentes! O Mártir de nossa Independência!<br />
Ir.·. Artêmio G Hoffmann - MM - M<strong>em</strong>bro Efetivo Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas e União Fraternal - GORGS