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Esquistossomose mansoni humana: Análise do papel da ... - Unifenas

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INTRODUÇÃO<br />

Evidências para o envolvimento de células T, na resposta imune induzi<strong>da</strong> pelo ovo<br />

de S. <strong>mansoni</strong>, foram obti<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> através <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s de COLLEY e<br />

colabora<strong>do</strong>res (1976) e MADDISON e colabora<strong>do</strong>res (1978) que observaram que<br />

animais atímicos não desenvolviam hepatoesplenomegalia, enquanto animais<br />

deficientes de células B apresentavam resposta granulomatosa semelhante àquela<br />

encontra<strong>da</strong> em animais normais infecta<strong>do</strong>s. Experimento conclusivo sobre o <strong>papel</strong><br />

de linfócitos T na resposta imune foi realiza<strong>do</strong> em camun<strong>do</strong>ngos atímicos, que não<br />

apresentaram resposta granulomatosa típica e a resposta anti-SEA foi<br />

significativamente menor, com a presença marcante de monócitos, raros neutrófilos<br />

e, ausência de células epiteliais (BRYAN & VON LINCHTENBERG; 1977; PHILLIPS<br />

et al., 1977; WELLHAUSEN & BOROS, 1981; DOUGHTY & PHILLIPS, 1982a).<br />

No homem, a cinética de formação <strong>do</strong> granuloma foi através de<br />

biópsias de lesões hepáticas <strong>da</strong> forma toxêmica (fase agu<strong>da</strong>) <strong>da</strong> esquistossomose<br />

<strong>mansoni</strong> (BARROS-COELHO, (1955); BOGLIOLO, (1959); RASO et al., 1965; RASO<br />

& BOGLIOLO, 1970). Esses autores mostraram que, em sua evolução, os<br />

granulomas esquistossomóticos apresentavam as fases necrótico-exu<strong>da</strong>tiva,<br />

exu<strong>da</strong>tivas, produtivas e, finalmente, cura por fibrose.<br />

Devi<strong>do</strong> a limitações éticas para estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> granuloma em seres humanos,<br />

procurou-se utilizar modelos in vitro com células <strong>humana</strong>s que apresentassem<br />

analogia com a reação granulomatosa in vivo, com a finali<strong>da</strong>de de se aprofun<strong>da</strong>r os<br />

estu<strong>do</strong>s relaciona<strong>do</strong>s aos eventos e tipos celulares envolvi<strong>do</strong>s na formação e<br />

modulação <strong>do</strong> granuloma. Vale ressaltar que um modelo de granuloma in vitro<br />

similar já havia si<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> anteriormente para o cultivo de células esplênicas<br />

de camun<strong>do</strong>ngos, na presença de ovos de S. <strong>mansoni</strong>, obti<strong>do</strong>s por cultura de<br />

vermes adultos (BENTLEY et al., 1982 ; DOUGHTY et al. 1982).<br />

O modelo de granuloma in vitro com células <strong>humana</strong>s foi utiliza<strong>do</strong>,<br />

posteriormente, para avaliar . as interações celulares envolvi<strong>da</strong>s na formação <strong>do</strong><br />

granuloma, estabelecen<strong>do</strong>-se uma sequência de eventos caracteriza<strong>do</strong>s pela<br />

migração e aderência de células mononucleares em torno <strong>do</strong>s ovos e sua<br />

subsequente transformação blástica (DOUGHTY et al., 1982; DOUGHTY et al<br />

1984). A essas reações iniciais, seguia-se a migração de macrófagos epitelioides e a<br />

formação de células gigantes (PHILLIPS et al., 1980). As aplicações possíveis <strong>do</strong><br />

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