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Jornal das Oficinas 210

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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>210</strong><br />

C<br />

Julho/aGosto 2023 Y<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XVIII | 3 EUROS<br />

PUB<br />

EQUIPamentos OFICINAIS<br />

UM NOVO PARADIGMA!Pág. 06<br />

Competição<br />

Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

Pág. 26 \\ A Final do Challenge <strong>Oficinas</strong> 2023,<br />

este ano dedicado às redes oficinais, contou com<br />

sete oficinas. To<strong>das</strong> demonstraram empenho,<br />

competência e conhecimento, tendo o triunfo<br />

sorrido à Auto Esteves, de Viana do Castelo<br />

INDASA Global Media Event<br />

Pág. 68 \\ A INDASA realizou o primeiro evento<br />

global para a imprensa, com o objetivo mostrar<br />

a nova realidade da empresa e o complexo<br />

sistema de fabrico dos abrasivos flexíveis de alta<br />

performance Rhyno<br />

Dmitry Zadorojnii<br />

Pág. 52 \\ O novo «hub» da Autodoc em Oeiras<br />

deverá tornar-se o principal centro tecnológico<br />

da empresa. Junto do Co-CEO da Autodoc,<br />

Dmitry Zadorojnii, fomos perceber a importância<br />

deste marco estratégico em terras lusas<br />

Avarias comuns<br />

Pág. 78 \\ Algumas <strong>das</strong> avarias mais comuns são<br />

facilmente identifica<strong>das</strong> apenas pelo seu som,<br />

embora outras permanecem sem aviso. O ruído<br />

que o automóvel produz pode dar pistas para<br />

anteciparmos um problema maior<br />

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M<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


REVISTA<br />

MAIORES DISTRIBUIDORES<br />

AFTERMARKET<br />

EDIÇÃO 2023<br />

RESERVE O SEU ANÚNCIO!


Editorial<br />

<strong>210</strong><br />

Julho/Agosto 2023<br />

MUDAM<br />

AS REGRAS DO JOGO<br />

Folha de serviço .............................................................................. 04<br />

DESTAQUE<br />

Especial equipamentos oficinais ............................... 06<br />

COMPETIÇÃO<br />

Final Challenge <strong>Oficinas</strong> 2023 ..................................... 26<br />

CAMPANHA<br />

E-Mobility ................................................................................................ 32<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas ................................................................................................ 36<br />

Produto ...................................................................................................... 56<br />

ENTREVISTAS<br />

Clement de Valon (TMD Friction) ............................... 40<br />

Hélio Figueiredo (DP.A.A.) .................................................... 44<br />

João Costa (Mikfil) ....................................................................... 48<br />

Dmitry Zadorojnii (Autodata) ......................................... 52<br />

EVENTOS<br />

Convenção ASER .......................................................................... 62<br />

Parts Fest ............................................................................................... 66<br />

In<strong>das</strong>a Media Event .................................................................... 68<br />

Open Day Yuasa .............................................................................. 72<br />

OFICINA do Mês<br />

SDK Pneus ............................................................................................. 74<br />

PRODUTO<br />

Alfa e-Parts ........................................................................................... 76<br />

De acordo com um estudo recente da consultora McKinsey, o potencial do mercado europeu<br />

de pós-venda automóvel de peças, acessórios e equipamentos (incluindo serviços)<br />

deverá crescer em média 4% ao ano para um total de cerca de 280 mil milhões de euros<br />

até 2030. O maior crescimento registar-se-á, de longe, no mercado digital. No ano<br />

2030, os “operadores digitais” poderão representar até 25% do mercado pós-venda<br />

automóvel. Atualmente, representam cerca de 10%. O aumento <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> de peças<br />

online será enorme, e não há como fugir a esta realidade que irá sem dúvida mudar as regras do jogo,<br />

obrigando as oficinas a adaptarem-se às novas tendências e mudanças. Normalmente não existem<br />

quaisquer relações comerciais diretas entre os distribuidores de peças e os proprietários ou utilizadores<br />

de veículos como clientes finais. Mas as necessidades dos novos clientes (Millennials - nascidos entre<br />

1977 e 1995 e Geração Z - nascidos depois de 1996) têm uma influência direta e significativa nos modelos<br />

de negócio do IAM.<br />

Os consumidores que compram online as suas próprias peças automóvel dividem-se em dois grupos:<br />

os clientes do “faça você mesmo” (DIY) e os clientes do “faça por mim” (DIFM). Os clientes do DIY<br />

podem ser divididos em profissionais e amadores: existem os mecânicos que gostam de mexer no seu<br />

próprio automóvel depois do trabalho. E existem os clientes autodidatas do DIY que adoram manter<br />

o seu veículo tratado e são capazes de realizar as suas próprias reparações pequenas. Os clientes do<br />

DIFM compram as peças eles próprios, mas não sujam as mãos. Deixam o mecânico profissional realizar<br />

o trabalho, com diversas variantes a este nível: existe o DIFM particular que tem um amigo que<br />

vai instalar as peças. E existe a oficina de reparação do DIFM, onde o cliente aparece com as peças que<br />

obteve ele mesmo e os profissionais da oficina de reparação apenas cobram pela mão-de-obra.<br />

Depois existe o DIFM combinado entre a oficina de reparação e o particular, onde a oficina de reparação<br />

e o proprietário do veículo compram as peças em conjunto online, mas o proprietário do veículo<br />

paga. Deste modo, a oficina de reparação evita o problema de o proprietário poder comprar as peças<br />

erra<strong>das</strong>. A oficina de reparação trata da instalação e o cliente paga a mão-de-obra. E finalmente existe<br />

o portal de serviços do DIFM, onde os trabalhos de reparação são marcados através de uma plataforma<br />

online. Quando se trata de adquirir as peças, existem várias opções: os proprietários de automóveis<br />

podem comprar as peças eles próprios e levá-las à oficina de reparação, ou as peças podem ser encomenda<strong>das</strong><br />

através de um portal de marcações ou compra<strong>das</strong> diretamente pela oficina de reparação.<br />

Ao escolher uma oficina de reparação, os consumidores consideram não só a relação qualidade/preço<br />

que esta oferece, mas também fatores como a simpatia do pessoal e a qualidade do aconselhamento<br />

que prestam. As marcas e o conhecimento da marca têm menos peso em termos de critérios de seleção,<br />

sendo a experiência anterior e as recomendações mais influentes. A escolha da oficina de reparação é<br />

evidentemente, antes de mais, uma questão de confiança. Para as oficinas de reparação independentes,<br />

o critério-chave para a fidelidade do cliente é geralmente uma relação de longa data entre o proprietário<br />

da oficina de reparação ou mecânico e o proprietário do veículo.<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor<br />

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com //<br />

PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO E EDITOR: Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N<br />

- 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

// IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM 10.000 exemplares<br />

www.apcomunicacao.com<br />

Parceiro em Espanha<br />

PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM<br />

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 3


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

DMITRY ZADOROJNII<br />

CO-CEO AUTODOC<br />

A AUTODOC É UMA EMPRESA EM<br />

RÁPIDO CRESCIMENTO. DESDE O SEU<br />

LANÇAMENTO, TORNOU-SE<br />

RAPIDAMENTE UMA DAS EMPRESAS<br />

DE INTERNET MAIS INTERESSANTES<br />

DA EUROPA. DE 2018 A 2022, A TAXA<br />

DE CRESCIMENTO ANUAL FOI EM<br />

MÉDIA DE 29%. EM 2022, A AUTODOC<br />

AUMENTOU AS SUAS VENDAS EM 8,7<br />

POR CENTO PARA 1.127,1 MILHÕES DE<br />

EUROS (2021: 1.036,4 MILHÕES DE<br />

EUROS) A NÍVEL GLOBAL. AS NOSSAS<br />

PREVISÕES DE CRESCIMENTO ESTÃO<br />

EM LINHA COM OS NOSSOS PLANOS<br />

DE EXPANSÃO. EM 2023, QUEREMOS<br />

CRESCER GLOBALMENTE NA FAIXA<br />

DE DOIS DÍGITOS<br />

IX GALA TOP 100 A CAMINHO<br />

A<br />

IX GALA TOP 100, que se realiza no dia<br />

13 de outubro, em Coimbra, está já a ser<br />

preparada e como habitualmente iremos<br />

distinguir e premiar os melhores distribuidores<br />

de peças, equipamentos, repintura e pneus, assim<br />

como as melhores oficinas de mecânica, chapa e<br />

pintura e pneus. Os Troféus TOP100 são o reconhecimento<br />

do desempenho anual dos distribuidores<br />

e oficinas do aftermarket em Portugal.<br />

Tendo como público alvo: Fabricantes, Distribuidores<br />

e Retalhistas de peças ligeiros e pesados,<br />

Repintura, Lubrificantes, Pneus e Equipamentos,<br />

Grupos de distribuição, <strong>Oficinas</strong> Independentes,<br />

Concessionários e Redes de <strong>Oficinas</strong> de<br />

mecânica ligeiros e pesados, colisão, pneus e vidros,<br />

a IX GALA TOP 100, organizada pelo <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, é um evento único e exclusivo<br />

no panorama do aftermarket em Portugal. O<br />

apoio e a confiança dos patrocinadores tem-nos<br />

permitido manter a Gala num patamar elevado,<br />

que nos enche de orgulho e nos motiva a querer<br />

tornar este evento cada vez melhor.<br />

CLÉMENT DE VALON<br />

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO<br />

TMD FRICTION<br />

A MOBILIDADE ELÉTRICA NÃO<br />

CHEGARÁ DE UM DIA PARA O OUTRO.<br />

45% DOS NOVOS AUTOMÓVEIS<br />

COMPRADOS EM 2035 PODERÃO SER<br />

ELÉTRICOS, MAS HÁ 340 MILHÕES DE<br />

VEÍCULOS NAS ESTRADAS DA<br />

EUROPA COM UMA IDADE MÉDIA DE 12<br />

ANOS. AINDA VAI DEMORAR MUITO<br />

TEMPO ATÉ QUE O PARQUE<br />

AUTOMÓVEL SEJA TOTALMENTE<br />

ELÉTRICO<br />

HÉLIO FIGUEIREDO<br />

RESPONSÁVEL DP.A.A. - DP<br />

AUTOMOTIVE AFTERMARKET<br />

PORTUGAL<br />

OS DISTRIBUIDORES QUE SE<br />

MANTÊM, DE CERTA FORMA,<br />

DEPENDENTES DE IMPORTADORES,<br />

PODEM A QUALQUER MOMENTO VIR A<br />

SOFRER A CONCORRÊNCIA DOS SEUS<br />

ATUAIS FORNECEDORES, AO PASSO<br />

QUE OS GRUPOS DE MENOR<br />

SUSTENTABILIDADE PODERÃO SER<br />

ABSORVIDOS OU MESMO EXTINGUIR-<br />

SE, POR VIA DA DISSIDÊNCIA DOS<br />

SEUS MEMBROS PARA OUTROS<br />

PROJETOS MAIS COMPETITIVOS<br />

SEMÁFORO<br />

Morosidade nos pagamentos agrava-se<br />

Nos últimos meses tem-se agravado os<br />

prazos de pagamento dos clientes às<br />

empresas. A reação <strong>das</strong> empresas a um<br />

ano de subida <strong>das</strong> taxas de juros e de<br />

endurecimento da política monetária<br />

utilizada para lutar contra a inflação foi<br />

a necessidade de redesenhar as suas<br />

opções de financiamento empresarial. Isto<br />

representa uma mudança clara no sentido<br />

de uma maior dependência do crédito<br />

comercial nas transações B2B, com muitas<br />

empresas a pedir empréstimos, através<br />

<strong>das</strong> linhas de crédito comercial, aos seus<br />

fornecedores. Esta estratégia foi utilizada<br />

para evitar o pedido de empréstimos aos<br />

bancos, que se tornaram menos acessíveis<br />

devido ao aumento <strong>das</strong> taxas de juros.<br />

São precisos apoios<br />

para combater juros<br />

O Banco Central Europeu aumentou pela<br />

oitava vez consecutiva as taxas de juro<br />

diretoras, o que não causou surpresa,<br />

tendo em conta a determinação do<br />

banco central em atingir o objetivo de<br />

uma inflação em torno de 2% no médio<br />

prazo. Mas os efeitos deste novo aumento<br />

são controversos, pois se, por um lado,<br />

ajudam a combater a inflação, por<br />

outro, intensificam as dificuldades nas<br />

condições de financiamento por parte<br />

<strong>das</strong> empresas e <strong>das</strong> famílias. Este novo<br />

aumento <strong>das</strong> taxas de juro penaliza as<br />

empresas e agrava as suas dificuldades<br />

no financiamento, adiando investimentos<br />

na inovação, no capital humano e na<br />

transição energética, entre outros.<br />

Maior otimismo da OCDE para Portugal<br />

Depois da Comissão Europeia (CE) e<br />

do Fundo Monetário Internacional<br />

(FMI), também a OCDE reviu em alta o<br />

crescimento da economia portuguesa:<br />

2,5% em 2023, que corresponde ao ponto<br />

central do intervalo <strong>das</strong> projeções da CE<br />

(2,4%) e do FMI (2,6%) e acima da média<br />

da zona euro (0,9%); já em 2024 abrandará<br />

para 1,5%, exatamente em linha com o<br />

projetado para a zona euro. A puxar pelo<br />

PIB estará o investimento e as exportações<br />

(sobretudo serviços, liga<strong>das</strong> ao turismo). O<br />

PRR terá um impacto positivo na evolução<br />

do investimento público, mas a OCDE não<br />

deixou de alertar para o risco da baixa<br />

execução. Perspetiva-se que a inflação vá<br />

desacelerar para 5,7% em 2023 e 3,3%<br />

em 2024.<br />

4 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


DESTAQUE<br />

EQUIPAMENTOS OFICINAIS<br />

UM NOVO PARADIGMA!<br />

A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, A PAR DO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS E TÉCNICAS DE FABRICO<br />

TRADUZ-SE NUMA INOVAÇÃO CONSTANTE. OS EQUIPAMENTOS DE OFICINA TÊM OBRIGATORIAMENTE<br />

DE SEGUIR ESTA TENDÊNCIA, COM DESENVOLVIMENTO, EVOLUÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO


Patrocinador<br />

O<br />

parque automóvel português tem vindo a<br />

modernizar-se. Em poucos anos passamos<br />

de um parque de veículos movidos a motores<br />

de combustão e de mecânica simples e fácil,<br />

para carros que usam energia elétrica e são geridos<br />

por sensores e computadores. É óbvio que, no<br />

curto prazo, o investimento é obrigatório para dar<br />

resposta às mais recentes tecnologias de híbridos,<br />

elétricos e afins. São tecnologias recentes, para as<br />

quais muitas oficinas ainda não dispõem dos equipamentos<br />

mais adequados e/ou mais evoluídos.<br />

Com a garantia de trabalho e faturação, abre-se<br />

uma porta para novos investimentos, incluindo os<br />

tecnologicamente mais evoluídos e de valor mais<br />

elevado.<br />

O preço continua a ser um fator importante, mas<br />

a oficina desconfia agora mais dos equipamentos<br />

“baratos” e procura soluções mais profissionais,<br />

com um forte suporte técnico e de acordo com as<br />

exigências que sente. Existe um grande potencial<br />

de ven<strong>das</strong>, precisamente pela necessidade de serviços<br />

mais especializados e que ainda nem to<strong>das</strong><br />

as oficinas podem prestar, por não terem os equipamentos<br />

adequados ou não terem a formação devida<br />

para trabalhar com eles. Há cada vez mais e<br />

melhor tecnologia a ser produzida para este ramo,<br />

por isso, estar munido dos equipamentos e ferramentas<br />

certas é essencial e será um bom motivo<br />

para gerar ven<strong>das</strong>. Porque quem estiver melhor<br />

preparado ganha vantagens competitivas, por essa<br />

via a aquisição de equipamentos tecnologicamente<br />

mais avançados passam a ser uma necessidade que<br />

logicamente aumenta o potencial de ven<strong>das</strong>.<br />

Haverá dúvi<strong>das</strong> sobre qual o melhor equipamento<br />

e sobre o melhor conjunto de serviços associados.<br />

Na realidade, o equipamento oficinal só poderá<br />

funcionar corretamente e com rentabilidade se tiver<br />

operadores com formação específica, contrato<br />

de assistência técnica e peças, bem como contrato<br />

de linha de apoio técnico (hot line), para desfazer<br />

os quebra-cabeças. Dentre o equipamento oficinal,<br />

há os dispositivos e tecnologias que se destinam a<br />

intervir diretamente nos veículos, bem com outros<br />

equipamentos que têm por fim gerar condições<br />

de trabalho sustentáveis, zelar pelas instalações e<br />

proporcionar serviços de valor acrescentado para o<br />

cliente. Nesse sentido, todos os equipamentos que<br />

contribuam para um bom ambiente geral da oficina<br />

são igualmente necessários.<br />

Mercado diversificado e competitivo<br />

O mercado de equipamentos oficinais na atuali-<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 7


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

NO CURTO PRAZO, O INVESTIMENTO É OBRIGatÓRIO PARA<br />

daR RESPOSTA ÀS MAIS RECENTES tecnOLOGIAS DE HÍBRIDOS,<br />

ELÉTRICOS E AFINS. SÃO tecnOLOGIAS RECENTES, PARA as QUAIS<br />

MUITAS OFICINAS ainda NÃO DISPÕEM DOS EQUIPAMENTOS<br />

MAIS ADEQUADOS E/OU MAIS EVOLUÍDOS<br />

dade é bastante diversificado e competitivo.<br />

Existem muitos fabricantes,<br />

fornecedores e revendedores de equipamentos<br />

e ferramentas para oficinas<br />

de mecânica elétricas e pintura.<br />

A procura de equipamentos digitais<br />

tem aumentado, designadamente<br />

aparelhos de diagnóstico, ferramentas<br />

de programação de veículos e<br />

sistemas de gestão de oficina. As empresas<br />

estão cada vez mais preocupa<strong>das</strong><br />

com a segurança e a saúde dos<br />

trabalhadores, o que está levando à<br />

introdução de equipamentos mais<br />

ergonómicos e seguros. Existem vários<br />

distribuidores consolidados neste<br />

mercado, com forte presença em<br />

várias regiões do país, o que faz aumentar<br />

a competitividade. Em geral,<br />

o mercado de equipamentos oficinais<br />

é bastante dinâmico e oferece muitas<br />

oportunidades para empresas que<br />

conseguem inovar, oferecer preços<br />

competitivos e serviços de alta qualidade.<br />

O mercado tem evoluído de<br />

forma consistente, acompanhando<br />

as tendências internacionais e oferecendo<br />

oportunidades para empresas<br />

inovadoras e comprometi<strong>das</strong> com a<br />

qualidade e a segurança dos serviços<br />

prestados.<br />

Opinião dos especialistas<br />

Para Pedro de Jesus, diretor geral<br />

da Cometil “A evolução do mercado<br />

de equipamentos oficinais é no<br />

sentido positivo, a procura mantém<br />

um nível elevado e, mais importante,<br />

as empresas procuram qualidade<br />

o que se nota no nível de exigência<br />

que colocam na definição <strong>das</strong> opções<br />

de compra e posteriormente, na edificação<br />

dos projetos de unidades novas<br />

ou mesmo na compra de isolada<br />

de equipamentos. O bom momento<br />

que as oficinas atravessam é benéfico<br />

para o negócio. O mercado necessita<br />

de estímulos, sempre que recebe<br />

imputs positivos a reação acaba também<br />

por ser positiva, logo a procura<br />

por novos equipamentos, ferramentas<br />

e soluções de negócio vão crescer.”<br />

António Garrido, CEO da Lusilectra,<br />

refere “O mercado dos equipamentos<br />

oficinais em Portugal carateriza-<br />

-se pela elevada competitividade e<br />

maturidade. Há algum espaço para<br />

o crescimento, sobretudo nas áreas<br />

mais tecnológicas liga<strong>das</strong> aos sistemas<br />

de auxílio à condução, veículos<br />

elétricos e híbridos assim como ao<br />

nível da introdução de equipamentos<br />

que potenciem a faturação, através<br />

do diagnóstico rápido e transparente<br />

para os clientes. O facto <strong>das</strong> oficinas<br />

terem trabalho é um bom indicador<br />

para a venda de equipamentos. Encaramos<br />

o futuro com otimismo e,<br />

acreditamos que to<strong>das</strong> as transformações<br />

que o setor está a viver, sejam<br />

também positivas para a área dos<br />

equipamentos. Com a evolução tecnológica,<br />

necessitamos cada vez mais<br />

de equipamentos que melhorem a<br />

rentabilidade <strong>das</strong> oficinas, pelo que,<br />

este é seguramente, um fator diferenciador<br />

que deve ser devidamente<br />

explorado no momento da tomada<br />

de decisão.”<br />

José Mira, gerente da MG Equipamentos,<br />

considera que “A aquisição<br />

ou substituição de equipamentos oficinais<br />

tende a acompanhar a evolução<br />

tecnológica dos veículos de modo<br />

a garantir uma adequada resposta<br />

do setor da reparação automóvel<br />

aos novos desafios que lhe são colocados.<br />

Essa resposta, contudo, revela-se<br />

normalmente morosa e tardia.<br />

Razões relaciona<strong>das</strong> com receios relativos<br />

a novos investimentos, bem<br />

como o atraso legislativo relativo a<br />

novas verificações técnicas em Centros<br />

de Inspecção, explicam a situação.<br />

É natural que uma elevada taxa<br />

de ocupação média <strong>das</strong> oficinas lhes<br />

proporciona uma maior capacidade<br />

de investimento. A canalização dos<br />

proveitos para a aquisição de novos<br />

equipamentos depende do critério<br />

de cada organização, ou cada empresário.<br />

Notamos uma crescente sensibilização<br />

para a importância que os<br />

equipamentos têm no desempenho e<br />

na competitividade da oficina.<br />

Para José Morgado, diretor geral da<br />

Domingos & Morgado, “A chegada<br />

de equipamentos “Low Cost” está,<br />

cada vez mais, implementada no<br />

mercado, atingindo já um nível de<br />

qualidade impensável até ainda há<br />

bem pouco tempo. A diferenciação<br />

do mercado vai fazer-se pela qualidade<br />

dos serviços pós-venda prestados<br />

pelas empresas distribuidores. Apesar<br />

<strong>das</strong> oficinas estarem cheias de<br />

trabalho, os empresários queixam-se<br />

da rentabilidade do negócio. Isto reflete-se<br />

na venda dos equipamentos,<br />

com os empresários a investir de<br />

uma forma reativa, à perda ou à avaria<br />

do equipamento existente, em vez<br />

de aproveitar o momento para investir<br />

em equipamento novo e tecnologicamente<br />

mais desenvolvido.”<br />

8 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MAIS DE 50 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM<br />

EQUIPAMENTO ORIGINAL<br />

Distribuído por<br />

info@japopecas.pt I www.japopecas.pt


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

O PREÇO É UM FATOR IMPORTANTE NA DECISÃO DE COMPRA<br />

DE EQUIPAMENTOS OFICINAIS. OS FORNECEDORERS PRECISAM<br />

EQUILIBRAR O PREÇO COM A QUALIDADE E FUNCIONALIDADE<br />

DOS EQUIPAMENTOS, DE FORMA A OFERECER SOLUÇÕES ACESSÍVEIS<br />

E AO MESMO TEMPO LUCRATIVAS<br />

Rui Figueira, responsável de ven<strong>das</strong><br />

da Bahco, considera que “O mercado<br />

de equipamentos está em constante<br />

evolução. O preço é um fator importantíssimo<br />

para a decisão de compra<br />

em to<strong>das</strong> as empresas, mas quanto<br />

mais profissionaliza<strong>das</strong> estas se encontram<br />

melhor analisam a relação<br />

custo/benefício dos equipamentos.<br />

Um equipamento com um baixo valor<br />

monetário não é, muitas vezes,<br />

aquele que é o mais barato dado que<br />

o que podemos extrair dele poderá<br />

ser muito inferior ao que conseguimos<br />

alcançar com um produto mais<br />

caro. A incorporação de tecnologia<br />

avançada nos equipamentos é já uma<br />

realidade e terá sempre um maior<br />

peso no desenvolvimento de novos<br />

produtos, sejam no diagnóstico, reparação,<br />

manutenção e substituição<br />

de peças. Temos de ter presente<br />

que o parque automóvel continua a<br />

envelhecer o que leva a uma maior<br />

necessidade de reparação e manutenção<br />

dos veiculos, o que tem necessariamente<br />

implicação na procura<br />

de equipamento. Por outro lado, os<br />

veículos têm uma cada vez maior in-<br />

corporação de tecnologia, o que obriga<br />

os fabricantes de equipamento e<br />

os utilizadores desse equipamento a<br />

acompanhar essa evolução.<br />

Para Vitor Rocha, CEO da Altaroda<br />

“Aos dias de hoje, as oficinas sentem-se<br />

mais confiantes. Os clientes<br />

vão à oficina e proporcionam negócio.<br />

Pode não ser com as margens<br />

do passado, mas o movimento gera<br />

confiança e um sentimento de positividade<br />

relativamente ao futuro. Este<br />

cenário é benéfico para todos e reflete-se,<br />

claro, em compras por parte<br />

<strong>das</strong> oficinas. Esta onda de positividade<br />

gere confiança e por consequência<br />

ven<strong>das</strong>. As oficinas estiveram muito<br />

retraí<strong>das</strong> no que está relacionado<br />

com investimentos, tendo realizado<br />

o mínimo nestes últimos anos.<br />

Agora, com o aumento de viaturas<br />

elétricas e híbri<strong>das</strong>, a evolução “diária”<br />

da tecnologia <strong>das</strong> viaturas, o regresso<br />

<strong>das</strong> viaturas às estra<strong>das</strong>, tudo<br />

isto implica investimentos, quer em<br />

equipamentos tecnologicamente<br />

mais evoluídos, quer na manutenção<br />

dos existentes.”<br />

Rui Bolas, diretor geral da Bolas,<br />

afirma que “O mercado automóvel<br />

é provavelmente um dos mercados<br />

mais dinâmicos que podemos hoje<br />

encontrar. A evolução tecnológica,<br />

a par do desenvolvimento de novos<br />

materiais e técnicas de fabrico traduz-se<br />

numa inovação constante. Os<br />

equipamentos de oficina têm obrigatoriamente<br />

de seguir esta tendência,<br />

com desenvolvimento, evolução e<br />

especialização constante. Aliás, não<br />

só os equipamentos como também<br />

os recursos humanos, pois são fundamentais<br />

no sucesso de qualquer 7<br />

oficina ou empresa. Desta forma os<br />

equipamentos oficinais atualmente<br />

estão mais sofisticados, mais digitais,<br />

mais práticos e com uma crescente<br />

preocupação com a segurança e interação<br />

com o utilizador.”<br />

Silvia Sauer, gestora de produto diagnóstico,<br />

equipamentos e serviços para<br />

as oficinas, da Bosch, considera que<br />

“O mercado dos equipamentos oficinais<br />

está cada vez mais concorrencial,<br />

em constante movimento e tem vindo<br />

a adaptar-se constantemente a novas<br />

tendências do mercado, novas leis e<br />

novos desafios tecnológicos. O facto<br />

de o negócio estar a desenvolver-se<br />

de forma positiva e com perspetivas<br />

de crescimento para as oficinas é<br />

sempre positivo na sua generalidade.<br />

O desenvolvimento do negócio por<br />

parte <strong>das</strong> oficinas significa que têm<br />

também a necessidade de ter cada vez<br />

uma maior variedade de produtos e<br />

serviços para responder às crescentes<br />

necessidades do mercado.<br />

<br />

Edmundo Costa, diretor geral de<br />

projeto e compras, da Cetrus, é da<br />

opinião que “O mercado dos equipamentos<br />

oficinais tem-se mantido<br />

estável nos últimos anos, no que<br />

diz respeito aos maiores fabricantes<br />

mundiais e respetivos distribuidores<br />

em Portugal. As grandes mudanças<br />

têm sido no agrupamento de algumas<br />

destas empresas em grupos cada<br />

vez maiores, com mais marcas. A<br />

evolução dos equipamentos propriamente<br />

ditos, tem sido uma constante,<br />

aliás não pode ser de outra forma.<br />

O nosso foco é sempre ajudar o nosso<br />

cliente a tornar o seu negócio mais<br />

<br />

<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

CM<br />

MY<br />

MY<br />

CY<br />

CY<br />

CMY<br />

CMY<br />

K<br />

10 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


entável e produtivo. Havendo maior<br />

disponibilidade financeira <strong>das</strong> oficinas<br />

para novos investimentos, e havendo<br />

novas necessidades a resolver,<br />

entendemos que isso pode ajudar à<br />

venda de equipamentos.”<br />

António Gonçalves, CEO da Gonçalteam,<br />

refere que “O mercado dos<br />

equipamentos é bastante ativo e cada<br />

vez mais técnico. A evolução tem sido<br />

bastante positiva, notando-se que os<br />

responsáveis pelas oficinas procuram<br />

estar atualizados quer em termos de<br />

equipamento quer em termos de conhecimento.<br />

O número crescente de<br />

serviços prestados confere à oficina<br />

a potencialidade de fazer novos investimentos,<br />

quer pela necessidade<br />

de substituição dos equipamentos já<br />

existentes quer pela obrigatoriedade<br />

de se manter atualizada.”<br />

Frederico Abecasis, Country Manager<br />

da Hella Gutmann, diz que<br />

“A evolução tem sido no sentido dos<br />

construtores de automóveis cada vez<br />

mais protegerem os seus veículos, o<br />

que constitui um grande desafio para<br />

o mercado <strong>das</strong> oficinas independentes<br />

multimarca. O aftermarket tem<br />

crescido significativamente fruto do<br />

envelhecimento do parque e da entrada<br />

de veículos usados com poucos<br />

anos vindos do norte da Europa, na<br />

sua grande maioria. Isto trará seguramente<br />

mais serviço às oficinas<br />

multimarca mas também vem exigir<br />

uma maior capacidade de resposta<br />

no que toca aos equipamentos que<br />

têm à disposição. Uma oficina que<br />

queira dar uma boa resposta aos<br />

clientes, terá de estar apetrechada<br />

com mais do que uma única solução<br />

de diagnóstico, visto que nenhuma<br />

<strong>das</strong> disponíveis poderá dar resposta<br />

a to<strong>das</strong> as situações.”<br />

Alberto Rodrigues, diretor administrativo<br />

e comercial da Iberequipe,<br />

considera que “O mercado dos equipamentos<br />

oficinais e em especial de<br />

Patrocinador<br />

diagnóstico tem de um modo geral<br />

acompanhado a evolução crescente e<br />

continua <strong>das</strong> novas tecnologias aplica<strong>das</strong><br />

aos veículos. Claro que havendo<br />

boas perspetivas de trabalho nas<br />

oficinas de reparação automóvel fará<br />

também que tenham equipamentos<br />

modernos e atualizados e isso repercute-se<br />

na venda de equipamentos.”<br />

Pedro Santos, diretor geral da Intermaco,<br />

afirma “O nosso mercado<br />

tem mostrado a sua força e resiliência<br />

nos últimos anos. A evolução do<br />

automóvel e <strong>das</strong> necessidades de<br />

serviço a prestar levou à adoção de<br />

critérios mais apertados na escolha<br />

de equipamentos e serviços de<br />

qualidade, de forma a estabelecer a<br />

confiança necessária para fidelizar<br />

o cliente utilizador dos veículos. Na<br />

nossa opinião, a evolução tem sido<br />

exatamente aí. Existe um grande<br />

potencial de ven<strong>das</strong>, precisamente<br />

pela necessidade de serviços mais especializados<br />

e que ainda nem to<strong>das</strong><br />

as oficinas podem prestar, por não<br />

terem os equipamentos adequados<br />

ou não terem a formação devida para<br />

trabalhar com eles. A complexidade<br />

dos veículos aumentou e agora, por<br />

exemplo, com os bloqueios dos seus<br />

sistemas eletrónicos, até uma simples<br />

mudança de óleo e filtro se pode<br />

tornar um pesadelo, se não tivermos<br />

um equipamento de diagnóstico de<br />

MGM_meia_baixo_2021_JO.pdf MGM_meia_baixo_2021.pdf 1 125/06/2021 22/06/202116:58<br />

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2020<br />

2050<br />

MIN. 100<br />

2448<br />

ø140<br />

MAX. 175<br />

D<br />

270<br />

670<br />

670<br />

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<br />

47<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 11


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL ESTÁ SUJEITA A REGULAMENTAÇÃO<br />

RIGOROSA, O QUE SIGNIFICA QUE OS EQUIPAMENTOS OFICINAIS<br />

DEVEM ATENDER A NORMAS E REGULAMENTAÇÕES RIGOROSAS<br />

PARA SEREM COMERCIALIZADOS. OS DISTRIBUIDORES<br />

PRECISAM GARANTIR QUE OS SEUS EQUIPAMENTOS ESTEJAM<br />

EM CONFORMIDADE COM ESSAS REGULAMENTAÇÕES<br />

última geração e sempre com a última<br />

atualização instalada.”<br />

Jorge Pinheiro, diretor geral da Meganor,<br />

refere que “O mercado tem<br />

mostrado uma necessidade contínua<br />

de melhoramento e atualização de<br />

equipamentos / ferramentas, traduzindo-se<br />

numa evolução positiva da<br />

procura, com o objetivo de se modernizarem<br />

e atualizarem-se. A maioria<br />

<strong>das</strong> oficinas está com bastante trabalho,<br />

os serviços oficinais têm crescido,<br />

e com isso novas oficinas abrem portas<br />

e a venda de equipamentos e ferramentas<br />

é necessária e obrigatória.”<br />

Paulo Gaspar, sócio gerente da Proxira,<br />

também é da opinião que “O<br />

mercado da venda de equipamentos<br />

tem registado uma melhoria significativa<br />

em relação ao ano anterior. Temos<br />

observado no mercado um grupo<br />

grande de clientes a quererem investir<br />

em equipamentos de forma a tornarem-se<br />

mais competitivos. O mercado<br />

tem evoluído favoravelmente, o que<br />

ajuda a venda de equipamentos.”<br />

Mário Rodrigues, diretor geral da Rodribench<br />

considera que “O mercado<br />

de equipamentos está neste momento<br />

no ponto mais alto dos últimos anos.<br />

O motivo creio eu estar relacionado<br />

com a evolução tecnológica, aliado<br />

às novas tendências do fabrico de automóveis<br />

com diversos tipos de aço e<br />

alumínio. A principal causa do crescimento<br />

é a consciência que todos têm<br />

de que é preciso acompanhar a evolução<br />

técnica dos aços, e para isso há<br />

que estar atualizado com as máquinas<br />

adequa<strong>das</strong> para cada fim e claro que<br />

com essa atualização, a qualidade e<br />

produtividade sai a ganhar.”<br />

Alexandre Corricas, diretor geral da<br />

Tecniverca, diz que “O mercado de<br />

equipamentos para oficinas, é cada<br />

vez mais marcado pela competitividade<br />

e pela permanente evolução tecnológica.<br />

As marcas tendem a apostar<br />

na diferenciação pela alta qualidade,<br />

desempenho e pela venda de equipamentos<br />

para operações e modelos<br />

específicos. Podemos afirmar que os<br />

equipamentos têm tido uma melhoria<br />

ao nível da performance e desempenho,<br />

acompanhando a exigência<br />

e a evolução do setor automóvel. As<br />

oficinas não podem ficar presas ao<br />

material antigo, porque se existem<br />

ferramentas e equipamentos mais<br />

modernos e eficientes, então será uma<br />

mais-valia para a oficina a aquisição<br />

de equipamentos atualizados, mais<br />

rápidos, que irão rentabilizar mais o<br />

trabalho. É necessário também apostar<br />

na formação continua dos mecânicos,<br />

pois os novos e tecnológicos<br />

equipamentos assim o exigem.”<br />

Bruno Gonçalves, responsável comunicação<br />

da Würth, tem a perceção<br />

que “As oficinas no mercado<br />

português encontram-se bem equipa<strong>das</strong><br />

e prepara<strong>das</strong> para a reparação<br />

e manutenção automóvel, naturalmente<br />

que assistimos hoje a uma<br />

rápida transformação tecnológica e<br />

energética, que obriga a uma adaptação<br />

e investimento em ferramentas<br />

e equipamentos adequados para<br />

o parque mais recente. Penso que<br />

quando existe uma perspetiva positiva<br />

de evolução de negócio, invariavelmente<br />

existe a necessidade de<br />

investimento na modernização dos<br />

equipamentos utilizados para deste<br />

modo melhorarmos os indicadores<br />

de produtividade e qualidade de serviço<br />

aos clientes.”<br />

to que as oficinas atravessam pode<br />

ajudar não só à venda, mas também<br />

à manutenção dos mesmos. O cliente<br />

atual procura equipamentos de qualidade<br />

com certificação e reconhecidos<br />

internacionalmente pela sua qualidade<br />

de construção, rentabilidade, durabilidade<br />

e serviço pós-venda.”<br />

José Bárbara, CEO da KROFtools<br />

refere “O segmento automóvel tem-se<br />

demonstrado cada vez mais exigente<br />

e comprometido em acompanhar as<br />

tendências do meio, o que leva a que<br />

a sua evolução seja bastante rápida.<br />

Isto deriva em parte <strong>das</strong> alterações<br />

que tem ocorrido no meio automóvel,<br />

como por exemplo da evolução dos<br />

carros a baterias e híbridos, levando a<br />

que o mercado dos equipamentos tenham<br />

de acompanhar esta evolução.<br />

As oficinas estando com trabalho, por<br />

consequência a utilizar e bem os produtos<br />

e equipamentos, origina o seu<br />

desgaste o que acaba por se refletir<br />

na sua reposição. O que naturalmente<br />

para nós marca KROFtools, é um<br />

Pedro Costa, gerente da PCC, considera<br />

que “Existe uma pequena evolução<br />

na procura de equipamentos para<br />

as oficinas, designadamente nas áreas<br />

mecânica e pintura. O bom momenbom<br />

presságio, pois vai-se refletir na<br />

procura e naturalmente nas ven<strong>das</strong>.<br />

Atualmente já temos sentido esta<br />

procura a nível de montagem dos<br />

equipamentos oficinais.”<br />

Manuel Guedes Martins, diretor geral<br />

da MGM afirma “O mercado dos<br />

equipamentos oficinais parece dar<br />

indícios de algum crescimento no que<br />

diz respeito à renovação de algumas<br />

unidades oficinais já existentes, bem<br />

como ao surgimento de outras que<br />

procuram implantar-se nesse mesmo<br />

mercado. Num contexto de crescimento<br />

do negócio <strong>das</strong> oficinas poderá<br />

haver uma procura adicional de novos<br />

equipamentos. Contudo, pensamos<br />

que existem algumas condicionantes<br />

que poderão limitar / atrasar um pouco<br />

uma decisão por parte do setor oficinal.<br />

Dado a preocupação ambiental<br />

e climática, os motores a combustão<br />

têm um fim anunciado, abrindo um<br />

caminho, mais ou menos rápido, para<br />

os veículos neutros em carbono. Mesmo<br />

assim, o parque automóvel não<br />

mudará drasticamente num curto<br />

espaço de tempo, optando os consumidores<br />

em manter os respetivos<br />

veículos por um período mais extenso.<br />

Em suma, este desconhecimento<br />

e incerteza <strong>das</strong> próximas etapas, podem<br />

atrasar um pouco as decisões de<br />

investimento.”<br />

Marta Aguilar, Category Manager da<br />

Delphi Technologies Aftermarket refere<br />

“Os equipamentos de oficina estão<br />

em constante evolução, tal como o<br />

próprio setor automóvel, adaptando-<br />

-se aos novos protocolos de diagnóstico<br />

e reparação implementados pelos<br />

fabricantes. A boa situação económica<br />

<strong>das</strong> oficinas vai facilitar a venda e<br />

substituição de equipamentos mais<br />

antigos por equipamentos mais modernos<br />

e potentes para poder realizar<br />

os trabalhos mais exigentes.” l<br />

12 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ESCOLHA CERTA!<br />

Patrocinador<br />

Manter a oficina atualizada com equipamentos recentes é o passo certo para<br />

o sucesso do negócio. para esclarecer o mercado sobre o tipo certo de<br />

equipamentos que a oficina deve escolher para rentabilizar ao máximo o seu<br />

negócio, pedimos a opinião dos especialistas do setor<br />

Pedro de Jesus, diz “Não existe uma<br />

fórmula mágica para definir o equipamento<br />

ajustado para determinada<br />

oficina, é necessário definir o que a<br />

oficina pertente alcançar, com que<br />

meios, qual o tipo de cliente final que<br />

recorre aos seus serviços, que tipo de<br />

veículos vai intervencionar e qual o<br />

leque de serviços que vai executar. Estas<br />

são apenas algumas questões que<br />

devem ser inseri<strong>das</strong> na equação que<br />

o caderno de encargos deve conter. A<br />

escolha certa é um fator chave na obtenção<br />

da rentabilização do negócio.”<br />

António Garrido considera que “Para<br />

rentabilizar o seu negócio, a oficina<br />

deve apostar em soluções técnicas<br />

que permitam um diagnóstico rápido<br />

e integrado, que facilite a análise <strong>das</strong><br />

necessidades de reparação no ato da<br />

entrega da viatura na oficina e, desta<br />

forma, explorar to<strong>das</strong> as oportunidades<br />

de negócio. Para maximizar a<br />

rentabilidade, é importante investir<br />

em equipamentos que permitam intervir<br />

nos veículos mais recentes e<br />

mais tecnológicos, nomeadamente ao<br />

nível dos sistemas ADAS, diagnóstico<br />

e equipamentos para intervenção em<br />

veículos elétricos.”<br />

Para José Mira “A oficina deverá ter<br />

em conta o tipo de serviços que presta<br />

ao cliente e, em cada área de especialidade,<br />

selecionar os equipamentos<br />

que melhor respondam com eficácia<br />

de operação, rapidez e facilidade de<br />

utilização, e que apresente índices<br />

de fiabilidade elevados. Nos casos<br />

em que a oferta de serviços é global,<br />

consideramos que o investimento em<br />

equipamentos de teste e diagnóstico<br />

apresentará uma tendência crescente<br />

a curto/médio prazo. A confiança que<br />

se deposita no Fornecedor de Equipamentos<br />

e na sua equipa, constitui<br />

um fator diferenciador que se revela<br />

decisivo nas relações cliente/fornecedor<br />

e que assume frequentemente<br />

uma componente de quase parceria<br />

em todo um processo alicerçado na<br />

competência técnica evidenciada ao<br />

longo do tempo.”<br />

José Morgado diz que “A questão<br />

primordial na escolha de equipamentos<br />

é o binómio qualidade/assistência<br />

técnica. Sem um equipamento<br />

de qualidade não há serviço<br />

de qualidade. Sem uma assistência<br />

técnica rápida e eficiente, os tempos<br />

de paragem dos equipamentos transformam-se<br />

em verdadeiros calvários<br />

para o cliente pois, além da perda<br />

do serviço perde algo bem mais difícil<br />

de conquistar… a fidelização do<br />

cliente.”<br />

Rui Figueira refere que “A palavra<br />

chave é rentabilizar. A decisão de<br />

aquisição deverá ter sempre em consideração,<br />

a qualidade, a vida útil e<br />

a produtividade do equipamento. A<br />

análise custo/benefício deve ser tida<br />

sempre em conta aquando da tomada<br />

de decisão.<br />

Vitor Rocha é da opinião que “As oficinas<br />

devem diversificar ao máximo<br />

o seu negócio, oferecendo cada vez<br />

mais o maior número de serviços<br />

possíveis. Quanto mais abrangente<br />

for a oferta, maior será a capacidade<br />

de agarrar o cliente, realizar ven<strong>das</strong><br />

cruza<strong>das</strong>, etc. Outro fator que o<br />

empresário deve levar em linha de<br />

consideração, são as especialidades<br />

de libertam maiores margens de negócio.<br />

A margem que liberta as diferentes<br />

especialidades não é igual,<br />

e pode ser inteligente cruzar com<br />

outras mais lucrativas, que podem<br />

inclusive alavancar o negócio atual.<br />

Deparamo-nos com esta realidade<br />

no negócio dos pneus, onde os operadores<br />

buscam novos negócios para<br />

compensar a curta margem que resulta<br />

da venda de pneumáticos. Por<br />

outro lado, temos um novo perfil<br />

de cliente, cada vez mais atarefado.<br />

Prefere os operadores globais, com<br />

uma oferta ampla e com capacidade<br />

para resolver todos os seus problemas<br />

num único “contacto”. Assim,<br />

cada caso será único e envolve uma<br />

análise cuidada e única.<br />

Rui Bolas diz que “A seleção do investimento<br />

deve ser criteriosamente<br />

estudada. A análise financeira e a<br />

rentabilidade têm de ser devidamente<br />

pondera<strong>das</strong>. Para além da<br />

evolução tecnológica dos equipamentos,<br />

é necessária a vertente humana,<br />

com a respetiva formação e<br />

conhecimento. Cada vez mais a tendência<br />

é que a solução mais barata<br />

não seja a mais económica. A oficina<br />

deve escolher equipamentos de<br />

qualidade em fornecedores que lhe<br />

permitam formação e assistência,<br />

bem como atualização constante de<br />

software, que é cada vez mais é um<br />

fator primordial na escolha de um<br />

parceiro.”<br />

Silvia Sauer é da opinião que “uma <strong>das</strong><br />

coisas mais importantes a ter em conta<br />

é que o equipamento de diagnóstico<br />

não se deve basear unicamente em disponibilizar<br />

informação de diagnóstico<br />

do veículo. Um reparador de veículos<br />

precisa muito mais que um código<br />

de erro, precisa de um “companheiro<br />

de viagem” para o ajudar a localizar a<br />

avaria, encontrar a solução certa para<br />

a reparação e executar trabalhos de<br />

manutenção e revisão de forma rápida,<br />

eficiente e eficaz.”<br />

Edmundo Costa esclarece que “Procuramos<br />

sempre entender muito<br />

bem a necessidade do cliente, ou<br />

então dar-lhe a conhecer novos equipamentos<br />

que podem rentabilizar ao<br />

máximo o negócio e as áreas de trabalho.<br />

Estes equipamentos, podem<br />

estar presentes em qualquer área de<br />

negócio da oficina. Desde a mecânica,<br />

à pintura, passando pela colisão,<br />

receção, pneus, lavagem, etc.. “<br />

Alberto Rodrigues sublinha que “É<br />

difícil dizer qual o equipamento que<br />

a oficina deve escolher para rentabilizar<br />

ao máximo o seu negócio, porque<br />

obviamente depende de muitos<br />

fatores. No entanto e no que diz respeito<br />

a equipamentos de diagnóstico<br />

a oficina deverá ter um equipamento<br />

versátil o mais atualizado possível e<br />

que tenha um suporte técnico que<br />

lhes dê segurança e confiança, sempre<br />

que necessitem.”<br />

Pedro Santos refere “Todos os equipamentos<br />

que aportem valor para o<br />

cliente final e todos os equipamen-<br />

CADA VEZ MAIS A TENDÊNCIA É QUE A SOLUÇÃO MAIS BARATA<br />

NÃO SEJA A MAIS ECONÓMICA. A OFICINA DEVE ESCOLHER EQUIPAMENTOS<br />

DE QUALIDADE EM FORNECEDORES QUE LHE PERMITAM FORMAÇÃO<br />

E ASSISTÊNCIA, BEM COMO ATUALIZAÇÃO CONSTANTE DE SOFTWARE<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 13


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

tos que são mesmo imprescindíveis,<br />

dada a complexidade de diagnóstico<br />

e manutenção de alguns sistemas dos<br />

veículos de hoje, podem trazer mais<br />

rentabilidade para a oficina. No final,<br />

é o condutor que vai avaliar se as oficinas<br />

estão “equipa<strong>das</strong>” e decidir se e<br />

onde a intervenção no seu carro vai<br />

ser efetuada.”<br />

Paulo Gaspar é da opinião que “A<br />

oficina nunca deve investir nos equipamentos<br />

mais baratos e não deve<br />

escolher os mais caros. Para rentabilizar<br />

o investimento deve-se adquirir<br />

equipamentos com o foco na qualidade/preço<br />

que é a base da nossa linha<br />

de comercialização.”<br />

Alexandre Corricas afirma “O tipo<br />

certo de equipamentos para a oficina<br />

conseguir mais rentabilidade, terá<br />

sempre a ver com o negócio a que a<br />

oficina se quer especializar e dessa<br />

forma, fazer uma escolha cuidadosa<br />

para prestar um serviço de qualidade.<br />

Ao oferecerem diversos serviços,<br />

básicos e avançados, as oficinas devem<br />

investir em equipamentos eficientes<br />

e tecnologias de ponta, para<br />

assegurar a qualidade do trabalho e<br />

aumentar a produtividade. As ramificações<br />

da manutenção de veículos<br />

(mecânica geral, alinhamento, trocas<br />

de óleo, sistemas de injeção…) são<br />

muito extensas, então as oficinas devem<br />

investir nos equipamentos que<br />

mais usam no seu dia a dia.”<br />

Bruno Gonçalves refere que as oficinas<br />

devem escolher “Acima de tudo<br />

equipamentos que estejam adequados<br />

à sua atividade, sobre os quais<br />

possa existir uma formação aos utilizadores<br />

e acima de tudo produtos<br />

que possam permitir ganhos reais<br />

de produtividade. Realço também a<br />

importância de olharmos para um<br />

investimento não apenas para as<br />

características técnicas de um determinado<br />

equipamento, mas tudo<br />

o que se encontra à sua volta, como<br />

por exemplo apoio técnico, garantia<br />

e serviço após venda. O fornecedor<br />

deve estar ao lado dos clientes no ato<br />

da venda de determinado produto e<br />

também posteriormente no acompanhamento<br />

da sua atividade.”<br />

José Bárbara esclarece que “O ponto<br />

central na aquisição de um equipamento<br />

ou mesmo de uma ferramenta,<br />

para uma oficina automóvel, deve<br />

ser o de identificar qual o tipo de<br />

utilização que lhe será dado, assim<br />

como o tipo(s) de trabalhos que vai<br />

executar. A especialização da oficina<br />

vai determinar a aquisição de equipamento.<br />

Tendo esta perceção é possível<br />

definir os equipamentos necessários<br />

a adquirir para a sua oficina.<br />

Os equipamentos e ferramentas tem<br />

obrigatoriamente de corresponder às<br />

necessidades de trabalho da oficina,<br />

pois existem vários modelos e especificações<br />

a levar em consideração<br />

na aquisição a fim de rentabilizar o<br />

investimento.<br />

Manuel Guedes Martins alerta “Para<br />

além da escolha criteriosa dos equipamentos<br />

de trabalho (elevadores de<br />

viaturas, compressores,…), tendo em<br />

linha de conta o seu público-alvo e a<br />

produtividade da sua atividade, deve<br />

haver também uma preocupação ao<br />

nível da organização do espaço físico<br />

oficinal (com o investimento em<br />

carros de ferramenta / banca<strong>das</strong> de<br />

trabalho), formação dos colaboradores<br />

e a criação de um fluxo adequado<br />

dos processos/procedimentos de<br />

trabalho. No tocante à poupança de<br />

energia, reduzindo quase para metade<br />

o respetivo custo, o cliente pode<br />

optar, por exemplo, pela aquisição de<br />

um compressor de parafuso com variador<br />

de velocidade e motor de íman<br />

permanente.<br />

Marta Aguilar diz “Dependendo do<br />

tipo de oficina, do tipo de trabalho<br />

que realizam, da formação dos seus<br />

técnicos etc., necessitarão de um tipo<br />

de equipamento ou outro, por exemplo,<br />

ferramentas de diagnóstico eletrónico,<br />

diagnóstico hidráulico, etc.<br />

Uma <strong>das</strong> ferramentas que ainda está<br />

em processo de chegar às oficinas é a<br />

calibração dos sistemas ADAS. Desde<br />

2020, mais de 40% dos veículos<br />

estarão equipados com pelo menos<br />

dois sistemas ADAS. A ferramenta<br />

de calibração é muito importante<br />

para múltiplas operações e para evitar<br />

a perda de controlo do veículo ou<br />

o desgaste irregular dos pneus.” l<br />

A SELEÇÃO DO INVESTIMENTO DEVE SER CRITERIOSAMENTE<br />

ESTUDADA. A ANÁLISE FINANCEIRA E A RENTABILIDADE<br />

TÊM DE SER DEVIDAMENTE PONDERADAS. PARA ALÉM DA EVOLUÇÃO<br />

TECNOLÓGICA DOS EQUIPAMENTOS, É NECESSÁRIA A VERTENTE<br />

HUMANA, COM A RESPETIVA FORMAÇÃO<br />

14 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

MANUTENÇÃO PREVENTIVA É FUNDAMENTAL<br />

Dependendo do tipo de equipamento, a manutenção preventiva pode ser um fator primordial para o bom funcionamento e<br />

para a rentabilização de uma oficina. É essencial que seja realizada, da mesma forma que os mecânicos recomendam que<br />

os seus clientes façam a manutenção dos seus carros. Isto garantirá o bom desempenho dos equipamentos bem como a<br />

sua durabilidade<br />

A manutenção preventiva tem de ser<br />

vista de dois prismas diferentes: o primeiro,<br />

com custos controlados e conhecidos,<br />

permitindo uma paragem<br />

programada dos equipamentos. O segundo,<br />

com a redução ou inexistência<br />

de paragens não programa<strong>das</strong>, a par<br />

de despesas inespera<strong>das</strong>, evitando os<br />

constrangimentos daí decorrentes:<br />

imagem negativa perante os clientes,<br />

atrasos, reclamações ou mesmo<br />

condicionantes de tesouraria. A manutenção<br />

preventiva, devidamente<br />

calendarizada, permite ainda rentabilizar<br />

tempos mortos.<br />

Os contratos de manutenção devem<br />

levar em linha de conta o tipo de equipamento<br />

a incluir no contrato, a data<br />

de aquisição, a intensidade de uso, a<br />

eventualidade de existência de atualizações<br />

de software, etc., são várias<br />

as variáveis que devem ser considera<strong>das</strong><br />

para calcular o valor trimestral,<br />

semestral ou anual do contrato de<br />

manutenção. Estes tipos de contratos<br />

são solicitados quando o empresário<br />

percebe que o prejuízo que advém de<br />

ter um determinado equipamento parado<br />

é consideravelmente superior ao<br />

investimento em mantê-lo em boas<br />

condições. O contrato de manutenção<br />

não é mais do que calcular os custos de<br />

manutenção dentro de um determinado<br />

prazo e traduzi-lo numa renda fixa.<br />

O cliente tem de ter o seu foco na sua<br />

operação, e não se preocupar com a<br />

manutenção preventiva dos equipamentos.<br />

Cabe ao fornecedor fazer essa<br />

gestão e propor ao cliente intervenções<br />

em função da avaliação do uso e dos<br />

planos de manutenção de cada equipamento.<br />

Os moldes dos contratos passam<br />

normalmente por um valor fixo<br />

para um determinando número de intervenções<br />

programa<strong>das</strong>. Estas podem<br />

eventualmente ser aumenta<strong>das</strong> ou<br />

reduzi<strong>das</strong> em função da intensidade<br />

do uso dos equipamentos. Em grande<br />

parte dos equipamentos, o contrato de<br />

manutenção é até imprescindível para<br />

assegurar a sua longevidade. Quando<br />

se compra por exemplo um elevador,<br />

pretende-se que o seu tempo de vida<br />

seja o mais alargado possível.<br />

A manutenção preventiva é sem dúvida<br />

uma boa solução para as oficinas,<br />

desde que as manutenções sejam executa<strong>das</strong><br />

pelos técnicos qualificados<br />

dos fornecedores de equipamentos.<br />

Ao procederem às manutenções periódicas<br />

e aconselha<strong>das</strong>, as oficinas<br />

evitam maior desgaste dos equipamentos<br />

e componentes. Nos contratos<br />

de manutenção deve ser formalizado<br />

detalhes da prestação de serviços<br />

entre fornecedor de equipamentos<br />

e oficina, proporcionando maior segurança<br />

para ambas as partes. Ao<br />

fazer um contrato de manutenção, o<br />

fornecedor de equipamentos mostra<br />

o quanto está comprometido com a<br />

satisfação dos clientes, podendo ser<br />

um fator de decisão entre a escolha de<br />

fornecedor, por parte do cliente. Os<br />

serviços respeitantes a ações corretivas<br />

costumam também ser incluídos<br />

nestes contratos.<br />

Nos equipamentos mais modernos,<br />

o próprio software do equipamento<br />

alerta para a necessidade da respetiva<br />

manutenção, serviço este que é<br />

realizado nas instalações do cliente,<br />

otimizando assim o tempo da operação.<br />

O contrato de manutenção deve<br />

ser realizado aquando da aquisição<br />

dos equipamentos, retirando à oficina<br />

a responsabilidade de ter que<br />

posteriormente marcar, pois muitas<br />

vezes quando é realizada já é fora do<br />

período recomendado o que pode<br />

representar insegurança nos equipamentos.<br />

Com um contrato de manutenção<br />

consegue-se a realização de<br />

parcerias a longo prazo, daí advindo<br />

uma renda recorrente. Ao mesmo<br />

tempo, um contrato de manutenção<br />

formaliza os diversos aspetos da<br />

prestação de serviços, proporcionando<br />

um acréscimo de segurança para<br />

ambas as partes. l<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

OS CONTRATOS DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS OFICINAIS<br />

SÃO SIMPLES E, NORMALMENTE, COBREM AS NECESSIDADES<br />

DE VERIFICAÇÃO, ATUALIZAÇÃO, MANUTENÇÃO OU REPARAÇÃO DOS<br />

COMPONENTES DE DESGASTE DO EQUIPAMENTO E DEVEM TER EM CONTA<br />

AS SUAS CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS, A FREQUÊNCIA DE USO<br />

E O MEIO ONDE VAI SER USADO<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

16 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MÉTODO DE AQUISIÇÃO:<br />

QUAL O MAIS FAVORÁVEL?<br />

Patrocinador<br />

Relativamente aos métodos de aquisição<br />

utilizado: pronto pagamento,<br />

leasing ou renting, perguntámos<br />

aos distribuidores de equipamentos<br />

qual o mais favorável para a oficina.<br />

A resposta varia, consoante o tipo de<br />

equipamento e da disponibilidade financeira<br />

da oficina. Na maior parte<br />

<strong>das</strong> vezes o método mais utilizado<br />

é o pronto pagamento, mas nos últimos<br />

tempos temos assistido a um<br />

aumento progressivo do renting. Se<br />

é verdade que o renting tem ganho<br />

quota de mercado no que reporta a<br />

métodos de aquisição, muitos negócios<br />

decorrem de acordo com as<br />

condições comerciais pré-negocia<strong>das</strong><br />

com o cliente, havendo inclusive, em<br />

muitas situações, equipamentos para<br />

retomar. Para a oficina será necessário<br />

um estudo de forma a identificar<br />

os prós e os contras de cada uma <strong>das</strong><br />

opções, bem como a capacidade financeira<br />

e a sua tesouraria.<br />

Podemos considerar, numa perspetiva<br />

meramente utópica, que para<br />

equipamentos sem grande evolução<br />

tecnológica se poderia adequar uma<br />

solução de leasing, enquanto para<br />

equipamentos com evoluções tecnológicas<br />

rápi<strong>das</strong> o renting poderá ser<br />

uma solução. O leasing é uma boa<br />

opção derivado à rapidez de poder<br />

começar a trabalhar sem que ter de<br />

estar à espera de fundo de maneio ou<br />

mesmo descapitalizar-se. Depende<br />

muito da disponibilidade financeira<br />

do cliente e do tipo de investimento<br />

em causa. Na maioria dos grandes<br />

investimentos o cliente opta por leasing,<br />

nos pequenos equipamentos<br />

que trazem valor e aumento de faturação<br />

imediato, e continuo, por vezes<br />

é habitual o renting, que confere<br />

contabilisticamente a melhor solução.<br />

A oficina pode equipar-se com<br />

a tecnologia mais avançada e pagar<br />

as mensalidades com a rentabilidade<br />

que o equipamento lhe vai trazer. O<br />

renting torna-se assim uma boa opção<br />

para a oficina, isto porque a prestação<br />

pode ser ajustada ao cliente, e a<br />

provar isto é o facto de que quando as<br />

oficinas acabam de pagar um equipamento,<br />

há o desejo de adquirir outro<br />

equipamento nas mesmas circunstâncias<br />

continuando com o mesmo<br />

valor da prestação.Também existe a<br />

possibilidade do cliente adquirir o<br />

equipamento por um preço simbólico<br />

no final do contrato. Esta solução<br />

permite um cliente equipar a sua oficina,<br />

diluindo o investimento em até<br />

um máximo de 60 meses. Concluindo,<br />

a melhor opção é aquela que for<br />

mais interessante no ponto de vista<br />

financeiro para quem investe, poderão<br />

existir situações em que seja vantajoso<br />

um pagamento a pronto por<br />

uma questão de oportunidade, ou a<br />

prestações caso seja mais interessante<br />

no ponto de vista contabilístico. l<br />

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TOTALMENTE PERSONALIZÁVEL


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

VENDER NÃO BASTA!<br />

Hoje em dia vender não basta. É necessário compreender quais os equipamentos que se enquadram no modelo de<br />

negócio do cliente. Perguntámos aos operadores como deve ser conduzido este processo e também quais os fatores<br />

que as oficinas valorizam mais num fornecedor de equipamentos<br />

Para Pedro de Jesus “Despender<br />

meios financeiros é fácil, mas utilizá-los<br />

de forma correta exige reflexão<br />

e ponderação na tomada de decisão<br />

que conduz à aquisição de um determinado<br />

equipamento. É necessário<br />

compreender quais os objetivos que<br />

devem se alcançados, que tipo de veículos<br />

vão ser intervencionados, qual o<br />

mix de serviços que vão ser executados<br />

através da utilização de determinados<br />

equipamentos, que nível de competências<br />

são exigi<strong>das</strong> no manuseamento<br />

dos equipamentos e qual o método<br />

que deve ser empregue na venda dos<br />

serviços que são executados.”<br />

António Garrido afirma “O nosso<br />

trabalho começa na pré-venda, escutando<br />

o cliente e analisando conjuntamente<br />

as suas necessidades.<br />

Fornecemos todo o apoio técnico e<br />

suporte à tomada de decisões, estudamos<br />

o melhor layout, e fluxo<br />

de trabalho e, tendo em conta o<br />

perfil e as necessidades do cliente,<br />

definimos as soluções técnicas<br />

mais adequa<strong>das</strong>. Para além disso,<br />

dispomos de um serviço pós-venda<br />

com técnicos qualificados pelas fábricas<br />

com que trabalhamos, ponto<br />

essencial para garantir ao cliente a<br />

máxima rentabilidade dos equipamentos<br />

e soluções que fornecemos.<br />

Muitas vezes o preço é o fator mais<br />

valorizado pelas oficinas. Contudo,<br />

verificamos que ao longo do tempo<br />

o fator mais decisivo prende-se com<br />

a qualidade do serviço pós-venda e<br />

dos equipamentos.”<br />

Na opinião de José Mira “A relação<br />

de proximidade entre fornecedor e<br />

cliente continua a ser fundamental<br />

em todo o processo de aquisição de<br />

equipamentos oficinais. O aconselhamento<br />

técnico tem início na fase<br />

de seleção do equipamento, tendo<br />

em conta os objetivos pretendidos,<br />

e prossegue com as fases de projeto,<br />

instalação, formação aos operadores<br />

e serviço pós-venda.<br />

José Morgado refere “Há que avaliar<br />

corretamente tanto as necessidades<br />

como as expectativas do cliente. Subestimar<br />

os seus objetivos ou o volume<br />

de serviço, podem ser erros graves<br />

na proposta de um equipamento.<br />

Infelizmente, a cultura empresarial<br />

do sector oficinal é baixa, no nosso<br />

país. Para muitos empresários, o<br />

equipamento “é todo igual”, mas não<br />

é. Bem pelo contrário! Cada vez mais<br />

assistimos mais à introdução no<br />

mercado de equipamentos de muito<br />

baixa qualidade, com consequências<br />

desastrosas para a rentabilidade <strong>das</strong><br />

empresas, com “down times” absolutamente<br />

inaceitáveis, quer por falta<br />

de peças, quer por deficiente assistência<br />

quer – logo à partida – pela<br />

baixa qualidade do produto.”<br />

Vitor Rocha afirma “Se pretendemos<br />

construir uma relação comercial forte<br />

e duradoura, a forma de o cliente<br />

não se sentir enganado é o auxiliarmos<br />

na análise do seu negócio – nem<br />

sempre a solução mais dispendiosa é<br />

a mais vantajosa. Tentamos sempre<br />

“calçar” os sapatos do cliente de forma<br />

a ajudá-lo rentabilizar o investimento<br />

a realizar. O cliente procura<br />

num fornecedor um parceiro para<br />

a vida... alguém que seja capaz de o<br />

acompanhar no seu dia-a-dia, que<br />

identifique as suas fragilidades e o<br />

ajude a ultrapassar as dificuldades...<br />

18 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


procura alguém que o ajude a crescer<br />

e que cresça com ele. Nos dias<br />

de hoje, os meus melhores clientes<br />

são efetivamente meus amigos. Esta<br />

proximidade resulta de uma postura<br />

franca e honesta no dia-a-dia. Mais<br />

do que preço, o cliente procura confiança!”<br />

Para Rui Bolas “Cada vez mais a diferenciação<br />

é feita através do serviço<br />

– antes, durante e pós venda. É primordial<br />

um conhecimento do cliente,<br />

negócio e expetativas para o futuro de<br />

forma a identificar as soluções mais<br />

adequa<strong>das</strong>. Este processo de pré-<br />

-venda permite aconselhar o melhor<br />

investimento e os equipamentos mais<br />

adequados para que o retorno do investimento<br />

seja o mais rápido possível.<br />

Uma visita às instalações permite<br />

fazer um diagnóstico com maior<br />

exatidão e conhecer algumas variáveis<br />

importantes que por vezes ficam<br />

esqueci<strong>das</strong>. Quem faz este trabalho<br />

diariamente está mais atento a alguns<br />

pormenores que passam a quem no<br />

dia a dia tem outras preocupações. O<br />

acompanhamento durante a venda,<br />

bem como a formação permitem retirar<br />

todo o potencial do equipamento.<br />

A terceira fase relativa ao pós-venda<br />

é o último pilar. O acompanhamento<br />

constante, as atualizações atempa<strong>das</strong>,<br />

bem como o serviço são fatores determinantes<br />

para o sucesso do investimento.<br />

Atualmente – e felizmente<br />

– as empresas não analisam apenas o<br />

fator preço, mas sim a relação custo/<br />

benefício.<br />

Silvia Sauer refere “Uma <strong>das</strong> principais<br />

preocupações da Bosch enquanto<br />

fornecedor líder de produtos<br />

e serviços é dotar os nossos parceiros<br />

com os conhecimentos necessários.<br />

Por isso mesmo, disponibilizamos<br />

um amplo plano de formação alargado,<br />

com equipas especializa<strong>das</strong>, onde<br />

dispomos de diversas informações<br />

para resolução de problemas técnicos,<br />

planos de manutenção, entre<br />

outros. Primamos por um serviço<br />

pós-venda exemplar que, a nosso<br />

entender, tem extrema importância,<br />

devido à diferenciação que apresenta<br />

ao mercado. Para a Bosch aquilo que<br />

acreditamos ser o mais importante<br />

enquanto fornecedor de equipamentos<br />

é garantir que oferecemos um<br />

serviço profissional para qualquer<br />

tipo de veículos, numa ampla oferta<br />

de produtos e serviços com garantia<br />

de máxima fiabilidade. A tecnologia<br />

da gama de equipamentos de oficinas<br />

Bosch oferece uma manutenção,<br />

análise e ajuste rápido, fácil e<br />

preciso. O número e a complexidade<br />

crescentes de sistemas e peças dos<br />

veículos fazem com que as oficinas<br />

tenham de ter acesso a uma ampla<br />

informação técnica.<br />

Edmundo Costa afirma “Procuramos<br />

sempre perceber as necessidades dos<br />

clientes e a sua disponibilidade para<br />

adequar a solução. Por termos uma<br />

vasta gama de produtos, e linhas de<br />

diferente valor, podemos ter sempre<br />

uma solução à medida de cada<br />

cliente. Penso que no nosso mercado,<br />

ainda prevalece, felizmente, o<br />

fator confiança. Entendo que se o<br />

cliente sentir e souber que existe um<br />

parceiro de confiança do outro lado,<br />

obviamente desde que este seja competitivo<br />

em termos de preços, esse<br />

será o fator principal. O fator “prazo<br />

de entrega” é hoje muito importante,<br />

por isso temos aumentado os nossos<br />

stocks para poder dar uma resposta<br />

mais rápida aos clientes.”<br />

António Gonçalves desde sempre<br />

coloca o cliente em primeiro lugar e<br />

“damos a escolher sempre ao cliente<br />

a melhor proposta quer em tipo<br />

de equipamento quer em volume<br />

de investimento, apresentando as<br />

nossas sugestões e experiência. No<br />

fim é fácil chegar à melhor solução.<br />

Confiança, capacidade profissional<br />

e resposta para os maus e bons momentos,<br />

são os fatores que as oficinas<br />

Patrocinador<br />

mais valorizam num fornecedor de<br />

equipamentos.”<br />

Frederico Abecasis é da opinião que<br />

“A melhor forma de uma marca se<br />

poder diferenciar no mercado é, designadamente<br />

no que toca ao serviço<br />

pós-venda e acompanhamento dos<br />

clientes, possuir uma equipa técnica<br />

de pós-venda competente e disponível.<br />

Por outro lado, a abrangência de<br />

cada equipamento é um dos principais<br />

fatores de decisão de compra, a<br />

par com a frequência <strong>das</strong> atualizações<br />

que são feitas anualmente, uma<br />

vez que cada vez entram veículos<br />

mais recentes nas oficinas multimarca<br />

fruto dos contratos dos operadores<br />

de renting que deixaram de enviar os<br />

seu veículos para os concessionários<br />

de marca logo a partir do km zero.”<br />

Alberto Rodrigues diz que “Acontece<br />

muito sermos contactados por<br />

eventuais clientes e mesmo clientes<br />

que identificam logo que equipamentos<br />

desejam, contudo abordamo-los<br />

sempre telefonicamente para<br />

entendermos a real necessidade e<br />

eventualmente aconselharmos outro<br />

equipamento que mais se adequa<br />

às suas necessidades. As oficinas<br />

também valorizam a abordagem de<br />

apresentação e explicação o mais<br />

completa do equipamento, não só<br />

no momento da venda, mas acima de<br />

tudo no momento da entrega com a<br />

respetiva formação de utilização.”<br />

Para Pedro Santos “O cliente final,<br />

condutor do veículo, procura segurança<br />

e conforto para si e para a sua<br />

família, rapidez na reparação e custos<br />

reduzidos. A oficina tem de saber fazer<br />

isso bem, mas, como complemento,<br />

tem de fidelizar o cliente, vendendo<br />

outros serviços, como manutenção<br />

e diagnóstico preventivos, para que<br />

as reparações, no futuro, não sejam<br />

tão dispendiosas e demora<strong>das</strong>. Normalmente,<br />

o cliente aceita bem estes<br />

conselhos. As oficinas de hoje têm de<br />

ter esta “veia comercial”, de forma a<br />

rentabilizar os seus equipamentos e<br />

gerar ganhos extra. Ar condicionado,<br />

caixas automáticas, filtros de partículas,<br />

descarbonização de motores, são<br />

alguns exemplos de atividades muito<br />

rentáveis na oficina, desde que acompanha<strong>das</strong><br />

por uma forte ação comercial<br />

de divulgação dos serviços e suas<br />

vantagens. Cabe-nos ajudar a oficina<br />

a compreender a importância e rentabilidade<br />

destes novos conceitos de<br />

manutenção e reparação e a passá-los<br />

aos seus clientes.<br />

Jorge Pinheiro diz “Em primeiro<br />

lugar devemos conhecer o cliente,<br />

no nosso caso os anos de mercado<br />

permite-nos isso mesmo, o conhecimento<br />

e evolução do cliente e da<br />

sua empresa, depois devemos saber<br />

quais as suas necessidades, entretanto<br />

aconselhar e sugerir as novidades<br />

que o nosso mercado lança, para que<br />

eles acompanhem a evolução. Na<br />

venda e no pós-venda temos de estar<br />

presentes e dar a “cara” nestas duas<br />

situações, assim os clientes sente-se<br />

seguros.”<br />

Para Paulo Gaspar “Acima de tudo<br />

temos o dever de aconselhar da me-<br />

EXISTEM ALGUNS FATORES IMPORTANTES NA RELAÇÃO COM<br />

OS CLIENTES, TAIS COMO A SERIEDADE, EXPERIÊNCIA / CREDIBILIDADE<br />

NO MERCADO, ADEQUADA GESTÃO DE STOCKS DE PEÇAS<br />

DE REPOSIÇÃO / TEMPO DE RESPOSTA AO NÍVEL DA RESOLUÇÃO<br />

DE QUESTÕES TÉCNICAS, A FORMAÇÃO DOS TÉCNICOS, E ALGUM TIPO<br />

DE CERTIFICAÇÃO RELACIONADA COM A ATIVIDADE<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 19


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

lhor forma os nossos clientes. Por<br />

vezes o que o cliente procura não<br />

se adequa às suas necessidades. Na<br />

Proxira levamos a aconselhamento<br />

técnico muito a sério, sendo um critério<br />

nosso de diferenciação perante<br />

os outros players do mercado. As<br />

oficinas valorizam acima de tudo a<br />

confiança. Ninguém quer equipar<br />

uma oficina e sentir-se defraudado<br />

com o investimento. Depois há a assistência<br />

técnica e o know-how que<br />

garante a fácil resolução de problemas<br />

e dúvi<strong>das</strong>.”<br />

Mário Rodrigues afirma que “Hoje<br />

em dia, vender não é pegar num catálogo<br />

e ir para a rua. Tem que se ter<br />

um enorme conhecimento do que é a<br />

reparação automóvel (colisão), perceber<br />

se a oficina está preparada para<br />

os novos aços, e a partir daí encetar<br />

um diálogo com os responsáveis para<br />

saber as suas necessidades e fazer demonstrações<br />

para que todos cheguem<br />

a um resultado positivo. Para isso é<br />

imprescindível ter conhecimentos<br />

técnicos, equipamentos e qualidade e<br />

garantir um bom serviço pós-venda.”<br />

Alexandre Corricas sublinha “Visitar<br />

as oficinas para entender as necessidades<br />

do cliente, é o primeiro<br />

passo para atender às suas expetativas.<br />

Para garantir a sua satisfação e<br />

a fidelização, não basta fornecer um<br />

bom equipamento ou serviço, é preciso<br />

saber e conhecer se a necessidade<br />

de adquirir equipamentos é para<br />

substituição ou se pretendem disponibilizar<br />

novos serviços, aconselhando-os<br />

com as melhores soluções que<br />

permitam o desenvolvimento da sua<br />

atividade. A constante melhoria no<br />

atendimento ao cliente deve ser uma<br />

preocupação constante dos fornecedores.<br />

A oficina continua a dar muita<br />

importância ao preço dos equipamentos,<br />

embora um bom aconselhamento<br />

nos serviços de pré-venda e<br />

um bom acompanhamento nos serviços<br />

de pós-venda, possam ser grandes<br />

mais valias para os fornecedores<br />

de equipamentos. Assim, a assistência<br />

técnica e a formação são fatores<br />

muito importantes, pois representam<br />

parte da credibilidade com que<br />

o cliente avalia o fornecedor.”<br />

Bruno Gonçalves concorda que vender<br />

não basta “A Würth tem uma filosofia<br />

de acompanhamento ao mercado<br />

baseado numa ótica de parceria<br />

em que o aconselhamento técnico é<br />

crucial para que o cliente invista no<br />

melhor equipamento para as suas<br />

necessidades. Para garantirmos este<br />

modelo, apostamos na formação<br />

técnica da nossa rede comercial, na<br />

disponibilização de conteúdos programáticos<br />

para cada artigo, bem<br />

como num modelo multicanal com<br />

o intuito de estarmos mais perto dos<br />

nossos clientes.”<br />

José Bárbara tem consciência de que<br />

“O ramo automóvel é exigente e está<br />

sempre em constante mudança devendo<br />

ser efetuada uma análise <strong>das</strong><br />

necessidades e adaptar a especialização<br />

da oficina. Tentamos ajudar o<br />

nosso distribuidor fornecendo a melhor<br />

informação junto do seu cliente,<br />

ou seja as oficinas. Da parte da<br />

KROFtools cumprimos rigor no fabrico<br />

<strong>das</strong> ferramentas e equipamentos<br />

ao longo dos anos que estamos<br />

presentes no mercado, efetuando<br />

sempre análises constantes aos produtos,<br />

mantendo controlo no fabrico.<br />

Este rigor reflete-se no facto de<br />

sermos uma marca de referência no<br />

nosso ramo. Na visão da KROFtools<br />

e perante as análises que realizamos<br />

do mercado, sem dúvida que o pós-<br />

-venda é o serviço mais valorizado<br />

pelas oficinas. Acreditamos que um<br />

serviço pós-venda credível se reflete<br />

na satisfação do cliente, que é o mais<br />

importante. De forma a colmatar a<br />

necessidade dos nossos clientes, dispomos<br />

de uma especializada Equipa<br />

Técnica presente na zona norte e<br />

outra na zona sul do país, para que<br />

possamos quase de imediato solucionar<br />

as questões que vão surgindo.<br />

Aos produtos que são enviados para<br />

o nosso departamento técnico tentamos<br />

dar resposta num curto prazo.”<br />

Manuel Guedes Martins refere “Para<br />

se dar início a um processo de venda,<br />

deve ser manifestado pelo cliente<br />

a consciência / reconhecimento de<br />

uma necessidade ou problema existente<br />

na sua atividade. Neste contexto,<br />

a área comercial / técnica irá<br />

fazer, localmente, um levantamento<br />

<strong>das</strong> necessidades / expetativas do<br />

cliente. Por isso, nessa etapa do processo<br />

de venda é importante oferecer<br />

o tipo de serviço que a nossa empresa<br />

disponibiliza como uma <strong>das</strong> soluções<br />

viáveis. Quando já foram encontra<strong>das</strong><br />

to<strong>das</strong>, ou quase to<strong>das</strong>, as opções<br />

relaciona<strong>das</strong> com a solução de um<br />

problema, é hora de considerar qual<br />

é a melhor alternativa. O cliente vai<br />

proceder à listagem de todos os prós<br />

e contras de cada solução, considerando<br />

aquela(s) que melhor se adequam<br />

à necessidade identificada.”<br />

Marta Aguilar acredita que “É fundamental<br />

dar apoio à oficina durante<br />

todo o processo. Por isso, na Delphi<br />

acompanhamos e analisamos o tipo<br />

de negócio, a formação dos técnicos,<br />

o tipo de trabalho realizado nas oficinas,<br />

etc., por forma a poder aconselhar<br />

sobre o equipamento que melhor<br />

se adapta às suas necessidades.<br />

Neste sentido e sendo fiéis à nossa<br />

filosofia, trabalhamos em estreita<br />

colaboração com a nossa rede de<br />

distribuição para podermos oferecer<br />

às oficinas as soluções que melhor se<br />

adaptam às suas exigências. Por isso,<br />

para além da nossa vasta gama de<br />

produtos de qualidade OE, oferecemos<br />

uma formação abrangente através<br />

do nosso Centro de Formação e<br />

da recentemente lançada Delphi Technologies<br />

Academy.” l<br />

A MELHOR SOLUÇÃO NÃO É SEMPRE A MAIS BARATA, MAS A QUE PERMITE<br />

UM MAIOR E MAIS RÁPIDO RETORNO. NESSE SENTIDO AS OFICINAS<br />

VALORIZAM PARCEIROS QUE ESTEJAM SEMPRE DISPONÍVEIS<br />

PARA ACONSELHAMENTO E SUPORTE TÉCNICO, MAS QUE EM SIMULTÂNEO<br />

TENHAM PRODUTOS DE QUALIDADE COM UM SERVIÇO DE EXCELÊNCIA<br />

20 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


EQUIPAMENTOS<br />

OFICINAIS<br />

DESAFIOS PARA O FUTURO<br />

Fundamentalmente, o mercado enfrenta desafios como a evolução tecnológica <strong>das</strong> viaturas, concorrência desleal, a<br />

pirataria e/ou produtos de baixa qualidade. Para cada um destes desafios, os distribuidores de equipamentos tentam<br />

encontrar soluções, conforme referem nas opiniões abaixo<br />

António Garrido afirma ”Vivemos<br />

num mundo cada vez mais tecnológico,<br />

mais digital e isso está também<br />

a trazer novos desafios ao setor,<br />

quer ao nível da venda, quer do<br />

serviço pós-venda. As ven<strong>das</strong> online<br />

são cada vez mais uma realidade. Os<br />

serviços de renting de equipamentos<br />

específicos também terão uma palavra<br />

a dizer. No que diz respeito ao<br />

pós-venda, no futuro, teremos mais<br />

equipamentos conectados, muitos<br />

deles com assistência remota, com<br />

avisos de manutenção e avarias em<br />

tempo real, o que vai exigir às empresas<br />

do setor mais investimento em<br />

recursos humanos e materiais por<br />

forma a dar resposta a este desafio.”<br />

José Mira considera que “Os fabricantes<br />

de equipamentos têm<br />

demonstrado capacidade para responder<br />

com enorme rapidez aos<br />

novos desafios apresentados pelos<br />

construtores automóveis. Os distribuidores<br />

de equipamentos devem<br />

ter capacidade para apresentar essas<br />

novas soluções no mercado e, simultaneamente,<br />

propor a renovação de<br />

máquinas cujo estado e cujas prestações<br />

se apresentam, frequentemente,<br />

degrada<strong>das</strong> ou obsoletas.<br />

José Morgado “Gostava de ter uma<br />

“varinha de condão” para adivinhar<br />

qual o futuro do mercado de equipamentos,<br />

mas não é fácil. Desde logo<br />

porque a comercialização de equipamentos<br />

está totalmente alterada, a<br />

montante, desde o período da pandemia<br />

e principalmente com a invasão<br />

Russa da Ucrânia. Com os problemas<br />

globais da economia, os grandes fabricantes<br />

e os mercados mais importantes<br />

na produção de equipamentos,<br />

Asiático, Europeu e Norte-americano,<br />

estão numa transformação estratégica<br />

com aquisições e fusões que vão<br />

acabar por se refletir na distribuição<br />

no mercado português.”<br />

Para Rui Figueira “A pressão da globalização<br />

e do online não vai abrandar,<br />

irá seguramente crescer e obrigar-nos<br />

a acompanhar e a adaptar<br />

os nossos modelos de negócio. A<br />

concentração no fabrico, na distribuição<br />

e até nas redes oficinais é e<br />

será também um desafio crescente.<br />

Em Portugal, dada a nossa pequena<br />

dimensão e permeabilidade ao exterior,<br />

se não encontrarmos forma de<br />

sermos mais produtivos e eficientes e<br />

não oferecermos um serviço de proximidade<br />

junto ao utilizador final,-<br />

teremos seguramente muitas dificuldades<br />

em dominar o mercado.”<br />

Na opinião de Vitor Rocha “O fornecedor<br />

tem de assumir uma parceria<br />

com o seu cliente de forma efetiva,<br />

ajudando-o a crescer. Não podemos<br />

estar focados exclusivamente no<br />

imediato, em fazer a venda a todo<br />

o custo. Temos de ajudar o cliente<br />

a evoluir e a ganhar dinheiro. Para<br />

O MERCADO DE EQUIPAMENTOS OFICINAIS É ALTAMENTE<br />

COMPETITIVO, COM MUITOS FORNECEDORES E FABRICANTES LUTANDO<br />

POR UM LUGAR NO MERCADO. ISSO SIGNIFICA QUE AS EMPRESAS<br />

PRECISAM OFERECER SOLUÇÕES DIFERENCIADAS E DE ALTA QUALIDADE<br />

PARA SE DESTACAR DA CONCORRÊNCIA<br />

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TECNOLOGIAS. RARA É A SEMANA<br />

QUE NÃO SE HOUVE FALAR NUMA<br />

NOVA TECNOLOGIA APLICADA<br />

AO SETOR AUTOMÓVEL<br />

isso temos de o formar e ajudar<br />

a formar as suas equipas de trabalho,<br />

temos de procurar novos<br />

equipamentos e produtos, mais<br />

eficientes e ecológicos, novas áreas<br />

de negócio, etc. No nosso caso em<br />

particular, e antecipando necessidades<br />

futuras, praticamente que<br />

duplicamos os nossos recursos na<br />

área da assistência técnica, quer<br />

ao nível de colaboradores, como<br />

em viaturas dedica<strong>das</strong>. Investimos<br />

ainda num centro de formação,<br />

um espaço 100% dedicado para<br />

apoiar os nossos clientes a prepararem-se<br />

para estas novas realidades.<br />

Continuo a acreditar que,<br />

havendo confiança, fica garantida<br />

a relação comercial, e por isso investimos<br />

muito na relação com os<br />

nossos clientes. Na minha ótica, o<br />

futuro passa pela forma como os<br />

fornecedores vão conseguir interiorizar<br />

a parceria e assumi-la no<br />

seu dia-a-dia.”<br />

Para Rui Bolas “O desafio será o<br />

mercado dos equipamentos oficiais<br />

acompanhar a rapidez dos<br />

novos produtos e novas tecnologias.<br />

Rara é a semana que não se<br />

houve falar numa nova tecnologia<br />

aplicada ao sector automóvel. No<br />

passado a tecnologia surgia nos<br />

chamados topos de gama e era<br />

aplicada de forma faseada nos<br />

restantes modelos até chegar ás<br />

gamas mais baixas. Atualmente é<br />

praticamente transversal a aplicação<br />

dessas novas tecnologias. A<br />

par da aplicação da tecnologia, e<br />

tão ou mais importante, é necessário<br />

formar e qualificar os recursos<br />

humanos para que todo o processo<br />

funcione.<br />

Silvia Sauer refere “Para além da<br />

digitalização, a eletrificação é outro<br />

dos desafios, mas para a qual a<br />

Bosch se tem preparado. Estamos<br />

na linha da frente no desenvolvimento<br />

dos sistemas mais inovadores<br />

e nesse sentido estamos em<br />

vantagem no conhecimento de<br />

todos os pormenores associados<br />

ao seu funcionamento e manutenção.<br />

Por outro lado, a concorrência<br />

é cada vez mais intensa e<br />

existem cada vez mais ofertas e<br />

alternativas. Isso obriga-nos a ser<br />

cada vez mais competitivos, mas<br />

por outro lado, desafia-nos a ser<br />

cada vez melhores e mais competentes,<br />

e a proporcionar uma oferta<br />

mais completa aos clientes.”<br />

Edmundo Costa observa que<br />

“Existe uma grande tentação por<br />

partes de players de diferentes<br />

áreas de começar a vender equipamentos.<br />

Da mesma forma, as<br />

empresas de equipamentos, poderiam<br />

vender peças ou tintas por<br />

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OFICINAIS<br />

exemplo, mas a verdade é que todos<br />

os dias surgem questões com os equipamentos,<br />

e isto obriga a uma grande<br />

especialização por parte de quem<br />

vende, monta e assiste. Dessa forma,<br />

o desafio passa por diferenciar o serviço,<br />

pelo conhecimento técnico, nas<br />

três fases do negócio.”<br />

António Gonçalves identifica vários<br />

desafios “Desde a alteração do tipo<br />

de viaturas, aos proprietários dessas<br />

mesmas viaturas, bem como a condução<br />

autónoma, sendo que por fim<br />

o mercado vai começar a ter outro<br />

tipo de prestadores de serviço. O desafio<br />

é enorme e temos de estar preparados<br />

para as alterações.”<br />

Frederico Abecasis afirma que “A<br />

tendência será a mesma a que já assistimos,<br />

ou seja, os veículos vão estar<br />

cada vez mais protegidos e isso<br />

vai trazer dificuldades adicionais à<br />

oficina independente.”<br />

Para Alberto Rodrigues “O futuro é<br />

cada vez mais difícil de se prever, mas<br />

sem dúvida que as empresas que comercializam<br />

equipamentos têm que<br />

estar muito atentas ao que o mercado<br />

vai necessitar e não o que o mercado<br />

necessita. Para o que o mercado necessita,<br />

certamente já estarão prontas.<br />

Mas para o que o mercado irá<br />

necessitar é que é muito importante.<br />

Temos que estar sempre “um passo<br />

sempre à frente!”<br />

Pedro Santos considera essencial<br />

“A capacidade de manter o foco no<br />

cliente, procurando disponibilizar<br />

sempre os melhores equipamentos<br />

apesar <strong>das</strong> mudanças constantes do<br />

mercado e <strong>das</strong> crescentes exigências<br />

financeiras. Só as empresas sóli<strong>das</strong> e<br />

com bases estrutura<strong>das</strong> poderão encarar<br />

o futuro com tranquilidade.”<br />

Para Paulo Gaspar “O maior desafio<br />

será conseguir corresponder às exigências<br />

dos clientes que têm acesso<br />

a todo o tipo de informação, estando<br />

cada vez mais exigentes com o que<br />

pretendem e quanto estão disponíveis<br />

a pagar.”<br />

Mário Rodrigues refere “Muito se<br />

fala nos desafios online, mas sinceramente<br />

ainda não vejo que essa seja a<br />

solução. A presença física, o diálogo<br />

cara a cara, explicações técnicas dos<br />

equipamentos que são cada vez mais<br />

caros e mais tecnológicos, são fatores<br />

decisivos na venda de equipamentos<br />

para as oficinas. O cliente tem de saber<br />

o que vai comprar e que corresponda<br />

às suas necessidades.”<br />

Na opinião de Alexandre Corricas<br />

“A oferta e cada vez maior que a procura.<br />

As novas tecnologias e a mobilidade<br />

fizeram com que o mercado<br />

se tornasse mais exigente e competitivo.<br />

Os fornecedores de equipamentos<br />

devem ir além da entrega<br />

do equipamento. É importante criar<br />

serviços que gerem valor para as oficinas,<br />

com a prática de métodos inovadores<br />

e sustentáveis.<br />

Por exemplo, no caso <strong>das</strong> viaturas<br />

elétricas que não necessitam de mudanças<br />

de óleo, filtros ou velas, mas<br />

precisam de outro tipo de manutenção,<br />

como travões, pneus e baterias.<br />

Para a realização deste tipo de serviços<br />

é necessário que a oficina esteja<br />

preparada tanto com ferramentas<br />

especializa<strong>das</strong>, como com recursos<br />

humanos com formação na área dos<br />

veículos elétricos. Logo, os fornecedores<br />

de equipamentos deverão antecipar<br />

as necessidades <strong>das</strong> oficinas<br />

e estarem preparados para oferecer<br />

esses equipamentos e serviços.”<br />

Bruno Gonçalves diz “Mais do que<br />

comercializar um equipamento é<br />

necessário garantir pressupostos relacionados<br />

com a formação técnica<br />

por parte de quem vende, bem como<br />

transmitir uma base de confiança sobre<br />

a qualidade do produto e serviço.<br />

Não tenho dúvida que cada vez mais<br />

os clientes olham para o potencial de<br />

um artigo não apenas pelo fator preço,<br />

que naturalmente que tem a sua<br />

importância, mas os critérios de escolha<br />

derivam para a relevância <strong>das</strong><br />

características do artigo, facilidade<br />

de utilização, disponibilidade de formação<br />

técnica e garantia de um bom<br />

serviço de apoio.”<br />

José Bárbara afirma “O mundo, os<br />

mercados, tudo no geral está em evolução<br />

constante, e o setor automóvel<br />

não é exceção. Termos de nos adaptar<br />

às novas realidades, muitas vezes<br />

em curtos espaços de tempo, a novos<br />

modelos que vão surgir, consideramos<br />

que é essa a maior dificuldade<br />

que iremos enfrentar. O consumidor<br />

está cada vez mais exigente e por<br />

consequente as oficinas também,<br />

mas o nosso objetivo continua a ser<br />

o mesmo, correspondendo às necessidades<br />

de quem nos procura.”<br />

Manuel Guedes Martins pensa que<br />

“Num futuro mais ou menos próximo,<br />

apenas as oficinas que possuam<br />

alguma capacidade de gestão, bem<br />

como um permanente acompanhamento<br />

da tecnologia emergente e<br />

dinâmica do respetivo mercado onde<br />

se inserem, irão conseguir adaptar-se<br />

e ter algum sucesso no mercado.” l<br />

A TECNOLOGIA ESTÁ A EVOLUIR RAPIDAMENTE NA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL<br />

E OS EQUIPAMENTOS OFICINAIS PRECISAM DE SE MANTER ATUALIZADOS<br />

PARA ACOMPANHAR ESSAS MUDANÇAS. ISSO SIGNIFICA QUE OS<br />

FORNECEDORES PRECISAM ESTAR SEMPRE ATUALIZADOS E OFERECER<br />

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COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS 2023


OS 7 MAGNÍFICOS!<br />

A FINAL DO CHALLENGE OFICINAS 2023, ESTE ANO DEDICADO ÀS REDES OFICINAIS, CONTOU<br />

COM SETE OFICINAS FINALISTAS, TENDO SIDO A MAIS PARTICIPADA DE SEMPRE. DURANTE UM DIA<br />

INTENSO DE PROVAS, TODAS DEMONSTRARAM EMPENHO, COMPETÊNCIA E CONHECIMENTO,<br />

TENDO O TRIUNFO SORRIDO À AUTO ESTEVES, DE VIANA DO CASTELO


O<br />

Challenge <strong>Oficinas</strong> voltou a desafiar pelo 6º<br />

ano, as oficinas de Portugal a participarem<br />

numa competição cujo o objetivo, para<br />

além de eleger um vencedor, foi também uma forma<br />

de divulgar e promover o conceito <strong>das</strong> redes<br />

oficinais, que atualmente estão em grande fase de<br />

expansão nacional. As sete oficinas apura<strong>das</strong> para<br />

a Final representaram no seu conjunto o modelo<br />

de negócio promovido pelas redes oficinais, o qual<br />

assenta no trabalho de equipa, partilha de conhecimentos,<br />

recursos e boas práticas. Através desta<br />

competição, pretendemos mostrar como as redes<br />

de oficinas podem trazer vantagens significativas<br />

para os profissionais do setor, como acesso a formação<br />

especializada, suporte técnico, marketing e<br />

maior visibilidade no mercado.<br />

Foi muito gratificante ver o empenho de todos os<br />

profissionais presentes, que se envolveram de corpo<br />

e alma na execução dos exercícios em competição.<br />

Para efetivar toda a operação logística, o Challenge<br />

<strong>Oficinas</strong> contou com os apoios da T Academy,<br />

cujos conhecimentos e experiência foram cruciais<br />

para garantir um processo de avaliação justo e<br />

transparente, da Tips4y, que disponibilizou a plataforma<br />

DataDrive para as equipas concorrentes<br />

executarem os exercícios, assim como da Pro4Matic,<br />

que voltou a disponibilizar o seu magnífico espaço<br />

para a realização da Competição. Vários responsáveis<br />

<strong>das</strong> redes oficinais nacionais estiveram<br />

também presentes, apoiando as suas equipas.<br />

Participação ativa dos patrocinadores<br />

Nesta edição, a Competição Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

contou com seis patrocinadores: a Valvoline, Tirso<br />

Pneus, SKF, Yuasa, Bahco e Dayco. O seu apoio<br />

e investimento foram fundamentais para que o<br />

A COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS É UMA INICIATIVA<br />

QUE vaLORIZA O SETOR OFICINAL. FAZER Parte DESTE PROJETO<br />

SIGNIFICA ParticiPAR NUMA IDEIA COMUM QUE COLOCA as OFICINAS<br />

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28 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PATROCINADORES ><br />

1 2<br />

3<br />

1 A Auto Esteves (rede CGA) de Viana do Castelo, classificou-se em primeiro<br />

lugar, sendo constituída por Susete Brito, Marco Ivo Esteves e João Varajão<br />

2 A Auto Rina (rede BCS) de Viseu, classificou-se em segundo lugar, sendo<br />

constituída por Filipe Antunes, José Cardoso e Lídia Jorge<br />

3 A oficina Auto Repair & Go (rede RecOficial) de Braga, classificou-se em<br />

terceiro lugar, sendo constituída por Daniel Silva, Carlos Silva e José Mourato.<br />

evento fosse um sucesso. Durante toda a jornada,<br />

os responsáveis <strong>das</strong> empresas patrocinadoras<br />

acompanharam os trabalhos <strong>das</strong> equipas e apresentaram<br />

os seus mais recentes produtos, proporcionando<br />

assim uma experiência ainda mais enriquecedora<br />

a todos os participantes. O facto desta<br />

Competição reunir tantos patrocinadores, cujos<br />

responsáveis estiveram pessoalmente envolvidos<br />

na iniciativa, partilhando a experiência com os<br />

concorrentes, foi uma mais valia para o evento, e<br />

o reconhecimento da sua importância para as oficinas<br />

de rede.<br />

Espírito de equipa<br />

Cada oficina esteve presente com os seus melhores<br />

colaboradores, que demonstraram um grande empenho<br />

na execução dos diversos exercícios e foram<br />

os grandes protagonistas desta edição do Challenge<br />

<strong>Oficinas</strong>. As sete oficinas presentes na grande<br />

final foram:<br />

Shift Auto, da rede aserAUTO<br />

Auto Paulo & Armanda, da rede Auto Check Center<br />

Auto Rina, da rede Bosch Car Service<br />

Auto Esteves, da CGA<br />

Gocarmat Carnaxide, da Gocarmat<br />

Auto Repair & Go, da rede RecOficial<br />

Hemoauto, da rede TOPCAR<br />

Estão todos de parabéns, em primeiro lugar por<br />

terem tido a coragem de enfrentar este desafio e<br />

terem sido selecionados para a Grande Final, e em<br />

segundo lugar pelo empenho e entusiasmo que<br />

demonstraram ao longo de todo o dia de provas,<br />

num ambiente cheio de pressão, mas também de<br />

muito convívio e partilha de experiências e conhecimentos.<br />

Todos demonstraram um alto nível de<br />

profissionalismo, espírito de equipa e paixão pelo<br />

trabalho que desempenham.<br />

O exercício pedido às equipas retratava o dia a dia<br />

<strong>das</strong> oficinas, com os problemas que não estão previstos<br />

a surgir, como a ausência repentina de um<br />

técnico ou falta de material. Além disso, o sintoma<br />

com o qual o veículo entrou ou foi diagnosticado,<br />

não é muitas <strong>das</strong> vezes o que o técnico vai encontrar<br />

durante a reparação. E isso faz com que haja,<br />

permanentemente, uma mudança de planeamento.<br />

Sendo o planeamento fundamental na organização<br />

da oficina, foi isso que preparámos para<br />

a Final desta competição, pois é o processo que<br />

permite avaliar melhor o desempenho da oficina.<br />

Quem conseguisse durante as oito horas de trabalho<br />

ter mais margem bruta, ganhava a competição.<br />

O grande vencedor foi a Auto Esteves (rede CGA)<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 29


AS SETE OFICINAS FINALISTAS, ORGANIZADas EM EQUIPAS<br />

DE TRÊS ELEMENTOS, MOSTRARAM ESTAR À altURA DOS DESAFIOS<br />

QUE LHES FORAM PROPOSTOS, TENDO CONSEGUIDO RESOLVER<br />

COM EFICIÊNCIA as DIVERSAS PROVAS EM DISPUTA<br />

de Viana do Castelo, que teve como elementos da<br />

equipa: Marco Ivo Esteves, Susete Brito e João<br />

Varajão. Em segundo lugar classificou-se a Auto<br />

Rina (rede BCS) de Viseu, com Filipe Antunes,<br />

José Cardoso e Lídia Jorge. No 3º lugar do pódio<br />

ficou a oficina Auto Repair & Go (rede RecOficial)<br />

de Braga, que esteve presente com Daniel Silva,<br />

Carlos Silva e José Mourato.<br />

Balanço positivo<br />

No balanço desta sexta edição, Jorge Zózimo, presidente<br />

do Júri, referiu que “O Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

voltou a fomentar o espírito competitivo saudável<br />

entre as oficinas e promoveu o trabalho em equipa.<br />

Entusiasmaram-se os colaboradores para um desafio<br />

onde as oficinas tiveram todo um caminho para<br />

evoluir. Elevar a qualidade nas oficinas independentes<br />

foi o que tentamos fazer nesta competição.<br />

Este foi o grande objetivo da autoavaliação inerente<br />

a esta competição que é já um evento incontornável<br />

no panorama do aftermarket nacional”.<br />

Pedro Barros, CEO da Tips4y referiu “Esta é para<br />

mim uma <strong>das</strong> iniciativas mais importantes realiza<strong>das</strong><br />

no nosso mercado, e para as oficinas em<br />

particular, que reconhece talento na gestão. Temos<br />

excelentes técnicos proprietários de oficinas<br />

que não se consideram empresários porque sentem<br />

uma lacuna na área da gestão, faltando-lhes<br />

a orientação para gerar lucro e um sentido de<br />

visão que lhes permita diferenciar o seu negócio.<br />

O sucesso da atividade de reparação, sendo um<br />

negócio de serviços que vende horas, está na sua<br />

produtividade e eficiência, nas horas que compra<br />

e que vende, no seu planeamento, na antecipação<br />

que pode fazer a todos os níveis. O Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

vem precisamente premiar os melhores na<br />

arte de bem gerir uma oficina e todos desejamos<br />

melhores oficinas.”<br />

João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, referiu<br />

no final que “o trabalho feito para oferecer um<br />

Challenge <strong>Oficinas</strong> com mais oficinas finalistas,<br />

num espaço renovado para receber as equipas e<br />

patrocinadores ficou justificado com as palavras<br />

de encorajamento dos participantes que apreciaram<br />

o desenrolar da Competição e o ambiente de<br />

convívio e troca de experiências e conhecimentos.<br />

Um agradecimento especial aos patrocinadores<br />

que mantêm o apoio a esta iniciativa que destaca<br />

e mostra a todo o aftermarket, o melhor de cada<br />

oficina e <strong>das</strong> respetivas redes”. l<br />

DataDRIVE: SOLUÇÃO PENSADA PARA as OFICINAS<br />

A Tips4y, tal como aconteceu nas<br />

anteriores edições do Challenge <strong>Oficinas</strong>,<br />

voltou a disponibilizar a sua plataforma<br />

DataDrive. Assim, todos os exercícios<br />

realizados durante a final da competição<br />

Challenge <strong>Oficinas</strong> 2023 tiveram como<br />

base a solução DataDrive, que permitiu<br />

elaborar os orçamentos <strong>das</strong> operações<br />

de manutenção e reparação, com a<br />

máxima rapidez e rigor. Chama-se uma<br />

plataforma porque centraliza num<br />

único sítio to<strong>das</strong> as funcionalidades que<br />

permitem acompanhar a jornada da<br />

reparação do princípio ao fim. A oficina<br />

consegue orçamentar com base nos dados<br />

dos construtores automóveis, agendar a<br />

reparação, receber a viatura, adicionar<br />

um pacote de serviço, encomendar as<br />

peças, utilizar a informação técnica e se<br />

necessário abrir um ticket no call center<br />

técnico, sendo que por fim pode faturar o<br />

orçamento no programa de faturação.<br />

Estas abordagens permitem que o<br />

DataDrive seja um verdadeiro “painel<br />

de controlo” sobre o que se passa na<br />

oficina em relação ao negócio corrente, e<br />

sobretudo, na visão de futuro, justamente<br />

com base nos referidos indicadores.<br />

Basicamente, os gestores oficinais<br />

(utilizadores) têm a oportunidade de<br />

concentrar num único instrumento to<strong>das</strong><br />

as tarefas e dados mais importantes da sua<br />

agenda de trabalhos, incluindo a vertente<br />

de relação com fornecedores, parceiros e<br />

clientes finais.<br />

O DataDrive é uma solução pensada<br />

em conjunto com as oficinas, e para as<br />

oficinas, e pretende ser um driver para<br />

gerar conhecimento estratégico para o<br />

seu negócio. A plataforma traz uma nova<br />

experiência de gerir a informação de<br />

forma intuitiva e organizada, mas também<br />

customizada para cada cliente, procurando<br />

trazer uma nova forma de gerirem o seu<br />

negócio.<br />

Com os olhos postos no futuro, a Tips4y<br />

está a fazer um investimento significativo<br />

em soluções de ponta de CRM e de call<br />

center digital, por forma a acompanhar o<br />

seu crescimento de forma eficiente e com<br />

o objetivo claro de proporcionar sempre<br />

a melhor experiência aos nossos clientes.<br />

Em termos de produto está a migrar a<br />

tecnologia utilizada pelas suas equipas<br />

de desenvolvimento para tecnologias<br />

Mobile. Com mais de 1.000 clientes em<br />

carteira tem projetado para este ano<br />

passar a fasquia dos 2M€, onde o mercado<br />

internacional começa a ganhar cada vez<br />

maior relevância.<br />

30 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PATROCINADORES ><br />

REDES DE OFICINAS CONTINUAM A CRESCER<br />

Desde o início do ano já foram criados em Portugal seis<br />

novos conceitos de redes oficinais e a tendência é para<br />

continuar. Hoje em dia um distribuidor ou retalhista de<br />

média dimensão pode criar uma rede de oficinas, mas<br />

antes tem de criar uma estrutura para dar o apoio que<br />

o cliente oficina necessita. Não basta ter uma pessoa<br />

em teletrabalho para atender o telefone. As redes de<br />

oficinas, terão que começar a pensar como estavam<br />

organizados os importadores de automóveis e dar esse<br />

passo em frente. Existe ainda um grande caminho<br />

para as redes, onde o conhecimento da realidade do<br />

mercado e <strong>das</strong> futuras tendências é vital.<br />

Agora e cada vez mais faz sentido uma oficina<br />

independente integrar uma rede oficinal, as principais<br />

grandes vantagens são o acesso a informação<br />

técnica dos fabricantes, formação continua, acordos<br />

mais vantajosos com a maioria dos fornecedores,<br />

acesso a uma imagem corporativa, ter um plano de<br />

comunicação, ajuda no marketing local e regional,<br />

ajuda em ferramentas de gestão, acordos com as<br />

gestoras de frotas nacionais ou internacionais,<br />

campanhas especiais de pós-venda com preços<br />

fechados, ajuda no processo da digitalização, ajuda na<br />

compra de equipamentos para modernizar a oficina<br />

e atrair mais clientes, ferramentas ou programas de<br />

fidelização do cliente (“call-center”) mais abrangentes,<br />

assessoria jurídica e ambiental, acesso a sistemas de<br />

satisfação do cliente, programas de orçamentação,<br />

programas de crédito ao cliente final, programas<br />

de satisfação de clientes, viaturas de substituição,<br />

garantia dos serviços de reparação prestados em to<strong>das</strong><br />

as oficinas da rede, ou seja, oferecer mais serviços<br />

diversificados ao cliente final.<br />

As redes devem privilegiar a relação oficina-retalhistadistribuidor,<br />

permitindo que o elo intermédio desta<br />

cadeia, tantas vezes menosprezado, possa ganhar<br />

rentabilidade com a adesão dos seus clientes. A<br />

formação técnica é um pilar <strong>das</strong> redes oficinais, até<br />

devido ao facto de estarmos perante um ciclo de<br />

evolução sem precedentes no que toca à tecnologia<br />

automóvel. Para além da resposta a veículos que<br />

hoje estão a enfrentar a sua primeira manutenção ou<br />

reparação, a verdade é que também já há resposta para<br />

tecnologias automóveis que possam ser necessárias a<br />

curto ou médio prazo numa qualquer oficina nacional.<br />

Para além da óbvia presença através de site, páginas<br />

de redes sociais e nos meios de comunicação<br />

especializados, há que destacar a importância de ter<br />

uma App que permite a qualquer proprietário marcar<br />

reparações ou manutenções na sua viatura bem<br />

como falar diretamente com a sua oficina de eleição.<br />

A oficina que se junte a uma rede tem normalmente<br />

objetivos de compra de produto, que são premiados<br />

através de «rappel».<br />

A SEXTA EDIÇÃO DO CHALLENGE OFICINAS FOI A MAIS<br />

PARTICIPADA E COMPETITIVA DE TODAS ATÉ AGORA REALIZADAS.<br />

A ELEVADA QUALIDADE DAS OFICINAS FINALISTAS FEZ CRESCER<br />

O NÍVEL DA COMPETIÇÃO, QUE TEVE UMA EVOLUÇÃO POSITIVA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 31


PATROCINADORES ><br />

REPARAÇÕES DE VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

COMO AFETAM<br />

A OFICINA?


A CHEGADA DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS IRÁ MUDAR CERTAMENTE O DIA A DIA DA OFICINA.<br />

EXISTEM REGULAMENTOS QUE AS OFICINAS DEVEM TER EM CONSIDERAÇÃO<br />

A FIM DE REALIZAREM TRABALHOS NOS VEÍCULOS ELÉTRICOS COM SEGURANÇA,<br />

E QUE ESTÃO DEFINIDOS NOS DECRETOS-LEI 144/2012 E 90/2014<br />

O<br />

aspeto mais importante referido por<br />

estes Decretos é que o mecânico tem de<br />

possuir qualificações adequa<strong>das</strong> para<br />

trabalhar em veículos elétricos. Por outro<br />

lado, os veículos possuem uma regulamentação<br />

específica. Qualquer veículo eletrificado<br />

vendido na Europa tem de cumprir o Regulamento<br />

n.º 100 da Comissão Económica <strong>das</strong> Nações Uni<strong>das</strong><br />

para a Europa (UNECE, na sigla inglesa), que estabelece<br />

os requisitos para a homologação do seu sistema<br />

elétrico e para que funcione de forma segura para<br />

os utilizadores. Além disso, um aspeto muito importante<br />

do ponto de vista da oficina é que este Regulamento<br />

delimita que, a partir de 30 V em corrente<br />

alterna e 60 V em corrente contínua, em termos de<br />

valor eficaz, considera-se alta tensão. Portanto, como<br />

os sistemas elétricos dos veículos eletrificados superam<br />

os 60 V em corrente contínua, devemos ter em<br />

conta que estamos a trabalhar com alta tensão. Deste<br />

modo, o dia a dia <strong>das</strong> oficinas será afetado por estas<br />

exigências em maior ou menor medida, em função<br />

do trabalho nestes veículos. Por exemplo, qualquer<br />

oficina dedicada à reparação de chapa e pintura terá<br />

de incluir, entre os seus funcionários, um trabalhador<br />

autorizado a realizar operações básicas e habituais,<br />

tais como a eliminação de tensão do veículo,<br />

ao passo que qualquer oficina dedicada a reparações<br />

mecânicas terá de incluir a figura de um trabalhador<br />

qualificado, uma vez que certas operações deste tipo<br />

implicam trabalhar com risco elétrico.<br />

Trabalhar com Veículos elétricos<br />

Ao lidar na oficina com veículos com alta tensão<br />

- de acordo com o referido Regulamento n.º 100<br />

da UNECE - existem operações que garantem a<br />

segurança antes de abordarmos determina<strong>das</strong><br />

reparações. Em que consistem estas operações,<br />

denomina<strong>das</strong> como “eliminar a tensão” do veículo?<br />

O objetivo <strong>das</strong> mesmas é eliminar a presença<br />

de tensão nas partes ativas do veículo, como por<br />

exemplo, o inversor ou o motor elétrico. Para isso,<br />

em primeiro lugar, desliga-se a ignição do veículo,<br />

desligando a bateria auxiliar (12 V). Em função do<br />

veículo, será necessário desligar um fusível ou um<br />

interruptor na caixa de fusíveis. Será necessário<br />

ter sempre em conta estas diretrizes para colocar o<br />

veículo em segurança, as quais podem ser descritas<br />

como “as 5 regras de ouro”:<br />

As 5 regras de ouro:<br />

1. Desligar.<br />

2. Impedir qualquer possível fornecimento<br />

de alimentação elétrica.<br />

3. Verificar a ausência de tensão.<br />

4. Estabelecer ligação à terra e pôr em<br />

curto-circuito.<br />

5. Proteger contra elementos próximos em tensão,<br />

se necessário, e implementar uma sinalização<br />

de segurança para delimitar a zona de trabalho.<br />

As regras anteriores são aplicáveis, genericamente,<br />

a qualquer instalação elétrica. No caso de um veículo<br />

elétrico, não é necessário estabelecer a ligação<br />

à terra e pô-lo em curto-circuito, uma vez que o<br />

circuito de alta tensão é um circuito fechado. Mas,<br />

colocará a questão, tenho de pôr em segurança<br />

qualquer veículo que entre na oficina? A resposta é<br />

claramente não. Esta operação deve ser considerada<br />

quando se vão realizar intervenções no veículo que<br />

impliquem um risco elétrico, pelo que, em operações<br />

básicas como manutenções, ou durante o processo<br />

de pintura do veículo, não será necessário. É<br />

muito importante, quando realizamos a colocação<br />

em segurança, e enquanto não se verifica a ausência<br />

de tensão nas zonas ativas, que o funcionário da<br />

oficina utilize equipamentos de proteção individual<br />

(EPI) específicos para o risco elétrico: proteções<br />

faciais e oculares, luvas dielétricas, vestuário de<br />

proteção, ferramentas isola<strong>das</strong>, etc. Estes materiais<br />

têm de cumprir os regulamentos associados e estar<br />

preparados para trabalhar com as tensões exigi<strong>das</strong><br />

pelo veículo. Banca<strong>das</strong> de trabalho, gruas de oficina,<br />

etc., são ferramentas já habituais nas oficinas. Mas<br />

o veículo elétrico integra componentes de maior<br />

volume e peso, como a bateria de alta tensão (350<br />

- 600 kg). Portanto, é necessário outro tipo de ferramentas<br />

para lidar com estas baterias. Entre estas<br />

constam as mesas elevatórias, que nos permitem<br />

abordar operações de substituição ou reparação de<br />

baterias (precisamos de separar a bateria do veículo)<br />

com facilidade e segurança. l<br />

A CHEGADA DO VEÍCULO ELÉTRICO IMPLICARÁ MUDANÇas<br />

EM TODOS OS asPETOS, TANTO PARA O UTILIZADOR COMO PARA<br />

A PRÓPRIA OFICINA, QUE NECESSITA DE adaPTAR OS SEUS PROCESSOS<br />

DE TRABALHO E as FERRAMENTas<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 33


VARTA – SPONSOR CAMPANHA E-MOBILITY<br />

VE VÃO TRAZER NOVAS<br />

OPORTUNIDADES<br />

PARA QUEM SOUBER<br />

ADAPTAR-SE<br />

ROCIO FERNANDEZ<br />

DIRETORA DE MARKETING<br />

NA VARTA IBERIA<br />

A<br />

VARTA tem como um dos seus valores fundamentais<br />

o compromisso com a sustentabilidade<br />

e a preservação do meio ambiente e, nesse<br />

contexto, decidiu patrocinar a campanha E-Mobility.<br />

Rocio Fernandez, Diretora de Marketing na VARTA<br />

Iberia considera que iniciativas como esta são fundamentais<br />

para promover a consciencialização e a<br />

formação dos profissionais do setor, preparando-os<br />

para as novas tecnologias e desafios que surgem com<br />

a chegada dos veículos Start-Stop, híbridos e elétricos.<br />

Com esta colaboração, pretende reforçar o seu<br />

compromisso com a inovação, demonstrando a sua<br />

aposta no mercado de mobilidade elétrica com a bateria<br />

VARTA Silver Dynamic AGM, especialmente<br />

concebida para veículos xEV<br />

Como define o conceito E-Mobility e de que<br />

forma a VARTA está a contribuir para esta nova<br />

mobilidade?<br />

Na VARTA, entendemos a E-Mobility como uma<br />

A VARTA ACREDITA<br />

QUE O PÓS-VENDA<br />

INDEPENDENTE<br />

VAI DESEMPENHAR UM<br />

PAPEL VITAL NO SUCESSO<br />

FUTURO DOS VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS. MAS PARA<br />

ISSO, AS OFICINAS TÊM<br />

DE REPOSICIONAR-SE<br />

DESDE JÁ, A FIM<br />

DE GARANTIR O SEU<br />

SUCESSO NO FUTURO<br />

mudança em direção a um estilo de vida mais sustentável<br />

e ecológico, em que a redução da emissão<br />

de CO2 e a preservação do meio ambiente são fundamentais<br />

para garantir um futuro próspero. Como<br />

líderes na indústria de baterias, estamos comprometidos<br />

em fornecer soluções inovadoras e eficientes<br />

para apoiar essa transição. Por isso, desenvolvemos<br />

a bateria Silver Dynamic AGM para veículos xEV<br />

em colaboração com os principais fabricantes de<br />

veículos, que representa um grande avanço em termos<br />

de eficiência energética e desempenho.<br />

Quais os fatores que estão a impulsionar o crescimento<br />

da E-Mobility?<br />

O desenvolvimento da E-Mobility é resultado da<br />

combinação de vários fatores, como a crescente<br />

preocupação ambiental, as políticas governamentais<br />

de incentivo à mobilidade elétrica, o aumento<br />

da oferta de modelos de veículos elétricos e a<br />

consciencialização dos consumidores sobre os be-<br />

34 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PATROCINADORES ><br />

nefícios da mobilidade elétrica, como a economia<br />

de combustível e a redução da pegada de carbono.<br />

Estas tendências estão a acelerar a transição para<br />

a E-Mobility, e é por isso essencial que nos preparemos<br />

de forma responsável e comprometida para<br />

enfrentar as mudanças iminentes.<br />

Que impacto vai ter a E-Mobility no pós-venda<br />

automóvel?<br />

A transição para a E-Mobility terá um grande impacto<br />

na indústria automóvel em geral, incluindo o<br />

pós-venda. Com a crescente adoção de veículos híbridos<br />

e elétricos, haverá uma mudança na procura<br />

por serviços de manutenção e reparação de automóveis,<br />

uma vez que estes veículos possuem uma mecânica<br />

diferente dos motores de combustão interna. O<br />

pós-venda também terá novas necessidades relaciona<strong>das</strong><br />

com a manutenção e reparação de baterias e<br />

sistemas elétricos, que serão cruciais para garantir o<br />

desempenho destes novos veículos. Além disso, com<br />

o aumento da conectividade dos veículos elétricos,<br />

as oficinas também têm de estar prepara<strong>das</strong> para<br />

lidar com atualizações de software e diagnósticos<br />

remotos. Em conclusão, a transição para a E-Mobility<br />

vai trazer muitos novos desafios e oportunidades<br />

para a indústria automóvel e para o pós-venda<br />

em particular, e é importante que as empresas se<br />

adaptem e invistam em tecnologias e formação para<br />

atender às novas necessidades dos clientes. Como<br />

fabricantes comprometidos, na VARTA reconhecemos<br />

a importância de apoiar os distribuidores e<br />

as oficinas na aquisição desses conhecimentos. Por<br />

isso, fornecemos as ferramentas necessárias para<br />

oferecer serviços especializados e de qualidade.<br />

O que devem as oficinas fazer para estarem prepara<strong>das</strong><br />

e atualiza<strong>das</strong> para a E-Mobility?<br />

Para se prepararem para a chegada da E-Mobility,<br />

é imperativo que as oficinas invistam em formação<br />

especializada em veículos elétricos e híbridos, a<br />

fim de compreender to<strong>das</strong> as especificações da sua<br />

mecânica e eletrónica. Também é importante que<br />

invistam em equipamentos e ferramentas específicas<br />

para lidar com a manutenção e reparação de<br />

baterias e sistemaselétricos, além de equipamentos<br />

de diagnóstico que permitam a leitura dos códigos<br />

de falha dos veículos elétricos. Ao adotar essas medi<strong>das</strong>,<br />

as oficinas estarão melhor prepara<strong>das</strong> para<br />

atender às necessidades dos clientes com veículos<br />

elétricos e híbridos, o que pode aumentar a sua<br />

reputação e atrair mais clientes, dando-lhes uma<br />

vantagem competitiva no mercado. Na VARTA,<br />

também disponibilizamos vídeos e formações online<br />

e presenciais para explicar aos nossos clientes<br />

como esta evolução afeta as baterias.<br />

Que novos serviços podem surgir nas oficinas<br />

com a E-Mobility?<br />

Com a chegada da E-Mobility, está claro que surgirão<br />

novos serviços nas oficinas. Tais serviços podem<br />

incluir a reparação e substituição de baterias,<br />

bem como a instalação de sistemas de carregamento<br />

para veículos elétricos. Também pode haver<br />

uma maior procura por serviços de diagnóstico e<br />

atualização de software para sistemas eletrónicos<br />

e de conectividade de veículos. Além disso, as oficinas<br />

podem oferecer serviços de aconselhamento<br />

e orientação aos clientes na escolha de veículos<br />

elétricos e na instalação de carregadores em casa<br />

ou no trabalho. Em resumo, a E-Mobility abre novas<br />

oportunidades para as oficinas, que devem ser<br />

aproveita<strong>das</strong> e prepara<strong>das</strong> desde já.<br />

Considera que o pós-venda independente pode<br />

desempenhar um papel vital no sucesso futuro<br />

dos veículos elétricos?<br />

Na VARTA acreditamos que o pós-venda independente<br />

vai desempenhar um papel vital no sucesso<br />

futuro dos veículos elétricos. Mas para isso, as<br />

oficinas têm de reposicionar-se desde já, a fim de<br />

A LINHA DE PRODUTOS<br />

VARTA XEV ABRANGE<br />

97% DOS VEÍCULOS<br />

DO SEGMENTO XEV,<br />

E PROPORCIONA<br />

UM DESEMPENHO<br />

EXCECIONAL, POTÊNCIA<br />

CONSTANTE E TOTAL<br />

SEGURANÇA PARA TODOS<br />

OS VEÍCULOS<br />

DO UNIVERSO XEV<br />

garantir o seu sucesso no futuro. O carro elétrico<br />

vai trazer novas oportunidades para aqueles que<br />

souberem adaptar-se. Portanto, é de extrema importância<br />

que os mecânicos e restantes funcionários<br />

<strong>das</strong> oficinas recebam a devida formação sobre<br />

o funcionamento dos veículos elétricos e híbridos.<br />

Como é constituída a gama atual de produtos<br />

VARTA para veículos elétricos?<br />

A gama atual de produtos VARTA para veículos<br />

elétricos inclui a bateria Silver Dynamic AGM, especialmente<br />

concebida para veículos Start-Stop,<br />

híbridos e elétricos. Esta bateria, que trabalha em<br />

perfeita harmonia com as baterias de alta voltagem,<br />

utiliza a tecnologia de fibra de vidro absorvente<br />

(AGM) para proporcionar uma capacidade<br />

de armazenamento de energia otimizada e uma<br />

vida útil mais longa. A linha de produtos VARTA<br />

xEV abrange 97% dos veículos do segmento xEV, e<br />

proporciona um desempenho excecional, potência<br />

constante e total segurança para todos os veículos<br />

do universo xEV.<br />

E como vai ser a evolução da gama dos produtos<br />

VARTA para veículos elétricos?<br />

A gama de produtos VARTA para veículos elétricos<br />

continuará a evoluir de acordo com as necessidades<br />

e expansão do setor. Com o aumento do parque<br />

de veículos elétricos, a procura por baterias de alta<br />

qualidade e eficiência também aumentará. Na Clarios,<br />

fabricante <strong>das</strong> baterias VARTA, temos a sorte<br />

de trabalhar em estreita colaboração com os principais<br />

fabricantes OE (Equipamento Original), pelo<br />

que já estamos a desenvolver soluções avança<strong>das</strong> e<br />

inovadoras que chegarão ao mercado pós-venda.<br />

Como pode uma empresa como a VARTA ajudar<br />

as oficinas a prepararem-se para o futuro da<br />

E-Mobility?<br />

Graças ao questionário que lançámos em abril em<br />

Portugal, intitulado “<strong>Oficinas</strong> e as Novas Tecnologias<br />

de Veículos”, a VARTA é consciente de que a<br />

maioria <strong>das</strong> oficinas portuguesas ainda não está<br />

totalmente preparada para lidar com a manutenção<br />

de veículos elétricos. Os resultados evidenciam<br />

a necessidade de formar os mecânicos para que<br />

possam cumprir com as necessidades atuais e futuras.<br />

Com isto em mente, estamos a desenvolver<br />

programas de formação específicos no VARTA<br />

Partner Portal para fornecer aos mecânicos o conhecimento<br />

necessário para selecionar a bateria<br />

adequada para cada veículo xEV e garantir que as<br />

funções de conforto, eficiência e segurança funcionem<br />

corretamente. À medida que a tecnologia dos<br />

veículos continue a evoluir, a VARTA irá ajustar<br />

continuamente os seus programas de formação<br />

para garantir que as oficinas estejam atualiza<strong>das</strong><br />

e capacita<strong>das</strong> para atender às necessidades destas<br />

novas tecnologias. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 35


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

DELPHI TECHNOLOGIES ACADEMY<br />

AJUDA TÉCNICOS<br />

A Delphi Technologies Academy é uma plataforma de e-learning que ajuda os<br />

técnicos a aprimorar os seus conhecimentos e a ficarem a par dos mais recentes<br />

avanços tecnológicos. Cada curso do extenso plano de treino da Delphi Academy<br />

é projetado para atender às necessidades de um público amplo, de estagiários<br />

a técnicos seniores. Graças aos mais de 50 módulos de conteúdo audiovisual e<br />

interativo, que serão gradualmente ampliados, os alunos adquirem os conhecimentos<br />

mais recentes em: veículos híbridos e elétricos; sistemas elétricos de<br />

veículos; equipamentos de diagnóstico e sistemas ADAS.<br />

ANA CASTRO<br />

É A NOVA RESPONSÁVEL<br />

CONTITECH PARA PORTUGAL<br />

A<br />

Continental<br />

anunciou a integração da Ana Castro como Area Sales Manager para a<br />

Continental ContiTech – divisão de PTG para o mercado português. Com formação<br />

em Engenharia, Ana Castro vai dar continuidade ao excelente trabalho realizado<br />

pelo João Cardoso, agora noutra divisão da Continental, sendo responsável pelo desenvolvimento<br />

do mercado português. Ana Castro, suportada pelo resto da equipa da ContiTech<br />

Iberia, pretende acrescentar valor aos parceiros de negócio. Para Ana Castro “É com uma<br />

enorme satisfação e expectativa que abraço este novo desafio…Espero contribuir de forma<br />

muito positiva para esta grande equipa! Com toda a certeza, afirmo que darei o meu melhor<br />

todos os dias para que o trabalho entre todos, seja um sucesso. Não tenho dúvi<strong>das</strong> que<br />

o futuro é muito risonho para todos nós. Obrigada pela confiança”.<br />

ROADSHOW MIDAS FRANCHISING<br />

COM MUITA ADESÃO<br />

O primeiro Roadshow Mi<strong>das</strong> Franchising ocorreu em Lisboa, no passado dia<br />

22 de junho de 2023, e ficou marcado pela grande adesão e entusiasmo de<br />

todos os participantes. Contando com a presença de potenciais investidores e<br />

representantes <strong>das</strong> entidades promotoras, a sessão foi conduzida pelo Gestor<br />

de Expansão da marca, Pedro Soares, e consistiu na apresentação do projeto<br />

de franquia Mi<strong>das</strong> e no esclarecimento personalizado de to<strong>das</strong> as questões<br />

levanta<strong>das</strong>. Perante a receção a esta iniciativa, a Mi<strong>das</strong> decidiu já avançar com<br />

novas sessões deste. Roadshow, em locais e datas a confirmar. Assim, quem tiver<br />

interesse em saber mais sobre as oficinas Mi<strong>das</strong> e a sua franquia, apenas terá de<br />

ficar atento. Brevemente serão abertas as novas inscrições, em número limitado.<br />

É a oportunidade dada pela marca para que os potenciais investidores conheçam<br />

de perto a chave para o sucesso.<br />

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36 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


CELEBRA 20 ANOS COM ENCONTRO DE CENTROS<br />

VALORCAR | Decorreu a 22 de junho, no Plaza Ribeiro Telles, em Vila Franca de Xira, o encontro anual da<br />

Valorcar, que foi uma jornada de trabalho e também de celebração dos vinte anos de atividade como entidade<br />

gestora de veículos e baterias em fim de vida. O propósito deste Encontro foi apurar as novas tendências do setor,<br />

abordar os avanços na área do Ambiente, enumerar os marcos históricos da vida da entidade e os objetivos<br />

que a Valorcar se propõe a atingir no futuro. Hélder Pedro, da administração da Valorcar deu as boas vin<strong>das</strong> aos<br />

participantes e destacou os principais eixos de atuação, designadamente a aposta na valorização <strong>das</strong> pessoas,<br />

com a realização de ações de formação dos colaboradores dos centros da rede Valorcar. Outro fator importante<br />

para o desenvolvimento da atividade da entidade é a digitalização dos processos e a adaptação dos centros para<br />

a recolha <strong>das</strong> baterias dos veículos elétricos. Hélder Pedro alertou também para a necessidade do pagamento<br />

do ecovalor ser também exigido aos veículos usados importados, que só no ano passado atingiram as 113.000<br />

unidades, representando 75% dos veículos colocados no mercado.<br />

CHEGA À PÓVOA DE SANTA IRIA<br />

NEXUS SHOP | A Krautli Portugal continua a dinamizar o conceito Nexus Shop<br />

(N!SHOP) com os seus parceiros, desta vez em Póvoa de Santa Iria com a adesão da<br />

Referência Virtual. A Referência Virtual é uma empresa dedicada ao retalho de peças auto,<br />

com a visão e dinamismo essenciais para proporcionar aos seus clientes soluções chave<br />

na evolução e profissionalização <strong>das</strong> oficinas do futuro. Parceiro de longa data da Krautli<br />

Portugal, a Referência Virtual é uma NEXUS SHOP chave na dinamização e desenvolvimento<br />

dos conceitos oficinais: Nexus Auto (premium) e Profissional Plus (modular),<br />

abandeirados pela Nexus e com uma forte componente de formação e apoio técnico<br />

qualificado assim como um conjunto de soluções de fidelização desenvolvi<strong>das</strong> à medida<br />

dos seus clientes.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 37


A qu al idad e está no no ss o ad n<br />

NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

BILSTEIN<br />

COMEMORA 150 ANOS<br />

O<br />

especialista em amortecedores BILSTEIN está a celebrar o seu 150º aniversário<br />

este ano. Fundada em 1873 como fabricante de acessórios para janelas, a empresa<br />

tem vindo a estabelecer consistentemente os padrões de referência no design de<br />

amortecedores desde 1954. Atualmente, a BILSTEIN é um dos maiores e mais inovadores<br />

fabricantes de amortecedores do mundo, com seis localizações em todo o globo e<br />

uma produção de cerca de 13 milhões de amortecedores por ano. Para a BILSTEIN, o que<br />

conta não é apenas o sucesso recente, mas sobretudo a próxima inovação. Uma coisa é<br />

certa: a experiência de condução de amanhã conta mais do que o desempenho de ontem.<br />

Ou, por outras palavras: “Ontem revolucionámos os amortecedores. Hoje celebramos os<br />

150 anos da BILSTEIN. Amanhã moldamos o futuro da engenharia de suspensão”, refere<br />

a empresa.<br />

“O PRÓXIMO AFTERMARKET”<br />

FORUM ACAP/DPAI | A ACAP/DPAI vai realizar no dia 23 de novembro<br />

um evento com o tema “O Próximo Aftermarket”. Será realizado em Lisboa no<br />

moderno auditório para 300 pessoas do Museu Oriente. Com a realização deste<br />

evento, a ACAP/DPAI propõe debater os temas que irão ter mais impacto no futuro<br />

do aftermarket, nomeadamente a sustentabilidade, big data, informação técnica<br />

e digitalização, entre outros. Este Forum terá oradores nacionais e internacionais<br />

e irá decorrer no dia 23 de novembro, da parte da manhã, terminando com um<br />

almoço. Será uma oportunidade para os participantes confraternizarem e fazerem<br />

networking. Joaquim Candeias, presidente da DPAI, refere “Esperamos reunir<br />

muitos profissionais do setor da distribuição de peças e fazer do evento uma<br />

grande jornada de aprendizagem e reflexão. Os oradores convidados irão falar do<br />

futuro e da grande transformação que está a acontecer no setor automóvel, e que<br />

trará certamente grandes alterações no setor do aftermarket.”<br />

SAVE THE DATE<br />

O Próximo<br />

Aftermarket<br />

/ ANÁLISE DAS MEGATRENDS DO AFTERMARKET INDEPENDENTE<br />

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Conduzimos à nova mobilidade<br />

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tel.: <strong>210</strong> 430 900<br />

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DEBATE NOVA ERA DO SETOR AUTOMÓVEL<br />

ANECRA | A ANECRA juntou mais de 200 pessoas, no passado dia 17 de junho, no Hotel Vila Galé, em<br />

Coimbra, para o Encontro Nacional do Comércio de Automóveis Usados tendo como tema: “Setor Automóvel<br />

um Admirável Mundo Novo”, que contou com a presença <strong>das</strong> mais relevantes Empresas Especializa<strong>das</strong> no<br />

Financiamento Automóvel, de Gestoras de Frota, de Grupos de Retalho e Empresários do Segmento do<br />

Comércio de Veículos Usados. Ao longo de todo o evento ficou claro que estamos perante um setor em<br />

profunda transformação, sendo as palavras de ordem antecipar, adaptar e acompanhar as tendências de<br />

mercado, numa área que muito evoluiu e que desafia permanentemente os seus profissionais a serem<br />

diferentes, oferecendo uma melhor qualidade e variedade de produtos e serviços a parceiros e clientes. O<br />

Encontro Nacional do Comércio de Automóveis Usados contou com uma receção de boas-vin<strong>das</strong> de Alexandre<br />

Ferreira, Presidente da Direção ANECRA, e com um enquadramento à atualidade do setor automóvel<br />

realizado por Roberto Gaspar, Secretário-Geral da ANECRA.<br />

ESPECIALISTA EM CALIBRAÇÕES DE SISTEMAS<br />

AUTOMÓVEL EXPRESSO | A oficina móvel “Automóvel Expresso”, de Alexandre<br />

Travessa, executa na zona da grande Lisboa, serviços de calibrações de sistemas e codificações<br />

<strong>das</strong> marcas em mais de setenta fabricantes automóvel europeus e asiáticos. Para simplificar<br />

o trabalho nas oficinas multimarca independentes, a “Automóvel Expresso” oferece um<br />

serviço exclusivo e especializado que permite a qualquer oficina responder com eficiência e<br />

rapidez a avarias elétricas e eletrónicas. Na verdade, muitas oficinas não têm equipamentos<br />

de diagnóstico nem conhecimentos, para solucionar este tipo de avarias. Neste caso, apenas<br />

tem de contactar a “Automóvel Expresso” para o telemóvel 919 281 254 e requisitar o serviço<br />

que necessita. O valor do serviço é imediatamente indicado e em seguida executado. No final,<br />

é passado um certificado de garantia do trabalho realizado. Destaque para a calibração de<br />

radares e camaras, reiniciação do serviço, programação de chaves, ler e apagar códigos de<br />

avaria nos veículos mais recentes.<br />

GS_Yuasa_julho.pdf 1 27/06/2023 10:57<br />

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Powering<br />

what matters<br />

As baterias GS Yuasa fornecem energia fiável para manter a<br />

sua actividade diária em movimento.<br />

Desde viagens às lojas a missões no espaço: somos a primeira escolha para<br />

milhões de pessoas em todo o mundo.<br />

Saiba mais em www.gs-yuasa.eu<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 39


entrevista<br />

CLÉMENT DE VALON<br />

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO TMD FRICTION<br />

COMO LÍDERES<br />

DE MERCADO<br />

ESFORÇAMO-NOS<br />

POR ESTAR<br />

NA VANGUARDA<br />

DAS NOVAS<br />

TECNOLOGIAS<br />

A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL ESTÁ ATUALMENTE<br />

A PASSAR POR DESAFIOS EXTREMOS, AO<br />

MESMO TEMPO QUE SE PREPARA PARA<br />

EXIGÊNCIAS CADA VEZ MAIORES DO FUTURO.<br />

EM ENTREVISTA AO JO, CLÉMENT DE VALON<br />

REVELA A FORMA COMO A TMD FRICTION SE<br />

ESTÁ A PREPARAR PARA O FUTURO, DE MODO<br />

A PODER CONTINUAR A SER UM PARCEIRO<br />

FIÁVEL PARA OS CLIENTES NO MERCADO<br />

INDEPENDENTE DE PÓS-VENDA


Clément de Valon é um executivo de topo altamente<br />

experiente no mercado independente<br />

de pós-venda (IAM), trabalhando no setor há<br />

vinte sete anos. Ao longo deste tempo, desenvolveu<br />

uma vasta experiência em ven<strong>das</strong> e marketing. Mais<br />

recentemente, trabalhou em vários cargos de gestão<br />

em fornecedores de renome do setor automóvel,<br />

como a Valeo e a Garrett. Durante os dezassete anos<br />

em que trabalhou na Valeo, Clément concentrou-se<br />

no mercado internacional de pós-venda. Depois<br />

disso, mudou-se para a Garrett, onde foi responsável<br />

pela unidade de negócios de turbocompressores<br />

IAM da empresa. Em 2019, Clément juntou-se à<br />

TMD Friction para liderar o negócio global de pós-<br />

-venda. Em funções anteriores, Clément esteve em<br />

contacto direto com clientes globais do mercado de<br />

pós-venda em mais de cem países, bem como liderou<br />

e coordenou eficazmente o trabalho <strong>das</strong> equipas<br />

de ven<strong>das</strong> e marketing em todo o mundo. Esta experiência<br />

deu-lhe um profundo conhecimento <strong>das</strong><br />

ven<strong>das</strong>, do marketing e da cooperação intercultural.<br />

Quais são, na sua opinião, as principais tendências<br />

do mercado de produtos de travagem?<br />

A nossa indústria está atualmente a enfrentar alguns<br />

dos maiores desafios e mudanças que alguma<br />

vez experimentámos na última década. Os desafios<br />

atuais, como a guerra na Ucrânia, a crise energética,<br />

as alterações climáticas, os problemas da cadeia<br />

de abastecimento, a escassez de trabalhadores qualificados<br />

e a escalada dos custos já desencadearam<br />

mudanças drásticas. Além disso, há novos players<br />

no mercado, serviços digitais e comércio eletrónico,<br />

que estão a aumentar ainda mais a concorrência a<br />

médio e longo prazo. Além disso, os players no mercado<br />

têm de acompanhar as mudanças tecnológicas<br />

em curso que estão a ser desenvolvi<strong>das</strong> a um ritmo<br />

muito mais rápido - especialmente a E-Mobility.<br />

A crescente eletrificação do parque automóvel irá,<br />

naturalmente, alterar toda a cadeia de valor do mercado<br />

de pós-venda. Dependendo da região, cerca de<br />

45% <strong>das</strong> compras de veículos novos poderão ser de<br />

veículos elétricos até 2035. No entanto, atualmente<br />

é difícil fazer uma previsão fiável, uma vez que estamos<br />

apenas em 2023 e é concebível que novas soluções<br />

alterem significativamente essa previsão. O<br />

objetivo é claro: mobilidade sem emissões. Apoiar<br />

esta visão é muito importante para nós. Por conseguinte,<br />

temos de atuar de forma responsável em<br />

todo o mundo, moldando uma indústria sustentável<br />

que tenha um impacto positivo no ambiente e<br />

na sociedade, e ancorar firmemente esta abordagem<br />

na estratégia empresarial da TMD Friction. Em<br />

2022, por exemplo, a TMD Friction reciclou mais<br />

de 4.000 tonela<strong>das</strong> de material abrasivo criado pelo<br />

processamento mecânico do material de fricção e<br />

reduziu os resíduos do processo de produção em 50<br />

por cento. Já não é apenas uma questão de oferecer<br />

o produto certo para os carros certos. Temos de<br />

garantir que, em tudo o que fazemos, reduzimos as<br />

nossas emissões de CO 2 - particularmente nas áreas<br />

da produção e da cadeia de fornecimento. Como<br />

fabricante global, é nossa responsabilidade garantir<br />

que um produto não viaje duas vezes à volta do<br />

mundo antes de chegar à oficina.”<br />

Como é que a TMD Friction está a apoiar os seus<br />

clientes em relação à eletrificação do parque de<br />

veículos?<br />

A mobilidade elétrica cria um novo conjunto de<br />

desafios que a indústria de peças tem de ultrapassar,<br />

uma vez que irá, sem dúvida, alterar os custos,<br />

a procura e o trabalho envolvido na manutenção e<br />

nas reparações. Uma coisa que temos a certeza que<br />

se manterá é a necessidade de os veículos terem<br />

sistemas de travagem seguros e eficazes, que continuarão<br />

a ser uma área de negócio importante para<br />

as oficinas independentes no futuro - mesmo que<br />

o efeito de travagem automática significativo dos<br />

motores elétricos signifique que basta tirar o pé do<br />

acelerador para pequenas desacelerações.<br />

Utilizando a nossa experiência em fricção, estamos<br />

a dar um contributo significativo para garantir que<br />

o mercado de pós-venda se mantém competitivo,<br />

incluindo os veículos elétricos. Como líderes de<br />

mercado, esforçamo-nos continuamente por estar<br />

na vanguarda <strong>das</strong> novas tecnologias. De facto, a<br />

nossa marca premium, Textar, cobre 99% do parque<br />

europeu de veículos elétricos e híbridos com a<br />

sua gama aftermarket. Como fornecedor de equipamento<br />

original, também estamos familiarizados<br />

com os requisitos dos fabricantes de veículos quando<br />

se trata de componentes de travões para veículos<br />

elétricos. Este know how desempenha um papel<br />

ainda mais importante nos carros elétricos do que<br />

naqueles com motores de combustão: por um lado,<br />

a pastilha não deve ser tão agressiva que crie ruído,<br />

mas, por outro lado, deve ser suficientemente eficiente<br />

para proporcionar um bom desempenho de<br />

travagem e trabalhar em harmonia com o disco de<br />

travão sem gerar depósitos e corrosão. Isto pode não<br />

parecer particularmente relevante, mas são necessários<br />

mais de 100 anos de experiência em materiais<br />

e desenvolvimento, juntamente com uma equipa de<br />

especialistas em fricção que podem combinar precisamente<br />

as matérias-primas certas a partir de uma<br />

escolha de 797 materiais diferentes, para obter sempre<br />

os melhores resultados.<br />

Mencionou que são especialistas em fricção.<br />

Quais são as vantagens para os clientes de<br />

trabalharem com um especialista?<br />

Os clientes, tanto no mercado de pós-venda como<br />

no fabrico de equipamento original, trabalham connosco<br />

porque “vivemos e respiramos” travões - dia<br />

e noite. Desenvolver a formulação de fricção correta<br />

para automóveis, camiões e até para desportos<br />

motorizados está no nosso ADN. É tudo o que fazemos<br />

na TMD Friction - e fazemo-lo há mais de<br />

100 anos. Nos últimos 30 anos, misturámos mais<br />

de 50.000 formulações. Os nossos clientes obtêm<br />

efetivamente soluções personaliza<strong>das</strong> da nossa parte.<br />

Para nós, não existe uma mistura padrão que, de<br />

alguma forma, seja suposto funcionar para todos os<br />

veículos em todo o mundo. Desenvolvemos as nossas<br />

próprias misturas de pastilhas de travão para<br />

cada região e para cada uma <strong>das</strong> nossas marcas,<br />

cumprindo os mais elevados requisitos em termos<br />

de qualidade, vida útil, desempenho, respeito pelo<br />

ambiente e conforto - e fazemo-lo para todos os tipos<br />

de condições de estrada, incluindo corri<strong>das</strong> de<br />

automóveis e zonas de frio ou calor extremos. Para<br />

tal, dispomos dos nossos próprios laboratórios de<br />

ensaio, do nosso departamento de investigação e<br />

desenvolvimento e <strong>das</strong> nossas próprias instalações<br />

de produção. Dispomos ainda de um programa de<br />

formação técnica que oferece aos clientes sessões de<br />

formação sobre as melhores práticas para garantir<br />

que o serviço e a reparação dos sistemas de travagem<br />

podem ser efetuados corretamente.<br />

Só assim conseguimos garantir um nível de qualidade<br />

muito robusto e consistente em todo o mundo.<br />

Graças a esta experiência e posicionamento,<br />

podemos servir os nossos clientes com excelentes<br />

soluções de travagem para todos os tipos de veículos<br />

em todo o mundo - agora e no futuro. Além disso,<br />

os clientes beneficiam da nossa vasta experiência<br />

de muitos anos como fornecedor de equipamento<br />

original da marca Textar e do nosso papel como<br />

fornecedor de peças para inúmeras equipas de com-<br />

COMO ESPECIALISTAS EM FRICÇÃO, A AMBIÇÃO DA TMD FRICTION<br />

É OFERECER SOLUÇÕES DE TRAVAGEM EXCECIONAIS<br />

PARA SATISFAZER QUAISQUER REQUISITOS ATUAIS OU FUTUROS<br />

NO PARQUE AUTOMÓVEL GLOBAL<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 41


CLÉMENT DE VALON<br />

“OS CLIENTES, TANTO NO MERCADO DE PÓS-VENDA COMO<br />

NO FABRICO DE EQUIPAMENTO ORIGINAL, TRABALHAM CONNOSCO<br />

PORQUE “VIVEMOS E RESPIRAMOS” TRAVÕES - DIA E NOITE”,<br />

DIZ CLÉMENT DE VALON, VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO TMD FRICTION<br />

petição com a marca Pagid Racing.<br />

Juntamente com os nossos parceiros,<br />

incluindo a Aston Martin Racing no<br />

Reino Unido, desenvolvemos materiais<br />

de fricção que têm um excelente<br />

historial de sucesso em quase todos os<br />

tipos de corri<strong>das</strong> - desde corri<strong>das</strong> de<br />

velocidade e de longa distância, até<br />

corri<strong>das</strong> de fórmula e rali - oferecendo<br />

as melhores características possíveis<br />

para to<strong>das</strong> as condições de condução.<br />

A cadeia de distribuição está a<br />

mudar e os principais intervenientes<br />

estão a tentar exercer mais<br />

influência. Como é que a TMD<br />

Friction se está a posicionar?<br />

É verdade, a fase de consolidação<br />

ainda não terminou na Europa. Os<br />

grandes atores internacionais vão<br />

dominar ainda mais o mercado no<br />

futuro. Como empresa global, a TMD<br />

Friction está bem preparada para estas<br />

mudanças. Estamos a posicionar-nos<br />

em to<strong>das</strong> as áreas da cadeia de valor<br />

como especialistas em tecnologia de<br />

travagem que podem oferecer a todos<br />

os condutores do mundo a solução de<br />

travagem certa para o seu veículo. Oferecemos<br />

ao comércio uma vasta gama<br />

de marcas para to<strong>das</strong> as necessidades<br />

<strong>das</strong> oficinas - desde a nossa marca OE<br />

premium Textar, passando pela alta<br />

qualidade da Pagid, Mintex e Bendix,<br />

até aos produtos de marcas mais acessíveis<br />

como a Don. Para além disso,<br />

temos a marca Nisshinbo especializada<br />

em aplicações asiáticas e a Cobreq<br />

para o mercado sul-americano. Estamos<br />

igualmente em condições de desenvolver<br />

e fabricar marcas próprias<br />

para grossistas. O desenvolvimento<br />

contínuo do nosso posicionamento, da<br />

criação de valor e da carteira de marcas<br />

permite-nos apoiar sempre os nossos<br />

clientes com soluções ótimas que<br />

oferecem o posicionamento certo para<br />

vários canais de distribuição.<br />

Os canais online e os serviços<br />

digitais estão a ganhar importância.<br />

Como responde ao progresso da<br />

digitalização, que se acelerou na<br />

sequência da crise do coronavírus?<br />

Sim, as exigências e o comportamento<br />

dos consumidores finais estão a<br />

tornar-se mais digitais e novos intervenientes<br />

estão a tentar substituir os<br />

fornecedores tradicionais. As fronteiras<br />

entre B2B e B2C são cada vez<br />

mais ténues. Os preços estão a tornar-se<br />

transparentes em todo o mundo.<br />

Embora isto traga vantagens óbvias<br />

para o consumidor, não significa<br />

que haverá um aumento do número<br />

de consumidores que compram eles<br />

próprios peças sobresselentes para os<br />

sistemas de travagem dos seus veículos.<br />

Pelo contrário. Tendo em conta a<br />

complexidade dos veículos, penso que,<br />

no futuro, os condutores continuarão<br />

a escolher a sua oficina de confiança,<br />

especialmente porque a reparação dos<br />

travões tem tudo a ver com segurança.<br />

Mas as empresas que querem proteger<br />

a sua posição no futuro precisam definitivamente<br />

de uma forte presença<br />

digital e de serviços digitais. Para nós,<br />

enquanto fabricantes, este desenvolvimento<br />

é também uma oportunidade<br />

para estabelecer contacto com os<br />

utilizadores dos nossos produtos. Por<br />

isso, continuamos a trabalhar na nossa<br />

estratégia de digitalização para melhorar<br />

a experiência do cliente em todos<br />

os pontos de contacto e para alargar<br />

os nossos serviços digitais - incluindo,<br />

por exemplo, a gama de cursos técnicos<br />

online.<br />

Os fornecedores online bem<br />

sucedidos do mercado B2C estão<br />

a avançar cada vez mais para o<br />

mercado B2B. Como estão a reagir a<br />

esta evolução?<br />

Não nos fechamos a esta tendência.<br />

Neste canal online estamos a assegurar<br />

a presença do nosso portfólio<br />

de marcas. Por exemplo, já estamos<br />

a fornecer algumas grandes plataformas<br />

de comércio eletrónico através<br />

de parceiros comerciais existentes,<br />

como o kfzteile24 na Alemanha. Estamos<br />

interessados em trabalhar com<br />

fornecedores selecionados que se especializem<br />

no sector automóvel e que<br />

tenham as nossas marcas e as especificações<br />

de produtos associa<strong>das</strong>.<br />

A pandemia, as tensões<br />

geopolíticas, as guerras comerciais<br />

e as sanções, o aumento da inflação,<br />

as perturbações nas cadeias de<br />

abastecimento globais, os desafios<br />

do abastecimento de energia - como<br />

é que a TMD Friction está a lidar com<br />

estas crises?<br />

O mundo mudou realmente nos últimos<br />

três anos e ninguém previu a<br />

pandemia ou uma guerra na Europa.<br />

Demos uma resposta rápida e decisiva<br />

para garantir a melhor disponibilidade<br />

possível na cadeia de abastecimento<br />

para os nossos clientes.<br />

Otimizámos ainda mais as nossas estruturas<br />

e processos desde março de<br />

2020. Foram estabelecidos processos<br />

de decisão extremamente ágeis e fle-<br />

42 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


xíveis, por exemplo, para que os nossos<br />

clientes possam usufruir de uma<br />

elevada disponibilidade, independentemente<br />

<strong>das</strong> circunstâncias. Além disso,<br />

realinhámos os nossos processos e<br />

estratégia de aquisição para nos prepararmos<br />

ainda melhor para as mudanças<br />

no futuro. De um modo geral,<br />

podemos dizer que conseguimos<br />

manter o mais elevado nível de serviço<br />

possível no sector. Isto é evidente<br />

no prémio que nos foi atribuído pelo<br />

grupo TEMOT International, que<br />

reconheceu a nossa excelente gestão<br />

da cadeia de abastecimento em 2021.<br />

Este prémio, que ganhámos apesar de<br />

uma fase crítica de interrupção <strong>das</strong><br />

cadeias de abastecimento durante<br />

uma pandemia global, honra os nossos<br />

enormes esforços e mostra que<br />

seguimos o caminho certo. Queremos<br />

continuar neste caminho no futuro e<br />

aliviar o ónus dos nossos clientes através<br />

de processos logísticos fluidos. É,<br />

de facto, uma batalha árdua, todos os<br />

dias, garantir a disponibilidade para<br />

os nossos clientes; e parece muito<br />

provável que isso continue nos próximos<br />

anos, da<strong>das</strong> as tensões geopolíticas<br />

em curso. No entanto, é um<br />

desafio que continuamos a enfrentar<br />

para continuar a fornecer os nossos<br />

clientes a nível mundial.<br />

Que esforços específicos estão<br />

a fazer para continuar a oferecer<br />

um serviço de excelência aos seus<br />

clientes, apesar dos desafios atuais?<br />

Os últimos desenvolvimentos alteraram<br />

drasticamente a perspetiva dos<br />

processos logísticos: até agora, a disponibilidade<br />

imediata era um dado<br />

adquirido, o just-in-time era considerado<br />

padrão e o preço desempenhava<br />

um papel crucial. Com o início da<br />

pandemia, isso mudou e a cadeia de<br />

abastecimento passou a ser a principal<br />

prioridade do mercado de pós-venda.<br />

Estamos convencidos de que, nos<br />

próximos anos, a disponibilidade irá<br />

aumentar a sua importância em relação<br />

ao preço. As oficinas estão agora<br />

dispostas a pagar 10 ou 20% mais se<br />

puderem obter uma peça sobresselente<br />

no espaço de uma hora. Trata-se<br />

de uma verdadeira mudança de paradigma.<br />

Apercebemo-nos disso muito<br />

cedo em 2020 e respondemos o mais<br />

rapidamente possível às mudanças<br />

nas prioridades dos nossos clientes. A<br />

disponibilidade de to<strong>das</strong> as nossas referências<br />

de peças é, portanto, o componente<br />

mais importante da nossa estratégia.<br />

Isto significa muito trabalho<br />

e um enorme investimento. Não estamos<br />

a falar apenas de uma marca e de<br />

2.000 referências de peças que temos<br />

de ter em stock. Estamos a falar de<br />

uma cobertura de 99% do parque automóvel<br />

europeu na área <strong>das</strong> pastilhas<br />

e discos de travão para automóveis e<br />

camiões - 30.000 referências que têm<br />

de estar disponíveis em todo o mundo.<br />

Para que isso seja possível, temos de<br />

garantir que os nossos armazéns em<br />

todo o mundo, especialmente o armazém<br />

na Alemanha, que é responsável<br />

pelo fornecimento da Europa, têm espaço<br />

e pessoal suficientes. Já estamos a<br />

planear o alargamento do armazém da<br />

Europa Central para podermos servir<br />

ainda melhor o mercado de pós-venda<br />

europeu no futuro. Para termos<br />

produtos suficientes em stock, é essencial<br />

abastecer os nossos onze locais<br />

de produção em todo o mundo com os<br />

componentes certos. Há alguns meses,<br />

começámos a deslocalizar peças de<br />

aquisição críticas do Extremo Oriente<br />

para fornecedores europeus. Isto cria<br />

vários efeitos positivos ao mesmo tempo:<br />

evita o transporte marítimo - que<br />

atualmente é extremamente pouco<br />

fiável -, encurta os nossos prazos de<br />

entrega e, sobretudo, reduz a nossa pegada<br />

de CO 2.<br />

É necessário pessoal qualificado<br />

para ultrapassar todos estes<br />

desafios no mercado pós-venda<br />

independente. O que está a TMD<br />

Friction a fazer para se posicionar<br />

como um empregador atrativo?<br />

Sim, a atual escassez de pessoal qualificado<br />

também afetou o mercado<br />

pós-venda automóvel e os estudos<br />

mostram que o que eu considero ser<br />

um mercado fascinante é largamente<br />

desconhecido dos jovens com competências<br />

avança<strong>das</strong> ou não é considerado<br />

particularmente atrativo. A pandemia<br />

também mudou muitas coisas<br />

- tanto para os trabalhadores, para<br />

quem ter um emprego garantido e<br />

satisfatório é muito mais importante<br />

do que anteriormente, como para as<br />

empresas, que estão a adaptar as suas<br />

estratégias de recrutamento às condições<br />

do mercado. A relação entre<br />

trabalhadores e empregadores está<br />

a ser completamente reavaliada e os<br />

candidatos têm mais escolha do que<br />

anteriormente. Isto faz com que seja<br />

cada vez mais difícil para as empresas<br />

atraírem as pessoas mais talentosas. É<br />

por isso que a TMD Friction foi um<br />

dos membros fundadores da iniciativa<br />

Talents4AA, criada há pouco mais<br />

de um ano pelos grupos de compras<br />

internacionais Nexus e TEMOT International.<br />

O objetivo da iniciativa é<br />

atrair talentos de to<strong>das</strong> as faixas etárias<br />

para o mercado do pós-venda automóvel,<br />

criando a consciência de que<br />

é possível contribuir para uma mobilidade<br />

inovadora, sustentável e acessível<br />

em todo o mundo neste mercado.<br />

Estamos confiantes nesta abordagem<br />

e esta é uma iniciativa adicional para<br />

sensibilizar os jovens talentosos <strong>das</strong><br />

escolas e universidades para a indústria<br />

e para a TMD Friction como empregador<br />

atrativo. Queremos mostrar<br />

que estamos conscientes da nossa responsabilidade<br />

social. Neste contexto,<br />

a nossa ênfase é colocada na sustentabilidade,<br />

diversidade e inovação.<br />

Para concluir, vamos olhar<br />

novamente para o futuro - como<br />

espera que o serviço nas oficinas<br />

mude nos próximos cinco anos?<br />

As reparações e a manutenção dos<br />

travões terão de abdicar da sua<br />

grande parte do volume de negócios<br />

<strong>das</strong> oficinas porque os veículos<br />

elétricos causam menos desgaste<br />

nos travões?<br />

Penso que o mercado está atualmente<br />

a enfrentar muitas tendências diferentes,<br />

cujos impactos ninguém pode<br />

prever completamente nesta fase. Sim,<br />

a eletrificação terá um efeito. Isso é<br />

claro, mas também é claro que as pastilhas<br />

de travão continuarão a ter de<br />

ser substituí<strong>das</strong>, mesmo num veículo<br />

elétrico. É difícil prever até que ponto<br />

o desgaste <strong>das</strong> pastilhas de travão será<br />

reduzido ao longo de toda a vida útil<br />

de um VE. Temos números que sugerem<br />

que poderá ser de 50%; mas outras<br />

previsões indicam uma redução<br />

de apenas 20%. Na minha opinião,<br />

isso dependerá muito do veículo e do<br />

comportamento de condução. Depois,<br />

há outro aspeto. A mobilidade elétrica<br />

não chegará de um dia para o outro.<br />

Como disse, 45% dos novos automóveis<br />

comprados em 2035 poderão<br />

ser elétricos. Mas há 340 milhões de<br />

veículos nas estra<strong>das</strong> da Europa com<br />

uma idade média de 12 anos. Ainda<br />

vai demorar muito tempo até que o<br />

parque automóvel seja totalmente<br />

elétrico. Por isso, é difícil avaliar o que<br />

esta tendência acabará por significar<br />

para as oficinas. Mas as pastilhas de<br />

travão são importantes para a segurança<br />

de todos os utentes da estrada<br />

- por isso, temos a certeza de que a sua<br />

manutenção e reparação continuarão<br />

a ser um fator para os condutores de<br />

automóveis em 2030 e 2040, independentemente<br />

do motor que propulsiona<br />

o seu veículo. Assim, vemos que<br />

as soluções de travões continuam a ser<br />

uma área de negócio rentável para as<br />

oficinas e estamos certos de que a nossa<br />

experiência será procurada durante<br />

muito tempo. l<br />

A TMD FRICTION DESENVOLVE AS SUAS PRÓPRIAS MISTURAS<br />

DE PASTILHAS DE TRAVÃO PARA CADA REGIÃO E PARA CADA<br />

UMA DAS SUAS MARCAS, CUMPRINDO OS MAIS ELEVADOS REQUISITOS EM<br />

TERMOS DE QUALIDADE, VIDA ÚTIL, DESEMPENHO, RESPEITO<br />

PELO AMBIENTE E CONFORTO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 43


entrevista<br />

HÉLIO FIGUEIREDO<br />

RESPONSÁVEL DP.A.A. - DP AUTOMOTIVE AFTERMARKET PORTUGAL<br />

QUEREMOS SER UM PARCEIRO<br />

ESTRATÉGICO E ABRANGENTE<br />

PARA TODOS OS ACIONISTAS<br />

APÓS A INTEGRAÇÃO DA LEIRILIS NO GRUPO DE DISTRIBUIÇÃO ESPANHOL DIPART,<br />

NASCEU ESTE ANO, OFICIALMENTE, A EMPRESA DP.A.A. - DP AUTOMOTIVE AFTERMARKET PORTUGAL,<br />

QUE ESTÁ A IMPLEMENTAR O CONCEITO DE DISTRIBUIÇÃO DA DIPART EM PORTUGAL. ESTIVEMOS<br />

À CONVERSA COM HÉLIO FIGUEIREDO, RESPONSÁVEL DE DESENVOLVIMENTO DA NOVA EMPRESA,<br />

QUE NOS FALOU SOBRE A ESTRATÉGIA E OBJETIVOS DA DP.A.A.<br />

Fundada em 1986, a Leirilis esteve desde sempre<br />

associada à comercialização de acessórios e peças,<br />

destinados ao mercado automóvel. Em<br />

2018 tornou-se sócia da Dipart em Portugal e tem<br />

vindo a implementar “com sucesso” os vários projetos<br />

propostos pelo grupo de distribuição espanhol,<br />

nomeadamente a divulgação e implementação do<br />

conceito <strong>Oficinas</strong> DP, o Campus DP, os programas<br />

DP Gold e DP Service e também a rede de lojas DP<br />

Automotive, cuja expansão se encontra a ser promovida<br />

pela DP.A.A. - DP Automotive Aftermarket Portugal,<br />

S.A., como nos conta Hélio Figueiredo.<br />

A empresa em Portugal foi formalmente constituída<br />

em 2022, mas só entrou “em ação” em janeiro<br />

de 2023. Tem como objetivos “ser um parceiro estratégico<br />

e abrangente para todos os acionistas, assentando<br />

a relação numa base de confiança e cooperativismo;<br />

oferecer aos seus parceiros to<strong>das</strong> as<br />

ferramentas necessárias para uma boa gestão, bem<br />

como todos os serviços disponibilizados pela Dipart<br />

e melhorar a rentabilidade dos seus negócios<br />

e auxiliar os mesmos a tornarem-se mais competitivos”,<br />

explica o responsável, que acrescenta que,<br />

para já, a DP.A.A. - DP Automotive Aftermarket<br />

Portugal, S.A. conta com quatro membros: Leirilis,<br />

Algarchapa, Biapeças e Varidauto, além de ter<br />

“um conjunto de outros candidatos em análise”.<br />

Uma estratégia diferente<br />

A Dipart nasceu em 2009 como uma empresa de<br />

serviços, com o objetivo de oferecer uma estratégia<br />

diferente <strong>das</strong> de outros grupos de compras já existentes<br />

no mercado do setor automóvel. Atualmente,<br />

conta com 28 parceiros, além de três lojas associa<strong>das</strong><br />

em Espanha, com um total de 108 pontos<br />

de venda, em Espanha e Portugal. Tem escritórios<br />

centrais nos arredores de Madrid, equipados com<br />

uma sala de formação teórica e em breve terá também<br />

uma área de formação prática.<br />

Segundo Hélio Figueiredo, “esta rede de distribuição<br />

aposta na credibilidade junto dos seus fornecedores<br />

e no desenvolvimento de ferramentas e<br />

serviços necessários para que cada parceiro seja<br />

ponto de referência no mercado”. A Dipart é sócia<br />

fundadora do grupo Global One Automotive, o que<br />

permite a quem integra o grupo estar presente “na<br />

esfera internacional e, portanto, estarmos cientes de<br />

como outros mercados se movem, e ter uma visão<br />

estratégica mais ampla. Por outro lado, as sinergias<br />

que são cria<strong>das</strong> permitem-nos a todos beneficiar em<br />

muitos aspetos e assim podermos evoluir mais rapidamente”,<br />

indica o responsável nacional. O conceito<br />

«<strong>Oficinas</strong> DP» foi lançado em Portugal em 2019,<br />

à imagem da rede Talleres DP, em Espanha, com<br />

“uma evolução muito positiva”, contando atualmente<br />

com 20 <strong>Oficinas</strong> DP e um “plano ambicioso de<br />

chegar rapidamente às 100 oficinas num curto espaço<br />

de tempo”, adianta Hélio Figueiredo.<br />

Melhoria contínua <strong>das</strong> oficinas<br />

No final do ano passado, durante o IX Congresso<br />

de <strong>Oficinas</strong> DP, que teve como mote «O Futuro é<br />

Hoje», um dos serviços apresentados às oficinas foi<br />

o programa GI DP, “um programa de gestão de oficinas<br />

que, por sua vez, integra to<strong>das</strong> as outras ferramentas<br />

e serviços que desenvolvemos tanto para<br />

as <strong>Oficinas</strong> DP como para a Talleres DP”, diz-nos<br />

o responsável, que destaca o “ambiente web, que<br />

facilita o funcionamento em qualquer dispositivo,<br />

em qualquer lugar; o alojamento na Cloud, reduzindo<br />

desta forma o investimento financeiro; a<br />

receção ativa com Tablet; a gestão por módulos; a<br />

utilização por vários usuários, ao mesmo tempo; a<br />

disponibilização de to<strong>das</strong> as ferramentas e serviços<br />

integrados; apoio técnico permanente; a integração<br />

ibérica; a disponibilização de novo catálogo de<br />

identificação de veículos mais eficaz e verdadeiro;<br />

a certificação de peças CROSS-OE; a pesquisa de<br />

peças por gráfico, assim como a ligação integrada,<br />

direta ao armazém do parceiro Dipart”. Durante o<br />

referido congresso, foi também enfatizado que a<br />

oficina “tem futuro e para tal deve estar preparada<br />

tecnicamente. Para isso contam com a DP Service,<br />

que oferece formação e aconselhamento técnico,<br />

tanto em Espanha como em Portugal”, explica.<br />

Tendo como valores “o compromisso, a sustentabilidade,<br />

igualdade e o cooperativismo”, a DP.A.A.<br />

oferece, através dos seus membros, o serviço DP<br />

Service às <strong>Oficinas</strong> DP, RedService, bem como às<br />

demais oficinas que pretendam aderir ao mesmo. O<br />

serviço engloba um vasto leque de formação, aconselhamento<br />

técnico (através da hotline), bem como<br />

um apoio técnico aos equipamentos que a oficina<br />

44 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


EM PORTUGAL, A DP.A.A. - DP AUTOMOTIVE AFTERMARKET PORTUGAL, S.A.<br />

JÁ CONTA COM 4 MEMBROS: LEIRILIS, ALGARCHAPA, BIAPEÇAS E<br />

VARIDAUTO E UM CONJUNTO DE OUTROS CANDIDATOS EM ANÁLISE


HÉLIO FIGUEIREDO<br />

possa ter. Para além deste pacote, é<br />

ainda disponibilizado apoio nas áreas<br />

da gestão, logística, marketing e jurídico,<br />

“contribuindo, deste modo, para<br />

uma maior eficácia <strong>das</strong> mesmas”, defende<br />

o nosso interlocutor.<br />

Expetativas de crescimento<br />

A DP.A.A. continua a apostar na<br />

diversificação do seu portefólio de<br />

marcas e – através dos seus parceiros<br />

Dipart e Global One – tem disponível<br />

um leque alargado de produtos,<br />

equipamentos e serviços, considerando-se<br />

já “um fornecedor global<br />

de excelência”. Nas palavras de Hélio<br />

Figueiredo, a escala obtida com<br />

as parcerias internacionais garante<br />

aos membros da DP.A.A. o acesso<br />

às melhores condições de compra e<br />

acordos comerciais com os principais<br />

fabricantes e marcas líderes de<br />

mercado automóvel. “A incorporação<br />

de novas gamas de produto é permanentemente<br />

analisada em função da<br />

evolução do mercado e da sua especificidade,<br />

tendo como objetivo assegurar<br />

a melhoria contínua do portefólio<br />

de marcas”, refere, garantindo<br />

que a seu tempo serão anuncia<strong>das</strong><br />

novidades concretas.<br />

No que diz respeito ao acesso à informação<br />

e aos dados, o responsável de<br />

desenvolvimento da DP.A.A. relembra<br />

que “à semelhança dos demais<br />

players, estamos sujeitos ao enquadramento<br />

emanado pela UE relativamente<br />

às leis anti-trust, no âmbito<br />

<strong>das</strong> negociações com os diversos<br />

fabricantes de automóveis”. No entanto,<br />

salienta, “a Global One está a<br />

intervir neste sentido. Participamos<br />

ativamente, por exemplo, com a Caruso,<br />

com o objetivo final de que oficinas<br />

independentes tenham acesso<br />

às informações do veículo e também<br />

possam gerenciar adequadamente a<br />

comunicação condutor-oficina”.<br />

Apesar da empresa só se encontrar<br />

verdadeiramente no mercado automóvel<br />

desde janeiro passado, Hélio<br />

Figueiredo olha com satisfação para<br />

os resultados obtidos neste curto espaço<br />

de tempo e constata que “as expetativas<br />

iniciais foram supera<strong>das</strong>”,<br />

perspetivando “um crescimento significativo.<br />

Ao olhar para os indicadores<br />

do primeiro semestre, estamos<br />

convictos de que estamos no caminho<br />

certo para o sucesso!”, comenta.<br />

A seu ver, os principais desafios que<br />

se colocam ao futuro da DP.A.A. são<br />

a “consolidação de processos nos<br />

atuais membros e a expansão geográfica,<br />

com a entrada de novos acionistas”,<br />

conclui. l<br />

DP.A.A. assEGURA COMPETITIVIDADE<br />

NUM MERCADO POLARIZADO<br />

Hélio Figueiredo assume a tendência na polarização<br />

na distribuição de peças em Portugal,<br />

“nomeadamente através de modelos cooperativos<br />

de diversos tipos, visando a obtenção<br />

de escala”, algo que, alerta, também pode “ser<br />

reflexo da entrada de investidores financeiros<br />

cuja estratégia poderá não ser de longo prazo”.<br />

Contudo, o nosso entrevistado defende que “não<br />

é correto generalizar-se o termo «grupo», pois<br />

na maioria <strong>das</strong> vezes estes não se apresentam<br />

como parceiro estratégico, mas como meros<br />

fornecedores de peças”. Dá como exemplo o facto<br />

de muitos terem um distribuidor nacional como<br />

principal fornecedor, o que, a seu ver, “alonga a<br />

cadeia logística e afeta a competitividade”. No<br />

caso da DP.A.A., as parcerias são feitas com os<br />

próprios fabricantes de peças e os diversos tipos<br />

de recursos exclusivos são acessíveis a todos os<br />

acionistas, em condições de igualdade, pelo<br />

que “a entrada no grupo pressupõe igualmente<br />

uma padronização de processos e softwares,<br />

visando uma maior eficácia e rentabilidade<br />

global e assegurando aos acionistas a integração<br />

numa cadeia logística de elevado valor”. A maior<br />

maturidade dos modelos de cooperação em<br />

Espanha é “determinante na maior facilidade de<br />

internacionalização de alguns grupos espanhóis”,<br />

o que torna Portugal “um mercado natural nesse<br />

seu processo de expansão”, culminando na<br />

tendência para a iberização do comércio de peças<br />

automóvel.<br />

Apesar de o parque automóvel nacional estar<br />

cada vez mais envelhecido, o responsável é<br />

da opinião de que, para já, “ainda assegura o<br />

negócio de peças por mais alguns anos”. A seu<br />

ver, é preciso analisar este indicador numa ótica<br />

abrangente para perceber “se estamos perante<br />

consumidores de baixo poder aquisitivo, em<br />

que a tendência é manter o veículo operacional<br />

o mais tempo possível, ou, se por outro lado,<br />

alguns desses consumidores possam estar a<br />

ponderar a opção de troca por veículos elétricos,<br />

conducente a uma gradual redução do número<br />

de veículos de motor térmico em circulação”.<br />

FOCO NO NEGÓCIO<br />

Para vingar, uma oficina moderna terá de estar<br />

focada no seu negócio: “a reparação automóvel<br />

de qualidade e a satisfação <strong>das</strong> necessidades dos<br />

seus clientes”. Assim, é fundamental que escolha<br />

“parceiros capazes de assegurar a sua formação<br />

e competitividade, apoio técnico presencial e remoto,<br />

a digitalização dos seus processos internos<br />

e de interação com os seus clientes, equipamentos<br />

de trabalho evoluídos e o acesso à assistência<br />

às frotas dos grandes operadores de venda e<br />

aluguer de automóveis. Mais do que o foco total<br />

no preço, a oficina tem de ser reconhecida pela<br />

qualidade do serviço prestado como forma de<br />

fidelização dos seus clientes e, simultaneamente,<br />

modernizar-se de forma contínua, de forma a<br />

possuir capacidade técnica atualizada para as<br />

novas tecnologias automóveis”, entende Hélio<br />

Figueiredo.<br />

Na sua ótica, há vários fatores que irão afetar o<br />

futuro do aftermarket em Portugal, nomeadamente<br />

“a evolução tecnológica, a necessidade de<br />

redução de emissões e o seu impacto no parque<br />

circulante e a transformação digital”. Por outro<br />

lado, frisa que o impacto destes desafios é distinto<br />

nos diversos integrantes da cadeia logística,<br />

sendo que o responsável de desenvolvimento<br />

da DP.A.A. acredita que os fabricantes têm como<br />

objetivo a redução de custos logísticos e de<br />

gestão, “procurando a concentração de ven<strong>das</strong><br />

em menos clientes, mas de maior dimensão,<br />

e terão de especializar-se no fabrico de peças<br />

adequa<strong>das</strong> aos novos veículos”. Já no caso dos<br />

grandes grupos, entre os quais se encontram os<br />

parceiros Dipart e Global One, a prioridade será<br />

“a digitalização, formação técnica dos acionistas<br />

e respetivos clientes e reforço <strong>das</strong> parcerias<br />

com fabricantes e acionistas, acompanhando a<br />

procura de peças e novas tecnologias”, esclarece,<br />

adicionando que, do lado dos importadores<br />

tradicionais, “grande parte da sua margem operacional<br />

é (em princípio) passada ao mercado,<br />

mas a necessidade de obtenção de rentabilidade,<br />

pode forçá-los a «descerem» de nível na cadeia<br />

logística, transformando-se em concorrentes dos<br />

seus atuais clientes (os distribuidores)”.<br />

Hélio Figueiredo constata ainda que os distribuidores<br />

que se mantêm, de certa forma, dependentes<br />

de importadores, “podem a qualquer<br />

momento vir a sofrer a concorrência dos seus<br />

atuais fornecedores”, ao passo que os grupos de<br />

menor sustentabilidade “poderão ser absorvidos<br />

ou mesmo extinguir-se, por via da dissidência<br />

dos seus membros para outros projetos mais<br />

competitivos”. Já na DP.A.A., “a nossa parceria<br />

com a Dipart e Global One coloca-nos em posição<br />

privilegiada para a obtenção de sinergias e<br />

asseguram-nos condições para nos mantermos<br />

competitivos e atualizados”, finaliza.<br />

A DP.A.A. TEM COMO vaLORES O COMPROMISSO, A SUSTENTABILIDADE,<br />

IGUALDADE E COOPERATIVISMO, DISPONIBILIZANDO, atravÉS DOS SEUS<br />

MEMBROS, O SERVIÇO DP SERVICE ÀS OFICINAS DP E REDSERVICE<br />

46 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


REVISTA<br />

MAIORES OFICINAS<br />

AFTERMARKET<br />

EDIÇÃO 2023<br />

RESERVE O SEU ANÚNCIO!


entrevista<br />

JOÃO COSTA, GERENTE COSTA, NUNES & COSTA<br />

TEMOS UMA GAMA<br />

ABRANGENTE E SEMPRE<br />

EM CRESCENTE ATUALIZAÇÃO!<br />

PIONEIRA NO FABRICO DE FILTROS «MADE IN PORTUGAL», A COSTA, NUNES & COSTA FOI FUNDADA EM 1976,<br />

EM MATOSINHOS, E TEM UMA LONGA HISTÓRIA NO MERCADO DE COMERCIALIZAÇÃO DESTES PRODUTOS.<br />

FALÁMOS COM JOÃO COSTA, GERENTE, QUE NOS CONTOU UM POUCO MAIS SOBRE A EMPRESA E A<br />

ESTRATÉGIA DEFINIDA FACE AOS DESAFIOS DA ATUALIDADE<br />

No mercado de fabrico e comercialização de<br />

filtros há 47 anos, a Costa, Nunes & Costa<br />

tem sabido adaptar-se ao avançar dos tempos.<br />

Iniciou atividade nas antigas instalações da<br />

Senhora da Hora (Matosinhos) e ganhou reconhecimento<br />

nacional por ser <strong>das</strong> poucas, senão a única<br />

fábrica de filtros em Portugal. A criação da estrutura<br />

industrial, para que fossem produzidos os primeiros<br />

filtros «Made in Portugal», é um dos momentos que<br />

João Costa começa por nos destacar, arriscando que<br />

terá sido, certamente, motivo de “orgulho para as<br />

pessoas à frente do projeto. O nascer da primeira<br />

marca de filtros totalmente portuguesa, e apenas<br />

com capitais privados, foi, sem dúvida, algo arrojado<br />

e pioneiro no nosso país”.<br />

EvOLUÇÃO da fábrica<br />

O atual gerente recorda a história que lhe foi contada<br />

pelo pai e pelo tio, fundadores da empresa,<br />

que já não se encontram no ativo, mas que “continuam<br />

a acompanhar de perto a evolução da casa”.<br />

A primeira marca criada pela Costa, Nunes & Costa,<br />

para comercializar os seus produtos, lembra,<br />

foi a «Filcar», segmentada para o setor automóvel.<br />

“Ainda hoje temos muitos clientes (e público<br />

em geral) que recordam a existência da marca.<br />

Certas marcas de automóveis, como a UMM ou a<br />

Renault, eram equipa<strong>das</strong> originalmente com estes<br />

filtros nas suas linhas de produção”. João Costa<br />

nota que “o início de atividade e implementação da<br />

marca foi um grande desafio para todos”, contudo,<br />

ainda hoje mantêm algumas <strong>das</strong> parcerias iniciais,<br />

que foram “uma grande ajuda, na distribuição e divulgação<br />

da marca”. No início, praticamente todos<br />

os processos de fabrico eram feitos manualmente,<br />

exceção para algumas situações, como o plissar do<br />

papel filtrante para os filtros, que já era efetuado<br />

por máquinas. Com a aquisição, em 1988, <strong>das</strong> instalações<br />

da Maia, a empresa viveu “um substancial<br />

aumento produtivo” e, dois anos mais tarde,<br />

“acompanhando a evolução tecnológica do setor<br />

automóvel, introduzimos o fabrico de filtros de ar<br />

correntemente apelidados de «painel», dos quais<br />

fomos pioneiros em Portugal. Entretanto todos<br />

os processos de produção foram sendo automatizados,<br />

deixando cada vez mais os processos manuais”,<br />

relata.<br />

Marca própria<br />

Em 1995, a Costa, Nunes & Costa adquiriu a italiana<br />

Mikrofilt, o que lhe permitiu agregar toda a<br />

tecnologia que esta empresa tinha no fabrico de filtros<br />

de todos os tipos: “Nessa altura, para além de<br />

modernizarmos a produção, adquirimos todo o«know-how»<br />

relativo aos mais recentes procedimentos<br />

na produção de filtros. Após isto, passámos a<br />

exportar 40% da nossa produção, ou seja, iniciamos<br />

a produção de filtros em grande quantidade”,<br />

nota João Costa.<br />

Da fusão entre a já referida Filcar e a Mikrofilt,<br />

duas marcas próprias, nasceu aquela que é, atualmente,<br />

a bandeira da casa: a Mikfil, cuja gama de<br />

filtros para automóvel é “bastante completa”. O<br />

A MIKFIL OFERECE PRODUTOS DE QUALIDADE ORIGINAL<br />

A PREÇOS COMPETITIVOS. ALÉM DISSO CONSEGUE PROVIDENCIAR<br />

DE UMA FORMA RÁPIDA A ENTREGA DE MATERIAL SEM QUE OS CLIENTES<br />

TENHAM DE ESTAR A FAZER GRANDES STOCKS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 49


JOÃO COSTA<br />

A COSTA, NUNES & COSTA GARANTE FILTROS DE QUALIDADE ORIGINAL<br />

A PREÇOS COMPETITIVOS E VÊ COM OTIMISMO O FUTURO, ESTANDO<br />

JÁ A PREPARAR UMA RESTRUTURAÇÃO DO NEGÓCIO, COM VISTA À<br />

IMPLEMENTAÇÃO DE NOVOS SETORES DE FILTRAGEM<br />

gerente explica que tentaram sempre<br />

ter as linhas de filtros para os mais<br />

diversos modelos de veículos ligeiros,<br />

sem “embarcar no erro de ter todo o<br />

tipo de filtros para todos os veículos,<br />

porque isso não traz grande benefício,<br />

pelo contrário, obriga a ter dinheiro<br />

parado nas prateleiras, para<br />

veículos cuja rotação do produto não<br />

justifica ter como referência na nossa<br />

gama”. Esse é o caso de “alguns veículos<br />

raros, de grandes cilindra<strong>das</strong>,<br />

marcas não muito presentes no nosso<br />

país, ou até mesmo versões que<br />

não são tão vendáveis. De resto temos<br />

praticamente uma boa gama em<br />

todos os tipos de filtros, sejam eles<br />

ar, óleo, combustível ou habitáculo”,<br />

assinala.<br />

Qualidade e competitividade<br />

Atualmente, a empresa tem disponíveis<br />

aproximadamente 4.000 referências<br />

de filtros. Por questões de<br />

custos, a produção própria é agora<br />

muito reduzida, pelo que “grande<br />

parte dos nossos produtos são importados,<br />

de fabricantes que nos<br />

conferem um elevado grau de qualidade<br />

ao nível dos equipamentos<br />

originais, a um preço que seja competitivo”,<br />

explica o gerente. Mais do<br />

que a marca própria, a Costa, Nunes<br />

& Costa comercializa também outas<br />

marcas, como a JHF, “muito conhecida<br />

nos veículos asiáticos, específica<br />

para veículos japoneses e coreanos.<br />

Esta marca de origem coreana é exclusiva<br />

nossa e está registada em<br />

Portugal por nós”. Dispõem também<br />

da Fil Filter, que também representam<br />

em exclusivo em Portugal e que<br />

é comercializada no setor de veículos<br />

pesados, máquinas agrícolas e<br />

industriais. Trata-se de uma marca<br />

“de origem turca, com uma larga<br />

gama de filtros, e que está presente<br />

na plataforma Tecdoc, o que é uma<br />

mais-valia na pesquisa da solução<br />

certa da peça”, afirma João Costa.<br />

Além destas, contam ainda com duas<br />

empresas parceiras, mais dedica<strong>das</strong><br />

as aplicações industriais ou de caráter<br />

mais específico, que são a FAI<br />

FILTRI e a SF Filter, de forma a que<br />

possam “dar a melhor resposta aos<br />

pedidos dos nossos clientes”.<br />

A gestão de stock é feita tendo em<br />

conta o histórico de encomen<strong>das</strong> dos<br />

produtos, sendo, segundo o responsável,<br />

“praticamente impossível” ter<br />

em armazém to<strong>das</strong> as referências<br />

pedi<strong>das</strong>. Ainda assim, diz que “em<br />

situação de normalização <strong>das</strong> cadeias<br />

de abastecimento, conseguimos ter<br />

stock e quantidade disponíveis de<br />

aproximadamente 90% <strong>das</strong> referências.<br />

Tentamos sempre ao máximo,<br />

consoante as necessidades dos<br />

clientes, precaver esta situação <strong>das</strong><br />

existências de stocks, muitas <strong>das</strong><br />

vezes aumentando o nosso próprio<br />

stock sem qualquer garantia de que o<br />

cliente o venha comprar depois. Até<br />

nisso por vezes arriscamos, mas faz<br />

parte do negócio”, considera.<br />

Para grossistas e retalhistas<br />

A Costa, Nunes & Costa tem essencialmente<br />

como clientes «target» os<br />

grossistas e os retalhistas, sem vender<br />

diretamente às oficinas, de modo<br />

a evitar “criar perturbações e acabar<br />

por sermos concorrentes de nós próprios”.<br />

Aos clientes que trabalham<br />

com a empresa, o gerente assegura<br />

“produtos de qualidade original<br />

a preços competitivos, sem ter que<br />

comportar custos de importação ou<br />

de armazenagem de stocks”. A Mikfil<br />

disponibiliza a todos os clientes que<br />

se registem na plataforma B2B a possibilidade<br />

de realizar encomen<strong>das</strong><br />

online. Lá, é possível consultar preços,<br />

stocks, contas correntes, listagens<br />

de materiais que se encontram<br />

esgotados e que estão pendentes de<br />

fornecimento, bem como o acesso à<br />

divulgação de ofertas especiais ou<br />

promoções sazonais de produtos.<br />

Além disso, as encomen<strong>das</strong> também<br />

podem ser feitas por telefone, email<br />

e ultimamente por WhatsApp, “o<br />

que for mais conveniente aos nossos<br />

clientes”, indica.<br />

As entregas são feitas por empresas<br />

de logística especializa<strong>das</strong>, com<br />

prazos de entrega de 12h, “ou seja,<br />

o cliente coloca a encomenda até ao<br />

final da tarde, e a mesma é entregue<br />

durante a manhã do dia seguinte.<br />

Contudo, cada caso é especial, pois<br />

temos clientes que encomendam de<br />

manhã para receber de tarde e para<br />

essas situações também temos as<br />

respostas certas”, adianta. A rapidez<br />

e facilidade nas entregas de material<br />

permite aos clientes da empresa evitar<br />

ter “grandes stocks e consequentes<br />

empates de capital. Temos uma<br />

gama bastante abrangente e sempre<br />

em crescente atualização de novos<br />

produtos, aos preços mais competitivos<br />

possíveis. No fundo, o armazém<br />

50 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


dos nossos clientes somos nós. Eles<br />

pedem, e nós só temos que fornecer”.<br />

A empresa mostra-se capaz de<br />

apoiar os clientes em várias frentes,<br />

não só com informação disponível<br />

no website, como também informando<br />

os clientes sobre a chegada de<br />

novos produtos às diferentes gamas<br />

de filtros, assim como campanhas e<br />

oportunidades especiais que possam<br />

existir ao longo do ano. A nível de<br />

marketing disponibilizam ao cliente<br />

“material publicitário, brindes,<br />

artigos promocionais, etc.”, diz João<br />

Costa, desvendando a realização,<br />

para breve, de algumas campanhas<br />

promocionais.<br />

Crescer e melhorar<br />

Apesar de já não faltar muito tempo<br />

para comemorar meio século de<br />

A GAMA DE FILTROS AUTOMÓVEL MIKFIL (AR, ÓLEO,<br />

COMBUSTÍVEL E HABITÁCULO) SEMPRE FOI BasTANTE COMPLETA<br />

E ABRANGENTE E ESTÁ SEMPRE EM CRESCENTE ATUALIZAÇÃO<br />

DE NOVOS PRODUTOS, aos PREÇOS MAIS COMPETITIVOS POSSÍVEIS<br />

O FUTURO DESTE MERCADO<br />

Passa POR APOSTAR<br />

NOUTROS SETORES<br />

João Costa considera o mercado dos filtros para automóveis em Portugal“bastante concorrencial,<br />

com muitas marcas no mercado que querem ganhar a sua quota de mercado.<br />

O espaço é curto, pois o país é pequeno e não tem capacidade para absorver tanta oferta”.<br />

Por este facto, o nosso interlocutor considera que há uma tendência para que “o produto<br />

fique muito desvalorizado”, situação que beneficia o intermediário, mas que cria o problema<br />

“<strong>das</strong> margens pratica<strong>das</strong> ao cliente final, que não refletem o real valor do produto, mas<br />

sim um valor extremamente inflacionado. É um mercado muito pequeno para absorver<br />

tanta marca, o risco é precisamente esse, desvalorizar de tal forma o produto para que<br />

este tenha venda, acabando por deixar de ser atrativo para o negócio. Falo apenas no setor<br />

automóvel, onde esta situação se verifica com mais notoriedade. Já nos outros setores as<br />

oportunidades existem, e penso que são as apostas de futuro”.<br />

Com o previsto desaparecimento da maioria dos filtros dos veículos mais modernos e eletrificados,<br />

o gerente da Costa, Nunes & Costa acredita que “o futuro deste mercado passa<br />

por apostar noutros setores. Tenho a certeza de que existem setores, que não o automóvel,<br />

muito bons a nível de negócio, onde ainda não existe grande concorrência, e por isso um<br />

bom motivo para desenvolver novas sinergias. Tendo em conta as prioridades climáticas,<br />

as quais apoiamos a 100%, e com as restrições a nível de poluição e consequente fim<br />

anunciado dos motores a combustão, a margem de negócio a nível de filtros para automóveis<br />

irá ser praticamente inexistente, mas pelo menos é por uma boa causa”, remata.<br />

existência, a empresa nortenha não<br />

tenciona deixar-se ficar parada num<br />

mercado em constante mutação. Tal<br />

como tem feito até então, a Costa,<br />

Nunes & Costa continua na senda da<br />

evolução, à procura de novas oportunidades.<br />

Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, João<br />

Costa revelou que contam com um<br />

novo representante comercial e que<br />

estão, neste momento, “a desenvolver<br />

novas prospeções nas áreas de ligeiros<br />

e de máquinas agrícolas. Estamos a<br />

tentar contemplar novos parceiros de<br />

negócio, e também a criar uma rede<br />

de distribuidores oficiais dos nossos<br />

produtos”. A ideia passa por renovar o<br />

website, “para que possamos ter uma<br />

imagem renovada na internet, bem<br />

como novas funções e disponibilizar<br />

aos nossos clientes e utilizadores da<br />

nossa plataforma uma experiência<br />

melhorada”. Todos os meses são introduzidos<br />

artigos novos, em to<strong>das</strong><br />

as áreas de filtragem, no portefólio<br />

da empresa, com o responsável a<br />

acreditar que o mercado português<br />

ainda “pode ter algum potencial de<br />

crescimento. Tivemos estes anos com<br />

constrangimentos, restrições… e não<br />

se verificaram grandes resultados.<br />

Mas penso que nos próximos anos a<br />

tendência será de inversão e de retomar<br />

novamente alguma da atividade<br />

que foi condicionada nos anos anteriores!”.<br />

A seu ver, “o mercado português<br />

é muito concorrencial o que é<br />

bom e mau ao mesmo tempo, porque<br />

tratando-se de um mercado pequeno,<br />

onde todos querem ter a sua quota de<br />

mercado, a guerra de marcas é feroz”.<br />

Nesse sentido, João Costa sugere que<br />

o setor seja “melhor regulado pelas<br />

entidades competentes, pois não devia<br />

valer tudo para se conseguir objetivos”.<br />

O responsável olha com “otimismo”<br />

para as perspetivas de negócio da empresa,<br />

esperando que “ao longo dos<br />

anos, a empresa possa crescer e cimentar<br />

um caminho de sucesso”. Para<br />

já o objetivo – e simultaneamente<br />

desafio – é “repor ao máximo os stocks<br />

e retomar a cadência que sempre<br />

tivemos no abastecimento dos nossos<br />

produtos. Estou convencido de que<br />

até ao início do 2º semestre, e ao longo<br />

do restante ano, iremos restabelecer<br />

esta situação”. Quanto às ven<strong>das</strong>,<br />

o gerente confia que 2023 seja já um<br />

ano de alguma recuperação, e avança<br />

que já efetuaram “uma redução<br />

nos preços, para fazer face ao nível<br />

de inflação que ainda permanece nos<br />

produtos, e, portanto, penso que seja<br />

o início de uma viragem de ciclo, para<br />

melhor”. Com o advento dos veículos<br />

elétricos e consequente fim de vários<br />

filtros no setor automóvel, a Costa,<br />

Nunes & Costa está, desde há alguns<br />

anos, a preparar o futuro, “com a implementação<br />

de novos setores de filtragem<br />

e de novas áreas de negócios,<br />

pois os filtros serão sempre parte fundamental<br />

no funcionamento de várias<br />

atividades e setores, mesmo fora<br />

da área automóvel, e é aí que iremos<br />

explorar novas oportunidades”, explica.<br />

Assim, defende a importância<br />

de, “nos próximos 5 anos, desenvolver<br />

uma restruturação do nosso core<br />

business, para que a transição seja<br />

efetuada de uma forma sustentável e<br />

progressiva”. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 51


entrevista<br />

DMITRY ZADOROJNII, CO-CEO DA AUTODOC<br />

QUEREMOS FAZER<br />

DE PORTUGAL O NOSSO MAIOR<br />

CENTRO TECNOLÓGICO<br />

A AUTODOC CHEGOU A PORTUGAL EM MAIO, COM A ABERTURA DAS NOVAS INSTALAÇÕES NO LAGOAS PARK,<br />

EM OEIRAS. O NOVO «HUB» DO RETALHISTA ONLINE DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA AUTOMÓVEIS TEM 1.000<br />

M2 E, NO FUTURO, DEVERÁ TORNAR-SE O PRINCIPAL CENTRO TECNOLÓGICO DA EMPRESA. JUNTO DO CO-<br />

CEO DA AUTODOC, DMITRY ZADOROJNII, FOMOS PERCEBER A IMPORTÂNCIA DESTE MARCO ESTRATÉGICO EM<br />

TERRAS LUSAS PARA A AUTODOC<br />

Criada há 15 anos em Berlim, na Alemanha, a<br />

Autodoc nasceu com o objetivo de vender<br />

peças para automóveis online sem intermediários<br />

e a preços significativamente mais baixos.<br />

Década e meia depois, opera em 27 países europeus<br />

e emprega cerca de 5.000 pessoas em oito localizações,<br />

incluindo agora também Portugal. Nas novas<br />

instalações no Lagoas Park, em Oeiras – o Lisbon<br />

Tech Hub - conta já com 100 colaboradores, aos<br />

quais pretende juntar outros tantos até ao final do<br />

ano. Este centro tecnológico assume uma importância<br />

primordial na estratégia da Autodoc e, nas<br />

palavras do responsável, Dmitry Zadorojnii, o foco<br />

está na melhoria da “qualidade de serviço e em garantir<br />

que estamos mais próximos dos nossos clientes<br />

no que respeita à localização e à língua”.<br />

Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, o Co-CEO explicou que a<br />

vinda para Portugal teve um motivo particular: o<br />

início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.<br />

Nessa altura, conta, “considerámos diferentes países<br />

para a deslocalização <strong>das</strong> nossas equipas. Queríamos<br />

proporcionar um local de trabalho seguro<br />

para to<strong>das</strong> as nossas equipas afeta<strong>das</strong> pela guerra,<br />

tanto para os colaboradores ucranianos como para<br />

os de outros países, como a Rússia e a Moldávia”. E<br />

se antes Portugal “já era uma possível localização”,<br />

depressa se tornou numa certeza, por várias razões:<br />

“segurança, potencial local de talentos, impostos,<br />

clima, custo de vida, oportunidades gerais para as<br />

pessoas e o nível de qualidade de vida”, indica Dmitry<br />

Zadorojnii. Além disso, o nosso país destacou-<br />

-se, nas escolhas da Autodoc, com aspetos como “a<br />

elevada qualificação dos talentos ou a qualidade do<br />

ensino superior no país, bem como a mentalidade<br />

empreendedora dos portugueses”. Segundo o nosso<br />

entrevistado, Portugal é amplamente conhecido por<br />

ter imenso talento (tecnológico) e, naturalmente,<br />

por ser um destino atrativo para o talento global.<br />

Lisboa é atualmente uma <strong>das</strong> cidades mais deseja<strong>das</strong><br />

para expatriados e startups tecnológicas. É uma<br />

cidade catalisadora e tem uma boa relação qualidade<br />

- custo de vida quando comparada com outras<br />

capitais europeias. Não podíamos estar mais satisfeitos<br />

com a nossa decisão”, comenta.<br />

Lisbon Tech Hub<br />

Para as novas instalações, inaugura<strong>das</strong> em maio, já<br />

foram contratados mais de 100 colaboradores. Neste<br />

momento, estão abertas mais de 50 posições, para as<br />

áreas de TI/tecnologia, serviço ao cliente, gestão de<br />

receitas e funções corporativas, e até ao final do ano,<br />

a Autodoc tem em vista contratar outras 100 pessoas,<br />

tendo, idealmente, 200 novos funcionários no<br />

total até ao final deste ano. “A nossa equipa técnica<br />

em Lisboa está a concentrar-se na reengenharia dos<br />

principais domínios de produtos, o que irá melhorar<br />

significativamente a experiência do cliente e aumentar<br />

a sua fidelização. O nosso plano é ter uma equipa<br />

de, pelo menos, 70 pessoas na área de Produto e Tecnologia”,<br />

revela, adiantando, desde logo, que o objetivo<br />

para o Lisbon Tech Hub é claro: “fazer de Portugal<br />

o nosso maior centro tecnológico”. É ali que está a ser<br />

instalada “a sede <strong>das</strong> nossas equipas de desenvolvimento<br />

de software e outras funções relaciona<strong>das</strong> com<br />

a tecnologia”. O principal produto digital da empresa<br />

é a Plataforma Digital ATD, “que visa capacitar toda<br />

a indústria de pós-venda automóvel e sobre a qual<br />

O PLANO DA AUTODOC É MELHORAR OS PRODUTOS E SERVIÇOS EXISTENTES<br />

E CONSTRUIR UMA PLATAFORMA DIGITAL PREPARADA PARA O FUTURO<br />

PARA LEVAR A TECNOLOGIA QUE SUPORTA O MERCADO DE PÓS-VENDA<br />

AUTOMÓVEL A UM NOVO NÍVEL DE QUALIDADE E POTÊNCIA<br />

52 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


DMITRY<br />

ZADOROJNII<br />

A AUTODOC É UMA EMPRESA EM RÁPIDO CRESCIMENTO.<br />

DESDE O SEU LANÇAMENTO, TORNOU-SE RAPIDAMENTE UMA<br />

DAS EMPRESAS DE INTERNET MAIS INTERESSANTES DA EUROPA.<br />

EM 2023, QUER CRESCER GLOBALMENTE NA FAIXA DE DOIS DÍGITOS<br />

construímos as experiências digitais<br />

para os nossos clientes B2C e B2B. O<br />

nosso objetivo é sermos competitivos<br />

nesta área com as maiores e mais importantes<br />

empresas presentes em Portugal”,<br />

esclarece Dmitry Zadorojnii.<br />

A crescer desde 2008<br />

A ideia com que a Autodoc nasceu,<br />

em 2008, de ser “um retalhista online<br />

de peças de alta qualidade que<br />

todos podem pagar”, deu frutos e<br />

não demorou muito até que os responsáveis<br />

entendessem que queriam<br />

“servir clientes em toda a Europa”.<br />

Abriram as primeiras lojas online fora<br />

da Alemanha na Áustria e na Suíça,<br />

em 2011. Seguiram-se Espanha, Itália,<br />

Reino Unido e França, em 2012.<br />

Desde 2014/15, a empresa cresceu<br />

ainda mais para os mercados da Europa<br />

de Leste. Atualmente, tem lojas<br />

online em 27 países europeus. De<br />

acordo com o Co-CEO, “a expansão<br />

foi naturalmente acompanhada por<br />

uma estratégia de marketing online<br />

sofisticada e, a partir de 2011, concentramo-nos<br />

nas TI, que são a força<br />

motriz por detrás de todos os nossos<br />

produtos e serviços digitais. Em 2016,<br />

lançámos as aplicações Autodoc para<br />

iOS e Android”, recorda.<br />

Hoje, afirma Dmitry Zadorojnii, o<br />

objetivo da empresa é “tornar a mobilidade<br />

mais sustentável e facilitar<br />

a vida <strong>das</strong> pessoas, fazendo com que<br />

os seus veículos durem mais tempo”.<br />

Para o responsável, entre as mais-valias<br />

da Autodoc está a “gama abrangente<br />

de peças para automóveis a<br />

preços atrativos”, tal como as “dicas,<br />

tutoriais em vídeo e apoio especiali-<br />

VENDA DE PEÇAS ONLINE<br />

VALEM 25% DO MERCADO EM 2030<br />

Questionado sobre o potencial de crescimento que ainda pode haver no mercado de distribuição de<br />

peças online, Dmitry Zadorojnii, Co-CEO da Autodoc, dá conta dos dados apresentados pela consultora<br />

de gestão McKinsey, que assinala que o potencial do mercado europeu de pós-venda automóvel de<br />

peças, acessórios e equipamentos (incluindo serviços) “deverá crescer em média 4% ao ano (CAGR) para<br />

um total de cerca de 280 mil milhões de euros até 2030. O maior crescimento registar-se-á, de longe,<br />

no mercado digital”. Tendo em atenção estes dados, a Autodoc espera, em 2030, que “os «operadores<br />

digitais», representem até 25% da venda de peças aftermarket automóvel. Atualmente, representam<br />

cerca de 10%”. Por outro lado, o nosso interlocutor mostra-se confiante na continuidade e crescimento do<br />

mercado pós-venda automóvel nacional, pois “de acordo com o mais recente relatório da ACEA, de janeiro<br />

de 2023, existem 5,4 milhões de automóveis em circulação em Portugal. Em média, têm 13,5 anos de<br />

idade. Uma vez que os automóveis mais antigos necessitam de peças suplentes e serviços de reparação,<br />

podemos fornecer uma vasta gama de produtos e serviços aos nossos clientes”. Assim, o objetivo de<br />

crescimento é claro: “ultrapassar os 145.000 clientes que tínhamos em Portugal em 2022”.<br />

Dmitry Zadorojnii sublinha que a Autodoc é “uma empresa em rápido crescimento”, tendo-se tornado,<br />

desde o seu lançamento, numa “<strong>das</strong> empresas de internet mais interessantes da Europa”. De<br />

2018 a 2022, a taxa de crescimento anual foi, em média, de 29%. Em 2022, aumentou as ven<strong>das</strong><br />

em 8,7% para 1.127,1 milhões de euros (depois de em 2021 ter registado 1.036,4 M€) a nível<br />

global. Por isso, o Co-CEO entende que “as nossas previsões de crescimento estão em linha com<br />

os nossos planos de expansão. Em 2023, queremos crescer globalmente na faixa de dois dígitos.<br />

Vemos aqui um enorme potencial e estamos confiantes de que 2023 será encerrado com grandes<br />

números”, vaticina.<br />

zado por chat”, que também os ajudam<br />

os clientes “a efetuar pequenas<br />

reparações”. Nessa sequência, foi lançada,<br />

em 2019 a plataforma online<br />

Autodoc Club, seguida da aplicação<br />

em 2020, o que permite aos utilizadores<br />

“controlar todos os custos e<br />

organizar a reparação, manutenção<br />

e cuidados do seu veículo de forma<br />

simples e económica”. Atualmente,<br />

salienta Dmitry Zadorojnii, “o plano<br />

da Autodoc é melhorar os produtos<br />

e serviços existentes e construir uma<br />

plataforma digital preparada para o<br />

futuro, para levar a tecnologia que<br />

suporta o mercado de pós-venda automóvel<br />

a um novo nível de qualidade<br />

e potência.<br />

“Serviço ao cliente<br />

é fundamental”<br />

Com um stock de 5,2 milhões de<br />

produtos de 1.800 marcas de fabricantes<br />

para cerca de 166 marcas de<br />

automóveis, 23 de pesados e 154 de<br />

motociclos, o nosso entrevistado não<br />

tem dúvi<strong>das</strong> ao afirmar que “a Autodoc<br />

“é um retalhista online líder<br />

de peças e acessórios para veículos<br />

na Europa”. Destaca como um dos<br />

valores principais que norteiam a<br />

empresa “o foco no cliente” e conta<br />

54 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


que, em Portugal, estão a contratar<br />

empregados nativos para o Apoio<br />

ao Cliente. No entanto, nota, “como<br />

em tudo, temos uma abordagem<br />

global, pelo que estamos a contratar<br />

empregados nativos de todos os<br />

mercados que servimos, de modo a<br />

melhorarmos o nosso serviço para<br />

todos os nossos clientes. O nosso<br />

apoio ao cliente está disponível em<br />

23 línguas”.<br />

Durante 2022, o número de clientes<br />

ativos da Autodoc aumentou em<br />

400 000, para 6,6 milhões, “o que<br />

sublinha o trabalho produtivo na<br />

aquisição e retenção de clientes. A<br />

taxa de retenção de clientes foi de<br />

60% em 2022, o que eleva a base<br />

de clientes para 18,5 milhões desde<br />

para diferentes mercados, que segue<br />

um calendário próprio. No entanto,<br />

de momento, Portugal não é afetado<br />

por esta estratégia”, sendo que a<br />

loja virtual existente no nosso país<br />

se destina (para já) principalmente a<br />

clientes B2C.<br />

O prazo de entrega médio <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong><br />

realiza<strong>das</strong> no portal web varia<br />

entre três e sete dias, consoante o<br />

país de destino. Os produtos são enviados<br />

“just-in-time, a partir dos nossos<br />

armazéns em Berlim e Szczecin,<br />

bem como através de dropshipping<br />

diretamente através dos nossos fornecedores”.<br />

O responsável reitera as<br />

várias vantagens em relação a qualquer<br />

loja física: “preços online e serviço<br />

profissional. Não se trata de ser<br />

tos em to<strong>das</strong> as categorias de preços.<br />

Além disso, oferecemos produtos<br />

com entrega garantida nas datas<br />

especifica<strong>das</strong>”. Recentemente, em<br />

outubro de 2022, foi lançado no Autodoc<br />

PRO, em França, uma oferta<br />

especial para clientes empresariais<br />

e mecânicos profissionais, que lhes<br />

disponibiliza uma plataforma online<br />

para selecionar e encomendar peças<br />

e um apoio ao cliente dedicado. A<br />

longo prazo, afirma Dmitry Zadorojnii,<br />

“planeamos expandir o Autodoc<br />

PRO por toda a Europa”.<br />

Desafios da distribuição<br />

Com o aumento da distribuição online,<br />

os requisitos logísticos aumentaram<br />

e os processos comerciais tor-<br />

Szczecin, na Polónia, em dezembro<br />

de 2022, que agora serve como o<br />

centro de logística central para todos<br />

os centros de distribuição da Autodoc.<br />

“A capacidade de armazenamento<br />

adicional permite que a gama seja<br />

expandida, que o inventário seja restabelecido<br />

mais rapidamente e que a<br />

produção seja aumentada em geral.<br />

Aqui, principalmente os nossos produtos<br />

de marca própria Ridex e Stark<br />

são armazenados e distribuídos<br />

conforme necessário para os nossos<br />

centros de distribuição em Berlim,<br />

Szczecin, e em breve Cheb como reabastecimento,<br />

de onde são enviados<br />

para os clientes em toda a Europa”,<br />

conta. Cheb, na República Checa<br />

é a localização do novo armazém<br />

O NOVO TECH HUB DA autoDOC EM OEIRAS, DEVERÁ EXPANDIR-SE<br />

E torNAR-SE NO PRINCIPAL CENTRO TECNOLÓGICO DA EMPRESA.<br />

ESTE É UM MARCO IMPORTANTE PARA A ESTRATÉGIA DA autoDOC,<br />

CENTRADA NA INOVação, NO CLIENTE E NA SUSTENTABILIDADE<br />

2008”, refere. O Co-CEO chama a<br />

atenção para o facto de, na empresa,<br />

estarem “sempre abertos a estabelecer<br />

contactos com os nossos clientes<br />

B2C e B2B em todos os países que<br />

servimos”, ressaltando que têm “uma<br />

estratégia B2B específica dedicada a<br />

oficinas de reparação mais pequenas<br />

o mais rápido, trata-se do facto de as<br />

oficinas poderem ganhar mais com o<br />

Autodoc PRO, tendo o serviço pessoal<br />

dedicado que necessitam”.<br />

No Autodoc PRO, a empresa oferece<br />

mais de 2 milhões de peças suplentes<br />

e acessórios, com “variedade de<br />

marcas, numa vasta gama de produ-<br />

naram-se cada vez mais complexos.<br />

Para tal, a Autodoc pretende abrir<br />

novos locais de logística e, assim, aumentar<br />

o espaço de armazenamento<br />

para estar mais perto dos clientes e<br />

ser mais rápida na entrega. Dmitry<br />

Zadorojnii dá o exemplo da abertura<br />

do novo armazém «M40» em<br />

«C27», que deverá abrir no decurso<br />

deste ano, para aliviar os espaços<br />

existentes e, assim, “tornarmo-nos<br />

ainda mais rápidos. Quando abrirmos<br />

mais locais de logística, também<br />

consideramos a possibilidade de subcontratar<br />

fornecedores de logística a<br />

terceiros”, diz o responsável. l


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

BORG AUTOMOTIVE<br />

EXPANDE GAMA<br />

DE PRODUTOS<br />

No primeiro trimestre de 2023, a BORG Automotive Reman expandiu<br />

a sua gama de produtos em 116 referências. Para muitas <strong>das</strong><br />

novas referências, a BORG Automotive Reman foi o primeiro fornecedor<br />

a oferecê-las ao mercado. 32 pinças de travão, 22 alternadores,<br />

22 compressores de ar condicionado, 18 motores de arranque, 10 barras<br />

de direção, oito turbocompressores, bem como três válvulas EGR e uma<br />

bomba de direção estão agora disponíveis na BORG Automotive Reman<br />

sob as marcas Elstock, DRI, TMI e Lucas. Entre os potenciais bestsellers<br />

da extensão da gama está um alternador para mais de 70 aplicações de veículos<br />

do Grupo VW: abrange 2,6 milhões de veículos na Europa, incluindo<br />

o Audi A1, Seat Ibiza, Skoda Kodiaq e VW Golf. Como é a norma na BORG<br />

Automotive Reman, to<strong>das</strong> as referências recentemente adiciona<strong>das</strong> oferecem<br />

uma qualidade comparável à <strong>das</strong> peças OES novas, uma vez que a<br />

empresa apenas remanufactura peças originais usa<strong>das</strong>.<br />

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LANÇA NOVAS BOBINAS DE IGNIÇÃO NGK<br />

niterra | A Niterra reforçou a sua oferta no mercado pós-venda com 29 novas bobinas de ignição<br />

de última geração para fabricantes de automóveis globais como a Hyundai, Kia, Mercedes-Benz,<br />

Porsche, Toyota e Opel. Os produtos de alta qualidade ajudarão a empresa a expandir a cobertura de<br />

clientes na Coreia do Sul, no Japão e na região EMEA, e espera-se que cubram uma frota de quase<br />

22 milhões de veículos até 2025, um aumento de 19,9 por cento em dois anos. As novas peças<br />

incluem 27 bobinas cujos números de peça técnica começam sempre por “U5”. Estas são unidades<br />

de faísca única que estão diretamente liga<strong>das</strong> à vela de ignição e funcionam com uma bobina por<br />

cilindro. Devido à sua posição, as bobinas geram impulsos de alta tensão diretamente na vela de<br />

ignição, permitindo a ignição do combustível e o funcionamento eficiente do motor. Graças ao seu<br />

design e construção, as bobinas de ignição NGK da Niterra são resistentes ao calor e à humidade.<br />

56 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


DESENVOLVE LÍQUIDO<br />

REFRIGERAÇÃO BATERIAS EV 200<br />

liqui Moly | A LIQUI MOLY amplia a sua gama de produtos para veículos exclusivamente<br />

elétricos com o líquido de refrigeração de baterias EV 200. Este novo produto é recomendado<br />

para os modelos da Hyundai e Kia. O novo líquido de refrigeração de baterias EV 200 (EV<br />

significa Electric Vehicle), tem uma função importante: funciona como gestor térmico. Isto é necessário<br />

porque a tecnologia de veículos elétricos e híbridos só funciona de forma ideal dentro<br />

de determinados intervalos de temperatura. Nas baterias de iões de lítio, o intervalo entre 15°C<br />

e 40°C é o ideal. A gestão térmica é de grande importância, pois tem influência na autonomia.<br />

A autonomia do veículo depende do consumo de energia. E a temperatura afeta a vida útil da<br />

bateria e do motor. Por isso, a temperatura da bateria deve ser constante. Este líquido garante<br />

que a bateria nunca aqueça acima de 60°C no verão e que a temperatura esteja constantemente<br />

na faixa ideal de 15 °C a 40°C, mesmo no inverno.<br />

COBERTURA DE BANCOS DA CAR REPAIR SYSTEM<br />

Car Repair SYSTEM | A Car Repair System apresenta a sua nova Cobertura de Bancos que<br />

proporciona uma proteção completa para o banco de automóvel. Não só mantém o banco limpo,<br />

como também o protege contra manchas de óleo, tintas ou poeiras. Fácil de instalar e retirar, é<br />

também adequado para bancos de avião, comboios e camiões. A Cobertura de Bancos proporciona<br />

uma proteção completa para o banco de automóvel. Não só mantém o banco limpo, como<br />

também o protege contra manchas de óleo, tintas ou poeiras. O seu pequeno tamanho facilita a<br />

arrumação sem ocupar muito espaço. A cobertura é adequada para oficinas de reparação mecânica,<br />

proteção contra o pó, lavagem de automóveis, oficinas de carroçaria e repintura automóvel,<br />

preparação de aluguer de automóveis, etc.<br />

Tudo<br />

funciona<br />

melhor...<br />

... com a marca de lubrificantes preferida dos<br />

alemães há 13 anos consecutivos. Aproveite<br />

a popularidade da marca para o seu próprio<br />

negócio e beneficie da nossa ampla gama<br />

de produtos e soluções para oficinas.<br />

Tudo do mesmo fornecedor, para clientes<br />

totalmente satisfeitos.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 57


Notícias<br />

Produto<br />

GAMA E REPUTAÇÃO<br />

QUALIDADE E CONFIABILIDADE<br />

A BENDIX ESTÁ<br />

AINDA MELHOR<br />

Reconhecida pelos resultados no setor dos travões, desde 1924,<br />

a Bendix é agora apoiada pela TMD Friction - um fabricante líder<br />

mundial de equipamento original para o segmento da fricção.<br />

Isto representa uma maior garantia de qualidade, maior cobertura<br />

de veículos e uma maior gama de produtos.<br />

Tenha agora uma opção de travagem de qualidade superior.<br />

SENSORES DE SEGURANÇA BOSCH<br />

EM CAMPANHA<br />

Os sensores automóveis desempenham um papel muito importante,<br />

por isso, a divisão Bosch Automotive Aftermarket acaba<br />

de lançar uma nova campanha de ofertas para as oficinas. Na<br />

aquisição de sensores Bosch para segurança, gestão do motor e tratamento<br />

de gases de escape, as oficinas podem adquirir t-shirts Sensores<br />

“#LikeABosch”. A Bosch oferece uma vasta gama de sensores para gestão<br />

do motor, segurança e sistema de tratamento de gases de escape que<br />

medem, por exemplo, a pressão, a velocidade e a temperatura. Estes<br />

sensores destacam-se pelo seu design robusto e materiais de alta qualidade,<br />

que os tornam particularmente resistentes à deformação, quebra<br />

e aparecimento de fissuras. Para garantir uma precisão de medição alta<br />

e confiável ao longo da sua vida útil, os sensores são submetidos aos<br />

mesmos testes funcionais e de qualidade que as peças originais<br />

Mais informações em<br />

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Encontre a peça certa rapidamente com o Brakebook.<br />

Disponível on-line e na versão de aplicativo, o sistema de<br />

catálogo baseado na web foi desenvolvido usando dados<br />

de catálogo atualizados e oferece opções de pesquisa<br />

fáceis de usar.<br />

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58 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

SUBSCREVA A<br />

NOSSA NEWSLETTER!<br />

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NA PISTA DE TESTES SUPERA CONCORRÊNCIA<br />

KyB | Numa recente série de vídeos, a KYB revelou na pista de testes as grandes diferenças<br />

entre os amortecedores KYB e os amortecedores topo de gama, desgastados e de baixo custo de<br />

um concorrente. Para garantir a imparcialidade dos testes, a KYB contou com a colaboração de<br />

dois pilotos de testes profissionais para conduzirem dois Chevrolet Equinox de 2015 idênticos,<br />

cada um com mais de 150.000 km no conta-quilómetros. Para garantir resultados consistentes<br />

e fiáveis, cada veículo foi equipado com novas pastilhas de travão, discos e barras estabilizadoras,<br />

e foi efetuado um alinhamento completo <strong>das</strong> quatro ro<strong>das</strong>. Antes de cada teste individual,<br />

os automóveis foram também equipados com quatro pneus novos e um depósito cheio de<br />

combustível. A única diferença entre os veículos eram os amortecedores. No final de vários<br />

testes, os resultados mostraram que a KYB superou to<strong>das</strong> as alternativas, tanto no desempenho<br />

piso seco como em molhado.


TORNOU-SE DISTRIBUIDOR DA BENDIX<br />

InovpeçAS | A Inovpeças, empresa de referência no comércio a retalho de peças e<br />

acessórios para veículos automóveis ligeiros na região norte, tornou-se o novo distribuidor<br />

oficial da marca Bendix. Ao longo dos 12 anos da empresa, a Inovpeças tem-se reforçado com<br />

novas marcas para dar a melhor resposta aos seus clientes e esta nova representação é mais um<br />

exemplo disso mesmo. A Bendix, marca pertencente ao grupo TMD Friction, um dos fabricantes<br />

líderes mundiais de travagem por fricção, está no mercado desde 1924 e exibe uma reputação<br />

de confiança e desempenho de travagem de qualidade superior, oferecendo uma <strong>das</strong> mais<br />

amplas gamas de produtos de travagem, com 98% dos veículos do parque europeu cobertos.<br />

Com os olhos postos no futuro, a Inovpeças irá continuar a investir na evolução qualitativa dos<br />

seus serviços para oferecer uma resposta ainda mais adequada às exigências do mercado.<br />

ESPECIALISTAS EM<br />

SISTEMAS DE ESCAPES,<br />

CATALISADORES E<br />

FILTROS DE PARTÍCULAS<br />

FEBI DESENVOLVE<br />

FLUIDOS AMIGOS<br />

DO AMBIENTE<br />

A<br />

febi desenvolveu uma mistura forte de óleos, químicos, e outros<br />

produtos líquidos, disponíveis na sua vasta gama, para cobrir camiões<br />

e veículos de fora de estrada. Com a febi, os clientes encontrarão<br />

todos os fluidos para satisfazer as suas necessidades – tais como<br />

anticongelantes com forte proteção contra a corrosão, massas e pastas<br />

com espessantes e aditivos especiais que garantem a maior proteção possível<br />

contra o desgaste, óleos do motor de elevada qualidade com aditivos<br />

especiais para o desempenho máximo. O bilstein group coloca uma grande<br />

ênfase na disponibilização de fluidos com o meio ambiente em mente,<br />

enquanto os melhora em simultâneo. Todos os fluidos febi são embalados<br />

em garrafas de polietileno reciclável e à prova de fugas, com etiquetas de<br />

elevada qualidade, identificação clara do produto e codificação de cores.<br />

Consulte o nosso<br />

catálogo Tecdoc<br />

Veja todos os produtos que<br />

temos disponíveis!<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 59


Notícias<br />

Produto<br />

DISTRIBUIDOR OFICIAL BORGWARNER NA EUROPA<br />

TCMATIC | A TCMATIC, distribuidor oficial da BorgWarner, já comercializa embraiagens duplas<br />

e os acoplamentos de tração total em Espanha, França e Portugal. A TCMATIC celebrou um acordo<br />

de distribuição em três dos países europeus em que lidera o sector do aftermarket de caixas de<br />

velocidade automáticas: Espanha, França e Portugal. A rede da BorgWarner permitiu à TCMATIC<br />

ampliar a sua carteira com dois novos produtos de pós-venda. Por um lado, possui oito módulos<br />

DualTronic de embraiagens duplas originais para transmissões manuais automatiza<strong>das</strong>. Um produto<br />

que garante o conforto de condução e qualidade na mudança de velocidade para o mercado,<br />

com o selo de qualidade de uma marca OEM.<br />

DIREÇÃO E SUSPENSÃO MOOG<br />

MAIS DURADOURAS<br />

DO QUE NUNCA<br />

Os componentes de direção e suspensão MOOG incluem um novo recurso<br />

de engenharia importante que ajuda os instaladores profissionais<br />

a oferecer reparações mais duradouras: proteções de borracha<br />

premium fabrica<strong>das</strong> a partir de um elastómero de poliuretano termoplástico<br />

(TPU) avançado que supera significativamente o material de borracha de<br />

cloropreno convencional usado em muitas peças concorrentes. O novo material<br />

da proteção TPU – usado em rótulas, barras estabilizadoras, ponteiras<br />

da barra de direção e conjuntos, braços de controlo transversal da MOOG –<br />

oferece até 180% mais resistência a formas comuns de degradação mecânica<br />

e 30% maior resistência a altas temperaturas. O novo material também é<br />

muito mais resistente ao desgaste causado pelo pó do travão, combustível,<br />

sal de estrada, limpeza de jantes, bem como exposição ambiental.<br />

LANÇA NOVOS ELEVADORES DE JANELAS<br />

Magneti Marelli | A Magneti Marelli Parts & Services apresenta o lançamento de novos produtos na<br />

sua gama de elevadores de vidros. O lançamento é composto por 26 referências distribuí<strong>das</strong> da seguinte forma:<br />

18 mecanismos não motorizados, 6 elevadores de vidros completos e 2 elevadores de vidros manuais. Entre as<br />

aplicações abrangi<strong>das</strong> por este novo lançamento encontram-se os elevadores de vidros completos para Dacia Duster<br />

(HM), Renault Scenic IV e Espace V e os mecanismos para os veículos Skoda Superb III, VW T-Cross e Ford Kuga II,<br />

entre outros. Com estes novos produtos, a gama de elevadores de vidros passa a contar com 1.400 referências,<br />

atingindo uma cobertura de mais de 80% do parque automóvel. To<strong>das</strong> as referências já se encontram disponíveis<br />

nos armazéns da marca.<br />

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60 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NER-TOR<br />

LANÇA NOVO CATÁLOGO<br />

A<br />

NER-TOR lançou o seu novo catálogo de acessórios, que inclui também<br />

ferramentas, escovas de limpa pára-brisas e iluminação, com um<br />

formato modernizado. O novo catálogo incorpora aplicações de produtos<br />

em tabelas e motores de busca descarregáveis através de códigos QR.<br />

Destacam-se alguns dos seus novos acessórios, como as capas de assento -<br />

para automóveis e carrinhas -, protetores de assento para animais de estimação,<br />

barras de tejadilho, depósitos de combustível, uma linha de aditivos Est<br />

e uma nova gama de acessórios topo de gama Maranello, de fabrico italiano.<br />

Além disso, este catálogo inclui uma secção específica para ferramentas, com<br />

carrinhos de ferramentas, caixas de ferramentas e macacos hidráulicos para<br />

uso profissional. A empresa estabeleceu o objetivo de continuar a desenvolver<br />

esta secção e já planeou o lançamento de um catálogo alargado exclusivamente<br />

para ferramentas profissionais.<br />

SINNEK APRESENTA<br />

NOVO ADITIVO INTEGRANTE SO/8520<br />

sinnek | Com o objetivo de estar sempre na vanguarda do setor e satisfazer as necessidades<br />

dos seus clientes, a SINNEK lançou o novo aditivo integrante SO/8520, um produto à base de<br />

solventes especialmente desenvolvido para otimizar a mistura de verniz entre peças adjacentes,<br />

o que garante um rápido processo de integração. O novo aditivo SO/8520, é compatível com<br />

toda a gama de vernizes brilhantes SINNEK independentemente da sua velocidade de secagem,<br />

permite reduzir o tempo de trabalho em pequenos reparos de carroçaria, além de otimizar o<br />

acabamento superficial e facilitar o processo de polimento posterior. O novo aditivo integrante<br />

SO/8520, é compatível com todos os vernizes brilhantes da marca, e é a solução perfeita para a<br />

correta integração entre as peças de pequenas reparações.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 61


evento<br />

8ª CONVENÇÃO ASER<br />

CONFIANÇA NO FUTURO<br />

DO AFTERMARKET!<br />

CERCA DE 170 PESSOAS, ENTRE CONVIDADOS, PARCEIROS, FORNECEDORES E IMPRENSA, REUNIRAM-<br />

SE ENTRE 15 E 17 DE JUNHO PARA CELEBRAR A 8ª CONVENÇÃO ASER QUE ESTE ANO SE REALIZOU EM<br />

SAN SEBASTIAN. O EVENTO REFORÇOU A CONFIANÇA DA DIREÇÃO NO FUTURO DO AFTERMARKET E NO<br />

CRESCIMENTO DO NEGÓCIO CUJO OBJETIVO É ATINGIR OS 150 MILHÕES DE EUROS<br />

O<br />

jornal <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi o meio da especialidade<br />

convidado para acompanhar toda a<br />

Convenção. Durante três dias intensos, fomos<br />

testemunha privilegiada do momento do ano<br />

mais aguardado por todos os parceiros e fornecedores.<br />

É um evento onde se trocam opiniões, se reforçam<br />

relações e se partilham experiências, num<br />

ambiente de trabalho descontraído, potenciado<br />

pelo trabalho de equipa e pela procura de sinergias.<br />

A Convenção abriu com um dia de apresentações,<br />

que decorreu no Aquário de San Sebastian. A presença<br />

de alguns dos sócios do IDAP, Lluis Tarrés,<br />

Aranca Negru, Alfonso Castellano e Manuel Alcalde,<br />

e a presença e participação dos representantes<br />

da Nexus, Audrey Bidart e Florian Precigout, era já<br />

uma demonstração da linha que as apresentações<br />

iriam seguir, centrada no compromisso, consolidação<br />

e envolvimento da ASER e dos seus sócios na<br />

estratégia do IDAP e da Nexus.<br />

Sobre o tema da consolidação do mercado, Martin<br />

Bajuk, diretor comercial do grupo, falou do trabalho<br />

de casa que falta fazer na ASER e na IDAP.<br />

“Para a ASER, a consolidação é uma oportunidade,<br />

ou se resiste e é um problema ou se adapta e<br />

tem-se uma oportunidade e explicou as vantagens<br />

da consolidação com vários argumentos, entre os<br />

quais que o cenário atual é muito agressivo; os<br />

grandes distribuidores posicionam o preço; os<br />

fornecedores querem menos contas, mais volume<br />

e ajustes logísticos, e para isso é necessário mais<br />

capacidade de compra para ter stocks e reduzir<br />

as compras locais (por vezes força<strong>das</strong> pelo desejo<br />

de servir a oficina na hora, tornando a logística<br />

exageradamente pesada). Falou também de estudar<br />

as possibilidades de rever a armazenagem de<br />

peças, para retirar os produtos obsoletos e encontrar<br />

espaço, estar aberto a trabalhar com novas<br />

categorias de produtos e empreender estratégias<br />

de venda como campanhas, produtos premium,<br />

promover redes de oficinas ou iniciar acordos entre<br />

parceiros.<br />

Mario Romero, responsável de marketing e comunicação,<br />

fez uma apresentação criativa com<br />

base em imagens de filmes de cinema que recordaram<br />

o nascimento do grupo (em 2016 ao juntar<br />

a Gecorusa e a Agerauto, criando uma equipa<br />

marcada por conceitos como orgulho, compromisso,<br />

convicção e superação). Para Romero, a<br />

solução é o empenho e o trabalho em equipa, trabalhando<br />

para e com o grupo.<br />

Reforçar os conceitos<br />

Depois <strong>das</strong> apresentações de Clemente Serrano,<br />

Presidente do Conselho de Administração, e da<br />

intervenção de Max Margalef, CEO da Aser, e de<br />

Pedro Moura, administrador, em que explicaram<br />

as novidades do grupo, os responsáveis da ASER<br />

mostraram aos presentes a evolução e a estratégia<br />

do grupo, em que se destacou a consolidação<br />

do seu conhecido “Plano 50” a 3 anos - 50 membros,<br />

50 milhões de euros de compras ao grupo,<br />

150 milhões de euros de ven<strong>das</strong> - e se apelou ao<br />

“compromisso e participação” dos parceiros. A<br />

apresentação centrou-se na evolução muito positiva<br />

da aserAUTO, a rede premium do grupo, e no<br />

anúncio da sua nova rede de oficinas Auto Drive<br />

Services, que integrará, com uma nova estratégia<br />

de desenvolvimento, as atuais redes Star e Tecnotaller.<br />

A nível institucional, prometeram colaborar<br />

na linha de progresso da ANCERA iniciada<br />

por José Luís Bravo, bem como empenhar-se no<br />

relacionamento com a associação congénere em<br />

Portugal, a ACAP, estando presentes em feiras<br />

como a expoMECÂNICA no Porto ou a Motortec<br />

em Madrid.<br />

Após a participação de Fernando López, da GIPA,<br />

focado na distribuição de peças, Audrey Bidart,<br />

directora de desenvolvimento de negócio da Nexus,<br />

e Florian Precigout, responsável pelo desenvolvimento<br />

da rede de oficinas Nexus, passaram<br />

em revista a história, a evolução e as figuras-chave<br />

do grupo e <strong>das</strong> suas redes de oficinas, e centraram-se<br />

na evolução do grupo, com uma estratégia<br />

centrada na sustentabilidade e na inovação como<br />

chave para liderar o futuro.<br />

E depois de uma mesa redonda na qual Javier Sanz<br />

de Andino, diretor comercial da IFEMA events, e<br />

Carlos Martín, secretário-geral da ANCERA, destacaram<br />

a importância e a necessidade de participar<br />

na Motortec, a jornada terminou com uma<br />

apresentação de “alto nível” de Fernando Romay,<br />

ex-jogador de basquetebol do Real Madrid, na<br />

qual falou, através da sua experiência, do valor da<br />

62 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A CONVENÇÃO DE ASER É UM REFLEXO FIEL DOS VALORES DO GRUPO,<br />

QUE TEM UMA PRESENÇA PROEMINENTE NESTES DIAS, PROXIMIDADE,<br />

COMUNICAÇÃO, INOVAÇÃO E TRANSPARÊNCIA, E TEM VINDO A EVOLUIR,<br />

PROCURANDO SEMPRE A INOVAÇÃO E UM MAIOR PROFISSIONALISMO


8ª CONVENÇÃO<br />

ASER<br />

A IMAGEM UTILIZADA ESTE ANO, JUNTAMENTE COM O SLOGAN “DO<br />

you ASER? YES, I DO”, REPRESENTA O TRABALHO, PARCERIA, UNIÃO E<br />

COMPROMISSO DOS PARCEIROS E FORNECEDORES PARA ENFRENTAR OS<br />

DESAFIOS PRESENTES E FUTUROS<br />

diferença e do trabalho em equipa.<br />

O dia terminou com um magnífico<br />

jantar na quinta Katxiña Txacolina,<br />

onde foram entregues as já tradicionais<br />

homenagens aos fornecedores,<br />

um troféu personalizado para cada<br />

um dos 31 executivos presentes.<br />

Na sexta-feira, parceiros e fornecedores<br />

tiveram reuniões “one to one”,<br />

num dia de trabalho produtivo que<br />

permitiu aos participantes conhecerem-se<br />

melhor e reforçar os laços<br />

pessoais e comerciais. Este formato<br />

de reuniões foi muito valorizado pelos<br />

parceiros e fornecedores. O sábado<br />

foi reservado para uma atividade<br />

conjunta em San Sebastian, onde o<br />

grupo pôde reforçar a aproximação<br />

que é promovida na Convenção.<br />

“Do you ASER? Yes, I do”<br />

Este ano, o lema da Convenção foi<br />

“Do you ASER? Yes, I do”, refletindo<br />

a linha que foi demonstrada durante<br />

os dias de trabalho, centrada no<br />

trabalho de equipa e no empenho de<br />

todos os participantes. A Convenção<br />

é um reflexo fiel dos valores do<br />

grupo, Proximidade, Comunicação,<br />

Inovação e Transparência, com objetivos<br />

que se mantiveram inalterados,<br />

embora o formato tenha evoluído<br />

ao longo dos anos na procura de<br />

inovação e maior profissionalismo,<br />

para que os parceiros da ASER e os<br />

principais fornecedores do Grupo<br />

possam trocar opiniões, fortalecer<br />

Sobre a presença da ASER em Portugal, José Luís<br />

Bravo, CEO da ASER, não podia estar mais satisfeito<br />

“Somos já nove parceiros (ATM, Celparts, Formigosa,<br />

Humberpeças, Mpeças, NPeças, Primopeças,<br />

Samiparts e Silvaspeças), cada vez mais unidos e<br />

com vontade de crescer. Destaco a consolidação da<br />

Rede aserAUTO, que conta com vinte oficinas, as<br />

quais tiveram uma profunda transformação, não só<br />

na imagem, mas também na forma de trabalhar. E<br />

como grande novidade anunciamos o lançamento<br />

de uma segunda rede, a Auto Drive Services, que<br />

vai ter oficinas de menor dimensão, que vamos<br />

ajudar com os nossos serviços e ferramentas. Para<br />

relações e partilhar experiências<br />

num ambiente de trabalho descontraído<br />

que incentiva o trabalho em<br />

equipa e a procura de sinergias.<br />

Como todos os anos, a Convenção<br />

encerrou com um jantar de gala no<br />

PORTUGAL PARA A ASER<br />

É TOTALMENTE ESTRATÉGICO!<br />

JOSÉ LUÍS BRAVO, CEO DA ASER<br />

isso, fortalecemos a nossa<br />

equipa de apoio à rede oficinal, para conseguirmos<br />

estar mais próximos <strong>das</strong> empresas.<br />

Procuramos sempre oferecer as ferramentas e os<br />

recursos adequados para satisfazer as necessidades<br />

de crescimento dos nossos parceiros. E fazemo-lo<br />

com muita assertividade, indo ao encontro <strong>das</strong> suas<br />

necessidades. Já percorremos um longo caminho,<br />

mas ainda temos um longo caminho a percorrer.<br />

Estamos empenhados em trabalhar com fornecedores<br />

aprovados pelo IDAP e pelo Nexus. E queremos<br />

transmitir os valores do trabalho em equipa, pois<br />

temos de remar juntos, cada um à sua maneira,<br />

qual José Luis Bravo, CEO da Aser,<br />

e Clemente Serrano, Presidente<br />

do Conselho de Administração, se<br />

despediram da Convenção e convidaram<br />

os participantes para a próxima,<br />

a nona do grupo.. l<br />

mas sempre em frente”.<br />

Das suas mensagens, destaca a grande aposta em<br />

implementar uma política de conformidade própria<br />

“que também se dirija aos parceiros, para que todos<br />

andemos juntos e partilhemos mais informação”. E<br />

também a determinação em reforçar os valores de<br />

proximidade, comunicação, inovação e transparência<br />

de que o grupo se orgulha: “Tudo o que fazemos<br />

é feito a pensar nos nossos parceiros para sermos<br />

mais rentáveis no negócio e no mercado. Portugal<br />

para a ASER é totalmente estratégico e estamos<br />

muito satisfeitos de poder partilhar o nosso sucesso<br />

com todos os parceiros portugueses”.<br />

64 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


evento<br />

6º SALÃO NACIONAL DO TRANSPORTE<br />

MAIS FORTE E RELEVANTE!<br />

FRUTO DA PERSISTÊNCIA DA ANTRAM E MANTENDO O FOCO NA DIVULGAÇÃO DO SETOR DOS TRANSPORTES,<br />

REALIZOU-SE DE 30 JUNHO A 2 JULHO, O 6º SALÃO NACIONAL DO TRANSPORTE QUE LEVOU AO PAVILHÃO<br />

EXPOCENTRO, EM POMBAL, MAIS DE 15.000 VISITANTES, 100 EXPOSITORES E MUITAS ATIVIDADES<br />

PARALELAS<br />

Promovido pela ANTRAM, a 6ª<br />

edição do Salão Nacional do<br />

Transporte cumpriu mais uma<br />

vez os seus objetivos de aproximar o<br />

setor da sociedade civil, as empresas<br />

dos trabalhadores e os fornecedores<br />

dos seus clientes. Durante três dias<br />

foram muitos os profissionais e famílias<br />

que visitaram o recinto do salão,<br />

onde para além de conhecerem as<br />

novidades dos expositores, puderam<br />

divertir-se e confraternizar nos eventos<br />

paralelos, que incluíram exibições<br />

de drift com camiões, carros e motos,<br />

desfile de camiões pelo município de<br />

Pombal e ainda espetáculos noturnos<br />

com DJ. Foram três dias de contactos,<br />

reuniões e convívio entre os principais<br />

«players» do mercado dos veículos<br />

pesados, da logística e do aftermarket.<br />

Sendo dedicado exclusivamente ao<br />

setor rodoviário de mercadorias, este<br />

evento teve o apoio da Câmara Municipal<br />

de Pombal, cujo presidente,<br />

Pedro Pimpão referiu “Os transportes<br />

são um setor importantíssimo<br />

para o município de Pombal, pois temos<br />

muitas empresas neste setor no<br />

nosso concelho e são milhares as pessoas<br />

que visitam o certame. Esta 6ª<br />

edição é também um incentivo para<br />

que este setor continue a ter uma<br />

predominância grande em Pombal.”<br />

A presença <strong>das</strong> principais marcas<br />

de pesados, mereceu destaque, mas<br />

também a participação de muitas<br />

empresas de aftermarket liga<strong>das</strong> a<br />

este setor de negócio, que, para além<br />

de estarem nas feiras específicas destina<strong>das</strong><br />

à área do após-venda, fazem<br />

questão de comparecer no certame<br />

que ganha fama, interesse e potencial<br />

a cada ano que passa.<br />

Por parte da organização, o objetivo<br />

de aumentar a quantidade de visitantes<br />

era claro, assim como era notória<br />

a vontade de apostar na qualidade<br />

<strong>das</strong> empresas e dos expositores<br />

que marcaram presença. Pedro Polónio,<br />

Presidente da Direção Nacional<br />

da ANTRAM, afirma “O objetivo<br />

de trazer os transportadores a Pombal,<br />

para conhecerem as novidades<br />

e confraternizarem foi plenamente<br />

conseguido. Organizamos este salão<br />

para as pequenas empresas do setor<br />

que representam 80% dos transportadores<br />

em Portugal, com mais de<br />

20.000 viaturas.”<br />

O Salão mostrou que o setor dos veículos<br />

pesados e de todos os seus complementos<br />

está vivo e de boa saúde, e<br />

foi uma excelente oportunidade para<br />

os profissionais do setor explorarem<br />

as tecnologias de ponta, as melhores<br />

práticas do setor e as tendências<br />

futuras no transporte rodoviário de<br />

mercadoras, bem como expandir a<br />

sua rede de contactos, estabelecendo<br />

uma relação mais próxima com<br />

os especialistas do setor, potenciais<br />

parceiros e outros profissionais. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 65


evento<br />

CIVIPARTS E ONEDRIVE UNEM-SE NO PARTS FEST 2023<br />

POTENCIAR SINERGIAS!<br />

AO LONGO DOS MESES DE MAIO E JUNHO, A CIVIPARTS E A ONEDRIVE, EMPRESAS DO AFTERMARKET DO GRUPO<br />

NORS, PROMOVERAM UMA INICIATIVA INOVADORA, QUE REUNIU NAS SUAS INSTALAÇÕES DO SEIXAL, PORTO,<br />

LISBOA E LEIRIA, MAIS DE SETECENTOS PROFISSIONAIS, INCLUINDO CLIENTES E PARCEIROS: O PARTS FEST 2023


Os eventos Parts Fest, foram<br />

uma iniciativa pioneira promovida<br />

pela Civiparts e a<br />

OneDrive, para apresentar a nova<br />

plataforma GSMART, bem como<br />

destacar a renovação <strong>das</strong> lojas e a<br />

operação de peças para veículos ligeiros<br />

e pesados no mesmo espaço, através<br />

<strong>das</strong> marcas Civiparts e OneDrive.<br />

Além do objetivo central, os eventos<br />

promoveram ainda o convívio entre<br />

clientes, parceiros e equipa. O lançamento<br />

oficial da plataforma GS-<br />

MART teve grande repercussão ao<br />

longo dos eventos Parts Fest 2023.<br />

Esta nova ferramenta representa um<br />

avanço significativo no processo de<br />

identificação de peças, sendo mais<br />

Além disso, foram realizados sorteios<br />

de ofertas <strong>das</strong> mesmas marcas, proporcionando<br />

aos participantes uma<br />

chance de ganhar produtos exclusivos.<br />

Ao longo de todos os Parts Fest,<br />

os participantes tiveram ainda a<br />

possibilidade de realizar visitas guia<strong>das</strong><br />

aos armazéns, permitindo-lhes<br />

obter um maior conhecimento dos<br />

processos logísticos <strong>das</strong> empresas.<br />

Essa experiência proporcionou aos<br />

clientes uma visão interna do funcionamento<br />

<strong>das</strong> operações, fortalecendo<br />

a confiança e a transparência no<br />

relacionamento com a Civiparts e a<br />

OneDrive. Os eventos tiveram lugar<br />

às sextas-feiras, nas quatro instalações<br />

da Civiparts e OneDrive, sendo<br />

os interessados apenas tiveram de<br />

se inscrever na plataforma online,<br />

a mesma utilizada para os eventos<br />

e na qual as atividades e ações do<br />

Parts Fest foram dinamiza<strong>das</strong>. Essas<br />

formações foram projeta<strong>das</strong> para<br />

atualizar os profissionais do setor,<br />

fornecendo-lhes conhecimentos valiosos<br />

sobre cada uma <strong>das</strong> principais<br />

marcas do aftermarket.<br />

LANÇAMENTO OFICIAL<br />

DA PLATAFORMA GSMART<br />

Ao longo dos eventos, a grande apresentação<br />

foi o lançamento oficial da<br />

plataforma GSMART, uma ferramenta<br />

mais ágil e eficiente de identificação<br />

de peças. O principal diferencial da<br />

nova ferramenta GSMART é a capacidade<br />

que o cliente ganha de controlar<br />

todo o processo de reparação. O GS-<br />

MART, desenvolvido pela Grupauto<br />

International, organização à qual a Civiparts<br />

e Onedrive pertencem, é uma<br />

plataforma que permite a identificação<br />

rápida e ágil do veículo através da<br />

matrícula; a receção ativa do veículo<br />

através da verificação 360º; consegue<br />

armazenar fichas técnicas, histórico de<br />

reparações e documentação associada<br />

ao veículo; possibilita rápida atribuição<br />

e planificação <strong>das</strong> reparações e<br />

garante o acompanhamento completo<br />

da peça de substituição, bem como de<br />

informação OE. l<br />

COM A ESTRATÉGIA DE UNIFICAÇÃO DAS EMPRESAS CIVIPARTS E<br />

ONEDRIVE, O GRUPO NORS PRETENDE OTIMIZAR A CADEIA LOGÍSTICA E<br />

ALCANÇAR UMA MAIOR EFICIÊNCIA E MELHORIA DE RENTABILIDADE<br />

ágil e eficiente. A principal vantagem<br />

da nova ferramenta GSMART é a capacidade<br />

que o cliente ganha de controlar<br />

todo o processo de reparação.<br />

A presença <strong>das</strong> marcas fornecedoras<br />

também foi de grande relevância ao<br />

longo dos eventos, visto que permitiu<br />

dar aos clientes conhecimento de<br />

produtos e lançamentos específicos.<br />

A presença dos fornecedores parceiros<br />

garantiu proximidade aos clientes,<br />

maior visibilidade e notoriedade.<br />

que também ofereceram aos seus<br />

respetivos clientes, a oportunidade<br />

de participarem em formações online<br />

durante a semana que antecedeu<br />

cada encontro presencial. Entre os<br />

temas <strong>das</strong> formações disponíveis,<br />

destacam-se: “Baterias AGM xEV e<br />

Pesados – Varta”, “Sistemas de Embraiagem<br />

– LUK”, “Avarias - Kits<br />

de Distribuição e Bombas de Água<br />

– SKF” e “Especificações de óleos –<br />

Wolf ”. Para assistir a estas formações<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 67


evento<br />

INDASA PROMOVE GLOBAL MEDIA EVENT<br />

VISÃO DE FUTURO!<br />

A INDASA REALIZOU NOS DIAS 1 E 2 DE JUNHO O SEU PRIMEIRO<br />

EVENTO GLOBAL PARA A IMPRENSA, COM A PRESENÇA DE DEZASSEIS<br />

DOS PRINCIPAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ESPECIALIZADOS<br />

DO MUNDO. O EVENTO TEVE COMO OBJETIVO MOSTRAR A NOVA<br />

REALIDADE DA INDASA E O COMPLEXO SISTEMA DE FABRICO DOS<br />

ABRASIVOS FLEXÍVEIS DE ALTA PERFORMANCE RHYNO<br />

O<br />

Global Media Event foi uma oportunidade<br />

de conhecer ao vivo o grande projeto de<br />

investimento da INDASA, mas também<br />

o seu compromisso de fornecer soluções novas e<br />

inovadoras para o mercado da repintura automóvel.<br />

Ao convidar dezasseis dos principais meios de<br />

comunicação automóvel do mundo a INDASA,<br />

deu um enorme passo inovador na forma como comunica<br />

com os media especialistas no pós-venda<br />

automóvel. A equipa da In<strong>das</strong>a, liderada pelo seu<br />

diretor comercial Andrew Tindal, apoiado por Tiago<br />

Matias, diretor de marketing do grupo, e pelos<br />

diferentes responsáveis <strong>das</strong> áreas da empresa e os<br />

responsáveis <strong>das</strong> diferentes filiais (Espanha, Reino<br />

Unido, França, Alemanha, Brasil, Polónia, EUA e<br />

Itália), assim como Rafael Dias, diretor do mercado<br />

ibérico, acompanharam-nos e mostraram-nos<br />

os diferentes departamentos e as suas melhorias<br />

em to<strong>das</strong> as dependências. O objetivo do evento,<br />

para além de mostrar o grande investimento feito<br />

nas renova<strong>das</strong> instalações, serviu também para<br />

demonstrar que a INDASA é uma empresa ética,<br />

sustentável, com um conhecimento profundo da<br />

realidade do pós-venda automóvel e que se orgulha<br />

da sua história.<br />

2023 representa um ano importante, com o lançamento<br />

de três novos produtos e a conclusão do<br />

projeto de investimento de 25 milhões de euros.<br />

Um investimento concebido para aumentar a capacidade<br />

de produção em cerca de 40%, assim como<br />

a tecnologia de armazenamento e expedição. A sua<br />

área fabril aumentou 24%, e várias instalações e<br />

elementos produtivos foram melhorados para oferecer<br />

as soluções exigi<strong>das</strong> pelos clientes. O projeto<br />

de investimento foi iniciado antes da covid (2019)<br />

e manteve-se durante a pandemia. À medida que<br />

foi crescendo e que a marca ganha reconhecimento<br />

global, o mercado foi exigindo mais soluções da IN-<br />

DASA. Com a sua estratégia bem definida, apoiada<br />

pelo Know How da Academia, consegue fornecer<br />

soluções para o mercado, adequa<strong>das</strong> às diferentes<br />

necessidades. A grande capacidade de fabrico e os<br />

produtos de elevado desempenho, acrescentam valor<br />

e impulsionam a marca para patamares nunca<br />

PARA A INDASA O FUNDAMENTAL DO NEGÓCIO<br />

SÃO AS PESSOAS. ACIMA DE TUDO QUER OUVIR<br />

AS SUAS OPINIÕES, PARA PODER DESENVOLVER<br />

OS PRODUTOS QUE MELHOR RESPONDAM ÀS<br />

SUAS NECESSIDADES<br />

68 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


INDASA<br />

COMPETÊNCIA DE FABRICO, RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL,<br />

INVESTIGAção & DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL,<br />

São OS QUATRO PILARES QUE FUNDAMENTAM A ESTRATÉGIA DA INDASA<br />

antes alcançados. “Para nós, esta é a<br />

oportunidade perfeita para organizar<br />

este evento e partilhar a identidade da<br />

nossa marca, os próximos lançamentos<br />

de produtos e o futuro da INDA-<br />

SA”, referiu Andrew Tindall, diretor<br />

comercial.<br />

A identidade da INDASA<br />

A INDASA é um dos principais fabricantes<br />

europeus de tecnologia de<br />

abrasivos revestidos de alto desempenho,<br />

que tem estado na vanguarda<br />

dos sistemas de lixagem a seco há<br />

mais de 40 anos. Apenas as matérias-primas<br />

da mais alta qualidade e<br />

os grãos minerais conformes são utilizados<br />

nos produtos INDASA. Cada<br />

abrasivo acreditado pela FEPA tem o<br />

prefixo “P” e assegura a consistência<br />

do desempenho e da eficiência em<br />

toda a gama. A sede em Aveiro, sem<br />

dúvida o coração da operação, alberga<br />

a produção, armazém de distribuição,<br />

laboratório de I&D, administração<br />

e o centro de formação, a Academia<br />

INDASA.<br />

Desde o início que a INDASA tem<br />

como principal mercado alvo a repintura<br />

automóvel e a exportação<br />

como prioridade. Para se impor no<br />

mercado com uma imagem forte adotou<br />

o perfil de um rinoceronte para<br />

o seu logotipo e criou a marca global<br />

Rhyno, com uma gama de produtos<br />

abrangente e um processo de fabrico<br />

com os mais altos níveis de qualidade.<br />

Para comunicar com os profissionais<br />

da repintura automóvel, foi criado o<br />

INDASA Live, um espaço totalmente<br />

insonorizado onde são realizados<br />

vídeos tutoriais, entrevistas com colaboradores<br />

e fotos de estúdio dos<br />

novos produtos. Com a criação deste<br />

novo espaço, a INDASA pretende incrementar<br />

a comunicação online com<br />

os seus clientes e o mercado em geral,<br />

através da produção própria de conteúdos<br />

orientados para a componente<br />

digital, utilizando a internet e as redes<br />

socias.<br />

Em direção a um futuro<br />

sustentável<br />

Sustentabilidade ambiental é um dos<br />

valores fundamentais da empresa,<br />

que se orgulha da forma responsável<br />

como aborda o futuro. Desde 1979<br />

que tem procurado continuamente<br />

reduzir o impacto ambiental da produção<br />

de abrasivos. Para tal, tem procurado<br />

reduzir ao máximo o plástico<br />

de utilização única, eliminaram os<br />

solventes dos produtos, uma vez que<br />

estão a utilizar solventes orgânicos,<br />

incorporaram a utilização de energia<br />

solar na fábrica, incorporaram<br />

veículos eléctricos na sua frota, bem<br />

como aumentaram a digitalização em<br />

várias áreas, o que significa que é necessário<br />

menos papel. As embalagens<br />

foram modifica<strong>das</strong> e moderniza<strong>das</strong>,<br />

utilizando menos tinta, mantendo a<br />

mascote da empresa, que está ligada<br />

à secção de comunicação corporativa,<br />

que foi significativamente melhorada.<br />

No final do evento, foi dado ênfase<br />

aos quatro pilares fundamentais da<br />

empresa: o primeiro, o Produto, oferecendo<br />

produtos de alta qualidade<br />

numa oferta renovada; o segundo, o<br />

Comercial, com uma abordagem ao<br />

mercado baseada no que este realmente<br />

exige e necessita, expandindo-<br />

-se mais nos mercados de exportação,<br />

nomeadamente fora da Europa; o terceiro,<br />

o Técnico, com investimentos<br />

em equipamentos e recursos de inovação,<br />

totalmente testados. O quarto<br />

é o Marketing, sendo mais digital e<br />

lançando mensagens claras e unifica<strong>das</strong><br />

a nível global. Para Andrew Tindall<br />

“O fundamental do nosso negócio<br />

são as pessoas, e por isso valorizamos<br />

muito a forma como as nossas equipas<br />

se relacionam com os clientes. Acima<br />

de tudo queremos ouvir as suas opiniões,<br />

para podermos desenvolver os<br />

produtos que melhor respondam às<br />

suas necessidades”.<br />

O Global Media Event terminou com<br />

uma visita ao CEC – Caramulo Experience<br />

Center, uma entidade sem fins<br />

lucrativos que se dedica ao restauro e<br />

conservação de automóveis e motos<br />

clássicos e que tem um acordo com a<br />

INDASA para utilização dos seus produtos<br />

nos restauros que executa. l<br />

70 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Uma parte muito importante da empresa é o<br />

espaço para demonstrações de produtos e operações:<br />

a Academia INDASA. É visitada por clientes<br />

e parceiros de todo o mundo para formação de<br />

produto sobre o projeto Process To Profit que<br />

aumenta a eficiência e a rentabilidade, com base<br />

na performance do abrasivo, soluções inovadoras<br />

de repintura, KPI›s, vantagens comerciais,<br />

consistência através de um processo estruturado<br />

de reparação e repintura e um programa de<br />

rentabilidade de oficina. As instalações dispõem<br />

de equipamento oficinal completo e de uma<br />

ACADEMIA INDASA<br />

equipa técnica muito experiente liderada por<br />

Humberto Plácido.<br />

A prioridade é fornecer produtos e processos<br />

de primeira qualidade que adotem as melhores<br />

práticas de trabalho, para que o acabamento<br />

desejado seja criado à primeira, sempre.<br />

Process-to-Profit é uma iniciativa da Academia<br />

INDASA, que utiliza as mais recentes técnicas de<br />

reparação de repintura. Esta solução inovadora<br />

foi concebida para maximizar o processo de<br />

reparação, através de um quadro estruturado<br />

com o objetivo de normalizar os processos de<br />

reparação, maximizar a eficiência e proporcionar<br />

rentabilidade. Foram divulgados três novos produtos<br />

que já foram apresentados internamente a<br />

to<strong>das</strong> as equipas da INDASA em todo o mundo e<br />

que serão apresentados brevemente ao mercado.<br />

São a demonstração prática da evolução que está<br />

a ser seguida pela empresa, enquadrando-se<br />

na estratégia de rentabilização, acrescentando<br />

valor e fazendo crescer o mercado através dando<br />

resposta a novas oportunidades.<br />

Para ajudar as oficinas de repintura automóvel<br />

a serem mais rentáveis e produtivas, a INDASA<br />

fornece sistemas abrasivos de alto desempenho<br />

e soluções inovadoras de repintura; Formação e<br />

conhecimentos técnicos para maximizar a competência<br />

da força de trabalho; KPIs operacionais<br />

do negócio; Consistência através de um processo<br />

estruturado de reparação e repintura e um<br />

Programa estruturado para a rentabilidade da<br />

oficina. Para que todos estes fatores funcionem<br />

e criem valor para as oficinas, a INDASA aposta<br />

cada vez mais na proximidade aos clientes no<br />

terreno, com a criação de equipas de ven<strong>das</strong> em<br />

todos os mercados onde se encontra presente.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 71


evento<br />

OPEN DAY GS YUASA<br />

REFORÇO DE POSIÇÃO!<br />

A GS YUASA CONVIDOU A IMPRENSA ESPECIALIZADA PARA APRESENTAR A NOVA ESTRATÉGIA<br />

DE MARKETING E COMUNICAÇÃO PARA RELANÇAR A SUA IMAGEM DE MARCA PREMIUM. UMA ESTRATÉGIA<br />

QUE SE ESTENDE A TODAS AS SUAS ORGANIZAÇÕES A NÍVEL MUNDIAL, INCLUINDO PORTUGAL


Juan Ignacio Moreno, diretor geral da filial<br />

ibérica aproveitou o encontro para destacar<br />

o valor da GS Yuasa como fabricante. “Somos<br />

o segundo maior fabricante a nível mundial,<br />

com 156 milhões de baterias fabrica<strong>das</strong> em 2020.<br />

Temos 6 escritórios de ven<strong>das</strong> na Europa, onde<br />

vendemos mais de 18 milhões de baterias por ano.<br />

Produzimos baterias para veículos ligeiros, pesados<br />

e indústria, e somos líder no setor <strong>das</strong> motos.”<br />

A nova estratégia de comunicação inclui a campanha<br />

global “Powering what matters”, que distingue<br />

a GS Yuasa como uma marca que pode fazer parte<br />

da vida quotidiana dos utilizadores devido ao seu<br />

número de aplicações. Centrada num anúncio de<br />

vídeo, que explora o mundo da GS Yuasa através<br />

dos olhos de uma criança de 6 anos, e da sua mãe,<br />

a campanha que está a decorrer nas televisões e<br />

meios de comunicação digitais de vários países<br />

europeus já alcançou mais de 30 milhões de visualizações<br />

e tem relançado e reforçado a imagem<br />

da marca a nível europeu. Os vídeos e as imagens<br />

realçam a gama diversificada de mercados servidos<br />

pela GS Yuasa, desde baterias de arranque para automóveis<br />

a baterias para satélites. Sobre a iniciativa,<br />

Juan Ignacio afirmou “Esta campanha destaca<br />

o enorme leque de aplicações alimenta<strong>das</strong> pela<br />

GS Yuasa. Desde a exploração <strong>das</strong> profundezas do<br />

oceano até à Estação Espacial Internacional a 250<br />

milhas acima da Terra - as baterias GS Yuasa são a<br />

escolha número um para milhões de aplicações em<br />

todo o mundo.»<br />

A empresa está também a reforçar a sua comunicação<br />

através <strong>das</strong> redes sociais (linkedin, facebook e<br />

instagram) e a sua participação em feiras do sector,<br />

como as mais recentes realiza<strong>das</strong> em Birmingham<br />

e Frankfurt estando também previsto participar<br />

como expositor na próxima Motortec que irá realizar-se<br />

em 2025. A nova estratégia de comunicação<br />

europeia coordenada pela GS Yuasa é um testemunho<br />

da dedicação contínua da empresa aos seus<br />

clientes e do seu empenho em promover a marca<br />

em todo o continente.<br />

nova Estratégia de marketing<br />

A nova estratégia de marketing da GS Yuasa passa<br />

pela formação, com a sua plataforma online<br />

GS Yuasa Academy, que inclui mais de 100 vídeos<br />

tutoriais e 20 cursos dinâmicos adaptados a cada<br />

trabalho, bem como a disponibilização de informações<br />

de montagem <strong>das</strong> suas baterias no portal<br />

www.fit.yuasa.com, onde basta fornecer a matrícula<br />

do veículo para obter o número de referência<br />

exato a utilizar. A Oficina Kyoto, por sua vez, é um<br />

conceito que se traduz em campanhas específicas,<br />

acompanhamento de ven<strong>das</strong> e rappels para as cerca<br />

de 200 oficinas que fazem parte do programa.<br />

No que diz respeito ao sector automóvel, Juan Ignacio<br />

salientou que “Yuasa, GS Yuasa e GS são as<br />

nossas três marcas. Fornecemos grupos de compra<br />

como AD, ATR, Groupauto, Nexus, GlobalOne e<br />

Temot. As marcas são aprova<strong>das</strong> pelos principais<br />

construtores de automóveis e têm uma forte presença<br />

no primeiro equipamento.” A gama de baterias<br />

incorpora características de design inovador<br />

e matérias-primas de alta qualidade para oferecer<br />

um rendimento cíclico superior, alta capacidade<br />

para uma recarga rápida entre os modos de motor<br />

desligado e a potência extra para operar a parte<br />

elétrica a bordo enquanto o motor está desligado.”<br />

Nos escritórios em Madrid, a GS Yuasa Ibérica<br />

conta com uma equipa de 14 pessoas, que gere as<br />

encomen<strong>das</strong> e expedição de mais de um milhão de<br />

unidades por ano e fornece os clientes a partir do<br />

seu armazém em San Fernando de Henares, perto<br />

da sede. A GS Yuasa está também presente nos<br />

pontos de venda, com artigos promocionais como<br />

uma nova linha de t-shirts, bonés e sweatshirts.<br />

Objetivos ambientais atingidos<br />

A GS Yuasa anunciou que atingiu as suas metas<br />

ambientais e de redução de emissões a médio prazo<br />

como parte da sua resposta às alterações climáticas.<br />

Através de uma vasta gama de medi<strong>das</strong> de<br />

redução de CO2, está a trabalhar no sentido da<br />

neutralidade de CO2, com metas ambiciosas de<br />

redução <strong>das</strong> emissões totais de CO2 em 30% até<br />

2030, em comparação com 2018. A caminho deste<br />

objetivo, já foi alcançada uma poupança de emis-<br />

FORMAÇÃO E APOIO<br />

TÉCNICO ESPECIALIZADO<br />

A formação é uma parte integrante dos objetivos da GS<br />

Yuasa para o aftermarket, capacitando distribuidores<br />

e oficinas para novas oportunidades. As ações<br />

de formação permitem os profissionais obterem<br />

informação sobre as últimas novidades em tecnologia<br />

de baterias de uma forma interessante e acessível.<br />

Por outro lado, o departamento técnico oferece suporte<br />

técnico e consultoria a milhares de utilizadores.<br />

A qualidade superior, a fiabilidade e o desempenho<br />

<strong>das</strong> baterias de chumbo-ácido regula<strong>das</strong> por válvula<br />

(VRLA) e de iões de lítio da GS Yuasa fazem delas<br />

a escolha preferida para aplicações em veículos ligeiros<br />

e pesados, motociclos e industriais.<br />

sões de CO2 de 6% entre 2019 e 2022. Além disso,<br />

a proporção de produtos amigos do ambiente no<br />

total de ven<strong>das</strong> de todos os produtos é agora de<br />

pelo menos 35%, o consumo de água foi reduzido<br />

em 8% e a proporção de chumbo reciclado utilizado<br />

na produção de baterias excede 35%. A GS<br />

Yuasa concentra-se na reciclagem seletiva no seu<br />

próprio ambiente de produção. E esforça-se por<br />

aumentar a taxa de utilização de chumbo reciclado.<br />

Como este é o principal material para baterias<br />

de chumbo-ácido, um dos principais produtos da<br />

GS Yuasa, a utilização sustentável deste recurso<br />

é particularmente importante. A proporção de<br />

chumbo reciclado na produção de baterias deve ser<br />

de pelo menos 35%, de acordo com os objetivos de<br />

sustentabilidade da própria empresa. l<br />

A NOVA GERAÇÃO DE BATERIAS YUasa SÃO DESENHADAS<br />

ESPECIFICAMENTE PARA CUMPRIR COM A POUPANÇA DE COMBUSTÍVEL<br />

E MELHORAR as EMISSÕES DOS VEÍCULOS EQUIPADOS COM OS SISTEMAS<br />

DE REDUÇÃO DE EMISSÕES, COMO START-stoP<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 73


Oficina<br />

do Mês<br />

Instalações amplas e bem equipa<strong>das</strong><br />

A abertura, este ano 2023, <strong>das</strong> novas instalações<br />

de Neiva ao completar o 17º aniversário, que incluem<br />

a loja SDK Pneus, em parceria com a Vulco<br />

da rede de oficinas da Goodyear, é mais um passo,<br />

num projeto diferenciador da empresa Sandokan,<br />

que agora está mais capacitada para responder às<br />

exigências do mercado atual. Este novo espaço dedica-se<br />

ao comércio e montagem de pneus, quer<br />

de viaturas ligeiras quer pesa<strong>das</strong> e dispõe de três<br />

linhas de alinhamento de direção de ligeiros e uma<br />

de pesados. A oficina conta com uma localização<br />

estratégica, devido à elevada concentração de empresas<br />

liga<strong>das</strong> à indústria, ao comércio e ao transauto<br />

services<br />

A OFICINA DO MÊS É PATROCINADA POR TotalEnergies<br />

SDK PNEUS<br />

PROJETO DIFERENCIADOR!<br />

O GRUPO SANDOKAN CELEBROU 17 ANOS E ABRIU NOVAS INSTALAÇÕES NA ZONA INDUSTRIAL<br />

DO NEIVA, VIANA DO CASTELO. FILIPE CARVALHO, DIRETOR GERAL, E JOÃO PAULO DINIZ,<br />

DIRETOR FINANCEIRO, FORAM OS ANFITRIÕES NA VISITA QUE FIZEMOS ÀS NOVAS INSTALAÇÕES<br />

O<br />

Grupo Sandokan surgiu em 2006, apostando<br />

na excelência dos serviços, na qualidade<br />

dos equipamentos e numa resposta sempre<br />

pronta aos seus clientes. Disponibiliza uma variada<br />

gama de produtos para venda e aluguer e conta com<br />

uma equipa altamente qualificada e experiente.<br />

A empresa foi constituída nas instalações situa<strong>das</strong><br />

em Vila do Monte (Barcelos) e dedicou-se inicialmente<br />

ao aluguer de grupo de geradores e palcos<br />

para eventos. Em 2007, mudou-se para Antas (Esposende).<br />

No ano de 2011, foi constituída uma segunda<br />

empresa do grupo, dedicada às instalações<br />

elétricas. Em 2015, abriu duas filiais, em Vila Real<br />

e Santa Maria da Feira, assumindo a representação<br />

para Portugal de uma marca italiana de grupo de<br />

geradores e apostando na assistência técnica destes<br />

equipamentos.<br />

No ano de 2017, a Sandokan adquiriu as instalações<br />

em Neiva com a isenção do IMT por parte do<br />

Município, correspondendo a uma verba de 169<br />

mil euros para um investimento de 2,6 milhões.<br />

No ano de 2018, aumentou as áreas de negócio<br />

abrangi<strong>das</strong>, assumindo o comércio de equipamentos<br />

novos e usados e eventos. Filipe Carvalho,<br />

diretor geral, referiu que a transferência da<br />

empresa para Viana do Castelo teve como “grande<br />

impulso” as isenções de IMT conferi<strong>das</strong> pela<br />

autarquia. Desde a aquisição <strong>das</strong> instalações na<br />

Zona Industrial de Neiva, a empresa quase triplicou<br />

o número de colaboradores, contando com<br />

um crescimento médio do volume de negócios de<br />

cerca de 35% desde 2017. O investimento global<br />

da empresa, com a aquisição do espaço, obras e<br />

equipamentos, já supera os 6 milhões de euros.<br />

No ano de 2020, abriu uma filial em Lisboa e a<br />

exploração de duas lojas de pneus em Esposende<br />

e Seixas. Em 2021, iniciou a transformação e<br />

adaptação do espaço de aluguer e serviços centrais<br />

e, em 2022, abriu uma filial em Viseu e terminou<br />

o ano com 86 colaboradores.<br />

SDK PNEUS<br />

Diretor Geral<br />

Filipe Carvalho<br />

Morada<br />

Zona Industrial Neiva, Fase II, Lote EQ1 <br />

4935-232 Neiva (Viana do Castelo)<br />

Telefone<br />

258 333 303<br />

E-mail<br />

sdkpneusneiva@vulco.pt<br />

Site<br />

www.vulcp.pt<br />

porte, o que representa uma enorme oportunidade<br />

de negócio e expansão de mercado.<br />

Uma <strong>das</strong> mais valias da SDK Pneus é o serviço de<br />

assistência 24 horas, 7 dias por semana, através<br />

<strong>das</strong> suas carrinhas de assistência móvel. “O Grupo<br />

já tem a experiência de trabalhar este serviço na<br />

área dos geradores, e foi este conceito que trouxemos<br />

para os pneus. Dispomos de três carrinhas e<br />

conseguimos fazer assistência no local a veículos<br />

pesados, industriais e agrícolas. Este é um serviço<br />

que verdadeiramente nos distingue e tem uma elevada<br />

procura”, afirma Filipe Carvalho.<br />

A oficina presta assistência a toda a frota do Grupo<br />

Sandokan, o que garante um fluxo de trabalho contínuo.<br />

Muitos clientes são proprietários de viaturas<br />

compra<strong>das</strong> ao Grupo. Sendo uma oficina integrada<br />

na rede Vulco, consegue oferecer uma completa<br />

oferta de produtos e serviços, assim como campanhas<br />

de desconto.<br />

Integrada no universo de empresas do grupo Sandokan,<br />

a SDK Pneus usufrui <strong>das</strong> sinergias entre as<br />

diversas empresas. “Fazemos todos os serviços de<br />

assistência técnica a veículos pesados e máquinas<br />

industriais. Somos autónomos nas reparações de<br />

mecânica, chapa e pintura e metalurgia”, refere João<br />

Paulo Diniz. Devido ao aumento substancial dos<br />

equipamentos industriais novos, os usados começaram<br />

a ter uma grande procura, sendo um negócio<br />

em alta para o grupo Sandokan.<br />

Relativamente ao futuro da SDK Pneus, Filipe<br />

Carvalho afirma “Vamos consolidar a equipa e<br />

manter o modelo de negócio. Temos um novo comercial<br />

dedicado à venda de pneus para pesados<br />

e esperamos crescer neste segmento. Com o apoio<br />

da Vulco no marketing e na imagem corporativa,<br />

vamos evoluir na comunicação com os clientes. A<br />

nossa aposta é na qualidade do produto e do serviço.<br />

Não vamos entrar na guerra de preços, a trocar<br />

pneus por dinheiro, porque mais tarde ou mais<br />

cedo, paga-se a fatura”, conclui. l<br />

74 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PARA FILIPE CARVALHO, DIRETOR GERAL DA SDK PNEUS “A ABERTURA DO<br />

NOVO ESPAÇO É MAIS UM PASSO NUM PROJETO DIFERENCIADOR DO GRUPO<br />

SANDOKAN, QUE AGORA ESTÁ MAIS CAPACITADO PARA RESPONDER ÀS<br />

EXIGÊNCIAS DO MERCADO ATUAL”


produto<br />

ALFA E-PARTS LANÇA 490 NOVAS REFERÊNCIA DE SENSORES EGTS<br />

COBERTURA MÁXIMA<br />

COM STOCK REDUZIDO!


A ALFA E-PARTS, NOVA MARCA DE PEÇAS ELÉTRICAS E ELETRÓNICAS QUE INTEGRA<br />

A DIVISÃO EUROPEIA DA BBB INDUSTRIES, APRESENTOU RECENTEMENTE A SUA TERCEIRA<br />

AMPLIAÇÃO DE UM CATÁLOGO QUE JÁ ULTRAPASSA AS 6.000 REFERÊNCIAS<br />

Foram 650 novos produtos, de mais de 30 tipos<br />

diferentes, que a Alfa e-Parts acrescentou em<br />

junho à sua gama, sendo a terceira ampliação<br />

do catálogo, destacando-se sobretudo a incorporação<br />

de uma nova família de sensores de temperatura<br />

dos gases de escape ou EGTS, uma peça fundamental<br />

para o sistema de escape. Estes sensores<br />

que medem e monitorizam a temperatura dos gases<br />

de escape em vários locais do sistema de escape, entram<br />

no catálogo da Alfa e-Parts com 490 referências.<br />

Produtos estes que provêm do OEM. Após um<br />

trabalho de consolidação inteligente, a Alfa e-Parts<br />

fornece cobertura máxima de referências OE, que<br />

permite que os clientes otimizem espaço e ganhem<br />

rentabilidade. As 490 referências EGTS (sensores de<br />

temperatura dos gases de escape) tratam-se de peças<br />

com o conceito de consolidação inteligente recomendado<br />

diretamente pelos OEM. Estes componentes<br />

aplicam-se a um grande número de modelos de veículos,<br />

o que permite à Alfa e-Parts ter menos peças<br />

de reposição para dar resposta às necessidades dos<br />

clientes. Graças a este trabalho de unificação e otimização,<br />

a oferta permite aos clientes ter a máxima<br />

cobertura <strong>das</strong> gamas de veículos, fazer menos stock,<br />

obter maior rotatividade e praticar melhor nível de<br />

serviço. Quer se trate de uma substituição de qualidade<br />

equivalente (aftermarket) ou original (OE),<br />

INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE OS SENSORES EGTS<br />

O sensor de temperatura dos gases de escape, EGTS, mede a temperatura no sistema de escape do veículo. O elemento sensor<br />

muda a resistência quando a temperatura muda. A ECU mede esta resistência e calcula a temperatura real do escape. Esta função<br />

protege o motor e os componentes do escape contra o sobreaquecimento. Como mostra o Quadro, podem ser instalados até 12<br />

sensores no tubo de escape<br />

Diagrama de um sistema de escape<br />

T9<br />

EGR<br />

Cooler<br />

Intercooler<br />

Turbocompressor<br />

T8<br />

EGR<br />

Catalisador<br />

Catalisador<br />

DOC<br />

Filtro de<br />

partículas DPF<br />

Catalisador<br />

seletivo SRC<br />

T3 T4 T5 T6 Ureia<br />

T7<br />

T3 - antes do turbocompressor T4 - depois do turbocompressor T5 - depois do catalisador DOC<br />

T6 - depois do filtro de partículas DPF T7 – depois do catalisador seletivo SRC T8 – antes EGR<br />

T9 – depois EGR<br />

A ALFA E-PARTS, MARCA ESPANHOLA DA BBB INDUSTRIES CONTROLA<br />

EXAUSTIVAMENTE TODO O PROCESSO, DESDE A CONCEPÇÃO E O<br />

DESENVOLVIMENTO DA AMOSTRA INICIAL ATÉ À PRODUÇÃO EM SÉRIE<br />

todos os produtos da Alfa e-Parts são fabricados de<br />

acordo com os rigorosos regulamentos do setor automóvel,<br />

cumprindo os mais elevados padrões de<br />

qualidade e oferecendo a mesma garantia. A marca<br />

controla, exaustivamente, todo o processo, desde a<br />

conceção e desenvolvimento da amostra inicial até à<br />

produção em série. A Alfa e-Parts está empenhada<br />

em oferecer um produto 100% projetado, fabricado e<br />

testado sob rigorosos e exigentes testes de qualidade.<br />

A marca aproveita a rica história da BBB Industries<br />

para fornecer peças e serviços de elevada qualidade<br />

que deem resposta às expetativas dos clientes.” l<br />

AS AVARIAS MAIS COMUNS DOS SENSORES EGTS SÃO:<br />

l Alterações na resistência do elemento sensor devido à exposição a temperaturas excessivamente eleva<strong>das</strong>.<br />

l Danos na cablagem interna devido a vibração excessiva.<br />

l Exposição dos cabos a outros contaminantes ou fluidos, como óleo ou anticongelante.<br />

Efeitos de falha mais comuns são os seguintes:<br />

l Luz do painel de instrumentos acesa para o filtro de partículas ou para o motor.<br />

l Regeneração desnecessária do filtro de partículas.<br />

l Aumento do consumo de óleo.<br />

l Aumento dos níveis de emissão de CO (monóxido de carbono), NOX (óxidos de azoto) e HC (hidrocarbonetos não queimados).<br />

l Alteração do desempenho do motor devido à anomalia provocada pela falha do sensor.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho-Agosto I 2023 77


Técnica<br />

&Serviço<br />

AVARIAS COMUNS<br />

OS RUÍDOS QUE PRODUZEM<br />

ALGUMAS DAS avarIAS MAIS COMUNS SÃO FACILMENTE IDENTIFICadaS<br />

APENAS PELO SEU SOM. O RUÍDO QUE O AUTOMÓVEL PRODUZ PODE DAR PIStaS<br />

PARA ANTECIPARMOS UM PROBLEMA MAIOR<br />

Felizmente, as avarias mais comuns<br />

são acompanha<strong>das</strong> por<br />

um ruído estranho e diferente do<br />

habitual. Saber reconhecer esses sinais<br />

evitará problemas mais grandes e caros.<br />

Uma boa manutenção preventiva<br />

evita ter avarias no futuro. Todos os<br />

veículos devem cumprir com as suas<br />

indicações correspondentes de revisão.<br />

É nelas que se solucionam problemas<br />

e se previne as avarias mais comuns.<br />

Muitas delas são identifica<strong>das</strong> através<br />

do seu som, embora outras permanecem<br />

sem aviso.<br />

Sistema de travões:<br />

Chiadeira<br />

Começamos pela que, possivelmente,<br />

seja a avaria mais comum. Na hora<br />

de travar, os discos e as pastilhas entram<br />

em contato para produzir fricção<br />

e assim parar o veículo. De forma<br />

geral, não deveríamos de sentir essa<br />

chiadeira, mas se a sentirmos significa<br />

que algo se passa com o conjunto<br />

de travagem. O mais habitual é que<br />

se trate de uma falta de lubrificação<br />

<strong>das</strong> pastilhas, embora também seja<br />

possível que exista uma falha mais<br />

importante que necessita ser revista.<br />

Correia de distribuiçÃO:<br />

Rangidos<br />

Outro problema que se identifica ao<br />

primeiro aviso. Se ao circular, principalmente<br />

em acelerações, ouvir um<br />

ranger muito agudo significa que a<br />

correia de distribuição está a patinar<br />

<strong>das</strong> engrenagens devido a um desgaste<br />

excessivo. Não é um problema menor<br />

ou algo que se corrija por si próprio.<br />

É importante trocar a correia.<br />

Amortecedores:<br />

Trepidação<br />

O conjunto de suspensões de um<br />

automóvel permite que irregularidades<br />

da estrada sejam filtra<strong>das</strong> para o<br />

habitáculo para reduzir as oscilações<br />

da carroçaria e aumentar o conforto.<br />

Se sentirmos uma trepidação seca<br />

quando passamos por um buraco ou<br />

uma lomba, isso significa que amortecedor<br />

está danificado, que perdeu<br />

óleo e que necessita de ser substituído<br />

imediatamente.<br />

DireçÃO:<br />

Estalos<br />

Dentro do catálogo <strong>das</strong> avarias mais<br />

comuns, encontramos as avarias origina<strong>das</strong><br />

no sistema de direção do<br />

veículo. São problemas de carácter<br />

grave visto que reduzem a manobrabilidade<br />

do veículo e a segurança. Um<br />

estalar ao rodar faz-nos perceber que<br />

exista uma avaria no sistema: principalmente<br />

se diz respeito à bomba hidráulica<br />

da direção ou por desgaste de<br />

alguns dos componentes auxiliares.<br />

Embraiagem:<br />

Som seco<br />

A embraiagem é o disco que se insere<br />

entre o volante de inércia do motor e<br />

a caixa de velocidades. Graças a esta é<br />

possível mudar de velocidades. Quando<br />

pisa a embraiagem é produzido<br />

um desacoplamento da transmissão<br />

e do motor e quando se solta volta-se<br />

a produzir essa união. Se ao soltar a<br />

embraiagem notarmos um ruído seco<br />

e curto isto significa que algum dos<br />

elementos da embraiagem está defeituoso<br />

ou com desgaste excessivo.<br />

Válvulas:<br />

Batimentos mecânicos<br />

Muitas avarias comuns são gera<strong>das</strong><br />

por uma descompensação no funcionamento<br />

do motor. Se ao circular<br />

sentir um ligeiro batimento mecânico,<br />

que é mais rápido ao acelerar,<br />

significa que o pistão está a bater nas<br />

válvulas. Esse batimento mecânico é<br />

sinónimo de uma avaria importante<br />

na unidade propulsora.<br />

Escape:<br />

Falhas<br />

Se no momento de acelerar aperceber-se<br />

de uma falha ou pequenas<br />

detonações significa que em algum<br />

ponto da cadeia foi produzida uma<br />

falha numa junta. Deve ser revisto e<br />

testado já que o automóvel perderá<br />

rendimento e reprovará nas inspeções<br />

periódicas obrigatórias.<br />

Carroçaria:<br />

aTritos<br />

Algumas <strong>das</strong> avarias mais comuns de<br />

um veículo estão relaciona<strong>das</strong> com a<br />

sua carroçaria. A camada protetora<br />

não nos protege apenas do exterior,<br />

mas também está presente para absorver<br />

impactos e fixar alguns dos<br />

elementos estruturais essenciais. Um<br />

problema na carroçaria, como um<br />

para-choques solto, é percebido através<br />

de um ruído recorrente de atrito,<br />

seja com a estrada ou com outros<br />

componentes da carroçaria. l<br />

78 Julho-Agosto I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


GALA<br />

IX EDIÇÃO 2023<br />

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