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Revista TOP100 2023 (Distribuidores)

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E D I Ç Ã O<br />

<strong>2023</strong><br />

Os<br />

Maiores<br />

<strong>Distribuidores</strong><br />

do Aftermarket em Portugal<br />

n.º9 | Ano: <strong>2023</strong> | Periodicidade: Anual | €20<br />

UMA EDIÇÃO


Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

DIRETOR COMERCIAL<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

GESTOR DE CLIENTES<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

JORNALISTA<br />

Joana Mendes<br />

joana.mendes@apcomunicacao.com<br />

WEBMASTER<br />

António Valente<br />

ARTE<br />

Hélio Falcão<br />

Desempenho<br />

notável<br />

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS<br />

E CONTABILIDADE<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

PERIODICIDADE<br />

Anual<br />

SEDE DA REDAÇÃO E EDITOR<br />

Bela Vista Office<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66<br />

2735 - 336 Cacém<br />

Tel. +351 219 288 052<br />

GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

© Copyright Nos termos legais em vigor,<br />

é totalmente interdita a utilização ou a reprodução<br />

desta publicação, no todo ou em<br />

parte, sem a autorização prévia e por escrito<br />

da <strong>Revista</strong> TOP 100<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90, Casal<br />

de Sta. Leopoldina, 2730 - 053 Barcarena<br />

Tel: 214 345 444 | Fax: 214 345 494<br />

N.º de Registo na ERC: 127197<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

www.apcomunicacao.com<br />

Propriedade // João Vieira<br />

Email // geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no site:<br />

www.jornaldasoficinas.com<br />

desempenho dos distribuidores aftermarket em 2022, ano a que reportam os rankings que<br />

O publicamos nesta edição, foi notável em muitos aspetos, a começar nas vendas que atingiram<br />

valores recordes. Os 100 maiores distribuidores de peças para veículos ligeiros faturaram<br />

em 2022 quase 1,3 mil milhões de Euros, crescendo 20% em relação a 2021, enquanto os 25<br />

maiores distribuidores de peças para pesados faturaram 158 milhões de Euros, mais 19,8% que<br />

no ano anterior. No que diz respeito aos distribuidores de equipamentos (+7,7% que em 2021)<br />

repintura (+6,2%) e pneus (+19,7%), todos cresceram igualmente nas vendas, confirmando o<br />

bom momento que o setor atravessa.<br />

Após alguns meses e anos atípicos, o mercado de distribuição entra assim num momento de normalidade,<br />

sabendo adaptar-se às circunstâncias e sempre em atualização constante. O dinamismo<br />

marca o momento presente refletindo-se em três vetores: reconfiguração dos distribuidores por<br />

via da entrada de novos players a que se somam aquisições e fusões dos existentes; alargamento<br />

da oferta de bens e serviços; digitalização e melhoria de processos. Mas a incerteza mantém-se<br />

uma questão atual, e o setor enfrenta um conjunto enorme de desafios que ameaçam revolucionar<br />

o modelo de negócio tal como o conhecemos desde há décadas. Se é verdade que os<br />

novos modelos de distribuição lançados pelos fabricantes, a digitalização ou ainda os hábitos de<br />

consumo de toda uma nova geração, vieram introduzir profundas alteração na forma como se<br />

fazem os negócios, também é verdade que em paralelo assistimos hoje ao fenómeno da transição<br />

energética e ao aumento de parque de veículos elétricos. Para além dos muitos desafios que as<br />

empresas terão de enfrentar, o setor está repleto de oportunidades ao alcance da maioria, com a<br />

adaptação às novas tecnologias e criação de alianças estratégicas, juntamente com a diversificação<br />

e a sustentabilidade, medidas fundamentais para o sucesso num futuro próximo.<br />

Nesta edição, voltamos a premiar e elogiar o bom desempenho dos distribuidores aftermarket.<br />

É admirável ver como têm sido capazes de responder às necessidades dos clientes de forma<br />

eficaz, mantendo altos padrões de qualidade nos seus produtos e serviços. A capacidade de<br />

se adaptarem às mudanças no aftermarket, conseguindo permanecer competitivos é digna de<br />

elogios, e demonstra bem a sua versatilidade e resiliência. Por outro lado, o compromisso destas<br />

empresas com a sustentabilidade e práticas responsáveis é digno de reconhecimento e demonstra<br />

um profundo cuidado com o meio ambiente e a comunidade.<br />

O bom momento que o aftermarket vive é, em grande parte, resultado do trabalho e do desempenho<br />

destas empresas que merecem todos os anos o nosso reconhecimento através da entrega<br />

dos troféus TOP 100 aos melhores distribuidores de cada categoria.<br />

Com esta iniciativa, queremos reconhecer as empresas inovadoras que impulsionam o crescimento<br />

do aftermarket em Portugal, através do lançamento de novos serviços e soluções que respondem<br />

às necessidades dos clientes e alavancam o progresso tecnológico. Empresas bem administradas<br />

financeiramente, que contribuem para a estabilidade económica e a confiança dos clientes.<br />

Quando as empresas operam de maneira ética, eficiente e inovadora, elas não apenas beneficiam<br />

a si mesmas, mas também contribuem para o bem-estar económico geral e o desenvolvimento<br />

sustentável do setor. Estão todas de parabéns, e esperamos contar com a sua participação na X<br />

Gala TOP 100, que se realizará no mês de outubro de 2024.<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

03


1962-<strong>2023</strong><br />

Obrigado a todos os q<br />

contribuiram para que a HEL<br />

Vamos juntos para<br />

Acompan


ue ao longo dos anos<br />

LA seja uma grande família.<br />

os próximos 60...<br />

ha-nos?


Empresa<br />

Top<br />

100<br />

ÍNDICE<br />

08 Reportagem IX Gala<br />

TOP 100<br />

37 Os maiores distribuidores<br />

de peças para ligeiros<br />

106 Os maiores distribuidores<br />

de peças para pesados<br />

138 Os maiores distribuidores<br />

de equipamentos<br />

164 Os maiores distribuidores<br />

de repintura<br />

190 Os maiores distribuidores<br />

de pneus<br />

46 Peças para ligeiros<br />

110 Peças para pesados<br />

142 Equipamentos<br />

168 Repintura<br />

194 Pneus<br />

154<br />

Estudo Canais GiPA <strong>2023</strong><br />

Retrato pós-venda nacional<br />

O Estudo de Canais GiPA <strong>2023</strong> traça<br />

o comportamento dos profissionais<br />

da reparação em Portugal,<br />

desde concessionários, oficinas<br />

independentes, de colisão e pneus,<br />

nova distribuição e lojas de peças. Os<br />

resultados revelam que a rede oficial, a<br />

nova distribuição e as oficinas em rede<br />

são os canais mais preparados para as<br />

mudanças<br />

116<br />

Distribuição peças auto<br />

Momento positivo!<br />

O mercado da distribuição de peças<br />

levanta-se do período mais crítico<br />

que atravessou nos últimos três anos.<br />

Falamos com alguns dos players do<br />

mercado de distribuição de peças<br />

automóvel, que nos contam como<br />

percecionam esta fase e revelam um<br />

pouco sobre as expetativas que têm<br />

para o futuro do negócio<br />

180<br />

Indústria Automóvel<br />

Na Era da Sustentabilidade<br />

Com as crescentes preocupações<br />

com as alterações climáticas<br />

e a degradação ambiental, a<br />

sustentabilidade tornou-se uma<br />

prioridade estratégica para as<br />

organizações do setor automóvel.<br />

Os governos, os consumidores e<br />

investidores estão agora a pressionar<br />

as organizações a mudar as suas<br />

formas de trabalho, cultura e produtos<br />

80<br />

Aftermarket em Portugal<br />

O presente e o futuro<br />

A DPAI/ACAP apresentou um estudo<br />

pioneiro sobre o presente e o futuro<br />

do Aftermarket em Portugal. Faz uma<br />

análise realista do setor do pós-venda<br />

independente na atualidade e identifica<br />

os desafios e medidas tendentes<br />

a uma maior competitividade das<br />

empresas, num mercado em constante<br />

transformação<br />

206<br />

Lei dos dados<br />

Um passo em frente!<br />

As associações do aftermarket<br />

congratulam-se com a votação do<br />

Parlamento Europeu que dá aos<br />

utilizadores de veículos o direito de<br />

reclamar o acesso aos dados gerados<br />

no veículo e de partilhar esses dados<br />

com terceiros, como as oficinas de<br />

reparação de veículos ou qualquer<br />

outro tipo de prestador de serviços da<br />

sua escolha<br />

214<br />

IA no automóvel<br />

Oportunidades e desafios dA IA<br />

As aplicações de Inteligência<br />

Artificial (IA) estão a ser cada vez<br />

mais integradas nos veículos. A<br />

condução autónoma é o exemplo mais<br />

conhecido, mas uma vasta gama de<br />

outras aplicações também estão a ser<br />

utilizadas, tais como muitas funções<br />

de segurança do veículo, de conforto,<br />

sistemas avançados de assistência ao<br />

condutor e outros<br />

06<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

IX GALA TOP 100<br />

08<br />

08<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


IX GALA TOP 100<br />

Uma noite inesquecível!<br />

A IX Gala TOP 100 foi uma noite memorável e inesquecível, para os que a viveram,<br />

pela forma como foi vivida, para os premiados e para todos os que contribuíram com<br />

a sua participação para que fosse um sucesso. Foi também uma noite de inspiração<br />

e reconhecimento que destacou a importância da liderança forte e responsável dos<br />

empresários do setor e das suas organizações<br />

Premium Partner<br />

UZ DE AIRB A<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

09


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Quinta de São Luiz, em Coimbra, voltou a ser<br />

A palco de mais uma edição da Gala TOP 100,<br />

cerimónia que premiou no dia 13 de outubro, os<br />

melhores do aftermarket nacional. Uma noite de<br />

brilho e reconhecimento para os 200 convidados<br />

presentes no maior evento social do setor.<br />

De ano para ano, a Gala TOP 100 <strong>Distribuidores</strong><br />

e Oficinas Aftermarket tem-se afirmado como<br />

um momento marcante para os profissionais do<br />

aftermarket em Portugal. Mais do que premiar<br />

as empresas que se distinguem pelo bom desempenho<br />

ao longo do ano, é também uma oportunidade<br />

de unir pessoas que contribuem para o<br />

desenvolvimento do aftermarket de forma única.<br />

Numa noite que irradiou entusiasmo e camaradagem,<br />

os profissionais do setor aftermarket<br />

reuniram-se para celebrar o seu compromisso<br />

e paixão pelo que fazem. A celebração foi uma<br />

oportunidade para os participantes expressarem o<br />

seu orgulho de pertencerem a este setor e compartilharem<br />

as suas histórias de sucesso num mercado<br />

que deve muito do seu crescimento ao esforço e<br />

dedicação incansáveis de cada uma das empresas<br />

presentes na Gala.<br />

O amplo salão da Quinta de São Luiz ficou totalmente<br />

cheio e o ambiente que se viveu foi de<br />

muito boa disposição e entusiasmo.<br />

A noite começou com um cocktail de boas vindas<br />

preparando os convidados para a cerimónia<br />

principal. A apresentação da Gala esteve a cargo<br />

de Joana Mendes, jornalista da AP Comunicação.<br />

João Vieira, diretor do Jornal das Oficinas,<br />

deu as boas vindas aos convidados, destacando<br />

a importância da atribuição dos troféus TOP<br />

100 às melhores empresas do setor. Seguiu-se a<br />

intervenção de Mário Carmo, que apresentou os<br />

novos projetos da AP Comunicação para 2024 e<br />

que têm a sustentabilidade como mote e origem<br />

das novidades e alterações que vão acontecer no<br />

próximo ano. “Não pode haver dúvidas de que<br />

a sustentabilidade é uma das questões mais prementes<br />

que as empresas do aftermarket enfrentam<br />

atualmente. A sustentabilidade está a moldar a<br />

forma como o setor está a mudar, e continuará<br />

a fazê-lo no futuro. A AP Comunicação não está<br />

indiferente a esta realidade e por isso decidiu tomar<br />

algumas medidas no sentido de contribuir<br />

para uma sociedade mais justa e sustentável”,<br />

começou por referir Mário Carmo.<br />

Relativamente ao Jornal das Oficinas, vai passar<br />

de onze para seis edições anuais, fortalecendo<br />

Foi uma noite memorável e inesquecível. Para os que a viveram,<br />

pela forma como foi vivida, para os premiados e para todos os que<br />

contribuíram com a sua participação para que fosse um sucesso<br />

10<br />

10<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


IX GALA TOP 100<br />

assim a informação online e otimizando os conteúdos<br />

que sempre o distinguiram. Com esta<br />

medida, vamos conseguir reduzir a utilização<br />

de papel em 65%.<br />

A <strong>Revista</strong> dos Pneus também vai ter alterações,<br />

passando a integrar as edições impressas do Jornal<br />

das Oficinas e vamos lançar o Anuário da <strong>Revista</strong><br />

dos Pneus impresso, publicação que pretendemos<br />

seja uma ferramenta de trabalho essencial para<br />

os operadores do mercado.<br />

Vamos continuar a apostar cada vez mais na nossa<br />

comunicação online com a otimização dos nossos<br />

sites: Jornal das Oficinas e <strong>Revista</strong> dos Pneus, e a<br />

Newsletter JO continuará a sair para o mercado,<br />

integrando também informação sobre os pneus.<br />

A 6ª edição do Melhor Mecatrónico vai arrancar<br />

em 2024 com o CEPRA como novo parceiro.<br />

Com esta alteração, queremos dar uma nova<br />

dinâmica à competição e criar novos motivos de<br />

interesse ao evento. A grande final vai realizarse<br />

no salão expoMECÂNICA, em novembro de<br />

2024.<br />

Foi ainda anunciada a Campanha JO 2024, que<br />

tem como tema a “Sustentabilidade no Aftermarket”<br />

e o objetivo de informar os profissionais<br />

sobre a importância de incorporar iniciativas de<br />

sustentabilidade na estratégia das empresas.<br />

Distinguir os melhores<br />

Após as apresentações da expoMECÂNICA<br />

2024, por José Costa, diretor da Kikai Eventos,<br />

e do Fórum DPAI/ACAP, por Joaquim Candeias,<br />

presidente da DPAI, deu-se início ao momento<br />

alto do evento: a cerimónia da entrega dos Troféus<br />

TOP 100 aos melhores distribuidores e oficinas.<br />

Tal como dita a tradição, foram entregues<br />

troféus às empresas do pódio das dez categorias<br />

consideradas: <strong>Distribuidores</strong> de Peças Ligeiros,<br />

<strong>Distribuidores</strong> de Peças Pesados, <strong>Distribuidores</strong><br />

de Equipamentos, <strong>Distribuidores</strong> de Repintura;<br />

<strong>Distribuidores</strong> de Pneus; Oficinas em Rede, Oficinas<br />

de Ligeiros, Oficinas de Pesados, Oficinas<br />

de Colisão e Oficinas de Pneus. No total foram<br />

entregues trinta troféus aos melhores de cada<br />

categoria, seguindo sempre os mesmos critérios.<br />

Relembramos que todos os troféus que foram entregues<br />

às empresas que integraram os quadros de<br />

honra da <strong>TOP100</strong>, basearam-se em dados, exclusivamente,<br />

quantitativos, referentes aos resultados<br />

de 2022 em termos de Crescimento do Volume de<br />

Negócios; Rentabilidade dos Capitais Próprios;<br />

Produtividade Real; Valor Acrescentado Bruto;<br />

Autonomia Financeira e Geração de Emprego.<br />

Os vencedores agradeceram emocionados, expressando<br />

a sua gratidão aos colegas e clientes<br />

que os têm apoiado nas suas jornadas. Ficou assim<br />

fortalecida a união dos profissionais do setor,<br />

que apesar de pertenceram a diferentes áreas têm<br />

como elo de ligação o aftermarket e o orgulho<br />

de pertencerem a este setor tão importante para<br />

a economia nacional.<br />

Os participantes valorizaram todos os momentos<br />

do evento, com destaque para a cerimónia de<br />

entrega dos troféus aos melhores distribuidores<br />

e melhores oficinas, assim como a atribuição dos<br />

Prémios Carreira e Personalidade do Ano, e ainda<br />

o animado jantar servido na magnífica sala da<br />

Quinta de São Luiz. De registar a presença de<br />

diversos responsáveis de marcas e empresas espanholas,<br />

que com a sua vinda prestigiaram ainda<br />

mais este evento que já tem um âmbito ibérico<br />

e se afirma como o grande acontecimento social<br />

do aftermarket.<br />

A noite culminou numa festa pós-cerimónia, onde<br />

os convidados puderam comemorar as vitórias e<br />

socializar. Em resumo, a IX Gala TOP 100 de<br />

entrega de troféus aos melhores distribuidores e<br />

oficinas foi uma noite inesquecível de glamour,<br />

reconhecimento e celebração das realizações de<br />

empresas e empresários em diversas áreas. Ela<br />

reforçou a importância de reconhecer e aplaudir<br />

o talento e o esforço das pessoas que contribuem<br />

para o crescimento e desenvolvimento do aftermarket<br />

em Portugal.<br />

A Gala TOP 100 <strong>Distribuidores</strong> e Oficinas foi uma noite de inspiração<br />

e reconhecimento que desTAcou a importância de liderança forte e<br />

responsável dos empresários do setor e das suas organizações<br />

Premium Partner<br />

UZ DE AIRB A<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

11


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

IX GALA TOP 100<br />

Patrocinadores apoiam<br />

e reconhecem importância da Gala<br />

realização da Gala TOP 100 e a evolução<br />

A que ela tem tido ao longo dos anos, só tem<br />

sido possível graças ao apoio de patrocinadores<br />

e parceiros, que têm reconhecido a importância<br />

deste evento que já se tornou numa tradição no<br />

panorama do aftermarket nacional.<br />

Como tal, após a entrega dos troféus, não quisemos<br />

deixar de fazer referência aos nossos patrocinadores<br />

e em formato de agradecimento oferecemos a<br />

todos uma placa comemorativa da IX Gala TOP<br />

100, que este ano contou com um número recorde<br />

de 17 patrocinadores, o que revela bem o interesse<br />

e a valorização que as marcas conferem a este<br />

evento, que nos motiva a querer tornar a Gala<br />

cada vez melhor.<br />

UFI FILTERS; DIESEL TECHNIC; MANN<br />

FILTER; SAMPA; TAB BATTERIES; CORTE-<br />

CO; TRUST AUTO; PRO4MATIC; REPSOL;<br />

AUTEL; GO SHOP; RPL QUALITY; TIRSO<br />

PNEUS; MEWA; PHILIPS; LIZARTE e M COU-<br />

TINHO PEÇAS, foram os patrocinadores da IX<br />

Gala TOP 100, a quem agradecemos todo o apoio<br />

e entusiasmo demonstrados.<br />

Este ano, A GALA toP 100 CONTOU COM UM NÚMERO RECORDE DE DEZASSETE<br />

PatROCINADORES, o que revela bem o interesse e a valorização que as<br />

marcas conferem a este evento ÚNICO NO PANORAMA DO AFTERMARKET<br />

NACIONAL, E QUE JÁ É UMA TRADIÇÃO NO MÊS DE OUTUBRO<br />

12<br />

12<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

IX GALA TOP 100<br />

Premiar o talento e dedicação<br />

A<br />

realização da Gala TOP 100 é também<br />

uma forma de valorizar o setor e os seus<br />

profissionais, porque acreditamos neles,<br />

nas suas qualidades humanas e no que trazem<br />

para o mercado. São profissionais empenhados<br />

em fazer bem as coisas e o nosso compromisso é<br />

com eles, com aqueles que trazem profissionalismo<br />

mas também valores ao mercado, porque é<br />

isso que nos torna melhores. Com profissionais<br />

comprometidos com o coletivo, cujo envolvimento<br />

nos melhora a todos. Um coletivo que<br />

precisa de se motivar, de continuar a aprender<br />

e de se adaptar.<br />

José Costa<br />

Prémio Personalidade do Ano<br />

Este ano apresentamos como novidade o Prémio<br />

Personalidade do Ano, que pretende homenagear<br />

e reconhecer o trabalho de uma personalidade no<br />

desenvolvimento e promoção do setor aftermarket<br />

em Portugal. José Costa, diretor da Kikai Eventos,<br />

e responsável pelo salão expoMECÂNICA,<br />

foi o premiado.<br />

Nasceu há 53 anos no Porto e vive atualmente<br />

entre esta cidade e São Paulo, no Brasil. Casado<br />

há 18 anos, tem três filhos que são a expressão<br />

maior de um amor incondicional. A família ocupa<br />

destacadamente uma posição cimeira nas suas<br />

prioridades.<br />

Generoso, gosta de passar tempo de qualidade<br />

com a família, brincar com os filhos, ler e estar<br />

com amigos.<br />

Tirou relações internacionais na Universidade do<br />

Minho e tem 25 anos de experiência como gestor<br />

em 3 continentes. “Tropeçou” numa oportunidade<br />

e apaixonou-se pelo mundo da organização de eventos,<br />

ao qual já dedicou mais de metade da sua vida.<br />

Tem por hábito começar a trabalhar muito cedo,<br />

toma o pequeno almoço em família e vai a pé<br />

para o escritório.<br />

Os convidados valorizaram todos os momentos dA GALA TOP 100,<br />

com destaque para a atribuição dos PrémioS Personalidade do Ano e<br />

CARREIRA, E ainda o animado jantar servido<br />

na sala principal da Quinta de São Luiz<br />

Premium Partner<br />

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14<br />

14<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

IX GALA TOP 100<br />

Prepara sempre as reuniões com antecedência,<br />

prima pela pontualidade e procura sempre<br />

apresentar-se bem e com um sorriso! Gosta<br />

de conhecer pessoas inspiradoras e ao mesmo<br />

tempo partilhar experiências e aprender,<br />

mas não lhe agrada o ritmo e a desmesurada<br />

pressão por resultados.<br />

A despeito de todas as mais recentes alterações<br />

tecnológicas, acredita que sendo o automóvel<br />

um objeto de culto e de uso diário, os salões<br />

dedicados ao aftermarket continuarão a ter<br />

o seu espaço.<br />

Para José Costa “O segredo do sucesso está<br />

no trabalho árduo! Estar atento às novidades<br />

e sempre em busca de como fazer a diferença.<br />

Não prometer aquilo que sabe não pode cumprir,<br />

mas sim focado sempre em surpreender<br />

pela positiva! Está no acreditar e não desistir!”.<br />

Amílcar Nascimento<br />

Prémio Carreira<br />

O prémio Carreira foi entregue a Amílcar Nascimento,<br />

key account e diretor de marketing da<br />

Exide em Portugal. Começou a trabalhar na<br />

empresa onde hoje ainda se encontra há mais<br />

de 35 anos e para ele o aftermarket não tem<br />

segredos, tendo trabalhado na área industrial<br />

e no departamento de exportação.<br />

Andou por toda a Europa em empresas do grupo,<br />

foi ainda responsável pelas vendas da empresa<br />

em Inglaterra, e em 1995, quando a exportação<br />

deixou de fazer sentido, pois o grupo tinha empresas<br />

em praticamente todos os países, dedicou-<br />

-se apenas ao mercado português.<br />

Depois do responsável de marketing sair da empresa,<br />

foi convidado para ficar como diretor de<br />

marketing, cargo que ainda hoje mantém. A<br />

empresa onde trabalha teve um papel preponderante<br />

na evolução do setor automóvel em Portugal,<br />

até porque já tem 100 anos de existência<br />

e já passou por inúmeros estágios.<br />

Tendo em conta a sua experiência de 35 anos na<br />

área de vendas e marketing para o mercado de<br />

pós-venda nacional, vê com positivismo as transformações<br />

nos modelos de negócio das empresas<br />

de distribuição de peças. Gosta de conviver, do<br />

contacto diário com as pessoas e conhecer a diferente<br />

visão que cada um tem da vida e do negócio,<br />

mas detesta a falta de transparência. “É muito<br />

gratificante ver o nosso trabalho reconhecido<br />

pelos principais players do setor e uma motivação<br />

para fazer mais e melhor”, referiu Amílcar<br />

Nascimento, na altura da entrega do Prémio que<br />

homenageia o seu percurso ímpar e enorme dedicação<br />

ao aftermarket em Portugal.<br />

A IX Gala TOP 100 foi uma noite especial de muitas<br />

emoções e surpresas para os 200 convidados presentes<br />

neste evento INCONTORNÁVEL no panorama do aftermarket nacional,<br />

onde são premiados os melhores do setor<br />

16<br />

16<br />

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IX GALA TOP 100<br />

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24<br />

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Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

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26<br />

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Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


IX GALA TOP 100<br />

Premium Partner<br />

UZ DE AIRB A<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

27


26<br />

PARCEIROS<br />

34<br />

LOJAS


Expomecânica<br />

<strong>2023</strong><br />

um conjunto de parceiros<br />

distribuídos estrategicamente<br />

pelo país, coesos em garantir o que<br />

há de melhor no setor automóvel.<br />

Na busca incessante pela excelência, o Club<br />

GoShop concentra-se na implementação de<br />

projetos, produtos e serviços.<br />

QUALIDADE,<br />

EFICIÊNCIA E<br />

UNIÃO<br />

Os Parceiros GO! desfrutam de uma experiência única no<br />

setor automóvel, com o acesso a uma vasta gama de peças<br />

e serviços de alta qualidade, além de um atendimento<br />

personalizado e eficiente. Destacam-se pelo compromisso<br />

em garantir a satisfação dos seus clientes em cada produto<br />

e serviço. Um trabalho dedicado e em conjunto, tornará<br />

assim o Club GoShop uma referência no setor Automotive.<br />

Inovação<br />

A inovação está no centro da abordagem do Club<br />

GoShop, permitindo que os parceiros ofereçam aos<br />

seus clientes as soluções mais avançadas do setor.<br />

Eficiência<br />

Comprometidos em fornecer produtos e serviços de<br />

alta qualidade, mantendo ao mesmo tempo um alto<br />

nível de eficiência em todas as operações.<br />

Abrangência<br />

Com uma ampla gama de produtos e serviços, O Club<br />

GoShop atende às necessidades de todos os seus<br />

clientes em todo o país, desde grandes empresas a<br />

proprietários de carros individuais (através dos nossos<br />

parceiros).<br />

Compromisso<br />

O Club GoShop valoriza fortemente a parceria com os<br />

seus clientes e comprometendo-se a trabalhar juntos<br />

para atender às necessidades do mercado<br />

automotivo em constante evolução.<br />

WWW.GOSHOP.PT


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

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Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


IX GALA TOP 100<br />

Premium Partner<br />

UZ DE AIRB A<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

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Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


IX GALA TOP 100<br />

Premium Partner<br />

UZ DE AIRB A<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

IX GALA TOP 100<br />

Premium Partner<br />

UZ DE AIRB A<br />

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34<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Mude agora da luz de halogéneo<br />

para a luz LED!<br />

Philips Ultinon Pro6000 LED<br />

Halogéneo standard<br />

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Estandard +230%<br />

Temperatura<br />

de cor<br />

Duração<br />

Conforto<br />

visual<br />

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x6<br />

3000 K 5000 K 6500 K<br />

Halógena estandard: ~ 3000 K<br />

5800 K<br />

0 Horas 2500 Horas 5000 Horas<br />

Até<br />

3000 Horas<br />

Halógena estandard: ~500 Horas<br />

Verifica a aprovação do seu veículo agora em:<br />

philips.com/roadlegalLED-check<br />

As imagens são meramente ilustrativas. Nota legal: O utilizador é responsável pelo<br />

cumprimento de todos os regulamentos legais aplicáveis. A Philips Ultinon Pro6000<br />

LED é legal apenas para modelos de veículos e funções de luz selecionados.<br />

Descarrega o documento do certicado de substituição equivalente e leva-o contigo<br />

no seu veículo. Os modelos de veículos aprovados e outras informações sobre a<br />

aprovação no seu país podem ser consultados em philips.com/homologacionLED.<br />

¹ Em comparação com a norma mínima legal para lâmpadas de halogéneo.


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

IX GALA TOP 100<br />

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36<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Empresa<br />

Top<br />

100<br />

MERCADO<br />

DISTRIBUIDORES<br />

de PEÇAS PARA LIGEIROS<br />

Os 100 Maiores <strong>Distribuidores</strong> de Peças para Ligeiros faturaram em 2022 quase 1,3 mil milhões<br />

de Euros, crescendo 20% em relação a 2021. Aumentou em 9,1% o número de trabalhadores<br />

que totalizaram 5.122. A produtividade aumentou para 253 mil € por trabalhador<br />

Após alguns meses e anos atípicos, o mercado<br />

de distribuição de peças automóvel entrou<br />

num momento de normalidade, sabendo adaptar-<br />

-se às circunstâncias e sempre em atualização<br />

constante. As marcas estão a aproveitar esta<br />

oportunidade para dar a conhecer os seus novos<br />

produtos e tecnologias, que são desenvolvidas de<br />

acordo com as necessidades de um mercado cada<br />

vez mais exigente. Todo o setor enfrenta um conjunto<br />

de transformações e desafios que prometem<br />

mudar de forma indelével o negócio tal como o<br />

conhecemos. Nenhuma outra área de negócio<br />

tem um potencial de disrupção tão grande como<br />

o denominado processo de transição energética,<br />

que está a acontecer de uma forma muito mais<br />

rápida do que se previa, como se comprova pelo<br />

crescimento exponencial do parque de viaturas<br />

elétricas. De uma forma geral, as empresas estão<br />

a crescer beneficiando da conjuntura económica<br />

favorável, verificando-se notoriamente um maior<br />

crescimento das empresas com maior dimensão.<br />

Em 2022, a situação financeira dos distribuidores<br />

de peças para veículos ligeiros manteve valores<br />

excelentes:<br />

• Os lucros atingiram quase 60 milhões de €, e<br />

entre os 100 Maiores <strong>Distribuidores</strong> unicamente<br />

uma empresa teve prejuízos (8 no ano anterior).<br />

• Autonomia Financeira cresceu para 52%, pelo<br />

elevado aumento dos Resultados Líquidos<br />

• As Rentabilidades médias tiveram valores excecionais<br />

de 4,6% das Vendas e 11% dos Capitais,<br />

melhorando os já excelentes resultados de 2021.<br />

• A incidência do VAB é de 16,7%, um valor pequeno<br />

como corresponde à atividade comercial,<br />

e com ligeira diminuição sobre o ano anterior<br />

Tal como no ano anterior, a Sofrapa lidera em<br />

Volume de Negócios e Emprego, mas a Centrauto<br />

dispõe dos Maiores Ativos e Capitais, sendo também<br />

a maior geradora de Resultados e VAB. De<br />

referir que a Newonedrive incorporou a Civiparts<br />

em 2022.<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong> 37


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

TOP 100<br />

MAIORES DISTRIBUIDORES PEÇAS LIGEIROS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2022 VOL. NEG. 2021 ATIVO 2022 RES. LIQ. 2022 CAP. PRÓP. 2022 VAB 2022 Nº TRAB. 2022<br />

1 SOFRAPA AUTOMÓVEIS, S.A LISBOA 77 476 74 471 46 396 2 437 10 001 12 172 364<br />

2 M. COUTINHO PEÇAS E REPARAÇÃO AUTOMÓVEL, S.A. PORTO 69 416 56 006 23 255 1 589 7 055 5 782 152<br />

3 CREATE BUSINESS, S.A. LISBOA 64 715 52 941 22 126 579 3 220 2 088 19<br />

4 CENTRAUTO, LDA. AVEIRO 60 371 48 846 98 288 10 419 74 473 17 561 168<br />

5 AUTOZITÂNIA, S.A. LISBOA 52 729 42 344 34 918 2 987 23 845 8 435 107<br />

6 NEWONEDRIVE, S.A. SETÚBAL 52 507 32 035 45 475 3 018 14 800 9 818 184<br />

7 BOMBÓLEO, LDA LISBOA 50 736 27 473 16 297 1 539 5 434 4 868 84<br />

8 EUROMAIS - PEÇAS E PNEUS, LDA. COIMBRA 46 128 41 859 23 499 1 736 8 177 3 979 43<br />

9 CAETANO PARTS, LDA. PORTO 44 945 20 193 19 772 248 3 209 4 146 139<br />

10 J.P.L.R 1 UNIPESSOAL, LDA. AVEIRO 43 709 37 177 37 757 2 402 17 319 9 588 315<br />

11 VAUNER TRADING, S.A. PORTO 43 207 36 729 33 203 1 328 19 380 7 027 157<br />

12 AUTO DELTA, LDA. LEIRIA 38 151 33 866 31 852 3 592 23 616 8 378 112<br />

13 TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL, LDA. LISBOA 28 647 25 895 10 991 448 5 571 3 151 59<br />

14 JAPPARTS, UNIPESSOAL, LDA. PORTO 23 624 17 315 16 135 116 10 875 3 890 129<br />

15 FERDINAND BILSTEIN PORTUGAL, S.A. LISBOA 23 006 19 120 15 913 1 237 8 815 2 900 35<br />

16 KRAUTLI PORTUGAL, LDA. LISBOA 22 818 20 426 14 512 595 4 987 3 969 77<br />

17 EUROPEÇAS, S.A. LISBOA 20 613 17 928 13 920 559 5 538 4 370 115<br />

18 FIMAG, LDA. BRAGA 20 197 16 874 16 695 1 674 12 309 3 817 63<br />

19 SOULIMA, S.A. LISBOA 19 836 17 861 11 989 225 8 235 2 918 95<br />

20 BRAGALIS, S.A. BRAGA 17 375 16 588 10 005 531 4 782 2 399 52<br />

21 NORPARTS, LDA. LISBOA 16 869 14 268 5 859 106 2 213 984 36<br />

22 ARSIPEÇAS AUTO, LDA. AVEIRO 16 119 13 576 8 087 264 2 960 1 013 29<br />

23 M.F. PINTO, S.A. LISBOA 14 676 13 112 11 178 926 4 951 2 564 46<br />

24 LEIRILIS, S.A. LEIRIA 14 183 13 023 10 398 164 4 627 2 312 71<br />

25 ROMAFE, S.A. PORTO 14 109 11 495 15 294 497 13 202 2 866 62<br />

26 3.0 INNOVATIVE AFTERMARKET, S.A. (REDEINNOV) PORTO 14 094 12 738 3 811 241 1 032 710 9<br />

27 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA 13 617 12 925 12 919 1 424 10 829 3 454 43<br />

28 ALECARPEÇAS, LDA. LISBOA 13 318 10 864 7 768 1 110 4 582 3 087 58<br />

29 INOVPEÇAS, S.A. PORTO 12 445 10 095 7 672 295 2 620 2 488 96<br />

30 ISUVOL, LDA. SANTARÉM 11 948 10 161 9 408 584 4 526 2 579 70<br />

31 IBEROTURBO, LDA. LISBOA 11 392 11 052 6 105 552 3 264 1 193 14<br />

32 RODAPEÇAS, S.A LEIRIA 11 290 9 647 6 510 500 2 800 2 703 94<br />

33 CREATE BY SANDIA, S.A. FARO 11 075 10 231 5 726 975 1 175 2 432 43<br />

34 A. VIEIRA, S.A. BRAGA 10 846 10 231 9 135 422 5 344 727 60<br />

35 HUMBERPEÇAS, LDA. AVEIRO 10 245 10 245 7 345 226 1 639 1 747 62<br />

36 J. SOARES & RODRIGUES, LDA. (SOARAUTO) BRAGA 8 631 7 439 5 605 271 2 251 1 732 53<br />

37 AUTO SILVA ACESSÓRIOS, S.A. PORTO 8 603 8 743 8 676 138 5 885 1 691 47<br />

38 CARDOSO & MAIA, S.A. PORTO 8 559 8 370 12 141 68 5 760 2 414 92<br />

39 MONDEGOPEÇAS, LDA. COIMBRA 7 455 5 812 4 594 330 2 263 1 772 55<br />

40 ADELINO PEDRO, LDA. (APL EXPRESSO) AÇORES 7 205 6 250 4 935 21 2 203 1 217 46<br />

41 AUTO RECTO, LDA. PORTO 6 404 5 844 7 090 690 6 054 1 640 30<br />

42 AUTO TORRE DA MARINHA, LDA. SETÚBAL 6 335 4 906 3 961 42 2 149 1 430 32<br />

43 INFINIAUTO, LDA. PORTO 6 325 5 684 8 551 673 7 437 1 676 30<br />

44 GLOBESCALA, LDA. LISBOA 6 108 4 178 6 423 568 2 823 1 413 17<br />

45 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO 5 869 4 739 8 435 915 7 777 2 085 35<br />

46 GAIAFOR, LDA. PORTO 5 700 5 151 2 910 227 1 565 1 275 38<br />

47 TURBOMAX, LDA. SETÚBAL 5 663 5 163 4 207 280 2 809 1 395 30<br />

48 LUBRINORDESTE, LDA. VILA REAL 5 615 4 796 3 268 103 900 1 117 36<br />

49 PEÇASRAM, LDA. MADEIRA 5 478 4 971 5 517 943 4 229 2 193 46<br />

50 PAULO & DANIELA, LDA. (PD AUTO) BRAGA 5 235 4 798 4 344 69 1 534 1 096 48<br />

38<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2022 VOL. NEG. 2021 ATIVO 2022 RES. LIQ. 2022 CAP. PRÓP. 2022 VAB 2022 Nº TRAB. 2022<br />

51 AUTOPEÇAS CAB, LDA. SETÚBAL 5 220 5 047 3 573 45 2 636 1 406 56<br />

52 JOSÉ FORTUNATO, LDA. (JF AUTO PEÇAS) C. BRANCO 5 171 4 379 3 644 517 2 309 1 395 32<br />

53 PHAARMPEÇAS, LDA. VISEU 5 076 4 475 2 861 252 1 359 1 295 41<br />

54 TISOAUTO, LDA. PORTO 4 954 4 420 2 693 47 972 900 45<br />

55 VALES & VALES, LDA. PORTO 4 781 3 486 2 491 171 1 172 1 080 42<br />

56 ATLANTIC PARTS, S.A. LISBOA 4 582 4 976 3 803 -215 1 860 309 18<br />

57 DAVASA AUTOMOCIÓN, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 4 553 4 319 10 162 2 -1 392 695 26<br />

58 HOJER ELECTROMECÂNICA, LDA. SANTARÉM 4 365 4 249 4 082 158 1 953 829 37<br />

59 MAIORPEÇAS- ACESSORIOS AUTOMOVEIS LDA SANTARÉM 4 336 3 763 2 621 200 1 786 867 25<br />

60 R3D, LDA. C. BRANCO 4 329 3 799 4 124 394 2 835 1 098 36<br />

61 CYR - COMÉRCIO IBÉRICO DE ROLAMENTOS, LDA. LISBOA 4 289 3 947 4 590 103 1 595 1 142 35<br />

62 FILOURÉM, LDA. SANTARÉM 4 173 3 703 3 306 47 1 284 759 20<br />

63 MENAPEÇAS, S.A. LISBOA 4 128 3 544 4 176 17 3 634 873 34<br />

64 JAPOPEÇAS, LDA AVEIRO 4 083 4 159 4 928 502 4 471 1 013 16<br />

65 NIPOCAR, LDA. PORTO 4 077 3 907 5 313 350 4 326 1 202 29<br />

66 BARCELPEÇAS, LDA. BRAGA 3 936 3 689 3 628 162 2 584 685 30<br />

67 CARLOS MANUEL MACHADO SILVA, LDA. LEIRIA 3 906 3 451 3 332 370 2 913 837 17<br />

68 2M1J - SOLUÇÕES AUTO, LDA. (N PEÇAS) LISBOA 3 901 3 039 1 725 49 288 641 25<br />

69 AUTO PEÇAS GAFANHA NAZARÉ, LDA. (AUTOPEÇAS.PT) AVEIRO 3 859 3 160 3 349 5 689 670 30<br />

70 R.P.L. CLIMA, LDA. FARO 3 824 2 549 3 318 513 2 048 1 006 13<br />

71 GRANMOTOR, LDA. LISBOA 3 777 3 520 1 866 31 825 769 6<br />

72 OLIVEIRA MOREIRA & AZEVEDO, LDA. AVEIRO 3 735 3 033 2 804 21 862 616 20<br />

73 FRANCECAR, LDA. VISEU 3 720 3 161 2 592 227 2 117 838 21<br />

74 RUI & PAULO ALMEIDA, LDA. (RPA) LISBOA 3 698 4 106 3 569 1 649 923 38<br />

75 MACOS EXTRAS E ACESSÓRIOS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. PORTO 3 570 3 395 5 080 538 4 694 1 163 22<br />

76 RODEÇA - RODRIGUES & EÇA, LDA. AVEIRO 3 550 3 271 1 891 73 978 694 31<br />

77 PRIMOPEÇAS, LDA. BRAGA 3 540 2 807 1 811 97 503 690 34<br />

78 MCS - PEÇAS E ACESSÓRIOS, LDA LISBOA 3 390 3 043 2 911 208 1 385 879 22<br />

79 POLIBATERIAS, LDA. SETÚBAL 3 362 3 170 2 774 216 1 409 837 10<br />

80 AUTO FORNECEDORA, LDA. PORTO 3 282 2 940 3 154 37 2 659 653 15<br />

81 X-ACTION, LDA. COIMBRA 3 233 2 940 1 517 12 552 595 25<br />

82 AUTOAVAL, LDA COIMBRA 3 218 2 815 1 402 195 730 688 16<br />

83 ELPS, LDA. MADEIRA 3 203 2 837 3 553 206 1 191 738 14<br />

84 AUTOZITÂNIA II, S.A. LISBOA 3 198 2 809 2 733 419 2 218 1 064 16<br />

85 GANDRA & FILHOS, LDA. (AUTO FORMIGOSA) V. DO CASTELO 3 142 2 712 3 217 42 878 616 25<br />

86 AÇORPEÇAS, LDA. P. DELGADA 3 098 2 787 3 514 398 3 291 951 21<br />

87 GULOSIPEÇAS, LDA. V. DO CASTELO 3 091 2 809 2 650 141 785 712 21<br />

88 MOTORMÁQUINA, LDA. LISBOA 2 987 2 759 3 965 256 3 399 732 14<br />

89 COSIMPOR, S.A. VISEU 2 898 2 445 2 783 175 373 476 9<br />

90 ORCOPEÇAS, LDA. SANTARÉM 2 874 2 786 2 824 51 1 310 737 29<br />

91 TRIOTORRES, LDA. LISBOA 2 816 2 764 1 358 20 974 389 20<br />

92 SIMPORAL, LDA. LISBOA 2 801 2 537 1 761 114 1 098 822 23<br />

93 M.A.E. - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. SANTARÉM 2 760 2 426 2 307 232 1 652 778 17<br />

94 RUGEMPEÇAS, LDA. LISBOA 2 721 2 317 1 488 189 1 184 579 22<br />

95 SÁ GOMES, S.A. (AUTO ESFERA) BRAGA 2 717 2 761 3 201 12 1 476 534 21<br />

96 AUTO POP - C. CORREIA & FILHOS, LDA. MADEIRA 2 697 2 746 3 359 141 1 725 699 21<br />

97 P. P. T. - PEÇAS AUTO DE BRAGA, LDA. BRAGA 2 686 2 558 1 172 74 473 662 19<br />

98 M.C.D. GARCIA, LDA. LISBOA 2 632 2 441 1 718 166 1 466 510 23<br />

99 NEOCOM, LDA. AVEIRO 2 616 2 560 3 323 304 2 807 1 197 24<br />

100 SAMIPARTS, LDA. LEIRIA 2 599 2 253 2 093 122 1 169 616 19<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

39


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

TOP 100<br />

EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIOS DISTRIBUIDORES PEÇAS LIGEIROS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG.<br />

2022<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. 22/21<br />

VOL. NEG.<br />

2021<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. 21/20<br />

VOL. NEG.<br />

2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

1 SOFRAPA AUTOMÓVEIS, S.A LISBOA 77 476 4,04 74 471 9,3 68 151 -9,5 75 305<br />

2 M. COUTINHO, S.A. PORTO 69 416 23,94 56 006 17,0 47 876 -7,4 51 705<br />

3 CREATE BUSINESS, S.A. LISBOA 64 715 22,24 52 941 18,8 44 552 -8,0 48 427<br />

4 CENTRAUTO, LDA. AVEIRO 60 371 23,59 48 846 16,4 41 962 -3,5 43 498<br />

5 AUTOZITÂNIA, S.A. LISBOA 52 729 24,53 42 344 20,4 35 162 -5,5 37 213<br />

6 NEWONEDRIVE, S.A. SETÚBAL 52 507 63,91 32 035 11,7 28 672 -12,8 32 895<br />

7 BOMBÓLEO, LDA. LISBOA 50 736 84,68 27 473 44,2 19 046 -8,7 20 862<br />

8 EUROMAIS - PEÇAS E PNEUS, LDA. COIMBRA 46 128 10,20 41 859 9,1 38 373 2,1 37 566<br />

9 CAETANO PARTS, LDA. PORTO 44 945 122,58 20 193 0,4 20 106 -14,9 23 614<br />

10 J.P.L.R 1 UNIPESSOAL, LDA. AVEIRO 43 709 17,57 37 177 12,0 33 193 2,8 32 296<br />

11 VAUNER TRADING, S.A PORTO 43 207 17,64 36 729 4,2 35 246 -8,8 38 656<br />

12 AUTO DELTA, LDA. LEIRIA 38 151 12,65 33 866 17,0 28 947 3,9 27 852<br />

13 TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL, LDA. LISBOA 28 647 10,63 25 895 12,7 22 980 -15,3 27 116<br />

14 JAPPARTS, UNIPESSOAL, LDA. PORTO 23 624 36,44 17 315 - - - -<br />

15 FERDINAND BILSTEIN PORTUGAL, S.A. LISBOA 23 006 20,32 19 120 15,8 16 506 -2,3 16 895<br />

16 KRAUTLI PORTUGAL, LDA. LISBOA 22 818 11,71 20 426 3,4 19 762 -9,5 21 832<br />

17 EUROPEÇAS, S.A. LISBOA 20 613 14,98 17 928 7,8 16 631 -1,0 16 799<br />

18 FIMAG, LDA. BRAGA 20 197 19,69 16 874 16,1 14 534 1,6 14 300<br />

19 SOULIMA, S.A. LISBOA 19 836 11,06 17 861 14,6 15 588 2,9 15 153<br />

20 BRAGALIS, S.A. BRAGA 17 375 4,74 16 588 17,0 14 178 3,9 13 643<br />

21 NORPARTS, LDA. LISBOA 16 869 18,23 14 268 16,6 12 236 -7,0 13 157<br />

22 ARSIPEÇAS AUTO, LDA. AVEIRO 16 119 18,73 13 576 20,1 11 304 2,1 11 072<br />

23 M.F. PINTO, S.A. LISBOA 14 676 11,93 13 112 39,4 9 407 -1,1 9 510<br />

24 LEIRILIS, S.A. LEIRIA 14 183 8,91 13 023 13,9 11 431 -8,9 12 551<br />

25 ROMAFE, S.A. PORTO 14 109 22,74 11 495 14,6 10 028 -11,5 11 334<br />

26 3.0 INNOVATIVE AFTERMARKET, S.A. (REDEINNOV) PORTO 14 094 10,65 12 738 135,5 5 410 -4,1 5 639<br />

27 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA 13 617 5,35 12 925 16,4 11 103 2,9 10 788<br />

28 ALECARPEÇAS, LDA. LISBOA 13 318 22,59 10 864 16,6 9 317 14,2 8 161<br />

29 INOVPEÇAS, S.A. PORTO 12 445 23,28 10 095 18,2 8 541 10,2 7 748<br />

30 ISUVOL, LDA. SANTARÉM 11 948 17,59 10 161 16,3 8 738 -2,5 8 962<br />

31 IBEROTURBO, LDA. LISBOA 11 392 3,08 11 052 34,1 8 241 -0,8 8 308<br />

32 RODAPEÇAS, S.A LEIRIA 11 290 17,03 9 647 15,1 8 383 -4,9 8 814<br />

33 CREATE BY SANDIA, S.A. FARO 11 075 8,25 10 231 1,5 10 075 -11,2 11 352<br />

34 A. VIEIRA, S.A. BRAGA 10 846 6,01 10 231 1,4 10 086 -4,1 10 521<br />

35 HUMBERPEÇAS, LDA. AVEIRO 10 245 0,00 10 245 14,3 8 965 -4,0 9 339<br />

36 J. SOARES & RODRIGUES, LDA. (SOARAUTO) BRAGA 8 631 16,02 7 439 15,0 6 470 -1,4 6 559<br />

37 AUTO SILVA ACESSÓRIOS, S.A. PORTO 8 603 -1,60 8 743 -2,2 8 936 -14,0 10 396<br />

38 CARDOSO & MAIA, S.A. PORTO 8 559 2,26 8 370 -3,5 8 673 -21,3 11 018<br />

39 MONDEGOPEÇAS, LDA. COIMBRA 7 455 28,27 5 812 29,7 4 482 6,1 4 223<br />

40 ADELINO PEDRO, LDA. (APL EXPRESSO) AÇORES 7 205 15,28 6 250 16,1 5 383 -9,6 5 957<br />

41 AUTO RECTO, LDA. PORTO 6 404 9,58 5 844 12,9 5 177 0,6 5 148<br />

42 AUTO TORRE DA MARINHA, LDA. SETÚBAL 6 335 29,13 4 906 2,3 4 797 -1,1 4 849<br />

43 INFINIAUTO, LDA. PORTO 6 325 11,28 5 684 22,8 4 628 7,3 4 312<br />

44 GLOBESCALA, LDA. LISBOA 6 108 46,19 4 178 14,3 3 654 -18,7 4 496<br />

45 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO 5 869 23,84 4 739 16,0 4 087 3,7 3 943<br />

46 GAIAFOR, LDA. PORTO 5 700 10,66 5 151 17,0 4 401 -6,3 4 697<br />

47 TURBOMAX, LDA. SETÚBAL 5 663 9,68 5 163 15,1 4 485 1,4 4 424<br />

48 LUBRINORDESTE, LDA. VILA REAL 5 615 17,08 4 796 9,6 4 375 -1,8 4 454<br />

49 PEÇASRAM, LDA. MADEIRA 5 478 10,20 4 971 9,4 4 544 2,6 4 427<br />

50 PAULO & DANIELA, LDA. (PD AUTO) BRAGA 5 235 9,11 4 798 13,3 4 235 2,9 4 116<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

40<br />

40<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG.<br />

2022<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. 22/21<br />

VOL. NEG.<br />

2021<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. 21/20<br />

VOL. NEG.<br />

2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

51 AUTOPEÇAS CAB, LDA. SETÚBAL 5 220 3,43 5 047 2,3 4 935 -4,2 5 153<br />

52 JOSÉ FORTUNATO, LDA. (JF AUTO PEÇAS) C. BRANCO 5 171 18,09 4 379 25,3 3 495 6,0 3 297<br />

53 PHAARMPEÇAS, LDA. VISEU 5 076 13,43 4 475 11,5 4 012 4,5 3 839<br />

54 TISOAUTO, LDA. PORTO 4 954 12,08 4 420 31,2 3 370 -4,4 3 525<br />

55 VALES & VALES, LDA. PORTO 4 781 37,15 3 486 18,4 2 945 2,8 2 866<br />

56 ATLANTIC PARTS, S.A. LISBOA 4 582 -7,92 4 976 -4,5 5 213 -19,0 6 439<br />

57 DAVASA AUTOMOCIÓN, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL LISBOA 4 553 5,42 4 319 8,2 3 992 -13,6 4 622<br />

58 HOJER ELECTROMECÂNICA, LDA. SANTARÉM 4 365 2,73 4 249 13,5 3 742 4,1 3 596<br />

59 MAIORPEÇAS, LDA. SANTARÉM 4 336 15,23 3 763 9,0 3 453 -0,3 3 464<br />

60 R3D, LDA. C. BRANCO 4 329 13,95 3 799 12,0 3 391 -8,2 3 694<br />

61 CYR - COMÉRCIO IBÉRICO DE ROLAMENTOS, LDA. LISBOA 4 289 8,66 3 947 11,1 3 553 11,5 3 186<br />

62 FILOURÉM, LDA. SANTARÉM 4 173 12,69 3 703 6,8 3 467 -0,7 3 491<br />

63 MENAPEÇAS, S.A. LISBOA 4 128 16,48 3 544 6,5 3 328 10,0 3 025<br />

64 JAPOPEÇAS, LDA AVEIRO 4 083 -1,83 4 159 0,3 4 146 6,3 3 902<br />

65 NIPOCAR, LDA. PORTO 4 077 4,35 3 907 8,3 3 609 13,8 3 172<br />

66 BARCELPEÇAS, LDA. BRAGA 3 936 6,70 3 689 11,3 3 315 4,6 3 169<br />

67 CARLOS MANUEL MACHADO SILVA, LDA. LEIRIA 3 906 13,18 3 451 10,6 3 120 -0,2 3 126<br />

68 2M1J - SOLUÇÕES AUTO, LDA. (N PEÇAS) LISBOA 3 901 28,36 3 039 34,5 2 260 -8,2 2 463<br />

69 AUTO PEÇAS GAFANHA NAZARÉ, LDA. (AUTOPEÇAS.PT) AVEIRO 3 859 22,12 3 160 -3,3 3 267 -5,9 3 470<br />

70 R.P.L. CLIMA, LDA. FARO 3 824 50,02 2 549 10,7 2 303 4,9 2 196<br />

71 GRANMOTOR, LDA. LISBOA 3 777 7,30 3 520 -6,3 3 757 -9,6 4 158<br />

72 OLIVEIRA MOREIRA & AZEVEDO, LDA. AVEIRO 3 735 23,15 3 033 24,6 2 435 0,0 2 434<br />

73 FRANCECAR, LDA. VISEU 3 720 17,68 3 161 5,3 3 003 2,7 2 923<br />

74 RUI & PAULO ALMEIDA, LDA. (RPA) LISBOA 3 698 -9,94 4 106 5,2 3 902 -6,5 4 175<br />

75 MACOS EXTRAS E ACESSÓRIOS, LDA. PORTO 3 570 5,15 3 395 10,0 3 086 -7,0 3 318<br />

76 RODEÇA - RODRIGUES & EÇA, LDA. AVEIRO 3 550 8,53 3 271 9,9 2 977 2,6 2 901<br />

77 PRIMOPEÇAS, LDA. BRAGA 3 540 26,11 2 807 - - - -<br />

78 MCS, LDA. LISBOA 3 390 11,40 3 043 5,5 2 884 -3,9 3 002<br />

79 POLIBATERIAS, LDA. SETÚBAL 3 362 6,06 3 170 7,2 2 956 10,3 2 679<br />

80 AUTO FORNECEDORA, LDA. PORTO 3 282 11,63 2 940 -4,9 3 090 -8,4 3 374<br />

81 X-ACTION, LDA. COIMBRA 3 233 9,97 2 940 7,8 2 728 -9,7 3 022<br />

82 AUTOAVAL, LDA. COIMBRA 3 218 14,32 2 815 24,2 2 266 16,1 1 952<br />

83 ELPS, LDA. MADEIRA 3 203 12,90 2 837 9,2 2 599 -8,7 2 846<br />

84 AUTOZITÂNIA II, S.A. LISBOA 3 198 13,85 2 809 -17,5 3 403 7,9 3 155<br />

85 GANDRA & FILHOS LDA (AUTO FORMIGOSA) V. DO CASTELO 3 142 15,86 2 712 12,6 2 408 -2,4 2 466<br />

86 AÇORPEÇAS, LDA. P. DELGADA 3 098 11,16 2 787 0,5 2 773 3,5 2 678<br />

87 GULOSIPEÇAS, LDA. V. DO CASTELO 3 091 10,04 2 809 19,0 2 361 -13,2 2 720<br />

88 MOTORMÁQUINA, LDA. LISBOA 2 987 8,26 2 759 27,1 2 170 -21,3 2 756<br />

89 COSIMPOR, S.A. VISEU 2 898 18,53 2 445 12,6 2 172 -6,6 2 326<br />

90 ORCOPEÇAS, LDA. SANTARÉM 2 874 3,16 2 786 10,6 2 518 -0,7 2 535<br />

91 TRIOTORRES, LDA. LISBOA 2 816 1,88 2 764 - - - -<br />

92 SIMPORAL, LDA. LISBOA 2 801 10,41 2 537 14,6 2 214 8,9 2 033<br />

93 M.A.E - PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. SANTARÉM 2 760 13,77 2 426 4,0 2 332 12,4 2 075<br />

94 RUGEMPEÇAS, LDA. LISBOA 2 721 17,44 2 317 6,4 2 177 -12,0 2 475<br />

95 SÁ GOMES, S.A (AUTO ESFERA) BRAGA 2 717 -1,59 2 761 9,6 2 519 -9,5 2 783<br />

96 AUTO POP - C. CORREIA & FILHOS, LDA. MADEIRA 2 697 -1,78 2 746 44,1 1 905 -20,4 2 393<br />

97 P. P. T. - PEÇAS AUTO DE BRAGA, LDA. BRAGA 2 686 5,00 2 558 3,3 2 476 -0,8 2 495<br />

98 M.C.D. GARCIA, LDA LISBOA 2 632 7,82 2 441 12,8 2 164 -2,1 2 211<br />

99 NEOCOM, LDA. AVEIRO 2 616 2,19 2 560 -6,4 2 734 5,4 2 593<br />

100 SAMIPARTS, LDA. LEIRIA 2 599 15,36 2 253 -0,1 2 256 -18,7 2 775<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

41


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Os melhores por critérios<br />

A eleição dos melhores distribuidores por critérios, é uma iniciativa que pretende premiar<br />

as empresas dos vários setores de Distribuição (Peças Ligeiros, Peças Pesados,<br />

Equipamentos, Repintura e Pneus), que mais de destacaram no último ano. A análise<br />

qualitativa obedece a seis critérios previamente definidos que explicamos nestas páginas<br />

As análises e a escolha das Melhores Empresas<br />

incide sobre os “<strong>Distribuidores</strong> de<br />

Peças para Veículos Ligeiros”, “<strong>Distribuidores</strong><br />

de Peças para Pesados”, “<strong>Distribuidores</strong><br />

de Equipamentos Oficinais”, “<strong>Distribuidores</strong><br />

de Repintura” e “<strong>Distribuidores</strong> de Pneus”. Os<br />

dados apresentados correspondem aos publicados<br />

na informação IES relativa ao exercício<br />

de 2022 que as empresas entregaram na AT –<br />

Autoridade Tributária. Neste Estudo realizado<br />

pela IF4, não se incluem atividades de empresas<br />

que são realizadas por unidades especializadas<br />

de empresas com outra atividade, em particular:<br />

Auto Industrial Peças (Integrada no Grupo Auto<br />

Industrial); Gamobar Peças (Integrada no Grupo<br />

Caetano Parts); e Santogal Peças (Integrada na<br />

Santogal N).<br />

Análise por critérios<br />

Para eleger as empresas dos Quadros de Honra,<br />

a <strong>Revista</strong> TOP 100 utilizou um conjunto de indicadores<br />

e rácios económico-financeiros. Estes<br />

rácios permitem fazer um retrato das principais<br />

empresas e setores de atividade. Esta apresentação<br />

dos termos técnicos utilizados permite que<br />

o leitor fique a saber o que significam, como<br />

se calculam e se interpretam os indicadores<br />

e rácios utilizados. É este conjunto de dados<br />

e indicadores que permite traçar um retrato<br />

qualitativo da realidade dos distribuidores de<br />

peças, equipamentos e repintura. Os rácios e<br />

os indicadores que fazem o retrato económico<br />

e financeiro das empresas e a avaliação da<br />

sua performance servem de base à escolha das<br />

melhores empresas. Os critérios de seleção das<br />

empresas estão baseados em dados exclusivamente<br />

quantitativos referente aos resultados de<br />

2022 em termos de:<br />

• Valor Acrescentado Bruto (VAB)<br />

• Crescimento do Volume de Negócios<br />

• Autonomia Financeira<br />

• Produtividade Real<br />

• Rentabilidade dos Capitais Próprios<br />

• Geração de Emprego<br />

A opção por este grupo de critérios radica no<br />

facto de, em conjunto, permitir avaliar a contribuição<br />

das empresas para a economia, verificar<br />

o seu dinamismo, medir a sua rentabilidade e<br />

compreender o equilíbrio financeiro, que são<br />

condições necessárias para garantir o futuro e<br />

a sustentabilidade do negócio.<br />

Valor Acrescentado Bruto (VAB)<br />

Para medir a contribuição das empresas para a<br />

economia usa-se o VAB – Valor Acrescentado<br />

Bruto, a melhor medida do contributo das empresas<br />

para a economia, que junta todos os fatores de<br />

produção: trabalho (despesas de pessoal), capital<br />

(amortizações), excelência da gestão (resultados).<br />

É calculado mediante a soma das vendas e das<br />

prestações de serviços, trabalhos para a própria<br />

empresa, variação de produção, subsídios destinados<br />

à exploração e receitas suplementares,<br />

menos consumos intermédios e os fornecimentos<br />

e serviços externos.<br />

Crescimento do Volume de Negócios<br />

Para medir o dinamismo recorremos ao Crescimento<br />

de Vendas verificado no último exercício.<br />

Num mercado estável e concorrencial, ganhar<br />

quota de mercado é um símbolo de excelência.<br />

Este é um critério essencial para avaliar o dinamismo<br />

e a eficácia da empresa, em tempo de<br />

crise. Valores positivos indicam crescimento das<br />

vendas, dinamismo empresarial e conquista de<br />

novos clientes ou quotas de mercado.<br />

Autonomia Financeira<br />

O equilíbrio financeiro é testado através do indicador<br />

de Autonomia Financeira, que permite<br />

ver qual a percentagem do ativo financiado<br />

pelos capitais próprios, sem recurso a entidades<br />

financeiras ou fornecedores. É um indicador do<br />

equilíbrio financeiro da empresa, já que mede o<br />

grau de financiamento do ativo pelos capitais próprios.<br />

Calculada pelo quociente entre os capitais<br />

próprios e o ativo total líquido. Indica o peso dos<br />

capitais próprios no financiamento da empresa e<br />

complementa o rácio de endividamento.<br />

Produtividade Real<br />

A Produtividade Real é o indicador mais utilizado<br />

para medir a eficiência da empresa, medindo<br />

o valor da contribuição de cada trabalhador<br />

para o volume de negócios da empresa. Mede<br />

a eficiência da empresa na utilização dos seus<br />

recursos humanos, representando os valores mais<br />

elevados e maior produtividade. Comparações<br />

entre a produtividade de empresas de diferentes<br />

sectores devem ser feitas com cuidado, tal como<br />

comparações de produtividade entre sectores de<br />

atividade diferentes. Por exemplo, uma indústria<br />

de capital intensivo terá, em condições normais,<br />

uma produtividade do trabalho superior a uma<br />

de mão-de-obra intensiva.<br />

Rentabilidade dos Capitais<br />

Próprios<br />

A Rentabilidade dos Capitais mede a retribuição<br />

da empresa aos seus acionistas. Assumindo que os<br />

capitais próprios da entidade representam a sua<br />

situação patrimonial líquida, isto é, o seu valor<br />

contabilístico, pode-se considerar a rendibilidade<br />

do capital próprio como sendo a rendibilidade<br />

da entidade. O cálculo é efetuado pela divisão<br />

dos resultados líquidos pelo valor dos capitais<br />

próprios da entidade.<br />

Geração e Emprego<br />

A Geração de Emprego é uma boa forma de medir<br />

o compromisso da empresa com a sociedade.<br />

Um indicador que dá sinais para a expansão futura<br />

da empresa. Em tempo de crise, a manutenção<br />

do emprego já pode ser considerada um resultado<br />

ambicioso, face à onda de encerramentos e dispensas<br />

de pessoal. O dado indicado refere-se ao<br />

número de funcionários ao serviço da empresa em<br />

31 de dezembro de 2022 e serve para o cálculo<br />

da produtividade do trabalho.<br />

Critérios são acumulativos<br />

A destacar que estes seis critérios não são eliminativos,<br />

mas acumulativos: uma empresa que<br />

obtenha boa pontuação em quatro ou cinco critérios<br />

e fraca em um ou dois critérios, poderá<br />

ser considerada excelente. Por exemplo, uma<br />

empresa que cria valor acrescentado, mantém<br />

uma correta estrutura financeira, elevada produtividade<br />

e rentabilidade, pode crescer pouco<br />

e não gerar emprego, mas se as pontuações o<br />

permitirem, pode estar no Quadro de Honra. De<br />

referir ainda que utilizamos dois critérios eliminativos:<br />

não entram no cálculo para o Quadro<br />

de Honra, as empresas que não crescem ou que<br />

obtiveram Resultados Negativos (prejuízos) no<br />

último exercício. Para o setor de distribuidores de<br />

peças para ligeiros, foram apuradas 93 empresas,<br />

tendo sido eliminadas seis por não terem tido<br />

crescimento e uma por ter capitais negativos. É<br />

pontuada com 93 pontos a empresa líder em cada<br />

critério e com 1 ponto a empresa que ocupa o<br />

lugar 93 e logicamente com valores intermédios,<br />

de modo decrescente, as empresas situadas entre<br />

os lugares 2 e 92 de cada critério. Somando a<br />

pontuação obtida em cada critério obtém-se a<br />

pontuação total, que permite definir o ranking das<br />

10 melhores empresas. Para os outros três setores<br />

(Pesados, Equipamentos, Repintura e Pneus), foi<br />

seguido o mesmo método de cálculo.<br />

42<br />

42<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Paulo agostinho (alecarpeças), José Boavida (corteco), Luis Vazquez Fraga (Philips), flávio menino (autozitânia)<br />

Quadro de Honra<br />

Nº EMPRESA<br />

1 CENTRAUTO<br />

2 AUTOZITÂNIA<br />

3 ALECARPEÇAS<br />

4 BOMBÓLEO<br />

5 NEWONEDRIVE<br />

6 SOUSA DOS RADIADORES<br />

7 R.P.L. CLIMA<br />

8 AUTO DELTA<br />

9 FIMAG<br />

10 GLOBESCALA<br />

44<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

37-45_Mercado distribuidores peas veculos ligeiros.indd 44 08/11/<strong>2023</strong> 20:48


TOP 10<br />

DISTRIBUIDORES PEÇAS Ligeiros POR CRITÉRIOs<br />

Nº EMPRESA CRESCIMENTO<br />

VOLUME NEGÓCIOS<br />

1 CAETANO PARTS, LDA. 122,58<br />

2 BOMBÓLEO, LDA 84,68<br />

3 NEWONEDRIVE, S.A. 63,91<br />

4 R.P.L. CLIMA, LDA. 50,02<br />

5 GLOBESCALA, LDA. 46,19<br />

6 VALES & VALES, LDA. 37,15<br />

7 JAPPARTS, UNIPESSOAL, LDA. 36,44<br />

8 AUTO TORRE DA MARINHA, LDA. 29,13<br />

9 2M1J - SOLUÇÕES AUTO, LDA. (N PEÇAS) 28,36<br />

10 MONDEGOPEÇAS, LDA. 28,27<br />

Nº EMPRESA VALOR ACRESCENTADO<br />

BRUTO (VAB)<br />

1 CENTRAUTO, LDA. 17 561<br />

2 SOFRAPA AUTOMÓVEIS, S.A 12 172<br />

3 NEWONEDRIVE, S.A. 9 818<br />

4 J.P.L.R 1 UNIPESSOAL, LDA. 9 588<br />

5 AUTOZITÂNIA, S.A 8 435<br />

6 AUTO DELTA, LDA. 8 378<br />

7 VAUNER TRADING, S.A. 7 027<br />

8 M. COUTINHO PEÇAS, S.A 5 782<br />

9 BOMBÓLEO, LDA 4 868<br />

10 EUROPEÇAS, S.A. 4 370<br />

Nº EMPRESA PRODUTIVIDADE<br />

REAL<br />

1 CREATE BY SANDIA, S.A. 82,98<br />

2 COSIMPOR, S.A. 46,92<br />

3 BOMBÓLEO, LDA. 28,32<br />

4 AUTOAVAL, LDA. 26,71<br />

5 R.P.L. CLIMA, LDA. 25,05<br />

6 SOFRAPA AUTOMÓVEIS, S.A. 24,37<br />

7 ALECARPEÇAS, LDA. 24,23<br />

8 3.0 INNOVATIVE AFTERMARKET, S.A. (REDEINNOV) 23,35<br />

9 M. COUTINHO PEÇAS, S.A 22,52<br />

10 JOSÉ FORTUNATO, LDA. (JF AUTO PEÇAS) 22,39<br />

Nº EMPRESA AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

1 AÇORPEÇAS, LDA. 93,65<br />

2 MACOS - EXTRAS E ACESSÓRIOS, LDA. 92,40<br />

3 SOUSA DOS RADIADORES 92,20<br />

4 CARLOS MANUEL MACHADO SILVA, LDA. 87,42<br />

5 MENAPEÇAS, S.A. 87,02<br />

6 INFINIAUTO, LDA. 86,97<br />

7 ROMAFE, S.A. 86,32<br />

8 MOTORMÁQUINA, LDA. 85,73<br />

9 AUTO RECTO, LDA. 85,39<br />

10 M.C.D. GARCIA, LDA. 85,33<br />

Nº EMPRESA PRODUTIVIDADE<br />

REAL<br />

1 GRANMOTOR, LDA. 128,17<br />

2 CREATE BUSINESS, S.A. 109,89<br />

3 CENTRAUTO, LDA. 104,53<br />

4 EUROMAIS - PEÇAS E PNEUS, LDA. 92,53<br />

5 IBEROTURBO, LDA. 85,21<br />

6 POLIBATERIAS, LDA. 83,70<br />

7 GLOBESCALA, LDA. 83,12<br />

8 FERDINAND BILSTEIN PORTUGAL, S,.A. 82,86<br />

9 VIEIRA & FREITAS, LDA. 80,33<br />

10 3.0 INNOVATIVE AFTERMARKET, S.A. (REDEINNOV) 78,89<br />

Nº EMPRESA GERAÇÃO<br />

EMPREGO<br />

1 NEWONEDRIVE, S.A. 91<br />

2 CAETANO PARTS, LDA. 62<br />

3 J.P.L.R 1 UNIPESSOAL, LDA. 46<br />

4 SOFRAPA AUTOMÓVEIS, S.A 37<br />

5 M. COUTINHO PEÇAS, S.A. 24<br />

6 CENTRAUTO, LDA. 22<br />

7 VALES & VALES, LDA. 12<br />

8 EUROPEÇAS, S.A. 10<br />

9 AUTOZITÂNIA, S.A 10<br />

10 JAPPARTS, UNIPESSOAL, LDA. 9<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

45<br />

37-45_Mercado distribuidores peas veculos ligeiros.indd 45 08/11/<strong>2023</strong> 20:48


Peças Ligeiros Posição ranking 5º Volume negócio em 2022 €52.729.000<br />

Dedicada ao comércio de peças e acessórios para veículos automóveis desde<br />

1986, a Autozitânia tem hoje 12 pontos de venda, distribui mais de 80<br />

marcas e tem um stock de 110 mil referências. Em 2020 entrou como sócia na<br />

AD Parts e em 2021 a Bragalis foi incorporada no Grupo Autozitânia. Sobre<br />

o atual momento do setor, o administrador, Ricardo Venâncio, classifica o<br />

setor da distribuição de peças como “resiliente” e considera que as empresas<br />

beneficiam “da conjuntura económica favorável, verificando-se notoriamente<br />

um maior crescimento das empresas com maior dimensão”. Com a tendência<br />

da concentração a intensificar-se, “o mercado torna-se menos disperso e as<br />

empresas de maior dimensão conseguem obter maior quota de mercado,<br />

colhendo benefícios”, pelo que o mesmo entende que será algo que se irá<br />

manter no futuro. Já sobre a entrada de distribuidores de peças espanhóis no<br />

mercado português, Ricardo Venâncio salienta que o espaço ibérico sempre<br />

foi visto como único e “não existe apenas uma tendência de iberização, mas<br />

sim de globalização. O mercado português é cada vez mais visível e entra<br />

nos planos dos grandes players a nível europeu e mundial”, alerta. Com<br />

um “compromisso constante com a inovação digital”, o Grupo Autozitânia<br />

procura otimizar todos os processos através da digitalização. As mais recentes<br />

ações foram realizadas nas áreas de logística e contact center, o que permitiu<br />

“aumentar o serviço junto dos clientes e restantes stakeholders”, assim como<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Autozitânia<br />

contribuir para a redução da pegada ecológica. Dentro do compromisso com<br />

a sustentabilidade, a empresa investiu em tecnologias para aproveitamento da<br />

energia solar, para obter significativas reduções no consumo energético nas<br />

instalações, como a instalação de painéis fotovoltaicos na sede em Odivelas.<br />

Além disso, o Grupo Autozitânia tem promovido a reutilização de materiais<br />

de consumo necessários para a atividade, e implementado práticas de gestão<br />

de resíduos que minimizam o impacto ambiental. No portefólio da empresa<br />

está em análise o aumento da oferta de peças reconstruídas, conta-nos o<br />

administrador. As vendas de peças automóveis online no aftermarket em<br />

Portugal têm registado “um crescimento constante e substancial. No B2B,<br />

tem sido sustentado nas plataformas das empresas especializadas no nosso<br />

setor, e no negócio B2C terá sempre limitações para os consumidores, pelo<br />

que consideramos que não deverá ser a modalidade dominante” afirma Ricardo<br />

Venâncio. No próximo ano, a Autozitânia continuará a estratégia de<br />

crescimento sustentado. O administrador garante que a empresa irá continuar<br />

atenta “a novos produtos ou gamas para acrescentar à nossa oferta, a novas<br />

tecnologias no automóvel com a consequente realização de novas formações,<br />

para os profissionais do setor estarem sempre preparados e atualizados, novos<br />

equipamentos para reparação nos veículos automóveis e uma procura contínua<br />

de elevar o nosso nível de serviço junto dos clientes e parceiros”.<br />

Administradores Francisco Neves e Ricardo Venâncio<br />

Morada Avenida das Acácias, Lote AE 2/3 Arroja 1685-654 Famões<br />

Telefone 214 789 100 EMAIL vendas.odivelas@autozitania.pt SITE www.autozitania.pt<br />

46<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


UM MUNDO DE PEÇAS AO SEU DISPOR


Peças Ligeiros Posição ranking 6º Volume negócio em 2022 €52.507.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Newonedrive, empresa do grupo Nors, retalhista especializada em peças<br />

A e acessórios para automóveis ligeiros e pesados, detém as marcas Civiparts,<br />

AS Parts e OneDrive, conta com 184 trabalhadores, em 12 pontos de<br />

venda pelo país. A área total de armazenamento vai acima dos 15 mil metros<br />

quadrados e as referências em stock cifram-se nas 81 mil. Isabel Basto, COO<br />

Aftermarket Nors Portugal, tem um olhar positivo sobre o setor do pós-venda<br />

automóvel e sobre a distribuição de peças em particular. Na sua opinião, “depois<br />

dos desafios enfrentados pelo setor de pós-venda automóvel em Portugal<br />

desde 2020, pode-se dizer que o mercado se tornou mais atrativo. A maior<br />

diferença que vimos face ao período de 2020 foi a resiliência, principalmente<br />

durante a pandemia, que resultou numa performance positiva. A valorização<br />

do aftermarket e a solidificação da sua dimensão como área de negócio potenciou<br />

aquisições e fusões”. A responsável entende que “o mercado está a<br />

evoluir apoiado em diferentes tendências, que vão desde a concentração do<br />

mercado até a entrada de distribuidores de peças espanhóis, sempre a partir<br />

da necessidade de criar volumes que permitam obter melhores condições de<br />

compra. Como experiência, temos a associação ao Groupauto Internacional,<br />

parceria que tem sido extremamente benéfica e potenciadora para a nossa<br />

empresa”, explica, notando que a concentração do negócio da distribuição<br />

de peças tenderá “a continuar”. Ao longo dos últimos anos, a Newonedrive<br />

Newonedrive<br />

tem “investido na digitalização da empresa e o foco tem sido a webshop que<br />

reforçamos com um portal que permite ao cliente aceder ao histórico, bem<br />

como acompanhar a localização das encomendas. Também fizemos um investimento<br />

significativo no sistema operativo da empresa (SAP4HANA) que<br />

resultou num aumento da eficiência operacional e melhoria do serviço de<br />

excelência que prestamos aos clientes”, conta Isabel Basto, referindo também<br />

a importância do desenvolvimento sustentável. A Civiparts, AS Parts e<br />

OneDrive desde sempre assumiram a sua responsabilidade neste âmbito e<br />

responsabilizam-se no processo de recolha e valorização de produtos e embalagens<br />

usados, o que deu origem ao Projeto REUSE. Entre as principais ações,<br />

destacam-se a recolha de caixas usadas nos clientes, bem como o Ecosteps,<br />

que visa descartar e reciclar corretamente as baterias usadas. A responsável<br />

acredita que “apesar de o mercado de aftermarket estar no bom caminho,<br />

há ainda um potencial muito grande de digitalização que depende de vários<br />

fatores, como a resistência dos players do setor que localmente precisam de<br />

se adaptar a esta nova realidade e fazer as mudanças necessárias para acompanhar<br />

a tendência”, diz. A médio prazo, os projetos da Newonedrive estão<br />

centrados nas tendências do mercado: eletrificação, digitalização, condução<br />

autónoma e telemática. Já a curto prazo, o posicionamento será materializado<br />

numa solução de serviços dedicados às gestoras de frotas e transportadoras.<br />

COO Aftermarket Nors Portugal Isabel Basto<br />

Morada R. Conde Covilhã 1637, 4100-189, Porto<br />

E-MAIL civiparts@civiparts.com / geral@asparts.pt / geral@onedrive.pt SITE www.civiparts.com / www.asparts.pt / www.onedrive.pt<br />

48<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


O SEU PARCEIRO NA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO AUTOMÓVEL<br />

CONHEÇA A FERRAMENTA QUE CONTROLA O PROCESSO DE REPARAÇÃO DO<br />

COMEÇO AO FIM E FAÇA A GESTÃO DE TODOS OS DADOS PÓS-VENDA.<br />

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EXATA DA PEÇA E ALTERNATIVAS EXISTENTES, BEM COMO DE INFORMAÇÃO OE<br />

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Peças Ligeiros Posição ranking 7º Volume negócio em 2022 €50.736.000<br />

Nasceu em 1959, a partir de um pequeno negócio familiar na área da reparação<br />

Diesel e desde então foi crescendo de forma exponencial no setor<br />

do aftermarket e suportando o seu crescimento na confiança e fidelização dos<br />

seus clientes. É importadora e distribuidora dos principais fabricantes mundiais<br />

de peças e equipamentos automóvel e conta atualmente seis pontos de venda<br />

em Portugal e ainda com delegações no Brasil e Angola, comercializando e<br />

assistindo produtos e equipamentos localmente. Mais de 60 anos depois da<br />

fundação, a Bombóleo distingue-se pela humanização do negócio, criando<br />

soluções e ferramentas que ajudam a empresa a potenciar o seu valor. Paulo<br />

Marques, diretor geral, é o responsável pela empresa e é ele que nos explica o<br />

sucesso alcançado, e a forma como analisa o presente e o futuro deste mercado:<br />

“O setor do pós-venda vive um bom momento, não só em Portugal como<br />

em praticamente toda a Europa. As várias crises não afetaram o setor, em<br />

alguns aspetos até o têm beneficiado, pelo menos, neste momento”, refere.<br />

Para o mesmo, o que está a acontecer neste momento é uma tendência de<br />

concentração e não de iberização, “é algo que se assiste na Europa há já algum<br />

tempo e que chega com toda a naturalidade também a Portugal”, explica. Essa<br />

mesma concentração do negócio das peças, é “um fenómeno compreensível,<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Bombóleo<br />

pois, por exemplo em compras as sinergias são evidentes, já a concentração de<br />

capital é algo que pode conter os seus riscos”, diz. Quanto à digitalização é um<br />

aspeto fundamental do negócio e a Bombóleo está a investir nesse domínio.<br />

Em relação à sustentabilidade, o grupo decidiu “tomar este assunto como estratégico,<br />

pelo que criamos um departamento onde estamos a desenvolver projetos<br />

com soluções de reciclagem de água, nomeadamente para estações de serviço<br />

de lavagem de veículos ligeiros e pesados, públicos ou privados. A Bombóleo<br />

será certificada ambientalmente em 2024 e já estamos muito adiantados neste<br />

processo. Instalamos em 50% dos nossos edifícios energia solar, contamos no<br />

próximo ano realizar os outros 50%”, descreve. Para o futuro e focando-se<br />

em novos projetos, “o grupo tem como visão estratégica o crescimento e a<br />

abertura de novas lojas. Este ano foi uma realidade, iremos seguir em 2024<br />

com a mesma intenção. Queremos diversificar a nossa atividade com negócios<br />

ou departamentos que complementem a nossa oferta. Queremos crescer, mas<br />

só o podemos fazer pensando no nosso cliente, pois se ele crescer nós também<br />

poderemos crescer. Pretendemos adicionar valor ao nosso cliente. Angola e Brasil<br />

em moldes diferentes, são realidades que queremos aportar valor em parceria<br />

com os sócios locais”, conclui Paulo Marques.<br />

Diretor GERAL Paulo Marques<br />

Morada Rua Sebastião e Silva, 28 Zona Industrial de Massamá 2745-838 Queluz<br />

Telefone 214 389 600 EMAIL bomboleo.@bomboleo.com SITE www.bomboleo.com<br />

50<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Ligeiros Posição ranking 12º Volume negócio em 2022 €38.151.000<br />

Com mais de 190 mil referências em stock em Leiria e Castelo Branco, a<br />

Auto Delta tem cerca de 15.000 m 2 de área de armazenamento. Tem<br />

120 trabalhadores, nos dois pontos de venda, e atua no comércio grossista<br />

de peças e acessórios para automóveis desde 1977. Em 2019 foi incorporada<br />

no Grupo CGA e, mais recentemente, em 2022, teve entrada no capital por<br />

parte do Fundo CREST II. O gerente da empresa, Marcelo Silva, considera<br />

que o momento é de “expetativa sobre o comportamento do mercado até ao<br />

final do ano, se a situação económica nacional e global se altera e ainda para<br />

verificar algumas potenciais mudanças no que toca ao fornecimento de produtos<br />

ou interrupção das cadeias de abastecimento”. O responsável identifica <strong>2023</strong><br />

como um ano “bem mais positivo do que aquilo que se vaticinava, mas com<br />

alterações fundamentais para o que será o futuro a médio e longo prazo”. A<br />

Auto Delta tem apostado na redução da pegada ambiental, através da utilização<br />

de iluminação mais responsável, da colocação de painéis fotovoltaicos,<br />

da reciclagem de todos os resíduos produzidos e da modernização do parque<br />

automóvel da empresa. Já o recurso às peças reconstruídas está “em permanente<br />

equação”. Marcelo Silva nota um aumento da atividade digital “tanto ao nível<br />

do retalho como nas oficinas de reparação automóvel” e entende que “todos<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Auto Delta<br />

os níveis do negócio de pós-venda automóvel independente em solo nacional<br />

estão cada vez mais fortes ao nível digital”, havendo espaço para o crescimento<br />

das vendas online. “Ainda que a maioria dos players grossistas disponham,<br />

há bastantes anos em alguns casos, de lojas online exclusivamente dedicadas<br />

ao modelo de negócio B2B, a verdade é que só há poucos anos se assistiu à<br />

abertura para o mercado nacional de lojas online B2C com grande dimensão<br />

e que representam uma massificação deste setor”, diz o gerente. Para já, a<br />

Auto Delta pretende consolidar o fenómeno de concentração onde tomou<br />

parte ativa, “para enfrentar os desafios do mercado com maior capacidade<br />

e amplitude de gama, um melhor e mais profundo conhecimento técnico e<br />

uma equipa comercial altamente especializada”. Marcelo Silva olha para a<br />

entrada de distribuidores espanhóis em Portugal como uma “europeização”,<br />

que diz ser “inevitável com a integração na União Europeia e a liberdade de<br />

circulação de pessoas, mercadorias e capitais que a isso advinha” e acredita<br />

que “num mercado repleto de desafios presentes e futuros, como seja a iberização<br />

do mercado, a entrada de novos e disruptivos players ou a evolução<br />

da tecnologia automóvel, é imperativo o aumento de quota de mercado e<br />

capacidade de negociação”.<br />

Gerente Marcelo Silva<br />

Morada Rua da Fontinha, 77 – Andrinos - 2416-905 Leiria<br />

Telefone 244 830 070 EMAIL geral@autodelta.pt SITE www.autodelta.pt<br />

52<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Ligeiros Posição ranking 15º Volume negócio em 2022 €23.006.000<br />

Prestes a comemorar 20 anos no mercado (em 2024), o bilstein group<br />

distribui as marcas febi, SWAG & Blue Print para veículos ligeiros e pesados.<br />

Está desde 2018 nas instalações da Venda do Pinheiro, onde acolhe<br />

52.566 referências em stock num espaço de 7.000 m 2 . É gerido por Joaquim<br />

Candeias, que entende que o momento atual do setor “antecipa indicadores<br />

de um futuro positivo que, com as devidas adaptações e com a flexibilidade<br />

adequada, significará que o aftermarket terá boas perspetivas de continuação<br />

de bons resultados, prolongando ao máximo este clima de prosperidade”.<br />

O diretor-geral considera que não há “qualquer iberização do comércio de<br />

peças automóvel” e sublinha que “o mercado português e espanhol são distintos<br />

e, ainda que existam players espanhóis em Portugal, estes terão de<br />

adotar estratégias e planeamentos portugueses, para conseguirem alcançar o<br />

sucesso e cumprir os seus objetivos, beneficiando ambas as partes”. Candeias<br />

congratula-se pela concentração do negócio da distribuição das peças, que<br />

diz ser “fundamental para a continuidade” do mesmo. Alerta para “pontos<br />

positivos e negativos, contudo, neste contexto, os aspetos positivos superam<br />

em muito os negativos”. No seio do bilstein group, a digitalização “é um<br />

processo bem presente e relevante” e dá como exemplo o catálogo partsfinder<br />

e a loja online Webshop, que permitem o acesso direto ao sistema, ou as<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

bilstein group<br />

redes sociais, “um projeto mais recente”, que possibilita “comunicar de forma<br />

mais direcionada e personalizada, solidificando o processo de digitalização<br />

e alargando o espetro comunicacional”, explica. Quanto à sustentabilidade,<br />

o responsável conta que foram já instalados painéis fotovoltaicos e toda a<br />

iluminação do edifício é feita com recurso a iluminação LED. Além disso,<br />

todo o papel e plástico da zona logística são reciclados e, em termos globais,<br />

foi efetuada uma redução de plástico no embalamento, com a eliminação do<br />

mesmo onde não era necessário. Já sobre a as peças reconstruídas, “é um tema<br />

que não faz parte dos nossos projetos, sendo que olhamos para a economia<br />

circular de um modo distinto”, garante Joaquim Candeias, que também não<br />

acredita que a mentalidade atual esteja direcionada no sentido da venda de<br />

peças online no nosso país: “A aquisição de peças online é desajustada com<br />

o modo como a cadeia de distribuição se encontra organizada atualmente.<br />

Concordo que não seja algo que se vá alterar nos próximos tempos”, afirma.<br />

O bilstein group vai arrancar 2024 com um novo sistema, o SAP, que promete<br />

trazer “imensos desafios, mas também inúmeras vantagens competitivas,<br />

tanto internas como externas. Adicionalmente vamos também contar com a<br />

automatização e robotização de processos logísticos, aumentando, ainda mais,<br />

a nossa capacidade de resposta”, adianta Joaquim Candeias.<br />

Diretor geral Joaquim Candeias<br />

Morada Estrada do Jerumelo nº 863 Casais Carriços 2665-494 Venda do Pinheiro<br />

Telefone 219 663 720 EMAIL vendas@bilsteingroup.com SITE www.bilsteingroup.com/pt/<br />

54<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


EURO<br />

5<br />

2020<br />

Carro Elétrico<br />

Primeiro carro<br />

totalmente<br />

elétrico na frota


Peças Ligeiros Posição ranking 16º Volume negócio em 2022 €22.818.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Krautli Portugal<br />

Krautli Portugal é um distribuidor de peças para ligeiros fundado a 4 de<br />

A dezembro de 1989 e que tem sede na Póvoa de Santa Iria. Conta com<br />

78 funcionários, duas plataformas logísticas e 6.600 m2 de área total de armazenamento.<br />

Em stock conta com 60 mil referência de mais de 80 marcas<br />

premium para comercialização no mercado nacional. O diretor geral José<br />

Pires diz que é fundamental para a empresa “integrar o digital na visão de<br />

negócio de todas as organizações. A digitalização ajuda a simplificar e automatizar<br />

processos para que funcionem de forma mais eficiente e consistente,<br />

aumentando a produtividade. Melhora a comunicação interna e externa. E,<br />

finalmente, ajuda a tomar melhores decisões estratégicas com base em análises<br />

de dados fiáveis. Na Krautli Portugal trabalhamos com especialistas na área<br />

para identificar todas as possibilidades viáveis de digitalização. Fornecemos<br />

aos clientes os meios digitais eficientes necessários para desenvolverem a sua<br />

atividade. A digitalização é o core das operações das nossas redes de oficinas<br />

NexusAuto e Profissional Plus, e basilares para a nossa rede de revendedores N!<br />

Shop”. A Krautli Portugal trabalha com peças reconstruídas, “desde o início<br />

da empresa, há mais de 30 anos, e temos aumentado o leque desta oferta ao<br />

longo do tempo. Mas, na verdade, não somos nós que tomamos essa decisão<br />

– fornecemos as melhores soluções, de acordo com o que o mercado procura<br />

e necessita. É natural que esta procura aumente por parte dos consumidores,<br />

tendo por base preocupações ambientais, e cá estamos para fornecer o que o<br />

mercado procura», garante o mesmo responsável. José Pires considera também<br />

que as “vendas online vão continuar a crescer. Atualmente representam 10%<br />

das vendas de peças IAM e prevê-se que em 2030 sejam 25% do total. Para<br />

dar um exemplo, a Autodoc posiciona-se no TOP 10 da distribuição nacional<br />

independente, com vendas superiores a 27 milhões de euros em Portugal. Nós<br />

estamos presentes no B2C online através de parceiros que são muito ativos neste<br />

mercado”, explica. Para o futuro, a Krautli Portugal vai arrancar com uma<br />

nova plataforma logística em Coimbra, com 1.200 m2: “Isto vai permitir-nos<br />

fortalecer a nossa presença no centro do país, em particular na Beira interior.<br />

Depois, ao longo do ano, teremos várias novidades, com o fortalecimento do<br />

nosso portefólio de produtos/serviços em áreas como a eletrificação e com<br />

novos passos na digitalização da empresa, nomeadamente com a utilização<br />

de Inteligência Artificial”, conclui.<br />

Diretor geral José Pires<br />

Morada Parque Marinhas de D. Ana, Armazém 4, 2629-001 Póvoa de Sta. Iria<br />

Telefone 219 535 600 EMAIL contact@krautli.pt SITE www.krautli.pt<br />

56<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Ligeiros Posição ranking 23º Volume negócio em 2022 €14.676.000<br />

importação e exportação de peças auto é a atividade principal da MF Pinto,<br />

A empresa fundada em junho de 2004, com sede na Abrunheira, em Sintra.<br />

Conta com dois pontos de venda onde trabalham 48 funcionários e disponibilizam<br />

uma área total de armazenamento de 2.700 m2. As referências em<br />

stock chegam às 25 mil, das marcas Borgwarner, Mellet, DTS, Bosch, Delphi,<br />

Denso, Stanadyne, Continental, Beru, Whaler e CIMAT. Desde 2017, contam<br />

também com um armazém na Maia, para facilitar as operações da empresa a<br />

norte do país. Jorge Costa, administrador da empresa fala do momento que<br />

se vive no setor do pós-venda automóvel e na distribuição das peças, dizendo<br />

que “o Aftermarket nacional continua a dar sinais de grande vitalidade e, em<br />

<strong>2023</strong>, a maior parte das empresas vai crescer relativamente a 2022. Há mais<br />

empresas a competir e assistimos, com alguma preocupação, a uma perda<br />

de margem significativa em muitas gamas de peças. Há empresas que para<br />

competir só ficam com os bónus que as marcas oferecem, e a médio prazo<br />

isso vai pôr em causa a sobrevivência de muitas”, refere Jorge Costa. Quanto<br />

à iberização do mercado automóvel, o mesmo responsável vê a situação com<br />

normalidade, até porque a MF Pinto está presente no mercado espanhol desde<br />

há 15 anos. “Espero que os gestores portugueses também olhem para o mercado<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

MF Pinto<br />

espanhol como uma oportunidade e contribuam para essa iberização, nesse<br />

sentido. O mercado português não tem escala, deveríamos todos olhar para<br />

fora e Espanha é um mercado natural. A iberização pode e deve ser nos dois<br />

sentidos”, refere. Em relação à concentração do negócio da distribuição de<br />

peças, Jorge Costa diz que “é uma tendência a que temos assistido nos últimos<br />

meses, não penso que terá que ser assim. Há empresas que procuram ganhar<br />

economia de escala e ganhar novas marcas, tendo como objetivo principal<br />

serem fornecedores mais globais. Vejo isso com naturalidade”, continua dizendo<br />

ainda que a empresa detém vários canais digitais e que a sua comunicação<br />

privilegia essa vertente. Já no que diz respeito à sustentabilidade, a MF Pinto<br />

tem prevista a instalação de painéis solares na sede da Abrunheira, enquanto<br />

que para o embalamento adquiriram uma máquina que permite reutilizar o<br />

papel e o cartão, otimizando o desperdício. A empresa aposta forte nas peças<br />

reconstruídas: “a nossa oferta de produtos reconstruídos é enorme há muito<br />

tempo, Turbos, Bombas Injetoras e Porta Injetores por exemplo. Vamos com<br />

certeza reforçar esse negócio em 2024”. Também no próximo ano, vão reforçar<br />

o negócio em Espanha com a abertura de outra loja numa região onde ainda<br />

não marcam presença.<br />

Administrador Jorge Costa Pinto<br />

Morada Sintra Business Park, Edifício 5 - Arm.D – 2710-089 Abrunheira - Sintra<br />

Telefone 214 251 740 EMAIL info@mfpinto.com SITE www.mfpinto.com<br />

58<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Diesel Injection Turbo Aftermarket<br />

MADRID / SEVILHA<br />

RÉUNION<br />

www.mfpinto.com<br />

Abrunheira (Sede): Sintra Business Park, Zona Industrial da Abrunheira | Edifício 5, Armazém D | 2710-089 Sintra<br />

Telefone: +351 21 4251740 /48 | Email: info@mfpinto.com<br />

Maia: Centro de Negócios da Maia, Rua Albino José Domingues, 611 – Sector IV, Z.I.da Maia | 4470-557 Moreira – Maia<br />

Telefone: +351 22 9436090 /98 | Email: infoporto@mfpinto.com


Peças Ligeiros Posição ranking 24º Volume negócio em 2022 €14.183.000<br />

Com sede em Leiria, como o nome da empresa indica, a Leirilis iniciou atividade<br />

em 1986 com a comercialização de peças e acessórios para automóveis.<br />

Atualmente conta com 100 funcionários em seis pontos de vendas. Tem 6.000<br />

m2 de área de armazenamento coberta e disponibiliza ao mercado mais de 60<br />

mil referências. Saulo Saco, diretor geral, mostra-se orgulhoso em relação ao<br />

trabalho efetuado nestes já longos anos de atividade, e considera que o setor<br />

enfrenta “dias desafiantes, visto Portugal ser detentor de um parque automóvel<br />

envelhecido e, consequentemente, se verificar uma crescente necessidade de peças<br />

de reposição. A par disso, o aparecimento de carros cada vez mais tecnológicos<br />

cria o desafio de acompanhar a evolução a nível de conhecimento e de peças<br />

de reposição cada vez mais específicas. Assim, trabalhamos diariamente para<br />

dar a melhor resposta a ambos os cenários. Com esta evolução, encontramos<br />

oficinas que já identificaram a necessidade de se profissionalizarem para melhor<br />

responder aos desafios diários. De modo a auxiliar nessa exigência sentida<br />

por parte das oficinas, dispomos do Conceito Oficinal RedService e do Oficinas<br />

DP que pretendem fornecer formação e ferramentas aos nossos parceiros<br />

para responder de forma competitiva aos seus clientes”, refere. Em relação à<br />

iberização do mercado português, Saulo Saco diz que “a Leirilis pertence ao<br />

Grupo Dipart desde 2017 e desde aí sempre houve uma visão de que essa seria<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Leirilis<br />

a realidade a médio-longo prazo. O mercado português é muito apetecível e<br />

cheio de oportunidades, razão pela qual há aproximação de alguns distribuidores<br />

de peças espanhóis. No entanto, o mercado português é muito maduro e conta<br />

com muitos players bem estruturados, mas temos de encarar essa entrada com<br />

normalidade”, entende. Para o responsável, o caminho vai passar pela concentração<br />

do negócio da distribuição de peças, por isso quem está sozinho terá de<br />

se juntar a alguém para vingar e nunca poderá contornar a digitalização do<br />

negócio, um fator imprescindível de sucesso que a Leirilis trabalha diariamente:<br />

“A implementação de sistemas de gestão integrada é essencial e diferenciadora<br />

nos dias de hoje, pelo que trabalhar com o WMS é, para nós, uma ferramenta<br />

de trabalho imprescindível”, aponta. Em relação à sustentabilidade, qualquer<br />

negócio atual que não a incorpore está desalinhado da realidade, defende: “A<br />

área ambiental é muito sensível na oficina e, por vezes, pode ser sentida alguma<br />

dificuldade”. Por isso, a Leirilis criou a RedWaste, que pretende apoiar na gestão<br />

de resíduos, oferecendo consultoria ambiental. A Leirilis tem uma vertente de<br />

peças reconstruídas, com enorme procura. Nesse sentido disponibiliza motores<br />

de arranque, injetores, alternadores, turbos e caixas de direção. Para o futuro,<br />

o objetivo é crescer enquanto grupo para poder responder melhor aos clientes,<br />

mas também integrar novas marcas.<br />

Gerente Saulo Saco<br />

Morada Rua Paulo VI – Edifício Leirilis, nº 2800 2410-147 Leiria<br />

Telefone 244 850 080 EMAIL leirilis@leirilis.com SITE www.leirilis.pt<br />

60<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


dpautomotive.pt


Peças Ligeiros Posição ranking 28º Volume negócio em 2022 €13.318.000<br />

Fundada por Jochen Staedtler em 1982, a AleCarPeças dedica-se ao comércio<br />

grossista de peças e acessórios para automóveis. Tem quatro pontos de<br />

venda, 68 trabalhadores e mais de 60 mil referências em stock. Paulo Agostinho,<br />

administrador, mostra-se otimista com o atual momento do setor e considera<br />

que “podemos facilmente verificar que as perspetivas mais pessimistas que se<br />

abatiam sobre o nosso mercado, nomeadamente com o advento de uma nova<br />

crise económica ou um adiar da normalização das cadeias de produção ou ainda<br />

o agravamento da inflação, não se confirmaram e continuamos a testemunhar<br />

um mercado pujante”. Depois da entrada no capital, em 2022, por parte do<br />

Fundo CREST II, o responsável considera que a concentração a que se assiste<br />

no negócio da distribuição de peças “é benéfica para o comportamento e o futuro<br />

da empresa”. Na sua opinião, a AleCarPeças está “mais forte, contamos com<br />

uma gama de produtos e marcas muito forte e com condições comerciais muito<br />

positivas para fazer a diferença e para permitir que essa beneficie também os<br />

nossos parceiros comerciais. Num mercado altamente competitivo e com diversos<br />

desafios, o aumento de escala e de quota de mercado é essencial para continuar<br />

a crescer”, defende. A empresa apresenta-se como “exemplo no domínio da<br />

digitalização do mercado”. Além da tradicional loja online, que permite aceder<br />

a toda a oferta e toda a informação relevante para a comercialização, montagem<br />

e utilização das peças, a AleCarPeças lançou também, em 2022, uma aplicação<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AleCarPeças<br />

que, através de um smartphone, consegue ter o portefólio “na ponta dos dedos,<br />

esteja no local de trabalho, em casa, na praia ou em qualquer outro local”, explica<br />

Paulo Agostinho. Também no âmbito da sustentabilidade, a empresa pauta por<br />

“fazer mais e melhor”. Aumentar a oferta de peças reconstruídas, que contribuem<br />

significativamente para a economia circular, permitindo que os produtos tenham<br />

múltiplos ciclos de vida, “é um cenário em equação”. Porém, admite o sdministrador,<br />

“este tipo de produtos tem sido muito bem trabalhado por empresas<br />

que há muito anos são especialistas em peças reconstruídas, exclusivos ou não,<br />

mas que deixam pouco espaço para a entrada de empresas sem know-how, que<br />

é essencial para assegurar a segurança do cliente e do condutor”, argumenta.<br />

Paulo Agostinho espera um aumento da venda de peças online, mas aponta que<br />

“o mercado nacional ainda não está totalmente maduro, à exceção de algumas<br />

linhas de negócio. Cá estaremos para evoluir com o mercado e acompanhar o<br />

que são as necessidades do condutor do futuro”, garante. A AleCarPeças conta<br />

agora consolidar a abertura das novas instalações, “pois será uma localização<br />

com grande dinâmica e que poderá representar um ponto muito importante<br />

na história da nossa empresa”. Depois, a AleCarPeças pretende acompanhar<br />

as novidades do mercado juntamente com os parceiros Auto Delta e FIMAG,<br />

“procurando o crescimento conjunto das três empresas e que consigamos atingir<br />

os objetivos a que nos propusemos com máxima distinção”.<br />

Administrador Paulo Agostinho<br />

Morada Av. Afonso III, 587B - Edifício Tágide - 1900-041 Lisboa<br />

Telefone 214 602 465 EMAIL geral@alecarpecas.pt SITE www.alecarpecas.pt<br />

62<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Ligeiros Posição ranking 32º Volume negócio em 2022 €11.290.000<br />

Perante a total “transformação no pós-venda automóvel”, Manuel Vicente,<br />

gerente da Rodapeças, afirma que, “na distribuição de peças, continuamos<br />

no processo de consolidação de players ibéricos e no desenvolvimento de mais<br />

(e mais complexos) conceitos oficinais e programas de fidelização para oficinas.<br />

O desenvolvimento de soluções digitais para oficinas é hoje um desígnio de diferenciação<br />

e fidelização por parte de muitos distribuidores”, considera. Fundada<br />

em junho de 1990, a Rodapeças tem atualmente sete lojas e 92 trabalhadores.<br />

Desde sempre que prima pela sustentabilidade ambiental, apostando “na economia<br />

circular, na gestão e tratamento de resíduos e no aconselhamento ambiental<br />

das oficinas”. Manuel Vicente explica que estão “muito focados em reduzir a<br />

pegada ambiental no processo logístico. Possuímos soluções de peças usadas certificadas,<br />

que fazem parte da reutilização e da utilização de matérias-primas”.<br />

Além disso, há muitos anos que as peças reconstruídas fazem parte do portefólio<br />

da empresa, para a qual, “no futuro, as peças reconstruídas serão diferentes das<br />

que conhecemos hoje, tendo em conta o impacto da pegada ambiental graças à<br />

retro logística. Para aumentar a venda deste produto, no futuro, necessitaremos<br />

de software de codificação. Esperamos que ele esteja disponível”, frisa. No âmbito<br />

da digitalização, conta, a Rodapeças tem duas soluções ERP, “para fazer frente<br />

às nossas necessidades atuais e futuras. Desenvolvemos uma plataforma digital<br />

(Pador Tech Solution) com soluções de otimização de negócio, para as oficinas<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Rodapeças<br />

nossas clientes e estamos a desenvolver uma solução de business inteligence para os<br />

nossos negócios online”, declara. O responsável da Rodapeças considera que a<br />

tendência da concentração “demorou a chegar à Península Ibérica, porque ambos<br />

os mercados são muito fracionados (já foram mais). Os grandes grupos, com grande<br />

potencial de compra, gostam de comprar grandes empresas com grande quota<br />

de mercado. Teremos por isso, seguramente mais concentração nos próximos<br />

tempos”, antevê, acrescentando que a iberização da distribuição de peças “é um<br />

processo normal, tendo em conta o que tem acontecido no resto da Europa nos<br />

últimos 10 anos”. Na opinião do gerente da Rodapeças, o “nosso negócio passa<br />

por físico e online. O online tem vindo a tomar a sua posição junto do cliente final<br />

e do aplicador da peça. As grandes plataformas online de venda de peças auto,<br />

estão a focar-se no preço baixo, mas também em tudo aquilo que a oferta física<br />

não permite (identificação de peças e encomenda 24/7, etc.)”.<br />

Para o próximo ano, a empresa terá um alargamento de oferta na marca Pador,<br />

pois estão “muito focados em desenvolver soluções, para melhorar o negócio<br />

dos nossos clientes oficinas auto”, diz-nos Manuel Vicente. Também a marca<br />

de peças usadas certificadas ecoRDP deverá ter um alargamento de gama em<br />

breve, “por forma a afirmar-se neste novo mercado” e a Pador Academy irá<br />

lançar uma nova gama de cursos, “que ajudarão o mercado automóvel a superar<br />

as necessidades de técnicos capacitados”, relata.<br />

Gerentes Manuel Vicente, Sandra Rosa e Pedro Rosa<br />

Morada Rua da Tojeira, nº 6 Cabeço 3105-056 Carriço - Pombal<br />

Telefone 236 959 360 EMAIL geral@rodapecas.com SITE www.rodapecas.com<br />

64 Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Ligeiros Posição ranking 34º Volume negócio em 2022 €10.846.000<br />

A.Vieira, atualmente gerida por Paula Branco e António Anjo, possui quatro<br />

A lojas e mais duas associadas, nos distritos do Porto e Braga, com uma rede de<br />

vendedores que já cobre todo o território nacional e ilhas. Com 60 colaboradores,<br />

a A.Vieira tem em stock mais de 35 mil referências para garantir a total satisfação<br />

do cliente com o serviço, registando um volume de negócios anual acima dos 10,5<br />

milhões de euros. Possui uma área total de armazenagem de 5.200 m2 que lhe<br />

permite ter em permanência mais de 35.000 referências em stock. Comercializa<br />

principalmente marcas premium, como a Hella – Pagid, Purflux, UFI, Eurol,<br />

febi, Sachs, Valeo, Talosa e SNR, entre outras. Os responsáveis consideram que<br />

se assiste neste momento a “uma certa centralização do negócio da distribuição<br />

de peças, algo similar ao que acontece já noutros países europeus. Simultaneamente<br />

temos vindo a registar a entrada de distribuidores espanhóis agrupados<br />

ou independentes. Achamos prematuro estar a falar nesta altura em iberização<br />

do comércio de peças, mas com a concentração de negócios e a dinâmica dos<br />

grupos espanhóis poderá haver um novo paradigma no futuro do negócio do<br />

aftermarket em Portugal.” No domínio da digitalização, a A.Vieira tenta alocar<br />

recursos para sistemas e ferramentas que apoiem a estratégia digital das quais se<br />

destaca o website B2B. “Tentamos que os nossos funcionários estejam preparados<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

A.Vieira<br />

para usar as novas tecnologias e novas ferramentas de identificação de peças de<br />

forma cada vez mais eficaz”, referem. Para promover a sustentabilidade tem<br />

investido na eficiência energética, implementando práticas de gestão de frota<br />

eficientes e na sensibilização de funcionários para economizar energia e dar<br />

o devido seguimento aos resíduos. No que diz respeito à comercialização de<br />

peças reconstruídas, a empresa tem noção da sua importância para a economia<br />

circular, “contudo obriga a uma logística inversa muito intensiva. Assim, por<br />

uma questão prática não estamos a aumentar a oferta de peças reconstruídas”,<br />

afirmam os responsáveis da A.Vieira. A empresa está atenta às novas oportunidades<br />

de mercado e é provável a inserção de novas marcas e linhas de produto,<br />

o que está a levar a um ajuste do espaço disponível em armazém. Por isso, para<br />

o próximo ano haverá novidades na melhoria e aumento da plataforma logística<br />

para dar resposta ao crescimento do número de pedidos. Também a plataforma<br />

B2B foi recentemente renovada para uma solução mais eficiente, rápida e com<br />

soluções mais abrangentes para os clientes. Atenta às novas oportunidades de<br />

negócios, a A.Vieira está preparada para enfrentar os desafios da digitalização, a<br />

entrada dos veículos elétricos e a concentração do negócio de peças, valendo-se<br />

de uma equipa unida e com muitos anos de experiência.<br />

Gerentes Paula Branco e António Anjo<br />

Morada Av. D. Miguel, 250 – Z. I. Baguim Monte – 4435-678 Rio Tinto<br />

Telefone 229 773 410 EMAIL avieira@avieirasa.pt SITE www.avieirasa.pt<br />

66<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Ligeiros Posição ranking 40º Volume negócio em 2022 €7.205.000<br />

rede de retalho APL Expresso é um distribuidor de peças e acessórios auto<br />

A para ligeiros que está no mercado há vinte anos. Com sede na ilha de São<br />

Miguel, nos Açores, tem quatro pontos de venda e mais de 50 colaboradores.<br />

Soma cerca de 27 mil referências em stock e integra o grupo Create desde 2007.<br />

A mais recente novidade foi a abertura do polo de distribuição na ilha Terceira,<br />

em 2021. Miguel Lopes, sócio-gerente da APL Expresso considera que o mercado<br />

atravessa uma “profunda revolução” e acredita mesmo que estamos “no olho<br />

do furacão, seja pela concentração/iberização, pela evolução tecnológica do<br />

automóvel ou pelas novas opções de mobilidade” que surgem no panorama. O<br />

responsável, que partilha as funções de gerência com Vasco Lopes, é da opinião<br />

que a conjuntura económica atual veio amplificar esta revolução e “só quem<br />

tiver uma rápida capacidade de adaptação poderá sair mais forte”. A seu ver, o<br />

fenómeno da concentração do negócio da distribuição de peças só agora chega<br />

ao nosso país, muito por conta de termos um mercado “pequeno e demasiado<br />

fragmentado. Vai imperar a lei do mais forte, sendo que a força está a ser alcançada<br />

por aquisição”, aponta. A tendência da iberização, para Miguel Lopes, obriga<br />

as empresas a ser “mais eficientes, para conseguir resistir”. No entanto, o sócio-<br />

-gerente destaca o trabalho que tem sido feito pelo grupo Create, que contraria o<br />

sentido habitual da iberização do mercado, tendo entrado no mercado espanhol.<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

APL Expresso<br />

Pioneiros na área da digitalização, na Create, “o maior desafio sempre foi fazer<br />

com que os clientes acompanhassem a evolução”, conta. O responsável da APL<br />

Expresso destaca o projeto interno «PeçasSemPegada2025», lançado em 2018,<br />

que visa a implementação das boas práticas na sustentabilidade. O balanço será<br />

feito em 2025, mas até ao momento já contam com 20% da frota totalmente<br />

elétrica, todos os armazéns estão equipados com painéis fotovoltaicos e baterias<br />

de retenção de energia e a logística reutiliza 90% dos materiais de embalagem. A<br />

aposta em peças reconstruídas é para considerar, “mas apenas por uma questão<br />

de responsabilidade ambiental. O cliente fica satisfeito porque tem um custo de<br />

aquisição mais baixo e o fabricante beneficia ao adquirir matéria-prima a baixo<br />

custo, mas toda a logística inversa é suportada pela distribuição”, lamenta. Na APL<br />

Expresso as vendas online B2B representam cerca de 40% das encomendas, “e<br />

irá continuar a crescer”, prevê Miguel Lopes, que também nota um aumento no<br />

B2C, que, ainda assim “é um mercado que cada vez mais necessita de expertise,<br />

mesmo para as ações mais simples”. Na APL Expresso, <strong>2023</strong> é o encerrar de um<br />

ciclo projetado há cinco anos e que “mesmo com Covid e guerra pelo caminho”,<br />

será o melhor ano de sempre da empresa, tanto em volume de negócios, como<br />

em produtividade e rentabilidade. Por agora, garantem, vão continuar a investir<br />

na relação e proximidade com os clientes.<br />

GerenteS Miguel Lopes e Vasco Lopes<br />

Morada Pico D´Água Park - Rua 5, Nº 5 e 7 9600-049 Pico da Pedra - Açores<br />

Telefone 214 350 937 EMAIL pecas.apl@createbusiness.pt SITE www.createbusiness.pt<br />

68<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Ligeiros Posição ranking 53º Volume negócio em 2022 €5.076.000<br />

Fundada em julho de 1996, a Phaarmpeças conta com 44 trabalhadores em<br />

três pontos de venda (Viseu, Tondela e Oliveira de Frades). Dispõe de 98<br />

mil referências, das marcas TRW, Grupo Schaefler (LUK, INA e FAG), ATE,<br />

Valvoline, Mann-Filter, Corteco, Meyle, Lucas, Mecafilter, Bilstein, Pierburg,<br />

Victor Reinz, BGA, IADA, Bosch, Beru, Valeo e Motul, entre outras. O diretor<br />

geral, Carlos Coelho, aponta o impacto do “envelhecimento do parque automóvel,<br />

uma vez que carros mais antigos são mais propensos à substituição de<br />

peças, e, portanto, pressupõe-se uma oportunidade para o aftermarket, mas é<br />

também importante destacar a necessidade de atualização da informação para<br />

dar resposta a novas necessidades como a reparação de automóveis elétricos e<br />

consequentemente a necessidade de peças mais específicas. Torna-se imperativo<br />

estarmos atualizados acerca das mudanças, para as quais também devemos<br />

olhar como oportunidades”, afirma. Sobre a realidade da concentração na<br />

distribuição, diz que “acarreta vantagens”, mas relembra a importância de<br />

ter em conta as caraterísticas individuais dos mercados regionais e acredita<br />

que, na Phaarmpeças, “o conhecimento do nosso mercado de atuação, aliado<br />

à nossa capacidade de resposta e a procura constante pela melhoria, nos diferencia<br />

e, portanto, queremos manter-nos a par das tendências, conscientes<br />

das mudanças, mas convictos do trabalho que podemos ainda desenvolver”.<br />

Na área da digitalização admite que a empresa “ainda tem muito trabalho<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Phaarmpeças<br />

para desenvolver” e conta que além do portal B2B, estão “em constante<br />

adaptação aquilo que são as tendências na digitalização”. Já no âmbito da<br />

sustentabilidade, explica que fazem “reutilização de materiais e com o nosso<br />

projeto futuro ambicionamos ser capazes de melhorar a nossa resposta a este<br />

tema, inclusive com a inclusão de materiais mais sustentáveis na construção,<br />

e que nos permitam futuramente a redução do consumo de energia, como até<br />

mesmo numa fase posterior a inclusão de painéis solares”. Contam também<br />

com peças reconstruídas no portefólio, mas dizem que “ainda há um trabalho<br />

por desenvolver no que respeita à consciencialização dos clientes para a<br />

compra destas peças, o que percebemos que acontece no nosso mercado é o<br />

cliente optar pelo preço mais baixo, e reparamos que algumas marcas oferecem<br />

um produto novo por um preço inferior ao equivalente reconstruído”. Para<br />

o próximo ano, pretendem “melhorar e aumentar a capacidade de resposta,<br />

aumentando a capacidade de stock, com mais área útil de armazenamento e<br />

melhores condições de trabalho para os colaboradores”. Para tal, está prevista<br />

a construção de novas instalações. A Phaarmpeças quer ainda “continuar a<br />

apostar na formação, com a criação de uma sala de formação própria e uma<br />

mini oficina, por forma a sermos capazes de oferecer novas ações de formação<br />

com componentes teóricas e práticas, que sejam relevantes para os nossos<br />

clientes”, conclui Carlos Coelho.<br />

Diretor geral Carlos Coelho<br />

Morada Avenida Tenente Coronel Silva Simões nº129 3515-150 Abraveses - Viseu<br />

Telefone 232 410 270 EMAIL geral@phaarmpecas.pt SITE www.phaarmpecas.pt<br />

70<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Ligeiros Posição ranking 62º Volume negócio em 2022 €4.173.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Filourém é uma empresa familiar, constituída em 2002, e dedicada à distribuição<br />

de peças de aftermarket. Desde o início, que se especializou em material<br />

A<br />

de qualidade original ou equivalente. As instalações atuais foram renovadas e<br />

aumentadas este ano e albergam 37.000 referências em stock, num espaço de<br />

3.500 m 2 , contando com 23 colaboradores. Carlos Gonçalves, sócio-gerente,<br />

considera que “após alguns meses e anos atípicos, estamos num momento de<br />

normalidade: setor dinâmico, tecnológico, com muitas transformações, frenético<br />

e em crescimento”. A seu ver, o setor “sempre se soube adaptar às circunstâncias<br />

e está em atualização constante”. Com a intensificação da entrada de distribuidores<br />

de peças espanhóis no mercado português, o responsável da Filourém<br />

é da opinião que “as alterações profundas irão demorar algum tempo. Não<br />

obstante a proximidade geográfica e algumas mais valias como o aumento da<br />

oferta, eventuais melhorias de condições comerciais entre outros benefícios, as<br />

diferenças culturais são grandes, bem como a cadeia de negócio que é diferente.<br />

Essa «iberização», poderá ser uma realidade, mas de forma gradual e irá depender<br />

de muitos fatores”, defende. Por outro lado, a concentração do negócio,<br />

entende, “é uma tendência que veio para ficar e que dificilmente será reversível.<br />

Tem imensas mais valias, mas também alguns constrangimentos. Deverá haver<br />

uma enorme comunicação entre todos os agentes envolvidos, bem como clareza<br />

Filourém<br />

e transparência de forma a potenciar este processo. No entanto, continuará a<br />

existir espaço para diferentes tipologias de negócio”, afirma Carlos Gonçalves.<br />

O responsável da Filourém não tem dúvidas de que a digitalização progressiva<br />

e acelerada é “essencial e inevitável em todos os setores da sociedade e o nosso<br />

não é exceção, muito pelo contrário, seremos até dos negócios que mais utiliza<br />

e desenvolve tecnologias. No entanto, ainda temos muito a crescer neste aspeto.<br />

Com mais de 95% das encomendas a serem efetuadas no website, estamos a<br />

finalizar uma atualização do mesmo, de forma a ir ao encontro das solicitações<br />

dos nossos clientes”, diz, acreditando que a venda de peças online tem tendência<br />

a aumentar. A sustentabilidade não é novidade para a empresa, que recicla,<br />

reutiliza e poupa em matérias-primas e energia: “Foi um ponto fulcral no nosso<br />

novo armazém, ter uma construção com preocupações ecológicas”, refere.<br />

Quanto à comercialização de peças reconstruídas, Carlos Gonçalves afirma<br />

que têm benefícios “inegáveis”, no entanto, “ainda existe alguma resistência<br />

e dúvidas por parte do consumidor acerca da qualidade e durabilidade das<br />

mesmas”. Para o próximo ano, a Filourém pretende “aumentar e consolidar<br />

o stock atual das marcas e equacionamos introduzir uma nova linha. Estamos<br />

atentos a oportunidades que possam aparecer, mas a ideia é crescer as vendas<br />

de forma gradual e consistente”.<br />

Gerentes Maria Alzira Reis e Carlos Gonçalves<br />

Morada Estrada do Ribeirinho, n.º 9<br />

Telefone 249 541 244 EMAIL geral@filourem.com SITE www.filourem.com<br />

72<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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Peças Ligeiros Posição ranking 64º Volume negócio em 2022 €4.083.000<br />

Chama-se Japopeças e tem um dos nomes mais reconhecidos a nível nacional<br />

no setor da distribuição e comércio por grosso de peças auto para ligeiros.<br />

Fundada em 1986, tem sede em São João da Madeira, contando atualmente<br />

com 16 funcionários nun armazém com uma área total 4.000 m2 onde tem em<br />

stock 25 mil referências das mais diversas marcas. Luís Almeida, diretor geral<br />

da empresa, diz que o dinamismo marca o presente do setor da pós-venda automóvel,<br />

refletindo-se em 3 vetores: “Reconfiguração dos distribuidores por via<br />

da entrada de novos players a que se somam aquisições e fusões dos existentes;<br />

alargamento da oferta de bens e serviços; digitalização e melhoria de processos.<br />

A incerteza mantém-se uma questão atual uma vez que saídos da pandemia<br />

as consequências da guerra na Ucrânia, e mais recentemente o conflito em<br />

Israel, têm impacto e causam disrupções no mercado, contribuindo para o<br />

contexto inflacionário que perdura. O envelhecimento do parque automóvel<br />

português é um fator relevante que pode sustentar a dimensão do sector e o<br />

seu potencial crescimento a curto/médio prazo”, refere. O mesmo diz que a<br />

iberização do comércio de peças auto “tem tido maior expressão. Pese o facto<br />

de globalmente muitos fabricantes olharem para o mercado como sendo ibérico<br />

há muitos anos, ao nível da distribuição continuam a existir especificidades<br />

culturais e de modelo de negócio que tornam o mercado português e espanhol<br />

significativamente diferentes”. Sobre a concentração do negócio da distribuição<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Japopeças<br />

de peças, entende que “empresas de maior dimensão beneficiam de economia<br />

de escala, têm maior capacidade de atrair investimento e dessa forma inovarem<br />

oferecendo mais valor ao mercado. A dimensão e escala alcança-se de duas<br />

formas: uma mais morosa que é fazer crescer organicamente uma empresa<br />

passo a passo; a outra mais rápida trata-se de fazer associações, aquisições e/<br />

ou fusões de estruturas já existentes. Há exemplos de ambos os caminhos no<br />

mercado português”, explica. A seu ver, a digitalização é fundamental neste<br />

negócio e “tem como resultado um melhor serviço ao cliente ao mesmo tempo<br />

que melhora a capacidade operacional e eficiência das empresas”. Já em termos<br />

de sustentabilidade, destaca “a revolução que operámos no embalamento, por<br />

via da reutilização de embalagens de cartão provenientes da indústria alimentar<br />

e gráfica com as quais estabelecemos parcerias. Daqui resulta a poupança de<br />

toneladas de cartão reutilizado, sendo a Japopeças um operador registado na<br />

agência portuguesa do ambiente”. O presente é marcado pelo lançamento em<br />

Portugal da marca premium CTR que aconteceu em outubro, tratando-se de<br />

um fabricante coreano incontornável no segmento de direção e suspensão.<br />

Dentro da marca Aisin, destaca-se o lançamento do líquido de travões DOT 5.1<br />

EHV e ainda a consolidação das gamas ADVICS em travagem. Para o futuro<br />

encontra-se a consolidação da distribuição da Kayaba e o maior de todos os<br />

projetos prende-se com o desenvolvimento da nova plataforma B2B.<br />

administrador Luís Costa<br />

Morada Rua Manuel Pais Vieira Júnior, 139, Zona Industrial das Travessas 3700-309 São João da Madeira<br />

Telefone 256 203 080 EMAIL info@japopecas.pt SITE www.japopecas.pt<br />

74<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Ligeiros Posição ranking 77º Volume negócio em 2022 €3.540.000<br />

Com 23 anos de mercado, a Primopeças nasceu pelas mãos dos primos Ramiro<br />

Antunes e Agostinho Soares, que arrancaram com o negócio de distribuir<br />

peças para veículos ligeiros numa loja com 100 m2. Agora estão situados em<br />

Amares, Braga, e contam com um armazém de 1.500 m2, zona de balcão e<br />

escritórios, e cerca de 40 funcionários. Conhecendo um sucesso interessante<br />

dentro do setor, Ramiro Antunes e Agostinho Soares referem que “o nosso<br />

mercado tem assistido a um conjunto de movimentos por parte dos principais<br />

operadores, com uniões impactantes que cavam uma distância em termos de<br />

volume de negócio ainda mais significativa entre estas empresas e a generalidade<br />

do setor. Os grandes ganham uma dimensão ainda maior e as estruturas mais<br />

pequenas vão perdendo expressão. Só quem cria condições de desenvolvimento<br />

contínuo consegue manter maior independência. Ainda assim, o mercado<br />

é espaçoso e permite que, tanto operem os importadores mais fortes, como<br />

permite a subsistência de alguns freelancers que ainda fazem a ponte entre o<br />

retalhista e a oficina”, referem os dois responsáveis. “Falar na iberização do<br />

mercado português passa, essencialmente, por falar numa relação direta entre<br />

quem compra às fábricas e as oficinas. Em Espanha, esta é uma relação mais<br />

natural, porque várias marcas têm lá armazéns e desempenham um papel<br />

semelhante ao de um importador tradicional em Portugal”, explicam. Já sobre<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Primopeças<br />

a concentração do negócio, “é um caminho que há muito se fala para que o<br />

mercado deixe de estar tão fragmentado como se mantinha há vários anos. Não<br />

será surpresa para ninguém se grandes grupos internacionais começarem a olhar<br />

para Portugal com outro interesse, encontrando agora empresas com volumes<br />

de negócio importantes, mas que divididos em três ou em quatro partes como<br />

acontecia até há pouco tempo, não se tornava tão aliciante”, dizem. No que diz<br />

respeito à sustentabilidade, a Primopeças está a estudar a “implementação de<br />

um sistema de painéis solares, para além de promovermos o conceito oficinal<br />

aserAuto, uma rede onde alguns dos serviços disponibilizados revelam um olhar<br />

atento sobre a pegada ecológica”, referem. Na opinião dos primos, a venda de<br />

peças online irá continuar a aumentar, assim como a generalidade dos negócios<br />

virtuais, “sejam eles de comércio ou prestação de serviços. As nossas empresas,<br />

que vendem peças auto, assim como as oficinas, devem fazer-se valer acima<br />

de tudo pelo serviço: atendimento personalizado, rápido, eficaz, competitivo,<br />

e de confiança”, mencionam. Para 2024, “a Primopeças tem definidos vários<br />

passos importantes para a reestruturação de alguns processos, que vão seguramente<br />

elevar ainda mais o serviço de excelência que prestamos às oficinas.<br />

Um desses pontos essenciais será a mudança do nosso ERP”, concluem os dois<br />

responsáveis da empresa.<br />

Gerentes Ramiro Antunes e Agostinho Soares<br />

Morada Rua do Parque Industrial Monte de Rabadas, nº 207 4720-608 Amares<br />

Telefone 253 995 280 EMAIL geral@primopecas.pt SITE www.primopecas.pt<br />

76<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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<strong>Distribuidores</strong> oficiais:


Peças Ligeiros Posição ranking 79º Volume negócio em 2022 €3.362.000<br />

Polibaterias, dedicada ao comércio e distribuição de baterias para veículos<br />

A ligeiros e pesados, já tem 27 anos (foi fundada em 1996), com raízes em<br />

Almada, sendo que agora tem as operações centralizadas na zona industrial de<br />

Casal do Marco, Seixal. Conta com 11 funcionários, dois pontos de vendas e 500<br />

m2 de área total de armazenamento. Tem 120 referências diferentes de baterias<br />

em stock e aposta forte nas marcas FIAMM e Eurocell. Face ao momento que se<br />

vive no setor, o diretor geral da empresa, Nuno Guerra, diz que “assistimos neste<br />

momento a um crescimento de associação por parte das empresas retalhistas de<br />

peças, quer pela inserção ou aglomeração em redes europeias, nomeadamente<br />

de Espanha, quer pela criação e desenvolvimento de redes nacionais. Apesar<br />

de ser uma tendência, ainda existem vários constrangimentos associados a<br />

estas redes e a algumas regras e procedimentos sobre os quais os associados por<br />

vezes discordam. Em relação ao pilar base destas redes, no fundo o lema «a<br />

união faz a força» nem sempre tem resultados esperados, pois estas redes têm<br />

um custo operacional ainda elevado, o que perturba as margens nos produtos,<br />

que sobram para os seus associados. É um mercado ainda pouco regulado e<br />

controlado, onde cada vez mais se assiste a um chamado «mercado paralelo»<br />

que foge das tributações e regras do mercado oficial, seja com falsificação de<br />

marcas, produtos contrafeitos e sem garantia, e faturação paralela ou inexistente.<br />

Factos para os quais já alertámos as autoridades, mas que infelizmente não<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Polibaterias<br />

tiveram o devido acompanhamento”, declara. Quanto à iberização do comércio<br />

de peças automóvel, o responsável concorda e diz que não tem nada contra,<br />

mas “gostaria de ver as empresas portuguesas a terem a mesma aceitação em<br />

Espanha, o que não sucede, pois existe por parte dos retalhistas espanhóis uma<br />

reserva muito grande em relação a Portugal e a empresas portuguesas”. Já em<br />

relação à concentração do negócio da distribuição de peças, “tem vantagens<br />

e desvantagens, sendo que ainda é um projeto de negócio que precisa de ser<br />

melhorado em alguns aspetos, de forma a dar aos retalhistas mais vantagens<br />

reais”, considera. A Polibaterias é uma empresa sustentável, até porque é um<br />

“Operador de Resíduos certificado pela APA, tem uma postura para com as<br />

questões ambientais, de elevado compromisso. Dessa forma, passámos toda a<br />

distribuição para um parceiro logístico, em detrimento da utilização de frota<br />

própria. Procedemos ao encaminhamento para reciclagem de todo o tipo de<br />

baterias e acumuladores”, explica Nuno Guerra. Quanto às peças reconstruídas,<br />

ao nível das baterias “já se provou ineficaz a recuperação e reutilização de baterias<br />

de chumbo. Nesta área o que se procura é a total reciclagem do produto”, explica.<br />

Para o futuro, “em 2024, vamos proceder à ampliação das nossas instalações<br />

de armazenagem, para aumentarmos a capacidade de stocks. Temos também<br />

continuado a desenvolver o portefólio da nossa marca própria Eurocell, com a<br />

introdução de uma nova imagem e nova gama de produtos”, conclui.<br />

Diretor geral Nuno Guerra<br />

Morada Rua Quinta das Rosas, 13 Zona Industrial Casal do Marco 2840-131 Aldeia de Paio Pires<br />

Telefone 212 699 223 E-MAIL geral@polibaterias.com SITE www.polibaterias.com<br />

78<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

O presente<br />

e o futuro<br />

A DPAI/ACAP apresentou um estudo pioneiro sobre o presente e o futuro<br />

do Aftermarket em Portugal. Faz uma análise realista do setor do pós-venda<br />

independente na atualidade e identifica os desafios e medidas tendentes a uma maior<br />

competitividade das empresas, num mercado em constante transformação<br />

80


AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

81


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

Os objetivos do Estudo foi caracterizar a<br />

situação atual do canal independente<br />

do aftermarket automóvel em Portugal<br />

e a procura a ele dirigida; perspetivar<br />

a evolução futura da procura<br />

dirigida ao canal independente do aftermarket<br />

em função das inovações tecnológicas no setor<br />

automóvel e das alterações nas preferências dos<br />

clientes; e ainda avaliar as consequências destas<br />

mudanças nas estratégias futuras do canal independente<br />

do aftermarket automóvel. A estrutura<br />

do Estudo teve por base as principais empresas<br />

do canal independente e os aspetos relevantes da<br />

sua exploração, designadamente a segmentação<br />

entre peças novas e peças usadas, assim como os<br />

diversos canais de contacto com os clientes. O<br />

Estudo teve em conta a caracterização da procura<br />

dirigida ao canal independente e a valorização do<br />

serviço pelo consumidor, assim como o impacto da<br />

eletrificação no aftermarket. Foi também considerada<br />

a regulamentação europeia com impacto no<br />

pós-venda, nomeadamente o acesso aos dados dos<br />

veículos, a cibersegurança, a cláusula de reparação,<br />

a codificação das peças de reposição e o MVBER.<br />

Caracterização do canal<br />

independente do aftermarket<br />

em Portugal<br />

As estatísticas nacionais mostram uma inequívoca<br />

predominância das microempresas no universo<br />

das empresas do aftermarket em Portugal, tendo<br />

as pequenas e médias empresas, onde se insere a<br />

grande maioria dos centros- auto/fast fit, uma muito<br />

residual expressão na demografia empresarial do<br />

setor. Regista-se também uma forte tendência de<br />

estabilidade no cadastro empresarial, sem alterações<br />

significativas na composição demográfica nos últimos<br />

15 anos. O inquérito dirigido às empresas obteve 71<br />

respostas, incidindo apenas sobre o canal independente<br />

do aftermarket, isto é, o conjunto formado<br />

pelas empresas que representam os centros-auto/<br />

fast fit (cerca de ¼ da amostra) e os reparadores<br />

independentes multimarcas (cerca de ¾ da amostra).<br />

Peças novas OE/IAM<br />

e peças usadas:<br />

As peças novas OE representam 25% do mercado,<br />

as peças novas IAM 70% e as peças usadas 6%.<br />

Os centros-auto/fast fit têm uma proporção ainda<br />

maior de peças novas IAM. Cerca de ¼ da faturação<br />

em peças novas IAM é empregue em veículos<br />

novos (com idade até 3 anos) que procuram os serviços<br />

do canal independente do aftermarket. Em<br />

termos de expectativas, cerca de 50% das empresas<br />

acham que a quota de mercado do aftermarket<br />

independente IAM face à do OE vai aumentar nos<br />

próximos anos. E 80% das empresas consideram<br />

que o uso de peças novas IAM deverá aumentar ou<br />

manter-se no futuro perfil de exploração. De modo<br />

mais desagregado, relativamente às peças novas<br />

IAM, é notório o otimismo numa evolução mais<br />

intensa da sua utilização nos centros-auto/fast fit<br />

(75%), o que poderá ser um indicador do reforço<br />

estratégico na fileira peças. Nos reparadores independentes<br />

também se coloca a primazia na evolução<br />

das peças novas IAM, embora de forma muito mais<br />

moderada. Em relação às peças usadas, é apenas<br />

nos reparadores independentes que a expetativa<br />

de aumento é maioritária (54% destas empresas<br />

esperam um aumento das compras/vendas de peças<br />

usadas). Com credibilização e garantias, esta<br />

perceção poderá indiciar uma maior atenção do<br />

setor ao uso de peças usadas nas suas atividades.<br />

Existe uma preocupação de que o peso da economia paralela<br />

no negócio da manutenção e reparação automóvel seja igual<br />

ou superior a 30% da atividade real do setor, opinião revelada<br />

por 56% das empresas<br />

82<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


PADRÕES<br />

INTER NACIONAIS,<br />

RAÍZES ALEMÃS E<br />

MÁXIMA PRECISÃO.<br />

Durante mais de um século, o nosso<br />

objetivo mais importante tem<br />

sido parar – mas apenas quando<br />

se trata de travagem! O nosso<br />

departamento de de senvolvimento<br />

trabalha sem parar para tornar<br />

os nossos sistemas de travagem<br />

melhores do que nunca.<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

Mercado paralelo e canais<br />

de contacto com o cliente<br />

Existe uma preocupação de que o peso da economia<br />

paralela no negócio da manutenção e<br />

reparação seja igual ou superior a 30% da atividade<br />

real do setor, opinião revelada por 56% das<br />

empresas (os reparadores independentes têm mais<br />

vincada esta perceção do que os centros-auto/<br />

fast fit). Em relação aos canais de contacto com o<br />

cliente, perceciona-se um ambiente generalizado<br />

de digitalização do mercado, na natureza logística<br />

das operações de encomenda de peças: 2/3 dos<br />

pedidos de peças no canal independente do aftermarket<br />

são realizados via on-line. Os grossistas<br />

de peças lideram logisticamente no canal on-line,<br />

seguidos dos reparadores independentes.<br />

Caraterização da procura dirigida<br />

ao canal independente<br />

do aftermarket<br />

O Inquérito dirigido aos consumidores/clientes do<br />

aftermarket automóvel obteve 721 respostas. Seis<br />

em cada dez pessoas possuidoras de uma viatura<br />

de marca generalista preferem reparar/manter a<br />

sua viatura nas oficinas independentes. Cinco em<br />

cada dez pessoas possuidoras de uma viatura de<br />

marca premium preferem reparar/manter a sua<br />

viatura nas oficinas independentes. Sete em cada<br />

dez pessoas com menos de 30 anos preferem as<br />

oficinas independentes. Em função da idade da<br />

viatura, a percentagem do parque intervencionado<br />

pelas oficinas independentes é de: 39% nas viaturas<br />

até 3 anos; 54% nas viaturas entre 3 e oito anos;<br />

72% nas viaturas com mais de 8 anos. A transição<br />

entre a assistência feita na marca e a passagem para<br />

os reparadores independentes ocorre entre os 3 a<br />

4 anos da viatura ou, em média, até aos 85.000<br />

km. Oito em cada dez pessoas têm um custo de<br />

reparação/manutenção anual inferior a 400 €. O<br />

custo médio anual de reparação/manutenção nos<br />

reparadores independentes é de 350 €, sendo que,<br />

quanto a quem repara a sua viatura nos reparadores<br />

independentes:<br />

a) 3 em cada 10 dizem gastar até 200 €;<br />

b) 5 em cada 10 dizem gastar entre 200 € e 400 €;<br />

c) 1,5 em cada 10 dizem gastar entre 400 € e 600 €;<br />

d) 0,5 em cada 10 dizem gastar mais de 600 €.<br />

A qualidade esperada do serviço, a idoneidade e<br />

transparência da oficina e a confiança são os fatores<br />

mais valorizados pelos consumidores na hora<br />

de escolher onde manter/reparar a sua viatura.<br />

Nos reparadores independentes, é igualmente<br />

valorizado o preço do serviço prestado.<br />

Novas tendências do aftermarket<br />

e perspetivas de futuro<br />

Os clientes mantêm o seu apreço pelas características<br />

que tradicionalmente valorizam no aftermarket<br />

(em torno da qualidade/preço do serviço<br />

e da confiança na oficina), mas tendem a valorizar<br />

cada vez mais o tempo gasto na reparação/manutenção,<br />

a proximidade geográfica da oficina,<br />

e a manutenção da mobilidade enquanto estão<br />

privados do automóvel. Quando ao uso de peças<br />

usadas, a recomendação para as empresas do canal<br />

independente do aftermarket é a alteração da atual<br />

situação de um peso residual destas no negócio do<br />

aftermarket automóvel, desenvolvendo uma aposta<br />

na oferta de peças usadas, dada a elevada dispo-<br />

Vai acontecer a diminuição do número total de operações<br />

do aftermarket, decorrente da eletrificação dos veículos,<br />

a qual ocorre fundamentalmente à custa das reparações,<br />

as quais são menos necessárias nos veículos elétricos<br />

84<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


GAMA E REPUTAÇÃO<br />

QUALIDADE E CONFIABILIDADE<br />

A BENDIX ESTÁ<br />

AINDA MELHOR<br />

Reconhecida pelos resultados no setor dos travões, desde 1924,<br />

a Bendix é agora apoiada pela TMD Friction - um fabricante<br />

líder mundial de equipamento original para o segmento da<br />

fricção. Isto representa uma maior garantia de qualidade, maior<br />

cobertura de veículos e uma maior gama de produtos.<br />

Tenha agora uma opção de travagem<br />

de qualidade superior.<br />

Mais informações em www.bendix-braking.com


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

Quadro I - Impacto da eletrificação dos veículos no canal independente do aftermarket,<br />

por tipo de empresa:<br />

REDUÇÃO DA VENDA DE PEÇAS<br />

REDUÇÃO DO NÚMERO DE OFICINAS<br />

REDUÇÃO DA RENTABILIDADE NO NEGÓCIO<br />

DO PÓS-VENDA<br />

REDUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS DO PÓS-VENDA<br />

NECESSIDADE DE NOVOS INVESTIMENTOS<br />

EM EQUIPAMENTO<br />

AUMENTO NOS INTERVALOS DE MANUTENÇÃO<br />

AUMENTO DAS NECESSIDADES DE FORMAÇÃO<br />

E DA CAPACITAÇÃO TÉCNICA<br />

Reparador Independente<br />

0 1 2 3 4 5 6 7 8<br />

Centro Auto/ Fast fit<br />

Fonte: DPAI/ACAP. Nota: o impacto da eletrificação é avaliado numa escala de 0 a 10<br />

sição do grosso dos clientes que constituem o seu<br />

mercado futuro (os clientes com menos de 30 anos<br />

hoje e que, na sua grande maioria, possuem marcas<br />

generalistas) para adquirir este tipo de peças.A<br />

sustentabilidade ambiental para a qual o setor do<br />

aftermarket deve contribuir de uma forma cada<br />

vez maior, é outra razão que também justifica a<br />

maior atenção a dar às peças usadas.<br />

Em relação à aquisição de peças on-line parece haver<br />

alguma desconfiança por parte dos clientes, a<br />

qual perdurará para o futuro, uma vez que é extensiva<br />

a todas as idades e a todos os tipos de automóveis<br />

(desconfiança essa que não é tão elevada para os<br />

detentores de automóveis de marca premium, onde<br />

quase um terço admite a aquisição de peças on-line).<br />

Os BEV passarão a ser largamente maioritários na<br />

venda de veículos novos. Contudo, os BEV novos<br />

em cada ano serão uma percentagem pequena<br />

da totalidade do parque automóvel, pelo que,<br />

nas próximas duas décadas, a maioria do parque<br />

automóvel será ainda constituída por veículos com<br />

motor a combustão. Estes serão, potencialmente,<br />

clientes dos reparadores independentes do canal<br />

independente do aftermarket, uma vez que os<br />

concessionários de marca tenderão a atender mais<br />

os clientes dos novos BEV e a preparar a infraestrutura<br />

das suas oficinas para esse atendimento,<br />

abandonando progressivamente o atendimento<br />

dos veículos com motores combustão. Os centros-<br />

-auto/fast fit deverão adotar um comportamento<br />

similar, embora de forma não tão pronunciada.<br />

Quer isto dizer que os tradicionais veículos equipados<br />

com motores a combustão, poderão ser,<br />

ainda, a principal fatia de negócio dos reparadores<br />

independentes, durante esta e a próxima década.<br />

Num estudo efetuado pela ANFA, em 2020 e<br />

para o caso francês (que tem semelhanças com<br />

o caso português, quanto à evolução do parque<br />

automóvel), analisou-se o impacto da eletrificação<br />

dos carros no aftermarket automóvel, considerando<br />

o horizonte de 2036 e três cenários quanto<br />

à penetração da eletrificação (baixo, mediano e<br />

alto). Os principais resultados enunciam-se nos<br />

seguintes pontos:<br />

• Diminuição do número total de operações aftermarket,<br />

decorrente da eletrificação dos veículos<br />

automóveis, a qual ocorre fundamentalmente à<br />

custa das reparações, as quais são menos necessárias<br />

nos veículos elétricos.<br />

• Diminuição do número de horas de mão-de-<br />

-obra do aftermarket, que atinge os 10% no cenário<br />

mediano.<br />

• Diminuição do volume de negócios do aftermarket.<br />

A diminuição do número de operações e do<br />

número de horas de mão-de-obra do aftermarket,<br />

como consequência do avanço da eletrificação<br />

dos automóveis, reflete-se no volume de negócios,<br />

o qual diminui tanto mais quanto mais rápida<br />

for a penetração dos BEV, sendo que no cenário<br />

mediano, a diminuição é de cerca de Fonte: 6% GiPA<br />

• Alteração da repartição do volume de negócios<br />

do aftermarket entre as diferentes empresas do<br />

setor: cerca de 3% do volume de negócios do<br />

setor transfere-se dos concessionários de marca<br />

para os reparadores independentes, devido ao<br />

elevado peso que os veículos com motor a com-<br />

Os clientes mantêm o seu apreço pelo bom compromisso<br />

qualidade/preço do serviço e da confiança na oficina, mas tendem<br />

a valorizar cada vez mais o tempo gasto na reparação e a proximidade<br />

geográfica da oficina<br />

86<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

Quadro II - Fatores de ameaça ao modelo de negócio do canal independente<br />

do aftermarket, por tipo de empresa:<br />

ENTRADA NO NEGÓCIO DE NOVOS ATORES<br />

AUMENTO DA IMPORTÂNCIA DAS GESTORAS DE FROTA<br />

CONSOLIDAÇÃO DO SETOR (FUSÕES E AQUISIÇÕES)<br />

AUMENTO DA OFERTA DE ALTERNATIVAS DE MOBILIDADE<br />

REDUZIDO NÍVEL DE DIGITALIZAÇÃO NO COMÉRCIO<br />

DESINTERESSE DOS CONSUMIDORES PELA PROPRIEDADE<br />

AUMENTO DA MANUTENÇÃO NAS INSTALAÇÕES DO CLIENTE<br />

AUMENTO DO PARQUE DE VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

AUMENTO DO Nº DE CONSTRUTORES DE VEÍCULOS<br />

AUMENTO DA CONECTIVIDADE DOS VEÍCULOS<br />

0 1 2 3 4 5 6 7 8<br />

Reparador independente Grossita de peças Centro Auto/ fast fit<br />

Fonte: DPAI/acap. Nota: o impacto dos fatores de ameaça ao aftermarket independente é avaliado numa escala de 0 a 10<br />

bustão continuarão a ter no parque automóvel,<br />

veículos esses que terão uma idade média cada<br />

vez mais elevada e cuja manutenção e reparação<br />

se deslocará dos concessionários de marca para<br />

os reparadores independentes.<br />

• Alteração da composição do volume de negócios<br />

dos reparadores independentes. Em 2020, apenas<br />

0,1% do seu volume de negócios era proveniente<br />

dos BEV, enquanto que 99,3% (a quase totalidade)<br />

era proveniente dos veículos a combustão.<br />

Mas, em 2036 e no cenário mediano, os BEV<br />

já representam 9,4% do volume de negócios e<br />

os veículos a combustão diminuem o seu peso<br />

para 82,2% do volume de negócios. É uma alteração<br />

lenta, mas que deverá acelerar na década<br />

de 2040, com o fim da vida útil de muitos dos<br />

veículos a combustão, que serão inevitavelmente<br />

substituídos por BEV.<br />

• Alteração no volume de emprego no aftermarket.<br />

A diminuição do emprego, entre 2020 e 2036, atinge<br />

os 11%, no cenário mediano, esperando-se que a<br />

maioria desta diminuição ocorra nos concessionários<br />

de marca e nos centos-auto/fast fit. No caso dos<br />

reparadores independentes, poderá até registar-se<br />

um ligeiro aumento de emprego, em consequência<br />

da transferência de clientela com veículos a combustão<br />

envelhecidos, que deverá ir abandonando os<br />

concessionários de marca e os centros-auto/fast fit.<br />

Regulamentação europeia com<br />

impacto no aftermarket<br />

A crescente eletrificação dos veículos automóveis<br />

e as inovações tecnológicas daí decorrentes, permitirão<br />

a criação de um Mercado Único Digital<br />

Europeu para os serviços do setor automóvel, o<br />

qual permitirá uma concorrência justa entre as<br />

empresas do aftermarket e potenciará inovações<br />

nos modelos de negócio e de serviço. A legislação<br />

europeia, quer a já existente, quer a que ainda<br />

terá de se produzir, deverá garantir esta nova realidade<br />

de um verdadeiro mercado concorrencial<br />

do aftermarket. No domínio da cibersegurança,<br />

sendo necessário o desenvolvimento de aplicações<br />

informáticas seguras, através das quais a instalação<br />

e ativação de peças seja possível via ferramentas de<br />

diagnóstico multimarcas e não apenas através de<br />

ferramentas de diagnóstico das marcas.<br />

Através da Cláusula de Reparação, permitindo<br />

que os consumidores, quando se trate de substituir<br />

peças obrigatórias e visíveis, possam escolher<br />

entre peças de reposição OE e peças de reposição<br />

IAM. Com a codificação das peças de reposição,<br />

garantindo o acesso de todas as empresas<br />

do aftermarket que cumpram os requisitos ao<br />

mercado da manutenção/reparação dos veículos<br />

automóveis. Através do Regulamento de Isenção<br />

por Categoria para Veículos Motorizados<br />

(MVBER), o qual vem permitir que o cliente<br />

possa escolher a oficina onde faz a manutenção<br />

do seu veículo e, ao fazê-lo (em conformidade com<br />

a legislação em vigor e seguindo as indicações<br />

do livro de manutenção), não perca a garantia<br />

dada pela marca. Por outras palavras, o MVBER<br />

liberaliza o aftermarket, mesmo durante a vigência<br />

da garantia do veículo, possibilitando uma<br />

concorrência aberta entre as empresas do setor<br />

e trazendo, em última instância, benefícios para<br />

o consumidor final, nomeadamente ao nível dos<br />

preços praticados nos serviços de manutenção.<br />

Em relação à aquisição de peças online parece haver<br />

alguma desconfiança por parte dos clientes, a qual perdurará<br />

para o futuro, uma vez que é extensiva a todas as idades e a todos<br />

os tipos de automóveis<br />

88<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

QUADRO III - Matrículas de Veículos Automóveis em Portugal<br />

(POR TIPO DE VEÍCULO EM %)<br />

Anos<br />

Ligeiros de<br />

Passageiros *<br />

Ligeiros de<br />

Mercadorias **<br />

Total Mercado<br />

Ligeiros<br />

Pesados de<br />

Mercadorias<br />

Autocarros<br />

Total Mercado<br />

Veículos Automóveis<br />

Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var.<br />

2000 295 490 -0,7 115 040 12,5 410 530 2,6 7 424 5,0 927 42,2 418 881 2,7<br />

2001 260 316 -11,9 93 578 -18,7 353 894 -13,8 6 698 -9,8 874 -5,7 361 466 -13,7<br />

2002 228 574 -12,2 76 813 -17,9 305 387 -13,7 4 742 -36,1 694 -25,1 310 823 -14,0<br />

2003 192 305 -15,9 66 555 -13,4 258 860 -15,2 3 736 -21,2 558 -19,6 263 154 -15,3<br />

2004 200 168 4,1 68 707 3,2 268 875 3,9 4 679 25,2 641 14,9 274 195 4,2<br />

2005 206 399 3,1 66 727 -2,9 273 126 1,6 4 616 -1,3 728 13,6 278 470 1,6<br />

2006 194 607 -5,7 64 582 -3,2 259 189 -5,1 5 406 17,1 579 -20,5 265 174 -4,8<br />

2007 201 700 3,6 68 537 6,1 270 237 4,3 5 644 4,4 725 25,2 276 606 4,3<br />

2008 213 294 5,7 55 499 -19,0 268 793 -0,5 5 536 -1,9 798 10,1 275 127 -0,5<br />

2009 160 947 -24,5 38 972 -29,8 199 919 -25,6 3 213 -42,0 628 -21,3 203 760 -25,9<br />

2010 223 464 38,8 45 734 17,4 269 198 34,7 3 130 -2,6 491 -21,8 272 819 33,9<br />

2011 153 486 -31,3 34 963 -23,6 188 449 -30,0 2 665 -14,9 330 -32,8 191 444 -29,8<br />

2012 95 309 -37,9 16 011 -54,2 111 320 -40,9 1 892 -29,0 223 -32,4 113 435 -40,7<br />

2013 105 921 11,1 18 202 13,7 124 123 11,5 2 392 26,4 174 -22,0 126 689 11,7<br />

2014 142 826 34,8 26 166 43,8 168 992 36,1 3 126 30,7 239 37,4 172 357 36,0<br />

2015 178 503 25,0 30 858 17,9 209 361 23,9 4 039 29,2 254 6,3 213 654 24,0<br />

2016 207 330 16,1 34 890 13,1 242 220 15,7 4 824 19,4 354 39,4 247 398 15,8<br />

2017 222 129 7,1 38 523 10,4 260 652 7,6 5 372 11,4 361 2,0 266 385 7,7<br />

2018 228 327 2,8 39 282 2,0 267 609 2,7 5 133 -4,4 510 41,3 273 252 2,6<br />

2019 223 799 -2,0 38 454 -2,1 262 253 -2,0 4 974 -3,1 601 17,8 267 828 -2,0<br />

2020 145 417 -35,0 27 578 -28,3 172 995 -34,0 3 585 -27,9 412 -31,4 176 992 -33,9<br />

2021 146 637 0,8 28 790 4,4 175 427 1,4 4 264 18,9 586 42,2 180 277 1,9<br />

Fonte ACAP<br />

A diminuição do número de operações e do número de horas de<br />

mão-de-obra do aftermarket, como consequência do avanço da<br />

eletrificação dos automóveis, reflete-se no volume de negócios<br />

90<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

Fonte ACAP<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong> 2022<br />

91


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

QUADRO IV – Matrículas de Veículos Automóveis Ligeiros<br />

em Portugal (POR SEGMENTOS)<br />

Segmento 2018 % Var 18/17 2019 % Var 19/18 % Var 19/18 2020 % Var 20/19 2021 % Var 21/20 2022 % Var 22/21<br />

A – Citadino 16 241 4,9 18 851 16,1 16,1 7 453 -60,5 6 940 -6,9 7 778 12,1<br />

B – Utilitário 95 815 7,5 83 943 -12,4 -12,4 57 970 -30,9 63 621 9,7 67 006 5,3<br />

C – Compacto/Fam Médio 85 886 2,4 93 011 8,3 8,3 58 841 -36,7 55 616 -5,5 58 510 5,2<br />

D – Executivo/Fam Grande 22 895 -10,8 20 500 -10,5 -10,5 15 386 -24,9 14 865 -3,4 16 211 9,1<br />

E – Superior 6 510 -8,3 6 042 -7,2 -7,2 4 738 -21,6 4 465 -5,8 5 339 19,6<br />

F – Luxo 980 15,3 1 452 48,2 48,2 1 029 -29,1 1 130 9,8 1 460 29,2<br />

Total 228 327 2,8 223 799 -2,0 -2,0 145 417 -35,0 146 637 0,8 156 304 6,6<br />

Mais de 50% das empresas acham que a quota de mercado<br />

do aftermarket independente face à do OE vai aumentar<br />

nos próximos anos, e 80% das empresas consideram que o uso<br />

de peças novas IAM deverá aumentar<br />

92<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Uma marca:<br />

Una Una Una marca. Una Una Una Una Una Una Una marca.<br />

¡Las ¡Las duas ¡Las dos ¡Las dos gamas ¡Las dos ¡Las dos ¡Las dos ¡Las dos dos ¡Las dos dos dos gamas<br />

de de productos de produtos<br />

de de de de de de de productos<br />

más más mais más fuertes! más fortes! más más más más más fuertes!<br />

ELPARTS ELPARTS | JAKOPARTS<br />

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Elparts ofrece Elparts Com uma todos ofrece única los todos componentes gama los de componentes artigos, del a sistema Elparts del oferece eléctrico sistema todos eléctrico del automóvil, os componentes del automóvil, para<br />

ya sea para ya o sistema sea turismos<br />

Elparts<br />

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vehículos automóvel,<br />

todos<br />

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ofrece Elparts<br />

vehículos industriales,<br />

los todos<br />

quer<br />

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ofrece componentes Elparts<br />

carros<br />

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una<br />

todos del<br />

ligeiros,<br />

ofrece componentes<br />

como<br />

Elparts sistema<br />

única<br />

los del todos<br />

una quer<br />

Elparts componentes ofrece<br />

gama<br />

sistema eléctrico<br />

única para<br />

los del Elparts todos ofrece componentes<br />

gama veículos<br />

eléctrico sistema del ofrece todos del automóvil, componentes sistema<br />

pesados.<br />

eléctrico del los todos del automóvil, componentes eléctrico sistema los del componentes del automóvil, eléctrico sistema del del automóvil, sistema eléctrico del automóvil, sistema eléctrico del automóvil, eléctrico del automóvil, del automóvil,<br />

de artículos. de A Jakoparts artículos. Y ya sea fornece, Y<br />

para ya<br />

Jakoparts suministra,<br />

sea turismos para para ya<br />

suministra, veículos sea turismos<br />

para<br />

o para vehículos ya<br />

el<br />

sea asiáticos, turismos<br />

vehículo<br />

o<br />

para<br />

para vehículos ya industriales, sea<br />

el<br />

turismos a o<br />

vehículo asiático, maior para vehículos ya industriales, sea turismos variedade o como<br />

el<br />

vehículos<br />

asiático,<br />

para ya<br />

mayor<br />

industriales, sea una turismos o como ya para de vehículos<br />

el<br />

única industriales, sea peças mayor<br />

turismos una para o como gama vehículos única industriales, turismos una o como gama vehículos única industriales, o una vehículos como gama única industriales, una gama como industriales, única una como gama única una como gama única una gama única gama<br />

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primera mercado. Y piezas desgaste como del habitual, surtido elección. mercado. piezas Y desgaste como habitual, del somos piezas mercado. Y desgaste como habitual, del los somos mercado. desgaste Y como del habitual, los somos mercado. es Y del como habitual, los somos mercado. Y es como los habitual, somos Y es como habitual, los somos es habitual, somos los somos los los<br />

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MERCADO<br />

94<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

QUADRO V<br />

Matrículas<br />

de Veículos<br />

Híbridos em<br />

Portugal<br />

(POR MARCA)<br />

Marca Energia 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />

Mercedes-Benz HEV/Gasóleo<br />

BMW HEV/Gasóleo<br />

Audi<br />

HEV/Gasóleo<br />

Hyundai HEV/Gasóleo<br />

Peugeot HEV/Gasóleo<br />

Volvo HEV/Gasóleo<br />

Kia<br />

HEV/Gasóleo<br />

Land Rover HEV/Gasóleo<br />

Renault HEV/Gasóleo<br />

Ford<br />

HEV/Gasóleo<br />

Citroen HEV/Gasóleo<br />

Jaguar HEV/Gasóleo<br />

DS<br />

HEV/Gasóleo<br />

Total Gasóleo / Eléctrico<br />

Toyota HEV/Gasolina 5 3 26 200 204 350 490 286 546<br />

Ford<br />

HEV/Gasolina<br />

Honda HEV/Gasolina 1 99 445 539 468 1 484 1 117 789 788<br />

Fiat<br />

HEV/Gasolina<br />

Lexus HEV/Gasolina 20 59 80 85 68 67<br />

Nissan HEV/Gasolina<br />

Renault HEV/Gasolina<br />

Mazda HEV/Gasolina<br />

Hyundai HEV/Gasolina<br />

Kia<br />

HEV/Gasolina<br />

Mercedes-Benz HEV/Gasolina 8 16<br />

Suzuki HEV/Gasolina<br />

Audi HEV/Gasolina<br />

Seat<br />

HEV/Gasolina<br />

Volkswagen HEV/Gasolina<br />

Land Rover HEV/Gasolina<br />

Alfa Romeo HEV/Gasolina<br />

BMW HEV/Gasolina 2<br />

Jaguar HEV/Gasolina<br />

Maserati HEV/Gasolina<br />

Jeep HEV/Gasolina<br />

Volvo HEV/Gasolina<br />

Skoda HEV/Gasolina<br />

Porsche HEV/Gasolina<br />

Ferrari HEV/Gasolina<br />

Total Gasolina / Eléctrico 6 102 471 759 731 1 914 1 692 1 151 1 419<br />

Total Híbridos Convencionais 6 102 471 759 731 1 914 1 692 1 151 1 419<br />

Volkswagen GNC/Gasolina<br />

Fiat GNC/Gasolina 2<br />

Seat<br />

GNC/Gasolina<br />

Total Gasolina / GNC 2<br />

Dacia GPL/Gasolina<br />

Renault GPL/Gasolina<br />

Chevrolet GPL/Gasolina 418 928<br />

Opel<br />

GPL/Gasolina<br />

Fiat GPL/Gasolina 1<br />

Kia<br />

GPL/Gasolina<br />

Hyundai GPL/Gasolina<br />

Subaru GPL/Gasolina 6 5 6 35 33<br />

Alfa Romeo GPL/Gasolina<br />

Lancia GPL/Gasolina<br />

Mitsubishi GPL/Gasolina 3 7<br />

Mercedes-Benz GPL/Gasolina 3<br />

Total Gasolina / GPL 6 8 13 35 33 418 932<br />

Volkswagen GNL/Gasóleo<br />

Total Gasóleo / GNL<br />

Total Híbridos Não Elétricos 6 8 13 35 35 418 932<br />

Total Geral 6 102 477 767 744 1 949 1 727 1 569 2 351<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 Total<br />

81 325 646 1 049 451 318 113 2 630 1 429 5 044<br />

17 567 1 562 1 490 3 636<br />

101 516 921 617 666 2 821<br />

108 402 436 190 1 136<br />

10 280 169 123 169 97 36 2 886<br />

53 98 406 244 801<br />

96 255 297 27 675<br />

99 109 42 1 84 83 45 33 496<br />

411 411<br />

3 67 39 44 153<br />

58 26 17 7 1 109<br />

54 41 95<br />

4 6 10<br />

10 419 520 786 1 328 664 396 628 879 2 393 4 086 4 164 16 273<br />

340 264 306 832 1 303 2 171 3 716 5 793 6 524 4 131 5 490 5 607 38 587<br />

4 1 3 4 1 997 2 967 3 320 8 296<br />

381 176 86 10 1 71 142 233 660 7 490<br />

1 048 2 288 4 144 7 480<br />

192 58 137 295 337 361 452 559 509 314 291 169 4 053<br />

691 2 240 2 931<br />

83 845 1 350 2 278<br />

522 650 436 425 2 033<br />

4 53 43 176 263 617 496 1 652<br />

2 75 201 432 196 316 398 1 620<br />

8 2 233 201 154 211 833<br />

52 142 126 217 537<br />

5 1 1 2 71 184 143 407<br />

160 35 19 214<br />

60 84 68 212<br />

20 34 96 49 199<br />

160 160<br />

1 2 2 4 2 3 39 42 97<br />

54 36 90<br />

13 68 81<br />

65 65<br />

14 31 15 60<br />

6 13 19<br />

3 3<br />

1 1 2<br />

922 507 532 1 143 1 647 2 540 4 296 6 602 8 545 9 509 14 996 19 915 79 399<br />

932 926 1 052 1 929 2 975 3 204 4 692 7 230 9 424 11 902 19 082 24 079 95 672<br />

1 2 6 7 7 12 35<br />

19 21<br />

11 11<br />

20 2 6 7 7 23 67<br />

33 165 257 215 500 1 265 1 295 1 178 966 2 510 4 179 12 563<br />

24 599 846 1 011 1 229 3 709<br />

650 492 309 27 2 824<br />

63 202 357 249 326 379 418 180 2 174<br />

189 188 158 87 16 17 9 22 154 3 3 21 868<br />

83 112 148 38 381<br />

18 30 29 51 62 190<br />

85<br />

24 21 6 7 2 60<br />

9 18 5 32<br />

10<br />

3<br />

839 776 867 868 633 1 020 1 749 1 823 2 111 1 815 3 524 5 429 22 899<br />

3 3<br />

3 3<br />

839 776 887 870 639 1 027 1 756 1 846 2 114 1 815 3 524 5 429 22 969<br />

1 771 1 702 1 939 2 799 3 614 4 231 6 448 9 076 11 538 13 717 22 606 29 508 118 641<br />

Top100 Aftermarket 2022<br />

95


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

As grandes linhas de força para o futuro do canal<br />

independente do aftermarket<br />

1 – Conjugar os serviços de manutenção/reparação aos veículos de combustão com a entrada gradual dos serviços de manutenção/reparação<br />

aos VE<br />

2 – Investir na formação dos colaboradores, capacitando-os para a manutenção/reparação dos VE<br />

3 – Garantir a mobilidade dos clientes durante o tempo da manutenção/reparação dos seus veículos<br />

4 – Aproveitar a eletrificação dos veículos para aumentar a contribuição do setor para a sustentabilidade ambiental<br />

5 – Pressionar as autoridades competentes no sentido da criação de legislação que permita a existência de uma concorrência<br />

justa e aberta entre todos os palyers do aftermarket<br />

Em relação às peças usadas, é apenas nos reparadores<br />

independentes que a expetativa de aumento é maioritária.<br />

Com credibilização e garantias, esta perceção poderá indiciar<br />

uma maior atenção do setor ao uso de peças usadas<br />

96<br />

96<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

QUADRO VI // Idade e número de veículos em circulação EM 31.12.22<br />

LIGEIROS DE PASSAGEIROS<br />

Idade média (anos) 13,6<br />

Idade Unid. % Total<br />

Até 1 ano 148 644 2,7<br />

De 1 a 2 anos 150 680 2,7<br />

De 2 a 3 anos 149 529 2,7<br />

De 3 a 4 anos 232 777 4,2<br />

De 4 a 5 anos 254 357 4,6<br />

De 5 a 10 anos 1 151 276 20,7<br />

De 10 a 15 anos 1 017 960 18,3<br />

De 15 a 20 anos 1 076 866 19,4<br />

Mais de 20 anos 1 377 911 24,8<br />

Total 5 560 000 100,0<br />

PESADOS DE PASSAGEIROS<br />

Idade média (anos) 14,1<br />

Idade Unid % Total<br />

Até 1 ano 1 423 7,8<br />

De 1 a 2 anos 686 3,8<br />

De 2 a 3 anos 478 2,6<br />

De 3 a 4 anos 743 4,1<br />

De 4 a 5 anos 675 3,7<br />

De 5 a 10 anos 2 185 12,0<br />

De 10 a 15 anos 3 547 19,5<br />

De 15 a 20 anos 4 120 22,6<br />

Mais de 20 anos 4 342 23,9<br />

Total 18 200 100,0<br />

LIGEIROS DE MERCADORIAS<br />

PESADOS E TRACTORES DE MERCADORIAS<br />

Idade média (anos) 15,5<br />

Idade Unid. % Total<br />

Até 1 ano 21 073 1,8<br />

De 1 a 2 anos 28 698 2,5<br />

De 2 a 3 anos 27 309 2,3<br />

De 3 a 4 anos 38 501 3,3<br />

De 4 a 5 anos 39 487 3,4<br />

De 5 a 10 anos 150 997 13,0<br />

De 10 a 15 anos 181 091 15,6<br />

De 15 a 20 anos 267 415 23,0<br />

Mais de 20 anos 408 429 35,1<br />

Total 1 163 000 100,0<br />

Idade média (anos) 15,4<br />

Idade Unid % Total<br />

Até 1 ano 4 070 3,0<br />

De 1 a 2 anos 4 696 3,5<br />

De 2 a 3 anos 4 058 3,0<br />

De 3 a 4 anos 5 162 3,8<br />

De 4 a 5 anos 5 022 3,7<br />

De 5 a 10 anos 24 619 18,1<br />

De 10 a 15 anos 21 604 15,9<br />

De 15 a 20 anos 22 287 16,4<br />

Mais de 20 anos 44 282 32,6<br />

Total 135 800 100,0<br />

A crescente eletrificação dos veículos automóveis e as inovações<br />

tecnológicas daí decorrentes, permitirão a criação de um Mercado<br />

Único Digital Europeu para os serviços do setor automóvel, o qual<br />

permitirá uma concorrência justa entre as empresas<br />

98<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

QUADRO VII – Matrículas de Veículos Automóveis Ligeiros<br />

em Portugal (POR MESES)<br />

Mês<br />

2019 % Var. 19/18 2020 % Var. 20/19 2021 % Var. 21/20 2022 % Var. 22/21<br />

Mensal Acumul. Mensal Acumul. Mensal Acumul. Mensal Acumul. Mensal Acumul. Mensal Acumul. Mensal Acumul. Mensal Acumul.<br />

JAN 15 684 15 684 8,1 8,1 14 423 14 423 -8,0 -8,0 10 029 10 029 -30,5 -30,5 9 829 9 829 -2,0 -2,0<br />

FEV 18 861 34 545 -9,4 -2,2 20 263 34 686 7,4 0,4 8 311 18 340 -59,0 -47,1 11 571 21 400 39,2 16,7<br />

MAR 24 900 59 445 -10,8 -6,0 10 596 45 282 -57,4 -23,8 12 699 31 039 19,8 -31,5 13 371 34 771 5,3 12,0<br />

ABR 21 121 80 566 -1,7 -4,9 2 749 48 031 -87,0 -40,4 14 809 45 848 438,7 -4,5 12 420 47 191 -16,1 2,9<br />

MAI 22 724 103 290 -3,9 -4,7 5 741 53 772 -74,7 -47,9 16 661 62 509 190,2 16,2 12 748 59 939 -23,5 -4,1<br />

JUN 25 305 128 595 -3,5 -4,4 11 076 64 848 -56,2 -49,6 18 936 81 445 71,0 25,6 15 510 75 449 -18,1 -7,4<br />

JUL 18 436 147 031 -7,8 -4,9 15 209 80 057 -17,5 -45,6 12 323 93 768 -19,0 17,1 14 495 89 944 17,6 -4,1<br />

AGO 12 435 159 466 -19,0 -6,1 12 417 92 474 -0,1 -42,0 7 971 101 739 -35,8 10,0 11 349 101 293 42,4 -0,4<br />

SET 14 558 174 024 13,9 -4,7 13 186 105 660 -9,4 -39,3 10 786 112 525 -18,2 6,5 12 469 113 762 15,6 1,1<br />

OUT 15 649 189 673 12,2 -3,5 13 679 119 339 -12,6 -37,1 10 576 123 101 -22,7 3,2 12 560 126 322 18,8 2,6<br />

NOV 16 400 206 073 5,8 -2,9 11 826 131 165 -27,9 -36,4 10 928 134 029 -7,6 2,2 15 230 141 552 39,4 5,6<br />

DEZ 17 726 223 799 9,5 -2,0 14 252 145 417 -19,6 -35,0 12 608 146 637 -11,5 0,8 14 752 156 304 17,0 6,6<br />

100<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

QUADROVIII – Parque e Densidade Automóvel em Portugal<br />

EM 31-12-22<br />

Distritos<br />

Ligeiros<br />

de Passageiros<br />

Ligeiros<br />

de Mercadorias<br />

Total de<br />

Ligeiros<br />

Pesados<br />

de Mercadorias<br />

Total de Veículos<br />

Automóveis<br />

Ligeiro Passageiros<br />

Habitantes por:<br />

Veículo Automóvel<br />

Aveiro 371 677 86 909 458 586 9 889 469 303 1,9 1,5<br />

Beja 69 008 22 585 91 593 1 171 92 932 2,1 1,6<br />

Braga 432 202 108 056 540 257 9 045 550 810 2,0 1,6<br />

Bragança 54 348 22 344 76 692 1 710 78 636 2,2 1,6<br />

Castelo Branco 83 567 24 972 108 539 2 329 111 202 2,1 1,6<br />

Coimbra 213 729 48 818 262 548 5 598 268 959 1,9 1,5<br />

Évora 76 506 20 052 96 559 1 668 98 611 2,0 1,6<br />

Faro 287 118 58 290 345 408 4 162 350 488 1,6 1,3<br />

Guarda 69 421 21 778 91 199 2 748 94 131 2,0 1,5<br />

Leiria 264 172 73 756 337 928 12 298 350 863 1,8 1,3<br />

Lisboa 1 403 599 214 700 1 618 299 36 035 1 659 143 1,6 1,4<br />

Portalegre 50 874 14 328 65 202 2 078 67 366 2,0 1,5<br />

Porto 895 044 173 145 1 068 189 17 226 1 087 997 2,0 1,7<br />

Santarém 214 917 58 103 273 020 7 878 281 465 2,0 1,5<br />

Setúbal 434 499 64 806 499 305 5 927 506 293 2,0 1,8<br />

Viana do Castelo 124 693 27 449 152 142 2 895 155 632 1,9 1,5<br />

Vila Real 92 282 27 012 119 294 2 212 121 979 2,0 1,5<br />

Viseu 176 098 47 708 223 806 6 564 231 103 2,0 1,5<br />

Continente 5 313 755 1 114 810 6 428 565 131 430 6 576 911 1,9 1,5<br />

Açores 116 487 31 101 147 589 2 069 150 123 2,1 1,6<br />

Madeira 129 758 17 089 146 847 2 300 149 966 2,0 1,7<br />

Total 5 560 000 1 163 000 6 723 001 135 800 6 877 000 1,9 1,5<br />

O MVBER liberaliza o aftermarket, mesmo durante a vigência da<br />

garantia do veículo, trazendo benefícios para o consumidor final,<br />

nomeadamente ao nível dos preços praticados nos serviços de<br />

manutenção e reparação<br />

102<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AFTERMARKET EM PORTUGAL<br />

QUADRO IX // parque automóvel veículos ligeiros por marcas<br />

EM 31-12-22<br />

Marcas 2022<br />

Total<br />

% Total<br />

RENAULT 695 211 12,5<br />

PEUGEOT 517 484 9,3<br />

VOLKSWAGEN 458 220 8,2<br />

OPEL 418 223 7,5<br />

MERCEDES-BENZ 395 903 7,1<br />

BMW 339 484 6,1<br />

CITROEN 323 781 5,8<br />

FORD 302 759 5,4<br />

FIAT 278 113 5,0<br />

TOYOTA 233 887 4,2<br />

SEAT 222 718 4,0<br />

AUDI 217 622 3,9<br />

NISSAN 177 930 3,2<br />

VOLVO 98 277 1,8<br />

HONDA 94 207 1,7<br />

HYUNDAI 92 637 1,7<br />

SMART 79 797 1,4<br />

KIA 70 292 1,3<br />

MITSUBISHI 66 712 1,2<br />

Marcas 2022<br />

Total<br />

% Total<br />

SKODA 63 960 1,2<br />

DACIA 63 667 1,1<br />

MINI 52 541 0,9<br />

MAZDA 50 761 0,9<br />

ALFA ROMEO 31 167 0,6<br />

CHEVROLET 29 693 0,5<br />

SUZUKI 28 339 0,5<br />

ROVER 25 800 0,5<br />

LAND ROVER 20 194 0,4<br />

PORSCHE 16 239 0,3<br />

LANCIA 11 939 0,2<br />

JEEP 11 670 0,2<br />

JAGUAR 11 063 0,2<br />

TESLA 9 301 0,2<br />

DAEWOO 7 322 0,1<br />

LEXUS 6 724 0,1<br />

DS 5 785 0,1<br />

CHRYSLER 4 530 0,1<br />

SAAB 4 146 0,1<br />

Marcas 2022<br />

Total<br />

% Total<br />

MG 3 149 0,1<br />

JAGUAR LAND ROVER 3 130 0,1<br />

CUPRA 2 224 0,0<br />

SUBARU 2 060 0,0<br />

DAIHATSU 2 021 0,0<br />

DAWEOO 1 845 0,0<br />

DODGE 1 571 0,0<br />

FERRARI 782 0,0<br />

SSANGYONG 769 0,0<br />

MASERATI 691 0,0<br />

BENTLEY 572 0,0<br />

ASTON MARTIN 518 0,0<br />

IVECO 297 0,0<br />

AUSTIN 270 0,0<br />

LAMBORGHINI 200 0,0<br />

TATA 135 0,0<br />

INFINITI 107 0,0<br />

SUZUKI-SANTANA 102 0,0<br />

OUTRAS MARCAS 1 459 0,0<br />

Total 5 560 000 (Total) 100,0 (% Total)<br />

104<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DISTRIBUIDORES<br />

DE PEÇAS PARA PESADOS<br />

Os 25 Maiores distribuidores de Peças para Pesados faturaram em 2022, 158 milhões de Euros,<br />

mais 19,8% que no ano anterior. Empregam 584 trabalhadores, mais 7 que em 2021 aumentando<br />

a produtividade média para 271 mil € por trabalhador<br />

Fruto da ainda notória disrupção do mercado<br />

de reposição de veículos novos por parte<br />

dos fabricantes, verifica-se um natural prolongamento<br />

do período de utilização de viaturas.<br />

Para além disso, o próprio mercado de veículos<br />

pesados, sejam novos sejam usados, encontra-<br />

-se extremamente inflacionado, conduzindo a<br />

que os operadores do setor optem naturalmente<br />

por uma maior manutenção dos seus veículos.<br />

Como é evidente o mercado do pós-venda tem<br />

vindo a beneficiar deste fenómeno, permitindo<br />

manter níveis de crescimento, competitividade<br />

e uma dinâmica interessante por parte de todos<br />

os players. A par disso, o aparecimento de veículos<br />

pesados cada vez mais tecnológicos criam<br />

o desfio de acompanhar a sua evolução a nível<br />

de conhecimento e de peças de reposição cada<br />

vez mais específicas. Com esta evolução, encontramos<br />

também oficinas que já identificaram a<br />

necessidade de se profissionalizar para melhor<br />

responder aos desafios diários. É fundamental<br />

integrar o digital na visão de negócio de todas as<br />

organizações. A digitalização ajuda a simplificar<br />

e automatizar processos para que funcionem de<br />

forma mais eficiente e consistente, aumentando a<br />

produtividade. Melhora a comunicação interna<br />

e externa. E, finalmente, ajuda a tomar melhores<br />

decisões estratégicas com base em análises<br />

de dados fiáveis. Os indicadores financeiros das<br />

empresas distribuidoras de peças para veículo pesados<br />

apresentaram valores excelentes em 2022:<br />

• Autonomia Financeira: 53,8% dos Ativos financiados<br />

por Capitais Próprios.<br />

• Nenhuma empresa apresentou prejuízos<br />

• Rentabilidades elevadas: 6,2% das Vendas e<br />

14,7% dos Capitais.<br />

A Motorbus lidera em todos os indicadores, exceto<br />

em volume de emprego em que lidera a<br />

HBC II.<br />

106<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


TOP 25 // MAIORES DISTRIBUIDORES PEÇAS PESADOS<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2022 VOL. NEG. 2021 ATIVO 2022 RES. LIQ. 2022 CAP. PRÓP. 2022 VAB 2022 Nº TRAB. 2022<br />

1 MOTORBUS, LDA. PORTO 35 545 27 980 25 291 3 155 12 568 5 544 41<br />

2 HBC II, LDA. LEIRIA 19 304 16 672 14 900 1 368 8 232 4 527 89<br />

3 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. LISBOA 11 614 5 638 4 849 816 2 111 2 063 28<br />

4 EUROPART PORTUGAL, S.A. PORTO 10 926 10 214 6 520 32 2 304 1 668 40<br />

5 D. COSTA, S.A. (COPEROL) LISBOA 10 020 8 896 9 238 470 4 228 2 541 82<br />

6 NASACAR, LDA. LISBOA 9 648 8 199 9 752 277 4 473 1 784 31<br />

7 RECAMBIOS BARREIRO, SUC. PORTUGAL, LDA. LISBOA 9 143 8 417 4 013 204 1 688 1 458 33<br />

8 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. LEIRIA 6 311 5 364 4 637 366 3 203 2 192 49<br />

9 SIMOPEÇAS, LDA. LISBOA 4 603 4 582 3 904 117 2 644 825 25<br />

10 SUSPARTES, LDA. SETÚBAL 4 364 4 100 2 219 98 1 196 369 9<br />

11 TECNIAMPER, LDA. LISBOA 3 909 2 827 6 424 490 5 246 1 131 13<br />

12 VIA PESADOS, LDA. V. DO CASTELO 3 873 3 342 2 541 137 1 069 735 16<br />

13 VICAUTO, LDA. VISEU 3 746 3 355 3 288 419 2 399 884 10<br />

14 VISOPARTS, LDA. VISEU 3 534 3 002 3 730 417 2 150 928 12<br />

15 ECOPARTES, LDA. LEIRIA 3 022 2 641 2 882 333 1 777 801 10<br />

16 POVOA HIDRÁULICA, LDA. PORTO 2 833 2 384 2 540 199 1 686 750 15<br />

17 DMS - TRUCKS, LDA. LEIRIA 2 268 2 333 4 811 434 4 437 1 150 15<br />

18 GLOBAL PARTS SUL, LDA. SETÚBAL 2 267 2 124 1 100 1 277 353 10<br />

19 POLICALÇO, LDA. PORTO 2 092 2 047 3 009 33 416 416 13<br />

20 LEIRIPESADOS, LDA. LEIRIA 1 988 1 702 1 207 75 444 403 9<br />

21 COMERCIALPEÇAS - MÁRIO DE ALMEIDA & MARTINS, LDA. PORTO 1 919 1 687 2 523 225 1 757 566 9<br />

22 VOLPEÇAS, LDA COIMBRA 1 662 1 467 1 478 58 1 073 300 7<br />

23 PROPESADOS, LDA. COIMBRA 1 364 1 254 1 429 75 887 382 8<br />

24 BPN, LDA. LEIRIA 1 268 957 1 497 67 234 201 4<br />

25 GOLIPE, LDA. LISBOA 1 073 953 1 119 14 682 159 6<br />

TOP 25 // EVOLUÇÃO VOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES PEÇAS PESADOS<br />

Nº DISTRITO VOL. NEG. 2022<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. 22/21<br />

VOL. NEG.<br />

2021<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. 21/20<br />

VOL. NEG. 2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

1 MOTORBUS, LDA. PORTO 35 545 27,04 27 980 59,20 17 575 23,39 14 243<br />

2 HBC II, LDA. LEIRIA 19 304 15,79 16 672 22,51 13 609 7,01 12 718<br />

3 SGP-GLOBAL PARTS, LDA. LISBOA 11 614 106,00 5 638 1,51 5 554 0,05 5 551<br />

4 EUROPART PORTUGAL, S.A. PORTO 10 926 6,97 10 214 15,05 8 878 -12,31 10 124<br />

5 D. COSTA, S.A. (COPEROL) LISBOA 10 020 12,63 8 896 13,12 7 864 -0,09 7 871<br />

6 NASACAR, LDA. LISBOA 9 648 17,67 8 199 12,90 7 262 -15,26 8 570<br />

7 RECAMBIOS BARREIRO, LDA. LISBOA 9 143 8,63 8 417 15,73 7 273 6,53 6 827<br />

8 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. LEIRIA 6 311 17,65 5 364 13,31 4 734 0,04 4 732<br />

9 SIMOPEÇAS, LDA. LISBOA 4 603 0,46 4 582 23,50 3 710 -30,42 5 332<br />

10 SUSPARTES, LDA. SETÚBAL 4 364 6,44 4 100 48,28 2 765 16,32 2 377<br />

11 TECNIAMPER, LDA. LISBOA 3 909 38,27 2 827 -6,36 3 019 -20,15 3 781<br />

12 VIA PESADOS, LDA. V. DO CASTELO 3 873 15,89 3 342 6,30 3 144 13,01 2 782<br />

13 VICAUTO, LDA. VISEU 3 746 11,65 3 355 16,70 2 875 11,87 2 570<br />

14 VISOPARTS, LDA. VISEU 3 534 17,72 3 002 15,33 2 603 -10,24 2 900<br />

15 ECOPARTES, LDA. LEIRIA 3 022 14,43 2 641 28,39 2 057 11,07 1 852<br />

16 POVOA HIDRÁULICA, LDA. PORTO 2 833 18,83 2 384 19,44 1 996 -2,59 2 049<br />

17 DMS-TRUCKS, LDA. LEIRIA 2 268 -2,79 2 333 20,07 1 943 -7,65 2 104<br />

18 GLOBAL PARTS SUL, LDA. SETÚBAL 2 267 6,73 2 124 16,45 1 824 -4,40 1 908<br />

19 POLICALÇO, LDA. PORTO 2 092 2,20 2 047 18,46 1 728 8,34 1 595<br />

20 LEIRIPESADOS, LDA. LEIRIA 1 988 16,80 1 702 2,41 1 662 16,39 1 428<br />

21 COMERCIALPEÇAS - MÁRIO DE ALMEIDA & MARTINS, LDA. PORTO 1 919 13,75 1 687 18,30 1 426 -7,40 1 540<br />

22 VOLPEÇAS, LDA COIMBRA 1 662 13,29 1 467 46,70 1 000 -4,12 1 043<br />

23 PROPESADOS, LDA. COIMBRA 1 364 8,77 1 254 8,10 1 160 -11,18 1 306<br />

24 BPN, LDA. LEIRIA 1 268 32,50 957 52,15 629 -23,20 819<br />

25 GOLIPE, LDA. LISBOA 1 073 12,59 953 11,46 855 -19,79 1 066<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

107


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Luis ribeiro (diesel technic), joel lebre (Motorbus), pedro martins (Global parts), hernán marques (Sampa)<br />

Quadro de Honra<br />

Nº EMPRESA<br />

1 MOTORBUS<br />

2 SGP - GLOBAL PARTS<br />

3 HBC II<br />

4 VISOPARTS<br />

5 VICAUTO<br />

6 DIAMANTINO PERPÉTUA<br />

7 TECNIAMPER<br />

8 NASACAR<br />

9 COMERCIALPEÇAS<br />

10 DMS-TRUCKS<br />

108<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

106-109_Mercado distribuidores peas ve≠culos pesado.indd 108 08/11/<strong>2023</strong> 20:47


TOP 10<br />

DISTRIBUIDORES PEÇAS PESADOS POR CRITÉRIO<br />

Nº EMPRESA CRESCIMENTO<br />

VOLUME NEGÓCIOS<br />

1 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 106,00<br />

2 TECNIAMPER, LDA. 38,27<br />

3 BPN, LDA. 32,50<br />

4 MOTORBUS, LDA. 27,04<br />

5 POVOA HIDRÁULICA, LDA. 18,83<br />

6 VISOPARTS, LDA. 17,72<br />

7 NASACAR, LDA. 17,67<br />

8 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 17,65<br />

9 LEIRIPESADOS, LDA. 16,80<br />

10 VIA PESADOS, LDA. 15,89<br />

Nº EMPRESA VALOR ACRESCENTADO<br />

BRUTO (VAB)<br />

1 MOTORBUS, LDA. 5 544<br />

2 HBC II, LDA. 4 527<br />

3 D. COSTA, S.A. (COPEROL) 2 541<br />

4 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 2 192<br />

5 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 2 063<br />

6 NASACAR, LDA. 1 784<br />

7 EUROPART PORTUGAL, S.A. 1 668<br />

8 RECAMBIOS BARREIRO, LDA. 1 458<br />

9 DMS - TRUCKS, LDA. 1 150<br />

10 TECNIAMPER, LDA. 1 131<br />

Nº EMPRESA RENTABILIDADE<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

1 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 38,65<br />

2 BPN, LDA. 28,63<br />

3 MOTORBUS, LDA. 25,10<br />

4 VISOPARTS, LDA. 19,40<br />

5 ECOPARTES, LDA. 18,74<br />

6 VICAUTO, LDA. 17,47<br />

7 LEIRIPESADOS, LDA. 16,89<br />

8 HBC II, LDA. 16,62<br />

9 VIA PESADOS, LDA. 12,82<br />

10 COMERCIALPEÇAS, LDA. 12,81<br />

Nº EMPRESA AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

1 DMS-TRUCKS, LDA. 92,23<br />

2 TECNIAMPER, LDA. 81,66<br />

3 VICAUTO, LDA. 72,96<br />

4 VOLPEÇAS, LDA 72,60<br />

5 COMERCIALPEÇAS, LDA. 69,64<br />

6 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 69,07<br />

7 SIMOPEÇAS, LDA. 67,73<br />

8 POVOA HIDRÁULICA, LDA. 66,38<br />

9 PROPESADOS, LDA. 62,07<br />

10 ECOPARTES, LDA. 61,66<br />

Nº EMPRESA PRODUTIVIDADE<br />

REAL<br />

1 MOTORBUS, LDA. 135,22<br />

2 VICAUTO, LDA. 88,40<br />

3 TECNIAMPER, LDA. 87,00<br />

4 ECOPARTES, LDA. 80,10<br />

5 VISOPARTS, LDA. 77,33<br />

6 DMS - TRUCKS, LDA. 76,67<br />

7 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 73,68<br />

8 COMERCIALPEÇAS, LDA. 62,89<br />

9 NASACAR, LDA. 57,55<br />

10 HBC II, LDA. 50,87<br />

Nº EMPRESA GERAÇÃO<br />

EMPREGO<br />

1 HBC II, LDA. 12<br />

2 D. COSTA, S.A. (COPEROL) 6<br />

3 MOTORBUS, LDA. 6<br />

4 NASACAR, LDA. 5<br />

5 SGP - GLOBAL PARTS, LDA. 5<br />

6 RECAMBIOS BARREIRO, LDA. 4<br />

7 DIAMANTINO PERPÉTUA & FILHOS, LDA. 3<br />

8 EUROPART PORTUGAL, S.A. 1<br />

9 VIA PESADOS, LDA. 1<br />

10 POLICALÇO, LDA. 1<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

109<br />

106-109_Mercado distribuidores peas ve≠culos pesado.indd 109 08/11/<strong>2023</strong> 19:10


Peças Pesados Posição ranking 1º Volume negócio em 2022 €35.545.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Motorbus é uma empresa especializada na comercialização de peças<br />

A para veículos pesados multimarca. A empresa opera desde 1995 e tem<br />

sede em Vila Nova de Gaia. Tem ainda sucursais em Lisboa e em Leiria,<br />

onde chegou apenas no ano passado. Atualmente, conta com 40 funcionários<br />

que se distribuem pelas três lojas mencionadas anteriormente. Numa<br />

análise ao atual momento do pós-venda automóvel e, mais especificamente,<br />

à distribuição de peças, Joel Lebre, administrador da empresa, diz-nos<br />

que o mercado de pesados continua estável dentro do setor do aftermarket.<br />

Em relação à oferta de produto atual, Joel Lebre conta que, “desde há uns<br />

anos que a Motorbus cobre de A a Z todas as necessidades a nível de peças<br />

para pesados. Temos neste momento mais de 62.000 referências em stock<br />

das melhores marcas de produtos e consequente capacidade de entrega<br />

quase imediata, para além da experiência de mais de 25 anos no setor”. O<br />

mercado português é apetecível para o mercado espanhol, mas o contrário<br />

também acontece, por isso a Motorbus vê o mercado do país vizinho como<br />

uma verdadeira oportunidade. “A tendência do mercado é a concentração<br />

do negócio em players cada vez mais fortes e organizados, contudo existem<br />

sempre «nichos» de mercado em que é difícil a penetração e aí os players de<br />

MOTORBUS<br />

menor dimensão conseguem sobreviver”, explica. Atualmente, a Motorbus<br />

possui um portal para acesso de toda a informação que o cliente necessita<br />

e Joel Lebre garante que “neste capítulo estamos atentos e preparados”. A<br />

nível dos pesados, as peças reconstruídas têm um “peso” substancial, “contudo<br />

na nossa linha de portefólio temos sempre a preferência em oferecer peças<br />

originais novas pois o mercado assim o exige”, esclarece, acrescentando que o<br />

papel dos distribuidores de peças para veículos pesados é apostar na formação<br />

e informação adequada para além de uma rápida resposta às solicitações. O<br />

maior desafio para a distribuição de peças para veículos pesados nos anos<br />

vindouros são, a seu ver, as viaturas elétricas e revela que “já temos clientes<br />

com viaturas elétricas e continuam a apostar no nosso serviço”. A Motorbus<br />

continua em expansão tanto a nível nacional como internacional. Ampliaram<br />

este ano as instalações na Castanheira do Ribatejo para 6.000m2 o que dá<br />

à empresa uma capacidade de resposta ainda mais alargada. A rapidez de<br />

entrega é um dos pontos que continua a melhorar, daí a grande aposta no<br />

aumento de peças em stock e na duplicação da área de armazenagem na loja<br />

de Lisboa. Continuar a investir num serviço rápido, eficaz e ser reconhecido<br />

como player internacional de peso, são os objetivos da Motorbus.<br />

Administradores Óscar Pereira, Joel Lebre e Pedro Lebre<br />

Morada Rua Monte de Além, Nº 70 - 90 4410-268 Canela - Vila Nova de Gaia<br />

Telefone 227 300 230 EMAIL motorbus@motorbus.pt SITE www.motorbus.pt<br />

110<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Peças Pesados Posição ranking 8º Volume negócio em 2022 €6.311.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DIAMANTINO perpétua<br />

Na Zona Industrial do Casal do Cego, em Marrazes, foi fundada em 1997<br />

a empresa Diamantino Perpétua & Filhos, Lda, que se dedica a distribuir<br />

peças para veículos pesados. Atualmente com 52 funcionários, a empresa<br />

conta com uma área total de armazenamento de 2.264 m2 e mais de 20 mil<br />

referências em stock. Hugo Perpétua e Filipe Pinheiro fazem uma análise<br />

realista do momento que o setor dos veículos pesados vive, e concluem que<br />

se verifica “um natural prolongamento do período de utilização de viaturas.<br />

Para além disso, o próprio mercado de veículos, sejam novos, sejam usados,<br />

encontra-se extremamente inflacionado, conduzindo os operadores do setor<br />

a optarem naturalmente por uma maior manutenção dos seus veículos”. Na<br />

opinião de ambos, o mercado do pós-venda “tem vindo a beneficiar deste<br />

fenómeno, permitindo manter níveis de crescimento, competitividade e dinâmica<br />

no setor”. Quanto à iberização do mercado, Hugo Perpétua e Filipe<br />

Pinheiro, dizem que se “trata de um movimento natural num mundo cada<br />

vez mais globalizado. O mercado de distribuição espanhol, aqui ao lado, vê o<br />

mercado português como apetecível. O custo benefício de aqui operarem não<br />

é muito diferente, pela proximidade. Existem, no entanto, algumas diferenças<br />

na abordagem aos mercados, pelo que nos compete a nós enquanto operadores<br />

nacionais, manter o foco no cliente, na sua fidelização e na qualidade do<br />

produto oferecido”, explicam. Quanto à concentração do negócio da distribuição<br />

de peças, “a tendência é notória e tem apenas um objetivo: a procura<br />

constante de melhores preços junto dos fabricantes em função do aumento<br />

do volume de compras”, dizem. A digitalização é também um fenómeno e<br />

“foi de forma natural que surgiu em 2018 a nossa plataforma e-commerce,<br />

instalada em mais de 40 clientes nacionais e internacionais e que hoje é<br />

responsável por mais de 30% das nossas vendas”, explicam. A Diamantino<br />

Perpétua & Filhos, Lda tem na sua génese a sustentabilidade, com “cerca de<br />

50% da nossa atividade relacionada com o recondicionamento de peças (já<br />

lá vão 25 anos), dando-lhes uma «segunda vida». Assim, impregnado que<br />

está o conceito de reutilização, reciclagem e reaproveitamento de materiais,<br />

podemos dizer que tudo nesta empresa é observado em matéria de preservação<br />

do ambiente e dos recursos naturais”, evidenciam. O próximo ano vai ser<br />

caraterizado “pela consolidação dos projetos realizados nos anos anteriores.<br />

Todo o crescimento internacional, que arrancou em 2011, tem obrigado a um<br />

esforço crescente de operacionalidade, armazenamento e aumento de recursos<br />

humanos. Continuaremos sempre despertos para novas oportunidades, que<br />

não deixaremos de considerar, na estratégia de crescimento consolidado que<br />

nos caracteriza”, concluem.<br />

Gerentes Hugo Perpétua e Filipe Pinheiro<br />

Morada Zona Industrial Casal Cego – Marrazes – 2416-693 Leiria<br />

Telefone 244 856 117 EMAIL geral@diamantino.eu SITE www.diamantino.eu<br />

112<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


As peças estão no coração da<br />

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Usadas e Recondicionadas Amigas do Ambiente


Peças Pesados Posição ranking 13º Volume negócio em 2022 €3.746.000<br />

Com 31 anos de história, a Vicauto, empresa dedicada à distribuição de<br />

peças para viaturas pesadas e com sede em Viseu, conta com um único<br />

ponto de venda, com 1.000 m2 de área total de armazenamento, atuando na<br />

zona norte e centro do país. Tem 12 trabalhadores que fazem a gestão de cerca<br />

10.000 referências das várias marcas que comercializa e distribui: ADR, BF,<br />

Cojali, Corteco, Dayco, Dinex, DT, Elring, Febi, Ferodo, Fersa, FTE, Gates,<br />

Hella, IADA, Icer, Jurid, Liqui Moly, Lemforder, Mahle, Mann-Filter, Monroe,<br />

NRF, Pierburg, Prestolite, Sachs, Valeo, Victor Reinz e Vignal. Ricardo<br />

Almeida, diretor comercial da Vicauto é da opinião que o setor do pós-venda<br />

automóvel está a passar uma fase “muito positiva, como podemos ver pelas<br />

recentes movimentações no mercado. Em relação aos veículos pesados em<br />

particular, assistimos também a uma dinâmica interessante por parte de todos<br />

os players e que nos deixa satisfeitos”, explicou. O responsável considera que<br />

a Vicauto se distingue “por trabalhar, maioritariamente, com fabricantes de<br />

primeiro equipamento, sendo todas as marcas reconhecidas pelos clientes. A<br />

empresa promove mensalmente uma marca premium junto dos seus clientes<br />

e o extenso portefólio inclui produtos para sistemas elétricos, motor, embraiagem,<br />

sistemas de travagem, sistemas de refrigeração e suspensão/direção,<br />

abrangendo, assim, a totalidade de componentes para camiões, reboques e<br />

autocarros. A Vicauto mostra-se sempre disponível para aumentar quer as<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Vicauto<br />

linhas de produtos, quer as novas marcas que se enquadrem no seu portefólio”,<br />

afirma. Em relação à iberização do mercado, Ricardo Almeida diz que “é um<br />

facto que temos assistido a uma entrada de vários distribuidores espanhóis<br />

no nosso mercado, mas uma boa parte está a ser feita através de grupos de<br />

compras. A iberização é um passo natural do nosso setor, é uma forma de<br />

crescer juntando dois mercados que têm muita coisa em comum”. Quanto<br />

à digitalização, declara que “é um passo essencial, no desenvolvimento e<br />

crescimento das empresas. Temos tentado digitalizar cada vez mais os nossos<br />

processos para sermos mais eficientes na resposta ao cliente, para que haja<br />

menos erros”. No âmbito da sustentabilidade, a empresa reutiliza todo o tipo<br />

de embalagens que recebe por parte dos fornecedores para voltar a expedir<br />

material. Já as peças reconstruídas, “são uma parte importante do negócio,<br />

sendo, sem dúvida, um fator importante para a sustentabilidade. A maioria<br />

é imposta pelos fabricantes e vai sempre depender da oferta que temos por<br />

parte dos fabricantes e da escolha que os clientes fazem quando têm essas<br />

opções. Têm um custo acrescido nos nossos stocks que são os cores/cascos, é<br />

um fator a ter em consideração também no momento da compra”, garante.<br />

Para o futuro, os desafios “são muitos, desde a digitalização, as novas normas<br />

Euro 7, a eletrificação dos veículos e em relação às oficinas os desafios são<br />

quase os mesmos”, diz.<br />

Gerentes Carlos Alberto e João Manuel<br />

Morada Zona Empresarial do Campo Lote 47-49 3515-342 Viseu<br />

Telefone 232 451 197 EMAIL geral@vicauto.pt SITE www.vicauto.pt<br />

114<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Momento positivo,<br />

mas sem euforias!<br />

116


DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

Aos poucos, o mercado da distribuição de peças levanta-se do período mais crítico que<br />

atravessou nos últimos três anos. Ultrapassadas as dificuldades de reposição de stocks, da<br />

crise dos contentores, da escassez dos semicondutores, de uma pandemia que apanhou todos<br />

de surpresa e até de um navio encalhado no canal do Suez que, em conjunto, se tornaram na<br />

tempestade perfeita e prolongaram consequências por largos meses, é chegada a hora de ver<br />

de novo as vendas a crescer e olhar com algum otimismo para o futuro. Falamos com alguns dos<br />

players do mercado de distribuição de peças automóvel, que nos contam como percecionam<br />

esta fase e revelam um pouco sobre as expetativas que têm para o futuro do negócio<br />

A<br />

travagem a fundo que o mundo fez em<br />

2020, 2021 e 2022 devido à pandemia<br />

afetou em grande escala o setor automóvel,<br />

que, sem carros na estrada, se<br />

viu a braços com muitas dificuldades<br />

para conseguir trabalhar. Ainda assim, tem sido<br />

capaz de dar a volta por cima e não demorou muito<br />

para regressar aos números pré-pandemia, atravessando<br />

atualmente um momento bastante positivo,<br />

de demarcado crescimento generalizado. Agora,<br />

entramos numa fase em que os distribuidores têm<br />

pela frente muitos desafios e oportunidades, num<br />

setor que, certamente, “não vamos reconhecer<br />

daqui a uns anos”, como diz Richard Izquierdo,<br />

Diretor de Marketing e Comunicação da Lizarte.<br />

Os veículos são projetados, fabricados, utilizados<br />

e mantidos de forma diferente, pelo que se espera<br />

que a indústria das peças acompanhe a par e passo<br />

toda esta revolução.<br />

Crescer com cautela<br />

O setor está muito ativo, mas mais atento e cauteloso<br />

ao que acontece a nível global, agora mais<br />

preparado para eventuais novos «embates». Inevitavelmente,<br />

todo este crescimento trará mais<br />

inovação, mais qualidade e uma maior adaptação<br />

às necessidades específicas dos consumidores,<br />

com soluções mais eficientes e competitivas para<br />

todos. No entanto, há que ter em atenção a origem<br />

do crescimento e saber destrinçá-lo da inflação e<br />

da efetiva rentabilidade da empresa, essa sim, o<br />

garante da sobrevivência de cada negócio. Saber<br />

as causas do crescimento é fundamental, na opinião<br />

de Miguel Pérez Schwarz, diretor executivo<br />

do fabricante de baterias TAB, que alerta para o<br />

facto de “quando as coisas correrem mal, o risco<br />

de não saber como reagir corretamente será ainda<br />

maior...”<br />

As marcas assumem o clima de otimismo, mas<br />

recusam falar em «euforia», pois “algumas empresas<br />

cresceram devido às debilidades de outras,<br />

é o mercado a reagir”, entende Victoria Ortega,<br />

Vehicle Aftermaket Sales Manager Iberian Region<br />

da SKF. Já Paulo Pinto, responsável de vendas para<br />

Portugal da Schaeffler Automotive Aftermarket<br />

Spain, diz mesmo que neste momento “não há<br />

euforia, mas sim a consciencialização de que quem<br />

tem a peça faz a venda”.<br />

Havendo menos vendas de veículos novos, as oficinas<br />

trabalham agora, essencialmente, com um<br />

parque cada vez mais envelhecido, que é preciso<br />

manter em bom estado. Isto significa, desde logo,<br />

duas coisas: mais trabalho e menos rentabilidade,<br />

porque os proprietários tendem a preferir gastar<br />

menos dinheiro nas reparações dos seus automóveis<br />

mais antigos e a espaçar mais as intervenções na<br />

oficina. Daí surge a necessidade de apostar em<br />

novas fontes de rendimento e soluções de redução<br />

de custos, que garantam às marcas, distribuidores<br />

e oficinas a subsistência para o futuro. Esta é, sem<br />

dúvida, uma oportunidade que o mercado tem de<br />

melhorar todo o serviço ao cliente e reposicionar-<br />

-se face às novas realidades que se apresentam.<br />

Margem VS rentabilidade<br />

Num momento aparentemente feliz para as contas<br />

das empresas de distribuição de peças, é preciso<br />

saber avaliar criteriosamente a saúde financeira<br />

dos negócios, assegurando a eficácia da geração<br />

de lucro em relação ao investimento. Distinguir a<br />

margem da rentabilidade é essencial para gerar<br />

benefícios a longo prazo e manter a empresa viável<br />

e com vitalidade, gerindo agora com mais rigor a<br />

atribuição e controlo de crédito que as empresas<br />

dão, tradicionalmente, aos clientes em Portugal.<br />

Hélder Pereira, Diretor Comercial IAM Portugal<br />

da Mann-Hummel, relembra que é “a diferença<br />

entre o custo do produto e a sua venda que deve<br />

suportar todos os custos que são diretamente implicados<br />

na venda ao cliente” e Jorge Meizoso,<br />

responsável comercial da Metalcaucho em Portugal,<br />

acrescenta que “o ideal é ter um bom produto,<br />

competitivo, sem que a sua qualidade prejudique<br />

o benefício de uma margem maior”.<br />

Para aumentar a faturação, os distribuidores têm<br />

de criar novos serviços que gerem valor para as<br />

oficinas. A diferenciação das empresas vai passar<br />

a fazer-se na venda e no após-venda, com a personalização<br />

da experiência do cliente, oferecendo-<br />

-lhe mais opções e soluções. A estratégia de cada<br />

um para lidar com esta situação irá definir quem<br />

se vai conseguir posicionar no mercado. Richard<br />

Izquierdo, Diretor de Marketing e Comunicação<br />

da Lizarte, opina que “os que souberem antecipar-<br />

-se às oportunidades e ameaças atuais chegarão a<br />

melhores níveis de eficiência e rentabilidade”. Isto<br />

implica que os distribuidores que queiram evoluir<br />

saibam adaptar-se, profissionalizando os negócios,<br />

com uma maior racionalização e eficiência dos<br />

processos. À partida, o «manual de sobrevivência»<br />

genérico deverá incluir a redução de custos,<br />

a redução de margens ou a redução do número<br />

de entregas diárias, mitigando os custos logísticos.<br />

Mas será que é assim tão simples?<br />

Logística mais difícil<br />

Saber lidar com as dificuldades logísticas é também<br />

é um dos mais atuais desafios do setor. Numa altura<br />

em que os distribuidores investem em múltiplas<br />

entregas diárias para prestar um serviço «just in<br />

time» às oficinas, esbarram simultaneamente no<br />

dilema dos custos cada vez mais elevados que isso<br />

acarreta, nomeadamente em combustível, portagens<br />

e disponibilidade de viaturas e meios humanos.<br />

Deste modo, muitos operadores têm optado<br />

por investir na digitalização dos armazéns, para<br />

evitar erros humanos e custos desnecessários com<br />

as entregas e/ou devoluções e também em políticas<br />

mais apertadas de entregas. Ainda assim, sentem<br />

todos os dias que continua a ser preciso otimizar<br />

custos logísticos sem penalizar a taxa de serviço<br />

e, até mesmo, conseguir melhorá-la. Neste sentido,<br />

conseguir parcerias estratégicas e colaboração<br />

com fabricantes, fornecedores e distribuidores é<br />

fundamental para criar uma rede de distribuição<br />

eficiente.<br />

No norte da Europa, por exemplo, a sustentabilidade<br />

é um tema que já está em cima da mesa e<br />

há países a restringir o número de entregas diárias<br />

permitidas, para minimizar a pegada de carbono<br />

que os distribuidores estão a provocar. Por cá, isso<br />

ainda não é uma realidade, mas torna-se imperativo<br />

pensar nas consequências financeiras, ecológicas<br />

e práticas de fazer quatro, cinco ou seis entregas<br />

de peças numa base diária, procurando, de mentalidade<br />

aberta, soluções alternativas para esta situação.<br />

As peças reconstruídas já vão entrando no<br />

portefólio de referências das empresas, que assim<br />

podem apresentar aos clientes soluções mais sustentáveis,<br />

que são, naturalmente, alternativas mais<br />

económicas e que trazem vantagens competitivas<br />

face à concorrência.<br />

Stock: Como gerir?<br />

Depois de, no período da pandemia, retalhistas e<br />

distribuidores terem passado por sérias dificuldades<br />

de reposição de stocks, com muitas referências indisponíveis,<br />

a gestão das existências ganhou nova<br />

importância para os operadores. Quer fosse pela<br />

falta de matérias-primas, pela rutura na cadeia de<br />

abastecimento ou mesmo pela subida galopante dos<br />

preços das peças, 2021 e 2022, foram especialmente<br />

difíceis para quem precisava de fornecer oficinas.<br />

Não raro era necessário recorrer a outros fornecedores,<br />

marcas ou segmentos alternativos, na tentativa<br />

de evitar falhar com produtos necessários para as<br />

reparações e manutenções. Isto levou a que muitos<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

117


AUTO RECTO, LDA<br />

A AUTO RECTO é uma empresa que se dedica ao comércio, grosso e<br />

retalho, de peças e acessórios para automóveis. Tem duas lojas físicas,<br />

situadas em Ermesinde e em Viseu, mas colabora com transportadores<br />

que fazem entregas em todo o país.<br />

ACESSO AO SITE<br />

Dentro deste ramo, a firma é especializada em material eléctrico, sendo,<br />

neste momento, uma das empresas líderes de mercado no sector em<br />

Portugal.


Desde<br />

1976<br />

TRABALHAMOS COM AS MELHORES MARCAS DO SETOR<br />

AUTO RECTO, LDA<br />

AUTO RECTO, LDA<br />

AUTO RECTO 2<br />

Rua Dr. Francisco Silva Pinto, 24<br />

4445-403 Ermesinde<br />

balcaom@autorecto.com<br />

+351 225 180 724<br />

+351 913 799 960<br />

Rua Cimalha, 34<br />

3515-150 Viseu<br />

balcaom@autorecto.com<br />

+351 232 450 042<br />

+351 914 956 210


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

dos distribuidores fizessem grandes investimentos<br />

em aumentos de stock, numa estratégia cautelosa,<br />

para poderem dar resposta imediata aos clientes.<br />

Hoje, as abordagens a este tema são variadas, mas<br />

ficou bem definido, desde então, que é preciso ter<br />

uma visão clara e fazer um processo constante de<br />

revisão de stocks, pois “o stock representa 90% dos<br />

ativos de uma empresa e é muito importante estar<br />

atento às rotações do armazém, porque é fundamental<br />

ter a peça, uma vez que peça em falta não gera<br />

lucro”, como nos diz Jorge Meizoso, responsável<br />

comercial da Metalcaucho em Portugal. Já David<br />

Zapata, Diretor Espanha e Portugal da Delphi, vai<br />

mais longe, avisando que “um stock mal gerido pode<br />

significar lastro económico muito pesado para a<br />

empresa” e apela a uma gestão mais eficiente, para<br />

manter a rentabilidade e o bom serviço ao cliente.<br />

Ter stock elevado é uma vantagem competitiva, e<br />

há quem opte, como a Magnetti Marelli por fazer<br />

uma otimização contínua do mesmo, organizando<br />

as existências entre “fast e slow movers”, explica-<br />

-nos Joan Miró, o diretor da marca para Espanha e<br />

Portugal. Por outro lado, Bruno Costa, responsável<br />

de vendas da NRF em Portugal, fabricante de peças<br />

auto (radiadores e sensores), releva a importância<br />

“de ter stock na horizontal, pois uma maior variedade<br />

de referências em vez de mais quantidades<br />

da mesma referência é fundamental para o sucesso<br />

da venda”, afirma. Já Hernán Marques, diretor<br />

geral da Sampa Ibérica, fabricante turco de peças<br />

para veículos pesados, entende que “não há uma<br />

fórmula mágica, mas tem de haver uma relação<br />

entre as compras de stock e o histórico de vendas”.<br />

Miguel Pérez Schwarz, diretor executivo da TAB,<br />

acrescenta ainda que “há que definir corretamente<br />

o portefólio de fornecedores. Não entendo porque<br />

é que há famílias de produto com cinco fornecedores”,<br />

declara.<br />

Novos produtos, novas tendências<br />

O automóvel está a mudar e o setor também tem<br />

de mudar para acompanhar toda a revolução que<br />

já se vive. Em breve, os produtos que ocupam as<br />

prateleiras dos armazéns vão, necessariamente,<br />

ser diferentes daqueles que estamos habituados a<br />

ver. A aposta dos consumidores nos veículos elétricos<br />

e híbridos já é uma realidade e estas não<br />

são tendências temporárias, é uma transformação<br />

profunda, com consequências permanentes, para a<br />

qual é fulcral ter agilidade de adaptação. Cabe aos<br />

distribuidores antecipar as necessidades do cliente<br />

e estar preparados tecnicamente, com ferramentas<br />

e pessoal qualificado para oferecer os produtos<br />

e serviços que lhes permitirão diferenciar-se da<br />

concorrência. As empresas terão de se atualizar<br />

e fornecer soluções tecnologicamente avançadas<br />

para atender a essa procura. Perante a situação,<br />

Ricardo Caldas, diretor de vendas da Dayco para<br />

Portugal, diz que “o empresário português sempre<br />

soube encontrar soluções para os obstáculos que<br />

foram surgindo” e considera que nesta mudança<br />

de paradigma não será exceção, onde os mais bem<br />

preparados terão um papel chave. Trata-se de uma<br />

mudança inevitável, à qual o setor se deve antecipar,<br />

havendo casos de gestão implementados que<br />

são muito modernos e bem-sucedidos.<br />

A digitalização, a eletrificação e as novas formas<br />

de mobilidade vão trazer às oficinas mais componentes<br />

elétricos e eletrónicos, “vai-se trabalhar com<br />

um menor número de referências, com um preço<br />

mais elevado e maior complexidade técnica”, prevê<br />

Miguel Pérez Schwarz, da TAB, complementado<br />

por Victoria Ortega, da SKF, que considera que<br />

“o investimento, a formação e a especialização nas<br />

novas formas de mobilidade e no parque eletrificado<br />

são especialmente importantes e vão marcar<br />

a exploração destas tendências”. Também David<br />

Zapata, Diretor Espanha e Portugal da Delphi<br />

concorda, explicando que “o conhecimento que<br />

implica a gestão de operações tecnologicamente<br />

mais avançadas tem um custo”.<br />

Questionados sobre quais os novos produtos e serviços,<br />

para além das peças, que os distribuidores<br />

poderão vender no futuro, muitos dos distribuidores<br />

com quem falámos responderam que “mais do que<br />

produtos, as empresas têm de se focar em serviços”.<br />

Houve também quem referisse que para fortalecer<br />

a posição de distribuidores, será preciso apostar em<br />

acessórios inteligentes para automóveis conectados,<br />

mais sensores e componentes para veículos a hidrogénio<br />

ou elétrico. Outras opções comentadas foram<br />

as peças para motociclos e outros meios de transporte,<br />

assim como novos serviços de manutenção<br />

de software. A boa formação e as ferramentas adequadas<br />

são também mencionadas como condição<br />

sine qua non para a perseverança destas empresas.<br />

Por esta altura, é inegável que o preço continua a<br />

ser importante, mas não tem de ser determinante.<br />

O cliente procura qualidade e garantias porque,<br />

afinal, vai ser a forma como a oficina resolve o<br />

problema que irá ditar a satisfação do seu cliente.<br />

Fenómeno da concentração<br />

Num mundo cada vez mais globalizado, o fenómeno<br />

da concentração é uma realidade e já começou<br />

a chegar à Península Ibérica. Unificar marcas e<br />

processos resulta na melhoria dos resultados comerciais,<br />

que é, efetivamente, o que todos procuram:<br />

ter melhores condições de compra. A fragmentação<br />

histórica do mercado português e espanhol pode ter<br />

abrandado o processo da concentração, no entanto,<br />

já se vê a situação a alterar-se, prevendo-se o desaparecimento<br />

desta típica atomização. Este ciclo de<br />

fusões e aquisições a que agora assistimos, vai trazer<br />

ao setor uma maior profissionalização e também a<br />

máxima eficiência, esperando-se, como diz Victoria<br />

Ortega, da SKF, “um impacto sistemático em todos<br />

os elos da cadeia de distribuição”.<br />

O aumento da concorrência fará baixar os preços<br />

e, consequentemente, levará a que os distribuidores<br />

tenham margens mais baixas. Uma pressão sobre<br />

os preços que, na pior das hipóteses, poderá fazer<br />

descurar a qualidade, assessorias e garantias aos<br />

clientes. Por outro lado, os operadores ver-se-ão<br />

obrigados a ter maior disponibilidade de stock e<br />

mais variedade de produtos, com tempos de entrega<br />

cada vez mais curtos, o que terá um impacto<br />

nos distribuidores locais. Os responsáveis das marcas<br />

com quem falámos olham para o fenómeno<br />

com naturalidade e consideram que trará muitos<br />

benefícios ao mercado nacional. Até ver, é uma<br />

perspetiva otimista, mas cautelosa, aquela que se<br />

vive no setor da distribuição de peças atualmente<br />

e levará, a médio trecho, a uma alteração do setor<br />

como estamos a habituados a conhecer.<br />

O setor está muito ativo e todo este crescimento trará mais<br />

inovação, mais qualidade e uma maior adaptação às necessidades<br />

específicas dos consumidores, com soluções mais eficientes<br />

e competitivas para todos<br />

120<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

Respira-se um clima de otimismo<br />

na distribuição de peçaS”<br />

Carlos Corzo RESPONSÁVEL DE VENDAS DA CLARIOS PARA PORTUGAL, FABRICANTE DA MARCA DE BATERIAS VARTA<br />

Perfeitamente alinhada com a evolução tecnológica<br />

que se vive no mundo automóvel e com as<br />

mudanças nos hábitos dos consumidores, a Varta<br />

está já a registar um crescimento significativo nas<br />

vendas em várias linhas de produtos. Carlos Corzo,<br />

responsável de vendas da Clarios para Portugal,<br />

nota “uma tendência crescente entre os consumidores<br />

que procuram baterias para veículos<br />

mais modernos e tecnologicamente avançados,<br />

ao mesmo tempo em que atribuem uma importância<br />

cada vez maior à sustentabilidade. Como<br />

resultado, nos últimos anos, o peso das nossas baterias<br />

EFB e, especialmente, das baterias AGM,<br />

tem aumentado de forma significativa nas nossas<br />

vendas totais”, diz.<br />

Recentemente, a Clarios lançou também a gama<br />

Varta para xEV, que abrange todos os veículos<br />

elétricos, híbridos e Start-Stop. Esta gama permite<br />

à Varta estabelecer-se no mercado dos veículos<br />

elétricos, oferecendo baterias que “não apenas<br />

garantem níveis elevados de qualidade e desempenho,<br />

mas também demonstram o nosso compromisso<br />

com o meio ambiente. Estes são os produtos<br />

nos quais estamos a investir com determinação,<br />

consolidando a nossa posição como uma marca<br />

em sintonia com as necessidades dos consumidores<br />

e a evolução do setor”, salienta.<br />

O responsável diz que se “respira um clima de<br />

otimismo na distribuição de peças e este cenário<br />

positivo está a permitir que as marcas alcancem<br />

uma visibilidade maior e estabeleçam ligações mais<br />

significativas com os seus públicos, ao mesmo tempo<br />

que impulsionam o desenvolvimento contínuo<br />

de soluções mais eficientes”. Na sua opinião, “o<br />

mercado automóvel está a passar por um processo<br />

de mudança, pelo que parece lógico pensar que<br />

os modelos de distribuição também terão de se<br />

A competição<br />

saudável entre<br />

as marcas está a<br />

incentivar um foco<br />

ainda maior na<br />

inovação,<br />

na qualidade<br />

e na adaptação<br />

às necessidades<br />

específicas dos<br />

consumidores<br />

adaptar às novas necessidades dos clientes e do<br />

parque, que por um lado está a envelhecer, e por<br />

outro a tornar-se cada vez mais eletrificado, a fim<br />

de manter a rentabilidade nos níveis desejados”.<br />

No que diz respeito ao controlo de stock, defende<br />

“uma análise de demanda aprofundada, distinguindo<br />

quais peças enfrentam maior procura<br />

constante ou sazonal”, sendo importante “manter<br />

níveis ótimos de existências, evitar excessos e<br />

reduzir o risco de obsolescência são imperativos<br />

para maximizar as margens de lucro”. A finalizar,<br />

Carlos Corzo afirma que “a digitalização, eletrificação<br />

e novas formas de mobilidade estão a mudar<br />

a forma de operar dos distribuidores de peças de<br />

reposição. A adoção do comércio eletrónico e de<br />

plataformas online, por exemplo, torna-se essencial.<br />

Com a complexidade dos veículos elétricos,<br />

informações técnicas precisas e aconselhamento<br />

personalizado são também cruciais, assim como<br />

a capacitação em tecnologias de baterias e componentes<br />

elétricos. Além disso, os distribuidores<br />

também precisam de se adaptar à procura por<br />

soluções e práticas sustentáveis. A Varta está preparada<br />

para o futuro, com uma ampla gama de<br />

produtos, serviços complementares e um modelo<br />

de negócio que coloca a sustentabilidade, a colaboração<br />

e a investigação contínua no centro das<br />

suas ações. Estamos comprometidos em moldar<br />

ativamente esta transformação e continuar a liderar<br />

no setor”, garante.<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

121


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

Os distribuidores de peças<br />

terão que se adaptar<br />

Ricardo Caldas DIRETOR DE VENDAS DA DAYCO PARA PORTUGAL<br />

O fabricante de correias de distribuição tem registado<br />

uma tendência maior para a venda em kit<br />

e menor em componentes individuais e Ricardo<br />

Caldas, Diretor de vendas da Dayco para Portugal,<br />

considera que as mudanças iminentes no negócio<br />

do aftermarket trarão uma “rentabilidade menor,<br />

o que levará à necessidade de uma melhoria de<br />

eficiência geral e redução de custos”. O negócio,<br />

esse, continuará a ser “difícil, de pequenos<br />

desafios num universo gigante que é a indústria<br />

automóvel”. Ricardo Caldas entende que “já estamos<br />

a viver essa mudança, mas ainda não temos<br />

exatamente essa consciência. A concentração e<br />

internacionalização é uma realidade já de alguns<br />

anos a esta parte. O automóvel também já está<br />

num processo irreversível de mudança. Tal como<br />

na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se<br />

transforma”, analisa.<br />

Importa que os distribuidores de peças se adaptem<br />

“a uma nova realidade de consumo que se<br />

faz hoje e cada vez mais pela internet. E como<br />

se esta mudança não fosse suficiente, a urgência<br />

climática vai trazer impactos profundos na nossa<br />

sociedade, que são ainda difíceis de medir enquanto<br />

sociedade, muito mais para os distribuidores<br />

de peças. Mas estas mudanças serão graduais, os<br />

melhores e os mais bem preparados terão sempre<br />

um papel chave, influenciando também essas mesmas<br />

mudanças”, comenta o diretor de vendas, que<br />

acredita que perante a descida da rentabilidade,<br />

há a necessidade de “aumento de eficiência, o que<br />

Os distribuidores<br />

de peças terão que<br />

se adaptar, como<br />

qualquer negócio,<br />

a uma nova realidade<br />

de consumo que se<br />

faz hoje e cada vez<br />

mais pela internet<br />

fará naturalmente com que exista cada vez mais<br />

uma profissionalização na gestão de stocks”. Não<br />

que tenha havido “pouca atenção ou redução da<br />

atenção dos distribuidores na gestão de stocks”,<br />

afirma, o que houve foi “uma tendência generalizada<br />

de assumir um crescimento do volume<br />

de stock, fruto da incerteza que já se assistiu no<br />

mercado e da própria inflação”.<br />

Sobre a realidade da concentração da distribuição,<br />

pela qual Portugal está a passar, o representante<br />

da Dayco diz que este “será sempre um processo<br />

gradual, tal como já está a acontecer. E será sempre<br />

parte de um ciclo, que a longo prazo se poderá<br />

inverter. Mas neste momento e no futuro próximo<br />

é esta a realidade que vivemos, com fusões, aquisições,<br />

concentração, profissionalização, eficiência<br />

máxima e menor rentabilidade numa parte significativa<br />

dos elos da cadeia de distribuição”. Ricardo<br />

Caldas acredita que a estabilidade no setor da<br />

distribuição pode ter os dias contados. Apesar de,<br />

a seu ver, se esperar uma quebra no negócio desde<br />

o fim da pandemia, “que podemos considerar que<br />

foi janeiro ou fevereiro de 2022, e isso ainda não<br />

aconteceu! Por outro lado, acredito que as subidas<br />

sucessivas das taxas de juro, comecem a causar<br />

algum dano”.<br />

122<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Esta nova mobilidade vai ter um papel<br />

determinante no crescimento do setor<br />

Richard Izquierdo DIRETOR DE MARKETING E COMUNICAÇÃO DA LIZARTE<br />

Para a Lizarte, fabricante espanhol de peças reconstruídas,<br />

o crescimento positivo nas vendas de<br />

peças auto em <strong>2023</strong> em Portugal é um “sinal de<br />

alento para a nossa empresa. Este aumento pode<br />

refletir um clima de euforia na indústria automóvel,<br />

em que as marcas estão a aproveitar a oportunidade<br />

de manter e melhorar os seus veículos<br />

mais antigos. Este foco pode ser impulsionado por<br />

vários fatores, como a escassez de veículos novos,<br />

a necessidade de manter os automóveis existentes<br />

em bom estado e a crescente consciencialização<br />

da sustentabilidade”. Richard Izquierdo, Diretor<br />

de Marketing e Comunicação da Lizarte, diz que<br />

a família de produtos que está a crescer mais, na<br />

atualidade, é a dos produtos mecatrónicos, pois<br />

“com a crescente complexidade dos sistemas eletrónicos<br />

nos veículos modernos, a procura de peças<br />

elétricas e eletrónicas como sensores, baterias e<br />

sistemas de entretenimento aumentou significativamente.<br />

No caso da Lizarte em particular, vemos<br />

um aumento muito grande na procura dos nossos<br />

sistemas de direção que incorporam mecatrónica<br />

(EPS e EHPS, respetivamente)”, conta.<br />

Questionado sobre quanto tempo acredita que<br />

durará esta estabilidade, Izquierdo afirma que<br />

“é realmente complicado poder responder a essa<br />

pergunta, já que existem muitas variáveis externas<br />

e dependentes umas das outras que entram em<br />

jogo para que pudesse ser preciso na resposta. O<br />

que está claro é que as novas tendências de mobilidade,<br />

a capacidade de inovação do setor e a parte<br />

normativa relativa a esta nova mobilidade vai ter<br />

um papel determinante não só na estabilidade, mas<br />

também no crescimento do nosso setor”.<br />

Com o parque automóvel a envelhecer, a rentabilidade<br />

a diminuir e os custos logísticos de fazer<br />

múltiplas entregas diárias, o responsável da Lizarte<br />

As novas tendências<br />

da mobilidade e<br />

a capacidade de<br />

inovação do sector<br />

desempenharão um<br />

papel decisivo não<br />

só na estabilidade,<br />

mas também no<br />

crescimento do<br />

aftermarket<br />

crê que este é um cenário que deverá ser otimizado<br />

de algum modo. “É notório que a distribuição de<br />

peças de substituição já está a trabalhar arduamente<br />

há algum tempo na digitalização dos seus<br />

armazéns, precisamente para melhorar a eficiência<br />

nas entregas e evitar custos desnecessários, tanto na<br />

gestão dos seus stocks como nas entregas. Portanto,<br />

acredito que nos próximos anos assistiremos a uma<br />

transformação digital do setor muito importante<br />

e com grandes mudanças à vista. A rentabilidade<br />

nos mercados maduros parece ser um elemento<br />

essencial”, considera.<br />

Na opinião do Diretor de Marketing e Comunicação<br />

da Lizarte, “há grupos de compra onde a digitalização<br />

e a melhoria de processos são objetivos<br />

absolutamente prioritários desde há vários anos, e<br />

mesmo que hoje em dia a totalidade dos grupos<br />

de compra estejam a tomar medidas, haverá uns<br />

que chegarão a níveis de eficiência e rentabilidade<br />

antes dos outros, porque souberam antecipar-se às<br />

oportunidades e ameaças atuais. Contudo, destaco<br />

que acredito que a distribuição em conjunto está<br />

a tomar medidas a este respeito”.<br />

Sobre o futuro, Richard Izquierdo diz que as mudanças<br />

“dependerão da velocidade de integração<br />

de cada país. O que é certo é que é algo imparável<br />

e que nos próximos anos, quando olharmos para<br />

trás, não iremos reconhecer o setor em que vivemos<br />

hoje. Não tenho qualquer dúvida”, afirma.<br />

124<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

Há que oferecer à oficina<br />

uma solução completa<br />

David Zapata , DIRETOR ESPANHA E PORTUGAL DA DELPHI<br />

Na Delphi, o grande interesse do momento são<br />

os “produtos eletrónicos, os sistemas eletrificados<br />

e produtos reconstruídos, que permitem dar uma<br />

segunda vida a muitas peças”. Segundo David<br />

Zapata, diretor da Delphi para Espanha e Portugal,<br />

a tendência de procura dos clientes tem-se<br />

focado em soluções “economicamente competitiva<br />

e ambientalmente sustentável”. Com os veículos<br />

a ter cada vez mais componentes elétricos e eletrónicos,<br />

“esta tecnologia avançada requer uma<br />

boa base de conhecimento para as poder gerir<br />

bem e oferecer um bom serviço ao cliente. À parte<br />

das peças, há que oferecer à oficina uma solução<br />

completa que lhe permita garantir serviço para o<br />

veículo desde que entra, até que sai, passando, por<br />

exemplo, por um bom diagnóstico do automóvel.<br />

O conhecimento que implica a gestão de operações<br />

tecnologicamente mais avançadas tem um custo”.<br />

Na sua opinião, as empresas de distribuição têm<br />

seguido estratégias diferentes para se destacar no<br />

mercado, sendo importante “ter uma visão clara<br />

e fazer um processo contínuo de revisão de stocks.<br />

Ter o stock mal gerido pode causar um lastro<br />

económico muito pesado para a empresa”, alerta.<br />

Face à perda de rentabilidade consequente do<br />

envelhecimento do parque automóvel, Zapata<br />

recorda que “se olharmos um pouco para trás<br />

e compararmos a situação atual, já se nota uma<br />

tendência para rever alguns custos que podem<br />

comprometer a rentabilidade, como o caso das<br />

entregas. O imediatismo das entregas está a ser<br />

regulado há anos e estas entregas menos planificadas<br />

já não são uma percentagem tão elevada<br />

quanto antes. Também se vê uma clara tendência<br />

por parte dos distribuidores de dar mais importância<br />

a este assunto e elaborar políticas para o<br />

melhorar”, declara.<br />

Neste momento,<br />

mais do que um clima<br />

de euforia, há um<br />

crescimento positivo<br />

do mercado e<br />

nota-se que o sector<br />

está muito ativo,<br />

mas também a atual<br />

conjuntura social<br />

e económica deixa<br />

latente um clima<br />

de incerteza<br />

Sendo certo que o setor do aftermarket não foi um<br />

dos mais prejudicados com a pandemia, “conseguiu<br />

rapidamente voltar aos números anteriores.<br />

Agora mais do que um clima de euforia, há um<br />

crescimento positivo no mercado e nota-se que o<br />

setor está muito ativo, ainda que as circunstâncias<br />

sociais e económicas atuais deixem latente<br />

um clima de incerteza”, diz o diretor ibérico da<br />

Delphi. Se a estabilidade vai durar, “é muito complicado<br />

de saber. Os últimos anos não foram de<br />

todo estáveis a nível económico e o próprio setor<br />

também está a fazer mudanças, mas as previsões<br />

em geral continuam a ser de crescimento tanto a<br />

curto como a médio prazo”, antevê. É determinante<br />

que os distribuidores “vigiem a margem do<br />

produto, mas ainda mais a rentabilidade final, sem<br />

descurar os custos de distribuição, gastos gerais e<br />

amortizações”.<br />

Relativamente ao fenómeno da concentração,<br />

David Zapata comenta que “o mercado ibérico<br />

carateriza-se historicamente por estar muito segmentado.<br />

Esta concentração está a potenciar grandes<br />

plataformas distribuidoras. É uma tendência<br />

que tem a sua lógica neste mundo cada vez mais<br />

globalizado onde tudo está cada vez mais conectado<br />

a nível internacional”, opina. O responsável<br />

considera que estas alterações vão acontecer “de<br />

forma paulatina e durante muito tempo vão conviver<br />

várias tecnologias de propulsão e mobilidade.<br />

Não vai ser uma mudança do dia para a noite,<br />

mas pouco a pouco iremos vendo mudanças em<br />

diferentes aspetos”, finaliza.<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

125


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

Os novos modelos de mobilidade<br />

vão obrigar-nos a ser mais criativos<br />

Joan Miró<br />

DIRETOR ESPANHA E PORTUGAL DA MAGNETI MARELLI<br />

Para o responsável ibérico da Magneti Marelli, os<br />

momentos como aquele que atravessamos são ideais<br />

não só “pelo crescimento das vendas, mas também<br />

por ter a oportunidade de melhorar todos os processos<br />

de serviço ao cliente e oferecer soluções para<br />

as necessidades atuais da distribuição e do parque<br />

automóvel atual”. Joan Miró considera que este é um<br />

período positivo não só para os distribuidores, mas<br />

também para os fabricantes e refere crescimento de<br />

vendas “na maioria das famílias de produtos. Temos<br />

uma grande variedade e cada uma delas tem o seu<br />

caráter próprio e casuística concreta no mercado e<br />

de procura. Podemos falar de um crescimento superior<br />

à média nas linhas de eletrónica, consumo<br />

e mecânica”.<br />

Sobre a perda de rentabilidade decorrente do envelhecimento<br />

do parque automóvel, o diretor de<br />

Espanha e Portugal da Magneti Marelli diz que “é<br />

uma situação difícil de alterar, dada a competitividade<br />

atual do mercado. Todos nós, players do mercado,<br />

estamos a trabalhar para melhorar os processos e hoje<br />

em dia na era digital podem-se otimizar muitos custos<br />

e tanto fabricantes como distribuidores estamos a<br />

trabalhar em torno de armazéns inteligentes para<br />

otimizar os custos logísticos sem penalizar a taxa de<br />

serviço e até melhorá-la em muitas ocasiões”.<br />

Neste sentido, importa também fazer uma “correta<br />

gestão do stock, não só para obter maior rentabilidade,<br />

como também para oferecer o melhor serviço.<br />

Enquanto fabricantes é algo que temos totalmente<br />

integrado na nossa gestão da empresa, dado que<br />

um bom controlo das existências é fulcral para os<br />

resultados finais”, declara, adiantando que a empresa<br />

“identifica claramente as referências fast movers e as<br />

A entrada de grandes<br />

grupos vai impor<br />

novas culturas de<br />

trabalho e até a<br />

entrada de novas<br />

marcas no mercado<br />

português. Teremos<br />

de estar atentos.<br />

slow movers, um bom processo de armazenamento”.<br />

Joan Miró não acredita que o fenómeno da concentração<br />

vá mudar tanto a realidade em Portugal como<br />

em Espanha, “já que em Portugal a distribuição nunca<br />

foi tão atomizada. Mas é certo que a entrada de<br />

grandes grupos vai impor novas culturas de trabalho<br />

e inclusivamente a entrada de novas marcas no mercado<br />

português. Temos de estar atentos”, argumenta.<br />

Questionado sobre as novas formas de mobilidade,<br />

Miró recorda que “há anos que falamos nestas terminologias,<br />

sem nos darmos conta que já temos vindo<br />

a mudar os modelos de negócio”. E, acrescente, as<br />

novas formas de mobilidade de que se começou a<br />

falar há quase 10 anos pouco mudaram o modelo de<br />

negócio dos distribuidores de peças auto (condução<br />

partilhada, renting a particulares, etc.). Contudo, a<br />

tendência das grandes cidades para novos modelos de<br />

mobilidade sustentável que limitem radicalmente as<br />

emissões de CO2, vão obrigar-nos a ser mais criativos<br />

para manter os níveis de faturação atuais”. A seu ver,<br />

“uma mobilidade mais segura e menos poluente vai<br />

permitir vender mais sensores e alguns fabricantes<br />

de peças vão atrever-se a ampliar a sua oferta de<br />

produto com incursões no mercado de peças para<br />

motociclos e outros meios de transporte”, tudo isto<br />

já na próxima década, entende..<br />

126<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


A Força do Líder<br />

18.000 REFERÊNCIAS / GAMAS<br />

98% COBERTURA DO PARQUE<br />

1.500 LANÇAMENTOS / ANO<br />

3 ANOS DE GARANTIA<br />

FORNECEDOR OEM / OES DESDE 2021<br />

DIREÇÃO<br />

SUSPENSÃO<br />

8.500 REFERÊNCIAS DISPONÍVEIS<br />

4.620 VERSÕES DE VEÍCULOS<br />

AMPLA GAMA VEÍCULO ASIÁTICO<br />

BORRACHA<br />

METAL<br />

7.500 REFERÊNCIAS DISPONÍVEIS<br />

3.000 REFERÊNCIAS / VEÍCULO ASIÁTICO<br />

1.000 DESENVOLVIMENTOS / ANO<br />

ROLAMENTOS<br />

KIT DE RODA<br />

PRODUÇÃO DE ALTA QUALIDADE<br />

500 REFERÊNCIAS DISPONÍVEIS<br />

98% PRIMEIRA ENTREGA<br />

O MAIOR FABRICANTE E O MAIOR CATÁLOGO MUNDIAL DE<br />

COMPONENTES DE DIREÇAO E SUSPENSÃO PARA O AFTERMARKET


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Os novos hábitos vão gerar<br />

novas oportunidades<br />

Jorge Meizoso<br />

RESPONSÁVEL COMERCIAL DA METALCAUCHO PARA PORTUGAL<br />

Para Jorge Meizoso, responsável comercial da Metalcaucho<br />

para Portugal, o crescimento que se nota na<br />

venda de peças de borracha-metal decorre da “procura<br />

registada no setor, pelo que a distribuição tem<br />

de dar uma resposta adequada. Podemos recordar<br />

o recente caos provocado pela falta de fornecimento<br />

de stock e não queremos que se repita. O setor<br />

automotivo é um reflexo da economia e o parque<br />

automóvel mais envelhecido exige uma resposta de<br />

produto adequada às necessidades do mercado”,<br />

aponta, explicando que no caso do parque automóvel<br />

português, a manutenção requer “mecânica<br />

tradicional, como as famílias de produto de apoios de<br />

motor, componentes térmicos, mangueiras de turbo,<br />

componentes de distribuição, etc. Por outro lado, o<br />

desenvolvimento tecnológico e as leis antipoluição<br />

levam-nos a um grande consumo de componentes<br />

eletrónicos e de gestão do motor para o qual empresas<br />

como a BBB Industries, da qual faz parte a Metalcaucho,<br />

tem uma resposta adequada”, assegura.<br />

Tendo em conta que a rentabilidade é vital para o<br />

desenvolvimento, o responsável comercial da Metalcaucho<br />

acredita que as empresas devem controlar<br />

com maior atenção os movimentos de existências: “A<br />

maior parte das empresas com volumes elevados de<br />

stock estão muito atentas às rotações do seu armazém,<br />

o que significa um peso extra para o fornecedor. Este<br />

stock concentra-se no retalhista em Portugal. Com<br />

maior parte das vendas online, o distribuidor baseia<br />

a sua compra em fatores-chave de serviço, qualidade<br />

e preço, por isso prima por ter o produto, já que peça<br />

em falta não dá lucro”.<br />

Numa fase de transição energética, são os mais preparados<br />

para fornecer e cobrir as necessidades dos<br />

O setor automóvel<br />

é um reflexo<br />

da economia,<br />

e o envelhecimento<br />

do parque automóvel<br />

exige uma resposta<br />

de produto adequada<br />

às necessidades<br />

do mercado<br />

clientes que vingam e Jorge Meizoso não hesita em<br />

declarar que a empresa “sempre se destacou pela<br />

sua agilidade e capacidade de adaptação desde o<br />

início, dando resposta a referências que não existiam<br />

no aftermarket. Estas caraterísticas diferenciam-<br />

-nos e tornam-nos mais fortes no mercado”. No seu<br />

entendimento, “os novos hábitos vão gerar novas<br />

oportunidades, e é por isso que o nosso grupo BBB<br />

lançou uma nova marca, a Alfa e-Parts, que cobre<br />

as necessidades de peças de substituição elétricas e<br />

eletrónicas. Há que ter em conta que, nos últimos<br />

anos, o número de componentes elétricos aumentou<br />

tanto que 40% do custo total de um carro novo é<br />

dedicado à eletrónica”, refere.<br />

O nosso interlocutor acredita que o hidrogénio será a<br />

energia do futuro “pelo que teremos de estar atentos a<br />

este desenvolvimento e a esta tendência nos próximos<br />

anos. Outro campo que se continuará a desenvolver<br />

é a segurança e a condução autónoma, na qual já se<br />

avançou muito. No entanto, é preciso ter em conta<br />

que não podemos avançar neste âmbito sem segurança<br />

e, para tal, é imprescindível a conetividade do<br />

veículo com o seu ambiente e com as vias”, afirma,<br />

dizendo que “não tardará muito que comecemos a<br />

ver grandes avanços neste novo modelo de negócio<br />

do setor.”<br />

128<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

A logística é o fator de maior perigo<br />

na sustentabilidade das empresas<br />

Hélder pereira<br />

DIRETOR COMERCIAL IAM PORTUGAL MANN-HUMMEL<br />

O fabricante de filtros Mann-Hummel regista um<br />

crescimento constante das famílias de produto de<br />

Veículos Pesados desde a pandemia e o diretor<br />

comercial IAM Portugal explica que “a aposta<br />

do grupo Mann-Hummel na Indústria (mercado<br />

agrícola, floresta, portos marítimos e maquinaria<br />

de obra pública) são os mercados com maior crescimento<br />

em termos de TO”. O responsável acredita<br />

que a estabilidade que o mercado atravessa se deve<br />

“às boas práticas e preparação das empresas na sua<br />

própria sustentabilidade económica. Assistimos<br />

a uma maior preocupação nos custos logísticos,<br />

gestão de stocks e cobranças. Só fatores como estes<br />

controlados podem permitir gerir períodos de crise<br />

como as que assistimos”.<br />

Para Hélder Pereira, “qualquer negócio é uma<br />

aprendizagem contínua e exige uma adequação<br />

a novas práticas que se impõem, quer seja por<br />

normas legislativas, quer seja por necessidades<br />

dos clientes que obriguem a mudanças e maior<br />

proximidade às necessidades dos clientes. A rentabilidade<br />

do negócio é o objetivo final e assim<br />

sendo a busca de novas metodologias para atingir<br />

esse propósito será sempre o caminho a percorrer”.<br />

Para o diretor comercial, “a logística é o fator de<br />

maior perigo na sustentabilidade das empresas,<br />

uma vez que é um custo volátil, dependendo da<br />

performance comercial de cada uma, mais vendas<br />

significam mais entregas e mais entregas mais<br />

custos. O fator chave é encontrar nesta relação<br />

venda/entrega/custo o ponto de equilíbrio para<br />

que os custos logísticos não absorvam as margens,<br />

uma vez que a margem sobre a venda, essa<br />

é fixa”, comenta. A seu ver, será a sustentabilidade<br />

ambiental que irá “alterar este paradigma das<br />

entregas, pois já assistimos a países do Norte da<br />

Europa a restringir as entregas devido à pegada<br />

ambiental e de carbono, com a necessidade de<br />

diminuição de entregas para diminuir as emissões<br />

de CO2”, alerta.<br />

Relativamente à tendência de concentração do<br />

modelo de negócio, Hélder Pereira nota que tal<br />

A rentabilidade<br />

do negócio é o<br />

objetivo final e assim<br />

sendo a busca de<br />

novas metodologias<br />

para atingir esse<br />

propósito será<br />

sempre o caminho<br />

a percorrer<br />

levará a “negociações com fornecedores, à procura<br />

de melhores condições de compra. Sobre a venda,<br />

também irá trazer alterações com modelos de<br />

comercialização, redes de venda, redes oficinais,<br />

programas de fidelização… tudo isto será fator<br />

diferenciador que cada novo distribuidor/grupo<br />

irá procurar para atrair os clientes”, defende. Por<br />

outro lado, as novas formas de mobilidade não<br />

preocupam o responsável, que considera que mesmo<br />

que o parque automóvel em Portugal registe<br />

vendas com crescimentos “de 100% em veículos<br />

BEV (Battery Electric Vehicle) e PHEV (Plug-In<br />

Hybrid Electric Vehicle), a quota de mercado<br />

destes não passa de 2% a 3%, pelo que o mercado<br />

deverá procurar adequar o seu negócio a esta<br />

nova tendência, mas será ainda um processo mais<br />

moroso em Portugal que em países do norte da<br />

Europa”, prevê.<br />

No caso do grupo Mann-Hummel a área da eletrificação<br />

é já uma realidade e prova disso foi a<br />

recente aposta na Fábrica de Saragoça com um<br />

investimento de mais de 7.000.000 € em novas<br />

linhas de produção para veículos elétricos. Esta é<br />

atualmente a única fábrica do grupo na Europa<br />

que desenha e fabrica unidades de refrigeração<br />

para as baterias destes veículos. Ainda assim, salienta<br />

o diretor Comercial IAM Portugal, mesmo<br />

que as mudanças de paradigma já sejam uma<br />

realidade, “o negócio «tradicional» continua a<br />

ser a base do negócio e é nesse que todos os dias<br />

os clientes se debruçam. Pensamos o futuro, mas<br />

vivemos o presente!”, conclui..<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

129


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

As empresas distribuidoras<br />

terão de focar-se mais em serviços<br />

Bruno Costa<br />

RESPONSÁVEL DE VENDAS DA NRF PARA PORTUGAL<br />

O fabricante de peças auto (radiadores e sensores)<br />

NRF tem visto o volume de negócios crescer<br />

substancialmente, “depois de dois anos difíceis<br />

devido à pandemia e estamos, de facto, a viver um<br />

momento muito positivo no aftermarket”, analisa<br />

Bruno Costa, responsável de vendas da empresa<br />

em Portugal. No entanto, o mesmo refere que o<br />

parque automóvel “está cada vez mais envelhecido<br />

e a rentabilidade será cada vez menor porque o<br />

consumidor final não pretende gastar muito dinheiro<br />

na reparação do seu veículo”. Além disso,<br />

defende a alteração das políticas de distribuição<br />

com múltiplas entregas diárias, pois “os custos<br />

para a realização de quatro entregas diárias são<br />

seguramente imensos e têm de ser refletidos no<br />

custo de venda das peças”.<br />

A NRF tem sentido um aumento de vendas “em<br />

praticamente todas as famílias de produto, mas<br />

claramente os novos componentes como sensores,<br />

termostatos, bombas de água e mais recentemente<br />

os tubos de intercooler têm um impacto muito<br />

significativo”, destaca. Numa análise ao momento<br />

atual, Bruno Costa considera que “apesar de a<br />

Europa estar a viver uma guerra, um aumento de<br />

inflação e também aumento custo de vida das famílias,<br />

acreditamos que mesmo assim a estabilidade<br />

no setor permanecerá por um período longo”.<br />

O responsável de vendas da NRF classifica o aprovisionamento<br />

de stock como “uma tarefa muito<br />

complicada, mas vital para uma empresa” e diz<br />

que é “fundamental para o sucesso da venda ter<br />

“stock na horizontal (de A-Z), ou seja, ter maior variedade<br />

de referências em vez de mais quantidades<br />

da mesma referência”. E Bruno Costa argumenta<br />

que “enquanto o setor não investir em grandes<br />

estruturas logísticas para implementar estes sto-<br />

Enquanto o setor<br />

não investir em<br />

grandes estruturas<br />

logísticas para<br />

implementar stocks<br />

estruturados,<br />

terão grandes<br />

dificuldades de<br />

rentabilidade e a sua<br />

sobrevivência está<br />

ameaçada<br />

cks estruturados, terão grandes dificuldades de<br />

rentabilidade e a sua sobrevivência será ameaçada<br />

pelas grandes estruturas (grupos compras)<br />

que farão investimentos estratégicos”. Os grandes<br />

grupos de distribuição já estão a entrar em Portugal,<br />

mas “ainda falta presenciar outras grandes<br />

aquisições que certamente vão ocorrer no futuro<br />

próximo. Obviamente que o mercado vai mudar<br />

porque estes grupos terão estruturas que permitem<br />

potencializar o aumento de vendas: capacidade<br />

de terem melhores e maiores stocks com preços<br />

muito competitivos”, considera, salientando em<br />

paralelo que “as empresas do setor em Portugal<br />

são extremamente profissionais, em muitos casos,<br />

bastante avançadas em relação aos colegas espanhóis.<br />

Principalmente os grandes distribuidores<br />

têm em atenção todos estes fatores, mas existe<br />

sempre espaço para melhorias”.<br />

Para o futuro, Bruno Costa defende que “mais<br />

do que em produtos, as empresas distribuidoras<br />

terão de se focar mais em serviços. Serviços a outros<br />

setores de mobilidade, ou seja, proporcionar<br />

soluções de reparação além do tradicional automóvel”.<br />

Quanto ao tempo que demorará para<br />

começarmos a ver alterações no modelo de negócio<br />

dos distribuidores, o responsável diz que “nos<br />

grandes centros urbanos já estamos a assistir a esta<br />

mudança, no entanto ainda demorará um pouco a<br />

que seja possível presenciar em todo o país”.<br />

130<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Trabalho árduo facilitado.<br />

Os vídeos de serviço Watch and Work.<br />

Os vídeos de serviço Watch and Work facilitam o trabalho árduo. Pois<br />

fornecem conselhos práticos aos mecânicos para os ajudar na realização de<br />

trabalhos complexos no acionamento por correia. Profissionais, práticos e<br />

relativos a tipos de motor específicos. Sempre disponíveis no nosso canal<br />

YouTube ou em www.continental-ep.com/waw.<br />

ContiTech Antriebssysteme GmbH<br />

www.continental-engineparts.com


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

O grande desafio para os<br />

distribuidores é manter um nível<br />

de stock e de rotação ótimo”<br />

Hernán Marques<br />

DIRETOR GERAL DA SAMPA IBÉRICA<br />

A Sampa, fabricante turco de peças para veículos<br />

pesados, não olha para o atual momento da distribuição<br />

de peças como uma fase de “euforia”,<br />

preferindo antes referir que “os nossos dados de<br />

crescimento são os normais para uma empresa<br />

recém implantada”. Assim, Hernán Marques, o<br />

diretor geral da Sampa Ibérica, diz que não pode<br />

“falar por terceiros, estamos a gerir este ano de<br />

crescimento onde algumas percentagens decorrem<br />

de subidas alinhadas com os aumentos de custos”.<br />

O crescimento está a ser linear para todas as famílias<br />

de produto, relativamente ao ano passado, com<br />

a empresa a notar que “além dos nossos produtos<br />

estrela (suspensão e direção), os distribuidores estão<br />

a ganhar confiança em outros produtos que<br />

oferecemos e estão a ter boa aceitação no cliente<br />

final”, congratula-se.<br />

Os dados macroeconómicos começam a dar alguma<br />

folga e até a antecipar que as taxas de juro não<br />

vão subir como aconteceu no primeiro semestre<br />

do ano, apesar de desde o final do ano passado, a<br />

Sampa Ibérica ter tido prognósticos negativos para<br />

o que seria <strong>2023</strong>, “com sinais de recessão económica<br />

e uma queda do consumo que, pelo menos para<br />

nós, no nosso setor, ainda não se fez sentir. O tempo<br />

o dirá, mas vivemos numa incerteza incapaz de<br />

assegurar quanto tempo durará esta estabilidade”,<br />

diz Hernán Marques. Para o responsável, o grande<br />

desafio para qualquer empresa do setor “é manter<br />

um nível de stock e de rotação ótimo. Não existe<br />

uma fórmula mágica, mas deve haver uma ordem<br />

entre as compras de material de stock, o histórico<br />

de vendas e as compras programadas, deixando de<br />

lado a vontade de comprar e ampliar quantidades<br />

para melhorar preços. Hoje não se pode comprar a<br />

mais, acaba por ser um engano entre o distribuidor<br />

e a marca que fornece”.<br />

O diretor geral da Sampa Ibérica considera também<br />

que é necessário mudar o paradigma das<br />

múltiplas entregas diárias, que penalizam a rentabilidade<br />

das empresas: “Não se pode manter por<br />

muito tempo este nível de serviço sem que alguém<br />

assuma os custos, que cada vez são maiores. Esses<br />

A profissionalização<br />

significa também ter<br />

em conta e aceitar<br />

que outros canais<br />

de informação devem<br />

ser considerados na<br />

tomada de decisões<br />

custos logísticos deveriam ser considerados se todos<br />

quisermos manter um negócio em boas condições.<br />

Estamos a colocar-nos debaixo de muita pressão<br />

e ninguém quer dar o primeiro passo para a mudança”.<br />

O mesmo considera que a concentração<br />

irá mudar o “tipo de modelo e serviço que se dará<br />

ao cliente final (oficinas e frotas). Estas empresas<br />

irão colocar em cima da mesa o valor real do serviço<br />

que os distribuidores oferecem e seguramente<br />

vão trazer alterações nos hábitos de compras dos<br />

clientes e as suas exigências em termos de serviço.<br />

Quanto às marcas e grupos, vai mudar a dinâmica<br />

de negociações com números concentrados e desaparecerá<br />

a atomização do negócio que sempre<br />

caraterizou a Península Ibérica”.<br />

Relativamente ao futuro, o nosso interlocutor considera<br />

que os produtos no mercado continuarão a<br />

ser os mesmos, somando-se a estes as peças para<br />

os veículos eletrificados. Quanto aos serviços, entende,<br />

haverá mais digitalização e interatividade<br />

com o cliente. “Será um avanço muito lento, pois<br />

os veículos elétricos e híbridos não estão ainda<br />

claramente posicionados, com um futuro incerto,<br />

pois a tecnologia do hidrogénio também aparecerá<br />

pelo meio e não podemos descartar que haja novas<br />

propostas provenientes de veículos com motores<br />

térmicos com motorizações melhoradas, de maneira<br />

que se aproximam anos que trarão dificuldades<br />

no momento de tomar decisões, por exemplo, para<br />

o aprovisionamento de stock”, conclui.<br />

132<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Algumas marcas estão a sair<br />

fortalecidas pelas debilidades de outras<br />

Victoria Ortega<br />

VEHICLE AFTERMAKET SALES MANAGER IBERIAN REGION SKF<br />

A responsável ibérica de vendas do fabricante SKF,<br />

Victoria Ortega, denota alguma prudência ao falar<br />

do atual momento do setor. Confirma que é “positivo”,<br />

mas em vez de euforia, diz que há “cautela.<br />

Não acreditamos que o mercado de pós-venda<br />

está a crescer devido a um exagerado aumento da<br />

atividade, porque não é o caso. Algumas marcas<br />

estão a sair fortalecidas pelas debilidades de outras.<br />

A falta de disponibilidade ou a mudança de<br />

estratégia de algumas delas ocasionou alterações a<br />

curto prazo de que se souberam aproveitar. Assim,<br />

as oportunidades que surgiram foram originadas<br />

mais pelos próprios movimentos de outras marcas<br />

a reagir ao mercado do que pela expansão do<br />

mesmo”, entende, dizendo que a SKF tem crescido<br />

principalmente nas famílias de produtos incorporadas<br />

recentemente.<br />

Neste sentido, Victoria Ortega não visualiza um<br />

ambiente de estabilidade no setor: “Se partimos<br />

do facto de que com estes dados macroeconómicos<br />

há um clima mais positivo do que era suposto,<br />

podemos entender que não é um ambiente estável,<br />

nem sistemático. Está tudo em contínuo reajuste,<br />

seja a consolidação no mercado da distribuição,<br />

a incorporação no mercado de grupos globais, as<br />

alterações das próprias marcas face a estas circunstâncias,<br />

que em alguns casos provocam mudanças<br />

na posição que estas vinham a ter nos grupos de<br />

distribuição. Enfim, não vemos estabilidade em<br />

lado nenhum!”, declara.<br />

A representante da SKF crê que “neste momento se<br />

investe mais nos veículos usados e, por isso, dentro<br />

da área automóvel, na venda de peças e reparação<br />

mecânica ainda se mantêm umas margens interessantes.<br />

Acho que, até agora, o grande serviço<br />

que os distribuidores ofereciam às oficinas, em<br />

Cada empresa<br />

é diferente e cada<br />

distribuidor está<br />

consciente das<br />

partes da sua<br />

cadeia de valor<br />

e dos processos<br />

que precisam de<br />

ser ajustados para<br />

serem mais rentáveis<br />

termos de número e rapidez nas entregas levou a<br />

uma diminuição na margem da distribuição, em<br />

alguns casos. Mas, em consequência disto, o mercado<br />

também ficou mais protegido das incursões<br />

externas”. A seu ver, “há muitos bons profissionais<br />

no setor do pós-venda automóvel e talvez este<br />

continue tão forte pela constante necessidade de<br />

melhorias que se respira. Por vezes é a gestão de<br />

stock, outras é a segmentação de serviços e clientes.<br />

Cada empresa é diferente e cada distribuidor é<br />

conhecedor das partes da sua cadeia de valor e dos<br />

processos que precisa de ajustar para obter mais<br />

rentabilidade. Outra coisa é que, por vezes, ainda<br />

que estejam conscientes de algo, materializá-lo é a<br />

diferença entre uns e outros”, explica.<br />

Entre as oportunidades que se avizinham, enumera<br />

tanto “as novas formas de mobilidade, como a necessidade<br />

de dar suporte a um parque eletrificado,<br />

que apesar de ser pequeno crescerá”, que já estão<br />

a ser aproveitadas quer por distribuidores, mas<br />

também pelas oficinas: “O investimento, a formação<br />

e a especialização nestes dois casos são especialmente<br />

importantes e marcarão a exploração<br />

destas duas tendências. A mobilidade e a própria<br />

evolução do parque móvel farão com que vejamos<br />

alterações importantes no mercado atual. Imagino<br />

diferentes cenários, mas acho que o mais próximo<br />

será o impacto sistemático da concentração em<br />

todos os escalões da cadeia de valor”, defende.<br />

134<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS AUTOMÓVEL<br />

A distribuição em Portugal<br />

está altamente profissionalizada<br />

Paulo Pinto<br />

RESPONSÁVEL DE VENDAS PARA PORTUGAL DA SCHAEFFLER AUTOMOTIVE AFTERMARKET SPAIN<br />

Recuperar os níveis de stock anteriores à pandemia<br />

tem sido uma tendência, porque no setor da<br />

distribuição de peças “há a consciência de que<br />

quem tem a peça faz a venda”, diz-nos Paulo<br />

Pinto, responsável de vendas para Portugal da<br />

Schaeffler Automotive Aftermarket Spain. A<br />

marca está a crescer de forma transversal, abarcando<br />

praticamente todas as gamas de produto<br />

e “o único fator diferenciador são as limitações<br />

logísticas, que afetaram as vendas dos produtos<br />

mais pedidos”, conta. Um setor que tem “uma<br />

grande capacidade de adaptação e de resiliência,<br />

pode ver-se afetado por fatores como a situação<br />

económica mundial, a pressão fiscal ou a<br />

inflação”, o que pode afetar a estabilidade que<br />

agora se vivencia, defende. Com as previsões de<br />

que o parque automóvel continue a envelhecer, o<br />

potencial do mercado manter-se-á, afirma, ainda<br />

que “se veja uma tendência de redução das margens,<br />

devido a questões comerciais e logísticas.<br />

Contudo, mesmo que este ambiente pressione o<br />

mercado, este está destinado a adaptar-se para<br />

manter a sua competitividade e garantir a sua rentabilidade,<br />

como já aconteceu noutras situações”.<br />

Sobre o facto de os distribuidores se verem de<br />

certo modo «forçados» a manter elevados níveis<br />

de existências, Paulo Pinto explica que “se<br />

bem que o stock tem um custo elevado, é preciso<br />

não esquecer que proporciona uma vantagem<br />

competitiva. Quem tem a peça faz a venda, ou<br />

seja, quem quer vender, tem que apostar em ter<br />

stock de produtos. Neste sentido, é cada vez mais<br />

necessário garantir uma flexibilidade e rotação<br />

ajustada, fazendo estudos periódicos e trabalhando<br />

com os fornecedores para melhorar a eficácia<br />

e rentabilidade do stock”.<br />

O responsável português da Schaeffler Automotive<br />

acredita que “a distribuição em Portugal está<br />

É cada vez mais<br />

necessário garantir<br />

a flexibilidade e a<br />

rotação apertada,<br />

realizando estudos<br />

periódicos e<br />

trabalhando com os<br />

fornecedores para<br />

melhorar a eficiência<br />

e a rentabilidade do<br />

stock<br />

altamente profissionalizada e a evoluir há muito<br />

tempo, no sentido de responder aos desafios do<br />

mercado. Não há dúvida de que esta capacidade<br />

de evoluir se manterá no futuro”, diz.<br />

Uma das formas para melhor se prepararem para<br />

o mercado é, a seu ver, a concentração, uma<br />

solução que muitos operadores encontraram e<br />

que “aumenta a concorrência. Atualmente, um<br />

desses grandes grupos de distribuição, já está a<br />

operar em Portugal e o mercado já teve capacidade<br />

de se adaptar. A entrada de mais operadores<br />

exigirá que os restantes se ajustem para manter a<br />

competitividade e, como já mencionei, a capacidade<br />

de adaptação é uma qualidade que define<br />

a distribuição portuguesa”.<br />

Sobre o futuro do setor, Paulo Pinto está certo de<br />

que “se irá vender tudo o que o mercado precise<br />

e procure. Os distribuidores continuarão na sua<br />

atividade de venda de peças para os novos veículos<br />

mais sustentáveis, mas, além disso, haverá<br />

serviços, como a assistência técnica, a formação<br />

ou novos conceitos de redes oficinais, entre outros,<br />

que seguramente terão uma presença mais<br />

importante na faturação dos operadores”, antevê.<br />

Para começarmos a ver mudanças, “vai depender<br />

muito da evolução do mercado e do parque. Se<br />

se mantiver este ritmo de envelhecimento, os modelos<br />

de negócio mais tradicionais vão continuar<br />

a ter uma presença importante. Pelo contrário,<br />

se o parque começar a mudar, acelerar-se-á a<br />

chegada de novos modelos e oportunidades de<br />

negócio”, remata.<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

135


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

W<br />

Haverá mais modelos de negócio<br />

relacionados com o uso e não<br />

com a propriedade dos veículos<br />

Miguel Pérez Schwarz<br />

DIRETOR EXECUTIVO DA TAB<br />

“O pós-venda independente parece viver um bom<br />

momento. Agora, como isso é aproveitado por<br />

cada uma das marcas, já é diferente de caso para<br />

caso. O importante, nestes casos, é ser capaz de<br />

conhecer as causas do crescimento, pois o risco de<br />

não saber reagir corretamente será tanto maior”,<br />

alerta Miguel Pérez Schwarz, diretor executivo<br />

do fabricante de baterias TAB. Com os veículos<br />

a fazer menos quilómetros por ano, as famílias de<br />

produtos de manutenção tendem a crescer menos,<br />

aponta, dizendo que, em contrapartida, “com o<br />

envelhecimento do parque automóvel, os produtos<br />

de reparação deveriam crescer. Por outro lado, com<br />

clima mais extremo, (mais calor no verão e frio no<br />

inverno) e com mudanças bruscas, isso favorece a<br />

venda de baterias”, diz.<br />

O responsável máximo da TAB considera que a<br />

situação da diminuição da rentabilidade já acontece<br />

há “pelo menos 25 anos, pelo que já é quase<br />

estrutural”, defende, questionando “quem é que<br />

paga a festa? Se os distribuidores são capazes de<br />

repercutir estes custos a quem fornecem e/ou ao<br />

cliente final, esta situação continuará a existir. Se,<br />

pelo contrário, tiver de pagar o distribuidor, a única<br />

opção que lhe resta será otimizar os seus processos<br />

em geral para reduzir custos e assim financiar a<br />

sua logística ou reduzir as suas margens – ou até o<br />

número diário de entregas”.<br />

Na sua opinião, importa também que o distribuidor<br />

saiba exatamente a composição das suas existências,<br />

mais do que o valor destas. “Sem dúvida que as ferramentas<br />

digitais ajudam muito ao racionalizar e otimizar<br />

processos e procedimentos, não só na logística,<br />

mas também noutros âmbitos (compras, vendas,<br />

contabilidade, qualidade, etc.). Uma questão que<br />

talvez seja mais concetual, mas que às vezes tenho<br />

saudades, é definir corretamente o portefólio dos<br />

Com o advento<br />

da eletrificação,<br />

a composição do<br />

cabaz de peças<br />

sobresselentes<br />

também vai mudar:<br />

haverá menos<br />

referências com um<br />

preço médio mais<br />

elevado e uma maior<br />

complexidade técnica<br />

fornecedores – e, sobretudo, concentrá-los para que<br />

haja volume suficiente, para torná-los interessantes<br />

para os clientes. Não entendo que existam famílias<br />

de produto com cinco fornecedores!”, exclama.<br />

Sobre a concentração da distribuição que se vive<br />

em Portugal, Miguel Pérez Schwarz refere que<br />

“quando há tendências deste género, há sempre<br />

um certo efeito de contágio. O que acontece é que à<br />

medida que a distribuição se vai concentrando, cada<br />

vez será mais difícil que os atores «livres» restantes<br />

sejam interessantes para os compradores, já que,<br />

seguramente serão de uma menor dimensão”. Com<br />

a digitalização, a eletrificação e as novas formas de<br />

mobilidade, “independentemente da velocidade<br />

que tome este processo, é claro que a primeira coisa<br />

que fará falta será muita formação e informação<br />

para os distribuidores. Com a chegada da eletrificação,<br />

mudará também a composição do cesto<br />

de peças de reposição: vai-se trabalhar com um<br />

número menor de referências, com um preço médio<br />

maior e com maior complexidade técnica”, aponta.<br />

O responsável acredita ainda que “provavelmente<br />

haverá cada vez mais modelos de negócio relacionados<br />

com o uso e não com a propriedade dos<br />

veículos. Tal como no caso dos carros onde muita<br />

gente já não os compra, mas aluga, o mesmo está<br />

a acontecer com o SAAS (“software as a service”),<br />

onde não se paga uma licença, mas sim uma utilização”,<br />

defende.<br />

136<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DISTRIBUIDORES<br />

DE EQUIPAMENTOS<br />

Os 25 Maiores <strong>Distribuidores</strong> de Equipamentos para Oficinas faturaram 121,3 milhões de Euros<br />

em 2022, mais 7,7% que em 2021, um crescimento inferior ao do ano anterior.<br />

Aumentou o Emprego para 675 trabalhadores (mais 25), com aumento da produtividade<br />

para 180 mil Euros por trabalhador<br />

setor dos equipamentos vive uma fase de retoma<br />

que ocorre fruto da estagnação vivida nos<br />

O<br />

dois anos de pandemia. A verdade é que o setor<br />

sentiu um acréscimo de trabalho e de venda de<br />

automóveis e procurou atualizar-se em termos de<br />

equipamentos oficinais, para fazer face à evolução<br />

técnica dos veículos. Há muita competitividade<br />

e acreditamos que o futuro vai passar por quem<br />

melhor estiver preparado do ponto de vista técnico,<br />

organizacional e também da forma como<br />

comunica. Existe o reajustamento dos players que<br />

disputam o mercado, com a redefinição das zonas<br />

de influência que cada um passa a ocupar, por<br />

outro lado assistimos à introdução no mercado<br />

nacional de novos fabricantes de equipamentos.<br />

Este movimento é fruto da alteração da forma<br />

em como a distribuição automóvel passou a ser<br />

realizada e também, devido à introdução da eletrificação<br />

do automóvel que cada vez mais se torna<br />

evidente. Este processo dinamiza o mercado dos<br />

equipamentos, o que é bom para a indústria da<br />

manutenção automóvel. Neste mercado dos equipamentos<br />

oficinais, temos observado um grupo<br />

grande de clientes a quererem investir em novas<br />

máquinas e ferramentas, de forma a tornarem-se<br />

mais modernos e competitivos.<br />

- A incidência do Valor Acrescentado nas empresas<br />

de distribuição de equipamentos é de 28,3%<br />

do Volume de Negócios, sendo o mais elevado<br />

dos sectores analisados, pela função assistência<br />

técnica.<br />

• A situação financeira mantém valores moderados,<br />

com duas empresas a apresentarem resultados<br />

negativos (duas menos que no ano anterior)<br />

• A Autonomia Financeira desceu para 50,6%,<br />

sendo ainda um valor razoável.<br />

• As Rentabilidades médias aumentaram, mas<br />

mantêm valores inferiores ao dos outros setores:<br />

3,1% das Vendas e 5,8% dos Capitais.<br />

138<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


TOP 25 // MAIORES DISTRIBUIDORES de equipamentos<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2022 VOL. NEG. 2021 ATIVO 2022 RES. LIQ. 2022 CAP. PRÓP. 2022 VAB 2022 Nº TRAB. 2022<br />

1 LUSAVOUGA, S.A. AVEIRO 26 673 25 257 32 854 1 015 15 509 4 665 112<br />

2 LUSILECTRA, S.A. PORTO 13 135 11 258 14 184 150 6 179 2 904 70<br />

3 BOLAS, LDA. ÉVORA 12 804 11 847 12 427 774 10 799 2 891 59<br />

4 LUSAVEIRO, S.A. AVEIRO 10 883 11 380 11 227 98 4 417 1 573 35<br />

5 KROFTOOLS PROFESSIONAL TOOLS, LDA. BRAGA 6 527 5 015 6 681 417 1 953 716 21<br />

6 COMETIL, S.A. LISBOA 5 008 4 492 7 099 192 4 275 1 237 28<br />

7 CETRUS, LDA. BRAGA 4 802 4 162 6 242 5 1 754 1 678 46<br />

8 RUBETE, S.A. PORTO 4 601 5 133 4 075 -227 412 1 398 56<br />

9 CORCET, LDA PORTO 4 113 4 067 4 650 263 3 350 1 299 27<br />

10 INTERMACO, LDA. AVEIRO 4 041 4 057 2 553 20 1 808 9 175 31<br />

11 FERROL 2, S.A. LEIRIA 3 528 3 464 2 639 31 619 522 12<br />

12 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. LISBOA 3 463 2 441 3 687 144 2 510 757 16<br />

13 PROXIRA, LDA LISBOA 3 061 2 111 1 460 217 608 742 18<br />

14 HÉLDER MÁQUINAS E FERRAMENTAS, LDA. LEIRIA 2 201 2 049 1 036 66 331 551 16<br />

15 ALTARODA, S.A. PORTO 2 170 1 921 2 372 229 1 928 625 14<br />

16 GONÇALTEAM, LDA. SETÚBAL 2 029 1 334 1 945 63 727 465 12<br />

17 MGM - MANUEL GUEDES MARTINS, LDA. PORTO 1 831 1 989 1 430 74 841 617 23<br />

18 IMPACTO, LDA. PORTO 1 630 1 550 1 497 4 1 395 348 8<br />

19 HISPANOR, LDA. BRAGA 1 519 1 655 996 78 750 444 13<br />

20 FORWINNERS, LDA. AVEIRO 1 477 1 692 1 324 48 506 330 4<br />

21 PINTO DA COSTA & COSTA, LDA. BRAGA 1 336 1 041 796 57 655 315 8<br />

22 TECNIVERCA, LDA. LISBOA 1 257 1 325 1 603 12 1 091 303 16<br />

23 DOMINGOS & MORGADO 2, LDA. PORTO 1 243 1 299 1 109 -103 115 192 10<br />

24 CONVERSA DE MÃOS, LDA. PORTO 998 1 061 923 46 444 264 11<br />

25 EUROCOFEMA, LDA. PORTO 993 982 1 621 62 1 010 298 9<br />

TOP 25 // evolução vOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES de equipamentos<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG.<br />

2022<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. 22/21<br />

VOL. NEG.<br />

2021<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (21/20)<br />

VOL. NEG. 2019<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

1 LUSAVOUGA, S.A. AVEIRO 26 673 5,61 25 257 11,0 22 762 6,1 21 447<br />

2 LUSILECTRA, S.A. PORTO 13 135 16,67 11 258 9,2 10 310 -28,9 14 497<br />

3 BOLAS, LDA. ÉVORA 12 804 8,08 11 847 18,7 9 978 -6,8 10 701<br />

4 LUSAVEIRO, S.A. AVEIRO 10 883 -4,37 11 380 10,0 10 348 3,8 9 969<br />

5 KROFTOOLS PROFESSIONAL TOOLS, LDA. BRAGA 6 527 30,15 5 015 36,6 3 670 7,3 3 419<br />

6 COMETIL, S.A. LISBOA 5 008 11,49 4 492 -2,4 4 602 -15,9 5 475<br />

7 CETRUS, LDA. BRAGA 4 802 15,38 4 162 5,0 3 964 -12,1 4 508<br />

8 RUBETE, S.A. PORTO 4 601 -10,36 5 133 10,8 4 634 -13,1 5 334<br />

9 CORCET, LDA. PORTO 4 113 1,13 4 067 25,8 3 234 25,5 2 577<br />

10 INTERMACO, LDA. AVEIRO 4 041 -0,39 4 057 8,1 3 752 -11,3 4 229<br />

11 FERROL 2, S.A. LEIRIA 3 528 1,85 3 464 29,9 2 667 -23,0 3 464<br />

12 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. LISBOA 3 463 41,87 2 441 -3,9 2 541 -35,9 3 965<br />

13 PROXIRA, LDA LISBOA 3 061 45,00 2 111 21,7 1 735 27,1 1365<br />

14 HÉLDER MÁQUINAS E FERRAMENTAS, LDA. LEIRIA 2 201 7,42 2 049 17,1 1 750 -16,9 2 107<br />

15 ALTARODA, S.A. PAREDES 2 170 12,96 1 921 7,1 1 793 8,3 1 656<br />

16 GONÇALTEAM, LDA. SETÚBAL 2 029 52,10 1 334 13,1 1 180 -29,3 1 670<br />

17 MGM - MANUEL GUEDES MARTINS, LDA. PORTO 1 831 -7,94 1 989 33,6 1 489 -4,9 1 565<br />

18 IMPACTO, LDA. PORTO 1 630 5,16 1 550 24,8 1 242 -16,6 1 489<br />

19 HISPANOR, LDA. BRAGA 1 519 -8,22 1 655 -0,6 1 665 -9,1 1 831<br />

20 FORWINNERS, LDA. AVEIRO 1 477 -12,71 1 692 27,9 1 323 19,7 1 105<br />

21 PINTO DA COSTA & COSTA, LDA. BRAGA 1 336 28,34 1 041 34,3 775 -26,3 1 051<br />

22 TECNIVERCA, LDA. LISBOA 1 257 -5,13 1 325 -3,2 1 369 -15,0 1 610<br />

23 DOMINGOS & MORGADO 2, LDA. PORTO 1 243 -4,31 1 299 8,7 1 195 -30,3 1 715<br />

24 CONVERSA DE MÃOS, LDA. PORTO 998 -5,94 1 061 20,4 881 -21,6 1 124<br />

25 EUROCOFEMA, LDA. PORTO 993 1,12 982 11,8 878 -21,7 1 121<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

139


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

miguel ruiz (lizarte), paulo gaspar e marco faria (proxira), paulo costa (repsol), Rui bolas (bolas), césar teixeira (corcet)<br />

Quadro de Honra<br />

Nº EMPRESA<br />

1 BOLAS<br />

2 PROXIRA<br />

3 CORCET<br />

4 ALTARODA<br />

5 LUSILECTRA<br />

6 FONSECA, MATOS & FERREIRA<br />

7 KROFTOOLS PROFESSIONAL TOOLS<br />

8 COMETIL<br />

9 PINTO DA COSTA & COSTA<br />

10 LUSAVOUGA<br />

140<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

138-141_Mercado distribuidores equipamentos.indd 140 08/11/<strong>2023</strong> 20:46


TOP 10<br />

DISTRIBUIDORES de equipamentos POR CRITÉRIOs<br />

Nº EMPRESA CRESCIMENTO<br />

VOLUME NEGÓCIOS<br />

1 GONÇALTEAM, LDA. 52,10<br />

2 PROXIRA, LDA 45,00<br />

3 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. 41,87<br />

4 KROFTOOLS PROFESSIONAL TOOLS, LDA. 30,15<br />

5 PINTO DA COSTA & COSTA, LDA. 28,34<br />

6 LUSILECTRA, S.A. 16,67<br />

7 CETRUS, LDA. 15,38<br />

8 ALTARODA, S.A. 12,96<br />

9 COMETIL, S.A. 11,49<br />

10 BOLAS, LDA. 8,08<br />

Nº EMPRESA VALOR ACRESCENTADO<br />

BRUTO (VAB)<br />

1 LUSAVOUGA, S.A. 4 665<br />

2 LUSILECTRA, S.A. 2 904<br />

3 BOLAS, LDA. 2 891<br />

4 CETRUS, LDA. 1 678<br />

5 LUSAVEIRO, S.A. 1 573<br />

6 CORCET, LDA 1 299<br />

7 COMETIL, S.A. 1 237<br />

8 INTERMACO, LDA. 996<br />

9 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. 757<br />

10 PROXIRA, LDA 742<br />

Nº EMPRESA RENTABILIDADE<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

1 PROXIRA, LDA 35,69<br />

2 KROFTOOLS PROFESSIONAL TOOLS, LDA. 21,35<br />

3 HÉLDER MÁQUINAS E FERRAMENTAS, LDA. 19,94<br />

4 ALTARODA, S.A. 11,88<br />

5 HISPANOR, LDA. 10,40<br />

6 CONVERSA DE MÃOS, LDA. 10,36<br />

7 FORWINNERS, LDA. 9,49<br />

8 MGM - MANUEL GUEDES MARTINS, LDA. 8,80<br />

9 PINTO DA COSTA & COSTA, LDA. 8,70<br />

10 GONÇALTEAM, LDA. 8,67<br />

Nº EMPRESA AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

1 IMPACTO, LDA. 93,19<br />

2 BOLAS, LDA. 86,90<br />

3 PINTO DA COSTA & COSTA, LDA. 82,29<br />

4 ALTARODA, S.A. 81,28<br />

5 HISPANOR, LDA. 75,30<br />

6 CORCET, LDA 72,04<br />

7 INTERMACO, LDA. 70,82<br />

8 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. 68,08<br />

9 TECNIVERCA, LDA. 68,06<br />

10 EUROCOFEMA, LDA. 62,31<br />

Nº EMPRESA PRODUTIVIDADE<br />

REAL<br />

1 FORWINNERS, LDA. 82,50<br />

2 BOLAS, LDA. 49,00<br />

3 CORCET, LDA 48,11<br />

4 FONSECA, MATOS & FERREIRA, LDA. 47,31<br />

5 LUSAVEIRO, S.A. 44,94<br />

6 ALTARODA, S.A. 44,64<br />

7 COMETIL, S.A. 44,18<br />

8 FERROL 2, S.A. 43,50<br />

9 IMPACTO, LDA. 43,50<br />

10 LUSAVOUGA, S.A. 41,65<br />

Nº EMPRESA GERAÇÃO<br />

EMPREGO<br />

1 KROFTOOLS PROFESSIONAL TOOLS, LDA. 5<br />

2 LUSILECTRA, S.A. 3<br />

3 CORCET, LDA 3<br />

4 PROXIRA, LDA 3<br />

5 TECNIVERCA, LDA. 2<br />

6 FERROL 2, S.A. 2<br />

7 COMETIL, S.A. 1<br />

8 MGM - MANUEL GUEDES MARTINS, LDA. 1<br />

9 HISPANOR, LDA. 1<br />

10 GONÇALTEAM, LDA. 1<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

141<br />

138-141_Mercado distribuidores equipamentos.indd 141 08/11/<strong>2023</strong> 19:12


Equipamentos Posição ranking 2º Volume negócio em 2022 €13.135.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Nasceu no Porto em 1982, com a comercialização de acessórios auto da<br />

marca Denso, e atualmente já conta com 71 funcionários que laboram<br />

para movimentar uma área total de armazenamento de 3.000 m2 e mais de<br />

5.000 referências em stock das suas principais áreas de negócio. A Lusilectra<br />

dedica-se ao comércio de acessórios especiais para automóveis, empilhadores,<br />

equipamentos oficinais e ferramentas profissionais. Tendo a representação de<br />

marcas como a Maha, Nussbaum, Hofmann, Stertil-koni, Saima, Car-O-Liner,<br />

Mahle, Usi Itália, Ecotechnics, Samoa, IRT, Wieländer Schill, Doosan, Bobcat,<br />

Denso, Jonnesway, Stoneridge, entre outras e conta, desde 2018 com a Lusilectra<br />

S.L. em Espanha – Madrid. António Garrido, diretor geral da empresa, é da<br />

opinião que este “é um setor em constante adaptação a uma nova realidade, a<br />

dos veículos híbridos e elétricos. Quem estiver mais preparado do ponto de vista<br />

técnico, organizacional e na forma como comunica, vence. Nos equipamentos<br />

oficinais, também estamos a atravessar momentos de mudança, pois é preciso<br />

acompanhar a evolução dos veículos”. O responsável diz que a Lusilectra tem<br />

vindo a investir cada vez mais na digitalização dos processos comerciais e de<br />

assistência técnica. A ideia é tornar o processo desde a receção, à abertura do<br />

serviço, à adjudicação pelo cliente, à requisição de peças e à respetiva faturação,<br />

num processo digital.<br />

lusilectra<br />

A Lusilectra também tem vindo a incutir nos seus valores a sustentabilidade<br />

como ponto essencial para a continuidade e melhoria o negócio. “No nosso<br />

serviço pós-venda adotamos, recentemente, a utilização de panos de limpeza<br />

reutilizáveis. Instalámos painéis solares nas nossas instalações com o objetivo<br />

de contribuir para a descarbonização do planeta e gerar uma maior poupança<br />

energética”, explica. Em relação aos serviços, a Lusilectra oferece um serviço<br />

completo ao cliente, desde a pré à pós-venda, com todo o apoio técnico e suporte<br />

à tomada de decisões: “efetuamos estudos de layouts, definição de soluções<br />

técnicas, contratos de manutenção e assistência técnica”, diz, destacando a<br />

vasta experiência apoiada por uma equipa multifacetada e tecnicamente bem<br />

preparada”. Inauguraram também, este ano, o centro de treino, “que servirá<br />

para testar novos equipamentos, formar os nossos técnicos e, sobretudo, para<br />

disponibilizar aos nossos clientes ações de formação técnica nas diferentes áreas<br />

de negócio da Lusilectra”, contou-nos António Garrido, adiantando que, na sua<br />

opinião, o futuro da venda de equipamentos oficinais “vai enfrentar desafios como<br />

a constante evolução tecnológica dos veículos, falta de mão-de-obra qualificada<br />

e concorrência global”. Relativamente à área das ferramentas profissionais<br />

Jonnesway pretendem consolidar, cada vez mais, a sua posição no mercado<br />

nacional e crescer nos mercados de Espanha e Angola.<br />

Diretor geral António Garrido<br />

Morada Rua Eng.º Ferreira Dias, 953/993, 4100-247 Porto<br />

Telefone 226 198 750 EMAIL lusilectra@lusilectra.pt SITE www.lusilectra.com<br />

142<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Lusilectra lusilectra@lusilectra.pt +351 226 198 750<br />

Salvador Caetano<br />

Diagnostica e identifica o desgaste<br />

e as irregularidades nos pneus dos veículos.<br />

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www.lusilectra.com


Equipamentos Posição ranking 5º Volume negócio em 2022 €6.527.000<br />

KROFtools, fundada em 1989, dedica-se à distribuição de equipamentos<br />

A e ferramentas para o ramo automóvel. Com sede em Martim, Barcelos,<br />

integra 32 funcionários e tem 4.000 m2 de área de armazenamento para três<br />

mil referências em stock. José Bárbara, diretor geral da empresa, considera que<br />

“este setor se carateriza pela competitividade, exigência e progressão constante.<br />

Enquanto marca, temos sempre em consideração os feedbacks de quem<br />

comercializa os nossos produtos, uma vez que têm contacto direto com os<br />

consumidores finais e percebem as necessidades e carências do mercado. No<br />

que tange à distribuição de equipamentos oficinais, somamos um crescimento de<br />

implementação de 10% face ao ano anterior, o que demonstra crescimento no<br />

setor. A empresa tem marcado presença assídua no digital, “mas com o início<br />

da pandemia reforçamos ainda mais”, diz o responsável. É possível acompanhar<br />

a KROFtools nas redes sociais com publicações diárias, no Youtube com vídeos<br />

dinâmicos dos produtos e equipamentos em catálogo, no blog com artigos de<br />

caráter informativo e ao inscrever-se na newsletter o cliente recebe as atualizações<br />

de novos produtos, entre outras informações: “A grande aposta este ano<br />

foi a disponibilização do simulador 3D KROFtools ao consumidor final. Este<br />

programa é essencial para ajudar a projetar uma oficina em tempo real através<br />

da seleção dos equipamentos/armários KROFtools, com movimento 3D foto<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

KROFtools<br />

realista”, explica José Bárbara. Em relação à sustentabilidade, “a empresa tem<br />

tentado levar a cabo estratégias de critério sociais, económicas e ambientais.<br />

Economizar recursos de energia é a melhor maneira de elevar a produtividade”,<br />

afirma. As novas instalações, cuja construção iniciará em 2024, terão painéis<br />

solares. Como comercializam apenas a marca própria KROFtools, “temos no<br />

nosso ADN qualidade, fiabilidade e inovação, características que consideramos<br />

imprescindíveis. Quando o consumidor opta por uma ferramenta ou equipamentos<br />

KROFtools tem garantido um produto de elevado desempenho, que<br />

irá corresponder às suas expetativas”, garante o diretor. A seu ver, “uma venda<br />

só é completa se incluir o serviço pós-venda, e por isso, dispomos deste serviço<br />

em todos os nossos produtos. Dispomos de uma especializada equipa técnica<br />

que suporta a zona norte e sul do país. Com a crescente procura dos equipamentos<br />

oficinais, em setembro reforçámos a equipa com mais um elemento.<br />

Acreditamos que um bom serviço pós-venda se reflete na satisfação do cliente,<br />

que é o mais importante”, assume. Para o futuro, e no ano em que completam<br />

35 anos de presença no mercado, “podem esperar da KROFtools tudo o que<br />

têm esperado até agora: inovação, irreverência, e melhoria constante. A nossa<br />

estratégia é nunca estagnar, e procurar sempre manter-nos atualizados, para<br />

pudermos ultrapassar as barreiras que possam surgir no nosso setor”, conclui.<br />

Gerentes José Bárbara e Anabela Bárbara<br />

Morada Rua da Devesa nº 8, 4755-307 Barcelos - Braga<br />

Telefone 253 200 250 EMAIL geral@kroftools.com SITE www.kroftools.com<br />

144<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Equipamentos Posição ranking 6º Volume negócio em 2022 €5.008.000<br />

Cometil, sedeada em Loures e com uma filial em Santo Tirso, dedica-se à<br />

A distribuição de equipamentos e consumíveis para o serviço pós-venda do<br />

sector automóvel, desde 1985. Posiciona-se no mercado como uma empresa<br />

jovem, dinâmica e totalmente orientada para as necessidades mais exigentes dos<br />

clientes. Distribui marcas como a Hunter, Omer, Blitz/Rotary, Cemb, Butler,<br />

Waeco, Hazet/Vigor, Gutmann, AHS, DEA, Schrader Pacific ou Romess, numa<br />

escolha variada que Pedro de Jesus, o administrador, define como “produtos<br />

premium, não só devido à qualidade, robustez e fiabilidade, mas também porque<br />

aportam ao cliente a capacidade de desenvolver a sua atividade comercial”.<br />

O responsável destaca o pós-venda com o foco no cliente, premissa na qual<br />

assenta a atividade da Cometil, assegurando “um serviço de assistência rápido<br />

e de qualidade, que permita que o equipamento esteja operacional com a<br />

maior rapidez. Em nosso entender, isto só é possível de ser alcançado através<br />

de uma equipa de técnicos própria, com formação específica das marcas que<br />

representamos e devidamente equipada com viaturas oficina”, diz. Na opinião<br />

do responsável, o setor pós-venda automóvel “vive um momento de expansão,<br />

com reajustamento dos players que disputam o mercado e a redefinição das<br />

zonas de influência que cada um passa a ocupar. Por outro lado, assistimos à<br />

introdução no mercado nacional de novos fabricantes. Este movimento é fruto<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Cometil<br />

da alteração da forma em como a distribuição automóvel passou a ser realizada<br />

e também, devido à introdução da eletrificação do automóvel que cada vez<br />

mais se torna evidente. Este processo dinamiza o mercado dos equipamentos,<br />

o que é bom para a indústria da manutenção automóvel”, considera. Pedro de<br />

Jesus aponta também a importância da digitalização na atividade comercial de<br />

todas as organizações no período da pandemia e conta que a empresa passou a<br />

divulgar “a gama de produtos e as áreas de negócio para as quais dispomos de<br />

soluções (equipamentos, ferramentas e formação) nos vários canais que existem<br />

na internet”. O próximo passo será centrado na venda online de parte da gama<br />

de produtos que comercializam. Sobre o futuro, o administrador da Cometil<br />

considera que será definido pela palavra “reinventar”. O mesmo afirma que<br />

“assistimos à eletrificação do automóvel que já materializa uma mudança profunda,<br />

nos métodos e procedimentos de manutenção e reparação das viaturas,<br />

a indústria da manutenção automóvel vai acompanhar este movimento e cabe,<br />

a quem está no terreno e que faz a ponte com os clientes profissionais do setor<br />

(oficinas), pôr em prática este movimento de mudança”. Por isso, é preciso ir<br />

sempre inovando, sendo que os projetos que irão implementar deverão permitir<br />

que os clientes “tenham o suporte necessário para expandir a sua atividade técnico/comercial,<br />

suprindo os desafios que o desenvolvimento do automóvel gera”.<br />

Administrador Pedro Joaquim Pequito de Jesus<br />

Morada Rua Cidade de Amesterdão, 4 - Parque Industrial do Arneiro 2660-456 São Julião do Tojal<br />

Telefone 219 379 550 EMAIL geral@cometil.pt SITE www.cometil.pt<br />

146<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Equipamentos Posição ranking 7º Volume negócio em 2022 €4.802.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Cetrus<br />

empresa de Famalicão dedica-se há mais de trinta anos à distribuição de<br />

A equipamentos para oficinas de mecânica, pintura, colisão, pneus e ainda<br />

para o setor industrial. Conta com uma delegação em Setúbal, desde 2007, e<br />

instalações em Luanda, desde 2011. Segundo o administrador, Jorge Costa, a<br />

longevidade no mercado traz “um know-how e responsabilidade acrescida na<br />

escolha das marcas que representamos”, das quais destaca Nova Verta, Spanesi,<br />

Space, Rotary, IRT, Infrarr, EAE, Boxo, Piusi, Power System ou Reglo. O responsável<br />

explica que sempre procuraram marcas e equipamentos de alta fiabilidade<br />

e têm o cuidado de “promover a entrada na gama de novos equipamentos ou<br />

novas marcas sempre de forma pensada e estruturada”, sendo que a grande<br />

maioria das marcas representadas está com a empresa há mais de 15 anos, o<br />

que “diz bem da fiabilidade e robustez dos equipamentos que vendemos”. Jorge<br />

Costa valoriza a importância do serviço de pós-venda “autónomo do serviço de<br />

montagem, porque, dessa forma, não condicionamos a resolução de avarias e<br />

manutenções ao «tempo-livre» do pessoal da montagem”. A equipa conta com<br />

oito técnicos e quatro pessoas na retaguarda, dotados dos melhores conhecimentos<br />

e formações. No entender do administrador da Cetrus, “vive-se uma<br />

retoma no setor, fruto da estagnação nos dois anos de pandemia. O setor sentiu<br />

um acréscimo de trabalho e de venda de automóveis e procurou atualizar-se<br />

em termos de equipamentos oficinais”, aponta. Para o administrador, a digitalização<br />

é “essencial nos dias de hoje. Temos apostado na criação de conteúdos<br />

que possam ajudar os nossos clientes ou em contactos mais estreitos e assíduos<br />

entre as partes”, e dá como exemplo as newsletters periódicas onde divulgam<br />

novidades, promoções e obra feita ou a página web, onde colocam “notícias,<br />

portefólio e um catálogo digital de uma boa parte dos produtos que vendemos,<br />

para captar a atenção de potenciais novos clientes”.<br />

Enquanto imperativo estratégico para as empresas de aftermarket, a sustentabilidade<br />

é também uma das missões da Cetrus, que há vários anos tenta<br />

reduzir a sua pegada carbónica, com a instalação já no ano 2000 de painéis<br />

fotovoltaicos na sede, reduzindo o consumo elétrico da empresa em cerca de<br />

70%. Mais recentemente, a empresa tem apostado em viaturas híbridas e elétricas.<br />

Na ótica de Jorge Costa, o desafio do futuro é o mesmo que acompanha<br />

o setor há três décadas: “Procurar adaptar a nossa oferta às novas necessidades<br />

que vão surgindo, e perceber que tipo de equipamentos devemos aconselhar<br />

aos nossos clientes de forma que possam ser mais produtivos, mais eficazes e<br />

sobretudo mais rentáveis”.<br />

A empresa está agora apostada no crescimento e renovação dos quadros técnicos<br />

para poderem “responder ainda mais atempadamente a todas as solicitações”.<br />

O projeto de comercialização de mobiliário oficinal, que já fazem há quatro<br />

anos, é um dos destaques para o próximo ano.<br />

Administrador Jorge Costa<br />

Morada Rua de Queimados, 59 – Vila Nova de Famalicão<br />

Telefone 252308600 EMAIL cetrus@cetrus.pt SITE: www.cetrus.pt<br />

148<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Equipamentos Posição ranking 13º Volume negócio em 2022 €3.061.000<br />

No ano em que celebra uma década, a Proxira ocupa um lugar de destaque<br />

na venda de produtos consumíveis, ferramentas e equipamentos para manutenção<br />

e reparação, com especial foro no ramo automóvel. Distribui as marcas<br />

Beta, Telwin, Milwaukee, Jonnesway, Kroftools, Bosma, Tectane, Soudal, entre<br />

outras, com mais de 4.000 referências em stock num armazém de 600 m2. A<br />

empresa está localizada em Alverca e no Carregado e conta com 22 colaboradores.<br />

Paulo Gaspar, gerente, aponta que todas as marcas que comercializam<br />

se caraterizam “pela qualidade, sendo esse um ponto que a Proxira não abdica.<br />

Sendo a maior parte dos nossos clientes profissionais, não faz sentido trabalhar<br />

com produtos que não sejam robustos e com níveis altos de fiabilidade”. Questionado<br />

sobre o que diferencia a empresa no serviço pós-venda, responde que<br />

“o processo de vendas é repetitivo e os clientes olham para a nossa equipa de<br />

vendas como parceiros e como consultores. Para nós é fundamental que rede de<br />

vendas se torne especialista no nosso ramo de atuação para podermos aconselhar<br />

os clientes com soluções que se adequem às suas necessidades. Atualmente, a<br />

Proxira fornece a 70% dos seus colaboradores 4 horas de formação certificada<br />

todos os meses e esta medida tem-nos ajudado a crescer como profissionais<br />

de vendas especializados em máquinas e ferramentas. O que tem feito toda<br />

a diferença”, afirma. Sobre o atual momento do setor, o mesmo diz que tem<br />

observado “uma melhoria global significativa em relação ao ano anterior” e, em<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Proxira<br />

relação à distribuição de equipamentos oficinais, nota no mercado “um grupo<br />

grande de clientes a quererem investir em equipamentos de forma a tornarem-<br />

-se mais modernos e competitivos”. Na sua opinião, o maior desafio do futuro<br />

“será conseguir corresponder às necessidades dos clientes que têm acesso a todo<br />

o tipo de informação, estando cada vez mais exigentes com o que pretendem<br />

e quanto estão disponíveis a pagar. A Proxira tem trabalhado para conseguir<br />

acompanhar as mudanças deste mercado”, garante. O responsável conta que<br />

“desde cedo que a digitalização tem sido uma prioridade e, no início do ano,<br />

tomámos a decisão de mudar o sistema de faturação de forma a acompanhar<br />

o crescimento que temos tido. Aproveitámos a situação para implementar um<br />

CRM para ajudar a nossa equipa de vendas. Hoje o nosso sistema de encomendas<br />

é totalmente digital e automático”, revela. Já no que diz respeito às<br />

políticas de sustentabilidade, Paulo Gaspar salienta o trabalho que têm levado<br />

a cabo na renovação da frota: “Nos últimos 2 anos adquirimos uma viatura<br />

100% elétrica e três Bi-Fuel. A poupança em combustível e em impostos que<br />

tivemos nestes anos, levam-nos a pensar que este é o caminho certo”, explica.<br />

O novo projeto da Proxira é “a aquisição de uma carrinha de demonstração<br />

com a nossa gama de produtos. Esperamos no final do ano começar a visitar a<br />

andar junto dos nossos clientes”.<br />

Gerentes Paulo Gaspar e Marco Faria<br />

Morada Barroso do Diante EN 10 Km 127 lote B fração A<br />

Telefone 964 068 290 EMAIL: lojaonline@proxira.pt SITE: www.proxira.pt<br />

150<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Equipamentos Posição ranking 17º Volume negócio em 2022 €1.813.000<br />

Manuel Guedes Martins Unipessoal ou simplesmente MGM, foi fundada<br />

A em 2001, em Serzedo, Vila Nova de Gaia. Com uma área total de armazenamento<br />

de 700 m2 e 24 funcionários, a MGM tem, em stock, cerca de 25<br />

mil referências. O âmbito de atuação da empresa é na reparação e manutenção<br />

de máquinas e equipamentos industriais, comércio e retalho de produtos novos<br />

e aluguer de máquinas e equipamentos. Questionado sobre como olha para o<br />

atual momento do setor, Manuel Guedes Martins, o gerente da empresa, diz que<br />

“ainda subsistem fatores de incerteza, como a guerra no Leste da Europa”. A seu<br />

ver, “estamos a viver uma nova abordagem relativa à mobilidade elétrica, embora<br />

ainda com algumas condicionantes (valor elevado de aquisição das viaturas,<br />

autonomia ainda considerada baixa, número de postos de carregamento curto,<br />

entre outros) e, por outro lado, existe uma realidade que se carateriza por um<br />

parque «envelhecido» de viaturas circulantes nas nossas estradas. Constatam-se<br />

mais transações ao nível de viaturas usadas face à comercialização de viaturas<br />

novas, muitas vezes com tempos de entrega longos, face à escassez de peças<br />

no mercado”, descreve, considerando que, para o futuro, os desafios da venda<br />

de equipamentos oficinais serão variados. “As oficinas terão que ter em linha<br />

de conta a maior complexidade dos veículos que vão surgindo no mercado (os<br />

respetivos componentes e o tipo de reparações), a necessidade de uma constante<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

MGM<br />

recolha de informações/formação específica especializada dos colaboradores no<br />

sentido de prestar um serviço de qualidade e, também o papel do cliente, face<br />

às suas necessidades e expetativas”, elenca. Entende que a digitalização é “um<br />

fenómeno crucial para a sobrevivência do mercado, pois é a adoção de uma<br />

nova forma de trabalho, de organização e comunicação dentro das empresas”.<br />

Para além disso, passa por uma redução de custos, ao nível de consumo de papel,<br />

tinteiros de impressora, etc. A MGM procura acompanhar as novas tendências,<br />

ao nível da organização de trabalho e da comunicação com os seus clientes e<br />

fornecedores”. A MGM desde sempre se preocupou com questões ambientais<br />

e sustentabilidade, “por isso procura no seu quotidiano, adotar medidas práticas<br />

e de sensibilização dos respetivos colaboradores para este tema”, diz o responsável.<br />

No serviço pós-venda, os clientes valorizam a prontidão na resposta às<br />

respetivas necessidades e expetativas (graças a uma boa gestão de stocks com<br />

ampla e diversificada gama de peças de reposição), profissionalismo, seriedade,<br />

grande capacidade técnica e humana. Os novos projetos para o futuro assentam<br />

num maior investimento na formação direcionada para os não técnicos, na<br />

aquisição de novas viaturas de trabalho e na sensibilização da generalidade dos<br />

clientes para a necessidade de serem um pouco mais compreensivos no que toca<br />

à satisfação das respetivas necessidades e expetativas.<br />

Gerente Manuel Guedes Martins<br />

Morada Rua do Agro, 150 4410-089 Serzedo Vila Nova de Gaia<br />

Telefone 227 642 722 EMAIL geral@mgm.com.pt SITE www.mgm.com.pt<br />

152<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


PME líder ‘21<br />

PME líder ‘20<br />

PME líder ‘19<br />

PME líder ‘18 excelência ‘17<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

154


ESTUDO DE CANAIS GIPA <strong>2023</strong><br />

Retrato do<br />

pós-venda<br />

nacional<br />

O Estudo de Canais GiPA <strong>2023</strong> traça o comportamento dos<br />

profissionais da reparação em Portugal, desde concessionários,<br />

oficinas independentes, de colisão e pneus, nova distribuição<br />

e lojas de peças. Os resultados revelam que a rede oficial,<br />

a nova distribuição e as oficinas em rede são os canais<br />

mais preparados para as mudanças que estão a acontecer,<br />

nomeadamente nos veículos alternativos híbridos e elétricos<br />

Para a realização deste Estudo a GiPA<br />

entrevistou presencialmente cerca de<br />

750 profissionais da reparação em Portugal<br />

e as principais conclusões são que<br />

as oficinas em rede e a nova distribuição<br />

estão a conquistar o seu espaço no queijo dos pós-<br />

-venda em Portugal. A nova distribuição continua o<br />

seu caminho de crescimento e a chapa tem grandes<br />

desafios nos próximos anos.<br />

No Estudo foi também comparado o mercado espanhol<br />

com o português a nível de estratégias, que<br />

continuam a ser diferentes com 61% das lojas de<br />

peças em Espanha a pertencerem a redes, enquanto<br />

em Portugal apenas 22% estão ligadas a um conceito<br />

de rede. Destaque para as peças usadas e remanufaturadas<br />

que começam a ter um peso cada vez maior.<br />

Parque a envelhecer<br />

A idade média do parque automóvel continua a<br />

aumentar, sendo atualmente mais de 13 anos para<br />

veículos ligeiros e mais de 15 anos para veículos de<br />

mercadorias. A idade média do parque circulante<br />

(dos ligeiros de passageiros e 4x4/SUV) é atualmente<br />

de 13,4 anos, ou seja, dos veículos que circulam<br />

nas nossas estradas e que realizam algum tipo de<br />

manutenção. Esta situação beneficia mais as oficinas<br />

independente que trabalham mais com este tipo de<br />

parque circulante. A estrutura do parque mudou,<br />

está a mudar e irá continuar a mudar, logo as estratégias<br />

de marketing das oficinas também terão<br />

que mudar. Já não podem realizar exatamente as<br />

mesmas campanhas do passado, quando vivemos<br />

em tempos que a faturação ou se mantém ou está<br />

a diminuir e a margem também, ou seja o pouco<br />

dinheiro que temos hoje deve ser muito bem empregue<br />

no cliente alvo que se quer conquistar.<br />

Neste momento o parque circulante está a ficar<br />

com mais carros velhos e com muita idade, ou<br />

seja, 19% do parque circulante são carros com<br />

mais de 20 anos e 56% do parque circulante são<br />

carros com mais de 10 anos. Embora se esteja a<br />

matricular menos carros nos últimos dois anos, as<br />

importações estão a aumentar e estão a ir menos<br />

carros para os abates, pois existe muita falta de<br />

carros novos e usados para venda. O parque circulante<br />

para carros até 3 anos tem estado a diminuir<br />

nos últimos 2 anos.<br />

Quilometragem anual a diminuir<br />

A quilometragem anual tem vindo a diminuir deste<br />

2018, mesmo antes da pandemia, mas registamos<br />

que em 2021, cresceu pouco mas ainda está longe<br />

dos valores de 2019. Esta realidade é essencialmente<br />

devido, ao teletrabalho, às novas formas de<br />

realizar reuniões (através do Teams/Zoom) e as<br />

novas formas de mobilidade. Esta recuperação está<br />

a ser muito lenta e pelo que sentimos do mercado,<br />

a tendência é que continuará a ser lenta.<br />

Custo da mão aumenta<br />

O custo da mão-de-obra teve mesmo que aumentar.<br />

Devido à inflação que tivemos em 2022 e <strong>2023</strong>,<br />

foram muito poucos os canais que não aumentaram,<br />

mas alguns ainda vão aumentar até final<br />

do ano. A tendência será de crescimento, pois a<br />

inflação ainda não está estabilizada. Vários reparadores<br />

que trabalham os veículos 100% elétricos<br />

já têm uma mão-de-obra diferenciada.<br />

Digitalização condiciona negócio<br />

Embora metade das lojas de peças ainda não tenha<br />

uma página web, podemos dizer que está a melhorar,<br />

pois em anos anteriores estava pior. Quem tem<br />

uma página web, usa-a para promover ou realizar<br />

promoções, encomenda de peças, catálogo de peças,<br />

visualização por parte dos clientes do ponto de<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

155


Empresa<br />

MERCADO<br />

Top<br />

100<br />

ESTUDO DE CANAIS GIPA <strong>2023</strong><br />

situação das encomendas, etc., logo quem ainda<br />

não tem nada disto, está a condicionar claramente<br />

a evolução do negócio.<br />

Entregas diárias penalizam<br />

distribuição<br />

Claramente que o tema das entregas é muito importante<br />

neste negócio das peças, pois uma gestão<br />

eficaz pode poupar muito dinheiro no final do ano.<br />

As grandes empresas já estão a realizar muitas mudanças,<br />

que vão desde uma/duas entregas diárias,<br />

com rotas pré definidas e penalizações para as<br />

devoluções, pois nestes últimos anos com a falta<br />

de peças, muitas oficinas encomendavam a mesma<br />

peça a 3 fornecedores diferentes, montando apenas<br />

a peça que chegasse primeiro, as outras devolviam.<br />

Estas mudanças vão continuar, especialmente nos<br />

grandes grupos, pois as pequenas lojas de peças,<br />

analisam o negócio como um todo e não fazem a<br />

separação dos custos logísticos. Utilizam as entregas<br />

imediatas para conseguir cativar mais clientes,<br />

ou seja, condicionam a sua própria sobrevivência.<br />

Peças online mais procuradas<br />

As vendas de peças online estão e vão continuar<br />

a aumentar, pois o mercado procura cada vez<br />

mais peças remanufaturadas, recondicionadas<br />

ou até mesmo usadas, que podem facilmente ser<br />

encontradas nas plataformas de vendas online. A<br />

grande maioria das oficinas não está preparada<br />

para instalar as peças levadas pelos clientes, mas<br />

cada vez mais irão estar pois é uma oportunidade<br />

de negócio e algumas já têm uma mão-de-obra<br />

diferente para este tipo de clientes.<br />

Volume de negócio aumenta<br />

As oficinas no geral têm aumentado o seu volume<br />

de negócio, o que não significa que estão mais<br />

rentáveis. No entanto, as que tiveram a maior<br />

quebra com a pandemia e estão a recuperar mais<br />

lentamente são as oficinas de chapa & pintura. A<br />

diminuição de acidentes derivado aos novos sistemas<br />

ADAS, pois 50% do parque circulante já tem<br />

pelo menos o nível mais básico e a diminuição do<br />

uso do carro, não ajudam este canal que se não se<br />

restruturar rapidamente terá grandes problemas<br />

de sustentabilidade no futuro.<br />

Escassez de mão de obra<br />

qualificada<br />

Existe atualmente uma grande escassez de mão<br />

de obra qualificada para as oficinas automóvel.<br />

Muitos dos que estão a trabalhar têm condições<br />

menos boas e os melhores estão muito bem pagos,<br />

em alguns casos ganham mais que um engenheiro<br />

em início de carreira. O setor aqui tem que mudar<br />

o “chip” e dar melhores condições e contratos,<br />

pois se uma pessoa não tem boas condições e/ou<br />

um contrato aceitável, irá certamente procurar<br />

noutra profissão. Apesar de termos a taxa de desemprego<br />

baixa, na prática existem muitas pessoas<br />

sem trabalho. O pouco trabalho que aparece é<br />

para os mais novos que ainda não emigraram. Em<br />

Portugal, a experiência e o conhecimento não são<br />

valorizados e muitas chefias têm medo de colocar<br />

pessoas válidas. Com esta mentalidade a evolução<br />

será mais lenta. A maior parte da mão de obra vem<br />

dos centros de formação, pois é uma mão de obra<br />

mais barata, mas que depois passados um a dois<br />

anos, mudam-se para outras oficinas a ganhar um<br />

Quadro I - Entradas na oficina em 2022<br />

O número total de entradas na oficina (6,4 milhões em 2022) é<br />

totalmente absorvido pelos 5 canais. As Oficinas Independentes e os<br />

Concessionários, juntos representam mais de 3/4 do total de entradas.<br />

As Oficinas Independentes baixaram 2 pp e a Nova Distribuição aumentou<br />

2pp, tudo em relação a 2021.<br />

Parque<br />

Circulante<br />

4,7<br />

Milhões<br />

de carros<br />

(LP + SUV/4x4)<br />

Total<br />

de entradas<br />

6,4<br />

Milhões<br />

de entradas<br />

Oficina<br />

Independente<br />

Concessionário<br />

Oficina Pneus<br />

Auto Centro<br />

Serviço Rápido<br />

Oficina Chapa<br />

& Pintura<br />

15% das<br />

entradas<br />

8% das<br />

entradas<br />

3% das<br />

entradas<br />

58% das<br />

entradas<br />

16% das<br />

entradas<br />

Quadro II - Evolução do universo da reparação – Análise<br />

por canal<br />

O Concessionário está a perder menos reparadores que a Oficina<br />

Independente. Aumento no número de Auto Centros & Serviços Rápidos.<br />

A Nova Distribuição é o único canal a crescer desde 2020<br />

Concessionário<br />

- 0,4%<br />

2020 2021 2022 <strong>2023</strong><br />

Oficina Chapa & Pintura<br />

- 1,5%<br />

2020 2021 2022 <strong>2023</strong><br />

Oficina Independente<br />

- 1,2%<br />

2020 2021 2022 <strong>2023</strong><br />

Auto Centro / Serviço Rápido<br />

Oficina Pneus<br />

- 1,0%<br />

Loja Peças<br />

+ 2,6% -2,1%<br />

2020 2021 2022 <strong>2023</strong><br />

Quadro III - As principais redes independentes<br />

Fabricantes de<br />

componentes<br />

22%<br />

em rede<br />

Oficina<br />

Independente<br />

Marcas de<br />

automóveis<br />

Grupos de<br />

distribuição<br />

Redes Oficinas Independentes<br />

Oficina<br />

Pneus<br />

Outros Outros Outros<br />

22%<br />

em rede<br />

Auto Centro/<br />

Serviço Rápido<br />

2020 2021 2022 <strong>2023</strong><br />

2020 2021 2022 <strong>2023</strong><br />

5%<br />

em rede<br />

Oficina<br />

Chapa & Pintura<br />

Vidros<br />

Fonte: GiPA<br />

156<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


48,000 MOTIVOS<br />

NÓS ESTAMOS COMPROMETIDOS EM CRIAR PRODUTOS DE<br />

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a solução certa para o respectivo veículo e seu sistema de freio.<br />

Este é um dos muitos motivos que fazem com que fabricantes de<br />

veículos, distribuidores e oficinas de todo o mundo confiem na Textar.<br />

LÍDERES DE MERCADO EM ENGENHARIA DE FRICÇÃO FABRICAÇÃO TESTES


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

ESTUDO DE CANAIS GIPA <strong>2023</strong><br />

pouco mais. Neste momento as áreas onde existem<br />

a maior falta de mão de obra especializada, é a<br />

chapa & pintura e a mecânica. A chapa & pintura<br />

foi a que sofreu mais com a pandemia e a que<br />

recupera mais lentamente, enquanto que as outras<br />

famílias (mecânica; manutenção; pneus) este ano<br />

já vão passar os níveis de faturação de 2019, a<br />

chapa & pintura, poderá ser só a partir de 2024.<br />

Preço das peças continua<br />

a aumentar<br />

Em termos gerais as peças vão continuar a aumentar<br />

de preço este ano cerca de 4% e para<br />

2024 o mesmo valor ou ligeiramente menos. O<br />

aumento médio varia muito de produto para produto<br />

e conforme as marcas, no entanto através<br />

dos estudos anuais da GiPA, podemos dizer que<br />

os produtos que aumentaram mais em Portugal,<br />

foram: o Ad-blue em 71%, as embraiagens em<br />

18%, as tintas 16%, as peças de chapa em 14%,<br />

as pastilhas de travões em 13%, os pneus 12%,<br />

os lubrificantes em 9%, os aditivos em 8% e as<br />

baterias em 8%. Como alternativa à escalada de<br />

preços estamos a assistir a uma maior procura de<br />

marcas mais económicas, por parte dos consumidores.<br />

Os clientes nestes períodos estão cada vez<br />

mais sensíveis ao preço e desta forma procuram<br />

mais as marcas “low-cost”. As marcas que ainda<br />

não têm um produto “low-cost”, estão a lançar<br />

novas marcas ou a pensar em fazê-lo.<br />

Escolha de fornecedor<br />

é fator chave<br />

A prioridade das oficinas neste momento é procurarem<br />

mais fornecedores que primeiro tenham o<br />

produto em stock, realizem várias entregas diárias<br />

e que tenham preços competitivos; Ajustar o número<br />

de produtivos e não produtivos, o problema<br />

é quando uma oficina emprega familiares (que não<br />

produzem); Ter horários mais flexíveis, pois a nova<br />

distribuição está aberta durante os fins de semana<br />

e durante a semana serve os clientes em alguns<br />

casos até às 21h, desta forma o cliente não terá que<br />

faltar ao trabalho para realizar uma manutenção ou<br />

pequena reparação. Melhorar a oferta dos serviços<br />

prestados (oferta 360) será outra forma, embora a<br />

maior parte das vezes exige um investimento.<br />

Renting favorece pós-venda<br />

independente<br />

As gestoras de frotas, assim como todo o mercado,<br />

está em constante mudança, pois a implementação<br />

de novos modelos de negócio, são a alternativa<br />

para sobreviver ou para as empresas estarem competitivas.<br />

Assim sendo, as gestoras de frota têm feito<br />

mais acordos com redes de oficinas independentes<br />

ou já com a nova distribuição. Estes acordos serão<br />

sempre mais vantajosos para as oficinas que necessitam<br />

de muitos clientes, pois desta forma conseguem<br />

algum volume adicional de entradas, mas<br />

com uma margem mais reduzida. A tendência do<br />

mercado aponta para um aumento considerável do<br />

renting a empresas e especialmente a particulares,<br />

pois no Renting não é necessário dar entrada. Através<br />

desta facilidade e da simplicidade do processo,<br />

o cliente vai para o mais barato e fácil. Convém<br />

sempre recordar que no final do contrato o carro<br />

deverá estar em ótimas condições especialmente<br />

de chapa e pintura, caso contrário poderá ter que<br />

pagar uma quantia avultada.<br />

Quadro IV - Investimento no Sistema de calibração adas<br />

De modo geral, para os que não têm o equipamento, a tendência é<br />

não investir no sistema de calibração adas. O Concessionário e a<br />

Oficina Independente estão bastante alinhados neste tema. 6% dos<br />

Concessionários que não possuem nenhum sistema de calibração adas<br />

estão a pensar em comprar em 2024.<br />

% de oficinas não<br />

equipadas com sistema<br />

de calibração ADAS<br />

Não<br />

Sim, mais tarde<br />

Sim, em 2024<br />

Sim, em <strong>2023</strong><br />

44% 93% 98% 86% 97%<br />

74% 75% 91% 68% 87%<br />

12% 17%<br />

23%<br />

8%<br />

4% 6% 1% 9%<br />

7%<br />

4%<br />

6% 4% 2% 2%<br />

Concessionário Oficina<br />

Independente<br />

Oficina Pneus Auto Centro /<br />

Serv. Rápido<br />

Oficina Chapa<br />

& Pintura<br />

Quadro V - Principais cursos de formação realizados<br />

nos últimos 12 meses<br />

3/4 dos Concessionários frequentaram cursos de formação em<br />

automóveis híbridos e elétricos. Poucas Oficinas de Pneus e Oficinas<br />

Independentes seguiram este tipo de cursos de formação (BEV+PHEV+HEV).<br />

68% dos Auto Centros / Serviços Rápidos realizaram pelo menos um<br />

curso de formação em veículos BEV.<br />

Pelo menos realizou<br />

um curso<br />

95%<br />

Concessionário<br />

46%<br />

Oficina<br />

Independente<br />

38%<br />

Oficina Pneus<br />

82%<br />

Auto Centro /<br />

Serv. Rápido<br />

Mecânica complexa<br />

(embraiagem, AC, etc…) 79% 26%<br />

7% 68% 5%<br />

Específica para veículos<br />

100% elétricos (BEV) 79% 15%<br />

5% 50% 7%<br />

Específica para veículos<br />

híbridos (PHEV ou HEV) 73% 14%<br />

5% 36% 3%<br />

Diagnóstico eletrónico 79% 23%<br />

9% 77% 4%<br />

Sistemas ADAS (sistemas<br />

de ajuda à condução) 59% 4%<br />

3% 27% 0%<br />

Contabilidade 37% 6%<br />

2% 23% 2%<br />

Programas<br />

de gestão oficinal 48% 7%<br />

9% 50% 1%<br />

10%<br />

Oficina Chapa<br />

& Pintura<br />

Quadro VI - Comportamento do valor da mão-de-obra <strong>2023</strong><br />

Diferente comportamento entre os canais, também entre os Concessionários<br />

e os outros canais focados em mecânica. Mais de 3 em cada 10 reparadores IAM<br />

preferem manter estável o custo da mão de obra. 73% dos Concessionários<br />

já aumentaram o custo da mão de obra durante <strong>2023</strong>.<br />

Base:<br />

19%<br />

9%<br />

73%<br />

Concessionário<br />

81<br />

AUMENTOU O VALOR DA MÃO-DE-OBRA DURANTE <strong>2023</strong>?<br />

35%<br />

26%<br />

39%<br />

Oficina<br />

Independente<br />

281<br />

45%<br />

36%<br />

19%<br />

Oficina Pneus<br />

103<br />

18%<br />

18%<br />

64%<br />

Auto Centro /<br />

Serv. Rápido<br />

22<br />

29%<br />

20%<br />

52%<br />

Oficina Chapa<br />

& Pintura<br />

97<br />

Não, vou deixar como está<br />

Não, mas vou aumentar até<br />

final do ano<br />

Sim, já aumentei<br />

Fonte: GiPA<br />

158<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Ausgabe 16/<strong>2023</strong><br />

Ausgabe 8/<strong>2023</strong><br />

Ausgabe 6/<strong>2023</strong><br />

Ausgabe 4/<strong>2023</strong><br />

Ausgabe 4/<strong>2023</strong><br />

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Empresa<br />

MERCADO<br />

Top<br />

100<br />

ESTUDO DE CANAIS GIPA <strong>2023</strong><br />

Oficinas adiam investimento em VE<br />

Muito poucas oficinas independentes estão a adaptar-se<br />

aos veículos BEV (100% elétricos), pois as<br />

atuais 58.400 unidades que circulam nas estradas<br />

portuguesas, se forem distribuídas pelas 8.000 oficinas<br />

independentes, irá dar cerca de 7 veículos para<br />

cada oficina, somando o investimento necessário<br />

realizar (de 40.000€ a 60.000€), mais a diminuição<br />

do custo médio por carro, faz com que as oficinas<br />

estejam a adiar este investimento. Algumas das<br />

reparações dos veículos elétricos são realizadas<br />

“on-line” (para a maior parte das atualizações de<br />

software) ou através de um serviço móvel que vão<br />

a casa do cliente. A eletrificação está em processo,<br />

mas muito antes temos já a hibridização, que também<br />

exige formação, equipamentos e ferramentas<br />

específicas. Apesar dos aumentos das matrículas<br />

de carros 100% elétricos, relembramos que 99,2%<br />

do nosso parque circulante ainda são automóveis<br />

de combustão interna.<br />

Redes de oficinas em alta<br />

Desde o início do ano já foram criados em Portugal<br />

seis novos conceitos de redes oficinais e a tendência<br />

é para continuar, mas por outro lado vemos outros<br />

a juntar as redes, pois custa muito promover<br />

duas a três marcas em vez de uma. Hoje em dia<br />

uma casa de peças de média dimensão tem ou<br />

pensa criar uma rede de oficinas, mas esquece-se<br />

de criar uma estrutura para dar o apoio que o<br />

cliente oficina necessita.<br />

Não basta ter uma pessoa em teletrabalho para<br />

atender o telefone. As redes de oficinas, terão que<br />

começar a pensar como estavam organizados os<br />

importadores de automóveis e dar esse passo em<br />

frente. As redes terão que ter uma dimensão ibérica/europeia<br />

ou até mundial. Existe ainda um<br />

grande caminho para as redes, onde o conhecimento<br />

da realidade do mercado e das futuras<br />

tendências é vital.<br />

Agora e cada vez mais faz sentido uma oficina independente<br />

integrar uma rede oficinal, as principais<br />

grandes vantagens são o acesso a informação técnica<br />

dos fabricantes, formação continua, acordos<br />

mais vantajosos com a maioria dos fornecedores,<br />

acesso a uma imagem corporativa, ter um plano<br />

de comunicação, ajuda no marketing local e regional,<br />

ajuda em ferramentas de gestão, acordos com<br />

as gestoras de frotas nacionais ou internacionais,<br />

campanhas especiais de pós-venda com preços<br />

fechados, ajuda no processo da digitalização, ajuda<br />

na compra de equipamentos para modernizar a<br />

oficina e atrair mais clientes, ferramentas ou programas<br />

de fidelização do cliente (“call-center”)<br />

mais abrangentes, assistência jurídica e ambiental,<br />

acesso a sistemas de satisfação cliente, programas<br />

orçamentários, programas de crédito ao cliente<br />

final, viaturas de substituição, ou seja oferecer mais<br />

serviços diversificados ao cliente final.<br />

Quadro VII - Divisão da faturação por clientes<br />

Mais da metade do total das vendas foi realizada nas oficinas<br />

tradicionais (53% pertencentes a uma rede).<br />

31% da faturação foi realizada através do balcão, a clientes<br />

particulares ou a outros reparadores. 3% das vendas de peças das<br />

Lojas de Peças são feitas aos Concessionários.<br />

CONCESSIONÁRIOS<br />

3%<br />

BALCÃO<br />

(CONDUTORES/REPARADORES)<br />

31%<br />

AUTO CENTRO,<br />

SERV. RÁPIDO,<br />

HIPERMERCADOS<br />

5%<br />

Como divide as vendas de peças entre clientes (faturação)?<br />

OUTROS<br />

(FROTAS, TAXIS, ...)<br />

3%<br />

Quadro VIII - Ter página Web<br />

Metade das Lojas de Peças têm página web. 6 em cada 10 Lojas de Peças<br />

independentes não têm página web. 42% das Lojas de Peças têm uma página<br />

web própria.<br />

EM REDE: 11%<br />

NÃO REDE: 64%<br />

NÃO TÊM<br />

PÁGINA<br />

WEB 50%<br />

NRG1<br />

3%<br />

9%<br />

3%<br />

3%<br />

OUTROS 5% 7%<br />

REPARADORES<br />

31%<br />

5%<br />

30%<br />

OFICINAS<br />

53%<br />

BASE: 135<br />

54%<br />

Não rede<br />

TÊM PÁGINA<br />

WEB 42%<br />

49%<br />

Em rede<br />

Outros<br />

(frotas, taxis, ...)<br />

Auto Centros, Serv.<br />

Rápido, Hipermercados<br />

Concessionários<br />

Outros reparadores<br />

Balcão<br />

Oficinas<br />

TÊM PÁGINA WEB<br />

DA REDE 8% BASE: 135<br />

Fonte: GiPA<br />

Novos modelos de negócio<br />

Uma das consequências da pandemia foi deixar<br />

de se pensar no automóvel apenas como um bem<br />

de posse, mas mais num instrumento de mobilidade.<br />

Esta mudança de mentalidade, é uma realidade<br />

que já vemos desde 2018, com a chegada<br />

em massa das trotinetas, bicicletas elétricas, etc..<br />

Os consumidores hoje têm bastante mais soluções<br />

de mobilidade do que tinham no passado. Nas<br />

grandes cidades já vemos ciclovias só para alguns<br />

A estrutura do parque mudou, está a mudar e irá continuar<br />

a mudar, logo as estratégias de marketing também terão<br />

que mudar. As oficinas não podem realizar exatamente as<br />

mesmas campanhas do passado<br />

160<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Empresa<br />

MERCADO<br />

Top<br />

100<br />

ESTUDO DE CANAIS GIPA <strong>2023</strong><br />

Quadro IX - Opinião sobre o preço das peças até final do ano<br />

De modo geral, as Lojas de Peças esperam um aumento no preço das peças em cerca de 4%. O maior aumento foi<br />

registado nas peças mecânicas (+4,5%). As Lojas de Peças pensam que o preço dos lubrificantes aumentará 4,3%<br />

até ao final do ano.<br />

TOTAL<br />

LOJA PEÇAS<br />

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS<br />

PREVISTA ATÉ AO FINAL DO ANO<br />

Lubrificantes +4,3%<br />

Peças mecânicas +4,5%<br />

Peças manutenção +3,4%<br />

Pneus +3,8%<br />

Peças chapa +3,5%<br />

Fonte: GiPA<br />

destes novos meios. Os próprios novos serviços<br />

de entregas em casa, já estão ser feitos (em alguns<br />

casos) através destes novos meios, e de manhã já<br />

vemos cada vez mais pessoas a usarem estes meios<br />

para irem trabalhar.<br />

Através desta mudança registamos que o número<br />

médio de quilómetros por condutor tem vindo a<br />

diminuir desde 2018, e que isso está a ter um efeito<br />

negativo no pós-venda, designadamente menos<br />

manutenção. Muitos operadores, que realizaram<br />

estudos com a GiPA há vários anos sobre esta<br />

temática, hoje oferecem a estes novos utilizadores<br />

produtos e serviços, que lhes permitem ir aumentando<br />

a faturação e estar presentes num mercado<br />

de nicho. Assim como o mundo é dinâmico, o<br />

mercado também, e quem não antecipa o futuro<br />

irá certamente ficar no passado.<br />

Oficina do futuro<br />

A maioria das oficinas independentes em Portugal<br />

são micro-empresas com apenas três ou quatro<br />

empregados, e só conseguirão sobreviver se se<br />

adaptarem à nova realidade que já circula nas<br />

nossas estradas. Devem começar pelos cursos dos<br />

carros híbridos e dentro de um ou dois anos para<br />

os 100% elétricos (BEV), comprar equipamento<br />

para estes novos veículos, criar uma página web que<br />

funcione mesmo, como uma plataforma entre o<br />

cliente e a oficina, visto cada vez mais as marcações<br />

de reparações serem feitas online.<br />

Uma oficina moderna deve estar integrada numa<br />

rede, dispor de uma oferta de serviços 360º e um<br />

leque muito mais abrangente de soluções para o<br />

cliente final. Uma oficina que não ofereça um serviço<br />

completo de pneus, chapa & pintura, lavagem,<br />

ckeck-up ao óleo (para os híbridos), carregamento<br />

ultra rápido para carros elétricos, ar-condicionado<br />

e serviço de calibrar o sistema ADAS, muito dificilmente<br />

se manterá nesta atividade. De referir<br />

que os sistemas de calibração ADAS são já equipamentos<br />

imprescindíveis numa oficina, mas poucos<br />

reparadores estão equipados com estes sistemas.<br />

Atualmente temos duas velocidades, o canal oficial<br />

e a nova distribuição já estão mais equipados,<br />

enquanto que os outros canais estão ainda a equacionar<br />

a aquisição destes equipamentos ADAS.<br />

A oficina para vingar neste setor tem de ser mais<br />

produtiva e ter um serviço muito forte de pós-venda<br />

para fidelizar mais clientes num mercado que está a<br />

diminuir, e onde apenas os mais fortes e informados<br />

irão sobreviver.<br />

Oferecer um serviço diferenciado, unicamente<br />

orientado para a satisfação do cliente final, realizar<br />

contratos de manutenção, extensões de garantias,<br />

vender seguros, apoio técnico na compra de um<br />

usado, assistência na casa do cliente (serviço móvel),<br />

serviço de viatura de cortesia, vender acessórios,<br />

vender carros em segunda mão e ter efetivamente<br />

um programa de marcação on-line, tal como é feito<br />

pelos concessionários de marca, que irão passar a<br />

ser agentes muito brevemente, são fatores essenciais<br />

para a continuação do negócio.<br />

Para tudo isto ser possível, para além de muita<br />

disponibilidade financeira, ter a melhor equipa<br />

é fundamental. Por outro lado, estão a aparecer<br />

novas marcas de automóveis na Europa, essencialmente<br />

da China, que por estratégia irão vender<br />

diretamente on-line e procuram redes de oficinas<br />

com uma dimensão Ibérica/Europeia ou até mundial,<br />

para realizarem o pós-venda dessas marcas,<br />

o que vai exigir das oficinas mais conhecimentos<br />

e ferramentas.<br />

Os clientes estão cada vez mais sensíveis ao preço e desta<br />

forma procuram mais as marcas “low-cost”. As marcas que ainda<br />

não têm um produto “low-cost”, estão a lançar novas marcas<br />

ou a pensar em fazê-lo<br />

162<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DISTRIBUIDORES DE REPINTURA<br />

Os 25 maiores distribuidores de repintura faturaram 86,9 milhões de Euros, mais 6,2%<br />

que no ano anterior. Empregam 499 trabalhadores, tendo uma produtividade média de 174 mil €<br />

por trabalhador. O exercício de 2022 confirmou recuperação da situação financeira<br />

mercado da repintura em Portugal encontra-<br />

O -se maturado, sem grandes tendências para<br />

um crescimento acentuado. Mais do que “ganhar”<br />

novos clientes trata-se de fidelizar cada vez<br />

mais os que existem, de forma a estarem cada vez<br />

mais satisfeitos. A atividade dos principais agentes<br />

do sector pós-venda irá continuar fortemente condicionada<br />

por todo este ambiente de mudança na<br />

mobilidade automóvel, pelo que os distribuidores<br />

devem de ter a capacidade e a agilidade de operar<br />

em constante adaptação. Esta circunstância passa<br />

obrigatoriamente por saber interpretar os sinais e<br />

as tendências atuais e futuras que irão impactar o<br />

negócio das empresas de distribuição e dos seus<br />

clientes. O pós-venda automóvel em Portugal<br />

vive atualmente uma situação que se caracteriza<br />

por uma grande incerteza relativamente ao<br />

futuro de curto e médio prazo do seu negócio,<br />

essencialmente derivada por duas razões fundamentais:<br />

fortes dúvidas relativamente à situação<br />

económico/financeira pela qual o país irá passar<br />

nos próximos tempos e a crescente tendência de<br />

concentração das principais oficinas de reparação<br />

(concessionários, redes, grandes oficinas, …) nos<br />

principais grupos automóveis a operar neste mercado.<br />

Estes dois fatores alteram profundamente<br />

a forma como os diversos operadores, nomeadamente<br />

a sua rede de distribuição de acessórios<br />

onde se incluem as tintas de repintura, analisam<br />

e decidem sobre os investimentos que sempre se<br />

revelaram necessários para o desenvolvimento e<br />

fortalecimento dos seus negócios neste mercado<br />

altamente competitivo. Outro dos fatores que cria<br />

alguma instabilidade é a dificuldade em encontrar<br />

mão-de-obra qualificada, já que o setor possui<br />

alguns problemas no que toca à atratividade de<br />

jovens para o mesmo. Contudo notamos que existe<br />

um interesse cada vez maior por parte dos<br />

profissionais da área em atualizar conhecimentos<br />

através de formações ou workshops. O exercício<br />

de 2022 para os distribuidores de repintura confirmou<br />

alguma recuperação:<br />

• Excelentes Resultados Líquidos mantendo valores<br />

elevados das Rentabilidades: 6,4% das Vendas<br />

e 9,7% dos Capitais.<br />

• Unicamente duas empresas com Resultados<br />

Negativos.<br />

• Autonomia Financeira elevada: 61% dos Ativos<br />

financiados por Capitais Próprios.<br />

• É o setor com maior incidência do VAB sobre<br />

o Volume de Negócios: 25,4%.<br />

• A empresa Impoeste não foi incluída por não<br />

dispormos do seu IES.<br />

164<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


TOP 25 // MAIORES DISTRIBUIDORES REPINTURA<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG. 2022 VOL. NEG. 2021 ATIVO 2022 RES. LIQ. 2022 CAP. PRÓP. 2022 VAB 2022 Nº TRAB. 2022<br />

1 CARSISTEMA PORTUGAL, S.A. COIMBRA 7 220 6 740 7 324 755 3 882 1 471 10<br />

2 AUTOFLEX, LDA. AVEIRO 6 934 6 524 8 403 910 8 022 2 002 24<br />

3 PORTEPIM, S.A. COIMBRA 6 036 5 882 8 684 635 6 731 1 385 6<br />

4 LTINTAS, LDA. SETÚBAL 5 675 7 301 6 009 115 2 866 1 099 31<br />

5 QUIMIRÉGUA, LDA. VILA REAL 5 136 4 603 8 116 622 4 767 1 437 29<br />

6 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) LISBOA 4 488 4 288 5 043 370 4 284 1 295 26<br />

7 COTEQ, S.A. BRAGA 4 098 3 435 3 279 315 2 656 940 23<br />

8 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) PORTO 3 930 3 621 5 146 -155 2 262 847 49<br />

9 CENTROCOR, LDA PORTO 3 591 3 250 4 520 327 3 358 1 028 23<br />

10 ASB - ÁLVARO DE SOUSA BORREGO, S.A. LISBOA 3 403 3 002 2 992 79 514 864 22<br />

11 ROBERLO PORTUGAL, LDA. AVEIRO 3 211 2 890 1 564 -1 427 662 15<br />

12 JOSÉ ANTÓNIO COTRIM DOS REIS, LDA. LISBOA 3 150 2 696 1 920 197 520 734 19<br />

13 SOTINAR LISBOA, LDA. LISBOA 2 639 2 112 1 027 28 476 574 15<br />

14 MOTA & PIMENTA, LDA. BRAGA 2 499 2 622 2 337 112 1 136 931 17<br />

15 SOTINAR, LDA. COIMBRA 2 334 2 195 1 276 96 687 553 12<br />

16 SODICOR, S.A. LEIRIA 2 326 2 080 3 187 54 1 092 598 24<br />

17 FANLAC, LDA. LISBOA 2 257 1 988 2 924 15 498 682 18<br />

18 LOVISTIN, LDA. VISEU 2 175 2 066 2 996 17 1 530 490 17<br />

19 SOTINAR PORTO, LDA. PORTO 2 018 1 909 1 438 114 1 166 526 11<br />

20 SOTINAR FEIRA, LDA. AVEIRO 1 785 1 686 1 190 159 976 479 7<br />

21 SOTINAR DOIS, LDA. AVEIRO 1 733 1 575 2 084 166 1 971 479 8<br />

22 MEADELA PEÇAS, LDA. V. DO CASTELO 1 702 1 642 2 157 128 1 458 486 22<br />

23 GRAVITYPAINT, LDA. LISBOA 1 447 1 170 857 46 208 330 10<br />

24 ANTÓNIO SANTOS SOUSA, LDA. (MOZELTINTAS) AVEIRO 1 264 1 186 1 640 64 1 051 431 13<br />

25 SOLEDADE & FILHOS, LDA. AÇORES 1 164 1 083 1 976 23 1 022 371 12<br />

TOP 25 // evolução vOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES REPINTURA<br />

Nº EMPRESA DISTRITO VOL. NEG.<br />

2022<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. 22/21<br />

VOL. NEG.<br />

2021<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (21/20)<br />

VOL. NEG. 2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

1 CARSISTEMA PORTUGAL, S.A. COIMBRA 7 220 7,12 6 740 2,9 6 547 -8,7 7 172<br />

2 AUTOFLEX, LDA. AVEIRO 6 934 6,28 6 524 14,3 5 709 6,1 5 380<br />

3 PORTEPIM, S.A. COIMBRA 6 036 2,62 5 882 4,2 5 644 -7,8 6 124<br />

4 LTINTAS, LDA. SETÚBAL 5 675 -22,27 7 301 14,0 6 404 36,0 4 710<br />

5 QUIMIRÉGUA, LDA. VILA REAL 5 136 11,58 4 603 5,4 4 366 -5,1 4 600<br />

6 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) LISBOA 4 488 4,66 4 288 0,1 4 284 0,4 4 268<br />

7 COTEQ, S.A. BRAGA 4 098 19,30 3 435 10,6 3 105 6,1 2 927<br />

8 A. CLEMENTE, LDA. (TINTAS SILACA ) PORTO 3 930 8,53 3 621 -1,1 3 663 10,5 3 314<br />

9 CENTROCOR, LDA PORTO 3 591 10,49 3 250 15,0 2 826 0,4 2 814<br />

10 ASB - ÁLVARO DE SOUSA BORREGO, S.A. LISBOA 3 403 13,36 3 002 9,4 2 745 -12,2 3 125<br />

11 ROBERLO PORTUGAL, LDA. AVEIRO 3 211 11,11 2 890 15,7 2 497 -2,1 2 551<br />

12 JOSÉ ANTÓNIO COTRIM DOS REIS, LDA. LISBOA 3 150 16,84 2 696 20,5 2 238 - -<br />

13 SOTINAR LISBOA, LDA. COIMBRA 2 639 24,95 2 112 -4,5 2 211 2,0 2 167<br />

14 MOTA & PIMENTA, LDA. BRAGA 2 499 -4,69 2 622 15,5 2 270 -3,5 2 353<br />

15 SOTINAR, LDA. COIMBRA 2 334 6,33 2 195 4,4 2 102 -4,9 2 210<br />

16 SODICOR,S.A. LEIRIA 2 326 11,83 2 080 1,1 2 057 -1,0 2 078<br />

17 FANLAC, LDA. LISBOA 2 257 13,53 1 988 10,2 1 804 8,0 1 671<br />

18 LOVISTIN, LDA. VISEU 2 175 5,28 2 066 14,4 1 806 -6,4 1 930<br />

19 SOTINAR PORTO, LDA. PORTO 2 018 5,71 1 909 8,0 1 767 -7,1 1 902<br />

20 SOTINAR FEIRA, LDA. AVEIRO 1 785 5,87 1 686 15,2 1 463 4,4 1 401<br />

21 SOTINAR DOIS, LDA. AVEIRO 1 733 10,03 1 575 8,8 1 447 -11,6 1 637<br />

22 MEADELA PEÇAS, LDA. V. DO CASTELO 1 702 3,65 1 642 - - - -<br />

23 GRAVITYPAINT, LDA. LISBOA 1 447 23,68 1 170 -3,0 1 206 0,2 1 204<br />

24 ANTÓNIO DOS SANTOS SOUSA, LDA (MOZELTINTAS) AVEIRO 1 264 6,58 1 186 3,9 1 142 - -<br />

25 SOLEDADE & FILHOS, LDA. AÇORES 1 164 7,48 1 083 17,2 924 - -<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

165


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

joana mendes (APCOM), nuno durão (pro4matic), joana silva (autoflex), Paulo Dário (go shop), pedro ferreira (quimiregua)<br />

Quadro de Honra<br />

Nº EMPRESA<br />

1 AUTOFLEX<br />

2 QUIMIRÉGUA<br />

3 CARSISTEMA PORTUGAL<br />

4 COTEQ<br />

5 JOSÉ ANTÓNIO COTRIM DOS REIS<br />

6 CENTROCOR<br />

7 PORTEPIM<br />

8 ACRILAC<br />

9 SOTINAR FEIRA<br />

10 SOTINAR DOIS<br />

166<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

164-167_Mercado distribuidores repintura.indd 166 08/11/<strong>2023</strong> 20:43


TOP 10<br />

DISTRIBUIDORES de repintura POR CRITÉRIOs<br />

Nº EMPRESA CRESCIMENTO<br />

VOLUME NEGÓCIOS<br />

1 SOTINAR LISBOA, LDA. 24,95<br />

2 GRAVITYPAINT, LDA. 23,68<br />

3 COTEQ, S.A. 19,30<br />

4 JOSÉ ANTÓNIO COTRIM DOS REIS, LDA 16,84<br />

5 FANLAC, LDA 13,53<br />

6 ASB - ÁLVARO DE SOUSA BORREGO, S.A. 13,36<br />

7 SODICOR,S.A. 11,83<br />

8 QUIMIRÉGUA, LDA. 11,58<br />

9 CENTROCOR, LDA 10,49<br />

10 SOTINAR DOIS, LDA. 10,03<br />

Nº EMPRESA VALOR ACRESCENTADO<br />

BRUTO (VAB)<br />

1 AUTOFLEX, LDA. 2 002<br />

2 CARSISTEMA PORTUGAL, S.A. 1 471<br />

3 QUIMIRÉGUA, LDA. 1 437<br />

4 PORTEPIM, S.A. 1 385<br />

5 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 1 295<br />

6 LTINTAS, LDA. 1 099<br />

7 CENTROCOR, LDA 1 028<br />

8 COTEQ, S.A. 940<br />

9 MOTA & PIMENTA, LDA. 931<br />

10 ASB - ÁLVARO DE SOUSA BORREGO, S.A. 864<br />

Nº EMPRESA RENTABILIDADE<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

1 JOSÉ ANTÓNIO COTRIM DOS REIS, LDA. 37,88<br />

2 GRAVITYPAINT, LDA. 22,12<br />

3 CARSISTEMA PORTUGAL, S.A. 19,45<br />

4 SOTINAR FEIRA, LDA. 16,29<br />

5 ASB - ÁLVARO DE SOUSA BORREGO, S.A. 15,37<br />

6 SOTINAR, LDA. 13,97<br />

7 QUIMIRÉGUA, LDA. 13,05<br />

8 COTEQ, S.A. 11,86<br />

9 AUTOFLEX, LDA. 11,34<br />

10 MOTA & PIMENTA, LDA. 9,86<br />

Nº EMPRESA AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

1 AUTOFLEX, LDA. 95,47<br />

2 SOTINAR DOIS, LDA. 94,58<br />

3 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 84,95<br />

4 SOTINAR FEIRA, LDA. 82,02<br />

5 SOTINAR PORTO, LDA. 81,08<br />

6 COTEQ, S.A. 81,00<br />

7 PORTEPIM, S.A. 77,51<br />

8 CENTROCOR, LDA 74,29<br />

9 MEADELA PEÇAS, LDA. 67,59<br />

10 ANTÓNIO DOS SANTOS SOUSA, LDA. (MOZELTINTAS) 64,09<br />

Nº EMPRESA PRODUTIVIDADE<br />

REAL<br />

1 PORTEPIM, S.A. 230,83<br />

2 CARSISTEMA PORTUGAL, S.A. 147,10<br />

3 AUTOFLEX, LDA 83,42<br />

4 SOTINAR FEIRA, LDA. 68,43<br />

5 SOTINAR DOIS, LDA. 59,88<br />

6 MOTA & PIMENTA, LDA. 54,76<br />

7 MÁRIO DOS SANTOS & FILHOS, LDA. (ACRILAC ) 49,81<br />

8 QUIMIRÉGUA, LDA. 49,55<br />

9 SOTINAR PORTO, LDA. 47,82<br />

10 SOTINAR, LDA. 46,08<br />

Nº EMPRESA GERAÇÃO<br />

EMPREGO<br />

1 MEADELA PEÇAS, LDA. 22<br />

2 JOSÉ ANTÓNIO COTRIM DOS REIS, LDA. 19<br />

3 ANTÓNIO DOS SANTOS SOUSA, LDA (MOZELTINTAS) 13<br />

4 SOLEDADE & FILHOS, LDA. 12<br />

5 GRAVITYPAINT, LDA. 10<br />

6 QUIMIRÉGUA, LDA. 9<br />

7 FANLAC, LDA 7<br />

8 CENTROCOR, LDA 5<br />

9 SOTINAR LISBOA, LDA. 5<br />

10 LTINTAS, LDA. 4<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

167<br />

164-167_Mercado distribuidores repintura.indd 167 08/11/<strong>2023</strong> 19:03


Repintura Posição ranking 2º Volume negócio em 2022 €6.934.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Com as suas marcas marcas próprias, Kensay e caarQ, e enquanto representante<br />

oficial das marcas Spies Hecker, Syrox, Indasa, 3M, Rupes, Sata e<br />

Farecla, a Autoflex tem mais de três mil referências em stock num armazém de<br />

1.900 m2, assegurando prazos de entrega até 24 horas. De acordo com Joana<br />

Silva, diretora Técnica e Comercial do Grupo Autoflex, “quer através das marcas<br />

próprias produzidas nas suas instalações fabris, quer na seleção dos seus «parceiros»<br />

de negócios, a opção do Grupo Autoflex foi sempre pautada pela superior e<br />

comprovada qualidade, rentabilidade, fiabilidade e apoio pós-venda dos produtos<br />

destinados ao mercado de repintura automóvel que comercializa nas suas zonas<br />

de intervenção, há cerca de 40 anos”. A empresa de Fiães foi fundada em 1984<br />

e tem 25 trabalhadores que se preocupam em estabelecer com os clientes “uma<br />

relação recíproca de confiança forte e saudável que contribua para um envolvimento<br />

duradouro enquanto parceiro comercial e profissional. É fundamental e<br />

decisivo para o grupo manter com os seus parceiros recursos humanos próprios<br />

altamente motivados e preparados técnica e comercialmente, disponibilidade<br />

para cooperar no aumento de competências técnicas dos profissionais através<br />

de ações de formação técnica e/ou gestão à medida das necessidades dos seus<br />

clientes e colaborar sempre que se justifique na implementação das medidas<br />

necessárias para a melhoria e rentabilidade dos seus parceiros de negócio”. Na<br />

Autoflex<br />

opinião da diretora de marketing, “o pós-venda automóvel em Portugal vive<br />

atualmente uma grande incerteza relativamente ao futuro do seu negócio, por<br />

duas razões fundamentais: fortes dúvidas relativamente à situação económico/<br />

financeira pela qual o país irá passar e a crescente tendência de concentração<br />

das principais oficinas de reparação nos principais grupos automóveis a operar<br />

neste mercado”, analisa. A seu ver, os grandes desafios do setor passam por<br />

“cumprir com os objetivos ambientais e a consequente evolução dos produtos,<br />

as alterações profundas no modelo de consumidor com especial destaque na<br />

concentração de oficinas em grandes grupos do ramo automóvel, a crescente<br />

e saudável maior sensibilidade dos gestores oficinais aos custos envolvidos nas<br />

diferentes operações realizadas na oficina de colisão, o aparecimento de novos<br />

substratos nos automóveis, a evolução tecnológica dos veículos e a própria legislação<br />

e controlo que visa a redução da sinistralidade… tudo isto e outros fatores<br />

que irão surgir, deverão merecer uma profunda reflexão, de forma a que possam<br />

ser tomadas as decisões adequadas à realidade atual e futura deste negócio que<br />

se pretende duradouro e de sucesso”, diz. O Grupo Autoflex está numa fase de<br />

consolidação de projetos recentemente implementados e mantém-se “atento à<br />

situação existente em cada momento nos vários mercados onde opera, assim<br />

como às oportunidades que possam surgir”, reflete Joana Silva.<br />

Gerentes Manuel Alves da Silva e António Alves da Silva<br />

Morada Avenida da Zona Industrial, 80 4505-222 Fiães<br />

Telefone 963 405 792 EMAIL autoflex@autoflex.pt SITE www.autoflex.pt<br />

168<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Repintura Posição ranking 4º Volume negócio em 2022 €5.675.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

LTintas<br />

LTintas comemorou 45 anos de atividade ligados ao comércio de produtos<br />

A para oficinas de colisão. Quatro décadas e meia depois da sua fundação, a<br />

empresa da Margem Sul conta com cinco lojas: Feijó (sede), Laranjeiro, Corroios,<br />

Beja e Évora. Dispõe de toda a gama de produtos, equipamentos e consumíveis<br />

para oficinas de repintura automóvel e este ano fez uma grande aposta na parte<br />

da chapa, uma área que tem sido desenvolvida com grande sucesso na empresa<br />

conforme explica Bruno Pereira, diretor geral da LTintas: “No início do ano<br />

fizemos uma parceria com um importante distribuidor de equipamentos e<br />

passámos a comercializar algumas das marcas mais conceituadas para o serviço<br />

de chapa, designadamente a Telwin e Metabo. A partir daí incrementámos as<br />

vendas destes equipamentos e já somos reconhecidos como especialistas também<br />

na chapa.”No que diz respeito aos produtos de tintas e vernizes, a Spies Hecker<br />

é o principal parceiro, do qual têm a oferta de todos os produtos da gama das<br />

tintas para a repintura automóvel, vernizes, primários, betumes, endurecedores e<br />

diluentes, enquanto na oferta non paint, oferece produtos da Indasa, 3M, Festool<br />

e Rupes. Já as pistolas de pintura, são das marcas SATA e Sagola. Nas novas<br />

instalações de Santa Marta de Corroios tem realizados diversas ações para os<br />

clientes, designadamente demonstrações de equipamentos, apresentação de novidades<br />

e formações específicas sobre determinadas áreas, seja de gestão oficinal<br />

ou técnicas de aplicação de tintas e polimento. O slogan da empresa – “Temos<br />

experiência, garantimos soluções!” – transmite a maneira da LTintas estar no<br />

mercado, sendo que a experiência permite garantir que nenhum cliente fique<br />

sem o aconselhamento ou solução indicada para a sua necessidade. Para dar<br />

resposta ao aumento do número de clientes e linhas de produto, teve de reforçar os<br />

recursos humanos com a contratação de mais colaboradores técnico-comerciais.<br />

“Contamos com a nossa equipa de especialistas na área e os nossos parceiros<br />

para continuar a desenvolver a nossa atividade comercial e de assistência técnica<br />

junto dos clientes, ajudando-os a tirar partido da era digital que atravessamos,<br />

de modo a rentabilizar o seu negócio. Pretendemos introduzir mais marcas e<br />

linhas de produtos complementares aos equipamentos de chapa e consolidar<br />

as nossas lojas, mas sempre com os olhos postos no futuro e nesse sentido está<br />

previsto alargar a nossa zona de abrangência geográfica com a criação de<br />

uma nova loja”, refere. Para este responsável “O negócio da repintura está em<br />

pleno desenvolvimento, pois estamos acima do ano passado a nível das vendas<br />

e estamos confiantes de que o mercado vai continuar a crescer. <strong>2023</strong> vai ser<br />

o melhor ano de sempre da LTintas a nível de vendas e número de clientes”.<br />

Diretor geral Bruno Pereira<br />

Morada Rua Joaquim Pires Jorge, nº3, Parque Industrial do Feijó - 2810-083 Almada<br />

Telefone 212 588 200 EMAIL geral@ltintas.pt SITE www.ltintas.pt<br />

170<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Repintura Posição ranking 5º Volume negócio em 2022 €5.136.000<br />

Há 41 anos no mercado da repintura automóvel, a Quimiregua distribui<br />

produtos das marcas Spies Hecker, Indasa, Norton, 3M, Sata, Sagola, Iwata<br />

e Rupes, entre outras, contando com mais de 4 mil referências em stock. O gerente,<br />

Armando Musqueira, afirma que “é apanágio da Quimiregua trabalhar<br />

com marcas premium que permitem uma plena satisfação por parte dos nossos<br />

clientes em todos os processos de trabalho realizados”. A empresa integra 30<br />

trabalhadores, tem uma área total de armazenamento de 5 mil metros quadrados<br />

e garante prazos de entrega de 24 horas. O responsável explica que a<br />

Quimiregua pretende que “o serviço de pós-venda seja diferenciador, quer pela<br />

qualidade dos nossos colaboradores, bem como na prontidão na resolução das<br />

situações que possam ocorrer e acreditamos honestamente que esta qualidade<br />

e prontidão apresenta um peso elevado nas parcerias que temos com os nossos<br />

clientes”. Armando Musqueira considera que o mercado da repintura em<br />

Portugal se encontra “maturado, sem grandes tendências para um crescimento<br />

acentuado”, pelo que defende que, nesta altura, “mais do que «ganhar» novos<br />

clientes, trata-se de fidelizar os nossos clientes de forma a estarem cada vez mais<br />

satisfeitos”. A mudança dos tempos faz com que a digitalização se torne um<br />

ponto essencial para todas as empresas, em especial as do setor de pós-venda<br />

automóvel. Nesse sentido, a Quimirégua está a planear a “ativação de vários<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Quimiregua<br />

canais de comunicação com os clientes. Estamos mais ativamente a trabalhar<br />

no nosso website, onde já disponibilizamos o acesso a cada cliente às suas notas<br />

de encomenda. Estamos cada vez mais a instaurar o Phoenix como um software<br />

essencial para a prática da pintura em que permite a cada gestor oficinal<br />

estar permanentemente informado sobre rácios, folhas de obras, KPI, custos<br />

por peça e muitas mais funcionalidades que lhe irão permitir uma gestão mais<br />

eficaz”, refere. Já no que à sustentabilidade diz respeito, o gerente afirma que a<br />

“consciencialização climática está presente em todas as nossas práticas, pelo que<br />

tentamos sempre ir ao encontro do objetivo comum de reduzir a nossa pegada de<br />

carbono, procurando soluções mais eficientes para nós e para os nossos clientes.<br />

Através do nosso parceiro Spies Hecker, temos vindo a introduzir produtos com<br />

elevada performance, em especial a linha Speed-Tec, que irá permitir uma redução<br />

dos consumos energéticos entre outras valências aos nossos clientes”. Sobre<br />

os desafios que se irão colocar ao futuro da repintura automóvel em Portugal,<br />

Armando Musqueira entende que uma das maiores preocupações no setor é<br />

“a falta de profissionais, assim como o alto nível de inflação que estamos agora<br />

a sofrer, que vem cortar solidez económica de várias empresas. Há sempre a<br />

preocupação de que o setor possa tornar-se menos rentável, mas acreditamos<br />

que vamos sair vitoriosos”, antecipa.<br />

Gerentes Armando Musqueira e José Manuel Magalhães<br />

Morada Edifício Torre do Sol, Avenida Sacadura Cabral 5050-071 Peso da Régua<br />

Telefone 254 312 073 EMAIL geral@quimiregua.pt SITE www.quimiregua.pt<br />

172<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Repintura Posição ranking 9º Volume negócio em 2022 €3.591.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Centrocor nasceu em 1982 e dedica-se ao comércio de tintas, máquinas<br />

A e ferramentas para o ramo automóvel e indústria ligeira. Abriu este ano<br />

as novas instalações, em Penafiel, e tem procurado, desde há quatro décadas<br />

implementar junto dos clientes as diferentes evoluções tecnológicas que vão<br />

surgindo no setor, nomeadamente no âmbito da digitalização. Com uma<br />

loja online desde 2015, o diretor-geral, Álvaro Magalhães explica que têm<br />

apostado sobretudo em “ferramentas digitais que permitam a modernização<br />

de processos internos, possibilitando aos clientes funcionar de forma mais eficiente,<br />

aumentando consequentemente a rentabilidade dos mesmos”. Distribui<br />

produtos “que se destacam pela qualidade e garantias no pós-venda”, com<br />

origem global, mas sobretudo de países europeus, “para atestar a qualidade<br />

dos produtos e transmitir feedbacks de sugestões de melhoria ou necessidades<br />

dos nossos clientes diretamente à fonte”, afirma o responsável. Sobre o atual<br />

momento do setor, o diretor considera que se vive “alguma instabilidade<br />

devido às medidas que a Europa tomou para abrandar a inflação. Existe<br />

uma clara tendência para tornar o mercado mais pessimista, o que faz com<br />

que os investimentos e o consumo sejam menores”. Álvaro Magalhães diz<br />

também que há dificuldade em encontrar mão-de-obra qualificada, “já que<br />

o setor possui problemas na atratividade de jovens para o mesmo”. Este é a<br />

seu ver, o principal desafio para o futuro da repintura automóvel, pelo que<br />

Centrocor<br />

é “necessário trabalhar junto das escolas e entidades de formação, com as<br />

empresas pertencentes ao setor a ter de encontrar formas de melhorar as<br />

condições de trabalho para ajudarem a atrair os jovens”. Ainda assim, realça,<br />

“existe um interesse cada vez maior por parte dos profissionais da área em<br />

atualizar conhecimentos através de formações ou workshops”. A excelência<br />

da empresa assenta na qualidade do serviço de pós-venda que prestam aos<br />

clientes, na parte da repintura, nos equipamentos, com equipas técnicas que<br />

dão suporte “ao desenvolvimento de competências na aplicação dos produtos,<br />

otimização dos processos de trabalho ou demonstração de novos produtos”,<br />

descreve. A Centrocor reconhece a importância de adotar práticas ambientalistas<br />

responsáveis e o novo edifício já tem equipamentos e máquinas com<br />

motores de alta eficiência, painéis translúcidos, para melhor iluminação natural<br />

e é feita a reutilização de embalagens e a gestão de resíduos. Relativamente<br />

aos projetos para o futuro, Álvaro Magalhães destaca o compromisso com<br />

a “excelência e qualidade, que tem sido a base do nosso sucesso até aqui, o<br />

que necessitará de um investimento constante em tecnologia, formação da<br />

equipa e parcerias estratégicas para fornecer os melhores produtos e serviços<br />

possíveis. Em suma, o próximo ano será para a Centrocor continuar a sua<br />

afirmação como uma empresa líder no setor e iremos continuar a apresentar<br />

novos projetos e conquistas à medida que avançamos no tempo”.<br />

Diretor geral Álvaro Magalhães<br />

Morada Av. S. Mamede, 194, 4560-800 S. Mamede Recesinhos, Penafiel<br />

Telefone 255 730 000 EMAIL geral@centrocor.pt SITE www.centrocor.pt<br />

174<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Repintura Posição ranking 14º Volume negócio em 2022 €2.499.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

empresa Mota & Pimenta é um distribuidor de repintura com sede em<br />

A Requião. Fundada em 1978, a empresa conta atualmente com 18 funcionários.<br />

Com uma área total de armazenamento de 1.000 m2, tem um stock de<br />

aproximadamente 1.200 referências das marcas DeBeer, Spralac, Abel Auto,<br />

3D, Karlack, Soudal, SIA e Oslong. Segundo o gerente, Virgílio Mota, a maioria<br />

das marcas que representam e comercializam “pertencem a grandes grupos<br />

europeus/americanos na área da repintura automóvel. No que respeita à repintura<br />

automóvel a Sherwin-Williams foi identificada como líder de mercado,<br />

respondendo pela maior participação no mercado de tintas e revestimentos. A<br />

empresa solidificou a sua presença no mercado de tintas e revestimentos através<br />

de uma combinação de produtos diversificados, forte identidade de marca,<br />

inovações tecnológicas e uma vasta rede de distribuição”. A empresa destaca-se,<br />

no serviço pós-venda, pela “proximidade com o cliente e um acompanhamento<br />

permanente, com uma equipa de vendedores especializados e uma assistência<br />

técnica permanentemente disponível. O nosso centro de formação que se encontra<br />

disponível para todos os clientes também consideramos ser uma mais-valia”,<br />

afirma o gerente. Comentando a atualidade do setor pós-venda automóvel e<br />

na repintura em particular, Virgílio Mota diz que a palavra que melhor define<br />

o momento é a “incerteza. A crise energética, o aumento das taxas de juro do<br />

Banco Central Europeu e a desaceleração da economia global resultaram em<br />

Mota & Pimenta<br />

descidas das taxas de crescimento no final de 2022 e do primeiro semestre de<br />

<strong>2023</strong>”, explica. Para o futuro, o gerente da Mota & Pimenta nota que “cada<br />

vez mais se sente uma oferta inferior à procura de pintores especializados, o<br />

que tem causado alguma instabilidade nas oficinas uma vez que se vêm forçadas<br />

a estar constantemente a formar pessoas, uma vez que a sua retenção é<br />

difícil. Outro desafio prende-se com uma maior fiscalização da utilização de<br />

produtos compostos orgânicos voláteis (COV) cumpridores, uma vez que temos<br />

assistido a um maior consumo de produtos à base de solventes em detrimento<br />

dos produtos de base aquosa”. Para a Mota & Pimenta, a digitalização é tema<br />

de relevo, por isso é impossível resumi-la a um conceito simples. “A definição<br />

típica concentra-se em tópicos como comércio eletrónico e automatização de<br />

processos, no entanto, a digitalização abrange mudanças transformacionais na<br />

forma de trabalhar da empresa”, refere, dizendo que também a sustentabilidade<br />

é um tema importante na casa. “O foco expandiu-se muito além da redução<br />

de COV para incluir a conservação de energia e recursos, minimização de<br />

resíduos, melhoria da eficiência de processos, uso de materiais renováveis e<br />

muito mais. Quer se trate de aumentar a eficiência das nossas operações ou de<br />

desenvolver os nossos colaboradores, os nossos esforços de melhoria estendem-<br />

-se naturalmente a muitas áreas que têm impacto no nosso desempenho de<br />

sustentabilidade”, assinala.<br />

Gerentes Virgílio Mota e Margarida Mota<br />

Morada Parque Industrial de Fages, Lote 4, 4770-464 Requião<br />

Telefone 252 323 909 EMAIL online@motapimenta.com SITE www.motapimenta.com<br />

176<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Repintura Posição ranking 23º Volume negócio em 2022 €1.447.000<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

GravityPaint<br />

Fundada em 2017 na Venda do Pinheiro, a GravityPaint é um distribuidor de<br />

repintura focado no automóvel, indústria de metal e da madeira, aeronáutica,<br />

náutica e decoração. Tem nas suas fileiras 10 funcionários e uma área total de<br />

armazenamento que ronda os 650 m2. A empresa distribui as marcas Finixa,<br />

Festool, Cromax, Cromauto, Flex Tools, Scholl Concepts, Sagola, Mirka, Cin,<br />

Dyrup, Sirca, Tintas Douro, SIA Abrasives, e faz entregas bi-diárias. Em 2020<br />

mudaram-se para as novas instalações e, em 2022, celebraram a abertura da<br />

nova loja de Torres Vedras. Mário Rui Ferreira, diretor geral da GravityPaint,<br />

e numa altura em que a empresa está em plena fase de crescimento, fez-nos<br />

uma análise do momento atual do setor do pós-venda automóvel, focando-se na<br />

repintura, dizendo que “a atividade dos principais agentes do setor pós-venda<br />

irá continuar fortemente condicionada por todo este ambiente de mudança na<br />

mobilidade automóvel, pelo que teremos de ter a capacidade e a agilidade de<br />

operar em constante adaptação. Esta circunstância passa obrigatoriamente por<br />

saber interpretar os sinais e as tendências atuais e futuras que irão impactar<br />

o nosso negócio e dos nossos clientes”, afirma. Mário Rui Ferreira falou-nos<br />

também da importância da digitalização no setor e da sustentabilidade no âmbito<br />

do aftermarket, “nos últimos tempos temos apelado aos nossos parceiros<br />

e clientes para acelerarmos a adaptação às ferramentas digitais de que dispomos,<br />

para que possamos ser ainda mais eficientes no nosso dia-a-dia, seja nos<br />

processos internos de reparação nas oficinas como nos processos de compra/<br />

encomenda de produtos e peças aos seus respetivos fornecedores”. Toda a equipa<br />

está sensibilizada para a poupança de energia, e estão a ultimar o projeto para<br />

cobrir o telhado do armazém com painéis solares. E, internamente, são muito<br />

rigorosos com a separação dos resíduos. A GravityPaint dedica-se a comercializar<br />

marcas premium, reconhecidas internacionalmente pela qualidade, fiabilidade,<br />

assistência técnica e comercial. Em termos de serviço pós-venda, o responsável<br />

destaca o facto de complementarem “a venda do produto «X» ou «Y» com<br />

assistência técnica GravityAssist ou com aluguer de equipamentos GravityRent”.<br />

Por fim explicou-nos quais acha que serão os desafios da repintura automóvel<br />

em Portugal, onde se referiu à falta de mão-de-obra como o maior problema do<br />

setor, e frisou também que a empresa vai apostar, para o futuro, na formação<br />

da equipa e dos clientes. O próximo projeto da empresa passa por “começar a<br />

planear a abertura de uma nova loja”, revela.<br />

Diretor geral Mário Rui Ferreira<br />

Morada Rua da Bica, Nº17 - Núcleo Empresarial da Venda do Pinheiro II - Armazém AF – 2665-608 Venda do Pinheiro<br />

Telefone 261092574 EMAIL geral@gravitypaint.pt SITE www.gravitypaint.pt<br />

178<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


261092 574 www.gravitypaint.pt geral@gravitypaint.pt<br />

Rua da Bica, Nº 17 | Núcleo Empresarial da Venda do Pinheiro II - Armazém AF • 2665-608 Venda do Pinheiro


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Na Era da<br />

Sustentabilidade<br />

Com as crescentes preocupações com as alterações climáticas<br />

e a degradação ambiental, a sustentabilidade tornou-se uma prioridade estratégica<br />

para as organizações do sector automóvel. Os governos, os consumidores<br />

e investidores estão agora a pressionar as organizações do sector a mudar<br />

as suas formas de trabalho, cultura e produtos<br />

180<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

181


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

Quadro II - Opinião dos peritos sobre os progressos da indústria automóvel em relação a<br />

outras indústrias<br />

À frente de outras indústrias, 46%<br />

Para garantir a<br />

sustentabilidade global, a<br />

indústria automóvel está...<br />

Em linha com outras indústrias, 19%<br />

Atrasada em relação a outras indústrias, 35%<br />

Fonte: Capgemini<br />

Isto terá implicações de grande alcance para<br />

o sector automóvel, que embora tenha feito<br />

progressos substanciais, ainda precisa de<br />

intensificar os seus esforços de sustentabilidade.<br />

Para compreender a situação atual<br />

da indústria automóvel em termos dos seus<br />

esforços de sustentabilidade, a Capgemini lançou<br />

um programa de investigação abrangente,<br />

que inquiriu 500 grandes organizações do setor<br />

automóvel, bem como 300 especialistas, incluindo<br />

reguladores, académicos e organizações não<br />

governamentais que trabalham no domínio da<br />

sustentabilidade. A investigação da Capgemini<br />

procura responder às seguintes questões:<br />

• O que é que os fabricantes de equipamento automóvel<br />

original (OEM) e os seus fornecedores<br />

estão a fazer para garantir que toda a cadeia<br />

de valor do sector automóvel seja sustentável<br />

- desde a mineração responsável de metais à<br />

eliminação sustentável de resíduos?<br />

• Qual o grau de maturidade das organizações<br />

do sector automóvel na implementação das<br />

suas iniciativas de sustentabilidade?<br />

• Como pode a indústria automóvel garantir<br />

que os principais responsáveis pela sustentabilidade,<br />

como os veículos elétricos, cumpram<br />

a sua promessa?<br />

• O que podem as organizações do sector automóvel<br />

aprender com os líderes que estão na<br />

vanguarda da sustentabilidade?<br />

A sustentabilidade é uma questão estratégica para<br />

a indústria automóvel e é fundamental para o objetivo<br />

da organização. As principais conclusões são:<br />

A implementação de iniciativas de sustentabilidade<br />

é fragmentada e carente em muitas frentes:<br />

• Algumas áreas, como a I&D sustentável e o<br />

fabrico sustentável recebem maior atenção.<br />

Mas não há um foco consistente em iniciativas<br />

de sustentabilidade em toda a cadeia de valor.<br />

Por exemplo, vendas sustentáveis, marketing,<br />

serviços pós-venda e de mobilidade.<br />

• A maioria das organizações não dispõe de um<br />

departamento central para a sustentabilidade<br />

e apenas metade da indústria automóvel tem<br />

objetivos de sustentabilidade para os principais<br />

executivos.<br />

Estima-se que serão necessários 50 mil milhões<br />

de dólares nos próximos cinco anos para atingir<br />

os seus objetivos de sustentabilidade, para além<br />

do atual investimento em veículos elétricos, veículos<br />

autónomos e serviços de mobilidade digital.<br />

Duas áreas críticas irão impulsionar o impacto<br />

máximo da sustentabilidade para a indústria<br />

automóvel:<br />

• Assegurar que os veículos elétricos são verdadeiramente<br />

sustentáveis. Com base na rede que<br />

carrega os VE, nos 27 países da UE e no Reino<br />

Unido, por exemplo, a mudança para veículos<br />

elétricos reduziria a pegada global de gases com<br />

efeito de estufa (GEE) em cerca de 37% para<br />

os veículos de passageiros, reduzindo a pegada<br />

operacional em 75%, quando alimentados por<br />

fontes renováveis.<br />

• Incorporação de práticas de economia circular<br />

em toda a cadeia de valor do sector automóvel.<br />

A economia circular tem o potencial para oferecer<br />

grandes benefícios económicos e tornar os<br />

VE mais sustentáveis. No entanto, atualmente,<br />

apenas 32% da cadeia de abastecimento das<br />

Reguladores financeiros, seguradoras e bancos centrais também<br />

estão a considerar a sustentabilidade como uma parte crítica da sua<br />

carteira de riscos e regulamentação<br />

182<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


WELCOME<br />

TO THE YELLOW<br />

REVOLUTION<br />

SINNEK, a marca de tintas premium<br />

para automóvel comprometida com a qualidade,<br />

a eficiência, a tecnologia e a cor.<br />

Um produto desenvolvido por especialistas<br />

para especialistas que procuram garantia,<br />

segurança e a máxima rentabilidade.<br />

SINNEK. THE COLOR REVOLUTION<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

organizações do sector automóvel contribui para<br />

a economia circular.<br />

Com base nas aprendizagens dos líderes em sustentabilidade<br />

(menos de 10% das organizações<br />

analisadas), a Capgemini destaca as principais<br />

práticas:<br />

• Prosseguir a sustentabilidade como uma missão<br />

de toda a organização<br />

• Responsabilizar os executivos pela sustentabilidade<br />

e investir numa governação sólida<br />

• Prever e divulgar iniciativas de sustentabilidade<br />

em toda a cadeia de valor do sector automóvel<br />

• Utilizar a tecnologia para melhorar a sustentabilidade<br />

das operações<br />

• Reforçar as alianças e parcerias para um maior<br />

impacto<br />

Modelo de crescimento sustentável<br />

Nas últimas duas décadas, a indústria automóvel<br />

tem estado sob pressão considerável dos governos<br />

e da sociedade para adotar um modelo de<br />

crescimento mais sustentável. Este facto reflete o<br />

impacto significativo que tem no ambiente:<br />

• Os transportes foram responsáveis por um quarto<br />

das emissões globais de CO 2 em 2018, sendo<br />

o transporte rodoviário, por si só, responsável<br />

por 18%.<br />

• A degradação dos ecossistemas naturais. A<br />

China extrai a maior parte da grafite natural<br />

utilizada nos veículos elétricos. O aumento da<br />

procura, juntamente com uma regulamentação<br />

ambiental pouco rigorosa, conduziu a quebras<br />

de colheitas, poluição dos solos, contaminação<br />

da água dos rios e degradação ambiental em<br />

grande escala.<br />

• Os resíduos não biodegradáveis provenientes<br />

da utilização em fim de vida e os de fabrico<br />

resultaram numa contribuição considerável para<br />

os aterros, a toxicidade dos solos e a poluição<br />

da água. Só entre janeiro e junho de 2017, os<br />

EUA, Europa e Japão exportaram 3,1 milhões<br />

de toneladas de resíduos de plástico para países<br />

em desenvolvimento, maioritariamente na Ásia.<br />

Uma parte substancial destes resíduos provinha<br />

de veículos em fim de vida.<br />

• A produção de veículos consome uma quantidade<br />

considerável de energia, água e recursos,<br />

aumentando a pegada de carbono. A indústria<br />

automóvel utiliza 5,2 mil milhões de litros de<br />

água e produz 1 milhão de toneladas de CO 2<br />

só no fabrico de automóveis e componentes no<br />

Reino Unido.<br />

A indústria, em resposta, tem estado a trabalhar<br />

para resolver muitas destas preocupações. Por<br />

exemplo, entre 2000 e 2015, as empresas do sector<br />

automóvel da UE ultrapassaram os objetivos de<br />

redução da pegada de carbono estabelecidos pelos<br />

reguladores - atingindo emissões de CO 2 de cerca<br />

de 120 g/km contra um objetivo de 130 g/km.<br />

Uma tendência semelhante pode ser observada<br />

nos EUA. No entanto, após 2015, as emissões de<br />

carbono começaram a aumentar, lideradas pelo<br />

aumento das vendas de SUV. Ao mesmo tempo, as<br />

crescentes preocupações ambientais traduziram-<br />

-se numa maior pressão de uma variedade de<br />

grupos de partes interessadas:<br />

• Reguladores. A nível mundial, os reguladores<br />

estão a impor medidas mais rigorosas e abran-<br />

Quadro I -<br />

Sustentabilidade na<br />

cadeia de valor do setor<br />

automóvel<br />

A sustentabilidade na indústria<br />

automóvel envolve uma visão<br />

abrangente de operações,<br />

processos, produtos e<br />

serviços amigos do planeta e<br />

do ser humano. Como mostra<br />

o quadro, foram identificados<br />

14 elementos que a indústria<br />

está a desenvolver no domínio<br />

da sustentabilidade. Estes<br />

elementos vão desde “I&D<br />

sustentável de produtos”<br />

a “política laboral justa” e<br />

abrangem toda a cadeia de<br />

valor do setor automóvel,<br />

desde a I&D aos Serviços de<br />

mobilidade.<br />

I&D e engenharia<br />

O Grupo Stellantis consolidou os seus<br />

esforços de I&D em duas plataformas,<br />

concebidas para limitar emissões de CO2<br />

através da redução do peso e melhorando a<br />

aerodinâmica. A Volkswagen utiliza matériasprimas<br />

renováveis, tais como as fibras<br />

naturais, linho, algodão, madeira, celulose e<br />

cânhamo para produzir componentes, sempre<br />

que possível.<br />

Cadeia de fornecimento<br />

A Scania co-fundou um consórcio para<br />

incentivar a implantação do biogás (a partir de<br />

lixo e resíduos e 90% menos poluente) para<br />

camiões. O projeto irá construir uma rede de<br />

estações de postos de abastecimento nas<br />

principais rotas comerciais na Europa.<br />

Fabrico e operações<br />

A Yamaha Motors atingiu zero desperdício,<br />

tanto direto como indireto, para aterro<br />

utilizando reciclagem térmica para criar<br />

materiais para para serem utilizados como<br />

combustão e utilização de resíduos de póscombustão<br />

no cimento e estradas. A General<br />

Motors tem a sua fábrica de montagem de<br />

SUV no Texas, EUA, com 100% de energia<br />

eólica.<br />

Marketing e Vendas<br />

A Tata Motors recuperou um equivalente a<br />

26.993 veículos para renovação e reutilização<br />

no ano de 2017-18.<br />

Serviços de mobilidade e utilização<br />

de veículos<br />

A indústria automóvel utiliza 5,2 mil milhões<br />

de litros de água e produz 1 milhão de<br />

toneladas de CO 2 só no fabrico de automóveis<br />

e componentes no Reino Unido.<br />

A Daimler promove a Mobilidade como serviço<br />

através de uma plataforma que torna possível<br />

comprar e pagar bilhetes de transportes<br />

públicos em cidades alemãs e também oferece<br />

aos utilizadores acesso a outras opções de<br />

mobilidade como a partilha de automóveis,<br />

aluguer de carros e bicicletas.<br />

184<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

I&D e engenharia<br />

1. I&D sustentável<br />

e desenvolvimento<br />

de produtos<br />

2. Sustentabilidade<br />

dos produtos<br />

Cadeia de abastecimento<br />

3. Cadeia de abastecimento sustentável<br />

4. Fornecimento ambientalmente responsável<br />

dos metais<br />

5. Diligência devida em todos os materiais<br />

e produtos<br />

Serviços de mobilidade<br />

e utilização de veículos<br />

10. Mobilidade<br />

e serviços digitais<br />

11. Redução das emissões e<br />

maior segurança dos veículos<br />

Fabrico e operações<br />

6. Fabrico sustentável<br />

7. Reciclagem de resíduos e devoluções fáceis para<br />

eliminação em fim de vida<br />

8. Aquisição sustentável de energia<br />

Marketing e vendas<br />

9. Sustentabilidade das vendas,<br />

do marketing e do pós-venda<br />

14<br />

13<br />

12<br />

Sustentabilidade no IT<br />

Apoiar e promover uma economia circular<br />

Política laboral justa para a cadeia de valor do setor automóvel<br />

1. A I&D sustentável envolve a conceção<br />

de produtos para reduzir o impacto ambiental<br />

e otimizar a utilização dos recursos naturais,<br />

assegurando a sua reciclabilidade.<br />

2. A sustentabilidade dos produtos implica<br />

a transição para veículos elétricos ou<br />

eficientes em termos de combustível e<br />

componentes biodegradáveis.<br />

3. A cadeia de abastecimento sustentável<br />

inclui a adoção de operações ambientalmente<br />

conscientes na logística, distribuição,<br />

armazenagem e gestão de stocks, etc.<br />

4. O aprovisionamento ambientalmente<br />

responsável de metais, materiais e produtos<br />

garante que a extração e a produção sejam<br />

realizadas com o mínimo de efeitos para<br />

o ambiente, atenuando os efeitos negativos<br />

sobre o ambiente, atenuando o impacto<br />

a longo prazo.<br />

5. A devida diligência em todas as aquisições<br />

de materiais e produtos implica garantir<br />

que todos os processos e procedimentos<br />

são compatíveis com as diretrizes humanas<br />

e ambientais e são verificados de forma<br />

independente.<br />

6. O fabrico sustentável implica a<br />

implementação de processos de<br />

manutenção, qualidade e produção<br />

para reduzir os resíduos e melhorar a<br />

possibilidade de reciclagem e reutilização<br />

de materiais.<br />

7. A reciclagem de resíduos e a facilidade de<br />

devolução para eliminação em fim de vida<br />

implicam que sejam dadas ao consumidor<br />

opções de devolução dos seus veículos e<br />

peças para uma eliminação responsável.<br />

8. A aquisição sustentável de energia inclui<br />

atividades como a construção ou o aluguer<br />

de ativos de energia renovável.<br />

9. A sustentabilidade das vendas, do<br />

marketing e do pós-venda inclui iniciativas<br />

como a adaptação para melhorar a eficiência<br />

dos modelos mais antigos e a renovação<br />

de componentes.<br />

10. Os exemplos de mobilidade e serviços<br />

digitais incluem o incentivo à partilha de<br />

boleias, modelos de subscrição e serviços<br />

conectados.<br />

11. Controlo das emissões e melhoria da<br />

segurança dos veículos, assegurando que as<br />

emissões durante o tempo de vida sejam tidas<br />

em conta durante a vida útil do veículo durante<br />

quaisquer iniciativas de sustentabilidade.<br />

12. A economia circular é um sistema industrial<br />

ou económico que maximiza a utilização dos<br />

recursos ao ser restaurador e regenerativo<br />

na sua conceção e intenção. Favorece a<br />

reutilização de materiais em vez do ciclo de<br />

fabrico tradicional de “fazer-usar-deitar fora”.<br />

13. As componentes da política de trabalho<br />

justo incluem a liberdade de associação<br />

e sindicalização, a segurança no trabalho<br />

e não permissão de trabalho infantil.<br />

14. Os exemplos de sustentabilidade nas TI<br />

incluem o consumo de energia nos centros<br />

de dados.<br />

Fonte: Capgemini<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

185


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

Quadro III - Os peritos acreditam que as organizações do sector automóvel estão,<br />

de um modo geral, em linha ou à frente dos regulamentos sobre sustentabilidade<br />

À frente dos regulamentos, 38%<br />

Ao assegurar a<br />

sustentabilidade global, a<br />

indústria automóvel está...<br />

Atrasada em relação às regulamentações, 25%<br />

Em linha com os regulamentos, 37%<br />

Fonte: Capgemini<br />

gentesw para reduzir o impacto ambiental dos<br />

veículos. Um número crescente de cidades estão<br />

a restringir a entrada de veículos com emissões<br />

elevadas.<br />

• Grupos de interesse público. A nível<br />

mundial, regista-se um aumento da crescente<br />

consciencialização e preocupação do público<br />

relativamente ao impacto negativo das atividades<br />

humanas no ambiente. Este facto, combinado<br />

com a elevada percentagem de emissões totais<br />

do sector dos transportes, significa que o sector<br />

está sob intensa pressão e escrutínio por parte<br />

de grupos ambientalistas e de interesse público,<br />

bem como da sociedade em geral, para tomar<br />

medidas ativas de redução das emissões. Esta<br />

situação está a refletir-se na procura de veículos<br />

elétricos por parte dos consumidores, que cresceu<br />

63% em 2018 para 5 milhões de unidades de<br />

stock. Prevê-se que, até 2030, os veículos elétricos<br />

tenham vendas globais de 23 milhões de unidades<br />

e 130 milhões de veículos elétricos na estrada.<br />

• Investidores e instituições financeiras.<br />

As empresas de investimento estão a promover<br />

a sustentabilidade e as alterações climáticas<br />

como critérios de investimento para avaliar as<br />

empresas-alvo. Os grandes atores dos mercados<br />

de capitais - como a BlackRock, o maior gestor<br />

de ativos do mundo - estão a fazer uma grande<br />

mudança estratégica para a sustentabilidade<br />

ambiental. Reguladores financeiros, seguradoras<br />

e bancos centrais também estão a considerar a<br />

sustentabilidade como uma parte crítica da sua<br />

carteira de riscos e regulamentação.<br />

Sustentabilidade é agora<br />

uma prioridade estratégica<br />

para a indústria<br />

Embora a sustentabilidade tenha estado na agenda<br />

das organizações do sector automóvel há já<br />

algum tempo, hoje atingiu uma clara urgência<br />

e importância. Como referiu o responsável de<br />

sustentabilidade de um grande OEM: “Recentemente,<br />

reafirmámos o nosso foco na estratégia de<br />

sustentabilidade a nível corporativo em três áreas<br />

principais: ação climática, economia circular e<br />

e ética, e negócios responsáveis. É um plano de<br />

longo prazo para ir mais além de garantir a sustentabilidade<br />

nas nossas operações e trabalhar<br />

com a nossa rede de cadeia de abastecimento<br />

para tornar toda a cadeia de valor sustentável”.<br />

O número de eventos das empresas do setor que<br />

mencionam temas de sustentabilidade aumentou<br />

drasticamente. A sustentabilidade desempenha<br />

agora um papel nas prioridades dos investidores e<br />

dos conselhos de administração. De acordo com<br />

o inquérito, os dois maiores impulsionadores da<br />

sustentabilidade no setor automóvel são “o compromisso<br />

de ser uma organização responsável” e<br />

“responder às expetativas dos consumidores em<br />

relação à sustentabilidade”.<br />

O painel de especialistas - incluindo reguladores,<br />

académicos e ONGs ambientais - concorda<br />

que a indústria está a abraçar esta questão com<br />

entusiasmo. Quase metade (46%) acredita que a<br />

indústria fez mais progressos em termos de sustentabilidade<br />

em relação ao de outras indústrias.<br />

Os dois maiores impulsionadores da sustentabilidade no setor<br />

automóvel são “o compromisso de ser uma organização responsável”<br />

e “responder às expetativas dos consumidores em relação à<br />

sustentabilidade”<br />

186<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


BLUETECH<br />

O DIAGNÓSTICO DE ÚLTIMA GERAÇÃO<br />

Acreditamos que todas as oficinas devem ter acesso à melhor<br />

tecnologia e funcionalidade necessárias para realizar reparações<br />

de maior qualidade. Na qualidade de pioneiros em soluções<br />

líderes do mercado, desenvolvemos uma nova solução de<br />

diagnóstico, revolucionária e intuitiva, a BlueTech.<br />

O seu avançado hardware e o seu completíssimo software fazem<br />

com que seja uma solução de diagnóstico preparada para o<br />

futuro, proporcionando às oficinas a oportunidade de maximizar<br />

as receitas e o potencial de crescimento.<br />

Bem-vindo/a à experiência BlueTech


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

Quadro IV – Prioridades mais bem classificadas entre peritos e executivos<br />

do setor automóvel<br />

A indústria automóvel e os especialistas estão alinhados nas prioridades da sustentabilidade. Com a indústria unida<br />

em torno da sustentabilidade como prioridade estratégica também existe um amplo alinhamento sobre as prioridades<br />

que terão maior impacto na obtenção de resultados e progressos. Como mostra este quadro, as quatro principais<br />

iniciativas que os especialistas acreditam que terão maior impacto também estão sendo priorizadas pelos executivos<br />

do sector.<br />

Classificação<br />

Prioridades de especialistas<br />

mais bem classificadas para<br />

sustentabilidade<br />

Classificação<br />

Prioridades executivas mais bem<br />

classificadas para sustentabilidade<br />

1<br />

Fabrico sustentável<br />

1<br />

Apoiar e promover uma economia circular<br />

2<br />

Reciclagem de resíduos e devoluções fáceis<br />

para eliminação em fim de vida<br />

2<br />

I&D sustentável e desenvolvimento de<br />

produtos<br />

3<br />

Apoiar e promover uma economia circular<br />

3<br />

Fabrico sustentável<br />

4<br />

I&D sustentável e desenvolvimento de<br />

produtos<br />

4<br />

Sustentabilidade dos produtos<br />

5<br />

Política laboral justa<br />

5<br />

Cadeia de abastecimento sustentável<br />

6<br />

Sustentabilidade dos produtos<br />

6<br />

Reciclagem de resíduos e devoluções fáceis<br />

para eliminação em fim de vida<br />

7<br />

Aprovisionamento ambientalmente<br />

responsável de metais, materiais e produtos<br />

7<br />

Aquisição sustentável de energia<br />

8<br />

Vendas, marketing e pós-venda<br />

8<br />

Política laboral justa<br />

As 4 principais iniciativas do sector automóvel que estão em sintonia com os peritos<br />

Áreas de sintonia<br />

Fonte: Capgemini<br />

O setor automóvel está sob intensa pressão e escrutínio por<br />

parte de grupos ambientalistas e de interesse público, bem como<br />

da sociedade em geral, para tomar medidas ativas de redução das<br />

emissões poluentes<br />

188<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

DISTRIBUIDORES DE PNEUS<br />

As 18 empresas incluídas na listagem, faturaram 285 milhões de Euros, com crescimento de<br />

19,7%, confirmando indiretamente o aumento do número de quilómetros realizados no país.<br />

A produtividade elevou até 700 mil Euros por trabalhador, em consequência do crescimento<br />

moderado do volume de emprego, que é de 408 Trabalhadores<br />

comércio de pneus em Portugal continua a<br />

O ser um mercado repleto de oportunidades.<br />

Existem indicadores que indicam que a recuperação<br />

da mobilidade vivida desde o fim da<br />

pandemia continuará a avançar a bom ritmo. Os<br />

dados do PIB convidam ao optimismo quando<br />

comparados com outros países vizinhos e a venda<br />

de veículos novos está a evoluir razoavelmente<br />

bem. Neste contexto, mais mobilidade dos veículos<br />

equivale a mais desgaste dos pneus e mais<br />

negócios para as empresas responsáveis ​pela sua<br />

substituição. Apesar das dificuldades financeiras<br />

provocadas pelo enorme aumento dos custos de<br />

financiamento o setor mantém-se resiliente, ainda<br />

que a deterioração da qualidade do mercado por<br />

via do crescimento dos produtos asiáticos mais<br />

económicos já se faça sentir. O momento que o<br />

mercado vive obriga as empresas estarem atentas<br />

e desenvolver um conjunto de ações focadas em<br />

manter um relacionamento duradouro e satisfatório<br />

com os clientes. Conforme o que se pretende<br />

haverá uma ou mais opções paras o fim em questão,<br />

em relação aos pneus assiste-se a uma oferta<br />

de muitas marcas com qualidade de produto. No<br />

mercado de pneus, registou-se uma normalização<br />

dos stocks dos distribuidores, aliada a uma<br />

redução dos fretes internacionais (principalmente<br />

da China), o que fez com que o mercado budget<br />

ficasse consideravelmente mais competitivo. Incluímos<br />

na tabela os <strong>Distribuidores</strong> de Pneus que<br />

tem atividade importadora de marcas, mesmo<br />

que a dimensão não seja muito elevada. Não se<br />

incluem (ao contrário da opção seguida para a<br />

Distribuição de Peças), os <strong>Distribuidores</strong> que utilizam<br />

marcas de outros importadores. A Tiresur<br />

não foi incluída por não dispormos do seu IES.<br />

• A Autonomia Financeira é de 42,8% dos Ativos<br />

financiados pelos Capitais Próprios, valor elevado<br />

para um setor comercial.<br />

• Unicamente uma empresa teve prejuízos, sendo<br />

as rentabilidades médias de 5,3% do Volume de<br />

Negócios e 14,8% dos Capitais, valores excelentes<br />

e com aumento significativo sobre o ano<br />

anterior.<br />

190<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


TOP 18 // MAIORES DISTRIBUIDORES PNEUS<br />

Nº EMPRESA CONCELHO VOL. NEG.<br />

2022<br />

VOL. NEG. 2021 ATIVO 2022 RES. LIQ. 2022 CAP. PRÓP. 2022 VAB 2022 Nº TRAB. 2022<br />

1 S. JOSÉ PNEUS, L DA CANTANHEDE 76 953 63 575 52 946 7 935 40 454 40 454 71<br />

2 ALVES BANDEIRA TYRES, S.A. V. N. POIARES 41 011 40 363 38 486 1 872 14 551 14 551 63<br />

3 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL V. F. DE XIRA 35 596 25 094 18 729 481 1 018 1 018 22<br />

4 DISPNAL PNEUS, S.A. PENAFIEL 34 544 29 147 23 254 1 348 17 414 17 414 41<br />

5 R.S. CONTRERAS, LDA. OEIRAS 15 415 13 177 8 793 511 3 585 3 585 26<br />

6 EUROPE RUBBER TREE TYRES LISBOA 13 478 9 447 6 074 451 4 119 4 119 11<br />

7 TIRSO PNEUS, LDA. SANTO TIRSO 13 374 12 157 8 371 364 1 686 1 686 12<br />

8 PNEUS CRUZEIRO, LDA. P. DO LANHOSO 12 956 10 941 10 936 465 3 744 3 744 20<br />

9 AGUESPORT, LDA. ÁGUEDA 10 600 9 905 12 939 198 4 374 4 374 25<br />

10 DANIEL MESTRE, LDA. (EASYPNEUS) BEJA 5 033 3 364 3 889 377 2 006 2 006 21<br />

11 PRISMANIL, LDA. GUIMARÃES 4 915 3 397 2 331 381 1 069 1 069 7<br />

12 TUGA PNEUS, LDA. PORTO 4 304 3 601 2 593 52 569 569 11<br />

13 CHAVECA & JANEIRA, LDA. FARO 4 273 3 814 3 584 36 2 316 2 316 40<br />

14 PNEURAMA, LDA. PAREDES 3 653 2 487 3 176 262 1 046 1 046 7<br />

15 RECAMBIOS FRAIN MAIA 3 609 2 797 1 788 185 389 389 6<br />

16 RODRIGUES E FILHOS (RODRIGUES TYRES) BRAGA 3 281 2 665 5 486 127 3 164 3 164 16<br />

17 PSI PNEUS COIMBRA 2 083 1 655 2 796 91 732 732 6<br />

18 MINHO TYRES V. DO CASTELO 322 878 773 -37 -32 -32 3<br />

TOP 18 // evolução vOLUME NEGÓCIO DISTRIBUIDORES PNEUS<br />

Nº EMPRESA CONCELHO VOL. NEG.<br />

2022<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. 22/21<br />

VOL. NEG.<br />

2021<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (21/20)<br />

VOL. NEG. 2020<br />

CRESC. VOL.<br />

NEG. (20/19)<br />

1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. CANTANHEDE 76 953 21,04 63 575 42,0 44 772 25,1 35 794<br />

2 ALVES BANDEIRA TYRES, S.A. V. N. POIARES 41 011 1,61 40 363 28,6 31 398 17,6 26 708<br />

3 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL V. F. DE XIRA 35 596 41,85 25 094 39,4 17 998 -2,6 18 479<br />

4 DISPNAL PNEUS, S.A. PENAFIEL 34 544 18,52 29 147 18,9 24 518 8,6 22 568<br />

5 R.S. CONTRERAS, LDA. OEIRAS 15 415 16,98 13 177 20,9 10 896 -1,8 11 100<br />

6 EUROPE RUBBER TREE TYRES LISBOA 13 478 42,67 9 447 3,0 9 176 6,9 8 580<br />

7 TIRSO PNEUS, LDA. SANTO TIRSO 13 374 10,01 12 157 4,0 11 684 -16,3 13 956<br />

8 PNEUS CRUZEIRO, LDA. P. DO LANHOSO 12 956 18,42 10 941 25,6 8 712 -9,5 9 626<br />

9 AGUESPORT, LDA. ÁGUEDA 10 600 7,02 9 905 10,6 8 958 -55,8 20 276<br />

10 DANIEL MESTRE, LDA. (EASYPNEUS) BEJA 5 033 49,61 3 364 10,7 3 039 2,7 2960<br />

11 PRISMANIL GUIMARÃES 4 915 44,69 3 397 28,9 2 636 36,0 1 938<br />

12 TUGA PNEUS, LDA. PORTO 4 304 19,52 3 601 41,4 2 546 -11,0 2 862<br />

13 CHAVECA & JANEIRA, LDA. FARO 4 273 12,0 3 814 - - - -<br />

14 PNEURAMA, LDA. PAREDES 3 653 46,88 2 487 26,2 1 971 -16,7 2 366<br />

15 RECAMBIOS FRAIN MAIA 3 609 29,03 2 797 12,1 2 494 22,6 2 035<br />

16 RODRIGUES E FILHOS (RODRIGUES TYRES) BRAGA 3 281 23,11 2 665 43,2 1 861 82,3 1 021<br />

17 PSI PNEUS COIMBRA 2 083 25,86 1 655 -8,1 1 801 334,0 415<br />

18 MINHO TYRES V. DO CASTELO 322 -63 878 - - - 1 179<br />

VOL. NEG.<br />

2019<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

191


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

RAUL PAcho (TAB ), Luis aniceto (são josé pneus), João silva (autel), aldo machado (nex tyres), Tomás Sousa (prismanil)<br />

Quadro de Honra<br />

Nº EMPRESA<br />

1 S. JOSÉ PNEUS<br />

2 PRISMANIL<br />

3 NEX TYRES<br />

4 DISPNAL PNEUS<br />

5 PNEURAMA<br />

6 EUROPE RUBBER TREE TYRES<br />

7 ALVES BANDEIRA TYRES<br />

8 RECAMBIOS FRAIN<br />

9 R.S. CONTRERAS<br />

10 DANIEL MESTRE (EASYPNEUS)<br />

192<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

190-193_Mercado distribuidores pneus.indd 192 08/11/<strong>2023</strong> 20:45


TOP 10<br />

DISTRIBUIDORES de PNEUS POR CRITÉRIOs<br />

Nº EMPRESA CRESCIMENTO<br />

VOLUME NEGÓCIOS<br />

1 DANIEL MESTRE (EASYPNEUS) 49,61<br />

2 PNEURAMA, LDA. 46,88<br />

3 PRISMANIL 44,69<br />

4 EUROPE RUBBER TREE TYRES 42,67<br />

5 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL 41,85<br />

6 RECAMBIOS FRAIN 29,03<br />

7 PSI PNEUS 25,86<br />

8 RODRIGUES E FILHOS (RODRIGUES TYRES) 23,11<br />

9 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 21,04<br />

10 TUGA PNEUS, LDA. 19,52<br />

Nº EMPRESA VALOR ACRESCENTADO<br />

BRUTO (VAB)<br />

1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 7 935<br />

2 DISPNAL PNEUS, S.A. 3 100<br />

3 ALVES BANDEIRA TYRES, S.A. 2 984<br />

4 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL 1 577<br />

5 R.S. CONTRERAS, LDA. 1 494<br />

6 PNEUS CRUZEIRO,, LDA. 1 234<br />

7 EUROPE RUBBER TREE TYRES 1 163<br />

8 AGUESPORT, LDA. 1 149<br />

9 CHAVECA & JANEIRA, LDA. 986<br />

10 DANIEL MESTRE (EASYPNEUS) 954<br />

Nº EMPRESA RENTABILIDADE<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

1 RECAMBIOS FRAIN 47,56<br />

2 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL 47,25<br />

3 PRISMANIL 35,64<br />

4 PNEURAMA, LDA. 25,05<br />

5 TIRSO PNEUS, LDA. 21,59<br />

6 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 19,61<br />

7 DANIEL MESTRE (EASYPNEUS) 18,79<br />

8 R.S. CONTRERAS, LDA. 14,25<br />

9 ALVES BANDEIRA TYRES, S.A. 12,87<br />

10 PSI PNEUS 12,43<br />

Nº EMPRESA AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 76,41<br />

2 DISPNAL PNEUS, S.A. 74,89<br />

3 EUROPE RUBBER TREE TYRES 67,81<br />

4 CHAVECA & JANEIRA, LDA. 64,62<br />

5 RODRIGUES E FILHOS (RODRIGUES TYRES) 57,67<br />

6 DANIEL MESTRE (EASYPNEUS) 51,58<br />

7 PRISMANIL 45,86<br />

8 R.S. CONTRERAS, LDA. 40,77<br />

9 ALVES BANDEIRA TYRES, S.A. 37,81<br />

10 PNEUS CRUZEIRO, LDA. 34,24<br />

Nº EMPRESA PRODUTIVIDADE<br />

REAL<br />

1 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 111,76<br />

2 EUROPE RUBBER TREE TYRES 105,73<br />

3 PRISMANIL 104,43<br />

4 RECAMBIOS FRAIN 82,33<br />

5 DISPNAL PNEUS, S.A. 75,61<br />

6 PNEURAMA, LDA. 75,43<br />

7 TIRSO PNEUS, LDA. 74,08<br />

8 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL 71,68<br />

9 PNEUS CRUZEIRO, LDA. 61,70<br />

10 R.S. CONTRERAS, LDA. 57,46<br />

Nº EMPRESA GERAÇÃO<br />

EMPREGO<br />

1 ALVES BANDEIRA TYRES, S.A. 9<br />

2 S. JOSÉ PNEUS, LDA. 4<br />

3 CHAVECA & JANEIRA, LDA. 4<br />

4 NEX TYRES, S.L. - SUCURSAL EM PORTUGAL 3<br />

5 TUGA PNEUS, LDA. 3<br />

6 PSI PNEUS 3<br />

7 R.S. CONTRERAS, LDA. 2<br />

8 PNEURAMA, LDA. 2<br />

9 DISPNAL PNEUS, S.A. 1<br />

10 PNEUS CRUZEIRO, LDA. 1<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

193<br />

190-193_Mercado distribuidores pneus.indd 193 08/11/<strong>2023</strong> 19:06


Pneus Posição ranking 2º Volume negócio em 2022 €41.011.000<br />

Alves Bandeira Tyres, fundada 1999, tem atualmente 55 trabalhadores,<br />

A 12.000m2 de área total de armazenamento e mais de 110.000 pneus em<br />

stock. É um dos principais grossitas de pneus, com extenso portfólio de produtos<br />

que inclui as marcas próprias Matrax Tyres, Matrax Lubricants, AB Lubs e AB<br />

Power, e de representação exclusiva Falken, Davanti, Sumitomo, Infinity, Torque<br />

e Joyroad. São marcas que se destacam pela sua gama alargada, capacidade de<br />

fornecimento, estabilidade económica, exclusividade, processo de fabricação e,<br />

consequente, qualidade do produto. Este é efetivamente um dos segredos que<br />

permite a AB Tyres satisfazer e superar diariamente as expetativas dos seus<br />

mais de 3.000 clientes ativos. No setor agrícola pretende aumentar as vendas e<br />

quota de mercado com a marca exclusiva CEAT, assim como reforçar a aposta<br />

e investimento no programa de fidelização Clube AB Tyres e todas as dinâmicas<br />

associadas. Para Filipe Bandeira, administrador da AB Tyres, “o crescimento<br />

contínuo e sustentado da empresa resulta de uma estratégia de longo-prazo<br />

que temos vindo a seguir e que nos tem permitido melhorar em toda a linha”.<br />

Para este responsável, a digitalização é encarada como um vetor estratégico<br />

para o crescimento sustentável do negócio. No âmbito da sustentabilidade<br />

ambiental, a estratégia da AB Tyres está enquadrada no plano global do Grupo<br />

Alves Bandeira para esta matéria. Neste contexto, destaca-se o facto de estar<br />

a implementar soluções de painéis fotovoltaicos nas suas infraestruturas, assim<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

AB Tyres<br />

como a investir na mobilidade e transição energética, tendo como base fontes de<br />

energia renováveis. No serviço pós-venda, destaque para a equipa e a relação de<br />

proximidade e confiança que estabelece com cada cliente. Por um lado, possui<br />

uma equipa na linha de apoio ao cliente a funcionar das 09h às 19h, através de<br />

telefone, whatsapp, chat ou email. Por outro, a equipa comercial desempenha um<br />

papel fundamental nesta matéria, resultado de um acompanhamento presencial<br />

e permanente ao cliente, que lhes permite antecipar e perceber rapidamente<br />

cada necessidade. “O nosso foco é unicamente o cliente, o mesmo é dizer que<br />

estamos sempre dispostos e preparados para ajudar a resolver qualquer problema<br />

antes, durante e depois da venda”, enalteceu Filipe Bandeira. Sobre o futuro do<br />

comércio de pneus em Portugal, este responsável diz que “a redução do número<br />

de operadores no mercado, resultado de uma possível integração de empresas<br />

mais pequenas nas maiores, incluindo operadores estrangeiros, poderá ser um<br />

dos principais fatores de mudança futuros. Adicionalmente, será importante<br />

perceber qual a estratégia e caminho que as redes de oficinas irão seguir. Seja<br />

qual for o futuro, o que me parece certo é que o distribuidor continuará a desempenhar<br />

um papel fundamental no mercado e que, contrariamente ao que<br />

aconteceu no passado, o fabricante terá de voltar a olhar para o distribuidor<br />

como um parceiro de negócio fundamental para conseguir alcançar os seus<br />

objetivos e resultados”, conclui.<br />

Administrador Filipe Bandeira<br />

Morada Zona Industrial da Pedrulha Lote 12 – Mealhada, 3050-183 Casal Comba<br />

Telefone 231 244 200 EMAIL geral@abtyres.pt SITE www.abtyres.pt<br />

194<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Pneus Posição ranking 3º Volume negócio em 2022 €35.596.000<br />

Fundada em 2015, a Nex Tyres comercializa pneus ligeiros, pesados, agrícolas,<br />

para indústria e motos, com um total de mais de 4 mil referências<br />

em stock. Aldo Machado, diretor geral, nota “uma deterioração da qualidade<br />

do mercado, por via do crescimento dos produtos asiáticos mais económico”,<br />

apesar de considerar que o setor se mantém “resiliente”. A curto prazo, pensa<br />

que “o risco de crédito e a desvalorização dos stocks representam os maiores<br />

desafios para o comércio grossista de pneus”, ao passo que a médio e longo<br />

prazo se “notam alterações estratégicas de muitos produtores no acesso ao<br />

mercado que trarão riscos acrescidos, para além da falta de mão-de-obra em<br />

geral e pela dificuldade de atrair as novas gerações para este negócio”. Para o<br />

diretor geral, a digitalização já é uma realidade no setor desde há vários anos<br />

e, na Nex Tyres, “a atualização das ferramentas atuais está neste momento<br />

em grande ritmo, com a renovação do atual portal B2B”, revela. No que<br />

diz respeito às vendas B2C, diretamente ao consumidor final, o responsável<br />

considera que “estamos ainda muito atrasados em relação aos mercados do<br />

centro da Europa. No entanto, e como a Nex se destaca pelo relacionamento<br />

pessoal com os seus clientes, sempre fomos defensores que esse contacto é o<br />

meio privilegiado para os portugueses fazerem negócios e, no nosso entendimento,<br />

a penetração das vendas online será limitada por esse mesmo fator…<br />

pelo menos para as gerações que atualmente possuem os seus veículos!” Dada<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Nex Tyres<br />

a importância que sustentabilidade assume na atualidade, a empresa conta já,<br />

no armazém mais recente, com um sistema de iluminação integral em LED de<br />

baixo consumo, tendo sido utilizada a maior superfície possível de iluminação<br />

natural e de ventilação que permite consumos energéticos muito reduzidos.<br />

Para já, “infelizmente, não se torna viável investir em energia solar, pelo que em<br />

termos de maquinaria temos um restrito processo de aquisição de equipamentos<br />

com baixo consumo energético”, explica Aldo Machado. Enquanto operador<br />

multimarca e multissegmento, com um portefólio abrangente, “desde o pneu<br />

mais económico ao premium em todos os segmentos de mercado onde a marca,<br />

atua”, a Nex Tyres conta ainda com marcas em regime de comercialização<br />

exclusiva, “cuja presença no mercado é altamente reconhecida, como a Kleber<br />

e a Avon em pneus ligeiros, a Kumho e a Blacklion em pneus pesados e a Ozka<br />

e a Camso para os especialistas em agricultura e industrial”. No seu entender,<br />

“a dedicação e profissionalismo da nossa equipa comercial faz com que o nosso<br />

cliente se sinta totalmente seguro e acompanhado. Esse é um dos desígnios<br />

mais importantes, pelo que essa presença humana no mercado é levada como<br />

um dos maiores fatores de sucesso da Nex no nosso país”, diz. Para o futuro,<br />

além do já referido novo portal B2B, serão implementadas novas ferramentas<br />

de fidelização e de comunicação com os clientes, algo traduzido no foco do<br />

slogan da empresa «Cada dia…mais perto de si».<br />

Diretor geral Aldo Machado<br />

Morada Pq. Logístico Marinhas D. Ana, Arm.4 – Fr. 2, 2625-090 Póvoa de Santa Iria<br />

Telefone 219 540 500 EMAIL geral@nextyres.pt SITE www.nextyres.pt<br />

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Pneus Posição ranking 4º Volume negócio em 2022 €34.544.000<br />

Criada em junho de 1999, a Dispnal dedica-se à venda de pneus, jantes de<br />

camião e câmaras de ar. Desde 2018 que está instalada na nova sede, em<br />

Baltar, no Porto, onde conta com um armazém de 8.000 m 2 . Assinou em 2018<br />

um acordo de distribuição com a Continental em pneus agrícolas e a distribuição<br />

exclusiva da marca Westlake OTR e Trazano para camião. Desde 2020 que<br />

representa os pneus de moto das marcas Michelin, Metzeler e Pirelli e, mais<br />

recentemente, iniciou a distribuição da Prinx no segmento de Turismo e 4x4/<br />

SUV para a Península Ibérica, uma marca do grupo Prinx Chengshan, empresa<br />

fundada em 1976. Questionado sobre como carateriza as marcas que comercializa<br />

a nível de qualidade de fabrico, fiabilidade e desempenho, o administrador,<br />

Rui Chorado esclarece que a opção de distribuir produtos premium garantem<br />

ao cliente “a melhor relação preço/qualidade e durabilidade”. Além disso,<br />

considera que “o serviço pós-venda é obrigatório pois os clientes são cada vez<br />

mais exigentes, por isso temos o cuidado e começarmos com um processo de<br />

bom, mesmo estando dependendo de empresas externas nas entregas. Temos<br />

também uma mais valia que é a simpatia e o profissionalismo do nosso call-<br />

-center”, aponta. O responsável considera que o atual momento que se vive no<br />

comércio de pneus “tem bastantes oportunidades, mas obriga-nos a estar atentos<br />

e desenvolver um conjunto de ações focadas em manter um relacionamento<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Dispnal<br />

duradouro e satisfatório com os clientes”. O mesmo entende que a digitalização<br />

“é essencial para a sobrevivência das empresas” nos dias de hoje, e adianta<br />

que a Dispnal acompanha esta evolução “com o máximo interesse”. Neste<br />

momento estão a atualizar o site, através do qual comunicam com os clientes<br />

e, em simultâneo, estão também a apostar na melhoria da comunicação com os<br />

fornecedores, “usando tecnologias de integração automáticas de informação”.<br />

Relativamente às boas práticas de sustentabilidade, a Dispnal não se deixa<br />

ficar para trás e Rui Chorado diz mesmo que “no quadro que nos compete,<br />

desde da primeira hora que encontramos formas de estarmos atualizados, como<br />

por exemplo, sermos autónomos a nível de energia elétrica através de painéis<br />

fotovoltaicos e reciclarmos tudo o que pode ser reciclado”, explica. Na opinião<br />

do administrador, “as vendas de pneus online vão ter tendência a crescer e por<br />

vezes a complicar, pois toda a informação ao alcance do cliente final por vezes<br />

confunde-o sobre onde necessitarão de ajuda profissional”. Para o futuro, os<br />

principais desafios passam por “acompanhar a evolução dos fabricantes com<br />

todas as alterações e tipo de produtos a surgir como por exemplo: Verão, All<br />

season; Inverno, Elétricos e com uma panóplia de caraterísticas técnicas”. No<br />

caso da Dispnal, o objetivo para 2024 é só um: “continuarmos no mesmo<br />

caminho de <strong>2023</strong>”.<br />

Administrador Rui Chorado<br />

Morada Zona Industrial de Baltar, Lote B3 4585-013 Baltar Paredes<br />

Telefone 255 617 480 EMAIL dispnal@dispnal.pt SITE www.dispnal.pt<br />

198<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Pneus Posição ranking 7º Volume negócio em 2022 €13.374.000<br />

Há 24 anos no mercado do comércio de pneus, a Tirso Pneus continua a<br />

olhar para este setor como “um mercado repleto de oportunidades”. No<br />

entender de Paulo Santos, diretor geral da empresa, “existem indicadores que<br />

mostram que a recuperação da mobilidade vivida desde o fim da pandemia<br />

continuará a avançar a bom ritmo. Os dados do PIB convidam ao otimismo,<br />

quando comparados com outros países vizinhos, e a venda de veículos novos<br />

está a evoluir razoavelmente bem. Neste contexto, mais mobilidade dos veículos<br />

equivale a mais desgaste dos pneus e mais negócios para as empresas responsáveis<br />

pela sua substituição”, constata. A Tirso Pneus distribui as marcas Hankook,<br />

Michelin, Goodyear, Dunlop, Bridgestone, Pirelli, Laufenn, Insa Turbo, Sailun,<br />

Habilead, Nexen, entre outras, com mais de 150 mil referências em stock, numa<br />

área total de armazenamento de 8.000 m2. Segundo o responsável, “a Tirso<br />

Pneus tem uma proposta de produtos e serviços adaptada às necessidades de<br />

cada tipo de cliente. Sempre com os mais elevados padrões de qualidade que<br />

garantem questões fundamentais como a segurança e eficiência dos pneus.<br />

Temos sempre uma solução à medida de cada cliente”, garante. A ideia é<br />

“construir relações duradouras com o cliente. Isto significa que com base numa<br />

proposta de produto muito atrativa, sempre adaptada às suas expetativas, e com<br />

a máxima confiança no seu desempenho, é prestada uma série de serviços que<br />

contribuem decisivamente para melhorar o posicionamento competitivo da<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Tirso Pneus<br />

própria oficina”, explica. A empresa tem apostado em ser eficiente, otimizando<br />

recursos. Paulo Santos entende que uma “empresa sustentável só o pode ser<br />

se também for economicamente sustentável. E é essa a visão da Tirso Pneus,<br />

contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta com as melhores<br />

práticas de gestão sustentável, mas sem perder de vista a sustentabilidade e<br />

a rentabilidade económica da atividade”, salienta. Outra das formas de ser<br />

eficiente é através da digitalização de processos e o responsável aponta que “é<br />

fundamental identificar todos os processos de gestão e produção da empresa<br />

que possam ser mais e melhor digitalizados. E estabelecer uma estratégia que<br />

permita a introdução da tecnologia adequada para otimizar estes processos para<br />

que a transformação digital da empresa, em cada uma das suas áreas, proporcione<br />

um retorno claro desde o primeiro momento. Esse retorno é eficiência e<br />

rentabilidade”. Para Paulo Santos, os principais desafios do negócio dos pneus<br />

estão, a médio e longo prazo, “ligados à nova mobilidade. Qualquer que seja<br />

a aparência dos carros do futuro, todos continuarão a ter pneus, mesmo que<br />

sejam um pouco diferentes, e isso é uma boa notícia, mas não sabemos totalmente<br />

como irão impactar tendências como a conetividade, a automação ou a<br />

eletrificação. Até como a digitalização das empresas vai mudar os modelos de<br />

negócio atuais, com aquela última fronteira da inteligência artificial. Teremos<br />

que estar muito atentos”, admite.<br />

Diretor geral Paulo Santos<br />

Morada Rua 25 de Abril nº 190 Agrela 4825-010 Santo Tirso<br />

Telefone 229 699 480 E-MAIL tirso@gruposoledad.net SITE www.tirsopneus.com<br />

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Pneus Posição ranking 9º Volume negócio em 2022 €10.600.000<br />

empresa de Águeda nasceu há 25 anos, ligada à comercialização de componentes<br />

para bicicletas, e há quinze alargou o negócio para a importação<br />

A<br />

e distribuição de pneus, com foco especial nas marcas Kumho e Rotalla, que<br />

hoje são parceiras privilegiadas. No ano em que celebra as bodas de prata, a<br />

Aguesport continua a primar pela evolução contínua, para se diferenciar no<br />

serviço e no apoio ao cliente. Atualmente tem a operação distribuída em três<br />

locais diferentes, mas a médio prazo a empresa pretende “ter um espaço que seja<br />

aglutinador de toda a nossa atividade para centralizar tudo”, diz o diretor geral,<br />

Wilson Gaio. Nas marcas que comercializam em exclusivo, a Rotalla entrou para<br />

o portefólio logo de início, em outubro de 2008 e a Kumho cinco anos depois,<br />

faz agora uma década. Presente como primeiro equipamento em diversas marcas<br />

de automóveis não só asiáticas como também europeias, a Kumho já tem um<br />

lugar destacado no mercado, sendo cada vez mais requisitada pelo cliente final,<br />

o que, assume Wilson Gaio, tem sido uma mais valia para a Aguesport enquanto<br />

distribuidor. Nos últimos três anos, a Aguesport praticamente duplicou o stock,<br />

que agora ronda os 80 mil pneus em permanência. Wilson Gaio explica que<br />

“Trabalhamos no segmento premium, no «budget» e no «quality», sendo que as<br />

apostas mais fortes, como é óbvio, estão concentradas principalmente nas nossas<br />

marcas Rotalla e Kumho.” A diferenciação, tão necessária neste setor, passa pelo<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Aguesport<br />

serviço, apoio, atendimento e acompanhamento ao cliente. “Trabalhamos com<br />

uma rede muito alargada de comerciais no terreno e primamos pelo acompanhamento<br />

com a presença direta dos nossos comerciais junto dos retalhistas”.<br />

Além disso, a Aguesport conta com o Clube G, “uma rede de retalhistas que<br />

estão dentro de uma estrutura que tem condições privilegiadas”. O número de<br />

aderentes já é “muito elevado, mas queremos chegar o mais longe possível com<br />

esta oferta”, diz Wilson Gaio. Mesmo perante as dificuldades, o sonho de continuar<br />

a crescer não diminui. Alargar gamas e o portefólio de marcas está sempre<br />

na mira da empresa que, admite o diretor, “procura ativamente novas marcas,<br />

porque o mercado também pede mais diversidade e mais oferta”. A Aguesport<br />

tenta ter a mente aberta para se adaptar às transformações do mercado e às<br />

exigências futuras. Para já, uma das mudanças em curso na empresa é a redução<br />

da pegada de carbono, com a substituição de equipamentos e veículos por<br />

outros mais amigos do ambiente e a instalação prevista de painéis fotovoltaicos.<br />

Algo de que sabe que não quer abdicar é o trabalho em proximidade com os<br />

clientes, estando sempre presente no seu negócio. A ideia é que, quando o já<br />

mencionado novo armazém estiver disponível, se possa promover mais fácil e<br />

frequentemente ações de formação e reuniões com os clientes, para garantir o<br />

acompanhamento contínuo.<br />

DiretoR GERAL Wilson Gaio<br />

Morada Zona Industrial de Barrô 3750-900 Barrô, Águeda<br />

Telefone 234 690 310 EMAIL info@aguesport.com SITE www.aguesport.com<br />

202<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


Pneus Posição ranking 14º Volume negócio em 2022 €3.653.000<br />

Dedicada à importação de pneus para o mercado português, a empresa de<br />

Gandra opera como grossista, servindo retalhistas em todo o território<br />

nacional. Foi fundada em 1987, tem 10 trabalhadores, e tem em stock mais de<br />

1.000 referências, numa área de 3.000 m2, em instalações próprias. Distribui<br />

marcas como Lassa Tyres, CST Tires, Saferich Tyres, Emerald e Ascendo<br />

(pneus de empilhador), Nexen (câmaras de ar) e Aplus (pneus de camião). Para<br />

Hugo Azevedo, gerente, o setor pós-venda automóvel tem-se mantido bastante<br />

competitivo, “fruto da competência e exigência por parte dos distribuidores,<br />

fabricantes e retalhistas”. No mercado de pneus, “há já uma normalização dos<br />

stocks dos distribuidores” e, “apesar de os dados da Europool revelarem uma<br />

pequena redução no mercado português, no primeiro semestre de <strong>2023</strong>, a<br />

Pneurama conseguiu, felizmente, manter o volume igual ao do ano passado”.<br />

A empresa está, neste momento, “num processo de revolução digital” e a digitalização<br />

é já usada no quotidiano da empresa por toda a equipa e parceiros<br />

de forma natural. Muitos pedidos de encomenda, assim como os processos de<br />

preparação das mesmas, são feitos por via digital, através da plataforma online<br />

B2B, “que em breve apresentará um melhoramento significativo”, conta, explicando<br />

que esta aposta é estratégica na comunicação da empresa, cujo primeiro<br />

website remonta a 2002. Ainda que reconheça a importância de existir uma<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Pneurama<br />

oferta de produtos online, a empresa não vende ao cliente final “pelo respeito<br />

e consideração que temos pela cadeia grossista/retalhista”, diz o gerente, que<br />

considera que “no comércio online, o serviço de montagem de pneus não é<br />

suficientemente valorizado e acreditamos que a qualidade a este nível é importante<br />

para a performance do pneu”. No que à sustentabilidade diz respeito,<br />

a Pneurama “tem sempre um reduzido consumo de energia e ao ser parceira<br />

da Valorpneu contribui, de forma direta, para a reciclagem e reutilização de<br />

pneus”. Além disso, as marcas de pneus que comercializa têm especial atenção à<br />

performance e durabilidade dos pneus, com redução das emissões de gases com<br />

efeitos de estufa logo desde o processo de fabrico. Hugo Azevedo entende que<br />

todos os distribuidores e retalhistas “têm de se continuar a focar nas melhorias<br />

de eficiência e qualidade dos productos e serviços que apresentam ao mercado”,<br />

apontando este como um dos desafios mais relevantes para o futuro do setor.<br />

Na Pneurama, “toda a equipa está empenhada e determinada em continuar<br />

a trabalhar com o objetivo de tornar a marca Lassa Tyres uma referência no<br />

mercado nacional, no segmento turismo, e a marca CST Tires em 4x4 e SUV.<br />

No que toca aos pneus industriais, vamos, certamente, continuar a surpreender<br />

e a oferecer as melhores soluções para cada utilização, especialmente ao nível<br />

dos pneus de empilhador”, remata.<br />

Gerentes José Azevedo da Mota e Hugo Pires de Azevedo<br />

Morada Rua Dr. Mota Pinto, 145 - 4585-186 Gandra – Paredes<br />

Telefone 224 150 008 EMAIL geral@pneurama.pt SITE www.pneurama.pt<br />

204<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

Um passo<br />

em frente!<br />

As associações do aftermarket congratulam-se<br />

com a votação do Parlamento Europeu que dá<br />

aos utilizadores de veículos o direito de reclamar<br />

o acesso aos dados gerados no veículo e de<br />

partilhar esses dados com terceiros, como as<br />

oficinas de reparação de veículos ou qualquer<br />

outro tipo de prestador de serviços da sua<br />

escolha<br />

206<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


LEI DOS DADOS<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

207


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

LEI DOS DADOS<br />

O<br />

Parlamento Europeu e o Conselho<br />

chegaram a um acordo político sobre<br />

a Lei dos Dados, no passado mês de<br />

junho <strong>2023</strong>. Após todas as reuniões a<br />

nível da Comissão e do Parlamento, o<br />

setor congratula-se com o facto de o Parlamento e<br />

o Conselho terem chegado a um acordo político<br />

sobre a Lei dos Dados. Apesar de ser um bom passo<br />

em frente, a Lei dos Dados não é suficiente para<br />

criar uma concorrência efectiva nos serviços automóveis<br />

e de mobilidade baseados em dados. No<br />

sector automóvel, a utilização dos dados gerados<br />

pelo veículo exige também o acesso às funções e<br />

aos recursos do veículo. Os fabricantes de veículos,<br />

no seu papel de prestadores de serviços, têm esse<br />

acesso, outros não. Esta situação impede os prestadores<br />

de serviços independentes de desenvolverem<br />

e oferecerem serviços atraentes e acessíveis aos<br />

utilizadores finais em condições de igualdade.<br />

Os dados são cada vez mais relevantes para a concorrência<br />

no mercado de pós-venda automóvel. A<br />

Comissão reconheceu com razão que os fabricantes<br />

de veículos são a única fonte de certos dados essenciais<br />

para a concorrência no mercado de pós-venda.<br />

Este é um problema adicional ao problema anterior<br />

existente de os operadores independentes não obterem<br />

acesso equivalente às informações técnicas<br />

de reparação em comparação com os reparadores<br />

autorizados, o que resultou, em 2010, na criação<br />

do MVBER. A comparação tradicional entre a<br />

posição do concessionário/reparador autorizado<br />

e o operador independente (o “princípio da não discriminação<br />

vertical”) já não é válida, porque devido<br />

à conceção dos sistemas telemáticos de bordo, os<br />

dados gerados pelo veículo vão hoje direta e exclusivamente<br />

para o próprio fabricante do veículo, que<br />

decide então, à sua discrição, com quem partilha<br />

ou não os dados. Esta conceção fechada e exclusiva<br />

dos seus sistemas telemáticos de bordo e o acesso<br />

único ao veículo, aos seus dados e funções, permite<br />

aos fabricantes integrar verticalmente serviços<br />

adicionais, como por exemplo, oferecer serviços<br />

telemáticos agrupados ao longo da vida útil do veículo,<br />

e mesmo “gratuitos” (por exemplo, diagnóstico<br />

remoto, programação remota, gestão de serviços,<br />

seguros). Isto tem de facto um ‘efeito de knock-out<br />

competitivo’ sobre todos os outros prestadores de<br />

serviços em torno do carro.<br />

Atualmente, o acesso ao mercado pós-venda e a<br />

relação com o cliente dependerá do acesso direto<br />

a uma plataforma normalizada e interoperável<br />

dentro do veículo, ou seja, os mesmos princípios<br />

de acesso através da porta de diagnóstico a bordo<br />

(OBD) existente, mas incorporada no veículo para<br />

comunicação e acesso remoto sem fios ao veículo<br />

e aos seus dados. O acesso a esta plataforma no<br />

veículo permite todos os tipos de serviços remotos<br />

(inovadores) em tempo real, incluindo serviços de<br />

diagnóstico e processos de reparação remota. A plataforma<br />

a bordo consiste, portanto, no acesso direto<br />

ao veículo e aos seus dados essenciais gerados pela<br />

máquina em tempo real, mas também na capacidade<br />

essencial de interagir bidireccionalmente com<br />

funções no veículo (leitura e escrita) e o condutor. Só<br />

este modelo permite uma concorrência e inovação<br />

eficazes nos serviços digitais em torno do automóvel.<br />

Novas regras no acesso a dados<br />

O regulamento propõe novas regras sobre quem<br />

pode aceder e utilizar os dados gerados na UE<br />

em todos os sectores económicos. O regulamento<br />

tem por objetivo:<br />

O Parlamento Europeu aprovou uma nova Lei dos Dados,<br />

que estabelece regras harmonizadas sobre o acesso, a partilha<br />

e a utilização de dados gerados por produtos conectados,<br />

como veículos e serviços conexos<br />

208<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

LEI DOS DADOS<br />

• Garantir a equidade na atribuição do valor dos<br />

dados entre os intervenientes no ambiente digital<br />

estimular um mercado de dados competitivo;<br />

• Abrir oportunidades para a inovação baseada<br />

em dados;<br />

• Tornar os dados mais acessíveis a todos.<br />

A nova legislação visa também facilitar a mudança<br />

de prestadores de serviços de tratamento de dados,<br />

estabelece salvaguardas contra a transferência ilegal<br />

de dados por prestadores de serviços de computação<br />

em nuvem e prevê o desenvolvimento de normas<br />

de interoperabilidade para a reutilização de dados<br />

entre sectores. A lei dos dados dará aos indivíduos e<br />

às empresas um maior controlo sobre os seus dados<br />

através de um direito de portabilidade reforçado,<br />

copiando ou transferindo facilmente dados de diferentes<br />

serviços, quando os dados são gerados através<br />

de objectos, máquinas e dispositivos inteligentes. A<br />

nova legislação dará aos consumidores e às empresas<br />

uma palavra a dizer sobre o que pode ser feito com<br />

os dados gerados pelos seus produtos conectados.<br />

As associações do setor ainda estão a analisar o<br />

regulamento mais em pormenor. Mas, desde já,<br />

devem ser sublinhados pontos adicionais positivos<br />

- outros se seguirão - tais como:<br />

• Medidas para evitar o abuso de desequilíbrios<br />

contratuais nos contratos de partilha de dados<br />

devido a cláusulas contratuais abusivas impostas<br />

por uma parte com uma posição negocial significativamente<br />

mais forte;<br />

• Orientações adicionais relativas à compensação<br />

razoável das empresas pela disponibilização dos<br />

dados, bem como mecanismos adequados de resolução<br />

de litígios.<br />

Para além da Lei dos Dados, são agora urgentemente<br />

necessárias regras sectoriais específicas para<br />

permitir que os proprietários de veículos exerçam<br />

efetivamente o seu direito de acesso aos dados gerados<br />

pela utilização do seu veículo. Tal só pode ser<br />

assegurado por legislação complementar específica<br />

do sector automóvel.<br />

Novas oportunidades<br />

para consumidores e empresas<br />

O crescimento previsto do valor dos dados dos<br />

veículos e da mobilidade partilhada foi estimado<br />

em mais de 1,5 biliões de dólares até 2030. Os<br />

condutores de amanhã terão à sua disposição uma<br />

gama muito vasta de novos serviços baseados em<br />

dados (ou seja, diagnóstico remoto, manutenção<br />

preditiva, informações sobre o tráfego, regime de<br />

seguro baseado na utilização, etc.). Isto representa<br />

uma oportunidade sem precedentes para os<br />

concessionários e reparadores automóveis que se<br />

esforçam constantemente por oferecer aos seus<br />

clientes a melhor qualidade de serviço possível.<br />

Estão a ser feitos grandes investimentos pelos<br />

concessionários e reparadores de veículos automóveis<br />

para responder às expectativas crescentes<br />

dos clientes. No entanto, é importante sublinhar<br />

que não há serviços inovadores e de qualidade<br />

sem um acesso equitativo aos dados relativos aos<br />

veículos! Um acesso direto, não monitorizado, sem<br />

restrições e em tempo real aos dados do veículo<br />

é, de facto, um requisito essencial para os novos<br />

serviços baseados em dados. No futuro - dada a<br />

crescente centralidade destes novos serviços baseados<br />

em dados - a concorrência leal, a inovação<br />

e a liberdade de escolha do consumidor só serão<br />

possíveis se essa igualdade de acesso for garantida<br />

a todos os intervenientes no sector dos serviços<br />

para veículos.<br />

Associações do aftermarket instam os decisores políticos<br />

europeus a introduzirem uma legislação setorial sólida<br />

e ambiciosa, sustentada por requisitos técnicos e jurídicos<br />

específicos para o setor automóvel<br />

210<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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100<br />

Porquê partilhar os dados do automóvel?<br />

Os automóveis conectados dependem cada vez mais da recolha, utilização<br />

e processamento de dados. Ao fazê-lo, os veículos modernos geram uma grande<br />

quantidade de dados. Os veículos atuais estão cada vez mais “ligados”, no sentido<br />

em que podem trocar esta informação sem fios com outros veículos, com os utentes<br />

da estrada, com o fabricante do veículo e com terceiros prestadores de serviços<br />

Com o aumento do volume de dados<br />

gerados pelos veículos, os terceiros<br />

estão cada vez mais interessados em<br />

aceder a esses dados e utilizá-los para<br />

prestar serviços. Estes prestadores de<br />

serviços incluem, por exemplo, oficinas e serviços<br />

de assistência, companhias de seguros, operadores<br />

de parques de estacionamento, prestadores<br />

de serviços financeiros e de frotas e operadores<br />

de infra-estruturas rodoviárias. Incluem também<br />

intervenientes não tradicionais no setor automóvel,<br />

como fornecedores de serviços de entretenimento<br />

e de viagens, redes sociais e operadores de motores<br />

de busca. A partilha de dados dos veículos com<br />

essas partes pode melhorar a experiência de condução,<br />

aumentar o conforto do condutor, otimizar<br />

produtos e contribuir para objetivos sociais como<br />

a melhoria da segurança rodoviária e a redução<br />

do consumo de combustível. Eis alguns exemplos<br />

de como os dados gerados pelos veículos podem<br />

ser utilizados em benefício do condutor:<br />

• Para o aconselhar sobre os percursos mais fáceis<br />

e mais seguros, evitando engarrafamentos e perigos<br />

na estrada;<br />

• Para fornecer informações sobre “estacionamento<br />

inteligente”;<br />

• Contactar os serviços de emergência em caso<br />

de acidente;<br />

• Para “prever” quando é que o seu veículo vai<br />

precisar de manutenção ou reparação para evitar<br />

avarias;<br />

• Para pagar automaticamente o estacionamento<br />

ou as portagens;<br />

• Permitir que as companhias de seguros lhe ofereçam<br />

prémios personalizados, ou mesmo mais<br />

baixos (por exemplo, com base na distância percorrida,<br />

no estilo de condução e nos itinerários);<br />

• Para fornecer instantaneamente informações<br />

locais relevantes;<br />

• Para fornecer entretenimento personalizado e<br />

outros serviços;<br />

• Para fornecer acesso a música, canais de redes<br />

Os prestadores de serviços devem ter um acesso justo, razoável e<br />

não discriminatório aos dados de que necessitam para oferecer os<br />

seus serviços a utilizadores de veículos<br />

212<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


LEI DOS DADOS<br />

sociais, correio eletrónico, etc. - tornando o automóvel<br />

uma extensão do seu escritório ou casa.<br />

Posso decidir quais os dados pessoais<br />

que quero partilhar?<br />

Sim. Os proprietários de veículos têm o direito<br />

de decidir com quem partilham os seus dados<br />

pessoais e para que fins. Os dados pessoais dos<br />

utilizadores de veículos só são disponibilizados em<br />

conformidade com a legislação da UE em matéria<br />

de proteção de dados. Isto significa que os dados<br />

pessoais são partilhados pelos fabricantes apenas<br />

com terceiros:<br />

• Com base num contrato com o cliente;<br />

• Com o consentimento prévio do cliente;<br />

• Para cumprimento de obrigações legais<br />

Que tipo de dados pode<br />

o meu automóvel partilhar?<br />

Vários tipos de dados gerados pelos veículos podem<br />

ser utilizados para melhorar a experiência<br />

de condução, aumentar o conforto do condutor,<br />

otimizar produtos e contribuir para objetivos sociais,<br />

como a melhoria da segurança rodoviária e<br />

a redução do consumo de combustível:<br />

• Pressão dos pneus;<br />

• Velocidade do veículo;<br />

• Quilometragem;<br />

• Consumo de combustível;<br />

• Nível de óleo;<br />

• Estado do motor;<br />

• Estado de carga da bateria;<br />

• Ângulo de direção;<br />

• Temperatura exterior do veículo.<br />

Os dados gerados pelo veículo não incluem os<br />

dados importados pelos utilizadores do veículo<br />

(como listas de contactos de telemóveis e destinos<br />

selecionados para navegação), nem os dados recebidos<br />

de fontes externas (por exemplo, informações<br />

transmitidas por unidades de estrada, outros veículos<br />

ou utilizadores vulneráveis da estrada). A maior<br />

parte dos dados gerados pelo seu automóvel são<br />

essencialmente de natureza técnica. Existem apenas<br />

temporariamente, são utilizados localmente<br />

nos sistemas do veículo e nunca são armazenados.<br />

• Não comprometa a responsabilidade do fabricante<br />

do veículo.<br />

Para limitar esses riscos, uma alternativa melhor<br />

e mais equilibrada ao acesso descontrolado e total<br />

aos dados do veículo é os fabricantes de veículos<br />

comunicarem os dados relevantes do veículo de<br />

forma segura a uma instalação externa. Os fornecedores<br />

de serviços podem aceder aos dados do<br />

veículo através de meios fora de bordo, em vez de o<br />

fazerem diretamente no veículo, a fim de minimizar<br />

os riscos de segurança e de responsabilidade. Assim,<br />

o acesso aos dados fora de bordo proporciona uma<br />

interface aberta, mas protegida para terceiros, uma<br />

vez que funciona de acordo com regras técnicas, de<br />

proteção de dados e de concorrência claramente<br />

definidas. Naturalmente, os fabricantes de veículos<br />

asseguram a comunicação entre o veículo e a<br />

instalação exterior.<br />

O que é o acesso direto<br />

aos dados no veículo?<br />

O acesso direto aos dados no veículo significa<br />

basicamente que qualquer prestador de serviços<br />

terceiro teria acesso direto e total aos dados no<br />

interior de um veículo em andamento de forma<br />

não controlada. No entanto, o fornecimento direto<br />

desse acesso aos dados no veículo comporta sérios<br />

riscos de segurança para o veículo, para o condutor<br />

e para os seus companheiros de viagem. Por<br />

exemplo, o acesso direto de terceiros às funções do<br />

veículo pode facilitar os ataques de hackers, uma<br />

vez que cada nova interface de dados externos<br />

aumenta o número de potenciais alvos e pontos<br />

de entrada. Mesmo o acesso não controlado de<br />

terceiros a funções ou dados do veículo que não<br />

sejam diretamente relevantes para a segurança<br />

pode levar a riscos através da ligação em rede.<br />

Isto pode permitir o roubo de automóveis ou o<br />

desbloqueio remoto de uma porta, por exemplo,<br />

bem como criar oportunidades de fraude ou roubo<br />

dos seus dados pessoais. Para limitar esses riscos,<br />

uma alternativa melhor e mais equilibrada ao<br />

acesso direto aos dados no veículo é o acesso fora<br />

de bordo. Este permite aos fabricantes comunicar<br />

os dados relevantes do veículo de forma segura a<br />

um servidor externo, a partir do qual terceiros<br />

podem aceder aos mesmos.<br />

Quem está interessado em aceder<br />

aos dados do meu automóvel?<br />

Os veículos atuais estão cada vez mais “ligados”, no<br />

sentido em que podem trocar informações com o<br />

fabricante do veículo, com outros veículos e utentes<br />

da estrada e com prestadores de serviços terceiros.<br />

Com o aumento do volume de dados gerados pelos<br />

veículos, os terceiros estão cada vez mais interessados<br />

em aceder e utilizar estes dados no veículo<br />

para fornecer serviços úteis aos condutores. Estes<br />

prestadores de serviços incluem:<br />

• Oficinas e serviços de assistência;<br />

• Companhias de seguros;<br />

• Operadores de parques de estacionamento;<br />

• Prestadores de serviços financeiros e de frotas; e<br />

• Operadores de infra-estruturas rodoviárias.<br />

Incluem também intervenientes não tradicionais<br />

no sector automóvel, tais como:<br />

• Prestadores de serviços de entretenimento e<br />

viagens;<br />

• Redes sociais; e<br />

• Operadores de motores de busca.<br />

Qual é a forma mais segura<br />

de partilhar os dados dos automóveis?<br />

Os fabricantes de veículos estão preparados para<br />

disponibilizar os dados do automóvel a serviços de<br />

terceiros, mas querem garantir que isso acontece<br />

de uma forma que:<br />

• Garanta a proteção dos dados pessoais do utilizador<br />

do veículo;<br />

• Não ponha em risco o funcionamento seguro e<br />

protegido do veículo; e<br />

Podem surgir riscos de segurança adicionais em termos<br />

de distração do condutor se terceiros externos tiverem acesso<br />

não controlado aos sistemas de bordo e interfaces de utilizador<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

214<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


IA NO AUTOMÓVEL<br />

Oportunidades<br />

e desafios da IA<br />

As aplicações de inteligência artificial (IA) estão a ser cada vez mais integradas nos veículos.<br />

A condução autónoma é o exemplo mais conhecido, mas uma vasta gama de outras aplicações<br />

também estão a ser utilizadas, tais como muitas funções de segurança do veículo, de conforto,<br />

sistemas avançados de assistência ao condutor, sistemas de conetividade, sistemas<br />

de infoentretenimento e outros<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong><br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

IA NO AUTOMÓVEL<br />

Para além da sua integração nos produtos<br />

automóveis, a IA pode também<br />

trazer benefícios significativos para o<br />

fabrico e montagem destes produtos.<br />

Ao racionalizar ou automatizar determinados<br />

processos e auxiliar a tomada de decisões<br />

humanas nas operações quotidianas, a IA pode<br />

proporcionar enormes benefícios às operações<br />

da cadeia logística (poupanças de custos através<br />

da redução das redundâncias e da atenuação dos<br />

riscos, melhoria das previsão, entregas mais rápidas<br />

através de rotas mais optimizadas, melhoria do<br />

serviço ao cliente...).<br />

A IA - Inteligência Artificial refere-se a sistemas<br />

que apresentam um comportamento inteligente,<br />

analisando o seu ambiente e tomando medidas<br />

- com algum grau de autonomia - para atingir<br />

objectivos específicos. Os sistemas baseados em<br />

IA podem ser puramente baseados em software,<br />

podem atuar no mundo virtual (por exemplo, assistentes<br />

de voz, software de análise de imagens,<br />

motores de busca, sistemas de reconhecimento<br />

facial), ou podem ser incorporados em dispositivos<br />

de hardware (por exemplo, robots avançados,<br />

veículos automatizados, drones ou aplicações da<br />

Internet das coisas). Por conseguinte, o termo IA<br />

abrange um domínio de investigação muito vasto,<br />

com muitos diferentes subconjuntos tecnológicos<br />

e variadas aplicações.<br />

No sector automóvel, as aplicações de IA baseiam-se<br />

frequentemente em algoritmos de aprendizagem<br />

automática. A aprendizagem automática<br />

é um subconjunto da IA que constrói um modelo<br />

matemático baseado em dados de amostra, conhecidos<br />

como “dados de treino”, para fazer previsões<br />

ou decisões sem ser explicitamente programados<br />

para o fazer. A título de exemplo, a aprendizagem<br />

automática pode ser utilizada para reconhecer<br />

sinais de trânsito: o sistema informático é treinado<br />

com imagens de sinais de trânsito até começar<br />

a discernir padrões recorrentes nessas imagens,<br />

permitindo-lhe assim detetar e identificar com<br />

precisão os sinais de trânsito no no mundo real.<br />

Dada a complexidade e diversidade da IA, as Associações<br />

do setor recomendam que a Comissão<br />

Europeia seja mais específica na sua definição de<br />

“Inteligência Artificial”. A definição de IA terá<br />

um impacto significativo no âmbito do futuro<br />

quadro legislativo. Por conseguinte, a Comissão<br />

deve assegurar uma consulta adequada dos peritos<br />

e dos agentes económicos. Do mesmo modo, a<br />

Comissão deve considerar diferenciar os diferentes<br />

subconjuntos de inteligência artificial. Cada tipo<br />

de tecnologia apresenta diferentes tipos de riscos,<br />

que devem ser tidos em conta na conceção do<br />

quadro legislativo. Para o nosso sector, o próximo<br />

regulamento deve centrar-se na aprendizagem<br />

automática.<br />

Oportunidades e desafios da IA<br />

A inteligência artificial tem suscitado numerosas<br />

preocupações entre os cidadãos, que receiam que<br />

os algoritmos possam ameaçar a sua privacidade,<br />

reforçar e amplificar preconceitos sociais, conduzindo<br />

assim à discriminação, ou tomar decisões<br />

importantes por eles, reduzindo o controlo que<br />

têm sobre as suas vida. Embora estes receios sejam<br />

por vezes justificados, acreditamos que as aplicações<br />

da IA no sector automóvel não põem em<br />

perigo os direitos fundamentais. Em vez disso, o<br />

principal desafio para a IA no nosso sector é a<br />

segurança. Para garantir a confiança dos cidadãos<br />

Se os cidadãos não estiverem convencidos dos benefícios<br />

da condução autónoma e não sentirem que os veículos autónomos<br />

são de confiança, isso prejudicará os progressos no sentido<br />

de eliminar os acidentes rodoviários<br />

216<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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Empresa<br />

Top<br />

100<br />

IA NO AUTOMÓVEL<br />

e dos consumidores na IA automóvel, garantir a<br />

segurança é fundamental. Isto é especialmente<br />

verdade no contexto da condução autónoma, em<br />

que as pessoas precisam de confiar nas decisões<br />

tomadas pelo seu veículo antes de poderem aceitar<br />

progressivamente o controlo. Já existem protótipos,<br />

mas os automóveis totalmente autónomos<br />

ainda estão a anos de distância. Para que se tornem<br />

realidade, os obstáculos técnicos não são o<br />

único desafio a ultrapassar: construir confiança é<br />

igualmente importante.<br />

Os fornecedores do sector automóvel investem<br />

fortemente em IA e tecnologias relacionadas<br />

com a condução autónoma. O principal objetivo<br />

é tornar os veículos mais seguros. Se os cidadãos<br />

não estiverem convencidos dos benefícios da condução<br />

autónoma e não sentirem que os veículos<br />

autónomos são de confiança, isso prejudicará os<br />

progressos no sentido de eliminar os acidentes<br />

rodoviários. Por esta razão, os fornecedores do<br />

setor automóvel apoiam o objetivo da Comissão<br />

de criar um sistema transparente, neutro do ponto<br />

de vista tecnológico e baseado nos riscos para a<br />

IA. Este quadro deve estabelecer princípios mínimos<br />

comuns. Além disso, deve ser alcançado um<br />

equilíbrio para garantir que o futuro quadro regulamentar<br />

em matéria de IA não ponha em causa<br />

a contribuição da I&D mundial para veículos mais<br />

seguros e mais sustentáveis. A cadeia de valor do<br />

sector automóvel é global, por conseguinte, deve ser<br />

suportada por requisitos tecnicamente justificados,<br />

que não discriminem a IA desenvolvida em países<br />

não pertencentes à UE.<br />

Outro grande desafio identificado pelos decisores<br />

políticos é a natureza de «caixa negra» da<br />

inteligência artificial, em que a lógica subjacente<br />

a decisões específicas tomadas pelos algoritmos de<br />

IA pode ser desconhecida ou demasiado complexa<br />

para um ser humano compreender. As duas principais<br />

questões a este respeito são a segurança e a<br />

responsabilidade.<br />

- Do ponto de vista da segurança, a falta de transparência<br />

do processo de decisão da IA poderia<br />

dificultar a compreensão das razões de um acidente<br />

e, se o acidente tiver sido causado por um defeito,<br />

para identificar e corrigir o problema.<br />

- No que respeita à responsabilidade, a falta de<br />

explicabilidade das decisões da IA pode dificultar a<br />

determinar que ação humana pode ser responsável<br />

pelo dano e, consequentemente atribuir a responsabilidade<br />

e determinar uma indemnização adequada<br />

às vítimas.<br />

Na realidade, porém, esta questão da “caixa<br />

negra” não é específica da IA ou da aprendizagem<br />

automática, mas já está presente em muitos<br />

domínios. O software existente, que não seja de<br />

IA, pode também ser difícil de compreender e os<br />

seus resultados podem ser igualmente difíceis de<br />

explicar. Por exemplo, muitos softwares modernos<br />

são compostos de milhões de linhas de código<br />

(escritas por humanos). Não são IA e, no entanto,<br />

são extremamente complexos. Por isso, garantir<br />

uma forma transparente de avaliar a tomada de<br />

decisões de um sistema de condução autónomo<br />

é muito importante. No entanto, os fornecedores<br />

do setor automóvel não acreditam que a regulamentação<br />

não deve prescrever qualquer tecnologia<br />

ou exigir a divulgação completa dos pormenores<br />

dos algoritmos de IA. Por exemplo, a validação de<br />

sistemas complexos pode ser conseguida através<br />

de testes sistemáticos de unidade, carga e de integração,<br />

sem necessariamente ler o código-fonte.<br />

Os fornecedores do sector automóvel investem fortemente em IA<br />

e tecnologias relacionadas com a condução autónoma. O principal<br />

objetivo é tornar os veículos mais seguros<br />

218<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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MERCADO<br />

Empresa<br />

Top<br />

100<br />

IA NO AUTOMÓVEL<br />

No que respeita à segurança, em vez de exigir<br />

que os algoritmos sejam totalmente divulgados,<br />

a regulamentação deve centrar-se na definição<br />

das normas de segurança aceitáveis. Os produtos<br />

de IA teriam então de demonstrar através de ensaios,<br />

que cumprem essas normas. Por exemplo,<br />

ao garantir testes de certificação robustos antes<br />

da comercialização, há menos necessidade de<br />

explicar a razão pela qual um sistema de condução<br />

autónomo tomou determinadas decisões,<br />

mas apenas que tomou as decisões correctas. É<br />

possível desenvolver KPI’s que garantam uma<br />

cobertura e representatividade suficientes de um<br />

número limitado de cenários de tráfego. Quanto<br />

à explicação de como uma determinada decisão<br />

foi tomada, que pode ser importante para efeitos<br />

de responsabilidade, tal pode ser inferido após o<br />

facto a partir de uma combinação de elementos<br />

que incluem os conjuntos de dados que foram<br />

utilizados para treinar a IA.<br />

Abordagem regulamentar<br />

Um quadro legislativo adequado pode impulsionar<br />

o desenvolvimento e a adoção da inteligência<br />

artificial na UE, proporcionando segurança jurídica<br />

aos participantes no mercado e reforçando a<br />

confiança dos consumidores nos produtos de IA.<br />

As aplicações de IA identificadas como de alto<br />

risco estariam sujeitas a requisitos antes do facto<br />

obrigatórios. A este respeito, o termo “de alto risco”<br />

deve ser definido claramente. Uma aplicação<br />

de IA deve ser considerada de alto risco se puder<br />

causar lesões pessoais ou a morte. Existem muitas<br />

aplicações de IA para automóveis cuja utilização<br />

ou objetivo não apresentam riscos. Funções de<br />

conforto, aplicações de info-entretenimento, avisos<br />

ADAS ou baixos níveis de automatização da<br />

condução de condução, por exemplo, não devem<br />

estar sujeitas aos requisitos rigorosos das aplicações<br />

de alto risco, uma vez que estas aplicações deixam<br />

sempre o condutor no controlo primário.<br />

O CLEPA apoia uma legislação horizontal em<br />

matéria de IA que abranja apenas as aplicações<br />

de IA de alto risco, uma vez que aumentaria a<br />

confiança na IA enquanto tecnologia e garantir<br />

condições de concorrência equitativas para todos<br />

os intervenientes no mercado. Estes princípios podem<br />

ser complementados com requisitos técnicos<br />

em regulamentos sectoriais específicos (quer novos,<br />

quer através da alteração da legislação existente),<br />

se tal for considerado necessário. O setor<br />

automóvel já está sujeito a rigorosos controlos de<br />

conformidade antes do facto, como o processo<br />

de homologação. Essencialmente, os veículos não<br />

podem ser colocados no mercado da UE, exceto<br />

se demonstrarem (através de ensaios e avaliações)<br />

a sua conformidade com um grande número de<br />

normas técnicas destinadas a garantir a segurança<br />

e o desempenho ambiental.<br />

Os requisitos técnicos de alto risco relacionados<br />

com a IA para produtos automóveis devem ser<br />

implementados no quadro setorial existente. É<br />

da maior importância que a certificação, ensaios<br />

e a fiscalização do mercado não sejam duplicados.<br />

Caso contrário, tal criaria custos adicionais, encargos<br />

administrativos e um risco de incoerências.<br />

Além disso, os novos requisitos de IA devem ter<br />

em conta a duração do ciclo de desenvolvimento<br />

dos produtos automóveis. Os veículos com funções<br />

autónomas que estarão nas estradas nos próximos<br />

anos já estão agora a ser testados. É necessário<br />

dar aos fabricantes um prazo adequado para dar<br />

A IA tem suscitado numerosas preocupações entre os cidadãos,<br />

que receiam que os algoritmos possam ameaçar a sua privacidade,<br />

reforçar e amplificar preconceitos sociais, conduzindo assim à<br />

discriminação<br />

220<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


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100<br />

cumprimento a quaisquer novos requisitos. Os<br />

grupos de trabalho devem ser coordenados para<br />

evitar duplicação e/ou requisitos contraditórios.<br />

As discussões sobre a condução autónoma já estão<br />

em curso na UNECE, o organismo da ONU que<br />

desenvolve muitas das normas técnicas para veículos<br />

aplicáveis na UE, e no Grupo de Trabalho sobre<br />

Veículos da Comissão. Além disso, o recentemente<br />

revisto Regulamento sobre Segurança Geral (RGS)<br />

tornou obrigatória uma série de medidas de segurança,<br />

algumas das quais podem depender da IA.<br />

Responsabilidade<br />

pela inteligência artificial<br />

A responsabilidade é um princípio essencial tanto<br />

para os cidadãos, como para os agentes económicos.<br />

Garante que uma pessoa que sofreu um dano<br />

tem o direito de exigir indemnização da pessoa<br />

comprovadamente responsável por esse dano.<br />

Também cria um incentivo económico para evitar<br />

causar danos e proporciona um certo grau de<br />

segurança jurídica aos agentes económicos. Por<br />

conseguinte, é importante que qualquer quadro<br />

de responsabilidade estabeleça um equilíbrio entre<br />

proteger eficazmente as potenciais vítimas de danos<br />

e, ao mesmo tempo, conceder uma margem de<br />

manobra suficiente para o desenvolvimento de<br />

novas tecnologias, serviços e produtos. Embora<br />

os sistemas e aplicações de IA estejam a colocar<br />

novos desafios jurídicos ao atual regime de responsabilidade,<br />

eles não são assim tão diferentes<br />

de outras tecnologias, que são por vezes baseadas<br />

em software ainda mais complexo. Isto significa que<br />

estes novos desafios jurídicos não exigem grandes<br />

alterações ao regime de responsabilidade. A atual<br />

legislação da EU em matéria de segurança é eficaz<br />

e não precisa de ser fundamentalmente alterada<br />

para a inteligência artificial.<br />

A Diretiva relativa à responsabilidade decorrente<br />

dos produtos defeituosos (PLD), em particular, já<br />

fornece uma base jurídica sólida para abordar a<br />

proteção dos consumidores e pode, por conseguinte,<br />

servir de base para debates e avaliações<br />

no que respeita à proteção e indemnização eficazes<br />

dos consumidores e à indemnização por<br />

produtos com IA. Além disso, até à data não se<br />

registaram quaisquer provas concretas de que os<br />

danos causados pelas aplicações de IA não podem<br />

ser compensados utilizando o quadro atual.<br />

Consequentemente, os fornecedores do sector<br />

automóvel consideram que qualquer revisão da<br />

atual legislação da UE deve ser avaliada cuidadosamente.<br />

A revisão deve centrar-se na questão de<br />

saber se, e em que medida, as aplicações de IA e<br />

as suas especificidades são abordadas pelo atual<br />

quadro de responsabilidade. As alterações devem<br />

limitar-se a proporcionar clareza jurídica apenas<br />

quando a redação não reflecte corretamente as<br />

realidades digitais actuais. Cada participante no<br />

mercado cujo produto esteja a utilizar tecnologia<br />

de IA deve garantir que a tecnologia seja fiável,<br />

compreensível e segura. Isto significa também que,<br />

se uma aplicação de IA for mal utilizada ou fora<br />

do âmbito definido pelo produtor, o produtor ou o<br />

operador não devem ser responsabilizado.<br />

As aplicações de IA e o software moderno não têm<br />

um âmbito de utilização limitado, ao contrário<br />

dos produtos clássicos baseados em hardware.<br />

Assim, as aplicações baseadas em IA podem ser<br />

utilizadas de uma forma não especificada pelo produtor<br />

ou podem ser utilizadas de forma incorrecta<br />

não pretendida nem previsível pelo produtor. Por<br />

A IA refere-se a sistemas que apresentam um comportamento<br />

inteligente, analisando o seu ambiente e tomando medidas - com<br />

algum grau de autonomia - para atingir objetivos específicos<br />

222<br />

Top100 Aftermarket <strong>2023</strong>


IA NO AUTOMÓVEL<br />

conseguinte, em tais situações, quando a utilização<br />

especificada for claramente indicada, deve ser dada<br />

aos produtores a certeza de que a utilização pretendida<br />

aquando conceberam o produto não seja<br />

alterada pelo utilizador, de forma inadequada ou<br />

com uma intenção maliciosa.<br />

Inteligência artificial e dados<br />

A utilização de dados a bordo dos veículos é um<br />

dos principais motores da criação de serviços de<br />

mobilidade novos e inovadores. Pode também trazer<br />

melhorias significativas aos serviços existentes,<br />

como a reparação e a manutenção. Sem dados,<br />

o desenvolvimento da IA e de outras aplicações<br />

digitais é impossível. Os sistemas de aprendizagem<br />

automática, por exemplo, “aprendem” a reconhecer<br />

padrões, grupos ou anomalias através do<br />

processamento de dados de treino. Quanto mais<br />

dados de treino são fornecidos ao sistema, mais<br />

preciso e exato o sistema pode tornar-se. Os dados<br />

são a força vital da IA, o que significa que um<br />

melhor acesso e a gestão dos dados é fundamental.<br />

Como a Comissão identificou corretamente,<br />

o setor automóvel está também sujeito a desequilíbrios<br />

de poder de mercado em relação ao<br />

acesso e à utilização de dados. Atualmente, os<br />

dados a bordo dos veículos são controlados e e<br />

explorados comercialmente pelos fabricantes de<br />

veículos. Outros intervenientes no mercado, como<br />

fornecedores de automóveis, mas também oficinas<br />

de reparação independentes, companhias de<br />

seguros ou fornecedores de lugares de estacionamento,<br />

dependem dos fabricantes de veículos para<br />

disponibilizar os dados e estão, por conseguinte,<br />

numa posição de desvantagem.<br />

Para que seja criado um mercado competitivo<br />

em benefício das empresas e dos consumidores,<br />

o acesso aos dados brutos dos veículos conectados<br />

tem de cumprir vários critérios técnicos fundamentais:<br />

acesso independente e não monitorizado<br />

aos dados e recursos dos veículos, todos os dados<br />

tecnicamente disponíveis e não processados do<br />

veículo, e os terceiros devem ser autorizados a processar<br />

dados no veículo e interagir diretamente<br />

com o condutor. Deve ser reconhecido o direito<br />

dos indivíduos decidirem o que deve ser feito com<br />

os seus dados pessoais. Os fornecedores do setor<br />

automóvel estão empenhados em respeitar os<br />

princípios europeus delineados no Regulamento<br />

Geral de Proteção de Dados (RGPD) e na Diretiva<br />

Privacidade e Comunicações Eletrónicas.<br />

Por exemplo, a exigência de manter registos dos<br />

dados utilizados para a formação de sistemas de<br />

IA poderia entrar em conflito com os limites do<br />

RGPD em matéria de conservação de dados. Devese<br />

garantir que os novos requisitos potenciais não<br />

se sobreponham aos requisitos existentes. Quanto<br />

mais dados forem fornecidos ao sistema, mais preciso<br />

e exato o sistema pode tornar-se.<br />

Requisitos obrigatórios<br />

Compreendemos que muitos dos requisitos têm<br />

por objetivo garantir que a IA não crie ou nem<br />

reforce situações discriminatórias, nem se intrometa<br />

na vida privada dos cidadãos. No entanto, as<br />

utilizações da IA no setor automóvel não criam,<br />

normalmente, tais riscos. Por conseguinte, os requisitos<br />

para o nosso setor devem centrar-se principalmente<br />

em garantir a robustez e a exatidão e<br />

evitar sobrecarregar o desenvolvimento de produtos<br />

automóveis com barreiras desnecessárias. No<br />

que respeita à garantia da segurança, salientamos<br />

igualmente que a regulamentação deve centrar-se<br />

na definição de normas de segurança aceitáveis<br />

(por exemplo, com KPI) e pedir aos produtos de IA<br />

que demonstrem, através de testes que cumprem<br />

essas normas. Além disso, antes de ser formalmente<br />

proposto um quadro legislativo, recomenda-se que<br />

a Comissão realize um estudo sobre a sua aplicação<br />

ao sector automóvel (por exemplo, para a<br />

condução autónoma), a fim de garantir que os<br />

requisitos propostos são tecnicamente viáveis.<br />

Conjuntos de dados<br />

Quaisquer requisitos sobre conjuntos de dados<br />

que venham a ser impostos pelo futuro quadro<br />

legislativo devem ter em conta a duração do ciclo<br />

de desenvolvimento dos produtos do sector automóvel,<br />

que deve incluir o tempo para ensaios e<br />

certificação. Os veículos com funções autónomas<br />

que estarão nas estradas nos próximos anos já estão<br />

a ser testados. A inovação não deve ser desnecessariamente<br />

dificultada por barreiras onerosas.<br />

Os requisitos regulamentares devem ser sempre<br />

proporcionais aos possíveis riscos e deixar espaço<br />

para testes e experimentação. Por conseguinte, comentamos<br />

a seguir, os requisitos obrigatórios para<br />

as aplicações de IA de alto risco que a Comissão<br />

propôs no seu Livro Branco. No que se refere ao<br />

requisito de manutenção de registos e dados, tal<br />

exigiria um esforço significativo para catalogar,<br />

armazenar e manter (por exemplo historicizar<br />

completamente todos os dados e modelos). Nos<br />

domínios de áreas de aplicação que operam com<br />

margens reduzidas, as aplicações de IA podem<br />

tornar-se economicamente inviáveis.<br />

A cobertura dos conjuntos de dados e a sua qualidade<br />

podem ser fundamentais para a segurança<br />

das aplicações de alto risco e deve ser avaliada<br />

demonstrando a conformidade com os requisitos<br />

de segurança no âmbito da homologação de veículos<br />

ou outras normas estabelecidas para o sector<br />

automóvel. Embora a cobertura e, de um modo<br />

mais geral, a qualidade dos dados, seja importante,<br />

não deve ser um requisito obrigatório. Com certas<br />

técnicas, como a aprendizagem supervisionada é<br />

possível treinar bons sistemas mesmo em conjuntos<br />

de dados que não são inteiramente rotulados por<br />

humanos, o que é especialmente útil quando os<br />

conjuntos de dados podem não estar disponíveis,<br />

ou ser insustentáveis em termos de tempo, custos<br />

e segurança.<br />

Além disso, não existe atualmente uma ferramenta<br />

para definir e avaliar a qualidade de um<br />

conjunto de dados. É típico que os algoritmos de<br />

aprendizagem profunda sejam desenvolvidos usando<br />

três conjuntos de dados: para treinamento,<br />

validação e teste. Os modelos são ajustados utilizando<br />

o conjunto de dados de formação, enquanto<br />

o conjunto de dados de validação é utilizado<br />

No setor automóvel, as aplicações de IA baseiam-se em algoritmos<br />

de aprendizagem automática, um subconjunto da IA que constrói um<br />

modelo matemático baseado em dados de amostra<br />

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MERCADO<br />

Empresa<br />

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durante o processo de formação para verificar a<br />

qualidade do ajuste atual. O conjunto de dados de<br />

teste é utilizado para verificar odesempenho dos<br />

modelos treinados. Os três conjuntos de dados são<br />

cuidadosamente construídos para se adequarem<br />

ao seu objetivo. Só deve haver obrigações específicas<br />

dos fabricantes para garantir que os sistemas<br />

de IA sejam testados em conjuntos de dados<br />

suficientemente amplos. Os dados utilizados nas<br />

fases de formação e validação devem depender<br />

do fabricante.<br />

Prestação de informações<br />

No que respeita à obrigação de informar os consumidores/utilizadores<br />

de que estão a interagir<br />

com uma IA, os fornecedores do sector automóvel<br />

devem ter o dever de informar os seus clientes diretos<br />

(fabricantes de veículos ou outros fornecedores),<br />

mas a responsabilidade de informar o consumidor<br />

final deve caber aos fabricantes de veículos<br />

Robustez e exatidão<br />

Os requisitos propostos pela Comissão no Livro<br />

Branco são relevantes para os produtos que não<br />

estão já sujeitos a avaliações de desempenho rigorosas.<br />

Os produtos para automóveis já estão sujeitos a<br />

homologação, e os requisitos devem ser verificados<br />

no âmbito deste. A robustez necessitaria de uma<br />

definição mais clara, com limites estritos, de modo<br />

a não impor requisitos tecnicamente inviáveis (por<br />

exemplo, contra ataques de adversários).<br />

Supervisão humana<br />

Os sistemas de IA devem permanecer sob o<br />

princípio da supervisão humana, mas o contexto<br />

específico da condução autónoma deve ser tido em<br />

conta. Não é possível supervisionar cada uma das<br />

decisões tomadas por um veículo autónomo, devido<br />

ao facto de a maioria das decisões ser tomadas<br />

em tempo real. O requisito de controlo humano<br />

deve, por conseguinte, ser concebido como uma<br />

verificação antes do facto, da lógica da tomada de<br />

decisões para veículos autónomos.<br />

Uma possibilidade de controlo humano mencionada<br />

no livro branco é a imposição de restrições<br />

operacionais ao sistema, por exemplo, impondo<br />

regras sobre o comportamento de um veículo totalmente<br />

autónomo na fase de projeto. As orientações<br />

relativas ao procedimento de isenção para<br />

a homologação de veículos automatizados na UE,<br />

elaboradas pela Comissão e pelos Estados-Membros<br />

em 2019, estabelecem cinco regras principais<br />

para o comportamento de um veículo autónomo:<br />

“o veículo deve ser capaz de manter uma distância<br />

segura em relação aos outros veículos da frente;<br />

demonstrar cautela em zonas obstruídas, deixar<br />

tempo e espaço para os outros em manobras laterais,<br />

ser cauteloso com a direita de passagem, e<br />

se um acidente puder ser evitado com segurança<br />

sem causar outro, deve ser evitado”.<br />

Sistemas de identificação biométrica<br />

Falta alguma clarificação sobre o que seria considerada<br />

identificação biométrica (por exemplo,<br />

reconhecimento facial). Algumas aplicações automóveis<br />

relacionadas com a segurança, como a<br />

monitorização da consciência/sonolência do condutor<br />

ou sensores externos, podem fazer a leitura<br />

de rostos humanos, mas não devem ser consideradas<br />

como reconhecimento facial, uma vez que<br />

não colocam riscos para os direitos fundamentais.<br />

Essas aplicações podem incluir também a deteção<br />

de peões e das suas intenções, mas é necessário<br />

tornar anónimas a informação para garantir a sua<br />

privacidade.<br />

Ao racionalizar ou automatizar determinados processos e auxiliar<br />

a tomada de decisões humanas nas operações quotidianas, a IA pode<br />

proporcionar enormes benefícios às operações da cadeia logística<br />

224<br />

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IA NO AUTOMÓVEL<br />

Quadro I - Aplicações da IA na indústria automóvel<br />

As aplicações de inteligência artificial (IA) estão a tornar-se mais frequentemente integradas em veículos: a condução<br />

autónoma é o exemplo mais conhecido, mas uma vasta gama de outras aplicações também estão a ser utilizadas,<br />

tais como muitas funções de segurança de veículos, de conforto, sistemas avançados de assistência ao condutor,<br />

sistemas de conetividade e infoentretenimento, entre outros. Há muitas maneiras em que a IA já está a ser utilizada no<br />

setor automóvel para fabricar veículos mais seguro e mais confortáveis. A IA também pode ser utilizada para tomar<br />

decisões ou dar sugestões. A seguir indicamos apenas alguns exemplos de implementações práticas, a maioria das<br />

quais já estão implantadas em alguns veículos e já demonstraram a sua segurança:<br />

SISTEMAS AVANÇADOS DE TRAVAGEM DE EMERGÊNCIA<br />

reconhecimento de obstáculos (peões, ciclistas, outros veículos...) e exercendo pressão<br />

sobre os travões a fim de evitar uma colisão.<br />

CRUISE CONTROL ADAPTAtivo<br />

detetar o veículo à frente na estrada e ajustar a velocidade do veículo para manter uma distância<br />

segura do mesmo.<br />

SISTEMAS DE MANUTENÇÃO DE FAIXAS<br />

deteção de marcações de faixa e quando o veículo está a sair da sua faixa involuntária, para<br />

reajustar automaticamente a posição do veículo.<br />

ADAPTAção INTELIGENTE DA velocidADE<br />

deteção e identificação de limites de velocidade a partir de sinais de trânsito e exibindo-as<br />

no painel de instrumentos, ou mesmo ajustando automaticamente a velocidade do veículo.<br />

MONITORIZAção DA SONOLÊNCIA<br />

detetar se o condutor está a adormecer (p. ex., pálpebras inclinadas,) ou distraído (p. ex., rosto<br />

virado para um passAGeiro ou telefone), utilizando câmaras e sensores interiores, a fim de emitir<br />

um aviso e aplicar uma intervenção apropriada.<br />

VISEIRA SOLAR<br />

deteção da posição dos olhos dos condutores para uma viseira solar adaptável para lançar<br />

sombra apenas sobre os olhos, minimizando ao mesmo tempo a obstrução visual.<br />

RECONHECIMENTO FACIAL<br />

detetar e reconhecer o rosto do condutor para o identificar e desbloquear o veículo, semelhante<br />

a alguns dispositivos de telefone inteligente.<br />

CONTROLO CLIMÁTICO<br />

reconhecer as preferências dos passAGeiros e adaptar automaticamente a temperatura interior<br />

do veículo.<br />

INFOENTRETENIMENTO<br />

identificar as preferências musicais do condutor e determinar a Playlist ideal, sugerir filmes<br />

ou programas em que os passAGeiros possam estar interessados, baseados em faixas de música<br />

ou vídeos previamente tocados.<br />

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MERCADO<br />

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IA NO AUTOMÓVEL<br />

Mobilidade conectada: Foco no cliente<br />

O foco no cliente é o ADN da mobilidade conectADA. Cada vez mais, as empresas devem criar e reforçar ligações<br />

profundas com os seus clientes através de soluções para veículos conectados<br />

Quase todos os automóveis vendidos atualmente<br />

incluem funcionalidades de conetividade<br />

e a indústria reconhece que os<br />

serviços ligados ao automóvel são uma grande<br />

oportunidade para criar novos fluxos de receitas.<br />

Os veículos conectados e definidos por software<br />

estão a inaugurar uma nova era de relações com os<br />

clientes no setor automóvel. Mais importante ainda,<br />

esses veículos conectados e definidos por software<br />

estão a dar início a uma nova era de clientes. Uma<br />

plataforma de veículos conectados oferece mais do<br />

que apenas novos produtos e modelos - permite<br />

relações profundas, duradouras e simbióticas com<br />

os clientes. Mas para aproveitar esta oportunidade,<br />

os OEMs e outros fornecedores de soluções para<br />

veículos conectados precisam de interagir com os<br />

clientes de formas totalmente novas. Até 2030, 95%<br />

dos automóveis vendidos a nível mundial estarão<br />

ligados a 376 milhões de subscritores em todo o<br />

mundo com serviços telemáticos nos automóveis<br />

até 2026. Prevê-se que o mercado V2X atinja 13<br />

mil milhões de dólares até 2028. A infografia da<br />

CENTRICIDADE NO CLIENTE<br />

O ADN DA MOBILIDADE CONECTADA<br />

Capgemini aqui publicada, explora a forma como<br />

pode utilizar o seu ecossistema de parcerias para<br />

se aproximar dos seus clientes.<br />

As perspetivas do infográfico sobre veículos conectados<br />

incluem:<br />

• Transformar a experiência do cliente ao longo<br />

do ciclo de vida<br />

• Construir a lealdade do cliente<br />

• Adoção de novos modelos de venda e de propriedade/utilização<br />

CLIENTE<br />

FORNECEDORES<br />

SERVIÇOS MOBILIDADE<br />

(OEM, Gestoras de frotas, tec.)<br />

Experiência de utilizador unificada num único interface<br />

Diagnóstico a bordo<br />

Segurança rodoviária melhorada<br />

Seguros baseados na utilização<br />

PREVISÕES<br />

Prevê-se que os automóveis<br />

conectados estejam associados a<br />

175 zettabytes de dados em 2025<br />

Desenvolvimento de novos produtos em circuito fechado<br />

Serviços de pós-venda<br />

Reciclagem sustentável eficiente e renovação sustentáveis<br />

#Dados do cliente<br />

#Serviços<br />

Produtos e serviços alinhados com as necessidades<br />

Modelos alternativos de propriedade<br />

Possibilidade de serviços de assinatura por exemplo,<br />

info-entretenimento<br />

ACTIVAÇÃO<br />

67% dos clientes afirmam que os<br />

serviços conectados aumentam o<br />

valor de um automóvel e melhoram<br />

a experiência de condução<br />

Inovação e implementação eficazes<br />

Elevadas taxas de ativação<br />

Aumento da credibilidade da marca e rentabilidade<br />

#Cockpit inteligente<br />

Modelos flexíveis de aluguer e partilha de automóveis<br />

Pré-programação das preferências do cliente no veículo<br />

Portal ligado de informações sobre a conta<br />

Condução autónoma e assistida<br />

EXPERIÊNCIA<br />

DO CLIENTE<br />

20-25% das vendas de veículos<br />

deverão estar online até 2025<br />

Modelos de subscrição de concessionários OEM e partilha<br />

de automóveis<br />

Experiência de vendas melhorada e envolvimento<br />

Planos de pagamento alternativos, por exemplo, pagamento<br />

por utilização<br />

#Inteligência baseada<br />

em dados<br />

#Estilo de vida do cliente<br />

Actualizações de software e funcionalidades ao longo do<br />

ciclo de vida do veículo<br />

Publicidade direccionada de fornecedores terceiros<br />

MONETIZAÇÃO<br />

Mercado global de automóveis<br />

conectados projetado para atingir<br />

$220B em 2025<br />

Infoentretenimento, telemática, V2X<br />

Modelos de subscrição para ADAS ou pacotes de<br />

conetividade<br />

Conteúdos de terceiros através de sistemas multimédia<br />

#Estilo de vida<br />

Interacções recorrentes com fornecedor de mobilidade<br />

Relações mais profundas e duradouras<br />

Estilo de vida de mobilidade<br />

FIDELIDADE<br />

Melhorar as experiências de prévenda,<br />

venda e experiências de<br />

pós-venda, aumenta a fidelidade<br />

do cliente até 17%<br />

Processos de serviço centrados no cliente<br />

Experiência consistente e cativante ao longo do ciclo de<br />

vida do veículo<br />

Redução da rotatividade de clientes<br />

Fonte: Capgemini<br />

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