Esquistossomose mansoni humana: Análise do papel da ... - Unifenas
Esquistossomose mansoni humana: Análise do papel da ... - Unifenas
Esquistossomose mansoni humana: Análise do papel da ... - Unifenas
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
INTRODUÇÃO<br />
vermes adultos vivem acasala<strong>do</strong>s no sistema porta-hepático, com a fêmea aloja<strong>da</strong><br />
no canal ginecóforo <strong>do</strong> macho, por perío<strong>do</strong> médio de 2 a 5 anos (COELHO, 1970).<br />
Esse processo de pareamento resulta na completa maturação <strong>do</strong>s vermes (PESSOA<br />
& MARTINS, 1982; DAMIAN, 1984). Nas veias mesentéricas, a fêmea inicia a<br />
oviposição, produzin<strong>do</strong> cerca de 300 ovos por dia. Parte <strong>do</strong>s ovos atravessam a<br />
parede <strong>do</strong> intestino, caem na luz intestinal e são elimina<strong>do</strong>s nas fezes <strong>do</strong><br />
hospedeiro. Quan<strong>do</strong> entram em contato com a água, os ovos eclodem e uma larva<br />
cilia<strong>da</strong> de vi<strong>da</strong> livre, o miracídio, é libera<strong>da</strong>. A penetração <strong>do</strong> miracídio no caramujo é<br />
ativa, auxilia<strong>da</strong> por enzimas proteolíticas. Dentro <strong>do</strong> hospedeiro intermediário,<br />
através de um processo assexua<strong>do</strong> de poliembrionia, o miracídio transforma-se em<br />
esporocisto primário em cerca de 8 a 10 dias, posteriormente em esporocisto<br />
secundário e finalmente em cercária, estágio infectante para o hospedeiro<br />
vertebra<strong>do</strong>. Cerca de 30% <strong>do</strong>s ovos produzi<strong>do</strong>s pelos vermes adultos ficam reti<strong>do</strong>s<br />
na mucosa intestinal e capilares <strong>do</strong> sistema porta-hepático <strong>do</strong> hospedeiro<br />
vertebra<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> alvo de reações imunológicas intensas (WARREN,1963, 1966;<br />
DOMINGOS & WARREN, 1969).<br />
1.2 - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ESQUISTOSSOMOSE<br />
A infecção <strong>humana</strong> pelo S. <strong>mansoni</strong> induz diferentes manifestações<br />
clínicas características. Estu<strong>do</strong>s anátomo-clínicos de BARROS-COELHO (1955) e<br />
BOGLIOLO (1959) mostram que existem diferenças significativas entre os<br />
indivíduos porta<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s várias formas clínicas <strong>da</strong> esquistossomose <strong>mansoni</strong>, nas<br />
fases agu<strong>da</strong> e crônica. A fase agu<strong>da</strong> surge entre a quarta e décima semanas após<br />
exposição às cercárias e é caracteriza<strong>da</strong> por manifestações toxêmicas durante a<br />
migração <strong>da</strong> larva e no perío<strong>do</strong> inicial de postura de ovos. Alguns indivíduos após a<br />
exposição podem apresentar manifestações cutâneas <strong>do</strong> tipo urticária. A<br />
hepatomegalia é frequente nessa fase. Neste perío<strong>do</strong> o <strong>do</strong>ente, em geral, apresenta,<br />
diarréia característica com presença de muco e sangue. Os sintomas <strong>da</strong> fase agu<strong>da</strong>,<br />
tais como os surtos febris, tosse seca e persistente sem sinais pulmonares<br />
apreciáveis, desaparecem espontaneamente ou após tratamento. (revisto por<br />
BOROS, 1989).<br />
2