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Revista dos Pneus 005 - Abril 2009

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<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> & Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />

Nº 5 • ABRIL <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />

ENTREVISTA<br />

PAULO CAMPOS<br />

Presidente da Pneuport<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

SOB O SIGNO DA<br />

MUDANÇA!<br />

NA 1ª CONFERÊNCIA DO COMÉRCIO DE PNEUS REALIZADA EM<br />

PORTUGAL, FICOU EVIDENTE QUE O MERCADO ESTÁ EM MUDANÇA,<br />

EXISTINDO CADA VEZ MAIS PLAYERS QUE ESTÃO A LEVAR A UMA<br />

REORGANIZAÇÃO DO SECTOR<br />

REPORTAGEM<br />

FÁBRICA DE PNEUS<br />

MICHELIN/BF GOODRICH<br />

EMPRESA<br />

GARLAND PNEUS<br />

TÉCNICA<br />

DESMONTAGEM DE PNEUS


SUMÁRIO<br />

Desde a primeira hora, a <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> assumiu a<br />

responsabilidade pela tarefa<br />

de estabelecer a comunicação entre to<strong>dos</strong><br />

os actores do sector <strong>dos</strong> pneus em<br />

Portugal, com a missão de detectar as<br />

dificuldades, problemas e interrogações,<br />

ouvir opiniões, propostas e análises,<br />

para estabelecer um diálogo fecundo,<br />

que apontasse para soluções,<br />

projectos e realidades.<br />

Com este propósito realizámos no<br />

passado dia 18 de <strong>Abril</strong>, no Auditório da<br />

Exposalão, na Batalha, a 1ª Conferência<br />

do Comércio de <strong>Pneus</strong>. Os cerca de 200<br />

empresários e quadros de empresas<br />

presentes, vieram comprovar todo o interesse<br />

e oportunidade deste tipo de iniciativas,<br />

numa altura em que o mercado<br />

procura o rumo e a estabilidade que lhe<br />

tem faltado nos últimos anos.<br />

Os oradores convida<strong>dos</strong> apresentaram,<br />

sem excepção, temas da máxima<br />

actualidade e interesse para to<strong>dos</strong> os<br />

profissionais que se dedicam em Portugal<br />

ao comércio de pneus por grosso ou<br />

a retalho. Apesar da diversidade <strong>dos</strong> temas<br />

apresenta<strong>dos</strong>, houve sempre um<br />

factor comum a to<strong>dos</strong> eles: a importância<br />

do serviço Pós-venda, que na opinião<br />

de to<strong>dos</strong> os intervenientes, é o factor<br />

principal para o sucesso do negócio <strong>dos</strong><br />

pneus.<br />

Efectivamente, toda a venda, especialmente<br />

a <strong>dos</strong> pneus, necessita de<br />

imediato de um serviço de assistência, o<br />

EDITORIAL<br />

SABER<br />

partilhar o futuro<br />

qual é iniciado com a montagem desses<br />

pneus, equilíbrio de rodas, verificação<br />

do estado das suspensões, alinhamento<br />

e correcção de to<strong>dos</strong> os ângulos das rodas,<br />

etc.. Serviço que se impõe, pois as<br />

oficinas são responsáveis pela segurança<br />

das viaturas, economia de combustível<br />

e duração <strong>dos</strong> pneus nas melhores<br />

condições. Mas para que tudo isso seja<br />

conseguido, é necessário acima de tudo<br />

que as organizações contem com pessoas<br />

capacitadas e interessadas pela<br />

sua ocupação profissional, que sejam<br />

um estímulo e exemplo para to<strong>dos</strong> os<br />

colaboradores. Porque apesar de vivermos<br />

na era da globalização e das tecnologias<br />

de informação, o homem continua<br />

a ter o papel preponderante.<br />

A opinião <strong>dos</strong> participantes e oradores<br />

foi unânime: Esta 1ª Conferência do Comércio<br />

de <strong>Pneus</strong> foi um efectivo contributo<br />

para o desenvolvimento de ideias<br />

há muito adormecidas. Neste sentido, a<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> está empenhada em<br />

continuar a realizar Conferências, Seminários<br />

e Mesas Redondas diversas,<br />

com o objectivo de transmitir e divulgar<br />

conhecimentos sobre as novas tecnologias<br />

e boas práticas de gestão a to<strong>dos</strong> os<br />

profissionais do sector <strong>dos</strong> pneus.<br />

Nas próximas páginas pode ler o que<br />

de mais importante se passou na 1ª<br />

Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong>. ■<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

16<br />

18<br />

Comércio<br />

38<br />

OPINIÃO<br />

O admirável mundo <strong>dos</strong><br />

pneus em tempo de<br />

crise!<br />

CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do<br />

de <strong>Pneus</strong><br />

ACTUALIDADE<br />

Visita à Fábrica de<br />

<strong>Pneus</strong> Michelin / BF<br />

Goodrich<br />

MERCADO<br />

44<br />

<strong>Pneus</strong> de Altas<br />

Prestações<br />

48<br />

52<br />

64<br />

68<br />

Inovar<br />

COMPRESSORES<br />

DE AR COMPRIMIDO<br />

Equipamento<br />

indispensável nas<br />

oficinas de pneus<br />

MÁQUINAS DE<br />

EQUILIBRAR RODAS<br />

E vasta a oferta de<br />

máquinas<br />

equilibradoras de rodas<br />

GARLAND PNEUS<br />

Herdeira de uma longa<br />

história no mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus<br />

PNEU DIRECTO<br />

e diferenciar<br />

GOODYEAR<br />

EFFICIENTGRIP<br />

78<br />

Seguir a ecologia e a<br />

Lei<br />

80<br />

CONSELHOS<br />

TÉCNICOS<br />

Desmontagem de<br />

pneus de turismo<br />

Nº 5 • ABRIL <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />

FICHA TÉCNICA<br />

■ DIRECTOR: João Vieira ■ DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem ■ SUBDIRECTOR: Hugo Jorge ■ PROPRIEDADE: AP Comunicação - Largo Infante D. Henrique, 7 – Várzea<br />

de Colares – 2705-351 Colares Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com ■ REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Hugo Jorge, Carlos Silva,<br />

Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos ■ DESIGN GRÁFICO: Pedro Vieira ■ IMAGEM: António Valente ■ PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário<br />

Carmo mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado anabela.machado@apcomunicacao.com ■ IMPRESSÃO: Offset mais - Rua Latino Coelho, 6 - Venda Nova -<br />

2700-516 AMADORA Telefone: 21.499.87.00 Fax: 21.495.72.37 E-mail: ao.offsetmais@netcabo.pt ■ PERIODICIDADE: Trimestral ■ ASSINATURA ANUAL: 20 Euros (4<br />

números) ■ DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal ■ Nº de Registo na ERC: 125367<br />

© COPYRIGHT: Nos termos legais<br />

em vigor é totalmente interdita a<br />

utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em<br />

parte, sem a autorização prévia e<br />

por escrito da “<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

03


NOTÍCIAS<br />

ANTI-FUROS<br />

RIDE-ON EM<br />

PORTUGAL<br />

A marca de produtos anti-furos<br />

Ride-On já se encontra disponível em<br />

Portugal com uma gama variada de<br />

aplicações específicas para diversos<br />

tipos de veículos, desde carros de ligeiros<br />

a veículos pesa<strong>dos</strong>, passando<br />

pelos motociclos, máquinas industriais,<br />

etc.. Para os pneus <strong>dos</strong> veículos<br />

pesa<strong>dos</strong>, a Ride-On desenvolveu<br />

um gel que ajuda a equilibrar os<br />

pneus e os transforma em pneus<br />

anti-furo. Trata-se do CHS – Commercial<br />

High Speed Formula, um gel<br />

que usa fibras seis vezes mais fortes<br />

do que o ferro. Este produto ajuda a<br />

manter a pressão de ar correcta, o<br />

que permite aos pneus rolar mais<br />

frios, aumentando a sua duração,<br />

que pode ser superior a 25% ou<br />

mais. A formula Ride-On CHS foi desenvolvida<br />

para formar uma camada<br />

protectora na área de contacto. A<br />

forma e a força centrífuga gerada<br />

pela rotação do pneus faz com que o<br />

Ride-On forme uma camada protectora,<br />

por dentro do pneu, na área de<br />

contacto. Para os pneus industriais,<br />

a Ride-On oferece o Heavy Duty Off-<br />

Road Formula (HDOTR) um novo produto<br />

especialmente formulado para<br />

máquinas de construção e veículos<br />

todo-o-terreno que requerem uma<br />

maior protecção nos trabalhos mais<br />

extremos. A fórmula HDOTR é adequada<br />

ao exército, aterros, minas,<br />

máquinas de construção e qualquer<br />

outro veículo que circule a mais de<br />

45 Km/h. Esta fórmula oferece a<br />

máxima protecção em furos até 1<br />

cm de diâmetro. É ideal para retroescavadoras,<br />

pás, equipamentos agrícolas,<br />

etc.<br />

Para mais informações sobre a<br />

Ride-On ver site www.ride-on.com.pt<br />

ou telefone para: 232.763.274 ■<br />

DISPNAL PNEUS DISTRIBUI<br />

TAURUS E PETLAS<br />

A Dispnal <strong>Pneus</strong> encontra-se há 10 anos no mercado português comercializando<br />

as mais variadas gamas de pneus. No segmento de<br />

pneus agrícolas, distribui as marcas Taurus e Petlas, que se destacam<br />

pela excelente aderência e resistência ao desgaste, elevada capacidade<br />

de carga e condução confortável, facilitando to<strong>dos</strong> os trabalhos do diaa-dia<br />

- mesmo os de transportes mais exigentes, em condições ambientais<br />

invernosas.<br />

A novidade da marca Taurus é o Point 70, um pneu<br />

destinado a trabalhos no campo e quintas de criação<br />

de gado. Este pneu possui uma tracção melhorada<br />

em solo húmido associada a uma excelente auto-limpeza.<br />

O novo Point 70 possui uma capacidade de<br />

carga superior à do pneu standard equivalente, apresentando<br />

ainda um composto de borracha que aumenta<br />

a sua resistência aos arrancamentos. A sua maior superfície<br />

de contacto e menos profunda garante um maior respeito pela<br />

terra. É um pneu indicado para tractores de média potência (70 a<br />

180 cv).<br />

A marca Petlas possui uma vasta gama de medidas distribuídas<br />

pelo piso TA110 (pneu radial) e pelo TA60<br />

(pneu convencional). O novo TA110 é um pneu reforçado<br />

e bastante robusto, fornecendo uma durabilidade<br />

superior devido ao composto especial de borracha que<br />

facilmente absorve os impactos. Por sua vez, o design<br />

avançado possibilita uma condução mais suave em terrenos<br />

difíceis. Quanto ao TA60, oferece uma excelente<br />

performance, tanto no eixo da frente como no eixo traseiro,<br />

dependendo do tamanho do tractor. Este pneu possui uma abertura<br />

central no piso que permite uma boa auto-limpeza e consequentemente<br />

uma melhor tracção.■<br />

KUMHO DESENVOLVE PNEU<br />

PARA A NISSAN<br />

O centro técnico europeu da marca coreana de<br />

pneus Kumho, situado no Reino Unido, está a desenvolver<br />

um pneu ecológico para o protótipo Qazana<br />

da Nissan, que dará origem ao novo crossover<br />

compacto da marca japonesa, que também<br />

será produzido na fábrica que a empresa<br />

tem em Sunderland, no norte de Inglaterra.<br />

Para obter os melhores resulta<strong>dos</strong>, a Kumho<br />

está a utilizar ferramentas de desenho da última<br />

geração, tendo em vista a máxima economia de<br />

combustível e o menor nível de emissões possíveis.<br />

O composto do novo pneu recorre a nanomateriais,<br />

a fim de minimizar a resistência ao rolamento,<br />

mantendo grande aderência em molhado e<br />

um nível de desgaste reduzido. O desenho da banda<br />

de rolamento visa proporcionar excelente condução na estrada<br />

e um desempenho óptimo em todo-o-terreno. Esta não é a primeira<br />

vez que a Kumho recebe encomendas para desenvolver pneus para<br />

protótipos, uma actividade em que a empresa coreana já possui grande<br />

experiência e que ajudará a marca Kumho a estar entre as melhores<br />

marcas mundiais de pneus no futuro. ■<br />

04<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


NOTÍCIAS<br />

PIRELLI ELEVA A FASQUIA<br />

A marca italiana de pneus Pirelli apresentou o Cinturato<br />

P7, o primeiro pneu ecológico de altas prestações, destinado<br />

a viaturas de média e alta cilindrada. Segundo<br />

afirma a marca, O Cinturato P7 permite assegurar simultaneamente<br />

economia de combustível, segurança<br />

em todas as situações de condução, respeito pelo ambiente<br />

e grande prazer de condução. Este pneu vem<br />

completar a gama Cinturato, que no ano passado viu<br />

aparecer as versões P4 e P6, para veículos do segmento<br />

médio. O novo Cinturato P7 está no mercado de substituição<br />

a partir de Maio deste ano e já foi homologado<br />

para primeiro equipamento de marcas como a Audi,<br />

Mercedes-Benz, Alfa Romeo, BMW e Volvo. Com o Cinturato<br />

P7 a Pirelli pretende demonstrar que um pneu<br />

ecológico pode ser seguro e divertido, desde que se utilizem<br />

materiais, tecnologias e desenho de vanguarda. Segundo<br />

o fabricante, o novo P7 é inovador em to<strong>dos</strong> os<br />

aspectos: misturas, materiais, estrutura e desenho da<br />

banda de rolamento estão em perfeito equilíbrio, a fim<br />

de proporcionar altas prestações ao longo de toda a vida<br />

útil do pneu, em termos de redução de emissões, diminuição<br />

do nível de ruído (-30%), poupança de combustível<br />

(4% ou mais), distâncias de travagem curtas e maneabilidade.<br />

■<br />

DARÍO VICARIO<br />

VOLTA A GOODYEAR<br />

DUNLOP IBERIA<br />

O novo Director Geral da<br />

empresa será novamente<br />

Darío Vicario, trocando de<br />

lugar com Henry Dumortier,<br />

que irá ocupar idêntico<br />

cargo na divisão francesa<br />

do Grupo Goodyear<br />

Dunlop. Com 42 anos,<br />

Darío Vicario é formado<br />

em Engenharia Industrial<br />

pela Escola Técnica Superior<br />

de Madrid e possui<br />

um MBA pelo IESE. Entrou<br />

na Dunlop España<br />

em 2000 como director geral, numa altura em que a<br />

empresa pertencia ao grupo Sumitomo Rubber Industries.<br />

Ao constituir-se a joint-venture entre a Goodyear<br />

Tires Inc. e a Sumitomo Rubber, em 2003, Vicario foi<br />

nomeado director da Unidade de Negócio de Consumer<br />

Iberia. Anteriormente, já havia desempenhado<br />

funções de consultoria na Bridgestone Hispania, durante<br />

oito anos.<br />

Em Junho de 2007, Darío Vicario aceitou o desafio<br />

de chefiar a Unidade de Negócio de Consumer e Marketing<br />

nos Países Bálticos e Escandinávia, mas 4 meses<br />

depois já era promovido Director Geral da filial da<br />

marca do dirigível nessa região. O regresso de Vicario<br />

a Espanha não é menos desafiante, pois a empresa<br />

pretende que ele faça rapidamente da Goodyear Dunlop<br />

Iberia o segundo maior fornecedor de pneus da Península,<br />

para além de liderar a expansão da rede de<br />

oficinas especializadas Vulco. ■<br />

TRELLEBORG<br />

DISTRIBUIDOR<br />

EXCLUSIVO GALAXY<br />

Após o êxito de uma<br />

programa piloto iniciado<br />

em 2007, através do<br />

qual a Trelleborg Wheel<br />

Systems ficou com a<br />

distribuição exclusiva<br />

<strong>dos</strong> pneus agrícolas Galaxy<br />

em Espanha, Itália<br />

e países nórdicos, a<br />

GPX International Tire Corporation e a Trelleborg W.S.<br />

decidiram ampliar a cooperação a toda a Europa,<br />

onde a segunda distribuirá em exclusivo os pneus da<br />

marca Galaxy para máquinas agrícolas e florestais,<br />

agro industriais e OTR (carregadores, dumpers, máquinas<br />

de gradar, escavadoras, máquinas de mineração,<br />

etc.).<br />

Apesar de tudo, a GPX continuará a comercializar autonomamente<br />

os seus pneus maciços e pneus para<br />

carretas elevadoras de aplicação industrial e portuária.<br />

GPX e a Trelleborg concordam que a colaboração<br />

entre as duas empresas gera sinergias que permitem<br />

prestar um serviço de maior qualidade aos seus clientes,<br />

ao mesmo tempo que reforça a presença no mercado<br />

das respectivas marcas. O director de Marketing<br />

da Trelleborg Wheel Systems para Portugal e Espanha,<br />

Andrea Masella, considera por seu lado que o<br />

projecto de associação das duas empresas é já uma<br />

realidade com forte aceitação, por parte <strong>dos</strong> clientes<br />

da empresa e utilizadores finais ibéricos, proporcionando<br />

uma ampla oferta de produtos, com a qualidade,<br />

a atenção e o serviço que desde sempre caracterizaram<br />

a distribuição da Trelleborg. ■<br />

06<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


JOÃO A. M. SANTOS<br />

LANÇA NOVIDADES HPA<br />

Com mais de três décadas<br />

de actividade,<br />

sempre dedicadas ao<br />

comércio de equipamentos<br />

para oficinas<br />

e estações de serviço,<br />

a João A. M. Santos,<br />

importador exclusivo<br />

para Portugal da marca<br />

HPA, lançou recentemente<br />

no mercado,<br />

novos modelos desta<br />

marca italiana.<br />

No alinhamento de direcções, a novidade é o modelo<br />

C 900. Trata-se de uma máquina equipada com oito<br />

câmaras digitais, “targets” (espelhos) sem placas<br />

elecgtrónicas e PC Premium com Windows XP. Tecnologia<br />

de medição com duas câmaras para cada “target”:<br />

o sistema reconhece os “targets” a qualquer distância,<br />

com uma alta precisão. Os “targets” não necessitam<br />

de manutenção nem calibração. As<br />

câmaras também não necessitam de regulação quando<br />

se utiliza um elevador, economizando-se tempo<br />

para alinhar mais veículos durante o dia. Este equipamento<br />

dispõe de um móvel com rodas para o PC, impressora,<br />

monitor e uma ampla mesa de trabalho. Depois<br />

de utiliza<strong>dos</strong>, os “targets” podem-se colocar facilmente<br />

ao lado do móvel. Como principais<br />

características, destacamos o completo display a cores<br />

que facilita a regulação <strong>dos</strong> ângulos de alinhamento.<br />

Imagens animadas indicam passo a passo as sequências<br />

e procedimentos de regulação. O banco de<br />

da<strong>dos</strong> do equipamento inclui cerca de 20.000 veículos<br />

que cobrem a totalidade do parque em circulação.<br />

Relativamente à máquina de montar/desmontar<br />

pneus, o modelo M 928 é o mais completo de toda a<br />

gama HPA. Permite a montagem/desmontagem de<br />

todo o tipo de pneus, inclusive Run-Flat. O sistema de<br />

autocentragem de fixação axial possibilita o bloqueio<br />

rápido e seguro da roda. Por sua vez, o comando multifunções<br />

facilita o destalonamento “dinâmico”, de ambos<br />

os talões do pneu, através <strong>dos</strong> discos telescópicos.<br />

Um elevador ergonómico<br />

de série<br />

permite posicionar facilmente<br />

todas as rodas<br />

no prato de<br />

apoio. O procedimento<br />

de desmontagem<br />

mantém sem variações<br />

os movimentos<br />

de trabalho, eliminando<br />

de forma definitiva<br />

o esforço físico do<br />

operador graças à<br />

tecnologia “Lever-<br />

Less”. ■<br />

"Um parceiro<br />

para o seu negócio"<br />

Distribuimos pneus:<br />

MINHO TYRES, COMPONENTES VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, LDA.<br />

Parque Empresarial de Lanheses, Pavilhão 7E - Lanheses<br />

4925-424 LANHESES<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

07


NOTÍCIAS<br />

GOODYEAR LANÇA TECNOLOGIA<br />

“SILENTARMOR”<br />

Traduzido literalmente, este novo conceito significa "armadura<br />

silenciosa", o que não está longe da verdade,<br />

se considerarmos os objectivos pretendi<strong>dos</strong> pela marca<br />

de pneus Goodyear, que pretende conciliar robustez e<br />

silêncio, o que nem sempre é possível em pneus 4 x 4.<br />

O pneu que estreia esta nova tecnologia é o Goodyear<br />

Wrangler AT/SA, uma excelente designação para um<br />

conceito que se pretende desafiante. De facto, a nova<br />

tecnologia pretende satisfazer os condutores de veículos<br />

polivalentes, que sejam capazes de grandes performances, na estrada ou<br />

fora dela. Para enfrentar os obstáculos das estradas que levam aos grandes<br />

espaços livres, ou mesmo a locais onde nem sequer há estradas, o<br />

novo pneu da Goodyear reforçou sobremaneira a sua estrutura, com destaque<br />

para duas telas de Kevlar DuPont, um material 5 vezes mais forte<br />

do que o aço, mas bastante leve e isolante. Os flancos também estão reforça<strong>dos</strong><br />

com Durawall, para resistir a cortes e outras agressões. Duas<br />

cintas de aço de alta resistência garantem a rigidez do conjunto, enquanto<br />

que as 2 camadas de Kevlar evitam furos e outros tipos de perfurações.<br />

Para garantir o máximo desempenho, o Wrangler AT/SA possui uma estrutura<br />

de fecho na zona do talão anti deslizante, que estabiliza o pneu na<br />

jante. Entre outras vantagens, esta solução exige menos operações de<br />

equilibragem <strong>dos</strong> pneus e contribui para uma maior duração do pneu. ■<br />

YOKOHAMA "CALÇA" OS WTCC<br />

Nos desportos motoriza<strong>dos</strong>, os pneus e o seu comportamento são um<br />

factor decisivo no desenlace das provas, o que está a levar os organizadores<br />

a contratar apenas uma marca para cada campeonato. Está nestas<br />

condições o campeonato mundial de carros de turismo (WTCC), que negociou<br />

com a marca Yokohama o fornecimento de pneus para to<strong>dos</strong> os<br />

concorrentes, em todas as provas do campeonato. O maior desafio para<br />

o fabricante de pneus neste campeonato é o facto do pneu utilizado ter<br />

que ser derivado de um pneu comercial, neste caso o Advan, e possuir<br />

apenas um composto para todas as situações de competição, a fim de<br />

manter o espírito de " série " que deve prevalecer nesta categoria desportiva.<br />

Para complicar um pouco mais a performance <strong>dos</strong> pneus, os carros<br />

participantes nesta competição estão significativamente mais rápi<strong>dos</strong> do<br />

que há 4 anos. Para o Brasil, a prova inaugural deste ano, a Yokohama<br />

fez deslocar 700 pneus de tipo slick e 500 pneus de chuva, podendo encontrar<br />

temperaturas tropicais típicas, ou chuvadas imprevisíveis. No México,<br />

a segunda prova da temporada, também as elevadas temperaturas<br />

e a visita inesperada das chuvas complica a vida aos concorrentes e aos<br />

técnicos da Yokohama, o quais, apesar de tudo, estão bastante satisfeitos<br />

com o desempenho global <strong>dos</strong> pneus Advan nesta prova. ■<br />

NOVO PNEU<br />

BRIDGESTONE<br />

DAYTON D320<br />

A forma de uma marca agradar<br />

ao maior número de consumidores<br />

possível é conseguir um compromisso<br />

equilibrado entre as diversas<br />

prestações do pneu. Parece que<br />

foi isto que a Bridgestone alcançou<br />

com o seu Dayton D320, um pneu<br />

desportivo no plano da aderência e<br />

do comportamento dinâmico, mas<br />

familiar quanto a conforto e previsibilidade<br />

de condução. Um cuidado<br />

especial foi dado ao desenho da<br />

banda de rolamento, tendo em vista<br />

obter uma drenagem rápida,<br />

projectando a água para longe do<br />

pneu, a fim de evitar a turbulência<br />

da água junto a este. Isto foi conseguido<br />

com um desenho em espinha,<br />

com uma nervura central destinada<br />

a dar estabilidade linear e<br />

sensação de fácil controlo direccional.<br />

O ombro do pneu obedece ao<br />

conceito Super Slant Groove, cuja<br />

inclinação favorece a drenagem da<br />

água e equilibra as prestações,<br />

tanto como piso seco, como molhado.<br />

O aspecto inovador, a aderência<br />

em superfície molhada e a<br />

fiabilidade durante a travagem vão<br />

cativar inúmeros condutores, que<br />

também não se decepcionarão<br />

com o elevado nível de conforto. O<br />

Dayton D320 já está disponível em<br />

41 medidas de perfil 40 até 60 e<br />

diâmetros de jante de 15" a 18". ■<br />

PNEUS FEDIMA<br />

RECONHECIDOS<br />

Pelo terceiro ano consecutivo, a Fedima<br />

esteve representada naquela<br />

que é considerada a mais importante<br />

Feira de competição do desporto<br />

automóvel da Europa, a Autosport<br />

International – The Racing Car Show,<br />

em Birmingham. Segundo comentou<br />

um responsável da empresa, “foi<br />

com enorme satisfação que vimos<br />

os nossos mais recentes pneus,<br />

F/KX e F/N, para este mercado,<br />

serem de novo elogia<strong>dos</strong> pela especialidade”.<br />

Refira-se que os pneus Fedima<br />

são fabrica<strong>dos</strong> pela Recauchutagem<br />

31.■<br />

08<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


NOVO AC75<br />

Para todo o tipo de solo<br />

Alta capacidade de carga a baixa pressão.<br />

Filipe Brito, Business Development<br />

CGS Neumáticos IbéricaS.L.U<br />

Avda. Bruselas 5, 1- Ofic. 8 - 28108 Alcobendas - Madrid<br />

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NOTÍCIAS<br />

GOODYEAR-DUNLOP ANTECIPA DIRECTIVA<br />

Os pneus deste fabricante global<br />

passarão a trazer gravado o índice<br />

de ruído durante o ano de <strong>2009</strong>, antecipando<br />

o prazo previsto na normativa<br />

da Comissão Europeia<br />

(2001/49/EC), a qual estabelece<br />

que o índice de ruído tem que ser<br />

marcado nos pneus, de Outubro de<br />

<strong>2009</strong> até Outubro de 2011, dependendo<br />

da medida <strong>dos</strong> pneus. A Goodyear-Dunlop,<br />

que está na primeira<br />

linha das empresas defensoras do<br />

ambiente, antecipa assim em 3<br />

anos o prazo legalmente exigido,<br />

para além de muitos <strong>dos</strong> seus pneus<br />

apresentarem índices de ruído inferiores<br />

aos estabeleci<strong>dos</strong> pela Comissão<br />

Europeia (2001/43/EC).<br />

O primeiros pneus a aparecerem<br />

marcado até final de Outubro de<br />

<strong>2009</strong> são os de veículos ligeiros de<br />

passageiros, com largura igual ou inferior<br />

a 185mm.<br />

Isentos de marcação ficarão os<br />

pneus de substituição de uso temporário<br />

(finos), os pneus com uma secção<br />

nominal de 254mm ou<br />

635mm, pneus de competição,<br />

pneus equipa<strong>dos</strong> com dispositivos<br />

para melhorar a tracção (pregos) e<br />

os pneus que sejam utiliza<strong>dos</strong> abaixo<br />

de 80km/h. Ficam também isentos<br />

de marcação do índice de ruído os<br />

pneus de veículos que não pertençam<br />

às categorias M, N e O (duas<br />

rodas, triciclos, etc.). ■<br />

CONTINENTAL LANÇA OITO NOVOS PNEUS<br />

DE CAMIÃO<br />

Com o objectivo de responder às<br />

novas necessidades <strong>dos</strong> clientes frotistas,<br />

nomeadamente em termos<br />

de segurança e economia, a Continental<br />

lançou uma nova geração de<br />

pneus, desenvolvida a partir do<br />

zero, para as aplicações Regional,<br />

Longo Curso e Inverno. Toda a<br />

gama é produzida com produtos de<br />

elevada qualidade adequa<strong>dos</strong> à dureza<br />

da utilização no dia a dia, com<br />

o único objectivo de diminuir claramente<br />

os custos na indústria do<br />

transporte.<br />

Os novos pneus para veículos pesa<strong>dos</strong><br />

R, L e W da série 2 estão disponíveis<br />

em cinco dimensões:<br />

295/80, 315/80, 315/70,<br />

295/60 e 315/60. O desempenho<br />

é marcado por uma quilometragem<br />

elevada, um consumo de combustível<br />

claramente inferior e um<br />

considerável aumento da segurança.<br />

A Continental tomou como base<br />

a qualidade e uma nova tecnologia<br />

da carcaça para desenvolver to<strong>dos</strong><br />

os novos pneus para veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

Consiste, entre outros, numa<br />

cinta triangular de 4 camadas, que<br />

absorve as forças das laterais e radiais,<br />

pelo que diminui desde logo o<br />

movimento intrínseco do pneu. Desta<br />

forma garante um rolamento<br />

mais estável com maior segurança<br />

na condução. To<strong>dos</strong> os pneus possuem<br />

o sistema Air-Keep que foi introduzido<br />

com sucesso no HTR 2.<br />

Este sistema permite conservar a<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus até mais 50 %<br />

de tempo que antigamente – um<br />

contributo importante para melhorar<br />

a resistência ao rolamento e, assim,<br />

poupar combustível.<br />

"A actual ofensiva de produtos é,<br />

para nós, uma oportunidade única<br />

para expandir novamente a nossa<br />

posição no mercado e sair da actual<br />

crise económica mais fortes", diz<br />

Herbert Mensching, Director Executivo<br />

de Marketing e Vendas da Divisão<br />

de <strong>Pneus</strong> para Veículos Médios<br />

e Pesa<strong>dos</strong> da Continental. “Para<br />

além <strong>dos</strong> benefícios económicos, os<br />

novos pneus Continental para pesa<strong>dos</strong><br />

têm um contributo importante<br />

para o meio-ambiente graças à sua<br />

elevada longevidade e reduzido consumo<br />

de combustível”, conclui este<br />

responsável.<br />

Dentre os vários modelos agora<br />

lança<strong>dos</strong>, destaque para o novo<br />

pneu de reboque HTR2. O peso optimizado<br />

liberta margem para a carga<br />

e o reforço da borracha do piso<br />

aumenta consideravelmente o desempenho<br />

quilométrico. A reduzida<br />

resistência ao rolamento assegura<br />

o menor consumo de combustível<br />

da sua classe. Somando estes da<strong>dos</strong><br />

a uma boa recauchutabilidade o<br />

HTR2 assume-se como precursor<br />

de uma nova geração de pneus de<br />

reboque para veículos pesa<strong>dos</strong>.■<br />

RANGEL MANTÉM PARCERIA COM A GOODYEAR<br />

O Grupo Rangel e a Goodyear reforçaram<br />

por mais quatro anos a<br />

sua parceria na Península Ibérica.<br />

O contrato assinado entre as duas<br />

companhias, prevê a continuação<br />

de todas as actividades de Logística<br />

e Transporte, embora seja forçado<br />

ao nível da prestação de serviços,<br />

nomeadamente ao nível do apoio ao<br />

cliente, gestão de tráfego e tratamento<br />

de devoluções. “Estrategicamente,<br />

este novo contrato dá-nos<br />

certezas relativamente ao bom trabalho<br />

que temos vindo a desenvolver<br />

e reforça o nosso objectivo de<br />

sermos, até 2011, um <strong>dos</strong> maiores<br />

operadores ibéricos de Logística<br />

e Distribuição”, refere Eduardo<br />

Rangel, Presidente da empresa.■<br />

10<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


NOVOS PIRELLI AMARANTO FH88 E TH88<br />

A marca italiana Pirelli actualizou a sua gama de<br />

pneus para camiões, a fim de corresponder às crescentes<br />

exigências do mercado, no que respeita a rendimento,<br />

consumo, conforto e compatibilidade ambiental.<br />

Os Pirelli Amaranto FH88 (eixo direccional) e TH88<br />

(eixo de tracção) estão prepara<strong>dos</strong> para oferecer excelentes<br />

prestações no transporte<br />

de longo curso, em<br />

auto estradas e vias rápidas,<br />

substituindo os anteriores<br />

FH55 e FT65, na medida<br />

315/60 R 22.5. Os grandes<br />

argumentos <strong>dos</strong> novos Amaranto<br />

FH88 e TH88 são os<br />

melhores índices de eficiência<br />

de custos, durabilidade, segurança<br />

de condução e respeito<br />

pelo ambiente. De facto, a Pirelli<br />

garante prazos de substituição<br />

mais alarga<strong>dos</strong>, devido<br />

a maior capacidade destes<br />

pneus efectuarem grandes<br />

FH88 ENERGY<br />

quilometragens, com menor resistência ao rolamento,<br />

o que permite reduções de consumo de combustível<br />

apreciáveis. Precisão de condução e aderência em molhado<br />

são outros argumentos <strong>dos</strong> novos Pirelli Amaranto,<br />

que utilizam compostos da última geração, isentos<br />

de óleos aromáticos, para defesa do ambiente. A estrutura<br />

destes novos pneus também foi reformulada,<br />

apresentando duas camadas de misturas diferentes na<br />

banda de rolamento. A exterior visa proporcionar maior<br />

resistência à abrasão e excelente aderência, enquanto<br />

que a interior evita a geração de calor e diminui a resistência<br />

ao rolamento. O talão<br />

com estrutura de ninho de<br />

abelha aumenta a resistência<br />

à fadiga do pneu e facilita as<br />

operações de montagem, devido<br />

à sua maior elasticidade.<br />

No desenho do FH88 foram<br />

utiliza<strong>dos</strong> quatro canais longitudinais,<br />

para garantir maior<br />

precisão de condução, estando<br />

provi<strong>dos</strong> de grande número<br />

de lâminas de borracha,<br />

para garantir excelente aderência<br />

no molhado. Ombros<br />

reforça<strong>dos</strong> melhoram as distâncias<br />

de travagem e asse-<br />

TH88 ENERGY<br />

guram grande estabilidade em todas as situações. O<br />

Amaranto FT88 possui a banda de rolamento mais larga,<br />

para proporcionar maior quilometragem e uma profundidade<br />

do desenho que garante a máxima tracção<br />

ao longo de toda a vida útil do pneu.■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

11


NOTÍCIAS<br />

PIRELLI TYRE CIBER<br />

A Pirelli desenvolveu o Tyre Cyber,<br />

um pneu inteligente que vai comunicar<br />

com o automóvel. Tecnicamente,<br />

trata-se de um chip inserido na<br />

carcaça do pneu, que pode fornecer<br />

ao automobilista informações essenciais<br />

sobre o estado <strong>dos</strong> pneus e<br />

as condições rodoviárias, actuando<br />

sobre os sistemas electrónicos<br />

(ABS, ESP, etc) e aumen por isso a<br />

segurança activa e passiva na condução.<br />

A característica particular<br />

do pneu "inteligente" é um sensor<br />

electrónico que pode dar ao computador<br />

de bordo informações úteis<br />

para uma condução segura. O sensor<br />

é totalmente auto-alimentado e,<br />

portanto, está sempre activo.<br />

O "pneu inteligente" será desenvolvido<br />

em duas etapas, no que diz respeito<br />

à evolução tecnológica. Em primeiro<br />

será desenvolvido o Cyber<br />

Tyre Lean, para a monitorização da<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus, e só depois o<br />

Cyber Tyre, propriamente dito, que<br />

vai não só dar informações sobre o<br />

pneu, mas também sobre as condições<br />

rodoviárias e terá interface direta<br />

com os outros sistemas eletrónicos<br />

do carro.■<br />

DISPNAL<br />

DISPONIBILIZA<br />

NOVO NANKANG<br />

A empresa responsável pela representação e distribuição <strong>dos</strong> pneus<br />

Nankang em Portugal, a Dispnal, acaba de apresentar uma novidade. O<br />

novo pneu NS20 da Nankang é um pneu de alta performance, que fornece<br />

o equilíbrio perfeito entre conforto e segurança.<br />

O NS20 é composto por uma dupla camada de piso desenhada para aumentar<br />

a sua aderência em piso seco, enquanto que os quatro rasgos<br />

centrais de desenho circunferencial conseguem uma excelente drenagem<br />

de água, dando um maior controle em piso molhado.<br />

O design inovador do NS20 apresenta ainda um Indicador de Desgaste<br />

do Piso, através da palavra Nankang colocada no centro do piso.■<br />

RECAUCHUTADOS PARA MAIOR<br />

ECONOMIA COM CONTIRE<br />

As vantagens <strong>dos</strong> pneus médios e<br />

pesa<strong>dos</strong> da Continental não estão limitadas<br />

a uma vida do pneu, podem<br />

ser comprovadas uma segunda vez<br />

através da recauchutagem ContiRe<br />

da Continental. É claro que nem to<strong>dos</strong><br />

os pneus usa<strong>dos</strong> podem ser recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

já que os requisitos<br />

de qualidade impostos pelo fabricante<br />

são extremamente eleva<strong>dos</strong>.<br />

No entanto, se um pneu passar a<br />

análise meticulosa e os peritos determinarem<br />

que a estrutura básica<br />

do pneu – isto é, a carcaça – não<br />

está danificada, então nada pode impedir que a vida útil do pneu seja prolongada.<br />

A vantagem para as empresas transportadoras: "Na segunda vida, os<br />

custos do pneu são reduzi<strong>dos</strong> para cerca de metade", explica Eckhard Wilanek,<br />

Director da Unidade de Frotas & Recauchutagem da Continental. Neste<br />

cálculo foi incluído o valor da carcaça, em média de 50 euros.<br />

A Continental não promete apenas uma nova vida para os pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

mas também qualidade Premium. "Produzimos o ContiRe da mesma<br />

forma que produzimos os nossos pneus novos. O ContiRe tem o mesmo aspecto<br />

que um pneu novo, a durabilidade de um pneu novo e o desempenho<br />

de um pneu novo", explica este responsável.■<br />

KUMHO<br />

APRESENTA<br />

X3 KL17<br />

O ECSTA X3 KL17 é o novo pneu<br />

da Kumho para os SUV de luxo e<br />

altas prestações, que representa<br />

uma passo em frente a nível tecnológico.<br />

Maior resistência ao<br />

aquaplaning, mais silencioso,<br />

mais conforto<br />

e estabilidade<br />

a altas velocidades,<br />

são algumas<br />

das características<br />

deste<br />

novo pneu.<br />

Tecnicamente<br />

o novo reforço<br />

central permitelhe<br />

maior estabilidade<br />

a altas velocidades<br />

e uma redução<br />

do desgaste central do pneu.<br />

Para melhorar as prestações em<br />

molhado o desenho do interior<br />

apresenta amplos canais laterais<br />

que previnem o deslizamento e<br />

melhora a aderência em molhado.<br />

Na parte exterior do pneus foram<br />

desenha<strong>dos</strong> blocos mais compactos<br />

nos ombros para uma maior<br />

estabilidade, melhorando por isso<br />

as prestações em piso seco. Quatro<br />

amplos canais longitudinais reduzem<br />

o aquaplaning, enquanto a<br />

disposição optimizada <strong>dos</strong> tacos<br />

proporciona um rolamento silencioso.<br />

Este novo pneu Kumho está disponível<br />

em 21 medidas para<br />

pneus 225/55R17 até<br />

285/35R22.■<br />

12<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


CONTINENTAL<br />

REAGE À CRISE<br />

A forte redução da procura no mercado<br />

de equipamento de origem e a<br />

deterioração crescente do mercado<br />

de substituição tiveram como consequência,<br />

para a Continental AG de<br />

Hannover, um excesso de capacidade<br />

de produção de pneus para veículos<br />

ligeiros e para veículos médios e<br />

pesa<strong>dos</strong>.<br />

Face à contínua evolução negativa<br />

<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, a empresa prevê, só<br />

na Europa, uma subutilização da capacidade<br />

das fábricas de cerca de<br />

15 milhões de pneus para veículos ligeiros<br />

e 1,7 milhões de pneus para<br />

veículos médios e pesa<strong>dos</strong>, em<br />

<strong>2009</strong>. A Continental parte do princípio<br />

que, no curto e médio prazo, o<br />

mercado não conseguirá recuperar<br />

o suficiente para uma utilização óptima<br />

das suas capacidades actuais.<br />

Como tal, o fornecedor automóvel internacional<br />

pretende reestruturar a<br />

produção nas fábricas de pneus europeias,<br />

de forma a adaptá-la à realidade<br />

do mercado.■<br />

NOVO CW20 DA NANKANG<br />

PARA COMERCIAIS<br />

A Dispnal <strong>Pneus</strong> apresentou recentemente o novo piso<br />

da Nankang em termos de gama para veículos Comerciais.<br />

O novo pneu CW20 é composto por 4 rasgos direccionais<br />

desenha<strong>dos</strong> para reduzir o ruído produzido e<br />

aumentar o conforto da condução. Por sua vez os 4 rasgos<br />

garantem ainda uma condução segura, aumentando<br />

a sua aderência em piso molhado.<br />

Refira-se que a Dispnal <strong>Pneus</strong> iniciou também, no passado<br />

mês de Março, a representação da Marca Avon em <strong>Pneus</strong> de<br />

Moto. A introdução <strong>dos</strong> pneus de moto na gama de produtos da Dispnal é<br />

sem dúvida uma mais valia para a satisfação <strong>dos</strong> seus Clientes. Os pneus<br />

de moto Avon possuem uma vasta gama de pisos desenha<strong>dos</strong> para os<br />

mais varia<strong>dos</strong> tipos de Motos.■<br />

ZOOMPNEUS OBTÉM<br />

CERTIFICAÇÃO<br />

A Zoompneus, estrutura de retalho independente de<br />

pneus, pertencente à rede First Stop, obteve recentemente<br />

a Certificação da Qualidade ISSO 9001:2000,<br />

que apenas vem comprovar a aposta na qualidade<br />

das instalações e <strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong> junto <strong>dos</strong><br />

seus Clientes.■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

13


NOTÍCIAS<br />

FIRESTONE LANÇA PERFORMER 85<br />

A Firestone reforçou a sua posição de liderança no mercado de pneus agrícolas<br />

com o lançamento da nova série Standard Performer 85. O novo radial<br />

substitui os populares pneus R6000 e R8000 com maior tracção, maior durabilidade<br />

e resistência ao desgaste e um conforto de condução melhorado.<br />

As séries radiais Standard 85 constituem o que de mais versátil<br />

existe para o sector agrícola europeu e são utiliza<strong>dos</strong> numa<br />

ampla faixa de aplicações e condições. Embora a sua procura<br />

tenha gradualmente diminuído nos últimos cinco anos –<br />

em favor de séries mais largas e tractores com mais potência<br />

– elas continuam a representar a maioria das vendas de<br />

pneus agrícolas radiais na Europa. O Performer 85 apresenta<br />

um significativo número de actualizações face aos<br />

seus antecessores R6000/R8000. Ao usar pela primeira<br />

vez a tecnologia exclusiva da Firestone de “Dual Angle lug”<br />

nos pneus radiais Standard, a área de contacto de tracção<br />

do taco foi aumentada em cerca de 4,2%, o que proporciona<br />

uma maior tracção na utilização no terreno. Esta tecnologia<br />

também permite baixa perturbação do solo e excelente<br />

auto-limpeza. A construção da carcaça apresenta um maior raio de coroa, o<br />

que permite um piso mais plano e largo. Essa maior dimensão do pneu permite<br />

uma menor compactação do solo e maior uniformização do desgaste do<br />

piso, permitindo uma maior durabilidade. A duração do piso é ainda reforçada<br />

pela optimização do volume de desgaste da borracha e pela utilização de<br />

novas misturas. Reflectindo a sua versatilidade numa vasta variedade de condições,<br />

a gama do Performer 85 será alargada a 23 medidas de forma a poder<br />

responder às mais variadas especificações de veículos. ■<br />

DESMONTADORA AUTOMÁTICA<br />

SPACE<br />

A marca de equipamentos para casa de pneus Space<br />

acaba de lançar no mercado uma nova desmontadora<br />

automática. O destaque deste equipamento vai<br />

para duas evoluções tecnológicas patenteadas pelas<br />

Space, que permitem melhorar a qualidade do trabalho<br />

efectuado, reduzindo-se o risco de afectar a jante<br />

e o pneu. A Auto-Touch function é um sistema que introduz<br />

uma patilha entre o talão da roda e a jante,<br />

permitindo reduzir o esforço na remoção do pneu. Quanto ao “Bead-Breaking”<br />

é um sistema que utiliza duas rodas em formas de disco que se separam<br />

no momento em que a roda gira para “descolar” a jante do pneu, facilitando<br />

exactamente essa operação.<br />

Destaque ainda para o “Self-Locking Plate”, um sistema de bloqueio central<br />

da roda, e para o “Invemotor” que permite ao motor funcionar mediante<br />

um inverter que regula com precisão a velocidade de rotação usando o<br />

pedal. ■<br />

BERNER CERTIFICADA<br />

A Berner está presente há 52 anos na Europa e há 12 anos em Portugal,<br />

sendo um <strong>dos</strong> líderes na distribuição de produtos para o ramo automóvel<br />

e construção. No passado mês de Dezembro, a Berner obteve o reconhecimento<br />

que distingue as empresas pelo seu sistema de gestão e<br />

qualidade de organização, a Certificação NP EN ISO 9001:2000<br />

A Berner reforça assim, a melhoria contínua do serviço aos clientes,<br />

comprometendo-se em estar cada vez mais perto do único responsável<br />

pela sua existência: o cliente! ■<br />

70 ANOS BETA<br />

A conceituada marca de ferramentas<br />

e equipamentos Beta está<br />

a comemorar 70 anos.<br />

Com três fábricas em Itália, mais<br />

de 500 trabalhadores, sete subsidiárias<br />

directas e mais de 200 importadores<br />

/ distribuidores em<br />

todo o Mundo, são números que<br />

revelam bem a dimensão da Beta.<br />

Nascida em 1923, a Beta foi<br />

sempre apostando na qualidade<br />

do seus produtos e no contínuo<br />

desenvolvimento <strong>dos</strong> mesmos,<br />

sendo hoje uma referência ao nível<br />

das ferramentas profissionais,<br />

com larga visibilidade presença<br />

em diversos sectores, incluindo o<br />

sector automóvel. ■<br />

KUMHO ENTRA<br />

NO ECOLÓGICO<br />

A Kumho assumiu o compromisso<br />

de oferecer produtos ecológicos ao<br />

mercado europeu em <strong>2009</strong>. É deste<br />

compromisso que a marca vem agora<br />

dar a conhecer o Solus KH17, o<br />

pneu ecológico da Kumho para o<br />

mercado Europeu. Este<br />

produto da Kumho Tires<br />

apresenta uma resistência<br />

ao rolamento<br />

baixa, eficiência no consumo<br />

de combustível e<br />

uma reduzida emissão<br />

de CO2 reduzida.<br />

O Solus KH17 apresenta<br />

um coeficiente de<br />

resistência ao rolamento<br />

de 8,4 kg/t, melhorado em 29% em<br />

comparação com o coeficiente de resistência<br />

ao rolamento médio de<br />

11,8 kg/t em pneus de turismo vendi<strong>dos</strong><br />

no mercado europeu. Este<br />

pneu consegue ainda melhorar a eficiência<br />

do combustível em 5,76% e<br />

reduz a emissão de CO2 em 9,7 g<br />

por quilómetro.■<br />

14<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


MANITOU COM<br />

EQUIPAMENTO CONTINENTAL<br />

O pneu Continental MPT 80, de construção radial, passou a estar<br />

disponível como equipamento de origem <strong>dos</strong><br />

empilhadores Manitou MSI 30 T.<br />

O MPT 80 apresenta um piso<br />

com design de elevada tracção,<br />

com uma superfície de contacto<br />

com o solo bastante larga. Estas<br />

características garantem<br />

uma aderência superior e<br />

uma excelente mobilidade<br />

em solos de baixa dureza.<br />

Para além da segurança<br />

e da fiabilidade,<br />

o elevado desempenho<br />

quilométrico é uma das<br />

mais-valias deste pneu, tornando-o<br />

numa solução extremamente<br />

económica.<br />

O MPT 80 pode ser utiliza<strong>dos</strong> em conjunto com o IC 40, pneu de<br />

construção diagonal da Continental, para aplicações com condições<br />

árduas. O IC 40 tem uma parede lateral robusta que confere<br />

excelente estabilidade, e ao mesmo tempo, garante uma suspensão<br />

equilibrada e um óptimo conforto na condução. A elevada profundidade<br />

do piso torna-o numa escolha extremamente económica.<br />

Os empilhadores MSI estão disponíveis para capacidades de<br />

carga entre 2 a 5 toneladas. ■<br />

VALEO E MICHELIN<br />

ANUNCIAM<br />

PARCERIA<br />

As conhecidas marcas Valeo e Michelin<br />

anunciaram uma colaboração para o desenvolvimento<br />

de sistemas para veículos eléctricos<br />

e híbri<strong>dos</strong>. Estes sistemas incluem a gestão<br />

térmica do motor, bateria e habitáculo, a<br />

iluminação, a gestão da energia e os pneus.<br />

O anúncio desta parceria simboliza a vontade<br />

destes dois grupos, em contribuir para o<br />

nascimento, em França, de uma sucursal<br />

para desenvolver essas tecnologias.<br />

Valeo é uma marca reconhecida nos sistemas<br />

eléctricos e de controlo do motor, tendo<br />

sido o fornecedor do sistema de tracção que<br />

equipou a primeira geração <strong>dos</strong> veículos eléctricos<br />

do Grupo PSA Peugeot Citroen e Renault.<br />

Quanto à Michelin, para além da oferta<br />

alargada de pneumáticos que dispõe, quer<br />

contribuir com o seu know how no domínio<br />

da “Active Wheel” e as tecnologias associadas.<br />

A Valeo e Michelin acreditam que esta<br />

colaboração conjunta vai permitir acelerar o<br />

desenvolvimento de veículos com motor eléctrico,<br />

em França e no resto do mundo. ■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

15


OPINIÃO<br />

Por: Paulo Cristóvão, Administrador da Pneubase<br />

O ADMIRÁVEL<br />

MUNDO DOS PNEUS<br />

EM TEMPO DE CRISE!<br />

Afinal, vender pneus em Portugal dá<br />

dinheiro. Para isso, basta ver o rodopio<br />

em que andam as grandes<br />

multinacionais do sector, os grupos organiza<strong>dos</strong><br />

nacionais e internacionais e até algumas<br />

“organizações”, mais ou menos “transparentes”,<br />

com objectivos, também eles,<br />

mais ou menos confessa<strong>dos</strong>. Cada um segue<br />

a sua estratégia! Alguns vão construindo, um<br />

após outro, centros Auto de maior ou menor<br />

dimensão, outros vão comprando, uma após<br />

outra, “casas de pneus”. Por fim há quem<br />

faça parcerias com “agentes do mercado” de<br />

pequena e média dimensão que embora não<br />

representem um volume de negócios por aí<br />

além são susceptíveis pela sua localização e<br />

pela suposta imagem de marca, de adicionarem<br />

valor ao conjunto.<br />

Todas estas mudanças, à imagem do que<br />

está a acontecer por este mundo fora, revelam<br />

uma realidade que causa algum desconforto<br />

nalguns sectores mais conservadores<br />

do “meio pneumático”. A verdade é que para<br />

muitos agentes “modernos” o pneu em si já<br />

não interessa, as operações do sector são<br />

cada vez menos comerciais e cada vez mais<br />

financeiras. Mas esta pequena revolução encerra<br />

uma série de lições que as marcas, os<br />

distribuidores e os agentes comerciais deveriam<br />

ponderar.<br />

A lógica de concentração e expansão que<br />

as operações <strong>dos</strong> grandes grupos encerra é<br />

simples: parte do pressuposto de que, uma<br />

vez terminada a fase de expansão e consolidação,<br />

o todo valerá certamente muito mais<br />

do que a soma das partes. Basta para isso<br />

racionalizar os recursos interligando as partes<br />

e potenciar novas oportunidades de negócio<br />

através de uma alavanca financeira<br />

centralizada, forte e global.<br />

Resultado de tudo isto: Algumas multinacionais<br />

tenderão a consolidar ainda mais o<br />

império globalizado que detém, tornando-se<br />

um potentado incontornável no panorama<br />

português da venda de pneus.<br />

Outros casos haverá em que a venda, com<br />

razoáveis mais-valias, será a melhor solução<br />

porque não faltarão compradores: a crescente<br />

penetração de grandes grupos espanhóis<br />

e franceses no mercado português e a<br />

cada vez mais notada presença de fun<strong>dos</strong> de<br />

investimento interessa<strong>dos</strong> em canalizar a<br />

sua liquidez para tudo o que “mexe” (negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus inclusive!).<br />

Por fim, existem aqueles casos em que na<br />

teoria tudo são maravilhas mas quando os<br />

bancos retirarem o “apêndice mamário” de<br />

sustentação financeira, a realidade vai-se<br />

revelar muito crua e, certamente, nua!<br />

Então e nós? As casas de pneus tradicionais!<br />

Aqueles que tinham a “galinha <strong>dos</strong> ovos<br />

de ouro” e que agora lutam por “manter o<br />

barco à tona de água”. Como empresário, a<br />

solução mais espectacular consiste em ir<br />

para presidente de um clube de futebol de<br />

preferência da 1º divisão e se possível do<br />

Sporting ou do Porto, uma vez que a presidência<br />

do Benfica já está ocupada por um<br />

(ex)colega nosso!<br />

Para os empresários mais “conservadores”,<br />

primeiro é preciso sair deste marasmo<br />

de auto-comiseração tão típico do povo português.<br />

É verdade, os “outros” são grandes,<br />

“nós” por cá somos pequenos, ainda por<br />

cima vivemos num canto da Europa “à beira<br />

mar plantado” mas com uma periferia complicada<br />

de digerir, sem falar do nosso “exotismo<br />

de influência árabe” mal compreendido<br />

pelo mundo cartesiano e hegeliano do<br />

norte da Europa. Que fazer? Meio caminho<br />

consiste em enfrentar o medo de cometer<br />

erros, a outra metade do percurso passa por<br />

aceitar correr riscos. Num mundo <strong>dos</strong> pneus<br />

com tamanha complexidade e volatilidade,<br />

chega-se à conclusão pouco ortodoxa mas<br />

muito verdadeira de que quem só sabe de<br />

pneus, nada sabe de pneus!<br />

Às chamadas “casas de pneus tradicionais”<br />

resta entender esta realidade e reagir<br />

a esta nova lógica de mercado. A dispersão<br />

vigente com um sem-número de casas de<br />

pneus de pequenas (ou mesmo minúsculas)<br />

dimensões, geram a atomização da oferta e a<br />

condenação das mesmas, a prazo.<br />

De facto, as últimas décadas assistiram a<br />

um fenómeno de urbanização acelerada do<br />

país e à consequente transformação <strong>dos</strong> hábitos<br />

de consumo. Assim, verifica-se uma<br />

maior concentração na distribuição do produto<br />

pneu que não foi devidamente acompanhado<br />

pela maioria das marcas de pneus.<br />

Compram-se pneus nas grandes superfícies,<br />

compram-se pneus nos grandes grupos<br />

retalhistas e consequentemente exercese<br />

uma cada vez maior pressão financeira<br />

sobre as marcas de pneus que lutam entre<br />

elas para levar o seu produto até ao mercado.<br />

Torna-se claro, por tudo o que foi dito e por<br />

todas e mais algumas razões ligadas à crise<br />

generalizada que nos assola, que existe um<br />

fosso, cada vez maior, entre as expectativas<br />

de alguns e as exigências, mais ou menos veladas,<br />

de outros.<br />

Um facto torna-se incontornável. Nós só<br />

sobreviveremos se encontrarmos formas<br />

adequadas de associação que nos permita<br />

chegar ao mercado em condições mais vantajosas<br />

do que aquelas que existem actualmente.<br />

Depois é preciso aceitar que vivemos<br />

tempos de dificuldades. Cá para nós até costuma<br />

ser bom. Quando as coisas apertam as<br />

nossas gentes reagem e mexem-se.<br />

Talvez seja por isso que algumas experiências<br />

e iniciativas a nível do panorama nacional,<br />

juntando criatividade e bom senso, façam<br />

com que tenhamos algumas das maiores<br />

e melhores casas de pneus da Península<br />

Ibérica, o que torna o “jogo económico” mais<br />

estimulante e gera alguma expectativa no<br />

que ao futuro diz respeito.<br />

Afinal o que pretendemos é simples: já que<br />

não há lugares de presidentes de clubes<br />

para to<strong>dos</strong>, resta-nos o incomensurável prazer<br />

de, após uma árdua semana de trabalho<br />

no mundo <strong>dos</strong> pneus, ir tranquilamente, ver<br />

jogar, numa bela tarde de domingo, o clube<br />

do nosso coração. ■<br />

16<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

MOMENTO HISTÓRICO<br />

A AP Comunicação organizou no<br />

passado dia 18 de <strong>Abril</strong> de<br />

<strong>2009</strong>, a 1ª Conferência do<br />

Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal.<br />

Numa mesma sala reuniram-se<br />

cerca de 200 profissionais do<br />

sector, que ouviram falar sobre<br />

o presente e o futuro do<br />

mercado <strong>dos</strong> pneus.<br />

18<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


“<br />

Este é um momento histórico”. As primeiras palavras do moderador<br />

da 1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong>, Luís<br />

Martins, representam bem o momento que se viveu no dia<br />

18 de <strong>Abril</strong> no Auditório da Exposalão, na Batalha.<br />

Na mesma sala estiveram presentes representantes de marcas<br />

de pneus, distribuidores independentes, brokers, grupos de retalho,<br />

serviços rápi<strong>dos</strong>, marcas de automóveis, empresas de retalho,<br />

recauchutagens, organismos oficiais entre outros, algo que nunca<br />

aconteceu em Portugal.<br />

A primeira conclusão, que já se retirava mesmo antes do início<br />

<strong>dos</strong> trabalhos é que o sector <strong>dos</strong> pneus tem um enorme défice de<br />

comunicação e de união. Por isso este evento funcionou como que<br />

um sinal de que é fundamental, para o correcto desenvolvimento<br />

do mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal, que o sector se una de modo a<br />

fazer frente às ameaças e por outro lado possa potenciar as oportunidades.<br />

Ficou evidente que o mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal<br />

está em queda, como ficou também provado que o parque automóvel<br />

português está a envelhecer.<br />

Para além destes indicadores, nesta Conferência os presentes<br />

puderam observar, por intermédio de diversas estatísticas, que o<br />

retalho (casas de pneus e afins) está em mudança, existindo também<br />

cada vez mais players neste sector.<br />

As redes organizadas e o seu desenvolvimento, com prós e contras,<br />

estão a levar a uma reorganização do sector, apesar de o mercado<br />

ser ainda dominado por empresas que apostam em estar fora<br />

dessas redes. O desafio do pós-venda na actualidade, associado ao<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus, foi um <strong>dos</strong> temas que mais concentrou a atenção<br />

<strong>dos</strong> presentes.<br />

Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> e os pneus em fim de vida foram também<br />

dois temas segui<strong>dos</strong> com atenção nesta conferência.<br />

Futuro<br />

Mal terminou a 1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> não faltaram<br />

os elogios a esta organização da AP Comunicação. Foram muitos<br />

aqueles que pessoalmente deram a sua opinião sobre este<br />

evento, ficando também a certeza que no futuro muitos outros temas<br />

poderão e deverão ser debati<strong>dos</strong>.<br />

Um desses temas passa pelo negócio <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, um assunto<br />

que preocupa o sector e considerado por muitos como um<br />

“cancro” do sector. Outro tema, que decorre desta Conferência, é a<br />

necessidade urgente de o sector ter uma Associação, que possa<br />

defender os interesses de to<strong>dos</strong>.<br />

Fica a promessa que estes serão dois temas quentes da próxima<br />

edição da “Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong>”, embora a AP Comunicação<br />

esteja sempre aberta a sugestões para mais assuntos e<br />

iniciativas que visem dinamizar e promover o sector <strong>dos</strong> pneus em<br />

Portugal.<br />

Nas páginas seguintes, poderá ler o resumo de cada um <strong>dos</strong> sete<br />

temas que estiveram em debate e que foram apresenta<strong>dos</strong> por diversos<br />

oradores.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

19


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

1º PAINEL A EVOLUÇÃO DO MERCADO<br />

DOS PNEUS<br />

Por: Darío Vicario, Director Geral da Goodyear Dunlop Iberia<br />

“MENTALIDADE PROACTIVA E DE<br />

PESQUISA DE MARKETING”<br />

Omercado mundial de pneus representa<br />

cerca de 120 milhões de<br />

pneus, <strong>dos</strong> quais perto de 60% são<br />

para carros ligeiros, cerca de 30 destinamse<br />

a veículos pesa<strong>dos</strong> e os restantes 10%<br />

são diversos produtos pneumáticos. As<br />

Américas representam 36% do mercado<br />

mundial, a zona Ásia-Pacífico 33%, enquanto<br />

que a Europa fica com 28%. O restante<br />

mercado está repartido pelas outras zonas<br />

e países a nível global. O mercado mundial<br />

está portanto polarizado em 3 zonas principais,<br />

que apresentam no entanto tendências<br />

de evolução diferenciadas. Em 2008,<br />

verificou-se um acentuada recessão, mas<br />

prevê-se que o mercado recupere a partir<br />

de agora em diante, embora sem chegar a<br />

atingir os valores globais anteriores. No entanto,<br />

a produção e a distribuição geográfica<br />

de pneus não deverá alterar-se significativamente<br />

nos próximos anos.<br />

O mercado europeu retraiu-se fortemente<br />

em 2007/2008, mas prevê-se alguma recuperação<br />

a partir de agora (Fig. 1). Apesar<br />

de tudo, não voltaremos a ter as taxas de<br />

crescimento históricas do passado. Mesmo<br />

assim, o Mix de produtos terá uma evolução<br />

positiva, devido especialmente aos pneus<br />

de altas prestações (UHP), pneus 4 x 4 e<br />

pneus Runflat. A evolução do valor por unidade<br />

está previsto que continue a crescer<br />

favoravelmente nos próximos anos.<br />

Regulamentações a curto e a longo prazo<br />

Nas tendências a curto prazo, temos que<br />

estar atentos às novas Regulamentações,<br />

como é o caso das novas regras sobre a Segurança<br />

<strong>dos</strong> pneus - Regulamentação 316 -<br />

que estará vigente de 2012 a 2020. De facto,<br />

os pneus terão que evoluir no sentido de<br />

menor resistência ao rolamento, melhor<br />

aderência em piso molhado e nível de ruído.<br />

Além disso, os pneus terão que trazer as<br />

novas características marcadas numa etiqueta,<br />

que se tornará obrigatória a partir do<br />

1º trimestre de 2010, havendo um período<br />

de 2 anos (até 2012) para as marcas marcarem<br />

to<strong>dos</strong> os seus produtos (Fig. 2). Além<br />

dessas evoluções, os pneus passarão a ter<br />

que utilizar sistemas de controlo de pressão<br />

(TPMS, etc.). Outros factores de segurança<br />

adicionais para os veículos serão os<br />

sistemas de controlo de estabilidade, travagem<br />

de emergência e aviso de saída da faixa<br />

de rodagem. To<strong>dos</strong> estes sistemas de<br />

apoio à condução irão tornar-se obrigatórios<br />

pelos novos regulamentos.<br />

A longo prazo, contudo, o controlo das<br />

emissões de CO2 irá condicionar a evolução<br />

de todo o mercado automóvel, sendo necessário<br />

conhecer as normas, pois afectarão<br />

to<strong>dos</strong> os fabricantes, distribuidores e<br />

utilizadores finais. Na realidade, os veículos<br />

passarão a ter um novo tipo de marcação<br />

das suas emissões de CO2 (<strong>2009</strong>) e passará<br />

a haver um imposto de CO2. Em termos gerais,<br />

cada construtor terá que apresentar<br />

um nível médio de emissões em to<strong>dos</strong> os<br />

seus modelos de 130 g/km, havendo um período<br />

de 2012 a 2015 para atingir essa meta.<br />

Até 2020, a meta é chegar a uma média de<br />

95 g/km. Um excesso de 5 g/km a partir de<br />

2015 representa uma multa para o construtor<br />

de ¤ 1,4 biliões. Quanto aos veículos,<br />

passarão a estar abrangi<strong>dos</strong> por impostos<br />

de CO2, tanto na compra, como no registo e<br />

na circulação. Além de tudo isto, há 13<br />

grandes cidades europeias que irão adoptar<br />

medidas contra o congestionamento de<br />

tráfego, dando preferência a veículos de<br />

zero ou reduzidas emissões e taxando os<br />

restantes no acesso aos centros urbanos.<br />

As medidas para tornar a Europa mais verde,<br />

tendência que se apresenta irreversível,<br />

prevê ainda alterações na programação do<br />

20<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


urbanismo e modo de utilização <strong>dos</strong> veículos,<br />

com polarização nos transportes públicos<br />

urbanos.<br />

O mercado de veículos irá conhecer igualmente<br />

profundas alterações, estando previsto<br />

que os chama<strong>dos</strong> carros de " Low cost<br />

" passem a ser um <strong>dos</strong> segmentos dominantes.<br />

A venda de carros irá entretanto<br />

continuar a cair e a recuperação total do<br />

mercado poderá ainda demorar uns bons<br />

10 anos.<br />

Quanto ao mercado de pneus para camiões<br />

e autocarros, a Europa representa 26<br />

milhões de unidades (15% do mercado global),<br />

estando 22% destina<strong>dos</strong> ao equipamento<br />

original e 78% ao mercado de substituição,<br />

que se divide em 20 milhões de<br />

pneus novos e 7,1 milhões de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

(38%). O mercado de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

ainda tem grande potencial<br />

para crescer e assistiremos a essa tendência<br />

nos próximos anos.<br />

Tendências do Transporte Rodoviário<br />

O transporte rodoviário está em crescimento<br />

constante (+ 2,8% de ton/km anualmente),<br />

sendo previsível um aumento do<br />

preço <strong>dos</strong> combustíveis na Europa, o mesmo<br />

sucedendo com as portagens. Os regulamentos<br />

de segurança e protecção ambiental<br />

irão tornar-se cada vez mais aperta<strong>dos</strong>,<br />

o que obrigará os pneus para veículos<br />

industriais a evoluir. Serão necessárias<br />

mais aplicações para o transporte local/regional<br />

e a utilização <strong>dos</strong> veículos irá tornarse<br />

mais flexível (longa distância, transporte<br />

combinado, cargas pesadas, volumes, etc.).<br />

Entretanto, surge um novo conceito modular<br />

para transporte rodoviário de 60 toneladas<br />

e 25,25 metros de comprimento.<br />

FIG. 1<br />

O mercado europeu retraiu-se fortemente em 2007/2008, mas<br />

prevê-se alguma recuperação a partir de agora.<br />

FIG. 2<br />

A etiqueta que será obrigatória<br />

permite ao consumidor<br />

identificar as características do<br />

pneu ao pormenor.<br />

Para responder a esta evolução, o mercado<br />

de pneus terá que adaptar-se, estando<br />

previstas três alterações principais:<br />

1. Mercado tecnicamente mais exigente,<br />

com aumento da procura de pneus que<br />

permitam maior capacidade de carga;<br />

2. <strong>Pneus</strong> ambientalmente mais compatíveis,<br />

com menor resistência ao rolamento<br />

(menor consumo de combustível),<br />

nível de ruído inferior e utilização<br />

de sistemas de controlo da pressão <strong>dos</strong><br />

pneus;<br />

3. Consolidação das frotas, que actualmente<br />

apenas representam 8% da oferta<br />

global, o que trará o aumento da procura<br />

de serviços de assistência a grandes<br />

frotas a nível europeu.<br />

Para enfrentar as novas condições do<br />

mercado, os operadores de pneus terão<br />

que continuar a adoptar uma mentalidade<br />

proactiva e de pesquisa de marketing. A<br />

maior atenção ao cliente e a fidelização implica<br />

uma mentalidade de colaboração<br />

com os consumidores e parcerias com os<br />

clientes.<br />

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PNEUS<br />

21


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

2º PAINEL CARACTERÍSTICAS DO MERCADO<br />

PORTUGUÊS DE PNEUS<br />

Por: Guillermo de Llera, Director da GIPA Portugal<br />

“CONDUTORES VÃO AUMENTAR<br />

GASTOS COM A MANUTENÇÃO DOS<br />

VEÍCULOS”<br />

Os da<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> pela GIPA<br />

resultam de 12 anos de estudo do<br />

mercado português. De facto, a<br />

GIPA realiza anualmente em Portugal<br />

estu<strong>dos</strong> de consumidores (2.000 condutores/ano)<br />

e estu<strong>dos</strong> profissionais (800 oficinas/ano),<br />

sendo as entrevistas sempre presenciais.<br />

Entre os seus clientes estão algumas<br />

das empresas mais representativas do<br />

sector automóvel português, incluindo a<br />

Michelin e a Continental.<br />

Parque automóvel<br />

O parque automóvel é um factor decisivo<br />

para a análise do mercado e das suas potencialidades.<br />

Em Portugal, a GIPA apenas<br />

dispõe de da<strong>dos</strong> em relação a veículos ligeiros,<br />

que serão cerca de 5 milhões presentemente.<br />

Esta estimativa é baseada na convergência<br />

de todas as fontes de informação<br />

sobre os veículos existentes em Portugal e<br />

tem bastante fiabilidade. O parque global<br />

tem vindo a crescer de forma lenta mas<br />

sustentada. Nos comerciais ligeiros, pela<br />

primeira vez o número total diminuiu, passando<br />

para 1,179 milhões (-9 unidades). A<br />

idade média do parque é um dado de interesse<br />

para o comércio de pneus, estando<br />

actualmente dentro da média europeia (8,6<br />

anos). Quando a GIPA iniciou a actividade<br />

em Portugal, a idade média do parque era<br />

de apenas 6,7 anos, uma das mais baixas da<br />

Europa. Esta situação ainda se manteve por<br />

2/3 anos, mas a quebra das vendas de novos<br />

tem provocado um progressivo envelhecimento<br />

do parque.<br />

A idade <strong>dos</strong> carros é importante para a<br />

venda de pneus, porque um parque envelhecido<br />

é teoricamente favorável à troca<br />

mais frequente de pneus, mas há um factor<br />

contrário que é a fraca quilometragem<br />

anual desses veículos. O parque de carros a<br />

gasolina tem uma idade média superior<br />

(10,1 anos), tendo um potencial menor do<br />

que o parque diesel, cuja idade média é de<br />

apenas 5,8 anos e fazem portanto quilometragens<br />

anais superiores. O parque de automóveis<br />

diesel irá continuar a aumentar,<br />

porque as vendas desceram, mas ainda estão<br />

na casa <strong>dos</strong> 50 %. Em termos da estrutura<br />

de idades, havia em 2007 29,2 % de<br />

carros até 5 anos, 38% com idades de 6 a 10<br />

anos, 23,6 % com idades de 11 a 15 anos,<br />

sendo o restante parque com idade superior<br />

a 15 anos (9,2%). De acordo com as previsões<br />

actuais, em 2012 a estrutura do parque<br />

automóvel estará um pouco modificada,<br />

com os carros mais novos (até 5 anos) a<br />

representarem apenas 27,1 %. O grupo<br />

principal em termos de assistência de pósvenda,<br />

de 6 a 10 anos de idade, ficará com<br />

apenas 22,2%, enquanto que o grupo de viaturas<br />

com mais de 11 anos subirá para 56%.<br />

A quilometragem anual média, que tem<br />

vindo a crescer nos últimos anos, está actualmente<br />

nos 14.000km, devendo a partir<br />

de agora estagnar à volta destes valores.<br />

Por outro lado, a taxa de operação, ou<br />

seja, o número de condutores que trocaram<br />

de pneus no último ano, foi de 33,8%<br />

(Fig. 1). Esta taxa tinha vindo a crescer desde<br />

2001, tendo alcançado o máximo de<br />

37,9% em 2007. A partir daí tem vindo a decrescer,<br />

tendo apresentado um valor de<br />

36% em 2008. Para <strong>2009</strong>, as previsões<br />

apontam para um valor de +/- 35%. Para<br />

sabermos o nº de carros que trocou de<br />

pneus, basta multiplicar a taxa pelo total<br />

do parque, aproximadamente 5 milhões.<br />

Quanto aos quilómetros percorri<strong>dos</strong> entre<br />

duas mudanças de pneus (Fig. 2), o valor<br />

tem vindo a oscilar em torno <strong>dos</strong> 37.000km,<br />

com uma ligeira baixa em 2007. Outro aspecto<br />

que importa observar é a taxa de<br />

operação por segmentos, sendo os dois<br />

grupos mais activos o de 6-10 anos de idade<br />

(39 %) e o de 10-15 anos (33,6 %). Estes<br />

dois segmentos significam 72,6 % das trocas<br />

de pneus. A outra quase metade do<br />

parque apenas representa 27,4% das trocas<br />

de pneus.<br />

Pontos de venda de pneus<br />

Neste capítulo, optou-se por dividir a<br />

oferta em três circuitos diferentes: Concessionários<br />

de marca, Oficinas independentes,<br />

incluindo a nova distribuição e Casas<br />

de <strong>Pneus</strong> tradicionais. As casas especializadas<br />

já tiveram um domínio mais<br />

acentuado, mas a sua quota de mercado<br />

passou de cerca de 80% no período<br />

2004/2006, para 68,5% em 2008. As oficinas<br />

independentes, nomeadamente as<br />

afectas à nova distribuição, ficaram com<br />

parte desse negócio, tendo passado de<br />

15% no período 2004/2006, para 24% em<br />

2008. Os concessionários também subiram<br />

de 4,5% (2004/2<strong>005</strong>) para 7,5% (2008), o<br />

que demonstra um aumento da concorrência<br />

no mercado.<br />

22<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


têm 17 anos no mercado, 5 trabalhadores e<br />

50 clientes por semana (80 no caso de pertencerem<br />

a uma rede). Em comparação<br />

com as oficinas multimarca de reparação,<br />

estas só recebem em média 20 visitas de<br />

clientes por semana. No que se refere à<br />

taxa de mortalidade (encerramento ou desactivação<br />

do negócio), estamos a encontrar<br />

no sector de pneus cerca de 7% de contactos<br />

falha<strong>dos</strong>, a partir de um ficheiro telefónico<br />

actualizado. Nas oficinas de reparação<br />

a taxa de mortalidade anda à volta de<br />

10%. Mesmo assim, há 15% das oficinas do<br />

sector <strong>dos</strong> pneus que tencionam comprar<br />

equipamentos mais actualiza<strong>dos</strong>, o que é<br />

positivo do ponto de vista da viabilidade futura<br />

das empresas.<br />

FIG. 1<br />

A taxa de operação, ou seja, o número de condutores que<br />

trocaram de pneus no último ano, foi de 33,8%.<br />

FIG. 2<br />

Os quilómetros percorri<strong>dos</strong> entre duas mudanças de pneus tem<br />

vindo a oscilar em torno <strong>dos</strong> 37.000km, com uma ligeira baixa<br />

em 2007.<br />

No que respeita à estrutura da oferta,<br />

existem em Portugal 1.700 especialistas independentes,<br />

mais 1.000 especialistas que<br />

pertencem a redes organizadas. Além destes,<br />

ainda há 1.300 oficinas multimarca que<br />

efectuam a venda e montagem de pneus.<br />

Em média, as empresas especializadas<br />

Comparações internacionais<br />

Na Europa, a taxa média de operação está<br />

estabilizada à volta de 30%, o que significa<br />

que anualmente 1/3 <strong>dos</strong> condutores troca<br />

os seus pneus. Bélgica, França, Reino Unido<br />

e Portugal lideram com taxas superiores<br />

a 33%. Por outro lado, o "faça você mesmo"<br />

(do-it) de pneus é meramente residual em<br />

Portugal, Espanha e Itália (1%). Em contrapartida,<br />

a média europeia <strong>dos</strong> condutores<br />

que mudam os seus pneus é de 12,6%, com<br />

picos de 23% na Alemanha e 63% na Polónia.<br />

Talvez por isso mesmo, Portugal é o 2º<br />

país da Europa com mais oficinas especializadas<br />

em pneus (cerca de 60%), logo a seguir<br />

à Itália, que tem 80,5% de empresas<br />

deste tipo. Em França e Espanha, as casas<br />

de pneus especializadas apenas têm 25%<br />

de quota de mercado. Um sector que deverá<br />

progredir em Portugal é o das oficinas<br />

autorizadas, que aqui apenas representam<br />

9,1% do mercado, contra 15% da média europeia<br />

e 22,7% em Espanha.<br />

Quanto a aspectos positivos para o mercado,<br />

a GIPA adiantou que nos inquéritos<br />

aos condutores (consumidores) verificouse<br />

que cerca de metade destes pretende<br />

aumentar os gastos com a manutenção do<br />

seu veículo. Isto quer dizer que há uma boa<br />

parte da população que não irá trocar o seu<br />

carro e investirá na manutenção do que actualmente<br />

possui. Também o facto de haver<br />

intenções de investimentos nas oficinas revela<br />

que os operadores que estão no mercado<br />

irão defender as suas posições com<br />

afinco, embora alguns também desistam<br />

do negócio, possivelmente devido a razões<br />

mais pontuais do que estruturais ou até<br />

conjunturais.<br />

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PNEUS<br />

23


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

3º PAINEL O MERCADO RETALHISTA<br />

E A DISTRIBUIÇÃO DE PNEUS<br />

Por: Pedro Antunes Moreno, Sénior Marketing Analyst da Hanseeuw Marketing<br />

“MERCADO CADA VEZ<br />

MAIS COMPETITIVO”<br />

através de redes retalhistas, Portugal está<br />

na antepenúltima posição (39%), tendo apenas<br />

sido "ultrapassado" pela Irlanda (27%)<br />

e pela Grécia (20%). Nos países do centro da<br />

Europa as redes possuem uma força real,<br />

garantindo 95% das vendas na França, 85%<br />

na Alemanha e mais de 70% na Áustria, Suíça,<br />

Reino Unido, Holanda (77%) e Espanha<br />

(78%). A Hungria (55%) e a Polónia (47%),<br />

por exemplo, são merca<strong>dos</strong> mais estrutura<strong>dos</strong><br />

do que Portugal, relativamente ao<br />

consumidor final.<br />

Num estudo de percepção do consumidor,<br />

realizado há algum tempo em oito países<br />

europeus, incluindo Portugal, o especialista<br />

sofre de uma deficiência da imagem,<br />

pois não está geralmente associado a<br />

nenhum <strong>dos</strong> vectores principais valoriza<strong>dos</strong><br />

pelo consumidor: Preço, Qualidade, Aconselhamento,<br />

Proximidade e Rapidez. (Fig. 2)<br />

AHanseeuw Marketing realiza estu<strong>dos</strong><br />

de mercado para o sector automóvel<br />

e especialmente para a<br />

área <strong>dos</strong> pneus. A empresa actua em 15<br />

países europeus e apesar de estar situada<br />

na Bélgica conhece bem to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong>,<br />

incluindo o português, por intermédio<br />

de estu<strong>dos</strong> com o "Cliente Mistério" que<br />

efectua para diversos fabricantes de pneus,<br />

nomeadamente para a Continental. Dos<br />

cinco analistas que a Hanseeuw tem ao seu<br />

dispor, Pedro Antunes Moreno trabalha<br />

mais em contacto com os países do Sul da<br />

Europa, devido ao seu perfil pessoal. O estudo<br />

apresentado apenas se refere a pneus<br />

para carros de turismo.<br />

Estrutura do mercado<br />

retalhista português<br />

Em Portugal, as casas especializadas em<br />

pneus, incluindo as oficinas independentes,<br />

vendem 8 em cada 10 pneus disponibiliza<strong>dos</strong><br />

(84%), segui<strong>dos</strong> da nova distribuição<br />

(9%) e Concessionários de marca (7%) (Fig.<br />

1). Em comparação com outros <strong>dos</strong> principais<br />

países europeus, Portugal está numa<br />

situação mais parecida com a Itália (95% de<br />

pneus vendi<strong>dos</strong> por especialistas), do que<br />

com a França, onde estes apenas asseguram<br />

44% das vendas. A situação <strong>dos</strong> especialistas<br />

na Espanha e no Reino Unido é parecida<br />

(63% e 68%, respectivamente), mas<br />

na Alemanha já só facturam 55% do total.<br />

Os concessionários de marca, devido à forte<br />

presença que os construtores têm nesses<br />

merca<strong>dos</strong>, asseguram 26% das vendas na<br />

Alemanha, 27% em França e 17% em Espanha.<br />

Nos merca<strong>dos</strong> inglês e português os<br />

concessionários têm um papel secundário<br />

(9% e 7%, respectivamente) e em Itália quase<br />

marginal. Os auto centros têm uma posição<br />

já interessante na França Alemanha e<br />

Espanha (20%, 10% e 15%, respectivamente),<br />

contra 7% em Portugal. Noutros países,<br />

a presença deste conceito é praticamente<br />

residual. Nota-se forte presença <strong>dos</strong> serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> no Reino Unido (19%), mas na<br />

França já só representam 6%, 2% na Alemanha<br />

e 1% em Portugal. Outros tipos de<br />

operadores, possivelmente oficinas multimarca<br />

e reparadores autoriza<strong>dos</strong>, disputam<br />

8% na Alemanha, e 3% na França, Espanha<br />

e Reino Uni<strong>dos</strong>. Sem significa<strong>dos</strong><br />

noutros merca<strong>dos</strong>. Verifica-se assim que<br />

no Centro da Europa a concorrência é mais<br />

activa.<br />

No que respeita a distribuição de pneus<br />

Motivos para pertencer<br />

a uma rede de distribuição<br />

Como noutros sectores de actividade, a<br />

sustentabilidade de um ponto de venda necessita<br />

da criação de conceitos fortes e diferencia<strong>dos</strong>.<br />

O serviço rápido argumenta com<br />

a sua rapidez. O auto centro baseia a sua comunicação<br />

no preço baixo, ainda que em<br />

certos casos isso não se verifique. O conceito<br />

diferenciado comunicado através de uma<br />

rede tem mais impacto, do que ao nível de<br />

um só ponto de venda. O objectivo de oferecer<br />

um benefício ao consumidor também<br />

funciona como um elemento de diferenciação<br />

e de reforço da imagem. A rede EuroTyre<br />

baseia a sua comunicação no slogan<br />

"Rede Europeia de Conselheiros do Pneu",<br />

enquanto que a rede PointS aposta na frase<br />

"O especialista da aderência”. Já o posicionamento<br />

da Midas assenta na ideia "Reparamos<br />

o seu carro na hora e sem demora”.<br />

Outro grande motivo para pertencer a<br />

uma rede de distribuição é a satisfação de<br />

necessidades de operadores de nível nacional<br />

ou internacional, como frotistas ou<br />

gestoras de Aluguer operacional de viaturas<br />

(AOV). Para estes operadores, o pneu é<br />

um elemento importante do custo quilométrico<br />

de uma viatura e estão interessa<strong>dos</strong><br />

em estabelecer acor<strong>dos</strong> com fabricantes<br />

e redes de especialistas com cobertura<br />

nacional, pelo menos, a fim de obterem<br />

vantagens operacionais e financeiras. Logo<br />

à partida, o retalhista independente fica<br />

afastado da possibilidade de realizar con-<br />

24<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


tratos deste tipo, o que lhe veda o acesso a<br />

um mercado em crescimento constante,<br />

constituído por condutores que fazem<br />

grandes quilometragens, onde há medidas<br />

de pneus rentáveis e um volume de venda<br />

praticamente garantido.<br />

O terceiro importante motivo para pertencer<br />

a uma rede é o maior poder negocial<br />

relativamente aos fornecedores. O maior<br />

volume de negócio, o acesso mais estruturado<br />

ao mercado e uma cadeia logística<br />

mais efectiva, com base numa economia de<br />

escala, são argumentos de peso face ao<br />

fornecedor.<br />

As principais vantagens de trabalhar com<br />

uma oferta concentrada são a cobertura<br />

optimizada <strong>dos</strong> diferentes segmentos do<br />

mercado, política uniforme dentro da mesma<br />

rede, racionalização da política de<br />

stocks e maior capacidade negocial em<br />

face <strong>dos</strong> fornecedores. Se a rede dispuser<br />

de uma marca própria ou exclusiva, poderá<br />

comprar o produto ao preço de uma marca<br />

económica e vendê-lo ao preço de uma<br />

marca de 2ª linha, aumentando a margem<br />

de comercialização.<br />

Especificidades do mercado português<br />

A diferença mais notada do mercado português<br />

é a diferença acentuado do preço ao<br />

consumidor nos diferentes canais de distribuição<br />

de pneus. Tomando os especialistas<br />

como o canal mais "económico", os concessionários<br />

apresentam preços 25% superiores<br />

e os serviços rápi<strong>dos</strong> mais 45% de custo.<br />

O mesmo fenómeno é observado um<br />

pouco por toda a Europa, mas em menor<br />

grau. A média europeia para os serviços rápi<strong>dos</strong><br />

é entre 15 e 20% mais caro. Na Holanda,<br />

por exemplo, os concessionários levam<br />

entre 10 a 15% mais do que os outros canais.<br />

Outra diferença é o facto de Portugal ter<br />

pneus 5% mais baratos do que a média europeia.<br />

Além disso, sempre que houver uma<br />

descida de preços, Portugal baixa mais os<br />

seus preços. Nos últimos três anos, os 5<br />

principais merca<strong>dos</strong> europeus desceram o<br />

preço <strong>dos</strong> pneus em 13%, enquanto que<br />

Portugal baixou 24%. Outra característica<br />

do mercado português é a recomendação<br />

de marcas económicas (30%), acima da média<br />

europeia (20%), mas abaixo <strong>dos</strong> EUA<br />

(40%) e do Reino Unido (35%).<br />

FIG. 1<br />

Em Portugal, as casas especializadas em pneus, incluindo as<br />

oficinas independentes, vendem 8 em cada 10 pneus<br />

disponibiliza<strong>dos</strong> (84%), segui<strong>dos</strong> da nova distribuição (9%) e<br />

Concessionários de marca (7%).<br />

FIG. 2<br />

Num estudo de percepção do consumidor, o especialista sofre<br />

de uma deficiência da imagem, pois não está geralmente<br />

associado a nenhum <strong>dos</strong> vectores principais valoriza<strong>dos</strong> pelo<br />

consumidor.<br />

Evolução da distribuição<br />

de pneus ao consumidor português<br />

Portugal foi um <strong>dos</strong> países da Europa<br />

Ocidental onde o conceito da distribuição<br />

moderna demorou mais a instalar-se, verificando-se<br />

que até 1985 havia poucos supermerca<strong>dos</strong><br />

e hipermerca<strong>dos</strong> no país, dominado<br />

por pequenos retalhistas e comerciantes<br />

tradicionais. A partir de 1981, no<br />

entanto, a distribuição moderna desenvolveu-se<br />

e começou a eliminar os vendedores<br />

locais. O comércio de alimentação de proximidade<br />

já só representava 1,4 % do mercado<br />

em 2004. Nestes últimos anos, as redes<br />

internacionais de distribuição em diversos<br />

sectores têm vindo a instalar-se no país<br />

(MacDonald, Fnac, Ikea, Zara, etc.). É muito<br />

natural, pois, que os consumidores portugueses<br />

também estejam dispostos a comprar<br />

pneus através de redes de distribuição<br />

mais evoluídas. Também nos pneus se prevê,<br />

portanto, que o conceito de comércio<br />

tradicional diminua em função do crescimento<br />

de formas estruturadas de distribuição<br />

(EuroTyre, Mega Mundi, Pneumobil,<br />

First Stop, PneuPort, etc.). A mesma tendência<br />

está a verificar-se em termos <strong>dos</strong><br />

conceitos da nova distribuição automóvel<br />

(Autocenter, Precision, Midas, Fix'n'go, Norauto,<br />

FeuVert, Station Marché, L'auto<br />

E.Leclerc, etc.).<br />

Os concessionários, por seu turno, estão<br />

a investir no sector <strong>dos</strong> pneus, como forma<br />

de garantirem o seu nível de actividade e de<br />

fidelizarem os seus clientes. Qualidade de<br />

serviço e tecnologia original são sempre os<br />

argumentos fortes <strong>dos</strong> representantes das<br />

marcas de automóveis, prevendo-se pois<br />

que o mercado de pneus se torne cada vez<br />

mais competitivo e com actores de dimensões<br />

cada vez maiores.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

25


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

4º PAINEL ASSISTÊNCIA PÓS-VENDA DE<br />

PNEUS - CASAS DE PNEUS TRADICIONAIS VS<br />

REDES ORGANIZADAS DE OFICINAS<br />

Por: Filipe Marques, Coordenador VIALIDER<br />

“O SEGREDO DA REDE<br />

É A SINERGIA”<br />

Filipe Marques, coordenador da rede<br />

de oficinas especializadas em<br />

pneus da Michelin, Vialider, abordou<br />

o tema relacionado com as Casas de<br />

<strong>Pneus</strong> Tradicionais versus Redes Organizadas<br />

de Oficinas. Esteve presente não como<br />

representante da Vialider, mas como especialista<br />

no negócio de pneus, para explicar<br />

as vantagens da opção de ser operador independente<br />

e da opção de aderir a uma<br />

rede organizada de oficinas. À partida, nenhum<br />

<strong>dos</strong> conceitos é vencedor ou vencido,<br />

pelo que só no final veremos qual será o balanço<br />

mais positivo para cada opção.<br />

Enquadramento do mercado actual<br />

O parque automóvel circulante encontrase<br />

estabilizado e não se prevê que haja alterações<br />

significativas no prazo de 3 anos, o<br />

que nos leva a crer que o mercado de pneus<br />

também não deve crescer muito. Apesar<br />

disso, existem no país mais de 4.000 pontos<br />

de venda e montagem de pneus. Este número<br />

não se deve também alterar grandemente,<br />

porque to<strong>dos</strong> os dias alguém quer<br />

tentar a sua sorte nesta actividade, embora<br />

a taxa anual de mortalidade de operadores<br />

esteja neste momento nos 7%. Sendo assim,<br />

a concorrência é muito intensa e o argumento<br />

final é sempre o preço. Existe portanto<br />

uma grande pressão sobre os preços<br />

e consequentemente sobre as margens de<br />

rentabilidade. Embora não existam da<strong>dos</strong><br />

muito concretos sobre a evolução das margens<br />

do negócio, há quase a certeza do que<br />

os operadores do mercado de pneus espanhol<br />

trabalham com uma margem bruta<br />

superior à <strong>dos</strong> portugueses. Por outro lado,<br />

o período de mudança de pneus anda actualmente<br />

pelos 2,7 anos e cerca de 36-<br />

40.000km. Isto torna difícil captar e fidelizar<br />

clientes, porque as oportunidades de contacto<br />

e de voltar a ver o cliente só acontecem<br />

de 3 em 3 anos. Além disso, a maior<br />

parte <strong>dos</strong> clientes prefere resolver vários<br />

problemas de manutenção ao mesmo tempo,<br />

porque limita o tempo de imobilização<br />

do veículo e elimina o risco potencial de<br />

avarias. É por esta mesma razão que os<br />

centros comerciais e as grandes superfícies<br />

em geral têm sucesso, permitindo aos<br />

consumidores resolverem várias necessidades,<br />

com economia de tempo e maior<br />

conveniência.<br />

Papel e situação <strong>dos</strong> revendedores<br />

São os revendedores que decidem que<br />

produtos e serviços irão oferecer ao mercado<br />

e que tipo de relação querem ter com os<br />

fornecedores. Essa relação pode ser meramente<br />

transacional (venda/aquisição) ou<br />

pode prolongar-se numa parceria, um termo<br />

bastante presente hoje em dia no mundo<br />

<strong>dos</strong> negócios. O preço e a margem são<br />

também uma opção do revendedor, de<br />

acordo com a sua estratégia de negócio. No<br />

entanto, não está no mercado sozinho e<br />

tem que se regular e nivelar pelos outros<br />

operadores, pelo menos, os mais próximos.<br />

Ser "barateiro" ou vender “qualidade" tem<br />

vantagens e riscos que cada um deve avaliar<br />

com cuidado. Em seguida, há o local ou<br />

ponto de venda: loja, garagem (fixos), móvel,<br />

na Internet, etc. Também pode haver<br />

um ponto apenas num local ou vários pontos<br />

distribuí<strong>dos</strong> pelo país e vários tipos de<br />

instalações disponíveis. O revendedor também<br />

pode ter vendedores, comissionistas e<br />

outro tipo de promotores, cabendo-lhe decidir<br />

sobre a solução mais vantajosa.<br />

Para tornar operacionais as instalações,<br />

é necessário escolher o pessoal, nível de<br />

qualificação/formação <strong>dos</strong> colaboradores,<br />

equipamentos e outros elementos funcionais.<br />

No cenário actual, que é bastante diferente<br />

do que era há alguns anos, a forma<br />

como o revendedor se promove e comunica<br />

com o mercado pode ser decisiva para o sucesso<br />

ou não <strong>dos</strong> empreendimentos. Agora,<br />

é necessário promover os preços, os produtos,<br />

os serviços, as instalações e a forma<br />

de actuar da empresa junto <strong>dos</strong> consumidores,<br />

ou seja, é obrigatório gerir a imagem.<br />

O instrumento que pode organizar to<strong>dos</strong><br />

estes factores num todo coerente é actualmente<br />

o marketing. Os operadores<br />

independentes geralmente não têm este<br />

26<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


ponto em perspectiva, embora reconheçam<br />

a sua importância, por falta de informação,<br />

falta de meios e outros motivos. No final, há<br />

ainda que respeitar requisitos técnicos e legais.<br />

No contexto europeu, o nível desses<br />

requisitos tem vindo a aumentar to<strong>dos</strong> os<br />

anos, sob a pressão das condições ambientais,<br />

condições de higiene e segurança no<br />

trabalho, etc..<br />

No plano técnico, há que ter em conta a<br />

crescente sofisticação das máquinas e<br />

equipamentos, quase sempre dota<strong>dos</strong> de<br />

sistemas electrónicos e software que requer<br />

actualizações, quer em função do parque<br />

de viaturas novas, quer em função da<br />

evolução tecnológica <strong>dos</strong> veículos. Os novos<br />

equipamentos, os novos modelos de carros<br />

e os próprios pneus exigem uma constante<br />

actualização <strong>dos</strong> procedimentos e da forma<br />

de trabalhar. O risco de se provocarem<br />

anomalias nos sistemas do veículo por carência<br />

ou incorrecção de procedimentos é<br />

actualmente muito elevado, exigindo formação<br />

e equipamentos de diagnóstico<br />

compatíveis.<br />

O revendedor tem que equacionar todas<br />

estas variáveis para conseguir ter acesso<br />

ao mercado e realizar os seus objectivos de<br />

vendas. Aqui, há a considerar os clientes<br />

particulares (individuais) e os clientes institucionais<br />

ou empresas (colectivos), para<br />

cada um <strong>dos</strong> quais existem exigências diferentes.<br />

Outro ponto muito importante geralmente<br />

negligenciado pelos operadores é<br />

o contacto e acompanhamento do cliente<br />

no pós-venda. A principal razão para essa<br />

lacuna é geralmente a falta de meios, estruturas<br />

e procedimentos organiza<strong>dos</strong> nesse<br />

sentido.<br />

Redes organizadas de oficinas: opção,<br />

oportunidade ou exigência?<br />

Face ao conjunto exposto de condicionalismos<br />

para o exercício da actividade de<br />

venda e assistência a pneus, há alguma evidência<br />

de que os operadores isola<strong>dos</strong> poderão<br />

encontrar dificuldades em satisfazer da<br />

forma mais correcta as suas necessidades<br />

de acesso a nichos de mercado rentáveis,<br />

de informação técnica/comercial e de apoio<br />

a todas as vertentes do negócio (organização,<br />

logística, financiamento, promoção,<br />

etc.). Espelho dessas dificuldades é o caso<br />

actual da vizinha Espanha, onde os operadores<br />

independentes de pneus apenas conseguem<br />

vender 3 em cada 10 pneus comercializa<strong>dos</strong><br />

naquele país, contra 7 pneus<br />

vendi<strong>dos</strong> por operadores organiza<strong>dos</strong> em<br />

redes. Esta realidade leva-nos a questionar<br />

se haverá efectivamente lugar no futuro<br />

para uma casa exclusivamente dedicada a<br />

pneus. De alguma forma, sempre haverá<br />

lugar para essa opção, mas com um potencial<br />

de desenvolvimento do negócio muito<br />

limitado ou mesmo nulo.<br />

A diversificação de serviços é uma exigência<br />

imparável da evolução do mercado e<br />

<strong>dos</strong> consumidores. Desta forma, as empresas<br />

de comercialização de pneus terão<br />

cada vez mais necessidade de recorrer a<br />

novos serviços, a fim de tornar as visitas<br />

<strong>dos</strong> clientes mais frequentes e ter oportunidade<br />

de fidelizá-los. Em termos de rentabilidade<br />

de negócio, o aumento do valor<br />

médio de facturação por cliente é também<br />

uma forma de lutar contra a concorrência e<br />

a diminuição das margens, garantindo a<br />

sustentabilidade da empresa. Tudo isto,<br />

sem impedir que a casa continue a ser especializada<br />

em pneus, como é desejável.<br />

Muitas pessoas em Portugal continuam a<br />

duvidar que a nova distribuição consiga implantar-se<br />

entre nós ao nível da Europa<br />

Central, mas o facto é que o mercado ainda<br />

está em movimento e nada está decidido. O<br />

sector <strong>dos</strong> pneus conseguiu salvaguardar a<br />

sua posição estratégica e a sua quota de<br />

mercado, porque soube preparar-se e muitos<br />

operadores aderiram a redes organizadas,<br />

como é o caso da Vialider. De qualquer<br />

modo, a pressão <strong>dos</strong> concessionários e <strong>dos</strong><br />

reparadores em geral está ainda a manifestar-se<br />

apenas, podendo vir a representar<br />

uma maior dispersão do negócio <strong>dos</strong><br />

pneus, se os especialistas não corresponderem<br />

rapidamente às expectativas do<br />

mercado e <strong>dos</strong> consumidores.<br />

Quais são as expectativas <strong>dos</strong> clientes?<br />

Um jogo de pneus pode custar 400 Euros<br />

ou até mais neste momento. É lógico que o<br />

cliente pretende ter uma boa experiência<br />

de compra, que se traduz por confiança,<br />

tranquilidade e garantia. Tudo isso passa<br />

por um tratamento pessoal adequado e por<br />

um atendimento profissional, mas só quando<br />

o cliente verificar na estrada as vantagens<br />

prometidas pelo vendedor é que a boa<br />

experiência de compra está efectivamente<br />

adquirida. Se além <strong>dos</strong> pneus correctos forem<br />

corrigi<strong>dos</strong> problemas de equilíbrio, alinhamento<br />

e outros, o cliente notará facilmente<br />

e com satisfação a diferença.<br />

Outras coisas a que o cliente dá importância<br />

são as instalações da oficina, não só<br />

do ponto de vista estético e organização de<br />

espaço, como do ponto de vista das funcionalidades,<br />

como uma sala de espera acolhedora,<br />

uma casa de banho limpa, etc.<br />

Além disso, o cliente espera eficiência, isto<br />

é, mínimo tempo de espera, maior número<br />

de intervenções efectuadas e qualidade de<br />

serviço. A proximidade/acessibilidade é outro<br />

factor valorizado pelo cliente, podendo a<br />

cobertura geográfica ser essencial para<br />

clientes com frotas, mas esta também será<br />

apreciada pelos clientes individuais, nas<br />

suas deslocações.<br />

Satisfazer as expectativas e captar<br />

clientes<br />

Por enquanto, ainda não há resultado<br />

neste desafio "virtual" entre operadores independentes<br />

e redes organizadas, porque<br />

todas as vantagens que as casas de pneus<br />

tradicionais têm, podem ser apropriadas<br />

pelas redes, mas os independentes terão<br />

dificuldade em preencher as vantagens de<br />

uma rede. De facto, é um "jogo" um tanto<br />

desigual e com um vencedor anunciado…<br />

Começando pela organização da empresa e<br />

pela estruturação correcta da oferta, os<br />

conceitos de operação em rede dispõem de<br />

meios superiores, comprova<strong>dos</strong> e optimiza<strong>dos</strong>.<br />

A metodologia de procedimentos<br />

defini<strong>dos</strong> é também indispensável para garantir<br />

a qualidade de serviço que o cliente<br />

exige e a empresa necessita oferecer. Estes<br />

procedimentos fundamentam-se numa<br />

capacidade de formação <strong>dos</strong> profissionais<br />

acima de qualquer dúvida e na total eficiência<br />

<strong>dos</strong> equipamentos da oficina. De resto, o<br />

cliente sente a diferença desde logo pela<br />

imagem projectada pelo conceito a que<br />

adere, pois ela foi pensada e realizada para<br />

isso mesmo. Efectivamente, a notoriedade<br />

pública e a eficácia da comunicação levam<br />

imediatamente o cliente a perceber o potencial<br />

que está contido no conceito que escolhe<br />

e que não terá dificuldade em comprovar.<br />

Talvez por isso mesmo a probabilidade<br />

estatística de um cliente entrar numa<br />

loja de uma rede seja bastante mais elevada,<br />

do que a de entrar num ponto de venda<br />

tradicional.<br />

O negócio de abrir as portas e ficar à espera<br />

<strong>dos</strong> clientes está esgotado e já não<br />

tem qualquer viabilidade. É preciso saber<br />

onde estão os clientes, o que eles pretendem<br />

e como chegar até eles. Isso implica<br />

comunicação, contactos e referências.<br />

Essa é a principal razão pela qual o "actor"<br />

isolado pode não ter capacidade de resolver<br />

os seus problemas e vencer. Apesar disso,<br />

ter uma imagem, não é uma solução milagrosa.<br />

É preciso que essa imagem corresponda<br />

a um conteúdo de competência e de<br />

capacidade para atingir os padrões exigi<strong>dos</strong><br />

pelo mercado actual. O segredo da rede é a<br />

sinergia: com um pequeno contributo de<br />

cada um, são obtidas soluções de escala e<br />

impactos de mercado superiores ao somatório<br />

de to<strong>dos</strong> os elementos que a constituem.<br />

Isto aliás não é segredo nenhum, pois<br />

já deu provas em todo o mundo, há muito<br />

tempo.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

27


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

5º PAINEL NOVAS TENDÊNCIAS NA<br />

ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS DE<br />

COMERCIALIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA<br />

PÓS-VENDA DE PNEUS<br />

Por: Pedro Jesus, Director-Geral da Cometil<br />

“A ESPECIALIZAÇÃO<br />

É INDISPENSÁVEL”<br />

condições, pouco atractivos para os clientes<br />

das viaturas. Hoje tudo isso está ultrapassado<br />

e temos casas com uma imagem que<br />

muitos concessionários gostariam de ter.<br />

Onde não havia recepção, sala de espera,<br />

lojas de acessórios e outros espaços para<br />

acolher o cliente, surgiram modernas instalações<br />

onde os clientes dispõe de todas as<br />

condições para desejar estar. Os investimentos<br />

foram realiza<strong>dos</strong> e a realidade actual,<br />

tanto no plano do atendimento ao<br />

cliente, como nos espaços para a manutenção<br />

automóvel, nada deve ao que de melhor<br />

se pode encontrar pela Europa fora e noutros<br />

países. Foi efectivamente realizado em<br />

grande trabalho e um trabalho bem feito.<br />

Para além da imagem, no entanto, o<br />

avanço tecnológico de hoje é suportado por<br />

informação e formação constantes. Durante<br />

muitos anos, as rotinas profissionais<br />

eram passadas de geração em geração<br />

sem grandes modificações, mas esse tempo<br />

já acabou. Hoje a formação é obrigatória,<br />

sob pena das empresas serem ultrapassadas<br />

e se tornarem desactualizadas. A formação<br />

profissional não é só técnica, mas<br />

também tem que alcançar outras áreas vitais<br />

do negócio, como o atendimento, vendas<br />

e satisfação do cliente. Depois, é necessário<br />

que a empresa corresponda às necessidades<br />

e expectativas <strong>dos</strong> clientes, em<br />

relação ao serviço de apoio no pós-venda.<br />

Se o serviço de pós-venda funcionar correctamente,<br />

as vendas são literalmente automáticas.<br />

O que é preciso é realizar um serviço<br />

de pós-venda, ao nível do melhor que o<br />

cliente pode encontrar no mercado, para<br />

poder então ter a certeza que o cliente voltará<br />

a entrar na nossa oficina sempre que<br />

necessitar.<br />

Nosector da manutenção automóvel,<br />

é preciso estar muito<br />

bem preparado para fazer face<br />

às novas tendências de avanço tecnológico<br />

das viaturas. A evolução é tão rápida que, no<br />

momento em que estamos prepara<strong>dos</strong> para<br />

uma inovação, já existe outra. É preciso estar<br />

em constante esforço de informação e<br />

de formação para acompanhar o ritmo actual.<br />

No que se refere à imagem das casas especializadas<br />

em pneus, as empresas realizaram<br />

nos últimos anos um grande esforço<br />

de actualização da imagem. Embora não<br />

existam da<strong>dos</strong> comparativos concretos, não<br />

é falso afirmar que Portugal está na linha<br />

da frente nesse aspecto. Isto que dizer que<br />

os empresários investiram em infra estruturas,<br />

em equipamento do mais sofisticado<br />

que está disponível a nível mundial, ao mesmo<br />

nível do mercado italiano, por exemplo,<br />

e numa renovação completa das instalações.<br />

As casas de pneus eram consideradas<br />

há uns anos uns locais sujos e sem grandes<br />

O trunfo da especialização<br />

Talvez isto ajude a explicar porque razão<br />

os diferentes conceitos da nova distribuição<br />

se têm instalado no país a um ritmo mais<br />

lento do que o previsto, pois a nível de pneus<br />

as instalações e o nível de formação já estão<br />

num ponto em que pouco ou nada há a<br />

acrescentar. Na verdade, os grandes argumentos<br />

da nova distribuição eram e continuam<br />

a ser o serviço, rapidez, preço, conveniência,<br />

etc.. Contudo, quando temos um<br />

problema de saúde sério, vamos a um especialista,<br />

não importa onde ele esteja, nem<br />

o preço que ele nos pede. Da mesma forma,<br />

quando um restaurante tem um serviço de<br />

qualidade, ou seja, uma cozinha apurada e<br />

um produto apetecível, o cliente não questiona<br />

o preço e até vai a locais escondi<strong>dos</strong> e<br />

de acesso nem sempre fácil. O marketing é<br />

feito de boca a boca, pelo próprios clientes<br />

satisfeitos. Desta maneira, os operadores<br />

convencionais do ramo de pneus e até de<br />

reparação geral e de carroçaria, de certo<br />

modo esvaziam as alternativas da nova distribuição,<br />

quando se especializam para ter a<br />

máxima qualidade, actualizam as suas instalações<br />

e equipamento, bem como apostam<br />

na formação contínua.<br />

Tudo o que uma casa especializada de<br />

pneus tem que saber fazer bem são as cinco<br />

principais operações do sector:<br />

- Venda profissional de pneus<br />

- Desmontagem/Montagem de qualidade<br />

- Reparação de pneus, jantes, válvulas, etc.<br />

- Equilibragem profissional de rodas<br />

- Alinhamento de direcções/geometria <strong>dos</strong><br />

trens rolantes<br />

28<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


O alinhamento de direcções foi<br />

um negócio que as casas de pneus<br />

introduziram no seu catálogo e no<br />

qual se tornaram especialistas, ao<br />

ponto de concessionários confiarem<br />

essa tarefa a casas de pneus.<br />

Neste momento, o alinhamento é<br />

uma operação tecnologicamente<br />

avançada e de valor acrescentado,<br />

que contribui para a satisfação do<br />

cliente e para projectar a imagem<br />

das casas de pneus.<br />

Evolução do negócio<br />

A especialização no sector <strong>dos</strong><br />

pneus é actualmente indispensável,<br />

devido à grande diversificação<br />

do produto. No passado, havia apenas<br />

no mercado cerca de 10 marcas<br />

de pneus de construção convencional<br />

e em medidas até um<br />

máximo de 15". Actualmente, mais<br />

de 100 marcas disputam a preferência<br />

<strong>dos</strong> consumidores, as dimensões<br />

vão de diâmetros de 10"<br />

até mais de 30", enquanto que a arquitectura<br />

<strong>dos</strong> pneus manteve o<br />

conceito clássico, mas acrescentou<br />

os Runflat, PAX, BSR, etc. Apesar<br />

da diversidade, os pneus de<br />

qualidade Premium continuam a liderar<br />

o mercado, porque o cliente sabe que<br />

se trata de um produto de segurança. Rentabilidade,<br />

fiabilidade e segurança é o que o<br />

consumidor exige do produto. Os novos produtos,<br />

no entanto, exigem equipamentos<br />

específicos e formação especializada.<br />

Nas válvulas, cuja função era meramente<br />

reter a pressão do pneu e permitir o seu enchimento,<br />

havia antes apenas 2-3 fabricantes.<br />

Hoje, as válvulas <strong>dos</strong> pneus são fabricadas<br />

por mais de 50 operadores e acrescentaram<br />

à sua função original o controlo<br />

da pressão do pneu, o que garante mais segurança<br />

de condução, mais economia de<br />

combustível e de pneus, menos emissões<br />

de escape e intervalos de mudança de<br />

pneus maiores. Como o novo sistema de<br />

controlo é electrónico, exige ferramentas<br />

de diagnóstico avançadas e conhecimentos<br />

do sistema de diagnóstico OBD. Este é um<br />

novo negócio que as casas de pneus têm<br />

que garantir, evitando que os concessionários<br />

passem à frente na assistência aos sistemas<br />

de controlo de pressão <strong>dos</strong> pneus,<br />

que serão universalmente obrigatórios a<br />

partir de 2012.<br />

O equilíbrio das rodas é uma operação<br />

realizada desde que o automóvel existe. O<br />

equilíbrio estático e dinâmico continua a<br />

existir, mas é necessário verificar outros<br />

parâmetros, a fim de resolver problemas<br />

Amortecedor<br />

Direcção<br />

Suspensão<br />

O “Canto” da Roda<br />

Pneu<br />

Travões<br />

FIG. 1<br />

Uma forma de ampliar a competência <strong>dos</strong><br />

especialistas de pneus a outras áreas de<br />

manutenção com mais credibilidade é apostar na<br />

assistência, não apenas ao pneu, mas à roda no<br />

seu todo (canto da roda).<br />

de vibrações no veículo, como é o caso da<br />

excentricidade e da variação de força. Estes<br />

parâmetros sempre existiram, mas não podiam<br />

ser verifica<strong>dos</strong> no pós-venda, uma vez<br />

que os equipamentos necessários apenas<br />

estavam nos fabricantes de pneus ou jantes.<br />

Este agora é mais um serviço de valor<br />

acrescentado para o cliente e de excelente<br />

rentabilidade para a oficina de pneus.<br />

O alinhamento de direcções fecha o ciclo<br />

de serviços clássicos das casas de pneus,<br />

embora a evolução da tecnologia automóvel<br />

tenha introduzido grandes alterações<br />

nas direcções (assistência eléctrica/hidráulica,<br />

sistemas activos, ESP, ACC) e nas<br />

suspensões, que passaram a apresentar<br />

geometria complexa (Multilink). Estas tecnologias<br />

abriram também novos nichos de<br />

mercado, que as casas de pneus podem e<br />

devem reverter a seu favor, aumentando a<br />

sua rentabilidade e a sua oferta ao cliente.<br />

Sensor<br />

de<br />

Pressão<br />

Pós-venda Automóvel<br />

A assistência pós-venda aos veículos é<br />

levada a cabo por quatro grupos principais<br />

de operadores: Concessionários de marca;<br />

Especialistas de pneus; Oficinas de reparação<br />

multimarca e Auto centros/serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />

Aos concessionários é atribuída a máxima<br />

competência no plano tecnológico, pois dispõem<br />

de toda a informação técnica<br />

<strong>dos</strong> veículos, ferramentas<br />

especiais, instruções do construtor,<br />

etc. Mesmo assim, praticam<br />

preços acima da média,<br />

não garantem uma cobertura<br />

de conveniência total e podem<br />

demorar mais do que outra oficina<br />

a resolver o problema.<br />

A tendência dentro do pósvenda<br />

automóvel é para to<strong>dos</strong><br />

os operadores oferecerem uma<br />

paleta de serviços comuns, os<br />

chama<strong>dos</strong> serviços rápi<strong>dos</strong><br />

(consumíveis). Os especialistas<br />

de pneus não podem ignorar<br />

esta realidade, porque resulta<br />

de uma pressão legítima <strong>dos</strong><br />

consumidores, de resolverem o<br />

máximo de problemas de manutenção<br />

do seu veículo, como<br />

o mínimo custo e com a menor<br />

perda de tempo. As oficinas<br />

multimarca estão a efectuar<br />

serviços rápi<strong>dos</strong> e assistência a<br />

pneus por essa razão, o que já<br />

era prática <strong>dos</strong> auto centros.<br />

Portanto, no contexto da concorrência<br />

generalizada, a casa<br />

de pneus deve alargar a sua capacidade<br />

de intervenção a serviços<br />

de conveniência, embora mantendo a<br />

sua competência específica no campo <strong>dos</strong><br />

pneus.<br />

Uma forma de ampliar a competência <strong>dos</strong><br />

especialistas de pneus a outras áreas de<br />

manutenção com mais credibilidade é<br />

apostar na assistência, não apenas ao pneu,<br />

mas à roda no seu todo (canto da roda):<br />

Pneu; Sensor de pressão; Travões; Suspensão;<br />

Amortecedores e Direcção (Fig. 1).<br />

As casas de pneus podem tornar-se especialistas<br />

nos componentes de segurança.<br />

Este é um bom argumento, porque a tecnologia<br />

do veículo converge toda neste ponto.<br />

Toda a gente sabe, por exemplo, quanto é<br />

que um carro leva de 0 a 100km/h, mas quase<br />

ninguém sabe quanto é que ele faz de<br />

100km/h a 0, embora este valor seja muito<br />

mais importante para a segurança de condução.<br />

Ora, a capacidade de travagem do<br />

veículo depende em partes iguais do pneu,<br />

<strong>dos</strong> travões e da suspensão. Isto significa<br />

que as casas de pneus se podem transformar<br />

em especialistas da segurança da<br />

roda, sem terem que efectuar grandes modificações<br />

no seu equipamento, ferramentas,<br />

pessoal, etc. O grande desafio neste aspecto<br />

continua a ser a formação, a qual<br />

cada vez mais está presente e é necessária<br />

em to<strong>dos</strong> e cada um <strong>dos</strong> componentes do<br />

veículo.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

29


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

6º PAINEL PNEUS RECAUCHUTADOS,<br />

QUE FUTURO?<br />

Por: José Gomes, Presidente da ANIRP<br />

“UMA ALTERNATIVA<br />

DE QUALIDADE”<br />

AAssociação Nacional <strong>dos</strong> Industriais<br />

da Recauchutagem de<br />

<strong>Pneus</strong> (ANIRP) começou em 1966,<br />

com 75 associa<strong>dos</strong>. Neste momento, a<br />

ANIRP tem 31 associa<strong>dos</strong>, com um volume<br />

de negócios de ¤ 55 milhões (2007), garantindo<br />

950 postos de trabalho. A maioria das<br />

empresas deste sector são de natureza familiar,<br />

tal como muitas das casas de pneus,<br />

possuem tradição no mercado e elevada<br />

penetração regional. A maioria <strong>dos</strong> patrões<br />

trabalham no seu negócio e quase to<strong>dos</strong><br />

utilizam o sistema de recauchutagem a frio.<br />

Porquê recauchutar?<br />

Ao contrário do que por vezes se insinua,<br />

o pneu recauchutado não compromete a<br />

segurança <strong>dos</strong> utilizadores, porque não<br />

pode ser lançado no mercado se não cumprir<br />

os mesmos critérios de segurança do<br />

pneu novo, tendo que cumprir to<strong>dos</strong> os requisitos<br />

regulamentares que asseguram a<br />

sua qualidade e fiabilidade. A maioria das<br />

empresas de recauchutagem dispõem de<br />

um parque tecnológico totalmente actualizado<br />

e ao nível do melhor que se pode encontrar<br />

na Europa. O que hoje temos em<br />

Portugal são verdadeiras fábricas de recauchutagem<br />

e não meras oficinas de recuperação<br />

de pneus. Em segundo lugar, o pneu<br />

recauchutado permite uma significativa redução<br />

de custo, permitindo às empresas<br />

reduzir a despesa em pneus e tornarem-se<br />

mais competitivas. Nunca este argumento<br />

fez mais sentido do que agora.<br />

Por outro lado, a recauchutagem é uma<br />

forma de reciclagem da estrutura do pneu,<br />

reduzindo o consumo de recursos naturais<br />

e de energia. O contributo ambiental do<br />

pneu recauchutado torna-se patente ao verificar-se<br />

que permite economizar cerca de<br />

2/3 das matérias-primas e da energia necessárias<br />

para produzir um pneu novo. Mas<br />

a dimensão ecológica da actividade de recauchutagem<br />

é também confirmada pelo<br />

facto de prolongar a utilização da carcaça<br />

por uma ou mais vidas úteis, reduzindo<br />

substancialmente o volume de resíduos origina<strong>dos</strong><br />

pelo pneu.<br />

Regulamentos actuais da actividade<br />

No nosso país a actividade de recauchutagem<br />

de pneus encontra-se balizada pelos<br />

Decretos nº 9/2002 e 10/2002, de 4 de<br />

<strong>Abril</strong>, que transpõem para a legislação portuguesa<br />

os Regulamentos da Comissão<br />

Económica para a Europa das Nações Unidas,<br />

respectivamente nº 108 (pneus ligeiros)<br />

e nº 109 (pneus comerciais e pesa<strong>dos</strong>).<br />

Em consequência destes regulamentos,<br />

desde o dia 1 de Janeiro de 2004, só podem<br />

ser coloca<strong>dos</strong> no mercado pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

aprova<strong>dos</strong>, marca<strong>dos</strong> e produzi<strong>dos</strong><br />

em unidades de recauchutagem homologadas.<br />

Deste modo, a partir de 1 de Janeiro<br />

de 2004, apenas podem ser monta<strong>dos</strong><br />

nos veículos pneus recauchuta<strong>dos</strong> que satisfaçam<br />

os requisitos <strong>dos</strong> Regulamentos<br />

nº 108 e nº 109.<br />

Para que tudo isto possa ser verificado e<br />

comprovado, os pneus recauchuta<strong>dos</strong> têm<br />

que ser submeti<strong>dos</strong> a ensaios, por amostragem,<br />

de resistência a carga e velocidade<br />

exactamente iguais aos exigi<strong>dos</strong> para os<br />

pneus novos. Os resulta<strong>dos</strong> desses ensaios<br />

têm que ser posteriormente envia<strong>dos</strong> ao<br />

IMTT. Além disso, existem limites e especificações<br />

para os danos e desgaste das carcaças<br />

que serão recauchutadas. Já lá vai o<br />

tempo em que qualquer utilizador ou revendedor<br />

podia pedir para recauchutar um<br />

pneu "à sua responsabilidade". Isso hoje é<br />

completamente impossível, porque estão<br />

claramente tipificadas as condições de<br />

construção e reparação do pneu recauchutado.<br />

As unidades de recauchutagem actuais<br />

estão certificadas pela norma ISO e a produção<br />

obedece a procedimentos especifica<strong>dos</strong><br />

e operações de verificação e inspecção<br />

ao longo do processo produtivo. O sistema<br />

de controlo de qualidade permite desse<br />

modo garantir que as técnicas de recauchutagem<br />

utilizadas cumprem inteiramente as<br />

disposições <strong>dos</strong> regulamentos.<br />

Formação contínua <strong>dos</strong> operadores e auditorias<br />

de qualidade regulares garantem a<br />

fiabilidade desses sistemas.<br />

Impacto <strong>dos</strong> Regulamentos<br />

Com a necessidade de requalificação e<br />

homologação das unidades de recauchutagem,<br />

conseguiram-se importantes conquistas<br />

para esta actividade, entre as quais<br />

se podem citar:<br />

- Reconhecimento internacional da importância<br />

do pneu recauchutado;<br />

- Regras comuns a to<strong>dos</strong> os operadores industriais<br />

dão maior credibilidade ao sector;<br />

30<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


- Desenvolvimento e aperfeiçoamento do<br />

processo de recauchutagem, que promove<br />

a qualidade e a fiabilidade do pneu recauchutado;<br />

- Segurança <strong>dos</strong> consumidores e utilizadores<br />

salvaguardada;<br />

- Promoção do clima de confiança do mercado<br />

relativamente ao produto.<br />

Suposições e realidades<br />

Diversos estu<strong>dos</strong> credíveis realiza<strong>dos</strong> a<br />

nível mundial comprovaram que os destroços<br />

de pneus recolhi<strong>dos</strong> em auto estradas<br />

são provenientes, tanto de pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

como de pneus novos, em percentagens<br />

idênticas, sendo a principal razão da<br />

falha <strong>dos</strong> pneus a incorrecta utilização.<br />

Um estudo recentemente realizado em<br />

Portugal pela Universidade do Minho, com o<br />

sugestivo nome de "Caça ao Crocodilo",<br />

teve como objectivo a caracterização das falhas<br />

de pneus em auto-estradas. Este estudo<br />

foi apoiado pela ANIRP e patrocinado<br />

pela VALORPNEU. Das 1.041 amostras recolhidas<br />

e analisadas, 45% são provenientes<br />

de pneus novos e 55% são pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

No apuramento final das razões<br />

que motivaram a falha das amostras de<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong>, verificaram-se os<br />

seguintes resulta<strong>dos</strong>:<br />

- Pressão incorrecta = 31%<br />

- Impactos = 39%<br />

- Outras causas = 20%<br />

- Furo = 10%<br />

Nas outras causas, as deficiências do<br />

processo de recauchutagem apenas representam<br />

2% do total de falhas.<br />

Inspecções Periódicas Obrigatórias<br />

Depois de muitos anos de indefinição,<br />

graças ao esforço e insistência da ANIRP, a<br />

autoridade que tutela as inspecções técnicas<br />

de veículos (IMTT) clarificou finalmente<br />

e de uma vez por todas que no mesmo eixo<br />

de uma viatura podem ser monta<strong>dos</strong> pneus<br />

da mesma medida, do mesmo produtor<br />

e/ou recauchutador e com o mesmo desenho<br />

da banda de rolamento. A marca de origem<br />

deixa de ser critério válido e não tem<br />

qualquer consequência legal. A circular<br />

ITVA 2/2008 de 2008.06.06 (IMTT) veio clarificar<br />

esta situação. Neste momento, a reprovação<br />

de veículos por estarem equipa<strong>dos</strong><br />

com pneus recauchuta<strong>dos</strong> apenas pode<br />

resultar pontualmente de algum erro de<br />

avaliação.<br />

Produção nacional<br />

de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

Para demonstrar a vitalidade da indústria<br />

de recauchutagem em Portugal, foram produzi<strong>dos</strong><br />

852.087 pneus recauchuta<strong>dos</strong> de<br />

to<strong>dos</strong> os tipos, em 2007, com especial ênfase<br />

nos pneus para pesa<strong>dos</strong> (293.995 unidades),<br />

que representam 34,5% do total (mais<br />

de 1/3). No mesmo ano, tiveram que ser importadas<br />

231.772 carcaças (27,2% da produção<br />

total). Os tipos de pneus que exigiram<br />

mais importações de carcaças foram os ligeiros<br />

e os 4 x 4, respectivamente com 38%<br />

e 57,9% da produção. Esta situação evitou<br />

que a balança das exportações (190.344<br />

unidades) fosse mais favorável, ficando-se<br />

apenas pelos 22,3% da produção nacional.<br />

Por outro lado, as exportações apenas cobriram<br />

82,1% das importações em unidades.<br />

Em valor, o balanço foi certamente<br />

bastante mais positivo. Mesmo assim, o<br />

mercado português absorveu 77,7% da produção<br />

nacional.<br />

Oportunidades de mercado<br />

A melhoria significativa do parque industrial<br />

português e a recente evolução tecnológica<br />

permitiram que o sector de recauchutagem<br />

esteja em condições de aproveitar as<br />

oportunidades que se desenham no horizonte,<br />

dentre as quais podemos salientar:<br />

- Crescente preocupação ambiental <strong>dos</strong> governos,<br />

empresas e opinião pública;<br />

- Maior controlo de custos por parte <strong>dos</strong><br />

utilizadores, principalmente os frotistas e<br />

empresas de maior dimensão;<br />

- Lançamento e desenvolvimento de importante<br />

agenda de obras públicas nacionais<br />

(Novo Aeroporto, 3ª travessia no Tejo,<br />

TGV, programa de auto estradas, etc.);<br />

- Exportação para merca<strong>dos</strong> emergentes;<br />

- Especialização em nichos de mercado;<br />

- Serviços complementares (contratos ao<br />

km, assistência pós-venda);<br />

- Regulamento REACH (limitações na composição<br />

das misturas);<br />

- PNAEE (Plano Nacional de Acção para a<br />

Eficiência Energética - "Pneu Certo");<br />

- Regulamento 117 (Nível de ruído de rolamento<br />

e aderência em piso molhado).<br />

Constrangimentos de mercado<br />

A principal limitação para qualquer produtor<br />

nacional é a dimensão reduzida do<br />

mercado nacional: população envelhecida e<br />

em estagnação, poucos quilómetros da<br />

rede viária e poder aquisitivo limitado. O<br />

sector da construção também está a atravessar<br />

dificuldades e em recessão. O elevado<br />

número de operadores (30) e o excesso<br />

de capacidade das empresas de recauchutagem<br />

torna estes problemas mais evidentes.<br />

Para isso, muito contribui a afectividade<br />

ao negócio <strong>dos</strong> empresários do ramo,<br />

que impede que se tomem decisões de racionalização<br />

do sector. A verticalização do<br />

negócio das marcas de pneus novos está a<br />

conduzi-las ao negócio <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

de camião. Por outro lado, os custos<br />

operacionais decorrentes das obrigações<br />

legais (Qualidade, Homologação, Ambiente)<br />

reduzem as margens, o que se torna<br />

preocupante no actual contexto do agravamento<br />

do nível de risco de mercado. Outros<br />

factores adversos ao sector da recauchutagem<br />

são os pneus orientais de baixo custo,<br />

o aumento do preço das carcaças e a importação<br />

de pneus "usa<strong>dos</strong>".<br />

Desafios para o futuro<br />

Pretendemos que o pneu recauchutado<br />

deixe de ser o "parente pobre" do negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus e passe a ser visto como uma alternativa<br />

de qualidade, com fiabilidade e<br />

com vantagens económicas e ambientais.<br />

Isso irá obrigar o sector a tornar-se mais<br />

dinâmico na distribuição, na optimização<br />

da cadeia logística e na promoção de serviços<br />

de valor acrescentado para o cliente.<br />

Outros desafios que o sector pretende ganhar<br />

é o da evolução tecnológica, do aumento<br />

da produtividade e da eficiência<br />

energética das suas fábricas. Também<br />

pretendemos assegurar maior duração da<br />

carcaça, através nomeadamente de serviços<br />

de manutenção e de aconselhamento<br />

ao utilizador. Para realizar muitas destas<br />

coisas, provavelmente teremos que consolidar<br />

as empresas nacionais de recauchutagem<br />

com ganhos de eficiência, através<br />

de planos e programas de fusões e aquisições.<br />

De qualquer modo, o maior desafio<br />

ainda será conseguir a confiança <strong>dos</strong> operadores<br />

da distribuição e venda de pneus,<br />

até ao ponto de tratarem o pneu recauchutado<br />

com justiça e de igual para igual com<br />

outros produtos, alguns <strong>dos</strong> quais com<br />

menor qualidade.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

31


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

7º PAINEL<br />

PNEUS EM FIM DE VIDA<br />

Por: Climénia Silva, Directora-Geral da Valorpneu<br />

“VALORPNEU EXCEDEU<br />

OS OBJECTIVOS”<br />

Segundo a legislação em vigor, um<br />

pneu usado que foi trocado por um<br />

novo passa a ser um resíduo e entra<br />

num ciclo de reciclagem, tendo em vista<br />

o aproveitamento do seu valor residual. Os<br />

números de que a Valorpneu dispõe são os<br />

comunica<strong>dos</strong> pelos produtores e importadores,<br />

no âmbito das suas obrigações de<br />

encaminhamento de resíduos, correspondentes<br />

à venda de pneus novos e em 2ª<br />

mão. Em termos quantitativos, o mercado<br />

de pneus em fim de vida esteve em crescimento<br />

permanente entre 2003 e o final de<br />

2008, no que respeita a pneus de carros ligeiros.<br />

O total destes atingiu no final do ano<br />

passado 3.823.808. Nos pneus de 4 x 4 a<br />

evolução tem sido idêntica, com um total de<br />

210.177, na mesma altura. Os pneus de camioneta<br />

(comerciais ligeiros) tiveram o seu<br />

ponto máximo em 2007, decaindo em 2008,<br />

pelo que há a registar um total de 553.942.<br />

Algo parecido aconteceu nos pneus em<br />

fim de vida de pesa<strong>dos</strong>, que também cresceram<br />

até 2007 e caíram em 2008, ficando o<br />

total em 281.557. A evolução deste tipo de<br />

pneus, atendendo à categoria de veículos,<br />

pode reflectir um abrandamento da actividade<br />

económica, por um lado, bem como<br />

um maior consumo de pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

Nas motos, a subida espectacular registada<br />

em 2008 deve-se essencialmente à<br />

adesão de importadores de motos nesse<br />

ano, ficando o total destes pneus em<br />

529.972. Os pneus agrícolas conheceram<br />

um pico em 2006, caíram em 2007 e voltaram<br />

a subir em 2008, possivelmente devido<br />

a ciclos da própria actividade em que as<br />

máquinas estão envolvidas. O total destes<br />

pneus foi de 91.506 unidades. Em maquinaria<br />

de manutenção o pico foi registado também<br />

em 2006, tendo-se verificado uma descida<br />

nos dois últimos anos, com um total de<br />

39.460 unidades. Nos pneus de máquinas<br />

de engenharia civil a evolução tem sido<br />

mais lógica e regular, havendo a registar<br />

um total de 9.855 unidades (Fig. 3). No final<br />

de 2008, apesar de uma redução de -3,7%<br />

relativamente a 2007, foram gera<strong>dos</strong> pneus<br />

usa<strong>dos</strong> num total de 90.304 toneladas.<br />

Actividade da Valorpneu 2003-2008<br />

Em 2008 a recolha de pneus efectuada<br />

pela Valorpneu atingiu 106.5%, tendo sido<br />

valorizadas 96.210 toneladas de pneus (+<br />

4,2 %). Isto deve-se ao tratamento de pneus<br />

que estavam em stock e a pneus marginais<br />

ao sistema, isto é, que não são declara<strong>dos</strong> à<br />

Valorpneu. Neste momento a empresa está<br />

a valorizar uma quantidade superior àquela<br />

que é declarada pelos produtores/importadores.<br />

Uma parte destes pneus vieram das<br />

Regiões Autónomas, onde o sistema de<br />

gestão de pneus em fim de vida só entrou<br />

em vigor no ano de 2006. Globalmente, a<br />

Valorpneu processou no referido período<br />

2003/08 43,85 milhões de pneus em fim de<br />

vida, num total de 529.000 toneladas.<br />

Os principais destinos <strong>dos</strong> pneus processa<strong>dos</strong><br />

pela Valorpneu são a reciclagem, valorização<br />

energética e recauchutagem. Outros<br />

destinos são a reutilização e o aterro,<br />

mas em quantidades proporcionalmente<br />

residuais. Algumas das utilizações mais comuns<br />

são os granula<strong>dos</strong> de enchimento<br />

para campos de relva sintética, para pavimentação<br />

de vias, como combustível alternativo<br />

nas cimenteiras e outras indústrias,<br />

bem como várias outras aplicações úteis.<br />

Neste momento, existem 40 pontos de recolha<br />

de pneus de Norte a Sul do país, mais<br />

1 ponto na Madeira e 8 nos Açores. Qualquer<br />

pessoa pode depositar nesses pontos<br />

pneus em fim de vida sem qualquer custo.<br />

No que respeita à rede de valorização de<br />

pneus, a Valorpneu dispõe na actualidade<br />

de 7 Valorizadores (3 Recicladores e 4 Valorizadores<br />

Energéticos) e um Fragmentador<br />

(Transucatas - Setúbal).<br />

Enquadramento legislativo<br />

A legislação que enquadra a actividade de<br />

gestão de pneus em fim de vida nasce com<br />

o Decreto-Lei nº 111/2001 (6 de <strong>Abril</strong>), o<br />

qual foi posteriormente alterado pelo DL nº<br />

43/2004 (2 de Março). Esta legislação introduziu<br />

o conceito do pneu usado como resíduo<br />

e tem como objectivos a prevenção da<br />

produção deste resíduo, através da recauchutagem,<br />

reciclagem e outras formas de<br />

valorização. Também se pronuncia sobre<br />

as boas práticas da utilização <strong>dos</strong> pneus,<br />

sem prejudicar a legislação vigente sobre<br />

segurança e circulação rodoviária. A lei<br />

também impede a combustão de pneus<br />

sem recuperação energética (queima a céu<br />

aberto) e o abandono de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />

32<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


São também estes decretos que estipulam<br />

as normas relativamente à recolha e<br />

distribuição <strong>dos</strong> pneus. O primeiro ponto<br />

definido na legislação é sobre a impossibilidade<br />

de recusa <strong>dos</strong> distribuidores / revendedores<br />

em aceitar pneus usa<strong>dos</strong>, contra<br />

a venda do mesmo número de pneus<br />

novos do mesmo tipo, devendo os usa<strong>dos</strong><br />

ser remeti<strong>dos</strong> para a indústria de recauchutagem,<br />

ou para os pontos de recolha<br />

autoriza<strong>dos</strong>. Desde que os pneus sejam<br />

entregues nos locais previstos, estão isentos<br />

de qualquer encargo para o respectivo<br />

detentor. O armazenamento destes pneus<br />

usa<strong>dos</strong> só pode ser feito em locais licencia<strong>dos</strong><br />

e que respeitem a legislação vigente.<br />

O DL nº 111/2001 (6 de <strong>Abril</strong>) está a ser<br />

revisto em <strong>2009</strong>, tendo em vista a clarificação<br />

de algumas situações ambíguas. Neste<br />

sentido, serão introduzidas algumas definições<br />

decorrentes da Directiva Quadro de<br />

Resíduos e a fixação de novos objectivos.<br />

Em relação a estes objectivos para <strong>2009</strong>, a<br />

Valorpneu está em condições de os preencher<br />

(96% de recolha de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />

27% de recauchutagem e 69% de reciclagem),<br />

uma vez que já os excedeu em 2008.<br />

Esta alteração da legislação mantém no<br />

entanto o princípio da responsabilidade do<br />

produtor (ecovalor), pois é este que introduz<br />

o pneus no mercado (e no ambiente…,<br />

por consequência). À face da lei, no entanto,<br />

o produtor não é apenas o fabricante do<br />

pneu, nem somente o importador e/ou distribuidor<br />

de pneus novos ou em 2ª mão no<br />

mercado nacional, mas incluem-se nesta<br />

categoria legal to<strong>dos</strong> os que fabriquem,<br />

importem e comercializem veículos, aeronaves<br />

e outros equipamentos equipa<strong>dos</strong><br />

com pneus.<br />

Adesão ao Sistema de Gestão<br />

de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU)<br />

Os principais produtores de pneus usa<strong>dos</strong><br />

(fabricantes de pneus novos) criaram a<br />

Valorpneu, para evitarem a responsabilidade<br />

da gestão directa <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>,<br />

ficando liga<strong>dos</strong> a esta por um contrato.<br />

Sendo assim, qualquer outro produtor de<br />

pneus usa<strong>dos</strong> previsto na lei deverá aderir<br />

ao SGPU através de um contrato celebrado<br />

com a Valorpneu. O procedimento de adesão<br />

está simplificado e encontra-se disponível<br />

no web site da Valorpneu. Esta adesão<br />

está prevista na lei e é obrigatória, sendo<br />

exercido controlo e fiscalização por parte<br />

da ASAE, IGAOT, DGAIEC e SEPNA.<br />

Como parte da responsabilidade do produtor<br />

na geração de pneus usa<strong>dos</strong>, este é<br />

obrigado a financiar o processamento <strong>dos</strong><br />

pneus em fim de vida, para evitar ter que o<br />

efectuar directamente. Admitida a vantagem<br />

económica desta opção, o produtor<br />

poderá repercutir o ecovalor ao comprador<br />

<strong>dos</strong> pneus, como parte do serviço de pósvenda<br />

destes, libertando o utilizador de<br />

quaisquer encargos futuros com a gestão<br />

<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>. A tabela do ecovalor<br />

(Fig. 4), mantém-se constante desde 2003<br />

e passou somente agora a incluir os pneus<br />

de bicicleta. O ecovalor financia a recolha,<br />

armazenamento, transporte e processamento<br />

<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, não podendo ser<br />

considerado uma taxa ou qualquer ónus<br />

desse tipo.<br />

Neste momento, existem cerca de 900<br />

produtores contrata<strong>dos</strong> com a Valorpneu e<br />

esta tem mais cerca de 300 produtores potenciais<br />

identifica<strong>dos</strong>. Estes últimos terão<br />

todo o interesse em aderir rapidamente ao<br />

SGPU e efectuar o contrato com a Valorpneu,<br />

a fim de evitarem cair nas malhas da<br />

lei e terem que pagar coimas e incorrer<br />

noutras eventuais penalizações. Além disso,<br />

a Valorpneu está a restringir o acesso<br />

desses produtores não legaliza<strong>dos</strong> aos<br />

centros de recolha, no cumprimento das<br />

suas obrigações legais e na defesa <strong>dos</strong><br />

seus contratantes, o que os deixa numa situação<br />

mais complicada.<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

33


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

PATROCINADORES PRINCIPAIS<br />

PORTYRE<br />

Pertencente ao grupo holandês Euro Tyre<br />

BV, a Portyre é a marca portuguesa da Euro<br />

Tyre BV Sucursal Portugal, uma empresa portuguesa de distribuição<br />

de pneus que actua no sector <strong>dos</strong> pneus desde 1984 estando<br />

presente em Portugal desde 2<strong>005</strong>.<br />

Aposta fortemente numa elevada disponibilidade de medidas<br />

e marcas (mais de 1.500 medidas e 65 marcas), através do seu<br />

site na internet (www.euro-tyre.pt ou www.portyre.com), bem<br />

como do seu moderno call center com seis pessoas, com possibilidade<br />

de efectuar pedi<strong>dos</strong> até ás 19H00 com entrega no dia<br />

seguinte de manhã.<br />

Possui uma média de 20.000 unidades em stock, com reposição,<br />

duas vezes por semana, do armazém central da Holanda,<br />

onde possuem 400.000 pneus em stock de mais de 100 marcas.<br />

Distribuidores exclusivos da marca Infinity para Portugal e<br />

Espanha, possuem um stock completo da marca com preços<br />

extremamente competitivos para o seu segmento.<br />

Iniciou em <strong>2009</strong> a expansão para o mercado espanhol representando<br />

já este mercado 5% das suas vendas.<br />

DISPNAL<br />

A Dispnal <strong>Pneus</strong> foi fundada em 1999,<br />

na altura representando as marcas de<br />

pneus Nankang e Silverstone. Em resultado da política de<br />

implementação no mercado nacional, a Dispnal mudou de<br />

instalações por necessidade de crescimento ao nível da<br />

quantidade e da qualidade <strong>dos</strong> produtos que representa. A<br />

Dispnal assume então novos desafios, e em reconhecimento<br />

do seu carácter dinâmico e da ideia de confiança que difunde,<br />

são hoje mais de dez as marcas de pneus que representa.<br />

Sendo repartidas por Turismo, Agricultura, Engenharia<br />

Civil, Implement, Industriais e também de<br />

câmaras-de-ar e jantes para veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

É em 2004 que o capital social da Dispnal ganha a sua actual<br />

estrutura, passando a ser detida em exclusivo pela família<br />

Chorado. No ano de 2<strong>005</strong>, a Dispnal implementa um<br />

modelo de gestão baseado na norma ISO 9001:2000, e é certificada<br />

pela BVQI. Para fazer face ao forte aumento do volume<br />

de negócios, em 2006 é ampliado o seu armazém para a<br />

área que detém actualmente. A Dispnal <strong>Pneus</strong> representa<br />

diversas marcas de pneus, com destaque para a Avon.<br />

ALVES BANDEIRA<br />

O grupo Alves Bandeira está presente em<br />

diversas áreas de negócio que vão <strong>dos</strong> combustíveis,<br />

aos postos de abastecimento, passando pelos lubrificantes<br />

e pelas vendas de automóveis e acabando na comercialização<br />

e distribuição de pneus.<br />

Em stock a empresa tem mais de 40.000 pneus (de 15 marcas<br />

diferentes), que permite à empresa distribuir quase<br />

160.000 pneus por ano. A principal novidade, é a representação<br />

exclusiva para Portugal da marca Meteor.<br />

A Meteor é uma marca de fabrico Tailandês, que cumpre com<br />

todas as homologações europeias em matéria de pneus, apresentando-se<br />

no mercado com o argumento de ter uma excelente<br />

opção na relação qualidade/preço. Dispondo de uma vasta<br />

gama de medidas, que vão desde a jante 13 à jante 19, com a<br />

marca Meteor é possível garantir um conjunto de medidas que<br />

satisfazem em pleno o que mercado exige.<br />

A nível de pisos, destaque para o Meteor Cruiser que se destina<br />

a automóveis ligeiros de turismo, o Meteor Sport HP para<br />

automóveis desportivos e nos Comercias o piso Meteor Van.<br />

34<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


CONFERÊNCIA<br />

1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

CONTINENTAL<br />

O Grupo Continental é um <strong>dos</strong> principais fornecedores<br />

mundiais da indústria automóvel. Como fornecedor de sistemas<br />

de travagem, sistemas e componentes do bloco propulsor<br />

e do chassis, instrumentação, electrónica de veículos,<br />

e pneus, o Grupo contribui para o aumento da segurança<br />

na condução. Actualmente, o Grupo tem uma força de<br />

trabalho de aproximadamente 140.000 pessoas.<br />

Um em quatro pneus na Europa são fabrica<strong>dos</strong> pela Continental,<br />

que é líder de mercado. Quando são produzi<strong>dos</strong>,<br />

mais de 30% de to<strong>dos</strong> os veículos ligeiros novos na Europa<br />

vêm das fábricas equipa<strong>dos</strong> com pneus Continental.<br />

APOIOS<br />

BRIDGESTONE PORTUGAL<br />

A Bridgestone Corporation, com sede em Tóquio, é o<br />

maior fabricante de pneus e outros produtos de borracha.<br />

Os pneus representam 78 por cento das vendas do grupo<br />

Bridgestone no Mundo. Os seus pneus e outros produtos<br />

são vendi<strong>dos</strong> em mais de 150 merca<strong>dos</strong>. A Bridgestone Europe<br />

S.A. - com sede em Bruxelas, Bélgica, possui 16 companhias<br />

subsidiárias, entre as quais a Bridgestone Portugal,<br />

Lda., sendo uma divisão da Bridgestone Corporation.<br />

GOODYEAR - DUNLOP<br />

A Goodyear Dunlop é uma das maiores empresas no fabrico<br />

de pneus do mundo. Além da Goodyear e Dunlop, comercializa<br />

as marcas Fulda, Falken, Sava e Debica. A inovação<br />

sempre foi o foco da empresa, que ao apostar no desenvolvimento<br />

de novos produtos e tecnologias, cumpre<br />

com as exigências <strong>dos</strong> vários tipos de condutores. Um caso<br />

de inovação é o RunOnFlat, que permite ao condutor continuar<br />

a sua viagem com um pneu furado. Com sede em Akron,<br />

Ohio, a empresa fabrica pneus, produtos químicos e de<br />

borracha em mais de 60 fábricas de 25 países e conta com<br />

mais de 70.000 colaboradores.<br />

PIRELLI<br />

A Pirelli é o quinto maior fabricante de pneus do Mundo,<br />

sendo contudo uma das marcas de pneus mais reconhecida.<br />

Possui uma forte presença no equipamento de origem<br />

nos automóveis, como é também muito forte na revenda.<br />

A Pirelli está presente em todo o Mundo, sendo a marca<br />

de pneus oficial do Campeonato do Mundo de ralis, onde já<br />

tem mais de cem vitórias.<br />

VIALIDER - MICHELIN<br />

Em 2001, a Michelin e um conjunto de centros especialistas<br />

uniram todo o seu profissionalismo e experiência para<br />

trabalharem juntos num projecto comum de melhoria do<br />

atendimento ao cliente.<br />

Nasceu assim a Vialider, uma rede de centros especialistas<br />

no pneu que estão uni<strong>dos</strong> pelo seu compromisso de profissionalismo.<br />

Tem um manual de procedimentos e uma<br />

auditoria externa anual que certifica a qualidade do serviço<br />

prestado. A dedicação tem sido alargada a outros serviços<br />

de manutenção rápida do automóvel. Hoje a Vialíder tem<br />

mais 90 centros em Portugal e mais de 300 a nível ibérico.<br />

COMETIL<br />

A Cometil está presente no mercado de equipamentos<br />

oficinais para o ramo automóvel, casas de pneus, desde<br />

1985. A sua grande aposta sempre residiu na formação e na<br />

assistência técnica, tornando-se por isso numa referência<br />

no sector. Brevemente vai inaugurar novas instalações em<br />

Loures, que oferecem um vasto espaço de exposição, onde<br />

os clientes poderão ver as marcas que representa, nomeadamente<br />

a Hunter, Cemb, Omer, Butler, Haweka, Ahcon e<br />

Speed.<br />

36<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


ACTUALIDADE<br />

Fábrica de pneus Michelin/BF Goodrich<br />

A VIDA DO PNEU<br />

ATÉ CHEGAR À JANTE…<br />

A convite da BF Goodrich a REVISTA DOS PNEUS foi a Clermont<br />

Ferrant, visitar a fábrica de Cataroux, onde são fabrica<strong>dos</strong><br />

pneus de estrada e pneus de competição.<br />

38<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Produção<br />

São produzi<strong>dos</strong> anualmente milhões de<br />

pneus para automóvel, tendo a respectiva<br />

indústria atingido um grau de desenvolvimento<br />

e de tecnologia assinaláveis.<br />

É graças a uma elevada produtividade<br />

que os pneus chegam ao consumidor a<br />

preços convenientes, atendendo às matérias-primas,<br />

tecnologias e energia dispendidas<br />

na sua produção. Nos parágrafos<br />

seguintes iremos dar uma ideia de<br />

como são fabrica<strong>dos</strong> os pneus actualmente<br />

e as garantias de qualidade que<br />

eles oferecem ao consumidor. Essa qualidade<br />

é garantida pelos controlos permanentes,<br />

em todas as fases da produção<br />

do pneu, através de um departamento<br />

de Garantia de Qualidade, que analisa<br />

to<strong>dos</strong> os produtos e processos, além de<br />

fornecer informação para os técnicos e<br />

até para os consumidores. Esse controlo<br />

evita produtos defeituosos e assegura<br />

que não existam diferenças nas medidas<br />

<strong>dos</strong> pneus. Eis as principais fases da sequência<br />

de produção do pneu:<br />

Cataroux parace uma vila e não<br />

uma fábrica. Dentro de todo o<br />

complexo industrial existe um<br />

enorme movimento de pessoas e materiais.<br />

São cerca de 2.800 pessoas que trabalham<br />

nesta importante fábrica da Michelin,<br />

num terreno que ocupa mais de<br />

50 hectares.<br />

Fabricação e industrialização, investigação<br />

e desenvolvimento, estu<strong>dos</strong>, escola<br />

de formação, competição e museu, são<br />

alguns <strong>dos</strong> departamentos que estão<br />

dentro de Cataroux.<br />

Foi precisamente na escola de formação<br />

que nos foi dada a possibilidade de<br />

também nós montarmos um pneu, exactamente<br />

como se estivessemos dentro da<br />

unidade fabril, já que o processo é exactamente<br />

igual (ver destaque).<br />

Aliás, o pneu que ajudámos a montar,<br />

não serve apenas para demonstração e<br />

formação de como se faz um pneu, pois<br />

na realidade o mesmo será vendido através<br />

<strong>dos</strong> circuitos comerciais tradicionais.<br />

Refira-se, por curiosidade, que na escola<br />

de formação são apenas feitos pneus<br />

para o Citroen 2CV.<br />

• Fabrico da Mistura - O processo de<br />

mistura combina as matérias-primas em<br />

conjunto num misturador interno, sendo<br />

o composto posteriormente preparado<br />

em misturadores externos. A mistura resulta<br />

da combinação de 8 a 15 ingredientes,<br />

cujo tipo e quantidades são especifica<strong>dos</strong><br />

em função <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> e desempenho<br />

do pneu pretendi<strong>dos</strong>.<br />

• Processamento da mistura - O composto<br />

é transformado em placas ou em<br />

faixas de comprimento padronizado,<br />

através de um processo de extrusão ou<br />

por compressão em rolos.<br />

• Preparação do aço - O aço é recebido<br />

na forma de arames em bruto, sendo<br />

processado em cabos ou fios metálicos.<br />

• Preparação <strong>dos</strong> cordões têxteis - O<br />

têxteis são recebi<strong>dos</strong> na forma de fibras,<br />

que são posteriormente preparadas, processadas<br />

e entrançadas em cordões;<br />

• Preparação das telas - As telas metálicas<br />

são obtidas comprimindo os fios<br />

metálicos entre duas folhas de mistura<br />

arrefecida, numa máquina tipo calandra.<br />

Por seu turno, as telas têxteis são obtidas<br />

adicionando uma cola aos cordões, que<br />

são comprimi<strong>dos</strong> entre duas folhas de<br />

mistura aquecida, numa máquina tipo<br />

calandra. As telas são depois cortadas<br />

em fitas e ligadas umas às outras, como<br />

um tecido;<br />

• Montagem do pneu - Esta operação<br />

consiste em juntar os produtos semiacaba<strong>dos</strong><br />

segundo uma ordem determinada<br />

e em posições relativas específicas.<br />

A montagem opera-se num cilindro rotativo,<br />

ficando o pneu pronto para ser curado;<br />

• Processo de Cura - Este processo<br />

ocorre dentro de uma prensa específica,<br />

dentro da qual existe o molde que dará a<br />

forma definitiva ao pneu. A operação implica<br />

a aplicação controlada de calor, que<br />

promove a coesão <strong>dos</strong> diversos materiais<br />

e dá as características finais ao pneu.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

39


ACTUALIDADE<br />

Montagem de um pneu automóvel<br />

AREVISTA DOS PNEUS teve oportunidade<br />

de participar no processo<br />

de montagem de um pneu.<br />

A nível industrial, podem ser utiliza<strong>dos</strong> vários<br />

equipamentos na montagem de<br />

pneus. Nas montagens experimentais ou<br />

de pequenas/médias séries de produção<br />

são utilizadas máquinas individuais, como<br />

a que tivémos oportunidade de observar<br />

detalhamente no processo de montagem<br />

do pneu, no qual também participámos.<br />

Para a produção em grande série, são<br />

utilizadas máquinas semi-automáticas.<br />

Estas também podem ser usadas com<br />

vantagens em pequenas séries que exijam<br />

frequentes mudanças de tamanho do<br />

pneu.<br />

A primeira fase da montagem é chamada<br />

confecção, na qual os compostos e outros<br />

componentes do pneu vão sendo enrola<strong>dos</strong><br />

num tambor, segundo uma sequência<br />

e posicionamento muito precisos.<br />

Na realidade, cada componente é guiado<br />

por um conjunto de acessórios de montagem.<br />

Os diversos componentes ficam uni<strong>dos</strong><br />

pela sua aderência natural, que é aumentada<br />

pela adição de solventes/soluções,<br />

aplicadas por rolos manuais ou<br />

mecânicos. O produto obtido chama-se cilindro.<br />

Para a fase de acabamento, o tambor (já<br />

noutra máquina) onde o pneu é montado,<br />

possui um dispositivo de enchimento na<br />

sua secção central (ar comprimido), que<br />

dá a forma normal de pneu ao cilindro resultante<br />

da confecção. A banda de rolamento<br />

é então aplicada sobre as telas exteriores,<br />

completando a parte superior do<br />

pneu (cobertura). Antes de ser enviado<br />

para a cura, o interior do pneu é protegido<br />

com uma fina camada de spray anti-aderente.<br />

Isto impede, entre outras coisas,<br />

que o revestimento interior do pneu adira<br />

à membrana do fole de cura.<br />

SEQUÊNCIA<br />

DA CONFECÇÃO:<br />

1<br />

2<br />

Revestimento interior<br />

Telas diagonais<br />

40<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


3<br />

Talões<br />

6<br />

Colocação de um código de barras<br />

11<br />

Segunda coroa<br />

3a<br />

Cabos de aço<br />

As telas diagonais<br />

e os talões são<br />

enrola<strong>dos</strong> em<br />

torno <strong>dos</strong><br />

cabos de aço<br />

7<br />

Cilindro<br />

12<br />

Banda de reforço<br />

3b<br />

8<br />

Flancos exteriores<br />

SEQUÊNCIA<br />

DE ACABAMENTO:<br />

13<br />

13a<br />

Banda de rolamento<br />

13b<br />

4<br />

Borrachas <strong>dos</strong> cantos<br />

9<br />

Deformação do cilindro. O cilindro é<br />

insuflado para tomar a forma de um<br />

pneu<br />

9a<br />

9b<br />

4a<br />

Protectores<br />

14<br />

Repor os flancos no lugar<br />

5<br />

Flancos<br />

10 Primeira coroa<br />

15 Pneu segue para a cura<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

41


ACTUALIDADE<br />

BF Goodrich na competição<br />

OIntercontinental Rally Challenge (IRC) é um recente<br />

campoenato de ralis, onde a BF Goodrich está fortemente<br />

empenhada, disputando-se em Portugal dois ralis<br />

integra<strong>dos</strong> nesta competição (Sata Rali <strong>dos</strong> Açores e Rali Vinho<br />

Madeira).<br />

A BF Goodrich fornece aos seus clientes do IRC pneus de asfalto<br />

com dois tipos de composto, sendo um duro, para tempo seco,<br />

e outro mais macio, para pisos molha<strong>dos</strong>. Para classificativas em<br />

piso de terra, a marca dispõe de três compostos, sendo um macio,<br />

outro intermédio e outro duro. Apesar de haver cinco misturas<br />

diferentes à disposição <strong>dos</strong> concorrentes os técnicos da BF<br />

Goodrich salientam a versatilidade <strong>dos</strong> seus pneus. Os pneus macios<br />

para asfalto mantêm-se competitivos em estradas que começam<br />

a secar, enquanto que os de mistura mais rija comportam-se<br />

muito razoavelmente em estradas ligeiramente escorregadias.<br />

Esta característica permite aos concorrentes manter um<br />

ritmo elevado, mesmo em condições climatéricas instáveis, ou<br />

em classificativas muito longas, onde é possível encontrar secções<br />

secas e outras húmidas.<br />

Regras<br />

Relativamente aos pneus, o regulamento do IRC não possui regras<br />

especiais. Cada prova pode ter regulamentos específicos de<br />

pneus, não havendo quotas máximas de pneus por prova, para<br />

cada concorrente. A única limitação, nesse aspecto, é a obrigatoriedade<br />

de trocar os pneus apenas nos parques de assistência,<br />

implicando que o número de pneus usa<strong>dos</strong> por cada concorrente<br />

em cada prova, depende do número de visitas que este efectuar<br />

ao parque de assistência.<br />

Embora não seja permitido “mousse” para rodar com os pneus<br />

fura<strong>dos</strong>, é possível cada carro transportar dois pneus de reserva.<br />

Outra imposição é a necessidade de encher os pneus apenas com<br />

ar. Mesmo assim, é permitido esculpir manualmente os pneus<br />

para melhorar as condições de tracção <strong>dos</strong> mesmos.<br />

Diferenças<br />

A Michelin e mais recentemente a BF Goodrich, estiveram muitos<br />

anos liga<strong>dos</strong> ao Mundial de Ralis. Existe pois um vasto conhecimento<br />

no desenvolvimento de pneus para competição. Os carros<br />

que competem no IRC por serem menos exigentes do ponto<br />

de vista tecnológico que os carros do Mundial de Ralis, nem por<br />

isso as exigências ao nível <strong>dos</strong> pneus são muto diferentes.<br />

Um carro do IRC pesa cerca de 1160 kg, ao passo que os carros<br />

do WRC pesam um mínimo de 1230 kg, por imposição do regulamento<br />

técnico. Em termos de forças “g” lateral, um carro de IRC<br />

gera entre 1.5 e 1.7 G, em asfalto, assim como 1.2 G, em piso de<br />

terra, o que é muito parecido com o que acontece nos carros de<br />

WRC. Onde se nota de facto a diferença entre os dois carros é em<br />

termos de binário, pois os motores de IRC com 2.0 litros de cilindrada<br />

são normalmente aspira<strong>dos</strong>, enquanto que os motores do<br />

WRC são turbo. Desta forma, a performance <strong>dos</strong> carros é mais limitada<br />

pela potência do motor, do que pelos pneus. Ou seja, no<br />

caso <strong>dos</strong> motores do IRC, a aderência <strong>dos</strong> pneus supera a potência<br />

do motor, o quem nem sempre sucede com os motores do WRC.<br />

42<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


SALÃO<br />

AGROTEC/SIMEQ<br />

NOVIDADES DE GRANDE PORTE<br />

A AGROTEC - Salão Internacional de Agricultura, Floresta,<br />

Pecuária e Espaços Verdes e a SIMEQ - Salão Internacional de<br />

Máquinas e Equipamentos para a Construção e Agro-floresta,<br />

duas feiras sectorias no domínio das máquinas agrícolas e da<br />

agricultura, tiveram a presença duas importantes empresas<br />

do sector <strong>dos</strong> pneus, que apresentaram as suas novidades.<br />

BKT - S. José - Logística de <strong>Pneus</strong><br />

A S. José – Logística de <strong>Pneus</strong>, representante<br />

em Portugal <strong>dos</strong> pneus BKT aproveitou<br />

estas feiras, para efectuar a apresentação<br />

mundial de novos produtos BKT, como o<br />

novo pneu Radial de Engenharia (Earth Max)<br />

e os novos pneus Florestais, reforçado com<br />

telas em Aramid, com novas medidas, que<br />

estarão a curto prazo no mercado português.<br />

Destaque ainda para as novas medidas<br />

de pneus Radiais ROW CROP (Série 95),<br />

gama que irá cobrir as principais necessidades<br />

do mercado.<br />

Também estavam nesta feira os pneus maciços de empilhador “No Marking”, habitualmente<br />

chama<strong>dos</strong> de pneus maciços brancos, pneus que são agora exigi<strong>dos</strong> na Indústria Alimentar.<br />

Segundo Luís Aniceto, gerente da S. José – Logística de <strong>Pneus</strong>, “foi interessante constatar<br />

nestas feiras, a grande quantidade de tractores e afins, das principais marcas, que estavam<br />

equipa<strong>dos</strong> com produtos da marca BKT o que prova a grande valia do nosso produto”.<br />

Os visitantes tomaram ainda conhecimento neste stand da diversidade de medidas de<br />

pneus, tanto na gama tractor como em Agro-industriais e ainda em Moto 4, Quad, Golf e Jardim.<br />

“Nesta mostra atingimos os objectivos de mostrar que BKT é a melhor marca em pneus<br />

Agro-industriais na relação preço/qualidade, sendo a S. José Logística de <strong>Pneus</strong> uma empresa<br />

incontornável quando se fala nesta gama de produtos” refere o mesmo responsável.<br />

Num salão de equipamentos<br />

os pneus também tiveram o<br />

seu espaço<br />

Continental - CGS Tyres<br />

Seguindo a estratégia de maior aproximação ao mercado português, a<br />

CGS Tyres, especialista europeu em pneus agrícolas esteve presente nestes<br />

salões com a sua marca mais conhecida, a Continental.<br />

O destaque principal neste stand foi para o novo pneu AC75, que segundo<br />

a CGS Tyres, veio desenvolver uma nova classe no segmento série 70 ao<br />

nível <strong>dos</strong> pneus agrícolas.<br />

Este pneu para “todo o uso” apresenta um grande volume devido à sua<br />

largura e altura (75% da largura), obtendo-dessa forma uma enorme capacidade<br />

de carga, um comportamento cuida<strong>dos</strong>o com o solo e uma boa<br />

prestação em estrada até velocidades na ordem <strong>dos</strong> 50 Km/h.<br />

A grande superfície de contacto com o solo, significa que o pneu revelase<br />

uma opção muito económica devido à baixa pressão de enchimento e ao<br />

escasso atrito de rolamento. As arestas arredondadas <strong>dos</strong> tacos e <strong>dos</strong> ombros<br />

<strong>dos</strong> mesmos, permitem que este pneu tenho um cuidado especial ao<br />

pisar o solo.<br />

Este pneu já se encontra em comercialização no mercado nacional.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

43


MERCADO<br />

<strong>Pneus</strong> de Altas Prestações<br />

JOGO<br />

DE VEDETAS<br />

Para estar no mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

de Altas Prestações é preciso<br />

dominar muito bem o conceito e<br />

estar muito bem informado sobre<br />

o produto, a sua manipulação e a<br />

sua utilização, pois os clientes<br />

deste segmento são geralmente<br />

exigentes e conhecedores.<br />

44<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Durante décadas, o serviço de pneus não<br />

sofreu muitas alterações, porque o<br />

conceito do produto também não sofreu<br />

modificações substanciais ao longo do tempo.<br />

De facto, a mudança <strong>dos</strong> pneus convencionais<br />

para os pneus radiais, tornou até as operações de<br />

montagem / desmontagem mais simples e rápidas,<br />

devido à maior flexibilidade da estrutura<br />

destes últimos. A equilibragem também não sofreu<br />

nenhuma alteração fundamental, tornan<strong>dos</strong>e<br />

até eventualmente mais simples, devido à evolução<br />

das tecnologia e <strong>dos</strong> padrões de qualidade<br />

verifica<strong>dos</strong> na produção de pneus.<br />

Com o aproximar da viragem do milénio, no entanto,<br />

a sociedade de consumo estimulou o aparecimento<br />

de novos conceitos em to<strong>dos</strong> os quadrantes,<br />

passando a inovação a ser o factor de activação<br />

do mercado e de desenvolvimento de<br />

novas ideias e novos gostos. Os veículos diversificaram-se<br />

em vários senti<strong>dos</strong>, formando-se nichos<br />

de mercado em número crescente, o que<br />

obrigou os segmentos a sofrer várias extensões,<br />

para cima e para baixo. Naturalmente, os pneus<br />

não podiam ficar alheios a toda a efervescência<br />

das novas tendências do automóvel, tornando-se<br />

em certos casos até em factores de mudança estética<br />

e tecnológica.<br />

Quando os carros conquistaram os novos territórios<br />

fora da estrada e o apelo <strong>dos</strong> espaços livres<br />

conquistou novos adeptos, o pneu teve que<br />

adaptar-se rapidamente, porque as fronteiras<br />

entre o mundo urbano e o mundo rural ou selvagem<br />

também deixaram de ser tão nítidas.<br />

Depois, foi a grande moda <strong>dos</strong> topos de gama,<br />

carros excepcionais, para clientes excepcionais,<br />

nos vários senti<strong>dos</strong> que o termo excepção<br />

pode ter. Mais uma vez o pneu assume<br />

um papel chave, porque as performances<br />

acima da média e a segurança inerente a<br />

novos "territórios" de condução, assim o<br />

exigiram. Sem nos apercebermos, entrámos<br />

tranquilamente no novo universo<br />

<strong>dos</strong> pneus de Altas Prestações.<br />

Novos procedimentos, novas técnicas<br />

A chegada <strong>dos</strong> novos tipos de pneus de Altas<br />

Prestações ao mercado foi gradual e pouco perturbadora,<br />

porque se trata de um nicho ou nichos<br />

de mercado, que tem pouco a ver com o grande<br />

consumo de massas. Por outro lado, a exigência<br />

de procedimentos e equipamentos mais especializa<strong>dos</strong>,<br />

não atraiu de imediato as atenções, nem<br />

o interesse da grande maioria <strong>dos</strong> operadores do<br />

mercado. Apenas os mais atentos e actualiza<strong>dos</strong><br />

deram conta do fenómeno e tomaram as iniciativas<br />

que se impunham, a nível de formação e em<br />

termos de equipamentos. Alguns, possivelmente,<br />

depois de alguns amargos de boca, porque<br />

pensavam que os pneus de Altas Prestações<br />

eram mais uma "pêra doce" e não é bem assim.<br />

Efectivamente, há alguns factores que tornam o<br />

serviço do pneu de Altas Prestações mais exigente,<br />

como estes:<br />

- <strong>Pneus</strong> e jantes geralmente de grandes dimensões<br />

ou mesmo muito grandes;<br />

- Flancos mais rígi<strong>dos</strong>, especialmente nos pneus<br />

Run Flat;<br />

- Predominância de perfis baixos (séries 25 a 45,<br />

pelo menos);<br />

- Telas e talões menos flexíveis;<br />

- Linha de assento do pneu muito variável (mais<br />

interior ou mais exterior do que o normal), especialmente<br />

nos pneus SUV e TT.<br />

Tudo isto requer adaptações do equipamento e<br />

do pessoal das oficinas de pneus, porque a mais<br />

avançada tecnologia <strong>dos</strong> equipamentos não resulta,<br />

sem a correspondente formação <strong>dos</strong> elementos<br />

humanos que operam com as máquinas.<br />

Muitos <strong>dos</strong> novos equipamentos de alinhamento,<br />

equilibragem e desmontar/montar possuem<br />

programas de software avança<strong>dos</strong> e interfaces<br />

que precisam ser correctamente entendi<strong>dos</strong>.<br />

O que é a especialização?<br />

A especialização implica necessariamente dimensão<br />

suficiente do mercado e dimensão do<br />

negócio. Ninguém se vai especializar em pneus<br />

de Altas Prestações, para vender meia dúzia de<br />

jogos por ano. Uma especialização deve implicar,<br />

em termos de facturação, pelo menos 25/35%. Só<br />

assim se justifica o investimento em stocks, equipamentos<br />

e formação profissional específicos,<br />

pois de outro modo não haveria retorno ou este<br />

seria insuficiente. O mesmo se passa em relação<br />

a pneus para pesa<strong>dos</strong> ou máquinas agrícolas, por<br />

exemplo. Se a oficina não tem instalações amplas,<br />

equipamentos à altura, nem stocks, o melhor<br />

é nem começar. O cliente que pertence a um<br />

segmento específico precisa de serviço de acompanhamento<br />

adequado. O trabalho tem que ser<br />

efectuado rapidamente, com qualidade e as melhores<br />

opções têm que ser apresentadas, escolhidas<br />

e aprovadas. Isso implica amplos conhecimentos<br />

do produto e grande experiência na sua<br />

manipulação, que são simultaneamente causa e<br />

consequência da especialização. Há muitos casos<br />

em que casas de pneus se especializam em<br />

produtos UHP, porque os seus donos ou profissionais<br />

são entusiastas do tuning, ou desportos<br />

motoriza<strong>dos</strong>, por exemplo. O à vontade que sentem<br />

em relação ao assunto facilita o contacto<br />

com os clientes e o desenvolvimento normal do<br />

negócio. Noutros casos, as oficinas de pneus têm<br />

bons contactos com concessionários de carros<br />

de topo de gama, que trazem de origem pneus de<br />

Altas Prestações.<br />

Vantagens e inconvenientes<br />

Ao contrário do que se possa julgar, os pneus<br />

de Altas Prestações não apresentam apenas vantagens.<br />

Pelo contrário: o grande de-<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

45


MERCADO<br />

<strong>Pneus</strong> de Altas Prestações<br />

sempenho em certas áreas, pode implicar<br />

alguns inconvenientes noutras. É o caso <strong>dos</strong><br />

pneus Run Flat, cujas paredes rígidas e o perfil<br />

baixo podem transmitir vibrações e impactos à<br />

carroçaria. Isso é ainda mais evidente, se a suspensão<br />

também for firme. O profissional de<br />

pneus tem que ser um especialista, a fim de<br />

aconselhar, preparar e equilibrar os pneus<br />

para uma utilização normal. De um modo geral,<br />

os pneus de Altas Prestações têm grandes<br />

dimensões, perfil baixo e paredes mais<br />

ou menos rígidas. Os condutores ou são entusiastas<br />

da condução, que conduzem e<br />

viajam por prazer, ou precisam ser alerta<strong>dos</strong><br />

para o facto de pneus mais largos<br />

transmitirem mais vibrações à carroçaria,<br />

tornarem a direcção mais pesada e<br />

aumentarem o consumo de combustível.<br />

Isso pode requerer a montagem de molas<br />

e amortecedores reguláveis, por exemplo,<br />

para garantir um nível de conforto mais próximo<br />

<strong>dos</strong> padrões convencionais. Dentre as vantagens<br />

<strong>dos</strong> pneus de Altas Prestações, estão é claro a<br />

maior aderência em to<strong>dos</strong> os pisos, acelerações/recuperações<br />

mais rápidas, direcção mais<br />

precisa, maior estabilidade a alta velocidade, assim<br />

como travagens mais seguras.<br />

Além de um grande conhecimento da estrutura,<br />

<strong>dos</strong> compostos e dimensões deste tipo de<br />

pneus, o profissional que trabalhe com pneus de<br />

Altas Prestações tem que saber as homologações<br />

das várias marcas e as possibilidades de<br />

montagem de um pneu não homologado. Isso<br />

exige uma boa preparação técnica e comercial,<br />

bem como facilidade em lidar com bases de da<strong>dos</strong><br />

e outras fontes de informação. Outra circunstância<br />

que envolve os pneus de Altas Prestações<br />

é o facto de utilizarem jantes de liga leve, que exigem<br />

mais cuidado durante as operações de montagem/desmontagem,<br />

equilibragem, etc. Nos<br />

pneus de perfil baixo, pode ser necessário montar<br />

jantes de maior diâmetro, que devem ser<br />

compatíveis com a geometria da suspensão/direcção.<br />

O desafio e o retorno<br />

Desde que a oficina tenha as condições ideais e<br />

deseje aceitar os desafios da especialização, os<br />

pneus de Altas Prestações podem ser uma fonte<br />

principal ou secundária de facturação e rentabilidade<br />

garantidas, uma vez que os produtos (jantes<br />

e pneus) têm preços superiores à média. Além<br />

disso, as oficinas especializadas em pneus de Altas<br />

Prestações podem e devem apresentar uma<br />

oferta de serviços complementares, que também<br />

melhoram a rentabilidade deste segmento de<br />

pneus, entre as quais salientamos:<br />

- Verificações gratuitas to<strong>dos</strong> os 10/15.000 km;<br />

- Verificação e alinhamento às 4 rodas to<strong>dos</strong> os<br />

anos;<br />

- Equilibragem anual <strong>dos</strong> pneus;<br />

O pneu de alta<br />

prestação distingue-se<br />

de um pneu mediano,<br />

porque foi construído<br />

com as tecnologias mais<br />

avançadas e mais<br />

caras, usando os<br />

materiais mais<br />

garanti<strong>dos</strong> e mais<br />

fiáveis.<br />

A oficina tem que ter<br />

stocks especializa<strong>dos</strong>,<br />

pessoal especializado e<br />

equipamentos<br />

especializa<strong>dos</strong>, se<br />

quiser tirar partido das<br />

oportunidades e evitar,<br />

reclamações,<br />

problemas e<br />

eventualmente o<br />

descrédito e o prejuízo.<br />

Os profissionais têm que ter<br />

capacidade de serviço, de<br />

diálogo construtivo com os<br />

clientes e têm que apostar<br />

fortemente no segmento,<br />

porque os pneus de Altas<br />

Prestações não são <strong>dos</strong><br />

que se podem vender<br />

apenas um ou dois<br />

(jogos) por ano.<br />

46<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


- Serviço trimestral de verificação da pressão <strong>dos</strong><br />

pneus com nitrogénio;<br />

- Rotação <strong>dos</strong> pneus to<strong>dos</strong> os 4/6 meses;<br />

- Lubrificantes e filtros de alto rendimento;<br />

- Aumento de capacidade do sistema de travagem;<br />

- Tuning electrónico do motor;<br />

- Catalisadores e escapes legais de alto fluxo;<br />

- Afinações especiais da geometria da suspensão;<br />

- Molas e amortecedores de alta performance;<br />

No caso de condutores ainda mais desportivos,<br />

a oficina pode oferecer barras de reforço da suspensão<br />

dianteira, assentos e cintos de competição,<br />

roll bars, etc.<br />

Máxima tecnologia, mínimo esforço<br />

A tecnologia existe para servir o ser humano,<br />

mas há sempre vários graus de entendimento<br />

deste conceito. Às vezes os equipamentos<br />

possuem excelente tecnologia, mas a comunicação<br />

com eles nem sempre é linear, rápida<br />

e eficiente. Um <strong>dos</strong> critérios fundamentais<br />

na compra de máquinas para trabalhar<br />

com pneus de Altas Prestações deve ser a<br />

facilidade de leitura do interface (ícones,<br />

sinais e mensagens intuitivos), assim<br />

como a ergonomia e a rapidez de operação.<br />

Ao cabo de um bom dia de trabalho,<br />

estes factores fazem a diferença, em<br />

termos de produtividade do pessoal e de<br />

rentabilidade.<br />

Outra questão fundamental são funções<br />

auxiliares, como a elevação da roda e os<br />

motores de montar pneus. A questão aqui é conseguir<br />

rapidez de execução, mas sem danificar<br />

jantes de pneus e sem provocar cansaço desnecessário<br />

do operador. O cansaço muscular e o<br />

stress não reconhecidamente factores de perda<br />

de eficiência e causa de erros. O profissional<br />

pode efectuar várias coisas manualmente, mas<br />

com o risco de provocar danos em componentes<br />

de elevado custo e à custa de uma perda gradual<br />

da eficácia de procedimentos. Além disso, as próprias<br />

máquinas devem ter acessórios e dispositivos<br />

de protecção para as jantes e pneus, a fim de<br />

impedir que estes se danifiquem durante as operações<br />

a que são sujeitos na oficina.<br />

Para este segmento de pneus, também<br />

é importante verificar se os equipamentos<br />

podem ser actualiza<strong>dos</strong> ou ampliar a gama<br />

de serviço. Novas dimensões de jantes de<br />

pneus e bases de da<strong>dos</strong>, por exemplo.<br />

De um modo geral, a máquina deve estar<br />

concebida para facilitar a vida ao utilizador.<br />

Este princípio, aplica-se a várias situações,<br />

entre as quais citamos:<br />

1. Facilidade de activação, através de ecrã<br />

táctil, controlos remotos, automatismos, etc.<br />

2. Capacidade de autodiagnóstico, para<br />

identificar erros e evitar problemas (introdução<br />

de da<strong>dos</strong> incorrecta ou incoerente, fixação deficiente<br />

da roda, desequilíbrio residual elevado,<br />

etc.).<br />

3. Economia de movimentos do operador, não<br />

obrigando este a mudar constantemente de posição.<br />

OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES<br />

Máquinas de mudar pneus<br />

Estão a aparecer no mercado rodas cada vez<br />

maiores. Uma boa base para começar a trabalhar<br />

nesta altura, será considerar 30" de diâmetro,<br />

ou máquinas com capacidade de extensão,<br />

através de acessórios. A máquina também deve<br />

ter acessórios de assistência à montagem, de<br />

preferência mecaniza<strong>dos</strong>. Outro aspecto importante<br />

é a lubrificação do pneu, durante a montagem.<br />

Produtos adequa<strong>dos</strong> e em quantidades correctas<br />

facilitam a montagem, protegem o pneu e<br />

evitam fugas de ar através da jante. Produtos inadequa<strong>dos</strong><br />

ou em excesso, podem provocar o deslizamento<br />

do pneu na jante e causar danos.<br />

Máquinas de equilibrar<br />

As rodas de maiores dimensões exigem uma<br />

equilibragem mais perfeita e uma distribuição de<br />

pesos ideal. Muitas máquinas conseguem um<br />

bom equilíbrio estático à custa de um desequilíbrio<br />

residual dinâmico elevado, sendo o contrário<br />

também frequente. Para pneus de Altas Prestações,<br />

são necessárias máquinas que consigam<br />

minimizar ao mesmo tempo o desequilíbrio estático<br />

e dinâmico. Nos carros mais potentes, podem<br />

surgir problemas de vibrações que resultam<br />

de variações de potência/binário que é aplicado<br />

na roda. Para entrar neste capítulo, é necessário<br />

investir em máquinas de diagnóstico de equilíbrio<br />

de rodas. Estas máquinas fornecem tudo o que os<br />

actuais condutores de carros potentes necessitam:<br />

- Localização directa <strong>dos</strong> pesos adesivos, no interior<br />

e/ou no exterior da jante;<br />

- Equilíbrio a partir do cubo da roda;<br />

- Pressão ideal do pneu;<br />

- Gráficos em tempo real;<br />

- Desvio radial da roda excessivo;<br />

- Desvio lateral da roda excessivo;<br />

- Desequilíbrio residual excessivo.<br />

Estes factores podem representar apenas 10%<br />

<strong>dos</strong> problemas de vibrações em carros comuns,<br />

mas nos modelos de topo de gama são facilmente<br />

detecta<strong>dos</strong> pelo condutor, devido às prestações<br />

mais elevadas e à tecnologia de suspensão e<br />

direcção mais sofisticada. Uma coisa que ninguém<br />

deve pensar em usar com pneus de Altas<br />

Prestações é programas de economizar pesos.<br />

Essa economia é obtida à custa da precisão do<br />

equilíbrio, sendo aceitável em pequenos utilitários<br />

de uso urbano, nas não em carros topo de<br />

gama potentes. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

47


MERCADO<br />

Compressores de ar comprimido<br />

OFERTA MÚLTIPLA<br />

Desde os equipamentos de parafuso aos de pistão, <strong>dos</strong><br />

integra<strong>dos</strong> em sistemas fecha<strong>dos</strong> aos de construção mais<br />

simples, a oferta em compressores de ar comprimido é muita.<br />

No segmento para enchimento de pneus, começam a aparecer<br />

as soluções que disponibilizam Nitrogénio.<br />

ABAC<br />

João A.M. Santos<br />

Tel: 22 741 80 90<br />

Os electrocompressores Abac,<br />

importa<strong>dos</strong> para Portugal pela João<br />

A.M. Santos, têm várias potências e<br />

capacidades com reservatórios de<br />

200, 270 e 500l. Tratam-se de compressores insonoriza<strong>dos</strong> de várias<br />

potências e capacidades, de parafuso de várias potências e capacidades,<br />

ainda com e sem secador. Outras características são os<br />

secadores e filtros para ar comprimido e os reservatórios verticais<br />

para ar comprimido.<br />

A João A.M. Santos dispõe ainda da marca AGI, de fabrico nacional.<br />

ATLAS COPCO<br />

Atlas Copco de Portugal<br />

Div. Compressores<br />

Tel: 214 168 500<br />

Atlas Copco GX 2-11<br />

Os Compressores de Parafuso Rotativo de Injecção de Óleo GX 2-<br />

11 são forneci<strong>dos</strong> com um compartimento totalmente à prova de<br />

ruído, que reduz os níveis sonoros até 61 dB(A).<br />

A tecnologia de parafuso rotativo<br />

minimiza a vibração e vem equipado<br />

com ventiladores de baixo ruído<br />

para um funcionamento silencioso.<br />

A robusta tecnologia <strong>dos</strong> compressores<br />

de parafuso permite um<br />

ciclo de funcionamento 100% contínuo.<br />

Todas as linhas de óleo são<br />

compostas por tubos rígi<strong>dos</strong> ou<br />

mangueiras para alta temperatura e<br />

não é utilizada tubagem de óleo em<br />

plástico. As ligações eléctricas utilizam cabos resistentes e terminais<br />

de alta qualidade.<br />

O GX 2-11 elimina a necessidade de utilização de um arrefecedor<br />

final e assegura um tempo de vida devido à sua baixa temperatura<br />

de funcionamento. O conjunto GX inclui o seccionador principal<br />

com disjuntor integrado para proteger o compressor.<br />

Importa ainda referir que os GX 2-11 são forneci<strong>dos</strong> com to<strong>dos</strong><br />

os componentes necessários para uma instalação completa. Adequado<br />

para clientes com espaço limitado, o conjunto é o mais compacto<br />

possível. Os GX estão também disponíveis com um secador<br />

integrado, de modo a reduzir ainda mais as necessidades de espaço.<br />

Além disso, todas as ligações de ar foram optimizadas para minimizar<br />

a queda de pressão e reduzir potenciais fugas de ar.<br />

48<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Atlas Copco Série L<br />

Os Compressores Industriais com<br />

Pistão de Alumínio da Série L utilizam<br />

a mesma tecnologia <strong>dos</strong> primeiros<br />

tipos de compressores, os<br />

compressores de pistão, sendo <strong>dos</strong><br />

mais versáteis e extremamente eficientes.<br />

Os seus pontos fortes são o<br />

design básico, o número limitado de<br />

peças e o princípio de funcionamento<br />

directo, que os tornam os mais<br />

adequa<strong>dos</strong> para condições duras. A manutenção é simples, graças<br />

à facilidade de acesso a peças para assistência. Não há necessidade<br />

de tratamento especial (separação do óleo) nem de filtragem do<br />

óleo, visto que não existe contacto directo com o lubrificante. Os<br />

compressores de pistão de alumínio têm assim grande fiabilidade<br />

e longa duração, devido ao risco limitado de formação de condensação<br />

em resultado da reduzida massa do compressor de pistão.<br />

Os compressores de pistão podem funcionar numa vasta gama de<br />

pressões de trabalho. A pressão de trabalho máxima para a Série<br />

L da Atlas Copco é de 30 bar. Dada a sua simpliocidade de construção,<br />

estes compressores permitem uma integração fácil no sistema<br />

original de ar comprimido já instalado.<br />

Atlas Copco GN<br />

O Nitrogénio começa a ser cada vez mais uma alternativa ao ar<br />

para enchimento de pneus. Além de minimizar o consumo de combustível,<br />

aumenta a duração <strong>dos</strong> pneus e a segurança e conforto<br />

durante a condução. Os Compressores Dupla Entrega (Ar/Nitrogénio)<br />

GN suprimem essa lacuna no instalador, ao mesmo tempo<br />

que produzem também ar comprimido, tornando desnecessária a<br />

aquisição de garrafas deste gás. Com um aquecedor interno e uma<br />

membrana de nitrogénio para cada compressor, o GN fornece um<br />

caudal constante de nitrogénio mesmo com condições variáveis do<br />

local de trabalho. O GN também produz um caudal fiável de ar<br />

comprimido, mesmo quando está a produzir níveis eleva<strong>dos</strong> de nitrogénio.<br />

O GN oferece nitrogénio com o grau de pureza certo, mesmo em<br />

condições variáveis ou de grande utilização de ar comprimido.<br />

Com secadores, filtros e a membrana de nitrogénio completamente<br />

integra<strong>dos</strong> numa única unidade, o GN ocupa um espaço mínimo<br />

e reduz o tempo e os custos de instalação. O baixo nível de<br />

ruído do GN também permite que seja colocado no local de utilização.<br />

Isto elimina a necessidade de uma sala do compressor e de<br />

tubagens dispendiosas para fazer a ligação ao local de trabalho.<br />

A inovadora tecnologia de parafuso rotativo proporciona um baixo<br />

consumo de energia, mesmo durante a produção simultânea<br />

de nitrogénio e ar comprimido, ajudando a diminuir os custos de<br />

produção.<br />

BALMA<br />

Fortuna - Equipamentos<br />

Industriais<br />

Tel: 227475100<br />

A Brio é uma linha de compressores<br />

rotativos de parafuso projecta<strong>dos</strong> para<br />

fornecer soluções de ar comprimido ao<br />

utilizador, graças à simplicidade de utilização,<br />

silencioso, compacto e com<br />

grande fiabilidade.<br />

A gama FELP começa nos 5,5 cv e vai<br />

até aos 10 cv. São compressores silenciosos<br />

acomoda<strong>dos</strong> numa cabine à prova de fogo e de som. To<strong>dos</strong><br />

os componentes são de acesso fácil para uma manutenção simples.<br />

O fluxo de ar frio está desenhado para alcançar as descargas<br />

de ar com o mínimo de temperaturas. Por último, contém um painel<br />

electrónico para monitorizar faltas em todas as operações.<br />

CIATA<br />

Costa & Garcia<br />

Tel: 227155300<br />

A gama de compressores CIATA<br />

divide-se nas seguintes categorias:<br />

- Compressor alternativo cabeça de<br />

ferro fundido e transmissão por<br />

correias;<br />

- Compressor alternativo a Gasolina ou a Diese cabeça de ferro<br />

fundido e transmissão por correias;<br />

- Compressor silencioso 55SLC, 75 SLC e 75/14SLC;<br />

- Compressor de parafuso 55R sobre reservatório de 300L;<br />

- Compressores de parafuso série PKE de 3 a 7,5HP base ou sobre<br />

reservatório de 200L com ou sem secador. Série PKM de 10 a 20<br />

base ou sobre reservatório de 500L com ou sem secador;<br />

- Compressores de parafuso RTA de 5,5 a 20HP;<br />

- Compressores de parafuso RTB de 15 a 40 HP;<br />

- Compressores de parafuso RTC / RTD de 30 a 125HP;<br />

- Compressores de parafuso série PKE de 3 a 7,5HP base ou sobre<br />

reservatório de 200L com ou sem secador. Série PKM de 10 a 20<br />

base ou sobre reservatório de 500L com ou sem secador;<br />

- Compressores de READY / ROTANK e READY VF (Variador de frequência)<br />

sobre reservatório de 500L com ou sem secador;<br />

- Compressores de parafuso RTB VF / RTD VF (Variador de frequência)<br />

sem reservatório de 10 a 100HP;<br />

- Reservatórios para ar comprimido;<br />

- Cabeças compressoras.<br />

EINHELL<br />

Einhell Portugal<br />

Tel: 220917500<br />

A Einhell aposta numa gama de<br />

compressores de pistão, de funcionamento<br />

simples mas com grande<br />

fiabilidade. A gama Blue tem o BT-<br />

AC 210/24 e o BT-AC 250/50 que diferem entre si essencialmente<br />

pela potência de aspiração e também portência do motor. Assim, o<br />

primeiro tem uma potência de aspiração de 206 l/min e um motor<br />

de dois cavalos, quando o segundo tem 250 l/min e 2,2 cavalos de<br />

potência no motor.<br />

A gama Red tem motores de dois cilindros e componentes de extrema<br />

durabilidade. Consegue uma potência de aspiração de 300<br />

l/min.<br />

A gama mais completa da Heinhell é, contudo, a AirTech. Tratam-se<br />

de compressores com correias com uma potÊncia de aspiração<br />

que começa nos 310 l/min e pode ir até aos 640 l/min.<br />

GARDNER DENVER (BOTTARINI)<br />

Equiassiste<br />

Tel: 22 787 71 50<br />

A Gardner Denver é a actual designação <strong>dos</strong> compressores Bottarini,<br />

marca sobejamente conhecida no mercado Nacional e Ilhas.<br />

Vem esta aquisição provocar uma profunda alteração de filosofia<br />

construtiva destes compressores com alterações que vêm a reflectir-se<br />

numa maior fiabilidade e naturalmente na diminuição de<br />

consumos eléctricos.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

49


Compressores de ar comprimido<br />

MERCADO<br />

Os compressores GD (Bottarini) nas séries MK ou KS vêm assim<br />

equipa<strong>dos</strong> num princípio de fácil colocação como mínimo de espaço<br />

a ocupar. Pode assim obter-se uma versão composta por compressor,<br />

secador e reservatório num único conjunto ou separadamente,<br />

com uma característica de to<strong>dos</strong> os seus órgãos estarem<br />

facilmente acessíveis. Temo-se assim um equipamento de grande<br />

facilidade de utilização e fruto de uma nova geração de blocos air<br />

end Enduro ou Tempest ®(vulgo parafuso) fabrica<strong>dos</strong> na sua fábrica<br />

de Tampere. Para finalizar o conceito destes modelos, a Gardner<br />

Denver reforçou a filosofia que presidiu a esta nova geração,<br />

que foi de proporcionar ao segmento das pequenas e médias empresas<br />

um compressor com as mesmas características de grande<br />

eficácia <strong>dos</strong> seus irmãos de elevada potência, mas de transmissão<br />

por correias. Este sistema de tensionamento automático foi desenvolvido<br />

de molde a eliminar perdas de transmissão e como tal<br />

de energia, como de intervenção humana.<br />

Numa vertente de diminuição de custos para o utilizador, que pelos<br />

piores motivos, são hoje em dia um factor da maior importância,<br />

a GD Bottarini desenvolveu pequenos modelos de variação de<br />

frequência denomina<strong>dos</strong> KDV. São compressores de Variação de<br />

Frequência, sendo únicos com motores eléctricos dedica<strong>dos</strong> á VF,<br />

ou seja um compressor construído de raiz para esta finalidade. A<br />

enorme vantagem destes, é ajustarem rigorosamente o débito de<br />

ar a uma pressão fixa estabelecida ao consumo existente, com o<br />

consumo eléctrico correspondente. Podemos assim possuir um<br />

compressor de por ex. 11 KW de potência instalada e estar a consumir<br />

3, 6 ou 8 KW etc. Aliada a esta característica este não tem picos<br />

de arranque, pois este é denominado em “rampa” e sem consumo<br />

de energia reactiva e os picos associa<strong>dos</strong> às versões<br />

ON/OFF.<br />

INGERSOLL-RAND<br />

Comingersoll<br />

Tel: 21 424 44 00<br />

A Comingersoll SA está presente no mercado nacional há 25<br />

anos, representando desde então a conceituada marca Ingersoll<br />

Rand, comercializando entre outros equipamentos, uma vasta<br />

gama de compressores e ferramentas pneumáticas para o segmento<br />

das oficinas de pneus. Disponibiliza no mercado uma oferta<br />

variada de equipamentos com inúmeras vantagens e com resposta<br />

às diferentes necessidades <strong>dos</strong> clientes. Eficiência energética, flexibilidade,<br />

redução de custos, poupanças ímpares traduzem-se<br />

em vantagens únicas se cada cliente tiver o equipamento adequado<br />

às necessidades da sua empresa. No leque de soluções disponível<br />

na Ingersoll Rand para este segmento destacamos compressores<br />

alternativos, de parafuso de velocidade fixa ou variável, equipamentos<br />

e tratamento de ar e ferramentas pneumáticas.<br />

Equipamentos ar comprimido:<br />

Lunair – Compressores alternativos de 1,5 kw a 7,5 kw. Com caudais<br />

entre 250 e 912 litros por minuto à pressão 10 bar.<br />

T30 – Compressores alternativos de 2,2 kw a 22 kw. Do tipo lubrificado;<br />

isentos de óleo; alta pressão.<br />

UP – Compressores de parafuso de velocidade fixa de 4 kw a 30 kw.<br />

Com caudais de 0,55 m3/min a 5,6 m3/min com pressões que podem<br />

variar <strong>dos</strong> 7,5 aos 14 bar.<br />

Nirvana – Compressores de parafuso de velocidade variável de 5,5<br />

kw a 30 kw. Com caudais de 0,48 m3/ min a 4,56m3/ min.<br />

Tratamento de Ar – Secadores de ar, filtros, arrefecedores, separadores<br />

água/ óleo, reservatórios de ar.<br />

Ferramentas Pneumáticas – Chaves de impacto, aparafusadoras.<br />

Geradores de Azoto<br />

JOSVAL<br />

Mr. Pneu<br />

Tel: 252 24 80 10<br />

A JOSVAL é uma marca espanhola<br />

que produz compressores<br />

e equipamentos para o tratamento<br />

de ar comprimido desde<br />

1958, e oferecem uma gama<br />

completa com compressores de<br />

pistão, insonoriza<strong>dos</strong>, de parafuso,<br />

a gasolina, autónomos, bem como equipamentos como os depósitos,<br />

secadores e filtros.<br />

A Mistral é uma gama de compressores de parafuso com nova<br />

concepção estética e técnica. As características principais são o<br />

prefiltro de ar, o filtro separador de alta eficácia, a válvula termoestática,<br />

o refrigerador final sobredimensionado e a placa electrónica<br />

de controlo.<br />

A gama Moncayo aposta na insonorização. O refrigerador foi amplamente<br />

dimensionado, tem electroventilador para evacuação de<br />

calor, placa electrónica de controlo, conta-horas e marcador de<br />

intervalos de manutenção.<br />

A gama Brisa é um compressor mais compacto com um depósito<br />

de 40 litros a 10 bar. Está especialmente adequado para pequena<br />

indústria.<br />

KAESER<br />

Motivartécnica, Lda<br />

Tel: 252 820 340<br />

Gama SXC<br />

A gama de compressors de parafuso<br />

SXC da alemã Kaeser Kompressoren<br />

combina uma eficiência excepcional e um<br />

desempenho custo-benefício com uma<br />

produção de ar comprimido ultra-silenciosa,<br />

bem como um bom tratamento e<br />

armazenamento. Debaixo da estrutura de<br />

poliuretano, esconde-se um sistema de<br />

fornecimento de ar comprimido completo:<br />

a inovação da gama SXC está baseada<br />

num conceito de torre única que integra<br />

um compressor de parafuso, uma secador<br />

de refrigeração e um receptor de ar comprimido numa única<br />

unidade.<br />

Os compressores de parafuso deste sistema usam rotores Sigma<br />

Profile, especialmente projecta<strong>dos</strong> pela Kaeser, que requerem<br />

aproximadamente 10 ou 20% menos energia que os rotores<br />

convencionais com a mesma capacidade de entrega de ar.<br />

O Sigma Control é um controlo Star-Stop eficiente que assegura<br />

um desempenho de ar comprimido optimizado a todo o momento e<br />

monitoriza constantemente todo o sistema SXC.<br />

Gama SM<br />

A gama de compressores SM Aircenter<br />

oferecem mais que poupança de espaço<br />

na produção de ar comprimido, tratamnto<br />

e armazenagem: eles redefinem o conceito<br />

de sistemas de ar condicionado<br />

turnkey, já que cada modelo está equipado<br />

com a última tecnologia de forma a assegurar<br />

ventagens e desempenhos sem<br />

paralelo na concorrênca, garante a mar-<br />

50<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


ca. Os três módulos – compressor, secador de refrigeração e armazenamento<br />

de ar – estão junto numa cabine, de forma a que<br />

todo o sistema trabalha de forma integrada. Os componentes de<br />

to<strong>dos</strong> os conjuntos Kaeser Aircenter estão perfeitamente encaixa<strong>dos</strong><br />

de forma a providenciar o méximo de feiciência energética,<br />

facilidade de manutenção e durabilidade.<br />

PARISE<br />

Autotec – Técnicas de<br />

Equipamentos Auto<br />

Tel: 21 472 73 00<br />

O compressor de parafuso PVA<br />

15 debita 1550 l/min (93 m3/h), a<br />

partir de um motor com 15 cavalos.<br />

A pressão exercida é de 10<br />

bar, co, uma ligação a 400V, numa<br />

frequência entre os 3 e os 50 Hz.<br />

O compressor de parafuso com<br />

depósito PHA 10S500 tem um<br />

grupo de parafuso SCA8, com<br />

controlo electrónico e um nível de ruído de 70 dB. Tem um débito<br />

de 1000 l/min, com uma pressão de 10 Bar e um depósito de 500<br />

litros.<br />

O compressor de parafuso com secador e depósito incluído<br />

PVA 15 S500E tem uma potência de 15 cavalos, um depósito de<br />

500 litros e uma pressão de 10 bar.<br />

O compressor de piston silencioso SO60 tem um depósito de<br />

500 litros, com um débito de 860 l/min.<br />

Com uma vantagem óbvia em poupança de espaço, existem os<br />

compressores silenciosos verticais, modelo SV60, com um débito<br />

de entrada de 938 l/min e de saída 880 l/min. É o depósito vertical<br />

de alta pressão que permite esta poupança de espaço, com uma<br />

capacidade de 500 l mas dimensões de 60 cm de diâmetro, 215 de<br />

altura e um peso de 145 kg.<br />

SHAMAL/CHINOOK<br />

Domingos & Morgado<br />

Tel: 229618913<br />

A Shamal /Chinook é uma empresa<br />

dinâmica e eficiente. Desde 1999, após<br />

a fusão com a Shamal S.r.l., opera com<br />

duas divisões produtivas: divisão Chinook,<br />

que produz cabeçotes para compressores,<br />

e a divisão Shamal, que produz<br />

compressores de ar (mais de<br />

160.000 compressores por ano…) numa<br />

vasta gama de tipologias.<br />

Graças a esta renovada e consolidada estrutura administrativa,<br />

a empresa responde eficazmente à crescente demanda de mercado<br />

interno, ao qual é destinado 25% da produção, e sobretudo<br />

está em condição de responder à solicitação de exportação, à qual<br />

é destinada 75%.<br />

Mesmo cobrindo to<strong>dos</strong> os segmentos de mercado, com uma<br />

gama completa de produtos, uma gama completa de compressores<br />

de ar de pistões e de parafuso, com potências de 0,7 kW a 160<br />

kW (1 Hp -220 Hp), subdividida nas várias áreas (medicinais, coaxiais,<br />

de pistão, de parafuso, linha em ferro fundido e em alumínio),<br />

a Chinook tem no sector industrial os seus pontos mais fortes.<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

51


MERCADO<br />

Máquinas equilibradoras de rodas<br />

SEMPRE A DIREITO<br />

É vasta a oferta de máquinas de equilibrar rodas. Praticamente<br />

to<strong>dos</strong> os construtores têm importadores no nosso país. Alguns<br />

desses importadores dedicam-se às casas de pneus, mas<br />

outros têm estes equipamentos disponíveis como um<br />

complemento da sua oferta de equipamentos oficinais.<br />

AERO<br />

Tecniverca<br />

Telefone: 219 584 273<br />

A Tecniverca, representante<br />

da Aero em Portugal, possui<br />

uma diversificada gama de máquinas<br />

de equilibrar rodas.<br />

A DHYN-A-TECH 922 serve de<br />

modelo entrada de gama, com<br />

um painel muito simples de usar<br />

sendo a simplicidade a sua principal<br />

característica.<br />

A GEODHeX 933 já possui sistema 2D e 3 D (colocação automática<br />

da distância, diâmetro e largura) e um sistema geométrico<br />

(calcula a medida e posição do peso dentro da roda. Com o braço<br />

(opcional) externpo “data set” esta equilibradora tornase mais<br />

rápida para o sistema de introdução de dimensões todo automático<br />

(muito útil para grandes volumes de trabalho diário).<br />

O modelo GEODHeX 966 é uma evoluçao face à 933. Destaque<br />

para o monitor de 17 polegadas com alta resolução gráfica. Icons<br />

muito simples e sem texto nas imagens, as funções principais estão<br />

sempre presentes no display que levam o operador através<br />

<strong>dos</strong> menus de procedimentos e combinações de pesos.<br />

Destaque ainda para o modelo GEODHeX 988, de construção horizontal,<br />

com capacidade para pneus de maiores (1.200 mm e jantes<br />

de 26 polegadas), com elevador de rodas, auto calibração e<br />

um sistema preciso de falange que permite o fácil e rápido aperto<br />

da roda ao eixo.<br />

BEISSBARTH<br />

Lusilectra<br />

Telefone: 226 198 750<br />

A máquina de equilibrar rodas<br />

MT 855 ADT da Beissbarth consiste<br />

num novo marco tecnológico<br />

na gama base deste tipo de<br />

máquinas.<br />

O funcionamento simples<br />

através do teclado e a visualização<br />

no monitor TFT de 17" garantem<br />

uma utilização ideal<br />

para o operador. Os nove programas<br />

de equilíbrio (cinco para<br />

jantes de liga leve), aquisição de<br />

da<strong>dos</strong> das rodas, velocidade<br />

ajustável de equilíbrio e medição automática com travão da roda,<br />

garantem o aumento da rentabilidade da oficina nos serviços de<br />

pneus.<br />

52<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Braços sensores electrónicos para registo <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> da jante<br />

com controlo visual/sonoro por parte do operador, para instalação<br />

oculta <strong>dos</strong> pesos de colar para equilíbrio das rodas. Programa<br />

de separação para colocação <strong>dos</strong> pesos por trás <strong>dos</strong> raios das jantes,<br />

que vai ao encontro das necessidades <strong>dos</strong> Clientes de máquinas<br />

de equilibrar rodas de gama superior.<br />

A máquina de equilibrar rodas MT 885 Beissbarth com PC integrado<br />

estabelece novos padrões – no funcionamento, velocidade<br />

e conforto. O sensor laser permite efectuar medições totalmente<br />

automáticas à largura, rotação e simetria do pneu.<br />

A sua utilização através do menu interactivo de navegação é tão<br />

simples como uma brincadeira de crianças. Com esta máquina de<br />

equilibrar rodas, está pronto para enfrentar todas as situações –<br />

incluindo pneus até 26” de diâmetro da jante e 20” de largura.<br />

O funcionamento confortável e o manuseamento simples são<br />

assegura<strong>dos</strong> pelo elevador pneumático da roda com fixação automática<br />

da falange. As rodas de maior dimensão até 80kg não representam<br />

qualquer problema e são rapidamente montadas no<br />

adaptador, resultando numa redução do tempo dispendido com<br />

este trabalho.<br />

A MT885 é recomendada a nível mundial pela Mercedes-Benz e<br />

pela Smart.<br />

Importante: 3 programas diferentes que permitem efectuar<br />

uma vasta gama de testes à simetria <strong>dos</strong> pneus e profundidade do<br />

piso. Não sendo estes, provavelmente, os primeiros tópicos para<br />

o equilíbrio das rodas, melhoram de facto o conforto e a segurança<br />

na condução, permitindo melhorar ainda a rentabilidade do negócio<br />

das oficinas de reparação.<br />

CEMB<br />

Mr.Pneu<br />

Telefone: 252 248 012<br />

No que diz respeito a máquinas<br />

de equilibrar a Mr.Pneu é importadora<br />

/ representante de duas marcas<br />

Italianas a Cemb e a Mondolfo<br />

Ferro.<br />

A Cemb tem uma gama muito<br />

completa em máquinas de equilibrar,<br />

para ligeiros, 4x4, comerciais,<br />

pesa<strong>dos</strong>, motas, serviços de<br />

assistência pratica<strong>dos</strong> fora de portas<br />

e com diversos modelos para fazer face às diferentes necessidades<br />

e possibilidades de cada utilizador.<br />

Um <strong>dos</strong> diversos pontos positivos na Cemb é o facto de inicialmente<br />

se optar por adquirir um modelo com menos características,<br />

mas poder sempre que quiser ir acrescentado essas mesmas<br />

características, como a medição automática da largura, da excentricidade<br />

radial, da excentricidade lateral entre outras, conforme<br />

se vai sentindo necessidade sem precisar de trocar de máquina.<br />

O Modelo C202 SE é a única máquina de equilibrar pneus pesa<strong>dos</strong><br />

do mundo que possui bloqueio pneumático, para além desta<br />

característica que faz com que se poupe imenso tempo na colocação<br />

e na retirada da roda na máquina, 1 minuto por roda, a C202 SE<br />

vem dotada com o ciclo 100% automático com um travão eléctrico<br />

bastante poderoso, medição da excentricidade por Sonar, função<br />

ALU-S, elevador pneumático, minimização automática do desequilíbrio<br />

estático, programa de divisão de pesos, entre outros.<br />

O Modelo C71 é um modelo bastante económico, e que tem como<br />

sua principal característica ser provavelmente a máquina de equilibrar<br />

mais rápida do mercado, faz um lançamento de uma roda de<br />

15” em 3,8 segun<strong>dos</strong> e de uma roda de 18” em 5,5 segun<strong>dos</strong>.<br />

O Modelo C88 SE é o topo de gama da Cemb e é a máquina indicada<br />

para quem é o verdadeiro profissional de pneus, para viaturas<br />

ligeiras, 4x4 e comerciais, vem de fábrica totalmente equipado<br />

com todas as características existentes e com algumas que<br />

são exclusivas deste modelo. Traz um monitor TFT de alta definição<br />

que funciona através de toque no ecrã, bloqueio pneumático,<br />

medição automática de todas as rodas sendo a leitura da largura<br />

feita por Sonar, fácil e segura aplicação <strong>dos</strong> pesos interiores através<br />

do medidor que pára e bloqueia automaticamente no local<br />

exacto da sua colocação, a mesma situação acontece com a paragem<br />

e o bloqueio da roda no local exacto da colocação <strong>dos</strong> pesos,<br />

optimização do desequilíbrio, contador diário <strong>dos</strong> lançamentos,<br />

possibilidade da utilização da máquina por diversos operadores<br />

em simultâneo, medição da excentricidade radial e lateral por sonar,<br />

programa inteligente de redução da quantidade de pesos a<br />

utilizar, elevador pneumático que permite ao operador não ter de<br />

fazer o mínimo esforço, entre outras.<br />

A Mr.Pneu equipa de origem todas as suas máquinas de equilibrar<br />

com as falanges que permitem equilibrar os veículos comerciais<br />

e as rodas cegas, pouco visto no mercado. Todas as máquinas<br />

da Cemb têm 2 anos de garantia, possibilitando a Mr.Pneu a<br />

passagem para 3 anos.<br />

CORGHI<br />

Corcet<br />

Telefone: 255 728 220<br />

A Blue Light é a nova máquina<br />

de equilibrar topo de gama<br />

da Corghi.<br />

Completamente automática<br />

e interactiva, a Blue Light funciona<br />

com base em quatro tecnologias<br />

exclusivas: Touchscreen,<br />

Real Time, Blue Light e<br />

Touchless.<br />

Medição da excentricidade<br />

radial e lateral: análise do estado<br />

da roda. Sempre que o valor<br />

de excentricidade for superior<br />

ao aceitável, o sistema<br />

propõe uma análise mais aprofundada<br />

e inicia o programa de diagnóstico.<br />

Medição do desvio: análise precisa do piso e detecção do desvio<br />

da roda por conicidade do pneumático, atribuível a defeito de fabrico<br />

ou desgaste irregular e causa comum do desvio do veículo.<br />

Pré-selecção automática: programa específico permite a préselecção<br />

automática <strong>dos</strong> planos de equilibragem em jantes especiais.<br />

Mediante técnicas de visão artificial, a máquina identifica os<br />

planos de equilibragem, predispõe os sensores de medição e coloca<br />

à disposição do utilizador um procedimento totalmente automático.<br />

Alu Live Function: nos programas ALU, a imagem da roda no<br />

ecrã permite ao operador indicar directamente no monitor o deslocamento<br />

<strong>dos</strong> planos de equilibragem.<br />

Weight Management: software que inclui, entre outros, o programa<br />

Less Weight para poupança de pesos.<br />

Electronic Locking System: bloqueia na roda mediante sistema<br />

electrónico com controlo da força de aperto.<br />

Ponteiro laser: para indicação exacta da posição de aplicação do<br />

peso adesivo. A operação é feita com a roda na posição das 4 horas,<br />

sendo mais acessível e ergonómica.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

53


MERCADO<br />

FOG<br />

Catarino & Rodrigues<br />

Telefone: 259 336 922<br />

A empresa de Vila Real disponobiliza<br />

os equipamentos de equilibragem<br />

de rodas da FOG.<br />

Estão disponíveis diversos modelos,<br />

com destaque para U.398, uma equilibradora<br />

com video para o controlo automático<br />

das dimensões do pneumático.<br />

Dispõe de um monitor video TFT de<br />

15 polegadas orientável, bloqueio de<br />

rodas electro-magnético, posicionamento do pneu dentro da zona<br />

de desiquilíbrio, novo desenho da parte de colocação das massas<br />

para um acesso mais fácil ao pneu, 14 programas de equilíbrio e<br />

uma função específica para as massas ocultas e optimização <strong>dos</strong><br />

desequilíbrios.<br />

O modelo U.498 acaba por ser o topo de gama da FOG. Esta máquina<br />

possui um carter totalmente robotizado e automatizado<br />

tanto para a abertura como para o fecho do mesmo.<br />

Este equipamento utiliza um sistema laser que mede automoticamente<br />

a largura da jante. Este sistema permite complementos<br />

de medida e diagnósticos totalmente novos enquanto se equilibra<br />

as rodas. Entre outras coisas, com este sistema é possível determinar<br />

com toda a precisão a forma cónica da banda de rodagem e<br />

igualmente a excentricidade entre o pneu e a jante.<br />

HOFMANN<br />

Teixeira & Chorado<br />

Telefone: 255 710 150<br />

A Hofman Geodyna Optima merce<br />

destaque nas equilibradoras que a<br />

Teixeira & Chorado disponibiliza ao<br />

mercado.<br />

A aplicação da tecnologia laser aliada<br />

à utilização de câmaras CCD garante<br />

a total automatização desta máquina.<br />

O operador necessita apenas de fixar<br />

a roda e fechar a protecção.<br />

A partir daqui esta máquina detecta<br />

todas as dimensões da roda, o número<br />

de raios, selecciona o programa adequado à jante operada, faz o<br />

lançamento e fornece um diagnóstico completo da roda. Tudo isto<br />

sem intervenção do operador.<br />

Quando os valores medi<strong>dos</strong> pela máquina após o primeiro lançamento<br />

excederem o limite padrão, o ecrã de optimização surge<br />

automaticamente. Neste ecrã consta toda a informação necessária<br />

sobre jante e pneu, a indicação da percentagem de melhoria<br />

alcançável e os procedimentos a seguir para obter essa melhoria.<br />

FUNÇÃO OPTILINE: Com esta função de equilíbrio e optimização<br />

de um conjunto de rodas a geodyna optima pode medir e<br />

guardar os da<strong>dos</strong> de até 5 rodas. Quando o scanner traseiro examina<br />

o piso do pneu, a informação obtida é usada para determinar<br />

o desvio do pneu.<br />

A máquina vai propor a melhor posição possível para cada roda<br />

no veículo de forma que o desvio do pneu seja compensado em<br />

cada eixo. Os pneus com menos desvio serão sempre monta<strong>dos</strong><br />

no eixo traseiro.<br />

Se o objectivo primário é, no entanto, a redução das vibrações<br />

no volante, o operador pressiona um botão de forma a determinar<br />

que as duas rodas com menos excentricidade radial sejam montadas<br />

no eixo da frente.<br />

HPA<br />

J.A.M. Santos<br />

Telefone: 227 418 090<br />

A João A.M. Santos importa e distribuiu<br />

em exclusivo em Portugal as<br />

equilibradoras de rodas da marca italiana<br />

HPA.<br />

A gama de produto é muito extensa<br />

com equipamentos destina<strong>dos</strong> a pneus<br />

de veículos ligeiros, veículos comerciais e pesa<strong>dos</strong>.<br />

Destaque para a gama de modelos B450 / 330/ 230 / 210 /110.<br />

Nesta linha sobressai o B450 e B450 P, com monitor orientável de<br />

17 ou 19 polegadas, um novo grupo de oscilamento de grande precisão<br />

e lançamento muito silencioso. Existem três diferentes campos<br />

de trabalho (equilibrado, utilidade e pré-disposisão) onde é<br />

possível seleccionar a partir do teclado (com um reduzido número<br />

de teclas) para uma rápida aprendizagem de uso do equipamento.<br />

A função Help interactiva oferece as explicações relativas a cada<br />

programa de operação.<br />

Destaque ainda para o bloqueio automático e rodas Pneulock (só<br />

para a B450 P). A protecção da roda possui um novo desenho mais<br />

ergonómico e cómodo, existindo ainda uma “palpador” interno digital,<br />

muito preciso, robusto e que não requere calibração.<br />

A gama de equipamento spara pneus de ligeiros é composta ainda<br />

pelos modelos B340 e B240, enquanto a gama de pesa<strong>dos</strong> é<br />

composta pelos modelos B700, B650 e B600.<br />

HUNTER/CEMB<br />

Cometil<br />

Telefone: 219 379 550<br />

A Cometil importa e distribui em exclusividade<br />

a Hunter, representada exclusiva<br />

desde o início da actividade da<br />

Cometil em 1985, a mesma distribui os<br />

equipamentos para equilíbrio de rodas<br />

de ligeiros/comerciais GSP9200 e para<br />

equilíbrio e controlo de vibração<br />

GSP9700, contanto esta última com inúmeras homologações por<br />

parte <strong>dos</strong> vários fabricantes auto.<br />

No segmento de veículos pesa<strong>dos</strong>, a Hunter apresenta a<br />

GSP9600 HD que, além do equilíbrio de rodas permite à semelhança<br />

da sua congénere de ligeiros algo mais que o simples equilíbrio<br />

fazendo um teste de excentricidade por intermédio de uma carga<br />

aplicada através de um rolo em cada lançamento que efectua.<br />

A Cometil importa e distribui com exclusividade equipamentos<br />

para equilíbrio de rodas de motos, ligeiros e pesa<strong>dos</strong> da sua representada<br />

Cemb desde 1996. Oriundas da fábrica de Lecco a Cometil<br />

disponibiliza a K22 para o equilíbrio de rodas de motos e para ligeiros/comerciais.<br />

A Cemb apresenta uma vasta gama desde os modelos<br />

mais simples com tecnologia digital K7 e C71 intercalando<br />

com os modelos de gama média já com monitor TFT C73L e C87<br />

atingindo o topo com o Modelo C88 com ecrã Touch Screen e elevador<br />

de rodas.<br />

No segmento de veículos pesa<strong>dos</strong>, a Cemb apresenta os modelos<br />

C206, C212 com tecnologia digital e C218 com monitor TFT.<br />

JOHN BEAN<br />

Domingos & Morgado 2 - Equipamentos, Lda.<br />

Telefone: 229 618 900<br />

Ao introduzir na sua gama de Equilibradoras um novo modelo, a<br />

B9855P, a John Bean vem colmatar uma lacuna existente entre o<br />

seu topo de gama, a BFH1000 e a mais clássica B9755P. Ao vir-se<br />

54<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


posicionar estrategicamente entre estas<br />

duas máquinas, a B9855P permite<br />

ir de encontro às necessidades do<br />

cliente que pretende aceder directamente<br />

à Tecnologia Laser/Sonar, mas<br />

a quem não interessam as funções de<br />

Diagnóstico Avançado disponibilizadas<br />

pela BFH1000.<br />

Esta máquina utiliza uma tecnologia<br />

de obtenção de da<strong>dos</strong> mista, com um<br />

laser interno e um sonar externo. Este<br />

sistema – que utiliza um software especial denominado PROFILER<br />

– “vê” a forma completa da jante e realiza o seu mapeamento virtual.<br />

Desta forma, deixa de haver a necessidade de qualquer contacto<br />

do operador com o conjunto jante/pneu, após o ter fixado no<br />

veio da máquina, sendo a obtenção das medidas completamente<br />

automática.<br />

Aproveitando este lançamento, a John Bean decidiu estrear um<br />

novo visual na sua Gama de Equilibradoras, com o revolucionário<br />

móvel da linha “Zed Design”.<br />

MULLER<br />

Autotec<br />

Telefone: 214 727 300<br />

A empresa da Amadora, Autotec,<br />

disponibiliza para o mercado as máquinas<br />

de equilibrar rodas da Muller.<br />

A base da oferta é o modelo 3608 que<br />

apresenta um aspecto compacto, com<br />

um display de alta luminosidade, uma<br />

precisão medida de 1g, suporta um<br />

peso máximo de 75 Kg (pneu+jante), permitindo funcionar com<br />

jantes de 10 a 26 polegadas. Esta máquina possui um programa de<br />

auto diagnóstico e de auto calibração.<br />

O modelo seguinte é o 3708, com características semelhantes ao<br />

modelo 3608, mas dispõe de uma maior velocidade de rotação, um<br />

display maior e a possibilidade entrada de dimensões automáticas<br />

e um detector sonar (ambos como opção).<br />

Destaque para o modelo 3809, que surge com um monitor de 15<br />

polegadas com display de 256 cores. As restantes características<br />

são semelhantes às do modelo 3708.<br />

SICAM<br />

Equiassiste<br />

Telefone: 227 877 150<br />

A Equiassiste disponibiliza a marca<br />

Sicam, com destaque para a equilibradora<br />

de rodas SBM V780.<br />

O Laser incorporado neste equipamento,<br />

activa-se automaticamente<br />

após cada lançamento e controla a excentricidade<br />

radial do pneumático assinalando<br />

as anomalias com uma mensagem.<br />

Esta mensagem, permite ao operador, sem inúteis perdas de<br />

tempo, proceder de acordo com o programa de optimização geométrica<br />

para minimizar a excentricidade e se esta se deve ao<br />

pneumático ou á jante. Acedendo ao programa especifico, o Laser,<br />

permite também medir a conícidade geométrica da roda, os da<strong>dos</strong><br />

obti<strong>dos</strong> permitem o conhecimento do efeito de deriva. Este conhecimento<br />

permite ao operador seleccionar o posicionamento correcto<br />

de cada roda no veículo.<br />

O monitor da SBM V780 não foi somente pensado para um efeito<br />

estético de grande impacto. Na verdade a sua maior característica<br />

é a interactividade que é estabelecida entre o software e aquilo<br />

que o operador intui do seu grafismo e das informações prestadas.<br />

Foi incorporado na SBM V780 um magnifico elevador de roda capaz<br />

de suportar não só os roda<strong>dos</strong> mais pesa<strong>dos</strong> mas também<br />

atender á quantidade de vezes que é preciso fazê-lo durante um<br />

dia de trabalho. Daí a robustez do sistema e a sua extraordinária<br />

eficiência. este elevador está também dotado de um travão bloqueador.<br />

A velocidade e precisão da SBM V780 está assegurada pelo calibrador<br />

Aludata e pelo Laser que mede automaticamente a largura<br />

da jante. O calibre Aludata evita qualquer erro, do operador, na colocação<br />

de pesos adesivos.<br />

SPACE<br />

Cetrus<br />

Telefone: 252 308 600<br />

A Cetrus importa para Portugal os<br />

equipamentos para pneus da marca<br />

italiana Space. Ao nível das equlibradoras<br />

de roda a Space dispõe de uma<br />

gama completa que vai do modelo ERP<br />

230 ao 270.<br />

O destaque vai para a ERP 270, que está no topo da gama, tratando<br />

de uma equilibradora que dispõe de coman<strong>dos</strong> lógicos interactivos<br />

multifunções. As principais funções variam segundo a sua utilização<br />

e são identificadas com icons gráficos no monitor (TFT de 17<br />

polegadas com gráficos 3D) para imediata compreensão.<br />

Este equipamento faz a aquisição automática da distância e do<br />

diâmetro (até 26 polegadas), com calibração digital e leitura óptica.<br />

Início automático do movimento da roda e paragem automática<br />

na posição de equilibragem externa, são mais algumas das funcionalidades<br />

da Spac ERP 270.<br />

TECO<br />

Fortuna equipamentos<br />

Telefone: 227 475 100<br />

Dentro da sua vasta gama de equipamentos<br />

para oficinas, a Fortuna Equipamento<br />

representa a marca Teco.<br />

Ao nível das equilibradoras de rodas<br />

destaque para cinco modelos: 64, 74,<br />

85, 86 e 93.<br />

Começando pela modelo 93, que se<br />

destinada à equilibragem de rodas de veículos pesa<strong>dos</strong>, trata-se<br />

de um equipamento electrónico que permite trabalhar até jantes<br />

de 28 polegadas (camião), dispondo de programas automáticos de<br />

calibração e de diagnóstico.<br />

O modelo de entrada, o 64, está disponível com ou sem protecção<br />

de roda possuindo uma série de características standard que<br />

para trabalhar rodas de ligeiro como de mota.<br />

O modelo mais completo e actual da Teco é o 86. Trata-se de<br />

uma equilibradora electrónica para rodas de ligeiros e motos, com<br />

diâmtro 28 polegadas e um peso máximo de 65 Kg. Entre as diversas<br />

funcionalidades, destaque para a nova sonda digital, que garante<br />

a máxima precisão e que não necessita de calibração, novo<br />

filtro de software que protege a máquina perturbações ambientais<br />

externas, um monitor LCD 17 polegadas ajustável com novos gráficos,<br />

tridimensional, a fim de facilitar a leitura <strong>dos</strong> desequilíbrios<br />

e a inspecção e ainda uma nova versão do “Automatic Lock”, um<br />

dispositivo que garante a blocagem da roda de uma forma simples,<br />

rápida e precisa.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

55


ENTREVISTA<br />

Paulo Campos – Presidente da Pneuport<br />

A Pneuport tem uma nova direcção e comemora<br />

em <strong>2009</strong> os seus primeiros 20 anos de existência.<br />

Para além disso é uma das mais importantes<br />

redes de serviços profissionais na área <strong>dos</strong> pneus.<br />

Fomos conhecer a Pneuport.<br />

56<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Paulo Campos<br />

CRESCER<br />

EM CONJUNTO<br />

APneuport está claramente a viver<br />

uma nova fase da sua existência.<br />

Os desafios são enormes<br />

e por isso foi necessário uma adaptação da<br />

estrutura às novas contingências do mercado.<br />

O novo presidente da Pneuport, Paulo<br />

Campos, é também um pouco o rosto de<br />

mudança e dinamismo da Pneuport no final<br />

desta década. A REVISTA DOS PNEUS<br />

falou com ele.<br />

Os pressupostos da criação da Pneuport<br />

em 1989 ainda hoje se mantêm<br />

inaltera<strong>dos</strong>?<br />

A Pneuport foi fundada há 20 anos por 36<br />

cooperadores, que tinham que ser detentores<br />

de casas de pneus. Foi fundada como<br />

Cooperativa, que ainda hoje se mantem,<br />

tendo nascido com a ideia de ser uma central<br />

de compras, que eram as necessidades<br />

da altura.<br />

Ainda hoje a Pneuport é uma central de<br />

compras?<br />

Sim, mas temos vindo a mudar um pouco<br />

essa imagem. Nos últimos anos evoluiu-se<br />

para uma lógica de central de vendas,<br />

em que to<strong>dos</strong> os cooperadores deveriam<br />

ter a mesma imagem perante o mercado,<br />

nascendo assim a insígnia Pneuport.<br />

Quais são os critérios da Insígnia<br />

“Pneuport”?<br />

A ideia é ter uma imagem comum <strong>dos</strong><br />

estabelecimentos, com o mesmo manual<br />

de procedimentos, imagem e comunicação,<br />

fardamento igual e, entre outros<br />

itens, auditorias regulares para garantir<br />

que to<strong>dos</strong> estão a seguir a mesma linha.<br />

Quando é que se evoluiu neste conceito?<br />

As primeiras reuniões dentro da Pneuport<br />

em que se falou da Insígnia “Pneuport”<br />

remotam ao final de década passada.<br />

Actualmente já temos 28 aderentes a<br />

este conceito o que corresponde a 30 casas<br />

de pneus. Contudo, na totalidade temos<br />

75 sócios da cooperativa Pneuport.<br />

Para este ano mais três sócios vão também<br />

evoluir dentro da Insígnia “Pneuport”.<br />

Esse é claramente o caminho a seguir<br />

pelas casas de pneus que são sócios da<br />

cooperativa Pneuport?<br />

Claramente que sim. O futuro da Pneuport,<br />

na minha opinião, passa pela própria<br />

gestão da Insígnia. Devido à evolução do<br />

mercado, à actual conjuntura económica e<br />

aos novos canais de distribuição existentes,<br />

as casas de pneus não podem ficar paradas.<br />

Existe uma necessidade de evoluir<br />

de uma forma rápida, pois o mercado está<br />

em constante mutação e a única maneira<br />

de o fazer é estar debaixo de uma Insígnia<br />

comum.<br />

Porém, as condições comerciais da<br />

Pneuport não se alteram para os sócios<br />

que não estão na Insígnia?<br />

As condições comerciais são iguais para<br />

to<strong>dos</strong> o sócios da Pneuport. Qualquer cooperador<br />

pode entrar para a Insígnia, desde<br />

que cumpra os requisitos.<br />

Quais são as vantagens de estar na<br />

Insígnia, se as condições comerciais são<br />

iguais para to<strong>dos</strong> os cooperadores?<br />

Uma das vantagens é o aproveitamento<br />

das sinergias da comunicação bem como<br />

as mais valias de ter uma rede com imagem<br />

comum que beneficia quem está nessa<br />

rede.<br />

Porque razão a Pneuport ainda hoje se<br />

mantém juridicamente como uma<br />

cooperativa?<br />

A Pneuport é uma cooperativa e se algum<br />

dia mudar para outra forma jurídica,<br />

desde que seja para o beneficio de to<strong>dos</strong> e<br />

para melhorar a sua articulação no mercado<br />

não vejo qualquer inconveniente. -<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

57


ENTREVISTA<br />

Paulo Campos – Presidente da Pneuport<br />

De qualquer maneira, a ideia de ser uma<br />

cooperativa ainda hoje se mantém actual,<br />

isto é, independentemente da dimensão do<br />

cooperador não existem posições dominantes<br />

de uns em relação aos outros.<br />

Aliás, penso que esta situação tem sido<br />

mesmo responsável pelo sucesso da Pneuport,<br />

pois tem sido uma organização muito<br />

estável, sem grandes atritos e sem polémicas.<br />

A Pneuport tem um grande património e<br />

to<strong>dos</strong> os cooperadores, por igual, têm a sua<br />

quota de responsabilidade nisso.<br />

Qual a sua opinião sobre outras<br />

organizações, que têm o mesmo fim que a<br />

Pneuport, e que já estão ou estarão a<br />

aparecer no mercado?<br />

Vejo a concorrência como uma oportunidade<br />

para a Pneuport melhorar. Não podemos<br />

estar a olhar para o passado e cruzar os<br />

braços face à conjuntura desagradável que<br />

atravessamos. Enquanto olhamos para a<br />

crise não estamos a gerir as nossas casas.<br />

Por isso, temos que olhar para o futuro,e<br />

adaptarmo-nos às novas exigências do mercado.<br />

A Pneuport possui 75<br />

cooperadores<br />

espalha<strong>dos</strong> pelos<br />

diversos pontos do<br />

país, existindo a<br />

possibilidade de o<br />

número ser ainda<br />

maior no futuro<br />

Tendo 75 cooperadores na Pneuport e<br />

atendendo à quantidade de casas de pneus<br />

que ainda não pertencem a qualquer rede<br />

organizada, considera que ainda à<br />

potencial de crescimento para a Pneuport?<br />

Vale sempre a pena crescer na nossa opinião.<br />

Mas existe uma questão que para nós é<br />

muito importante, que passa por fazer a manutenção<br />

<strong>dos</strong> cooperadores existentes.<br />

Não vale a pena estar a admitir cooperadores<br />

para a Pneuport, o que era bastante fácil,<br />

só para fazer número.<br />

Hoje em dia existem muitas dificuldades<br />

que têm de ser superadas, mas não queremos<br />

admitir cooperadores que possam vir<br />

para a Pneuport pensando que resolvem os<br />

seus problemas internos.<br />

A Pneuport, nos seus 20 anos de existência,<br />

nunca pagou a um único fornecedor com<br />

um dia de atraso. Queremos que continue a<br />

ser sempre assim.<br />

Como tal só admitiremos cooperadores<br />

que nos venham enriquecer e não o contrário.<br />

Estamos abertos a novos cooperadores,<br />

mas iremos fazer isso com maturidade e<br />

responsabilidade.<br />

Quais são as vantagens de estar numa<br />

rede, ou melhor, consegue-se estar no<br />

mercado sem se estar integrado numa<br />

rede?<br />

Comprar melhor aos fornecedores é uma<br />

vantagem significativa para os cooperantes<br />

da Pneuport, mas o preço não é tudo. Precisamos<br />

de potenciar as sinergias existentes<br />

na lógica de que to<strong>dos</strong> uni<strong>dos</strong> teremos mais<br />

força do que um individualmente.<br />

As campanhas de publicidade<br />

e marketing, a<br />

formação, a discussão<br />

interna com outros responsáveis<br />

de casas de<br />

pneus, entre outros assuntos,<br />

conseguem-se<br />

realizar de uma forma<br />

mais fácil quando se em<br />

rede.<br />

Tenho a certeza que se<br />

estivesse só no mercado<br />

teria muito mais dificuldade<br />

em sobreviver do que<br />

estando ligado a um grupo<br />

ou uma rede.<br />

A Pneuport dispõe de uma boa cobertura<br />

geográfica do mercado de pneus em<br />

Portugal?<br />

Obviamente que nos interessa admitir<br />

cooperadores em zonas do país onde ainda<br />

não estamos presentes, mas não faz sentido<br />

admitir outros em zonas onde já estamos representa<strong>dos</strong>.<br />

Cada cooperador tem que ter o<br />

seu próprio espaço para poder evoluir e<br />

crescer.<br />

O que faz um presidente da Pneuport?<br />

O presidente da Pneuport tem que identificar<br />

necessidades <strong>dos</strong> cooperadores e do<br />

mercado para depois as tentar satisfazer.<br />

Tenho que ter a capacidade de saber gerir a<br />

Pneuport de uma forma totalmente isenta,<br />

pois estou a representar 75 cooperadores.<br />

De qualquer forma tenho uma direcção<br />

com elementos muito competentes que me<br />

facilitam bastante o trabalho.<br />

Para além <strong>dos</strong> pneus, a<br />

Pneuport tem mais alguns<br />

acor<strong>dos</strong> com outras<br />

empresas ao nível das<br />

peças e <strong>dos</strong> consumíveis?<br />

Em termos de Insígnia<br />

Pneuport to<strong>dos</strong> os anos temos<br />

fornecedores referencia<strong>dos</strong><br />

seja nos equipamentos,<br />

nos consumíveis ou noutras<br />

áreas.<br />

Com os fornecedores de<br />

pneus e equipamentos temos<br />

também acor<strong>dos</strong> que nos permite<br />

fazer formações.<br />

Falou algumas vezes em formação. O que é<br />

que ela representa para a Pneuport?<br />

O nosso recurso mais valioso são os nossos<br />

colaboradores, isto é, to<strong>dos</strong> aqueles que<br />

prestam o serviço nas casas. Não podemos<br />

PNEUPORT<br />

Sede: Avenida de Berna nº 30 5º<br />

1050-042 Lisboa<br />

Presidente: Paulo Campos<br />

Telefone: 217 937 681<br />

Fax: 217 937 683<br />

E-mail: geral@pneuport.pt<br />

Internet: www.pneuport.pt<br />

58<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


O desenvolvimento de<br />

uma Insígnia Pneuport foi o<br />

rumo seguido por alguns<br />

<strong>dos</strong> cooperadores<br />

CONDIÇÕES DE ACESSO<br />

À PNEUPORT<br />

Para se entrar para a cooperativa Pneuport,<br />

as regras estão perfeitamente estabelecidas.<br />

Cada novo cooperante entra com um capital<br />

de 5.000 Euros, pagando depois<br />

uma jóia de 2.500 Euros, ficando detentor<br />

de uma participação bem maior dentro da<br />

Pneuport, do que o valor que pagou para<br />

entrar nesta cooperativa.<br />

Depois existe um conjunto de condições,<br />

que cada casa de pneus tem de cumprir,<br />

nomeadamente no que diz respeito a<br />

questões económico-financeiras.<br />

exigir deles, nem garantir<br />

a qualidade do<br />

serviço se não lhes<br />

dermos formação. Por<br />

isso apostamos muito<br />

em formação para os<br />

nossos cooperantes<br />

como forma de potenciar<br />

a qualidade do serviço.<br />

Como analisa a temática<br />

<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>?<br />

Na Pneuport aconselhamos<br />

que não se venda<br />

pneus usa<strong>dos</strong> e gostaríamos<br />

que não o fizessem.<br />

Com a oferta que existe em<br />

termos de pneus novos, com<br />

excelente relação preço /<br />

qualidade é fácil provar ao<br />

cliente que o pneu usado é um<br />

mau negócio para ele. Não é<br />

com pneus usa<strong>dos</strong> que se fidelizam<br />

clientes.<br />

A política de preços em todo a<br />

rede Pneuport é igual?<br />

Não. Tentamos desenvolver o<br />

conceito de preços regionais. A<br />

realidade de uma grande cidade é<br />

diferente face ao interior, mas<br />

tentamos que exista algum bom<br />

senso nesta questão para que não existam<br />

grandes disparidades de preços dentro da<br />

rede Pneuport.<br />

Cada vez existem mais “brokers” de pneus<br />

no mercado, com preços muito<br />

competitivos. Como é que a Pneuport olha<br />

para este negócio?<br />

Até ao ano passado a Pneuport só comprou<br />

pneus às marcas representadas em<br />

Portugal e vamos continuar a fazê-lo. Contudo,<br />

atendendo à realidade <strong>dos</strong> brokers que<br />

pontualmente apresentam condições muito<br />

competitivas, fizemos excepcionalmente um<br />

ou dois acor<strong>dos</strong> com esses brokers abrindo<br />

a possibilidade <strong>dos</strong> cooperadores da Pneuport<br />

poderem comprar pneus a eles. Era importante<br />

para o cooperador da Pneuport não<br />

fosse esta situação um factor inibidor de poder<br />

comprar melhor.<br />

Também achamos que a Pneuport ao<br />

efectuar algumas compras a esses brokers<br />

não colide com a relação comercial que temos<br />

mantido com as marcas.<br />

A rede Pneuport vai também evoluir para<br />

os serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />

Muitos <strong>dos</strong> cooperantes já o fizeram e alguns<br />

deles foram mesmo para a mecânica<br />

mais pesada. Conhecemos o cliente e sabemos<br />

que ele gosta de fazer o maior número<br />

de operações no mesmo local. É também<br />

uma forma de diminuir o espaço entre visitas<br />

e facilitar a sua fidelização.<br />

Penso que só deveremos ir para os serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> quando se garantir nos serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> a mesma qualidade de serviço que<br />

temos nos pneus e isso só se faz com formação.<br />

No caso de uma marca pneus não estar<br />

abrangida pelos acor<strong>dos</strong> da Pneuport, cada<br />

cooperante pode comprar fora da rede?<br />

Essa é uma regra que temos. Se um cooperante<br />

quiser adquirir pneus de uma determinada<br />

marca com a qual nós não tenhamos<br />

qualquer acordo, poderá fazê-lo.<br />

Como é que a rede Pneuport está a<br />

trabalhar ao nível <strong>dos</strong> acor<strong>dos</strong> com<br />

clientes, nomeadamente os acor<strong>dos</strong> de<br />

frotas?<br />

Temos também alguns acor<strong>dos</strong> a esse nível<br />

que continuaremos a manter e a incentivar,<br />

embora cada casa de pneus possa também<br />

ter os seus acor<strong>dos</strong> directos.<br />

Pensamos que os clientes de frota são importantes,<br />

pelo prestígio que é trabalhar<br />

esse mercado e pelo volume do mesmo. A<br />

exigência não é maior nem menor até porque<br />

o cliente particular ou um cliente de frota<br />

tem que ser sempre tratado da melhor<br />

forma.<br />

Como é que olha para o futuro da Pneuport<br />

e da Insígnia?<br />

O facto de estarmos a viver uma conjuntura<br />

difícil, acaba por fazer com que exista<br />

mais necessidade de evoluir e de estar na<br />

vanguarda. É nosso objectivo que muitos <strong>dos</strong><br />

cooperadores que não estejam na Insígnia<br />

passem a fazer parte dela. Também queremos<br />

estar atentos ao mercado e pensar que<br />

existam casas de pneus com condições de<br />

entrarem para a Pneuport em áreas onde<br />

ainda não temos cobertura. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

59


ENTREVISTA<br />

Ricardo Kendall<br />

Ricardo Kendall<br />

“ESTE É UM NEGÓCIO<br />

ANTI CRISE”<br />

Em <strong>Abril</strong> de <strong>2009</strong> a Midas já tinha em Portugal 32 centros<br />

autos. É uma das cadeias de serviços rápi<strong>dos</strong> que mais tem<br />

crescido no mercado da nova distribuição, onde os pneus<br />

assumem também um papel fundamental.<br />

AMidas é incontornável no pósvenda<br />

automóvel em Portugal.<br />

Claramente posicionada como<br />

oficina de serviços rápi<strong>dos</strong>, em menos de<br />

10 anos já está representada de Norte a<br />

Sul de Portugal. Mas não quer ficar por<br />

aqui. Ricardo Kendall, Administrador da<br />

Midas em Portugal fala do desenvolvimento<br />

do negócio, as próximas apostas e os<br />

pneus.<br />

A Midas não tem parado de crescer.<br />

Como caracteriza esta fase da Midas<br />

numa altura em que inaugurou o seu 32º<br />

centro?<br />

A Midas está obviamente numa fase<br />

bastante mais madura, podemos mesmo<br />

dizer que se encontra numa fase de consolidação<br />

do seu negócio. Temos 32 oficinas<br />

e pretendemos abrir mais 4 a 5 oficinas no<br />

máximo em <strong>2009</strong>.<br />

Temos uma cobertura nacional, que era<br />

um <strong>dos</strong> nossos objectivos, mas faltam-nos<br />

dois grandes pólos que são Aveiro e Leiria.<br />

As aberturas que temos previstas para<br />

este ano são essencialmente para Lisboa<br />

e Porto, onde iremos reforçar a nossa presença.<br />

Em 2008 a Midas<br />

inaugurou oito novos centros, o que é um<br />

pouco em contra-ciclo com aquilo que<br />

está a acontecer no mercado do pósvenda.<br />

Como explica esta situação?<br />

Este é um negócio anti crise. Nós temos<br />

uma série de clientes que eram de concessionários<br />

e que deixaram as concessões<br />

por causa <strong>dos</strong> preços e das demoras<br />

e actualmente recorrem a estas soluções<br />

que são mais baratas e mais rápidas.<br />

A Midas goza actualmente, fruto do intenso<br />

trabalho desenvolvido, de um excelente<br />

nome em Portugal, sendo claramente<br />

um player que é importante e muito credível<br />

no mercado.<br />

Quantos veículos foram repara<strong>dos</strong> em<br />

2008?<br />

Em 2008 nas oficinas das Midas entraram<br />

cerca de 75.000 carros para serem<br />

repara<strong>dos</strong> e queremos chegar aos 100.000<br />

carros repara<strong>dos</strong> em <strong>2009</strong>.<br />

Atendendo aos 60.000 de<br />

2007, esses são números que mostram<br />

um clara subida. Na sua opinião isso<br />

deve-se ao crescimento do número de<br />

centros ou a um aumento do serviço por<br />

centro?<br />

As duas coisas. De facto, o número de<br />

centros tem vindo a aumentar, como disse<br />

foram oito novos centros abertos em 2008,<br />

mas temos também conquistado novos<br />

clientes para além de fidelizar os actuais.<br />

Sem o factor de incorporação de novas casas<br />

crescemos cerca de 5%.<br />

Falou que os clientes <strong>dos</strong><br />

concessionários têm-se virado para a<br />

Midas. A concorrência vem <strong>dos</strong><br />

concessionários de marca ou da<br />

reparação independente?<br />

A nossa principal concorrência continuam<br />

a ser as oficinas tradicionais multi-<br />

60<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

61


ENTREVISTA<br />

Ricardo Kendall<br />

marca. Em 2008 crescemos 26% e este ano<br />

já vamos com um crescimento de 25%. Sentimos<br />

que estamos a atrair clientes que vêm<br />

de diversos la<strong>dos</strong>. Dos concessionários, pelas<br />

razões que disse antes, das oficinas tradicionais,<br />

que estão a fechar a um ritmo muito<br />

elevado, e até das casas de pneus, pois estamos<br />

a aumentar muito a facturação em<br />

pneus.<br />

Continua a ser de opinião que os<br />

concessionários continuam a ver a nova<br />

distribuição, como a Midas, como a grande<br />

concorrência?<br />

De facto assim continua a ser. A reparação<br />

rápida representa 6 a 7%, enquanto as oficinas<br />

tradicionais ainda valem 57% da reparação.<br />

Os concessionários devem é preocupar-se<br />

com estes 57% e não vender-lhe peças originais<br />

com 20 e 30% de desconto, alimentando<br />

um negócio que lhes faz concorrência, por<br />

vezes desleal.<br />

Nós trazemos para o mercado boas práticas<br />

de negócio, não andamos a matar preços<br />

e estamos no mercado de uma forma séria e<br />

cumpridora.<br />

O facto de serem já 32 centros Midas<br />

também começa a trazer importantes<br />

benefícios a to<strong>dos</strong> os níveis?<br />

Acho que conseguimos ter uma imagem a<br />

nível nacional muito forte. Quanto temos<br />

uma, cinco ou dez oficinas tem-se um impacto<br />

mas quando são mais de 30, e os clientes<br />

ouvem em diversas rádios o nome Midas,<br />

o impacto começa a ser maior e dá-se o efeito<br />

“bola de neve”.<br />

Existe no mercado, que não nos<br />

consumidores, uma ideia de que a Midas é<br />

muito forte em pneus?<br />

É absolutamente falso. Os pneus valem<br />

mais de 30% da nossa facturação, o que é de<br />

facto significativo, mas as revisões, em termos<br />

de trabalhos efectivos, têm uma importância<br />

ainda maior na casa <strong>dos</strong> 50%. Contudo,<br />

não somos uma casa de pneus mas temos<br />

uma posição importante nesta área.<br />

Quais são as razões para os pneus<br />

representarem tanto na facturação da<br />

Midas?<br />

Dou-lhe um exemplo. A revisão mecânica<br />

do meu carro foi feita aos 30.000 Kms e a<br />

mudança de pneus foi efectuada aos 36.000<br />

Kms. Quer isto dizer que também nos pneus<br />

as coisas estão a mudar muito rapidamente.<br />

Os pneus são também uma das razões que<br />

leva com alguma frequência o automobilista<br />

a uma oficina.<br />

Os pneus actualmente gastam-se mais<br />

depressa, os carros são cada vez melhores,<br />

curvam muito mais rapidamente, têm jantes<br />

maiores e por isso têm de trocar mais vezes<br />

de pneus.<br />

Qual é a tendência de crescimento em<br />

termos de serviços de mecânica / pneus na<br />

Midas?<br />

Os serviços de pneus estão de facto a crescer<br />

imenso, até porque os carros com menor<br />

cilindrada já trazem jantes de 16 e 17 polegadas.<br />

Nota-se que existe um crescimento<br />

ao nível do serviço de pneus.<br />

Qual tem sido<br />

a evolução do<br />

conceito Midas<br />

em termos<br />

oficinais?<br />

Temos a grande<br />

vantagem de estarmos<br />

associa<strong>dos</strong><br />

à maior rede de<br />

serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />

que é a Midas, que<br />

tem mais de 3.000<br />

oficinas em todo o<br />

Mundo.<br />

Existem uma série<br />

de coisas que são feitas<br />

quer nos centros Midas<br />

na América e na Europa,<br />

que nós vamos aproveitando<br />

em termos de “best<br />

practices”.<br />

O conceito base, de três<br />

baias e uma recepção em<br />

cada oficina Midas mantém-se,<br />

o que mudou neste conceito foi que<br />

antes eram usa<strong>dos</strong> carrinhos com ferramentas<br />

e agora (para já em alguns centros) a<br />

ferramenta está exposta na parede, o que dá<br />

um aspecto mais moderno e mais técnico à<br />

oficina.<br />

O vosso conceito de centro de serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> vai evoluir para serviços mais<br />

técnicos?<br />

Não notamos que o cliente procure isso na<br />

Midas, nem é esse o nosso posicionamento.<br />

Nós fazemos serviço rápi<strong>dos</strong> e é nisso que<br />

somos especializa<strong>dos</strong>.Estamos a fazer também<br />

serviços de mudança de correia de distribuição<br />

em quatro centros e vamos avançar<br />

com esse serviço para doze centros. É<br />

um serviço um pouco mais técnico, mas que<br />

vai na lógica de que a Midas sempre soube<br />

acompanhar o mercado.<br />

Os serviços que a Midas faz cobrem 80%<br />

<strong>dos</strong> serviços que levam um condutor a uma<br />

oficina. Os restantes são a chapa, os vidros e<br />

outros serviços que nós temos.<br />

São 32 os centros da<br />

Midas em Portugal,<br />

mas a expansão da<br />

rede não vai ficar por<br />

aqui, podendo em<br />

<strong>2009</strong> chegar aos<br />

36 centros<br />

Os pneus<br />

representam<br />

cerca de 30% da<br />

facturação da<br />

Midas<br />

MIDAS<br />

Sede: Rua <strong>dos</strong> Ciprestes, 48<br />

Office no Estoril - Alto <strong>dos</strong> Gaios<br />

2750-623 Estoril<br />

Administrador: Ricardo Kendall<br />

Telefone: 214 643 360<br />

Fax: 214 643 361<br />

E-mail: midasportugal@midasportugal.com<br />

Internet: www.midasportugal.com<br />

62<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Os serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> são a<br />

génese do<br />

serviço Midas<br />

Os clientes vão à<br />

Midas por causa<br />

<strong>dos</strong> preços mais<br />

competitivos?<br />

Nós não somos<br />

os mais baratos<br />

nem o queremos<br />

ser. Existe uma forte<br />

preocupação de<br />

remunerar os accionistas<br />

e de ter rentabilidade<br />

no negócio.<br />

Queremos vender<br />

qualidade e ter o mínimo<br />

de reclamações<br />

possíveis.<br />

O que é preciso para se<br />

vender qualidade?<br />

A Midas investiu num<br />

centro de formação que<br />

está integralmente montado<br />

como se fosse um<br />

centro aberto ao público. Temos três pessoas<br />

que se dedicam à formação e que dão<br />

qualquer coisa como 225 dias de formação<br />

por ano. Estamos continuamente em formação.<br />

É uma preocupação forte<br />

que temos, nomeadamente<br />

por aquilo que se<br />

avizinha, em termos de<br />

electrónica nos automóveis.<br />

Já temos quase to<strong>dos</strong><br />

os centros equipa<strong>dos</strong> com<br />

máquinas de diagnóstico.<br />

Por outro lado, não temos<br />

tido dificuldade nenhuma em<br />

encontrar recursos humanos<br />

para as nossas oficinas. Temos<br />

dado emprego a pessoas<br />

de meia ideia, que nos trazem<br />

um capital de experiência muito<br />

grande, o que é fantástico<br />

para nós.<br />

A aposta no centro de formação<br />

permitiu melhorar os índices de<br />

qualidade do serviço? Nota-se a<br />

diferença?<br />

Claramente que sim. Os<br />

inquéritos de satisfação<br />

que fazemos internamente<br />

a mais de 500 clientes por<br />

ano, indica que 89% está<br />

contente ou muito contente<br />

com os serviços da Midas.<br />

Este dado é muito importante<br />

para nós, o que não invalida<br />

que não existam problemas<br />

quando se reparam 75.000 carros<br />

num ano.<br />

To<strong>dos</strong> os vossos centros são próprios. Vão<br />

continuar a manter essa abordagem? Não<br />

estão a pensar em franchisar alguns<br />

centros?<br />

Não. Gostamos deste negócio e de o gerir e<br />

por isso não vemos razão para o franchisar.<br />

É certo que a tendência na Europa e no Mundo<br />

é ter 30% de oficinais próprias e 70% franchisadas.<br />

Nós temos 100% de oficinas próprias.<br />

A dimensão não pode trazer problemas de<br />

controlo do próprio negócio?<br />

Temos uma equipa muito forte e profissional.<br />

São quatro “area manager” que gerem<br />

as nossas oficinas que reportam a um director<br />

de operações.<br />

Por outro lado o efeito rede é muito importante.<br />

Neste momento estão to<strong>dos</strong> os centros<br />

a beneficiar do facto de sermos já 32 oficinas<br />

Midas em Portugal.<br />

A dimensão é muito importante para<br />

alavancar outros negócios, como o das<br />

gestoras de frotas?<br />

Sim. Foram em parte as gestoras de frotas<br />

que nos “obrigaram” a abrir centros no Algarve.<br />

Já o tínhamos pensado mas não era<br />

para ser tão cedo. Mas a nossa operação no<br />

Algarve com dois centros está a correr muito<br />

bem.<br />

Trabalhamos com 90% das gestoras de<br />

frotas, e temos um acordo com o ACP, que é<br />

muito importante para nós.<br />

Ao nível <strong>dos</strong> pneus, quais são os vossos<br />

fornecedores?<br />

Durante muitos anos trabalhámos exclusivamente<br />

com a Goodyear / Dunlop. Esta<br />

empresa fazia uma marca exclusiva da Midas,<br />

que é o Voyager, e também tínhamos<br />

um pneu Budget que é o Debica.<br />

Continuamos com estas quatro marcas,<br />

passamos a trabalhar também com a Bridgestone<br />

e a Firestone e vamos ainda juntar<br />

ao nosso portfolio os pneus da Michelin.<br />

Andamos ainda à procura de mais um<br />

pneu Budget, que seja bom e barato, embora<br />

construído por um <strong>dos</strong> fabricantes de<br />

topo, que nos possa dar todas as garantias.<br />

Como é que olha para o futuro da Midas?<br />

Em <strong>2009</strong> gostaríamos de facturar mais<br />

de 12 milhões de Euros.<br />

Pretendemos acabar o ano com 36 centros,<br />

mas acima de tudo o mais importante<br />

é que os nossos clientes saiam da Midas<br />

sempre satisfeitos. Sentimos também que<br />

quem aguentar esta crise vai sair reforçado<br />

dela no futuro. A médio / longo prazo temos<br />

como objectivo chegar às 50 oficinas<br />

Midas em Portugal. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

63


EMPRESA<br />

Garland <strong>Pneus</strong><br />

Garland <strong>Pneus</strong><br />

APOSTAR NA PROXIMIDADE<br />

ÀS CASAS DE PNEUS<br />

Herdeira de uma longa história no mercado <strong>dos</strong><br />

pneus, a Garland <strong>Pneus</strong> está no mercado há quase<br />

cinco anos, comercializando os pneus da Cooper,<br />

Uniroyal, Kenda, Runway e Primewell.<br />

64<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Aempresa Garland já tem 233<br />

anos. Foi fundada pelo Sr. Garland,<br />

negociante de Bacalhau,<br />

que um dia veio parar a Portugal devido a<br />

uma enorme tempestade no mar.<br />

Vendeu a sua carga tão bem no nosso<br />

país, que se estabeleceu em Portugal vindo<br />

a fazer uma sociedade com o Sr. Laidley.<br />

Em 1855 a Garland Laidley entrou em<br />

força na área da navegação. Assim, a área<br />

de transportes, logística e navegação transitária,<br />

que evoluiu imenso até aos dias de<br />

hoje, sempre foi o negócio principal da empresa.<br />

Actualmente, todas as empresas de<br />

grupo Garland Laidley facturam perto de<br />

120 milhões de Euros.<br />

Os pneus no Grupo Garland Laidley entram<br />

em 1963, com a SP <strong>Pneus</strong>. A Dunlop,<br />

que tinham um escritório em Portugal, utilizava<br />

uma outra empresa para fazer a logística<br />

e o back-office. O fecho dessa empresa<br />

levou a Garland a assumir a logística<br />

da Dunlop em Portugal durante três anos.<br />

Porém, em 1967, a Dunlop porque achava<br />

que o mercado português era pequeno<br />

queria retirar-se oficialmente do mercado,<br />

propondo à Garland ficar com toda a representação<br />

e distribuição da marca para<br />

o nosso país.<br />

O crescimento do negócio foi tal que até<br />

finais da década de 90 a Garland era o segundo<br />

maior distribuidor de pneus a nível<br />

nacional, com mais de 450.000 pneus de ligeiros<br />

e cerca de 30.000 pneus de pesa<strong>dos</strong>.<br />

A joint-venture entre e Sumitomo (detentora<br />

da Dunlop) e a Goodyear, levou o<br />

gigante americano a assumir em diversos<br />

merca<strong>dos</strong> Europeus a distribuição das<br />

suas próprias marcas.<br />

A Garland ainda trabalhou com a Dunlop<br />

por mais quatro ou cinco anos, tendo a<br />

partir dessa altura equacionado o fim da<br />

sua actividade nos pneus, tanto mais que<br />

o core business da Garland continuava a<br />

ser a logística, transportes, transitários,<br />

etc.<br />

Finda a SP <strong>Pneus</strong>, em<br />

2<strong>005</strong> a Continental aproximou-se<br />

da Garland, ao ponto<br />

de esta passar a representar<br />

a Uniroyal e a Sportiva,<br />

dando assim continuidade<br />

ao seu negócio nos pneus<br />

através da Garland <strong>Pneus</strong>.<br />

Mais tarde foram adicionadas<br />

ao portfólio as marcas<br />

Kenda (2006), Runway e Primewell<br />

(2007), Continental<br />

(também em 2007) para já em<br />

<strong>2009</strong> passar a distribuir em exclusivo<br />

os pneus da Cooper.<br />

A Garland <strong>Pneus</strong> é essencialmente uma<br />

empresa comercial que se dedica à venda<br />

das marcas Uniroyal, Cooper, Kenda, Runway<br />

e Primewell. Todas as restantes operações<br />

de transporte marítimo, terrestre,<br />

armazenagem e contabilidade/recursos<br />

humanos são assegura<strong>dos</strong> por empresas<br />

do Grupo Garland e a operação logística é<br />

assegurada pela Garland Logística (GLog),<br />

outra empresa do Grupo.<br />

A GLog está presente na logística e distribuição<br />

de diversos sectores de actividade<br />

(tem uma operação muito forte nos textéis),<br />

tendo diversos armazéns espalha<strong>dos</strong><br />

pelo país, com mais de 25.000 m2 de armazém.<br />

Na Abóboda, perto de Lisboa, situa-se a<br />

principal operação logística, de onde são<br />

distribuí<strong>dos</strong> os pneus para todo o país,<br />

existindo também na Maia um outro armazém<br />

com um pequeno stock de pneus.<br />

Num raio de 50 kms destes dois armazéns,<br />

podem ser efectuadas operações bidiárias<br />

de entregas de pneus aos retalhistas, sendo<br />

que a operação para o resto contempla<br />

entregas diárias.<br />

Com um stock médio de 15.000 pneus, a<br />

Garland <strong>Pneus</strong> vende uma média de 8.000<br />

pneus por mês, tendo vendido em 2008<br />

cerca 105.000 pneus (pneus de ligeiros, comerciais,<br />

4x4 e pesa<strong>dos</strong>).<br />

“Temos a noção de que somos um operador<br />

relativamente pequeno na área <strong>dos</strong><br />

pneus. Cometemos um enorme erro no<br />

passado, quando nos dedicamos em exclusivo<br />

à Dunlop. Quando deixamos a marca<br />

tivemos que fazer tudo a partir do zero”,<br />

comenta Bruce Dawson, presidente da<br />

Garland Laidley e responsável máximo<br />

pela Garland <strong>Pneus</strong>, considerando que<br />

“actualmente estamos prepara<strong>dos</strong> para<br />

que isso não volte a acontecer. Por outro<br />

lado o preço domina e existem clientes que<br />

só olham para este aspecto. Por isso, é necessário<br />

ter uma gama diversificada em<br />

produtos e marcas”.<br />

Relativamente às marcas orientais que<br />

representa, Bruce Dawson considera que<br />

“estamos muito satisfeitos com as escolhas<br />

que fizémos. São produtos de grande<br />

qualidade, que nos dão garantias de qualidade.<br />

Aliás, a Garland tem uma reputação<br />

a defender no mercado, não só nos pneus,<br />

por isso não poderiamos vender qualquer<br />

tipo de pneu chinês”, referindo-se à Kenda,<br />

Runway e Primewell.<br />

Aliás, as visitas regulares anuais <strong>dos</strong><br />

responsáveis da Garland às fábricas orientais<br />

(Taiwan e China), permitem aos mesmos<br />

constatar “que são empresas que sabem<br />

o que estão a fazer, com departamentos<br />

de investigação e desenvolvimento, que<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

65


EMPRESA<br />

Garland <strong>Pneus</strong><br />

comprovam constantemente a qualidade<br />

<strong>dos</strong> produtos”, revela o mesmo responsável.<br />

Quanto às restantes marcas, nomeadamente<br />

a Uniroyal e Cooper, são<br />

produtos que “têm muita qualidade e que<br />

nos posicionam ao nível <strong>dos</strong> melhores,<br />

mas sabemos que temos que recorrer a<br />

outras armas para ser concorrenciais<br />

no sector face às grandes multinacionais”,<br />

observa Bruce Dawson.<br />

Uma das armas utilizadas pela Garland<br />

<strong>Pneus</strong> passa pela maior proximidade<br />

com os retalhistas. “Nós trabalhamos<br />

essencialmente numa relação<br />

de grande proximidade com as<br />

casas de pneus, proporcionando-lhes<br />

todo o apoio, deixando um pouco de<br />

lado as frotas e os renting´s”, afirma o<br />

presidente da Garland, acrescentando<br />

que “temos feito também um esforço<br />

importante no stock, pois sabemos que<br />

só dessa forma poderemos seguir a nossa<br />

estratégia”.<br />

A experiente estrutura comercial da<br />

anterior empresa, foi ajustada à actual dimensão<br />

da Garland <strong>Pneus</strong>, contando com<br />

7 elementos a nível nacional.<br />

Um dinâmico suporte informático, permite<br />

à Garland saber a todo o momento o<br />

que se passa com a sua actividade quer<br />

nas vendas e na relação com as casas de<br />

pneus, como também ao nível do stock e<br />

da logística de armazém.<br />

Parte da distribuição é sub-contratada,<br />

embora a Garland também possua alguma<br />

frota dedicada à distribuição de<br />

pneus.<br />

Sempre atento ao que se passa no mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus, Bruce Dawson, que chegou<br />

a ser presidente da mesa de pneus da<br />

ACAP, divide o mesmo em companhias<br />

(representantes oficiais de marcas) e distribuidoras.<br />

Na sua opinião continua a haver<br />

uma grande falha neste sector de actividade,<br />

nomeadamente, entre os distribuidores.<br />

“Continua a não haver diálogo entre os<br />

diferentes parceiros do negócio. A ideia<br />

não é falar de preços, mas sim abordar<br />

todo o tipo de assuntos que influenciam e<br />

muitas vezes dificultam directamente o<br />

nosso negócio”, refere Bruce Dawson<br />

aludindo ao facto de que “é preciso disciplinar<br />

o nosso sector, quer ao nível das<br />

marcas quer da distribuição. Mesmo ao<br />

nível do Estado existe uma grande falta<br />

intervenção para regular o sector, pois é<br />

do terceiro mundo o que se passa com os<br />

pneus usa<strong>dos</strong>, mercado paralelo, fiscalização<br />

e falta de legislação, ao nível, por<br />

exemplo, da ausência de pagamento do<br />

IVA e do Ecovalor”.<br />

COOPER NA GARLAND PNEUS<br />

A Garland <strong>Pneus</strong>, Lda e a Cooper Tire & Rubber Company estabeleceram um acordo<br />

comercial para a representação da marca de pneus Cooper no mercado Português.<br />

A introdução da marca Cooper complementa a oferta de<br />

pneus junto da sua rede de distribuição, com a representação<br />

em exclusividade desta prestigiada marca.<br />

A Cooper Tire & Rubber Company, com sede em<br />

Findlay, Ohio nos EUA, é um <strong>dos</strong> 10 maiores produtores<br />

mundiais de pneus e um <strong>dos</strong> 3 maiores do<br />

mercado americano, disponibilizando no mercado<br />

nacional, toda a sua completa e reputada gama<br />

de pneus premium.<br />

Marca associada ao reconhecimento incondicional<br />

na sua gama de pneus 4x4, também produz<br />

toda a gama de pneus ligeiros, comerciais,<br />

pesa<strong>dos</strong> e através das suas subsidiárias produz<br />

pneus de motociclos e de competição.<br />

Com representação directa em vários países<br />

europeus, em <strong>2009</strong> está agora representada<br />

em Portugal pela Garland <strong>Pneus</strong>, Lda.<br />

Novo Cooper Zeon CS6<br />

A Garland lançou muito recentemente um<br />

pneu de alto desempenho, o Cooper Zeon CS6.<br />

Substituindo o Cooper Zeon XTC V e W, o CS6<br />

apresenta um novo composto de sílica na banda<br />

de rodagem que graças à mais recente tecnologia<br />

de concepção assístida por computador, oferece<br />

maior aderência nas superfícies molhadas, em travagem<br />

e na viragem, mas também oferece um duração<br />

12% superior ao pneu que agora substitui.<br />

O CS6 está disponível nos tamanhos de 15 a 18 polegadas,<br />

podendo também suportar índices de velocidade superiores<br />

que o seu antecessor, incluindo as classificações V, W e Y.<br />

O Cooper Zeon CS6 apresenta ao todo 38 dimensões, estando previsto o lançamento<br />

para breve das versões run-flat.<br />

Bruce Dawson,<br />

Presidente da Garland,<br />

diz que em alguns<br />

aspectos o mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus é do<br />

terceiro mundo, como<br />

é o caso <strong>dos</strong> pneus<br />

usa<strong>dos</strong><br />

A Garland <strong>Pneus</strong> possui um<br />

stock médio de 15.000<br />

pneus, tendo recentemente<br />

introduzido a marca Cooper<br />

na sua distribuição<br />

GARLAND PNEUS<br />

Sede: Zona Ind. da Maia I, Sector VIII, 310<br />

4475-298 GEMUNDE - MAIA<br />

Presidente: Bruce Dawson<br />

Telefone: 229 478 387<br />

Fax: 229 483 908<br />

E-mail: bruce.dawson@garland.pt<br />

Internet: www.garland.pt<br />

66<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


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UNIROYAL RAINEXPERT<br />

É A NOVIDADE<br />

O novo pneu de chuva RainExpert, da Uniroyal, já está disponível<br />

nos agentes de pneus em Portugal. Neste novo pneu destacam-se<br />

diversas características ao nível do aquaplanning,<br />

travagem e quilometragem.<br />

Assim, o Uniroyal RainExpert possui até 5% mais resistência<br />

ao aquaplanning, reduz em quase 3% as distâncias de travagem,<br />

e tem um acréscimo de mais<br />

5% na quilometragem.<br />

A responsabilidade desta<br />

performance, está a cargo do<br />

piso hidrodinâmico, caracterizado<br />

por um padrão com<br />

orientação direccional e um<br />

formato consistente em V<br />

(uma versão com três ou<br />

quatro ranhuras é usada<br />

dependendo da dimensão<br />

do pneu). Com chuva o padrão<br />

do piso com ranhuras<br />

em circunferência absorve<br />

a água rapidamente e dispersa-a<br />

eficientemente para<br />

os la<strong>dos</strong> do pneu através <strong>dos</strong><br />

canais existentes entre os segmentos<br />

do piso, obtendo-se dessa<br />

forma uma maior aderência.<br />

Outra característica útil para aumentar a vida útil do pneu é o<br />

VAI ou indicador visual do alinhamento no piso. Os VAI são símbolos<br />

guarda-chuva vulcaniza<strong>dos</strong> no pneu e servem como indicadores<br />

visuais do desalinhamento de um veículo.<br />

O novo RainExpert é fabricado em 78 versões diferentes<br />

abarcando dimensões entre as 13 e 16 polegadas, sendo ideal<br />

para veículos que vão desde o super-mini e carros compactos<br />

aos de categoria média.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

67


EMPRESA<br />

Pneu Directo<br />

INOVAR E DIFERENCIAR<br />

A Pneu Directo (www.pneudirecto.pt) é uma plataforma<br />

de venda de pneus via internet. O seu conceito foi<br />

evoluindo dando lugar a outros negócios. Actualmente a<br />

distribuição e assistência a pneus são também uma<br />

realidade para este operador.<br />

Ocanal tradicional não tem os dias<br />

conta<strong>dos</strong>, mas terá que se bater<br />

com outras novas formas de comercialização<br />

<strong>dos</strong> pneus. A internet é uma<br />

realidade e a vendas deste canal de distribuição<br />

têm aumentado consolidadamente.<br />

Um <strong>dos</strong> operadores “on line” mais activos<br />

(não quer dizer que é o que venda mais) que<br />

existe no nosso país é a Pneu Directo, percursor<br />

de um projecto pensado há mais de<br />

oito anos, que actualmente evolui juntamente<br />

com outros formas de estar no mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

“Este projecto nasce há 8 anos quando decidi<br />

entrar no negócio <strong>dos</strong> pneus. Rapidamente<br />

percebi que o mercado oferecia ratoeiras<br />

gigantescas, e a minha perspectiva<br />

de negócio esteve sempre em concentrar os<br />

meus esforços nas compras”, refere Carlos<br />

Esteves, gerente da Pneu Directo, acrescentando<br />

que “foi nessa lógica que apareceu há<br />

seis anos a “pneus4all”, tendo desde logo<br />

uma enorme quantidade de clientes, até<br />

porque a nossa aposta era, e continua a ser<br />

actualmente, a diferenciação e a inovação”.<br />

O que norteou este jovem empresário da<br />

A Pneu Directo, vende pneus via internet, mas possui também<br />

um posto de assistência para além de fazer a revenda<br />

zona de Mafra, foi criar um negócio que fosse<br />

diferente <strong>dos</strong> outros e que estivesse sempre<br />

a inovar.<br />

Porém, ainda antes da internet, tudo começou<br />

por um posto de assistência a pneus,<br />

mas “rapidamente percebemos que a internet<br />

era um importante passo que estava de<br />

acordo com aquilo que pretendíamos em<br />

termos de diferenciação e de inovação”, refere<br />

o mesmo responsável.<br />

O sucesso desta aposta no “on line” trouxe<br />

os primeiros problemas, já que o ritmo de<br />

vendas de pneus era de tal forma alto, que<br />

fazia com que mensalmente a página estivesse<br />

desactualizada.<br />

“Esta primeira página de internet foi como<br />

que um tubo de ensaio para a empresa, no<br />

qual foi possível ficar a conhecer as fragilidades<br />

e potencialidades da mesma no negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus”, refere Carlos Esteves, sendo<br />

68<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


A Pneu Directo está a desenvolver outros<br />

projectos na área <strong>dos</strong> pneus, sempre com<br />

o objectivo de diversificar neste negócio<br />

nessa altura que se começou a pensar efectivamente<br />

no projecto Pneu Directo, o que<br />

associado a “uma imagem forte e a uma boa<br />

capacidade operativa tínhamos os ingredientes<br />

para o negócio crescer”.<br />

A “pneus4all” foi perdendo peso, já que<br />

não permitia que a empresa seguisse o caminho<br />

da inovação, tendo sido nessa fase<br />

que apareceu um parceiro a sugerir uma<br />

parceria dentro deste negócio, “tendo nós<br />

acabado por comprar a Pneu Directo, que<br />

hoje é um nome e uma marca registada”, explica<br />

o responsável da empresa, acrescentando<br />

que nesta nova fase, já com a Pneu Directo,<br />

“permitiu-nos ter um site dinâmico<br />

que reflete a nossa oferta, mas também que<br />

nos permite a tal inovação e diferenciação”.<br />

Este projecto “on line” aparece numa altura<br />

em que o mercado de pneus estava já em<br />

queda de vendas. “No nosso entender o<br />

mercado precisava mesmo de projectos diferentes,<br />

dentro da nossa lógica de inovar e<br />

diferenciar” assegura Carlos Esteves,<br />

acrescentando que “começámos a pensar<br />

em desenvolver contactos com casas de<br />

pneus num esquema de negócio em que to<strong>dos</strong><br />

ganham”.<br />

Assim, a Pneu Directo angaria o cliente,<br />

através da comercialização do pneus, e indica<br />

ao mesmo o local onde se deve dirigir para<br />

os montar.<br />

“No fundo é bom para to<strong>dos</strong>, o montador é<br />

bem remunerado e to<strong>dos</strong> ganhamos. O ciclo<br />

de negócio acaba por trazer vendas e mais<br />

serviço para as casas de pneus”, revela Carlos<br />

Esteves.<br />

Mas a lógica que está inerente a este negócio<br />

não passa só pela venda. Paralelamente<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

69


EMPRESA<br />

Carlos Esteve, gerente da Pneu Directo,<br />

acredita bastante nas vendas via internet,<br />

sendo este um projecto já com vários anos<br />

foi dada uma grande importância à informação<br />

prestada ao cliente, afirmando este mesmo<br />

empresário que “o cliente precisa sentir<br />

que está a trabalhar com uma estrutura sólida,<br />

por isso sempre que contacta connosco<br />

ele sente que está a falar com profissionais”.<br />

Comercializando essencialmente um segmento<br />

de pneu de gama média para cima,<br />

por vezes em medidas pouco usuais, a Pneu<br />

Directo está virada “para clientes bem informa<strong>dos</strong><br />

que querem ser bem servi<strong>dos</strong> e que<br />

procuram um preço mais baixo. Por isso<br />

apostamos muito em pneus de gama alta”,<br />

revela Carlos Esteves.<br />

Com uma rede de parceiros com cerca de<br />

20 casas de pneus, Carlos Esteves tem a noção<br />

exacta de que este negócio de venda de<br />

pneus via internet vai muito de encontro às<br />

necessidades de um cliente urbano, onde o<br />

tempo é uma questão importante e faz parte<br />

da lógica de serviço.<br />

Quando se compra via “on line” na Pneu<br />

Directo, o cliente não paga nada adiantado,<br />

mas sabe quanto vai pagar na totalidade,<br />

pois é dado o preço <strong>dos</strong> pneus onde estão incluí<strong>dos</strong><br />

to<strong>dos</strong> os serviços. O valor ganho pela<br />

oficina que monta os pneus já está previamente<br />

acordado entre a Pneu Directo e a<br />

respectiva casa de pneus.<br />

A rapidez na entrega do pneu é também<br />

um <strong>dos</strong> factores importantes neste negócio.<br />

“Em algumas situações já estamos a evoluir<br />

para o pneu pedido de manhã e entregue à<br />

tarde, embora a expectativa do cliente on<br />

line seja um pouco diferente do cliente que<br />

vai directamente a um posto”, refere Carlos<br />

Esteves.<br />

Para finalizar, o responsável da Pneu Directo<br />

diz que “as vendas via internet têm vindo<br />

a crescer bastante. É um negócio em<br />

crescimento e to<strong>dos</strong> sabem disso. Está a<br />

existir uma derrapagem do canal tradicional<br />

de venda de pneus para novos canais como a<br />

internet e a nova distribuição. Acredito muito<br />

no especialista do pneu, mas acredito também<br />

que as pequenas casas vão ter muitas<br />

dificuldades, nomeadamente aquelas que<br />

não acompanharem a nova tendência”.<br />

Para terminar refira-se que a Pneu Directo<br />

possui em stock 85% <strong>dos</strong> pneus que vende<br />

on line, permitindo dessa forma uma resposta<br />

rápida aos seus clientes.<br />

“Para to<strong>dos</strong> os que não acreditam nos benefícios<br />

da internet relembramos que a primeira<br />

vez o cliente é nosso e a segunda pode<br />

ser de quem monta os pneus. Assim sendo<br />

antevemos um mercado desafiante nos anos<br />

que se avizinham”, conclui Carlos Esteves. ■<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

E POSTO DE<br />

ASSISTÊNCIA<br />

Para além da internet, a Pneu Directo<br />

está actualmente presente na distribuição,<br />

onde possui um stock com cerca<br />

de 5.000 pneus, essencialmente de gamas<br />

mais altas, com medidas pouco<br />

usuais.<br />

Outro negócio da Pneu Directo é o posto<br />

de assistência a pneus, que a empresa<br />

possui na zona de Mafra.<br />

Muito recentemente este posto de assistência<br />

passou a integrar a rede de<br />

postos da First Stop, pois “existe a necessidade<br />

de nos enquadrarmos numa<br />

política de grupo, o que não colide com o<br />

nosso projecto na internet”, refere Carlos<br />

Esteves.<br />

PNEU DIRECTO<br />

Sede: Rua 25 de <strong>Abril</strong><br />

Alto <strong>dos</strong> Moinhos<br />

2640 – 321 Igreja Nova<br />

Mafra<br />

Gerente: Carlos Esteves<br />

Telefone: 219 674 006<br />

Fax: n.d.<br />

E-mail: geral@pneudirecto.pt<br />

Internet: www.pneudirecto.pt<br />

70<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Praia D’EL Rey<br />

Golf & Beach Resort<br />

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2º PAINEL<br />

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3º PAINEL<br />

Conquistar e Manter Clientes<br />

4º PAINEL<br />

Sistemas de Monitorização da Actividade


EMPRESA<br />

Alta Roda<br />

MARCA DE REFERÊNCIA<br />

Jovem e dinâmica. É assim a Alta Roda. Uma empresa<br />

de Paredes que tem como core business os produtos<br />

de reparação de pneus. Em Portugal e Angola<br />

representa a conceituada marca Tech.<br />

AAlta Roda abriu portas no dia sete<br />

de Julho de 2007 (7 do 7 de 2007).<br />

Apesar de jovem, Vitor Rocha sempre<br />

teve uma enorme motivação para ter um<br />

negócio próprio. Iniciou sem estar ligado a<br />

grandes marcas, pelo que a única coisa que<br />

sabia, segundo diz, é que queria vender produtos<br />

de qualidade.<br />

A sua experiência na área da reparação de<br />

pneus, ao nível <strong>dos</strong> consumíveis, permitiulhe<br />

trabalhar esse tipo de produtos (com<br />

uma marca que actualmente é da concorrência)<br />

durante alguns meses, mas existiam<br />

já outros objectivos, que passavam pela representação<br />

exclusiva de marcas.<br />

Ouvindo o mercado e sabendo das qualidades<br />

da marca Tech, que Vitor Rocha já tinha<br />

trabalhado no passado (a Tech chegou a ser<br />

líder de mercado nos consumíveis para reparação<br />

de pneus), a Alta Roda tentou agarrar<br />

essa representação para Portugal.<br />

“A não ser a nossa experiência e a imensa<br />

vontade de trabalhar a marca e vestir a camisola,<br />

pouco poderiamos oferecer à Tech,<br />

pois estavamos ainda a começar”, refere Vitor<br />

Rocha.<br />

A razão para a Alta Roda ter ficado com a<br />

Tech justifica-se por “termos uma empresa<br />

muito organizada e por lhes termos apresentado<br />

um plano a cinco anos, onde demonstramos<br />

aquilo que queriamos fazer<br />

com a marca”, revela o mesmo responsável.<br />

Ganha a representação para Portugal (e<br />

também para Angola), foi também garantida<br />

a formação e todo o apoio necessário para se<br />

atingir o plano de negócios traçado.<br />

“Foi de tal maneira bem sucedido este primeiro<br />

ano, que em 2008 ultrapassamos<br />

mesmo os objectivos traça<strong>dos</strong> pela própria<br />

Tech”, assegura Vitor Rocha<br />

O crescimento<br />

Apesar de representar uma marca de referência,<br />

como é Tech, Vitor Rocha esteve<br />

sempre atento às constantes mutações do<br />

mercado. O espartilho em que se tornou o<br />

negócio <strong>dos</strong> produtos de reparação de<br />

pneus, com múltiplos operadores no mercado,<br />

deu-lhe indicações que a Alta Roda para<br />

evoluir e crescer teria que alargar a sua<br />

gama de produtos.<br />

“Para manter o mesmo padrão de qualidade<br />

noutras áreas que tinhamos nos produtos<br />

de reparação, que são o nosso core business,<br />

decidimos apostar em parcerias com<br />

empresa que nos dessem garantias ao nível<br />

do pós-venda”, afirma Vitor Rocha, tendo<br />

sido dessa forma que apareceram os equipamentos<br />

da Launch, nomeadamente ao nível<br />

do diagnóstico (para além da linha de<br />

equipamentos para casas de pneus e de garagem),<br />

com preços competitivos e que permitem<br />

que a Alta Roda também começasse<br />

a vender a oficinas de mecânica.<br />

Produtos de Car Care, tuning, jantes especiais,<br />

espaçadores de rodas, anti-roubos,<br />

entre outros, constituem a oferta que a Alta<br />

Roda tem para o mercado, que “permitem à<br />

nossa equipa comercial ir de encontro às necessidades<br />

<strong>dos</strong> clientes”, refere Vitor Rocha.<br />

ALTA RODA<br />

SOLUÇÕES AUTO, LDA.<br />

Sede: Rua Serpa Pinto 119<br />

Loja 53<br />

4580 – 204 Paredes<br />

Director geral: Vitor Rocha<br />

Telefone: 255783600<br />

Fax: 255784161<br />

E-mail: vitor@altaroda.pt<br />

Internet: www.altaroda.pt<br />

72<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


TECH É REFERÊNCIA<br />

PUB<br />

A TECH possui uma vasta gama de produtos para reparação<br />

de pneus, que se destacam pela qualidade e pela facilidade de<br />

aplicação.<br />

De origem americana, a Tech possui a sua plataforma logística<br />

em termos europeus na Bélgica, embora disponha de uma<br />

fábrica na Irlanda.<br />

“O ADN da Tech é a flexibilidade e facilidade de uso, sendo conhecida<br />

como a marca mais fácil de trabalhar”, refere Vitor Rocha.<br />

Refira-se que a Tech já está em Portugal desde os finais da<br />

década de 70, tendo passado por diversos importadores, sendo<br />

agora a marca de referência da Alta Roda.<br />

Com instalações e sede em Paredes, a Alta Roda possui três<br />

vendedores no terreno (Norte, Centro e Sul), estando também<br />

presente na Madeira e nos Açores e ainda nos PALOP´s. Para<br />

além disso, a Alta Roda trabalha com três revendedores, mas não<br />

em regime de exclusividade embora ”com boas condições de revenda,<br />

que nos permitem estar no mercado, chegando a mais<br />

clientes que querem consumir os nossos produtos”, diz o responsável<br />

da Alta Roda.<br />

A distribuição segue a lógica normal do mercado, recorrendo a<br />

Alta Roda aos operadores logísticos (encomenda hoje entrega no<br />

dia seguinte), tendo sido abandonada a “auto venda” devido às<br />

enormes dificuldades legais, burocráticas e policiais que existem<br />

em Portugal.<br />

As grandes dificuldades do mercado passam pela guerra nos<br />

preços, onde “é muito difícil definir uma estratégia, pois o cliente<br />

está sempre a pensar que compra mal, já que existe sempre um<br />

operador a tentar vender ainda mais barato”, afirma Vitor Rocha,<br />

alertando também para “o problema com os recebimentos e com<br />

a excessiva carga fiscal exigida pelo Estado, que estrangula as<br />

empresas”.<br />

Ainda numa fase de crescimento, o que é natural atendendo à<br />

juventude da empresa, a Alta Roda tem como objectivo “posicionar<br />

a Tech no lugar que ela merece e por isso vamos continuar a<br />

fazer um grande esforço no stock e na rápida satisfação do cliente”,<br />

conclui Vitor Rocha. ■<br />

NOVAS MARCAS<br />

E PRODUTOS<br />

A Altaroda junta ao seu portfólio de produtos a marca<br />

Launch. Esta marca foi fundada em 1992, sendo um fabricante<br />

global interveniente no aftermarket automóvel, disponibilizando<br />

uma gama completa de soluções no campo <strong>dos</strong> equipamentos<br />

e serviços para as oficinas. A marca é bastante reconhecida<br />

nas oficinas de mecânica.<br />

Noutro âmbito, a Altaroda passou a distribuir em Portugal as<br />

válvulas de monitorização de pneus BERU/VDO. Com estas<br />

ofertas, a Altaroda cria valor acrescendo, em termos de produto,<br />

para os seus clientes.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

73


EMPRESA<br />

Aguesport<br />

PEDALAR NO NEGÓCIO<br />

Começou nas bicicletas em 1997. Em 2007 procurou novas<br />

áreas de negócio e em 2008 virou-se para a importação e<br />

distribuição de pneus para automóveis. A Aguesport quer<br />

crescer neste negócio e não lhe falta ambição.<br />

Ao longo <strong>dos</strong> seus 11 anos de existência<br />

a Aguesport sempre esteve<br />

vocacionada para a comercialização<br />

de componentes para bicicletas.<br />

A relação com um fornecedor de pneus de<br />

bicicleta, abriu as portas aos pneus de automóveis<br />

ligeiros, um negócio que correu de<br />

tal maneira bem que fez com que a empresa<br />

se tivesse lançado nesta área.<br />

A Aguesport criou assim duas estruturas<br />

internas, uma delas dedicada precisamente<br />

ao negócio auto, que actualmente detém a<br />

representação das marcas de pneus Rotalla,<br />

Tracmax e Rockstone.<br />

“Começamos mesmo do zero. Pois não tinhamos<br />

nenhuma experiência do sector,<br />

nem fomos buscar ninguém com experiência<br />

para iniciar este negócio na empresa”,<br />

começa por revelar Rui Conceição, um <strong>dos</strong><br />

sócios gerentes da Aguesport.<br />

Os primeiros meses serviram precisamente<br />

para entrar no negócio <strong>dos</strong> pneus,<br />

tentando perceber como é que o mesmo funciona,<br />

mas “agora já sabemos como é”, diz<br />

Pedro Conceição, um <strong>dos</strong> quatro sócios da<br />

empresa, sendo aquele que mais está envolvido<br />

no dia a dia <strong>dos</strong> pneus.<br />

“A nossa intenção é estar no mercado de<br />

uma forma séria, trabalhando as nossas<br />

marcas e termos sempre disponibilidade de<br />

produto para servimos sempre o nosso<br />

cliente”, refere o mesmo responsável.<br />

Para que isso seja possível, a Aguesport<br />

inaugurou em 2008 as suas novas instalações,<br />

situadas na Zona industrial de Barrô no<br />

concelho de Águeda com 3.200 m2 dedica<strong>dos</strong><br />

ao negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />

“Com o crescimento que temos tido este<br />

espaço não será suficiente no futuro, até<br />

porque existe uma grande diversidade de<br />

medidas e nós apostamos em ter sempre<br />

stock”, assegura Pedro Conceição. Actualmente<br />

com um stock médio de 13.000 unidades,<br />

a Aguesport pretende no curto prazo<br />

chegar aos 25.000 pneus em stock continuo.<br />

Com pouco mais de um ano de actividade,<br />

a Aguesport tem cerca de 200 clientes activos,<br />

embora já mais de 700 casas de pneus<br />

tenham comprado pneus a este distribuidor.<br />

Em termos de distribuição propriamente<br />

dita, a Aguesport recorre aos tradicionais<br />

transportadores logísticos, que lhe garante<br />

entregas diárias em todo o país. Para além<br />

<strong>dos</strong> quatro sócios, a Aguesport possui ainda<br />

uma equipa comercial no terreno, com três<br />

pessoas.<br />

Produto<br />

Rotalla, Rockstone e Tracmax são as três<br />

marcas pelas quais a Aguesport veste a camisola.<br />

Oriundas da China, mercado onde a<br />

Aguesport tem uma larga experiência co-<br />

74<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


A Aguesport aposta na representação e<br />

comercialização <strong>dos</strong> pneus Rotalla,<br />

Rockstone e Tracmax<br />

AGUESPORT<br />

Sede: Zona Industrial de Barrô (Este)<br />

Apartado nº5<br />

3754-900 Barrô<br />

Gerente: Pedro Conceição<br />

Telefone: 234 690 310<br />

Fax: 234 621 284<br />

E-mail: info@aguesport.com<br />

Internet: www.aguesport.com<br />

mercial, estas marcas apresentam “uma excelente<br />

relação entre o preço, a qualidade e<br />

o design atractivo. Sabemos que os clientes<br />

não querem produtos chineses de má qualidade,<br />

pois tiveram más experiência, mas<br />

quando compram as nossas marcas, sabem<br />

que se trata de um bom produto”, afirma Pedro<br />

Conceição.<br />

A segmentação de produto foi uma das<br />

apostas deste distribuidor, revelando os<br />

seus responsáveis que o posicionamento foi<br />

“nos produtos económicos, pois há cada vez<br />

menos espaço para as marcas intermédias”,<br />

diz o mesmo responsável da empresa.<br />

Justificando que hoje as grandes marcas<br />

de pneus também fabricam na China, Rui<br />

Conceição revela que “conhecemos a fábrica<br />

onde as nossas marcas são feitas, como sabemos<br />

que a Rotalla, a Rockstone e a Tracmax<br />

possuem as mesmas homologações e<br />

normas que qualquer outro pneu vendido na<br />

Europa”.<br />

Para além desta oferta económica, a<br />

Aguesport comercializa também marcas<br />

Premium, “porque o cliente também pede,<br />

mas onde vamos focar os nossos esforços é<br />

nos pneus económicos”, assegura.<br />

Não comercializando as marcas Rotalla,<br />

Rockstone e Tracmax para revenda, pois<br />

“queremos defender o cliente e simultaneamente<br />

fazer um bom trabalho ao nível do<br />

marketing e da distribuição”, diz Rui Conceição.<br />

A Aguesport não quer parar por aqui em<br />

Johnny Gaio, Rui Conceição, Pedro Conceição e Wilson Gaio são os gerentes da Aguesport<br />

que em 2008 decidiram apostar em pneus económicos<br />

termos de representações, estando previstas<br />

algumas novidades em termos de marcas<br />

de pneus, pois “existem ideias de complementar<br />

este negócio <strong>dos</strong> pneus com outros<br />

negócios… mas vamos evoluir dentro<br />

<strong>dos</strong> pneus. Iremos no futuro para o pneu<br />

Agrícola, industrial e pesado”, asegura Pedro<br />

Conceição.<br />

Com regularidade mensal a Aguesport vai<br />

fazer chegar a to<strong>dos</strong> os seus clientes e potenciais<br />

clientes uma newsletter (com preços<br />

e novidades), já estando a funcionar a<br />

loja “on line”, onde o cliente poderá consultar<br />

a sua conta corrente e ter acesso ao<br />

stock e efectuar compras.<br />

“Estamos a crescer to<strong>dos</strong> os dias e mês a<br />

mês estamos a dobrar a facturação”, afirma<br />

com satisfação Rui Conceição. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

75


EMPRESA<br />

Covipneus<br />

“BRIO E PROFISSIONALISMO”<br />

A prova de que a interioridade não é problema<br />

pode ser dada pela Covipneus. Esta empresa, com<br />

sede no Fundão, possui ao todo três instalações,<br />

uma delas na Guarda, onde servir bem é o mote.<br />

ACovipneus, sedeada na Beira Interior,<br />

celebrou trinta e três anos de<br />

existência. Líder e referência obrigatória,<br />

a Covipneus evidenciou-se pelo serviço<br />

personalizado e profissional, o que permitiu<br />

angariar e fidelizar uma boa carteira<br />

de clientes.<br />

Basta visitar as instalações, nomeadamente<br />

na sede (na Zona Industrial do Fundão)<br />

para se perceber, mesmo em época de<br />

crise, o funcionamento e a dinâmica desta<br />

casa.<br />

Especializada em produtos e serviços liga<strong>dos</strong><br />

ao ramo automóvel, o destaque desta<br />

empresa vai para o comércio a retalho de<br />

pneus de toda a gama, que satisfazem todo<br />

o tipo de necessidades e pretensões <strong>dos</strong><br />

clientes.<br />

Com sede na zona industrial do Fundão, a<br />

Covipneus possui ainda duas filiais: Na<br />

Guarda e outra no Fundão (cidade). Com<br />

rumo ao futuro a Covipneus continuará a<br />

apostar em tecnologia de ponta para modernizar<br />

e acompanhar a evolução do seu<br />

sector e acima de tudo primar pela assistência<br />

qualificada e profissional que lhe permitiu<br />

alcançar o prestígio junto <strong>dos</strong> seus<br />

muitos clientes. A REVISTA DOS PNEUS falou<br />

com José Almeida, sócio-gerente da Covipneus,<br />

para se saber um pouco mais sobre<br />

esta dinâmica empresa.<br />

Trinta e três anos já é uma longa história.<br />

Como é que a Covipneus percorreu esse caminho?<br />

A Covipneus surgiu há trinta e três anos<br />

atrás, praticamente do nada. No início tivemos<br />

algumas dificuldades de toda a ordem.<br />

76<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


de funcionários e ainda com as ultimas novidades<br />

no que respeita a novas tecnologias.<br />

Desta forma prestamos um serviço de elevada<br />

qualidade que deixa os nossos clientes<br />

satisfeitos com o nosso trabalho.<br />

A Covipneus possui instalações no Fundão<br />

(duas) e ainda uma casa de pneus na<br />

Guarda, todas elas multi serviços<br />

O nosso capital era pequeno, o conhecimento<br />

do mercado era diminuto e por isso tivemos<br />

certos obstáculos nos primórdios da<br />

empresa. Com o passar do tempo fomos<br />

conseguindo inverter a situação até nos estabelecermos<br />

como uma casa credível que<br />

possui uma boa clientela, fruto do excelente<br />

trabalho desenvolvido por nós ao longo destes<br />

anos.<br />

A Covipneus foi fundada em 1976 e instalou-se<br />

na Covilhã, dedicando-se ao comércio<br />

a retalho de pneus novos e recauchuta<strong>dos</strong><br />

e à respectiva assistência técnica, onde<br />

permaneceu até 1996. Em 1982 foi criada<br />

uma filial no Fundão. Em 1996 encerramos<br />

a loja da Covilhã e transferimos a sede para<br />

o Fundão. Actualmente a empresa possui<br />

três postos de assistência, dois no Fundão, a<br />

sede na Zona Industrial e uma filial no centro<br />

da cidade e, o terceiro posto na cidade da<br />

Guarda.<br />

Se fisicamente estão no Fundão e na Guarda<br />

com postos de venda, em termos de revenda<br />

quais as zonas abrangidas pela Covipneus?<br />

No que respeita a área de revenda a Covipneus<br />

abrange os Distritos de Castelo<br />

Para além do retalho, a Covipneus tem<br />

também um forte negócio de distribuição de<br />

pneus de diversas marcas<br />

Branco, Portalegre, Guarda e Viseu. Temos<br />

um enorme stock disponível, com mais de<br />

30.000 pneus, com diferentes níveis de preço<br />

quer em pneus de ligeiros, comerciais,<br />

4x4, pesa<strong>dos</strong> e industriais/agrícolas.<br />

Que outro tipo de serviços prestam para<br />

além da venda de pneus?<br />

Inicialmente começamos nos pneus, que<br />

continua a ser o nosso ramo principal, mas<br />

temos diversificado e alargado a nossa margem<br />

de manobra a outros serviços. Progredimos<br />

muito na área da mecânica rápida,<br />

designadamente no sector de travagem,<br />

amortecedores, mudança de óleos, reciclagem<br />

de ar condicionado, diagnósticos de<br />

motores, ponteiras de direcção, revisões<br />

escovas, etc etc. Temos ainda um serviço<br />

muito completo de alinhamento de direcções.<br />

Inclusivamente alinhamos os carros<br />

para as inspecções Tipo B, que são carros<br />

que estiveram envolvi<strong>dos</strong> em acidentes ou<br />

levaram pancadas no chassis e carros importa<strong>dos</strong><br />

usa<strong>dos</strong> que têm que passar por<br />

esta inspecção.<br />

A Covipneus é a única empresa da Beira<br />

Interior a prestar este serviço e para isso<br />

contamos com a nossa equipa especializada<br />

É essencial aliar a componente tecnológica<br />

com uma boa equipa técnica de funcionários?<br />

Claro que sim, a Covipneus procura dotarse<br />

do melhor equipamento e reunir à sua<br />

volta uma equipa de funcionários altamente<br />

qualifica<strong>dos</strong>. Apesar do nosso pessoal possuir<br />

habilitações essenciais para o desempenho<br />

das suas funções, procuramos que<br />

tenham, sempre que necessário, cursos de<br />

formação sempre com o espírito de aprenderem<br />

as ultimas novidades no nosso sector.<br />

A comprovar esta situação temos uma<br />

parceria com a Michelin que nos auxilia bastante<br />

nessa área técnica de formação. Ainda<br />

to<strong>dos</strong> os anos somos alvo de auditorias por<br />

uma empresa externa, e devido aos brilhantes<br />

resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong> faz com que sejamos<br />

certifica<strong>dos</strong> pela Michelin. Este factor<br />

aliado ao óptimo ambiente de trabalho da<br />

empresa tem sido uma das principais razões<br />

que fazem com que estejamos a comemorar<br />

33 anos de existência. É nossa constante<br />

preocupação estarmos em permanente<br />

actualização tecnológica.<br />

O que representa esta data histórica para a<br />

Covipneus e quais as implicações para um<br />

futuro próximo?<br />

Felizmente chegamos agora aos trinta e<br />

três anos de existência, apesar das dificuldades<br />

iniciais sempre fomos expandindo o<br />

nosso negócio com imenso brio e profissionalismo.<br />

O segredo passa, sobretudo, pela<br />

fidelização <strong>dos</strong> nossos clientes à nossa casa<br />

onde temos uma relação muito boa com to<strong>dos</strong><br />

eles. Essa relação personalizada, de<br />

amizade e de confiança faz com os nossos<br />

clientes fiquem satisfeitos com a nossa<br />

prestação de serviços e nos procurem sempre<br />

que necessário, pois sabem com o que<br />

podem contar. Esta situação aumenta as<br />

nossas responsabilidades e faz-nos encarar<br />

o futuro com bastante optimismo, apesar da<br />

crise que atravessamos, para mais trinta e<br />

três anos a servir os nossos clientes. Restame<br />

apenas agradecer a confiança de quantos<br />

têm apostado em nós. ■<br />

COVIPNEUS<br />

Sede: Zona Industrial - Lt4<br />

Sócio-gerente: João Almeida<br />

Telefone: 275 779 010<br />

Fax: 275 779 013<br />

E-mail: geral@covipneus.pt<br />

Internet: www.covipneus.pt<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

77


PRODUTO<br />

Goodyear EfficientGrip<br />

SEGUIR A ECOLOGIA E A LEI<br />

A Goodyear fez em Mireval, França, a<br />

apresentação do novo EfficientGrip.<br />

Trata-se de um lançamento estratégico<br />

para a marca, que entra definitivamente<br />

na era <strong>dos</strong> pneus amigos do ambiente.<br />

Jánão existe volta a dar. As novas directivas<br />

europeias estão a empurrar<br />

os fabricantes de pneus para soluções<br />

mais eficientes do ponto de vista energético.<br />

O consumidor europeu também liga cada<br />

vez mais a estas coisas da ecologia e como já<br />

existem várias construtores europeus (e não<br />

só) com pneus no mercado que são amigos<br />

do ambiente, a Goodyear teria que apanhar<br />

definitivamente este comboio.<br />

A resposta chama EfficientGrip. É um pneu<br />

de Verão, de alta performance, muito abrangente<br />

em termos de gama, que respeita o<br />

meio ambiente, poupa combustível e que ao<br />

mesmo tempo, permite uma elevada quilometragem<br />

e excelentes desempenhos de<br />

travagem em piso molhado. Enfim, tudo<br />

aquilo de bom que se espera de um pneu!!!<br />

O EfficientGrip é o novo pneu da Goodyear<br />

que entra na lógica ambiental tão em voga no<br />

mercado<br />

O segredo do EfficientGrip<br />

Obviamente que a Goodyear só revelou<br />

mesmo parte do segredo. Contudo, a principal<br />

inovação chama-se FuelSaving, uma tecnologia<br />

que reune um conjunto de invenções<br />

que influenciam directamente a resistência<br />

ao rolamento do pneu.<br />

A primeira invenção são alguns novos materiais<br />

e uma estrutura do pneus mais eficiente,<br />

que permitiu que o mesmo tenho um<br />

peso 10% inferior a uma unidade equiparada.<br />

Ao existir menos material, gera-se menos<br />

calor e regista-se uma diminuição da resistência<br />

ao rolamento. Em comparação<br />

78<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


VANTAGENS PARA<br />

OS UTILIZADORES<br />

Poupe energia e dinheiro<br />

Se um automóvel utilizar os novos EfficientGrip da Goodyear, irá<br />

consumir menos combustível graças à tecnologia exclusiva FuelSaving<br />

da Goodyear.<br />

Mais respeitador do meio ambiente<br />

O EfficientGrip proporciona outras melhorias relativamente ao<br />

meio ambiente, para além da poupança de combustível e da redução<br />

das emissões de CO2.<br />

Condução segura, mesmo em piso molhado<br />

O EfficientGrip integra quatro canais circunferenciais largos, cuja<br />

forma e posição sofreram melhorias para se obter uma melhor<br />

dispersão da água e aumentar a resistência do pneu ao aquaplaning.<br />

A reorganização das lâminas, bem como o número elevado<br />

de bor<strong>dos</strong>, proporcionam uma maior aderência em estradas molhadas,<br />

o que também resulta em excelentes desempenhos a nível<br />

de travagem e manobrabilidade. A microestrutura melhorada do<br />

composto de banda do EfficientGrip também contribui para a melhoria<br />

da aderência do pneu em estradas molhadas e com chuva.<br />

Mais quilometragem<br />

O inovador composto de sílica da banda do EfficientGrip utiliza a última<br />

geração de polímeros, de modo a proporcionar uma melhor<br />

quilometragem. A banda também se caracteriza pela rigidez do<br />

seu design, optimizado por computador, que permite uma distribuição<br />

mais uniforme da pressão. Tal ajuda a obter uma maior quilometragem<br />

e um desgaste de banda mais uniforme. Para além<br />

disso, o composto da banda inclui um novo catalisador que também<br />

contribui para a obtenção de uma redução significativa do<br />

desgaste da banda.<br />

TÜV CONFIRMOU<br />

“PERFORMANCE”<br />

Os testes realiza<strong>dos</strong> pelo instituto alemão TÜV SÜD Automotive,<br />

um <strong>dos</strong> melhores institutos de teste e certificação a nível Europeu,<br />

demonstram que o novo EfficientGrip da Goodyear proporciona:<br />

- Uma redução de 13% na resistência ao rolamento<br />

- Uma redução de 2% na distância de travagem em piso seco e<br />

molhado<br />

- Uma redução de 1,9% no consumo de combustível.<br />

Por outro lado, os testes exaustivos de desgaste a longo prazo da<br />

banda realiza<strong>dos</strong> pelo TÜV SÜD Automotive revelam resulta<strong>dos</strong> extremamente<br />

positivos quanto à quilometragem potencial do pneu:<br />

um automóvel que utilize os novos pneus EfficientGrip da Goodyear<br />

pode aumentar até 49% os quilometros percorri<strong>dos</strong> se monta<strong>dos</strong><br />

no eixo livre ou 8% se monta<strong>dos</strong> no eixo de tração, o que constitui<br />

outra vantagem notável para os utilizadores e torna-o mais amigo<br />

do meio ambiente.<br />

O pneu amigo do ambiente da Goodyear já foi também reconhecido<br />

oficialmente, através da atribuição do ‘Ecolabel’ oficial para os<br />

países nórdicos. Trata-se de uma distinção de produtos que levam<br />

o rótulo ecológico nórdico por respeitarem critérios ambientais rigorosos.<br />

Comparado com o rendimento médio de quato <strong>dos</strong> principais<br />

concorrentes. Testado pelo TÜV SÜD Automotive em Março de<br />

<strong>2009</strong>; medida do pneu 205/55R16; veículo: VW Golf; relatório<br />

Nº 76236753.<br />

2 Em comparação com os seus antecessores (medidas:<br />

195/65R15 e 205/55R16).<br />

com o seu antecessor, o EfficientGrip caracteriza-se<br />

por ter o acabamento da camada<br />

em poliéster mais baixa e um flanco fabricado<br />

com menos material, o que contribui para<br />

que tenha menos peso e uma menor resistência<br />

ao rolamento.<br />

Outra invenção é a camada CoolCushion<br />

(patenteada pela marca). Um novo componente<br />

termoplástico, que se utiliza como<br />

agente reforçante, substitui parcialmente o<br />

negro-de-fumo para reduzir assim o peso e<br />

a criação de calor, o que tem resultado numa<br />

diminuição ainda maior da resistência ao rolamento<br />

do pneu.<br />

O trabalho nos compostos utiliza<strong>dos</strong> no EfficientGrip<br />

resultaram em mais uma inovação.<br />

Neste pneu não só foi utilizada a última<br />

geração de polímeros como também, através<br />

da utilização de agentes de reforço e de<br />

ligação entre os diferentes compostos do EfficientGrip,<br />

foi melhorado grandemente a<br />

capacidade de dissipação de energia <strong>dos</strong><br />

seus componentes, reduzindo assim a resistência<br />

ao rolamento do pneu.<br />

Mercado<br />

O novo EfficientGrip vai estar disponível<br />

tanto no primeiro equipamento como no<br />

mercado de reposição. Obteve já aprovação<br />

de vários fabricantes de automóveis para<br />

que os seus automóveis sejam equipa<strong>dos</strong> de<br />

TESTE EM MIREVAL<br />

A Goodyear permitiu que os jornalistas testassem na prática as diferenças entre o<br />

novo Efficiente Grip e a concorrência directa em diferentes testes na sua pista de Mireval<br />

em França.<br />

Resistência ao rolamento, performance em molhado e em seco e, ainda, um teste de<br />

travagem permitem pelo menos concluir que se trata de um pneu muito concorrencial<br />

e com um excelente desempenho em molhado.<br />

série por estes pneus, tal como a Renault<br />

para o novo Megane 3 e a Mercedes para o<br />

Classe E. Nesta fase de lançamento não vão<br />

estar disponíveis as 50 primeiras medidas<br />

que a Goodyear terá deste pneu, mas a comercialização<br />

começará a ser feita nas casas<br />

de pneus através das medidas mais vendáveis.<br />

■<br />

GOODYEAR DUNLOP<br />

TIRES IBERIA<br />

Sede: Alfrapark Edíficio F, piso 1<br />

Apartado 7659<br />

2610-008 AMADORA<br />

Telefone: 210 349 000<br />

Fax: 210 340 101<br />

E-mail: goreti_tavares@goodyear.com<br />

Internet: www.goodyear.pt<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

79


TÉCNICA<br />

Conselhos Técnicos<br />

DESMONTAGEM<br />

DE PNEUS DE TURISMO<br />

O conjunto pneu/jante deve ser tão unido e sólido quanto<br />

possível, requerendo forças consideráveis para desmontar o<br />

pneu da jante. Em termos manuais, essa operação só é<br />

possível em jantes de medidas pequenas. Se o pneu for de<br />

grandes dimensões, o tempo para desmontar manualmente o<br />

pneu, torna a operação economicamente inviável.<br />

DESMONTAGEM DE PNEUS<br />

CONVENCIONAIS<br />

1<br />

Esvazie o pneu retirando o tampão e o interior de válvula.<br />

Retirar as massas de equilíbrio existentes (encaixadas ou<br />

coladas)<br />

Estas são as principais razões que fazem<br />

das máquinas de desmontar<br />

pneus as estrelas de qualquer casa<br />

de pneus, as quais têm um papel fundamental<br />

para impor o ritmo de trabalho da empresa.<br />

Conscientes do valor nuclear desta operação,<br />

os fabricantes de equipamentos têm<br />

dedicado grande atenção a este tipo de máquinas,<br />

tendo sido significativamente ajuda<strong>dos</strong><br />

pelo progresso da electrónica e da engenharia<br />

de produção. Desta forma, as máquinas<br />

de desmontar pneus das últimas<br />

gerações praticamente realizam todas as<br />

operações automaticamente, podendo mesmo<br />

"agarrar" o pneu e colocá-lo na mesa de<br />

trabalho.<br />

Outra grande vantagem <strong>dos</strong> novos equipamentos<br />

deste tipo é a sua versatilidade, podendo<br />

operar com as mais variadas medidas<br />

de jantes/pneus (até 32" de diâmetro). Essa<br />

característica é fundamental, não apenas<br />

para a produtividade do trabalho, mas também<br />

evita a existência de um parque de máquinas<br />

extensivo, que ocupa espaço precioso<br />

e representa um capital imobilizado elevado.<br />

A qualidade de serviço destas máquinas e a<br />

sua grande produtividade advém de progra-<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

Desmonte o talão, começando pelo lado mais estreito da<br />

jante. Preste atenção à posição da válvula ou sensor de<br />

pressão (por segurança, posicionar a válvula abaixo e girar<br />

o conjunto em direcção ao operador).<br />

Utilize as protecções plásticas no destalonador.<br />

Durante a operação, lubrifique a jante e os talões.<br />

Bloqueie o conjunto sobre a mesa, fixando-o pela parte exterior<br />

da aba da jante. Utilize as protecções plásticas.<br />

Coloque a válvula ou sensor de pressão às 12H00 com relação<br />

ao cabeçal de montagem. Ajuste a máquina deixando<br />

uma folga de 2-3 mm entre o cabeçal de montagem e o<br />

bordo da jante.<br />

Utilize as protecções plásticas no cabeçal de desmontagem.<br />

Com a ajuda do rodilho de apoio, crie um espaço para introduzir<br />

o desmontável. Proteger a jante durante a utilização<br />

do desmontável.<br />

Assegure-se que ela fica bem posicionada e que o talão esteja<br />

colocado na garganta da jante. Bascule a alavanca<br />

com o fim de passar o talão sobre a cabeça de desmontagem.<br />

Gire a mesa para terminar a desmontagem.<br />

Repita estas operações com o talão interior.<br />

80<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


COLABORAÇÃO:<br />

A qualidade de serviço das máquinas de desmontar pneus e a sua elevada produtividade<br />

advém de programas electrónicos com grandes bases de da<strong>dos</strong> e muito precisos, auxilia<strong>dos</strong><br />

por diversos sensores coloca<strong>dos</strong> nos pontos vitais do equipamento.<br />

mas electrónicos com grandes bases de da<strong>dos</strong><br />

e muito precisos, auxilia<strong>dos</strong> por diversos<br />

sensores coloca<strong>dos</strong> nos pontos vitais do<br />

equipamento.<br />

Um especialista do ramo afirmou que as<br />

máquinas de desmontar pneus evoluíram<br />

mais nos últimos 8 anos, do que nos 40 anos<br />

anteriores a essa data. Um <strong>dos</strong> factores que<br />

propulsionou a evolução tecnológica das<br />

desmontadoras foi o aparecimento <strong>dos</strong><br />

pneus run flat, com os seus talões ultra reforça<strong>dos</strong>,<br />

monta<strong>dos</strong> em delicadas jantes de<br />

liga de alumínio. Nalguns casos, tiverem que<br />

ser cria<strong>dos</strong> acessórios especiais, para ajudar<br />

as máquinas a desmontar certos tipos de<br />

pneus.<br />

O que parece ter sido definitivamente banido<br />

das desmontadoras mais recentes é o<br />

desmontador, a tradicional barra de ferro<br />

com que o operador ajudava a retirar ou inserir<br />

o talão do pneu na jante. O risco de causar<br />

danos no pneu ou na jante era real com<br />

esse instrumento de trabalho, o que levou os<br />

fabricantes de equipamentos a pensar noutras<br />

soluções.<br />

Do mesmo modo, as soluções robóticas<br />

estão a invadir o mercado das desmontadoras,<br />

havendo alguns modelos com telecâmaras<br />

vídeo, que mostram o interior do<br />

pneu ao operador. As válvulas electrónicas<br />

de medição da pressão <strong>dos</strong> pneus também<br />

podem ser verificadas por sensores específicos.<br />

Centragem das jantes através de raios<br />

laser já é uma banalidade, do mesmo modo<br />

que os dispositivos automáticos de enchimento<br />

do pneu programáveis se tornaram<br />

comuns.<br />

A oferta actual em máquinas de desmontar<br />

pneus concilia elevada tecnologia e grande<br />

facilidade de utilização, contribuindo poderosamente<br />

para a produtividade e rentabilidade<br />

das empresas. Em termos de marcas<br />

existe um claro equilíbrio, sendo a experiência<br />

de cada oficina e a capacidade comercial<br />

<strong>dos</strong> fornecedores a ditar as preferências. ■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

81


MERCADO<br />

<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong><br />

UMA BOA OPÇÃO<br />

EM TEMPO DE CRISE!<br />

Os altos custos com o combustível e o estado fraco da<br />

economia está a colocar um fardo pesado em to<strong>dos</strong> os<br />

motoristas, com os camionistas a serem especialmente<br />

atingi<strong>dos</strong>. Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> são uma boa opção para<br />

controlar os custos e aumentar a rentabilidade.<br />

Uma vez que os pneus representam<br />

um elevado custo de exploração na<br />

frota de uma empresa de transportes,<br />

os recauchuta<strong>dos</strong> podem representar<br />

uma solução importante no controlo <strong>dos</strong><br />

custos em pneus, o que se traduz em mais<br />

dinheiro no bolso das empresas.<br />

Muitos camionistas podem ter tido problemas<br />

no passado com pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

mas a melhoria tecnológica ocorrida e o desenvolvimento<br />

da química da borracha marcam<br />

a diferença nos dias de hoje nos pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong> de alta qualidade. Méto<strong>dos</strong><br />

basea<strong>dos</strong> em testes não destrutivos, como<br />

são a Shearography, Differometry, Raio-X e<br />

outros sistemas permitem aos recauchutadores<br />

testar a carcaça de forma equivalente<br />

a uma TAC ou Ressonância Magnética, antes<br />

desta prosseguir no processo de recauchutagem.<br />

Estes testes asseguram que o recauchutado<br />

foi cuida<strong>dos</strong>amente inspeccionado e<br />

que se encontra preparado para cumprir outra<br />

vida completa e eficiente.<br />

Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> produzi<strong>dos</strong> pelos<br />

recauchutadores de qualidade, em fábricas<br />

modernas, têm taxas de falhas frequentemente<br />

inferiores a pneus novos comparáveis<br />

e custam muito menos.<br />

Factos <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

1 - To<strong>dos</strong> os grandes fabricantes de pneus<br />

pesa<strong>dos</strong> concebem pneus para múltiplas vidas.<br />

Não tirar partido deste facto é como deixar<br />

dinheiro em cima da mesa, o que não é<br />

boa ideia nestes tempos incertos.<br />

2 - <strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> eficientes em termos<br />

de consumo de combustível encontramse<br />

disponíveis em vários desenhos de piso,<br />

adequa<strong>dos</strong> às diferentes necessidades <strong>dos</strong><br />

frotistas. Graças aos diversos desenhos de<br />

piso com aplicações específicas, os frotistas<br />

podem facilmente encontrar o desenho de<br />

82<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

piso que vá ao encontro das suas necessidades<br />

particulares.<br />

3 - Os recauchutadores da mais elevada qualidade<br />

oferecem excelentes garantias, por<br />

vezes melhores do que as garantias <strong>dos</strong> melhores<br />

pneus novos.<br />

4 - Recauchuta<strong>dos</strong> produzi<strong>dos</strong> por recauchutadores<br />

de qualidade têm, frequentemente,<br />

taxas de reclamação iguais ou inferiores às<br />

<strong>dos</strong> melhores pneus novos.<br />

5 – Quer o frotista tenha as suas próprias carcaças<br />

ou se as der em troca por pneus já recauchuta<strong>dos</strong><br />

– podem beneficiar a sua frota<br />

em tanto como 50% (e por vezes, mais!) sobre<br />

o custo de pneus novos de preços mais<br />

eleva<strong>dos</strong>.<br />

Os pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

são realmente seguros?<br />

A segurança <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

tem sido provada por milhares de camionistas<br />

ao longo de muitos milhares de milhões<br />

de quilómetros. Esta é a razão pela qual a<br />

maioria <strong>dos</strong> grandes frotistas em todo o<br />

mundo dependem seguramente e por rotina,<br />

<strong>dos</strong> recauchuta<strong>dos</strong> para manterem os seus<br />

custos baixos, sem sacrificar a segurança e o<br />

desempenho.<br />

Infelizmente demasia<strong>dos</strong> camionistas e<br />

outros condutores ainda pensam que os boca<strong>dos</strong><br />

de pneu que se vêem nas estradas (os<br />

“crocodilos”) resultam do rebentamento de<br />

recauchuta<strong>dos</strong>. Os factos são bastante diferentes<br />

da percepção errada que as pessoas<br />

têm, o que é muito mau porque essa opinião<br />

afasta muitos camionistas e outros motoristas<br />

de pensarem sequer em usarem recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

Vejamos os factos:<br />

A verdadeira causa de quase to<strong>dos</strong> os boca<strong>dos</strong><br />

de pneu nas estradas é a manutenção<br />

imprópria <strong>dos</strong> pneus. Os pneus que não são<br />

adequadamente manti<strong>dos</strong>, independentemente<br />

de serem recauchuta<strong>dos</strong> ou de nunca<br />

o terem sido, vão falhar com o tempo. A<br />

questão não é se vão falhar, mas quando vão<br />

falhar. Muita da borracha nas estradas, seja<br />

qual for o dia, sai de pneus que nunca foram<br />

recauchuta<strong>dos</strong>. Os pneus novos desfazemse<br />

com a mesma frequência que os recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

se forem mal manti<strong>dos</strong> e, quando<br />

o fazem, deixam um rasto de borracha na estrada.<br />

<strong>Pneus</strong> mal repara<strong>dos</strong> estão sujeitos a<br />

falhar e isto também dá origem a borracha<br />

nas estradas. A importância da correcta reparação<br />

nunca conseguirá ser suficientemente<br />

enfatizada. Quando um pneu tem um<br />

furo deve ser reparado fora da jante e por<br />

dentro, nunca se deve ficar pela colocação de<br />

um tapa-furos a partir do exterior. Mais uma<br />

vez, não interessa se é um pneu recauchutado<br />

ou novo.<br />

<strong>Pneus</strong> com reparações incorrectas são um<br />

perigo para toda a gente e são uma das grandes<br />

causas da falha <strong>dos</strong> pneus, deixando um<br />

rasto de resíduos nas nossas auto-estradas.<br />

Baixas pressões, sobrecargas, emparelhamento<br />

incorrecto <strong>dos</strong> pneus nos roda<strong>dos</strong><br />

duplos, mau alinhamento <strong>dos</strong> veículos que<br />

provocam desgaste irregular, pneus que<br />

continuam a circular depois de terem ultrapassado<br />

o limite legal de desgaste, to<strong>dos</strong> estes<br />

contribuem para o aparecimento <strong>dos</strong> boca<strong>dos</strong><br />

<strong>dos</strong> pneus pelas estradas.<br />

Amigos do ambiente<br />

Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> são um <strong>dos</strong> produtos<br />

recicla<strong>dos</strong> mais amigos do ambiente.<br />

Ao utilizar pneus recauchuta<strong>dos</strong> está-se a<br />

contribuir para não se produzir centenas de<br />

milhões de quilos de borracha e outras matérias-primas<br />

tais como o aço, o negro de<br />

fumo, o estearato de zinco, antioxidantes e<br />

outros materiais utiliza<strong>dos</strong> na produção de<br />

pneus novos. ■<br />

Fonte: TRIB – Tire Retread & Repair Information Bureau

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