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<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> & Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
Nº 5 • ABRIL <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />
ENTREVISTA<br />
PAULO CAMPOS<br />
Presidente da Pneuport<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
SOB O SIGNO DA<br />
MUDANÇA!<br />
NA 1ª CONFERÊNCIA DO COMÉRCIO DE PNEUS REALIZADA EM<br />
PORTUGAL, FICOU EVIDENTE QUE O MERCADO ESTÁ EM MUDANÇA,<br />
EXISTINDO CADA VEZ MAIS PLAYERS QUE ESTÃO A LEVAR A UMA<br />
REORGANIZAÇÃO DO SECTOR<br />
REPORTAGEM<br />
FÁBRICA DE PNEUS<br />
MICHELIN/BF GOODRICH<br />
EMPRESA<br />
GARLAND PNEUS<br />
TÉCNICA<br />
DESMONTAGEM DE PNEUS
SUMÁRIO<br />
Desde a primeira hora, a <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> assumiu a<br />
responsabilidade pela tarefa<br />
de estabelecer a comunicação entre to<strong>dos</strong><br />
os actores do sector <strong>dos</strong> pneus em<br />
Portugal, com a missão de detectar as<br />
dificuldades, problemas e interrogações,<br />
ouvir opiniões, propostas e análises,<br />
para estabelecer um diálogo fecundo,<br />
que apontasse para soluções,<br />
projectos e realidades.<br />
Com este propósito realizámos no<br />
passado dia 18 de <strong>Abril</strong>, no Auditório da<br />
Exposalão, na Batalha, a 1ª Conferência<br />
do Comércio de <strong>Pneus</strong>. Os cerca de 200<br />
empresários e quadros de empresas<br />
presentes, vieram comprovar todo o interesse<br />
e oportunidade deste tipo de iniciativas,<br />
numa altura em que o mercado<br />
procura o rumo e a estabilidade que lhe<br />
tem faltado nos últimos anos.<br />
Os oradores convida<strong>dos</strong> apresentaram,<br />
sem excepção, temas da máxima<br />
actualidade e interesse para to<strong>dos</strong> os<br />
profissionais que se dedicam em Portugal<br />
ao comércio de pneus por grosso ou<br />
a retalho. Apesar da diversidade <strong>dos</strong> temas<br />
apresenta<strong>dos</strong>, houve sempre um<br />
factor comum a to<strong>dos</strong> eles: a importância<br />
do serviço Pós-venda, que na opinião<br />
de to<strong>dos</strong> os intervenientes, é o factor<br />
principal para o sucesso do negócio <strong>dos</strong><br />
pneus.<br />
Efectivamente, toda a venda, especialmente<br />
a <strong>dos</strong> pneus, necessita de<br />
imediato de um serviço de assistência, o<br />
EDITORIAL<br />
SABER<br />
partilhar o futuro<br />
qual é iniciado com a montagem desses<br />
pneus, equilíbrio de rodas, verificação<br />
do estado das suspensões, alinhamento<br />
e correcção de to<strong>dos</strong> os ângulos das rodas,<br />
etc.. Serviço que se impõe, pois as<br />
oficinas são responsáveis pela segurança<br />
das viaturas, economia de combustível<br />
e duração <strong>dos</strong> pneus nas melhores<br />
condições. Mas para que tudo isso seja<br />
conseguido, é necessário acima de tudo<br />
que as organizações contem com pessoas<br />
capacitadas e interessadas pela<br />
sua ocupação profissional, que sejam<br />
um estímulo e exemplo para to<strong>dos</strong> os<br />
colaboradores. Porque apesar de vivermos<br />
na era da globalização e das tecnologias<br />
de informação, o homem continua<br />
a ter o papel preponderante.<br />
A opinião <strong>dos</strong> participantes e oradores<br />
foi unânime: Esta 1ª Conferência do Comércio<br />
de <strong>Pneus</strong> foi um efectivo contributo<br />
para o desenvolvimento de ideias<br />
há muito adormecidas. Neste sentido, a<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> está empenhada em<br />
continuar a realizar Conferências, Seminários<br />
e Mesas Redondas diversas,<br />
com o objectivo de transmitir e divulgar<br />
conhecimentos sobre as novas tecnologias<br />
e boas práticas de gestão a to<strong>dos</strong> os<br />
profissionais do sector <strong>dos</strong> pneus.<br />
Nas próximas páginas pode ler o que<br />
de mais importante se passou na 1ª<br />
Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong>. ■<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
16<br />
18<br />
Comércio<br />
38<br />
OPINIÃO<br />
O admirável mundo <strong>dos</strong><br />
pneus em tempo de<br />
crise!<br />
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do<br />
de <strong>Pneus</strong><br />
ACTUALIDADE<br />
Visita à Fábrica de<br />
<strong>Pneus</strong> Michelin / BF<br />
Goodrich<br />
MERCADO<br />
44<br />
<strong>Pneus</strong> de Altas<br />
Prestações<br />
48<br />
52<br />
64<br />
68<br />
Inovar<br />
COMPRESSORES<br />
DE AR COMPRIMIDO<br />
Equipamento<br />
indispensável nas<br />
oficinas de pneus<br />
MÁQUINAS DE<br />
EQUILIBRAR RODAS<br />
E vasta a oferta de<br />
máquinas<br />
equilibradoras de rodas<br />
GARLAND PNEUS<br />
Herdeira de uma longa<br />
história no mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus<br />
PNEU DIRECTO<br />
e diferenciar<br />
GOODYEAR<br />
EFFICIENTGRIP<br />
78<br />
Seguir a ecologia e a<br />
Lei<br />
80<br />
CONSELHOS<br />
TÉCNICOS<br />
Desmontagem de<br />
pneus de turismo<br />
Nº 5 • ABRIL <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />
FICHA TÉCNICA<br />
■ DIRECTOR: João Vieira ■ DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem ■ SUBDIRECTOR: Hugo Jorge ■ PROPRIEDADE: AP Comunicação - Largo Infante D. Henrique, 7 – Várzea<br />
de Colares – 2705-351 Colares Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com ■ REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Hugo Jorge, Carlos Silva,<br />
Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos ■ DESIGN GRÁFICO: Pedro Vieira ■ IMAGEM: António Valente ■ PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário<br />
Carmo mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado anabela.machado@apcomunicacao.com ■ IMPRESSÃO: Offset mais - Rua Latino Coelho, 6 - Venda Nova -<br />
2700-516 AMADORA Telefone: 21.499.87.00 Fax: 21.495.72.37 E-mail: ao.offsetmais@netcabo.pt ■ PERIODICIDADE: Trimestral ■ ASSINATURA ANUAL: 20 Euros (4<br />
números) ■ DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal ■ Nº de Registo na ERC: 125367<br />
© COPYRIGHT: Nos termos legais<br />
em vigor é totalmente interdita a<br />
utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em<br />
parte, sem a autorização prévia e<br />
por escrito da “<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
03
NOTÍCIAS<br />
ANTI-FUROS<br />
RIDE-ON EM<br />
PORTUGAL<br />
A marca de produtos anti-furos<br />
Ride-On já se encontra disponível em<br />
Portugal com uma gama variada de<br />
aplicações específicas para diversos<br />
tipos de veículos, desde carros de ligeiros<br />
a veículos pesa<strong>dos</strong>, passando<br />
pelos motociclos, máquinas industriais,<br />
etc.. Para os pneus <strong>dos</strong> veículos<br />
pesa<strong>dos</strong>, a Ride-On desenvolveu<br />
um gel que ajuda a equilibrar os<br />
pneus e os transforma em pneus<br />
anti-furo. Trata-se do CHS – Commercial<br />
High Speed Formula, um gel<br />
que usa fibras seis vezes mais fortes<br />
do que o ferro. Este produto ajuda a<br />
manter a pressão de ar correcta, o<br />
que permite aos pneus rolar mais<br />
frios, aumentando a sua duração,<br />
que pode ser superior a 25% ou<br />
mais. A formula Ride-On CHS foi desenvolvida<br />
para formar uma camada<br />
protectora na área de contacto. A<br />
forma e a força centrífuga gerada<br />
pela rotação do pneus faz com que o<br />
Ride-On forme uma camada protectora,<br />
por dentro do pneu, na área de<br />
contacto. Para os pneus industriais,<br />
a Ride-On oferece o Heavy Duty Off-<br />
Road Formula (HDOTR) um novo produto<br />
especialmente formulado para<br />
máquinas de construção e veículos<br />
todo-o-terreno que requerem uma<br />
maior protecção nos trabalhos mais<br />
extremos. A fórmula HDOTR é adequada<br />
ao exército, aterros, minas,<br />
máquinas de construção e qualquer<br />
outro veículo que circule a mais de<br />
45 Km/h. Esta fórmula oferece a<br />
máxima protecção em furos até 1<br />
cm de diâmetro. É ideal para retroescavadoras,<br />
pás, equipamentos agrícolas,<br />
etc.<br />
Para mais informações sobre a<br />
Ride-On ver site www.ride-on.com.pt<br />
ou telefone para: 232.763.274 ■<br />
DISPNAL PNEUS DISTRIBUI<br />
TAURUS E PETLAS<br />
A Dispnal <strong>Pneus</strong> encontra-se há 10 anos no mercado português comercializando<br />
as mais variadas gamas de pneus. No segmento de<br />
pneus agrícolas, distribui as marcas Taurus e Petlas, que se destacam<br />
pela excelente aderência e resistência ao desgaste, elevada capacidade<br />
de carga e condução confortável, facilitando to<strong>dos</strong> os trabalhos do diaa-dia<br />
- mesmo os de transportes mais exigentes, em condições ambientais<br />
invernosas.<br />
A novidade da marca Taurus é o Point 70, um pneu<br />
destinado a trabalhos no campo e quintas de criação<br />
de gado. Este pneu possui uma tracção melhorada<br />
em solo húmido associada a uma excelente auto-limpeza.<br />
O novo Point 70 possui uma capacidade de<br />
carga superior à do pneu standard equivalente, apresentando<br />
ainda um composto de borracha que aumenta<br />
a sua resistência aos arrancamentos. A sua maior superfície<br />
de contacto e menos profunda garante um maior respeito pela<br />
terra. É um pneu indicado para tractores de média potência (70 a<br />
180 cv).<br />
A marca Petlas possui uma vasta gama de medidas distribuídas<br />
pelo piso TA110 (pneu radial) e pelo TA60<br />
(pneu convencional). O novo TA110 é um pneu reforçado<br />
e bastante robusto, fornecendo uma durabilidade<br />
superior devido ao composto especial de borracha que<br />
facilmente absorve os impactos. Por sua vez, o design<br />
avançado possibilita uma condução mais suave em terrenos<br />
difíceis. Quanto ao TA60, oferece uma excelente<br />
performance, tanto no eixo da frente como no eixo traseiro,<br />
dependendo do tamanho do tractor. Este pneu possui uma abertura<br />
central no piso que permite uma boa auto-limpeza e consequentemente<br />
uma melhor tracção.■<br />
KUMHO DESENVOLVE PNEU<br />
PARA A NISSAN<br />
O centro técnico europeu da marca coreana de<br />
pneus Kumho, situado no Reino Unido, está a desenvolver<br />
um pneu ecológico para o protótipo Qazana<br />
da Nissan, que dará origem ao novo crossover<br />
compacto da marca japonesa, que também<br />
será produzido na fábrica que a empresa<br />
tem em Sunderland, no norte de Inglaterra.<br />
Para obter os melhores resulta<strong>dos</strong>, a Kumho<br />
está a utilizar ferramentas de desenho da última<br />
geração, tendo em vista a máxima economia de<br />
combustível e o menor nível de emissões possíveis.<br />
O composto do novo pneu recorre a nanomateriais,<br />
a fim de minimizar a resistência ao rolamento,<br />
mantendo grande aderência em molhado e<br />
um nível de desgaste reduzido. O desenho da banda<br />
de rolamento visa proporcionar excelente condução na estrada<br />
e um desempenho óptimo em todo-o-terreno. Esta não é a primeira<br />
vez que a Kumho recebe encomendas para desenvolver pneus para<br />
protótipos, uma actividade em que a empresa coreana já possui grande<br />
experiência e que ajudará a marca Kumho a estar entre as melhores<br />
marcas mundiais de pneus no futuro. ■<br />
04<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
NOTÍCIAS<br />
PIRELLI ELEVA A FASQUIA<br />
A marca italiana de pneus Pirelli apresentou o Cinturato<br />
P7, o primeiro pneu ecológico de altas prestações, destinado<br />
a viaturas de média e alta cilindrada. Segundo<br />
afirma a marca, O Cinturato P7 permite assegurar simultaneamente<br />
economia de combustível, segurança<br />
em todas as situações de condução, respeito pelo ambiente<br />
e grande prazer de condução. Este pneu vem<br />
completar a gama Cinturato, que no ano passado viu<br />
aparecer as versões P4 e P6, para veículos do segmento<br />
médio. O novo Cinturato P7 está no mercado de substituição<br />
a partir de Maio deste ano e já foi homologado<br />
para primeiro equipamento de marcas como a Audi,<br />
Mercedes-Benz, Alfa Romeo, BMW e Volvo. Com o Cinturato<br />
P7 a Pirelli pretende demonstrar que um pneu<br />
ecológico pode ser seguro e divertido, desde que se utilizem<br />
materiais, tecnologias e desenho de vanguarda. Segundo<br />
o fabricante, o novo P7 é inovador em to<strong>dos</strong> os<br />
aspectos: misturas, materiais, estrutura e desenho da<br />
banda de rolamento estão em perfeito equilíbrio, a fim<br />
de proporcionar altas prestações ao longo de toda a vida<br />
útil do pneu, em termos de redução de emissões, diminuição<br />
do nível de ruído (-30%), poupança de combustível<br />
(4% ou mais), distâncias de travagem curtas e maneabilidade.<br />
■<br />
DARÍO VICARIO<br />
VOLTA A GOODYEAR<br />
DUNLOP IBERIA<br />
O novo Director Geral da<br />
empresa será novamente<br />
Darío Vicario, trocando de<br />
lugar com Henry Dumortier,<br />
que irá ocupar idêntico<br />
cargo na divisão francesa<br />
do Grupo Goodyear<br />
Dunlop. Com 42 anos,<br />
Darío Vicario é formado<br />
em Engenharia Industrial<br />
pela Escola Técnica Superior<br />
de Madrid e possui<br />
um MBA pelo IESE. Entrou<br />
na Dunlop España<br />
em 2000 como director geral, numa altura em que a<br />
empresa pertencia ao grupo Sumitomo Rubber Industries.<br />
Ao constituir-se a joint-venture entre a Goodyear<br />
Tires Inc. e a Sumitomo Rubber, em 2003, Vicario foi<br />
nomeado director da Unidade de Negócio de Consumer<br />
Iberia. Anteriormente, já havia desempenhado<br />
funções de consultoria na Bridgestone Hispania, durante<br />
oito anos.<br />
Em Junho de 2007, Darío Vicario aceitou o desafio<br />
de chefiar a Unidade de Negócio de Consumer e Marketing<br />
nos Países Bálticos e Escandinávia, mas 4 meses<br />
depois já era promovido Director Geral da filial da<br />
marca do dirigível nessa região. O regresso de Vicario<br />
a Espanha não é menos desafiante, pois a empresa<br />
pretende que ele faça rapidamente da Goodyear Dunlop<br />
Iberia o segundo maior fornecedor de pneus da Península,<br />
para além de liderar a expansão da rede de<br />
oficinas especializadas Vulco. ■<br />
TRELLEBORG<br />
DISTRIBUIDOR<br />
EXCLUSIVO GALAXY<br />
Após o êxito de uma<br />
programa piloto iniciado<br />
em 2007, através do<br />
qual a Trelleborg Wheel<br />
Systems ficou com a<br />
distribuição exclusiva<br />
<strong>dos</strong> pneus agrícolas Galaxy<br />
em Espanha, Itália<br />
e países nórdicos, a<br />
GPX International Tire Corporation e a Trelleborg W.S.<br />
decidiram ampliar a cooperação a toda a Europa,<br />
onde a segunda distribuirá em exclusivo os pneus da<br />
marca Galaxy para máquinas agrícolas e florestais,<br />
agro industriais e OTR (carregadores, dumpers, máquinas<br />
de gradar, escavadoras, máquinas de mineração,<br />
etc.).<br />
Apesar de tudo, a GPX continuará a comercializar autonomamente<br />
os seus pneus maciços e pneus para<br />
carretas elevadoras de aplicação industrial e portuária.<br />
GPX e a Trelleborg concordam que a colaboração<br />
entre as duas empresas gera sinergias que permitem<br />
prestar um serviço de maior qualidade aos seus clientes,<br />
ao mesmo tempo que reforça a presença no mercado<br />
das respectivas marcas. O director de Marketing<br />
da Trelleborg Wheel Systems para Portugal e Espanha,<br />
Andrea Masella, considera por seu lado que o<br />
projecto de associação das duas empresas é já uma<br />
realidade com forte aceitação, por parte <strong>dos</strong> clientes<br />
da empresa e utilizadores finais ibéricos, proporcionando<br />
uma ampla oferta de produtos, com a qualidade,<br />
a atenção e o serviço que desde sempre caracterizaram<br />
a distribuição da Trelleborg. ■<br />
06<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
JOÃO A. M. SANTOS<br />
LANÇA NOVIDADES HPA<br />
Com mais de três décadas<br />
de actividade,<br />
sempre dedicadas ao<br />
comércio de equipamentos<br />
para oficinas<br />
e estações de serviço,<br />
a João A. M. Santos,<br />
importador exclusivo<br />
para Portugal da marca<br />
HPA, lançou recentemente<br />
no mercado,<br />
novos modelos desta<br />
marca italiana.<br />
No alinhamento de direcções, a novidade é o modelo<br />
C 900. Trata-se de uma máquina equipada com oito<br />
câmaras digitais, “targets” (espelhos) sem placas<br />
elecgtrónicas e PC Premium com Windows XP. Tecnologia<br />
de medição com duas câmaras para cada “target”:<br />
o sistema reconhece os “targets” a qualquer distância,<br />
com uma alta precisão. Os “targets” não necessitam<br />
de manutenção nem calibração. As<br />
câmaras também não necessitam de regulação quando<br />
se utiliza um elevador, economizando-se tempo<br />
para alinhar mais veículos durante o dia. Este equipamento<br />
dispõe de um móvel com rodas para o PC, impressora,<br />
monitor e uma ampla mesa de trabalho. Depois<br />
de utiliza<strong>dos</strong>, os “targets” podem-se colocar facilmente<br />
ao lado do móvel. Como principais<br />
características, destacamos o completo display a cores<br />
que facilita a regulação <strong>dos</strong> ângulos de alinhamento.<br />
Imagens animadas indicam passo a passo as sequências<br />
e procedimentos de regulação. O banco de<br />
da<strong>dos</strong> do equipamento inclui cerca de 20.000 veículos<br />
que cobrem a totalidade do parque em circulação.<br />
Relativamente à máquina de montar/desmontar<br />
pneus, o modelo M 928 é o mais completo de toda a<br />
gama HPA. Permite a montagem/desmontagem de<br />
todo o tipo de pneus, inclusive Run-Flat. O sistema de<br />
autocentragem de fixação axial possibilita o bloqueio<br />
rápido e seguro da roda. Por sua vez, o comando multifunções<br />
facilita o destalonamento “dinâmico”, de ambos<br />
os talões do pneu, através <strong>dos</strong> discos telescópicos.<br />
Um elevador ergonómico<br />
de série<br />
permite posicionar facilmente<br />
todas as rodas<br />
no prato de<br />
apoio. O procedimento<br />
de desmontagem<br />
mantém sem variações<br />
os movimentos<br />
de trabalho, eliminando<br />
de forma definitiva<br />
o esforço físico do<br />
operador graças à<br />
tecnologia “Lever-<br />
Less”. ■<br />
"Um parceiro<br />
para o seu negócio"<br />
Distribuimos pneus:<br />
MINHO TYRES, COMPONENTES VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, LDA.<br />
Parque Empresarial de Lanheses, Pavilhão 7E - Lanheses<br />
4925-424 LANHESES<br />
Telef.: 258 735 137 - Fax: 258 735 137<br />
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PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
07
NOTÍCIAS<br />
GOODYEAR LANÇA TECNOLOGIA<br />
“SILENTARMOR”<br />
Traduzido literalmente, este novo conceito significa "armadura<br />
silenciosa", o que não está longe da verdade,<br />
se considerarmos os objectivos pretendi<strong>dos</strong> pela marca<br />
de pneus Goodyear, que pretende conciliar robustez e<br />
silêncio, o que nem sempre é possível em pneus 4 x 4.<br />
O pneu que estreia esta nova tecnologia é o Goodyear<br />
Wrangler AT/SA, uma excelente designação para um<br />
conceito que se pretende desafiante. De facto, a nova<br />
tecnologia pretende satisfazer os condutores de veículos<br />
polivalentes, que sejam capazes de grandes performances, na estrada ou<br />
fora dela. Para enfrentar os obstáculos das estradas que levam aos grandes<br />
espaços livres, ou mesmo a locais onde nem sequer há estradas, o<br />
novo pneu da Goodyear reforçou sobremaneira a sua estrutura, com destaque<br />
para duas telas de Kevlar DuPont, um material 5 vezes mais forte<br />
do que o aço, mas bastante leve e isolante. Os flancos também estão reforça<strong>dos</strong><br />
com Durawall, para resistir a cortes e outras agressões. Duas<br />
cintas de aço de alta resistência garantem a rigidez do conjunto, enquanto<br />
que as 2 camadas de Kevlar evitam furos e outros tipos de perfurações.<br />
Para garantir o máximo desempenho, o Wrangler AT/SA possui uma estrutura<br />
de fecho na zona do talão anti deslizante, que estabiliza o pneu na<br />
jante. Entre outras vantagens, esta solução exige menos operações de<br />
equilibragem <strong>dos</strong> pneus e contribui para uma maior duração do pneu. ■<br />
YOKOHAMA "CALÇA" OS WTCC<br />
Nos desportos motoriza<strong>dos</strong>, os pneus e o seu comportamento são um<br />
factor decisivo no desenlace das provas, o que está a levar os organizadores<br />
a contratar apenas uma marca para cada campeonato. Está nestas<br />
condições o campeonato mundial de carros de turismo (WTCC), que negociou<br />
com a marca Yokohama o fornecimento de pneus para to<strong>dos</strong> os<br />
concorrentes, em todas as provas do campeonato. O maior desafio para<br />
o fabricante de pneus neste campeonato é o facto do pneu utilizado ter<br />
que ser derivado de um pneu comercial, neste caso o Advan, e possuir<br />
apenas um composto para todas as situações de competição, a fim de<br />
manter o espírito de " série " que deve prevalecer nesta categoria desportiva.<br />
Para complicar um pouco mais a performance <strong>dos</strong> pneus, os carros<br />
participantes nesta competição estão significativamente mais rápi<strong>dos</strong> do<br />
que há 4 anos. Para o Brasil, a prova inaugural deste ano, a Yokohama<br />
fez deslocar 700 pneus de tipo slick e 500 pneus de chuva, podendo encontrar<br />
temperaturas tropicais típicas, ou chuvadas imprevisíveis. No México,<br />
a segunda prova da temporada, também as elevadas temperaturas<br />
e a visita inesperada das chuvas complica a vida aos concorrentes e aos<br />
técnicos da Yokohama, o quais, apesar de tudo, estão bastante satisfeitos<br />
com o desempenho global <strong>dos</strong> pneus Advan nesta prova. ■<br />
NOVO PNEU<br />
BRIDGESTONE<br />
DAYTON D320<br />
A forma de uma marca agradar<br />
ao maior número de consumidores<br />
possível é conseguir um compromisso<br />
equilibrado entre as diversas<br />
prestações do pneu. Parece que<br />
foi isto que a Bridgestone alcançou<br />
com o seu Dayton D320, um pneu<br />
desportivo no plano da aderência e<br />
do comportamento dinâmico, mas<br />
familiar quanto a conforto e previsibilidade<br />
de condução. Um cuidado<br />
especial foi dado ao desenho da<br />
banda de rolamento, tendo em vista<br />
obter uma drenagem rápida,<br />
projectando a água para longe do<br />
pneu, a fim de evitar a turbulência<br />
da água junto a este. Isto foi conseguido<br />
com um desenho em espinha,<br />
com uma nervura central destinada<br />
a dar estabilidade linear e<br />
sensação de fácil controlo direccional.<br />
O ombro do pneu obedece ao<br />
conceito Super Slant Groove, cuja<br />
inclinação favorece a drenagem da<br />
água e equilibra as prestações,<br />
tanto como piso seco, como molhado.<br />
O aspecto inovador, a aderência<br />
em superfície molhada e a<br />
fiabilidade durante a travagem vão<br />
cativar inúmeros condutores, que<br />
também não se decepcionarão<br />
com o elevado nível de conforto. O<br />
Dayton D320 já está disponível em<br />
41 medidas de perfil 40 até 60 e<br />
diâmetros de jante de 15" a 18". ■<br />
PNEUS FEDIMA<br />
RECONHECIDOS<br />
Pelo terceiro ano consecutivo, a Fedima<br />
esteve representada naquela<br />
que é considerada a mais importante<br />
Feira de competição do desporto<br />
automóvel da Europa, a Autosport<br />
International – The Racing Car Show,<br />
em Birmingham. Segundo comentou<br />
um responsável da empresa, “foi<br />
com enorme satisfação que vimos<br />
os nossos mais recentes pneus,<br />
F/KX e F/N, para este mercado,<br />
serem de novo elogia<strong>dos</strong> pela especialidade”.<br />
Refira-se que os pneus Fedima<br />
são fabrica<strong>dos</strong> pela Recauchutagem<br />
31.■<br />
08<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
NOVO AC75<br />
Para todo o tipo de solo<br />
Alta capacidade de carga a baixa pressão.<br />
Filipe Brito, Business Development<br />
CGS Neumáticos IbéricaS.L.U<br />
Avda. Bruselas 5, 1- Ofic. 8 - 28108 Alcobendas - Madrid<br />
Telemovél: 00351 916770421 - Fax: 0034 914904481<br />
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www.cgs-tyres.com
NOTÍCIAS<br />
GOODYEAR-DUNLOP ANTECIPA DIRECTIVA<br />
Os pneus deste fabricante global<br />
passarão a trazer gravado o índice<br />
de ruído durante o ano de <strong>2009</strong>, antecipando<br />
o prazo previsto na normativa<br />
da Comissão Europeia<br />
(2001/49/EC), a qual estabelece<br />
que o índice de ruído tem que ser<br />
marcado nos pneus, de Outubro de<br />
<strong>2009</strong> até Outubro de 2011, dependendo<br />
da medida <strong>dos</strong> pneus. A Goodyear-Dunlop,<br />
que está na primeira<br />
linha das empresas defensoras do<br />
ambiente, antecipa assim em 3<br />
anos o prazo legalmente exigido,<br />
para além de muitos <strong>dos</strong> seus pneus<br />
apresentarem índices de ruído inferiores<br />
aos estabeleci<strong>dos</strong> pela Comissão<br />
Europeia (2001/43/EC).<br />
O primeiros pneus a aparecerem<br />
marcado até final de Outubro de<br />
<strong>2009</strong> são os de veículos ligeiros de<br />
passageiros, com largura igual ou inferior<br />
a 185mm.<br />
Isentos de marcação ficarão os<br />
pneus de substituição de uso temporário<br />
(finos), os pneus com uma secção<br />
nominal de 254mm ou<br />
635mm, pneus de competição,<br />
pneus equipa<strong>dos</strong> com dispositivos<br />
para melhorar a tracção (pregos) e<br />
os pneus que sejam utiliza<strong>dos</strong> abaixo<br />
de 80km/h. Ficam também isentos<br />
de marcação do índice de ruído os<br />
pneus de veículos que não pertençam<br />
às categorias M, N e O (duas<br />
rodas, triciclos, etc.). ■<br />
CONTINENTAL LANÇA OITO NOVOS PNEUS<br />
DE CAMIÃO<br />
Com o objectivo de responder às<br />
novas necessidades <strong>dos</strong> clientes frotistas,<br />
nomeadamente em termos<br />
de segurança e economia, a Continental<br />
lançou uma nova geração de<br />
pneus, desenvolvida a partir do<br />
zero, para as aplicações Regional,<br />
Longo Curso e Inverno. Toda a<br />
gama é produzida com produtos de<br />
elevada qualidade adequa<strong>dos</strong> à dureza<br />
da utilização no dia a dia, com<br />
o único objectivo de diminuir claramente<br />
os custos na indústria do<br />
transporte.<br />
Os novos pneus para veículos pesa<strong>dos</strong><br />
R, L e W da série 2 estão disponíveis<br />
em cinco dimensões:<br />
295/80, 315/80, 315/70,<br />
295/60 e 315/60. O desempenho<br />
é marcado por uma quilometragem<br />
elevada, um consumo de combustível<br />
claramente inferior e um<br />
considerável aumento da segurança.<br />
A Continental tomou como base<br />
a qualidade e uma nova tecnologia<br />
da carcaça para desenvolver to<strong>dos</strong><br />
os novos pneus para veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
Consiste, entre outros, numa<br />
cinta triangular de 4 camadas, que<br />
absorve as forças das laterais e radiais,<br />
pelo que diminui desde logo o<br />
movimento intrínseco do pneu. Desta<br />
forma garante um rolamento<br />
mais estável com maior segurança<br />
na condução. To<strong>dos</strong> os pneus possuem<br />
o sistema Air-Keep que foi introduzido<br />
com sucesso no HTR 2.<br />
Este sistema permite conservar a<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus até mais 50 %<br />
de tempo que antigamente – um<br />
contributo importante para melhorar<br />
a resistência ao rolamento e, assim,<br />
poupar combustível.<br />
"A actual ofensiva de produtos é,<br />
para nós, uma oportunidade única<br />
para expandir novamente a nossa<br />
posição no mercado e sair da actual<br />
crise económica mais fortes", diz<br />
Herbert Mensching, Director Executivo<br />
de Marketing e Vendas da Divisão<br />
de <strong>Pneus</strong> para Veículos Médios<br />
e Pesa<strong>dos</strong> da Continental. “Para<br />
além <strong>dos</strong> benefícios económicos, os<br />
novos pneus Continental para pesa<strong>dos</strong><br />
têm um contributo importante<br />
para o meio-ambiente graças à sua<br />
elevada longevidade e reduzido consumo<br />
de combustível”, conclui este<br />
responsável.<br />
Dentre os vários modelos agora<br />
lança<strong>dos</strong>, destaque para o novo<br />
pneu de reboque HTR2. O peso optimizado<br />
liberta margem para a carga<br />
e o reforço da borracha do piso<br />
aumenta consideravelmente o desempenho<br />
quilométrico. A reduzida<br />
resistência ao rolamento assegura<br />
o menor consumo de combustível<br />
da sua classe. Somando estes da<strong>dos</strong><br />
a uma boa recauchutabilidade o<br />
HTR2 assume-se como precursor<br />
de uma nova geração de pneus de<br />
reboque para veículos pesa<strong>dos</strong>.■<br />
RANGEL MANTÉM PARCERIA COM A GOODYEAR<br />
O Grupo Rangel e a Goodyear reforçaram<br />
por mais quatro anos a<br />
sua parceria na Península Ibérica.<br />
O contrato assinado entre as duas<br />
companhias, prevê a continuação<br />
de todas as actividades de Logística<br />
e Transporte, embora seja forçado<br />
ao nível da prestação de serviços,<br />
nomeadamente ao nível do apoio ao<br />
cliente, gestão de tráfego e tratamento<br />
de devoluções. “Estrategicamente,<br />
este novo contrato dá-nos<br />
certezas relativamente ao bom trabalho<br />
que temos vindo a desenvolver<br />
e reforça o nosso objectivo de<br />
sermos, até 2011, um <strong>dos</strong> maiores<br />
operadores ibéricos de Logística<br />
e Distribuição”, refere Eduardo<br />
Rangel, Presidente da empresa.■<br />
10<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
NOVOS PIRELLI AMARANTO FH88 E TH88<br />
A marca italiana Pirelli actualizou a sua gama de<br />
pneus para camiões, a fim de corresponder às crescentes<br />
exigências do mercado, no que respeita a rendimento,<br />
consumo, conforto e compatibilidade ambiental.<br />
Os Pirelli Amaranto FH88 (eixo direccional) e TH88<br />
(eixo de tracção) estão prepara<strong>dos</strong> para oferecer excelentes<br />
prestações no transporte<br />
de longo curso, em<br />
auto estradas e vias rápidas,<br />
substituindo os anteriores<br />
FH55 e FT65, na medida<br />
315/60 R 22.5. Os grandes<br />
argumentos <strong>dos</strong> novos Amaranto<br />
FH88 e TH88 são os<br />
melhores índices de eficiência<br />
de custos, durabilidade, segurança<br />
de condução e respeito<br />
pelo ambiente. De facto, a Pirelli<br />
garante prazos de substituição<br />
mais alarga<strong>dos</strong>, devido<br />
a maior capacidade destes<br />
pneus efectuarem grandes<br />
FH88 ENERGY<br />
quilometragens, com menor resistência ao rolamento,<br />
o que permite reduções de consumo de combustível<br />
apreciáveis. Precisão de condução e aderência em molhado<br />
são outros argumentos <strong>dos</strong> novos Pirelli Amaranto,<br />
que utilizam compostos da última geração, isentos<br />
de óleos aromáticos, para defesa do ambiente. A estrutura<br />
destes novos pneus também foi reformulada,<br />
apresentando duas camadas de misturas diferentes na<br />
banda de rolamento. A exterior visa proporcionar maior<br />
resistência à abrasão e excelente aderência, enquanto<br />
que a interior evita a geração de calor e diminui a resistência<br />
ao rolamento. O talão<br />
com estrutura de ninho de<br />
abelha aumenta a resistência<br />
à fadiga do pneu e facilita as<br />
operações de montagem, devido<br />
à sua maior elasticidade.<br />
No desenho do FH88 foram<br />
utiliza<strong>dos</strong> quatro canais longitudinais,<br />
para garantir maior<br />
precisão de condução, estando<br />
provi<strong>dos</strong> de grande número<br />
de lâminas de borracha,<br />
para garantir excelente aderência<br />
no molhado. Ombros<br />
reforça<strong>dos</strong> melhoram as distâncias<br />
de travagem e asse-<br />
TH88 ENERGY<br />
guram grande estabilidade em todas as situações. O<br />
Amaranto FT88 possui a banda de rolamento mais larga,<br />
para proporcionar maior quilometragem e uma profundidade<br />
do desenho que garante a máxima tracção<br />
ao longo de toda a vida útil do pneu.■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
11
NOTÍCIAS<br />
PIRELLI TYRE CIBER<br />
A Pirelli desenvolveu o Tyre Cyber,<br />
um pneu inteligente que vai comunicar<br />
com o automóvel. Tecnicamente,<br />
trata-se de um chip inserido na<br />
carcaça do pneu, que pode fornecer<br />
ao automobilista informações essenciais<br />
sobre o estado <strong>dos</strong> pneus e<br />
as condições rodoviárias, actuando<br />
sobre os sistemas electrónicos<br />
(ABS, ESP, etc) e aumen por isso a<br />
segurança activa e passiva na condução.<br />
A característica particular<br />
do pneu "inteligente" é um sensor<br />
electrónico que pode dar ao computador<br />
de bordo informações úteis<br />
para uma condução segura. O sensor<br />
é totalmente auto-alimentado e,<br />
portanto, está sempre activo.<br />
O "pneu inteligente" será desenvolvido<br />
em duas etapas, no que diz respeito<br />
à evolução tecnológica. Em primeiro<br />
será desenvolvido o Cyber<br />
Tyre Lean, para a monitorização da<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus, e só depois o<br />
Cyber Tyre, propriamente dito, que<br />
vai não só dar informações sobre o<br />
pneu, mas também sobre as condições<br />
rodoviárias e terá interface direta<br />
com os outros sistemas eletrónicos<br />
do carro.■<br />
DISPNAL<br />
DISPONIBILIZA<br />
NOVO NANKANG<br />
A empresa responsável pela representação e distribuição <strong>dos</strong> pneus<br />
Nankang em Portugal, a Dispnal, acaba de apresentar uma novidade. O<br />
novo pneu NS20 da Nankang é um pneu de alta performance, que fornece<br />
o equilíbrio perfeito entre conforto e segurança.<br />
O NS20 é composto por uma dupla camada de piso desenhada para aumentar<br />
a sua aderência em piso seco, enquanto que os quatro rasgos<br />
centrais de desenho circunferencial conseguem uma excelente drenagem<br />
de água, dando um maior controle em piso molhado.<br />
O design inovador do NS20 apresenta ainda um Indicador de Desgaste<br />
do Piso, através da palavra Nankang colocada no centro do piso.■<br />
RECAUCHUTADOS PARA MAIOR<br />
ECONOMIA COM CONTIRE<br />
As vantagens <strong>dos</strong> pneus médios e<br />
pesa<strong>dos</strong> da Continental não estão limitadas<br />
a uma vida do pneu, podem<br />
ser comprovadas uma segunda vez<br />
através da recauchutagem ContiRe<br />
da Continental. É claro que nem to<strong>dos</strong><br />
os pneus usa<strong>dos</strong> podem ser recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
já que os requisitos<br />
de qualidade impostos pelo fabricante<br />
são extremamente eleva<strong>dos</strong>.<br />
No entanto, se um pneu passar a<br />
análise meticulosa e os peritos determinarem<br />
que a estrutura básica<br />
do pneu – isto é, a carcaça – não<br />
está danificada, então nada pode impedir que a vida útil do pneu seja prolongada.<br />
A vantagem para as empresas transportadoras: "Na segunda vida, os<br />
custos do pneu são reduzi<strong>dos</strong> para cerca de metade", explica Eckhard Wilanek,<br />
Director da Unidade de Frotas & Recauchutagem da Continental. Neste<br />
cálculo foi incluído o valor da carcaça, em média de 50 euros.<br />
A Continental não promete apenas uma nova vida para os pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
mas também qualidade Premium. "Produzimos o ContiRe da mesma<br />
forma que produzimos os nossos pneus novos. O ContiRe tem o mesmo aspecto<br />
que um pneu novo, a durabilidade de um pneu novo e o desempenho<br />
de um pneu novo", explica este responsável.■<br />
KUMHO<br />
APRESENTA<br />
X3 KL17<br />
O ECSTA X3 KL17 é o novo pneu<br />
da Kumho para os SUV de luxo e<br />
altas prestações, que representa<br />
uma passo em frente a nível tecnológico.<br />
Maior resistência ao<br />
aquaplaning, mais silencioso,<br />
mais conforto<br />
e estabilidade<br />
a altas velocidades,<br />
são algumas<br />
das características<br />
deste<br />
novo pneu.<br />
Tecnicamente<br />
o novo reforço<br />
central permitelhe<br />
maior estabilidade<br />
a altas velocidades<br />
e uma redução<br />
do desgaste central do pneu.<br />
Para melhorar as prestações em<br />
molhado o desenho do interior<br />
apresenta amplos canais laterais<br />
que previnem o deslizamento e<br />
melhora a aderência em molhado.<br />
Na parte exterior do pneus foram<br />
desenha<strong>dos</strong> blocos mais compactos<br />
nos ombros para uma maior<br />
estabilidade, melhorando por isso<br />
as prestações em piso seco. Quatro<br />
amplos canais longitudinais reduzem<br />
o aquaplaning, enquanto a<br />
disposição optimizada <strong>dos</strong> tacos<br />
proporciona um rolamento silencioso.<br />
Este novo pneu Kumho está disponível<br />
em 21 medidas para<br />
pneus 225/55R17 até<br />
285/35R22.■<br />
12<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
CONTINENTAL<br />
REAGE À CRISE<br />
A forte redução da procura no mercado<br />
de equipamento de origem e a<br />
deterioração crescente do mercado<br />
de substituição tiveram como consequência,<br />
para a Continental AG de<br />
Hannover, um excesso de capacidade<br />
de produção de pneus para veículos<br />
ligeiros e para veículos médios e<br />
pesa<strong>dos</strong>.<br />
Face à contínua evolução negativa<br />
<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, a empresa prevê, só<br />
na Europa, uma subutilização da capacidade<br />
das fábricas de cerca de<br />
15 milhões de pneus para veículos ligeiros<br />
e 1,7 milhões de pneus para<br />
veículos médios e pesa<strong>dos</strong>, em<br />
<strong>2009</strong>. A Continental parte do princípio<br />
que, no curto e médio prazo, o<br />
mercado não conseguirá recuperar<br />
o suficiente para uma utilização óptima<br />
das suas capacidades actuais.<br />
Como tal, o fornecedor automóvel internacional<br />
pretende reestruturar a<br />
produção nas fábricas de pneus europeias,<br />
de forma a adaptá-la à realidade<br />
do mercado.■<br />
NOVO CW20 DA NANKANG<br />
PARA COMERCIAIS<br />
A Dispnal <strong>Pneus</strong> apresentou recentemente o novo piso<br />
da Nankang em termos de gama para veículos Comerciais.<br />
O novo pneu CW20 é composto por 4 rasgos direccionais<br />
desenha<strong>dos</strong> para reduzir o ruído produzido e<br />
aumentar o conforto da condução. Por sua vez os 4 rasgos<br />
garantem ainda uma condução segura, aumentando<br />
a sua aderência em piso molhado.<br />
Refira-se que a Dispnal <strong>Pneus</strong> iniciou também, no passado<br />
mês de Março, a representação da Marca Avon em <strong>Pneus</strong> de<br />
Moto. A introdução <strong>dos</strong> pneus de moto na gama de produtos da Dispnal é<br />
sem dúvida uma mais valia para a satisfação <strong>dos</strong> seus Clientes. Os pneus<br />
de moto Avon possuem uma vasta gama de pisos desenha<strong>dos</strong> para os<br />
mais varia<strong>dos</strong> tipos de Motos.■<br />
ZOOMPNEUS OBTÉM<br />
CERTIFICAÇÃO<br />
A Zoompneus, estrutura de retalho independente de<br />
pneus, pertencente à rede First Stop, obteve recentemente<br />
a Certificação da Qualidade ISSO 9001:2000,<br />
que apenas vem comprovar a aposta na qualidade<br />
das instalações e <strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong> junto <strong>dos</strong><br />
seus Clientes.■<br />
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REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
13
NOTÍCIAS<br />
FIRESTONE LANÇA PERFORMER 85<br />
A Firestone reforçou a sua posição de liderança no mercado de pneus agrícolas<br />
com o lançamento da nova série Standard Performer 85. O novo radial<br />
substitui os populares pneus R6000 e R8000 com maior tracção, maior durabilidade<br />
e resistência ao desgaste e um conforto de condução melhorado.<br />
As séries radiais Standard 85 constituem o que de mais versátil<br />
existe para o sector agrícola europeu e são utiliza<strong>dos</strong> numa<br />
ampla faixa de aplicações e condições. Embora a sua procura<br />
tenha gradualmente diminuído nos últimos cinco anos –<br />
em favor de séries mais largas e tractores com mais potência<br />
– elas continuam a representar a maioria das vendas de<br />
pneus agrícolas radiais na Europa. O Performer 85 apresenta<br />
um significativo número de actualizações face aos<br />
seus antecessores R6000/R8000. Ao usar pela primeira<br />
vez a tecnologia exclusiva da Firestone de “Dual Angle lug”<br />
nos pneus radiais Standard, a área de contacto de tracção<br />
do taco foi aumentada em cerca de 4,2%, o que proporciona<br />
uma maior tracção na utilização no terreno. Esta tecnologia<br />
também permite baixa perturbação do solo e excelente<br />
auto-limpeza. A construção da carcaça apresenta um maior raio de coroa, o<br />
que permite um piso mais plano e largo. Essa maior dimensão do pneu permite<br />
uma menor compactação do solo e maior uniformização do desgaste do<br />
piso, permitindo uma maior durabilidade. A duração do piso é ainda reforçada<br />
pela optimização do volume de desgaste da borracha e pela utilização de<br />
novas misturas. Reflectindo a sua versatilidade numa vasta variedade de condições,<br />
a gama do Performer 85 será alargada a 23 medidas de forma a poder<br />
responder às mais variadas especificações de veículos. ■<br />
DESMONTADORA AUTOMÁTICA<br />
SPACE<br />
A marca de equipamentos para casa de pneus Space<br />
acaba de lançar no mercado uma nova desmontadora<br />
automática. O destaque deste equipamento vai<br />
para duas evoluções tecnológicas patenteadas pelas<br />
Space, que permitem melhorar a qualidade do trabalho<br />
efectuado, reduzindo-se o risco de afectar a jante<br />
e o pneu. A Auto-Touch function é um sistema que introduz<br />
uma patilha entre o talão da roda e a jante,<br />
permitindo reduzir o esforço na remoção do pneu. Quanto ao “Bead-Breaking”<br />
é um sistema que utiliza duas rodas em formas de disco que se separam<br />
no momento em que a roda gira para “descolar” a jante do pneu, facilitando<br />
exactamente essa operação.<br />
Destaque ainda para o “Self-Locking Plate”, um sistema de bloqueio central<br />
da roda, e para o “Invemotor” que permite ao motor funcionar mediante<br />
um inverter que regula com precisão a velocidade de rotação usando o<br />
pedal. ■<br />
BERNER CERTIFICADA<br />
A Berner está presente há 52 anos na Europa e há 12 anos em Portugal,<br />
sendo um <strong>dos</strong> líderes na distribuição de produtos para o ramo automóvel<br />
e construção. No passado mês de Dezembro, a Berner obteve o reconhecimento<br />
que distingue as empresas pelo seu sistema de gestão e<br />
qualidade de organização, a Certificação NP EN ISO 9001:2000<br />
A Berner reforça assim, a melhoria contínua do serviço aos clientes,<br />
comprometendo-se em estar cada vez mais perto do único responsável<br />
pela sua existência: o cliente! ■<br />
70 ANOS BETA<br />
A conceituada marca de ferramentas<br />
e equipamentos Beta está<br />
a comemorar 70 anos.<br />
Com três fábricas em Itália, mais<br />
de 500 trabalhadores, sete subsidiárias<br />
directas e mais de 200 importadores<br />
/ distribuidores em<br />
todo o Mundo, são números que<br />
revelam bem a dimensão da Beta.<br />
Nascida em 1923, a Beta foi<br />
sempre apostando na qualidade<br />
do seus produtos e no contínuo<br />
desenvolvimento <strong>dos</strong> mesmos,<br />
sendo hoje uma referência ao nível<br />
das ferramentas profissionais,<br />
com larga visibilidade presença<br />
em diversos sectores, incluindo o<br />
sector automóvel. ■<br />
KUMHO ENTRA<br />
NO ECOLÓGICO<br />
A Kumho assumiu o compromisso<br />
de oferecer produtos ecológicos ao<br />
mercado europeu em <strong>2009</strong>. É deste<br />
compromisso que a marca vem agora<br />
dar a conhecer o Solus KH17, o<br />
pneu ecológico da Kumho para o<br />
mercado Europeu. Este<br />
produto da Kumho Tires<br />
apresenta uma resistência<br />
ao rolamento<br />
baixa, eficiência no consumo<br />
de combustível e<br />
uma reduzida emissão<br />
de CO2 reduzida.<br />
O Solus KH17 apresenta<br />
um coeficiente de<br />
resistência ao rolamento<br />
de 8,4 kg/t, melhorado em 29% em<br />
comparação com o coeficiente de resistência<br />
ao rolamento médio de<br />
11,8 kg/t em pneus de turismo vendi<strong>dos</strong><br />
no mercado europeu. Este<br />
pneu consegue ainda melhorar a eficiência<br />
do combustível em 5,76% e<br />
reduz a emissão de CO2 em 9,7 g<br />
por quilómetro.■<br />
14<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
MANITOU COM<br />
EQUIPAMENTO CONTINENTAL<br />
O pneu Continental MPT 80, de construção radial, passou a estar<br />
disponível como equipamento de origem <strong>dos</strong><br />
empilhadores Manitou MSI 30 T.<br />
O MPT 80 apresenta um piso<br />
com design de elevada tracção,<br />
com uma superfície de contacto<br />
com o solo bastante larga. Estas<br />
características garantem<br />
uma aderência superior e<br />
uma excelente mobilidade<br />
em solos de baixa dureza.<br />
Para além da segurança<br />
e da fiabilidade,<br />
o elevado desempenho<br />
quilométrico é uma das<br />
mais-valias deste pneu, tornando-o<br />
numa solução extremamente<br />
económica.<br />
O MPT 80 pode ser utiliza<strong>dos</strong> em conjunto com o IC 40, pneu de<br />
construção diagonal da Continental, para aplicações com condições<br />
árduas. O IC 40 tem uma parede lateral robusta que confere<br />
excelente estabilidade, e ao mesmo tempo, garante uma suspensão<br />
equilibrada e um óptimo conforto na condução. A elevada profundidade<br />
do piso torna-o numa escolha extremamente económica.<br />
Os empilhadores MSI estão disponíveis para capacidades de<br />
carga entre 2 a 5 toneladas. ■<br />
VALEO E MICHELIN<br />
ANUNCIAM<br />
PARCERIA<br />
As conhecidas marcas Valeo e Michelin<br />
anunciaram uma colaboração para o desenvolvimento<br />
de sistemas para veículos eléctricos<br />
e híbri<strong>dos</strong>. Estes sistemas incluem a gestão<br />
térmica do motor, bateria e habitáculo, a<br />
iluminação, a gestão da energia e os pneus.<br />
O anúncio desta parceria simboliza a vontade<br />
destes dois grupos, em contribuir para o<br />
nascimento, em França, de uma sucursal<br />
para desenvolver essas tecnologias.<br />
Valeo é uma marca reconhecida nos sistemas<br />
eléctricos e de controlo do motor, tendo<br />
sido o fornecedor do sistema de tracção que<br />
equipou a primeira geração <strong>dos</strong> veículos eléctricos<br />
do Grupo PSA Peugeot Citroen e Renault.<br />
Quanto à Michelin, para além da oferta<br />
alargada de pneumáticos que dispõe, quer<br />
contribuir com o seu know how no domínio<br />
da “Active Wheel” e as tecnologias associadas.<br />
A Valeo e Michelin acreditam que esta<br />
colaboração conjunta vai permitir acelerar o<br />
desenvolvimento de veículos com motor eléctrico,<br />
em França e no resto do mundo. ■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
15
OPINIÃO<br />
Por: Paulo Cristóvão, Administrador da Pneubase<br />
O ADMIRÁVEL<br />
MUNDO DOS PNEUS<br />
EM TEMPO DE CRISE!<br />
Afinal, vender pneus em Portugal dá<br />
dinheiro. Para isso, basta ver o rodopio<br />
em que andam as grandes<br />
multinacionais do sector, os grupos organiza<strong>dos</strong><br />
nacionais e internacionais e até algumas<br />
“organizações”, mais ou menos “transparentes”,<br />
com objectivos, também eles,<br />
mais ou menos confessa<strong>dos</strong>. Cada um segue<br />
a sua estratégia! Alguns vão construindo, um<br />
após outro, centros Auto de maior ou menor<br />
dimensão, outros vão comprando, uma após<br />
outra, “casas de pneus”. Por fim há quem<br />
faça parcerias com “agentes do mercado” de<br />
pequena e média dimensão que embora não<br />
representem um volume de negócios por aí<br />
além são susceptíveis pela sua localização e<br />
pela suposta imagem de marca, de adicionarem<br />
valor ao conjunto.<br />
Todas estas mudanças, à imagem do que<br />
está a acontecer por este mundo fora, revelam<br />
uma realidade que causa algum desconforto<br />
nalguns sectores mais conservadores<br />
do “meio pneumático”. A verdade é que para<br />
muitos agentes “modernos” o pneu em si já<br />
não interessa, as operações do sector são<br />
cada vez menos comerciais e cada vez mais<br />
financeiras. Mas esta pequena revolução encerra<br />
uma série de lições que as marcas, os<br />
distribuidores e os agentes comerciais deveriam<br />
ponderar.<br />
A lógica de concentração e expansão que<br />
as operações <strong>dos</strong> grandes grupos encerra é<br />
simples: parte do pressuposto de que, uma<br />
vez terminada a fase de expansão e consolidação,<br />
o todo valerá certamente muito mais<br />
do que a soma das partes. Basta para isso<br />
racionalizar os recursos interligando as partes<br />
e potenciar novas oportunidades de negócio<br />
através de uma alavanca financeira<br />
centralizada, forte e global.<br />
Resultado de tudo isto: Algumas multinacionais<br />
tenderão a consolidar ainda mais o<br />
império globalizado que detém, tornando-se<br />
um potentado incontornável no panorama<br />
português da venda de pneus.<br />
Outros casos haverá em que a venda, com<br />
razoáveis mais-valias, será a melhor solução<br />
porque não faltarão compradores: a crescente<br />
penetração de grandes grupos espanhóis<br />
e franceses no mercado português e a<br />
cada vez mais notada presença de fun<strong>dos</strong> de<br />
investimento interessa<strong>dos</strong> em canalizar a<br />
sua liquidez para tudo o que “mexe” (negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus inclusive!).<br />
Por fim, existem aqueles casos em que na<br />
teoria tudo são maravilhas mas quando os<br />
bancos retirarem o “apêndice mamário” de<br />
sustentação financeira, a realidade vai-se<br />
revelar muito crua e, certamente, nua!<br />
Então e nós? As casas de pneus tradicionais!<br />
Aqueles que tinham a “galinha <strong>dos</strong> ovos<br />
de ouro” e que agora lutam por “manter o<br />
barco à tona de água”. Como empresário, a<br />
solução mais espectacular consiste em ir<br />
para presidente de um clube de futebol de<br />
preferência da 1º divisão e se possível do<br />
Sporting ou do Porto, uma vez que a presidência<br />
do Benfica já está ocupada por um<br />
(ex)colega nosso!<br />
Para os empresários mais “conservadores”,<br />
primeiro é preciso sair deste marasmo<br />
de auto-comiseração tão típico do povo português.<br />
É verdade, os “outros” são grandes,<br />
“nós” por cá somos pequenos, ainda por<br />
cima vivemos num canto da Europa “à beira<br />
mar plantado” mas com uma periferia complicada<br />
de digerir, sem falar do nosso “exotismo<br />
de influência árabe” mal compreendido<br />
pelo mundo cartesiano e hegeliano do<br />
norte da Europa. Que fazer? Meio caminho<br />
consiste em enfrentar o medo de cometer<br />
erros, a outra metade do percurso passa por<br />
aceitar correr riscos. Num mundo <strong>dos</strong> pneus<br />
com tamanha complexidade e volatilidade,<br />
chega-se à conclusão pouco ortodoxa mas<br />
muito verdadeira de que quem só sabe de<br />
pneus, nada sabe de pneus!<br />
Às chamadas “casas de pneus tradicionais”<br />
resta entender esta realidade e reagir<br />
a esta nova lógica de mercado. A dispersão<br />
vigente com um sem-número de casas de<br />
pneus de pequenas (ou mesmo minúsculas)<br />
dimensões, geram a atomização da oferta e a<br />
condenação das mesmas, a prazo.<br />
De facto, as últimas décadas assistiram a<br />
um fenómeno de urbanização acelerada do<br />
país e à consequente transformação <strong>dos</strong> hábitos<br />
de consumo. Assim, verifica-se uma<br />
maior concentração na distribuição do produto<br />
pneu que não foi devidamente acompanhado<br />
pela maioria das marcas de pneus.<br />
Compram-se pneus nas grandes superfícies,<br />
compram-se pneus nos grandes grupos<br />
retalhistas e consequentemente exercese<br />
uma cada vez maior pressão financeira<br />
sobre as marcas de pneus que lutam entre<br />
elas para levar o seu produto até ao mercado.<br />
Torna-se claro, por tudo o que foi dito e por<br />
todas e mais algumas razões ligadas à crise<br />
generalizada que nos assola, que existe um<br />
fosso, cada vez maior, entre as expectativas<br />
de alguns e as exigências, mais ou menos veladas,<br />
de outros.<br />
Um facto torna-se incontornável. Nós só<br />
sobreviveremos se encontrarmos formas<br />
adequadas de associação que nos permita<br />
chegar ao mercado em condições mais vantajosas<br />
do que aquelas que existem actualmente.<br />
Depois é preciso aceitar que vivemos<br />
tempos de dificuldades. Cá para nós até costuma<br />
ser bom. Quando as coisas apertam as<br />
nossas gentes reagem e mexem-se.<br />
Talvez seja por isso que algumas experiências<br />
e iniciativas a nível do panorama nacional,<br />
juntando criatividade e bom senso, façam<br />
com que tenhamos algumas das maiores<br />
e melhores casas de pneus da Península<br />
Ibérica, o que torna o “jogo económico” mais<br />
estimulante e gera alguma expectativa no<br />
que ao futuro diz respeito.<br />
Afinal o que pretendemos é simples: já que<br />
não há lugares de presidentes de clubes<br />
para to<strong>dos</strong>, resta-nos o incomensurável prazer<br />
de, após uma árdua semana de trabalho<br />
no mundo <strong>dos</strong> pneus, ir tranquilamente, ver<br />
jogar, numa bela tarde de domingo, o clube<br />
do nosso coração. ■<br />
16<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
MOMENTO HISTÓRICO<br />
A AP Comunicação organizou no<br />
passado dia 18 de <strong>Abril</strong> de<br />
<strong>2009</strong>, a 1ª Conferência do<br />
Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal.<br />
Numa mesma sala reuniram-se<br />
cerca de 200 profissionais do<br />
sector, que ouviram falar sobre<br />
o presente e o futuro do<br />
mercado <strong>dos</strong> pneus.<br />
18<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
“<br />
Este é um momento histórico”. As primeiras palavras do moderador<br />
da 1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong>, Luís<br />
Martins, representam bem o momento que se viveu no dia<br />
18 de <strong>Abril</strong> no Auditório da Exposalão, na Batalha.<br />
Na mesma sala estiveram presentes representantes de marcas<br />
de pneus, distribuidores independentes, brokers, grupos de retalho,<br />
serviços rápi<strong>dos</strong>, marcas de automóveis, empresas de retalho,<br />
recauchutagens, organismos oficiais entre outros, algo que nunca<br />
aconteceu em Portugal.<br />
A primeira conclusão, que já se retirava mesmo antes do início<br />
<strong>dos</strong> trabalhos é que o sector <strong>dos</strong> pneus tem um enorme défice de<br />
comunicação e de união. Por isso este evento funcionou como que<br />
um sinal de que é fundamental, para o correcto desenvolvimento<br />
do mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal, que o sector se una de modo a<br />
fazer frente às ameaças e por outro lado possa potenciar as oportunidades.<br />
Ficou evidente que o mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal<br />
está em queda, como ficou também provado que o parque automóvel<br />
português está a envelhecer.<br />
Para além destes indicadores, nesta Conferência os presentes<br />
puderam observar, por intermédio de diversas estatísticas, que o<br />
retalho (casas de pneus e afins) está em mudança, existindo também<br />
cada vez mais players neste sector.<br />
As redes organizadas e o seu desenvolvimento, com prós e contras,<br />
estão a levar a uma reorganização do sector, apesar de o mercado<br />
ser ainda dominado por empresas que apostam em estar fora<br />
dessas redes. O desafio do pós-venda na actualidade, associado ao<br />
negócio <strong>dos</strong> pneus, foi um <strong>dos</strong> temas que mais concentrou a atenção<br />
<strong>dos</strong> presentes.<br />
Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> e os pneus em fim de vida foram também<br />
dois temas segui<strong>dos</strong> com atenção nesta conferência.<br />
Futuro<br />
Mal terminou a 1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> não faltaram<br />
os elogios a esta organização da AP Comunicação. Foram muitos<br />
aqueles que pessoalmente deram a sua opinião sobre este<br />
evento, ficando também a certeza que no futuro muitos outros temas<br />
poderão e deverão ser debati<strong>dos</strong>.<br />
Um desses temas passa pelo negócio <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, um assunto<br />
que preocupa o sector e considerado por muitos como um<br />
“cancro” do sector. Outro tema, que decorre desta Conferência, é a<br />
necessidade urgente de o sector ter uma Associação, que possa<br />
defender os interesses de to<strong>dos</strong>.<br />
Fica a promessa que estes serão dois temas quentes da próxima<br />
edição da “Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong>”, embora a AP Comunicação<br />
esteja sempre aberta a sugestões para mais assuntos e<br />
iniciativas que visem dinamizar e promover o sector <strong>dos</strong> pneus em<br />
Portugal.<br />
Nas páginas seguintes, poderá ler o resumo de cada um <strong>dos</strong> sete<br />
temas que estiveram em debate e que foram apresenta<strong>dos</strong> por diversos<br />
oradores.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
19
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
1º PAINEL A EVOLUÇÃO DO MERCADO<br />
DOS PNEUS<br />
Por: Darío Vicario, Director Geral da Goodyear Dunlop Iberia<br />
“MENTALIDADE PROACTIVA E DE<br />
PESQUISA DE MARKETING”<br />
Omercado mundial de pneus representa<br />
cerca de 120 milhões de<br />
pneus, <strong>dos</strong> quais perto de 60% são<br />
para carros ligeiros, cerca de 30 destinamse<br />
a veículos pesa<strong>dos</strong> e os restantes 10%<br />
são diversos produtos pneumáticos. As<br />
Américas representam 36% do mercado<br />
mundial, a zona Ásia-Pacífico 33%, enquanto<br />
que a Europa fica com 28%. O restante<br />
mercado está repartido pelas outras zonas<br />
e países a nível global. O mercado mundial<br />
está portanto polarizado em 3 zonas principais,<br />
que apresentam no entanto tendências<br />
de evolução diferenciadas. Em 2008,<br />
verificou-se um acentuada recessão, mas<br />
prevê-se que o mercado recupere a partir<br />
de agora em diante, embora sem chegar a<br />
atingir os valores globais anteriores. No entanto,<br />
a produção e a distribuição geográfica<br />
de pneus não deverá alterar-se significativamente<br />
nos próximos anos.<br />
O mercado europeu retraiu-se fortemente<br />
em 2007/2008, mas prevê-se alguma recuperação<br />
a partir de agora (Fig. 1). Apesar<br />
de tudo, não voltaremos a ter as taxas de<br />
crescimento históricas do passado. Mesmo<br />
assim, o Mix de produtos terá uma evolução<br />
positiva, devido especialmente aos pneus<br />
de altas prestações (UHP), pneus 4 x 4 e<br />
pneus Runflat. A evolução do valor por unidade<br />
está previsto que continue a crescer<br />
favoravelmente nos próximos anos.<br />
Regulamentações a curto e a longo prazo<br />
Nas tendências a curto prazo, temos que<br />
estar atentos às novas Regulamentações,<br />
como é o caso das novas regras sobre a Segurança<br />
<strong>dos</strong> pneus - Regulamentação 316 -<br />
que estará vigente de 2012 a 2020. De facto,<br />
os pneus terão que evoluir no sentido de<br />
menor resistência ao rolamento, melhor<br />
aderência em piso molhado e nível de ruído.<br />
Além disso, os pneus terão que trazer as<br />
novas características marcadas numa etiqueta,<br />
que se tornará obrigatória a partir do<br />
1º trimestre de 2010, havendo um período<br />
de 2 anos (até 2012) para as marcas marcarem<br />
to<strong>dos</strong> os seus produtos (Fig. 2). Além<br />
dessas evoluções, os pneus passarão a ter<br />
que utilizar sistemas de controlo de pressão<br />
(TPMS, etc.). Outros factores de segurança<br />
adicionais para os veículos serão os<br />
sistemas de controlo de estabilidade, travagem<br />
de emergência e aviso de saída da faixa<br />
de rodagem. To<strong>dos</strong> estes sistemas de<br />
apoio à condução irão tornar-se obrigatórios<br />
pelos novos regulamentos.<br />
A longo prazo, contudo, o controlo das<br />
emissões de CO2 irá condicionar a evolução<br />
de todo o mercado automóvel, sendo necessário<br />
conhecer as normas, pois afectarão<br />
to<strong>dos</strong> os fabricantes, distribuidores e<br />
utilizadores finais. Na realidade, os veículos<br />
passarão a ter um novo tipo de marcação<br />
das suas emissões de CO2 (<strong>2009</strong>) e passará<br />
a haver um imposto de CO2. Em termos gerais,<br />
cada construtor terá que apresentar<br />
um nível médio de emissões em to<strong>dos</strong> os<br />
seus modelos de 130 g/km, havendo um período<br />
de 2012 a 2015 para atingir essa meta.<br />
Até 2020, a meta é chegar a uma média de<br />
95 g/km. Um excesso de 5 g/km a partir de<br />
2015 representa uma multa para o construtor<br />
de ¤ 1,4 biliões. Quanto aos veículos,<br />
passarão a estar abrangi<strong>dos</strong> por impostos<br />
de CO2, tanto na compra, como no registo e<br />
na circulação. Além de tudo isto, há 13<br />
grandes cidades europeias que irão adoptar<br />
medidas contra o congestionamento de<br />
tráfego, dando preferência a veículos de<br />
zero ou reduzidas emissões e taxando os<br />
restantes no acesso aos centros urbanos.<br />
As medidas para tornar a Europa mais verde,<br />
tendência que se apresenta irreversível,<br />
prevê ainda alterações na programação do<br />
20<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
urbanismo e modo de utilização <strong>dos</strong> veículos,<br />
com polarização nos transportes públicos<br />
urbanos.<br />
O mercado de veículos irá conhecer igualmente<br />
profundas alterações, estando previsto<br />
que os chama<strong>dos</strong> carros de " Low cost<br />
" passem a ser um <strong>dos</strong> segmentos dominantes.<br />
A venda de carros irá entretanto<br />
continuar a cair e a recuperação total do<br />
mercado poderá ainda demorar uns bons<br />
10 anos.<br />
Quanto ao mercado de pneus para camiões<br />
e autocarros, a Europa representa 26<br />
milhões de unidades (15% do mercado global),<br />
estando 22% destina<strong>dos</strong> ao equipamento<br />
original e 78% ao mercado de substituição,<br />
que se divide em 20 milhões de<br />
pneus novos e 7,1 milhões de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
(38%). O mercado de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
ainda tem grande potencial<br />
para crescer e assistiremos a essa tendência<br />
nos próximos anos.<br />
Tendências do Transporte Rodoviário<br />
O transporte rodoviário está em crescimento<br />
constante (+ 2,8% de ton/km anualmente),<br />
sendo previsível um aumento do<br />
preço <strong>dos</strong> combustíveis na Europa, o mesmo<br />
sucedendo com as portagens. Os regulamentos<br />
de segurança e protecção ambiental<br />
irão tornar-se cada vez mais aperta<strong>dos</strong>,<br />
o que obrigará os pneus para veículos<br />
industriais a evoluir. Serão necessárias<br />
mais aplicações para o transporte local/regional<br />
e a utilização <strong>dos</strong> veículos irá tornarse<br />
mais flexível (longa distância, transporte<br />
combinado, cargas pesadas, volumes, etc.).<br />
Entretanto, surge um novo conceito modular<br />
para transporte rodoviário de 60 toneladas<br />
e 25,25 metros de comprimento.<br />
FIG. 1<br />
O mercado europeu retraiu-se fortemente em 2007/2008, mas<br />
prevê-se alguma recuperação a partir de agora.<br />
FIG. 2<br />
A etiqueta que será obrigatória<br />
permite ao consumidor<br />
identificar as características do<br />
pneu ao pormenor.<br />
Para responder a esta evolução, o mercado<br />
de pneus terá que adaptar-se, estando<br />
previstas três alterações principais:<br />
1. Mercado tecnicamente mais exigente,<br />
com aumento da procura de pneus que<br />
permitam maior capacidade de carga;<br />
2. <strong>Pneus</strong> ambientalmente mais compatíveis,<br />
com menor resistência ao rolamento<br />
(menor consumo de combustível),<br />
nível de ruído inferior e utilização<br />
de sistemas de controlo da pressão <strong>dos</strong><br />
pneus;<br />
3. Consolidação das frotas, que actualmente<br />
apenas representam 8% da oferta<br />
global, o que trará o aumento da procura<br />
de serviços de assistência a grandes<br />
frotas a nível europeu.<br />
Para enfrentar as novas condições do<br />
mercado, os operadores de pneus terão<br />
que continuar a adoptar uma mentalidade<br />
proactiva e de pesquisa de marketing. A<br />
maior atenção ao cliente e a fidelização implica<br />
uma mentalidade de colaboração<br />
com os consumidores e parcerias com os<br />
clientes.<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
21
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
2º PAINEL CARACTERÍSTICAS DO MERCADO<br />
PORTUGUÊS DE PNEUS<br />
Por: Guillermo de Llera, Director da GIPA Portugal<br />
“CONDUTORES VÃO AUMENTAR<br />
GASTOS COM A MANUTENÇÃO DOS<br />
VEÍCULOS”<br />
Os da<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> pela GIPA<br />
resultam de 12 anos de estudo do<br />
mercado português. De facto, a<br />
GIPA realiza anualmente em Portugal<br />
estu<strong>dos</strong> de consumidores (2.000 condutores/ano)<br />
e estu<strong>dos</strong> profissionais (800 oficinas/ano),<br />
sendo as entrevistas sempre presenciais.<br />
Entre os seus clientes estão algumas<br />
das empresas mais representativas do<br />
sector automóvel português, incluindo a<br />
Michelin e a Continental.<br />
Parque automóvel<br />
O parque automóvel é um factor decisivo<br />
para a análise do mercado e das suas potencialidades.<br />
Em Portugal, a GIPA apenas<br />
dispõe de da<strong>dos</strong> em relação a veículos ligeiros,<br />
que serão cerca de 5 milhões presentemente.<br />
Esta estimativa é baseada na convergência<br />
de todas as fontes de informação<br />
sobre os veículos existentes em Portugal e<br />
tem bastante fiabilidade. O parque global<br />
tem vindo a crescer de forma lenta mas<br />
sustentada. Nos comerciais ligeiros, pela<br />
primeira vez o número total diminuiu, passando<br />
para 1,179 milhões (-9 unidades). A<br />
idade média do parque é um dado de interesse<br />
para o comércio de pneus, estando<br />
actualmente dentro da média europeia (8,6<br />
anos). Quando a GIPA iniciou a actividade<br />
em Portugal, a idade média do parque era<br />
de apenas 6,7 anos, uma das mais baixas da<br />
Europa. Esta situação ainda se manteve por<br />
2/3 anos, mas a quebra das vendas de novos<br />
tem provocado um progressivo envelhecimento<br />
do parque.<br />
A idade <strong>dos</strong> carros é importante para a<br />
venda de pneus, porque um parque envelhecido<br />
é teoricamente favorável à troca<br />
mais frequente de pneus, mas há um factor<br />
contrário que é a fraca quilometragem<br />
anual desses veículos. O parque de carros a<br />
gasolina tem uma idade média superior<br />
(10,1 anos), tendo um potencial menor do<br />
que o parque diesel, cuja idade média é de<br />
apenas 5,8 anos e fazem portanto quilometragens<br />
anais superiores. O parque de automóveis<br />
diesel irá continuar a aumentar,<br />
porque as vendas desceram, mas ainda estão<br />
na casa <strong>dos</strong> 50 %. Em termos da estrutura<br />
de idades, havia em 2007 29,2 % de<br />
carros até 5 anos, 38% com idades de 6 a 10<br />
anos, 23,6 % com idades de 11 a 15 anos,<br />
sendo o restante parque com idade superior<br />
a 15 anos (9,2%). De acordo com as previsões<br />
actuais, em 2012 a estrutura do parque<br />
automóvel estará um pouco modificada,<br />
com os carros mais novos (até 5 anos) a<br />
representarem apenas 27,1 %. O grupo<br />
principal em termos de assistência de pósvenda,<br />
de 6 a 10 anos de idade, ficará com<br />
apenas 22,2%, enquanto que o grupo de viaturas<br />
com mais de 11 anos subirá para 56%.<br />
A quilometragem anual média, que tem<br />
vindo a crescer nos últimos anos, está actualmente<br />
nos 14.000km, devendo a partir<br />
de agora estagnar à volta destes valores.<br />
Por outro lado, a taxa de operação, ou<br />
seja, o número de condutores que trocaram<br />
de pneus no último ano, foi de 33,8%<br />
(Fig. 1). Esta taxa tinha vindo a crescer desde<br />
2001, tendo alcançado o máximo de<br />
37,9% em 2007. A partir daí tem vindo a decrescer,<br />
tendo apresentado um valor de<br />
36% em 2008. Para <strong>2009</strong>, as previsões<br />
apontam para um valor de +/- 35%. Para<br />
sabermos o nº de carros que trocou de<br />
pneus, basta multiplicar a taxa pelo total<br />
do parque, aproximadamente 5 milhões.<br />
Quanto aos quilómetros percorri<strong>dos</strong> entre<br />
duas mudanças de pneus (Fig. 2), o valor<br />
tem vindo a oscilar em torno <strong>dos</strong> 37.000km,<br />
com uma ligeira baixa em 2007. Outro aspecto<br />
que importa observar é a taxa de<br />
operação por segmentos, sendo os dois<br />
grupos mais activos o de 6-10 anos de idade<br />
(39 %) e o de 10-15 anos (33,6 %). Estes<br />
dois segmentos significam 72,6 % das trocas<br />
de pneus. A outra quase metade do<br />
parque apenas representa 27,4% das trocas<br />
de pneus.<br />
Pontos de venda de pneus<br />
Neste capítulo, optou-se por dividir a<br />
oferta em três circuitos diferentes: Concessionários<br />
de marca, Oficinas independentes,<br />
incluindo a nova distribuição e Casas<br />
de <strong>Pneus</strong> tradicionais. As casas especializadas<br />
já tiveram um domínio mais<br />
acentuado, mas a sua quota de mercado<br />
passou de cerca de 80% no período<br />
2004/2006, para 68,5% em 2008. As oficinas<br />
independentes, nomeadamente as<br />
afectas à nova distribuição, ficaram com<br />
parte desse negócio, tendo passado de<br />
15% no período 2004/2006, para 24% em<br />
2008. Os concessionários também subiram<br />
de 4,5% (2004/2<strong>005</strong>) para 7,5% (2008), o<br />
que demonstra um aumento da concorrência<br />
no mercado.<br />
22<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
têm 17 anos no mercado, 5 trabalhadores e<br />
50 clientes por semana (80 no caso de pertencerem<br />
a uma rede). Em comparação<br />
com as oficinas multimarca de reparação,<br />
estas só recebem em média 20 visitas de<br />
clientes por semana. No que se refere à<br />
taxa de mortalidade (encerramento ou desactivação<br />
do negócio), estamos a encontrar<br />
no sector de pneus cerca de 7% de contactos<br />
falha<strong>dos</strong>, a partir de um ficheiro telefónico<br />
actualizado. Nas oficinas de reparação<br />
a taxa de mortalidade anda à volta de<br />
10%. Mesmo assim, há 15% das oficinas do<br />
sector <strong>dos</strong> pneus que tencionam comprar<br />
equipamentos mais actualiza<strong>dos</strong>, o que é<br />
positivo do ponto de vista da viabilidade futura<br />
das empresas.<br />
FIG. 1<br />
A taxa de operação, ou seja, o número de condutores que<br />
trocaram de pneus no último ano, foi de 33,8%.<br />
FIG. 2<br />
Os quilómetros percorri<strong>dos</strong> entre duas mudanças de pneus tem<br />
vindo a oscilar em torno <strong>dos</strong> 37.000km, com uma ligeira baixa<br />
em 2007.<br />
No que respeita à estrutura da oferta,<br />
existem em Portugal 1.700 especialistas independentes,<br />
mais 1.000 especialistas que<br />
pertencem a redes organizadas. Além destes,<br />
ainda há 1.300 oficinas multimarca que<br />
efectuam a venda e montagem de pneus.<br />
Em média, as empresas especializadas<br />
Comparações internacionais<br />
Na Europa, a taxa média de operação está<br />
estabilizada à volta de 30%, o que significa<br />
que anualmente 1/3 <strong>dos</strong> condutores troca<br />
os seus pneus. Bélgica, França, Reino Unido<br />
e Portugal lideram com taxas superiores<br />
a 33%. Por outro lado, o "faça você mesmo"<br />
(do-it) de pneus é meramente residual em<br />
Portugal, Espanha e Itália (1%). Em contrapartida,<br />
a média europeia <strong>dos</strong> condutores<br />
que mudam os seus pneus é de 12,6%, com<br />
picos de 23% na Alemanha e 63% na Polónia.<br />
Talvez por isso mesmo, Portugal é o 2º<br />
país da Europa com mais oficinas especializadas<br />
em pneus (cerca de 60%), logo a seguir<br />
à Itália, que tem 80,5% de empresas<br />
deste tipo. Em França e Espanha, as casas<br />
de pneus especializadas apenas têm 25%<br />
de quota de mercado. Um sector que deverá<br />
progredir em Portugal é o das oficinas<br />
autorizadas, que aqui apenas representam<br />
9,1% do mercado, contra 15% da média europeia<br />
e 22,7% em Espanha.<br />
Quanto a aspectos positivos para o mercado,<br />
a GIPA adiantou que nos inquéritos<br />
aos condutores (consumidores) verificouse<br />
que cerca de metade destes pretende<br />
aumentar os gastos com a manutenção do<br />
seu veículo. Isto quer dizer que há uma boa<br />
parte da população que não irá trocar o seu<br />
carro e investirá na manutenção do que actualmente<br />
possui. Também o facto de haver<br />
intenções de investimentos nas oficinas revela<br />
que os operadores que estão no mercado<br />
irão defender as suas posições com<br />
afinco, embora alguns também desistam<br />
do negócio, possivelmente devido a razões<br />
mais pontuais do que estruturais ou até<br />
conjunturais.<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
23
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
3º PAINEL O MERCADO RETALHISTA<br />
E A DISTRIBUIÇÃO DE PNEUS<br />
Por: Pedro Antunes Moreno, Sénior Marketing Analyst da Hanseeuw Marketing<br />
“MERCADO CADA VEZ<br />
MAIS COMPETITIVO”<br />
através de redes retalhistas, Portugal está<br />
na antepenúltima posição (39%), tendo apenas<br />
sido "ultrapassado" pela Irlanda (27%)<br />
e pela Grécia (20%). Nos países do centro da<br />
Europa as redes possuem uma força real,<br />
garantindo 95% das vendas na França, 85%<br />
na Alemanha e mais de 70% na Áustria, Suíça,<br />
Reino Unido, Holanda (77%) e Espanha<br />
(78%). A Hungria (55%) e a Polónia (47%),<br />
por exemplo, são merca<strong>dos</strong> mais estrutura<strong>dos</strong><br />
do que Portugal, relativamente ao<br />
consumidor final.<br />
Num estudo de percepção do consumidor,<br />
realizado há algum tempo em oito países<br />
europeus, incluindo Portugal, o especialista<br />
sofre de uma deficiência da imagem,<br />
pois não está geralmente associado a<br />
nenhum <strong>dos</strong> vectores principais valoriza<strong>dos</strong><br />
pelo consumidor: Preço, Qualidade, Aconselhamento,<br />
Proximidade e Rapidez. (Fig. 2)<br />
AHanseeuw Marketing realiza estu<strong>dos</strong><br />
de mercado para o sector automóvel<br />
e especialmente para a<br />
área <strong>dos</strong> pneus. A empresa actua em 15<br />
países europeus e apesar de estar situada<br />
na Bélgica conhece bem to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong>,<br />
incluindo o português, por intermédio<br />
de estu<strong>dos</strong> com o "Cliente Mistério" que<br />
efectua para diversos fabricantes de pneus,<br />
nomeadamente para a Continental. Dos<br />
cinco analistas que a Hanseeuw tem ao seu<br />
dispor, Pedro Antunes Moreno trabalha<br />
mais em contacto com os países do Sul da<br />
Europa, devido ao seu perfil pessoal. O estudo<br />
apresentado apenas se refere a pneus<br />
para carros de turismo.<br />
Estrutura do mercado<br />
retalhista português<br />
Em Portugal, as casas especializadas em<br />
pneus, incluindo as oficinas independentes,<br />
vendem 8 em cada 10 pneus disponibiliza<strong>dos</strong><br />
(84%), segui<strong>dos</strong> da nova distribuição<br />
(9%) e Concessionários de marca (7%) (Fig.<br />
1). Em comparação com outros <strong>dos</strong> principais<br />
países europeus, Portugal está numa<br />
situação mais parecida com a Itália (95% de<br />
pneus vendi<strong>dos</strong> por especialistas), do que<br />
com a França, onde estes apenas asseguram<br />
44% das vendas. A situação <strong>dos</strong> especialistas<br />
na Espanha e no Reino Unido é parecida<br />
(63% e 68%, respectivamente), mas<br />
na Alemanha já só facturam 55% do total.<br />
Os concessionários de marca, devido à forte<br />
presença que os construtores têm nesses<br />
merca<strong>dos</strong>, asseguram 26% das vendas na<br />
Alemanha, 27% em França e 17% em Espanha.<br />
Nos merca<strong>dos</strong> inglês e português os<br />
concessionários têm um papel secundário<br />
(9% e 7%, respectivamente) e em Itália quase<br />
marginal. Os auto centros têm uma posição<br />
já interessante na França Alemanha e<br />
Espanha (20%, 10% e 15%, respectivamente),<br />
contra 7% em Portugal. Noutros países,<br />
a presença deste conceito é praticamente<br />
residual. Nota-se forte presença <strong>dos</strong> serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> no Reino Unido (19%), mas na<br />
França já só representam 6%, 2% na Alemanha<br />
e 1% em Portugal. Outros tipos de<br />
operadores, possivelmente oficinas multimarca<br />
e reparadores autoriza<strong>dos</strong>, disputam<br />
8% na Alemanha, e 3% na França, Espanha<br />
e Reino Uni<strong>dos</strong>. Sem significa<strong>dos</strong><br />
noutros merca<strong>dos</strong>. Verifica-se assim que<br />
no Centro da Europa a concorrência é mais<br />
activa.<br />
No que respeita a distribuição de pneus<br />
Motivos para pertencer<br />
a uma rede de distribuição<br />
Como noutros sectores de actividade, a<br />
sustentabilidade de um ponto de venda necessita<br />
da criação de conceitos fortes e diferencia<strong>dos</strong>.<br />
O serviço rápido argumenta com<br />
a sua rapidez. O auto centro baseia a sua comunicação<br />
no preço baixo, ainda que em<br />
certos casos isso não se verifique. O conceito<br />
diferenciado comunicado através de uma<br />
rede tem mais impacto, do que ao nível de<br />
um só ponto de venda. O objectivo de oferecer<br />
um benefício ao consumidor também<br />
funciona como um elemento de diferenciação<br />
e de reforço da imagem. A rede EuroTyre<br />
baseia a sua comunicação no slogan<br />
"Rede Europeia de Conselheiros do Pneu",<br />
enquanto que a rede PointS aposta na frase<br />
"O especialista da aderência”. Já o posicionamento<br />
da Midas assenta na ideia "Reparamos<br />
o seu carro na hora e sem demora”.<br />
Outro grande motivo para pertencer a<br />
uma rede de distribuição é a satisfação de<br />
necessidades de operadores de nível nacional<br />
ou internacional, como frotistas ou<br />
gestoras de Aluguer operacional de viaturas<br />
(AOV). Para estes operadores, o pneu é<br />
um elemento importante do custo quilométrico<br />
de uma viatura e estão interessa<strong>dos</strong><br />
em estabelecer acor<strong>dos</strong> com fabricantes<br />
e redes de especialistas com cobertura<br />
nacional, pelo menos, a fim de obterem<br />
vantagens operacionais e financeiras. Logo<br />
à partida, o retalhista independente fica<br />
afastado da possibilidade de realizar con-<br />
24<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
tratos deste tipo, o que lhe veda o acesso a<br />
um mercado em crescimento constante,<br />
constituído por condutores que fazem<br />
grandes quilometragens, onde há medidas<br />
de pneus rentáveis e um volume de venda<br />
praticamente garantido.<br />
O terceiro importante motivo para pertencer<br />
a uma rede é o maior poder negocial<br />
relativamente aos fornecedores. O maior<br />
volume de negócio, o acesso mais estruturado<br />
ao mercado e uma cadeia logística<br />
mais efectiva, com base numa economia de<br />
escala, são argumentos de peso face ao<br />
fornecedor.<br />
As principais vantagens de trabalhar com<br />
uma oferta concentrada são a cobertura<br />
optimizada <strong>dos</strong> diferentes segmentos do<br />
mercado, política uniforme dentro da mesma<br />
rede, racionalização da política de<br />
stocks e maior capacidade negocial em<br />
face <strong>dos</strong> fornecedores. Se a rede dispuser<br />
de uma marca própria ou exclusiva, poderá<br />
comprar o produto ao preço de uma marca<br />
económica e vendê-lo ao preço de uma<br />
marca de 2ª linha, aumentando a margem<br />
de comercialização.<br />
Especificidades do mercado português<br />
A diferença mais notada do mercado português<br />
é a diferença acentuado do preço ao<br />
consumidor nos diferentes canais de distribuição<br />
de pneus. Tomando os especialistas<br />
como o canal mais "económico", os concessionários<br />
apresentam preços 25% superiores<br />
e os serviços rápi<strong>dos</strong> mais 45% de custo.<br />
O mesmo fenómeno é observado um<br />
pouco por toda a Europa, mas em menor<br />
grau. A média europeia para os serviços rápi<strong>dos</strong><br />
é entre 15 e 20% mais caro. Na Holanda,<br />
por exemplo, os concessionários levam<br />
entre 10 a 15% mais do que os outros canais.<br />
Outra diferença é o facto de Portugal ter<br />
pneus 5% mais baratos do que a média europeia.<br />
Além disso, sempre que houver uma<br />
descida de preços, Portugal baixa mais os<br />
seus preços. Nos últimos três anos, os 5<br />
principais merca<strong>dos</strong> europeus desceram o<br />
preço <strong>dos</strong> pneus em 13%, enquanto que<br />
Portugal baixou 24%. Outra característica<br />
do mercado português é a recomendação<br />
de marcas económicas (30%), acima da média<br />
europeia (20%), mas abaixo <strong>dos</strong> EUA<br />
(40%) e do Reino Unido (35%).<br />
FIG. 1<br />
Em Portugal, as casas especializadas em pneus, incluindo as<br />
oficinas independentes, vendem 8 em cada 10 pneus<br />
disponibiliza<strong>dos</strong> (84%), segui<strong>dos</strong> da nova distribuição (9%) e<br />
Concessionários de marca (7%).<br />
FIG. 2<br />
Num estudo de percepção do consumidor, o especialista sofre<br />
de uma deficiência da imagem, pois não está geralmente<br />
associado a nenhum <strong>dos</strong> vectores principais valoriza<strong>dos</strong> pelo<br />
consumidor.<br />
Evolução da distribuição<br />
de pneus ao consumidor português<br />
Portugal foi um <strong>dos</strong> países da Europa<br />
Ocidental onde o conceito da distribuição<br />
moderna demorou mais a instalar-se, verificando-se<br />
que até 1985 havia poucos supermerca<strong>dos</strong><br />
e hipermerca<strong>dos</strong> no país, dominado<br />
por pequenos retalhistas e comerciantes<br />
tradicionais. A partir de 1981, no<br />
entanto, a distribuição moderna desenvolveu-se<br />
e começou a eliminar os vendedores<br />
locais. O comércio de alimentação de proximidade<br />
já só representava 1,4 % do mercado<br />
em 2004. Nestes últimos anos, as redes<br />
internacionais de distribuição em diversos<br />
sectores têm vindo a instalar-se no país<br />
(MacDonald, Fnac, Ikea, Zara, etc.). É muito<br />
natural, pois, que os consumidores portugueses<br />
também estejam dispostos a comprar<br />
pneus através de redes de distribuição<br />
mais evoluídas. Também nos pneus se prevê,<br />
portanto, que o conceito de comércio<br />
tradicional diminua em função do crescimento<br />
de formas estruturadas de distribuição<br />
(EuroTyre, Mega Mundi, Pneumobil,<br />
First Stop, PneuPort, etc.). A mesma tendência<br />
está a verificar-se em termos <strong>dos</strong><br />
conceitos da nova distribuição automóvel<br />
(Autocenter, Precision, Midas, Fix'n'go, Norauto,<br />
FeuVert, Station Marché, L'auto<br />
E.Leclerc, etc.).<br />
Os concessionários, por seu turno, estão<br />
a investir no sector <strong>dos</strong> pneus, como forma<br />
de garantirem o seu nível de actividade e de<br />
fidelizarem os seus clientes. Qualidade de<br />
serviço e tecnologia original são sempre os<br />
argumentos fortes <strong>dos</strong> representantes das<br />
marcas de automóveis, prevendo-se pois<br />
que o mercado de pneus se torne cada vez<br />
mais competitivo e com actores de dimensões<br />
cada vez maiores.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
25
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
4º PAINEL ASSISTÊNCIA PÓS-VENDA DE<br />
PNEUS - CASAS DE PNEUS TRADICIONAIS VS<br />
REDES ORGANIZADAS DE OFICINAS<br />
Por: Filipe Marques, Coordenador VIALIDER<br />
“O SEGREDO DA REDE<br />
É A SINERGIA”<br />
Filipe Marques, coordenador da rede<br />
de oficinas especializadas em<br />
pneus da Michelin, Vialider, abordou<br />
o tema relacionado com as Casas de<br />
<strong>Pneus</strong> Tradicionais versus Redes Organizadas<br />
de Oficinas. Esteve presente não como<br />
representante da Vialider, mas como especialista<br />
no negócio de pneus, para explicar<br />
as vantagens da opção de ser operador independente<br />
e da opção de aderir a uma<br />
rede organizada de oficinas. À partida, nenhum<br />
<strong>dos</strong> conceitos é vencedor ou vencido,<br />
pelo que só no final veremos qual será o balanço<br />
mais positivo para cada opção.<br />
Enquadramento do mercado actual<br />
O parque automóvel circulante encontrase<br />
estabilizado e não se prevê que haja alterações<br />
significativas no prazo de 3 anos, o<br />
que nos leva a crer que o mercado de pneus<br />
também não deve crescer muito. Apesar<br />
disso, existem no país mais de 4.000 pontos<br />
de venda e montagem de pneus. Este número<br />
não se deve também alterar grandemente,<br />
porque to<strong>dos</strong> os dias alguém quer<br />
tentar a sua sorte nesta actividade, embora<br />
a taxa anual de mortalidade de operadores<br />
esteja neste momento nos 7%. Sendo assim,<br />
a concorrência é muito intensa e o argumento<br />
final é sempre o preço. Existe portanto<br />
uma grande pressão sobre os preços<br />
e consequentemente sobre as margens de<br />
rentabilidade. Embora não existam da<strong>dos</strong><br />
muito concretos sobre a evolução das margens<br />
do negócio, há quase a certeza do que<br />
os operadores do mercado de pneus espanhol<br />
trabalham com uma margem bruta<br />
superior à <strong>dos</strong> portugueses. Por outro lado,<br />
o período de mudança de pneus anda actualmente<br />
pelos 2,7 anos e cerca de 36-<br />
40.000km. Isto torna difícil captar e fidelizar<br />
clientes, porque as oportunidades de contacto<br />
e de voltar a ver o cliente só acontecem<br />
de 3 em 3 anos. Além disso, a maior<br />
parte <strong>dos</strong> clientes prefere resolver vários<br />
problemas de manutenção ao mesmo tempo,<br />
porque limita o tempo de imobilização<br />
do veículo e elimina o risco potencial de<br />
avarias. É por esta mesma razão que os<br />
centros comerciais e as grandes superfícies<br />
em geral têm sucesso, permitindo aos<br />
consumidores resolverem várias necessidades,<br />
com economia de tempo e maior<br />
conveniência.<br />
Papel e situação <strong>dos</strong> revendedores<br />
São os revendedores que decidem que<br />
produtos e serviços irão oferecer ao mercado<br />
e que tipo de relação querem ter com os<br />
fornecedores. Essa relação pode ser meramente<br />
transacional (venda/aquisição) ou<br />
pode prolongar-se numa parceria, um termo<br />
bastante presente hoje em dia no mundo<br />
<strong>dos</strong> negócios. O preço e a margem são<br />
também uma opção do revendedor, de<br />
acordo com a sua estratégia de negócio. No<br />
entanto, não está no mercado sozinho e<br />
tem que se regular e nivelar pelos outros<br />
operadores, pelo menos, os mais próximos.<br />
Ser "barateiro" ou vender “qualidade" tem<br />
vantagens e riscos que cada um deve avaliar<br />
com cuidado. Em seguida, há o local ou<br />
ponto de venda: loja, garagem (fixos), móvel,<br />
na Internet, etc. Também pode haver<br />
um ponto apenas num local ou vários pontos<br />
distribuí<strong>dos</strong> pelo país e vários tipos de<br />
instalações disponíveis. O revendedor também<br />
pode ter vendedores, comissionistas e<br />
outro tipo de promotores, cabendo-lhe decidir<br />
sobre a solução mais vantajosa.<br />
Para tornar operacionais as instalações,<br />
é necessário escolher o pessoal, nível de<br />
qualificação/formação <strong>dos</strong> colaboradores,<br />
equipamentos e outros elementos funcionais.<br />
No cenário actual, que é bastante diferente<br />
do que era há alguns anos, a forma<br />
como o revendedor se promove e comunica<br />
com o mercado pode ser decisiva para o sucesso<br />
ou não <strong>dos</strong> empreendimentos. Agora,<br />
é necessário promover os preços, os produtos,<br />
os serviços, as instalações e a forma<br />
de actuar da empresa junto <strong>dos</strong> consumidores,<br />
ou seja, é obrigatório gerir a imagem.<br />
O instrumento que pode organizar to<strong>dos</strong><br />
estes factores num todo coerente é actualmente<br />
o marketing. Os operadores<br />
independentes geralmente não têm este<br />
26<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
ponto em perspectiva, embora reconheçam<br />
a sua importância, por falta de informação,<br />
falta de meios e outros motivos. No final, há<br />
ainda que respeitar requisitos técnicos e legais.<br />
No contexto europeu, o nível desses<br />
requisitos tem vindo a aumentar to<strong>dos</strong> os<br />
anos, sob a pressão das condições ambientais,<br />
condições de higiene e segurança no<br />
trabalho, etc..<br />
No plano técnico, há que ter em conta a<br />
crescente sofisticação das máquinas e<br />
equipamentos, quase sempre dota<strong>dos</strong> de<br />
sistemas electrónicos e software que requer<br />
actualizações, quer em função do parque<br />
de viaturas novas, quer em função da<br />
evolução tecnológica <strong>dos</strong> veículos. Os novos<br />
equipamentos, os novos modelos de carros<br />
e os próprios pneus exigem uma constante<br />
actualização <strong>dos</strong> procedimentos e da forma<br />
de trabalhar. O risco de se provocarem<br />
anomalias nos sistemas do veículo por carência<br />
ou incorrecção de procedimentos é<br />
actualmente muito elevado, exigindo formação<br />
e equipamentos de diagnóstico<br />
compatíveis.<br />
O revendedor tem que equacionar todas<br />
estas variáveis para conseguir ter acesso<br />
ao mercado e realizar os seus objectivos de<br />
vendas. Aqui, há a considerar os clientes<br />
particulares (individuais) e os clientes institucionais<br />
ou empresas (colectivos), para<br />
cada um <strong>dos</strong> quais existem exigências diferentes.<br />
Outro ponto muito importante geralmente<br />
negligenciado pelos operadores é<br />
o contacto e acompanhamento do cliente<br />
no pós-venda. A principal razão para essa<br />
lacuna é geralmente a falta de meios, estruturas<br />
e procedimentos organiza<strong>dos</strong> nesse<br />
sentido.<br />
Redes organizadas de oficinas: opção,<br />
oportunidade ou exigência?<br />
Face ao conjunto exposto de condicionalismos<br />
para o exercício da actividade de<br />
venda e assistência a pneus, há alguma evidência<br />
de que os operadores isola<strong>dos</strong> poderão<br />
encontrar dificuldades em satisfazer da<br />
forma mais correcta as suas necessidades<br />
de acesso a nichos de mercado rentáveis,<br />
de informação técnica/comercial e de apoio<br />
a todas as vertentes do negócio (organização,<br />
logística, financiamento, promoção,<br />
etc.). Espelho dessas dificuldades é o caso<br />
actual da vizinha Espanha, onde os operadores<br />
independentes de pneus apenas conseguem<br />
vender 3 em cada 10 pneus comercializa<strong>dos</strong><br />
naquele país, contra 7 pneus<br />
vendi<strong>dos</strong> por operadores organiza<strong>dos</strong> em<br />
redes. Esta realidade leva-nos a questionar<br />
se haverá efectivamente lugar no futuro<br />
para uma casa exclusivamente dedicada a<br />
pneus. De alguma forma, sempre haverá<br />
lugar para essa opção, mas com um potencial<br />
de desenvolvimento do negócio muito<br />
limitado ou mesmo nulo.<br />
A diversificação de serviços é uma exigência<br />
imparável da evolução do mercado e<br />
<strong>dos</strong> consumidores. Desta forma, as empresas<br />
de comercialização de pneus terão<br />
cada vez mais necessidade de recorrer a<br />
novos serviços, a fim de tornar as visitas<br />
<strong>dos</strong> clientes mais frequentes e ter oportunidade<br />
de fidelizá-los. Em termos de rentabilidade<br />
de negócio, o aumento do valor<br />
médio de facturação por cliente é também<br />
uma forma de lutar contra a concorrência e<br />
a diminuição das margens, garantindo a<br />
sustentabilidade da empresa. Tudo isto,<br />
sem impedir que a casa continue a ser especializada<br />
em pneus, como é desejável.<br />
Muitas pessoas em Portugal continuam a<br />
duvidar que a nova distribuição consiga implantar-se<br />
entre nós ao nível da Europa<br />
Central, mas o facto é que o mercado ainda<br />
está em movimento e nada está decidido. O<br />
sector <strong>dos</strong> pneus conseguiu salvaguardar a<br />
sua posição estratégica e a sua quota de<br />
mercado, porque soube preparar-se e muitos<br />
operadores aderiram a redes organizadas,<br />
como é o caso da Vialider. De qualquer<br />
modo, a pressão <strong>dos</strong> concessionários e <strong>dos</strong><br />
reparadores em geral está ainda a manifestar-se<br />
apenas, podendo vir a representar<br />
uma maior dispersão do negócio <strong>dos</strong><br />
pneus, se os especialistas não corresponderem<br />
rapidamente às expectativas do<br />
mercado e <strong>dos</strong> consumidores.<br />
Quais são as expectativas <strong>dos</strong> clientes?<br />
Um jogo de pneus pode custar 400 Euros<br />
ou até mais neste momento. É lógico que o<br />
cliente pretende ter uma boa experiência<br />
de compra, que se traduz por confiança,<br />
tranquilidade e garantia. Tudo isso passa<br />
por um tratamento pessoal adequado e por<br />
um atendimento profissional, mas só quando<br />
o cliente verificar na estrada as vantagens<br />
prometidas pelo vendedor é que a boa<br />
experiência de compra está efectivamente<br />
adquirida. Se além <strong>dos</strong> pneus correctos forem<br />
corrigi<strong>dos</strong> problemas de equilíbrio, alinhamento<br />
e outros, o cliente notará facilmente<br />
e com satisfação a diferença.<br />
Outras coisas a que o cliente dá importância<br />
são as instalações da oficina, não só<br />
do ponto de vista estético e organização de<br />
espaço, como do ponto de vista das funcionalidades,<br />
como uma sala de espera acolhedora,<br />
uma casa de banho limpa, etc.<br />
Além disso, o cliente espera eficiência, isto<br />
é, mínimo tempo de espera, maior número<br />
de intervenções efectuadas e qualidade de<br />
serviço. A proximidade/acessibilidade é outro<br />
factor valorizado pelo cliente, podendo a<br />
cobertura geográfica ser essencial para<br />
clientes com frotas, mas esta também será<br />
apreciada pelos clientes individuais, nas<br />
suas deslocações.<br />
Satisfazer as expectativas e captar<br />
clientes<br />
Por enquanto, ainda não há resultado<br />
neste desafio "virtual" entre operadores independentes<br />
e redes organizadas, porque<br />
todas as vantagens que as casas de pneus<br />
tradicionais têm, podem ser apropriadas<br />
pelas redes, mas os independentes terão<br />
dificuldade em preencher as vantagens de<br />
uma rede. De facto, é um "jogo" um tanto<br />
desigual e com um vencedor anunciado…<br />
Começando pela organização da empresa e<br />
pela estruturação correcta da oferta, os<br />
conceitos de operação em rede dispõem de<br />
meios superiores, comprova<strong>dos</strong> e optimiza<strong>dos</strong>.<br />
A metodologia de procedimentos<br />
defini<strong>dos</strong> é também indispensável para garantir<br />
a qualidade de serviço que o cliente<br />
exige e a empresa necessita oferecer. Estes<br />
procedimentos fundamentam-se numa<br />
capacidade de formação <strong>dos</strong> profissionais<br />
acima de qualquer dúvida e na total eficiência<br />
<strong>dos</strong> equipamentos da oficina. De resto, o<br />
cliente sente a diferença desde logo pela<br />
imagem projectada pelo conceito a que<br />
adere, pois ela foi pensada e realizada para<br />
isso mesmo. Efectivamente, a notoriedade<br />
pública e a eficácia da comunicação levam<br />
imediatamente o cliente a perceber o potencial<br />
que está contido no conceito que escolhe<br />
e que não terá dificuldade em comprovar.<br />
Talvez por isso mesmo a probabilidade<br />
estatística de um cliente entrar numa<br />
loja de uma rede seja bastante mais elevada,<br />
do que a de entrar num ponto de venda<br />
tradicional.<br />
O negócio de abrir as portas e ficar à espera<br />
<strong>dos</strong> clientes está esgotado e já não<br />
tem qualquer viabilidade. É preciso saber<br />
onde estão os clientes, o que eles pretendem<br />
e como chegar até eles. Isso implica<br />
comunicação, contactos e referências.<br />
Essa é a principal razão pela qual o "actor"<br />
isolado pode não ter capacidade de resolver<br />
os seus problemas e vencer. Apesar disso,<br />
ter uma imagem, não é uma solução milagrosa.<br />
É preciso que essa imagem corresponda<br />
a um conteúdo de competência e de<br />
capacidade para atingir os padrões exigi<strong>dos</strong><br />
pelo mercado actual. O segredo da rede é a<br />
sinergia: com um pequeno contributo de<br />
cada um, são obtidas soluções de escala e<br />
impactos de mercado superiores ao somatório<br />
de to<strong>dos</strong> os elementos que a constituem.<br />
Isto aliás não é segredo nenhum, pois<br />
já deu provas em todo o mundo, há muito<br />
tempo.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
27
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
5º PAINEL NOVAS TENDÊNCIAS NA<br />
ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS DE<br />
COMERCIALIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA<br />
PÓS-VENDA DE PNEUS<br />
Por: Pedro Jesus, Director-Geral da Cometil<br />
“A ESPECIALIZAÇÃO<br />
É INDISPENSÁVEL”<br />
condições, pouco atractivos para os clientes<br />
das viaturas. Hoje tudo isso está ultrapassado<br />
e temos casas com uma imagem que<br />
muitos concessionários gostariam de ter.<br />
Onde não havia recepção, sala de espera,<br />
lojas de acessórios e outros espaços para<br />
acolher o cliente, surgiram modernas instalações<br />
onde os clientes dispõe de todas as<br />
condições para desejar estar. Os investimentos<br />
foram realiza<strong>dos</strong> e a realidade actual,<br />
tanto no plano do atendimento ao<br />
cliente, como nos espaços para a manutenção<br />
automóvel, nada deve ao que de melhor<br />
se pode encontrar pela Europa fora e noutros<br />
países. Foi efectivamente realizado em<br />
grande trabalho e um trabalho bem feito.<br />
Para além da imagem, no entanto, o<br />
avanço tecnológico de hoje é suportado por<br />
informação e formação constantes. Durante<br />
muitos anos, as rotinas profissionais<br />
eram passadas de geração em geração<br />
sem grandes modificações, mas esse tempo<br />
já acabou. Hoje a formação é obrigatória,<br />
sob pena das empresas serem ultrapassadas<br />
e se tornarem desactualizadas. A formação<br />
profissional não é só técnica, mas<br />
também tem que alcançar outras áreas vitais<br />
do negócio, como o atendimento, vendas<br />
e satisfação do cliente. Depois, é necessário<br />
que a empresa corresponda às necessidades<br />
e expectativas <strong>dos</strong> clientes, em<br />
relação ao serviço de apoio no pós-venda.<br />
Se o serviço de pós-venda funcionar correctamente,<br />
as vendas são literalmente automáticas.<br />
O que é preciso é realizar um serviço<br />
de pós-venda, ao nível do melhor que o<br />
cliente pode encontrar no mercado, para<br />
poder então ter a certeza que o cliente voltará<br />
a entrar na nossa oficina sempre que<br />
necessitar.<br />
Nosector da manutenção automóvel,<br />
é preciso estar muito<br />
bem preparado para fazer face<br />
às novas tendências de avanço tecnológico<br />
das viaturas. A evolução é tão rápida que, no<br />
momento em que estamos prepara<strong>dos</strong> para<br />
uma inovação, já existe outra. É preciso estar<br />
em constante esforço de informação e<br />
de formação para acompanhar o ritmo actual.<br />
No que se refere à imagem das casas especializadas<br />
em pneus, as empresas realizaram<br />
nos últimos anos um grande esforço<br />
de actualização da imagem. Embora não<br />
existam da<strong>dos</strong> comparativos concretos, não<br />
é falso afirmar que Portugal está na linha<br />
da frente nesse aspecto. Isto que dizer que<br />
os empresários investiram em infra estruturas,<br />
em equipamento do mais sofisticado<br />
que está disponível a nível mundial, ao mesmo<br />
nível do mercado italiano, por exemplo,<br />
e numa renovação completa das instalações.<br />
As casas de pneus eram consideradas<br />
há uns anos uns locais sujos e sem grandes<br />
O trunfo da especialização<br />
Talvez isto ajude a explicar porque razão<br />
os diferentes conceitos da nova distribuição<br />
se têm instalado no país a um ritmo mais<br />
lento do que o previsto, pois a nível de pneus<br />
as instalações e o nível de formação já estão<br />
num ponto em que pouco ou nada há a<br />
acrescentar. Na verdade, os grandes argumentos<br />
da nova distribuição eram e continuam<br />
a ser o serviço, rapidez, preço, conveniência,<br />
etc.. Contudo, quando temos um<br />
problema de saúde sério, vamos a um especialista,<br />
não importa onde ele esteja, nem<br />
o preço que ele nos pede. Da mesma forma,<br />
quando um restaurante tem um serviço de<br />
qualidade, ou seja, uma cozinha apurada e<br />
um produto apetecível, o cliente não questiona<br />
o preço e até vai a locais escondi<strong>dos</strong> e<br />
de acesso nem sempre fácil. O marketing é<br />
feito de boca a boca, pelo próprios clientes<br />
satisfeitos. Desta maneira, os operadores<br />
convencionais do ramo de pneus e até de<br />
reparação geral e de carroçaria, de certo<br />
modo esvaziam as alternativas da nova distribuição,<br />
quando se especializam para ter a<br />
máxima qualidade, actualizam as suas instalações<br />
e equipamento, bem como apostam<br />
na formação contínua.<br />
Tudo o que uma casa especializada de<br />
pneus tem que saber fazer bem são as cinco<br />
principais operações do sector:<br />
- Venda profissional de pneus<br />
- Desmontagem/Montagem de qualidade<br />
- Reparação de pneus, jantes, válvulas, etc.<br />
- Equilibragem profissional de rodas<br />
- Alinhamento de direcções/geometria <strong>dos</strong><br />
trens rolantes<br />
28<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
O alinhamento de direcções foi<br />
um negócio que as casas de pneus<br />
introduziram no seu catálogo e no<br />
qual se tornaram especialistas, ao<br />
ponto de concessionários confiarem<br />
essa tarefa a casas de pneus.<br />
Neste momento, o alinhamento é<br />
uma operação tecnologicamente<br />
avançada e de valor acrescentado,<br />
que contribui para a satisfação do<br />
cliente e para projectar a imagem<br />
das casas de pneus.<br />
Evolução do negócio<br />
A especialização no sector <strong>dos</strong><br />
pneus é actualmente indispensável,<br />
devido à grande diversificação<br />
do produto. No passado, havia apenas<br />
no mercado cerca de 10 marcas<br />
de pneus de construção convencional<br />
e em medidas até um<br />
máximo de 15". Actualmente, mais<br />
de 100 marcas disputam a preferência<br />
<strong>dos</strong> consumidores, as dimensões<br />
vão de diâmetros de 10"<br />
até mais de 30", enquanto que a arquitectura<br />
<strong>dos</strong> pneus manteve o<br />
conceito clássico, mas acrescentou<br />
os Runflat, PAX, BSR, etc. Apesar<br />
da diversidade, os pneus de<br />
qualidade Premium continuam a liderar<br />
o mercado, porque o cliente sabe que<br />
se trata de um produto de segurança. Rentabilidade,<br />
fiabilidade e segurança é o que o<br />
consumidor exige do produto. Os novos produtos,<br />
no entanto, exigem equipamentos<br />
específicos e formação especializada.<br />
Nas válvulas, cuja função era meramente<br />
reter a pressão do pneu e permitir o seu enchimento,<br />
havia antes apenas 2-3 fabricantes.<br />
Hoje, as válvulas <strong>dos</strong> pneus são fabricadas<br />
por mais de 50 operadores e acrescentaram<br />
à sua função original o controlo<br />
da pressão do pneu, o que garante mais segurança<br />
de condução, mais economia de<br />
combustível e de pneus, menos emissões<br />
de escape e intervalos de mudança de<br />
pneus maiores. Como o novo sistema de<br />
controlo é electrónico, exige ferramentas<br />
de diagnóstico avançadas e conhecimentos<br />
do sistema de diagnóstico OBD. Este é um<br />
novo negócio que as casas de pneus têm<br />
que garantir, evitando que os concessionários<br />
passem à frente na assistência aos sistemas<br />
de controlo de pressão <strong>dos</strong> pneus,<br />
que serão universalmente obrigatórios a<br />
partir de 2012.<br />
O equilíbrio das rodas é uma operação<br />
realizada desde que o automóvel existe. O<br />
equilíbrio estático e dinâmico continua a<br />
existir, mas é necessário verificar outros<br />
parâmetros, a fim de resolver problemas<br />
Amortecedor<br />
Direcção<br />
Suspensão<br />
O “Canto” da Roda<br />
Pneu<br />
Travões<br />
FIG. 1<br />
Uma forma de ampliar a competência <strong>dos</strong><br />
especialistas de pneus a outras áreas de<br />
manutenção com mais credibilidade é apostar na<br />
assistência, não apenas ao pneu, mas à roda no<br />
seu todo (canto da roda).<br />
de vibrações no veículo, como é o caso da<br />
excentricidade e da variação de força. Estes<br />
parâmetros sempre existiram, mas não podiam<br />
ser verifica<strong>dos</strong> no pós-venda, uma vez<br />
que os equipamentos necessários apenas<br />
estavam nos fabricantes de pneus ou jantes.<br />
Este agora é mais um serviço de valor<br />
acrescentado para o cliente e de excelente<br />
rentabilidade para a oficina de pneus.<br />
O alinhamento de direcções fecha o ciclo<br />
de serviços clássicos das casas de pneus,<br />
embora a evolução da tecnologia automóvel<br />
tenha introduzido grandes alterações<br />
nas direcções (assistência eléctrica/hidráulica,<br />
sistemas activos, ESP, ACC) e nas<br />
suspensões, que passaram a apresentar<br />
geometria complexa (Multilink). Estas tecnologias<br />
abriram também novos nichos de<br />
mercado, que as casas de pneus podem e<br />
devem reverter a seu favor, aumentando a<br />
sua rentabilidade e a sua oferta ao cliente.<br />
Sensor<br />
de<br />
Pressão<br />
Pós-venda Automóvel<br />
A assistência pós-venda aos veículos é<br />
levada a cabo por quatro grupos principais<br />
de operadores: Concessionários de marca;<br />
Especialistas de pneus; Oficinas de reparação<br />
multimarca e Auto centros/serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />
Aos concessionários é atribuída a máxima<br />
competência no plano tecnológico, pois dispõem<br />
de toda a informação técnica<br />
<strong>dos</strong> veículos, ferramentas<br />
especiais, instruções do construtor,<br />
etc. Mesmo assim, praticam<br />
preços acima da média,<br />
não garantem uma cobertura<br />
de conveniência total e podem<br />
demorar mais do que outra oficina<br />
a resolver o problema.<br />
A tendência dentro do pósvenda<br />
automóvel é para to<strong>dos</strong><br />
os operadores oferecerem uma<br />
paleta de serviços comuns, os<br />
chama<strong>dos</strong> serviços rápi<strong>dos</strong><br />
(consumíveis). Os especialistas<br />
de pneus não podem ignorar<br />
esta realidade, porque resulta<br />
de uma pressão legítima <strong>dos</strong><br />
consumidores, de resolverem o<br />
máximo de problemas de manutenção<br />
do seu veículo, como<br />
o mínimo custo e com a menor<br />
perda de tempo. As oficinas<br />
multimarca estão a efectuar<br />
serviços rápi<strong>dos</strong> e assistência a<br />
pneus por essa razão, o que já<br />
era prática <strong>dos</strong> auto centros.<br />
Portanto, no contexto da concorrência<br />
generalizada, a casa<br />
de pneus deve alargar a sua capacidade<br />
de intervenção a serviços<br />
de conveniência, embora mantendo a<br />
sua competência específica no campo <strong>dos</strong><br />
pneus.<br />
Uma forma de ampliar a competência <strong>dos</strong><br />
especialistas de pneus a outras áreas de<br />
manutenção com mais credibilidade é<br />
apostar na assistência, não apenas ao pneu,<br />
mas à roda no seu todo (canto da roda):<br />
Pneu; Sensor de pressão; Travões; Suspensão;<br />
Amortecedores e Direcção (Fig. 1).<br />
As casas de pneus podem tornar-se especialistas<br />
nos componentes de segurança.<br />
Este é um bom argumento, porque a tecnologia<br />
do veículo converge toda neste ponto.<br />
Toda a gente sabe, por exemplo, quanto é<br />
que um carro leva de 0 a 100km/h, mas quase<br />
ninguém sabe quanto é que ele faz de<br />
100km/h a 0, embora este valor seja muito<br />
mais importante para a segurança de condução.<br />
Ora, a capacidade de travagem do<br />
veículo depende em partes iguais do pneu,<br />
<strong>dos</strong> travões e da suspensão. Isto significa<br />
que as casas de pneus se podem transformar<br />
em especialistas da segurança da<br />
roda, sem terem que efectuar grandes modificações<br />
no seu equipamento, ferramentas,<br />
pessoal, etc. O grande desafio neste aspecto<br />
continua a ser a formação, a qual<br />
cada vez mais está presente e é necessária<br />
em to<strong>dos</strong> e cada um <strong>dos</strong> componentes do<br />
veículo.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
29
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
6º PAINEL PNEUS RECAUCHUTADOS,<br />
QUE FUTURO?<br />
Por: José Gomes, Presidente da ANIRP<br />
“UMA ALTERNATIVA<br />
DE QUALIDADE”<br />
AAssociação Nacional <strong>dos</strong> Industriais<br />
da Recauchutagem de<br />
<strong>Pneus</strong> (ANIRP) começou em 1966,<br />
com 75 associa<strong>dos</strong>. Neste momento, a<br />
ANIRP tem 31 associa<strong>dos</strong>, com um volume<br />
de negócios de ¤ 55 milhões (2007), garantindo<br />
950 postos de trabalho. A maioria das<br />
empresas deste sector são de natureza familiar,<br />
tal como muitas das casas de pneus,<br />
possuem tradição no mercado e elevada<br />
penetração regional. A maioria <strong>dos</strong> patrões<br />
trabalham no seu negócio e quase to<strong>dos</strong><br />
utilizam o sistema de recauchutagem a frio.<br />
Porquê recauchutar?<br />
Ao contrário do que por vezes se insinua,<br />
o pneu recauchutado não compromete a<br />
segurança <strong>dos</strong> utilizadores, porque não<br />
pode ser lançado no mercado se não cumprir<br />
os mesmos critérios de segurança do<br />
pneu novo, tendo que cumprir to<strong>dos</strong> os requisitos<br />
regulamentares que asseguram a<br />
sua qualidade e fiabilidade. A maioria das<br />
empresas de recauchutagem dispõem de<br />
um parque tecnológico totalmente actualizado<br />
e ao nível do melhor que se pode encontrar<br />
na Europa. O que hoje temos em<br />
Portugal são verdadeiras fábricas de recauchutagem<br />
e não meras oficinas de recuperação<br />
de pneus. Em segundo lugar, o pneu<br />
recauchutado permite uma significativa redução<br />
de custo, permitindo às empresas<br />
reduzir a despesa em pneus e tornarem-se<br />
mais competitivas. Nunca este argumento<br />
fez mais sentido do que agora.<br />
Por outro lado, a recauchutagem é uma<br />
forma de reciclagem da estrutura do pneu,<br />
reduzindo o consumo de recursos naturais<br />
e de energia. O contributo ambiental do<br />
pneu recauchutado torna-se patente ao verificar-se<br />
que permite economizar cerca de<br />
2/3 das matérias-primas e da energia necessárias<br />
para produzir um pneu novo. Mas<br />
a dimensão ecológica da actividade de recauchutagem<br />
é também confirmada pelo<br />
facto de prolongar a utilização da carcaça<br />
por uma ou mais vidas úteis, reduzindo<br />
substancialmente o volume de resíduos origina<strong>dos</strong><br />
pelo pneu.<br />
Regulamentos actuais da actividade<br />
No nosso país a actividade de recauchutagem<br />
de pneus encontra-se balizada pelos<br />
Decretos nº 9/2002 e 10/2002, de 4 de<br />
<strong>Abril</strong>, que transpõem para a legislação portuguesa<br />
os Regulamentos da Comissão<br />
Económica para a Europa das Nações Unidas,<br />
respectivamente nº 108 (pneus ligeiros)<br />
e nº 109 (pneus comerciais e pesa<strong>dos</strong>).<br />
Em consequência destes regulamentos,<br />
desde o dia 1 de Janeiro de 2004, só podem<br />
ser coloca<strong>dos</strong> no mercado pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
aprova<strong>dos</strong>, marca<strong>dos</strong> e produzi<strong>dos</strong><br />
em unidades de recauchutagem homologadas.<br />
Deste modo, a partir de 1 de Janeiro<br />
de 2004, apenas podem ser monta<strong>dos</strong><br />
nos veículos pneus recauchuta<strong>dos</strong> que satisfaçam<br />
os requisitos <strong>dos</strong> Regulamentos<br />
nº 108 e nº 109.<br />
Para que tudo isto possa ser verificado e<br />
comprovado, os pneus recauchuta<strong>dos</strong> têm<br />
que ser submeti<strong>dos</strong> a ensaios, por amostragem,<br />
de resistência a carga e velocidade<br />
exactamente iguais aos exigi<strong>dos</strong> para os<br />
pneus novos. Os resulta<strong>dos</strong> desses ensaios<br />
têm que ser posteriormente envia<strong>dos</strong> ao<br />
IMTT. Além disso, existem limites e especificações<br />
para os danos e desgaste das carcaças<br />
que serão recauchutadas. Já lá vai o<br />
tempo em que qualquer utilizador ou revendedor<br />
podia pedir para recauchutar um<br />
pneu "à sua responsabilidade". Isso hoje é<br />
completamente impossível, porque estão<br />
claramente tipificadas as condições de<br />
construção e reparação do pneu recauchutado.<br />
As unidades de recauchutagem actuais<br />
estão certificadas pela norma ISO e a produção<br />
obedece a procedimentos especifica<strong>dos</strong><br />
e operações de verificação e inspecção<br />
ao longo do processo produtivo. O sistema<br />
de controlo de qualidade permite desse<br />
modo garantir que as técnicas de recauchutagem<br />
utilizadas cumprem inteiramente as<br />
disposições <strong>dos</strong> regulamentos.<br />
Formação contínua <strong>dos</strong> operadores e auditorias<br />
de qualidade regulares garantem a<br />
fiabilidade desses sistemas.<br />
Impacto <strong>dos</strong> Regulamentos<br />
Com a necessidade de requalificação e<br />
homologação das unidades de recauchutagem,<br />
conseguiram-se importantes conquistas<br />
para esta actividade, entre as quais<br />
se podem citar:<br />
- Reconhecimento internacional da importância<br />
do pneu recauchutado;<br />
- Regras comuns a to<strong>dos</strong> os operadores industriais<br />
dão maior credibilidade ao sector;<br />
30<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
- Desenvolvimento e aperfeiçoamento do<br />
processo de recauchutagem, que promove<br />
a qualidade e a fiabilidade do pneu recauchutado;<br />
- Segurança <strong>dos</strong> consumidores e utilizadores<br />
salvaguardada;<br />
- Promoção do clima de confiança do mercado<br />
relativamente ao produto.<br />
Suposições e realidades<br />
Diversos estu<strong>dos</strong> credíveis realiza<strong>dos</strong> a<br />
nível mundial comprovaram que os destroços<br />
de pneus recolhi<strong>dos</strong> em auto estradas<br />
são provenientes, tanto de pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
como de pneus novos, em percentagens<br />
idênticas, sendo a principal razão da<br />
falha <strong>dos</strong> pneus a incorrecta utilização.<br />
Um estudo recentemente realizado em<br />
Portugal pela Universidade do Minho, com o<br />
sugestivo nome de "Caça ao Crocodilo",<br />
teve como objectivo a caracterização das falhas<br />
de pneus em auto-estradas. Este estudo<br />
foi apoiado pela ANIRP e patrocinado<br />
pela VALORPNEU. Das 1.041 amostras recolhidas<br />
e analisadas, 45% são provenientes<br />
de pneus novos e 55% são pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />
No apuramento final das razões<br />
que motivaram a falha das amostras de<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong>, verificaram-se os<br />
seguintes resulta<strong>dos</strong>:<br />
- Pressão incorrecta = 31%<br />
- Impactos = 39%<br />
- Outras causas = 20%<br />
- Furo = 10%<br />
Nas outras causas, as deficiências do<br />
processo de recauchutagem apenas representam<br />
2% do total de falhas.<br />
Inspecções Periódicas Obrigatórias<br />
Depois de muitos anos de indefinição,<br />
graças ao esforço e insistência da ANIRP, a<br />
autoridade que tutela as inspecções técnicas<br />
de veículos (IMTT) clarificou finalmente<br />
e de uma vez por todas que no mesmo eixo<br />
de uma viatura podem ser monta<strong>dos</strong> pneus<br />
da mesma medida, do mesmo produtor<br />
e/ou recauchutador e com o mesmo desenho<br />
da banda de rolamento. A marca de origem<br />
deixa de ser critério válido e não tem<br />
qualquer consequência legal. A circular<br />
ITVA 2/2008 de 2008.06.06 (IMTT) veio clarificar<br />
esta situação. Neste momento, a reprovação<br />
de veículos por estarem equipa<strong>dos</strong><br />
com pneus recauchuta<strong>dos</strong> apenas pode<br />
resultar pontualmente de algum erro de<br />
avaliação.<br />
Produção nacional<br />
de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
Para demonstrar a vitalidade da indústria<br />
de recauchutagem em Portugal, foram produzi<strong>dos</strong><br />
852.087 pneus recauchuta<strong>dos</strong> de<br />
to<strong>dos</strong> os tipos, em 2007, com especial ênfase<br />
nos pneus para pesa<strong>dos</strong> (293.995 unidades),<br />
que representam 34,5% do total (mais<br />
de 1/3). No mesmo ano, tiveram que ser importadas<br />
231.772 carcaças (27,2% da produção<br />
total). Os tipos de pneus que exigiram<br />
mais importações de carcaças foram os ligeiros<br />
e os 4 x 4, respectivamente com 38%<br />
e 57,9% da produção. Esta situação evitou<br />
que a balança das exportações (190.344<br />
unidades) fosse mais favorável, ficando-se<br />
apenas pelos 22,3% da produção nacional.<br />
Por outro lado, as exportações apenas cobriram<br />
82,1% das importações em unidades.<br />
Em valor, o balanço foi certamente<br />
bastante mais positivo. Mesmo assim, o<br />
mercado português absorveu 77,7% da produção<br />
nacional.<br />
Oportunidades de mercado<br />
A melhoria significativa do parque industrial<br />
português e a recente evolução tecnológica<br />
permitiram que o sector de recauchutagem<br />
esteja em condições de aproveitar as<br />
oportunidades que se desenham no horizonte,<br />
dentre as quais podemos salientar:<br />
- Crescente preocupação ambiental <strong>dos</strong> governos,<br />
empresas e opinião pública;<br />
- Maior controlo de custos por parte <strong>dos</strong><br />
utilizadores, principalmente os frotistas e<br />
empresas de maior dimensão;<br />
- Lançamento e desenvolvimento de importante<br />
agenda de obras públicas nacionais<br />
(Novo Aeroporto, 3ª travessia no Tejo,<br />
TGV, programa de auto estradas, etc.);<br />
- Exportação para merca<strong>dos</strong> emergentes;<br />
- Especialização em nichos de mercado;<br />
- Serviços complementares (contratos ao<br />
km, assistência pós-venda);<br />
- Regulamento REACH (limitações na composição<br />
das misturas);<br />
- PNAEE (Plano Nacional de Acção para a<br />
Eficiência Energética - "Pneu Certo");<br />
- Regulamento 117 (Nível de ruído de rolamento<br />
e aderência em piso molhado).<br />
Constrangimentos de mercado<br />
A principal limitação para qualquer produtor<br />
nacional é a dimensão reduzida do<br />
mercado nacional: população envelhecida e<br />
em estagnação, poucos quilómetros da<br />
rede viária e poder aquisitivo limitado. O<br />
sector da construção também está a atravessar<br />
dificuldades e em recessão. O elevado<br />
número de operadores (30) e o excesso<br />
de capacidade das empresas de recauchutagem<br />
torna estes problemas mais evidentes.<br />
Para isso, muito contribui a afectividade<br />
ao negócio <strong>dos</strong> empresários do ramo,<br />
que impede que se tomem decisões de racionalização<br />
do sector. A verticalização do<br />
negócio das marcas de pneus novos está a<br />
conduzi-las ao negócio <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
de camião. Por outro lado, os custos<br />
operacionais decorrentes das obrigações<br />
legais (Qualidade, Homologação, Ambiente)<br />
reduzem as margens, o que se torna<br />
preocupante no actual contexto do agravamento<br />
do nível de risco de mercado. Outros<br />
factores adversos ao sector da recauchutagem<br />
são os pneus orientais de baixo custo,<br />
o aumento do preço das carcaças e a importação<br />
de pneus "usa<strong>dos</strong>".<br />
Desafios para o futuro<br />
Pretendemos que o pneu recauchutado<br />
deixe de ser o "parente pobre" do negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus e passe a ser visto como uma alternativa<br />
de qualidade, com fiabilidade e<br />
com vantagens económicas e ambientais.<br />
Isso irá obrigar o sector a tornar-se mais<br />
dinâmico na distribuição, na optimização<br />
da cadeia logística e na promoção de serviços<br />
de valor acrescentado para o cliente.<br />
Outros desafios que o sector pretende ganhar<br />
é o da evolução tecnológica, do aumento<br />
da produtividade e da eficiência<br />
energética das suas fábricas. Também<br />
pretendemos assegurar maior duração da<br />
carcaça, através nomeadamente de serviços<br />
de manutenção e de aconselhamento<br />
ao utilizador. Para realizar muitas destas<br />
coisas, provavelmente teremos que consolidar<br />
as empresas nacionais de recauchutagem<br />
com ganhos de eficiência, através<br />
de planos e programas de fusões e aquisições.<br />
De qualquer modo, o maior desafio<br />
ainda será conseguir a confiança <strong>dos</strong> operadores<br />
da distribuição e venda de pneus,<br />
até ao ponto de tratarem o pneu recauchutado<br />
com justiça e de igual para igual com<br />
outros produtos, alguns <strong>dos</strong> quais com<br />
menor qualidade.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
31
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
7º PAINEL<br />
PNEUS EM FIM DE VIDA<br />
Por: Climénia Silva, Directora-Geral da Valorpneu<br />
“VALORPNEU EXCEDEU<br />
OS OBJECTIVOS”<br />
Segundo a legislação em vigor, um<br />
pneu usado que foi trocado por um<br />
novo passa a ser um resíduo e entra<br />
num ciclo de reciclagem, tendo em vista<br />
o aproveitamento do seu valor residual. Os<br />
números de que a Valorpneu dispõe são os<br />
comunica<strong>dos</strong> pelos produtores e importadores,<br />
no âmbito das suas obrigações de<br />
encaminhamento de resíduos, correspondentes<br />
à venda de pneus novos e em 2ª<br />
mão. Em termos quantitativos, o mercado<br />
de pneus em fim de vida esteve em crescimento<br />
permanente entre 2003 e o final de<br />
2008, no que respeita a pneus de carros ligeiros.<br />
O total destes atingiu no final do ano<br />
passado 3.823.808. Nos pneus de 4 x 4 a<br />
evolução tem sido idêntica, com um total de<br />
210.177, na mesma altura. Os pneus de camioneta<br />
(comerciais ligeiros) tiveram o seu<br />
ponto máximo em 2007, decaindo em 2008,<br />
pelo que há a registar um total de 553.942.<br />
Algo parecido aconteceu nos pneus em<br />
fim de vida de pesa<strong>dos</strong>, que também cresceram<br />
até 2007 e caíram em 2008, ficando o<br />
total em 281.557. A evolução deste tipo de<br />
pneus, atendendo à categoria de veículos,<br />
pode reflectir um abrandamento da actividade<br />
económica, por um lado, bem como<br />
um maior consumo de pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />
Nas motos, a subida espectacular registada<br />
em 2008 deve-se essencialmente à<br />
adesão de importadores de motos nesse<br />
ano, ficando o total destes pneus em<br />
529.972. Os pneus agrícolas conheceram<br />
um pico em 2006, caíram em 2007 e voltaram<br />
a subir em 2008, possivelmente devido<br />
a ciclos da própria actividade em que as<br />
máquinas estão envolvidas. O total destes<br />
pneus foi de 91.506 unidades. Em maquinaria<br />
de manutenção o pico foi registado também<br />
em 2006, tendo-se verificado uma descida<br />
nos dois últimos anos, com um total de<br />
39.460 unidades. Nos pneus de máquinas<br />
de engenharia civil a evolução tem sido<br />
mais lógica e regular, havendo a registar<br />
um total de 9.855 unidades (Fig. 3). No final<br />
de 2008, apesar de uma redução de -3,7%<br />
relativamente a 2007, foram gera<strong>dos</strong> pneus<br />
usa<strong>dos</strong> num total de 90.304 toneladas.<br />
Actividade da Valorpneu 2003-2008<br />
Em 2008 a recolha de pneus efectuada<br />
pela Valorpneu atingiu 106.5%, tendo sido<br />
valorizadas 96.210 toneladas de pneus (+<br />
4,2 %). Isto deve-se ao tratamento de pneus<br />
que estavam em stock e a pneus marginais<br />
ao sistema, isto é, que não são declara<strong>dos</strong> à<br />
Valorpneu. Neste momento a empresa está<br />
a valorizar uma quantidade superior àquela<br />
que é declarada pelos produtores/importadores.<br />
Uma parte destes pneus vieram das<br />
Regiões Autónomas, onde o sistema de<br />
gestão de pneus em fim de vida só entrou<br />
em vigor no ano de 2006. Globalmente, a<br />
Valorpneu processou no referido período<br />
2003/08 43,85 milhões de pneus em fim de<br />
vida, num total de 529.000 toneladas.<br />
Os principais destinos <strong>dos</strong> pneus processa<strong>dos</strong><br />
pela Valorpneu são a reciclagem, valorização<br />
energética e recauchutagem. Outros<br />
destinos são a reutilização e o aterro,<br />
mas em quantidades proporcionalmente<br />
residuais. Algumas das utilizações mais comuns<br />
são os granula<strong>dos</strong> de enchimento<br />
para campos de relva sintética, para pavimentação<br />
de vias, como combustível alternativo<br />
nas cimenteiras e outras indústrias,<br />
bem como várias outras aplicações úteis.<br />
Neste momento, existem 40 pontos de recolha<br />
de pneus de Norte a Sul do país, mais<br />
1 ponto na Madeira e 8 nos Açores. Qualquer<br />
pessoa pode depositar nesses pontos<br />
pneus em fim de vida sem qualquer custo.<br />
No que respeita à rede de valorização de<br />
pneus, a Valorpneu dispõe na actualidade<br />
de 7 Valorizadores (3 Recicladores e 4 Valorizadores<br />
Energéticos) e um Fragmentador<br />
(Transucatas - Setúbal).<br />
Enquadramento legislativo<br />
A legislação que enquadra a actividade de<br />
gestão de pneus em fim de vida nasce com<br />
o Decreto-Lei nº 111/2001 (6 de <strong>Abril</strong>), o<br />
qual foi posteriormente alterado pelo DL nº<br />
43/2004 (2 de Março). Esta legislação introduziu<br />
o conceito do pneu usado como resíduo<br />
e tem como objectivos a prevenção da<br />
produção deste resíduo, através da recauchutagem,<br />
reciclagem e outras formas de<br />
valorização. Também se pronuncia sobre<br />
as boas práticas da utilização <strong>dos</strong> pneus,<br />
sem prejudicar a legislação vigente sobre<br />
segurança e circulação rodoviária. A lei<br />
também impede a combustão de pneus<br />
sem recuperação energética (queima a céu<br />
aberto) e o abandono de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />
32<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
São também estes decretos que estipulam<br />
as normas relativamente à recolha e<br />
distribuição <strong>dos</strong> pneus. O primeiro ponto<br />
definido na legislação é sobre a impossibilidade<br />
de recusa <strong>dos</strong> distribuidores / revendedores<br />
em aceitar pneus usa<strong>dos</strong>, contra<br />
a venda do mesmo número de pneus<br />
novos do mesmo tipo, devendo os usa<strong>dos</strong><br />
ser remeti<strong>dos</strong> para a indústria de recauchutagem,<br />
ou para os pontos de recolha<br />
autoriza<strong>dos</strong>. Desde que os pneus sejam<br />
entregues nos locais previstos, estão isentos<br />
de qualquer encargo para o respectivo<br />
detentor. O armazenamento destes pneus<br />
usa<strong>dos</strong> só pode ser feito em locais licencia<strong>dos</strong><br />
e que respeitem a legislação vigente.<br />
O DL nº 111/2001 (6 de <strong>Abril</strong>) está a ser<br />
revisto em <strong>2009</strong>, tendo em vista a clarificação<br />
de algumas situações ambíguas. Neste<br />
sentido, serão introduzidas algumas definições<br />
decorrentes da Directiva Quadro de<br />
Resíduos e a fixação de novos objectivos.<br />
Em relação a estes objectivos para <strong>2009</strong>, a<br />
Valorpneu está em condições de os preencher<br />
(96% de recolha de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />
27% de recauchutagem e 69% de reciclagem),<br />
uma vez que já os excedeu em 2008.<br />
Esta alteração da legislação mantém no<br />
entanto o princípio da responsabilidade do<br />
produtor (ecovalor), pois é este que introduz<br />
o pneus no mercado (e no ambiente…,<br />
por consequência). À face da lei, no entanto,<br />
o produtor não é apenas o fabricante do<br />
pneu, nem somente o importador e/ou distribuidor<br />
de pneus novos ou em 2ª mão no<br />
mercado nacional, mas incluem-se nesta<br />
categoria legal to<strong>dos</strong> os que fabriquem,<br />
importem e comercializem veículos, aeronaves<br />
e outros equipamentos equipa<strong>dos</strong><br />
com pneus.<br />
Adesão ao Sistema de Gestão<br />
de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU)<br />
Os principais produtores de pneus usa<strong>dos</strong><br />
(fabricantes de pneus novos) criaram a<br />
Valorpneu, para evitarem a responsabilidade<br />
da gestão directa <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>,<br />
ficando liga<strong>dos</strong> a esta por um contrato.<br />
Sendo assim, qualquer outro produtor de<br />
pneus usa<strong>dos</strong> previsto na lei deverá aderir<br />
ao SGPU através de um contrato celebrado<br />
com a Valorpneu. O procedimento de adesão<br />
está simplificado e encontra-se disponível<br />
no web site da Valorpneu. Esta adesão<br />
está prevista na lei e é obrigatória, sendo<br />
exercido controlo e fiscalização por parte<br />
da ASAE, IGAOT, DGAIEC e SEPNA.<br />
Como parte da responsabilidade do produtor<br />
na geração de pneus usa<strong>dos</strong>, este é<br />
obrigado a financiar o processamento <strong>dos</strong><br />
pneus em fim de vida, para evitar ter que o<br />
efectuar directamente. Admitida a vantagem<br />
económica desta opção, o produtor<br />
poderá repercutir o ecovalor ao comprador<br />
<strong>dos</strong> pneus, como parte do serviço de pósvenda<br />
destes, libertando o utilizador de<br />
quaisquer encargos futuros com a gestão<br />
<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>. A tabela do ecovalor<br />
(Fig. 4), mantém-se constante desde 2003<br />
e passou somente agora a incluir os pneus<br />
de bicicleta. O ecovalor financia a recolha,<br />
armazenamento, transporte e processamento<br />
<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, não podendo ser<br />
considerado uma taxa ou qualquer ónus<br />
desse tipo.<br />
Neste momento, existem cerca de 900<br />
produtores contrata<strong>dos</strong> com a Valorpneu e<br />
esta tem mais cerca de 300 produtores potenciais<br />
identifica<strong>dos</strong>. Estes últimos terão<br />
todo o interesse em aderir rapidamente ao<br />
SGPU e efectuar o contrato com a Valorpneu,<br />
a fim de evitarem cair nas malhas da<br />
lei e terem que pagar coimas e incorrer<br />
noutras eventuais penalizações. Além disso,<br />
a Valorpneu está a restringir o acesso<br />
desses produtores não legaliza<strong>dos</strong> aos<br />
centros de recolha, no cumprimento das<br />
suas obrigações legais e na defesa <strong>dos</strong><br />
seus contratantes, o que os deixa numa situação<br />
mais complicada.<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
33
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
PATROCINADORES PRINCIPAIS<br />
PORTYRE<br />
Pertencente ao grupo holandês Euro Tyre<br />
BV, a Portyre é a marca portuguesa da Euro<br />
Tyre BV Sucursal Portugal, uma empresa portuguesa de distribuição<br />
de pneus que actua no sector <strong>dos</strong> pneus desde 1984 estando<br />
presente em Portugal desde 2<strong>005</strong>.<br />
Aposta fortemente numa elevada disponibilidade de medidas<br />
e marcas (mais de 1.500 medidas e 65 marcas), através do seu<br />
site na internet (www.euro-tyre.pt ou www.portyre.com), bem<br />
como do seu moderno call center com seis pessoas, com possibilidade<br />
de efectuar pedi<strong>dos</strong> até ás 19H00 com entrega no dia<br />
seguinte de manhã.<br />
Possui uma média de 20.000 unidades em stock, com reposição,<br />
duas vezes por semana, do armazém central da Holanda,<br />
onde possuem 400.000 pneus em stock de mais de 100 marcas.<br />
Distribuidores exclusivos da marca Infinity para Portugal e<br />
Espanha, possuem um stock completo da marca com preços<br />
extremamente competitivos para o seu segmento.<br />
Iniciou em <strong>2009</strong> a expansão para o mercado espanhol representando<br />
já este mercado 5% das suas vendas.<br />
DISPNAL<br />
A Dispnal <strong>Pneus</strong> foi fundada em 1999,<br />
na altura representando as marcas de<br />
pneus Nankang e Silverstone. Em resultado da política de<br />
implementação no mercado nacional, a Dispnal mudou de<br />
instalações por necessidade de crescimento ao nível da<br />
quantidade e da qualidade <strong>dos</strong> produtos que representa. A<br />
Dispnal assume então novos desafios, e em reconhecimento<br />
do seu carácter dinâmico e da ideia de confiança que difunde,<br />
são hoje mais de dez as marcas de pneus que representa.<br />
Sendo repartidas por Turismo, Agricultura, Engenharia<br />
Civil, Implement, Industriais e também de<br />
câmaras-de-ar e jantes para veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
É em 2004 que o capital social da Dispnal ganha a sua actual<br />
estrutura, passando a ser detida em exclusivo pela família<br />
Chorado. No ano de 2<strong>005</strong>, a Dispnal implementa um<br />
modelo de gestão baseado na norma ISO 9001:2000, e é certificada<br />
pela BVQI. Para fazer face ao forte aumento do volume<br />
de negócios, em 2006 é ampliado o seu armazém para a<br />
área que detém actualmente. A Dispnal <strong>Pneus</strong> representa<br />
diversas marcas de pneus, com destaque para a Avon.<br />
ALVES BANDEIRA<br />
O grupo Alves Bandeira está presente em<br />
diversas áreas de negócio que vão <strong>dos</strong> combustíveis,<br />
aos postos de abastecimento, passando pelos lubrificantes<br />
e pelas vendas de automóveis e acabando na comercialização<br />
e distribuição de pneus.<br />
Em stock a empresa tem mais de 40.000 pneus (de 15 marcas<br />
diferentes), que permite à empresa distribuir quase<br />
160.000 pneus por ano. A principal novidade, é a representação<br />
exclusiva para Portugal da marca Meteor.<br />
A Meteor é uma marca de fabrico Tailandês, que cumpre com<br />
todas as homologações europeias em matéria de pneus, apresentando-se<br />
no mercado com o argumento de ter uma excelente<br />
opção na relação qualidade/preço. Dispondo de uma vasta<br />
gama de medidas, que vão desde a jante 13 à jante 19, com a<br />
marca Meteor é possível garantir um conjunto de medidas que<br />
satisfazem em pleno o que mercado exige.<br />
A nível de pisos, destaque para o Meteor Cruiser que se destina<br />
a automóveis ligeiros de turismo, o Meteor Sport HP para<br />
automóveis desportivos e nos Comercias o piso Meteor Van.<br />
34<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
CONFERÊNCIA<br />
1ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
CONTINENTAL<br />
O Grupo Continental é um <strong>dos</strong> principais fornecedores<br />
mundiais da indústria automóvel. Como fornecedor de sistemas<br />
de travagem, sistemas e componentes do bloco propulsor<br />
e do chassis, instrumentação, electrónica de veículos,<br />
e pneus, o Grupo contribui para o aumento da segurança<br />
na condução. Actualmente, o Grupo tem uma força de<br />
trabalho de aproximadamente 140.000 pessoas.<br />
Um em quatro pneus na Europa são fabrica<strong>dos</strong> pela Continental,<br />
que é líder de mercado. Quando são produzi<strong>dos</strong>,<br />
mais de 30% de to<strong>dos</strong> os veículos ligeiros novos na Europa<br />
vêm das fábricas equipa<strong>dos</strong> com pneus Continental.<br />
APOIOS<br />
BRIDGESTONE PORTUGAL<br />
A Bridgestone Corporation, com sede em Tóquio, é o<br />
maior fabricante de pneus e outros produtos de borracha.<br />
Os pneus representam 78 por cento das vendas do grupo<br />
Bridgestone no Mundo. Os seus pneus e outros produtos<br />
são vendi<strong>dos</strong> em mais de 150 merca<strong>dos</strong>. A Bridgestone Europe<br />
S.A. - com sede em Bruxelas, Bélgica, possui 16 companhias<br />
subsidiárias, entre as quais a Bridgestone Portugal,<br />
Lda., sendo uma divisão da Bridgestone Corporation.<br />
GOODYEAR - DUNLOP<br />
A Goodyear Dunlop é uma das maiores empresas no fabrico<br />
de pneus do mundo. Além da Goodyear e Dunlop, comercializa<br />
as marcas Fulda, Falken, Sava e Debica. A inovação<br />
sempre foi o foco da empresa, que ao apostar no desenvolvimento<br />
de novos produtos e tecnologias, cumpre<br />
com as exigências <strong>dos</strong> vários tipos de condutores. Um caso<br />
de inovação é o RunOnFlat, que permite ao condutor continuar<br />
a sua viagem com um pneu furado. Com sede em Akron,<br />
Ohio, a empresa fabrica pneus, produtos químicos e de<br />
borracha em mais de 60 fábricas de 25 países e conta com<br />
mais de 70.000 colaboradores.<br />
PIRELLI<br />
A Pirelli é o quinto maior fabricante de pneus do Mundo,<br />
sendo contudo uma das marcas de pneus mais reconhecida.<br />
Possui uma forte presença no equipamento de origem<br />
nos automóveis, como é também muito forte na revenda.<br />
A Pirelli está presente em todo o Mundo, sendo a marca<br />
de pneus oficial do Campeonato do Mundo de ralis, onde já<br />
tem mais de cem vitórias.<br />
VIALIDER - MICHELIN<br />
Em 2001, a Michelin e um conjunto de centros especialistas<br />
uniram todo o seu profissionalismo e experiência para<br />
trabalharem juntos num projecto comum de melhoria do<br />
atendimento ao cliente.<br />
Nasceu assim a Vialider, uma rede de centros especialistas<br />
no pneu que estão uni<strong>dos</strong> pelo seu compromisso de profissionalismo.<br />
Tem um manual de procedimentos e uma<br />
auditoria externa anual que certifica a qualidade do serviço<br />
prestado. A dedicação tem sido alargada a outros serviços<br />
de manutenção rápida do automóvel. Hoje a Vialíder tem<br />
mais 90 centros em Portugal e mais de 300 a nível ibérico.<br />
COMETIL<br />
A Cometil está presente no mercado de equipamentos<br />
oficinais para o ramo automóvel, casas de pneus, desde<br />
1985. A sua grande aposta sempre residiu na formação e na<br />
assistência técnica, tornando-se por isso numa referência<br />
no sector. Brevemente vai inaugurar novas instalações em<br />
Loures, que oferecem um vasto espaço de exposição, onde<br />
os clientes poderão ver as marcas que representa, nomeadamente<br />
a Hunter, Cemb, Omer, Butler, Haweka, Ahcon e<br />
Speed.<br />
36<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
ACTUALIDADE<br />
Fábrica de pneus Michelin/BF Goodrich<br />
A VIDA DO PNEU<br />
ATÉ CHEGAR À JANTE…<br />
A convite da BF Goodrich a REVISTA DOS PNEUS foi a Clermont<br />
Ferrant, visitar a fábrica de Cataroux, onde são fabrica<strong>dos</strong><br />
pneus de estrada e pneus de competição.<br />
38<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Produção<br />
São produzi<strong>dos</strong> anualmente milhões de<br />
pneus para automóvel, tendo a respectiva<br />
indústria atingido um grau de desenvolvimento<br />
e de tecnologia assinaláveis.<br />
É graças a uma elevada produtividade<br />
que os pneus chegam ao consumidor a<br />
preços convenientes, atendendo às matérias-primas,<br />
tecnologias e energia dispendidas<br />
na sua produção. Nos parágrafos<br />
seguintes iremos dar uma ideia de<br />
como são fabrica<strong>dos</strong> os pneus actualmente<br />
e as garantias de qualidade que<br />
eles oferecem ao consumidor. Essa qualidade<br />
é garantida pelos controlos permanentes,<br />
em todas as fases da produção<br />
do pneu, através de um departamento<br />
de Garantia de Qualidade, que analisa<br />
to<strong>dos</strong> os produtos e processos, além de<br />
fornecer informação para os técnicos e<br />
até para os consumidores. Esse controlo<br />
evita produtos defeituosos e assegura<br />
que não existam diferenças nas medidas<br />
<strong>dos</strong> pneus. Eis as principais fases da sequência<br />
de produção do pneu:<br />
Cataroux parace uma vila e não<br />
uma fábrica. Dentro de todo o<br />
complexo industrial existe um<br />
enorme movimento de pessoas e materiais.<br />
São cerca de 2.800 pessoas que trabalham<br />
nesta importante fábrica da Michelin,<br />
num terreno que ocupa mais de<br />
50 hectares.<br />
Fabricação e industrialização, investigação<br />
e desenvolvimento, estu<strong>dos</strong>, escola<br />
de formação, competição e museu, são<br />
alguns <strong>dos</strong> departamentos que estão<br />
dentro de Cataroux.<br />
Foi precisamente na escola de formação<br />
que nos foi dada a possibilidade de<br />
também nós montarmos um pneu, exactamente<br />
como se estivessemos dentro da<br />
unidade fabril, já que o processo é exactamente<br />
igual (ver destaque).<br />
Aliás, o pneu que ajudámos a montar,<br />
não serve apenas para demonstração e<br />
formação de como se faz um pneu, pois<br />
na realidade o mesmo será vendido através<br />
<strong>dos</strong> circuitos comerciais tradicionais.<br />
Refira-se, por curiosidade, que na escola<br />
de formação são apenas feitos pneus<br />
para o Citroen 2CV.<br />
• Fabrico da Mistura - O processo de<br />
mistura combina as matérias-primas em<br />
conjunto num misturador interno, sendo<br />
o composto posteriormente preparado<br />
em misturadores externos. A mistura resulta<br />
da combinação de 8 a 15 ingredientes,<br />
cujo tipo e quantidades são especifica<strong>dos</strong><br />
em função <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> e desempenho<br />
do pneu pretendi<strong>dos</strong>.<br />
• Processamento da mistura - O composto<br />
é transformado em placas ou em<br />
faixas de comprimento padronizado,<br />
através de um processo de extrusão ou<br />
por compressão em rolos.<br />
• Preparação do aço - O aço é recebido<br />
na forma de arames em bruto, sendo<br />
processado em cabos ou fios metálicos.<br />
• Preparação <strong>dos</strong> cordões têxteis - O<br />
têxteis são recebi<strong>dos</strong> na forma de fibras,<br />
que são posteriormente preparadas, processadas<br />
e entrançadas em cordões;<br />
• Preparação das telas - As telas metálicas<br />
são obtidas comprimindo os fios<br />
metálicos entre duas folhas de mistura<br />
arrefecida, numa máquina tipo calandra.<br />
Por seu turno, as telas têxteis são obtidas<br />
adicionando uma cola aos cordões, que<br />
são comprimi<strong>dos</strong> entre duas folhas de<br />
mistura aquecida, numa máquina tipo<br />
calandra. As telas são depois cortadas<br />
em fitas e ligadas umas às outras, como<br />
um tecido;<br />
• Montagem do pneu - Esta operação<br />
consiste em juntar os produtos semiacaba<strong>dos</strong><br />
segundo uma ordem determinada<br />
e em posições relativas específicas.<br />
A montagem opera-se num cilindro rotativo,<br />
ficando o pneu pronto para ser curado;<br />
• Processo de Cura - Este processo<br />
ocorre dentro de uma prensa específica,<br />
dentro da qual existe o molde que dará a<br />
forma definitiva ao pneu. A operação implica<br />
a aplicação controlada de calor, que<br />
promove a coesão <strong>dos</strong> diversos materiais<br />
e dá as características finais ao pneu.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
39
ACTUALIDADE<br />
Montagem de um pneu automóvel<br />
AREVISTA DOS PNEUS teve oportunidade<br />
de participar no processo<br />
de montagem de um pneu.<br />
A nível industrial, podem ser utiliza<strong>dos</strong> vários<br />
equipamentos na montagem de<br />
pneus. Nas montagens experimentais ou<br />
de pequenas/médias séries de produção<br />
são utilizadas máquinas individuais, como<br />
a que tivémos oportunidade de observar<br />
detalhamente no processo de montagem<br />
do pneu, no qual também participámos.<br />
Para a produção em grande série, são<br />
utilizadas máquinas semi-automáticas.<br />
Estas também podem ser usadas com<br />
vantagens em pequenas séries que exijam<br />
frequentes mudanças de tamanho do<br />
pneu.<br />
A primeira fase da montagem é chamada<br />
confecção, na qual os compostos e outros<br />
componentes do pneu vão sendo enrola<strong>dos</strong><br />
num tambor, segundo uma sequência<br />
e posicionamento muito precisos.<br />
Na realidade, cada componente é guiado<br />
por um conjunto de acessórios de montagem.<br />
Os diversos componentes ficam uni<strong>dos</strong><br />
pela sua aderência natural, que é aumentada<br />
pela adição de solventes/soluções,<br />
aplicadas por rolos manuais ou<br />
mecânicos. O produto obtido chama-se cilindro.<br />
Para a fase de acabamento, o tambor (já<br />
noutra máquina) onde o pneu é montado,<br />
possui um dispositivo de enchimento na<br />
sua secção central (ar comprimido), que<br />
dá a forma normal de pneu ao cilindro resultante<br />
da confecção. A banda de rolamento<br />
é então aplicada sobre as telas exteriores,<br />
completando a parte superior do<br />
pneu (cobertura). Antes de ser enviado<br />
para a cura, o interior do pneu é protegido<br />
com uma fina camada de spray anti-aderente.<br />
Isto impede, entre outras coisas,<br />
que o revestimento interior do pneu adira<br />
à membrana do fole de cura.<br />
SEQUÊNCIA<br />
DA CONFECÇÃO:<br />
1<br />
2<br />
Revestimento interior<br />
Telas diagonais<br />
40<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
3<br />
Talões<br />
6<br />
Colocação de um código de barras<br />
11<br />
Segunda coroa<br />
3a<br />
Cabos de aço<br />
As telas diagonais<br />
e os talões são<br />
enrola<strong>dos</strong> em<br />
torno <strong>dos</strong><br />
cabos de aço<br />
7<br />
Cilindro<br />
12<br />
Banda de reforço<br />
3b<br />
8<br />
Flancos exteriores<br />
SEQUÊNCIA<br />
DE ACABAMENTO:<br />
13<br />
13a<br />
Banda de rolamento<br />
13b<br />
4<br />
Borrachas <strong>dos</strong> cantos<br />
9<br />
Deformação do cilindro. O cilindro é<br />
insuflado para tomar a forma de um<br />
pneu<br />
9a<br />
9b<br />
4a<br />
Protectores<br />
14<br />
Repor os flancos no lugar<br />
5<br />
Flancos<br />
10 Primeira coroa<br />
15 Pneu segue para a cura<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
41
ACTUALIDADE<br />
BF Goodrich na competição<br />
OIntercontinental Rally Challenge (IRC) é um recente<br />
campoenato de ralis, onde a BF Goodrich está fortemente<br />
empenhada, disputando-se em Portugal dois ralis<br />
integra<strong>dos</strong> nesta competição (Sata Rali <strong>dos</strong> Açores e Rali Vinho<br />
Madeira).<br />
A BF Goodrich fornece aos seus clientes do IRC pneus de asfalto<br />
com dois tipos de composto, sendo um duro, para tempo seco,<br />
e outro mais macio, para pisos molha<strong>dos</strong>. Para classificativas em<br />
piso de terra, a marca dispõe de três compostos, sendo um macio,<br />
outro intermédio e outro duro. Apesar de haver cinco misturas<br />
diferentes à disposição <strong>dos</strong> concorrentes os técnicos da BF<br />
Goodrich salientam a versatilidade <strong>dos</strong> seus pneus. Os pneus macios<br />
para asfalto mantêm-se competitivos em estradas que começam<br />
a secar, enquanto que os de mistura mais rija comportam-se<br />
muito razoavelmente em estradas ligeiramente escorregadias.<br />
Esta característica permite aos concorrentes manter um<br />
ritmo elevado, mesmo em condições climatéricas instáveis, ou<br />
em classificativas muito longas, onde é possível encontrar secções<br />
secas e outras húmidas.<br />
Regras<br />
Relativamente aos pneus, o regulamento do IRC não possui regras<br />
especiais. Cada prova pode ter regulamentos específicos de<br />
pneus, não havendo quotas máximas de pneus por prova, para<br />
cada concorrente. A única limitação, nesse aspecto, é a obrigatoriedade<br />
de trocar os pneus apenas nos parques de assistência,<br />
implicando que o número de pneus usa<strong>dos</strong> por cada concorrente<br />
em cada prova, depende do número de visitas que este efectuar<br />
ao parque de assistência.<br />
Embora não seja permitido “mousse” para rodar com os pneus<br />
fura<strong>dos</strong>, é possível cada carro transportar dois pneus de reserva.<br />
Outra imposição é a necessidade de encher os pneus apenas com<br />
ar. Mesmo assim, é permitido esculpir manualmente os pneus<br />
para melhorar as condições de tracção <strong>dos</strong> mesmos.<br />
Diferenças<br />
A Michelin e mais recentemente a BF Goodrich, estiveram muitos<br />
anos liga<strong>dos</strong> ao Mundial de Ralis. Existe pois um vasto conhecimento<br />
no desenvolvimento de pneus para competição. Os carros<br />
que competem no IRC por serem menos exigentes do ponto<br />
de vista tecnológico que os carros do Mundial de Ralis, nem por<br />
isso as exigências ao nível <strong>dos</strong> pneus são muto diferentes.<br />
Um carro do IRC pesa cerca de 1160 kg, ao passo que os carros<br />
do WRC pesam um mínimo de 1230 kg, por imposição do regulamento<br />
técnico. Em termos de forças “g” lateral, um carro de IRC<br />
gera entre 1.5 e 1.7 G, em asfalto, assim como 1.2 G, em piso de<br />
terra, o que é muito parecido com o que acontece nos carros de<br />
WRC. Onde se nota de facto a diferença entre os dois carros é em<br />
termos de binário, pois os motores de IRC com 2.0 litros de cilindrada<br />
são normalmente aspira<strong>dos</strong>, enquanto que os motores do<br />
WRC são turbo. Desta forma, a performance <strong>dos</strong> carros é mais limitada<br />
pela potência do motor, do que pelos pneus. Ou seja, no<br />
caso <strong>dos</strong> motores do IRC, a aderência <strong>dos</strong> pneus supera a potência<br />
do motor, o quem nem sempre sucede com os motores do WRC.<br />
42<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
SALÃO<br />
AGROTEC/SIMEQ<br />
NOVIDADES DE GRANDE PORTE<br />
A AGROTEC - Salão Internacional de Agricultura, Floresta,<br />
Pecuária e Espaços Verdes e a SIMEQ - Salão Internacional de<br />
Máquinas e Equipamentos para a Construção e Agro-floresta,<br />
duas feiras sectorias no domínio das máquinas agrícolas e da<br />
agricultura, tiveram a presença duas importantes empresas<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus, que apresentaram as suas novidades.<br />
BKT - S. José - Logística de <strong>Pneus</strong><br />
A S. José – Logística de <strong>Pneus</strong>, representante<br />
em Portugal <strong>dos</strong> pneus BKT aproveitou<br />
estas feiras, para efectuar a apresentação<br />
mundial de novos produtos BKT, como o<br />
novo pneu Radial de Engenharia (Earth Max)<br />
e os novos pneus Florestais, reforçado com<br />
telas em Aramid, com novas medidas, que<br />
estarão a curto prazo no mercado português.<br />
Destaque ainda para as novas medidas<br />
de pneus Radiais ROW CROP (Série 95),<br />
gama que irá cobrir as principais necessidades<br />
do mercado.<br />
Também estavam nesta feira os pneus maciços de empilhador “No Marking”, habitualmente<br />
chama<strong>dos</strong> de pneus maciços brancos, pneus que são agora exigi<strong>dos</strong> na Indústria Alimentar.<br />
Segundo Luís Aniceto, gerente da S. José – Logística de <strong>Pneus</strong>, “foi interessante constatar<br />
nestas feiras, a grande quantidade de tractores e afins, das principais marcas, que estavam<br />
equipa<strong>dos</strong> com produtos da marca BKT o que prova a grande valia do nosso produto”.<br />
Os visitantes tomaram ainda conhecimento neste stand da diversidade de medidas de<br />
pneus, tanto na gama tractor como em Agro-industriais e ainda em Moto 4, Quad, Golf e Jardim.<br />
“Nesta mostra atingimos os objectivos de mostrar que BKT é a melhor marca em pneus<br />
Agro-industriais na relação preço/qualidade, sendo a S. José Logística de <strong>Pneus</strong> uma empresa<br />
incontornável quando se fala nesta gama de produtos” refere o mesmo responsável.<br />
Num salão de equipamentos<br />
os pneus também tiveram o<br />
seu espaço<br />
Continental - CGS Tyres<br />
Seguindo a estratégia de maior aproximação ao mercado português, a<br />
CGS Tyres, especialista europeu em pneus agrícolas esteve presente nestes<br />
salões com a sua marca mais conhecida, a Continental.<br />
O destaque principal neste stand foi para o novo pneu AC75, que segundo<br />
a CGS Tyres, veio desenvolver uma nova classe no segmento série 70 ao<br />
nível <strong>dos</strong> pneus agrícolas.<br />
Este pneu para “todo o uso” apresenta um grande volume devido à sua<br />
largura e altura (75% da largura), obtendo-dessa forma uma enorme capacidade<br />
de carga, um comportamento cuida<strong>dos</strong>o com o solo e uma boa<br />
prestação em estrada até velocidades na ordem <strong>dos</strong> 50 Km/h.<br />
A grande superfície de contacto com o solo, significa que o pneu revelase<br />
uma opção muito económica devido à baixa pressão de enchimento e ao<br />
escasso atrito de rolamento. As arestas arredondadas <strong>dos</strong> tacos e <strong>dos</strong> ombros<br />
<strong>dos</strong> mesmos, permitem que este pneu tenho um cuidado especial ao<br />
pisar o solo.<br />
Este pneu já se encontra em comercialização no mercado nacional.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
43
MERCADO<br />
<strong>Pneus</strong> de Altas Prestações<br />
JOGO<br />
DE VEDETAS<br />
Para estar no mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
de Altas Prestações é preciso<br />
dominar muito bem o conceito e<br />
estar muito bem informado sobre<br />
o produto, a sua manipulação e a<br />
sua utilização, pois os clientes<br />
deste segmento são geralmente<br />
exigentes e conhecedores.<br />
44<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Durante décadas, o serviço de pneus não<br />
sofreu muitas alterações, porque o<br />
conceito do produto também não sofreu<br />
modificações substanciais ao longo do tempo.<br />
De facto, a mudança <strong>dos</strong> pneus convencionais<br />
para os pneus radiais, tornou até as operações de<br />
montagem / desmontagem mais simples e rápidas,<br />
devido à maior flexibilidade da estrutura<br />
destes últimos. A equilibragem também não sofreu<br />
nenhuma alteração fundamental, tornan<strong>dos</strong>e<br />
até eventualmente mais simples, devido à evolução<br />
das tecnologia e <strong>dos</strong> padrões de qualidade<br />
verifica<strong>dos</strong> na produção de pneus.<br />
Com o aproximar da viragem do milénio, no entanto,<br />
a sociedade de consumo estimulou o aparecimento<br />
de novos conceitos em to<strong>dos</strong> os quadrantes,<br />
passando a inovação a ser o factor de activação<br />
do mercado e de desenvolvimento de<br />
novas ideias e novos gostos. Os veículos diversificaram-se<br />
em vários senti<strong>dos</strong>, formando-se nichos<br />
de mercado em número crescente, o que<br />
obrigou os segmentos a sofrer várias extensões,<br />
para cima e para baixo. Naturalmente, os pneus<br />
não podiam ficar alheios a toda a efervescência<br />
das novas tendências do automóvel, tornando-se<br />
em certos casos até em factores de mudança estética<br />
e tecnológica.<br />
Quando os carros conquistaram os novos territórios<br />
fora da estrada e o apelo <strong>dos</strong> espaços livres<br />
conquistou novos adeptos, o pneu teve que<br />
adaptar-se rapidamente, porque as fronteiras<br />
entre o mundo urbano e o mundo rural ou selvagem<br />
também deixaram de ser tão nítidas.<br />
Depois, foi a grande moda <strong>dos</strong> topos de gama,<br />
carros excepcionais, para clientes excepcionais,<br />
nos vários senti<strong>dos</strong> que o termo excepção<br />
pode ter. Mais uma vez o pneu assume<br />
um papel chave, porque as performances<br />
acima da média e a segurança inerente a<br />
novos "territórios" de condução, assim o<br />
exigiram. Sem nos apercebermos, entrámos<br />
tranquilamente no novo universo<br />
<strong>dos</strong> pneus de Altas Prestações.<br />
Novos procedimentos, novas técnicas<br />
A chegada <strong>dos</strong> novos tipos de pneus de Altas<br />
Prestações ao mercado foi gradual e pouco perturbadora,<br />
porque se trata de um nicho ou nichos<br />
de mercado, que tem pouco a ver com o grande<br />
consumo de massas. Por outro lado, a exigência<br />
de procedimentos e equipamentos mais especializa<strong>dos</strong>,<br />
não atraiu de imediato as atenções, nem<br />
o interesse da grande maioria <strong>dos</strong> operadores do<br />
mercado. Apenas os mais atentos e actualiza<strong>dos</strong><br />
deram conta do fenómeno e tomaram as iniciativas<br />
que se impunham, a nível de formação e em<br />
termos de equipamentos. Alguns, possivelmente,<br />
depois de alguns amargos de boca, porque<br />
pensavam que os pneus de Altas Prestações<br />
eram mais uma "pêra doce" e não é bem assim.<br />
Efectivamente, há alguns factores que tornam o<br />
serviço do pneu de Altas Prestações mais exigente,<br />
como estes:<br />
- <strong>Pneus</strong> e jantes geralmente de grandes dimensões<br />
ou mesmo muito grandes;<br />
- Flancos mais rígi<strong>dos</strong>, especialmente nos pneus<br />
Run Flat;<br />
- Predominância de perfis baixos (séries 25 a 45,<br />
pelo menos);<br />
- Telas e talões menos flexíveis;<br />
- Linha de assento do pneu muito variável (mais<br />
interior ou mais exterior do que o normal), especialmente<br />
nos pneus SUV e TT.<br />
Tudo isto requer adaptações do equipamento e<br />
do pessoal das oficinas de pneus, porque a mais<br />
avançada tecnologia <strong>dos</strong> equipamentos não resulta,<br />
sem a correspondente formação <strong>dos</strong> elementos<br />
humanos que operam com as máquinas.<br />
Muitos <strong>dos</strong> novos equipamentos de alinhamento,<br />
equilibragem e desmontar/montar possuem<br />
programas de software avança<strong>dos</strong> e interfaces<br />
que precisam ser correctamente entendi<strong>dos</strong>.<br />
O que é a especialização?<br />
A especialização implica necessariamente dimensão<br />
suficiente do mercado e dimensão do<br />
negócio. Ninguém se vai especializar em pneus<br />
de Altas Prestações, para vender meia dúzia de<br />
jogos por ano. Uma especialização deve implicar,<br />
em termos de facturação, pelo menos 25/35%. Só<br />
assim se justifica o investimento em stocks, equipamentos<br />
e formação profissional específicos,<br />
pois de outro modo não haveria retorno ou este<br />
seria insuficiente. O mesmo se passa em relação<br />
a pneus para pesa<strong>dos</strong> ou máquinas agrícolas, por<br />
exemplo. Se a oficina não tem instalações amplas,<br />
equipamentos à altura, nem stocks, o melhor<br />
é nem começar. O cliente que pertence a um<br />
segmento específico precisa de serviço de acompanhamento<br />
adequado. O trabalho tem que ser<br />
efectuado rapidamente, com qualidade e as melhores<br />
opções têm que ser apresentadas, escolhidas<br />
e aprovadas. Isso implica amplos conhecimentos<br />
do produto e grande experiência na sua<br />
manipulação, que são simultaneamente causa e<br />
consequência da especialização. Há muitos casos<br />
em que casas de pneus se especializam em<br />
produtos UHP, porque os seus donos ou profissionais<br />
são entusiastas do tuning, ou desportos<br />
motoriza<strong>dos</strong>, por exemplo. O à vontade que sentem<br />
em relação ao assunto facilita o contacto<br />
com os clientes e o desenvolvimento normal do<br />
negócio. Noutros casos, as oficinas de pneus têm<br />
bons contactos com concessionários de carros<br />
de topo de gama, que trazem de origem pneus de<br />
Altas Prestações.<br />
Vantagens e inconvenientes<br />
Ao contrário do que se possa julgar, os pneus<br />
de Altas Prestações não apresentam apenas vantagens.<br />
Pelo contrário: o grande de-<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
45
MERCADO<br />
<strong>Pneus</strong> de Altas Prestações<br />
sempenho em certas áreas, pode implicar<br />
alguns inconvenientes noutras. É o caso <strong>dos</strong><br />
pneus Run Flat, cujas paredes rígidas e o perfil<br />
baixo podem transmitir vibrações e impactos à<br />
carroçaria. Isso é ainda mais evidente, se a suspensão<br />
também for firme. O profissional de<br />
pneus tem que ser um especialista, a fim de<br />
aconselhar, preparar e equilibrar os pneus<br />
para uma utilização normal. De um modo geral,<br />
os pneus de Altas Prestações têm grandes<br />
dimensões, perfil baixo e paredes mais<br />
ou menos rígidas. Os condutores ou são entusiastas<br />
da condução, que conduzem e<br />
viajam por prazer, ou precisam ser alerta<strong>dos</strong><br />
para o facto de pneus mais largos<br />
transmitirem mais vibrações à carroçaria,<br />
tornarem a direcção mais pesada e<br />
aumentarem o consumo de combustível.<br />
Isso pode requerer a montagem de molas<br />
e amortecedores reguláveis, por exemplo,<br />
para garantir um nível de conforto mais próximo<br />
<strong>dos</strong> padrões convencionais. Dentre as vantagens<br />
<strong>dos</strong> pneus de Altas Prestações, estão é claro a<br />
maior aderência em to<strong>dos</strong> os pisos, acelerações/recuperações<br />
mais rápidas, direcção mais<br />
precisa, maior estabilidade a alta velocidade, assim<br />
como travagens mais seguras.<br />
Além de um grande conhecimento da estrutura,<br />
<strong>dos</strong> compostos e dimensões deste tipo de<br />
pneus, o profissional que trabalhe com pneus de<br />
Altas Prestações tem que saber as homologações<br />
das várias marcas e as possibilidades de<br />
montagem de um pneu não homologado. Isso<br />
exige uma boa preparação técnica e comercial,<br />
bem como facilidade em lidar com bases de da<strong>dos</strong><br />
e outras fontes de informação. Outra circunstância<br />
que envolve os pneus de Altas Prestações<br />
é o facto de utilizarem jantes de liga leve, que exigem<br />
mais cuidado durante as operações de montagem/desmontagem,<br />
equilibragem, etc. Nos<br />
pneus de perfil baixo, pode ser necessário montar<br />
jantes de maior diâmetro, que devem ser<br />
compatíveis com a geometria da suspensão/direcção.<br />
O desafio e o retorno<br />
Desde que a oficina tenha as condições ideais e<br />
deseje aceitar os desafios da especialização, os<br />
pneus de Altas Prestações podem ser uma fonte<br />
principal ou secundária de facturação e rentabilidade<br />
garantidas, uma vez que os produtos (jantes<br />
e pneus) têm preços superiores à média. Além<br />
disso, as oficinas especializadas em pneus de Altas<br />
Prestações podem e devem apresentar uma<br />
oferta de serviços complementares, que também<br />
melhoram a rentabilidade deste segmento de<br />
pneus, entre as quais salientamos:<br />
- Verificações gratuitas to<strong>dos</strong> os 10/15.000 km;<br />
- Verificação e alinhamento às 4 rodas to<strong>dos</strong> os<br />
anos;<br />
- Equilibragem anual <strong>dos</strong> pneus;<br />
O pneu de alta<br />
prestação distingue-se<br />
de um pneu mediano,<br />
porque foi construído<br />
com as tecnologias mais<br />
avançadas e mais<br />
caras, usando os<br />
materiais mais<br />
garanti<strong>dos</strong> e mais<br />
fiáveis.<br />
A oficina tem que ter<br />
stocks especializa<strong>dos</strong>,<br />
pessoal especializado e<br />
equipamentos<br />
especializa<strong>dos</strong>, se<br />
quiser tirar partido das<br />
oportunidades e evitar,<br />
reclamações,<br />
problemas e<br />
eventualmente o<br />
descrédito e o prejuízo.<br />
Os profissionais têm que ter<br />
capacidade de serviço, de<br />
diálogo construtivo com os<br />
clientes e têm que apostar<br />
fortemente no segmento,<br />
porque os pneus de Altas<br />
Prestações não são <strong>dos</strong><br />
que se podem vender<br />
apenas um ou dois<br />
(jogos) por ano.<br />
46<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
- Serviço trimestral de verificação da pressão <strong>dos</strong><br />
pneus com nitrogénio;<br />
- Rotação <strong>dos</strong> pneus to<strong>dos</strong> os 4/6 meses;<br />
- Lubrificantes e filtros de alto rendimento;<br />
- Aumento de capacidade do sistema de travagem;<br />
- Tuning electrónico do motor;<br />
- Catalisadores e escapes legais de alto fluxo;<br />
- Afinações especiais da geometria da suspensão;<br />
- Molas e amortecedores de alta performance;<br />
No caso de condutores ainda mais desportivos,<br />
a oficina pode oferecer barras de reforço da suspensão<br />
dianteira, assentos e cintos de competição,<br />
roll bars, etc.<br />
Máxima tecnologia, mínimo esforço<br />
A tecnologia existe para servir o ser humano,<br />
mas há sempre vários graus de entendimento<br />
deste conceito. Às vezes os equipamentos<br />
possuem excelente tecnologia, mas a comunicação<br />
com eles nem sempre é linear, rápida<br />
e eficiente. Um <strong>dos</strong> critérios fundamentais<br />
na compra de máquinas para trabalhar<br />
com pneus de Altas Prestações deve ser a<br />
facilidade de leitura do interface (ícones,<br />
sinais e mensagens intuitivos), assim<br />
como a ergonomia e a rapidez de operação.<br />
Ao cabo de um bom dia de trabalho,<br />
estes factores fazem a diferença, em<br />
termos de produtividade do pessoal e de<br />
rentabilidade.<br />
Outra questão fundamental são funções<br />
auxiliares, como a elevação da roda e os<br />
motores de montar pneus. A questão aqui é conseguir<br />
rapidez de execução, mas sem danificar<br />
jantes de pneus e sem provocar cansaço desnecessário<br />
do operador. O cansaço muscular e o<br />
stress não reconhecidamente factores de perda<br />
de eficiência e causa de erros. O profissional<br />
pode efectuar várias coisas manualmente, mas<br />
com o risco de provocar danos em componentes<br />
de elevado custo e à custa de uma perda gradual<br />
da eficácia de procedimentos. Além disso, as próprias<br />
máquinas devem ter acessórios e dispositivos<br />
de protecção para as jantes e pneus, a fim de<br />
impedir que estes se danifiquem durante as operações<br />
a que são sujeitos na oficina.<br />
Para este segmento de pneus, também<br />
é importante verificar se os equipamentos<br />
podem ser actualiza<strong>dos</strong> ou ampliar a gama<br />
de serviço. Novas dimensões de jantes de<br />
pneus e bases de da<strong>dos</strong>, por exemplo.<br />
De um modo geral, a máquina deve estar<br />
concebida para facilitar a vida ao utilizador.<br />
Este princípio, aplica-se a várias situações,<br />
entre as quais citamos:<br />
1. Facilidade de activação, através de ecrã<br />
táctil, controlos remotos, automatismos, etc.<br />
2. Capacidade de autodiagnóstico, para<br />
identificar erros e evitar problemas (introdução<br />
de da<strong>dos</strong> incorrecta ou incoerente, fixação deficiente<br />
da roda, desequilíbrio residual elevado,<br />
etc.).<br />
3. Economia de movimentos do operador, não<br />
obrigando este a mudar constantemente de posição.<br />
OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES<br />
Máquinas de mudar pneus<br />
Estão a aparecer no mercado rodas cada vez<br />
maiores. Uma boa base para começar a trabalhar<br />
nesta altura, será considerar 30" de diâmetro,<br />
ou máquinas com capacidade de extensão,<br />
através de acessórios. A máquina também deve<br />
ter acessórios de assistência à montagem, de<br />
preferência mecaniza<strong>dos</strong>. Outro aspecto importante<br />
é a lubrificação do pneu, durante a montagem.<br />
Produtos adequa<strong>dos</strong> e em quantidades correctas<br />
facilitam a montagem, protegem o pneu e<br />
evitam fugas de ar através da jante. Produtos inadequa<strong>dos</strong><br />
ou em excesso, podem provocar o deslizamento<br />
do pneu na jante e causar danos.<br />
Máquinas de equilibrar<br />
As rodas de maiores dimensões exigem uma<br />
equilibragem mais perfeita e uma distribuição de<br />
pesos ideal. Muitas máquinas conseguem um<br />
bom equilíbrio estático à custa de um desequilíbrio<br />
residual dinâmico elevado, sendo o contrário<br />
também frequente. Para pneus de Altas Prestações,<br />
são necessárias máquinas que consigam<br />
minimizar ao mesmo tempo o desequilíbrio estático<br />
e dinâmico. Nos carros mais potentes, podem<br />
surgir problemas de vibrações que resultam<br />
de variações de potência/binário que é aplicado<br />
na roda. Para entrar neste capítulo, é necessário<br />
investir em máquinas de diagnóstico de equilíbrio<br />
de rodas. Estas máquinas fornecem tudo o que os<br />
actuais condutores de carros potentes necessitam:<br />
- Localização directa <strong>dos</strong> pesos adesivos, no interior<br />
e/ou no exterior da jante;<br />
- Equilíbrio a partir do cubo da roda;<br />
- Pressão ideal do pneu;<br />
- Gráficos em tempo real;<br />
- Desvio radial da roda excessivo;<br />
- Desvio lateral da roda excessivo;<br />
- Desequilíbrio residual excessivo.<br />
Estes factores podem representar apenas 10%<br />
<strong>dos</strong> problemas de vibrações em carros comuns,<br />
mas nos modelos de topo de gama são facilmente<br />
detecta<strong>dos</strong> pelo condutor, devido às prestações<br />
mais elevadas e à tecnologia de suspensão e<br />
direcção mais sofisticada. Uma coisa que ninguém<br />
deve pensar em usar com pneus de Altas<br />
Prestações é programas de economizar pesos.<br />
Essa economia é obtida à custa da precisão do<br />
equilíbrio, sendo aceitável em pequenos utilitários<br />
de uso urbano, nas não em carros topo de<br />
gama potentes. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
47
MERCADO<br />
Compressores de ar comprimido<br />
OFERTA MÚLTIPLA<br />
Desde os equipamentos de parafuso aos de pistão, <strong>dos</strong><br />
integra<strong>dos</strong> em sistemas fecha<strong>dos</strong> aos de construção mais<br />
simples, a oferta em compressores de ar comprimido é muita.<br />
No segmento para enchimento de pneus, começam a aparecer<br />
as soluções que disponibilizam Nitrogénio.<br />
ABAC<br />
João A.M. Santos<br />
Tel: 22 741 80 90<br />
Os electrocompressores Abac,<br />
importa<strong>dos</strong> para Portugal pela João<br />
A.M. Santos, têm várias potências e<br />
capacidades com reservatórios de<br />
200, 270 e 500l. Tratam-se de compressores insonoriza<strong>dos</strong> de várias<br />
potências e capacidades, de parafuso de várias potências e capacidades,<br />
ainda com e sem secador. Outras características são os<br />
secadores e filtros para ar comprimido e os reservatórios verticais<br />
para ar comprimido.<br />
A João A.M. Santos dispõe ainda da marca AGI, de fabrico nacional.<br />
ATLAS COPCO<br />
Atlas Copco de Portugal<br />
Div. Compressores<br />
Tel: 214 168 500<br />
Atlas Copco GX 2-11<br />
Os Compressores de Parafuso Rotativo de Injecção de Óleo GX 2-<br />
11 são forneci<strong>dos</strong> com um compartimento totalmente à prova de<br />
ruído, que reduz os níveis sonoros até 61 dB(A).<br />
A tecnologia de parafuso rotativo<br />
minimiza a vibração e vem equipado<br />
com ventiladores de baixo ruído<br />
para um funcionamento silencioso.<br />
A robusta tecnologia <strong>dos</strong> compressores<br />
de parafuso permite um<br />
ciclo de funcionamento 100% contínuo.<br />
Todas as linhas de óleo são<br />
compostas por tubos rígi<strong>dos</strong> ou<br />
mangueiras para alta temperatura e<br />
não é utilizada tubagem de óleo em<br />
plástico. As ligações eléctricas utilizam cabos resistentes e terminais<br />
de alta qualidade.<br />
O GX 2-11 elimina a necessidade de utilização de um arrefecedor<br />
final e assegura um tempo de vida devido à sua baixa temperatura<br />
de funcionamento. O conjunto GX inclui o seccionador principal<br />
com disjuntor integrado para proteger o compressor.<br />
Importa ainda referir que os GX 2-11 são forneci<strong>dos</strong> com to<strong>dos</strong><br />
os componentes necessários para uma instalação completa. Adequado<br />
para clientes com espaço limitado, o conjunto é o mais compacto<br />
possível. Os GX estão também disponíveis com um secador<br />
integrado, de modo a reduzir ainda mais as necessidades de espaço.<br />
Além disso, todas as ligações de ar foram optimizadas para minimizar<br />
a queda de pressão e reduzir potenciais fugas de ar.<br />
48<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Atlas Copco Série L<br />
Os Compressores Industriais com<br />
Pistão de Alumínio da Série L utilizam<br />
a mesma tecnologia <strong>dos</strong> primeiros<br />
tipos de compressores, os<br />
compressores de pistão, sendo <strong>dos</strong><br />
mais versáteis e extremamente eficientes.<br />
Os seus pontos fortes são o<br />
design básico, o número limitado de<br />
peças e o princípio de funcionamento<br />
directo, que os tornam os mais<br />
adequa<strong>dos</strong> para condições duras. A manutenção é simples, graças<br />
à facilidade de acesso a peças para assistência. Não há necessidade<br />
de tratamento especial (separação do óleo) nem de filtragem do<br />
óleo, visto que não existe contacto directo com o lubrificante. Os<br />
compressores de pistão de alumínio têm assim grande fiabilidade<br />
e longa duração, devido ao risco limitado de formação de condensação<br />
em resultado da reduzida massa do compressor de pistão.<br />
Os compressores de pistão podem funcionar numa vasta gama de<br />
pressões de trabalho. A pressão de trabalho máxima para a Série<br />
L da Atlas Copco é de 30 bar. Dada a sua simpliocidade de construção,<br />
estes compressores permitem uma integração fácil no sistema<br />
original de ar comprimido já instalado.<br />
Atlas Copco GN<br />
O Nitrogénio começa a ser cada vez mais uma alternativa ao ar<br />
para enchimento de pneus. Além de minimizar o consumo de combustível,<br />
aumenta a duração <strong>dos</strong> pneus e a segurança e conforto<br />
durante a condução. Os Compressores Dupla Entrega (Ar/Nitrogénio)<br />
GN suprimem essa lacuna no instalador, ao mesmo tempo<br />
que produzem também ar comprimido, tornando desnecessária a<br />
aquisição de garrafas deste gás. Com um aquecedor interno e uma<br />
membrana de nitrogénio para cada compressor, o GN fornece um<br />
caudal constante de nitrogénio mesmo com condições variáveis do<br />
local de trabalho. O GN também produz um caudal fiável de ar<br />
comprimido, mesmo quando está a produzir níveis eleva<strong>dos</strong> de nitrogénio.<br />
O GN oferece nitrogénio com o grau de pureza certo, mesmo em<br />
condições variáveis ou de grande utilização de ar comprimido.<br />
Com secadores, filtros e a membrana de nitrogénio completamente<br />
integra<strong>dos</strong> numa única unidade, o GN ocupa um espaço mínimo<br />
e reduz o tempo e os custos de instalação. O baixo nível de<br />
ruído do GN também permite que seja colocado no local de utilização.<br />
Isto elimina a necessidade de uma sala do compressor e de<br />
tubagens dispendiosas para fazer a ligação ao local de trabalho.<br />
A inovadora tecnologia de parafuso rotativo proporciona um baixo<br />
consumo de energia, mesmo durante a produção simultânea<br />
de nitrogénio e ar comprimido, ajudando a diminuir os custos de<br />
produção.<br />
BALMA<br />
Fortuna - Equipamentos<br />
Industriais<br />
Tel: 227475100<br />
A Brio é uma linha de compressores<br />
rotativos de parafuso projecta<strong>dos</strong> para<br />
fornecer soluções de ar comprimido ao<br />
utilizador, graças à simplicidade de utilização,<br />
silencioso, compacto e com<br />
grande fiabilidade.<br />
A gama FELP começa nos 5,5 cv e vai<br />
até aos 10 cv. São compressores silenciosos<br />
acomoda<strong>dos</strong> numa cabine à prova de fogo e de som. To<strong>dos</strong><br />
os componentes são de acesso fácil para uma manutenção simples.<br />
O fluxo de ar frio está desenhado para alcançar as descargas<br />
de ar com o mínimo de temperaturas. Por último, contém um painel<br />
electrónico para monitorizar faltas em todas as operações.<br />
CIATA<br />
Costa & Garcia<br />
Tel: 227155300<br />
A gama de compressores CIATA<br />
divide-se nas seguintes categorias:<br />
- Compressor alternativo cabeça de<br />
ferro fundido e transmissão por<br />
correias;<br />
- Compressor alternativo a Gasolina ou a Diese cabeça de ferro<br />
fundido e transmissão por correias;<br />
- Compressor silencioso 55SLC, 75 SLC e 75/14SLC;<br />
- Compressor de parafuso 55R sobre reservatório de 300L;<br />
- Compressores de parafuso série PKE de 3 a 7,5HP base ou sobre<br />
reservatório de 200L com ou sem secador. Série PKM de 10 a 20<br />
base ou sobre reservatório de 500L com ou sem secador;<br />
- Compressores de parafuso RTA de 5,5 a 20HP;<br />
- Compressores de parafuso RTB de 15 a 40 HP;<br />
- Compressores de parafuso RTC / RTD de 30 a 125HP;<br />
- Compressores de parafuso série PKE de 3 a 7,5HP base ou sobre<br />
reservatório de 200L com ou sem secador. Série PKM de 10 a 20<br />
base ou sobre reservatório de 500L com ou sem secador;<br />
- Compressores de READY / ROTANK e READY VF (Variador de frequência)<br />
sobre reservatório de 500L com ou sem secador;<br />
- Compressores de parafuso RTB VF / RTD VF (Variador de frequência)<br />
sem reservatório de 10 a 100HP;<br />
- Reservatórios para ar comprimido;<br />
- Cabeças compressoras.<br />
EINHELL<br />
Einhell Portugal<br />
Tel: 220917500<br />
A Einhell aposta numa gama de<br />
compressores de pistão, de funcionamento<br />
simples mas com grande<br />
fiabilidade. A gama Blue tem o BT-<br />
AC 210/24 e o BT-AC 250/50 que diferem entre si essencialmente<br />
pela potência de aspiração e também portência do motor. Assim, o<br />
primeiro tem uma potência de aspiração de 206 l/min e um motor<br />
de dois cavalos, quando o segundo tem 250 l/min e 2,2 cavalos de<br />
potência no motor.<br />
A gama Red tem motores de dois cilindros e componentes de extrema<br />
durabilidade. Consegue uma potência de aspiração de 300<br />
l/min.<br />
A gama mais completa da Heinhell é, contudo, a AirTech. Tratam-se<br />
de compressores com correias com uma potÊncia de aspiração<br />
que começa nos 310 l/min e pode ir até aos 640 l/min.<br />
GARDNER DENVER (BOTTARINI)<br />
Equiassiste<br />
Tel: 22 787 71 50<br />
A Gardner Denver é a actual designação <strong>dos</strong> compressores Bottarini,<br />
marca sobejamente conhecida no mercado Nacional e Ilhas.<br />
Vem esta aquisição provocar uma profunda alteração de filosofia<br />
construtiva destes compressores com alterações que vêm a reflectir-se<br />
numa maior fiabilidade e naturalmente na diminuição de<br />
consumos eléctricos.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
49
Compressores de ar comprimido<br />
MERCADO<br />
Os compressores GD (Bottarini) nas séries MK ou KS vêm assim<br />
equipa<strong>dos</strong> num princípio de fácil colocação como mínimo de espaço<br />
a ocupar. Pode assim obter-se uma versão composta por compressor,<br />
secador e reservatório num único conjunto ou separadamente,<br />
com uma característica de to<strong>dos</strong> os seus órgãos estarem<br />
facilmente acessíveis. Temo-se assim um equipamento de grande<br />
facilidade de utilização e fruto de uma nova geração de blocos air<br />
end Enduro ou Tempest ®(vulgo parafuso) fabrica<strong>dos</strong> na sua fábrica<br />
de Tampere. Para finalizar o conceito destes modelos, a Gardner<br />
Denver reforçou a filosofia que presidiu a esta nova geração,<br />
que foi de proporcionar ao segmento das pequenas e médias empresas<br />
um compressor com as mesmas características de grande<br />
eficácia <strong>dos</strong> seus irmãos de elevada potência, mas de transmissão<br />
por correias. Este sistema de tensionamento automático foi desenvolvido<br />
de molde a eliminar perdas de transmissão e como tal<br />
de energia, como de intervenção humana.<br />
Numa vertente de diminuição de custos para o utilizador, que pelos<br />
piores motivos, são hoje em dia um factor da maior importância,<br />
a GD Bottarini desenvolveu pequenos modelos de variação de<br />
frequência denomina<strong>dos</strong> KDV. São compressores de Variação de<br />
Frequência, sendo únicos com motores eléctricos dedica<strong>dos</strong> á VF,<br />
ou seja um compressor construído de raiz para esta finalidade. A<br />
enorme vantagem destes, é ajustarem rigorosamente o débito de<br />
ar a uma pressão fixa estabelecida ao consumo existente, com o<br />
consumo eléctrico correspondente. Podemos assim possuir um<br />
compressor de por ex. 11 KW de potência instalada e estar a consumir<br />
3, 6 ou 8 KW etc. Aliada a esta característica este não tem picos<br />
de arranque, pois este é denominado em “rampa” e sem consumo<br />
de energia reactiva e os picos associa<strong>dos</strong> às versões<br />
ON/OFF.<br />
INGERSOLL-RAND<br />
Comingersoll<br />
Tel: 21 424 44 00<br />
A Comingersoll SA está presente no mercado nacional há 25<br />
anos, representando desde então a conceituada marca Ingersoll<br />
Rand, comercializando entre outros equipamentos, uma vasta<br />
gama de compressores e ferramentas pneumáticas para o segmento<br />
das oficinas de pneus. Disponibiliza no mercado uma oferta<br />
variada de equipamentos com inúmeras vantagens e com resposta<br />
às diferentes necessidades <strong>dos</strong> clientes. Eficiência energética, flexibilidade,<br />
redução de custos, poupanças ímpares traduzem-se<br />
em vantagens únicas se cada cliente tiver o equipamento adequado<br />
às necessidades da sua empresa. No leque de soluções disponível<br />
na Ingersoll Rand para este segmento destacamos compressores<br />
alternativos, de parafuso de velocidade fixa ou variável, equipamentos<br />
e tratamento de ar e ferramentas pneumáticas.<br />
Equipamentos ar comprimido:<br />
Lunair – Compressores alternativos de 1,5 kw a 7,5 kw. Com caudais<br />
entre 250 e 912 litros por minuto à pressão 10 bar.<br />
T30 – Compressores alternativos de 2,2 kw a 22 kw. Do tipo lubrificado;<br />
isentos de óleo; alta pressão.<br />
UP – Compressores de parafuso de velocidade fixa de 4 kw a 30 kw.<br />
Com caudais de 0,55 m3/min a 5,6 m3/min com pressões que podem<br />
variar <strong>dos</strong> 7,5 aos 14 bar.<br />
Nirvana – Compressores de parafuso de velocidade variável de 5,5<br />
kw a 30 kw. Com caudais de 0,48 m3/ min a 4,56m3/ min.<br />
Tratamento de Ar – Secadores de ar, filtros, arrefecedores, separadores<br />
água/ óleo, reservatórios de ar.<br />
Ferramentas Pneumáticas – Chaves de impacto, aparafusadoras.<br />
Geradores de Azoto<br />
JOSVAL<br />
Mr. Pneu<br />
Tel: 252 24 80 10<br />
A JOSVAL é uma marca espanhola<br />
que produz compressores<br />
e equipamentos para o tratamento<br />
de ar comprimido desde<br />
1958, e oferecem uma gama<br />
completa com compressores de<br />
pistão, insonoriza<strong>dos</strong>, de parafuso,<br />
a gasolina, autónomos, bem como equipamentos como os depósitos,<br />
secadores e filtros.<br />
A Mistral é uma gama de compressores de parafuso com nova<br />
concepção estética e técnica. As características principais são o<br />
prefiltro de ar, o filtro separador de alta eficácia, a válvula termoestática,<br />
o refrigerador final sobredimensionado e a placa electrónica<br />
de controlo.<br />
A gama Moncayo aposta na insonorização. O refrigerador foi amplamente<br />
dimensionado, tem electroventilador para evacuação de<br />
calor, placa electrónica de controlo, conta-horas e marcador de<br />
intervalos de manutenção.<br />
A gama Brisa é um compressor mais compacto com um depósito<br />
de 40 litros a 10 bar. Está especialmente adequado para pequena<br />
indústria.<br />
KAESER<br />
Motivartécnica, Lda<br />
Tel: 252 820 340<br />
Gama SXC<br />
A gama de compressors de parafuso<br />
SXC da alemã Kaeser Kompressoren<br />
combina uma eficiência excepcional e um<br />
desempenho custo-benefício com uma<br />
produção de ar comprimido ultra-silenciosa,<br />
bem como um bom tratamento e<br />
armazenamento. Debaixo da estrutura de<br />
poliuretano, esconde-se um sistema de<br />
fornecimento de ar comprimido completo:<br />
a inovação da gama SXC está baseada<br />
num conceito de torre única que integra<br />
um compressor de parafuso, uma secador<br />
de refrigeração e um receptor de ar comprimido numa única<br />
unidade.<br />
Os compressores de parafuso deste sistema usam rotores Sigma<br />
Profile, especialmente projecta<strong>dos</strong> pela Kaeser, que requerem<br />
aproximadamente 10 ou 20% menos energia que os rotores<br />
convencionais com a mesma capacidade de entrega de ar.<br />
O Sigma Control é um controlo Star-Stop eficiente que assegura<br />
um desempenho de ar comprimido optimizado a todo o momento e<br />
monitoriza constantemente todo o sistema SXC.<br />
Gama SM<br />
A gama de compressores SM Aircenter<br />
oferecem mais que poupança de espaço<br />
na produção de ar comprimido, tratamnto<br />
e armazenagem: eles redefinem o conceito<br />
de sistemas de ar condicionado<br />
turnkey, já que cada modelo está equipado<br />
com a última tecnologia de forma a assegurar<br />
ventagens e desempenhos sem<br />
paralelo na concorrênca, garante a mar-<br />
50<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
ca. Os três módulos – compressor, secador de refrigeração e armazenamento<br />
de ar – estão junto numa cabine, de forma a que<br />
todo o sistema trabalha de forma integrada. Os componentes de<br />
to<strong>dos</strong> os conjuntos Kaeser Aircenter estão perfeitamente encaixa<strong>dos</strong><br />
de forma a providenciar o méximo de feiciência energética,<br />
facilidade de manutenção e durabilidade.<br />
PARISE<br />
Autotec – Técnicas de<br />
Equipamentos Auto<br />
Tel: 21 472 73 00<br />
O compressor de parafuso PVA<br />
15 debita 1550 l/min (93 m3/h), a<br />
partir de um motor com 15 cavalos.<br />
A pressão exercida é de 10<br />
bar, co, uma ligação a 400V, numa<br />
frequência entre os 3 e os 50 Hz.<br />
O compressor de parafuso com<br />
depósito PHA 10S500 tem um<br />
grupo de parafuso SCA8, com<br />
controlo electrónico e um nível de ruído de 70 dB. Tem um débito<br />
de 1000 l/min, com uma pressão de 10 Bar e um depósito de 500<br />
litros.<br />
O compressor de parafuso com secador e depósito incluído<br />
PVA 15 S500E tem uma potência de 15 cavalos, um depósito de<br />
500 litros e uma pressão de 10 bar.<br />
O compressor de piston silencioso SO60 tem um depósito de<br />
500 litros, com um débito de 860 l/min.<br />
Com uma vantagem óbvia em poupança de espaço, existem os<br />
compressores silenciosos verticais, modelo SV60, com um débito<br />
de entrada de 938 l/min e de saída 880 l/min. É o depósito vertical<br />
de alta pressão que permite esta poupança de espaço, com uma<br />
capacidade de 500 l mas dimensões de 60 cm de diâmetro, 215 de<br />
altura e um peso de 145 kg.<br />
SHAMAL/CHINOOK<br />
Domingos & Morgado<br />
Tel: 229618913<br />
A Shamal /Chinook é uma empresa<br />
dinâmica e eficiente. Desde 1999, após<br />
a fusão com a Shamal S.r.l., opera com<br />
duas divisões produtivas: divisão Chinook,<br />
que produz cabeçotes para compressores,<br />
e a divisão Shamal, que produz<br />
compressores de ar (mais de<br />
160.000 compressores por ano…) numa<br />
vasta gama de tipologias.<br />
Graças a esta renovada e consolidada estrutura administrativa,<br />
a empresa responde eficazmente à crescente demanda de mercado<br />
interno, ao qual é destinado 25% da produção, e sobretudo<br />
está em condição de responder à solicitação de exportação, à qual<br />
é destinada 75%.<br />
Mesmo cobrindo to<strong>dos</strong> os segmentos de mercado, com uma<br />
gama completa de produtos, uma gama completa de compressores<br />
de ar de pistões e de parafuso, com potências de 0,7 kW a 160<br />
kW (1 Hp -220 Hp), subdividida nas várias áreas (medicinais, coaxiais,<br />
de pistão, de parafuso, linha em ferro fundido e em alumínio),<br />
a Chinook tem no sector industrial os seus pontos mais fortes.<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
51
MERCADO<br />
Máquinas equilibradoras de rodas<br />
SEMPRE A DIREITO<br />
É vasta a oferta de máquinas de equilibrar rodas. Praticamente<br />
to<strong>dos</strong> os construtores têm importadores no nosso país. Alguns<br />
desses importadores dedicam-se às casas de pneus, mas<br />
outros têm estes equipamentos disponíveis como um<br />
complemento da sua oferta de equipamentos oficinais.<br />
AERO<br />
Tecniverca<br />
Telefone: 219 584 273<br />
A Tecniverca, representante<br />
da Aero em Portugal, possui<br />
uma diversificada gama de máquinas<br />
de equilibrar rodas.<br />
A DHYN-A-TECH 922 serve de<br />
modelo entrada de gama, com<br />
um painel muito simples de usar<br />
sendo a simplicidade a sua principal<br />
característica.<br />
A GEODHeX 933 já possui sistema 2D e 3 D (colocação automática<br />
da distância, diâmetro e largura) e um sistema geométrico<br />
(calcula a medida e posição do peso dentro da roda. Com o braço<br />
(opcional) externpo “data set” esta equilibradora tornase mais<br />
rápida para o sistema de introdução de dimensões todo automático<br />
(muito útil para grandes volumes de trabalho diário).<br />
O modelo GEODHeX 966 é uma evoluçao face à 933. Destaque<br />
para o monitor de 17 polegadas com alta resolução gráfica. Icons<br />
muito simples e sem texto nas imagens, as funções principais estão<br />
sempre presentes no display que levam o operador através<br />
<strong>dos</strong> menus de procedimentos e combinações de pesos.<br />
Destaque ainda para o modelo GEODHeX 988, de construção horizontal,<br />
com capacidade para pneus de maiores (1.200 mm e jantes<br />
de 26 polegadas), com elevador de rodas, auto calibração e<br />
um sistema preciso de falange que permite o fácil e rápido aperto<br />
da roda ao eixo.<br />
BEISSBARTH<br />
Lusilectra<br />
Telefone: 226 198 750<br />
A máquina de equilibrar rodas<br />
MT 855 ADT da Beissbarth consiste<br />
num novo marco tecnológico<br />
na gama base deste tipo de<br />
máquinas.<br />
O funcionamento simples<br />
através do teclado e a visualização<br />
no monitor TFT de 17" garantem<br />
uma utilização ideal<br />
para o operador. Os nove programas<br />
de equilíbrio (cinco para<br />
jantes de liga leve), aquisição de<br />
da<strong>dos</strong> das rodas, velocidade<br />
ajustável de equilíbrio e medição automática com travão da roda,<br />
garantem o aumento da rentabilidade da oficina nos serviços de<br />
pneus.<br />
52<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Braços sensores electrónicos para registo <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> da jante<br />
com controlo visual/sonoro por parte do operador, para instalação<br />
oculta <strong>dos</strong> pesos de colar para equilíbrio das rodas. Programa<br />
de separação para colocação <strong>dos</strong> pesos por trás <strong>dos</strong> raios das jantes,<br />
que vai ao encontro das necessidades <strong>dos</strong> Clientes de máquinas<br />
de equilibrar rodas de gama superior.<br />
A máquina de equilibrar rodas MT 885 Beissbarth com PC integrado<br />
estabelece novos padrões – no funcionamento, velocidade<br />
e conforto. O sensor laser permite efectuar medições totalmente<br />
automáticas à largura, rotação e simetria do pneu.<br />
A sua utilização através do menu interactivo de navegação é tão<br />
simples como uma brincadeira de crianças. Com esta máquina de<br />
equilibrar rodas, está pronto para enfrentar todas as situações –<br />
incluindo pneus até 26” de diâmetro da jante e 20” de largura.<br />
O funcionamento confortável e o manuseamento simples são<br />
assegura<strong>dos</strong> pelo elevador pneumático da roda com fixação automática<br />
da falange. As rodas de maior dimensão até 80kg não representam<br />
qualquer problema e são rapidamente montadas no<br />
adaptador, resultando numa redução do tempo dispendido com<br />
este trabalho.<br />
A MT885 é recomendada a nível mundial pela Mercedes-Benz e<br />
pela Smart.<br />
Importante: 3 programas diferentes que permitem efectuar<br />
uma vasta gama de testes à simetria <strong>dos</strong> pneus e profundidade do<br />
piso. Não sendo estes, provavelmente, os primeiros tópicos para<br />
o equilíbrio das rodas, melhoram de facto o conforto e a segurança<br />
na condução, permitindo melhorar ainda a rentabilidade do negócio<br />
das oficinas de reparação.<br />
CEMB<br />
Mr.Pneu<br />
Telefone: 252 248 012<br />
No que diz respeito a máquinas<br />
de equilibrar a Mr.Pneu é importadora<br />
/ representante de duas marcas<br />
Italianas a Cemb e a Mondolfo<br />
Ferro.<br />
A Cemb tem uma gama muito<br />
completa em máquinas de equilibrar,<br />
para ligeiros, 4x4, comerciais,<br />
pesa<strong>dos</strong>, motas, serviços de<br />
assistência pratica<strong>dos</strong> fora de portas<br />
e com diversos modelos para fazer face às diferentes necessidades<br />
e possibilidades de cada utilizador.<br />
Um <strong>dos</strong> diversos pontos positivos na Cemb é o facto de inicialmente<br />
se optar por adquirir um modelo com menos características,<br />
mas poder sempre que quiser ir acrescentado essas mesmas<br />
características, como a medição automática da largura, da excentricidade<br />
radial, da excentricidade lateral entre outras, conforme<br />
se vai sentindo necessidade sem precisar de trocar de máquina.<br />
O Modelo C202 SE é a única máquina de equilibrar pneus pesa<strong>dos</strong><br />
do mundo que possui bloqueio pneumático, para além desta<br />
característica que faz com que se poupe imenso tempo na colocação<br />
e na retirada da roda na máquina, 1 minuto por roda, a C202 SE<br />
vem dotada com o ciclo 100% automático com um travão eléctrico<br />
bastante poderoso, medição da excentricidade por Sonar, função<br />
ALU-S, elevador pneumático, minimização automática do desequilíbrio<br />
estático, programa de divisão de pesos, entre outros.<br />
O Modelo C71 é um modelo bastante económico, e que tem como<br />
sua principal característica ser provavelmente a máquina de equilibrar<br />
mais rápida do mercado, faz um lançamento de uma roda de<br />
15” em 3,8 segun<strong>dos</strong> e de uma roda de 18” em 5,5 segun<strong>dos</strong>.<br />
O Modelo C88 SE é o topo de gama da Cemb e é a máquina indicada<br />
para quem é o verdadeiro profissional de pneus, para viaturas<br />
ligeiras, 4x4 e comerciais, vem de fábrica totalmente equipado<br />
com todas as características existentes e com algumas que<br />
são exclusivas deste modelo. Traz um monitor TFT de alta definição<br />
que funciona através de toque no ecrã, bloqueio pneumático,<br />
medição automática de todas as rodas sendo a leitura da largura<br />
feita por Sonar, fácil e segura aplicação <strong>dos</strong> pesos interiores através<br />
do medidor que pára e bloqueia automaticamente no local<br />
exacto da sua colocação, a mesma situação acontece com a paragem<br />
e o bloqueio da roda no local exacto da colocação <strong>dos</strong> pesos,<br />
optimização do desequilíbrio, contador diário <strong>dos</strong> lançamentos,<br />
possibilidade da utilização da máquina por diversos operadores<br />
em simultâneo, medição da excentricidade radial e lateral por sonar,<br />
programa inteligente de redução da quantidade de pesos a<br />
utilizar, elevador pneumático que permite ao operador não ter de<br />
fazer o mínimo esforço, entre outras.<br />
A Mr.Pneu equipa de origem todas as suas máquinas de equilibrar<br />
com as falanges que permitem equilibrar os veículos comerciais<br />
e as rodas cegas, pouco visto no mercado. Todas as máquinas<br />
da Cemb têm 2 anos de garantia, possibilitando a Mr.Pneu a<br />
passagem para 3 anos.<br />
CORGHI<br />
Corcet<br />
Telefone: 255 728 220<br />
A Blue Light é a nova máquina<br />
de equilibrar topo de gama<br />
da Corghi.<br />
Completamente automática<br />
e interactiva, a Blue Light funciona<br />
com base em quatro tecnologias<br />
exclusivas: Touchscreen,<br />
Real Time, Blue Light e<br />
Touchless.<br />
Medição da excentricidade<br />
radial e lateral: análise do estado<br />
da roda. Sempre que o valor<br />
de excentricidade for superior<br />
ao aceitável, o sistema<br />
propõe uma análise mais aprofundada<br />
e inicia o programa de diagnóstico.<br />
Medição do desvio: análise precisa do piso e detecção do desvio<br />
da roda por conicidade do pneumático, atribuível a defeito de fabrico<br />
ou desgaste irregular e causa comum do desvio do veículo.<br />
Pré-selecção automática: programa específico permite a préselecção<br />
automática <strong>dos</strong> planos de equilibragem em jantes especiais.<br />
Mediante técnicas de visão artificial, a máquina identifica os<br />
planos de equilibragem, predispõe os sensores de medição e coloca<br />
à disposição do utilizador um procedimento totalmente automático.<br />
Alu Live Function: nos programas ALU, a imagem da roda no<br />
ecrã permite ao operador indicar directamente no monitor o deslocamento<br />
<strong>dos</strong> planos de equilibragem.<br />
Weight Management: software que inclui, entre outros, o programa<br />
Less Weight para poupança de pesos.<br />
Electronic Locking System: bloqueia na roda mediante sistema<br />
electrónico com controlo da força de aperto.<br />
Ponteiro laser: para indicação exacta da posição de aplicação do<br />
peso adesivo. A operação é feita com a roda na posição das 4 horas,<br />
sendo mais acessível e ergonómica.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
53
MERCADO<br />
FOG<br />
Catarino & Rodrigues<br />
Telefone: 259 336 922<br />
A empresa de Vila Real disponobiliza<br />
os equipamentos de equilibragem<br />
de rodas da FOG.<br />
Estão disponíveis diversos modelos,<br />
com destaque para U.398, uma equilibradora<br />
com video para o controlo automático<br />
das dimensões do pneumático.<br />
Dispõe de um monitor video TFT de<br />
15 polegadas orientável, bloqueio de<br />
rodas electro-magnético, posicionamento do pneu dentro da zona<br />
de desiquilíbrio, novo desenho da parte de colocação das massas<br />
para um acesso mais fácil ao pneu, 14 programas de equilíbrio e<br />
uma função específica para as massas ocultas e optimização <strong>dos</strong><br />
desequilíbrios.<br />
O modelo U.498 acaba por ser o topo de gama da FOG. Esta máquina<br />
possui um carter totalmente robotizado e automatizado<br />
tanto para a abertura como para o fecho do mesmo.<br />
Este equipamento utiliza um sistema laser que mede automoticamente<br />
a largura da jante. Este sistema permite complementos<br />
de medida e diagnósticos totalmente novos enquanto se equilibra<br />
as rodas. Entre outras coisas, com este sistema é possível determinar<br />
com toda a precisão a forma cónica da banda de rodagem e<br />
igualmente a excentricidade entre o pneu e a jante.<br />
HOFMANN<br />
Teixeira & Chorado<br />
Telefone: 255 710 150<br />
A Hofman Geodyna Optima merce<br />
destaque nas equilibradoras que a<br />
Teixeira & Chorado disponibiliza ao<br />
mercado.<br />
A aplicação da tecnologia laser aliada<br />
à utilização de câmaras CCD garante<br />
a total automatização desta máquina.<br />
O operador necessita apenas de fixar<br />
a roda e fechar a protecção.<br />
A partir daqui esta máquina detecta<br />
todas as dimensões da roda, o número<br />
de raios, selecciona o programa adequado à jante operada, faz o<br />
lançamento e fornece um diagnóstico completo da roda. Tudo isto<br />
sem intervenção do operador.<br />
Quando os valores medi<strong>dos</strong> pela máquina após o primeiro lançamento<br />
excederem o limite padrão, o ecrã de optimização surge<br />
automaticamente. Neste ecrã consta toda a informação necessária<br />
sobre jante e pneu, a indicação da percentagem de melhoria<br />
alcançável e os procedimentos a seguir para obter essa melhoria.<br />
FUNÇÃO OPTILINE: Com esta função de equilíbrio e optimização<br />
de um conjunto de rodas a geodyna optima pode medir e<br />
guardar os da<strong>dos</strong> de até 5 rodas. Quando o scanner traseiro examina<br />
o piso do pneu, a informação obtida é usada para determinar<br />
o desvio do pneu.<br />
A máquina vai propor a melhor posição possível para cada roda<br />
no veículo de forma que o desvio do pneu seja compensado em<br />
cada eixo. Os pneus com menos desvio serão sempre monta<strong>dos</strong><br />
no eixo traseiro.<br />
Se o objectivo primário é, no entanto, a redução das vibrações<br />
no volante, o operador pressiona um botão de forma a determinar<br />
que as duas rodas com menos excentricidade radial sejam montadas<br />
no eixo da frente.<br />
HPA<br />
J.A.M. Santos<br />
Telefone: 227 418 090<br />
A João A.M. Santos importa e distribuiu<br />
em exclusivo em Portugal as<br />
equilibradoras de rodas da marca italiana<br />
HPA.<br />
A gama de produto é muito extensa<br />
com equipamentos destina<strong>dos</strong> a pneus<br />
de veículos ligeiros, veículos comerciais e pesa<strong>dos</strong>.<br />
Destaque para a gama de modelos B450 / 330/ 230 / 210 /110.<br />
Nesta linha sobressai o B450 e B450 P, com monitor orientável de<br />
17 ou 19 polegadas, um novo grupo de oscilamento de grande precisão<br />
e lançamento muito silencioso. Existem três diferentes campos<br />
de trabalho (equilibrado, utilidade e pré-disposisão) onde é<br />
possível seleccionar a partir do teclado (com um reduzido número<br />
de teclas) para uma rápida aprendizagem de uso do equipamento.<br />
A função Help interactiva oferece as explicações relativas a cada<br />
programa de operação.<br />
Destaque ainda para o bloqueio automático e rodas Pneulock (só<br />
para a B450 P). A protecção da roda possui um novo desenho mais<br />
ergonómico e cómodo, existindo ainda uma “palpador” interno digital,<br />
muito preciso, robusto e que não requere calibração.<br />
A gama de equipamento spara pneus de ligeiros é composta ainda<br />
pelos modelos B340 e B240, enquanto a gama de pesa<strong>dos</strong> é<br />
composta pelos modelos B700, B650 e B600.<br />
HUNTER/CEMB<br />
Cometil<br />
Telefone: 219 379 550<br />
A Cometil importa e distribui em exclusividade<br />
a Hunter, representada exclusiva<br />
desde o início da actividade da<br />
Cometil em 1985, a mesma distribui os<br />
equipamentos para equilíbrio de rodas<br />
de ligeiros/comerciais GSP9200 e para<br />
equilíbrio e controlo de vibração<br />
GSP9700, contanto esta última com inúmeras homologações por<br />
parte <strong>dos</strong> vários fabricantes auto.<br />
No segmento de veículos pesa<strong>dos</strong>, a Hunter apresenta a<br />
GSP9600 HD que, além do equilíbrio de rodas permite à semelhança<br />
da sua congénere de ligeiros algo mais que o simples equilíbrio<br />
fazendo um teste de excentricidade por intermédio de uma carga<br />
aplicada através de um rolo em cada lançamento que efectua.<br />
A Cometil importa e distribui com exclusividade equipamentos<br />
para equilíbrio de rodas de motos, ligeiros e pesa<strong>dos</strong> da sua representada<br />
Cemb desde 1996. Oriundas da fábrica de Lecco a Cometil<br />
disponibiliza a K22 para o equilíbrio de rodas de motos e para ligeiros/comerciais.<br />
A Cemb apresenta uma vasta gama desde os modelos<br />
mais simples com tecnologia digital K7 e C71 intercalando<br />
com os modelos de gama média já com monitor TFT C73L e C87<br />
atingindo o topo com o Modelo C88 com ecrã Touch Screen e elevador<br />
de rodas.<br />
No segmento de veículos pesa<strong>dos</strong>, a Cemb apresenta os modelos<br />
C206, C212 com tecnologia digital e C218 com monitor TFT.<br />
JOHN BEAN<br />
Domingos & Morgado 2 - Equipamentos, Lda.<br />
Telefone: 229 618 900<br />
Ao introduzir na sua gama de Equilibradoras um novo modelo, a<br />
B9855P, a John Bean vem colmatar uma lacuna existente entre o<br />
seu topo de gama, a BFH1000 e a mais clássica B9755P. Ao vir-se<br />
54<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
posicionar estrategicamente entre estas<br />
duas máquinas, a B9855P permite<br />
ir de encontro às necessidades do<br />
cliente que pretende aceder directamente<br />
à Tecnologia Laser/Sonar, mas<br />
a quem não interessam as funções de<br />
Diagnóstico Avançado disponibilizadas<br />
pela BFH1000.<br />
Esta máquina utiliza uma tecnologia<br />
de obtenção de da<strong>dos</strong> mista, com um<br />
laser interno e um sonar externo. Este<br />
sistema – que utiliza um software especial denominado PROFILER<br />
– “vê” a forma completa da jante e realiza o seu mapeamento virtual.<br />
Desta forma, deixa de haver a necessidade de qualquer contacto<br />
do operador com o conjunto jante/pneu, após o ter fixado no<br />
veio da máquina, sendo a obtenção das medidas completamente<br />
automática.<br />
Aproveitando este lançamento, a John Bean decidiu estrear um<br />
novo visual na sua Gama de Equilibradoras, com o revolucionário<br />
móvel da linha “Zed Design”.<br />
MULLER<br />
Autotec<br />
Telefone: 214 727 300<br />
A empresa da Amadora, Autotec,<br />
disponibiliza para o mercado as máquinas<br />
de equilibrar rodas da Muller.<br />
A base da oferta é o modelo 3608 que<br />
apresenta um aspecto compacto, com<br />
um display de alta luminosidade, uma<br />
precisão medida de 1g, suporta um<br />
peso máximo de 75 Kg (pneu+jante), permitindo funcionar com<br />
jantes de 10 a 26 polegadas. Esta máquina possui um programa de<br />
auto diagnóstico e de auto calibração.<br />
O modelo seguinte é o 3708, com características semelhantes ao<br />
modelo 3608, mas dispõe de uma maior velocidade de rotação, um<br />
display maior e a possibilidade entrada de dimensões automáticas<br />
e um detector sonar (ambos como opção).<br />
Destaque para o modelo 3809, que surge com um monitor de 15<br />
polegadas com display de 256 cores. As restantes características<br />
são semelhantes às do modelo 3708.<br />
SICAM<br />
Equiassiste<br />
Telefone: 227 877 150<br />
A Equiassiste disponibiliza a marca<br />
Sicam, com destaque para a equilibradora<br />
de rodas SBM V780.<br />
O Laser incorporado neste equipamento,<br />
activa-se automaticamente<br />
após cada lançamento e controla a excentricidade<br />
radial do pneumático assinalando<br />
as anomalias com uma mensagem.<br />
Esta mensagem, permite ao operador, sem inúteis perdas de<br />
tempo, proceder de acordo com o programa de optimização geométrica<br />
para minimizar a excentricidade e se esta se deve ao<br />
pneumático ou á jante. Acedendo ao programa especifico, o Laser,<br />
permite também medir a conícidade geométrica da roda, os da<strong>dos</strong><br />
obti<strong>dos</strong> permitem o conhecimento do efeito de deriva. Este conhecimento<br />
permite ao operador seleccionar o posicionamento correcto<br />
de cada roda no veículo.<br />
O monitor da SBM V780 não foi somente pensado para um efeito<br />
estético de grande impacto. Na verdade a sua maior característica<br />
é a interactividade que é estabelecida entre o software e aquilo<br />
que o operador intui do seu grafismo e das informações prestadas.<br />
Foi incorporado na SBM V780 um magnifico elevador de roda capaz<br />
de suportar não só os roda<strong>dos</strong> mais pesa<strong>dos</strong> mas também<br />
atender á quantidade de vezes que é preciso fazê-lo durante um<br />
dia de trabalho. Daí a robustez do sistema e a sua extraordinária<br />
eficiência. este elevador está também dotado de um travão bloqueador.<br />
A velocidade e precisão da SBM V780 está assegurada pelo calibrador<br />
Aludata e pelo Laser que mede automaticamente a largura<br />
da jante. O calibre Aludata evita qualquer erro, do operador, na colocação<br />
de pesos adesivos.<br />
SPACE<br />
Cetrus<br />
Telefone: 252 308 600<br />
A Cetrus importa para Portugal os<br />
equipamentos para pneus da marca<br />
italiana Space. Ao nível das equlibradoras<br />
de roda a Space dispõe de uma<br />
gama completa que vai do modelo ERP<br />
230 ao 270.<br />
O destaque vai para a ERP 270, que está no topo da gama, tratando<br />
de uma equilibradora que dispõe de coman<strong>dos</strong> lógicos interactivos<br />
multifunções. As principais funções variam segundo a sua utilização<br />
e são identificadas com icons gráficos no monitor (TFT de 17<br />
polegadas com gráficos 3D) para imediata compreensão.<br />
Este equipamento faz a aquisição automática da distância e do<br />
diâmetro (até 26 polegadas), com calibração digital e leitura óptica.<br />
Início automático do movimento da roda e paragem automática<br />
na posição de equilibragem externa, são mais algumas das funcionalidades<br />
da Spac ERP 270.<br />
TECO<br />
Fortuna equipamentos<br />
Telefone: 227 475 100<br />
Dentro da sua vasta gama de equipamentos<br />
para oficinas, a Fortuna Equipamento<br />
representa a marca Teco.<br />
Ao nível das equilibradoras de rodas<br />
destaque para cinco modelos: 64, 74,<br />
85, 86 e 93.<br />
Começando pela modelo 93, que se<br />
destinada à equilibragem de rodas de veículos pesa<strong>dos</strong>, trata-se<br />
de um equipamento electrónico que permite trabalhar até jantes<br />
de 28 polegadas (camião), dispondo de programas automáticos de<br />
calibração e de diagnóstico.<br />
O modelo de entrada, o 64, está disponível com ou sem protecção<br />
de roda possuindo uma série de características standard que<br />
para trabalhar rodas de ligeiro como de mota.<br />
O modelo mais completo e actual da Teco é o 86. Trata-se de<br />
uma equilibradora electrónica para rodas de ligeiros e motos, com<br />
diâmtro 28 polegadas e um peso máximo de 65 Kg. Entre as diversas<br />
funcionalidades, destaque para a nova sonda digital, que garante<br />
a máxima precisão e que não necessita de calibração, novo<br />
filtro de software que protege a máquina perturbações ambientais<br />
externas, um monitor LCD 17 polegadas ajustável com novos gráficos,<br />
tridimensional, a fim de facilitar a leitura <strong>dos</strong> desequilíbrios<br />
e a inspecção e ainda uma nova versão do “Automatic Lock”, um<br />
dispositivo que garante a blocagem da roda de uma forma simples,<br />
rápida e precisa.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
55
ENTREVISTA<br />
Paulo Campos – Presidente da Pneuport<br />
A Pneuport tem uma nova direcção e comemora<br />
em <strong>2009</strong> os seus primeiros 20 anos de existência.<br />
Para além disso é uma das mais importantes<br />
redes de serviços profissionais na área <strong>dos</strong> pneus.<br />
Fomos conhecer a Pneuport.<br />
56<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Paulo Campos<br />
CRESCER<br />
EM CONJUNTO<br />
APneuport está claramente a viver<br />
uma nova fase da sua existência.<br />
Os desafios são enormes<br />
e por isso foi necessário uma adaptação da<br />
estrutura às novas contingências do mercado.<br />
O novo presidente da Pneuport, Paulo<br />
Campos, é também um pouco o rosto de<br />
mudança e dinamismo da Pneuport no final<br />
desta década. A REVISTA DOS PNEUS<br />
falou com ele.<br />
Os pressupostos da criação da Pneuport<br />
em 1989 ainda hoje se mantêm<br />
inaltera<strong>dos</strong>?<br />
A Pneuport foi fundada há 20 anos por 36<br />
cooperadores, que tinham que ser detentores<br />
de casas de pneus. Foi fundada como<br />
Cooperativa, que ainda hoje se mantem,<br />
tendo nascido com a ideia de ser uma central<br />
de compras, que eram as necessidades<br />
da altura.<br />
Ainda hoje a Pneuport é uma central de<br />
compras?<br />
Sim, mas temos vindo a mudar um pouco<br />
essa imagem. Nos últimos anos evoluiu-se<br />
para uma lógica de central de vendas,<br />
em que to<strong>dos</strong> os cooperadores deveriam<br />
ter a mesma imagem perante o mercado,<br />
nascendo assim a insígnia Pneuport.<br />
Quais são os critérios da Insígnia<br />
“Pneuport”?<br />
A ideia é ter uma imagem comum <strong>dos</strong><br />
estabelecimentos, com o mesmo manual<br />
de procedimentos, imagem e comunicação,<br />
fardamento igual e, entre outros<br />
itens, auditorias regulares para garantir<br />
que to<strong>dos</strong> estão a seguir a mesma linha.<br />
Quando é que se evoluiu neste conceito?<br />
As primeiras reuniões dentro da Pneuport<br />
em que se falou da Insígnia “Pneuport”<br />
remotam ao final de década passada.<br />
Actualmente já temos 28 aderentes a<br />
este conceito o que corresponde a 30 casas<br />
de pneus. Contudo, na totalidade temos<br />
75 sócios da cooperativa Pneuport.<br />
Para este ano mais três sócios vão também<br />
evoluir dentro da Insígnia “Pneuport”.<br />
Esse é claramente o caminho a seguir<br />
pelas casas de pneus que são sócios da<br />
cooperativa Pneuport?<br />
Claramente que sim. O futuro da Pneuport,<br />
na minha opinião, passa pela própria<br />
gestão da Insígnia. Devido à evolução do<br />
mercado, à actual conjuntura económica e<br />
aos novos canais de distribuição existentes,<br />
as casas de pneus não podem ficar paradas.<br />
Existe uma necessidade de evoluir<br />
de uma forma rápida, pois o mercado está<br />
em constante mutação e a única maneira<br />
de o fazer é estar debaixo de uma Insígnia<br />
comum.<br />
Porém, as condições comerciais da<br />
Pneuport não se alteram para os sócios<br />
que não estão na Insígnia?<br />
As condições comerciais são iguais para<br />
to<strong>dos</strong> o sócios da Pneuport. Qualquer cooperador<br />
pode entrar para a Insígnia, desde<br />
que cumpra os requisitos.<br />
Quais são as vantagens de estar na<br />
Insígnia, se as condições comerciais são<br />
iguais para to<strong>dos</strong> os cooperadores?<br />
Uma das vantagens é o aproveitamento<br />
das sinergias da comunicação bem como<br />
as mais valias de ter uma rede com imagem<br />
comum que beneficia quem está nessa<br />
rede.<br />
Porque razão a Pneuport ainda hoje se<br />
mantém juridicamente como uma<br />
cooperativa?<br />
A Pneuport é uma cooperativa e se algum<br />
dia mudar para outra forma jurídica,<br />
desde que seja para o beneficio de to<strong>dos</strong> e<br />
para melhorar a sua articulação no mercado<br />
não vejo qualquer inconveniente. -<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
57
ENTREVISTA<br />
Paulo Campos – Presidente da Pneuport<br />
De qualquer maneira, a ideia de ser uma<br />
cooperativa ainda hoje se mantém actual,<br />
isto é, independentemente da dimensão do<br />
cooperador não existem posições dominantes<br />
de uns em relação aos outros.<br />
Aliás, penso que esta situação tem sido<br />
mesmo responsável pelo sucesso da Pneuport,<br />
pois tem sido uma organização muito<br />
estável, sem grandes atritos e sem polémicas.<br />
A Pneuport tem um grande património e<br />
to<strong>dos</strong> os cooperadores, por igual, têm a sua<br />
quota de responsabilidade nisso.<br />
Qual a sua opinião sobre outras<br />
organizações, que têm o mesmo fim que a<br />
Pneuport, e que já estão ou estarão a<br />
aparecer no mercado?<br />
Vejo a concorrência como uma oportunidade<br />
para a Pneuport melhorar. Não podemos<br />
estar a olhar para o passado e cruzar os<br />
braços face à conjuntura desagradável que<br />
atravessamos. Enquanto olhamos para a<br />
crise não estamos a gerir as nossas casas.<br />
Por isso, temos que olhar para o futuro,e<br />
adaptarmo-nos às novas exigências do mercado.<br />
A Pneuport possui 75<br />
cooperadores<br />
espalha<strong>dos</strong> pelos<br />
diversos pontos do<br />
país, existindo a<br />
possibilidade de o<br />
número ser ainda<br />
maior no futuro<br />
Tendo 75 cooperadores na Pneuport e<br />
atendendo à quantidade de casas de pneus<br />
que ainda não pertencem a qualquer rede<br />
organizada, considera que ainda à<br />
potencial de crescimento para a Pneuport?<br />
Vale sempre a pena crescer na nossa opinião.<br />
Mas existe uma questão que para nós é<br />
muito importante, que passa por fazer a manutenção<br />
<strong>dos</strong> cooperadores existentes.<br />
Não vale a pena estar a admitir cooperadores<br />
para a Pneuport, o que era bastante fácil,<br />
só para fazer número.<br />
Hoje em dia existem muitas dificuldades<br />
que têm de ser superadas, mas não queremos<br />
admitir cooperadores que possam vir<br />
para a Pneuport pensando que resolvem os<br />
seus problemas internos.<br />
A Pneuport, nos seus 20 anos de existência,<br />
nunca pagou a um único fornecedor com<br />
um dia de atraso. Queremos que continue a<br />
ser sempre assim.<br />
Como tal só admitiremos cooperadores<br />
que nos venham enriquecer e não o contrário.<br />
Estamos abertos a novos cooperadores,<br />
mas iremos fazer isso com maturidade e<br />
responsabilidade.<br />
Quais são as vantagens de estar numa<br />
rede, ou melhor, consegue-se estar no<br />
mercado sem se estar integrado numa<br />
rede?<br />
Comprar melhor aos fornecedores é uma<br />
vantagem significativa para os cooperantes<br />
da Pneuport, mas o preço não é tudo. Precisamos<br />
de potenciar as sinergias existentes<br />
na lógica de que to<strong>dos</strong> uni<strong>dos</strong> teremos mais<br />
força do que um individualmente.<br />
As campanhas de publicidade<br />
e marketing, a<br />
formação, a discussão<br />
interna com outros responsáveis<br />
de casas de<br />
pneus, entre outros assuntos,<br />
conseguem-se<br />
realizar de uma forma<br />
mais fácil quando se em<br />
rede.<br />
Tenho a certeza que se<br />
estivesse só no mercado<br />
teria muito mais dificuldade<br />
em sobreviver do que<br />
estando ligado a um grupo<br />
ou uma rede.<br />
A Pneuport dispõe de uma boa cobertura<br />
geográfica do mercado de pneus em<br />
Portugal?<br />
Obviamente que nos interessa admitir<br />
cooperadores em zonas do país onde ainda<br />
não estamos presentes, mas não faz sentido<br />
admitir outros em zonas onde já estamos representa<strong>dos</strong>.<br />
Cada cooperador tem que ter o<br />
seu próprio espaço para poder evoluir e<br />
crescer.<br />
O que faz um presidente da Pneuport?<br />
O presidente da Pneuport tem que identificar<br />
necessidades <strong>dos</strong> cooperadores e do<br />
mercado para depois as tentar satisfazer.<br />
Tenho que ter a capacidade de saber gerir a<br />
Pneuport de uma forma totalmente isenta,<br />
pois estou a representar 75 cooperadores.<br />
De qualquer forma tenho uma direcção<br />
com elementos muito competentes que me<br />
facilitam bastante o trabalho.<br />
Para além <strong>dos</strong> pneus, a<br />
Pneuport tem mais alguns<br />
acor<strong>dos</strong> com outras<br />
empresas ao nível das<br />
peças e <strong>dos</strong> consumíveis?<br />
Em termos de Insígnia<br />
Pneuport to<strong>dos</strong> os anos temos<br />
fornecedores referencia<strong>dos</strong><br />
seja nos equipamentos,<br />
nos consumíveis ou noutras<br />
áreas.<br />
Com os fornecedores de<br />
pneus e equipamentos temos<br />
também acor<strong>dos</strong> que nos permite<br />
fazer formações.<br />
Falou algumas vezes em formação. O que é<br />
que ela representa para a Pneuport?<br />
O nosso recurso mais valioso são os nossos<br />
colaboradores, isto é, to<strong>dos</strong> aqueles que<br />
prestam o serviço nas casas. Não podemos<br />
PNEUPORT<br />
Sede: Avenida de Berna nº 30 5º<br />
1050-042 Lisboa<br />
Presidente: Paulo Campos<br />
Telefone: 217 937 681<br />
Fax: 217 937 683<br />
E-mail: geral@pneuport.pt<br />
Internet: www.pneuport.pt<br />
58<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
O desenvolvimento de<br />
uma Insígnia Pneuport foi o<br />
rumo seguido por alguns<br />
<strong>dos</strong> cooperadores<br />
CONDIÇÕES DE ACESSO<br />
À PNEUPORT<br />
Para se entrar para a cooperativa Pneuport,<br />
as regras estão perfeitamente estabelecidas.<br />
Cada novo cooperante entra com um capital<br />
de 5.000 Euros, pagando depois<br />
uma jóia de 2.500 Euros, ficando detentor<br />
de uma participação bem maior dentro da<br />
Pneuport, do que o valor que pagou para<br />
entrar nesta cooperativa.<br />
Depois existe um conjunto de condições,<br />
que cada casa de pneus tem de cumprir,<br />
nomeadamente no que diz respeito a<br />
questões económico-financeiras.<br />
exigir deles, nem garantir<br />
a qualidade do<br />
serviço se não lhes<br />
dermos formação. Por<br />
isso apostamos muito<br />
em formação para os<br />
nossos cooperantes<br />
como forma de potenciar<br />
a qualidade do serviço.<br />
Como analisa a temática<br />
<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>?<br />
Na Pneuport aconselhamos<br />
que não se venda<br />
pneus usa<strong>dos</strong> e gostaríamos<br />
que não o fizessem.<br />
Com a oferta que existe em<br />
termos de pneus novos, com<br />
excelente relação preço /<br />
qualidade é fácil provar ao<br />
cliente que o pneu usado é um<br />
mau negócio para ele. Não é<br />
com pneus usa<strong>dos</strong> que se fidelizam<br />
clientes.<br />
A política de preços em todo a<br />
rede Pneuport é igual?<br />
Não. Tentamos desenvolver o<br />
conceito de preços regionais. A<br />
realidade de uma grande cidade é<br />
diferente face ao interior, mas<br />
tentamos que exista algum bom<br />
senso nesta questão para que não existam<br />
grandes disparidades de preços dentro da<br />
rede Pneuport.<br />
Cada vez existem mais “brokers” de pneus<br />
no mercado, com preços muito<br />
competitivos. Como é que a Pneuport olha<br />
para este negócio?<br />
Até ao ano passado a Pneuport só comprou<br />
pneus às marcas representadas em<br />
Portugal e vamos continuar a fazê-lo. Contudo,<br />
atendendo à realidade <strong>dos</strong> brokers que<br />
pontualmente apresentam condições muito<br />
competitivas, fizemos excepcionalmente um<br />
ou dois acor<strong>dos</strong> com esses brokers abrindo<br />
a possibilidade <strong>dos</strong> cooperadores da Pneuport<br />
poderem comprar pneus a eles. Era importante<br />
para o cooperador da Pneuport não<br />
fosse esta situação um factor inibidor de poder<br />
comprar melhor.<br />
Também achamos que a Pneuport ao<br />
efectuar algumas compras a esses brokers<br />
não colide com a relação comercial que temos<br />
mantido com as marcas.<br />
A rede Pneuport vai também evoluir para<br />
os serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />
Muitos <strong>dos</strong> cooperantes já o fizeram e alguns<br />
deles foram mesmo para a mecânica<br />
mais pesada. Conhecemos o cliente e sabemos<br />
que ele gosta de fazer o maior número<br />
de operações no mesmo local. É também<br />
uma forma de diminuir o espaço entre visitas<br />
e facilitar a sua fidelização.<br />
Penso que só deveremos ir para os serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> quando se garantir nos serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> a mesma qualidade de serviço que<br />
temos nos pneus e isso só se faz com formação.<br />
No caso de uma marca pneus não estar<br />
abrangida pelos acor<strong>dos</strong> da Pneuport, cada<br />
cooperante pode comprar fora da rede?<br />
Essa é uma regra que temos. Se um cooperante<br />
quiser adquirir pneus de uma determinada<br />
marca com a qual nós não tenhamos<br />
qualquer acordo, poderá fazê-lo.<br />
Como é que a rede Pneuport está a<br />
trabalhar ao nível <strong>dos</strong> acor<strong>dos</strong> com<br />
clientes, nomeadamente os acor<strong>dos</strong> de<br />
frotas?<br />
Temos também alguns acor<strong>dos</strong> a esse nível<br />
que continuaremos a manter e a incentivar,<br />
embora cada casa de pneus possa também<br />
ter os seus acor<strong>dos</strong> directos.<br />
Pensamos que os clientes de frota são importantes,<br />
pelo prestígio que é trabalhar<br />
esse mercado e pelo volume do mesmo. A<br />
exigência não é maior nem menor até porque<br />
o cliente particular ou um cliente de frota<br />
tem que ser sempre tratado da melhor<br />
forma.<br />
Como é que olha para o futuro da Pneuport<br />
e da Insígnia?<br />
O facto de estarmos a viver uma conjuntura<br />
difícil, acaba por fazer com que exista<br />
mais necessidade de evoluir e de estar na<br />
vanguarda. É nosso objectivo que muitos <strong>dos</strong><br />
cooperadores que não estejam na Insígnia<br />
passem a fazer parte dela. Também queremos<br />
estar atentos ao mercado e pensar que<br />
existam casas de pneus com condições de<br />
entrarem para a Pneuport em áreas onde<br />
ainda não temos cobertura. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
59
ENTREVISTA<br />
Ricardo Kendall<br />
Ricardo Kendall<br />
“ESTE É UM NEGÓCIO<br />
ANTI CRISE”<br />
Em <strong>Abril</strong> de <strong>2009</strong> a Midas já tinha em Portugal 32 centros<br />
autos. É uma das cadeias de serviços rápi<strong>dos</strong> que mais tem<br />
crescido no mercado da nova distribuição, onde os pneus<br />
assumem também um papel fundamental.<br />
AMidas é incontornável no pósvenda<br />
automóvel em Portugal.<br />
Claramente posicionada como<br />
oficina de serviços rápi<strong>dos</strong>, em menos de<br />
10 anos já está representada de Norte a<br />
Sul de Portugal. Mas não quer ficar por<br />
aqui. Ricardo Kendall, Administrador da<br />
Midas em Portugal fala do desenvolvimento<br />
do negócio, as próximas apostas e os<br />
pneus.<br />
A Midas não tem parado de crescer.<br />
Como caracteriza esta fase da Midas<br />
numa altura em que inaugurou o seu 32º<br />
centro?<br />
A Midas está obviamente numa fase<br />
bastante mais madura, podemos mesmo<br />
dizer que se encontra numa fase de consolidação<br />
do seu negócio. Temos 32 oficinas<br />
e pretendemos abrir mais 4 a 5 oficinas no<br />
máximo em <strong>2009</strong>.<br />
Temos uma cobertura nacional, que era<br />
um <strong>dos</strong> nossos objectivos, mas faltam-nos<br />
dois grandes pólos que são Aveiro e Leiria.<br />
As aberturas que temos previstas para<br />
este ano são essencialmente para Lisboa<br />
e Porto, onde iremos reforçar a nossa presença.<br />
Em 2008 a Midas<br />
inaugurou oito novos centros, o que é um<br />
pouco em contra-ciclo com aquilo que<br />
está a acontecer no mercado do pósvenda.<br />
Como explica esta situação?<br />
Este é um negócio anti crise. Nós temos<br />
uma série de clientes que eram de concessionários<br />
e que deixaram as concessões<br />
por causa <strong>dos</strong> preços e das demoras<br />
e actualmente recorrem a estas soluções<br />
que são mais baratas e mais rápidas.<br />
A Midas goza actualmente, fruto do intenso<br />
trabalho desenvolvido, de um excelente<br />
nome em Portugal, sendo claramente<br />
um player que é importante e muito credível<br />
no mercado.<br />
Quantos veículos foram repara<strong>dos</strong> em<br />
2008?<br />
Em 2008 nas oficinas das Midas entraram<br />
cerca de 75.000 carros para serem<br />
repara<strong>dos</strong> e queremos chegar aos 100.000<br />
carros repara<strong>dos</strong> em <strong>2009</strong>.<br />
Atendendo aos 60.000 de<br />
2007, esses são números que mostram<br />
um clara subida. Na sua opinião isso<br />
deve-se ao crescimento do número de<br />
centros ou a um aumento do serviço por<br />
centro?<br />
As duas coisas. De facto, o número de<br />
centros tem vindo a aumentar, como disse<br />
foram oito novos centros abertos em 2008,<br />
mas temos também conquistado novos<br />
clientes para além de fidelizar os actuais.<br />
Sem o factor de incorporação de novas casas<br />
crescemos cerca de 5%.<br />
Falou que os clientes <strong>dos</strong><br />
concessionários têm-se virado para a<br />
Midas. A concorrência vem <strong>dos</strong><br />
concessionários de marca ou da<br />
reparação independente?<br />
A nossa principal concorrência continuam<br />
a ser as oficinas tradicionais multi-<br />
60<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
61
ENTREVISTA<br />
Ricardo Kendall<br />
marca. Em 2008 crescemos 26% e este ano<br />
já vamos com um crescimento de 25%. Sentimos<br />
que estamos a atrair clientes que vêm<br />
de diversos la<strong>dos</strong>. Dos concessionários, pelas<br />
razões que disse antes, das oficinas tradicionais,<br />
que estão a fechar a um ritmo muito<br />
elevado, e até das casas de pneus, pois estamos<br />
a aumentar muito a facturação em<br />
pneus.<br />
Continua a ser de opinião que os<br />
concessionários continuam a ver a nova<br />
distribuição, como a Midas, como a grande<br />
concorrência?<br />
De facto assim continua a ser. A reparação<br />
rápida representa 6 a 7%, enquanto as oficinas<br />
tradicionais ainda valem 57% da reparação.<br />
Os concessionários devem é preocupar-se<br />
com estes 57% e não vender-lhe peças originais<br />
com 20 e 30% de desconto, alimentando<br />
um negócio que lhes faz concorrência, por<br />
vezes desleal.<br />
Nós trazemos para o mercado boas práticas<br />
de negócio, não andamos a matar preços<br />
e estamos no mercado de uma forma séria e<br />
cumpridora.<br />
O facto de serem já 32 centros Midas<br />
também começa a trazer importantes<br />
benefícios a to<strong>dos</strong> os níveis?<br />
Acho que conseguimos ter uma imagem a<br />
nível nacional muito forte. Quanto temos<br />
uma, cinco ou dez oficinas tem-se um impacto<br />
mas quando são mais de 30, e os clientes<br />
ouvem em diversas rádios o nome Midas,<br />
o impacto começa a ser maior e dá-se o efeito<br />
“bola de neve”.<br />
Existe no mercado, que não nos<br />
consumidores, uma ideia de que a Midas é<br />
muito forte em pneus?<br />
É absolutamente falso. Os pneus valem<br />
mais de 30% da nossa facturação, o que é de<br />
facto significativo, mas as revisões, em termos<br />
de trabalhos efectivos, têm uma importância<br />
ainda maior na casa <strong>dos</strong> 50%. Contudo,<br />
não somos uma casa de pneus mas temos<br />
uma posição importante nesta área.<br />
Quais são as razões para os pneus<br />
representarem tanto na facturação da<br />
Midas?<br />
Dou-lhe um exemplo. A revisão mecânica<br />
do meu carro foi feita aos 30.000 Kms e a<br />
mudança de pneus foi efectuada aos 36.000<br />
Kms. Quer isto dizer que também nos pneus<br />
as coisas estão a mudar muito rapidamente.<br />
Os pneus são também uma das razões que<br />
leva com alguma frequência o automobilista<br />
a uma oficina.<br />
Os pneus actualmente gastam-se mais<br />
depressa, os carros são cada vez melhores,<br />
curvam muito mais rapidamente, têm jantes<br />
maiores e por isso têm de trocar mais vezes<br />
de pneus.<br />
Qual é a tendência de crescimento em<br />
termos de serviços de mecânica / pneus na<br />
Midas?<br />
Os serviços de pneus estão de facto a crescer<br />
imenso, até porque os carros com menor<br />
cilindrada já trazem jantes de 16 e 17 polegadas.<br />
Nota-se que existe um crescimento<br />
ao nível do serviço de pneus.<br />
Qual tem sido<br />
a evolução do<br />
conceito Midas<br />
em termos<br />
oficinais?<br />
Temos a grande<br />
vantagem de estarmos<br />
associa<strong>dos</strong><br />
à maior rede de<br />
serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />
que é a Midas, que<br />
tem mais de 3.000<br />
oficinas em todo o<br />
Mundo.<br />
Existem uma série<br />
de coisas que são feitas<br />
quer nos centros Midas<br />
na América e na Europa,<br />
que nós vamos aproveitando<br />
em termos de “best<br />
practices”.<br />
O conceito base, de três<br />
baias e uma recepção em<br />
cada oficina Midas mantém-se,<br />
o que mudou neste conceito foi que<br />
antes eram usa<strong>dos</strong> carrinhos com ferramentas<br />
e agora (para já em alguns centros) a<br />
ferramenta está exposta na parede, o que dá<br />
um aspecto mais moderno e mais técnico à<br />
oficina.<br />
O vosso conceito de centro de serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> vai evoluir para serviços mais<br />
técnicos?<br />
Não notamos que o cliente procure isso na<br />
Midas, nem é esse o nosso posicionamento.<br />
Nós fazemos serviço rápi<strong>dos</strong> e é nisso que<br />
somos especializa<strong>dos</strong>.Estamos a fazer também<br />
serviços de mudança de correia de distribuição<br />
em quatro centros e vamos avançar<br />
com esse serviço para doze centros. É<br />
um serviço um pouco mais técnico, mas que<br />
vai na lógica de que a Midas sempre soube<br />
acompanhar o mercado.<br />
Os serviços que a Midas faz cobrem 80%<br />
<strong>dos</strong> serviços que levam um condutor a uma<br />
oficina. Os restantes são a chapa, os vidros e<br />
outros serviços que nós temos.<br />
São 32 os centros da<br />
Midas em Portugal,<br />
mas a expansão da<br />
rede não vai ficar por<br />
aqui, podendo em<br />
<strong>2009</strong> chegar aos<br />
36 centros<br />
Os pneus<br />
representam<br />
cerca de 30% da<br />
facturação da<br />
Midas<br />
MIDAS<br />
Sede: Rua <strong>dos</strong> Ciprestes, 48<br />
Office no Estoril - Alto <strong>dos</strong> Gaios<br />
2750-623 Estoril<br />
Administrador: Ricardo Kendall<br />
Telefone: 214 643 360<br />
Fax: 214 643 361<br />
E-mail: midasportugal@midasportugal.com<br />
Internet: www.midasportugal.com<br />
62<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Os serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> são a<br />
génese do<br />
serviço Midas<br />
Os clientes vão à<br />
Midas por causa<br />
<strong>dos</strong> preços mais<br />
competitivos?<br />
Nós não somos<br />
os mais baratos<br />
nem o queremos<br />
ser. Existe uma forte<br />
preocupação de<br />
remunerar os accionistas<br />
e de ter rentabilidade<br />
no negócio.<br />
Queremos vender<br />
qualidade e ter o mínimo<br />
de reclamações<br />
possíveis.<br />
O que é preciso para se<br />
vender qualidade?<br />
A Midas investiu num<br />
centro de formação que<br />
está integralmente montado<br />
como se fosse um<br />
centro aberto ao público. Temos três pessoas<br />
que se dedicam à formação e que dão<br />
qualquer coisa como 225 dias de formação<br />
por ano. Estamos continuamente em formação.<br />
É uma preocupação forte<br />
que temos, nomeadamente<br />
por aquilo que se<br />
avizinha, em termos de<br />
electrónica nos automóveis.<br />
Já temos quase to<strong>dos</strong><br />
os centros equipa<strong>dos</strong> com<br />
máquinas de diagnóstico.<br />
Por outro lado, não temos<br />
tido dificuldade nenhuma em<br />
encontrar recursos humanos<br />
para as nossas oficinas. Temos<br />
dado emprego a pessoas<br />
de meia ideia, que nos trazem<br />
um capital de experiência muito<br />
grande, o que é fantástico<br />
para nós.<br />
A aposta no centro de formação<br />
permitiu melhorar os índices de<br />
qualidade do serviço? Nota-se a<br />
diferença?<br />
Claramente que sim. Os<br />
inquéritos de satisfação<br />
que fazemos internamente<br />
a mais de 500 clientes por<br />
ano, indica que 89% está<br />
contente ou muito contente<br />
com os serviços da Midas.<br />
Este dado é muito importante<br />
para nós, o que não invalida<br />
que não existam problemas<br />
quando se reparam 75.000 carros<br />
num ano.<br />
To<strong>dos</strong> os vossos centros são próprios. Vão<br />
continuar a manter essa abordagem? Não<br />
estão a pensar em franchisar alguns<br />
centros?<br />
Não. Gostamos deste negócio e de o gerir e<br />
por isso não vemos razão para o franchisar.<br />
É certo que a tendência na Europa e no Mundo<br />
é ter 30% de oficinais próprias e 70% franchisadas.<br />
Nós temos 100% de oficinas próprias.<br />
A dimensão não pode trazer problemas de<br />
controlo do próprio negócio?<br />
Temos uma equipa muito forte e profissional.<br />
São quatro “area manager” que gerem<br />
as nossas oficinas que reportam a um director<br />
de operações.<br />
Por outro lado o efeito rede é muito importante.<br />
Neste momento estão to<strong>dos</strong> os centros<br />
a beneficiar do facto de sermos já 32 oficinas<br />
Midas em Portugal.<br />
A dimensão é muito importante para<br />
alavancar outros negócios, como o das<br />
gestoras de frotas?<br />
Sim. Foram em parte as gestoras de frotas<br />
que nos “obrigaram” a abrir centros no Algarve.<br />
Já o tínhamos pensado mas não era<br />
para ser tão cedo. Mas a nossa operação no<br />
Algarve com dois centros está a correr muito<br />
bem.<br />
Trabalhamos com 90% das gestoras de<br />
frotas, e temos um acordo com o ACP, que é<br />
muito importante para nós.<br />
Ao nível <strong>dos</strong> pneus, quais são os vossos<br />
fornecedores?<br />
Durante muitos anos trabalhámos exclusivamente<br />
com a Goodyear / Dunlop. Esta<br />
empresa fazia uma marca exclusiva da Midas,<br />
que é o Voyager, e também tínhamos<br />
um pneu Budget que é o Debica.<br />
Continuamos com estas quatro marcas,<br />
passamos a trabalhar também com a Bridgestone<br />
e a Firestone e vamos ainda juntar<br />
ao nosso portfolio os pneus da Michelin.<br />
Andamos ainda à procura de mais um<br />
pneu Budget, que seja bom e barato, embora<br />
construído por um <strong>dos</strong> fabricantes de<br />
topo, que nos possa dar todas as garantias.<br />
Como é que olha para o futuro da Midas?<br />
Em <strong>2009</strong> gostaríamos de facturar mais<br />
de 12 milhões de Euros.<br />
Pretendemos acabar o ano com 36 centros,<br />
mas acima de tudo o mais importante<br />
é que os nossos clientes saiam da Midas<br />
sempre satisfeitos. Sentimos também que<br />
quem aguentar esta crise vai sair reforçado<br />
dela no futuro. A médio / longo prazo temos<br />
como objectivo chegar às 50 oficinas<br />
Midas em Portugal. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
63
EMPRESA<br />
Garland <strong>Pneus</strong><br />
Garland <strong>Pneus</strong><br />
APOSTAR NA PROXIMIDADE<br />
ÀS CASAS DE PNEUS<br />
Herdeira de uma longa história no mercado <strong>dos</strong><br />
pneus, a Garland <strong>Pneus</strong> está no mercado há quase<br />
cinco anos, comercializando os pneus da Cooper,<br />
Uniroyal, Kenda, Runway e Primewell.<br />
64<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Aempresa Garland já tem 233<br />
anos. Foi fundada pelo Sr. Garland,<br />
negociante de Bacalhau,<br />
que um dia veio parar a Portugal devido a<br />
uma enorme tempestade no mar.<br />
Vendeu a sua carga tão bem no nosso<br />
país, que se estabeleceu em Portugal vindo<br />
a fazer uma sociedade com o Sr. Laidley.<br />
Em 1855 a Garland Laidley entrou em<br />
força na área da navegação. Assim, a área<br />
de transportes, logística e navegação transitária,<br />
que evoluiu imenso até aos dias de<br />
hoje, sempre foi o negócio principal da empresa.<br />
Actualmente, todas as empresas de<br />
grupo Garland Laidley facturam perto de<br />
120 milhões de Euros.<br />
Os pneus no Grupo Garland Laidley entram<br />
em 1963, com a SP <strong>Pneus</strong>. A Dunlop,<br />
que tinham um escritório em Portugal, utilizava<br />
uma outra empresa para fazer a logística<br />
e o back-office. O fecho dessa empresa<br />
levou a Garland a assumir a logística<br />
da Dunlop em Portugal durante três anos.<br />
Porém, em 1967, a Dunlop porque achava<br />
que o mercado português era pequeno<br />
queria retirar-se oficialmente do mercado,<br />
propondo à Garland ficar com toda a representação<br />
e distribuição da marca para<br />
o nosso país.<br />
O crescimento do negócio foi tal que até<br />
finais da década de 90 a Garland era o segundo<br />
maior distribuidor de pneus a nível<br />
nacional, com mais de 450.000 pneus de ligeiros<br />
e cerca de 30.000 pneus de pesa<strong>dos</strong>.<br />
A joint-venture entre e Sumitomo (detentora<br />
da Dunlop) e a Goodyear, levou o<br />
gigante americano a assumir em diversos<br />
merca<strong>dos</strong> Europeus a distribuição das<br />
suas próprias marcas.<br />
A Garland ainda trabalhou com a Dunlop<br />
por mais quatro ou cinco anos, tendo a<br />
partir dessa altura equacionado o fim da<br />
sua actividade nos pneus, tanto mais que<br />
o core business da Garland continuava a<br />
ser a logística, transportes, transitários,<br />
etc.<br />
Finda a SP <strong>Pneus</strong>, em<br />
2<strong>005</strong> a Continental aproximou-se<br />
da Garland, ao ponto<br />
de esta passar a representar<br />
a Uniroyal e a Sportiva,<br />
dando assim continuidade<br />
ao seu negócio nos pneus<br />
através da Garland <strong>Pneus</strong>.<br />
Mais tarde foram adicionadas<br />
ao portfólio as marcas<br />
Kenda (2006), Runway e Primewell<br />
(2007), Continental<br />
(também em 2007) para já em<br />
<strong>2009</strong> passar a distribuir em exclusivo<br />
os pneus da Cooper.<br />
A Garland <strong>Pneus</strong> é essencialmente uma<br />
empresa comercial que se dedica à venda<br />
das marcas Uniroyal, Cooper, Kenda, Runway<br />
e Primewell. Todas as restantes operações<br />
de transporte marítimo, terrestre,<br />
armazenagem e contabilidade/recursos<br />
humanos são assegura<strong>dos</strong> por empresas<br />
do Grupo Garland e a operação logística é<br />
assegurada pela Garland Logística (GLog),<br />
outra empresa do Grupo.<br />
A GLog está presente na logística e distribuição<br />
de diversos sectores de actividade<br />
(tem uma operação muito forte nos textéis),<br />
tendo diversos armazéns espalha<strong>dos</strong><br />
pelo país, com mais de 25.000 m2 de armazém.<br />
Na Abóboda, perto de Lisboa, situa-se a<br />
principal operação logística, de onde são<br />
distribuí<strong>dos</strong> os pneus para todo o país,<br />
existindo também na Maia um outro armazém<br />
com um pequeno stock de pneus.<br />
Num raio de 50 kms destes dois armazéns,<br />
podem ser efectuadas operações bidiárias<br />
de entregas de pneus aos retalhistas, sendo<br />
que a operação para o resto contempla<br />
entregas diárias.<br />
Com um stock médio de 15.000 pneus, a<br />
Garland <strong>Pneus</strong> vende uma média de 8.000<br />
pneus por mês, tendo vendido em 2008<br />
cerca 105.000 pneus (pneus de ligeiros, comerciais,<br />
4x4 e pesa<strong>dos</strong>).<br />
“Temos a noção de que somos um operador<br />
relativamente pequeno na área <strong>dos</strong><br />
pneus. Cometemos um enorme erro no<br />
passado, quando nos dedicamos em exclusivo<br />
à Dunlop. Quando deixamos a marca<br />
tivemos que fazer tudo a partir do zero”,<br />
comenta Bruce Dawson, presidente da<br />
Garland Laidley e responsável máximo<br />
pela Garland <strong>Pneus</strong>, considerando que<br />
“actualmente estamos prepara<strong>dos</strong> para<br />
que isso não volte a acontecer. Por outro<br />
lado o preço domina e existem clientes que<br />
só olham para este aspecto. Por isso, é necessário<br />
ter uma gama diversificada em<br />
produtos e marcas”.<br />
Relativamente às marcas orientais que<br />
representa, Bruce Dawson considera que<br />
“estamos muito satisfeitos com as escolhas<br />
que fizémos. São produtos de grande<br />
qualidade, que nos dão garantias de qualidade.<br />
Aliás, a Garland tem uma reputação<br />
a defender no mercado, não só nos pneus,<br />
por isso não poderiamos vender qualquer<br />
tipo de pneu chinês”, referindo-se à Kenda,<br />
Runway e Primewell.<br />
Aliás, as visitas regulares anuais <strong>dos</strong><br />
responsáveis da Garland às fábricas orientais<br />
(Taiwan e China), permitem aos mesmos<br />
constatar “que são empresas que sabem<br />
o que estão a fazer, com departamentos<br />
de investigação e desenvolvimento, que<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
65
EMPRESA<br />
Garland <strong>Pneus</strong><br />
comprovam constantemente a qualidade<br />
<strong>dos</strong> produtos”, revela o mesmo responsável.<br />
Quanto às restantes marcas, nomeadamente<br />
a Uniroyal e Cooper, são<br />
produtos que “têm muita qualidade e que<br />
nos posicionam ao nível <strong>dos</strong> melhores,<br />
mas sabemos que temos que recorrer a<br />
outras armas para ser concorrenciais<br />
no sector face às grandes multinacionais”,<br />
observa Bruce Dawson.<br />
Uma das armas utilizadas pela Garland<br />
<strong>Pneus</strong> passa pela maior proximidade<br />
com os retalhistas. “Nós trabalhamos<br />
essencialmente numa relação<br />
de grande proximidade com as<br />
casas de pneus, proporcionando-lhes<br />
todo o apoio, deixando um pouco de<br />
lado as frotas e os renting´s”, afirma o<br />
presidente da Garland, acrescentando<br />
que “temos feito também um esforço<br />
importante no stock, pois sabemos que<br />
só dessa forma poderemos seguir a nossa<br />
estratégia”.<br />
A experiente estrutura comercial da<br />
anterior empresa, foi ajustada à actual dimensão<br />
da Garland <strong>Pneus</strong>, contando com<br />
7 elementos a nível nacional.<br />
Um dinâmico suporte informático, permite<br />
à Garland saber a todo o momento o<br />
que se passa com a sua actividade quer<br />
nas vendas e na relação com as casas de<br />
pneus, como também ao nível do stock e<br />
da logística de armazém.<br />
Parte da distribuição é sub-contratada,<br />
embora a Garland também possua alguma<br />
frota dedicada à distribuição de<br />
pneus.<br />
Sempre atento ao que se passa no mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus, Bruce Dawson, que chegou<br />
a ser presidente da mesa de pneus da<br />
ACAP, divide o mesmo em companhias<br />
(representantes oficiais de marcas) e distribuidoras.<br />
Na sua opinião continua a haver<br />
uma grande falha neste sector de actividade,<br />
nomeadamente, entre os distribuidores.<br />
“Continua a não haver diálogo entre os<br />
diferentes parceiros do negócio. A ideia<br />
não é falar de preços, mas sim abordar<br />
todo o tipo de assuntos que influenciam e<br />
muitas vezes dificultam directamente o<br />
nosso negócio”, refere Bruce Dawson<br />
aludindo ao facto de que “é preciso disciplinar<br />
o nosso sector, quer ao nível das<br />
marcas quer da distribuição. Mesmo ao<br />
nível do Estado existe uma grande falta<br />
intervenção para regular o sector, pois é<br />
do terceiro mundo o que se passa com os<br />
pneus usa<strong>dos</strong>, mercado paralelo, fiscalização<br />
e falta de legislação, ao nível, por<br />
exemplo, da ausência de pagamento do<br />
IVA e do Ecovalor”.<br />
COOPER NA GARLAND PNEUS<br />
A Garland <strong>Pneus</strong>, Lda e a Cooper Tire & Rubber Company estabeleceram um acordo<br />
comercial para a representação da marca de pneus Cooper no mercado Português.<br />
A introdução da marca Cooper complementa a oferta de<br />
pneus junto da sua rede de distribuição, com a representação<br />
em exclusividade desta prestigiada marca.<br />
A Cooper Tire & Rubber Company, com sede em<br />
Findlay, Ohio nos EUA, é um <strong>dos</strong> 10 maiores produtores<br />
mundiais de pneus e um <strong>dos</strong> 3 maiores do<br />
mercado americano, disponibilizando no mercado<br />
nacional, toda a sua completa e reputada gama<br />
de pneus premium.<br />
Marca associada ao reconhecimento incondicional<br />
na sua gama de pneus 4x4, também produz<br />
toda a gama de pneus ligeiros, comerciais,<br />
pesa<strong>dos</strong> e através das suas subsidiárias produz<br />
pneus de motociclos e de competição.<br />
Com representação directa em vários países<br />
europeus, em <strong>2009</strong> está agora representada<br />
em Portugal pela Garland <strong>Pneus</strong>, Lda.<br />
Novo Cooper Zeon CS6<br />
A Garland lançou muito recentemente um<br />
pneu de alto desempenho, o Cooper Zeon CS6.<br />
Substituindo o Cooper Zeon XTC V e W, o CS6<br />
apresenta um novo composto de sílica na banda<br />
de rodagem que graças à mais recente tecnologia<br />
de concepção assístida por computador, oferece<br />
maior aderência nas superfícies molhadas, em travagem<br />
e na viragem, mas também oferece um duração<br />
12% superior ao pneu que agora substitui.<br />
O CS6 está disponível nos tamanhos de 15 a 18 polegadas,<br />
podendo também suportar índices de velocidade superiores<br />
que o seu antecessor, incluindo as classificações V, W e Y.<br />
O Cooper Zeon CS6 apresenta ao todo 38 dimensões, estando previsto o lançamento<br />
para breve das versões run-flat.<br />
Bruce Dawson,<br />
Presidente da Garland,<br />
diz que em alguns<br />
aspectos o mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus é do<br />
terceiro mundo, como<br />
é o caso <strong>dos</strong> pneus<br />
usa<strong>dos</strong><br />
A Garland <strong>Pneus</strong> possui um<br />
stock médio de 15.000<br />
pneus, tendo recentemente<br />
introduzido a marca Cooper<br />
na sua distribuição<br />
GARLAND PNEUS<br />
Sede: Zona Ind. da Maia I, Sector VIII, 310<br />
4475-298 GEMUNDE - MAIA<br />
Presidente: Bruce Dawson<br />
Telefone: 229 478 387<br />
Fax: 229 483 908<br />
E-mail: bruce.dawson@garland.pt<br />
Internet: www.garland.pt<br />
66<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
PUB<br />
UNIROYAL RAINEXPERT<br />
É A NOVIDADE<br />
O novo pneu de chuva RainExpert, da Uniroyal, já está disponível<br />
nos agentes de pneus em Portugal. Neste novo pneu destacam-se<br />
diversas características ao nível do aquaplanning,<br />
travagem e quilometragem.<br />
Assim, o Uniroyal RainExpert possui até 5% mais resistência<br />
ao aquaplanning, reduz em quase 3% as distâncias de travagem,<br />
e tem um acréscimo de mais<br />
5% na quilometragem.<br />
A responsabilidade desta<br />
performance, está a cargo do<br />
piso hidrodinâmico, caracterizado<br />
por um padrão com<br />
orientação direccional e um<br />
formato consistente em V<br />
(uma versão com três ou<br />
quatro ranhuras é usada<br />
dependendo da dimensão<br />
do pneu). Com chuva o padrão<br />
do piso com ranhuras<br />
em circunferência absorve<br />
a água rapidamente e dispersa-a<br />
eficientemente para<br />
os la<strong>dos</strong> do pneu através <strong>dos</strong><br />
canais existentes entre os segmentos<br />
do piso, obtendo-se dessa<br />
forma uma maior aderência.<br />
Outra característica útil para aumentar a vida útil do pneu é o<br />
VAI ou indicador visual do alinhamento no piso. Os VAI são símbolos<br />
guarda-chuva vulcaniza<strong>dos</strong> no pneu e servem como indicadores<br />
visuais do desalinhamento de um veículo.<br />
O novo RainExpert é fabricado em 78 versões diferentes<br />
abarcando dimensões entre as 13 e 16 polegadas, sendo ideal<br />
para veículos que vão desde o super-mini e carros compactos<br />
aos de categoria média.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
67
EMPRESA<br />
Pneu Directo<br />
INOVAR E DIFERENCIAR<br />
A Pneu Directo (www.pneudirecto.pt) é uma plataforma<br />
de venda de pneus via internet. O seu conceito foi<br />
evoluindo dando lugar a outros negócios. Actualmente a<br />
distribuição e assistência a pneus são também uma<br />
realidade para este operador.<br />
Ocanal tradicional não tem os dias<br />
conta<strong>dos</strong>, mas terá que se bater<br />
com outras novas formas de comercialização<br />
<strong>dos</strong> pneus. A internet é uma<br />
realidade e a vendas deste canal de distribuição<br />
têm aumentado consolidadamente.<br />
Um <strong>dos</strong> operadores “on line” mais activos<br />
(não quer dizer que é o que venda mais) que<br />
existe no nosso país é a Pneu Directo, percursor<br />
de um projecto pensado há mais de<br />
oito anos, que actualmente evolui juntamente<br />
com outros formas de estar no mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
“Este projecto nasce há 8 anos quando decidi<br />
entrar no negócio <strong>dos</strong> pneus. Rapidamente<br />
percebi que o mercado oferecia ratoeiras<br />
gigantescas, e a minha perspectiva<br />
de negócio esteve sempre em concentrar os<br />
meus esforços nas compras”, refere Carlos<br />
Esteves, gerente da Pneu Directo, acrescentando<br />
que “foi nessa lógica que apareceu há<br />
seis anos a “pneus4all”, tendo desde logo<br />
uma enorme quantidade de clientes, até<br />
porque a nossa aposta era, e continua a ser<br />
actualmente, a diferenciação e a inovação”.<br />
O que norteou este jovem empresário da<br />
A Pneu Directo, vende pneus via internet, mas possui também<br />
um posto de assistência para além de fazer a revenda<br />
zona de Mafra, foi criar um negócio que fosse<br />
diferente <strong>dos</strong> outros e que estivesse sempre<br />
a inovar.<br />
Porém, ainda antes da internet, tudo começou<br />
por um posto de assistência a pneus,<br />
mas “rapidamente percebemos que a internet<br />
era um importante passo que estava de<br />
acordo com aquilo que pretendíamos em<br />
termos de diferenciação e de inovação”, refere<br />
o mesmo responsável.<br />
O sucesso desta aposta no “on line” trouxe<br />
os primeiros problemas, já que o ritmo de<br />
vendas de pneus era de tal forma alto, que<br />
fazia com que mensalmente a página estivesse<br />
desactualizada.<br />
“Esta primeira página de internet foi como<br />
que um tubo de ensaio para a empresa, no<br />
qual foi possível ficar a conhecer as fragilidades<br />
e potencialidades da mesma no negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus”, refere Carlos Esteves, sendo<br />
68<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A Pneu Directo está a desenvolver outros<br />
projectos na área <strong>dos</strong> pneus, sempre com<br />
o objectivo de diversificar neste negócio<br />
nessa altura que se começou a pensar efectivamente<br />
no projecto Pneu Directo, o que<br />
associado a “uma imagem forte e a uma boa<br />
capacidade operativa tínhamos os ingredientes<br />
para o negócio crescer”.<br />
A “pneus4all” foi perdendo peso, já que<br />
não permitia que a empresa seguisse o caminho<br />
da inovação, tendo sido nessa fase<br />
que apareceu um parceiro a sugerir uma<br />
parceria dentro deste negócio, “tendo nós<br />
acabado por comprar a Pneu Directo, que<br />
hoje é um nome e uma marca registada”, explica<br />
o responsável da empresa, acrescentando<br />
que nesta nova fase, já com a Pneu Directo,<br />
“permitiu-nos ter um site dinâmico<br />
que reflete a nossa oferta, mas também que<br />
nos permite a tal inovação e diferenciação”.<br />
Este projecto “on line” aparece numa altura<br />
em que o mercado de pneus estava já em<br />
queda de vendas. “No nosso entender o<br />
mercado precisava mesmo de projectos diferentes,<br />
dentro da nossa lógica de inovar e<br />
diferenciar” assegura Carlos Esteves,<br />
acrescentando que “começámos a pensar<br />
em desenvolver contactos com casas de<br />
pneus num esquema de negócio em que to<strong>dos</strong><br />
ganham”.<br />
Assim, a Pneu Directo angaria o cliente,<br />
através da comercialização do pneus, e indica<br />
ao mesmo o local onde se deve dirigir para<br />
os montar.<br />
“No fundo é bom para to<strong>dos</strong>, o montador é<br />
bem remunerado e to<strong>dos</strong> ganhamos. O ciclo<br />
de negócio acaba por trazer vendas e mais<br />
serviço para as casas de pneus”, revela Carlos<br />
Esteves.<br />
Mas a lógica que está inerente a este negócio<br />
não passa só pela venda. Paralelamente<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
69
EMPRESA<br />
Carlos Esteve, gerente da Pneu Directo,<br />
acredita bastante nas vendas via internet,<br />
sendo este um projecto já com vários anos<br />
foi dada uma grande importância à informação<br />
prestada ao cliente, afirmando este mesmo<br />
empresário que “o cliente precisa sentir<br />
que está a trabalhar com uma estrutura sólida,<br />
por isso sempre que contacta connosco<br />
ele sente que está a falar com profissionais”.<br />
Comercializando essencialmente um segmento<br />
de pneu de gama média para cima,<br />
por vezes em medidas pouco usuais, a Pneu<br />
Directo está virada “para clientes bem informa<strong>dos</strong><br />
que querem ser bem servi<strong>dos</strong> e que<br />
procuram um preço mais baixo. Por isso<br />
apostamos muito em pneus de gama alta”,<br />
revela Carlos Esteves.<br />
Com uma rede de parceiros com cerca de<br />
20 casas de pneus, Carlos Esteves tem a noção<br />
exacta de que este negócio de venda de<br />
pneus via internet vai muito de encontro às<br />
necessidades de um cliente urbano, onde o<br />
tempo é uma questão importante e faz parte<br />
da lógica de serviço.<br />
Quando se compra via “on line” na Pneu<br />
Directo, o cliente não paga nada adiantado,<br />
mas sabe quanto vai pagar na totalidade,<br />
pois é dado o preço <strong>dos</strong> pneus onde estão incluí<strong>dos</strong><br />
to<strong>dos</strong> os serviços. O valor ganho pela<br />
oficina que monta os pneus já está previamente<br />
acordado entre a Pneu Directo e a<br />
respectiva casa de pneus.<br />
A rapidez na entrega do pneu é também<br />
um <strong>dos</strong> factores importantes neste negócio.<br />
“Em algumas situações já estamos a evoluir<br />
para o pneu pedido de manhã e entregue à<br />
tarde, embora a expectativa do cliente on<br />
line seja um pouco diferente do cliente que<br />
vai directamente a um posto”, refere Carlos<br />
Esteves.<br />
Para finalizar, o responsável da Pneu Directo<br />
diz que “as vendas via internet têm vindo<br />
a crescer bastante. É um negócio em<br />
crescimento e to<strong>dos</strong> sabem disso. Está a<br />
existir uma derrapagem do canal tradicional<br />
de venda de pneus para novos canais como a<br />
internet e a nova distribuição. Acredito muito<br />
no especialista do pneu, mas acredito também<br />
que as pequenas casas vão ter muitas<br />
dificuldades, nomeadamente aquelas que<br />
não acompanharem a nova tendência”.<br />
Para terminar refira-se que a Pneu Directo<br />
possui em stock 85% <strong>dos</strong> pneus que vende<br />
on line, permitindo dessa forma uma resposta<br />
rápida aos seus clientes.<br />
“Para to<strong>dos</strong> os que não acreditam nos benefícios<br />
da internet relembramos que a primeira<br />
vez o cliente é nosso e a segunda pode<br />
ser de quem monta os pneus. Assim sendo<br />
antevemos um mercado desafiante nos anos<br />
que se avizinham”, conclui Carlos Esteves. ■<br />
DISTRIBUIÇÃO<br />
E POSTO DE<br />
ASSISTÊNCIA<br />
Para além da internet, a Pneu Directo<br />
está actualmente presente na distribuição,<br />
onde possui um stock com cerca<br />
de 5.000 pneus, essencialmente de gamas<br />
mais altas, com medidas pouco<br />
usuais.<br />
Outro negócio da Pneu Directo é o posto<br />
de assistência a pneus, que a empresa<br />
possui na zona de Mafra.<br />
Muito recentemente este posto de assistência<br />
passou a integrar a rede de<br />
postos da First Stop, pois “existe a necessidade<br />
de nos enquadrarmos numa<br />
política de grupo, o que não colide com o<br />
nosso projecto na internet”, refere Carlos<br />
Esteves.<br />
PNEU DIRECTO<br />
Sede: Rua 25 de <strong>Abril</strong><br />
Alto <strong>dos</strong> Moinhos<br />
2640 – 321 Igreja Nova<br />
Mafra<br />
Gerente: Carlos Esteves<br />
Telefone: 219 674 006<br />
Fax: n.d.<br />
E-mail: geral@pneudirecto.pt<br />
Internet: www.pneudirecto.pt<br />
70<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
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2º PAINEL<br />
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3º PAINEL<br />
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4º PAINEL<br />
Sistemas de Monitorização da Actividade
EMPRESA<br />
Alta Roda<br />
MARCA DE REFERÊNCIA<br />
Jovem e dinâmica. É assim a Alta Roda. Uma empresa<br />
de Paredes que tem como core business os produtos<br />
de reparação de pneus. Em Portugal e Angola<br />
representa a conceituada marca Tech.<br />
AAlta Roda abriu portas no dia sete<br />
de Julho de 2007 (7 do 7 de 2007).<br />
Apesar de jovem, Vitor Rocha sempre<br />
teve uma enorme motivação para ter um<br />
negócio próprio. Iniciou sem estar ligado a<br />
grandes marcas, pelo que a única coisa que<br />
sabia, segundo diz, é que queria vender produtos<br />
de qualidade.<br />
A sua experiência na área da reparação de<br />
pneus, ao nível <strong>dos</strong> consumíveis, permitiulhe<br />
trabalhar esse tipo de produtos (com<br />
uma marca que actualmente é da concorrência)<br />
durante alguns meses, mas existiam<br />
já outros objectivos, que passavam pela representação<br />
exclusiva de marcas.<br />
Ouvindo o mercado e sabendo das qualidades<br />
da marca Tech, que Vitor Rocha já tinha<br />
trabalhado no passado (a Tech chegou a ser<br />
líder de mercado nos consumíveis para reparação<br />
de pneus), a Alta Roda tentou agarrar<br />
essa representação para Portugal.<br />
“A não ser a nossa experiência e a imensa<br />
vontade de trabalhar a marca e vestir a camisola,<br />
pouco poderiamos oferecer à Tech,<br />
pois estavamos ainda a começar”, refere Vitor<br />
Rocha.<br />
A razão para a Alta Roda ter ficado com a<br />
Tech justifica-se por “termos uma empresa<br />
muito organizada e por lhes termos apresentado<br />
um plano a cinco anos, onde demonstramos<br />
aquilo que queriamos fazer<br />
com a marca”, revela o mesmo responsável.<br />
Ganha a representação para Portugal (e<br />
também para Angola), foi também garantida<br />
a formação e todo o apoio necessário para se<br />
atingir o plano de negócios traçado.<br />
“Foi de tal maneira bem sucedido este primeiro<br />
ano, que em 2008 ultrapassamos<br />
mesmo os objectivos traça<strong>dos</strong> pela própria<br />
Tech”, assegura Vitor Rocha<br />
O crescimento<br />
Apesar de representar uma marca de referência,<br />
como é Tech, Vitor Rocha esteve<br />
sempre atento às constantes mutações do<br />
mercado. O espartilho em que se tornou o<br />
negócio <strong>dos</strong> produtos de reparação de<br />
pneus, com múltiplos operadores no mercado,<br />
deu-lhe indicações que a Alta Roda para<br />
evoluir e crescer teria que alargar a sua<br />
gama de produtos.<br />
“Para manter o mesmo padrão de qualidade<br />
noutras áreas que tinhamos nos produtos<br />
de reparação, que são o nosso core business,<br />
decidimos apostar em parcerias com<br />
empresa que nos dessem garantias ao nível<br />
do pós-venda”, afirma Vitor Rocha, tendo<br />
sido dessa forma que apareceram os equipamentos<br />
da Launch, nomeadamente ao nível<br />
do diagnóstico (para além da linha de<br />
equipamentos para casas de pneus e de garagem),<br />
com preços competitivos e que permitem<br />
que a Alta Roda também começasse<br />
a vender a oficinas de mecânica.<br />
Produtos de Car Care, tuning, jantes especiais,<br />
espaçadores de rodas, anti-roubos,<br />
entre outros, constituem a oferta que a Alta<br />
Roda tem para o mercado, que “permitem à<br />
nossa equipa comercial ir de encontro às necessidades<br />
<strong>dos</strong> clientes”, refere Vitor Rocha.<br />
ALTA RODA<br />
SOLUÇÕES AUTO, LDA.<br />
Sede: Rua Serpa Pinto 119<br />
Loja 53<br />
4580 – 204 Paredes<br />
Director geral: Vitor Rocha<br />
Telefone: 255783600<br />
Fax: 255784161<br />
E-mail: vitor@altaroda.pt<br />
Internet: www.altaroda.pt<br />
72<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
TECH É REFERÊNCIA<br />
PUB<br />
A TECH possui uma vasta gama de produtos para reparação<br />
de pneus, que se destacam pela qualidade e pela facilidade de<br />
aplicação.<br />
De origem americana, a Tech possui a sua plataforma logística<br />
em termos europeus na Bélgica, embora disponha de uma<br />
fábrica na Irlanda.<br />
“O ADN da Tech é a flexibilidade e facilidade de uso, sendo conhecida<br />
como a marca mais fácil de trabalhar”, refere Vitor Rocha.<br />
Refira-se que a Tech já está em Portugal desde os finais da<br />
década de 70, tendo passado por diversos importadores, sendo<br />
agora a marca de referência da Alta Roda.<br />
Com instalações e sede em Paredes, a Alta Roda possui três<br />
vendedores no terreno (Norte, Centro e Sul), estando também<br />
presente na Madeira e nos Açores e ainda nos PALOP´s. Para<br />
além disso, a Alta Roda trabalha com três revendedores, mas não<br />
em regime de exclusividade embora ”com boas condições de revenda,<br />
que nos permitem estar no mercado, chegando a mais<br />
clientes que querem consumir os nossos produtos”, diz o responsável<br />
da Alta Roda.<br />
A distribuição segue a lógica normal do mercado, recorrendo a<br />
Alta Roda aos operadores logísticos (encomenda hoje entrega no<br />
dia seguinte), tendo sido abandonada a “auto venda” devido às<br />
enormes dificuldades legais, burocráticas e policiais que existem<br />
em Portugal.<br />
As grandes dificuldades do mercado passam pela guerra nos<br />
preços, onde “é muito difícil definir uma estratégia, pois o cliente<br />
está sempre a pensar que compra mal, já que existe sempre um<br />
operador a tentar vender ainda mais barato”, afirma Vitor Rocha,<br />
alertando também para “o problema com os recebimentos e com<br />
a excessiva carga fiscal exigida pelo Estado, que estrangula as<br />
empresas”.<br />
Ainda numa fase de crescimento, o que é natural atendendo à<br />
juventude da empresa, a Alta Roda tem como objectivo “posicionar<br />
a Tech no lugar que ela merece e por isso vamos continuar a<br />
fazer um grande esforço no stock e na rápida satisfação do cliente”,<br />
conclui Vitor Rocha. ■<br />
NOVAS MARCAS<br />
E PRODUTOS<br />
A Altaroda junta ao seu portfólio de produtos a marca<br />
Launch. Esta marca foi fundada em 1992, sendo um fabricante<br />
global interveniente no aftermarket automóvel, disponibilizando<br />
uma gama completa de soluções no campo <strong>dos</strong> equipamentos<br />
e serviços para as oficinas. A marca é bastante reconhecida<br />
nas oficinas de mecânica.<br />
Noutro âmbito, a Altaroda passou a distribuir em Portugal as<br />
válvulas de monitorização de pneus BERU/VDO. Com estas<br />
ofertas, a Altaroda cria valor acrescendo, em termos de produto,<br />
para os seus clientes.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
73
EMPRESA<br />
Aguesport<br />
PEDALAR NO NEGÓCIO<br />
Começou nas bicicletas em 1997. Em 2007 procurou novas<br />
áreas de negócio e em 2008 virou-se para a importação e<br />
distribuição de pneus para automóveis. A Aguesport quer<br />
crescer neste negócio e não lhe falta ambição.<br />
Ao longo <strong>dos</strong> seus 11 anos de existência<br />
a Aguesport sempre esteve<br />
vocacionada para a comercialização<br />
de componentes para bicicletas.<br />
A relação com um fornecedor de pneus de<br />
bicicleta, abriu as portas aos pneus de automóveis<br />
ligeiros, um negócio que correu de<br />
tal maneira bem que fez com que a empresa<br />
se tivesse lançado nesta área.<br />
A Aguesport criou assim duas estruturas<br />
internas, uma delas dedicada precisamente<br />
ao negócio auto, que actualmente detém a<br />
representação das marcas de pneus Rotalla,<br />
Tracmax e Rockstone.<br />
“Começamos mesmo do zero. Pois não tinhamos<br />
nenhuma experiência do sector,<br />
nem fomos buscar ninguém com experiência<br />
para iniciar este negócio na empresa”,<br />
começa por revelar Rui Conceição, um <strong>dos</strong><br />
sócios gerentes da Aguesport.<br />
Os primeiros meses serviram precisamente<br />
para entrar no negócio <strong>dos</strong> pneus,<br />
tentando perceber como é que o mesmo funciona,<br />
mas “agora já sabemos como é”, diz<br />
Pedro Conceição, um <strong>dos</strong> quatro sócios da<br />
empresa, sendo aquele que mais está envolvido<br />
no dia a dia <strong>dos</strong> pneus.<br />
“A nossa intenção é estar no mercado de<br />
uma forma séria, trabalhando as nossas<br />
marcas e termos sempre disponibilidade de<br />
produto para servimos sempre o nosso<br />
cliente”, refere o mesmo responsável.<br />
Para que isso seja possível, a Aguesport<br />
inaugurou em 2008 as suas novas instalações,<br />
situadas na Zona industrial de Barrô no<br />
concelho de Águeda com 3.200 m2 dedica<strong>dos</strong><br />
ao negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />
“Com o crescimento que temos tido este<br />
espaço não será suficiente no futuro, até<br />
porque existe uma grande diversidade de<br />
medidas e nós apostamos em ter sempre<br />
stock”, assegura Pedro Conceição. Actualmente<br />
com um stock médio de 13.000 unidades,<br />
a Aguesport pretende no curto prazo<br />
chegar aos 25.000 pneus em stock continuo.<br />
Com pouco mais de um ano de actividade,<br />
a Aguesport tem cerca de 200 clientes activos,<br />
embora já mais de 700 casas de pneus<br />
tenham comprado pneus a este distribuidor.<br />
Em termos de distribuição propriamente<br />
dita, a Aguesport recorre aos tradicionais<br />
transportadores logísticos, que lhe garante<br />
entregas diárias em todo o país. Para além<br />
<strong>dos</strong> quatro sócios, a Aguesport possui ainda<br />
uma equipa comercial no terreno, com três<br />
pessoas.<br />
Produto<br />
Rotalla, Rockstone e Tracmax são as três<br />
marcas pelas quais a Aguesport veste a camisola.<br />
Oriundas da China, mercado onde a<br />
Aguesport tem uma larga experiência co-<br />
74<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A Aguesport aposta na representação e<br />
comercialização <strong>dos</strong> pneus Rotalla,<br />
Rockstone e Tracmax<br />
AGUESPORT<br />
Sede: Zona Industrial de Barrô (Este)<br />
Apartado nº5<br />
3754-900 Barrô<br />
Gerente: Pedro Conceição<br />
Telefone: 234 690 310<br />
Fax: 234 621 284<br />
E-mail: info@aguesport.com<br />
Internet: www.aguesport.com<br />
mercial, estas marcas apresentam “uma excelente<br />
relação entre o preço, a qualidade e<br />
o design atractivo. Sabemos que os clientes<br />
não querem produtos chineses de má qualidade,<br />
pois tiveram más experiência, mas<br />
quando compram as nossas marcas, sabem<br />
que se trata de um bom produto”, afirma Pedro<br />
Conceição.<br />
A segmentação de produto foi uma das<br />
apostas deste distribuidor, revelando os<br />
seus responsáveis que o posicionamento foi<br />
“nos produtos económicos, pois há cada vez<br />
menos espaço para as marcas intermédias”,<br />
diz o mesmo responsável da empresa.<br />
Justificando que hoje as grandes marcas<br />
de pneus também fabricam na China, Rui<br />
Conceição revela que “conhecemos a fábrica<br />
onde as nossas marcas são feitas, como sabemos<br />
que a Rotalla, a Rockstone e a Tracmax<br />
possuem as mesmas homologações e<br />
normas que qualquer outro pneu vendido na<br />
Europa”.<br />
Para além desta oferta económica, a<br />
Aguesport comercializa também marcas<br />
Premium, “porque o cliente também pede,<br />
mas onde vamos focar os nossos esforços é<br />
nos pneus económicos”, assegura.<br />
Não comercializando as marcas Rotalla,<br />
Rockstone e Tracmax para revenda, pois<br />
“queremos defender o cliente e simultaneamente<br />
fazer um bom trabalho ao nível do<br />
marketing e da distribuição”, diz Rui Conceição.<br />
A Aguesport não quer parar por aqui em<br />
Johnny Gaio, Rui Conceição, Pedro Conceição e Wilson Gaio são os gerentes da Aguesport<br />
que em 2008 decidiram apostar em pneus económicos<br />
termos de representações, estando previstas<br />
algumas novidades em termos de marcas<br />
de pneus, pois “existem ideias de complementar<br />
este negócio <strong>dos</strong> pneus com outros<br />
negócios… mas vamos evoluir dentro<br />
<strong>dos</strong> pneus. Iremos no futuro para o pneu<br />
Agrícola, industrial e pesado”, asegura Pedro<br />
Conceição.<br />
Com regularidade mensal a Aguesport vai<br />
fazer chegar a to<strong>dos</strong> os seus clientes e potenciais<br />
clientes uma newsletter (com preços<br />
e novidades), já estando a funcionar a<br />
loja “on line”, onde o cliente poderá consultar<br />
a sua conta corrente e ter acesso ao<br />
stock e efectuar compras.<br />
“Estamos a crescer to<strong>dos</strong> os dias e mês a<br />
mês estamos a dobrar a facturação”, afirma<br />
com satisfação Rui Conceição. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
75
EMPRESA<br />
Covipneus<br />
“BRIO E PROFISSIONALISMO”<br />
A prova de que a interioridade não é problema<br />
pode ser dada pela Covipneus. Esta empresa, com<br />
sede no Fundão, possui ao todo três instalações,<br />
uma delas na Guarda, onde servir bem é o mote.<br />
ACovipneus, sedeada na Beira Interior,<br />
celebrou trinta e três anos de<br />
existência. Líder e referência obrigatória,<br />
a Covipneus evidenciou-se pelo serviço<br />
personalizado e profissional, o que permitiu<br />
angariar e fidelizar uma boa carteira<br />
de clientes.<br />
Basta visitar as instalações, nomeadamente<br />
na sede (na Zona Industrial do Fundão)<br />
para se perceber, mesmo em época de<br />
crise, o funcionamento e a dinâmica desta<br />
casa.<br />
Especializada em produtos e serviços liga<strong>dos</strong><br />
ao ramo automóvel, o destaque desta<br />
empresa vai para o comércio a retalho de<br />
pneus de toda a gama, que satisfazem todo<br />
o tipo de necessidades e pretensões <strong>dos</strong><br />
clientes.<br />
Com sede na zona industrial do Fundão, a<br />
Covipneus possui ainda duas filiais: Na<br />
Guarda e outra no Fundão (cidade). Com<br />
rumo ao futuro a Covipneus continuará a<br />
apostar em tecnologia de ponta para modernizar<br />
e acompanhar a evolução do seu<br />
sector e acima de tudo primar pela assistência<br />
qualificada e profissional que lhe permitiu<br />
alcançar o prestígio junto <strong>dos</strong> seus<br />
muitos clientes. A REVISTA DOS PNEUS falou<br />
com José Almeida, sócio-gerente da Covipneus,<br />
para se saber um pouco mais sobre<br />
esta dinâmica empresa.<br />
Trinta e três anos já é uma longa história.<br />
Como é que a Covipneus percorreu esse caminho?<br />
A Covipneus surgiu há trinta e três anos<br />
atrás, praticamente do nada. No início tivemos<br />
algumas dificuldades de toda a ordem.<br />
76<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
de funcionários e ainda com as ultimas novidades<br />
no que respeita a novas tecnologias.<br />
Desta forma prestamos um serviço de elevada<br />
qualidade que deixa os nossos clientes<br />
satisfeitos com o nosso trabalho.<br />
A Covipneus possui instalações no Fundão<br />
(duas) e ainda uma casa de pneus na<br />
Guarda, todas elas multi serviços<br />
O nosso capital era pequeno, o conhecimento<br />
do mercado era diminuto e por isso tivemos<br />
certos obstáculos nos primórdios da<br />
empresa. Com o passar do tempo fomos<br />
conseguindo inverter a situação até nos estabelecermos<br />
como uma casa credível que<br />
possui uma boa clientela, fruto do excelente<br />
trabalho desenvolvido por nós ao longo destes<br />
anos.<br />
A Covipneus foi fundada em 1976 e instalou-se<br />
na Covilhã, dedicando-se ao comércio<br />
a retalho de pneus novos e recauchuta<strong>dos</strong><br />
e à respectiva assistência técnica, onde<br />
permaneceu até 1996. Em 1982 foi criada<br />
uma filial no Fundão. Em 1996 encerramos<br />
a loja da Covilhã e transferimos a sede para<br />
o Fundão. Actualmente a empresa possui<br />
três postos de assistência, dois no Fundão, a<br />
sede na Zona Industrial e uma filial no centro<br />
da cidade e, o terceiro posto na cidade da<br />
Guarda.<br />
Se fisicamente estão no Fundão e na Guarda<br />
com postos de venda, em termos de revenda<br />
quais as zonas abrangidas pela Covipneus?<br />
No que respeita a área de revenda a Covipneus<br />
abrange os Distritos de Castelo<br />
Para além do retalho, a Covipneus tem<br />
também um forte negócio de distribuição de<br />
pneus de diversas marcas<br />
Branco, Portalegre, Guarda e Viseu. Temos<br />
um enorme stock disponível, com mais de<br />
30.000 pneus, com diferentes níveis de preço<br />
quer em pneus de ligeiros, comerciais,<br />
4x4, pesa<strong>dos</strong> e industriais/agrícolas.<br />
Que outro tipo de serviços prestam para<br />
além da venda de pneus?<br />
Inicialmente começamos nos pneus, que<br />
continua a ser o nosso ramo principal, mas<br />
temos diversificado e alargado a nossa margem<br />
de manobra a outros serviços. Progredimos<br />
muito na área da mecânica rápida,<br />
designadamente no sector de travagem,<br />
amortecedores, mudança de óleos, reciclagem<br />
de ar condicionado, diagnósticos de<br />
motores, ponteiras de direcção, revisões<br />
escovas, etc etc. Temos ainda um serviço<br />
muito completo de alinhamento de direcções.<br />
Inclusivamente alinhamos os carros<br />
para as inspecções Tipo B, que são carros<br />
que estiveram envolvi<strong>dos</strong> em acidentes ou<br />
levaram pancadas no chassis e carros importa<strong>dos</strong><br />
usa<strong>dos</strong> que têm que passar por<br />
esta inspecção.<br />
A Covipneus é a única empresa da Beira<br />
Interior a prestar este serviço e para isso<br />
contamos com a nossa equipa especializada<br />
É essencial aliar a componente tecnológica<br />
com uma boa equipa técnica de funcionários?<br />
Claro que sim, a Covipneus procura dotarse<br />
do melhor equipamento e reunir à sua<br />
volta uma equipa de funcionários altamente<br />
qualifica<strong>dos</strong>. Apesar do nosso pessoal possuir<br />
habilitações essenciais para o desempenho<br />
das suas funções, procuramos que<br />
tenham, sempre que necessário, cursos de<br />
formação sempre com o espírito de aprenderem<br />
as ultimas novidades no nosso sector.<br />
A comprovar esta situação temos uma<br />
parceria com a Michelin que nos auxilia bastante<br />
nessa área técnica de formação. Ainda<br />
to<strong>dos</strong> os anos somos alvo de auditorias por<br />
uma empresa externa, e devido aos brilhantes<br />
resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong> faz com que sejamos<br />
certifica<strong>dos</strong> pela Michelin. Este factor<br />
aliado ao óptimo ambiente de trabalho da<br />
empresa tem sido uma das principais razões<br />
que fazem com que estejamos a comemorar<br />
33 anos de existência. É nossa constante<br />
preocupação estarmos em permanente<br />
actualização tecnológica.<br />
O que representa esta data histórica para a<br />
Covipneus e quais as implicações para um<br />
futuro próximo?<br />
Felizmente chegamos agora aos trinta e<br />
três anos de existência, apesar das dificuldades<br />
iniciais sempre fomos expandindo o<br />
nosso negócio com imenso brio e profissionalismo.<br />
O segredo passa, sobretudo, pela<br />
fidelização <strong>dos</strong> nossos clientes à nossa casa<br />
onde temos uma relação muito boa com to<strong>dos</strong><br />
eles. Essa relação personalizada, de<br />
amizade e de confiança faz com os nossos<br />
clientes fiquem satisfeitos com a nossa<br />
prestação de serviços e nos procurem sempre<br />
que necessário, pois sabem com o que<br />
podem contar. Esta situação aumenta as<br />
nossas responsabilidades e faz-nos encarar<br />
o futuro com bastante optimismo, apesar da<br />
crise que atravessamos, para mais trinta e<br />
três anos a servir os nossos clientes. Restame<br />
apenas agradecer a confiança de quantos<br />
têm apostado em nós. ■<br />
COVIPNEUS<br />
Sede: Zona Industrial - Lt4<br />
Sócio-gerente: João Almeida<br />
Telefone: 275 779 010<br />
Fax: 275 779 013<br />
E-mail: geral@covipneus.pt<br />
Internet: www.covipneus.pt<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
77
PRODUTO<br />
Goodyear EfficientGrip<br />
SEGUIR A ECOLOGIA E A LEI<br />
A Goodyear fez em Mireval, França, a<br />
apresentação do novo EfficientGrip.<br />
Trata-se de um lançamento estratégico<br />
para a marca, que entra definitivamente<br />
na era <strong>dos</strong> pneus amigos do ambiente.<br />
Jánão existe volta a dar. As novas directivas<br />
europeias estão a empurrar<br />
os fabricantes de pneus para soluções<br />
mais eficientes do ponto de vista energético.<br />
O consumidor europeu também liga cada<br />
vez mais a estas coisas da ecologia e como já<br />
existem várias construtores europeus (e não<br />
só) com pneus no mercado que são amigos<br />
do ambiente, a Goodyear teria que apanhar<br />
definitivamente este comboio.<br />
A resposta chama EfficientGrip. É um pneu<br />
de Verão, de alta performance, muito abrangente<br />
em termos de gama, que respeita o<br />
meio ambiente, poupa combustível e que ao<br />
mesmo tempo, permite uma elevada quilometragem<br />
e excelentes desempenhos de<br />
travagem em piso molhado. Enfim, tudo<br />
aquilo de bom que se espera de um pneu!!!<br />
O EfficientGrip é o novo pneu da Goodyear<br />
que entra na lógica ambiental tão em voga no<br />
mercado<br />
O segredo do EfficientGrip<br />
Obviamente que a Goodyear só revelou<br />
mesmo parte do segredo. Contudo, a principal<br />
inovação chama-se FuelSaving, uma tecnologia<br />
que reune um conjunto de invenções<br />
que influenciam directamente a resistência<br />
ao rolamento do pneu.<br />
A primeira invenção são alguns novos materiais<br />
e uma estrutura do pneus mais eficiente,<br />
que permitiu que o mesmo tenho um<br />
peso 10% inferior a uma unidade equiparada.<br />
Ao existir menos material, gera-se menos<br />
calor e regista-se uma diminuição da resistência<br />
ao rolamento. Em comparação<br />
78<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
VANTAGENS PARA<br />
OS UTILIZADORES<br />
Poupe energia e dinheiro<br />
Se um automóvel utilizar os novos EfficientGrip da Goodyear, irá<br />
consumir menos combustível graças à tecnologia exclusiva FuelSaving<br />
da Goodyear.<br />
Mais respeitador do meio ambiente<br />
O EfficientGrip proporciona outras melhorias relativamente ao<br />
meio ambiente, para além da poupança de combustível e da redução<br />
das emissões de CO2.<br />
Condução segura, mesmo em piso molhado<br />
O EfficientGrip integra quatro canais circunferenciais largos, cuja<br />
forma e posição sofreram melhorias para se obter uma melhor<br />
dispersão da água e aumentar a resistência do pneu ao aquaplaning.<br />
A reorganização das lâminas, bem como o número elevado<br />
de bor<strong>dos</strong>, proporcionam uma maior aderência em estradas molhadas,<br />
o que também resulta em excelentes desempenhos a nível<br />
de travagem e manobrabilidade. A microestrutura melhorada do<br />
composto de banda do EfficientGrip também contribui para a melhoria<br />
da aderência do pneu em estradas molhadas e com chuva.<br />
Mais quilometragem<br />
O inovador composto de sílica da banda do EfficientGrip utiliza a última<br />
geração de polímeros, de modo a proporcionar uma melhor<br />
quilometragem. A banda também se caracteriza pela rigidez do<br />
seu design, optimizado por computador, que permite uma distribuição<br />
mais uniforme da pressão. Tal ajuda a obter uma maior quilometragem<br />
e um desgaste de banda mais uniforme. Para além<br />
disso, o composto da banda inclui um novo catalisador que também<br />
contribui para a obtenção de uma redução significativa do<br />
desgaste da banda.<br />
TÜV CONFIRMOU<br />
“PERFORMANCE”<br />
Os testes realiza<strong>dos</strong> pelo instituto alemão TÜV SÜD Automotive,<br />
um <strong>dos</strong> melhores institutos de teste e certificação a nível Europeu,<br />
demonstram que o novo EfficientGrip da Goodyear proporciona:<br />
- Uma redução de 13% na resistência ao rolamento<br />
- Uma redução de 2% na distância de travagem em piso seco e<br />
molhado<br />
- Uma redução de 1,9% no consumo de combustível.<br />
Por outro lado, os testes exaustivos de desgaste a longo prazo da<br />
banda realiza<strong>dos</strong> pelo TÜV SÜD Automotive revelam resulta<strong>dos</strong> extremamente<br />
positivos quanto à quilometragem potencial do pneu:<br />
um automóvel que utilize os novos pneus EfficientGrip da Goodyear<br />
pode aumentar até 49% os quilometros percorri<strong>dos</strong> se monta<strong>dos</strong><br />
no eixo livre ou 8% se monta<strong>dos</strong> no eixo de tração, o que constitui<br />
outra vantagem notável para os utilizadores e torna-o mais amigo<br />
do meio ambiente.<br />
O pneu amigo do ambiente da Goodyear já foi também reconhecido<br />
oficialmente, através da atribuição do ‘Ecolabel’ oficial para os<br />
países nórdicos. Trata-se de uma distinção de produtos que levam<br />
o rótulo ecológico nórdico por respeitarem critérios ambientais rigorosos.<br />
Comparado com o rendimento médio de quato <strong>dos</strong> principais<br />
concorrentes. Testado pelo TÜV SÜD Automotive em Março de<br />
<strong>2009</strong>; medida do pneu 205/55R16; veículo: VW Golf; relatório<br />
Nº 76236753.<br />
2 Em comparação com os seus antecessores (medidas:<br />
195/65R15 e 205/55R16).<br />
com o seu antecessor, o EfficientGrip caracteriza-se<br />
por ter o acabamento da camada<br />
em poliéster mais baixa e um flanco fabricado<br />
com menos material, o que contribui para<br />
que tenha menos peso e uma menor resistência<br />
ao rolamento.<br />
Outra invenção é a camada CoolCushion<br />
(patenteada pela marca). Um novo componente<br />
termoplástico, que se utiliza como<br />
agente reforçante, substitui parcialmente o<br />
negro-de-fumo para reduzir assim o peso e<br />
a criação de calor, o que tem resultado numa<br />
diminuição ainda maior da resistência ao rolamento<br />
do pneu.<br />
O trabalho nos compostos utiliza<strong>dos</strong> no EfficientGrip<br />
resultaram em mais uma inovação.<br />
Neste pneu não só foi utilizada a última<br />
geração de polímeros como também, através<br />
da utilização de agentes de reforço e de<br />
ligação entre os diferentes compostos do EfficientGrip,<br />
foi melhorado grandemente a<br />
capacidade de dissipação de energia <strong>dos</strong><br />
seus componentes, reduzindo assim a resistência<br />
ao rolamento do pneu.<br />
Mercado<br />
O novo EfficientGrip vai estar disponível<br />
tanto no primeiro equipamento como no<br />
mercado de reposição. Obteve já aprovação<br />
de vários fabricantes de automóveis para<br />
que os seus automóveis sejam equipa<strong>dos</strong> de<br />
TESTE EM MIREVAL<br />
A Goodyear permitiu que os jornalistas testassem na prática as diferenças entre o<br />
novo Efficiente Grip e a concorrência directa em diferentes testes na sua pista de Mireval<br />
em França.<br />
Resistência ao rolamento, performance em molhado e em seco e, ainda, um teste de<br />
travagem permitem pelo menos concluir que se trata de um pneu muito concorrencial<br />
e com um excelente desempenho em molhado.<br />
série por estes pneus, tal como a Renault<br />
para o novo Megane 3 e a Mercedes para o<br />
Classe E. Nesta fase de lançamento não vão<br />
estar disponíveis as 50 primeiras medidas<br />
que a Goodyear terá deste pneu, mas a comercialização<br />
começará a ser feita nas casas<br />
de pneus através das medidas mais vendáveis.<br />
■<br />
GOODYEAR DUNLOP<br />
TIRES IBERIA<br />
Sede: Alfrapark Edíficio F, piso 1<br />
Apartado 7659<br />
2610-008 AMADORA<br />
Telefone: 210 349 000<br />
Fax: 210 340 101<br />
E-mail: goreti_tavares@goodyear.com<br />
Internet: www.goodyear.pt<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
79
TÉCNICA<br />
Conselhos Técnicos<br />
DESMONTAGEM<br />
DE PNEUS DE TURISMO<br />
O conjunto pneu/jante deve ser tão unido e sólido quanto<br />
possível, requerendo forças consideráveis para desmontar o<br />
pneu da jante. Em termos manuais, essa operação só é<br />
possível em jantes de medidas pequenas. Se o pneu for de<br />
grandes dimensões, o tempo para desmontar manualmente o<br />
pneu, torna a operação economicamente inviável.<br />
DESMONTAGEM DE PNEUS<br />
CONVENCIONAIS<br />
1<br />
Esvazie o pneu retirando o tampão e o interior de válvula.<br />
Retirar as massas de equilíbrio existentes (encaixadas ou<br />
coladas)<br />
Estas são as principais razões que fazem<br />
das máquinas de desmontar<br />
pneus as estrelas de qualquer casa<br />
de pneus, as quais têm um papel fundamental<br />
para impor o ritmo de trabalho da empresa.<br />
Conscientes do valor nuclear desta operação,<br />
os fabricantes de equipamentos têm<br />
dedicado grande atenção a este tipo de máquinas,<br />
tendo sido significativamente ajuda<strong>dos</strong><br />
pelo progresso da electrónica e da engenharia<br />
de produção. Desta forma, as máquinas<br />
de desmontar pneus das últimas<br />
gerações praticamente realizam todas as<br />
operações automaticamente, podendo mesmo<br />
"agarrar" o pneu e colocá-lo na mesa de<br />
trabalho.<br />
Outra grande vantagem <strong>dos</strong> novos equipamentos<br />
deste tipo é a sua versatilidade, podendo<br />
operar com as mais variadas medidas<br />
de jantes/pneus (até 32" de diâmetro). Essa<br />
característica é fundamental, não apenas<br />
para a produtividade do trabalho, mas também<br />
evita a existência de um parque de máquinas<br />
extensivo, que ocupa espaço precioso<br />
e representa um capital imobilizado elevado.<br />
A qualidade de serviço destas máquinas e a<br />
sua grande produtividade advém de progra-<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
Desmonte o talão, começando pelo lado mais estreito da<br />
jante. Preste atenção à posição da válvula ou sensor de<br />
pressão (por segurança, posicionar a válvula abaixo e girar<br />
o conjunto em direcção ao operador).<br />
Utilize as protecções plásticas no destalonador.<br />
Durante a operação, lubrifique a jante e os talões.<br />
Bloqueie o conjunto sobre a mesa, fixando-o pela parte exterior<br />
da aba da jante. Utilize as protecções plásticas.<br />
Coloque a válvula ou sensor de pressão às 12H00 com relação<br />
ao cabeçal de montagem. Ajuste a máquina deixando<br />
uma folga de 2-3 mm entre o cabeçal de montagem e o<br />
bordo da jante.<br />
Utilize as protecções plásticas no cabeçal de desmontagem.<br />
Com a ajuda do rodilho de apoio, crie um espaço para introduzir<br />
o desmontável. Proteger a jante durante a utilização<br />
do desmontável.<br />
Assegure-se que ela fica bem posicionada e que o talão esteja<br />
colocado na garganta da jante. Bascule a alavanca<br />
com o fim de passar o talão sobre a cabeça de desmontagem.<br />
Gire a mesa para terminar a desmontagem.<br />
Repita estas operações com o talão interior.<br />
80<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
COLABORAÇÃO:<br />
A qualidade de serviço das máquinas de desmontar pneus e a sua elevada produtividade<br />
advém de programas electrónicos com grandes bases de da<strong>dos</strong> e muito precisos, auxilia<strong>dos</strong><br />
por diversos sensores coloca<strong>dos</strong> nos pontos vitais do equipamento.<br />
mas electrónicos com grandes bases de da<strong>dos</strong><br />
e muito precisos, auxilia<strong>dos</strong> por diversos<br />
sensores coloca<strong>dos</strong> nos pontos vitais do<br />
equipamento.<br />
Um especialista do ramo afirmou que as<br />
máquinas de desmontar pneus evoluíram<br />
mais nos últimos 8 anos, do que nos 40 anos<br />
anteriores a essa data. Um <strong>dos</strong> factores que<br />
propulsionou a evolução tecnológica das<br />
desmontadoras foi o aparecimento <strong>dos</strong><br />
pneus run flat, com os seus talões ultra reforça<strong>dos</strong>,<br />
monta<strong>dos</strong> em delicadas jantes de<br />
liga de alumínio. Nalguns casos, tiverem que<br />
ser cria<strong>dos</strong> acessórios especiais, para ajudar<br />
as máquinas a desmontar certos tipos de<br />
pneus.<br />
O que parece ter sido definitivamente banido<br />
das desmontadoras mais recentes é o<br />
desmontador, a tradicional barra de ferro<br />
com que o operador ajudava a retirar ou inserir<br />
o talão do pneu na jante. O risco de causar<br />
danos no pneu ou na jante era real com<br />
esse instrumento de trabalho, o que levou os<br />
fabricantes de equipamentos a pensar noutras<br />
soluções.<br />
Do mesmo modo, as soluções robóticas<br />
estão a invadir o mercado das desmontadoras,<br />
havendo alguns modelos com telecâmaras<br />
vídeo, que mostram o interior do<br />
pneu ao operador. As válvulas electrónicas<br />
de medição da pressão <strong>dos</strong> pneus também<br />
podem ser verificadas por sensores específicos.<br />
Centragem das jantes através de raios<br />
laser já é uma banalidade, do mesmo modo<br />
que os dispositivos automáticos de enchimento<br />
do pneu programáveis se tornaram<br />
comuns.<br />
A oferta actual em máquinas de desmontar<br />
pneus concilia elevada tecnologia e grande<br />
facilidade de utilização, contribuindo poderosamente<br />
para a produtividade e rentabilidade<br />
das empresas. Em termos de marcas<br />
existe um claro equilíbrio, sendo a experiência<br />
de cada oficina e a capacidade comercial<br />
<strong>dos</strong> fornecedores a ditar as preferências. ■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
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MERCADO<br />
<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong><br />
UMA BOA OPÇÃO<br />
EM TEMPO DE CRISE!<br />
Os altos custos com o combustível e o estado fraco da<br />
economia está a colocar um fardo pesado em to<strong>dos</strong> os<br />
motoristas, com os camionistas a serem especialmente<br />
atingi<strong>dos</strong>. Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> são uma boa opção para<br />
controlar os custos e aumentar a rentabilidade.<br />
Uma vez que os pneus representam<br />
um elevado custo de exploração na<br />
frota de uma empresa de transportes,<br />
os recauchuta<strong>dos</strong> podem representar<br />
uma solução importante no controlo <strong>dos</strong><br />
custos em pneus, o que se traduz em mais<br />
dinheiro no bolso das empresas.<br />
Muitos camionistas podem ter tido problemas<br />
no passado com pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
mas a melhoria tecnológica ocorrida e o desenvolvimento<br />
da química da borracha marcam<br />
a diferença nos dias de hoje nos pneus<br />
recauchuta<strong>dos</strong> de alta qualidade. Méto<strong>dos</strong><br />
basea<strong>dos</strong> em testes não destrutivos, como<br />
são a Shearography, Differometry, Raio-X e<br />
outros sistemas permitem aos recauchutadores<br />
testar a carcaça de forma equivalente<br />
a uma TAC ou Ressonância Magnética, antes<br />
desta prosseguir no processo de recauchutagem.<br />
Estes testes asseguram que o recauchutado<br />
foi cuida<strong>dos</strong>amente inspeccionado e<br />
que se encontra preparado para cumprir outra<br />
vida completa e eficiente.<br />
Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> produzi<strong>dos</strong> pelos<br />
recauchutadores de qualidade, em fábricas<br />
modernas, têm taxas de falhas frequentemente<br />
inferiores a pneus novos comparáveis<br />
e custam muito menos.<br />
Factos <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
1 - To<strong>dos</strong> os grandes fabricantes de pneus<br />
pesa<strong>dos</strong> concebem pneus para múltiplas vidas.<br />
Não tirar partido deste facto é como deixar<br />
dinheiro em cima da mesa, o que não é<br />
boa ideia nestes tempos incertos.<br />
2 - <strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> eficientes em termos<br />
de consumo de combustível encontramse<br />
disponíveis em vários desenhos de piso,<br />
adequa<strong>dos</strong> às diferentes necessidades <strong>dos</strong><br />
frotistas. Graças aos diversos desenhos de<br />
piso com aplicações específicas, os frotistas<br />
podem facilmente encontrar o desenho de<br />
82<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
piso que vá ao encontro das suas necessidades<br />
particulares.<br />
3 - Os recauchutadores da mais elevada qualidade<br />
oferecem excelentes garantias, por<br />
vezes melhores do que as garantias <strong>dos</strong> melhores<br />
pneus novos.<br />
4 - Recauchuta<strong>dos</strong> produzi<strong>dos</strong> por recauchutadores<br />
de qualidade têm, frequentemente,<br />
taxas de reclamação iguais ou inferiores às<br />
<strong>dos</strong> melhores pneus novos.<br />
5 – Quer o frotista tenha as suas próprias carcaças<br />
ou se as der em troca por pneus já recauchuta<strong>dos</strong><br />
– podem beneficiar a sua frota<br />
em tanto como 50% (e por vezes, mais!) sobre<br />
o custo de pneus novos de preços mais<br />
eleva<strong>dos</strong>.<br />
Os pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
são realmente seguros?<br />
A segurança <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
tem sido provada por milhares de camionistas<br />
ao longo de muitos milhares de milhões<br />
de quilómetros. Esta é a razão pela qual a<br />
maioria <strong>dos</strong> grandes frotistas em todo o<br />
mundo dependem seguramente e por rotina,<br />
<strong>dos</strong> recauchuta<strong>dos</strong> para manterem os seus<br />
custos baixos, sem sacrificar a segurança e o<br />
desempenho.<br />
Infelizmente demasia<strong>dos</strong> camionistas e<br />
outros condutores ainda pensam que os boca<strong>dos</strong><br />
de pneu que se vêem nas estradas (os<br />
“crocodilos”) resultam do rebentamento de<br />
recauchuta<strong>dos</strong>. Os factos são bastante diferentes<br />
da percepção errada que as pessoas<br />
têm, o que é muito mau porque essa opinião<br />
afasta muitos camionistas e outros motoristas<br />
de pensarem sequer em usarem recauchuta<strong>dos</strong>.<br />
Vejamos os factos:<br />
A verdadeira causa de quase to<strong>dos</strong> os boca<strong>dos</strong><br />
de pneu nas estradas é a manutenção<br />
imprópria <strong>dos</strong> pneus. Os pneus que não são<br />
adequadamente manti<strong>dos</strong>, independentemente<br />
de serem recauchuta<strong>dos</strong> ou de nunca<br />
o terem sido, vão falhar com o tempo. A<br />
questão não é se vão falhar, mas quando vão<br />
falhar. Muita da borracha nas estradas, seja<br />
qual for o dia, sai de pneus que nunca foram<br />
recauchuta<strong>dos</strong>. Os pneus novos desfazemse<br />
com a mesma frequência que os recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
se forem mal manti<strong>dos</strong> e, quando<br />
o fazem, deixam um rasto de borracha na estrada.<br />
<strong>Pneus</strong> mal repara<strong>dos</strong> estão sujeitos a<br />
falhar e isto também dá origem a borracha<br />
nas estradas. A importância da correcta reparação<br />
nunca conseguirá ser suficientemente<br />
enfatizada. Quando um pneu tem um<br />
furo deve ser reparado fora da jante e por<br />
dentro, nunca se deve ficar pela colocação de<br />
um tapa-furos a partir do exterior. Mais uma<br />
vez, não interessa se é um pneu recauchutado<br />
ou novo.<br />
<strong>Pneus</strong> com reparações incorrectas são um<br />
perigo para toda a gente e são uma das grandes<br />
causas da falha <strong>dos</strong> pneus, deixando um<br />
rasto de resíduos nas nossas auto-estradas.<br />
Baixas pressões, sobrecargas, emparelhamento<br />
incorrecto <strong>dos</strong> pneus nos roda<strong>dos</strong><br />
duplos, mau alinhamento <strong>dos</strong> veículos que<br />
provocam desgaste irregular, pneus que<br />
continuam a circular depois de terem ultrapassado<br />
o limite legal de desgaste, to<strong>dos</strong> estes<br />
contribuem para o aparecimento <strong>dos</strong> boca<strong>dos</strong><br />
<strong>dos</strong> pneus pelas estradas.<br />
Amigos do ambiente<br />
Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> são um <strong>dos</strong> produtos<br />
recicla<strong>dos</strong> mais amigos do ambiente.<br />
Ao utilizar pneus recauchuta<strong>dos</strong> está-se a<br />
contribuir para não se produzir centenas de<br />
milhões de quilos de borracha e outras matérias-primas<br />
tais como o aço, o negro de<br />
fumo, o estearato de zinco, antioxidantes e<br />
outros materiais utiliza<strong>dos</strong> na produção de<br />
pneus novos. ■<br />
Fonte: TRIB – Tire Retread & Repair Information Bureau