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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />
jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />
<strong>210</strong><br />
C<br />
Julho/aGosto 2023 Y<br />
PERIODICIDADE | MENSAL<br />
ANO XVIII | 3 EUROS<br />
PUB<br />
EQUIPamentos OFICINAIS<br />
UM NOVO PARADIGMA!Pág. 06<br />
Competição<br />
Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
Pág. 26 \\ A Final do Challenge <strong>Oficinas</strong> 2023,<br />
este ano dedicado às redes oficinais, contou com<br />
sete oficinas. To<strong>das</strong> demonstraram empenho,<br />
competência e conhecimento, tendo o triunfo<br />
sorrido à Auto Esteves, de Viana do Castelo<br />
INDASA Global Media Event<br />
Pág. 68 \\ A INDASA realizou o primeiro evento<br />
global para a imprensa, com o objetivo mostrar<br />
a nova realidade da empresa e o complexo<br />
sistema de fabrico dos abrasivos flexíveis de alta<br />
performance Rhyno<br />
Dmitry Zadorojnii<br />
Pág. 52 \\ O novo «hub» da Autodoc em Oeiras<br />
deverá tornar-se o principal centro tecnológico<br />
da empresa. Junto do Co-CEO da Autodoc,<br />
Dmitry Zadorojnii, fomos perceber a importância<br />
deste marco estratégico em terras lusas<br />
Avarias comuns<br />
Pág. 78 \\ Algumas <strong>das</strong> avarias mais comuns são<br />
facilmente identifica<strong>das</strong> apenas pelo seu som,<br />
embora outras permanecem sem aviso. O ruído<br />
que o automóvel produz pode dar pistas para<br />
anteciparmos um problema maior<br />
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M<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
REVISTA<br />
MAIORES DISTRIBUIDORES<br />
AFTERMARKET<br />
EDIÇÃO 2023<br />
RESERVE O SEU ANÚNCIO!
Editorial<br />
<strong>210</strong><br />
Julho/Agosto 2023<br />
MUDAM<br />
AS REGRAS DO JOGO<br />
Folha de serviço .............................................................................. 04<br />
DESTAQUE<br />
Especial equipamentos oficinais ............................... 06<br />
COMPETIÇÃO<br />
Final Challenge <strong>Oficinas</strong> 2023 ..................................... 26<br />
CAMPANHA<br />
E-Mobility ................................................................................................ 32<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas ................................................................................................ 36<br />
Produto ...................................................................................................... 56<br />
ENTREVISTAS<br />
Clement de Valon (TMD Friction) ............................... 40<br />
Hélio Figueiredo (DP.A.A.) .................................................... 44<br />
João Costa (Mikfil) ....................................................................... 48<br />
Dmitry Zadorojnii (Autodata) ......................................... 52<br />
EVENTOS<br />
Convenção ASER .......................................................................... 62<br />
Parts Fest ............................................................................................... 66<br />
In<strong>das</strong>a Media Event .................................................................... 68<br />
Open Day Yuasa .............................................................................. 72<br />
OFICINA do Mês<br />
SDK Pneus ............................................................................................. 74<br />
PRODUTO<br />
Alfa e-Parts ........................................................................................... 76<br />
De acordo com um estudo recente da consultora McKinsey, o potencial do mercado europeu<br />
de pós-venda automóvel de peças, acessórios e equipamentos (incluindo serviços)<br />
deverá crescer em média 4% ao ano para um total de cerca de 280 mil milhões de euros<br />
até 2030. O maior crescimento registar-se-á, de longe, no mercado digital. No ano<br />
2030, os “operadores digitais” poderão representar até 25% do mercado pós-venda<br />
automóvel. Atualmente, representam cerca de 10%. O aumento <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> de peças<br />
online será enorme, e não há como fugir a esta realidade que irá sem dúvida mudar as regras do jogo,<br />
obrigando as oficinas a adaptarem-se às novas tendências e mudanças. Normalmente não existem<br />
quaisquer relações comerciais diretas entre os distribuidores de peças e os proprietários ou utilizadores<br />
de veículos como clientes finais. Mas as necessidades dos novos clientes (Millennials - nascidos entre<br />
1977 e 1995 e Geração Z - nascidos depois de 1996) têm uma influência direta e significativa nos modelos<br />
de negócio do IAM.<br />
Os consumidores que compram online as suas próprias peças automóvel dividem-se em dois grupos:<br />
os clientes do “faça você mesmo” (DIY) e os clientes do “faça por mim” (DIFM). Os clientes do DIY<br />
podem ser divididos em profissionais e amadores: existem os mecânicos que gostam de mexer no seu<br />
próprio automóvel depois do trabalho. E existem os clientes autodidatas do DIY que adoram manter<br />
o seu veículo tratado e são capazes de realizar as suas próprias reparações pequenas. Os clientes do<br />
DIFM compram as peças eles próprios, mas não sujam as mãos. Deixam o mecânico profissional realizar<br />
o trabalho, com diversas variantes a este nível: existe o DIFM particular que tem um amigo que<br />
vai instalar as peças. E existe a oficina de reparação do DIFM, onde o cliente aparece com as peças que<br />
obteve ele mesmo e os profissionais da oficina de reparação apenas cobram pela mão-de-obra.<br />
Depois existe o DIFM combinado entre a oficina de reparação e o particular, onde a oficina de reparação<br />
e o proprietário do veículo compram as peças em conjunto online, mas o proprietário do veículo<br />
paga. Deste modo, a oficina de reparação evita o problema de o proprietário poder comprar as peças<br />
erra<strong>das</strong>. A oficina de reparação trata da instalação e o cliente paga a mão-de-obra. E finalmente existe<br />
o portal de serviços do DIFM, onde os trabalhos de reparação são marcados através de uma plataforma<br />
online. Quando se trata de adquirir as peças, existem várias opções: os proprietários de automóveis<br />
podem comprar as peças eles próprios e levá-las à oficina de reparação, ou as peças podem ser encomenda<strong>das</strong><br />
através de um portal de marcações ou compra<strong>das</strong> diretamente pela oficina de reparação.<br />
Ao escolher uma oficina de reparação, os consumidores consideram não só a relação qualidade/preço<br />
que esta oferece, mas também fatores como a simpatia do pessoal e a qualidade do aconselhamento<br />
que prestam. As marcas e o conhecimento da marca têm menos peso em termos de critérios de seleção,<br />
sendo a experiência anterior e as recomendações mais influentes. A escolha da oficina de reparação é<br />
evidentemente, antes de mais, uma questão de confiança. Para as oficinas de reparação independentes,<br />
o critério-chave para a fidelidade do cliente é geralmente uma relação de longa data entre o proprietário<br />
da oficina de reparação ou mecânico e o proprietário do veículo.<br />
JOÃO VIEIRA | Diretor<br />
DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 3
FOLHA<br />
DE SERVIÇO<br />
IPSIS<br />
VERBIS<br />
DMITRY ZADOROJNII<br />
CO-CEO AUTODOC<br />
A AUTODOC É UMA EMPRESA EM<br />
RÁPIDO CRESCIMENTO. DESDE O SEU<br />
LANÇAMENTO, TORNOU-SE<br />
RAPIDAMENTE UMA DAS EMPRESAS<br />
DE INTERNET MAIS INTERESSANTES<br />
DA EUROPA. DE 2018 A 2022, A TAXA<br />
DE CRESCIMENTO ANUAL FOI EM<br />
MÉDIA DE 29%. EM 2022, A AUTODOC<br />
AUMENTOU AS SUAS VENDAS EM 8,7<br />
POR CENTO PARA 1.127,1 MILHÕES DE<br />
EUROS (2021: 1.036,4 MILHÕES DE<br />
EUROS) A NÍVEL GLOBAL. AS NOSSAS<br />
PREVISÕES DE CRESCIMENTO ESTÃO<br />
EM LINHA COM OS NOSSOS PLANOS<br />
DE EXPANSÃO. EM 2023, QUEREMOS<br />
CRESCER GLOBALMENTE NA FAIXA<br />
DE DOIS DÍGITOS<br />
IX GALA TOP 100 A CAMINHO<br />
A<br />
IX GALA TOP 100, que se realiza no dia<br />
13 de outubro, em Coimbra, está já a ser<br />
preparada e como habitualmente iremos<br />
distinguir e premiar os melhores distribuidores<br />
de peças, equipamentos, repintura e pneus, assim<br />
como as melhores oficinas de mecânica, chapa e<br />
pintura e pneus. Os Troféus TOP100 são o reconhecimento<br />
do desempenho anual dos distribuidores<br />
e oficinas do aftermarket em Portugal.<br />
Tendo como público alvo: Fabricantes, Distribuidores<br />
e Retalhistas de peças ligeiros e pesados,<br />
Repintura, Lubrificantes, Pneus e Equipamentos,<br />
Grupos de distribuição, <strong>Oficinas</strong> Independentes,<br />
Concessionários e Redes de <strong>Oficinas</strong> de<br />
mecânica ligeiros e pesados, colisão, pneus e vidros,<br />
a IX GALA TOP 100, organizada pelo <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, é um evento único e exclusivo<br />
no panorama do aftermarket em Portugal. O<br />
apoio e a confiança dos patrocinadores tem-nos<br />
permitido manter a Gala num patamar elevado,<br />
que nos enche de orgulho e nos motiva a querer<br />
tornar este evento cada vez melhor.<br />
CLÉMENT DE VALON<br />
VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO<br />
TMD FRICTION<br />
A MOBILIDADE ELÉTRICA NÃO<br />
CHEGARÁ DE UM DIA PARA O OUTRO.<br />
45% DOS NOVOS AUTOMÓVEIS<br />
COMPRADOS EM 2035 PODERÃO SER<br />
ELÉTRICOS, MAS HÁ 340 MILHÕES DE<br />
VEÍCULOS NAS ESTRADAS DA<br />
EUROPA COM UMA IDADE MÉDIA DE 12<br />
ANOS. AINDA VAI DEMORAR MUITO<br />
TEMPO ATÉ QUE O PARQUE<br />
AUTOMÓVEL SEJA TOTALMENTE<br />
ELÉTRICO<br />
HÉLIO FIGUEIREDO<br />
RESPONSÁVEL DP.A.A. - DP<br />
AUTOMOTIVE AFTERMARKET<br />
PORTUGAL<br />
OS DISTRIBUIDORES QUE SE<br />
MANTÊM, DE CERTA FORMA,<br />
DEPENDENTES DE IMPORTADORES,<br />
PODEM A QUALQUER MOMENTO VIR A<br />
SOFRER A CONCORRÊNCIA DOS SEUS<br />
ATUAIS FORNECEDORES, AO PASSO<br />
QUE OS GRUPOS DE MENOR<br />
SUSTENTABILIDADE PODERÃO SER<br />
ABSORVIDOS OU MESMO EXTINGUIR-<br />
SE, POR VIA DA DISSIDÊNCIA DOS<br />
SEUS MEMBROS PARA OUTROS<br />
PROJETOS MAIS COMPETITIVOS<br />
SEMÁFORO<br />
Morosidade nos pagamentos agrava-se<br />
Nos últimos meses tem-se agravado os<br />
prazos de pagamento dos clientes às<br />
empresas. A reação <strong>das</strong> empresas a um<br />
ano de subida <strong>das</strong> taxas de juros e de<br />
endurecimento da política monetária<br />
utilizada para lutar contra a inflação foi<br />
a necessidade de redesenhar as suas<br />
opções de financiamento empresarial. Isto<br />
representa uma mudança clara no sentido<br />
de uma maior dependência do crédito<br />
comercial nas transações B2B, com muitas<br />
empresas a pedir empréstimos, através<br />
<strong>das</strong> linhas de crédito comercial, aos seus<br />
fornecedores. Esta estratégia foi utilizada<br />
para evitar o pedido de empréstimos aos<br />
bancos, que se tornaram menos acessíveis<br />
devido ao aumento <strong>das</strong> taxas de juros.<br />
São precisos apoios<br />
para combater juros<br />
O Banco Central Europeu aumentou pela<br />
oitava vez consecutiva as taxas de juro<br />
diretoras, o que não causou surpresa,<br />
tendo em conta a determinação do<br />
banco central em atingir o objetivo de<br />
uma inflação em torno de 2% no médio<br />
prazo. Mas os efeitos deste novo aumento<br />
são controversos, pois se, por um lado,<br />
ajudam a combater a inflação, por<br />
outro, intensificam as dificuldades nas<br />
condições de financiamento por parte<br />
<strong>das</strong> empresas e <strong>das</strong> famílias. Este novo<br />
aumento <strong>das</strong> taxas de juro penaliza as<br />
empresas e agrava as suas dificuldades<br />
no financiamento, adiando investimentos<br />
na inovação, no capital humano e na<br />
transição energética, entre outros.<br />
Maior otimismo da OCDE para Portugal<br />
Depois da Comissão Europeia (CE) e<br />
do Fundo Monetário Internacional<br />
(FMI), também a OCDE reviu em alta o<br />
crescimento da economia portuguesa:<br />
2,5% em 2023, que corresponde ao ponto<br />
central do intervalo <strong>das</strong> projeções da CE<br />
(2,4%) e do FMI (2,6%) e acima da média<br />
da zona euro (0,9%); já em 2024 abrandará<br />
para 1,5%, exatamente em linha com o<br />
projetado para a zona euro. A puxar pelo<br />
PIB estará o investimento e as exportações<br />
(sobretudo serviços, liga<strong>das</strong> ao turismo). O<br />
PRR terá um impacto positivo na evolução<br />
do investimento público, mas a OCDE não<br />
deixou de alertar para o risco da baixa<br />
execução. Perspetiva-se que a inflação vá<br />
desacelerar para 5,7% em 2023 e 3,3%<br />
em 2024.<br />
4 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
DESTAQUE<br />
EQUIPAMENTOS OFICINAIS<br />
UM NOVO PARADIGMA!<br />
A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, A PAR DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS E TÉCNICAS DE FABRICO<br />
TRADUZ-SE NUMA INOVAÇÃO CONSTANTE. OS EQUIPAMENTOS DE OFICINA TÊM OBRIGATORIAMENTE<br />
DE SEGUIR ESTA TENDÊNCIA, COM DESENVOLVIMENTO, EVOLUÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO
Patrocinador<br />
O<br />
parque automóvel português tem vindo a<br />
modernizar-se. Em poucos anos passamos<br />
de um parque de veículos movidos a motores<br />
de combustão e de mecânica simples e fácil,<br />
para carros que usam energia elétrica e são geridos<br />
por sensores e computadores. É óbvio que, no<br />
curto prazo, o investimento é obrigatório para dar<br />
resposta às mais recentes tecnologias de híbridos,<br />
elétricos e afins. São tecnologias recentes, para as<br />
quais muitas oficinas ainda não dispõem dos equipamentos<br />
mais adequados e/ou mais evoluídos.<br />
Com a garantia de trabalho e faturação, abre-se<br />
uma porta para novos investimentos, incluindo os<br />
tecnologicamente mais evoluídos e de valor mais<br />
elevado.<br />
O preço continua a ser um fator importante, mas<br />
a oficina desconfia agora mais dos equipamentos<br />
“baratos” e procura soluções mais profissionais,<br />
com um forte suporte técnico e de acordo com as<br />
exigências que sente. Existe um grande potencial<br />
de ven<strong>das</strong>, precisamente pela necessidade de serviços<br />
mais especializados e que ainda nem to<strong>das</strong><br />
as oficinas podem prestar, por não terem os equipamentos<br />
adequados ou não terem a formação devida<br />
para trabalhar com eles. Há cada vez mais e<br />
melhor tecnologia a ser produzida para este ramo,<br />
por isso, estar munido dos equipamentos e ferramentas<br />
certas é essencial e será um bom motivo<br />
para gerar ven<strong>das</strong>. Porque quem estiver melhor<br />
preparado ganha vantagens competitivas, por essa<br />
via a aquisição de equipamentos tecnologicamente<br />
mais avançados passam a ser uma necessidade que<br />
logicamente aumenta o potencial de ven<strong>das</strong>.<br />
Haverá dúvi<strong>das</strong> sobre qual o melhor equipamento<br />
e sobre o melhor conjunto de serviços associados.<br />
Na realidade, o equipamento oficinal só poderá<br />
funcionar corretamente e com rentabilidade se tiver<br />
operadores com formação específica, contrato<br />
de assistência técnica e peças, bem como contrato<br />
de linha de apoio técnico (hot line), para desfazer<br />
os quebra-cabeças. Dentre o equipamento oficinal,<br />
há os dispositivos e tecnologias que se destinam a<br />
intervir diretamente nos veículos, bem com outros<br />
equipamentos que têm por fim gerar condições<br />
de trabalho sustentáveis, zelar pelas instalações e<br />
proporcionar serviços de valor acrescentado para o<br />
cliente. Nesse sentido, todos os equipamentos que<br />
contribuam para um bom ambiente geral da oficina<br />
são igualmente necessários.<br />
Mercado diversificado e competitivo<br />
O mercado de equipamentos oficinais na atuali-<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 7
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
NO CURTO PRAZO, O INVESTIMENTO É OBRIGatÓRIO PARA<br />
daR RESPOSTA ÀS MAIS RECENTES tecnOLOGIAS DE HÍBRIDOS,<br />
ELÉTRICOS E AFINS. SÃO tecnOLOGIAS RECENTES, PARA as QUAIS<br />
MUITAS OFICINAS ainda NÃO DISPÕEM DOS EQUIPAMENTOS<br />
MAIS ADEQUADOS E/OU MAIS EVOLUÍDOS<br />
dade é bastante diversificado e competitivo.<br />
Existem muitos fabricantes,<br />
fornecedores e revendedores de equipamentos<br />
e ferramentas para oficinas<br />
de mecânica elétricas e pintura.<br />
A procura de equipamentos digitais<br />
tem aumentado, designadamente<br />
aparelhos de diagnóstico, ferramentas<br />
de programação de veículos e<br />
sistemas de gestão de oficina. As empresas<br />
estão cada vez mais preocupa<strong>das</strong><br />
com a segurança e a saúde dos<br />
trabalhadores, o que está levando à<br />
introdução de equipamentos mais<br />
ergonómicos e seguros. Existem vários<br />
distribuidores consolidados neste<br />
mercado, com forte presença em<br />
várias regiões do país, o que faz aumentar<br />
a competitividade. Em geral,<br />
o mercado de equipamentos oficinais<br />
é bastante dinâmico e oferece muitas<br />
oportunidades para empresas que<br />
conseguem inovar, oferecer preços<br />
competitivos e serviços de alta qualidade.<br />
O mercado tem evoluído de<br />
forma consistente, acompanhando<br />
as tendências internacionais e oferecendo<br />
oportunidades para empresas<br />
inovadoras e comprometi<strong>das</strong> com a<br />
qualidade e a segurança dos serviços<br />
prestados.<br />
Opinião dos especialistas<br />
Para Pedro de Jesus, diretor geral<br />
da Cometil “A evolução do mercado<br />
de equipamentos oficinais é no<br />
sentido positivo, a procura mantém<br />
um nível elevado e, mais importante,<br />
as empresas procuram qualidade<br />
o que se nota no nível de exigência<br />
que colocam na definição <strong>das</strong> opções<br />
de compra e posteriormente, na edificação<br />
dos projetos de unidades novas<br />
ou mesmo na compra de isolada<br />
de equipamentos. O bom momento<br />
que as oficinas atravessam é benéfico<br />
para o negócio. O mercado necessita<br />
de estímulos, sempre que recebe<br />
imputs positivos a reação acaba também<br />
por ser positiva, logo a procura<br />
por novos equipamentos, ferramentas<br />
e soluções de negócio vão crescer.”<br />
António Garrido, CEO da Lusilectra,<br />
refere “O mercado dos equipamentos<br />
oficinais em Portugal carateriza-<br />
-se pela elevada competitividade e<br />
maturidade. Há algum espaço para<br />
o crescimento, sobretudo nas áreas<br />
mais tecnológicas liga<strong>das</strong> aos sistemas<br />
de auxílio à condução, veículos<br />
elétricos e híbridos assim como ao<br />
nível da introdução de equipamentos<br />
que potenciem a faturação, através<br />
do diagnóstico rápido e transparente<br />
para os clientes. O facto <strong>das</strong> oficinas<br />
terem trabalho é um bom indicador<br />
para a venda de equipamentos. Encaramos<br />
o futuro com otimismo e,<br />
acreditamos que to<strong>das</strong> as transformações<br />
que o setor está a viver, sejam<br />
também positivas para a área dos<br />
equipamentos. Com a evolução tecnológica,<br />
necessitamos cada vez mais<br />
de equipamentos que melhorem a<br />
rentabilidade <strong>das</strong> oficinas, pelo que,<br />
este é seguramente, um fator diferenciador<br />
que deve ser devidamente<br />
explorado no momento da tomada<br />
de decisão.”<br />
José Mira, gerente da MG Equipamentos,<br />
considera que “A aquisição<br />
ou substituição de equipamentos oficinais<br />
tende a acompanhar a evolução<br />
tecnológica dos veículos de modo<br />
a garantir uma adequada resposta<br />
do setor da reparação automóvel<br />
aos novos desafios que lhe são colocados.<br />
Essa resposta, contudo, revela-se<br />
normalmente morosa e tardia.<br />
Razões relaciona<strong>das</strong> com receios relativos<br />
a novos investimentos, bem<br />
como o atraso legislativo relativo a<br />
novas verificações técnicas em Centros<br />
de Inspecção, explicam a situação.<br />
É natural que uma elevada taxa<br />
de ocupação média <strong>das</strong> oficinas lhes<br />
proporciona uma maior capacidade<br />
de investimento. A canalização dos<br />
proveitos para a aquisição de novos<br />
equipamentos depende do critério<br />
de cada organização, ou cada empresário.<br />
Notamos uma crescente sensibilização<br />
para a importância que os<br />
equipamentos têm no desempenho e<br />
na competitividade da oficina.<br />
Para José Morgado, diretor geral da<br />
Domingos & Morgado, “A chegada<br />
de equipamentos “Low Cost” está,<br />
cada vez mais, implementada no<br />
mercado, atingindo já um nível de<br />
qualidade impensável até ainda há<br />
bem pouco tempo. A diferenciação<br />
do mercado vai fazer-se pela qualidade<br />
dos serviços pós-venda prestados<br />
pelas empresas distribuidores. Apesar<br />
<strong>das</strong> oficinas estarem cheias de<br />
trabalho, os empresários queixam-se<br />
da rentabilidade do negócio. Isto reflete-se<br />
na venda dos equipamentos,<br />
com os empresários a investir de<br />
uma forma reativa, à perda ou à avaria<br />
do equipamento existente, em vez<br />
de aproveitar o momento para investir<br />
em equipamento novo e tecnologicamente<br />
mais desenvolvido.”<br />
8 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MAIS DE 50 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM<br />
EQUIPAMENTO ORIGINAL<br />
Distribuído por<br />
info@japopecas.pt I www.japopecas.pt
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
O PREÇO É UM FATOR IMPORTANTE NA DECISÃO DE COMPRA<br />
DE EQUIPAMENTOS OFICINAIS. OS FORNECEDORERS PRECISAM<br />
EQUILIBRAR O PREÇO COM A QUALIDADE E FUNCIONALIDADE<br />
DOS EQUIPAMENTOS, DE FORMA A OFERECER SOLUÇÕES ACESSÍVEIS<br />
E AO MESMO TEMPO LUCRATIVAS<br />
Rui Figueira, responsável de ven<strong>das</strong><br />
da Bahco, considera que “O mercado<br />
de equipamentos está em constante<br />
evolução. O preço é um fator importantíssimo<br />
para a decisão de compra<br />
em to<strong>das</strong> as empresas, mas quanto<br />
mais profissionaliza<strong>das</strong> estas se encontram<br />
melhor analisam a relação<br />
custo/benefício dos equipamentos.<br />
Um equipamento com um baixo valor<br />
monetário não é, muitas vezes,<br />
aquele que é o mais barato dado que<br />
o que podemos extrair dele poderá<br />
ser muito inferior ao que conseguimos<br />
alcançar com um produto mais<br />
caro. A incorporação de tecnologia<br />
avançada nos equipamentos é já uma<br />
realidade e terá sempre um maior<br />
peso no desenvolvimento de novos<br />
produtos, sejam no diagnóstico, reparação,<br />
manutenção e substituição<br />
de peças. Temos de ter presente<br />
que o parque automóvel continua a<br />
envelhecer o que leva a uma maior<br />
necessidade de reparação e manutenção<br />
dos veiculos, o que tem necessariamente<br />
implicação na procura<br />
de equipamento. Por outro lado, os<br />
veículos têm uma cada vez maior in-<br />
corporação de tecnologia, o que obriga<br />
os fabricantes de equipamento e<br />
os utilizadores desse equipamento a<br />
acompanhar essa evolução.<br />
Para Vitor Rocha, CEO da Altaroda<br />
“Aos dias de hoje, as oficinas sentem-se<br />
mais confiantes. Os clientes<br />
vão à oficina e proporcionam negócio.<br />
Pode não ser com as margens<br />
do passado, mas o movimento gera<br />
confiança e um sentimento de positividade<br />
relativamente ao futuro. Este<br />
cenário é benéfico para todos e reflete-se,<br />
claro, em compras por parte<br />
<strong>das</strong> oficinas. Esta onda de positividade<br />
gere confiança e por consequência<br />
ven<strong>das</strong>. As oficinas estiveram muito<br />
retraí<strong>das</strong> no que está relacionado<br />
com investimentos, tendo realizado<br />
o mínimo nestes últimos anos.<br />
Agora, com o aumento de viaturas<br />
elétricas e híbri<strong>das</strong>, a evolução “diária”<br />
da tecnologia <strong>das</strong> viaturas, o regresso<br />
<strong>das</strong> viaturas às estra<strong>das</strong>, tudo<br />
isto implica investimentos, quer em<br />
equipamentos tecnologicamente<br />
mais evoluídos, quer na manutenção<br />
dos existentes.”<br />
Rui Bolas, diretor geral da Bolas,<br />
afirma que “O mercado automóvel<br />
é provavelmente um dos mercados<br />
mais dinâmicos que podemos hoje<br />
encontrar. A evolução tecnológica,<br />
a par do desenvolvimento de novos<br />
materiais e técnicas de fabrico traduz-se<br />
numa inovação constante. Os<br />
equipamentos de oficina têm obrigatoriamente<br />
de seguir esta tendência,<br />
com desenvolvimento, evolução e<br />
especialização constante. Aliás, não<br />
só os equipamentos como também<br />
os recursos humanos, pois são fundamentais<br />
no sucesso de qualquer 7<br />
oficina ou empresa. Desta forma os<br />
equipamentos oficinais atualmente<br />
estão mais sofisticados, mais digitais,<br />
mais práticos e com uma crescente<br />
preocupação com a segurança e interação<br />
com o utilizador.”<br />
Silvia Sauer, gestora de produto diagnóstico,<br />
equipamentos e serviços para<br />
as oficinas, da Bosch, considera que<br />
“O mercado dos equipamentos oficinais<br />
está cada vez mais concorrencial,<br />
em constante movimento e tem vindo<br />
a adaptar-se constantemente a novas<br />
tendências do mercado, novas leis e<br />
novos desafios tecnológicos. O facto<br />
de o negócio estar a desenvolver-se<br />
de forma positiva e com perspetivas<br />
de crescimento para as oficinas é<br />
sempre positivo na sua generalidade.<br />
O desenvolvimento do negócio por<br />
parte <strong>das</strong> oficinas significa que têm<br />
também a necessidade de ter cada vez<br />
uma maior variedade de produtos e<br />
serviços para responder às crescentes<br />
necessidades do mercado.<br />
<br />
Edmundo Costa, diretor geral de<br />
projeto e compras, da Cetrus, é da<br />
opinião que “O mercado dos equipamentos<br />
oficinais tem-se mantido<br />
estável nos últimos anos, no que<br />
diz respeito aos maiores fabricantes<br />
mundiais e respetivos distribuidores<br />
em Portugal. As grandes mudanças<br />
têm sido no agrupamento de algumas<br />
destas empresas em grupos cada<br />
vez maiores, com mais marcas. A<br />
evolução dos equipamentos propriamente<br />
ditos, tem sido uma constante,<br />
aliás não pode ser de outra forma.<br />
O nosso foco é sempre ajudar o nosso<br />
cliente a tornar o seu negócio mais<br />
<br />
<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
CM<br />
MY<br />
MY<br />
CY<br />
CY<br />
CMY<br />
CMY<br />
K<br />
10 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
entável e produtivo. Havendo maior<br />
disponibilidade financeira <strong>das</strong> oficinas<br />
para novos investimentos, e havendo<br />
novas necessidades a resolver,<br />
entendemos que isso pode ajudar à<br />
venda de equipamentos.”<br />
António Gonçalves, CEO da Gonçalteam,<br />
refere que “O mercado dos<br />
equipamentos é bastante ativo e cada<br />
vez mais técnico. A evolução tem sido<br />
bastante positiva, notando-se que os<br />
responsáveis pelas oficinas procuram<br />
estar atualizados quer em termos de<br />
equipamento quer em termos de conhecimento.<br />
O número crescente de<br />
serviços prestados confere à oficina<br />
a potencialidade de fazer novos investimentos,<br />
quer pela necessidade<br />
de substituição dos equipamentos já<br />
existentes quer pela obrigatoriedade<br />
de se manter atualizada.”<br />
Frederico Abecasis, Country Manager<br />
da Hella Gutmann, diz que<br />
“A evolução tem sido no sentido dos<br />
construtores de automóveis cada vez<br />
mais protegerem os seus veículos, o<br />
que constitui um grande desafio para<br />
o mercado <strong>das</strong> oficinas independentes<br />
multimarca. O aftermarket tem<br />
crescido significativamente fruto do<br />
envelhecimento do parque e da entrada<br />
de veículos usados com poucos<br />
anos vindos do norte da Europa, na<br />
sua grande maioria. Isto trará seguramente<br />
mais serviço às oficinas<br />
multimarca mas também vem exigir<br />
uma maior capacidade de resposta<br />
no que toca aos equipamentos que<br />
têm à disposição. Uma oficina que<br />
queira dar uma boa resposta aos<br />
clientes, terá de estar apetrechada<br />
com mais do que uma única solução<br />
de diagnóstico, visto que nenhuma<br />
<strong>das</strong> disponíveis poderá dar resposta<br />
a to<strong>das</strong> as situações.”<br />
Alberto Rodrigues, diretor administrativo<br />
e comercial da Iberequipe,<br />
considera que “O mercado dos equipamentos<br />
oficinais e em especial de<br />
Patrocinador<br />
diagnóstico tem de um modo geral<br />
acompanhado a evolução crescente e<br />
continua <strong>das</strong> novas tecnologias aplica<strong>das</strong><br />
aos veículos. Claro que havendo<br />
boas perspetivas de trabalho nas<br />
oficinas de reparação automóvel fará<br />
também que tenham equipamentos<br />
modernos e atualizados e isso repercute-se<br />
na venda de equipamentos.”<br />
Pedro Santos, diretor geral da Intermaco,<br />
afirma “O nosso mercado<br />
tem mostrado a sua força e resiliência<br />
nos últimos anos. A evolução do<br />
automóvel e <strong>das</strong> necessidades de<br />
serviço a prestar levou à adoção de<br />
critérios mais apertados na escolha<br />
de equipamentos e serviços de<br />
qualidade, de forma a estabelecer a<br />
confiança necessária para fidelizar<br />
o cliente utilizador dos veículos. Na<br />
nossa opinião, a evolução tem sido<br />
exatamente aí. Existe um grande<br />
potencial de ven<strong>das</strong>, precisamente<br />
pela necessidade de serviços mais especializados<br />
e que ainda nem to<strong>das</strong><br />
as oficinas podem prestar, por não<br />
terem os equipamentos adequados<br />
ou não terem a formação devida para<br />
trabalhar com eles. A complexidade<br />
dos veículos aumentou e agora, por<br />
exemplo, com os bloqueios dos seus<br />
sistemas eletrónicos, até uma simples<br />
mudança de óleo e filtro se pode<br />
tornar um pesadelo, se não tivermos<br />
um equipamento de diagnóstico de<br />
MGM_meia_baixo_2021_JO.pdf MGM_meia_baixo_2021.pdf 1 125/06/2021 22/06/202116:58<br />
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MIN. 100<br />
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MAX. 175<br />
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270<br />
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47<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 11
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL ESTÁ SUJEITA A REGULAMENTAÇÃO<br />
RIGOROSA, O QUE SIGNIFICA QUE OS EQUIPAMENTOS OFICINAIS<br />
DEVEM ATENDER A NORMAS E REGULAMENTAÇÕES RIGOROSAS<br />
PARA SEREM COMERCIALIZADOS. OS DISTRIBUIDORES<br />
PRECISAM GARANTIR QUE OS SEUS EQUIPAMENTOS ESTEJAM<br />
EM CONFORMIDADE COM ESSAS REGULAMENTAÇÕES<br />
última geração e sempre com a última<br />
atualização instalada.”<br />
Jorge Pinheiro, diretor geral da Meganor,<br />
refere que “O mercado tem<br />
mostrado uma necessidade contínua<br />
de melhoramento e atualização de<br />
equipamentos / ferramentas, traduzindo-se<br />
numa evolução positiva da<br />
procura, com o objetivo de se modernizarem<br />
e atualizarem-se. A maioria<br />
<strong>das</strong> oficinas está com bastante trabalho,<br />
os serviços oficinais têm crescido,<br />
e com isso novas oficinas abrem portas<br />
e a venda de equipamentos e ferramentas<br />
é necessária e obrigatória.”<br />
Paulo Gaspar, sócio gerente da Proxira,<br />
também é da opinião que “O<br />
mercado da venda de equipamentos<br />
tem registado uma melhoria significativa<br />
em relação ao ano anterior. Temos<br />
observado no mercado um grupo<br />
grande de clientes a quererem investir<br />
em equipamentos de forma a tornarem-se<br />
mais competitivos. O mercado<br />
tem evoluído favoravelmente, o que<br />
ajuda a venda de equipamentos.”<br />
Mário Rodrigues, diretor geral da Rodribench<br />
considera que “O mercado<br />
de equipamentos está neste momento<br />
no ponto mais alto dos últimos anos.<br />
O motivo creio eu estar relacionado<br />
com a evolução tecnológica, aliado<br />
às novas tendências do fabrico de automóveis<br />
com diversos tipos de aço e<br />
alumínio. A principal causa do crescimento<br />
é a consciência que todos têm<br />
de que é preciso acompanhar a evolução<br />
técnica dos aços, e para isso há<br />
que estar atualizado com as máquinas<br />
adequa<strong>das</strong> para cada fim e claro que<br />
com essa atualização, a qualidade e<br />
produtividade sai a ganhar.”<br />
Alexandre Corricas, diretor geral da<br />
Tecniverca, diz que “O mercado de<br />
equipamentos para oficinas, é cada<br />
vez mais marcado pela competitividade<br />
e pela permanente evolução tecnológica.<br />
As marcas tendem a apostar<br />
na diferenciação pela alta qualidade,<br />
desempenho e pela venda de equipamentos<br />
para operações e modelos<br />
específicos. Podemos afirmar que os<br />
equipamentos têm tido uma melhoria<br />
ao nível da performance e desempenho,<br />
acompanhando a exigência<br />
e a evolução do setor automóvel. As<br />
oficinas não podem ficar presas ao<br />
material antigo, porque se existem<br />
ferramentas e equipamentos mais<br />
modernos e eficientes, então será uma<br />
mais-valia para a oficina a aquisição<br />
de equipamentos atualizados, mais<br />
rápidos, que irão rentabilizar mais o<br />
trabalho. É necessário também apostar<br />
na formação continua dos mecânicos,<br />
pois os novos e tecnológicos<br />
equipamentos assim o exigem.”<br />
Bruno Gonçalves, responsável comunicação<br />
da Würth, tem a perceção<br />
que “As oficinas no mercado<br />
português encontram-se bem equipa<strong>das</strong><br />
e prepara<strong>das</strong> para a reparação<br />
e manutenção automóvel, naturalmente<br />
que assistimos hoje a uma<br />
rápida transformação tecnológica e<br />
energética, que obriga a uma adaptação<br />
e investimento em ferramentas<br />
e equipamentos adequados para<br />
o parque mais recente. Penso que<br />
quando existe uma perspetiva positiva<br />
de evolução de negócio, invariavelmente<br />
existe a necessidade de<br />
investimento na modernização dos<br />
equipamentos utilizados para deste<br />
modo melhorarmos os indicadores<br />
de produtividade e qualidade de serviço<br />
aos clientes.”<br />
to que as oficinas atravessam pode<br />
ajudar não só à venda, mas também<br />
à manutenção dos mesmos. O cliente<br />
atual procura equipamentos de qualidade<br />
com certificação e reconhecidos<br />
internacionalmente pela sua qualidade<br />
de construção, rentabilidade, durabilidade<br />
e serviço pós-venda.”<br />
José Bárbara, CEO da KROFtools<br />
refere “O segmento automóvel tem-se<br />
demonstrado cada vez mais exigente<br />
e comprometido em acompanhar as<br />
tendências do meio, o que leva a que<br />
a sua evolução seja bastante rápida.<br />
Isto deriva em parte <strong>das</strong> alterações<br />
que tem ocorrido no meio automóvel,<br />
como por exemplo da evolução dos<br />
carros a baterias e híbridos, levando a<br />
que o mercado dos equipamentos tenham<br />
de acompanhar esta evolução.<br />
As oficinas estando com trabalho, por<br />
consequência a utilizar e bem os produtos<br />
e equipamentos, origina o seu<br />
desgaste o que acaba por se refletir<br />
na sua reposição. O que naturalmente<br />
para nós marca KROFtools, é um<br />
Pedro Costa, gerente da PCC, considera<br />
que “Existe uma pequena evolução<br />
na procura de equipamentos para<br />
as oficinas, designadamente nas áreas<br />
mecânica e pintura. O bom momenbom<br />
presságio, pois vai-se refletir na<br />
procura e naturalmente nas ven<strong>das</strong>.<br />
Atualmente já temos sentido esta<br />
procura a nível de montagem dos<br />
equipamentos oficinais.”<br />
Manuel Guedes Martins, diretor geral<br />
da MGM afirma “O mercado dos<br />
equipamentos oficinais parece dar<br />
indícios de algum crescimento no que<br />
diz respeito à renovação de algumas<br />
unidades oficinais já existentes, bem<br />
como ao surgimento de outras que<br />
procuram implantar-se nesse mesmo<br />
mercado. Num contexto de crescimento<br />
do negócio <strong>das</strong> oficinas poderá<br />
haver uma procura adicional de novos<br />
equipamentos. Contudo, pensamos<br />
que existem algumas condicionantes<br />
que poderão limitar / atrasar um pouco<br />
uma decisão por parte do setor oficinal.<br />
Dado a preocupação ambiental<br />
e climática, os motores a combustão<br />
têm um fim anunciado, abrindo um<br />
caminho, mais ou menos rápido, para<br />
os veículos neutros em carbono. Mesmo<br />
assim, o parque automóvel não<br />
mudará drasticamente num curto<br />
espaço de tempo, optando os consumidores<br />
em manter os respetivos<br />
veículos por um período mais extenso.<br />
Em suma, este desconhecimento<br />
e incerteza <strong>das</strong> próximas etapas, podem<br />
atrasar um pouco as decisões de<br />
investimento.”<br />
Marta Aguilar, Category Manager da<br />
Delphi Technologies Aftermarket refere<br />
“Os equipamentos de oficina estão<br />
em constante evolução, tal como o<br />
próprio setor automóvel, adaptando-<br />
-se aos novos protocolos de diagnóstico<br />
e reparação implementados pelos<br />
fabricantes. A boa situação económica<br />
<strong>das</strong> oficinas vai facilitar a venda e<br />
substituição de equipamentos mais<br />
antigos por equipamentos mais modernos<br />
e potentes para poder realizar<br />
os trabalhos mais exigentes.” l<br />
12 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ESCOLHA CERTA!<br />
Patrocinador<br />
Manter a oficina atualizada com equipamentos recentes é o passo certo para<br />
o sucesso do negócio. para esclarecer o mercado sobre o tipo certo de<br />
equipamentos que a oficina deve escolher para rentabilizar ao máximo o seu<br />
negócio, pedimos a opinião dos especialistas do setor<br />
Pedro de Jesus, diz “Não existe uma<br />
fórmula mágica para definir o equipamento<br />
ajustado para determinada<br />
oficina, é necessário definir o que a<br />
oficina pertente alcançar, com que<br />
meios, qual o tipo de cliente final que<br />
recorre aos seus serviços, que tipo de<br />
veículos vai intervencionar e qual o<br />
leque de serviços que vai executar. Estas<br />
são apenas algumas questões que<br />
devem ser inseri<strong>das</strong> na equação que<br />
o caderno de encargos deve conter. A<br />
escolha certa é um fator chave na obtenção<br />
da rentabilização do negócio.”<br />
António Garrido considera que “Para<br />
rentabilizar o seu negócio, a oficina<br />
deve apostar em soluções técnicas<br />
que permitam um diagnóstico rápido<br />
e integrado, que facilite a análise <strong>das</strong><br />
necessidades de reparação no ato da<br />
entrega da viatura na oficina e, desta<br />
forma, explorar to<strong>das</strong> as oportunidades<br />
de negócio. Para maximizar a<br />
rentabilidade, é importante investir<br />
em equipamentos que permitam intervir<br />
nos veículos mais recentes e<br />
mais tecnológicos, nomeadamente ao<br />
nível dos sistemas ADAS, diagnóstico<br />
e equipamentos para intervenção em<br />
veículos elétricos.”<br />
Para José Mira “A oficina deverá ter<br />
em conta o tipo de serviços que presta<br />
ao cliente e, em cada área de especialidade,<br />
selecionar os equipamentos<br />
que melhor respondam com eficácia<br />
de operação, rapidez e facilidade de<br />
utilização, e que apresente índices<br />
de fiabilidade elevados. Nos casos<br />
em que a oferta de serviços é global,<br />
consideramos que o investimento em<br />
equipamentos de teste e diagnóstico<br />
apresentará uma tendência crescente<br />
a curto/médio prazo. A confiança que<br />
se deposita no Fornecedor de Equipamentos<br />
e na sua equipa, constitui<br />
um fator diferenciador que se revela<br />
decisivo nas relações cliente/fornecedor<br />
e que assume frequentemente<br />
uma componente de quase parceria<br />
em todo um processo alicerçado na<br />
competência técnica evidenciada ao<br />
longo do tempo.”<br />
José Morgado diz que “A questão<br />
primordial na escolha de equipamentos<br />
é o binómio qualidade/assistência<br />
técnica. Sem um equipamento<br />
de qualidade não há serviço<br />
de qualidade. Sem uma assistência<br />
técnica rápida e eficiente, os tempos<br />
de paragem dos equipamentos transformam-se<br />
em verdadeiros calvários<br />
para o cliente pois, além da perda<br />
do serviço perde algo bem mais difícil<br />
de conquistar… a fidelização do<br />
cliente.”<br />
Rui Figueira refere que “A palavra<br />
chave é rentabilizar. A decisão de<br />
aquisição deverá ter sempre em consideração,<br />
a qualidade, a vida útil e<br />
a produtividade do equipamento. A<br />
análise custo/benefício deve ser tida<br />
sempre em conta aquando da tomada<br />
de decisão.<br />
Vitor Rocha é da opinião que “As oficinas<br />
devem diversificar ao máximo<br />
o seu negócio, oferecendo cada vez<br />
mais o maior número de serviços<br />
possíveis. Quanto mais abrangente<br />
for a oferta, maior será a capacidade<br />
de agarrar o cliente, realizar ven<strong>das</strong><br />
cruza<strong>das</strong>, etc. Outro fator que o<br />
empresário deve levar em linha de<br />
consideração, são as especialidades<br />
de libertam maiores margens de negócio.<br />
A margem que liberta as diferentes<br />
especialidades não é igual,<br />
e pode ser inteligente cruzar com<br />
outras mais lucrativas, que podem<br />
inclusive alavancar o negócio atual.<br />
Deparamo-nos com esta realidade<br />
no negócio dos pneus, onde os operadores<br />
buscam novos negócios para<br />
compensar a curta margem que resulta<br />
da venda de pneumáticos. Por<br />
outro lado, temos um novo perfil<br />
de cliente, cada vez mais atarefado.<br />
Prefere os operadores globais, com<br />
uma oferta ampla e com capacidade<br />
para resolver todos os seus problemas<br />
num único “contacto”. Assim,<br />
cada caso será único e envolve uma<br />
análise cuidada e única.<br />
Rui Bolas diz que “A seleção do investimento<br />
deve ser criteriosamente<br />
estudada. A análise financeira e a<br />
rentabilidade têm de ser devidamente<br />
pondera<strong>das</strong>. Para além da<br />
evolução tecnológica dos equipamentos,<br />
é necessária a vertente humana,<br />
com a respetiva formação e<br />
conhecimento. Cada vez mais a tendência<br />
é que a solução mais barata<br />
não seja a mais económica. A oficina<br />
deve escolher equipamentos de<br />
qualidade em fornecedores que lhe<br />
permitam formação e assistência,<br />
bem como atualização constante de<br />
software, que é cada vez mais é um<br />
fator primordial na escolha de um<br />
parceiro.”<br />
Silvia Sauer é da opinião que “uma <strong>das</strong><br />
coisas mais importantes a ter em conta<br />
é que o equipamento de diagnóstico<br />
não se deve basear unicamente em disponibilizar<br />
informação de diagnóstico<br />
do veículo. Um reparador de veículos<br />
precisa muito mais que um código<br />
de erro, precisa de um “companheiro<br />
de viagem” para o ajudar a localizar a<br />
avaria, encontrar a solução certa para<br />
a reparação e executar trabalhos de<br />
manutenção e revisão de forma rápida,<br />
eficiente e eficaz.”<br />
Edmundo Costa esclarece que “Procuramos<br />
sempre entender muito<br />
bem a necessidade do cliente, ou<br />
então dar-lhe a conhecer novos equipamentos<br />
que podem rentabilizar ao<br />
máximo o negócio e as áreas de trabalho.<br />
Estes equipamentos, podem<br />
estar presentes em qualquer área de<br />
negócio da oficina. Desde a mecânica,<br />
à pintura, passando pela colisão,<br />
receção, pneus, lavagem, etc.. “<br />
Alberto Rodrigues sublinha que “É<br />
difícil dizer qual o equipamento que<br />
a oficina deve escolher para rentabilizar<br />
ao máximo o seu negócio, porque<br />
obviamente depende de muitos<br />
fatores. No entanto e no que diz respeito<br />
a equipamentos de diagnóstico<br />
a oficina deverá ter um equipamento<br />
versátil o mais atualizado possível e<br />
que tenha um suporte técnico que<br />
lhes dê segurança e confiança, sempre<br />
que necessitem.”<br />
Pedro Santos refere “Todos os equipamentos<br />
que aportem valor para o<br />
cliente final e todos os equipamen-<br />
CADA VEZ MAIS A TENDÊNCIA É QUE A SOLUÇÃO MAIS BARATA<br />
NÃO SEJA A MAIS ECONÓMICA. A OFICINA DEVE ESCOLHER EQUIPAMENTOS<br />
DE QUALIDADE EM FORNECEDORES QUE LHE PERMITAM FORMAÇÃO<br />
E ASSISTÊNCIA, BEM COMO ATUALIZAÇÃO CONSTANTE DE SOFTWARE<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 13
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
tos que são mesmo imprescindíveis,<br />
dada a complexidade de diagnóstico<br />
e manutenção de alguns sistemas dos<br />
veículos de hoje, podem trazer mais<br />
rentabilidade para a oficina. No final,<br />
é o condutor que vai avaliar se as oficinas<br />
estão “equipa<strong>das</strong>” e decidir se e<br />
onde a intervenção no seu carro vai<br />
ser efetuada.”<br />
Paulo Gaspar é da opinião que “A<br />
oficina nunca deve investir nos equipamentos<br />
mais baratos e não deve<br />
escolher os mais caros. Para rentabilizar<br />
o investimento deve-se adquirir<br />
equipamentos com o foco na qualidade/preço<br />
que é a base da nossa linha<br />
de comercialização.”<br />
Alexandre Corricas afirma “O tipo<br />
certo de equipamentos para a oficina<br />
conseguir mais rentabilidade, terá<br />
sempre a ver com o negócio a que a<br />
oficina se quer especializar e dessa<br />
forma, fazer uma escolha cuidadosa<br />
para prestar um serviço de qualidade.<br />
Ao oferecerem diversos serviços,<br />
básicos e avançados, as oficinas devem<br />
investir em equipamentos eficientes<br />
e tecnologias de ponta, para<br />
assegurar a qualidade do trabalho e<br />
aumentar a produtividade. As ramificações<br />
da manutenção de veículos<br />
(mecânica geral, alinhamento, trocas<br />
de óleo, sistemas de injeção…) são<br />
muito extensas, então as oficinas devem<br />
investir nos equipamentos que<br />
mais usam no seu dia a dia.”<br />
Bruno Gonçalves refere que as oficinas<br />
devem escolher “Acima de tudo<br />
equipamentos que estejam adequados<br />
à sua atividade, sobre os quais<br />
possa existir uma formação aos utilizadores<br />
e acima de tudo produtos<br />
que possam permitir ganhos reais<br />
de produtividade. Realço também a<br />
importância de olharmos para um<br />
investimento não apenas para as<br />
características técnicas de um determinado<br />
equipamento, mas tudo<br />
o que se encontra à sua volta, como<br />
por exemplo apoio técnico, garantia<br />
e serviço após venda. O fornecedor<br />
deve estar ao lado dos clientes no ato<br />
da venda de determinado produto e<br />
também posteriormente no acompanhamento<br />
da sua atividade.”<br />
José Bárbara esclarece que “O ponto<br />
central na aquisição de um equipamento<br />
ou mesmo de uma ferramenta,<br />
para uma oficina automóvel, deve<br />
ser o de identificar qual o tipo de<br />
utilização que lhe será dado, assim<br />
como o tipo(s) de trabalhos que vai<br />
executar. A especialização da oficina<br />
vai determinar a aquisição de equipamento.<br />
Tendo esta perceção é possível<br />
definir os equipamentos necessários<br />
a adquirir para a sua oficina.<br />
Os equipamentos e ferramentas tem<br />
obrigatoriamente de corresponder às<br />
necessidades de trabalho da oficina,<br />
pois existem vários modelos e especificações<br />
a levar em consideração<br />
na aquisição a fim de rentabilizar o<br />
investimento.<br />
Manuel Guedes Martins alerta “Para<br />
além da escolha criteriosa dos equipamentos<br />
de trabalho (elevadores de<br />
viaturas, compressores,…), tendo em<br />
linha de conta o seu público-alvo e a<br />
produtividade da sua atividade, deve<br />
haver também uma preocupação ao<br />
nível da organização do espaço físico<br />
oficinal (com o investimento em<br />
carros de ferramenta / banca<strong>das</strong> de<br />
trabalho), formação dos colaboradores<br />
e a criação de um fluxo adequado<br />
dos processos/procedimentos de<br />
trabalho. No tocante à poupança de<br />
energia, reduzindo quase para metade<br />
o respetivo custo, o cliente pode<br />
optar, por exemplo, pela aquisição de<br />
um compressor de parafuso com variador<br />
de velocidade e motor de íman<br />
permanente.<br />
Marta Aguilar diz “Dependendo do<br />
tipo de oficina, do tipo de trabalho<br />
que realizam, da formação dos seus<br />
técnicos etc., necessitarão de um tipo<br />
de equipamento ou outro, por exemplo,<br />
ferramentas de diagnóstico eletrónico,<br />
diagnóstico hidráulico, etc.<br />
Uma <strong>das</strong> ferramentas que ainda está<br />
em processo de chegar às oficinas é a<br />
calibração dos sistemas ADAS. Desde<br />
2020, mais de 40% dos veículos<br />
estarão equipados com pelo menos<br />
dois sistemas ADAS. A ferramenta<br />
de calibração é muito importante<br />
para múltiplas operações e para evitar<br />
a perda de controlo do veículo ou<br />
o desgaste irregular dos pneus.” l<br />
A SELEÇÃO DO INVESTIMENTO DEVE SER CRITERIOSAMENTE<br />
ESTUDADA. A ANÁLISE FINANCEIRA E A RENTABILIDADE<br />
TÊM DE SER DEVIDAMENTE PONDERADAS. PARA ALÉM DA EVOLUÇÃO<br />
TECNOLÓGICA DOS EQUIPAMENTOS, É NECESSÁRIA A VERTENTE<br />
HUMANA, COM A RESPETIVA FORMAÇÃO<br />
14 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
MANUTENÇÃO PREVENTIVA É FUNDAMENTAL<br />
Dependendo do tipo de equipamento, a manutenção preventiva pode ser um fator primordial para o bom funcionamento e<br />
para a rentabilização de uma oficina. É essencial que seja realizada, da mesma forma que os mecânicos recomendam que<br />
os seus clientes façam a manutenção dos seus carros. Isto garantirá o bom desempenho dos equipamentos bem como a<br />
sua durabilidade<br />
A manutenção preventiva tem de ser<br />
vista de dois prismas diferentes: o primeiro,<br />
com custos controlados e conhecidos,<br />
permitindo uma paragem<br />
programada dos equipamentos. O segundo,<br />
com a redução ou inexistência<br />
de paragens não programa<strong>das</strong>, a par<br />
de despesas inespera<strong>das</strong>, evitando os<br />
constrangimentos daí decorrentes:<br />
imagem negativa perante os clientes,<br />
atrasos, reclamações ou mesmo<br />
condicionantes de tesouraria. A manutenção<br />
preventiva, devidamente<br />
calendarizada, permite ainda rentabilizar<br />
tempos mortos.<br />
Os contratos de manutenção devem<br />
levar em linha de conta o tipo de equipamento<br />
a incluir no contrato, a data<br />
de aquisição, a intensidade de uso, a<br />
eventualidade de existência de atualizações<br />
de software, etc., são várias<br />
as variáveis que devem ser considera<strong>das</strong><br />
para calcular o valor trimestral,<br />
semestral ou anual do contrato de<br />
manutenção. Estes tipos de contratos<br />
são solicitados quando o empresário<br />
percebe que o prejuízo que advém de<br />
ter um determinado equipamento parado<br />
é consideravelmente superior ao<br />
investimento em mantê-lo em boas<br />
condições. O contrato de manutenção<br />
não é mais do que calcular os custos de<br />
manutenção dentro de um determinado<br />
prazo e traduzi-lo numa renda fixa.<br />
O cliente tem de ter o seu foco na sua<br />
operação, e não se preocupar com a<br />
manutenção preventiva dos equipamentos.<br />
Cabe ao fornecedor fazer essa<br />
gestão e propor ao cliente intervenções<br />
em função da avaliação do uso e dos<br />
planos de manutenção de cada equipamento.<br />
Os moldes dos contratos passam<br />
normalmente por um valor fixo<br />
para um determinando número de intervenções<br />
programa<strong>das</strong>. Estas podem<br />
eventualmente ser aumenta<strong>das</strong> ou<br />
reduzi<strong>das</strong> em função da intensidade<br />
do uso dos equipamentos. Em grande<br />
parte dos equipamentos, o contrato de<br />
manutenção é até imprescindível para<br />
assegurar a sua longevidade. Quando<br />
se compra por exemplo um elevador,<br />
pretende-se que o seu tempo de vida<br />
seja o mais alargado possível.<br />
A manutenção preventiva é sem dúvida<br />
uma boa solução para as oficinas,<br />
desde que as manutenções sejam executa<strong>das</strong><br />
pelos técnicos qualificados<br />
dos fornecedores de equipamentos.<br />
Ao procederem às manutenções periódicas<br />
e aconselha<strong>das</strong>, as oficinas<br />
evitam maior desgaste dos equipamentos<br />
e componentes. Nos contratos<br />
de manutenção deve ser formalizado<br />
detalhes da prestação de serviços<br />
entre fornecedor de equipamentos<br />
e oficina, proporcionando maior segurança<br />
para ambas as partes. Ao<br />
fazer um contrato de manutenção, o<br />
fornecedor de equipamentos mostra<br />
o quanto está comprometido com a<br />
satisfação dos clientes, podendo ser<br />
um fator de decisão entre a escolha de<br />
fornecedor, por parte do cliente. Os<br />
serviços respeitantes a ações corretivas<br />
costumam também ser incluídos<br />
nestes contratos.<br />
Nos equipamentos mais modernos,<br />
o próprio software do equipamento<br />
alerta para a necessidade da respetiva<br />
manutenção, serviço este que é<br />
realizado nas instalações do cliente,<br />
otimizando assim o tempo da operação.<br />
O contrato de manutenção deve<br />
ser realizado aquando da aquisição<br />
dos equipamentos, retirando à oficina<br />
a responsabilidade de ter que<br />
posteriormente marcar, pois muitas<br />
vezes quando é realizada já é fora do<br />
período recomendado o que pode<br />
representar insegurança nos equipamentos.<br />
Com um contrato de manutenção<br />
consegue-se a realização de<br />
parcerias a longo prazo, daí advindo<br />
uma renda recorrente. Ao mesmo<br />
tempo, um contrato de manutenção<br />
formaliza os diversos aspetos da<br />
prestação de serviços, proporcionando<br />
um acréscimo de segurança para<br />
ambas as partes. l<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
OS CONTRATOS DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS OFICINAIS<br />
SÃO SIMPLES E, NORMALMENTE, COBREM AS NECESSIDADES<br />
DE VERIFICAÇÃO, ATUALIZAÇÃO, MANUTENÇÃO OU REPARAÇÃO DOS<br />
COMPONENTES DE DESGASTE DO EQUIPAMENTO E DEVEM TER EM CONTA<br />
AS SUAS CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS, A FREQUÊNCIA DE USO<br />
E O MEIO ONDE VAI SER USADO<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
16 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MÉTODO DE AQUISIÇÃO:<br />
QUAL O MAIS FAVORÁVEL?<br />
Patrocinador<br />
Relativamente aos métodos de aquisição<br />
utilizado: pronto pagamento,<br />
leasing ou renting, perguntámos<br />
aos distribuidores de equipamentos<br />
qual o mais favorável para a oficina.<br />
A resposta varia, consoante o tipo de<br />
equipamento e da disponibilidade financeira<br />
da oficina. Na maior parte<br />
<strong>das</strong> vezes o método mais utilizado<br />
é o pronto pagamento, mas nos últimos<br />
tempos temos assistido a um<br />
aumento progressivo do renting. Se<br />
é verdade que o renting tem ganho<br />
quota de mercado no que reporta a<br />
métodos de aquisição, muitos negócios<br />
decorrem de acordo com as<br />
condições comerciais pré-negocia<strong>das</strong><br />
com o cliente, havendo inclusive, em<br />
muitas situações, equipamentos para<br />
retomar. Para a oficina será necessário<br />
um estudo de forma a identificar<br />
os prós e os contras de cada uma <strong>das</strong><br />
opções, bem como a capacidade financeira<br />
e a sua tesouraria.<br />
Podemos considerar, numa perspetiva<br />
meramente utópica, que para<br />
equipamentos sem grande evolução<br />
tecnológica se poderia adequar uma<br />
solução de leasing, enquanto para<br />
equipamentos com evoluções tecnológicas<br />
rápi<strong>das</strong> o renting poderá ser<br />
uma solução. O leasing é uma boa<br />
opção derivado à rapidez de poder<br />
começar a trabalhar sem que ter de<br />
estar à espera de fundo de maneio ou<br />
mesmo descapitalizar-se. Depende<br />
muito da disponibilidade financeira<br />
do cliente e do tipo de investimento<br />
em causa. Na maioria dos grandes<br />
investimentos o cliente opta por leasing,<br />
nos pequenos equipamentos<br />
que trazem valor e aumento de faturação<br />
imediato, e continuo, por vezes<br />
é habitual o renting, que confere<br />
contabilisticamente a melhor solução.<br />
A oficina pode equipar-se com<br />
a tecnologia mais avançada e pagar<br />
as mensalidades com a rentabilidade<br />
que o equipamento lhe vai trazer. O<br />
renting torna-se assim uma boa opção<br />
para a oficina, isto porque a prestação<br />
pode ser ajustada ao cliente, e a<br />
provar isto é o facto de que quando as<br />
oficinas acabam de pagar um equipamento,<br />
há o desejo de adquirir outro<br />
equipamento nas mesmas circunstâncias<br />
continuando com o mesmo<br />
valor da prestação.Também existe a<br />
possibilidade do cliente adquirir o<br />
equipamento por um preço simbólico<br />
no final do contrato. Esta solução<br />
permite um cliente equipar a sua oficina,<br />
diluindo o investimento em até<br />
um máximo de 60 meses. Concluindo,<br />
a melhor opção é aquela que for<br />
mais interessante no ponto de vista<br />
financeiro para quem investe, poderão<br />
existir situações em que seja vantajoso<br />
um pagamento a pronto por<br />
uma questão de oportunidade, ou a<br />
prestações caso seja mais interessante<br />
no ponto de vista contabilístico. l<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 17<br />
TOTALMENTE PERSONALIZÁVEL
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
VENDER NÃO BASTA!<br />
Hoje em dia vender não basta. É necessário compreender quais os equipamentos que se enquadram no modelo de<br />
negócio do cliente. Perguntámos aos operadores como deve ser conduzido este processo e também quais os fatores<br />
que as oficinas valorizam mais num fornecedor de equipamentos<br />
Para Pedro de Jesus “Despender<br />
meios financeiros é fácil, mas utilizá-los<br />
de forma correta exige reflexão<br />
e ponderação na tomada de decisão<br />
que conduz à aquisição de um determinado<br />
equipamento. É necessário<br />
compreender quais os objetivos que<br />
devem se alcançados, que tipo de veículos<br />
vão ser intervencionados, qual o<br />
mix de serviços que vão ser executados<br />
através da utilização de determinados<br />
equipamentos, que nível de competências<br />
são exigi<strong>das</strong> no manuseamento<br />
dos equipamentos e qual o método<br />
que deve ser empregue na venda dos<br />
serviços que são executados.”<br />
António Garrido afirma “O nosso<br />
trabalho começa na pré-venda, escutando<br />
o cliente e analisando conjuntamente<br />
as suas necessidades.<br />
Fornecemos todo o apoio técnico e<br />
suporte à tomada de decisões, estudamos<br />
o melhor layout, e fluxo<br />
de trabalho e, tendo em conta o<br />
perfil e as necessidades do cliente,<br />
definimos as soluções técnicas<br />
mais adequa<strong>das</strong>. Para além disso,<br />
dispomos de um serviço pós-venda<br />
com técnicos qualificados pelas fábricas<br />
com que trabalhamos, ponto<br />
essencial para garantir ao cliente a<br />
máxima rentabilidade dos equipamentos<br />
e soluções que fornecemos.<br />
Muitas vezes o preço é o fator mais<br />
valorizado pelas oficinas. Contudo,<br />
verificamos que ao longo do tempo<br />
o fator mais decisivo prende-se com<br />
a qualidade do serviço pós-venda e<br />
dos equipamentos.”<br />
Na opinião de José Mira “A relação<br />
de proximidade entre fornecedor e<br />
cliente continua a ser fundamental<br />
em todo o processo de aquisição de<br />
equipamentos oficinais. O aconselhamento<br />
técnico tem início na fase<br />
de seleção do equipamento, tendo<br />
em conta os objetivos pretendidos,<br />
e prossegue com as fases de projeto,<br />
instalação, formação aos operadores<br />
e serviço pós-venda.<br />
José Morgado refere “Há que avaliar<br />
corretamente tanto as necessidades<br />
como as expectativas do cliente. Subestimar<br />
os seus objetivos ou o volume<br />
de serviço, podem ser erros graves<br />
na proposta de um equipamento.<br />
Infelizmente, a cultura empresarial<br />
do sector oficinal é baixa, no nosso<br />
país. Para muitos empresários, o<br />
equipamento “é todo igual”, mas não<br />
é. Bem pelo contrário! Cada vez mais<br />
assistimos mais à introdução no<br />
mercado de equipamentos de muito<br />
baixa qualidade, com consequências<br />
desastrosas para a rentabilidade <strong>das</strong><br />
empresas, com “down times” absolutamente<br />
inaceitáveis, quer por falta<br />
de peças, quer por deficiente assistência<br />
quer – logo à partida – pela<br />
baixa qualidade do produto.”<br />
Vitor Rocha afirma “Se pretendemos<br />
construir uma relação comercial forte<br />
e duradoura, a forma de o cliente<br />
não se sentir enganado é o auxiliarmos<br />
na análise do seu negócio – nem<br />
sempre a solução mais dispendiosa é<br />
a mais vantajosa. Tentamos sempre<br />
“calçar” os sapatos do cliente de forma<br />
a ajudá-lo rentabilizar o investimento<br />
a realizar. O cliente procura<br />
num fornecedor um parceiro para<br />
a vida... alguém que seja capaz de o<br />
acompanhar no seu dia-a-dia, que<br />
identifique as suas fragilidades e o<br />
ajude a ultrapassar as dificuldades...<br />
18 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
procura alguém que o ajude a crescer<br />
e que cresça com ele. Nos dias<br />
de hoje, os meus melhores clientes<br />
são efetivamente meus amigos. Esta<br />
proximidade resulta de uma postura<br />
franca e honesta no dia-a-dia. Mais<br />
do que preço, o cliente procura confiança!”<br />
Para Rui Bolas “Cada vez mais a diferenciação<br />
é feita através do serviço<br />
– antes, durante e pós venda. É primordial<br />
um conhecimento do cliente,<br />
negócio e expetativas para o futuro de<br />
forma a identificar as soluções mais<br />
adequa<strong>das</strong>. Este processo de pré-<br />
-venda permite aconselhar o melhor<br />
investimento e os equipamentos mais<br />
adequados para que o retorno do investimento<br />
seja o mais rápido possível.<br />
Uma visita às instalações permite<br />
fazer um diagnóstico com maior<br />
exatidão e conhecer algumas variáveis<br />
importantes que por vezes ficam<br />
esqueci<strong>das</strong>. Quem faz este trabalho<br />
diariamente está mais atento a alguns<br />
pormenores que passam a quem no<br />
dia a dia tem outras preocupações. O<br />
acompanhamento durante a venda,<br />
bem como a formação permitem retirar<br />
todo o potencial do equipamento.<br />
A terceira fase relativa ao pós-venda<br />
é o último pilar. O acompanhamento<br />
constante, as atualizações atempa<strong>das</strong>,<br />
bem como o serviço são fatores determinantes<br />
para o sucesso do investimento.<br />
Atualmente – e felizmente<br />
– as empresas não analisam apenas o<br />
fator preço, mas sim a relação custo/<br />
benefício.<br />
Silvia Sauer refere “Uma <strong>das</strong> principais<br />
preocupações da Bosch enquanto<br />
fornecedor líder de produtos<br />
e serviços é dotar os nossos parceiros<br />
com os conhecimentos necessários.<br />
Por isso mesmo, disponibilizamos<br />
um amplo plano de formação alargado,<br />
com equipas especializa<strong>das</strong>, onde<br />
dispomos de diversas informações<br />
para resolução de problemas técnicos,<br />
planos de manutenção, entre<br />
outros. Primamos por um serviço<br />
pós-venda exemplar que, a nosso<br />
entender, tem extrema importância,<br />
devido à diferenciação que apresenta<br />
ao mercado. Para a Bosch aquilo que<br />
acreditamos ser o mais importante<br />
enquanto fornecedor de equipamentos<br />
é garantir que oferecemos um<br />
serviço profissional para qualquer<br />
tipo de veículos, numa ampla oferta<br />
de produtos e serviços com garantia<br />
de máxima fiabilidade. A tecnologia<br />
da gama de equipamentos de oficinas<br />
Bosch oferece uma manutenção,<br />
análise e ajuste rápido, fácil e<br />
preciso. O número e a complexidade<br />
crescentes de sistemas e peças dos<br />
veículos fazem com que as oficinas<br />
tenham de ter acesso a uma ampla<br />
informação técnica.<br />
Edmundo Costa afirma “Procuramos<br />
sempre perceber as necessidades dos<br />
clientes e a sua disponibilidade para<br />
adequar a solução. Por termos uma<br />
vasta gama de produtos, e linhas de<br />
diferente valor, podemos ter sempre<br />
uma solução à medida de cada<br />
cliente. Penso que no nosso mercado,<br />
ainda prevalece, felizmente, o<br />
fator confiança. Entendo que se o<br />
cliente sentir e souber que existe um<br />
parceiro de confiança do outro lado,<br />
obviamente desde que este seja competitivo<br />
em termos de preços, esse<br />
será o fator principal. O fator “prazo<br />
de entrega” é hoje muito importante,<br />
por isso temos aumentado os nossos<br />
stocks para poder dar uma resposta<br />
mais rápida aos clientes.”<br />
António Gonçalves desde sempre<br />
coloca o cliente em primeiro lugar e<br />
“damos a escolher sempre ao cliente<br />
a melhor proposta quer em tipo<br />
de equipamento quer em volume<br />
de investimento, apresentando as<br />
nossas sugestões e experiência. No<br />
fim é fácil chegar à melhor solução.<br />
Confiança, capacidade profissional<br />
e resposta para os maus e bons momentos,<br />
são os fatores que as oficinas<br />
Patrocinador<br />
mais valorizam num fornecedor de<br />
equipamentos.”<br />
Frederico Abecasis é da opinião que<br />
“A melhor forma de uma marca se<br />
poder diferenciar no mercado é, designadamente<br />
no que toca ao serviço<br />
pós-venda e acompanhamento dos<br />
clientes, possuir uma equipa técnica<br />
de pós-venda competente e disponível.<br />
Por outro lado, a abrangência de<br />
cada equipamento é um dos principais<br />
fatores de decisão de compra, a<br />
par com a frequência <strong>das</strong> atualizações<br />
que são feitas anualmente, uma<br />
vez que cada vez entram veículos<br />
mais recentes nas oficinas multimarca<br />
fruto dos contratos dos operadores<br />
de renting que deixaram de enviar os<br />
seu veículos para os concessionários<br />
de marca logo a partir do km zero.”<br />
Alberto Rodrigues diz que “Acontece<br />
muito sermos contactados por<br />
eventuais clientes e mesmo clientes<br />
que identificam logo que equipamentos<br />
desejam, contudo abordamo-los<br />
sempre telefonicamente para<br />
entendermos a real necessidade e<br />
eventualmente aconselharmos outro<br />
equipamento que mais se adequa<br />
às suas necessidades. As oficinas<br />
também valorizam a abordagem de<br />
apresentação e explicação o mais<br />
completa do equipamento, não só<br />
no momento da venda, mas acima de<br />
tudo no momento da entrega com a<br />
respetiva formação de utilização.”<br />
Para Pedro Santos “O cliente final,<br />
condutor do veículo, procura segurança<br />
e conforto para si e para a sua<br />
família, rapidez na reparação e custos<br />
reduzidos. A oficina tem de saber fazer<br />
isso bem, mas, como complemento,<br />
tem de fidelizar o cliente, vendendo<br />
outros serviços, como manutenção<br />
e diagnóstico preventivos, para que<br />
as reparações, no futuro, não sejam<br />
tão dispendiosas e demora<strong>das</strong>. Normalmente,<br />
o cliente aceita bem estes<br />
conselhos. As oficinas de hoje têm de<br />
ter esta “veia comercial”, de forma a<br />
rentabilizar os seus equipamentos e<br />
gerar ganhos extra. Ar condicionado,<br />
caixas automáticas, filtros de partículas,<br />
descarbonização de motores, são<br />
alguns exemplos de atividades muito<br />
rentáveis na oficina, desde que acompanha<strong>das</strong><br />
por uma forte ação comercial<br />
de divulgação dos serviços e suas<br />
vantagens. Cabe-nos ajudar a oficina<br />
a compreender a importância e rentabilidade<br />
destes novos conceitos de<br />
manutenção e reparação e a passá-los<br />
aos seus clientes.<br />
Jorge Pinheiro diz “Em primeiro<br />
lugar devemos conhecer o cliente,<br />
no nosso caso os anos de mercado<br />
permite-nos isso mesmo, o conhecimento<br />
e evolução do cliente e da<br />
sua empresa, depois devemos saber<br />
quais as suas necessidades, entretanto<br />
aconselhar e sugerir as novidades<br />
que o nosso mercado lança, para que<br />
eles acompanhem a evolução. Na<br />
venda e no pós-venda temos de estar<br />
presentes e dar a “cara” nestas duas<br />
situações, assim os clientes sente-se<br />
seguros.”<br />
Para Paulo Gaspar “Acima de tudo<br />
temos o dever de aconselhar da me-<br />
EXISTEM ALGUNS FATORES IMPORTANTES NA RELAÇÃO COM<br />
OS CLIENTES, TAIS COMO A SERIEDADE, EXPERIÊNCIA / CREDIBILIDADE<br />
NO MERCADO, ADEQUADA GESTÃO DE STOCKS DE PEÇAS<br />
DE REPOSIÇÃO / TEMPO DE RESPOSTA AO NÍVEL DA RESOLUÇÃO<br />
DE QUESTÕES TÉCNICAS, A FORMAÇÃO DOS TÉCNICOS, E ALGUM TIPO<br />
DE CERTIFICAÇÃO RELACIONADA COM A ATIVIDADE<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 19
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
lhor forma os nossos clientes. Por<br />
vezes o que o cliente procura não<br />
se adequa às suas necessidades. Na<br />
Proxira levamos a aconselhamento<br />
técnico muito a sério, sendo um critério<br />
nosso de diferenciação perante<br />
os outros players do mercado. As<br />
oficinas valorizam acima de tudo a<br />
confiança. Ninguém quer equipar<br />
uma oficina e sentir-se defraudado<br />
com o investimento. Depois há a assistência<br />
técnica e o know-how que<br />
garante a fácil resolução de problemas<br />
e dúvi<strong>das</strong>.”<br />
Mário Rodrigues afirma que “Hoje<br />
em dia, vender não é pegar num catálogo<br />
e ir para a rua. Tem que se ter<br />
um enorme conhecimento do que é a<br />
reparação automóvel (colisão), perceber<br />
se a oficina está preparada para<br />
os novos aços, e a partir daí encetar<br />
um diálogo com os responsáveis para<br />
saber as suas necessidades e fazer demonstrações<br />
para que todos cheguem<br />
a um resultado positivo. Para isso é<br />
imprescindível ter conhecimentos<br />
técnicos, equipamentos e qualidade e<br />
garantir um bom serviço pós-venda.”<br />
Alexandre Corricas sublinha “Visitar<br />
as oficinas para entender as necessidades<br />
do cliente, é o primeiro<br />
passo para atender às suas expetativas.<br />
Para garantir a sua satisfação e<br />
a fidelização, não basta fornecer um<br />
bom equipamento ou serviço, é preciso<br />
saber e conhecer se a necessidade<br />
de adquirir equipamentos é para<br />
substituição ou se pretendem disponibilizar<br />
novos serviços, aconselhando-os<br />
com as melhores soluções que<br />
permitam o desenvolvimento da sua<br />
atividade. A constante melhoria no<br />
atendimento ao cliente deve ser uma<br />
preocupação constante dos fornecedores.<br />
A oficina continua a dar muita<br />
importância ao preço dos equipamentos,<br />
embora um bom aconselhamento<br />
nos serviços de pré-venda e<br />
um bom acompanhamento nos serviços<br />
de pós-venda, possam ser grandes<br />
mais valias para os fornecedores<br />
de equipamentos. Assim, a assistência<br />
técnica e a formação são fatores<br />
muito importantes, pois representam<br />
parte da credibilidade com que<br />
o cliente avalia o fornecedor.”<br />
Bruno Gonçalves concorda que vender<br />
não basta “A Würth tem uma filosofia<br />
de acompanhamento ao mercado<br />
baseado numa ótica de parceria<br />
em que o aconselhamento técnico é<br />
crucial para que o cliente invista no<br />
melhor equipamento para as suas<br />
necessidades. Para garantirmos este<br />
modelo, apostamos na formação<br />
técnica da nossa rede comercial, na<br />
disponibilização de conteúdos programáticos<br />
para cada artigo, bem<br />
como num modelo multicanal com<br />
o intuito de estarmos mais perto dos<br />
nossos clientes.”<br />
José Bárbara tem consciência de que<br />
“O ramo automóvel é exigente e está<br />
sempre em constante mudança devendo<br />
ser efetuada uma análise <strong>das</strong><br />
necessidades e adaptar a especialização<br />
da oficina. Tentamos ajudar o<br />
nosso distribuidor fornecendo a melhor<br />
informação junto do seu cliente,<br />
ou seja as oficinas. Da parte da<br />
KROFtools cumprimos rigor no fabrico<br />
<strong>das</strong> ferramentas e equipamentos<br />
ao longo dos anos que estamos<br />
presentes no mercado, efetuando<br />
sempre análises constantes aos produtos,<br />
mantendo controlo no fabrico.<br />
Este rigor reflete-se no facto de<br />
sermos uma marca de referência no<br />
nosso ramo. Na visão da KROFtools<br />
e perante as análises que realizamos<br />
do mercado, sem dúvida que o pós-<br />
-venda é o serviço mais valorizado<br />
pelas oficinas. Acreditamos que um<br />
serviço pós-venda credível se reflete<br />
na satisfação do cliente, que é o mais<br />
importante. De forma a colmatar a<br />
necessidade dos nossos clientes, dispomos<br />
de uma especializada Equipa<br />
Técnica presente na zona norte e<br />
outra na zona sul do país, para que<br />
possamos quase de imediato solucionar<br />
as questões que vão surgindo.<br />
Aos produtos que são enviados para<br />
o nosso departamento técnico tentamos<br />
dar resposta num curto prazo.”<br />
Manuel Guedes Martins refere “Para<br />
se dar início a um processo de venda,<br />
deve ser manifestado pelo cliente<br />
a consciência / reconhecimento de<br />
uma necessidade ou problema existente<br />
na sua atividade. Neste contexto,<br />
a área comercial / técnica irá<br />
fazer, localmente, um levantamento<br />
<strong>das</strong> necessidades / expetativas do<br />
cliente. Por isso, nessa etapa do processo<br />
de venda é importante oferecer<br />
o tipo de serviço que a nossa empresa<br />
disponibiliza como uma <strong>das</strong> soluções<br />
viáveis. Quando já foram encontra<strong>das</strong><br />
to<strong>das</strong>, ou quase to<strong>das</strong>, as opções<br />
relaciona<strong>das</strong> com a solução de um<br />
problema, é hora de considerar qual<br />
é a melhor alternativa. O cliente vai<br />
proceder à listagem de todos os prós<br />
e contras de cada solução, considerando<br />
aquela(s) que melhor se adequam<br />
à necessidade identificada.”<br />
Marta Aguilar acredita que “É fundamental<br />
dar apoio à oficina durante<br />
todo o processo. Por isso, na Delphi<br />
acompanhamos e analisamos o tipo<br />
de negócio, a formação dos técnicos,<br />
o tipo de trabalho realizado nas oficinas,<br />
etc., por forma a poder aconselhar<br />
sobre o equipamento que melhor<br />
se adapta às suas necessidades.<br />
Neste sentido e sendo fiéis à nossa<br />
filosofia, trabalhamos em estreita<br />
colaboração com a nossa rede de<br />
distribuição para podermos oferecer<br />
às oficinas as soluções que melhor se<br />
adaptam às suas exigências. Por isso,<br />
para além da nossa vasta gama de<br />
produtos de qualidade OE, oferecemos<br />
uma formação abrangente através<br />
do nosso Centro de Formação e<br />
da recentemente lançada Delphi Technologies<br />
Academy.” l<br />
A MELHOR SOLUÇÃO NÃO É SEMPRE A MAIS BARATA, MAS A QUE PERMITE<br />
UM MAIOR E MAIS RÁPIDO RETORNO. NESSE SENTIDO AS OFICINAS<br />
VALORIZAM PARCEIROS QUE ESTEJAM SEMPRE DISPONÍVEIS<br />
PARA ACONSELHAMENTO E SUPORTE TÉCNICO, MAS QUE EM SIMULTÂNEO<br />
TENHAM PRODUTOS DE QUALIDADE COM UM SERVIÇO DE EXCELÊNCIA<br />
20 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
EQUIPAMENTOS<br />
OFICINAIS<br />
DESAFIOS PARA O FUTURO<br />
Fundamentalmente, o mercado enfrenta desafios como a evolução tecnológica <strong>das</strong> viaturas, concorrência desleal, a<br />
pirataria e/ou produtos de baixa qualidade. Para cada um destes desafios, os distribuidores de equipamentos tentam<br />
encontrar soluções, conforme referem nas opiniões abaixo<br />
António Garrido afirma ”Vivemos<br />
num mundo cada vez mais tecnológico,<br />
mais digital e isso está também<br />
a trazer novos desafios ao setor,<br />
quer ao nível da venda, quer do<br />
serviço pós-venda. As ven<strong>das</strong> online<br />
são cada vez mais uma realidade. Os<br />
serviços de renting de equipamentos<br />
específicos também terão uma palavra<br />
a dizer. No que diz respeito ao<br />
pós-venda, no futuro, teremos mais<br />
equipamentos conectados, muitos<br />
deles com assistência remota, com<br />
avisos de manutenção e avarias em<br />
tempo real, o que vai exigir às empresas<br />
do setor mais investimento em<br />
recursos humanos e materiais por<br />
forma a dar resposta a este desafio.”<br />
José Mira considera que “Os fabricantes<br />
de equipamentos têm<br />
demonstrado capacidade para responder<br />
com enorme rapidez aos<br />
novos desafios apresentados pelos<br />
construtores automóveis. Os distribuidores<br />
de equipamentos devem<br />
ter capacidade para apresentar essas<br />
novas soluções no mercado e, simultaneamente,<br />
propor a renovação de<br />
máquinas cujo estado e cujas prestações<br />
se apresentam, frequentemente,<br />
degrada<strong>das</strong> ou obsoletas.<br />
José Morgado “Gostava de ter uma<br />
“varinha de condão” para adivinhar<br />
qual o futuro do mercado de equipamentos,<br />
mas não é fácil. Desde logo<br />
porque a comercialização de equipamentos<br />
está totalmente alterada, a<br />
montante, desde o período da pandemia<br />
e principalmente com a invasão<br />
Russa da Ucrânia. Com os problemas<br />
globais da economia, os grandes fabricantes<br />
e os mercados mais importantes<br />
na produção de equipamentos,<br />
Asiático, Europeu e Norte-americano,<br />
estão numa transformação estratégica<br />
com aquisições e fusões que vão<br />
acabar por se refletir na distribuição<br />
no mercado português.”<br />
Para Rui Figueira “A pressão da globalização<br />
e do online não vai abrandar,<br />
irá seguramente crescer e obrigar-nos<br />
a acompanhar e a adaptar<br />
os nossos modelos de negócio. A<br />
concentração no fabrico, na distribuição<br />
e até nas redes oficinais é e<br />
será também um desafio crescente.<br />
Em Portugal, dada a nossa pequena<br />
dimensão e permeabilidade ao exterior,<br />
se não encontrarmos forma de<br />
sermos mais produtivos e eficientes e<br />
não oferecermos um serviço de proximidade<br />
junto ao utilizador final,-<br />
teremos seguramente muitas dificuldades<br />
em dominar o mercado.”<br />
Na opinião de Vitor Rocha “O fornecedor<br />
tem de assumir uma parceria<br />
com o seu cliente de forma efetiva,<br />
ajudando-o a crescer. Não podemos<br />
estar focados exclusivamente no<br />
imediato, em fazer a venda a todo<br />
o custo. Temos de ajudar o cliente<br />
a evoluir e a ganhar dinheiro. Para<br />
O MERCADO DE EQUIPAMENTOS OFICINAIS É ALTAMENTE<br />
COMPETITIVO, COM MUITOS FORNECEDORES E FABRICANTES LUTANDO<br />
POR UM LUGAR NO MERCADO. ISSO SIGNIFICA QUE AS EMPRESAS<br />
PRECISAM OFERECER SOLUÇÕES DIFERENCIADAS E DE ALTA QUALIDADE<br />
PARA SE DESTACAR DA CONCORRÊNCIA<br />
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TECNOLOGIAS. RARA É A SEMANA<br />
QUE NÃO SE HOUVE FALAR NUMA<br />
NOVA TECNOLOGIA APLICADA<br />
AO SETOR AUTOMÓVEL<br />
isso temos de o formar e ajudar<br />
a formar as suas equipas de trabalho,<br />
temos de procurar novos<br />
equipamentos e produtos, mais<br />
eficientes e ecológicos, novas áreas<br />
de negócio, etc. No nosso caso em<br />
particular, e antecipando necessidades<br />
futuras, praticamente que<br />
duplicamos os nossos recursos na<br />
área da assistência técnica, quer<br />
ao nível de colaboradores, como<br />
em viaturas dedica<strong>das</strong>. Investimos<br />
ainda num centro de formação,<br />
um espaço 100% dedicado para<br />
apoiar os nossos clientes a prepararem-se<br />
para estas novas realidades.<br />
Continuo a acreditar que,<br />
havendo confiança, fica garantida<br />
a relação comercial, e por isso investimos<br />
muito na relação com os<br />
nossos clientes. Na minha ótica, o<br />
futuro passa pela forma como os<br />
fornecedores vão conseguir interiorizar<br />
a parceria e assumi-la no<br />
seu dia-a-dia.”<br />
Para Rui Bolas “O desafio será o<br />
mercado dos equipamentos oficiais<br />
acompanhar a rapidez dos<br />
novos produtos e novas tecnologias.<br />
Rara é a semana que não se<br />
houve falar numa nova tecnologia<br />
aplicada ao sector automóvel. No<br />
passado a tecnologia surgia nos<br />
chamados topos de gama e era<br />
aplicada de forma faseada nos<br />
restantes modelos até chegar ás<br />
gamas mais baixas. Atualmente é<br />
praticamente transversal a aplicação<br />
dessas novas tecnologias. A<br />
par da aplicação da tecnologia, e<br />
tão ou mais importante, é necessário<br />
formar e qualificar os recursos<br />
humanos para que todo o processo<br />
funcione.<br />
Silvia Sauer refere “Para além da<br />
digitalização, a eletrificação é outro<br />
dos desafios, mas para a qual a<br />
Bosch se tem preparado. Estamos<br />
na linha da frente no desenvolvimento<br />
dos sistemas mais inovadores<br />
e nesse sentido estamos em<br />
vantagem no conhecimento de<br />
todos os pormenores associados<br />
ao seu funcionamento e manutenção.<br />
Por outro lado, a concorrência<br />
é cada vez mais intensa e<br />
existem cada vez mais ofertas e<br />
alternativas. Isso obriga-nos a ser<br />
cada vez mais competitivos, mas<br />
por outro lado, desafia-nos a ser<br />
cada vez melhores e mais competentes,<br />
e a proporcionar uma oferta<br />
mais completa aos clientes.”<br />
Edmundo Costa observa que<br />
“Existe uma grande tentação por<br />
partes de players de diferentes<br />
áreas de começar a vender equipamentos.<br />
Da mesma forma, as<br />
empresas de equipamentos, poderiam<br />
vender peças ou tintas por<br />
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exemplo, mas a verdade é que todos<br />
os dias surgem questões com os equipamentos,<br />
e isto obriga a uma grande<br />
especialização por parte de quem<br />
vende, monta e assiste. Dessa forma,<br />
o desafio passa por diferenciar o serviço,<br />
pelo conhecimento técnico, nas<br />
três fases do negócio.”<br />
António Gonçalves identifica vários<br />
desafios “Desde a alteração do tipo<br />
de viaturas, aos proprietários dessas<br />
mesmas viaturas, bem como a condução<br />
autónoma, sendo que por fim<br />
o mercado vai começar a ter outro<br />
tipo de prestadores de serviço. O desafio<br />
é enorme e temos de estar preparados<br />
para as alterações.”<br />
Frederico Abecasis afirma que “A<br />
tendência será a mesma a que já assistimos,<br />
ou seja, os veículos vão estar<br />
cada vez mais protegidos e isso<br />
vai trazer dificuldades adicionais à<br />
oficina independente.”<br />
Para Alberto Rodrigues “O futuro é<br />
cada vez mais difícil de se prever, mas<br />
sem dúvida que as empresas que comercializam<br />
equipamentos têm que<br />
estar muito atentas ao que o mercado<br />
vai necessitar e não o que o mercado<br />
necessita. Para o que o mercado necessita,<br />
certamente já estarão prontas.<br />
Mas para o que o mercado irá<br />
necessitar é que é muito importante.<br />
Temos que estar sempre “um passo<br />
sempre à frente!”<br />
Pedro Santos considera essencial<br />
“A capacidade de manter o foco no<br />
cliente, procurando disponibilizar<br />
sempre os melhores equipamentos<br />
apesar <strong>das</strong> mudanças constantes do<br />
mercado e <strong>das</strong> crescentes exigências<br />
financeiras. Só as empresas sóli<strong>das</strong> e<br />
com bases estrutura<strong>das</strong> poderão encarar<br />
o futuro com tranquilidade.”<br />
Para Paulo Gaspar “O maior desafio<br />
será conseguir corresponder às exigências<br />
dos clientes que têm acesso<br />
a todo o tipo de informação, estando<br />
cada vez mais exigentes com o que<br />
pretendem e quanto estão disponíveis<br />
a pagar.”<br />
Mário Rodrigues refere “Muito se<br />
fala nos desafios online, mas sinceramente<br />
ainda não vejo que essa seja a<br />
solução. A presença física, o diálogo<br />
cara a cara, explicações técnicas dos<br />
equipamentos que são cada vez mais<br />
caros e mais tecnológicos, são fatores<br />
decisivos na venda de equipamentos<br />
para as oficinas. O cliente tem de saber<br />
o que vai comprar e que corresponda<br />
às suas necessidades.”<br />
Na opinião de Alexandre Corricas<br />
“A oferta e cada vez maior que a procura.<br />
As novas tecnologias e a mobilidade<br />
fizeram com que o mercado<br />
se tornasse mais exigente e competitivo.<br />
Os fornecedores de equipamentos<br />
devem ir além da entrega<br />
do equipamento. É importante criar<br />
serviços que gerem valor para as oficinas,<br />
com a prática de métodos inovadores<br />
e sustentáveis.<br />
Por exemplo, no caso <strong>das</strong> viaturas<br />
elétricas que não necessitam de mudanças<br />
de óleo, filtros ou velas, mas<br />
precisam de outro tipo de manutenção,<br />
como travões, pneus e baterias.<br />
Para a realização deste tipo de serviços<br />
é necessário que a oficina esteja<br />
preparada tanto com ferramentas<br />
especializa<strong>das</strong>, como com recursos<br />
humanos com formação na área dos<br />
veículos elétricos. Logo, os fornecedores<br />
de equipamentos deverão antecipar<br />
as necessidades <strong>das</strong> oficinas<br />
e estarem preparados para oferecer<br />
esses equipamentos e serviços.”<br />
Bruno Gonçalves diz “Mais do que<br />
comercializar um equipamento é<br />
necessário garantir pressupostos relacionados<br />
com a formação técnica<br />
por parte de quem vende, bem como<br />
transmitir uma base de confiança sobre<br />
a qualidade do produto e serviço.<br />
Não tenho dúvida que cada vez mais<br />
os clientes olham para o potencial de<br />
um artigo não apenas pelo fator preço,<br />
que naturalmente que tem a sua<br />
importância, mas os critérios de escolha<br />
derivam para a relevância <strong>das</strong><br />
características do artigo, facilidade<br />
de utilização, disponibilidade de formação<br />
técnica e garantia de um bom<br />
serviço de apoio.”<br />
José Bárbara afirma “O mundo, os<br />
mercados, tudo no geral está em evolução<br />
constante, e o setor automóvel<br />
não é exceção. Termos de nos adaptar<br />
às novas realidades, muitas vezes<br />
em curtos espaços de tempo, a novos<br />
modelos que vão surgir, consideramos<br />
que é essa a maior dificuldade<br />
que iremos enfrentar. O consumidor<br />
está cada vez mais exigente e por<br />
consequente as oficinas também,<br />
mas o nosso objetivo continua a ser<br />
o mesmo, correspondendo às necessidades<br />
de quem nos procura.”<br />
Manuel Guedes Martins pensa que<br />
“Num futuro mais ou menos próximo,<br />
apenas as oficinas que possuam<br />
alguma capacidade de gestão, bem<br />
como um permanente acompanhamento<br />
da tecnologia emergente e<br />
dinâmica do respetivo mercado onde<br />
se inserem, irão conseguir adaptar-se<br />
e ter algum sucesso no mercado.” l<br />
A TECNOLOGIA ESTÁ A EVOLUIR RAPIDAMENTE NA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />
E OS EQUIPAMENTOS OFICINAIS PRECISAM DE SE MANTER ATUALIZADOS<br />
PARA ACOMPANHAR ESSAS MUDANÇAS. ISSO SIGNIFICA QUE OS<br />
FORNECEDORES PRECISAM ESTAR SEMPRE ATUALIZADOS E OFERECER<br />
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COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS 2023
OS 7 MAGNÍFICOS!<br />
A FINAL DO CHALLENGE OFICINAS 2023, ESTE ANO DEDICADO ÀS REDES OFICINAIS, CONTOU<br />
COM SETE OFICINAS FINALISTAS, TENDO SIDO A MAIS PARTICIPADA DE SEMPRE. DURANTE UM DIA<br />
INTENSO DE PROVAS, TODAS DEMONSTRARAM EMPENHO, COMPETÊNCIA E CONHECIMENTO,<br />
TENDO O TRIUNFO SORRIDO À AUTO ESTEVES, DE VIANA DO CASTELO
O<br />
Challenge <strong>Oficinas</strong> voltou a desafiar pelo 6º<br />
ano, as oficinas de Portugal a participarem<br />
numa competição cujo o objetivo, para<br />
além de eleger um vencedor, foi também uma forma<br />
de divulgar e promover o conceito <strong>das</strong> redes<br />
oficinais, que atualmente estão em grande fase de<br />
expansão nacional. As sete oficinas apura<strong>das</strong> para<br />
a Final representaram no seu conjunto o modelo<br />
de negócio promovido pelas redes oficinais, o qual<br />
assenta no trabalho de equipa, partilha de conhecimentos,<br />
recursos e boas práticas. Através desta<br />
competição, pretendemos mostrar como as redes<br />
de oficinas podem trazer vantagens significativas<br />
para os profissionais do setor, como acesso a formação<br />
especializada, suporte técnico, marketing e<br />
maior visibilidade no mercado.<br />
Foi muito gratificante ver o empenho de todos os<br />
profissionais presentes, que se envolveram de corpo<br />
e alma na execução dos exercícios em competição.<br />
Para efetivar toda a operação logística, o Challenge<br />
<strong>Oficinas</strong> contou com os apoios da T Academy,<br />
cujos conhecimentos e experiência foram cruciais<br />
para garantir um processo de avaliação justo e<br />
transparente, da Tips4y, que disponibilizou a plataforma<br />
DataDrive para as equipas concorrentes<br />
executarem os exercícios, assim como da Pro4Matic,<br />
que voltou a disponibilizar o seu magnífico espaço<br />
para a realização da Competição. Vários responsáveis<br />
<strong>das</strong> redes oficinais nacionais estiveram<br />
também presentes, apoiando as suas equipas.<br />
Participação ativa dos patrocinadores<br />
Nesta edição, a Competição Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
contou com seis patrocinadores: a Valvoline, Tirso<br />
Pneus, SKF, Yuasa, Bahco e Dayco. O seu apoio<br />
e investimento foram fundamentais para que o<br />
A COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS É UMA INICIATIVA<br />
QUE vaLORIZA O SETOR OFICINAL. FAZER Parte DESTE PROJETO<br />
SIGNIFICA ParticiPAR NUMA IDEIA COMUM QUE COLOCA as OFICINAS<br />
AUTOMÓVEL NO CENTRO DAS atençÕES<br />
28 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PATROCINADORES ><br />
1 2<br />
3<br />
1 A Auto Esteves (rede CGA) de Viana do Castelo, classificou-se em primeiro<br />
lugar, sendo constituída por Susete Brito, Marco Ivo Esteves e João Varajão<br />
2 A Auto Rina (rede BCS) de Viseu, classificou-se em segundo lugar, sendo<br />
constituída por Filipe Antunes, José Cardoso e Lídia Jorge<br />
3 A oficina Auto Repair & Go (rede RecOficial) de Braga, classificou-se em<br />
terceiro lugar, sendo constituída por Daniel Silva, Carlos Silva e José Mourato.<br />
evento fosse um sucesso. Durante toda a jornada,<br />
os responsáveis <strong>das</strong> empresas patrocinadoras<br />
acompanharam os trabalhos <strong>das</strong> equipas e apresentaram<br />
os seus mais recentes produtos, proporcionando<br />
assim uma experiência ainda mais enriquecedora<br />
a todos os participantes. O facto desta<br />
Competição reunir tantos patrocinadores, cujos<br />
responsáveis estiveram pessoalmente envolvidos<br />
na iniciativa, partilhando a experiência com os<br />
concorrentes, foi uma mais valia para o evento, e<br />
o reconhecimento da sua importância para as oficinas<br />
de rede.<br />
Espírito de equipa<br />
Cada oficina esteve presente com os seus melhores<br />
colaboradores, que demonstraram um grande empenho<br />
na execução dos diversos exercícios e foram<br />
os grandes protagonistas desta edição do Challenge<br />
<strong>Oficinas</strong>. As sete oficinas presentes na grande<br />
final foram:<br />
Shift Auto, da rede aserAUTO<br />
Auto Paulo & Armanda, da rede Auto Check Center<br />
Auto Rina, da rede Bosch Car Service<br />
Auto Esteves, da CGA<br />
Gocarmat Carnaxide, da Gocarmat<br />
Auto Repair & Go, da rede RecOficial<br />
Hemoauto, da rede TOPCAR<br />
Estão todos de parabéns, em primeiro lugar por<br />
terem tido a coragem de enfrentar este desafio e<br />
terem sido selecionados para a Grande Final, e em<br />
segundo lugar pelo empenho e entusiasmo que<br />
demonstraram ao longo de todo o dia de provas,<br />
num ambiente cheio de pressão, mas também de<br />
muito convívio e partilha de experiências e conhecimentos.<br />
Todos demonstraram um alto nível de<br />
profissionalismo, espírito de equipa e paixão pelo<br />
trabalho que desempenham.<br />
O exercício pedido às equipas retratava o dia a dia<br />
<strong>das</strong> oficinas, com os problemas que não estão previstos<br />
a surgir, como a ausência repentina de um<br />
técnico ou falta de material. Além disso, o sintoma<br />
com o qual o veículo entrou ou foi diagnosticado,<br />
não é muitas <strong>das</strong> vezes o que o técnico vai encontrar<br />
durante a reparação. E isso faz com que haja,<br />
permanentemente, uma mudança de planeamento.<br />
Sendo o planeamento fundamental na organização<br />
da oficina, foi isso que preparámos para<br />
a Final desta competição, pois é o processo que<br />
permite avaliar melhor o desempenho da oficina.<br />
Quem conseguisse durante as oito horas de trabalho<br />
ter mais margem bruta, ganhava a competição.<br />
O grande vencedor foi a Auto Esteves (rede CGA)<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 29
AS SETE OFICINAS FINALISTAS, ORGANIZADas EM EQUIPAS<br />
DE TRÊS ELEMENTOS, MOSTRARAM ESTAR À altURA DOS DESAFIOS<br />
QUE LHES FORAM PROPOSTOS, TENDO CONSEGUIDO RESOLVER<br />
COM EFICIÊNCIA as DIVERSAS PROVAS EM DISPUTA<br />
de Viana do Castelo, que teve como elementos da<br />
equipa: Marco Ivo Esteves, Susete Brito e João<br />
Varajão. Em segundo lugar classificou-se a Auto<br />
Rina (rede BCS) de Viseu, com Filipe Antunes,<br />
José Cardoso e Lídia Jorge. No 3º lugar do pódio<br />
ficou a oficina Auto Repair & Go (rede RecOficial)<br />
de Braga, que esteve presente com Daniel Silva,<br />
Carlos Silva e José Mourato.<br />
Balanço positivo<br />
No balanço desta sexta edição, Jorge Zózimo, presidente<br />
do Júri, referiu que “O Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
voltou a fomentar o espírito competitivo saudável<br />
entre as oficinas e promoveu o trabalho em equipa.<br />
Entusiasmaram-se os colaboradores para um desafio<br />
onde as oficinas tiveram todo um caminho para<br />
evoluir. Elevar a qualidade nas oficinas independentes<br />
foi o que tentamos fazer nesta competição.<br />
Este foi o grande objetivo da autoavaliação inerente<br />
a esta competição que é já um evento incontornável<br />
no panorama do aftermarket nacional”.<br />
Pedro Barros, CEO da Tips4y referiu “Esta é para<br />
mim uma <strong>das</strong> iniciativas mais importantes realiza<strong>das</strong><br />
no nosso mercado, e para as oficinas em<br />
particular, que reconhece talento na gestão. Temos<br />
excelentes técnicos proprietários de oficinas<br />
que não se consideram empresários porque sentem<br />
uma lacuna na área da gestão, faltando-lhes<br />
a orientação para gerar lucro e um sentido de<br />
visão que lhes permita diferenciar o seu negócio.<br />
O sucesso da atividade de reparação, sendo um<br />
negócio de serviços que vende horas, está na sua<br />
produtividade e eficiência, nas horas que compra<br />
e que vende, no seu planeamento, na antecipação<br />
que pode fazer a todos os níveis. O Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
vem precisamente premiar os melhores na<br />
arte de bem gerir uma oficina e todos desejamos<br />
melhores oficinas.”<br />
João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, referiu<br />
no final que “o trabalho feito para oferecer um<br />
Challenge <strong>Oficinas</strong> com mais oficinas finalistas,<br />
num espaço renovado para receber as equipas e<br />
patrocinadores ficou justificado com as palavras<br />
de encorajamento dos participantes que apreciaram<br />
o desenrolar da Competição e o ambiente de<br />
convívio e troca de experiências e conhecimentos.<br />
Um agradecimento especial aos patrocinadores<br />
que mantêm o apoio a esta iniciativa que destaca<br />
e mostra a todo o aftermarket, o melhor de cada<br />
oficina e <strong>das</strong> respetivas redes”. l<br />
DataDRIVE: SOLUÇÃO PENSADA PARA as OFICINAS<br />
A Tips4y, tal como aconteceu nas<br />
anteriores edições do Challenge <strong>Oficinas</strong>,<br />
voltou a disponibilizar a sua plataforma<br />
DataDrive. Assim, todos os exercícios<br />
realizados durante a final da competição<br />
Challenge <strong>Oficinas</strong> 2023 tiveram como<br />
base a solução DataDrive, que permitiu<br />
elaborar os orçamentos <strong>das</strong> operações<br />
de manutenção e reparação, com a<br />
máxima rapidez e rigor. Chama-se uma<br />
plataforma porque centraliza num<br />
único sítio to<strong>das</strong> as funcionalidades que<br />
permitem acompanhar a jornada da<br />
reparação do princípio ao fim. A oficina<br />
consegue orçamentar com base nos dados<br />
dos construtores automóveis, agendar a<br />
reparação, receber a viatura, adicionar<br />
um pacote de serviço, encomendar as<br />
peças, utilizar a informação técnica e se<br />
necessário abrir um ticket no call center<br />
técnico, sendo que por fim pode faturar o<br />
orçamento no programa de faturação.<br />
Estas abordagens permitem que o<br />
DataDrive seja um verdadeiro “painel<br />
de controlo” sobre o que se passa na<br />
oficina em relação ao negócio corrente, e<br />
sobretudo, na visão de futuro, justamente<br />
com base nos referidos indicadores.<br />
Basicamente, os gestores oficinais<br />
(utilizadores) têm a oportunidade de<br />
concentrar num único instrumento to<strong>das</strong><br />
as tarefas e dados mais importantes da sua<br />
agenda de trabalhos, incluindo a vertente<br />
de relação com fornecedores, parceiros e<br />
clientes finais.<br />
O DataDrive é uma solução pensada<br />
em conjunto com as oficinas, e para as<br />
oficinas, e pretende ser um driver para<br />
gerar conhecimento estratégico para o<br />
seu negócio. A plataforma traz uma nova<br />
experiência de gerir a informação de<br />
forma intuitiva e organizada, mas também<br />
customizada para cada cliente, procurando<br />
trazer uma nova forma de gerirem o seu<br />
negócio.<br />
Com os olhos postos no futuro, a Tips4y<br />
está a fazer um investimento significativo<br />
em soluções de ponta de CRM e de call<br />
center digital, por forma a acompanhar o<br />
seu crescimento de forma eficiente e com<br />
o objetivo claro de proporcionar sempre<br />
a melhor experiência aos nossos clientes.<br />
Em termos de produto está a migrar a<br />
tecnologia utilizada pelas suas equipas<br />
de desenvolvimento para tecnologias<br />
Mobile. Com mais de 1.000 clientes em<br />
carteira tem projetado para este ano<br />
passar a fasquia dos 2M€, onde o mercado<br />
internacional começa a ganhar cada vez<br />
maior relevância.<br />
30 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PATROCINADORES ><br />
REDES DE OFICINAS CONTINUAM A CRESCER<br />
Desde o início do ano já foram criados em Portugal seis<br />
novos conceitos de redes oficinais e a tendência é para<br />
continuar. Hoje em dia um distribuidor ou retalhista de<br />
média dimensão pode criar uma rede de oficinas, mas<br />
antes tem de criar uma estrutura para dar o apoio que<br />
o cliente oficina necessita. Não basta ter uma pessoa<br />
em teletrabalho para atender o telefone. As redes de<br />
oficinas, terão que começar a pensar como estavam<br />
organizados os importadores de automóveis e dar esse<br />
passo em frente. Existe ainda um grande caminho<br />
para as redes, onde o conhecimento da realidade do<br />
mercado e <strong>das</strong> futuras tendências é vital.<br />
Agora e cada vez mais faz sentido uma oficina<br />
independente integrar uma rede oficinal, as principais<br />
grandes vantagens são o acesso a informação<br />
técnica dos fabricantes, formação continua, acordos<br />
mais vantajosos com a maioria dos fornecedores,<br />
acesso a uma imagem corporativa, ter um plano de<br />
comunicação, ajuda no marketing local e regional,<br />
ajuda em ferramentas de gestão, acordos com as<br />
gestoras de frotas nacionais ou internacionais,<br />
campanhas especiais de pós-venda com preços<br />
fechados, ajuda no processo da digitalização, ajuda na<br />
compra de equipamentos para modernizar a oficina<br />
e atrair mais clientes, ferramentas ou programas de<br />
fidelização do cliente (“call-center”) mais abrangentes,<br />
assessoria jurídica e ambiental, acesso a sistemas de<br />
satisfação do cliente, programas de orçamentação,<br />
programas de crédito ao cliente final, programas<br />
de satisfação de clientes, viaturas de substituição,<br />
garantia dos serviços de reparação prestados em to<strong>das</strong><br />
as oficinas da rede, ou seja, oferecer mais serviços<br />
diversificados ao cliente final.<br />
As redes devem privilegiar a relação oficina-retalhistadistribuidor,<br />
permitindo que o elo intermédio desta<br />
cadeia, tantas vezes menosprezado, possa ganhar<br />
rentabilidade com a adesão dos seus clientes. A<br />
formação técnica é um pilar <strong>das</strong> redes oficinais, até<br />
devido ao facto de estarmos perante um ciclo de<br />
evolução sem precedentes no que toca à tecnologia<br />
automóvel. Para além da resposta a veículos que<br />
hoje estão a enfrentar a sua primeira manutenção ou<br />
reparação, a verdade é que também já há resposta para<br />
tecnologias automóveis que possam ser necessárias a<br />
curto ou médio prazo numa qualquer oficina nacional.<br />
Para além da óbvia presença através de site, páginas<br />
de redes sociais e nos meios de comunicação<br />
especializados, há que destacar a importância de ter<br />
uma App que permite a qualquer proprietário marcar<br />
reparações ou manutenções na sua viatura bem<br />
como falar diretamente com a sua oficina de eleição.<br />
A oficina que se junte a uma rede tem normalmente<br />
objetivos de compra de produto, que são premiados<br />
através de «rappel».<br />
A SEXTA EDIÇÃO DO CHALLENGE OFICINAS FOI A MAIS<br />
PARTICIPADA E COMPETITIVA DE TODAS ATÉ AGORA REALIZADAS.<br />
A ELEVADA QUALIDADE DAS OFICINAS FINALISTAS FEZ CRESCER<br />
O NÍVEL DA COMPETIÇÃO, QUE TEVE UMA EVOLUÇÃO POSITIVA<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 31
PATROCINADORES ><br />
REPARAÇÕES DE VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />
COMO AFETAM<br />
A OFICINA?
A CHEGADA DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS IRÁ MUDAR CERTAMENTE O DIA A DIA DA OFICINA.<br />
EXISTEM REGULAMENTOS QUE AS OFICINAS DEVEM TER EM CONSIDERAÇÃO<br />
A FIM DE REALIZAREM TRABALHOS NOS VEÍCULOS ELÉTRICOS COM SEGURANÇA,<br />
E QUE ESTÃO DEFINIDOS NOS DECRETOS-LEI 144/2012 E 90/2014<br />
O<br />
aspeto mais importante referido por<br />
estes Decretos é que o mecânico tem de<br />
possuir qualificações adequa<strong>das</strong> para<br />
trabalhar em veículos elétricos. Por outro<br />
lado, os veículos possuem uma regulamentação<br />
específica. Qualquer veículo eletrificado<br />
vendido na Europa tem de cumprir o Regulamento<br />
n.º 100 da Comissão Económica <strong>das</strong> Nações Uni<strong>das</strong><br />
para a Europa (UNECE, na sigla inglesa), que estabelece<br />
os requisitos para a homologação do seu sistema<br />
elétrico e para que funcione de forma segura para<br />
os utilizadores. Além disso, um aspeto muito importante<br />
do ponto de vista da oficina é que este Regulamento<br />
delimita que, a partir de 30 V em corrente<br />
alterna e 60 V em corrente contínua, em termos de<br />
valor eficaz, considera-se alta tensão. Portanto, como<br />
os sistemas elétricos dos veículos eletrificados superam<br />
os 60 V em corrente contínua, devemos ter em<br />
conta que estamos a trabalhar com alta tensão. Deste<br />
modo, o dia a dia <strong>das</strong> oficinas será afetado por estas<br />
exigências em maior ou menor medida, em função<br />
do trabalho nestes veículos. Por exemplo, qualquer<br />
oficina dedicada à reparação de chapa e pintura terá<br />
de incluir, entre os seus funcionários, um trabalhador<br />
autorizado a realizar operações básicas e habituais,<br />
tais como a eliminação de tensão do veículo,<br />
ao passo que qualquer oficina dedicada a reparações<br />
mecânicas terá de incluir a figura de um trabalhador<br />
qualificado, uma vez que certas operações deste tipo<br />
implicam trabalhar com risco elétrico.<br />
Trabalhar com Veículos elétricos<br />
Ao lidar na oficina com veículos com alta tensão<br />
- de acordo com o referido Regulamento n.º 100<br />
da UNECE - existem operações que garantem a<br />
segurança antes de abordarmos determina<strong>das</strong><br />
reparações. Em que consistem estas operações,<br />
denomina<strong>das</strong> como “eliminar a tensão” do veículo?<br />
O objetivo <strong>das</strong> mesmas é eliminar a presença<br />
de tensão nas partes ativas do veículo, como por<br />
exemplo, o inversor ou o motor elétrico. Para isso,<br />
em primeiro lugar, desliga-se a ignição do veículo,<br />
desligando a bateria auxiliar (12 V). Em função do<br />
veículo, será necessário desligar um fusível ou um<br />
interruptor na caixa de fusíveis. Será necessário<br />
ter sempre em conta estas diretrizes para colocar o<br />
veículo em segurança, as quais podem ser descritas<br />
como “as 5 regras de ouro”:<br />
As 5 regras de ouro:<br />
1. Desligar.<br />
2. Impedir qualquer possível fornecimento<br />
de alimentação elétrica.<br />
3. Verificar a ausência de tensão.<br />
4. Estabelecer ligação à terra e pôr em<br />
curto-circuito.<br />
5. Proteger contra elementos próximos em tensão,<br />
se necessário, e implementar uma sinalização<br />
de segurança para delimitar a zona de trabalho.<br />
As regras anteriores são aplicáveis, genericamente,<br />
a qualquer instalação elétrica. No caso de um veículo<br />
elétrico, não é necessário estabelecer a ligação<br />
à terra e pô-lo em curto-circuito, uma vez que o<br />
circuito de alta tensão é um circuito fechado. Mas,<br />
colocará a questão, tenho de pôr em segurança<br />
qualquer veículo que entre na oficina? A resposta é<br />
claramente não. Esta operação deve ser considerada<br />
quando se vão realizar intervenções no veículo que<br />
impliquem um risco elétrico, pelo que, em operações<br />
básicas como manutenções, ou durante o processo<br />
de pintura do veículo, não será necessário. É<br />
muito importante, quando realizamos a colocação<br />
em segurança, e enquanto não se verifica a ausência<br />
de tensão nas zonas ativas, que o funcionário da<br />
oficina utilize equipamentos de proteção individual<br />
(EPI) específicos para o risco elétrico: proteções<br />
faciais e oculares, luvas dielétricas, vestuário de<br />
proteção, ferramentas isola<strong>das</strong>, etc. Estes materiais<br />
têm de cumprir os regulamentos associados e estar<br />
preparados para trabalhar com as tensões exigi<strong>das</strong><br />
pelo veículo. Banca<strong>das</strong> de trabalho, gruas de oficina,<br />
etc., são ferramentas já habituais nas oficinas. Mas<br />
o veículo elétrico integra componentes de maior<br />
volume e peso, como a bateria de alta tensão (350<br />
- 600 kg). Portanto, é necessário outro tipo de ferramentas<br />
para lidar com estas baterias. Entre estas<br />
constam as mesas elevatórias, que nos permitem<br />
abordar operações de substituição ou reparação de<br />
baterias (precisamos de separar a bateria do veículo)<br />
com facilidade e segurança. l<br />
A CHEGADA DO VEÍCULO ELÉTRICO IMPLICARÁ MUDANÇas<br />
EM TODOS OS asPETOS, TANTO PARA O UTILIZADOR COMO PARA<br />
A PRÓPRIA OFICINA, QUE NECESSITA DE adaPTAR OS SEUS PROCESSOS<br />
DE TRABALHO E as FERRAMENTas<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 33
VARTA – SPONSOR CAMPANHA E-MOBILITY<br />
VE VÃO TRAZER NOVAS<br />
OPORTUNIDADES<br />
PARA QUEM SOUBER<br />
ADAPTAR-SE<br />
ROCIO FERNANDEZ<br />
DIRETORA DE MARKETING<br />
NA VARTA IBERIA<br />
A<br />
VARTA tem como um dos seus valores fundamentais<br />
o compromisso com a sustentabilidade<br />
e a preservação do meio ambiente e, nesse<br />
contexto, decidiu patrocinar a campanha E-Mobility.<br />
Rocio Fernandez, Diretora de Marketing na VARTA<br />
Iberia considera que iniciativas como esta são fundamentais<br />
para promover a consciencialização e a<br />
formação dos profissionais do setor, preparando-os<br />
para as novas tecnologias e desafios que surgem com<br />
a chegada dos veículos Start-Stop, híbridos e elétricos.<br />
Com esta colaboração, pretende reforçar o seu<br />
compromisso com a inovação, demonstrando a sua<br />
aposta no mercado de mobilidade elétrica com a bateria<br />
VARTA Silver Dynamic AGM, especialmente<br />
concebida para veículos xEV<br />
Como define o conceito E-Mobility e de que<br />
forma a VARTA está a contribuir para esta nova<br />
mobilidade?<br />
Na VARTA, entendemos a E-Mobility como uma<br />
A VARTA ACREDITA<br />
QUE O PÓS-VENDA<br />
INDEPENDENTE<br />
VAI DESEMPENHAR UM<br />
PAPEL VITAL NO SUCESSO<br />
FUTURO DOS VEÍCULOS<br />
ELÉTRICOS. MAS PARA<br />
ISSO, AS OFICINAS TÊM<br />
DE REPOSICIONAR-SE<br />
DESDE JÁ, A FIM<br />
DE GARANTIR O SEU<br />
SUCESSO NO FUTURO<br />
mudança em direção a um estilo de vida mais sustentável<br />
e ecológico, em que a redução da emissão<br />
de CO2 e a preservação do meio ambiente são fundamentais<br />
para garantir um futuro próspero. Como<br />
líderes na indústria de baterias, estamos comprometidos<br />
em fornecer soluções inovadoras e eficientes<br />
para apoiar essa transição. Por isso, desenvolvemos<br />
a bateria Silver Dynamic AGM para veículos xEV<br />
em colaboração com os principais fabricantes de<br />
veículos, que representa um grande avanço em termos<br />
de eficiência energética e desempenho.<br />
Quais os fatores que estão a impulsionar o crescimento<br />
da E-Mobility?<br />
O desenvolvimento da E-Mobility é resultado da<br />
combinação de vários fatores, como a crescente<br />
preocupação ambiental, as políticas governamentais<br />
de incentivo à mobilidade elétrica, o aumento<br />
da oferta de modelos de veículos elétricos e a<br />
consciencialização dos consumidores sobre os be-<br />
34 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PATROCINADORES ><br />
nefícios da mobilidade elétrica, como a economia<br />
de combustível e a redução da pegada de carbono.<br />
Estas tendências estão a acelerar a transição para<br />
a E-Mobility, e é por isso essencial que nos preparemos<br />
de forma responsável e comprometida para<br />
enfrentar as mudanças iminentes.<br />
Que impacto vai ter a E-Mobility no pós-venda<br />
automóvel?<br />
A transição para a E-Mobility terá um grande impacto<br />
na indústria automóvel em geral, incluindo o<br />
pós-venda. Com a crescente adoção de veículos híbridos<br />
e elétricos, haverá uma mudança na procura<br />
por serviços de manutenção e reparação de automóveis,<br />
uma vez que estes veículos possuem uma mecânica<br />
diferente dos motores de combustão interna. O<br />
pós-venda também terá novas necessidades relaciona<strong>das</strong><br />
com a manutenção e reparação de baterias e<br />
sistemas elétricos, que serão cruciais para garantir o<br />
desempenho destes novos veículos. Além disso, com<br />
o aumento da conectividade dos veículos elétricos,<br />
as oficinas também têm de estar prepara<strong>das</strong> para<br />
lidar com atualizações de software e diagnósticos<br />
remotos. Em conclusão, a transição para a E-Mobility<br />
vai trazer muitos novos desafios e oportunidades<br />
para a indústria automóvel e para o pós-venda<br />
em particular, e é importante que as empresas se<br />
adaptem e invistam em tecnologias e formação para<br />
atender às novas necessidades dos clientes. Como<br />
fabricantes comprometidos, na VARTA reconhecemos<br />
a importância de apoiar os distribuidores e<br />
as oficinas na aquisição desses conhecimentos. Por<br />
isso, fornecemos as ferramentas necessárias para<br />
oferecer serviços especializados e de qualidade.<br />
O que devem as oficinas fazer para estarem prepara<strong>das</strong><br />
e atualiza<strong>das</strong> para a E-Mobility?<br />
Para se prepararem para a chegada da E-Mobility,<br />
é imperativo que as oficinas invistam em formação<br />
especializada em veículos elétricos e híbridos, a<br />
fim de compreender to<strong>das</strong> as especificações da sua<br />
mecânica e eletrónica. Também é importante que<br />
invistam em equipamentos e ferramentas específicas<br />
para lidar com a manutenção e reparação de<br />
baterias e sistemaselétricos, além de equipamentos<br />
de diagnóstico que permitam a leitura dos códigos<br />
de falha dos veículos elétricos. Ao adotar essas medi<strong>das</strong>,<br />
as oficinas estarão melhor prepara<strong>das</strong> para<br />
atender às necessidades dos clientes com veículos<br />
elétricos e híbridos, o que pode aumentar a sua<br />
reputação e atrair mais clientes, dando-lhes uma<br />
vantagem competitiva no mercado. Na VARTA,<br />
também disponibilizamos vídeos e formações online<br />
e presenciais para explicar aos nossos clientes<br />
como esta evolução afeta as baterias.<br />
Que novos serviços podem surgir nas oficinas<br />
com a E-Mobility?<br />
Com a chegada da E-Mobility, está claro que surgirão<br />
novos serviços nas oficinas. Tais serviços podem<br />
incluir a reparação e substituição de baterias,<br />
bem como a instalação de sistemas de carregamento<br />
para veículos elétricos. Também pode haver<br />
uma maior procura por serviços de diagnóstico e<br />
atualização de software para sistemas eletrónicos<br />
e de conectividade de veículos. Além disso, as oficinas<br />
podem oferecer serviços de aconselhamento<br />
e orientação aos clientes na escolha de veículos<br />
elétricos e na instalação de carregadores em casa<br />
ou no trabalho. Em resumo, a E-Mobility abre novas<br />
oportunidades para as oficinas, que devem ser<br />
aproveita<strong>das</strong> e prepara<strong>das</strong> desde já.<br />
Considera que o pós-venda independente pode<br />
desempenhar um papel vital no sucesso futuro<br />
dos veículos elétricos?<br />
Na VARTA acreditamos que o pós-venda independente<br />
vai desempenhar um papel vital no sucesso<br />
futuro dos veículos elétricos. Mas para isso, as<br />
oficinas têm de reposicionar-se desde já, a fim de<br />
A LINHA DE PRODUTOS<br />
VARTA XEV ABRANGE<br />
97% DOS VEÍCULOS<br />
DO SEGMENTO XEV,<br />
E PROPORCIONA<br />
UM DESEMPENHO<br />
EXCECIONAL, POTÊNCIA<br />
CONSTANTE E TOTAL<br />
SEGURANÇA PARA TODOS<br />
OS VEÍCULOS<br />
DO UNIVERSO XEV<br />
garantir o seu sucesso no futuro. O carro elétrico<br />
vai trazer novas oportunidades para aqueles que<br />
souberem adaptar-se. Portanto, é de extrema importância<br />
que os mecânicos e restantes funcionários<br />
<strong>das</strong> oficinas recebam a devida formação sobre<br />
o funcionamento dos veículos elétricos e híbridos.<br />
Como é constituída a gama atual de produtos<br />
VARTA para veículos elétricos?<br />
A gama atual de produtos VARTA para veículos<br />
elétricos inclui a bateria Silver Dynamic AGM, especialmente<br />
concebida para veículos Start-Stop,<br />
híbridos e elétricos. Esta bateria, que trabalha em<br />
perfeita harmonia com as baterias de alta voltagem,<br />
utiliza a tecnologia de fibra de vidro absorvente<br />
(AGM) para proporcionar uma capacidade<br />
de armazenamento de energia otimizada e uma<br />
vida útil mais longa. A linha de produtos VARTA<br />
xEV abrange 97% dos veículos do segmento xEV, e<br />
proporciona um desempenho excecional, potência<br />
constante e total segurança para todos os veículos<br />
do universo xEV.<br />
E como vai ser a evolução da gama dos produtos<br />
VARTA para veículos elétricos?<br />
A gama de produtos VARTA para veículos elétricos<br />
continuará a evoluir de acordo com as necessidades<br />
e expansão do setor. Com o aumento do parque<br />
de veículos elétricos, a procura por baterias de alta<br />
qualidade e eficiência também aumentará. Na Clarios,<br />
fabricante <strong>das</strong> baterias VARTA, temos a sorte<br />
de trabalhar em estreita colaboração com os principais<br />
fabricantes OE (Equipamento Original), pelo<br />
que já estamos a desenvolver soluções avança<strong>das</strong> e<br />
inovadoras que chegarão ao mercado pós-venda.<br />
Como pode uma empresa como a VARTA ajudar<br />
as oficinas a prepararem-se para o futuro da<br />
E-Mobility?<br />
Graças ao questionário que lançámos em abril em<br />
Portugal, intitulado “<strong>Oficinas</strong> e as Novas Tecnologias<br />
de Veículos”, a VARTA é consciente de que a<br />
maioria <strong>das</strong> oficinas portuguesas ainda não está<br />
totalmente preparada para lidar com a manutenção<br />
de veículos elétricos. Os resultados evidenciam<br />
a necessidade de formar os mecânicos para que<br />
possam cumprir com as necessidades atuais e futuras.<br />
Com isto em mente, estamos a desenvolver<br />
programas de formação específicos no VARTA<br />
Partner Portal para fornecer aos mecânicos o conhecimento<br />
necessário para selecionar a bateria<br />
adequada para cada veículo xEV e garantir que as<br />
funções de conforto, eficiência e segurança funcionem<br />
corretamente. À medida que a tecnologia dos<br />
veículos continue a evoluir, a VARTA irá ajustar<br />
continuamente os seus programas de formação<br />
para garantir que as oficinas estejam atualiza<strong>das</strong><br />
e capacita<strong>das</strong> para atender às necessidades destas<br />
novas tecnologias. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 35
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
DELPHI TECHNOLOGIES ACADEMY<br />
AJUDA TÉCNICOS<br />
A Delphi Technologies Academy é uma plataforma de e-learning que ajuda os<br />
técnicos a aprimorar os seus conhecimentos e a ficarem a par dos mais recentes<br />
avanços tecnológicos. Cada curso do extenso plano de treino da Delphi Academy<br />
é projetado para atender às necessidades de um público amplo, de estagiários<br />
a técnicos seniores. Graças aos mais de 50 módulos de conteúdo audiovisual e<br />
interativo, que serão gradualmente ampliados, os alunos adquirem os conhecimentos<br />
mais recentes em: veículos híbridos e elétricos; sistemas elétricos de<br />
veículos; equipamentos de diagnóstico e sistemas ADAS.<br />
ANA CASTRO<br />
É A NOVA RESPONSÁVEL<br />
CONTITECH PARA PORTUGAL<br />
A<br />
Continental<br />
anunciou a integração da Ana Castro como Area Sales Manager para a<br />
Continental ContiTech – divisão de PTG para o mercado português. Com formação<br />
em Engenharia, Ana Castro vai dar continuidade ao excelente trabalho realizado<br />
pelo João Cardoso, agora noutra divisão da Continental, sendo responsável pelo desenvolvimento<br />
do mercado português. Ana Castro, suportada pelo resto da equipa da ContiTech<br />
Iberia, pretende acrescentar valor aos parceiros de negócio. Para Ana Castro “É com uma<br />
enorme satisfação e expectativa que abraço este novo desafio…Espero contribuir de forma<br />
muito positiva para esta grande equipa! Com toda a certeza, afirmo que darei o meu melhor<br />
todos os dias para que o trabalho entre todos, seja um sucesso. Não tenho dúvi<strong>das</strong> que<br />
o futuro é muito risonho para todos nós. Obrigada pela confiança”.<br />
ROADSHOW MIDAS FRANCHISING<br />
COM MUITA ADESÃO<br />
O primeiro Roadshow Mi<strong>das</strong> Franchising ocorreu em Lisboa, no passado dia<br />
22 de junho de 2023, e ficou marcado pela grande adesão e entusiasmo de<br />
todos os participantes. Contando com a presença de potenciais investidores e<br />
representantes <strong>das</strong> entidades promotoras, a sessão foi conduzida pelo Gestor<br />
de Expansão da marca, Pedro Soares, e consistiu na apresentação do projeto<br />
de franquia Mi<strong>das</strong> e no esclarecimento personalizado de to<strong>das</strong> as questões<br />
levanta<strong>das</strong>. Perante a receção a esta iniciativa, a Mi<strong>das</strong> decidiu já avançar com<br />
novas sessões deste. Roadshow, em locais e datas a confirmar. Assim, quem tiver<br />
interesse em saber mais sobre as oficinas Mi<strong>das</strong> e a sua franquia, apenas terá de<br />
ficar atento. Brevemente serão abertas as novas inscrições, em número limitado.<br />
É a oportunidade dada pela marca para que os potenciais investidores conheçam<br />
de perto a chave para o sucesso.<br />
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36 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
CELEBRA 20 ANOS COM ENCONTRO DE CENTROS<br />
VALORCAR | Decorreu a 22 de junho, no Plaza Ribeiro Telles, em Vila Franca de Xira, o encontro anual da<br />
Valorcar, que foi uma jornada de trabalho e também de celebração dos vinte anos de atividade como entidade<br />
gestora de veículos e baterias em fim de vida. O propósito deste Encontro foi apurar as novas tendências do setor,<br />
abordar os avanços na área do Ambiente, enumerar os marcos históricos da vida da entidade e os objetivos<br />
que a Valorcar se propõe a atingir no futuro. Hélder Pedro, da administração da Valorcar deu as boas vin<strong>das</strong> aos<br />
participantes e destacou os principais eixos de atuação, designadamente a aposta na valorização <strong>das</strong> pessoas,<br />
com a realização de ações de formação dos colaboradores dos centros da rede Valorcar. Outro fator importante<br />
para o desenvolvimento da atividade da entidade é a digitalização dos processos e a adaptação dos centros para<br />
a recolha <strong>das</strong> baterias dos veículos elétricos. Hélder Pedro alertou também para a necessidade do pagamento<br />
do ecovalor ser também exigido aos veículos usados importados, que só no ano passado atingiram as 113.000<br />
unidades, representando 75% dos veículos colocados no mercado.<br />
CHEGA À PÓVOA DE SANTA IRIA<br />
NEXUS SHOP | A Krautli Portugal continua a dinamizar o conceito Nexus Shop<br />
(N!SHOP) com os seus parceiros, desta vez em Póvoa de Santa Iria com a adesão da<br />
Referência Virtual. A Referência Virtual é uma empresa dedicada ao retalho de peças auto,<br />
com a visão e dinamismo essenciais para proporcionar aos seus clientes soluções chave<br />
na evolução e profissionalização <strong>das</strong> oficinas do futuro. Parceiro de longa data da Krautli<br />
Portugal, a Referência Virtual é uma NEXUS SHOP chave na dinamização e desenvolvimento<br />
dos conceitos oficinais: Nexus Auto (premium) e Profissional Plus (modular),<br />
abandeirados pela Nexus e com uma forte componente de formação e apoio técnico<br />
qualificado assim como um conjunto de soluções de fidelização desenvolvi<strong>das</strong> à medida<br />
dos seus clientes.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 37
A qu al idad e está no no ss o ad n<br />
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
BILSTEIN<br />
COMEMORA 150 ANOS<br />
O<br />
especialista em amortecedores BILSTEIN está a celebrar o seu 150º aniversário<br />
este ano. Fundada em 1873 como fabricante de acessórios para janelas, a empresa<br />
tem vindo a estabelecer consistentemente os padrões de referência no design de<br />
amortecedores desde 1954. Atualmente, a BILSTEIN é um dos maiores e mais inovadores<br />
fabricantes de amortecedores do mundo, com seis localizações em todo o globo e<br />
uma produção de cerca de 13 milhões de amortecedores por ano. Para a BILSTEIN, o que<br />
conta não é apenas o sucesso recente, mas sobretudo a próxima inovação. Uma coisa é<br />
certa: a experiência de condução de amanhã conta mais do que o desempenho de ontem.<br />
Ou, por outras palavras: “Ontem revolucionámos os amortecedores. Hoje celebramos os<br />
150 anos da BILSTEIN. Amanhã moldamos o futuro da engenharia de suspensão”, refere<br />
a empresa.<br />
“O PRÓXIMO AFTERMARKET”<br />
FORUM ACAP/DPAI | A ACAP/DPAI vai realizar no dia 23 de novembro<br />
um evento com o tema “O Próximo Aftermarket”. Será realizado em Lisboa no<br />
moderno auditório para 300 pessoas do Museu Oriente. Com a realização deste<br />
evento, a ACAP/DPAI propõe debater os temas que irão ter mais impacto no futuro<br />
do aftermarket, nomeadamente a sustentabilidade, big data, informação técnica<br />
e digitalização, entre outros. Este Forum terá oradores nacionais e internacionais<br />
e irá decorrer no dia 23 de novembro, da parte da manhã, terminando com um<br />
almoço. Será uma oportunidade para os participantes confraternizarem e fazerem<br />
networking. Joaquim Candeias, presidente da DPAI, refere “Esperamos reunir<br />
muitos profissionais do setor da distribuição de peças e fazer do evento uma<br />
grande jornada de aprendizagem e reflexão. Os oradores convidados irão falar do<br />
futuro e da grande transformação que está a acontecer no setor automóvel, e que<br />
trará certamente grandes alterações no setor do aftermarket.”<br />
SAVE THE DATE<br />
O Próximo<br />
Aftermarket<br />
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DEBATE NOVA ERA DO SETOR AUTOMÓVEL<br />
ANECRA | A ANECRA juntou mais de 200 pessoas, no passado dia 17 de junho, no Hotel Vila Galé, em<br />
Coimbra, para o Encontro Nacional do Comércio de Automóveis Usados tendo como tema: “Setor Automóvel<br />
um Admirável Mundo Novo”, que contou com a presença <strong>das</strong> mais relevantes Empresas Especializa<strong>das</strong> no<br />
Financiamento Automóvel, de Gestoras de Frota, de Grupos de Retalho e Empresários do Segmento do<br />
Comércio de Veículos Usados. Ao longo de todo o evento ficou claro que estamos perante um setor em<br />
profunda transformação, sendo as palavras de ordem antecipar, adaptar e acompanhar as tendências de<br />
mercado, numa área que muito evoluiu e que desafia permanentemente os seus profissionais a serem<br />
diferentes, oferecendo uma melhor qualidade e variedade de produtos e serviços a parceiros e clientes. O<br />
Encontro Nacional do Comércio de Automóveis Usados contou com uma receção de boas-vin<strong>das</strong> de Alexandre<br />
Ferreira, Presidente da Direção ANECRA, e com um enquadramento à atualidade do setor automóvel<br />
realizado por Roberto Gaspar, Secretário-Geral da ANECRA.<br />
ESPECIALISTA EM CALIBRAÇÕES DE SISTEMAS<br />
AUTOMÓVEL EXPRESSO | A oficina móvel “Automóvel Expresso”, de Alexandre<br />
Travessa, executa na zona da grande Lisboa, serviços de calibrações de sistemas e codificações<br />
<strong>das</strong> marcas em mais de setenta fabricantes automóvel europeus e asiáticos. Para simplificar<br />
o trabalho nas oficinas multimarca independentes, a “Automóvel Expresso” oferece um<br />
serviço exclusivo e especializado que permite a qualquer oficina responder com eficiência e<br />
rapidez a avarias elétricas e eletrónicas. Na verdade, muitas oficinas não têm equipamentos<br />
de diagnóstico nem conhecimentos, para solucionar este tipo de avarias. Neste caso, apenas<br />
tem de contactar a “Automóvel Expresso” para o telemóvel 919 281 254 e requisitar o serviço<br />
que necessita. O valor do serviço é imediatamente indicado e em seguida executado. No final,<br />
é passado um certificado de garantia do trabalho realizado. Destaque para a calibração de<br />
radares e camaras, reiniciação do serviço, programação de chaves, ler e apagar códigos de<br />
avaria nos veículos mais recentes.<br />
GS_Yuasa_julho.pdf 1 27/06/2023 10:57<br />
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Powering<br />
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As baterias GS Yuasa fornecem energia fiável para manter a<br />
sua actividade diária em movimento.<br />
Desde viagens às lojas a missões no espaço: somos a primeira escolha para<br />
milhões de pessoas em todo o mundo.<br />
Saiba mais em www.gs-yuasa.eu<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 39
entrevista<br />
CLÉMENT DE VALON<br />
VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO TMD FRICTION<br />
COMO LÍDERES<br />
DE MERCADO<br />
ESFORÇAMO-NOS<br />
POR ESTAR<br />
NA VANGUARDA<br />
DAS NOVAS<br />
TECNOLOGIAS<br />
A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL ESTÁ ATUALMENTE<br />
A PASSAR POR DESAFIOS EXTREMOS, AO<br />
MESMO TEMPO QUE SE PREPARA PARA<br />
EXIGÊNCIAS CADA VEZ MAIORES DO FUTURO.<br />
EM ENTREVISTA AO JO, CLÉMENT DE VALON<br />
REVELA A FORMA COMO A TMD FRICTION SE<br />
ESTÁ A PREPARAR PARA O FUTURO, DE MODO<br />
A PODER CONTINUAR A SER UM PARCEIRO<br />
FIÁVEL PARA OS CLIENTES NO MERCADO<br />
INDEPENDENTE DE PÓS-VENDA
Clément de Valon é um executivo de topo altamente<br />
experiente no mercado independente<br />
de pós-venda (IAM), trabalhando no setor há<br />
vinte sete anos. Ao longo deste tempo, desenvolveu<br />
uma vasta experiência em ven<strong>das</strong> e marketing. Mais<br />
recentemente, trabalhou em vários cargos de gestão<br />
em fornecedores de renome do setor automóvel,<br />
como a Valeo e a Garrett. Durante os dezassete anos<br />
em que trabalhou na Valeo, Clément concentrou-se<br />
no mercado internacional de pós-venda. Depois<br />
disso, mudou-se para a Garrett, onde foi responsável<br />
pela unidade de negócios de turbocompressores<br />
IAM da empresa. Em 2019, Clément juntou-se à<br />
TMD Friction para liderar o negócio global de pós-<br />
-venda. Em funções anteriores, Clément esteve em<br />
contacto direto com clientes globais do mercado de<br />
pós-venda em mais de cem países, bem como liderou<br />
e coordenou eficazmente o trabalho <strong>das</strong> equipas<br />
de ven<strong>das</strong> e marketing em todo o mundo. Esta experiência<br />
deu-lhe um profundo conhecimento <strong>das</strong><br />
ven<strong>das</strong>, do marketing e da cooperação intercultural.<br />
Quais são, na sua opinião, as principais tendências<br />
do mercado de produtos de travagem?<br />
A nossa indústria está atualmente a enfrentar alguns<br />
dos maiores desafios e mudanças que alguma<br />
vez experimentámos na última década. Os desafios<br />
atuais, como a guerra na Ucrânia, a crise energética,<br />
as alterações climáticas, os problemas da cadeia<br />
de abastecimento, a escassez de trabalhadores qualificados<br />
e a escalada dos custos já desencadearam<br />
mudanças drásticas. Além disso, há novos players<br />
no mercado, serviços digitais e comércio eletrónico,<br />
que estão a aumentar ainda mais a concorrência a<br />
médio e longo prazo. Além disso, os players no mercado<br />
têm de acompanhar as mudanças tecnológicas<br />
em curso que estão a ser desenvolvi<strong>das</strong> a um ritmo<br />
muito mais rápido - especialmente a E-Mobility.<br />
A crescente eletrificação do parque automóvel irá,<br />
naturalmente, alterar toda a cadeia de valor do mercado<br />
de pós-venda. Dependendo da região, cerca de<br />
45% <strong>das</strong> compras de veículos novos poderão ser de<br />
veículos elétricos até 2035. No entanto, atualmente<br />
é difícil fazer uma previsão fiável, uma vez que estamos<br />
apenas em 2023 e é concebível que novas soluções<br />
alterem significativamente essa previsão. O<br />
objetivo é claro: mobilidade sem emissões. Apoiar<br />
esta visão é muito importante para nós. Por conseguinte,<br />
temos de atuar de forma responsável em<br />
todo o mundo, moldando uma indústria sustentável<br />
que tenha um impacto positivo no ambiente e<br />
na sociedade, e ancorar firmemente esta abordagem<br />
na estratégia empresarial da TMD Friction. Em<br />
2022, por exemplo, a TMD Friction reciclou mais<br />
de 4.000 tonela<strong>das</strong> de material abrasivo criado pelo<br />
processamento mecânico do material de fricção e<br />
reduziu os resíduos do processo de produção em 50<br />
por cento. Já não é apenas uma questão de oferecer<br />
o produto certo para os carros certos. Temos de<br />
garantir que, em tudo o que fazemos, reduzimos as<br />
nossas emissões de CO 2 - particularmente nas áreas<br />
da produção e da cadeia de fornecimento. Como<br />
fabricante global, é nossa responsabilidade garantir<br />
que um produto não viaje duas vezes à volta do<br />
mundo antes de chegar à oficina.”<br />
Como é que a TMD Friction está a apoiar os seus<br />
clientes em relação à eletrificação do parque de<br />
veículos?<br />
A mobilidade elétrica cria um novo conjunto de<br />
desafios que a indústria de peças tem de ultrapassar,<br />
uma vez que irá, sem dúvida, alterar os custos,<br />
a procura e o trabalho envolvido na manutenção e<br />
nas reparações. Uma coisa que temos a certeza que<br />
se manterá é a necessidade de os veículos terem<br />
sistemas de travagem seguros e eficazes, que continuarão<br />
a ser uma área de negócio importante para<br />
as oficinas independentes no futuro - mesmo que<br />
o efeito de travagem automática significativo dos<br />
motores elétricos signifique que basta tirar o pé do<br />
acelerador para pequenas desacelerações.<br />
Utilizando a nossa experiência em fricção, estamos<br />
a dar um contributo significativo para garantir que<br />
o mercado de pós-venda se mantém competitivo,<br />
incluindo os veículos elétricos. Como líderes de<br />
mercado, esforçamo-nos continuamente por estar<br />
na vanguarda <strong>das</strong> novas tecnologias. De facto, a<br />
nossa marca premium, Textar, cobre 99% do parque<br />
europeu de veículos elétricos e híbridos com a<br />
sua gama aftermarket. Como fornecedor de equipamento<br />
original, também estamos familiarizados<br />
com os requisitos dos fabricantes de veículos quando<br />
se trata de componentes de travões para veículos<br />
elétricos. Este know how desempenha um papel<br />
ainda mais importante nos carros elétricos do que<br />
naqueles com motores de combustão: por um lado,<br />
a pastilha não deve ser tão agressiva que crie ruído,<br />
mas, por outro lado, deve ser suficientemente eficiente<br />
para proporcionar um bom desempenho de<br />
travagem e trabalhar em harmonia com o disco de<br />
travão sem gerar depósitos e corrosão. Isto pode não<br />
parecer particularmente relevante, mas são necessários<br />
mais de 100 anos de experiência em materiais<br />
e desenvolvimento, juntamente com uma equipa de<br />
especialistas em fricção que podem combinar precisamente<br />
as matérias-primas certas a partir de uma<br />
escolha de 797 materiais diferentes, para obter sempre<br />
os melhores resultados.<br />
Mencionou que são especialistas em fricção.<br />
Quais são as vantagens para os clientes de<br />
trabalharem com um especialista?<br />
Os clientes, tanto no mercado de pós-venda como<br />
no fabrico de equipamento original, trabalham connosco<br />
porque “vivemos e respiramos” travões - dia<br />
e noite. Desenvolver a formulação de fricção correta<br />
para automóveis, camiões e até para desportos<br />
motorizados está no nosso ADN. É tudo o que fazemos<br />
na TMD Friction - e fazemo-lo há mais de<br />
100 anos. Nos últimos 30 anos, misturámos mais<br />
de 50.000 formulações. Os nossos clientes obtêm<br />
efetivamente soluções personaliza<strong>das</strong> da nossa parte.<br />
Para nós, não existe uma mistura padrão que, de<br />
alguma forma, seja suposto funcionar para todos os<br />
veículos em todo o mundo. Desenvolvemos as nossas<br />
próprias misturas de pastilhas de travão para<br />
cada região e para cada uma <strong>das</strong> nossas marcas,<br />
cumprindo os mais elevados requisitos em termos<br />
de qualidade, vida útil, desempenho, respeito pelo<br />
ambiente e conforto - e fazemo-lo para todos os tipos<br />
de condições de estrada, incluindo corri<strong>das</strong> de<br />
automóveis e zonas de frio ou calor extremos. Para<br />
tal, dispomos dos nossos próprios laboratórios de<br />
ensaio, do nosso departamento de investigação e<br />
desenvolvimento e <strong>das</strong> nossas próprias instalações<br />
de produção. Dispomos ainda de um programa de<br />
formação técnica que oferece aos clientes sessões de<br />
formação sobre as melhores práticas para garantir<br />
que o serviço e a reparação dos sistemas de travagem<br />
podem ser efetuados corretamente.<br />
Só assim conseguimos garantir um nível de qualidade<br />
muito robusto e consistente em todo o mundo.<br />
Graças a esta experiência e posicionamento,<br />
podemos servir os nossos clientes com excelentes<br />
soluções de travagem para todos os tipos de veículos<br />
em todo o mundo - agora e no futuro. Além disso,<br />
os clientes beneficiam da nossa vasta experiência<br />
de muitos anos como fornecedor de equipamento<br />
original da marca Textar e do nosso papel como<br />
fornecedor de peças para inúmeras equipas de com-<br />
COMO ESPECIALISTAS EM FRICÇÃO, A AMBIÇÃO DA TMD FRICTION<br />
É OFERECER SOLUÇÕES DE TRAVAGEM EXCECIONAIS<br />
PARA SATISFAZER QUAISQUER REQUISITOS ATUAIS OU FUTUROS<br />
NO PARQUE AUTOMÓVEL GLOBAL<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 41
CLÉMENT DE VALON<br />
“OS CLIENTES, TANTO NO MERCADO DE PÓS-VENDA COMO<br />
NO FABRICO DE EQUIPAMENTO ORIGINAL, TRABALHAM CONNOSCO<br />
PORQUE “VIVEMOS E RESPIRAMOS” TRAVÕES - DIA E NOITE”,<br />
DIZ CLÉMENT DE VALON, VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO TMD FRICTION<br />
petição com a marca Pagid Racing.<br />
Juntamente com os nossos parceiros,<br />
incluindo a Aston Martin Racing no<br />
Reino Unido, desenvolvemos materiais<br />
de fricção que têm um excelente<br />
historial de sucesso em quase todos os<br />
tipos de corri<strong>das</strong> - desde corri<strong>das</strong> de<br />
velocidade e de longa distância, até<br />
corri<strong>das</strong> de fórmula e rali - oferecendo<br />
as melhores características possíveis<br />
para to<strong>das</strong> as condições de condução.<br />
A cadeia de distribuição está a<br />
mudar e os principais intervenientes<br />
estão a tentar exercer mais<br />
influência. Como é que a TMD<br />
Friction se está a posicionar?<br />
É verdade, a fase de consolidação<br />
ainda não terminou na Europa. Os<br />
grandes atores internacionais vão<br />
dominar ainda mais o mercado no<br />
futuro. Como empresa global, a TMD<br />
Friction está bem preparada para estas<br />
mudanças. Estamos a posicionar-nos<br />
em to<strong>das</strong> as áreas da cadeia de valor<br />
como especialistas em tecnologia de<br />
travagem que podem oferecer a todos<br />
os condutores do mundo a solução de<br />
travagem certa para o seu veículo. Oferecemos<br />
ao comércio uma vasta gama<br />
de marcas para to<strong>das</strong> as necessidades<br />
<strong>das</strong> oficinas - desde a nossa marca OE<br />
premium Textar, passando pela alta<br />
qualidade da Pagid, Mintex e Bendix,<br />
até aos produtos de marcas mais acessíveis<br />
como a Don. Para além disso,<br />
temos a marca Nisshinbo especializada<br />
em aplicações asiáticas e a Cobreq<br />
para o mercado sul-americano. Estamos<br />
igualmente em condições de desenvolver<br />
e fabricar marcas próprias<br />
para grossistas. O desenvolvimento<br />
contínuo do nosso posicionamento, da<br />
criação de valor e da carteira de marcas<br />
permite-nos apoiar sempre os nossos<br />
clientes com soluções ótimas que<br />
oferecem o posicionamento certo para<br />
vários canais de distribuição.<br />
Os canais online e os serviços<br />
digitais estão a ganhar importância.<br />
Como responde ao progresso da<br />
digitalização, que se acelerou na<br />
sequência da crise do coronavírus?<br />
Sim, as exigências e o comportamento<br />
dos consumidores finais estão a<br />
tornar-se mais digitais e novos intervenientes<br />
estão a tentar substituir os<br />
fornecedores tradicionais. As fronteiras<br />
entre B2B e B2C são cada vez<br />
mais ténues. Os preços estão a tornar-se<br />
transparentes em todo o mundo.<br />
Embora isto traga vantagens óbvias<br />
para o consumidor, não significa<br />
que haverá um aumento do número<br />
de consumidores que compram eles<br />
próprios peças sobresselentes para os<br />
sistemas de travagem dos seus veículos.<br />
Pelo contrário. Tendo em conta a<br />
complexidade dos veículos, penso que,<br />
no futuro, os condutores continuarão<br />
a escolher a sua oficina de confiança,<br />
especialmente porque a reparação dos<br />
travões tem tudo a ver com segurança.<br />
Mas as empresas que querem proteger<br />
a sua posição no futuro precisam definitivamente<br />
de uma forte presença<br />
digital e de serviços digitais. Para nós,<br />
enquanto fabricantes, este desenvolvimento<br />
é também uma oportunidade<br />
para estabelecer contacto com os<br />
utilizadores dos nossos produtos. Por<br />
isso, continuamos a trabalhar na nossa<br />
estratégia de digitalização para melhorar<br />
a experiência do cliente em todos<br />
os pontos de contacto e para alargar<br />
os nossos serviços digitais - incluindo,<br />
por exemplo, a gama de cursos técnicos<br />
online.<br />
Os fornecedores online bem<br />
sucedidos do mercado B2C estão<br />
a avançar cada vez mais para o<br />
mercado B2B. Como estão a reagir a<br />
esta evolução?<br />
Não nos fechamos a esta tendência.<br />
Neste canal online estamos a assegurar<br />
a presença do nosso portfólio<br />
de marcas. Por exemplo, já estamos<br />
a fornecer algumas grandes plataformas<br />
de comércio eletrónico através<br />
de parceiros comerciais existentes,<br />
como o kfzteile24 na Alemanha. Estamos<br />
interessados em trabalhar com<br />
fornecedores selecionados que se especializem<br />
no sector automóvel e que<br />
tenham as nossas marcas e as especificações<br />
de produtos associa<strong>das</strong>.<br />
A pandemia, as tensões<br />
geopolíticas, as guerras comerciais<br />
e as sanções, o aumento da inflação,<br />
as perturbações nas cadeias de<br />
abastecimento globais, os desafios<br />
do abastecimento de energia - como<br />
é que a TMD Friction está a lidar com<br />
estas crises?<br />
O mundo mudou realmente nos últimos<br />
três anos e ninguém previu a<br />
pandemia ou uma guerra na Europa.<br />
Demos uma resposta rápida e decisiva<br />
para garantir a melhor disponibilidade<br />
possível na cadeia de abastecimento<br />
para os nossos clientes.<br />
Otimizámos ainda mais as nossas estruturas<br />
e processos desde março de<br />
2020. Foram estabelecidos processos<br />
de decisão extremamente ágeis e fle-<br />
42 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
xíveis, por exemplo, para que os nossos<br />
clientes possam usufruir de uma<br />
elevada disponibilidade, independentemente<br />
<strong>das</strong> circunstâncias. Além disso,<br />
realinhámos os nossos processos e<br />
estratégia de aquisição para nos prepararmos<br />
ainda melhor para as mudanças<br />
no futuro. De um modo geral,<br />
podemos dizer que conseguimos<br />
manter o mais elevado nível de serviço<br />
possível no sector. Isto é evidente<br />
no prémio que nos foi atribuído pelo<br />
grupo TEMOT International, que<br />
reconheceu a nossa excelente gestão<br />
da cadeia de abastecimento em 2021.<br />
Este prémio, que ganhámos apesar de<br />
uma fase crítica de interrupção <strong>das</strong><br />
cadeias de abastecimento durante<br />
uma pandemia global, honra os nossos<br />
enormes esforços e mostra que<br />
seguimos o caminho certo. Queremos<br />
continuar neste caminho no futuro e<br />
aliviar o ónus dos nossos clientes através<br />
de processos logísticos fluidos. É,<br />
de facto, uma batalha árdua, todos os<br />
dias, garantir a disponibilidade para<br />
os nossos clientes; e parece muito<br />
provável que isso continue nos próximos<br />
anos, da<strong>das</strong> as tensões geopolíticas<br />
em curso. No entanto, é um<br />
desafio que continuamos a enfrentar<br />
para continuar a fornecer os nossos<br />
clientes a nível mundial.<br />
Que esforços específicos estão<br />
a fazer para continuar a oferecer<br />
um serviço de excelência aos seus<br />
clientes, apesar dos desafios atuais?<br />
Os últimos desenvolvimentos alteraram<br />
drasticamente a perspetiva dos<br />
processos logísticos: até agora, a disponibilidade<br />
imediata era um dado<br />
adquirido, o just-in-time era considerado<br />
padrão e o preço desempenhava<br />
um papel crucial. Com o início da<br />
pandemia, isso mudou e a cadeia de<br />
abastecimento passou a ser a principal<br />
prioridade do mercado de pós-venda.<br />
Estamos convencidos de que, nos<br />
próximos anos, a disponibilidade irá<br />
aumentar a sua importância em relação<br />
ao preço. As oficinas estão agora<br />
dispostas a pagar 10 ou 20% mais se<br />
puderem obter uma peça sobresselente<br />
no espaço de uma hora. Trata-se<br />
de uma verdadeira mudança de paradigma.<br />
Apercebemo-nos disso muito<br />
cedo em 2020 e respondemos o mais<br />
rapidamente possível às mudanças<br />
nas prioridades dos nossos clientes. A<br />
disponibilidade de to<strong>das</strong> as nossas referências<br />
de peças é, portanto, o componente<br />
mais importante da nossa estratégia.<br />
Isto significa muito trabalho<br />
e um enorme investimento. Não estamos<br />
a falar apenas de uma marca e de<br />
2.000 referências de peças que temos<br />
de ter em stock. Estamos a falar de<br />
uma cobertura de 99% do parque automóvel<br />
europeu na área <strong>das</strong> pastilhas<br />
e discos de travão para automóveis e<br />
camiões - 30.000 referências que têm<br />
de estar disponíveis em todo o mundo.<br />
Para que isso seja possível, temos de<br />
garantir que os nossos armazéns em<br />
todo o mundo, especialmente o armazém<br />
na Alemanha, que é responsável<br />
pelo fornecimento da Europa, têm espaço<br />
e pessoal suficientes. Já estamos a<br />
planear o alargamento do armazém da<br />
Europa Central para podermos servir<br />
ainda melhor o mercado de pós-venda<br />
europeu no futuro. Para termos<br />
produtos suficientes em stock, é essencial<br />
abastecer os nossos onze locais<br />
de produção em todo o mundo com os<br />
componentes certos. Há alguns meses,<br />
começámos a deslocalizar peças de<br />
aquisição críticas do Extremo Oriente<br />
para fornecedores europeus. Isto cria<br />
vários efeitos positivos ao mesmo tempo:<br />
evita o transporte marítimo - que<br />
atualmente é extremamente pouco<br />
fiável -, encurta os nossos prazos de<br />
entrega e, sobretudo, reduz a nossa pegada<br />
de CO 2.<br />
É necessário pessoal qualificado<br />
para ultrapassar todos estes<br />
desafios no mercado pós-venda<br />
independente. O que está a TMD<br />
Friction a fazer para se posicionar<br />
como um empregador atrativo?<br />
Sim, a atual escassez de pessoal qualificado<br />
também afetou o mercado<br />
pós-venda automóvel e os estudos<br />
mostram que o que eu considero ser<br />
um mercado fascinante é largamente<br />
desconhecido dos jovens com competências<br />
avança<strong>das</strong> ou não é considerado<br />
particularmente atrativo. A pandemia<br />
também mudou muitas coisas<br />
- tanto para os trabalhadores, para<br />
quem ter um emprego garantido e<br />
satisfatório é muito mais importante<br />
do que anteriormente, como para as<br />
empresas, que estão a adaptar as suas<br />
estratégias de recrutamento às condições<br />
do mercado. A relação entre<br />
trabalhadores e empregadores está<br />
a ser completamente reavaliada e os<br />
candidatos têm mais escolha do que<br />
anteriormente. Isto faz com que seja<br />
cada vez mais difícil para as empresas<br />
atraírem as pessoas mais talentosas. É<br />
por isso que a TMD Friction foi um<br />
dos membros fundadores da iniciativa<br />
Talents4AA, criada há pouco mais<br />
de um ano pelos grupos de compras<br />
internacionais Nexus e TEMOT International.<br />
O objetivo da iniciativa é<br />
atrair talentos de to<strong>das</strong> as faixas etárias<br />
para o mercado do pós-venda automóvel,<br />
criando a consciência de que<br />
é possível contribuir para uma mobilidade<br />
inovadora, sustentável e acessível<br />
em todo o mundo neste mercado.<br />
Estamos confiantes nesta abordagem<br />
e esta é uma iniciativa adicional para<br />
sensibilizar os jovens talentosos <strong>das</strong><br />
escolas e universidades para a indústria<br />
e para a TMD Friction como empregador<br />
atrativo. Queremos mostrar<br />
que estamos conscientes da nossa responsabilidade<br />
social. Neste contexto,<br />
a nossa ênfase é colocada na sustentabilidade,<br />
diversidade e inovação.<br />
Para concluir, vamos olhar<br />
novamente para o futuro - como<br />
espera que o serviço nas oficinas<br />
mude nos próximos cinco anos?<br />
As reparações e a manutenção dos<br />
travões terão de abdicar da sua<br />
grande parte do volume de negócios<br />
<strong>das</strong> oficinas porque os veículos<br />
elétricos causam menos desgaste<br />
nos travões?<br />
Penso que o mercado está atualmente<br />
a enfrentar muitas tendências diferentes,<br />
cujos impactos ninguém pode<br />
prever completamente nesta fase. Sim,<br />
a eletrificação terá um efeito. Isso é<br />
claro, mas também é claro que as pastilhas<br />
de travão continuarão a ter de<br />
ser substituí<strong>das</strong>, mesmo num veículo<br />
elétrico. É difícil prever até que ponto<br />
o desgaste <strong>das</strong> pastilhas de travão será<br />
reduzido ao longo de toda a vida útil<br />
de um VE. Temos números que sugerem<br />
que poderá ser de 50%; mas outras<br />
previsões indicam uma redução<br />
de apenas 20%. Na minha opinião,<br />
isso dependerá muito do veículo e do<br />
comportamento de condução. Depois,<br />
há outro aspeto. A mobilidade elétrica<br />
não chegará de um dia para o outro.<br />
Como disse, 45% dos novos automóveis<br />
comprados em 2035 poderão<br />
ser elétricos. Mas há 340 milhões de<br />
veículos nas estra<strong>das</strong> da Europa com<br />
uma idade média de 12 anos. Ainda<br />
vai demorar muito tempo até que o<br />
parque automóvel seja totalmente<br />
elétrico. Por isso, é difícil avaliar o que<br />
esta tendência acabará por significar<br />
para as oficinas. Mas as pastilhas de<br />
travão são importantes para a segurança<br />
de todos os utentes da estrada<br />
- por isso, temos a certeza de que a sua<br />
manutenção e reparação continuarão<br />
a ser um fator para os condutores de<br />
automóveis em 2030 e 2040, independentemente<br />
do motor que propulsiona<br />
o seu veículo. Assim, vemos que<br />
as soluções de travões continuam a ser<br />
uma área de negócio rentável para as<br />
oficinas e estamos certos de que a nossa<br />
experiência será procurada durante<br />
muito tempo. l<br />
A TMD FRICTION DESENVOLVE AS SUAS PRÓPRIAS MISTURAS<br />
DE PASTILHAS DE TRAVÃO PARA CADA REGIÃO E PARA CADA<br />
UMA DAS SUAS MARCAS, CUMPRINDO OS MAIS ELEVADOS REQUISITOS EM<br />
TERMOS DE QUALIDADE, VIDA ÚTIL, DESEMPENHO, RESPEITO<br />
PELO AMBIENTE E CONFORTO<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 43
entrevista<br />
HÉLIO FIGUEIREDO<br />
RESPONSÁVEL DP.A.A. - DP AUTOMOTIVE AFTERMARKET PORTUGAL<br />
QUEREMOS SER UM PARCEIRO<br />
ESTRATÉGICO E ABRANGENTE<br />
PARA TODOS OS ACIONISTAS<br />
APÓS A INTEGRAÇÃO DA LEIRILIS NO GRUPO DE DISTRIBUIÇÃO ESPANHOL DIPART,<br />
NASCEU ESTE ANO, OFICIALMENTE, A EMPRESA DP.A.A. - DP AUTOMOTIVE AFTERMARKET PORTUGAL,<br />
QUE ESTÁ A IMPLEMENTAR O CONCEITO DE DISTRIBUIÇÃO DA DIPART EM PORTUGAL. ESTIVEMOS<br />
À CONVERSA COM HÉLIO FIGUEIREDO, RESPONSÁVEL DE DESENVOLVIMENTO DA NOVA EMPRESA,<br />
QUE NOS FALOU SOBRE A ESTRATÉGIA E OBJETIVOS DA DP.A.A.<br />
Fundada em 1986, a Leirilis esteve desde sempre<br />
associada à comercialização de acessórios e peças,<br />
destinados ao mercado automóvel. Em<br />
2018 tornou-se sócia da Dipart em Portugal e tem<br />
vindo a implementar “com sucesso” os vários projetos<br />
propostos pelo grupo de distribuição espanhol,<br />
nomeadamente a divulgação e implementação do<br />
conceito <strong>Oficinas</strong> DP, o Campus DP, os programas<br />
DP Gold e DP Service e também a rede de lojas DP<br />
Automotive, cuja expansão se encontra a ser promovida<br />
pela DP.A.A. - DP Automotive Aftermarket Portugal,<br />
S.A., como nos conta Hélio Figueiredo.<br />
A empresa em Portugal foi formalmente constituída<br />
em 2022, mas só entrou “em ação” em janeiro<br />
de 2023. Tem como objetivos “ser um parceiro estratégico<br />
e abrangente para todos os acionistas, assentando<br />
a relação numa base de confiança e cooperativismo;<br />
oferecer aos seus parceiros to<strong>das</strong> as<br />
ferramentas necessárias para uma boa gestão, bem<br />
como todos os serviços disponibilizados pela Dipart<br />
e melhorar a rentabilidade dos seus negócios<br />
e auxiliar os mesmos a tornarem-se mais competitivos”,<br />
explica o responsável, que acrescenta que,<br />
para já, a DP.A.A. - DP Automotive Aftermarket<br />
Portugal, S.A. conta com quatro membros: Leirilis,<br />
Algarchapa, Biapeças e Varidauto, além de ter<br />
“um conjunto de outros candidatos em análise”.<br />
Uma estratégia diferente<br />
A Dipart nasceu em 2009 como uma empresa de<br />
serviços, com o objetivo de oferecer uma estratégia<br />
diferente <strong>das</strong> de outros grupos de compras já existentes<br />
no mercado do setor automóvel. Atualmente,<br />
conta com 28 parceiros, além de três lojas associa<strong>das</strong><br />
em Espanha, com um total de 108 pontos<br />
de venda, em Espanha e Portugal. Tem escritórios<br />
centrais nos arredores de Madrid, equipados com<br />
uma sala de formação teórica e em breve terá também<br />
uma área de formação prática.<br />
Segundo Hélio Figueiredo, “esta rede de distribuição<br />
aposta na credibilidade junto dos seus fornecedores<br />
e no desenvolvimento de ferramentas e<br />
serviços necessários para que cada parceiro seja<br />
ponto de referência no mercado”. A Dipart é sócia<br />
fundadora do grupo Global One Automotive, o que<br />
permite a quem integra o grupo estar presente “na<br />
esfera internacional e, portanto, estarmos cientes de<br />
como outros mercados se movem, e ter uma visão<br />
estratégica mais ampla. Por outro lado, as sinergias<br />
que são cria<strong>das</strong> permitem-nos a todos beneficiar em<br />
muitos aspetos e assim podermos evoluir mais rapidamente”,<br />
indica o responsável nacional. O conceito<br />
«<strong>Oficinas</strong> DP» foi lançado em Portugal em 2019,<br />
à imagem da rede Talleres DP, em Espanha, com<br />
“uma evolução muito positiva”, contando atualmente<br />
com 20 <strong>Oficinas</strong> DP e um “plano ambicioso de<br />
chegar rapidamente às 100 oficinas num curto espaço<br />
de tempo”, adianta Hélio Figueiredo.<br />
Melhoria contínua <strong>das</strong> oficinas<br />
No final do ano passado, durante o IX Congresso<br />
de <strong>Oficinas</strong> DP, que teve como mote «O Futuro é<br />
Hoje», um dos serviços apresentados às oficinas foi<br />
o programa GI DP, “um programa de gestão de oficinas<br />
que, por sua vez, integra to<strong>das</strong> as outras ferramentas<br />
e serviços que desenvolvemos tanto para<br />
as <strong>Oficinas</strong> DP como para a Talleres DP”, diz-nos<br />
o responsável, que destaca o “ambiente web, que<br />
facilita o funcionamento em qualquer dispositivo,<br />
em qualquer lugar; o alojamento na Cloud, reduzindo<br />
desta forma o investimento financeiro; a<br />
receção ativa com Tablet; a gestão por módulos; a<br />
utilização por vários usuários, ao mesmo tempo; a<br />
disponibilização de to<strong>das</strong> as ferramentas e serviços<br />
integrados; apoio técnico permanente; a integração<br />
ibérica; a disponibilização de novo catálogo de<br />
identificação de veículos mais eficaz e verdadeiro;<br />
a certificação de peças CROSS-OE; a pesquisa de<br />
peças por gráfico, assim como a ligação integrada,<br />
direta ao armazém do parceiro Dipart”. Durante o<br />
referido congresso, foi também enfatizado que a<br />
oficina “tem futuro e para tal deve estar preparada<br />
tecnicamente. Para isso contam com a DP Service,<br />
que oferece formação e aconselhamento técnico,<br />
tanto em Espanha como em Portugal”, explica.<br />
Tendo como valores “o compromisso, a sustentabilidade,<br />
igualdade e o cooperativismo”, a DP.A.A.<br />
oferece, através dos seus membros, o serviço DP<br />
Service às <strong>Oficinas</strong> DP, RedService, bem como às<br />
demais oficinas que pretendam aderir ao mesmo. O<br />
serviço engloba um vasto leque de formação, aconselhamento<br />
técnico (através da hotline), bem como<br />
um apoio técnico aos equipamentos que a oficina<br />
44 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
EM PORTUGAL, A DP.A.A. - DP AUTOMOTIVE AFTERMARKET PORTUGAL, S.A.<br />
JÁ CONTA COM 4 MEMBROS: LEIRILIS, ALGARCHAPA, BIAPEÇAS E<br />
VARIDAUTO E UM CONJUNTO DE OUTROS CANDIDATOS EM ANÁLISE
HÉLIO FIGUEIREDO<br />
possa ter. Para além deste pacote, é<br />
ainda disponibilizado apoio nas áreas<br />
da gestão, logística, marketing e jurídico,<br />
“contribuindo, deste modo, para<br />
uma maior eficácia <strong>das</strong> mesmas”, defende<br />
o nosso interlocutor.<br />
Expetativas de crescimento<br />
A DP.A.A. continua a apostar na<br />
diversificação do seu portefólio de<br />
marcas e – através dos seus parceiros<br />
Dipart e Global One – tem disponível<br />
um leque alargado de produtos,<br />
equipamentos e serviços, considerando-se<br />
já “um fornecedor global<br />
de excelência”. Nas palavras de Hélio<br />
Figueiredo, a escala obtida com<br />
as parcerias internacionais garante<br />
aos membros da DP.A.A. o acesso<br />
às melhores condições de compra e<br />
acordos comerciais com os principais<br />
fabricantes e marcas líderes de<br />
mercado automóvel. “A incorporação<br />
de novas gamas de produto é permanentemente<br />
analisada em função da<br />
evolução do mercado e da sua especificidade,<br />
tendo como objetivo assegurar<br />
a melhoria contínua do portefólio<br />
de marcas”, refere, garantindo<br />
que a seu tempo serão anuncia<strong>das</strong><br />
novidades concretas.<br />
No que diz respeito ao acesso à informação<br />
e aos dados, o responsável de<br />
desenvolvimento da DP.A.A. relembra<br />
que “à semelhança dos demais<br />
players, estamos sujeitos ao enquadramento<br />
emanado pela UE relativamente<br />
às leis anti-trust, no âmbito<br />
<strong>das</strong> negociações com os diversos<br />
fabricantes de automóveis”. No entanto,<br />
salienta, “a Global One está a<br />
intervir neste sentido. Participamos<br />
ativamente, por exemplo, com a Caruso,<br />
com o objetivo final de que oficinas<br />
independentes tenham acesso<br />
às informações do veículo e também<br />
possam gerenciar adequadamente a<br />
comunicação condutor-oficina”.<br />
Apesar da empresa só se encontrar<br />
verdadeiramente no mercado automóvel<br />
desde janeiro passado, Hélio<br />
Figueiredo olha com satisfação para<br />
os resultados obtidos neste curto espaço<br />
de tempo e constata que “as expetativas<br />
iniciais foram supera<strong>das</strong>”,<br />
perspetivando “um crescimento significativo.<br />
Ao olhar para os indicadores<br />
do primeiro semestre, estamos<br />
convictos de que estamos no caminho<br />
certo para o sucesso!”, comenta.<br />
A seu ver, os principais desafios que<br />
se colocam ao futuro da DP.A.A. são<br />
a “consolidação de processos nos<br />
atuais membros e a expansão geográfica,<br />
com a entrada de novos acionistas”,<br />
conclui. l<br />
DP.A.A. assEGURA COMPETITIVIDADE<br />
NUM MERCADO POLARIZADO<br />
Hélio Figueiredo assume a tendência na polarização<br />
na distribuição de peças em Portugal,<br />
“nomeadamente através de modelos cooperativos<br />
de diversos tipos, visando a obtenção<br />
de escala”, algo que, alerta, também pode “ser<br />
reflexo da entrada de investidores financeiros<br />
cuja estratégia poderá não ser de longo prazo”.<br />
Contudo, o nosso entrevistado defende que “não<br />
é correto generalizar-se o termo «grupo», pois<br />
na maioria <strong>das</strong> vezes estes não se apresentam<br />
como parceiro estratégico, mas como meros<br />
fornecedores de peças”. Dá como exemplo o facto<br />
de muitos terem um distribuidor nacional como<br />
principal fornecedor, o que, a seu ver, “alonga a<br />
cadeia logística e afeta a competitividade”. No<br />
caso da DP.A.A., as parcerias são feitas com os<br />
próprios fabricantes de peças e os diversos tipos<br />
de recursos exclusivos são acessíveis a todos os<br />
acionistas, em condições de igualdade, pelo<br />
que “a entrada no grupo pressupõe igualmente<br />
uma padronização de processos e softwares,<br />
visando uma maior eficácia e rentabilidade<br />
global e assegurando aos acionistas a integração<br />
numa cadeia logística de elevado valor”. A maior<br />
maturidade dos modelos de cooperação em<br />
Espanha é “determinante na maior facilidade de<br />
internacionalização de alguns grupos espanhóis”,<br />
o que torna Portugal “um mercado natural nesse<br />
seu processo de expansão”, culminando na<br />
tendência para a iberização do comércio de peças<br />
automóvel.<br />
Apesar de o parque automóvel nacional estar<br />
cada vez mais envelhecido, o responsável é<br />
da opinião de que, para já, “ainda assegura o<br />
negócio de peças por mais alguns anos”. A seu<br />
ver, é preciso analisar este indicador numa ótica<br />
abrangente para perceber “se estamos perante<br />
consumidores de baixo poder aquisitivo, em<br />
que a tendência é manter o veículo operacional<br />
o mais tempo possível, ou, se por outro lado,<br />
alguns desses consumidores possam estar a<br />
ponderar a opção de troca por veículos elétricos,<br />
conducente a uma gradual redução do número<br />
de veículos de motor térmico em circulação”.<br />
FOCO NO NEGÓCIO<br />
Para vingar, uma oficina moderna terá de estar<br />
focada no seu negócio: “a reparação automóvel<br />
de qualidade e a satisfação <strong>das</strong> necessidades dos<br />
seus clientes”. Assim, é fundamental que escolha<br />
“parceiros capazes de assegurar a sua formação<br />
e competitividade, apoio técnico presencial e remoto,<br />
a digitalização dos seus processos internos<br />
e de interação com os seus clientes, equipamentos<br />
de trabalho evoluídos e o acesso à assistência<br />
às frotas dos grandes operadores de venda e<br />
aluguer de automóveis. Mais do que o foco total<br />
no preço, a oficina tem de ser reconhecida pela<br />
qualidade do serviço prestado como forma de<br />
fidelização dos seus clientes e, simultaneamente,<br />
modernizar-se de forma contínua, de forma a<br />
possuir capacidade técnica atualizada para as<br />
novas tecnologias automóveis”, entende Hélio<br />
Figueiredo.<br />
Na sua ótica, há vários fatores que irão afetar o<br />
futuro do aftermarket em Portugal, nomeadamente<br />
“a evolução tecnológica, a necessidade de<br />
redução de emissões e o seu impacto no parque<br />
circulante e a transformação digital”. Por outro<br />
lado, frisa que o impacto destes desafios é distinto<br />
nos diversos integrantes da cadeia logística,<br />
sendo que o responsável de desenvolvimento<br />
da DP.A.A. acredita que os fabricantes têm como<br />
objetivo a redução de custos logísticos e de<br />
gestão, “procurando a concentração de ven<strong>das</strong><br />
em menos clientes, mas de maior dimensão,<br />
e terão de especializar-se no fabrico de peças<br />
adequa<strong>das</strong> aos novos veículos”. Já no caso dos<br />
grandes grupos, entre os quais se encontram os<br />
parceiros Dipart e Global One, a prioridade será<br />
“a digitalização, formação técnica dos acionistas<br />
e respetivos clientes e reforço <strong>das</strong> parcerias<br />
com fabricantes e acionistas, acompanhando a<br />
procura de peças e novas tecnologias”, esclarece,<br />
adicionando que, do lado dos importadores<br />
tradicionais, “grande parte da sua margem operacional<br />
é (em princípio) passada ao mercado,<br />
mas a necessidade de obtenção de rentabilidade,<br />
pode forçá-los a «descerem» de nível na cadeia<br />
logística, transformando-se em concorrentes dos<br />
seus atuais clientes (os distribuidores)”.<br />
Hélio Figueiredo constata ainda que os distribuidores<br />
que se mantêm, de certa forma, dependentes<br />
de importadores, “podem a qualquer<br />
momento vir a sofrer a concorrência dos seus<br />
atuais fornecedores”, ao passo que os grupos de<br />
menor sustentabilidade “poderão ser absorvidos<br />
ou mesmo extinguir-se, por via da dissidência<br />
dos seus membros para outros projetos mais<br />
competitivos”. Já na DP.A.A., “a nossa parceria<br />
com a Dipart e Global One coloca-nos em posição<br />
privilegiada para a obtenção de sinergias e<br />
asseguram-nos condições para nos mantermos<br />
competitivos e atualizados”, finaliza.<br />
A DP.A.A. TEM COMO vaLORES O COMPROMISSO, A SUSTENTABILIDADE,<br />
IGUALDADE E COOPERATIVISMO, DISPONIBILIZANDO, atravÉS DOS SEUS<br />
MEMBROS, O SERVIÇO DP SERVICE ÀS OFICINAS DP E REDSERVICE<br />
46 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
REVISTA<br />
MAIORES OFICINAS<br />
AFTERMARKET<br />
EDIÇÃO 2023<br />
RESERVE O SEU ANÚNCIO!
entrevista<br />
JOÃO COSTA, GERENTE COSTA, NUNES & COSTA<br />
TEMOS UMA GAMA<br />
ABRANGENTE E SEMPRE<br />
EM CRESCENTE ATUALIZAÇÃO!<br />
PIONEIRA NO FABRICO DE FILTROS «MADE IN PORTUGAL», A COSTA, NUNES & COSTA FOI FUNDADA EM 1976,<br />
EM MATOSINHOS, E TEM UMA LONGA HISTÓRIA NO MERCADO DE COMERCIALIZAÇÃO DESTES PRODUTOS.<br />
FALÁMOS COM JOÃO COSTA, GERENTE, QUE NOS CONTOU UM POUCO MAIS SOBRE A EMPRESA E A<br />
ESTRATÉGIA DEFINIDA FACE AOS DESAFIOS DA ATUALIDADE<br />
No mercado de fabrico e comercialização de<br />
filtros há 47 anos, a Costa, Nunes & Costa<br />
tem sabido adaptar-se ao avançar dos tempos.<br />
Iniciou atividade nas antigas instalações da<br />
Senhora da Hora (Matosinhos) e ganhou reconhecimento<br />
nacional por ser <strong>das</strong> poucas, senão a única<br />
fábrica de filtros em Portugal. A criação da estrutura<br />
industrial, para que fossem produzidos os primeiros<br />
filtros «Made in Portugal», é um dos momentos que<br />
João Costa começa por nos destacar, arriscando que<br />
terá sido, certamente, motivo de “orgulho para as<br />
pessoas à frente do projeto. O nascer da primeira<br />
marca de filtros totalmente portuguesa, e apenas<br />
com capitais privados, foi, sem dúvida, algo arrojado<br />
e pioneiro no nosso país”.<br />
EvOLUÇÃO da fábrica<br />
O atual gerente recorda a história que lhe foi contada<br />
pelo pai e pelo tio, fundadores da empresa,<br />
que já não se encontram no ativo, mas que “continuam<br />
a acompanhar de perto a evolução da casa”.<br />
A primeira marca criada pela Costa, Nunes & Costa,<br />
para comercializar os seus produtos, lembra,<br />
foi a «Filcar», segmentada para o setor automóvel.<br />
“Ainda hoje temos muitos clientes (e público<br />
em geral) que recordam a existência da marca.<br />
Certas marcas de automóveis, como a UMM ou a<br />
Renault, eram equipa<strong>das</strong> originalmente com estes<br />
filtros nas suas linhas de produção”. João Costa<br />
nota que “o início de atividade e implementação da<br />
marca foi um grande desafio para todos”, contudo,<br />
ainda hoje mantêm algumas <strong>das</strong> parcerias iniciais,<br />
que foram “uma grande ajuda, na distribuição e divulgação<br />
da marca”. No início, praticamente todos<br />
os processos de fabrico eram feitos manualmente,<br />
exceção para algumas situações, como o plissar do<br />
papel filtrante para os filtros, que já era efetuado<br />
por máquinas. Com a aquisição, em 1988, <strong>das</strong> instalações<br />
da Maia, a empresa viveu “um substancial<br />
aumento produtivo” e, dois anos mais tarde,<br />
“acompanhando a evolução tecnológica do setor<br />
automóvel, introduzimos o fabrico de filtros de ar<br />
correntemente apelidados de «painel», dos quais<br />
fomos pioneiros em Portugal. Entretanto todos<br />
os processos de produção foram sendo automatizados,<br />
deixando cada vez mais os processos manuais”,<br />
relata.<br />
Marca própria<br />
Em 1995, a Costa, Nunes & Costa adquiriu a italiana<br />
Mikrofilt, o que lhe permitiu agregar toda a<br />
tecnologia que esta empresa tinha no fabrico de filtros<br />
de todos os tipos: “Nessa altura, para além de<br />
modernizarmos a produção, adquirimos todo o«know-how»<br />
relativo aos mais recentes procedimentos<br />
na produção de filtros. Após isto, passámos a<br />
exportar 40% da nossa produção, ou seja, iniciamos<br />
a produção de filtros em grande quantidade”,<br />
nota João Costa.<br />
Da fusão entre a já referida Filcar e a Mikrofilt,<br />
duas marcas próprias, nasceu aquela que é, atualmente,<br />
a bandeira da casa: a Mikfil, cuja gama de<br />
filtros para automóvel é “bastante completa”. O<br />
A MIKFIL OFERECE PRODUTOS DE QUALIDADE ORIGINAL<br />
A PREÇOS COMPETITIVOS. ALÉM DISSO CONSEGUE PROVIDENCIAR<br />
DE UMA FORMA RÁPIDA A ENTREGA DE MATERIAL SEM QUE OS CLIENTES<br />
TENHAM DE ESTAR A FAZER GRANDES STOCKS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 49
JOÃO COSTA<br />
A COSTA, NUNES & COSTA GARANTE FILTROS DE QUALIDADE ORIGINAL<br />
A PREÇOS COMPETITIVOS E VÊ COM OTIMISMO O FUTURO, ESTANDO<br />
JÁ A PREPARAR UMA RESTRUTURAÇÃO DO NEGÓCIO, COM VISTA À<br />
IMPLEMENTAÇÃO DE NOVOS SETORES DE FILTRAGEM<br />
gerente explica que tentaram sempre<br />
ter as linhas de filtros para os mais<br />
diversos modelos de veículos ligeiros,<br />
sem “embarcar no erro de ter todo o<br />
tipo de filtros para todos os veículos,<br />
porque isso não traz grande benefício,<br />
pelo contrário, obriga a ter dinheiro<br />
parado nas prateleiras, para<br />
veículos cuja rotação do produto não<br />
justifica ter como referência na nossa<br />
gama”. Esse é o caso de “alguns veículos<br />
raros, de grandes cilindra<strong>das</strong>,<br />
marcas não muito presentes no nosso<br />
país, ou até mesmo versões que<br />
não são tão vendáveis. De resto temos<br />
praticamente uma boa gama em<br />
todos os tipos de filtros, sejam eles<br />
ar, óleo, combustível ou habitáculo”,<br />
assinala.<br />
Qualidade e competitividade<br />
Atualmente, a empresa tem disponíveis<br />
aproximadamente 4.000 referências<br />
de filtros. Por questões de<br />
custos, a produção própria é agora<br />
muito reduzida, pelo que “grande<br />
parte dos nossos produtos são importados,<br />
de fabricantes que nos<br />
conferem um elevado grau de qualidade<br />
ao nível dos equipamentos<br />
originais, a um preço que seja competitivo”,<br />
explica o gerente. Mais do<br />
que a marca própria, a Costa, Nunes<br />
& Costa comercializa também outas<br />
marcas, como a JHF, “muito conhecida<br />
nos veículos asiáticos, específica<br />
para veículos japoneses e coreanos.<br />
Esta marca de origem coreana é exclusiva<br />
nossa e está registada em<br />
Portugal por nós”. Dispõem também<br />
da Fil Filter, que também representam<br />
em exclusivo em Portugal e que<br />
é comercializada no setor de veículos<br />
pesados, máquinas agrícolas e<br />
industriais. Trata-se de uma marca<br />
“de origem turca, com uma larga<br />
gama de filtros, e que está presente<br />
na plataforma Tecdoc, o que é uma<br />
mais-valia na pesquisa da solução<br />
certa da peça”, afirma João Costa.<br />
Além destas, contam ainda com duas<br />
empresas parceiras, mais dedica<strong>das</strong><br />
as aplicações industriais ou de caráter<br />
mais específico, que são a FAI<br />
FILTRI e a SF Filter, de forma a que<br />
possam “dar a melhor resposta aos<br />
pedidos dos nossos clientes”.<br />
A gestão de stock é feita tendo em<br />
conta o histórico de encomen<strong>das</strong> dos<br />
produtos, sendo, segundo o responsável,<br />
“praticamente impossível” ter<br />
em armazém to<strong>das</strong> as referências<br />
pedi<strong>das</strong>. Ainda assim, diz que “em<br />
situação de normalização <strong>das</strong> cadeias<br />
de abastecimento, conseguimos ter<br />
stock e quantidade disponíveis de<br />
aproximadamente 90% <strong>das</strong> referências.<br />
Tentamos sempre ao máximo,<br />
consoante as necessidades dos<br />
clientes, precaver esta situação <strong>das</strong><br />
existências de stocks, muitas <strong>das</strong><br />
vezes aumentando o nosso próprio<br />
stock sem qualquer garantia de que o<br />
cliente o venha comprar depois. Até<br />
nisso por vezes arriscamos, mas faz<br />
parte do negócio”, considera.<br />
Para grossistas e retalhistas<br />
A Costa, Nunes & Costa tem essencialmente<br />
como clientes «target» os<br />
grossistas e os retalhistas, sem vender<br />
diretamente às oficinas, de modo<br />
a evitar “criar perturbações e acabar<br />
por sermos concorrentes de nós próprios”.<br />
Aos clientes que trabalham<br />
com a empresa, o gerente assegura<br />
“produtos de qualidade original<br />
a preços competitivos, sem ter que<br />
comportar custos de importação ou<br />
de armazenagem de stocks”. A Mikfil<br />
disponibiliza a todos os clientes que<br />
se registem na plataforma B2B a possibilidade<br />
de realizar encomen<strong>das</strong><br />
online. Lá, é possível consultar preços,<br />
stocks, contas correntes, listagens<br />
de materiais que se encontram<br />
esgotados e que estão pendentes de<br />
fornecimento, bem como o acesso à<br />
divulgação de ofertas especiais ou<br />
promoções sazonais de produtos.<br />
Além disso, as encomen<strong>das</strong> também<br />
podem ser feitas por telefone, email<br />
e ultimamente por WhatsApp, “o<br />
que for mais conveniente aos nossos<br />
clientes”, indica.<br />
As entregas são feitas por empresas<br />
de logística especializa<strong>das</strong>, com<br />
prazos de entrega de 12h, “ou seja,<br />
o cliente coloca a encomenda até ao<br />
final da tarde, e a mesma é entregue<br />
durante a manhã do dia seguinte.<br />
Contudo, cada caso é especial, pois<br />
temos clientes que encomendam de<br />
manhã para receber de tarde e para<br />
essas situações também temos as<br />
respostas certas”, adianta. A rapidez<br />
e facilidade nas entregas de material<br />
permite aos clientes da empresa evitar<br />
ter “grandes stocks e consequentes<br />
empates de capital. Temos uma<br />
gama bastante abrangente e sempre<br />
em crescente atualização de novos<br />
produtos, aos preços mais competitivos<br />
possíveis. No fundo, o armazém<br />
50 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
dos nossos clientes somos nós. Eles<br />
pedem, e nós só temos que fornecer”.<br />
A empresa mostra-se capaz de<br />
apoiar os clientes em várias frentes,<br />
não só com informação disponível<br />
no website, como também informando<br />
os clientes sobre a chegada de<br />
novos produtos às diferentes gamas<br />
de filtros, assim como campanhas e<br />
oportunidades especiais que possam<br />
existir ao longo do ano. A nível de<br />
marketing disponibilizam ao cliente<br />
“material publicitário, brindes,<br />
artigos promocionais, etc.”, diz João<br />
Costa, desvendando a realização,<br />
para breve, de algumas campanhas<br />
promocionais.<br />
Crescer e melhorar<br />
Apesar de já não faltar muito tempo<br />
para comemorar meio século de<br />
A GAMA DE FILTROS AUTOMÓVEL MIKFIL (AR, ÓLEO,<br />
COMBUSTÍVEL E HABITÁCULO) SEMPRE FOI BasTANTE COMPLETA<br />
E ABRANGENTE E ESTÁ SEMPRE EM CRESCENTE ATUALIZAÇÃO<br />
DE NOVOS PRODUTOS, aos PREÇOS MAIS COMPETITIVOS POSSÍVEIS<br />
O FUTURO DESTE MERCADO<br />
Passa POR APOSTAR<br />
NOUTROS SETORES<br />
João Costa considera o mercado dos filtros para automóveis em Portugal“bastante concorrencial,<br />
com muitas marcas no mercado que querem ganhar a sua quota de mercado.<br />
O espaço é curto, pois o país é pequeno e não tem capacidade para absorver tanta oferta”.<br />
Por este facto, o nosso interlocutor considera que há uma tendência para que “o produto<br />
fique muito desvalorizado”, situação que beneficia o intermediário, mas que cria o problema<br />
“<strong>das</strong> margens pratica<strong>das</strong> ao cliente final, que não refletem o real valor do produto, mas<br />
sim um valor extremamente inflacionado. É um mercado muito pequeno para absorver<br />
tanta marca, o risco é precisamente esse, desvalorizar de tal forma o produto para que<br />
este tenha venda, acabando por deixar de ser atrativo para o negócio. Falo apenas no setor<br />
automóvel, onde esta situação se verifica com mais notoriedade. Já nos outros setores as<br />
oportunidades existem, e penso que são as apostas de futuro”.<br />
Com o previsto desaparecimento da maioria dos filtros dos veículos mais modernos e eletrificados,<br />
o gerente da Costa, Nunes & Costa acredita que “o futuro deste mercado passa<br />
por apostar noutros setores. Tenho a certeza de que existem setores, que não o automóvel,<br />
muito bons a nível de negócio, onde ainda não existe grande concorrência, e por isso um<br />
bom motivo para desenvolver novas sinergias. Tendo em conta as prioridades climáticas,<br />
as quais apoiamos a 100%, e com as restrições a nível de poluição e consequente fim<br />
anunciado dos motores a combustão, a margem de negócio a nível de filtros para automóveis<br />
irá ser praticamente inexistente, mas pelo menos é por uma boa causa”, remata.<br />
existência, a empresa nortenha não<br />
tenciona deixar-se ficar parada num<br />
mercado em constante mutação. Tal<br />
como tem feito até então, a Costa,<br />
Nunes & Costa continua na senda da<br />
evolução, à procura de novas oportunidades.<br />
Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, João<br />
Costa revelou que contam com um<br />
novo representante comercial e que<br />
estão, neste momento, “a desenvolver<br />
novas prospeções nas áreas de ligeiros<br />
e de máquinas agrícolas. Estamos a<br />
tentar contemplar novos parceiros de<br />
negócio, e também a criar uma rede<br />
de distribuidores oficiais dos nossos<br />
produtos”. A ideia passa por renovar o<br />
website, “para que possamos ter uma<br />
imagem renovada na internet, bem<br />
como novas funções e disponibilizar<br />
aos nossos clientes e utilizadores da<br />
nossa plataforma uma experiência<br />
melhorada”. Todos os meses são introduzidos<br />
artigos novos, em to<strong>das</strong><br />
as áreas de filtragem, no portefólio<br />
da empresa, com o responsável a<br />
acreditar que o mercado português<br />
ainda “pode ter algum potencial de<br />
crescimento. Tivemos estes anos com<br />
constrangimentos, restrições… e não<br />
se verificaram grandes resultados.<br />
Mas penso que nos próximos anos a<br />
tendência será de inversão e de retomar<br />
novamente alguma da atividade<br />
que foi condicionada nos anos anteriores!”.<br />
A seu ver, “o mercado português<br />
é muito concorrencial o que é<br />
bom e mau ao mesmo tempo, porque<br />
tratando-se de um mercado pequeno,<br />
onde todos querem ter a sua quota de<br />
mercado, a guerra de marcas é feroz”.<br />
Nesse sentido, João Costa sugere que<br />
o setor seja “melhor regulado pelas<br />
entidades competentes, pois não devia<br />
valer tudo para se conseguir objetivos”.<br />
O responsável olha com “otimismo”<br />
para as perspetivas de negócio da empresa,<br />
esperando que “ao longo dos<br />
anos, a empresa possa crescer e cimentar<br />
um caminho de sucesso”. Para<br />
já o objetivo – e simultaneamente<br />
desafio – é “repor ao máximo os stocks<br />
e retomar a cadência que sempre<br />
tivemos no abastecimento dos nossos<br />
produtos. Estou convencido de que<br />
até ao início do 2º semestre, e ao longo<br />
do restante ano, iremos restabelecer<br />
esta situação”. Quanto às ven<strong>das</strong>,<br />
o gerente confia que 2023 seja já um<br />
ano de alguma recuperação, e avança<br />
que já efetuaram “uma redução<br />
nos preços, para fazer face ao nível<br />
de inflação que ainda permanece nos<br />
produtos, e, portanto, penso que seja<br />
o início de uma viragem de ciclo, para<br />
melhor”. Com o advento dos veículos<br />
elétricos e consequente fim de vários<br />
filtros no setor automóvel, a Costa,<br />
Nunes & Costa está, desde há alguns<br />
anos, a preparar o futuro, “com a implementação<br />
de novos setores de filtragem<br />
e de novas áreas de negócios,<br />
pois os filtros serão sempre parte fundamental<br />
no funcionamento de várias<br />
atividades e setores, mesmo fora<br />
da área automóvel, e é aí que iremos<br />
explorar novas oportunidades”, explica.<br />
Assim, defende a importância<br />
de, “nos próximos 5 anos, desenvolver<br />
uma restruturação do nosso core<br />
business, para que a transição seja<br />
efetuada de uma forma sustentável e<br />
progressiva”. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 51
entrevista<br />
DMITRY ZADOROJNII, CO-CEO DA AUTODOC<br />
QUEREMOS FAZER<br />
DE PORTUGAL O NOSSO MAIOR<br />
CENTRO TECNOLÓGICO<br />
A AUTODOC CHEGOU A PORTUGAL EM MAIO, COM A ABERTURA DAS NOVAS INSTALAÇÕES NO LAGOAS PARK,<br />
EM OEIRAS. O NOVO «HUB» DO RETALHISTA ONLINE DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA AUTOMÓVEIS TEM 1.000<br />
M2 E, NO FUTURO, DEVERÁ TORNAR-SE O PRINCIPAL CENTRO TECNOLÓGICO DA EMPRESA. JUNTO DO CO-<br />
CEO DA AUTODOC, DMITRY ZADOROJNII, FOMOS PERCEBER A IMPORTÂNCIA DESTE MARCO ESTRATÉGICO EM<br />
TERRAS LUSAS PARA A AUTODOC<br />
Criada há 15 anos em Berlim, na Alemanha, a<br />
Autodoc nasceu com o objetivo de vender<br />
peças para automóveis online sem intermediários<br />
e a preços significativamente mais baixos.<br />
Década e meia depois, opera em 27 países europeus<br />
e emprega cerca de 5.000 pessoas em oito localizações,<br />
incluindo agora também Portugal. Nas novas<br />
instalações no Lagoas Park, em Oeiras – o Lisbon<br />
Tech Hub - conta já com 100 colaboradores, aos<br />
quais pretende juntar outros tantos até ao final do<br />
ano. Este centro tecnológico assume uma importância<br />
primordial na estratégia da Autodoc e, nas<br />
palavras do responsável, Dmitry Zadorojnii, o foco<br />
está na melhoria da “qualidade de serviço e em garantir<br />
que estamos mais próximos dos nossos clientes<br />
no que respeita à localização e à língua”.<br />
Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, o Co-CEO explicou que a<br />
vinda para Portugal teve um motivo particular: o<br />
início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.<br />
Nessa altura, conta, “considerámos diferentes países<br />
para a deslocalização <strong>das</strong> nossas equipas. Queríamos<br />
proporcionar um local de trabalho seguro<br />
para to<strong>das</strong> as nossas equipas afeta<strong>das</strong> pela guerra,<br />
tanto para os colaboradores ucranianos como para<br />
os de outros países, como a Rússia e a Moldávia”. E<br />
se antes Portugal “já era uma possível localização”,<br />
depressa se tornou numa certeza, por várias razões:<br />
“segurança, potencial local de talentos, impostos,<br />
clima, custo de vida, oportunidades gerais para as<br />
pessoas e o nível de qualidade de vida”, indica Dmitry<br />
Zadorojnii. Além disso, o nosso país destacou-<br />
-se, nas escolhas da Autodoc, com aspetos como “a<br />
elevada qualificação dos talentos ou a qualidade do<br />
ensino superior no país, bem como a mentalidade<br />
empreendedora dos portugueses”. Segundo o nosso<br />
entrevistado, Portugal é amplamente conhecido por<br />
ter imenso talento (tecnológico) e, naturalmente,<br />
por ser um destino atrativo para o talento global.<br />
Lisboa é atualmente uma <strong>das</strong> cidades mais deseja<strong>das</strong><br />
para expatriados e startups tecnológicas. É uma<br />
cidade catalisadora e tem uma boa relação qualidade<br />
- custo de vida quando comparada com outras<br />
capitais europeias. Não podíamos estar mais satisfeitos<br />
com a nossa decisão”, comenta.<br />
Lisbon Tech Hub<br />
Para as novas instalações, inaugura<strong>das</strong> em maio, já<br />
foram contratados mais de 100 colaboradores. Neste<br />
momento, estão abertas mais de 50 posições, para as<br />
áreas de TI/tecnologia, serviço ao cliente, gestão de<br />
receitas e funções corporativas, e até ao final do ano,<br />
a Autodoc tem em vista contratar outras 100 pessoas,<br />
tendo, idealmente, 200 novos funcionários no<br />
total até ao final deste ano. “A nossa equipa técnica<br />
em Lisboa está a concentrar-se na reengenharia dos<br />
principais domínios de produtos, o que irá melhorar<br />
significativamente a experiência do cliente e aumentar<br />
a sua fidelização. O nosso plano é ter uma equipa<br />
de, pelo menos, 70 pessoas na área de Produto e Tecnologia”,<br />
revela, adiantando, desde logo, que o objetivo<br />
para o Lisbon Tech Hub é claro: “fazer de Portugal<br />
o nosso maior centro tecnológico”. É ali que está a ser<br />
instalada “a sede <strong>das</strong> nossas equipas de desenvolvimento<br />
de software e outras funções relaciona<strong>das</strong> com<br />
a tecnologia”. O principal produto digital da empresa<br />
é a Plataforma Digital ATD, “que visa capacitar toda<br />
a indústria de pós-venda automóvel e sobre a qual<br />
O PLANO DA AUTODOC É MELHORAR OS PRODUTOS E SERVIÇOS EXISTENTES<br />
E CONSTRUIR UMA PLATAFORMA DIGITAL PREPARADA PARA O FUTURO<br />
PARA LEVAR A TECNOLOGIA QUE SUPORTA O MERCADO DE PÓS-VENDA<br />
AUTOMÓVEL A UM NOVO NÍVEL DE QUALIDADE E POTÊNCIA<br />
52 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
DMITRY<br />
ZADOROJNII<br />
A AUTODOC É UMA EMPRESA EM RÁPIDO CRESCIMENTO.<br />
DESDE O SEU LANÇAMENTO, TORNOU-SE RAPIDAMENTE UMA<br />
DAS EMPRESAS DE INTERNET MAIS INTERESSANTES DA EUROPA.<br />
EM 2023, QUER CRESCER GLOBALMENTE NA FAIXA DE DOIS DÍGITOS<br />
construímos as experiências digitais<br />
para os nossos clientes B2C e B2B. O<br />
nosso objetivo é sermos competitivos<br />
nesta área com as maiores e mais importantes<br />
empresas presentes em Portugal”,<br />
esclarece Dmitry Zadorojnii.<br />
A crescer desde 2008<br />
A ideia com que a Autodoc nasceu,<br />
em 2008, de ser “um retalhista online<br />
de peças de alta qualidade que<br />
todos podem pagar”, deu frutos e<br />
não demorou muito até que os responsáveis<br />
entendessem que queriam<br />
“servir clientes em toda a Europa”.<br />
Abriram as primeiras lojas online fora<br />
da Alemanha na Áustria e na Suíça,<br />
em 2011. Seguiram-se Espanha, Itália,<br />
Reino Unido e França, em 2012.<br />
Desde 2014/15, a empresa cresceu<br />
ainda mais para os mercados da Europa<br />
de Leste. Atualmente, tem lojas<br />
online em 27 países europeus. De<br />
acordo com o Co-CEO, “a expansão<br />
foi naturalmente acompanhada por<br />
uma estratégia de marketing online<br />
sofisticada e, a partir de 2011, concentramo-nos<br />
nas TI, que são a força<br />
motriz por detrás de todos os nossos<br />
produtos e serviços digitais. Em 2016,<br />
lançámos as aplicações Autodoc para<br />
iOS e Android”, recorda.<br />
Hoje, afirma Dmitry Zadorojnii, o<br />
objetivo da empresa é “tornar a mobilidade<br />
mais sustentável e facilitar<br />
a vida <strong>das</strong> pessoas, fazendo com que<br />
os seus veículos durem mais tempo”.<br />
Para o responsável, entre as mais-valias<br />
da Autodoc está a “gama abrangente<br />
de peças para automóveis a<br />
preços atrativos”, tal como as “dicas,<br />
tutoriais em vídeo e apoio especiali-<br />
VENDA DE PEÇAS ONLINE<br />
VALEM 25% DO MERCADO EM 2030<br />
Questionado sobre o potencial de crescimento que ainda pode haver no mercado de distribuição de<br />
peças online, Dmitry Zadorojnii, Co-CEO da Autodoc, dá conta dos dados apresentados pela consultora<br />
de gestão McKinsey, que assinala que o potencial do mercado europeu de pós-venda automóvel de<br />
peças, acessórios e equipamentos (incluindo serviços) “deverá crescer em média 4% ao ano (CAGR) para<br />
um total de cerca de 280 mil milhões de euros até 2030. O maior crescimento registar-se-á, de longe,<br />
no mercado digital”. Tendo em atenção estes dados, a Autodoc espera, em 2030, que “os «operadores<br />
digitais», representem até 25% da venda de peças aftermarket automóvel. Atualmente, representam<br />
cerca de 10%”. Por outro lado, o nosso interlocutor mostra-se confiante na continuidade e crescimento do<br />
mercado pós-venda automóvel nacional, pois “de acordo com o mais recente relatório da ACEA, de janeiro<br />
de 2023, existem 5,4 milhões de automóveis em circulação em Portugal. Em média, têm 13,5 anos de<br />
idade. Uma vez que os automóveis mais antigos necessitam de peças suplentes e serviços de reparação,<br />
podemos fornecer uma vasta gama de produtos e serviços aos nossos clientes”. Assim, o objetivo de<br />
crescimento é claro: “ultrapassar os 145.000 clientes que tínhamos em Portugal em 2022”.<br />
Dmitry Zadorojnii sublinha que a Autodoc é “uma empresa em rápido crescimento”, tendo-se tornado,<br />
desde o seu lançamento, numa “<strong>das</strong> empresas de internet mais interessantes da Europa”. De<br />
2018 a 2022, a taxa de crescimento anual foi, em média, de 29%. Em 2022, aumentou as ven<strong>das</strong><br />
em 8,7% para 1.127,1 milhões de euros (depois de em 2021 ter registado 1.036,4 M€) a nível<br />
global. Por isso, o Co-CEO entende que “as nossas previsões de crescimento estão em linha com<br />
os nossos planos de expansão. Em 2023, queremos crescer globalmente na faixa de dois dígitos.<br />
Vemos aqui um enorme potencial e estamos confiantes de que 2023 será encerrado com grandes<br />
números”, vaticina.<br />
zado por chat”, que também os ajudam<br />
os clientes “a efetuar pequenas<br />
reparações”. Nessa sequência, foi lançada,<br />
em 2019 a plataforma online<br />
Autodoc Club, seguida da aplicação<br />
em 2020, o que permite aos utilizadores<br />
“controlar todos os custos e<br />
organizar a reparação, manutenção<br />
e cuidados do seu veículo de forma<br />
simples e económica”. Atualmente,<br />
salienta Dmitry Zadorojnii, “o plano<br />
da Autodoc é melhorar os produtos<br />
e serviços existentes e construir uma<br />
plataforma digital preparada para o<br />
futuro, para levar a tecnologia que<br />
suporta o mercado de pós-venda automóvel<br />
a um novo nível de qualidade<br />
e potência.<br />
“Serviço ao cliente<br />
é fundamental”<br />
Com um stock de 5,2 milhões de<br />
produtos de 1.800 marcas de fabricantes<br />
para cerca de 166 marcas de<br />
automóveis, 23 de pesados e 154 de<br />
motociclos, o nosso entrevistado não<br />
tem dúvi<strong>das</strong> ao afirmar que “a Autodoc<br />
“é um retalhista online líder<br />
de peças e acessórios para veículos<br />
na Europa”. Destaca como um dos<br />
valores principais que norteiam a<br />
empresa “o foco no cliente” e conta<br />
54 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
que, em Portugal, estão a contratar<br />
empregados nativos para o Apoio<br />
ao Cliente. No entanto, nota, “como<br />
em tudo, temos uma abordagem<br />
global, pelo que estamos a contratar<br />
empregados nativos de todos os<br />
mercados que servimos, de modo a<br />
melhorarmos o nosso serviço para<br />
todos os nossos clientes. O nosso<br />
apoio ao cliente está disponível em<br />
23 línguas”.<br />
Durante 2022, o número de clientes<br />
ativos da Autodoc aumentou em<br />
400 000, para 6,6 milhões, “o que<br />
sublinha o trabalho produtivo na<br />
aquisição e retenção de clientes. A<br />
taxa de retenção de clientes foi de<br />
60% em 2022, o que eleva a base<br />
de clientes para 18,5 milhões desde<br />
para diferentes mercados, que segue<br />
um calendário próprio. No entanto,<br />
de momento, Portugal não é afetado<br />
por esta estratégia”, sendo que a<br />
loja virtual existente no nosso país<br />
se destina (para já) principalmente a<br />
clientes B2C.<br />
O prazo de entrega médio <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong><br />
realiza<strong>das</strong> no portal web varia<br />
entre três e sete dias, consoante o<br />
país de destino. Os produtos são enviados<br />
“just-in-time, a partir dos nossos<br />
armazéns em Berlim e Szczecin,<br />
bem como através de dropshipping<br />
diretamente através dos nossos fornecedores”.<br />
O responsável reitera as<br />
várias vantagens em relação a qualquer<br />
loja física: “preços online e serviço<br />
profissional. Não se trata de ser<br />
tos em to<strong>das</strong> as categorias de preços.<br />
Além disso, oferecemos produtos<br />
com entrega garantida nas datas<br />
especifica<strong>das</strong>”. Recentemente, em<br />
outubro de 2022, foi lançado no Autodoc<br />
PRO, em França, uma oferta<br />
especial para clientes empresariais<br />
e mecânicos profissionais, que lhes<br />
disponibiliza uma plataforma online<br />
para selecionar e encomendar peças<br />
e um apoio ao cliente dedicado. A<br />
longo prazo, afirma Dmitry Zadorojnii,<br />
“planeamos expandir o Autodoc<br />
PRO por toda a Europa”.<br />
Desafios da distribuição<br />
Com o aumento da distribuição online,<br />
os requisitos logísticos aumentaram<br />
e os processos comerciais tor-<br />
Szczecin, na Polónia, em dezembro<br />
de 2022, que agora serve como o<br />
centro de logística central para todos<br />
os centros de distribuição da Autodoc.<br />
“A capacidade de armazenamento<br />
adicional permite que a gama seja<br />
expandida, que o inventário seja restabelecido<br />
mais rapidamente e que a<br />
produção seja aumentada em geral.<br />
Aqui, principalmente os nossos produtos<br />
de marca própria Ridex e Stark<br />
são armazenados e distribuídos<br />
conforme necessário para os nossos<br />
centros de distribuição em Berlim,<br />
Szczecin, e em breve Cheb como reabastecimento,<br />
de onde são enviados<br />
para os clientes em toda a Europa”,<br />
conta. Cheb, na República Checa<br />
é a localização do novo armazém<br />
O NOVO TECH HUB DA autoDOC EM OEIRAS, DEVERÁ EXPANDIR-SE<br />
E torNAR-SE NO PRINCIPAL CENTRO TECNOLÓGICO DA EMPRESA.<br />
ESTE É UM MARCO IMPORTANTE PARA A ESTRATÉGIA DA autoDOC,<br />
CENTRADA NA INOVação, NO CLIENTE E NA SUSTENTABILIDADE<br />
2008”, refere. O Co-CEO chama a<br />
atenção para o facto de, na empresa,<br />
estarem “sempre abertos a estabelecer<br />
contactos com os nossos clientes<br />
B2C e B2B em todos os países que<br />
servimos”, ressaltando que têm “uma<br />
estratégia B2B específica dedicada a<br />
oficinas de reparação mais pequenas<br />
o mais rápido, trata-se do facto de as<br />
oficinas poderem ganhar mais com o<br />
Autodoc PRO, tendo o serviço pessoal<br />
dedicado que necessitam”.<br />
No Autodoc PRO, a empresa oferece<br />
mais de 2 milhões de peças suplentes<br />
e acessórios, com “variedade de<br />
marcas, numa vasta gama de produ-<br />
naram-se cada vez mais complexos.<br />
Para tal, a Autodoc pretende abrir<br />
novos locais de logística e, assim, aumentar<br />
o espaço de armazenamento<br />
para estar mais perto dos clientes e<br />
ser mais rápida na entrega. Dmitry<br />
Zadorojnii dá o exemplo da abertura<br />
do novo armazém «M40» em<br />
«C27», que deverá abrir no decurso<br />
deste ano, para aliviar os espaços<br />
existentes e, assim, “tornarmo-nos<br />
ainda mais rápidos. Quando abrirmos<br />
mais locais de logística, também<br />
consideramos a possibilidade de subcontratar<br />
fornecedores de logística a<br />
terceiros”, diz o responsável. l
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Produto<br />
BORG AUTOMOTIVE<br />
EXPANDE GAMA<br />
DE PRODUTOS<br />
No primeiro trimestre de 2023, a BORG Automotive Reman expandiu<br />
a sua gama de produtos em 116 referências. Para muitas <strong>das</strong><br />
novas referências, a BORG Automotive Reman foi o primeiro fornecedor<br />
a oferecê-las ao mercado. 32 pinças de travão, 22 alternadores,<br />
22 compressores de ar condicionado, 18 motores de arranque, 10 barras<br />
de direção, oito turbocompressores, bem como três válvulas EGR e uma<br />
bomba de direção estão agora disponíveis na BORG Automotive Reman<br />
sob as marcas Elstock, DRI, TMI e Lucas. Entre os potenciais bestsellers<br />
da extensão da gama está um alternador para mais de 70 aplicações de veículos<br />
do Grupo VW: abrange 2,6 milhões de veículos na Europa, incluindo<br />
o Audi A1, Seat Ibiza, Skoda Kodiaq e VW Golf. Como é a norma na BORG<br />
Automotive Reman, to<strong>das</strong> as referências recentemente adiciona<strong>das</strong> oferecem<br />
uma qualidade comparável à <strong>das</strong> peças OES novas, uma vez que a<br />
empresa apenas remanufactura peças originais usa<strong>das</strong>.<br />
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LANÇA NOVAS BOBINAS DE IGNIÇÃO NGK<br />
niterra | A Niterra reforçou a sua oferta no mercado pós-venda com 29 novas bobinas de ignição<br />
de última geração para fabricantes de automóveis globais como a Hyundai, Kia, Mercedes-Benz,<br />
Porsche, Toyota e Opel. Os produtos de alta qualidade ajudarão a empresa a expandir a cobertura de<br />
clientes na Coreia do Sul, no Japão e na região EMEA, e espera-se que cubram uma frota de quase<br />
22 milhões de veículos até 2025, um aumento de 19,9 por cento em dois anos. As novas peças<br />
incluem 27 bobinas cujos números de peça técnica começam sempre por “U5”. Estas são unidades<br />
de faísca única que estão diretamente liga<strong>das</strong> à vela de ignição e funcionam com uma bobina por<br />
cilindro. Devido à sua posição, as bobinas geram impulsos de alta tensão diretamente na vela de<br />
ignição, permitindo a ignição do combustível e o funcionamento eficiente do motor. Graças ao seu<br />
design e construção, as bobinas de ignição NGK da Niterra são resistentes ao calor e à humidade.<br />
56 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
DESENVOLVE LÍQUIDO<br />
REFRIGERAÇÃO BATERIAS EV 200<br />
liqui Moly | A LIQUI MOLY amplia a sua gama de produtos para veículos exclusivamente<br />
elétricos com o líquido de refrigeração de baterias EV 200. Este novo produto é recomendado<br />
para os modelos da Hyundai e Kia. O novo líquido de refrigeração de baterias EV 200 (EV<br />
significa Electric Vehicle), tem uma função importante: funciona como gestor térmico. Isto é necessário<br />
porque a tecnologia de veículos elétricos e híbridos só funciona de forma ideal dentro<br />
de determinados intervalos de temperatura. Nas baterias de iões de lítio, o intervalo entre 15°C<br />
e 40°C é o ideal. A gestão térmica é de grande importância, pois tem influência na autonomia.<br />
A autonomia do veículo depende do consumo de energia. E a temperatura afeta a vida útil da<br />
bateria e do motor. Por isso, a temperatura da bateria deve ser constante. Este líquido garante<br />
que a bateria nunca aqueça acima de 60°C no verão e que a temperatura esteja constantemente<br />
na faixa ideal de 15 °C a 40°C, mesmo no inverno.<br />
COBERTURA DE BANCOS DA CAR REPAIR SYSTEM<br />
Car Repair SYSTEM | A Car Repair System apresenta a sua nova Cobertura de Bancos que<br />
proporciona uma proteção completa para o banco de automóvel. Não só mantém o banco limpo,<br />
como também o protege contra manchas de óleo, tintas ou poeiras. Fácil de instalar e retirar, é<br />
também adequado para bancos de avião, comboios e camiões. A Cobertura de Bancos proporciona<br />
uma proteção completa para o banco de automóvel. Não só mantém o banco limpo, como<br />
também o protege contra manchas de óleo, tintas ou poeiras. O seu pequeno tamanho facilita a<br />
arrumação sem ocupar muito espaço. A cobertura é adequada para oficinas de reparação mecânica,<br />
proteção contra o pó, lavagem de automóveis, oficinas de carroçaria e repintura automóvel,<br />
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por isso, a divisão Bosch Automotive Aftermarket acaba<br />
de lançar uma nova campanha de ofertas para as oficinas. Na<br />
aquisição de sensores Bosch para segurança, gestão do motor e tratamento<br />
de gases de escape, as oficinas podem adquirir t-shirts Sensores<br />
“#LikeABosch”. A Bosch oferece uma vasta gama de sensores para gestão<br />
do motor, segurança e sistema de tratamento de gases de escape que<br />
medem, por exemplo, a pressão, a velocidade e a temperatura. Estes<br />
sensores destacam-se pelo seu design robusto e materiais de alta qualidade,<br />
que os tornam particularmente resistentes à deformação, quebra<br />
e aparecimento de fissuras. Para garantir uma precisão de medição alta<br />
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58 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
SUBSCREVA A<br />
NOSSA NEWSLETTER!<br />
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NA PISTA DE TESTES SUPERA CONCORRÊNCIA<br />
KyB | Numa recente série de vídeos, a KYB revelou na pista de testes as grandes diferenças<br />
entre os amortecedores KYB e os amortecedores topo de gama, desgastados e de baixo custo de<br />
um concorrente. Para garantir a imparcialidade dos testes, a KYB contou com a colaboração de<br />
dois pilotos de testes profissionais para conduzirem dois Chevrolet Equinox de 2015 idênticos,<br />
cada um com mais de 150.000 km no conta-quilómetros. Para garantir resultados consistentes<br />
e fiáveis, cada veículo foi equipado com novas pastilhas de travão, discos e barras estabilizadoras,<br />
e foi efetuado um alinhamento completo <strong>das</strong> quatro ro<strong>das</strong>. Antes de cada teste individual,<br />
os automóveis foram também equipados com quatro pneus novos e um depósito cheio de<br />
combustível. A única diferença entre os veículos eram os amortecedores. No final de vários<br />
testes, os resultados mostraram que a KYB superou to<strong>das</strong> as alternativas, tanto no desempenho<br />
piso seco como em molhado.
TORNOU-SE DISTRIBUIDOR DA BENDIX<br />
InovpeçAS | A Inovpeças, empresa de referência no comércio a retalho de peças e<br />
acessórios para veículos automóveis ligeiros na região norte, tornou-se o novo distribuidor<br />
oficial da marca Bendix. Ao longo dos 12 anos da empresa, a Inovpeças tem-se reforçado com<br />
novas marcas para dar a melhor resposta aos seus clientes e esta nova representação é mais um<br />
exemplo disso mesmo. A Bendix, marca pertencente ao grupo TMD Friction, um dos fabricantes<br />
líderes mundiais de travagem por fricção, está no mercado desde 1924 e exibe uma reputação<br />
de confiança e desempenho de travagem de qualidade superior, oferecendo uma <strong>das</strong> mais<br />
amplas gamas de produtos de travagem, com 98% dos veículos do parque europeu cobertos.<br />
Com os olhos postos no futuro, a Inovpeças irá continuar a investir na evolução qualitativa dos<br />
seus serviços para oferecer uma resposta ainda mais adequada às exigências do mercado.<br />
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contra o desgaste, óleos do motor de elevada qualidade com aditivos<br />
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ênfase na disponibilização de fluidos com o meio ambiente em mente,<br />
enquanto os melhora em simultâneo. Todos os fluidos febi são embalados<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 59
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DISTRIBUIDOR OFICIAL BORGWARNER NA EUROPA<br />
TCMATIC | A TCMATIC, distribuidor oficial da BorgWarner, já comercializa embraiagens duplas<br />
e os acoplamentos de tração total em Espanha, França e Portugal. A TCMATIC celebrou um acordo<br />
de distribuição em três dos países europeus em que lidera o sector do aftermarket de caixas de<br />
velocidade automáticas: Espanha, França e Portugal. A rede da BorgWarner permitiu à TCMATIC<br />
ampliar a sua carteira com dois novos produtos de pós-venda. Por um lado, possui oito módulos<br />
DualTronic de embraiagens duplas originais para transmissões manuais automatiza<strong>das</strong>. Um produto<br />
que garante o conforto de condução e qualidade na mudança de velocidade para o mercado,<br />
com o selo de qualidade de uma marca OEM.<br />
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(TPU) avançado que supera significativamente o material de borracha de<br />
cloropreno convencional usado em muitas peças concorrentes. O novo material<br />
da proteção TPU – usado em rótulas, barras estabilizadoras, ponteiras<br />
da barra de direção e conjuntos, braços de controlo transversal da MOOG –<br />
oferece até 180% mais resistência a formas comuns de degradação mecânica<br />
e 30% maior resistência a altas temperaturas. O novo material também é<br />
muito mais resistente ao desgaste causado pelo pó do travão, combustível,<br />
sal de estrada, limpeza de jantes, bem como exposição ambiental.<br />
LANÇA NOVOS ELEVADORES DE JANELAS<br />
Magneti Marelli | A Magneti Marelli Parts & Services apresenta o lançamento de novos produtos na<br />
sua gama de elevadores de vidros. O lançamento é composto por 26 referências distribuí<strong>das</strong> da seguinte forma:<br />
18 mecanismos não motorizados, 6 elevadores de vidros completos e 2 elevadores de vidros manuais. Entre as<br />
aplicações abrangi<strong>das</strong> por este novo lançamento encontram-se os elevadores de vidros completos para Dacia Duster<br />
(HM), Renault Scenic IV e Espace V e os mecanismos para os veículos Skoda Superb III, VW T-Cross e Ford Kuga II,<br />
entre outros. Com estes novos produtos, a gama de elevadores de vidros passa a contar com 1.400 referências,<br />
atingindo uma cobertura de mais de 80% do parque automóvel. To<strong>das</strong> as referências já se encontram disponíveis<br />
nos armazéns da marca.<br />
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60 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NER-TOR<br />
LANÇA NOVO CATÁLOGO<br />
A<br />
NER-TOR lançou o seu novo catálogo de acessórios, que inclui também<br />
ferramentas, escovas de limpa pára-brisas e iluminação, com um<br />
formato modernizado. O novo catálogo incorpora aplicações de produtos<br />
em tabelas e motores de busca descarregáveis através de códigos QR.<br />
Destacam-se alguns dos seus novos acessórios, como as capas de assento -<br />
para automóveis e carrinhas -, protetores de assento para animais de estimação,<br />
barras de tejadilho, depósitos de combustível, uma linha de aditivos Est<br />
e uma nova gama de acessórios topo de gama Maranello, de fabrico italiano.<br />
Além disso, este catálogo inclui uma secção específica para ferramentas, com<br />
carrinhos de ferramentas, caixas de ferramentas e macacos hidráulicos para<br />
uso profissional. A empresa estabeleceu o objetivo de continuar a desenvolver<br />
esta secção e já planeou o lançamento de um catálogo alargado exclusivamente<br />
para ferramentas profissionais.<br />
SINNEK APRESENTA<br />
NOVO ADITIVO INTEGRANTE SO/8520<br />
sinnek | Com o objetivo de estar sempre na vanguarda do setor e satisfazer as necessidades<br />
dos seus clientes, a SINNEK lançou o novo aditivo integrante SO/8520, um produto à base de<br />
solventes especialmente desenvolvido para otimizar a mistura de verniz entre peças adjacentes,<br />
o que garante um rápido processo de integração. O novo aditivo SO/8520, é compatível com<br />
toda a gama de vernizes brilhantes SINNEK independentemente da sua velocidade de secagem,<br />
permite reduzir o tempo de trabalho em pequenos reparos de carroçaria, além de otimizar o<br />
acabamento superficial e facilitar o processo de polimento posterior. O novo aditivo integrante<br />
SO/8520, é compatível com todos os vernizes brilhantes da marca, e é a solução perfeita para a<br />
correta integração entre as peças de pequenas reparações.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 61
evento<br />
8ª CONVENÇÃO ASER<br />
CONFIANÇA NO FUTURO<br />
DO AFTERMARKET!<br />
CERCA DE 170 PESSOAS, ENTRE CONVIDADOS, PARCEIROS, FORNECEDORES E IMPRENSA, REUNIRAM-<br />
SE ENTRE 15 E 17 DE JUNHO PARA CELEBRAR A 8ª CONVENÇÃO ASER QUE ESTE ANO SE REALIZOU EM<br />
SAN SEBASTIAN. O EVENTO REFORÇOU A CONFIANÇA DA DIREÇÃO NO FUTURO DO AFTERMARKET E NO<br />
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO CUJO OBJETIVO É ATINGIR OS 150 MILHÕES DE EUROS<br />
O<br />
jornal <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi o meio da especialidade<br />
convidado para acompanhar toda a<br />
Convenção. Durante três dias intensos, fomos<br />
testemunha privilegiada do momento do ano<br />
mais aguardado por todos os parceiros e fornecedores.<br />
É um evento onde se trocam opiniões, se reforçam<br />
relações e se partilham experiências, num<br />
ambiente de trabalho descontraído, potenciado<br />
pelo trabalho de equipa e pela procura de sinergias.<br />
A Convenção abriu com um dia de apresentações,<br />
que decorreu no Aquário de San Sebastian. A presença<br />
de alguns dos sócios do IDAP, Lluis Tarrés,<br />
Aranca Negru, Alfonso Castellano e Manuel Alcalde,<br />
e a presença e participação dos representantes<br />
da Nexus, Audrey Bidart e Florian Precigout, era já<br />
uma demonstração da linha que as apresentações<br />
iriam seguir, centrada no compromisso, consolidação<br />
e envolvimento da ASER e dos seus sócios na<br />
estratégia do IDAP e da Nexus.<br />
Sobre o tema da consolidação do mercado, Martin<br />
Bajuk, diretor comercial do grupo, falou do trabalho<br />
de casa que falta fazer na ASER e na IDAP.<br />
“Para a ASER, a consolidação é uma oportunidade,<br />
ou se resiste e é um problema ou se adapta e<br />
tem-se uma oportunidade e explicou as vantagens<br />
da consolidação com vários argumentos, entre os<br />
quais que o cenário atual é muito agressivo; os<br />
grandes distribuidores posicionam o preço; os<br />
fornecedores querem menos contas, mais volume<br />
e ajustes logísticos, e para isso é necessário mais<br />
capacidade de compra para ter stocks e reduzir<br />
as compras locais (por vezes força<strong>das</strong> pelo desejo<br />
de servir a oficina na hora, tornando a logística<br />
exageradamente pesada). Falou também de estudar<br />
as possibilidades de rever a armazenagem de<br />
peças, para retirar os produtos obsoletos e encontrar<br />
espaço, estar aberto a trabalhar com novas<br />
categorias de produtos e empreender estratégias<br />
de venda como campanhas, produtos premium,<br />
promover redes de oficinas ou iniciar acordos entre<br />
parceiros.<br />
Mario Romero, responsável de marketing e comunicação,<br />
fez uma apresentação criativa com<br />
base em imagens de filmes de cinema que recordaram<br />
o nascimento do grupo (em 2016 ao juntar<br />
a Gecorusa e a Agerauto, criando uma equipa<br />
marcada por conceitos como orgulho, compromisso,<br />
convicção e superação). Para Romero, a<br />
solução é o empenho e o trabalho em equipa, trabalhando<br />
para e com o grupo.<br />
Reforçar os conceitos<br />
Depois <strong>das</strong> apresentações de Clemente Serrano,<br />
Presidente do Conselho de Administração, e da<br />
intervenção de Max Margalef, CEO da Aser, e de<br />
Pedro Moura, administrador, em que explicaram<br />
as novidades do grupo, os responsáveis da ASER<br />
mostraram aos presentes a evolução e a estratégia<br />
do grupo, em que se destacou a consolidação<br />
do seu conhecido “Plano 50” a 3 anos - 50 membros,<br />
50 milhões de euros de compras ao grupo,<br />
150 milhões de euros de ven<strong>das</strong> - e se apelou ao<br />
“compromisso e participação” dos parceiros. A<br />
apresentação centrou-se na evolução muito positiva<br />
da aserAUTO, a rede premium do grupo, e no<br />
anúncio da sua nova rede de oficinas Auto Drive<br />
Services, que integrará, com uma nova estratégia<br />
de desenvolvimento, as atuais redes Star e Tecnotaller.<br />
A nível institucional, prometeram colaborar<br />
na linha de progresso da ANCERA iniciada<br />
por José Luís Bravo, bem como empenhar-se no<br />
relacionamento com a associação congénere em<br />
Portugal, a ACAP, estando presentes em feiras<br />
como a expoMECÂNICA no Porto ou a Motortec<br />
em Madrid.<br />
Após a participação de Fernando López, da GIPA,<br />
focado na distribuição de peças, Audrey Bidart,<br />
directora de desenvolvimento de negócio da Nexus,<br />
e Florian Precigout, responsável pelo desenvolvimento<br />
da rede de oficinas Nexus, passaram<br />
em revista a história, a evolução e as figuras-chave<br />
do grupo e <strong>das</strong> suas redes de oficinas, e centraram-se<br />
na evolução do grupo, com uma estratégia<br />
centrada na sustentabilidade e na inovação como<br />
chave para liderar o futuro.<br />
E depois de uma mesa redonda na qual Javier Sanz<br />
de Andino, diretor comercial da IFEMA events, e<br />
Carlos Martín, secretário-geral da ANCERA, destacaram<br />
a importância e a necessidade de participar<br />
na Motortec, a jornada terminou com uma<br />
apresentação de “alto nível” de Fernando Romay,<br />
ex-jogador de basquetebol do Real Madrid, na<br />
qual falou, através da sua experiência, do valor da<br />
62 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A CONVENÇÃO DE ASER É UM REFLEXO FIEL DOS VALORES DO GRUPO,<br />
QUE TEM UMA PRESENÇA PROEMINENTE NESTES DIAS, PROXIMIDADE,<br />
COMUNICAÇÃO, INOVAÇÃO E TRANSPARÊNCIA, E TEM VINDO A EVOLUIR,<br />
PROCURANDO SEMPRE A INOVAÇÃO E UM MAIOR PROFISSIONALISMO
8ª CONVENÇÃO<br />
ASER<br />
A IMAGEM UTILIZADA ESTE ANO, JUNTAMENTE COM O SLOGAN “DO<br />
you ASER? YES, I DO”, REPRESENTA O TRABALHO, PARCERIA, UNIÃO E<br />
COMPROMISSO DOS PARCEIROS E FORNECEDORES PARA ENFRENTAR OS<br />
DESAFIOS PRESENTES E FUTUROS<br />
diferença e do trabalho em equipa.<br />
O dia terminou com um magnífico<br />
jantar na quinta Katxiña Txacolina,<br />
onde foram entregues as já tradicionais<br />
homenagens aos fornecedores,<br />
um troféu personalizado para cada<br />
um dos 31 executivos presentes.<br />
Na sexta-feira, parceiros e fornecedores<br />
tiveram reuniões “one to one”,<br />
num dia de trabalho produtivo que<br />
permitiu aos participantes conhecerem-se<br />
melhor e reforçar os laços<br />
pessoais e comerciais. Este formato<br />
de reuniões foi muito valorizado pelos<br />
parceiros e fornecedores. O sábado<br />
foi reservado para uma atividade<br />
conjunta em San Sebastian, onde o<br />
grupo pôde reforçar a aproximação<br />
que é promovida na Convenção.<br />
“Do you ASER? Yes, I do”<br />
Este ano, o lema da Convenção foi<br />
“Do you ASER? Yes, I do”, refletindo<br />
a linha que foi demonstrada durante<br />
os dias de trabalho, centrada no<br />
trabalho de equipa e no empenho de<br />
todos os participantes. A Convenção<br />
é um reflexo fiel dos valores do<br />
grupo, Proximidade, Comunicação,<br />
Inovação e Transparência, com objetivos<br />
que se mantiveram inalterados,<br />
embora o formato tenha evoluído<br />
ao longo dos anos na procura de<br />
inovação e maior profissionalismo,<br />
para que os parceiros da ASER e os<br />
principais fornecedores do Grupo<br />
possam trocar opiniões, fortalecer<br />
Sobre a presença da ASER em Portugal, José Luís<br />
Bravo, CEO da ASER, não podia estar mais satisfeito<br />
“Somos já nove parceiros (ATM, Celparts, Formigosa,<br />
Humberpeças, Mpeças, NPeças, Primopeças,<br />
Samiparts e Silvaspeças), cada vez mais unidos e<br />
com vontade de crescer. Destaco a consolidação da<br />
Rede aserAUTO, que conta com vinte oficinas, as<br />
quais tiveram uma profunda transformação, não só<br />
na imagem, mas também na forma de trabalhar. E<br />
como grande novidade anunciamos o lançamento<br />
de uma segunda rede, a Auto Drive Services, que<br />
vai ter oficinas de menor dimensão, que vamos<br />
ajudar com os nossos serviços e ferramentas. Para<br />
relações e partilhar experiências<br />
num ambiente de trabalho descontraído<br />
que incentiva o trabalho em<br />
equipa e a procura de sinergias.<br />
Como todos os anos, a Convenção<br />
encerrou com um jantar de gala no<br />
PORTUGAL PARA A ASER<br />
É TOTALMENTE ESTRATÉGICO!<br />
JOSÉ LUÍS BRAVO, CEO DA ASER<br />
isso, fortalecemos a nossa<br />
equipa de apoio à rede oficinal, para conseguirmos<br />
estar mais próximos <strong>das</strong> empresas.<br />
Procuramos sempre oferecer as ferramentas e os<br />
recursos adequados para satisfazer as necessidades<br />
de crescimento dos nossos parceiros. E fazemo-lo<br />
com muita assertividade, indo ao encontro <strong>das</strong> suas<br />
necessidades. Já percorremos um longo caminho,<br />
mas ainda temos um longo caminho a percorrer.<br />
Estamos empenhados em trabalhar com fornecedores<br />
aprovados pelo IDAP e pelo Nexus. E queremos<br />
transmitir os valores do trabalho em equipa, pois<br />
temos de remar juntos, cada um à sua maneira,<br />
qual José Luis Bravo, CEO da Aser,<br />
e Clemente Serrano, Presidente<br />
do Conselho de Administração, se<br />
despediram da Convenção e convidaram<br />
os participantes para a próxima,<br />
a nona do grupo.. l<br />
mas sempre em frente”.<br />
Das suas mensagens, destaca a grande aposta em<br />
implementar uma política de conformidade própria<br />
“que também se dirija aos parceiros, para que todos<br />
andemos juntos e partilhemos mais informação”. E<br />
também a determinação em reforçar os valores de<br />
proximidade, comunicação, inovação e transparência<br />
de que o grupo se orgulha: “Tudo o que fazemos<br />
é feito a pensar nos nossos parceiros para sermos<br />
mais rentáveis no negócio e no mercado. Portugal<br />
para a ASER é totalmente estratégico e estamos<br />
muito satisfeitos de poder partilhar o nosso sucesso<br />
com todos os parceiros portugueses”.<br />
64 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
evento<br />
6º SALÃO NACIONAL DO TRANSPORTE<br />
MAIS FORTE E RELEVANTE!<br />
FRUTO DA PERSISTÊNCIA DA ANTRAM E MANTENDO O FOCO NA DIVULGAÇÃO DO SETOR DOS TRANSPORTES,<br />
REALIZOU-SE DE 30 JUNHO A 2 JULHO, O 6º SALÃO NACIONAL DO TRANSPORTE QUE LEVOU AO PAVILHÃO<br />
EXPOCENTRO, EM POMBAL, MAIS DE 15.000 VISITANTES, 100 EXPOSITORES E MUITAS ATIVIDADES<br />
PARALELAS<br />
Promovido pela ANTRAM, a 6ª<br />
edição do Salão Nacional do<br />
Transporte cumpriu mais uma<br />
vez os seus objetivos de aproximar o<br />
setor da sociedade civil, as empresas<br />
dos trabalhadores e os fornecedores<br />
dos seus clientes. Durante três dias<br />
foram muitos os profissionais e famílias<br />
que visitaram o recinto do salão,<br />
onde para além de conhecerem as<br />
novidades dos expositores, puderam<br />
divertir-se e confraternizar nos eventos<br />
paralelos, que incluíram exibições<br />
de drift com camiões, carros e motos,<br />
desfile de camiões pelo município de<br />
Pombal e ainda espetáculos noturnos<br />
com DJ. Foram três dias de contactos,<br />
reuniões e convívio entre os principais<br />
«players» do mercado dos veículos<br />
pesados, da logística e do aftermarket.<br />
Sendo dedicado exclusivamente ao<br />
setor rodoviário de mercadorias, este<br />
evento teve o apoio da Câmara Municipal<br />
de Pombal, cujo presidente,<br />
Pedro Pimpão referiu “Os transportes<br />
são um setor importantíssimo<br />
para o município de Pombal, pois temos<br />
muitas empresas neste setor no<br />
nosso concelho e são milhares as pessoas<br />
que visitam o certame. Esta 6ª<br />
edição é também um incentivo para<br />
que este setor continue a ter uma<br />
predominância grande em Pombal.”<br />
A presença <strong>das</strong> principais marcas<br />
de pesados, mereceu destaque, mas<br />
também a participação de muitas<br />
empresas de aftermarket liga<strong>das</strong> a<br />
este setor de negócio, que, para além<br />
de estarem nas feiras específicas destina<strong>das</strong><br />
à área do após-venda, fazem<br />
questão de comparecer no certame<br />
que ganha fama, interesse e potencial<br />
a cada ano que passa.<br />
Por parte da organização, o objetivo<br />
de aumentar a quantidade de visitantes<br />
era claro, assim como era notória<br />
a vontade de apostar na qualidade<br />
<strong>das</strong> empresas e dos expositores<br />
que marcaram presença. Pedro Polónio,<br />
Presidente da Direção Nacional<br />
da ANTRAM, afirma “O objetivo<br />
de trazer os transportadores a Pombal,<br />
para conhecerem as novidades<br />
e confraternizarem foi plenamente<br />
conseguido. Organizamos este salão<br />
para as pequenas empresas do setor<br />
que representam 80% dos transportadores<br />
em Portugal, com mais de<br />
20.000 viaturas.”<br />
O Salão mostrou que o setor dos veículos<br />
pesados e de todos os seus complementos<br />
está vivo e de boa saúde, e<br />
foi uma excelente oportunidade para<br />
os profissionais do setor explorarem<br />
as tecnologias de ponta, as melhores<br />
práticas do setor e as tendências<br />
futuras no transporte rodoviário de<br />
mercadoras, bem como expandir a<br />
sua rede de contactos, estabelecendo<br />
uma relação mais próxima com<br />
os especialistas do setor, potenciais<br />
parceiros e outros profissionais. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 65
evento<br />
CIVIPARTS E ONEDRIVE UNEM-SE NO PARTS FEST 2023<br />
POTENCIAR SINERGIAS!<br />
AO LONGO DOS MESES DE MAIO E JUNHO, A CIVIPARTS E A ONEDRIVE, EMPRESAS DO AFTERMARKET DO GRUPO<br />
NORS, PROMOVERAM UMA INICIATIVA INOVADORA, QUE REUNIU NAS SUAS INSTALAÇÕES DO SEIXAL, PORTO,<br />
LISBOA E LEIRIA, MAIS DE SETECENTOS PROFISSIONAIS, INCLUINDO CLIENTES E PARCEIROS: O PARTS FEST 2023
Os eventos Parts Fest, foram<br />
uma iniciativa pioneira promovida<br />
pela Civiparts e a<br />
OneDrive, para apresentar a nova<br />
plataforma GSMART, bem como<br />
destacar a renovação <strong>das</strong> lojas e a<br />
operação de peças para veículos ligeiros<br />
e pesados no mesmo espaço, através<br />
<strong>das</strong> marcas Civiparts e OneDrive.<br />
Além do objetivo central, os eventos<br />
promoveram ainda o convívio entre<br />
clientes, parceiros e equipa. O lançamento<br />
oficial da plataforma GS-<br />
MART teve grande repercussão ao<br />
longo dos eventos Parts Fest 2023.<br />
Esta nova ferramenta representa um<br />
avanço significativo no processo de<br />
identificação de peças, sendo mais<br />
Além disso, foram realizados sorteios<br />
de ofertas <strong>das</strong> mesmas marcas, proporcionando<br />
aos participantes uma<br />
chance de ganhar produtos exclusivos.<br />
Ao longo de todos os Parts Fest,<br />
os participantes tiveram ainda a<br />
possibilidade de realizar visitas guia<strong>das</strong><br />
aos armazéns, permitindo-lhes<br />
obter um maior conhecimento dos<br />
processos logísticos <strong>das</strong> empresas.<br />
Essa experiência proporcionou aos<br />
clientes uma visão interna do funcionamento<br />
<strong>das</strong> operações, fortalecendo<br />
a confiança e a transparência no<br />
relacionamento com a Civiparts e a<br />
OneDrive. Os eventos tiveram lugar<br />
às sextas-feiras, nas quatro instalações<br />
da Civiparts e OneDrive, sendo<br />
os interessados apenas tiveram de<br />
se inscrever na plataforma online,<br />
a mesma utilizada para os eventos<br />
e na qual as atividades e ações do<br />
Parts Fest foram dinamiza<strong>das</strong>. Essas<br />
formações foram projeta<strong>das</strong> para<br />
atualizar os profissionais do setor,<br />
fornecendo-lhes conhecimentos valiosos<br />
sobre cada uma <strong>das</strong> principais<br />
marcas do aftermarket.<br />
LANÇAMENTO OFICIAL<br />
DA PLATAFORMA GSMART<br />
Ao longo dos eventos, a grande apresentação<br />
foi o lançamento oficial da<br />
plataforma GSMART, uma ferramenta<br />
mais ágil e eficiente de identificação<br />
de peças. O principal diferencial da<br />
nova ferramenta GSMART é a capacidade<br />
que o cliente ganha de controlar<br />
todo o processo de reparação. O GS-<br />
MART, desenvolvido pela Grupauto<br />
International, organização à qual a Civiparts<br />
e Onedrive pertencem, é uma<br />
plataforma que permite a identificação<br />
rápida e ágil do veículo através da<br />
matrícula; a receção ativa do veículo<br />
através da verificação 360º; consegue<br />
armazenar fichas técnicas, histórico de<br />
reparações e documentação associada<br />
ao veículo; possibilita rápida atribuição<br />
e planificação <strong>das</strong> reparações e<br />
garante o acompanhamento completo<br />
da peça de substituição, bem como de<br />
informação OE. l<br />
COM A ESTRATÉGIA DE UNIFICAÇÃO DAS EMPRESAS CIVIPARTS E<br />
ONEDRIVE, O GRUPO NORS PRETENDE OTIMIZAR A CADEIA LOGÍSTICA E<br />
ALCANÇAR UMA MAIOR EFICIÊNCIA E MELHORIA DE RENTABILIDADE<br />
ágil e eficiente. A principal vantagem<br />
da nova ferramenta GSMART é a capacidade<br />
que o cliente ganha de controlar<br />
todo o processo de reparação.<br />
A presença <strong>das</strong> marcas fornecedoras<br />
também foi de grande relevância ao<br />
longo dos eventos, visto que permitiu<br />
dar aos clientes conhecimento de<br />
produtos e lançamentos específicos.<br />
A presença dos fornecedores parceiros<br />
garantiu proximidade aos clientes,<br />
maior visibilidade e notoriedade.<br />
que também ofereceram aos seus<br />
respetivos clientes, a oportunidade<br />
de participarem em formações online<br />
durante a semana que antecedeu<br />
cada encontro presencial. Entre os<br />
temas <strong>das</strong> formações disponíveis,<br />
destacam-se: “Baterias AGM xEV e<br />
Pesados – Varta”, “Sistemas de Embraiagem<br />
– LUK”, “Avarias - Kits<br />
de Distribuição e Bombas de Água<br />
– SKF” e “Especificações de óleos –<br />
Wolf ”. Para assistir a estas formações<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 67
evento<br />
INDASA PROMOVE GLOBAL MEDIA EVENT<br />
VISÃO DE FUTURO!<br />
A INDASA REALIZOU NOS DIAS 1 E 2 DE JUNHO O SEU PRIMEIRO<br />
EVENTO GLOBAL PARA A IMPRENSA, COM A PRESENÇA DE DEZASSEIS<br />
DOS PRINCIPAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ESPECIALIZADOS<br />
DO MUNDO. O EVENTO TEVE COMO OBJETIVO MOSTRAR A NOVA<br />
REALIDADE DA INDASA E O COMPLEXO SISTEMA DE FABRICO DOS<br />
ABRASIVOS FLEXÍVEIS DE ALTA PERFORMANCE RHYNO<br />
O<br />
Global Media Event foi uma oportunidade<br />
de conhecer ao vivo o grande projeto de<br />
investimento da INDASA, mas também<br />
o seu compromisso de fornecer soluções novas e<br />
inovadoras para o mercado da repintura automóvel.<br />
Ao convidar dezasseis dos principais meios de<br />
comunicação automóvel do mundo a INDASA,<br />
deu um enorme passo inovador na forma como comunica<br />
com os media especialistas no pós-venda<br />
automóvel. A equipa da In<strong>das</strong>a, liderada pelo seu<br />
diretor comercial Andrew Tindal, apoiado por Tiago<br />
Matias, diretor de marketing do grupo, e pelos<br />
diferentes responsáveis <strong>das</strong> áreas da empresa e os<br />
responsáveis <strong>das</strong> diferentes filiais (Espanha, Reino<br />
Unido, França, Alemanha, Brasil, Polónia, EUA e<br />
Itália), assim como Rafael Dias, diretor do mercado<br />
ibérico, acompanharam-nos e mostraram-nos<br />
os diferentes departamentos e as suas melhorias<br />
em to<strong>das</strong> as dependências. O objetivo do evento,<br />
para além de mostrar o grande investimento feito<br />
nas renova<strong>das</strong> instalações, serviu também para<br />
demonstrar que a INDASA é uma empresa ética,<br />
sustentável, com um conhecimento profundo da<br />
realidade do pós-venda automóvel e que se orgulha<br />
da sua história.<br />
2023 representa um ano importante, com o lançamento<br />
de três novos produtos e a conclusão do<br />
projeto de investimento de 25 milhões de euros.<br />
Um investimento concebido para aumentar a capacidade<br />
de produção em cerca de 40%, assim como<br />
a tecnologia de armazenamento e expedição. A sua<br />
área fabril aumentou 24%, e várias instalações e<br />
elementos produtivos foram melhorados para oferecer<br />
as soluções exigi<strong>das</strong> pelos clientes. O projeto<br />
de investimento foi iniciado antes da covid (2019)<br />
e manteve-se durante a pandemia. À medida que<br />
foi crescendo e que a marca ganha reconhecimento<br />
global, o mercado foi exigindo mais soluções da IN-<br />
DASA. Com a sua estratégia bem definida, apoiada<br />
pelo Know How da Academia, consegue fornecer<br />
soluções para o mercado, adequa<strong>das</strong> às diferentes<br />
necessidades. A grande capacidade de fabrico e os<br />
produtos de elevado desempenho, acrescentam valor<br />
e impulsionam a marca para patamares nunca<br />
PARA A INDASA O FUNDAMENTAL DO NEGÓCIO<br />
SÃO AS PESSOAS. ACIMA DE TUDO QUER OUVIR<br />
AS SUAS OPINIÕES, PARA PODER DESENVOLVER<br />
OS PRODUTOS QUE MELHOR RESPONDAM ÀS<br />
SUAS NECESSIDADES<br />
68 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
INDASA<br />
COMPETÊNCIA DE FABRICO, RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL,<br />
INVESTIGAção & DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL,<br />
São OS QUATRO PILARES QUE FUNDAMENTAM A ESTRATÉGIA DA INDASA<br />
antes alcançados. “Para nós, esta é a<br />
oportunidade perfeita para organizar<br />
este evento e partilhar a identidade da<br />
nossa marca, os próximos lançamentos<br />
de produtos e o futuro da INDA-<br />
SA”, referiu Andrew Tindall, diretor<br />
comercial.<br />
A identidade da INDASA<br />
A INDASA é um dos principais fabricantes<br />
europeus de tecnologia de<br />
abrasivos revestidos de alto desempenho,<br />
que tem estado na vanguarda<br />
dos sistemas de lixagem a seco há<br />
mais de 40 anos. Apenas as matérias-primas<br />
da mais alta qualidade e<br />
os grãos minerais conformes são utilizados<br />
nos produtos INDASA. Cada<br />
abrasivo acreditado pela FEPA tem o<br />
prefixo “P” e assegura a consistência<br />
do desempenho e da eficiência em<br />
toda a gama. A sede em Aveiro, sem<br />
dúvida o coração da operação, alberga<br />
a produção, armazém de distribuição,<br />
laboratório de I&D, administração<br />
e o centro de formação, a Academia<br />
INDASA.<br />
Desde o início que a INDASA tem<br />
como principal mercado alvo a repintura<br />
automóvel e a exportação<br />
como prioridade. Para se impor no<br />
mercado com uma imagem forte adotou<br />
o perfil de um rinoceronte para<br />
o seu logotipo e criou a marca global<br />
Rhyno, com uma gama de produtos<br />
abrangente e um processo de fabrico<br />
com os mais altos níveis de qualidade.<br />
Para comunicar com os profissionais<br />
da repintura automóvel, foi criado o<br />
INDASA Live, um espaço totalmente<br />
insonorizado onde são realizados<br />
vídeos tutoriais, entrevistas com colaboradores<br />
e fotos de estúdio dos<br />
novos produtos. Com a criação deste<br />
novo espaço, a INDASA pretende incrementar<br />
a comunicação online com<br />
os seus clientes e o mercado em geral,<br />
através da produção própria de conteúdos<br />
orientados para a componente<br />
digital, utilizando a internet e as redes<br />
socias.<br />
Em direção a um futuro<br />
sustentável<br />
Sustentabilidade ambiental é um dos<br />
valores fundamentais da empresa,<br />
que se orgulha da forma responsável<br />
como aborda o futuro. Desde 1979<br />
que tem procurado continuamente<br />
reduzir o impacto ambiental da produção<br />
de abrasivos. Para tal, tem procurado<br />
reduzir ao máximo o plástico<br />
de utilização única, eliminaram os<br />
solventes dos produtos, uma vez que<br />
estão a utilizar solventes orgânicos,<br />
incorporaram a utilização de energia<br />
solar na fábrica, incorporaram<br />
veículos eléctricos na sua frota, bem<br />
como aumentaram a digitalização em<br />
várias áreas, o que significa que é necessário<br />
menos papel. As embalagens<br />
foram modifica<strong>das</strong> e moderniza<strong>das</strong>,<br />
utilizando menos tinta, mantendo a<br />
mascote da empresa, que está ligada<br />
à secção de comunicação corporativa,<br />
que foi significativamente melhorada.<br />
No final do evento, foi dado ênfase<br />
aos quatro pilares fundamentais da<br />
empresa: o primeiro, o Produto, oferecendo<br />
produtos de alta qualidade<br />
numa oferta renovada; o segundo, o<br />
Comercial, com uma abordagem ao<br />
mercado baseada no que este realmente<br />
exige e necessita, expandindo-<br />
-se mais nos mercados de exportação,<br />
nomeadamente fora da Europa; o terceiro,<br />
o Técnico, com investimentos<br />
em equipamentos e recursos de inovação,<br />
totalmente testados. O quarto<br />
é o Marketing, sendo mais digital e<br />
lançando mensagens claras e unifica<strong>das</strong><br />
a nível global. Para Andrew Tindall<br />
“O fundamental do nosso negócio<br />
são as pessoas, e por isso valorizamos<br />
muito a forma como as nossas equipas<br />
se relacionam com os clientes. Acima<br />
de tudo queremos ouvir as suas opiniões,<br />
para podermos desenvolver os<br />
produtos que melhor respondam às<br />
suas necessidades”.<br />
O Global Media Event terminou com<br />
uma visita ao CEC – Caramulo Experience<br />
Center, uma entidade sem fins<br />
lucrativos que se dedica ao restauro e<br />
conservação de automóveis e motos<br />
clássicos e que tem um acordo com a<br />
INDASA para utilização dos seus produtos<br />
nos restauros que executa. l<br />
70 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Uma parte muito importante da empresa é o<br />
espaço para demonstrações de produtos e operações:<br />
a Academia INDASA. É visitada por clientes<br />
e parceiros de todo o mundo para formação de<br />
produto sobre o projeto Process To Profit que<br />
aumenta a eficiência e a rentabilidade, com base<br />
na performance do abrasivo, soluções inovadoras<br />
de repintura, KPI›s, vantagens comerciais,<br />
consistência através de um processo estruturado<br />
de reparação e repintura e um programa de<br />
rentabilidade de oficina. As instalações dispõem<br />
de equipamento oficinal completo e de uma<br />
ACADEMIA INDASA<br />
equipa técnica muito experiente liderada por<br />
Humberto Plácido.<br />
A prioridade é fornecer produtos e processos<br />
de primeira qualidade que adotem as melhores<br />
práticas de trabalho, para que o acabamento<br />
desejado seja criado à primeira, sempre.<br />
Process-to-Profit é uma iniciativa da Academia<br />
INDASA, que utiliza as mais recentes técnicas de<br />
reparação de repintura. Esta solução inovadora<br />
foi concebida para maximizar o processo de<br />
reparação, através de um quadro estruturado<br />
com o objetivo de normalizar os processos de<br />
reparação, maximizar a eficiência e proporcionar<br />
rentabilidade. Foram divulgados três novos produtos<br />
que já foram apresentados internamente a<br />
to<strong>das</strong> as equipas da INDASA em todo o mundo e<br />
que serão apresentados brevemente ao mercado.<br />
São a demonstração prática da evolução que está<br />
a ser seguida pela empresa, enquadrando-se<br />
na estratégia de rentabilização, acrescentando<br />
valor e fazendo crescer o mercado através dando<br />
resposta a novas oportunidades.<br />
Para ajudar as oficinas de repintura automóvel<br />
a serem mais rentáveis e produtivas, a INDASA<br />
fornece sistemas abrasivos de alto desempenho<br />
e soluções inovadoras de repintura; Formação e<br />
conhecimentos técnicos para maximizar a competência<br />
da força de trabalho; KPIs operacionais<br />
do negócio; Consistência através de um processo<br />
estruturado de reparação e repintura e um<br />
Programa estruturado para a rentabilidade da<br />
oficina. Para que todos estes fatores funcionem<br />
e criem valor para as oficinas, a INDASA aposta<br />
cada vez mais na proximidade aos clientes no<br />
terreno, com a criação de equipas de ven<strong>das</strong> em<br />
todos os mercados onde se encontra presente.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 71
evento<br />
OPEN DAY GS YUASA<br />
REFORÇO DE POSIÇÃO!<br />
A GS YUASA CONVIDOU A IMPRENSA ESPECIALIZADA PARA APRESENTAR A NOVA ESTRATÉGIA<br />
DE MARKETING E COMUNICAÇÃO PARA RELANÇAR A SUA IMAGEM DE MARCA PREMIUM. UMA ESTRATÉGIA<br />
QUE SE ESTENDE A TODAS AS SUAS ORGANIZAÇÕES A NÍVEL MUNDIAL, INCLUINDO PORTUGAL
Juan Ignacio Moreno, diretor geral da filial<br />
ibérica aproveitou o encontro para destacar<br />
o valor da GS Yuasa como fabricante. “Somos<br />
o segundo maior fabricante a nível mundial,<br />
com 156 milhões de baterias fabrica<strong>das</strong> em 2020.<br />
Temos 6 escritórios de ven<strong>das</strong> na Europa, onde<br />
vendemos mais de 18 milhões de baterias por ano.<br />
Produzimos baterias para veículos ligeiros, pesados<br />
e indústria, e somos líder no setor <strong>das</strong> motos.”<br />
A nova estratégia de comunicação inclui a campanha<br />
global “Powering what matters”, que distingue<br />
a GS Yuasa como uma marca que pode fazer parte<br />
da vida quotidiana dos utilizadores devido ao seu<br />
número de aplicações. Centrada num anúncio de<br />
vídeo, que explora o mundo da GS Yuasa através<br />
dos olhos de uma criança de 6 anos, e da sua mãe,<br />
a campanha que está a decorrer nas televisões e<br />
meios de comunicação digitais de vários países<br />
europeus já alcançou mais de 30 milhões de visualizações<br />
e tem relançado e reforçado a imagem<br />
da marca a nível europeu. Os vídeos e as imagens<br />
realçam a gama diversificada de mercados servidos<br />
pela GS Yuasa, desde baterias de arranque para automóveis<br />
a baterias para satélites. Sobre a iniciativa,<br />
Juan Ignacio afirmou “Esta campanha destaca<br />
o enorme leque de aplicações alimenta<strong>das</strong> pela<br />
GS Yuasa. Desde a exploração <strong>das</strong> profundezas do<br />
oceano até à Estação Espacial Internacional a 250<br />
milhas acima da Terra - as baterias GS Yuasa são a<br />
escolha número um para milhões de aplicações em<br />
todo o mundo.»<br />
A empresa está também a reforçar a sua comunicação<br />
através <strong>das</strong> redes sociais (linkedin, facebook e<br />
instagram) e a sua participação em feiras do sector,<br />
como as mais recentes realiza<strong>das</strong> em Birmingham<br />
e Frankfurt estando também previsto participar<br />
como expositor na próxima Motortec que irá realizar-se<br />
em 2025. A nova estratégia de comunicação<br />
europeia coordenada pela GS Yuasa é um testemunho<br />
da dedicação contínua da empresa aos seus<br />
clientes e do seu empenho em promover a marca<br />
em todo o continente.<br />
nova Estratégia de marketing<br />
A nova estratégia de marketing da GS Yuasa passa<br />
pela formação, com a sua plataforma online<br />
GS Yuasa Academy, que inclui mais de 100 vídeos<br />
tutoriais e 20 cursos dinâmicos adaptados a cada<br />
trabalho, bem como a disponibilização de informações<br />
de montagem <strong>das</strong> suas baterias no portal<br />
www.fit.yuasa.com, onde basta fornecer a matrícula<br />
do veículo para obter o número de referência<br />
exato a utilizar. A Oficina Kyoto, por sua vez, é um<br />
conceito que se traduz em campanhas específicas,<br />
acompanhamento de ven<strong>das</strong> e rappels para as cerca<br />
de 200 oficinas que fazem parte do programa.<br />
No que diz respeito ao sector automóvel, Juan Ignacio<br />
salientou que “Yuasa, GS Yuasa e GS são as<br />
nossas três marcas. Fornecemos grupos de compra<br />
como AD, ATR, Groupauto, Nexus, GlobalOne e<br />
Temot. As marcas são aprova<strong>das</strong> pelos principais<br />
construtores de automóveis e têm uma forte presença<br />
no primeiro equipamento.” A gama de baterias<br />
incorpora características de design inovador<br />
e matérias-primas de alta qualidade para oferecer<br />
um rendimento cíclico superior, alta capacidade<br />
para uma recarga rápida entre os modos de motor<br />
desligado e a potência extra para operar a parte<br />
elétrica a bordo enquanto o motor está desligado.”<br />
Nos escritórios em Madrid, a GS Yuasa Ibérica<br />
conta com uma equipa de 14 pessoas, que gere as<br />
encomen<strong>das</strong> e expedição de mais de um milhão de<br />
unidades por ano e fornece os clientes a partir do<br />
seu armazém em San Fernando de Henares, perto<br />
da sede. A GS Yuasa está também presente nos<br />
pontos de venda, com artigos promocionais como<br />
uma nova linha de t-shirts, bonés e sweatshirts.<br />
Objetivos ambientais atingidos<br />
A GS Yuasa anunciou que atingiu as suas metas<br />
ambientais e de redução de emissões a médio prazo<br />
como parte da sua resposta às alterações climáticas.<br />
Através de uma vasta gama de medi<strong>das</strong> de<br />
redução de CO2, está a trabalhar no sentido da<br />
neutralidade de CO2, com metas ambiciosas de<br />
redução <strong>das</strong> emissões totais de CO2 em 30% até<br />
2030, em comparação com 2018. A caminho deste<br />
objetivo, já foi alcançada uma poupança de emis-<br />
FORMAÇÃO E APOIO<br />
TÉCNICO ESPECIALIZADO<br />
A formação é uma parte integrante dos objetivos da GS<br />
Yuasa para o aftermarket, capacitando distribuidores<br />
e oficinas para novas oportunidades. As ações<br />
de formação permitem os profissionais obterem<br />
informação sobre as últimas novidades em tecnologia<br />
de baterias de uma forma interessante e acessível.<br />
Por outro lado, o departamento técnico oferece suporte<br />
técnico e consultoria a milhares de utilizadores.<br />
A qualidade superior, a fiabilidade e o desempenho<br />
<strong>das</strong> baterias de chumbo-ácido regula<strong>das</strong> por válvula<br />
(VRLA) e de iões de lítio da GS Yuasa fazem delas<br />
a escolha preferida para aplicações em veículos ligeiros<br />
e pesados, motociclos e industriais.<br />
sões de CO2 de 6% entre 2019 e 2022. Além disso,<br />
a proporção de produtos amigos do ambiente no<br />
total de ven<strong>das</strong> de todos os produtos é agora de<br />
pelo menos 35%, o consumo de água foi reduzido<br />
em 8% e a proporção de chumbo reciclado utilizado<br />
na produção de baterias excede 35%. A GS<br />
Yuasa concentra-se na reciclagem seletiva no seu<br />
próprio ambiente de produção. E esforça-se por<br />
aumentar a taxa de utilização de chumbo reciclado.<br />
Como este é o principal material para baterias<br />
de chumbo-ácido, um dos principais produtos da<br />
GS Yuasa, a utilização sustentável deste recurso<br />
é particularmente importante. A proporção de<br />
chumbo reciclado na produção de baterias deve ser<br />
de pelo menos 35%, de acordo com os objetivos de<br />
sustentabilidade da própria empresa. l<br />
A NOVA GERAÇÃO DE BATERIAS YUasa SÃO DESENHADAS<br />
ESPECIFICAMENTE PARA CUMPRIR COM A POUPANÇA DE COMBUSTÍVEL<br />
E MELHORAR as EMISSÕES DOS VEÍCULOS EQUIPADOS COM OS SISTEMAS<br />
DE REDUÇÃO DE EMISSÕES, COMO START-stoP<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 73
Oficina<br />
do Mês<br />
Instalações amplas e bem equipa<strong>das</strong><br />
A abertura, este ano 2023, <strong>das</strong> novas instalações<br />
de Neiva ao completar o 17º aniversário, que incluem<br />
a loja SDK Pneus, em parceria com a Vulco<br />
da rede de oficinas da Goodyear, é mais um passo,<br />
num projeto diferenciador da empresa Sandokan,<br />
que agora está mais capacitada para responder às<br />
exigências do mercado atual. Este novo espaço dedica-se<br />
ao comércio e montagem de pneus, quer<br />
de viaturas ligeiras quer pesa<strong>das</strong> e dispõe de três<br />
linhas de alinhamento de direção de ligeiros e uma<br />
de pesados. A oficina conta com uma localização<br />
estratégica, devido à elevada concentração de empresas<br />
liga<strong>das</strong> à indústria, ao comércio e ao transauto<br />
services<br />
A OFICINA DO MÊS É PATROCINADA POR TotalEnergies<br />
SDK PNEUS<br />
PROJETO DIFERENCIADOR!<br />
O GRUPO SANDOKAN CELEBROU 17 ANOS E ABRIU NOVAS INSTALAÇÕES NA ZONA INDUSTRIAL<br />
DO NEIVA, VIANA DO CASTELO. FILIPE CARVALHO, DIRETOR GERAL, E JOÃO PAULO DINIZ,<br />
DIRETOR FINANCEIRO, FORAM OS ANFITRIÕES NA VISITA QUE FIZEMOS ÀS NOVAS INSTALAÇÕES<br />
O<br />
Grupo Sandokan surgiu em 2006, apostando<br />
na excelência dos serviços, na qualidade<br />
dos equipamentos e numa resposta sempre<br />
pronta aos seus clientes. Disponibiliza uma variada<br />
gama de produtos para venda e aluguer e conta com<br />
uma equipa altamente qualificada e experiente.<br />
A empresa foi constituída nas instalações situa<strong>das</strong><br />
em Vila do Monte (Barcelos) e dedicou-se inicialmente<br />
ao aluguer de grupo de geradores e palcos<br />
para eventos. Em 2007, mudou-se para Antas (Esposende).<br />
No ano de 2011, foi constituída uma segunda<br />
empresa do grupo, dedicada às instalações<br />
elétricas. Em 2015, abriu duas filiais, em Vila Real<br />
e Santa Maria da Feira, assumindo a representação<br />
para Portugal de uma marca italiana de grupo de<br />
geradores e apostando na assistência técnica destes<br />
equipamentos.<br />
No ano de 2017, a Sandokan adquiriu as instalações<br />
em Neiva com a isenção do IMT por parte do<br />
Município, correspondendo a uma verba de 169<br />
mil euros para um investimento de 2,6 milhões.<br />
No ano de 2018, aumentou as áreas de negócio<br />
abrangi<strong>das</strong>, assumindo o comércio de equipamentos<br />
novos e usados e eventos. Filipe Carvalho,<br />
diretor geral, referiu que a transferência da<br />
empresa para Viana do Castelo teve como “grande<br />
impulso” as isenções de IMT conferi<strong>das</strong> pela<br />
autarquia. Desde a aquisição <strong>das</strong> instalações na<br />
Zona Industrial de Neiva, a empresa quase triplicou<br />
o número de colaboradores, contando com<br />
um crescimento médio do volume de negócios de<br />
cerca de 35% desde 2017. O investimento global<br />
da empresa, com a aquisição do espaço, obras e<br />
equipamentos, já supera os 6 milhões de euros.<br />
No ano de 2020, abriu uma filial em Lisboa e a<br />
exploração de duas lojas de pneus em Esposende<br />
e Seixas. Em 2021, iniciou a transformação e<br />
adaptação do espaço de aluguer e serviços centrais<br />
e, em 2022, abriu uma filial em Viseu e terminou<br />
o ano com 86 colaboradores.<br />
SDK PNEUS<br />
Diretor Geral<br />
Filipe Carvalho<br />
Morada<br />
Zona Industrial Neiva, Fase II, Lote EQ1 <br />
4935-232 Neiva (Viana do Castelo)<br />
Telefone<br />
258 333 303<br />
E-mail<br />
sdkpneusneiva@vulco.pt<br />
Site<br />
www.vulcp.pt<br />
porte, o que representa uma enorme oportunidade<br />
de negócio e expansão de mercado.<br />
Uma <strong>das</strong> mais valias da SDK Pneus é o serviço de<br />
assistência 24 horas, 7 dias por semana, através<br />
<strong>das</strong> suas carrinhas de assistência móvel. “O Grupo<br />
já tem a experiência de trabalhar este serviço na<br />
área dos geradores, e foi este conceito que trouxemos<br />
para os pneus. Dispomos de três carrinhas e<br />
conseguimos fazer assistência no local a veículos<br />
pesados, industriais e agrícolas. Este é um serviço<br />
que verdadeiramente nos distingue e tem uma elevada<br />
procura”, afirma Filipe Carvalho.<br />
A oficina presta assistência a toda a frota do Grupo<br />
Sandokan, o que garante um fluxo de trabalho contínuo.<br />
Muitos clientes são proprietários de viaturas<br />
compra<strong>das</strong> ao Grupo. Sendo uma oficina integrada<br />
na rede Vulco, consegue oferecer uma completa<br />
oferta de produtos e serviços, assim como campanhas<br />
de desconto.<br />
Integrada no universo de empresas do grupo Sandokan,<br />
a SDK Pneus usufrui <strong>das</strong> sinergias entre as<br />
diversas empresas. “Fazemos todos os serviços de<br />
assistência técnica a veículos pesados e máquinas<br />
industriais. Somos autónomos nas reparações de<br />
mecânica, chapa e pintura e metalurgia”, refere João<br />
Paulo Diniz. Devido ao aumento substancial dos<br />
equipamentos industriais novos, os usados começaram<br />
a ter uma grande procura, sendo um negócio<br />
em alta para o grupo Sandokan.<br />
Relativamente ao futuro da SDK Pneus, Filipe<br />
Carvalho afirma “Vamos consolidar a equipa e<br />
manter o modelo de negócio. Temos um novo comercial<br />
dedicado à venda de pneus para pesados<br />
e esperamos crescer neste segmento. Com o apoio<br />
da Vulco no marketing e na imagem corporativa,<br />
vamos evoluir na comunicação com os clientes. A<br />
nossa aposta é na qualidade do produto e do serviço.<br />
Não vamos entrar na guerra de preços, a trocar<br />
pneus por dinheiro, porque mais tarde ou mais<br />
cedo, paga-se a fatura”, conclui. l<br />
74 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PARA FILIPE CARVALHO, DIRETOR GERAL DA SDK PNEUS “A ABERTURA DO<br />
NOVO ESPAÇO É MAIS UM PASSO NUM PROJETO DIFERENCIADOR DO GRUPO<br />
SANDOKAN, QUE AGORA ESTÁ MAIS CAPACITADO PARA RESPONDER ÀS<br />
EXIGÊNCIAS DO MERCADO ATUAL”
produto<br />
ALFA E-PARTS LANÇA 490 NOVAS REFERÊNCIA DE SENSORES EGTS<br />
COBERTURA MÁXIMA<br />
COM STOCK REDUZIDO!
A ALFA E-PARTS, NOVA MARCA DE PEÇAS ELÉTRICAS E ELETRÓNICAS QUE INTEGRA<br />
A DIVISÃO EUROPEIA DA BBB INDUSTRIES, APRESENTOU RECENTEMENTE A SUA TERCEIRA<br />
AMPLIAÇÃO DE UM CATÁLOGO QUE JÁ ULTRAPASSA AS 6.000 REFERÊNCIAS<br />
Foram 650 novos produtos, de mais de 30 tipos<br />
diferentes, que a Alfa e-Parts acrescentou em<br />
junho à sua gama, sendo a terceira ampliação<br />
do catálogo, destacando-se sobretudo a incorporação<br />
de uma nova família de sensores de temperatura<br />
dos gases de escape ou EGTS, uma peça fundamental<br />
para o sistema de escape. Estes sensores<br />
que medem e monitorizam a temperatura dos gases<br />
de escape em vários locais do sistema de escape, entram<br />
no catálogo da Alfa e-Parts com 490 referências.<br />
Produtos estes que provêm do OEM. Após um<br />
trabalho de consolidação inteligente, a Alfa e-Parts<br />
fornece cobertura máxima de referências OE, que<br />
permite que os clientes otimizem espaço e ganhem<br />
rentabilidade. As 490 referências EGTS (sensores de<br />
temperatura dos gases de escape) tratam-se de peças<br />
com o conceito de consolidação inteligente recomendado<br />
diretamente pelos OEM. Estes componentes<br />
aplicam-se a um grande número de modelos de veículos,<br />
o que permite à Alfa e-Parts ter menos peças<br />
de reposição para dar resposta às necessidades dos<br />
clientes. Graças a este trabalho de unificação e otimização,<br />
a oferta permite aos clientes ter a máxima<br />
cobertura <strong>das</strong> gamas de veículos, fazer menos stock,<br />
obter maior rotatividade e praticar melhor nível de<br />
serviço. Quer se trate de uma substituição de qualidade<br />
equivalente (aftermarket) ou original (OE),<br />
INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE OS SENSORES EGTS<br />
O sensor de temperatura dos gases de escape, EGTS, mede a temperatura no sistema de escape do veículo. O elemento sensor<br />
muda a resistência quando a temperatura muda. A ECU mede esta resistência e calcula a temperatura real do escape. Esta função<br />
protege o motor e os componentes do escape contra o sobreaquecimento. Como mostra o Quadro, podem ser instalados até 12<br />
sensores no tubo de escape<br />
Diagrama de um sistema de escape<br />
T9<br />
EGR<br />
Cooler<br />
Intercooler<br />
Turbocompressor<br />
T8<br />
EGR<br />
Catalisador<br />
Catalisador<br />
DOC<br />
Filtro de<br />
partículas DPF<br />
Catalisador<br />
seletivo SRC<br />
T3 T4 T5 T6 Ureia<br />
T7<br />
T3 - antes do turbocompressor T4 - depois do turbocompressor T5 - depois do catalisador DOC<br />
T6 - depois do filtro de partículas DPF T7 – depois do catalisador seletivo SRC T8 – antes EGR<br />
T9 – depois EGR<br />
A ALFA E-PARTS, MARCA ESPANHOLA DA BBB INDUSTRIES CONTROLA<br />
EXAUSTIVAMENTE TODO O PROCESSO, DESDE A CONCEPÇÃO E O<br />
DESENVOLVIMENTO DA AMOSTRA INICIAL ATÉ À PRODUÇÃO EM SÉRIE<br />
todos os produtos da Alfa e-Parts são fabricados de<br />
acordo com os rigorosos regulamentos do setor automóvel,<br />
cumprindo os mais elevados padrões de<br />
qualidade e oferecendo a mesma garantia. A marca<br />
controla, exaustivamente, todo o processo, desde a<br />
conceção e desenvolvimento da amostra inicial até à<br />
produção em série. A Alfa e-Parts está empenhada<br />
em oferecer um produto 100% projetado, fabricado e<br />
testado sob rigorosos e exigentes testes de qualidade.<br />
A marca aproveita a rica história da BBB Industries<br />
para fornecer peças e serviços de elevada qualidade<br />
que deem resposta às expetativas dos clientes.” l<br />
AS AVARIAS MAIS COMUNS DOS SENSORES EGTS SÃO:<br />
l Alterações na resistência do elemento sensor devido à exposição a temperaturas excessivamente eleva<strong>das</strong>.<br />
l Danos na cablagem interna devido a vibração excessiva.<br />
l Exposição dos cabos a outros contaminantes ou fluidos, como óleo ou anticongelante.<br />
Efeitos de falha mais comuns são os seguintes:<br />
l Luz do painel de instrumentos acesa para o filtro de partículas ou para o motor.<br />
l Regeneração desnecessária do filtro de partículas.<br />
l Aumento do consumo de óleo.<br />
l Aumento dos níveis de emissão de CO (monóxido de carbono), NOX (óxidos de azoto) e HC (hidrocarbonetos não queimados).<br />
l Alteração do desempenho do motor devido à anomalia provocada pela falha do sensor.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 77
Técnica<br />
&Serviço<br />
AVARIAS COMUNS<br />
OS RUÍDOS QUE PRODUZEM<br />
ALGUMAS DAS avarIAS MAIS COMUNS SÃO FACILMENTE IDENTIFICadaS<br />
APENAS PELO SEU SOM. O RUÍDO QUE O AUTOMÓVEL PRODUZ PODE DAR PIStaS<br />
PARA ANTECIPARMOS UM PROBLEMA MAIOR<br />
Felizmente, as avarias mais comuns<br />
são acompanha<strong>das</strong> por<br />
um ruído estranho e diferente do<br />
habitual. Saber reconhecer esses sinais<br />
evitará problemas mais grandes e caros.<br />
Uma boa manutenção preventiva<br />
evita ter avarias no futuro. Todos os<br />
veículos devem cumprir com as suas<br />
indicações correspondentes de revisão.<br />
É nelas que se solucionam problemas<br />
e se previne as avarias mais comuns.<br />
Muitas delas são identifica<strong>das</strong> através<br />
do seu som, embora outras permanecem<br />
sem aviso.<br />
Sistema de travões:<br />
Chiadeira<br />
Começamos pela que, possivelmente,<br />
seja a avaria mais comum. Na hora<br />
de travar, os discos e as pastilhas entram<br />
em contato para produzir fricção<br />
e assim parar o veículo. De forma<br />
geral, não deveríamos de sentir essa<br />
chiadeira, mas se a sentirmos significa<br />
que algo se passa com o conjunto<br />
de travagem. O mais habitual é que<br />
se trate de uma falta de lubrificação<br />
<strong>das</strong> pastilhas, embora também seja<br />
possível que exista uma falha mais<br />
importante que necessita ser revista.<br />
Correia de distribuiçÃO:<br />
Rangidos<br />
Outro problema que se identifica ao<br />
primeiro aviso. Se ao circular, principalmente<br />
em acelerações, ouvir um<br />
ranger muito agudo significa que a<br />
correia de distribuição está a patinar<br />
<strong>das</strong> engrenagens devido a um desgaste<br />
excessivo. Não é um problema menor<br />
ou algo que se corrija por si próprio.<br />
É importante trocar a correia.<br />
Amortecedores:<br />
Trepidação<br />
O conjunto de suspensões de um<br />
automóvel permite que irregularidades<br />
da estrada sejam filtra<strong>das</strong> para o<br />
habitáculo para reduzir as oscilações<br />
da carroçaria e aumentar o conforto.<br />
Se sentirmos uma trepidação seca<br />
quando passamos por um buraco ou<br />
uma lomba, isso significa que amortecedor<br />
está danificado, que perdeu<br />
óleo e que necessita de ser substituído<br />
imediatamente.<br />
DireçÃO:<br />
Estalos<br />
Dentro do catálogo <strong>das</strong> avarias mais<br />
comuns, encontramos as avarias origina<strong>das</strong><br />
no sistema de direção do<br />
veículo. São problemas de carácter<br />
grave visto que reduzem a manobrabilidade<br />
do veículo e a segurança. Um<br />
estalar ao rodar faz-nos perceber que<br />
exista uma avaria no sistema: principalmente<br />
se diz respeito à bomba hidráulica<br />
da direção ou por desgaste de<br />
alguns dos componentes auxiliares.<br />
Embraiagem:<br />
Som seco<br />
A embraiagem é o disco que se insere<br />
entre o volante de inércia do motor e<br />
a caixa de velocidades. Graças a esta é<br />
possível mudar de velocidades. Quando<br />
pisa a embraiagem é produzido<br />
um desacoplamento da transmissão<br />
e do motor e quando se solta volta-se<br />
a produzir essa união. Se ao soltar a<br />
embraiagem notarmos um ruído seco<br />
e curto isto significa que algum dos<br />
elementos da embraiagem está defeituoso<br />
ou com desgaste excessivo.<br />
Válvulas:<br />
Batimentos mecânicos<br />
Muitas avarias comuns são gera<strong>das</strong><br />
por uma descompensação no funcionamento<br />
do motor. Se ao circular<br />
sentir um ligeiro batimento mecânico,<br />
que é mais rápido ao acelerar,<br />
significa que o pistão está a bater nas<br />
válvulas. Esse batimento mecânico é<br />
sinónimo de uma avaria importante<br />
na unidade propulsora.<br />
Escape:<br />
Falhas<br />
Se no momento de acelerar aperceber-se<br />
de uma falha ou pequenas<br />
detonações significa que em algum<br />
ponto da cadeia foi produzida uma<br />
falha numa junta. Deve ser revisto e<br />
testado já que o automóvel perderá<br />
rendimento e reprovará nas inspeções<br />
periódicas obrigatórias.<br />
Carroçaria:<br />
aTritos<br />
Algumas <strong>das</strong> avarias mais comuns de<br />
um veículo estão relaciona<strong>das</strong> com a<br />
sua carroçaria. A camada protetora<br />
não nos protege apenas do exterior,<br />
mas também está presente para absorver<br />
impactos e fixar alguns dos<br />
elementos estruturais essenciais. Um<br />
problema na carroçaria, como um<br />
para-choques solto, é percebido através<br />
de um ruído recorrente de atrito,<br />
seja com a estrada ou com outros<br />
componentes da carroçaria. l<br />
78 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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IX EDIÇÃO 2023<br />
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