Esquistossomose mansoni humana: Análise do papel da ... - Unifenas
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INTRODUÇÃO<br />
Na infeção esquistossomótica <strong>humana</strong>, SECOR e colabora<strong>do</strong>res (1994),<br />
estu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> o <strong>papel</strong> de ICAM-1 e E-selectina no soro de pacientes porta<strong>do</strong>res de<br />
esquistossomose porta<strong>do</strong>res de diferentes formas clínicas e cargas parasitárias,<br />
mostraram que pacientes hepatoesplênicos apresentaram níveis mais eleva<strong>do</strong>s de<br />
ICAM-1 no soro <strong>do</strong> que os <strong>da</strong> forma intestinal. Esses acha<strong>do</strong>s sugerem que a<br />
detecção de altos níveis de ICAM-1 poderiam estar relaciona<strong>do</strong>s à severi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
<strong>do</strong>ença .<br />
Como menciona<strong>do</strong> anteriormente, há pelo menos três déca<strong>da</strong>s, vários<br />
pesquisa<strong>do</strong>res vem investigan<strong>do</strong> os mecanismos imunológicos desencadea<strong>do</strong>s pela<br />
infecção pelo S. <strong>mansoni</strong>, principalmente, em nível experimental, com o objetivo de<br />
identificar mecanismos imunopatológicos e de resistência associa<strong>do</strong>s a infecção. A<br />
investigação <strong>da</strong> resposta imune no homem enfoca, principalmente, a reativi<strong>da</strong>de de<br />
células mononucleares de sangue periférico (PBMC) frente a antígenos e/ou<br />
mitógenos.<br />
GAZZINELLI et al. (1985) demonstraram que PBMC de pacientes na fase<br />
agu<strong>da</strong> <strong>da</strong> infecção apresentam uma alta resposta de proliferação linfocitária in vitro<br />
a antígenos solúveis <strong>do</strong> ovo (SEA). Esta resposta é consideravelmente maior <strong>do</strong> que<br />
aquela observa<strong>da</strong> para PBMC de pacientes com a forma INT. A diminuição <strong>da</strong><br />
resposta celular ao SEA por PBMC de pacientes porta<strong>do</strong>res <strong>da</strong> forma INT tem si<strong>do</strong><br />
associa<strong>da</strong> a mecanismos imunorregula<strong>do</strong>res <strong>do</strong> sistema imune.<br />
ELLNER et al. (1981) e COLLEY et al. (1986) investigaram,<br />
especificamente, a resposta de proliferação com PBMC estimula<strong>da</strong>s pelo SEA e<br />
concluíram que as células de pacientes porta<strong>do</strong>res <strong>da</strong> forma clínica HS<br />
apresentavam respostas mais eleva<strong>da</strong>s que as células de pacientes porta<strong>do</strong>res <strong>da</strong><br />
clínica forma INT. Esses autores formularam a hipótese de que, após uma intensa<br />
resposta dirigi<strong>da</strong> contra os antígenos <strong>do</strong> parasita na fase agu<strong>da</strong> e posterior<br />
estabelecimento de uma infecção estável na fase crônica, muitos pacientes<br />
desenvolvem mecanismos que modulam o grau de resposta imune a esses<br />
antígenos. Entretanto, alguns pacientes podem não expressar esta modulação e<br />
continuar responden<strong>do</strong> vigorosamente a esses antígenos durante to<strong>da</strong> a infecção<br />
levan<strong>do</strong> ao aparecimento <strong>do</strong>s quadros graves característicos <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença.<br />
Embora exista uma série de observações referentes às diferenças entre a<br />
resposta de proliferação celular em pacientes porta<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s diversas formas<br />
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