Jornal das Oficinas 213

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19 jornaldasoficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira 213 C Novembro 2023 PERIODICIDADE | MENSAL ANO XVIII | 3 EUROS PUB DIGITALIZAÇÃO NAS OFICINAS REVolução DIGITAL! Pág. 10 IX Gala toP 100 Pág. 06 \\ A Quinta de São Luiz, em Coimbra, voltou a ser palco de mais uma edição da Gala TOP 100, cerimónia que premiou no dia 13 de outubro, os melhores do aftermarket nacional Dan Menahem Pág. 32 \\ Entrevistámos Dan Menahem, administrador da Sofrapa, o maior distribuidor de peças a nível nacional que desde 2016 ocupa o primeiro lugar do ranking TOP 100 Orçamento na oficina Pág. 62 \\ Neste artigo, enumeramos uma série de dados chave que a oficina deve ter em conta no momento de apresentar um orçamento de manutenção ou reparação ao cliente Preparação de fundos Pág. 58 \\ O processo de reparação da carroçaria de um veículo batido, danificado ou sinistrado implica a realização de um grande número de tarefas e operações que requerem um conhecimento técnico amplo e exaustivo PUB PUB PUB PUB M Y CM MY CY CMY K A qualidade está no nosso adn

Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>213</strong><br />

C<br />

Novembro 2023<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XVIII | 3 EUROS<br />

PUB<br />

DIGITALIZAÇÃO NAS OFICINAS<br />

REVolução DIGITAL! Pág.<br />

10<br />

IX Gala toP 100<br />

Pág. 06 \\ A Quinta de São Luiz, em Coimbra,<br />

voltou a ser palco de mais uma edição da Gala TOP<br />

100, cerimónia que premiou no dia 13 de outubro,<br />

os melhores do aftermarket nacional<br />

Dan Menahem<br />

Pág. 32 \\ Entrevistámos Dan Menahem,<br />

administrador da Sofrapa, o maior distribuidor<br />

de peças a nível nacional que desde 2016 ocupa<br />

o primeiro lugar do ranking TOP 100<br />

Orçamento na oficina<br />

Pág. 62 \\ Neste artigo, enumeramos uma série<br />

de dados chave que a oficina deve ter em conta<br />

no momento de apresentar um orçamento de<br />

manutenção ou reparação ao cliente<br />

Preparação de fundos<br />

Pág. 58 \\ O processo de reparação da carroçaria<br />

de um veículo batido, danificado ou sinistrado<br />

implica a realização de um grande número<br />

de tarefas e operações que requerem um<br />

conhecimento técnico amplo e exaustivo<br />

PUB<br />

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SIDEM<br />

DIREÇÃO E<br />

SUSPENSÃO.<br />

ORIENTADOS PELA CONCENTRAÇÃO.<br />

LIDERADOS PELA EXCELÊNCIA.<br />

A Sidem é o principal designer e fabricante de peças para direção e suspensão para o setor automóvel<br />

na montagem e pós-venda. A empresa familiar, existente desde 1933, oferece mais de 9000<br />

referências e mais de 4 milhões de artigos disponíveis em stock para quase to<strong>das</strong> as<br />

marcas de automóveis europeias e asiáticas. Este facto, combinado com o seu<br />

próprio centro europeu de I&D, produção e logística, torna a Sidem no<br />

especialista em peças para direção e suspensão para automóveis<br />

com qualidade de equipamento original ou superior.<br />

SIDEM.EU


Editorial<br />

<strong>213</strong><br />

Novembro 2023<br />

Folha de serviço ...................................................... 04<br />

ACONTECIMENTO<br />

Gala TOP 100 ........................................................... 06<br />

DESTAQUE<br />

Digitalização nas oficinas ................................... 10<br />

CAMPANHA<br />

E-Mobility .................................................................... 18<br />

ENTREVISTAS<br />

Ana Castro (ContiTech) ........................................ 28<br />

Dan Menhaem (Sofrapa) ...................................... 32<br />

Graciano Costa (Meadela Peças) .................... 36<br />

Tiago Moreira (Euroextras) ................................ 40<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas .................................................................... 23<br />

Produto ........................................................................ 44<br />

EMPRESA<br />

Mota & Pimenta ....................................................... 50<br />

OFICINA DO MÊS<br />

Centro Auto estrela da Manhã ......................... 54<br />

PRODUTO<br />

Mintex FIT ................................................................... 56<br />

Wolf Electrum ........................................................... 57<br />

TÉCNICA & SERVIÇO<br />

Preparação de fundos .......................................... 58<br />

GESTÃO<br />

Orçamento na oficina ........................................... 62<br />

EXTRAORDINÁRIO<br />

2023<br />

O<br />

Aftermarket nacional continua a dar sinais de grande vitalidade e em 2023 a maior parte<br />

<strong>das</strong> empresas vai crescer relativamente a 2022. As várias crises não afetaram o setor e em<br />

alguns aspetos até o têm beneficiado. De uma forma geral, as empresas estão a crescer<br />

beneficiando da conjuntura económica favorável, verificando-se notoriamente um maior<br />

crescimento <strong>das</strong> empresas com maior dimensão. A valorização do Aftermarket e a solidificação<br />

da sua dimensão como área de negócio potenciou aquisições e fusões, e neste<br />

aspeto assistimos a um crescendo de associação por parte <strong>das</strong> empresas retalhistas de peças, quer pela<br />

inserção ou aglomeração em redes europeias, nomeadamente de Espanha, quer pela criação e desenvolvimento<br />

de redes nacionais. Como é evidente o mercado do pós-venda tem vindo a beneficiar deste<br />

fenómeno, permitindo manter níveis de crescimento, competitividade e dinâmica no sector.<br />

O momento atual antecipa indicadores de um futuro positivo que, com as devi<strong>das</strong> adaptações e com<br />

a flexibilidade adequada, significará que o aftermarket terá boas perspetivas de continuação de bons<br />

resultados, prolongando ao máximo este clima de euforia e prosperidade. Mas apesar do momento<br />

positivo que o setor atravessa, não podemos esquecer que vivemos numa altura de alguma instabilidade<br />

devido aos conflitos na Ucrânia e Israel e às várias medi<strong>das</strong> que a Europa tomou na tentativa<br />

de abrandar a inflação. Ainda não é possível prever se estas medi<strong>das</strong> resultarão num abrandamento<br />

acentuado do consumo, mas existe uma clara tendência para tornar o mercado mais pessimista o que<br />

consequentemente faz com que os investimentos e consumo sejam menores.<br />

O setor enfrenta dias desafiantes, visto Portugal ser detentor de um parque automóvel envelhecido e<br />

consequentemente se verificar uma crescente necessidade de peças de reposição. A par disso, o aparecimento<br />

de carros cada vez mais tecnológicos criam o desafio de acompanhar a sua evolução a nível de<br />

conhecimento e de peças de reposição cada vez mais específicas.<br />

A atividade dos principais agentes do setor pós-venda irá continuar fortemente condicionada por todo<br />

este ambiente de mudança na mobilidade automóvel, pelo que terão de ter a capacidade e a agilidade<br />

de operar em constante adaptação. Esta circunstância passa obrigatoriamente por saber interpretar<br />

os sinais e as tendências atuais e futuras que irão impactar o negócio. Há mais empresas a competir e<br />

assistimos a uma perda de margem significativa em muitas gamas de peças, pois existem empresas que<br />

para competir só ficam com os bónus que as marcas oferecem, e a médio prazo isso vai por em causa a<br />

sobrevivência de muitas.<br />

O momento é de uma total transformação no aftermarket, exigindo a todos os players muito rigor e<br />

ponderação na gestão dos seus negócios. O setor do pós-venda automóvel, caracteriza-se pela competitividade,<br />

exigência e progressão constante. Sempre foi reconhecido como muito resiliente, e o facto de<br />

ter suportado e ultrapassado várias “crises” recentes confirma a sua resiliência.<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor<br />

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com<br />

// PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N<br />

- 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

// IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM 10.000 exemplares<br />

www.apcomunicacao.com<br />

Parceiro em Espanha<br />

EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM<br />

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 3


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

DAN MENAHEM<br />

ADMINISTRADOR DA SOFRAPA<br />

HOJE O CLIENTE QUER ESCOLHA,<br />

PORQUE O PARQUE ENVELHECE E<br />

A NECESSIDADE DO CLIENTE FINAL<br />

É DIFERENTE CONSOANTE A IDADE<br />

DO CARRO E DA SUA CARTEIRA.<br />

ENTÃO, TEMOS QUE OFERECER<br />

VÁRIAS MARCAS COM VÁRIOS<br />

POSICIONAMENTOS DE PREÇO.<br />

É FULCRAL TER UMA OFERTA<br />

ABRANGENTE<br />

CAMPANHA JO 2024:<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

NO AFTERMARKET<br />

Não pode haver dúvi<strong>das</strong> de que a sustentabilidade<br />

é uma <strong>das</strong> questões mais prementes<br />

que as empresas do aftermarket enfrentam<br />

atualmente. A sustentabilidade está a moldar a<br />

forma como o setor está a mudar, e continuará a<br />

fazê-lo no futuro. Para compreender plenamente<br />

o seu significado, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> vai lançar<br />

em 2024 a Campanha “Sustentabilidade (ESG) no<br />

Aftermarket” com o objetivo de informar gestores e<br />

profissionais sobre a importância de incorporarem<br />

iniciativas de ESG (Environment, Social and Governance)<br />

na estratégia da empresa. Patrocinar esta<br />

Campanha significa estar a acompanhar as tendências<br />

deste novo paradigma que vai alterar o funcionamento<br />

<strong>das</strong> empresas, tanto a nível interno como<br />

externo. As marcas e empresas associa<strong>das</strong> a esta<br />

Campanha transmitem uma imagem de confiança<br />

no futuro do aftermarket e deste modo aumentam a<br />

notoriedade junto do seu público alvo.<br />

ANA CASTRO<br />

AREA SALES MANAGER PORTUGAL<br />

CONTINENTAL CONTITECH PTG<br />

TEMOS QUE NOS MANTER MUITO<br />

FOCADOS E OBSERVADORES EM<br />

TUDO AQUILO QUE FAZ PARTE DO<br />

NOSSO MERCADO E NAS DIRETRIZES<br />

ENVOLVIDAS DE FORMA A ESTARMOS<br />

PRONTOS A AGIR CONFORME AS<br />

TENDÊNCIAS FUTURAS. ESTARMOS<br />

BEM PREPARADOS PARA AS<br />

MUDANÇAS QUE VÊM, É O MAIOR<br />

DESAFIO QUE TEMOS ATUALMENTE<br />

SEMÁFORO<br />

GRACIANO COSTA<br />

DIRETOR-GERAL DA MEADELA<br />

PEÇAS<br />

É EVIDENTE QUE, TANTO NA<br />

DISTRIBUIÇÃO COMO NA<br />

REPARAÇÃO, ESTÃO-SE A CRIAR<br />

MUITOS GRUPOS. TODOS QUEREM<br />

CONTROLAR O MERCADO, MAS NO<br />

FUTURO VAI SER DIFÍCIL PARA OS<br />

GRUPOS ALIMENTAREM A MÁQUINA<br />

QUE CRIARAM. SÃO ESTRUTURAS<br />

MUITO GRANDES. JÁ TEMOS VISTO<br />

GRUPOS GRANDES QUE COMEÇARAM<br />

A ENFRAQUECER, PORQUE É UM<br />

MERCADO MUITO COMPLEXO<br />

Atrasos nos apoios persistem<br />

Há empresas que estão a desistir ou a<br />

colocar em causa investimentos previstos<br />

devido aos atrasos nos pagamentos<br />

dos apoios relativos a fundos europeus,<br />

quer do PRR quer de anteriores quadros<br />

comunitários. Muitas empresas revelam<br />

um grande descontentamento pela<br />

demora na apreciação aos projetos,<br />

e há situações que são inadmissíveis,<br />

pois a demora ultrapassa um ano para<br />

darem uma resposta. É fundamental<br />

manter os apoios ao consumo de energia<br />

e de combustíveis <strong>das</strong> empresas, por<br />

uma questão de competitividade com<br />

empresas de outros países que conservam<br />

essas aju<strong>das</strong>.<br />

Salário mínimo volta a aumentar<br />

Foi proposto e aprovado em concertação<br />

social o aumento do salário mínimo<br />

nacional (SMN) para 820€ em 2024, com<br />

o objetivo de atingir a meta dos 900€<br />

em 2026. Isto representa um aumento<br />

de 7,9% face ao valor atual (acima da<br />

inflação). Trata-se do maior aumento<br />

anual do SMN alguma vez ocorrido.<br />

Entretanto, as perspetivas económicas<br />

apontam para um arrefecimento<br />

substancial da economia no próximo ano.<br />

Depois de um crescimento esperado do<br />

PIB de 2,2% este ano, Portugal irá crescer<br />

apenas 1,5% em 2024. No entanto,<br />

a economia portuguesa continuará a<br />

crescer acima da média da zona euro.<br />

Volta incentivo ao abate VFV<br />

A Proposta de Orçamento de Estado<br />

tem inscrita uma medida que prevê a<br />

Reintrodução do Incentivo ao Abate de<br />

Viaturas em Fim de Vida (matriculados<br />

até 2007). Esta é uma Medida com um<br />

elevado alcance estratégico, muito<br />

em particular numa altura em que<br />

o parque automóvel português se<br />

encontra extremamente envelhecido;<br />

atualmente muito próximo dos 14 anos<br />

de idade média. Não obstante ainda<br />

não haver detalhes dos mecanismos<br />

da medida, saúda-se o facto de estar<br />

assente num incentivo de um valor<br />

pecuniário a atribuir pelo Fundo<br />

Ambiental.<br />

4 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


EM BUSCA DO CONTROLE<br />

Todos os anos, passamos mais de 38.000 horas fazendo testes em estrada de<br />

formulações de fricção para freios. Expondo nossos produtos a pressão extrema<br />

sob as condições mais severas e em todos os ambientes de direção. Puramente em<br />

busca de um desempenho garantido. É isso que os especialistas em fricção fazem.<br />

www.textar.com


IX GALA TOP 100<br />

UMA NOITE DE BRILHO<br />

E RECONHECIMENTO!


Premium Partner<br />

UZ DE<br />

AIRBA<br />

A QUINTA DE SÃO LUIZ, EM COIMBRA,<br />

VOLTOU A SER PALCO DE MAIS<br />

UMA EDIÇÃO DA GALA TOP 100,<br />

CERIMÓNIA QUE PREMIOU NO DIA<br />

13 DE OUTUBRO, OS MELHORES DO<br />

AFTERMARKET NACIONAL. UMA NOITE<br />

DE BRILHO DE RECONHECIMENTO<br />

PARA OS 200 CONVIDADOS<br />

PRESENTES NO MAIOR EVENTO<br />

SOCIAL DO SETOR<br />

De ano para ano, a Gala TOP 100 Distribuidores e<br />

<strong>Oficinas</strong> Aftermarket tem-se afirmado como um<br />

momento marcante para os profissionais do aftermarket<br />

em Portugal. Mais do que premiar as empresas<br />

que se distinguem pelo bom desempenho ao longo<br />

do ano, é também uma oportunidade de unir pessoas<br />

que contribuem para o desenvolvimento do aftermarket<br />

de forma única.<br />

Numa noite que irradiou entusiasmo e camaradagem,<br />

os profissionais do aftermarket reuniram-se para celebrar<br />

o seu compromisso e paixão pelo que fazem. A<br />

celebração foi uma oportunidade para os participantes<br />

expressarem o seu orgulho de pertencerem a este setor<br />

e partilharem as suas histórias de sucesso num mercado<br />

que deve muito do seu crescimento ao esforço e dedicação<br />

incansáveis de cada uma <strong>das</strong> empresas presentes na<br />

Gala. O amplo salão da Quinta de São Luiz ficou totalmente<br />

cheio e o ambiente que se viveu foi de muita boa<br />

disposição e entusiasmo.<br />

A noite começou com um cocktail de boas vin<strong>das</strong> preparando<br />

os convidados para a cerimónia principal. A<br />

apresentação da Gala esteve a cargo de Joana Mendes,<br />

jornalista, e Mário Carmo, diretor comercial da AP Comunicação.<br />

João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />

deu as boas vin<strong>das</strong> aos convidados, destacando a importância<br />

da atribuição dos troféus TOP 100 às melhores<br />

empresas do setor. Após as apresentações da expoME-<br />

CÂNICA 2024, por José Costa, diretor da Kikai Eventos,<br />

e do Fórum DPAI/ACAP, por Joaquim Candeias,<br />

presidente da DPAI, deu-se início ao momento alto do<br />

evento: a cerimónia da entrega dos Troféus TOP 100<br />

aos melhores distribuidores e oficinas. Tal como dita a<br />

tradição, foram entregues troféus às empresas do pódio<br />

<strong>das</strong> dez categorias considera<strong>das</strong>: Distribuidores de Peças<br />

Ligeiros, Distribuidores de Peças Pesados, Distribuidores<br />

de Equipamentos, Distribuidores de Repintura;<br />

Distribuidores de Pneus; <strong>Oficinas</strong> em Rede, <strong>Oficinas</strong><br />

de Ligeiros, <strong>Oficinas</strong> de Pesados, <strong>Oficinas</strong> de Colisão e<br />

<strong>Oficinas</strong> de Pneus. No total foram entregues trinta troféus<br />

aos melhores de cada categoria, seguindo sempre os<br />

mesmos critérios.<br />

Relembramos que todos os troféus que foram entregues<br />

às empresas que integraram os quadros de honra<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 7


da TOP100, basearam-se em dados,<br />

exclusivamente, quantitativos, referentes<br />

aos resultados de 2022 em<br />

termos de Crescimento do Volume de<br />

Negócios; Rentabilidade dos Capitais<br />

Próprios; Produtividade Real; Valor<br />

Acrescentado Bruto; Autonomia Financeira<br />

e Geração de Emprego.<br />

Os vencedores agradeceram emocionados,<br />

expressando a sua gratidão<br />

aos colegas e clientes que os têm<br />

apoiado nas suas jorna<strong>das</strong>. Ficou<br />

assim fortalecida a união dos profissionais<br />

do setor, que apesar de<br />

pertenceram a diferentes áreas têm<br />

como elo de ligação o aftermarket e<br />

o orgulho de pertencerem a este setor<br />

tão importante para a economia<br />

nacional.<br />

A noite culminou numa festa pós-cerimónia,<br />

onde os convidados puderam<br />

comemorar as vitórias e socializar.<br />

Em resumo, a IX Gala TOP 100<br />

de entrega de troféus aos melhores<br />

distribuidores e oficinas foi uma noite<br />

inesquecível de glamour, reconhecimento<br />

e celebração <strong>das</strong> realizações<br />

de empresas e empresários em diversas<br />

áreas. Ela reforçou a importância<br />

de reconhecer e aplaudir o talento e o<br />

esforço <strong>das</strong> pessoas que contribuem<br />

para o crescimento e desenvolvimento<br />

do aftermarket em Portugal.<br />

Os participantes valorizaram todos<br />

os momentos do evento, com destaque<br />

para a cerimónia de entrega dos<br />

troféus aos melhores distribuidores e<br />

melhores oficinas, assim como a atribuição<br />

dos Prémios Carreira e Personalidade<br />

do Ano, e ainda o animado<br />

jantar servido na magnífica sala da<br />

Quinta de São Luiz. De registar a<br />

presença de diversos responsáveis<br />

de marcas e empresas espanholas,<br />

que com a sua vinda prestigiaram<br />

ainda mais este evento que já tem<br />

um âmbito ibérico e se afirma como<br />

o grande acontecimento social do aftermarket.<br />

l<br />

PATROCINADORES APOIAM E RECONHECEM IMPORTÂNCIA DA GALA<br />

A realização da Gala TOP 100 e a evolução que ela tem tido ao longo dos anos,<br />

só tem sido possível graças ao apoio de patrocinadores e parceiros, que têm<br />

reconhecido a importância deste evento que já se tornou numa tradição no<br />

panorama do aftermarket nacional. Como tal, após a entrega dos troféus, não<br />

quisemos deixar de fazer referência aos nossos patrocinadores e em formato<br />

de agradecimento oferecemos a todos uma placa comemorativa da IX Gala<br />

TOP 100, que este ano contou com um número recorde de 17 patrocinadores,<br />

o que revela bem o interesse e a valorização que as marcas conferem a este<br />

evento, que nos motiva a querer tornar a Gala cada vez melhor.<br />

UFI FILTERS; DIESEL TECHNIC; MANN FILTER; SAMPA; TAB BATTERIES; CORTECO;<br />

TRUST AUTO; PRO4MATIC; REPSOL; AUTEL; GO SHOP; RPL QUALITY; TIRSO<br />

PNEUS; MEWA; PHILIPS; LIZARTE e M COUTINHO PEÇAS, foram os patrocinadores<br />

da IX Gala TOP 100, a quem agradecemos todo o apoio e entusiasmo<br />

demonstrados.<br />

VALORIZAR O SETOR E OS SEUS PROFISSIONAIS<br />

A realização da Gala TOP 100 é também uma forma de valorizar o setor e os<br />

seus profissionais, porque acreditamos neles, nas suas qualidades humanas<br />

e no que trazem para o mercado. São profissionais empenhados em fazer<br />

bem as coisas e o nosso compromisso é com eles, com aqueles que trazem<br />

profissionalismo mas também valores ao mercado, porque é isso que nos<br />

torna melhores. Com profissionais comprometidos com o coletivo, cujo<br />

envolvimento nos melhora a todos. Um coletivo que precisa de se motivar, de<br />

continuar a aprender e de se adaptar.<br />

A IX GALA TOP 100 FOI UMA NOITE ESPECIAL DE MUITAS EMOÇÕES<br />

E SURPRESAS PARA OS 200 CONVIDADOS PRESENTES NESTE EVENTO<br />

ÚNICO NO PANORAMA DO AFTERMARKET NACIONAL,<br />

ONDE SÃO PREMIADOS OS MELHORES DO SETOR<br />

8 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Premium Partner<br />

UZ DE<br />

AIRBA<br />

APRESENTADOS NOVOS PROJETOS<br />

DA AP COMUNICAÇÃO PARA 2024<br />

Mário Carmo apresentou os novos projetos da AP Comunicação para 2024, que têm a<br />

sustentabilidade como mote e origem <strong>das</strong> novidades e alterações que vão acontecer<br />

no próximo ano. “Não pode haver dúvi<strong>das</strong> de que a sustentabilidade é uma <strong>das</strong><br />

questões mais prementes que as empresas do aftermarket enfrentam atualmente.<br />

A sustentabilidade está a moldar a forma como o setor está a mudar, e continuará a<br />

fazê-lo no futuro. A AP Comunicação não está indiferente a esta realidade e por isso<br />

decidiu tomar algumas medi<strong>das</strong> no sentido de contribuir para uma sociedade mais<br />

justa e sustentável”, refere Mário Carmo.<br />

Relativamente ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, vai passar de onze para seis edições anuais,<br />

fortalecendo assim a informação online e otimizando os conteúdos que sempre o<br />

distinguiram. Com esta medida, vamos conseguir reduzir a utilização de papel em 65%.<br />

A Revista dos Pneus também vai ter alterações, passando a integrar as edições<br />

impressas do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e vamos lançar o Anuário da Revista dos Pneus<br />

impresso, publicação que pretendemos seja uma ferramenta de trabalho essencial<br />

para os operadores do mercado.<br />

Vamos continuar a apostar cada vez mais na nossa comunicação online com a<br />

otimização dos nossos sites: <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e Revista dos Pneus, e a Newsletter<br />

JO continuará a sair para o mercado, integrando também informação sobre os pneus.<br />

A 6ª edição do Melhor Mecatrónico vai arrancar em 2024 com o CEPRA como novo<br />

parceiro. Com esta alteração, queremos dar uma nova dinâmica à competição e<br />

criar novos motivos de interesse ao evento. A grande final vai realizar-se no salão<br />

expoMECÂNICA, em novembro de 2024.<br />

Foi ainda anunciada a Campanha JO 2024, que tem como tema a “Sustentabilidade<br />

no Aftermarket” e o objetivo de informar os profissionais sobre a importância de<br />

incorporar iniciativas de sustentabilidade na estratégia <strong>das</strong> empresas.<br />

AMÍLCAR NASCIMENTO – PRÉMIO CARREIRA<br />

Este ano o prémio Carreira foi entregue a Amílcar Nascimento,<br />

key account e diretor de marketing da Exide<br />

em Portugal. Começou a trabalhar na empresa onde<br />

hoje ainda se encontra há mais de 35 anos e para ele<br />

o aftermarket não tem segredos, tendo trabalhado na<br />

área industrial e no departamento de exportação. Andou<br />

por toda a Europa em empresas do grupo, foi ainda<br />

responsável pelas ven<strong>das</strong> da empresa em Inglaterra, e<br />

em 1995, quando a exportação deixou de fazer sentido,<br />

pois o grupo tinha empresas em praticamente todos<br />

os países, dedicou-se apenas ao mercado português.<br />

Depois do responsável de marketing sair da empresa, foi<br />

convidado para ficar como diretor de marketing, cargo<br />

que ainda hoje mantém. A empresa onde trabalha<br />

teve um papel preponderante na evolução do setor<br />

automóvel em Portugal, até porque já tem 100 anos de<br />

existência e já passou por inúmeros estágios.<br />

Tendo em conta a sua experiência de 35 anos na área<br />

de ven<strong>das</strong> e marketing para o mercado de pós-venda<br />

nacional, vê com positivismo as transformações nos<br />

modelos de negócio <strong>das</strong> empresas de distribuição<br />

de peças. Gosta de conviver, do contacto diário com<br />

as pessoas e conhecer a diferente visão que cada<br />

um tem da vida e do negócio, mas detesta a falta de<br />

transparência. “É muito gratificante ver o nosso trabalho<br />

reconhecido pelos principais players do setor<br />

e uma motivação para fazer mais e melhor”, referiu<br />

Amílcar Nascimento, na altura da entrega do Prémio<br />

que homenageia o seu percurso ímpar e enorme<br />

dedicação ao aftermarket em Portugal.<br />

JOSÉ COSTA – PRÉMIO PERSONALIDADE DO ANO<br />

Nesta edição da Gala apresentamos como novidade<br />

o Prémio Personalidade do Ano, que pretende<br />

homenagear e reconhecer o trabalho de uma<br />

personalidade no desenvolvimento e promoção do<br />

setor aftermarket em Portugal. José Costa, diretor da<br />

Kikai Eventos, e responsável pelo salão expoMECÂ-<br />

NICA, foi o premiado. Nasceu há 53 anos no Porto e<br />

vive atualmente entre esta cidade e São Paulo, no<br />

Brasil. Casado há 18 anos, tem três filhos que são a<br />

expressão maior de um amor incondicional. A família<br />

ocupa destacadamente uma posição cimeira nas<br />

suas prioridades. Generoso, gosta de passar tempo<br />

de qualidade com a família, brincar com os filhos, ler<br />

e estar com amigos.<br />

Tirou relações internacionais na Universidade do<br />

Minho e tem 25 anos de experiência como gestor<br />

em 3 continentes. “Tropeçou” numa oportunidade<br />

e apaixonou-se pelo mundo da organização de<br />

eventos, ao qual já dedicou mais de metade da sua<br />

vida. Tem por hábito começar a trabalhar muito<br />

cedo, toma o pequeno almoço em família e vai a pé<br />

para o escritório. Prepara sempre as reuniões com<br />

antecedência, prima pela pontualidade e procura<br />

sempre apresentar-se bem e com um sorriso! Gosta<br />

de conhecer pessoas inspiradoras e ao mesmo tempo<br />

partilhar experiências e aprender, mas não lhe agrada<br />

o ritmo e a desmesurada pressão por resultados.<br />

A despeito de to<strong>das</strong> as mais recentes alterações<br />

tecnológicas, acredita que sendo o automóvel um<br />

objeto de culto e de uso diário, os salões dedicados ao<br />

aftermarket continuarão a ter o seu espaço. Para José<br />

Costa “O segredo do sucesso está no trabalho árduo!<br />

Estar atento às novidades e sempre em busca de como<br />

fazer a diferença. Não prometer aquilo que sabe não<br />

pode cumprir, mas sim focado sempre em surpreender<br />

pela positiva! Está no acreditar e não desistir!”.<br />

OS CONVIDADOS VALORIZARAM TODOS OS MOMENTOS DA GALA,<br />

COM DESTAQUE PARA A ATRIBUIÇÃO DOS PRÉMIO CARREIRA<br />

E PERSONALIDADE DO ANO, E AINDA O ANIMADO JANTAR SERVIDO<br />

NA SALA PRINCIPAL DA QUINTA DE SÃO LUIZ<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 9


Destaque<br />

REVO<br />

LUÇÃO<br />

DI<br />

GI<br />

TAL<br />

DIGITALIZAÇÃO NAS OFICINAS<br />

REVOLUÇÃO<br />

DIGITAL NO<br />

AFTERMARKET


A ERA DA DIGITALIZAÇÃO<br />

REVOLUCIONOU A FORMA COMO<br />

FUNCIONAM PRATICAMENTE<br />

TODOS OS NEGÓCIOS. ISTO INCLUI,<br />

OBVIAMENTE, AS OFICINAS DE<br />

REPARAÇÃO, ONDE JÁ NÃO BASTA<br />

SER ARRUMADO E MANTER TODA<br />

A DOCUMENTAÇÃO ORGANIZADA<br />

OU SER EFICAZ NAS REPARAÇÕES.<br />

AGORA É NECESSÁRIO ESTAR<br />

INFORMADO SOBRE PRATICAMENTE<br />

TUDO O QUE SE PASSA NA OFICINA<br />

DE FORMA IMEDIATA<br />

Conseguir prestar um serviço rápido e eficiente aos<br />

clientes é o que distingue as oficinas da nova geração<br />

<strong>das</strong> oficinas tradicionais. Neste sentido,<br />

ser capaz de emitir um orçamento de uma intervenção<br />

com rapidez e precisão ou dar a conhecer aos clientes o<br />

estado do seu veículo, com detalhe e no momento em<br />

que a informação é solicitada, são alguns dos aspetos<br />

que marcam a diferença. A gestão eficiente <strong>das</strong> peças de<br />

substituição é outro dos pontos importantes a considerar.<br />

O espaço físico é um bem escasso na oficina, pelo<br />

que o seu máximo aproveitamento tem influência na<br />

rentabilidade do negócio. Uma boa gestão <strong>das</strong> peças de<br />

substituição permite estabelecer um calendário relativamente<br />

ajustado do volume de trabalho viável para cada<br />

negócio em função do seu tamanho. Também permite<br />

acelerar a rotação dos veículos na oficina.<br />

Estadia média na oficina<br />

Este conceito de ocupação ou rotação pode ser analisado<br />

através do rácio de dias de estadia média por veículo e<br />

de horas de estadia média por horas fatura<strong>das</strong>. Quanto<br />

menor for a estadia do veículo na oficina por hora faturada,<br />

maior será a rentabilidade da reparação. Pelo contrário,<br />

um veículo cuja reparação se prolonga na oficina,<br />

devido à indisponibilidade de peças de substituição necessárias,<br />

incide negativamente na rentabilidade. Outro<br />

aspeto importante é a relação com os clientes. Conhecer<br />

o historial de serviço de cada veículo ou manter contacto<br />

com cada cliente para relembrar que se aproxima a data<br />

da revisão do seu veículo são atividades fundamentais<br />

que fomentam a confiança no cliente e a sensação de<br />

TER PRESENÇA NA INTERNET É IMPRESCINDÍVEL<br />

PARA QUALQUER NEGÓCIO HOJE EM DIA.<br />

as FERRAMENTAS DIGITAIS toRNAM-SE PLATAFORMAS<br />

DE DIFUSÃO MUITO VALIOSAS PARA A OFICINA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 11


DIGITALIZAÇÃO<br />

NAS OFICINAS<br />

IGNORAR O PROCESSO DE DIGITALIZAÇÃO JÁ NÃO É UMA OPÇÃO<br />

para MUITOS EMPRESÁRIOS, QUE CONSIDERAM QUE SE NÃO<br />

PROCEDEREM A ESTA TRANSIÇÃO LHES SERÁ IMPOSSÍVEL CUMPRIR<br />

OS SEUS OBJETIVOS DE NEGÓCIO<br />

profissionalismo da oficina, o que se<br />

traduz em fidelidade e, portanto, em<br />

aumento <strong>das</strong> receitas.<br />

Esforço extra<br />

Tudo o que foi referido anteriormente<br />

exige por parte do pessoal da<br />

oficina um enorme esforço, já que<br />

todos devem fazer além do seu trabalho<br />

normal, que é a reparação de<br />

automóveis, uma série de atividades<br />

adicionais, especialmente para os<br />

seus responsáveis, para que as informações<br />

necessárias estejam sempre<br />

atualiza<strong>das</strong>. Felizmente, existem no<br />

mercado ferramentas informáticas<br />

especialmente concebi<strong>das</strong> para<br />

administrar oficinas de reparação<br />

que permitem que nos mantenhamos<br />

informados sobre praticamente<br />

tudo o que passa na oficina instantaneamente:<br />

estado de cada veículo,<br />

faturas por receber, pagamentos a<br />

realizar, impressão automática de faturas,<br />

situação do stock de peças de<br />

substituição, agenda de seguimento<br />

de clientes, etc. A mudança de paradigma<br />

nas oficinas de reparação já<br />

aconteceu. Atualmente, permanecerão<br />

no negócio aqueles que conseguirem<br />

oferecer um serviço ao cliente<br />

eficiente, com elevados padrões de<br />

qualidade e, sobretudo, com rapidez,<br />

os restantes vão sentir cada vez mais<br />

dificuldades.<br />

A digitalização oferece novas possibilidades<br />

de fazer as coisas, melhorias<br />

importantes nos processos, novas<br />

oportunidades para focar o negócio<br />

e, ao criar novas formas de interação,<br />

gera maior impacto e isso, por si só,<br />

também gera outras possibilidades<br />

de negócio Para se manterem competitivas,<br />

as oficinas independentes<br />

têm de acompanhar o restante setor<br />

automóvel em termos de conectividade<br />

e capacidade digital, juntando-se<br />

a prestadores de serviços de<br />

outros setores para satisfazerem as<br />

expetativas dos consumidores. Sabemos<br />

que muitos proprietários de<br />

oficinas são cautelosos quanto à realização<br />

de investimentos empresariais<br />

no contexto de incerteza em que<br />

nos encontramos, mas implantada<br />

de forma correta, a tecnologia digital<br />

pode melhorar a eficiência, a rentabilidade<br />

e a competitividade desde o<br />

primeiro dia.<br />

Soluções digitais<br />

para a gestão comercial<br />

O tempo de inatividade na oficina<br />

é dispendioso. É responsabilidade<br />

<strong>das</strong> oficinas gerirem de forma proativa<br />

o respetivo volume de trabalho,<br />

e é aqui que entram as soluções digitais<br />

de gestão de oficinas. A utilização<br />

dos dados para prever com rigor<br />

quanto tempo irá demorar cada<br />

trabalho é essencial, de modo a que<br />

o trabalho possa ser planeado de<br />

forma eficaz, e os recursos técnicos<br />

sejam reforçados ou reduzidos, consoante<br />

a necessidade. Maximizando<br />

a produtividade no espaço da oficina,<br />

o software de gestão de oficinas pode<br />

também simplificar os processos de<br />

back office.<br />

A encomenda de peças no mercado<br />

pós-venda independente tem vindo<br />

habitualmente a ser feita através do<br />

telefone, mas as encomen<strong>das</strong> online<br />

conseguem ser mais rápi<strong>das</strong>, tendo<br />

também a vantagem adicional de<br />

um rasto digital. Aquelas que compram<br />

através de plataformas B2B,<br />

conseguem uma visibilidade total da<br />

respetiva encomenda até ao momento<br />

em que a mesma é entregue, ajudando-as,<br />

uma vez mais, a planear o<br />

trabalho. As devoluções e garantias<br />

também são mais fáceis de gerir, e as<br />

linhas telefónicas <strong>das</strong> oficinas ficam<br />

livres para serem utiliza<strong>das</strong> pelos<br />

clientes <strong>das</strong> mesmas.<br />

Visibilidade digital<br />

para os clientes<br />

Apesar do facto de que muitos clientes<br />

ainda continuarão a fazer marcações<br />

por telefone, de modo a poderem<br />

indicar o que é que o veículo<br />

necessita, é provável que escolham<br />

uma oficina através de pesquisa online.<br />

Mesmo que alguém lhes tenha<br />

feito uma recomendação pessoal,<br />

eles podem muito bem investigar a<br />

oficina online antes de se dirigirem<br />

à mesma. As oficinas com uma presença<br />

online credível encontram-se<br />

em melhor posição para ganharem<br />

negócios. É por isso importante que<br />

as oficinas invistam na sua presença<br />

digital, o que inclui os respetivos websites,<br />

redes sociais e outras comunicações<br />

digitais com os clientes, como<br />

os e-mails.<br />

Capacidade digital<br />

e conectividade na oficina<br />

Os veículos estão a ficar permanentemente<br />

mais evoluídos, com a introdução<br />

de sistemas e softwares sofisticados<br />

concebidos para melhorar o<br />

desempenho, a eficiência, a segurança,<br />

e toda a experiência ao volante.<br />

Num estudo recente, descobrimos<br />

que mais de 30% <strong>das</strong> oficinas inde-<br />

12 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


pendentes, por vezes, têm de recusar<br />

trabalho porque não têm as competências<br />

e/ou o equipamento necessário<br />

para efetuar os trabalhos nos veículos<br />

mais modernos. O risco é que<br />

isto se torne mais habitual, a não ser<br />

que invistam nas suas competências<br />

digitais, em ferramentas e em conectividade.<br />

A prioridade imediata para<br />

as oficinas é estarem prepara<strong>das</strong> para<br />

efetuarem trabalhos em veículos<br />

Euro 6 e híbridos, muitos dos quais<br />

estão agora há quatro e cinco anos na<br />

posse dos proprietários e já não voltarão<br />

aos concessionários para manutenção<br />

e reparações. Tanto quanto<br />

estarem conectados e serem capazes<br />

de efetuar importantes atualizações<br />

de software, os técnicos têm de ter<br />

formação sobre a mais recente tecnologia,<br />

e ter à disposição as ferramentas<br />

e o equipamento necessários<br />

para diagnosticarem e repararem de<br />

forma segura e rigorosa quaisquer<br />

avarias.<br />

Tomemos os ADAS como exemplo.<br />

Esta tecnologia já está presente em<br />

mais de 10% do parque automóvel de<br />

Portugal. Frequentemente, a origem<br />

de uma reclamação relacionada com<br />

os ADAS é um sensor que necessita<br />

de uma recalibração, mas tal não se<br />

consegue descobrir através de uma<br />

inspeção manual. Todos os fornecedores<br />

mais importantes de aparelhos<br />

de diagnóstico adicionaram agora<br />

equipamento de calibração de ADAS<br />

aos respetivos portefólios de produtos,<br />

para ajudar as oficinas a resolver<br />

corretamente quaisquer problemas<br />

quando os mesmos tiverem sido<br />

identificados. É importante notar<br />

que enquanto as oficinas mecânicas<br />

tendem a ter um período de graça<br />

de quatro anos, correspondente ao<br />

tempo que os veículos mais recentes<br />

estão em garantia e se dirigem<br />

ao concessionário, o mesmo não se<br />

pode dizer <strong>das</strong> oficinas de colisão.<br />

Para além de serem capazes de reparar<br />

veículos Euro 6 e híbridos, as<br />

oficinas de colisão já podem esperar<br />

ver veículos elétricos entrarem pelas<br />

suas portas, mas a boa notícia é que<br />

são necessárias ferramentas e competências<br />

similares.<br />

Prepara<strong>das</strong> para o futuro<br />

Para além de se focarem em objetivos<br />

de continuação da atividade a curto<br />

prazo, as oficinas devem preocupar-<br />

-se em investimentos de longo prazo<br />

necessários para estarem prepara<strong>das</strong><br />

para o futuro. As soluções digitais<br />

conseguem ter um impacto positivo<br />

ao longo de toda a cadeia de valor,<br />

permitindo desde a atração de clientes,<br />

passando pelo processamento e<br />

planeamento de novos trabalhos, até<br />

à encomenda de peças, ao processamento<br />

de pagamentos e à finalização<br />

de reparações. Estudos revelam<br />

que os condutores regulares gastam<br />

mais de mil euros em reparações de<br />

veículos todos os anos. Pelo que é<br />

compreensível que as expetativas dos<br />

mesmos sejam eleva<strong>das</strong>. Tal como<br />

acontece com qualquer produto ou<br />

serviço que adquiram, eles pretendem<br />

transparência, eficiência e, em<br />

última instância, uma execução de<br />

alto nível. Não é diferente daquilo<br />

que as oficinas pretendem dos respetivos<br />

fornecedores. l<br />

A DIGITALIZAÇÃO, ELETRIFICAÇÃO E NOVAS FORMAS DE MOBILIDADE<br />

ESTÃO A MUDAR A FORMA DE OPERAR DOS DISTRIBUIDORES<br />

DE PEÇAS E DAS OFICINAS. A ADOÇÃO DO COMÉRCIO ELETRÓNICO<br />

E DE PLATAFORMAS ONLINE TORNA-SE ESSENCIAL<br />

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TITANIUM.<br />

A EXPERIÊNCIA DA FIAMM<br />

AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.<br />

A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original<br />

dos fabricantes de automóveis mais importantes do mundo:<br />

a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,<br />

que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de<br />

Aftermarket. As baterias da linha TITANIUM garantem alta potência<br />

para as necessidades de energia dos carros mais modernos, não<br />

precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do<br />

nível de carga graças ao sistema Check Control (Olho Mágico).<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 13<br />

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DIGITALIZAÇÃO<br />

NAS OFICINAS<br />

AS CINCO vantaGENS DA DIGITALIZAÇÃO DA OFICINA<br />

A<br />

transformação digital dos negócios<br />

de reparação de veículos<br />

é o melhor caminho para desenvolver<br />

as empresas para o futuro, ao qual chegarão<br />

melhor prepara<strong>das</strong>, sendo algo<br />

totalmente necessário num setor como<br />

o automóvel, no qual os avanços tecnológicos<br />

são contínuos e que, em pouco<br />

tempo, sofrerá uma mudança radical.<br />

São muitos os especialistas do setor, e<br />

de fora dele, que não deixam de referir<br />

que a digitalização já é uma obrigação<br />

empresarial para sobreviver no mercado.<br />

No entanto, ainda há quem tenha<br />

dúvi<strong>das</strong> sobre as vantagens da mesma.<br />

Por este motivo, é conveniente salientar,<br />

tanto para aqueles que ainda não<br />

têm a certeza de que a transformação<br />

digital seja positiva para a sua oficina,<br />

como para aqueles que embora estejam<br />

conscientes disso, ainda não procederam<br />

à mesma, cinco <strong>das</strong> vantagens<br />

de abordar a transição digital do<br />

respetivo negócio.<br />

Melhora os resultados<br />

1 económicos<br />

O custo do investimento é visto pelos<br />

empresários como um dos principais<br />

obstáculos para proceder à transformação<br />

digital dos negócios. No entanto,<br />

estes mesmos empresários não<br />

têm dúvi<strong>das</strong> de que o processo fará<br />

aumentar os benefícios da empresa.<br />

Neste sentido, convém referir que a<br />

digitalização é um investimento a médio<br />

e longo prazo. Numa primeira fase<br />

implica não só um esforço financeiro,<br />

mas também de formação da equipa<br />

e de adaptação a novas dinâmicas de<br />

trabalho. No entanto, as oportunidades<br />

que se abrem para o negócio valem<br />

a pena: melhoria dos processos<br />

produtivos, agilidade na resposta às<br />

necessidades do mercado e na renovação<br />

tecnológica, maior capacidade de<br />

decisão ou, inclusivamente, abertura<br />

de novas opções de negócio.<br />

Proporciona uma<br />

2 experiência mais<br />

satisfatória aos clientes<br />

Uma <strong>das</strong> vantagens da digitalização<br />

dos negócios é a melhoria na comunicação<br />

com os clientes. Graças à simples<br />

criação de um website, terá um<br />

ponto de contacto disponível 24 horas,<br />

7 dias por semana. Deste modo,<br />

a possibilidade de solicitar marcação<br />

prévia online, algo muito valorizado<br />

pelos clientes, aumenta as probabilidades<br />

de atrair novos clientes que<br />

acedam ao website. Conseguir dar<br />

uma resposta satisfatória, ser mais<br />

ágil na prestação do serviço, facilitar<br />

os processos de compra e disponibilizar<br />

soluções tecnológicas serão aspetos<br />

cruciais no futuro <strong>das</strong> empresas,<br />

como demonstram os estudos que<br />

indicam que a digitalização amplia<br />

os níveis de retenção de clientes até<br />

33%. Do mesmo modo, a capacidade<br />

de fidelização aumenta, visto que a digitalização<br />

permite conhecer melhor<br />

as necessidades do utilizador e, assim,<br />

possibilita a realização de campanhas<br />

promocionais “ad hoc” destina<strong>das</strong> a<br />

diferentes grupos de utilizadores.<br />

3 Aumenta a produtividade<br />

A entrada da digitalização nos processos<br />

laborais agiliza a tomada de decisões<br />

e facilita a gestão. Os inquéritos<br />

demonstram que os funcionários que<br />

incluíram ferramentas digitais no seu<br />

trabalho melhoraram o seu nível de<br />

satisfação e a sua eficiência. Não se<br />

TEMOS DE TER EM CONTA QUE atualMENTE O PARQUE autoMÓVEL<br />

EM PORTUGAL COM ven<strong>das</strong> A CRESCER NOS VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

E HÍBRIDOS vai OBRIGAR O PÓS-venda A ADEQUAR O SEU NEGÓCIO<br />

A ESTA NOVA TENDÊNCIA<br />

14 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


COM O ADVENTO DA ELETRIFICAÇÃO, A COMPOSIÇÃO DO CABAZ<br />

DE PEÇAS SOBRESSELENTES TAMBÉM VAI MUDAR: HAVERÁ MENOS<br />

REFERÊNCIAS COM UM PREÇO MÉDIO MAIS ELEVADO E UMA MAIOR<br />

COMPLEXIDADE TÉCNICA<br />

trata apenas de facilitar o trabalho. A<br />

digitalização permite avaliar os processos,<br />

reunir dados, analisar melhor<br />

cada passo que damos e identificar<br />

erros para melhorar o funcionamento<br />

empresarial. Um detalhe nada insignificante,<br />

tendo em conta que o tempo<br />

despendido em cada operação na<br />

oficina é fundamental.<br />

4 Atrai o talento<br />

O posicionamento digital de uma<br />

empresa joga a favor da sua reputação.<br />

Apresentar-se como uma empresa<br />

adaptada às necessidades do<br />

setor reforçará o reconhecimento da<br />

marca e fará com que se torne num<br />

lugar de trabalho desejado pelos profissionais,<br />

o que aumentará as opções<br />

de atrair talento, seja de forma direta<br />

ou indireta. Os processos de seleção<br />

serão mais concorridos, mas também<br />

permitirão um maior acesso a profissionais<br />

qualificados. Além disso, o<br />

mundo digital é o espaço ideal para<br />

encontrar a geração millennial. Em<br />

poucos anos representarão mais de<br />

metade da força laboral no mundo.<br />

Atrair este perfil é já uma necessidade:<br />

dominam a 100% o mundo<br />

<strong>das</strong> redes sociais e a sua agilidade<br />

permitirá que as empresas cresçam<br />

devidamente adapta<strong>das</strong> ao futuro.<br />

Por outro lado, como referíamos no<br />

ponto anterior, a digitalização também<br />

tem efeitos sobre o bem-estar<br />

laboral dos trabalhadores. Não haja<br />

dúvi<strong>das</strong>: a aplicação da tecnologia<br />

nos processos de trabalho também é<br />

um elemento crucial para a retenção<br />

de talento.<br />

Melhora a CAPACIDADE<br />

5 de adaptação à MUDANÇA<br />

Os inquiridos no estudo consideram<br />

que o processo de digitalização melhorou<br />

a sua capacidade de resposta<br />

perante as exigências do mercado. A<br />

aplicação da tecnologia proporciona<br />

agilidade nos processos produtivos.<br />

A resposta aos clientes será sempre<br />

mais eficiente e, uma vez iniciado o<br />

processo, a atualização tecnológica<br />

será mais simples.<br />

S<br />

OS 7 ERROS MAIS COMUNS<br />

AO DIGITALIZAR UMA OFICINA<br />

ão inúmeras as vantagens<br />

que a adoção de ferramentas<br />

informáticas na gestão do dia a<br />

dia proporciona às oficinas. Ainda<br />

mais tendo em conta os desafios<br />

colocados pelas grandes mudanças<br />

que se estão a viver tanto do ponto<br />

de vista empresarial como da vida<br />

privada <strong>das</strong> pessoas. Neste cenário<br />

digital, as novas tecnologias desempenham<br />

um papel fundamental<br />

na transformação <strong>das</strong> empresas,<br />

dando lugar a novos contextos,<br />

mais competitivos, nos quais existem<br />

alguns riscos que devem ser<br />

tidos em conta. Neste contexto, é<br />

necessário que qualquer responsável<br />

de oficina que queira dar o salto<br />

para a digitalização do respetivo<br />

negócio tenha em conta os erros<br />

mais comuns entre as PME quando<br />

tentam digitalizar o negócio.<br />

Não definir uma<br />

1 ESTRATÉgia global<br />

A transformação digital de um<br />

negócio nunca deve ser uma estratégia<br />

isolada, devendo antes estar<br />

alinhada com a estratégia global<br />

de negócio da empresa. Só desta<br />

forma se consegue a otimização<br />

dos recursos disponíveis.<br />

Não se adaptar à<br />

2 MUDANÇA nem evoluir<br />

CONTINUAMENTE<br />

Hoje em dia, qualquer setor de<br />

atividade económica evolui rapidamente,<br />

em especial o <strong>das</strong> novas<br />

tecnologias. Por isso, é importante<br />

mantermo-nos informados <strong>das</strong><br />

tendências, irmo-nos adaptando a<br />

elas e indo-as integrando progressivamente<br />

no negócio, visto que<br />

isto se traduzirá num aumento da<br />

produtividade e competitividade.<br />

Duplicar tarefas<br />

3 Digitalizar a oficina não implica<br />

apenas uma mudança nos<br />

processos, mas também uma mudança<br />

de mentalidade. Implica<br />

uma perda de tempo e diminui a<br />

produtividade se, além de realizarmos<br />

os processos de forma digital,<br />

continuarmos a executá-los como<br />

se fazia anteriormente. Trata-se de<br />

ser o mais eficiente possível e aproveitar<br />

os recursos ao máximo.<br />

Tentar abranger tudo<br />

4 Uma tendência generalizada é<br />

querer implantar to<strong>das</strong> as soluções<br />

existentes desde o primeiro momento.<br />

Isto, além de ser pouco produtivo,<br />

é um erro e pode ser muito<br />

dispendioso para a empresa. É importante<br />

conhecer o nível de maturidade<br />

digital do nosso negócio e,<br />

em função disso, decidir quais as<br />

soluções tecnológicas que são mais<br />

convenientes. O processo de transformação<br />

digital é progressivo.<br />

Adaptar-se ao MERCADO<br />

5 e não AO cliente<br />

Os clientes possuem cada vez mais<br />

informação e, portanto, a capacidade<br />

crítica dos mesmos é maior.<br />

Por isso, para além de se observar o<br />

mercado e ver o que a concorrência<br />

está a fazer, é importante analisar<br />

os nossos potenciais clientes, através<br />

dos comentários e avaliações<br />

dos mesmos nos espaços destinados<br />

a tal fim. Caso exploremos essa<br />

informação corretamente, poderemos<br />

obter interessantes resultados<br />

sobre como prosseguir com a nossa<br />

estratégia de negócio.<br />

Deixar a FORMAÇÃO<br />

6 TECNOLógica de lado<br />

Implantar soluções tecnológicas<br />

que melhorem a competitividade<br />

e produtividade do nosso negócio<br />

é uma boa decisão, mas quase tão<br />

importante como isto, é saber bem<br />

como funcionam, para podermos<br />

tirar o máximo partido <strong>das</strong> mesmas.<br />

Por isso, a formação é uma necessidade<br />

básica, que além do mais,<br />

permite que estejamos sempre informados<br />

<strong>das</strong> novidades contínuas.<br />

Não contar com ajuda e<br />

7 ASSESSORIA especializada<br />

Uma <strong>das</strong> situações mais comuns é a<br />

empresa encontrar-se perdida, não<br />

saber quais as soluções mais adequa<strong>das</strong><br />

para o respetivo negócio e<br />

acabar por tomar decisões erra<strong>das</strong>.<br />

Por isso, é importante contar com<br />

a ajuda de um especialista que analise<br />

as diferentes áreas do negócio<br />

para determinar o nível de maturidade<br />

digital, e assim poder aconselhar<br />

acerca <strong>das</strong> soluções mais adequa<strong>das</strong>.<br />

Além disso, isto permitirá à<br />

empresa contar com uma assessoria<br />

sobre o funcionamento e colocação<br />

em funcionamento destas soluções.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 15


DIGITALIZAÇÃO<br />

NAS OFICINAS<br />

S<br />

OFICINAS DE REDE<br />

digitaLIZAM MAIS<br />

depressa<br />

e há um domínio do setor automóvel<br />

onde a digitalização<br />

<strong>das</strong> empresas se desenvolve com especial<br />

lentidão é o da pós-venda. Isso<br />

representa um custo significativo do<br />

ponto de vista da ineficiência e da<br />

falta de competitividade de muitas<br />

empresas de reparação<br />

A adoção por parte <strong>das</strong> oficinas de<br />

reparação de ferramentas tecnológicas<br />

para melhorar a sua eficiência em<br />

todos os âmbitos da gestão empresarial<br />

é muito menor do que a ocorre<br />

nas empresas de venda de veículos.<br />

Não obstante, o grau de implantação<br />

não é homogéneo. As oficinas dependentes<br />

do canal oficial <strong>das</strong> marcas<br />

de automóveis costumam assumir a<br />

dianteira tanto no que se refere às<br />

ferramentas para a gestão empresarial<br />

do negócio como nas que têm<br />

que ver com a captação e fidelização<br />

de clientes. No caso <strong>das</strong> oficinas independentes,<br />

que percentualmente<br />

representam um número muito<br />

maior de empresas, o grau de digitalização<br />

é sensivelmente inferior, com<br />

exceção daqueles negócios que operam<br />

ao abrigo de uma rede.<br />

O surgimento de um cliente final que<br />

inicia a procura da oficina para fazer a<br />

manutenção e reparar o respetivo automóvel<br />

na Internet, é um fator que<br />

favorece a digitalização <strong>das</strong> oficinas.<br />

Este novo tipo de cliente exige, cada<br />

vez mais, não só que a oficina a que<br />

leva o seu veículo esteja na Internet,<br />

mas também que o faça de uma determinada<br />

forma, contribuindo com<br />

o valor necessário para que o mesmo<br />

seja atraído e sinta confiança. Daí que<br />

os reparadores que contam com uma<br />

sólida presença na Rede (disponham<br />

de abundante informação, permitam<br />

realizar orçamentos online ou fazer<br />

uma marcação prévia, por exemplo)<br />

tenham uma clara vantagem competitiva.<br />

Por outro lado, pela perspetiva<br />

da gestão económica do negócio e da<br />

otimização dos processos de produção,<br />

está a ser muito eficaz a inclusão<br />

de ferramentas como DMS, CRM<br />

ou programas de avaliação entre os<br />

padrões de qualidade que as companhias<br />

seguradoras ou as empresas<br />

de renting exigem às oficinas para<br />

trabalharem com elas. Contudo, o<br />

atraso na adoção de ferramentas digitais<br />

não impede que existam oficinas<br />

que já estejam a recorrer às mesmas<br />

para melhorar o seu posicionamento<br />

e competitividade.<br />

Como conclusão, de referir que a<br />

digitalização numa empresa dedicada<br />

à manutenção e reparação de<br />

veículos contempla a totalidade da<br />

mesma, de forma transversal, to<strong>das</strong><br />

as áreas funcionais, todos os processos<br />

e to<strong>das</strong> as pessoas. E estabelecem-se,<br />

para facilitar a análise e<br />

a reflexão, quatro âmbitos de digitalização:<br />

o da cultura da empresa,<br />

da gestão dos recursos humanos e<br />

da transformação <strong>das</strong> equipas; o da<br />

otimização dos processos de produção<br />

e <strong>das</strong> operações; o do marketing<br />

e da relação com o cliente; e o do<br />

controlo de gestão, da supervisão do<br />

gestor dos rácios económicos fundamentais<br />

da empresa e da tomada de<br />

decisões com boa informação e de<br />

forma ágil e eficaz.<br />

V<br />

COMO POTENCIAR<br />

A OFICINA ATRAVÉS<br />

da INTERNET<br />

ivemos ligados. A penetração<br />

do smartphone em<br />

Portugal é uma <strong>das</strong> maiores do<br />

mundo. Além do mais, é um dos 5<br />

países com maior utilização de telemóvel<br />

em média por utilizador.<br />

O acesso à internet a partir de<br />

smartphones cresce e o volume de<br />

compras também<br />

Cerca de 80% dos utilizadores<br />

procuram informações comerciais,<br />

comparam preços e consultam<br />

opiniões de outros utilizadores.<br />

Trazemos no bolso uma<br />

potente ferramenta de busca que<br />

nos permite tomar decisões de<br />

compra em qualquer momento<br />

e lugar.<br />

A internet permite que estejamos<br />

visíveis e acessíveis ao público 24<br />

horas por dia, 7 dias por semana.<br />

Se aproveitamos o potencial <strong>das</strong><br />

novas tecnologias para melhorarmos<br />

os nossos serviços de reparação<br />

(componentes eletrónicos,<br />

veículo conectado…), por<br />

que motivo não o aproveitamos<br />

também para aumentar as nossas<br />

ven<strong>das</strong> e melhorar a nossa comunicação<br />

com os clientes?<br />

Contar com uma página web é<br />

cada vez mais imprescindível.<br />

Além de estar acessível para os<br />

seus potenciais clientes irá estabelecer<br />

um ponto de contacto<br />

com eles e proporcionar-lhes a<br />

opção de contratarem os seus serviços<br />

diretamente.<br />

Que secções e conteúdos<br />

deverá conter a sua página<br />

web?<br />

Localização – um dos fatores<br />

mais decisivos na escolha da oficina<br />

é a proximidade. Certifique-se<br />

de que torna visível o seu negócio<br />

para as pessoas à sua volta.<br />

Serviços oferecidos – especifique<br />

aquilo a que se dedica e o tipo de<br />

reparações que oferece. Especifique<br />

a sua especialidade. Também<br />

pode criar uma listagem padrão<br />

de preços.<br />

Marcas com as quais trabalha<br />

– é importante que mostre aos<br />

utilizadores as marcas nas quais<br />

confia com o objetivo de assegurar<br />

uma garantia de qualidade e<br />

confiança nos seus serviços.<br />

Formulário de contacto – assim<br />

poderá ir gerando uma base de<br />

dados com a qual poderá comunicar<br />

posteriormente.<br />

Pedidos de marcação – desta for-<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

16 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ma poupa tempo de gestão telefónica<br />

e não perde possíveis serviços ainda<br />

que o contacto ocorra fora do horário<br />

de atendimento ao cliente.<br />

Opiniões de clientes – publicar os<br />

comentários <strong>das</strong> pessoas que utilizaram<br />

os seus serviços gerará confiança<br />

nos utilizadores indecisos.<br />

Blog – Se dispõe de tempo, pondere<br />

adicionar também um blog que<br />

inclua conselhos de condução, dicas<br />

para identificar possíveis avarias,<br />

utilizações incorretas, etc.<br />

Redes sociais<br />

O Facebook continua a ser a opção<br />

mais popular entre os utilizadores,<br />

uma rede que lhe proporciona inúmeras<br />

possibilidades para criar uma<br />

comunidade através da qual poderá<br />

comunicar com os seus clientes.<br />

Além do mais, poderá disponibilizar<br />

informações sobre o seu negócio e<br />

publicar ofertas e promoções específicas<br />

para os seus seguidores.<br />

Diretórios de empresas<br />

É importante que os cibernautas<br />

identifiquem sem problemas a localização<br />

da sua oficina. Para o efeito<br />

deve registar corretamente na ficha<br />

gratuita do Google MyBusiness a<br />

máxima informação possível sobre o<br />

seu negócio: horários, detalhe de serviços,<br />

marcas, etc. Neste sentido, na<br />

internet existem inúmeros diretórios<br />

dedicados a negócios de reparação.<br />

Tente aparecer nestes diretórios.<br />

Comunicação direta<br />

com os seus clientes<br />

Comunique com os seus clientes<br />

através de canais diretos como WhatsApp,<br />

SMS ou e-mail. Será a forma<br />

mais rápida e eficaz de informá-los<br />

sobre a evolução da reparação dos<br />

veículos, quando estão prontos, se é<br />

previsível alguma demora na entrega,<br />

etc.<br />

Boletins informativos<br />

Com a informação compilada tanto<br />

na sua oficina como nas suas restantes<br />

ferramentas digitais pode ir gerando<br />

uma base de dados de clientes<br />

com o objetivo de enviar-lhes informações<br />

periódicas. Inclua conselhos<br />

úteis e práticos para a manutenção<br />

do veículo, assim irão lembrar-se da<br />

sua oficina e esta tornar-se-á uma referência.<br />

Lembretes de manutenção<br />

Relembre os seus clientes quando<br />

for necessário fazer alguma intervenção<br />

periódica no veículo. Este<br />

serviço representa uma mais-valia,<br />

gera confiança no seu negócio e assegura<br />

que o cliente volta a visitar a<br />

sua oficina.<br />

A DIGITALIZAÇÃO EXISTE HÁ ANOS E O MERCADO ESTÁ DEFINITIVAMENTE<br />

A OPTAR POR SERVIÇOS DIGITAIS. É UMA TENDÊNCIA QUE CONTINUARÁ A<br />

avançaR ENQUANTO PROPORCIONAR BENEFÍCIOS<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 17


PATROCINADORES ><br />

NOVO CONTEXTO DA MOBILIDADE<br />

OS ELEMENTOS-<br />

CHAVE DA E-MOBILITY


A MOBILIDADE ELÉTRICA JÁ É UMA REALIDADE. ESTAMOS NO FINAL DO INÍCIO<br />

DE UMA VIAGEM MUITO LONGA. O RITMO DE UTILIZAÇÃO DE VE SUPEROU AS EXPETATIVAS.<br />

ENQUANTO OS VE REPRESENTAM HOJE APENAS 1,5% DO TOTAL DE 326 MILHÕES DE VEÍCULOS<br />

NA EUROPA, OS ANALISTAS PREVEEM QUE A QUOTA DE MERCADO AUMENTE PARA 65 MILHÕES<br />

DE VEÍCULOS ATÉ 2030 E DUPLIQUE PARA 130 MILHÕES DE VEÍCULOS ATÉ 2035<br />

O<br />

setor da mobilidade tem sofrido frequentes<br />

e rápi<strong>das</strong> disrupções tecnológicas<br />

e dos padrões de consumo. Este<br />

contexto irá acelerar, especialmente<br />

com o expectável agravamento dos<br />

custos de matérias-primas, transporte e energia.<br />

Simultaneamente, verifica-se um pico de procura<br />

e constrangimentos da oferta, exigindo ainda mais<br />

agilidade organizacional. As empresas do setor<br />

têm respondido com a revisão do posicionamento<br />

competitivo na cadeia de valor, especialmente materializada<br />

na elevada intensidade de aquisições,<br />

parcerias estratégicas que conferem maior agilidade<br />

organizacional, e desenvolvimento <strong>das</strong> competências<br />

in-house para maior resiliência <strong>das</strong> cadeias<br />

de abastecimento.<br />

A importância da inovação<br />

Nem sempre a inovação surge com um racional de<br />

geração de receita ou redução de custo. Em certos<br />

casos, o objetivo poderá ser comunicar confiança<br />

ao consumidor. A autonomia é um dos principais<br />

atributos da mobilidade do futuro, potenciada pelos<br />

recentes avanços da mobilidade elétrica. Tendo<br />

ultrapassado a fase de demonstração de conceito,<br />

encontra-se agora na importante etapa de demonstração<br />

de segurança. Naturalmente que, não<br />

sendo necessário um papel tão ativo do condutor,<br />

o tempo passado no veículo poderá ser monetizado<br />

(por empresas de media, educação, entretimento,<br />

entre outras), por exemplo, com marketing personalizado,<br />

anúncios interativos, permitindo pagamentos<br />

e compras, entre outras. Uma decisão recente<br />

da Tesla é um caso de estudo paradigmático<br />

desta realidade futura. A construtora automóvel<br />

lançou um microfone que se conecta ao sistema<br />

áudio dos veículos (TeslaMic), e permite ao condutor<br />

e passageiros participar em sessões de karaoke<br />

a bordo. O produto foi lançado no mercado Chinês<br />

e esgotou em menos de uma hora.<br />

Esta decisão estratégica poderá ter três leituras<br />

principais que refletem um possível caminho a seguir<br />

pelas construtoras automóveis na promoção<br />

da adoção da tecnologia autónoma:<br />

- Ecossistema de lifestyle: o veículo será uma extensão<br />

da nossa casa enquanto local de trabalho e<br />

entretenimento. Os produtos complementares ao<br />

automóvel ajudam a criar um ecossistema abrangente<br />

que concentra a experiência de utilização.<br />

- Fidelização: o ecossistema de produtos complementares<br />

poderá contribuir para a satisfação dos<br />

utilizadores (por exemplo, fornecendo opções de<br />

entretenimento a bordo e facilitando a execução de<br />

tarefas profissionais) e, consequentemente, para a<br />

sua fidelização.<br />

- Demonstração de confiança: a mensagem transmitida<br />

aos consumidores é de confiança na utilização<br />

de um veículo autónomo, ao ponto de as fontes<br />

de entretenimento considera<strong>das</strong> distrações nos<br />

parâmetros atuais poderem ser utiliza<strong>das</strong> numa<br />

nova tipologia de veículo.<br />

O TeslaMic tem características especificamente<br />

adequa<strong>das</strong> ao mercado em questão e às necessidades<br />

e desejos dos respetivos consumidores. Desta<br />

forma, a empresa poderá gerar insights valiosos<br />

em termos da aceitação deste tipo de produtos e<br />

do brand awareness. Adicionalmente, esta decisão<br />

reitera as intenções da marca em competir com<br />

as construtoras locais (por exemplo, a BYD) que<br />

já disponibilizam estes produtos complementares.<br />

Por fim, assegurar a propriedade dos dados gerados<br />

pelo ecossistema do veículo (isto é, os dados<br />

gerados pelos utilizadores, peões, outros veículos,<br />

infraestruturas rodoviárias, entre outras) será um<br />

dos principais “campos de batalha” <strong>das</strong> construtoras<br />

automóveis com as empresas tecnológicas, pelo<br />

seu potencial de monetização (por exemplo, para<br />

seguradoras, empresas de entretenimento, gestoras<br />

de postos de carregamento elétrico e estacionamento,<br />

entre outras).<br />

Consumidores têm o poder<br />

da transformação<br />

À medida que a adoção da mobilidade elétrica é<br />

cada vez mais rápida, temos de criar e investir em<br />

capacidades futuras para manter os VEs em circulação.<br />

Temos de definir as bases e construir infraestruturas<br />

que possam suportar 130 milhões de<br />

veículos elétricos (VE) até 2035. Não é o aumento<br />

da procura de eletricidade, mas sim a origem imprevisível<br />

do carregamento de VEs que representará<br />

o maior desafio para a rede elétrica. Ganhar<br />

a confiança e aceitação do consumidor é um fator<br />

determinante para o sucesso da mobilidade elétrica.<br />

Muitos países comprometeram-se a vender<br />

apenas carros novos com emissões zero até 2035,<br />

enquanto outros prometeram fazê-lo até 2040. Os<br />

fabricantes de automóveis estão a reformular os<br />

modelos de negócio e a reinventar a sua oferta. Os<br />

OS ANALISTAS CALCULAM QUE O AUMENTO PREVISTO DOS VE IRÁ GARANTIR,<br />

PELO MENOS, 65 MILHÕES DE POSTOS DE CARREGAMENTO – 9 MILHÕES DOS QUAIS<br />

SERÃO PÚBLICOS E 56 MILHÕES RESIDENCIAIS – ATÉ 2035 EM TODA A EUROPA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 19


DIFERENTES PADRÕES DE CONSUMO, RETOMA DA<br />

PROCURA, DISRUPÇÃO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO<br />

E O AUMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAIS IRÃO<br />

CONTINUAR A SER AS PRINCIPAIS FORÇAS DE MERCADO<br />

maiores players do mercado comprometeram-se a<br />

aumentar o número de modelos elétricos disponíveis<br />

e a aumentar a produção de veículos comerciais<br />

ligeiros (VCL). Alguns também planeiam introduzir<br />

veículos pesados elétricos.<br />

Os reguladores estão a reforçar as normas de emissões<br />

de dióxido de carbono (CO2) para automóveis<br />

de passageiros e VCL ao abrigo do pacote de reformas<br />

ambientais da Comissão Europeia Fit for 55.<br />

Os governos estão a oferecer incentivos, incluindo<br />

pagamentos de bónus e benefícios fiscais, a quem<br />

compra veículos elétricos. Os consumidores estão<br />

a ser atraídos por esquemas de incentivos, custos<br />

operacionais menores e um melhor desempenho<br />

dos veículos. O custo total de possuir VEs compactos<br />

ou de média dimensão é agora comparável com<br />

as alternativas a gasolina e gasóleo na maioria dos<br />

países europeus. Os custos <strong>das</strong> baterias baixaram<br />

acentuadamente e a sua capacidade está a aumentar,<br />

tornando a eletrificação uma opção viável para<br />

os camiões mais pequenos. As empresas, que já<br />

adotaram os veículos elétricos nas suas frotas de<br />

automóveis, estão agora a eletrificar os seus VCL,<br />

que são cada vez mais competitivos em termos de<br />

custos comparando as alternativas diesel. A mudança<br />

para a opção elétrica aumenta também as<br />

suas credenciais verdes e reputações empresariais.<br />

Assim, se as condições estiverem alinha<strong>das</strong>, os regulamentos,<br />

as políticas e os incentivos irão fazer o seu<br />

trabalho. Mas como podemos manter a dinâmica da<br />

transição e a ambição por continuar a apostar na<br />

eletricidade? Isso só será possível se os VEs forem<br />

tão fáceis, ou mais fáceis, de utilizar como os veícu-<br />

los de combustível tradicionais e se proporcionarem<br />

conforto, facilidade e fiabilidade aos consumidores.<br />

Afinal de contas, é o consumidor que exerce o poder<br />

real nesta transformação e decide se escolhe um<br />

veículo elétrico ou não. E, nesse aspeto, a aceitação<br />

do consumidor é um grande driver da mobilidade<br />

elétrica, tal como os imperativos económicos e ambientais<br />

que a criaram.<br />

Melhorar a experiência<br />

PARA os utilizadores de VE<br />

Com a ajuda de sistemas operacionais em tempo<br />

real e aplicações avança<strong>das</strong>, os serviços de carregamento<br />

irão controlar a capacidade disponível,<br />

o tempo e a duração dos carregamentos, atenuando<br />

o risco de sobrecarga da rede. O carregamento<br />

pode então acontecer quando a rede elétrica tem<br />

capacidade suficiente ou superior, ou quando há<br />

uma procura reduzida (durante a noite, por exemplo)<br />

ou quando a eletricidade é mais barata. E isso<br />

é um ganho para a rede elétrica e para o condutor.<br />

As soluções de serviços de carregamento podem<br />

ser geri<strong>das</strong> pelo fornecedor de energia, através de<br />

uma ligação de dados, para conduzir energia numa<br />

direção, desde a rede até ao veículo. Com o tempo,<br />

à medida que as tecnologias vehicle-to-grid (V2G)<br />

se aperfeiçoam, os VEs tornar-se-ão em unidades/<br />

equipamentos de armazenamento de energia sobre<br />

ro<strong>das</strong>. Para além disso, vão descarregar da bateria<br />

do VE para a rede ou para um edifício, de forma a<br />

estabilizar a geração e o consumo de eletricidade,<br />

reduzindo a necessidade de geração adicional ou<br />

reforço da rede.<br />

Outras soluções também estão a ser testa<strong>das</strong>. A<br />

localização da geração e armazenamento solar<br />

distribuído, por exemplo, pode ser instalado em<br />

estações de serviço <strong>das</strong> autoestra<strong>das</strong> onde o carregamento<br />

da rede é insuficiente para uma carga<br />

rápida e super-rápida. Os smart wires, para equilibrar<br />

ativamente os fluxos de energia nas linhas<br />

de transmissão, e carregamento sem fios são conceitos<br />

inovadores que também estão a ser explorados.<br />

Cada uma destas soluções do lado da procura<br />

cria sinergias entre a rede e os VEs. E embora não<br />

resolvam to<strong>das</strong> as situações, ajudarão a mitigar o<br />

impacto de grandes aglomerados de VEs a carregar<br />

em simultâneo.<br />

Os ORDs (Operadores de Redes de Distribuição)<br />

irão desempenhar um papel fundamental na expansão<br />

da mobilidade elétrica. Eles são responsáveis<br />

pelo planeamento do desenvolvimento da rede<br />

elétrica e pela gestão <strong>das</strong> operações de distribuição<br />

e novas ligações para os carregadores. Para além<br />

disso, também têm a obrigação social de oferecer<br />

os melhores resultados ambientais, ao menor custo<br />

possível, investindo nos locais certos, no momento<br />

certo, evitando ao mesmo tempo o risco de ativos<br />

irrecuperáveis. A supervisão <strong>das</strong> redes elétricas locais<br />

permite-lhes identificar áreas de congestionamento,<br />

avaliar o impacto do carregamento de VEs<br />

na procura de eletricidade, e antecipar futuras necessidades<br />

de investimento na rede. E, à medida que<br />

a Europa muda para redes inteligentes e mercados<br />

locais de flexibilidade, os operadores de redes de<br />

distribuição serão equipados para integrar soluções<br />

sóli<strong>das</strong> para reduzir os picos de consumo, reduzir o<br />

congestionamento e melhorar a qualidade e segurança<br />

energética. À medida que o ritmo de adoção<br />

de VEs aumenta, o planeamento da eletrificação do<br />

sistema energético é um grande desafio. O alargamento<br />

<strong>das</strong> competências dos ORDs, e uma melhor<br />

execução <strong>das</strong> suas novas atividades, reforçará o foco<br />

no cliente. Para além disso, irá ajudar a trazer soluções<br />

mais inovadoras, resultando numa melhor<br />

experiência para os utilizadores de VEs. l<br />

20 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PATROCINADORES ><br />

Durante a CONDUÇÃO<br />

Durante a condução, a bateria de 12V continua a<br />

desempenhar várias funções essenciais nos veículos<br />

elétricos. É responsável por suportar picos de<br />

carga e fornecer energia para os sistemas elétricos<br />

do veículo (como o sistema de ignição e navegação,<br />

o motor de arranque, ou as luzes) sempre que<br />

houver uma necessidade súbita de energia.<br />

Quando o sistema falha<br />

Quando ocorre uma falha no sistema elétrico<br />

principal do veículo elétrico, a bateria de 12V desempenha<br />

um papel crítico na manutenção da segurança.<br />

Ela fornece energia para sistemas essenciais,<br />

como as luzes de emergência ou os sistemas<br />

de direção assistida. Isto permite ao condutor<br />

manter o controle do veículo e garantir a segurança<br />

não apenas dos passageiros, como também<br />

dos outros veículos na estrada.<br />

VARTA – SPONSOR CAMPANHA E-MOBILITY<br />

O PAPEL FUNDAMENTAL<br />

DAS BATERIAS DE 12V<br />

NA MOBILIDADE ELÉTRICA<br />

UM ELEMENTO MUITAS VEZES DESCONHECIDO, MAS FUNDAMENTAL NA<br />

MOBILIDADE ELÉTRICA, SÃO AS BATERIAS DE 12V. ESTAS BATERIAS DESEMPENHAM<br />

UM PAPEL ESSENCIAL NO FUNCIONAMENTO DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS,<br />

ALIMENTANDO SISTEMAS AUXILIARES, GARANTINDO A FUNCIONALIDADE DOS<br />

RECURSOS DE SEGURANÇA, CONFORTO E CONECTIVIDADE<br />

A<br />

mobilidade elétrica, ou E-Mobility,<br />

emergiu como um pilar fundamental na<br />

busca por um futuro mais sustentável e<br />

ambientalmente responsável, tanto em<br />

Portugal como em toda a Europa. Este movimento<br />

revolucionário visa reduzir as emissões de carbono,<br />

promover a qualidade do ar e reduzir a dependência<br />

dos combustíveis fósseis. Na Europa, onde<br />

a consciência ambiental está no topo da agenda<br />

política, a E-Mobility tornou-se uma prioridade<br />

incontestável, e já começamos a ver os resultados.<br />

Em Portugal, a proporção de veículos elétricos matriculados<br />

nos primeiros sete meses de 2023 já alcançou<br />

uma impressionante marca de 15,7%.<br />

Mas para que esta visão se torne realidade, existem<br />

diversos elementos cruciais em jogo. Estes<br />

incluem o desenvolvimento de infraestruturas de<br />

carregamento acessíveis e eficientes, a implementação<br />

de regulamentações favoráveis à E-Mobility,<br />

a criação de incentivos financeiros e a contínua<br />

sensibilização do público para os benefícios desta<br />

tecnologia. No que diz respeito à adoção de carros<br />

híbridos e elétricos, é imprescindível que tanto os<br />

usuários quanto as oficinas estejam familiarizados<br />

com as particularidades destas novas tecnologias<br />

de veículos. Um elemento fundamental na<br />

mobilidade elétrica, são as baterias de 12V, pois<br />

desempenham um papel essencial no funcionamento<br />

dos veículos elétricos, conforme explicamos<br />

a seguir:<br />

Quando o VEÍCULO está desligado<br />

Quando o carro está desligado, a bateria de 12V<br />

assume a responsabilidade de fornecer a energia<br />

essencial para iniciá-lo quando a chave é virada<br />

ou o botão de ignição é pressionado. Além disso,<br />

também é responsável por alimentar sistemas<br />

auxiliares, como as luzes, o rádio, os sistemas de<br />

entretenimento, o computador de bordo e outros<br />

componentes eletrónicos do veículo.<br />

Gama VARTA xEV abrange 97% do parque VE<br />

A Clarios, como empresa líder em soluções de baterias,<br />

abraçou a transição para a E-Mobility com<br />

a sua nova linha de baterias Varta AGM desenvolvida<br />

para veículos xEV. Esta gama foi desenvolvida<br />

em colaboração com os principais fabricantes<br />

de automóveis e incorpora a tecnologia ideal para<br />

aplicações altamente exigentes, desde sistemas<br />

Start-Stop modernos até veículos totalmente<br />

elétricos. Atualmente, a linha de produtos Varta<br />

xEV abrange 97% dos veículos no segmento xEV,<br />

e continuará a ser expandida para acompanhar<br />

as necessidades e evolução do mercado. Assim, a<br />

Clarios está preparada para suportar todos os veículos<br />

elétricos e contribuir para uma mobilidade<br />

mais responsável e sustentável. Descubra mais<br />

no VARTA Partner Portal: https://varta-partner-<br />

-portal.com/varta-xev-page . l<br />

AS BATERIAS DE 12V<br />

VARTA XEV SÃO UM DOS<br />

ELEMENTOS ESSENCIAIS<br />

DA E-MOBILITY,<br />

DESEMPENHANDO<br />

UM PAPEL CRÍTICO<br />

NA INICIALIZAÇÃO,<br />

NA ALIMENTAÇÃO DE<br />

SISTEMAS SECUNDÁRIOS<br />

E NA MANUTENÇÃO DA<br />

SEGURANÇA DO VEÍCULO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 21


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

SPINERG<br />

TEM NOVA<br />

DIRETORA GERAL<br />

Catarina Bastos foi recentemente nomeada Diretora Geral da<br />

Spinerg – Soluções para Energia S.A., empresa que deu continuidade<br />

à marca Shell Lubricants em Portugal desde novembro<br />

de 2010. Licenciada em Gestão de Empresas, entra no Grupo<br />

Shell em 2001, depois de uma experiência no Grupo Bosch no<br />

Chile e de uma passagem pela área de consultoria financeira. A sua<br />

carreira passou pelas áreas de ven<strong>das</strong>, comunicação e marca, gestão<br />

de projetos, serviço a clientes, desenvolvimento de novos negócios<br />

e marketing. “É para mim um momento de grande alegria e entusiasmo<br />

aceitar este desafio de liderar uma empresa como a Spinerg.<br />

O meu compromisso é executar a missão da empresa com base nos<br />

seus valores fundamentais: a honestidade, a integridade e o respeito<br />

pelas pessoas e pelo meio ambiente, acreditando firmemente na importância<br />

fundamental da promoção da confiança, diversidade, profissionalismo<br />

e, do orgulho naquilo que fazemos. Só assim é possível<br />

acrescentar valor, reforçar a eficiência e excelência do nosso serviço,<br />

promovendo uma cultura de inovação”, revelou Catarina Bastos.<br />

AJUDA ESCOLA BÁSICA 2,3 DA VENDA DO PINHEIRO<br />

BILSTEIN GROUP | bilstein group apoia a Escola Básica 2,3 da Venda do Pinheiro com a oferta de mesas para exterior, após<br />

pedido de ajuda da Associação de Pais e Encarregados de Educação desta mesma escola. A entrega <strong>das</strong> mesas foi cortesia da Skynet<br />

que realizou o transporte, de forma totalmente gratuita. O bilstein group, no âmbito da sua estratégia de responsabilidade social,<br />

que prioriza essencialmente o apoio à comunidade, decidiu aceitar o pedido de ajuda e entregou os quatro conjuntos à escola, devidamente<br />

identifica<strong>das</strong> com o seu logo. Estas mesas vão permitir que os estudantes da Escola Básica da Venda do Pinheiro possam<br />

usufruir de espaços adicionais de lazer no recreio da escola, sendo que as poderão utilizar para comer, conversar, jogar e descansar.<br />

A escola já tinha alguns conjuntos semelhantes, mas a Associação de Pais identificou a necessidade de conseguirem colocar mais<br />

unidades no espaço exterior da escola. Para o bilstein group é motivo de satisfação poder ajudar a melhorar a qualidade dos tempos<br />

e espaços de lazer na Escola Básica da Venda do Pinheiro, uma <strong>das</strong> instituições escolares inseri<strong>das</strong> no concelho.<br />

JUNTA-SE À FAMÍLIA<br />

CGA CAR SERVICE<br />

FM DIESEL | A Davasa Automocion S.L. não para de fazer<br />

crescer a sua rede de oficinas CGA Car Service, Desta vez, foi a a FM<br />

Diesel, de Vila Real, que se juntou a esta família, uma oficina bem<br />

conhecida na região, com largos anos de experiência. O proprietário<br />

Filipe Miguéis mostrou-se muito feliz com o facto da sua oficina se<br />

ter juntado à CGA Car Service. Partilhou também que o conjunto<br />

largo de serviços e parcerias oferecidos pela maior rede oficinal da<br />

Península Ibérica foram determinantes para optar pela CGA Car<br />

Service. Tomás Pais, responsável de marketing e conceitos oficinais<br />

da Davasa Automocion Sucursal em Portugal, afirmou “Este é mais<br />

um passo dado para atingirmos o nosso objetivo de oficinas CGA<br />

Car Service. Pretendemos aumentar o número de oficinas na Rede<br />

até ao final de 2023 e seguir com o nosso plano estratégico para<br />

alargarmos o número de oficinas na Rede no próximo ano. Uma<br />

oficina como a FM Diesel representa tudo aquilo que queremos<br />

inserir na CGA Car Service.”<br />

22 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


CONTRATA RÚBEN CARREIRA<br />

PARA DELEGADO EM PORTUGAL<br />

GRUPO SERCA | O Grupo Serca continua a sua aposta no mercado português, desta vez<br />

com a incorporação profissional de Rúben Manuel Carreira como novo Delegado Territorial em<br />

Portugal. Esta decisão reforça a posição do Grupo na região ibérica e demonstra a aposta que<br />

pretendem realizar num mercado que tem tido um rápido crescimento nos últimos anos. Com<br />

mais de 10 anos de experiência no setor automóvel, Rúben Manuel Carreira é especialista no<br />

desenvolvimento de estratégias de compras, negociar com fornecedores e destaca-se pela sua<br />

capacidade de captar novos mercados, analisando e identificando oportunidades de negócio.<br />

A sua trajetória profissional tem sido uma prova da sua capacidade e dedicação. Em apenas um<br />

ano alcançou o cargo de Gerente de Produto na Tacofrota e durante os últimos três anos tem<br />

desempenhado o papel de Gerente de Compras na mesmo empresa. A contratação de Rúben<br />

Carreira faz parte da estratégia comercial que o Grupo está a desenvolver em Portugal, reforçando<br />

assim a confiança dos Parceiros e ratificando mais uma vez o compromisso claro e determinado<br />

pelo mercado português.<br />

Tudo<br />

funciona<br />

melhor...<br />

7ª OFICINA FRANQUEADA ABRE PORTAS EM VISEU<br />

MIDAS | No passado dia 12 de outubro, a Mi<strong>das</strong> voltou a expandir a sua presença em Portugal<br />

com a inauguração formal da 22ª oficina da rede, a Mi<strong>das</strong> Viseu. Trata-se de um marco significativo,<br />

uma vez que esta é a 2ª oficina franqueada em parceria com o grupo MainTarget e a 7ª oficina<br />

franqueada no país. A cerimónia de abertura da Mi<strong>das</strong> Viseu contou com a presença de clientes,<br />

empresários e outras figuras proeminentes da cidade, nomeadamente a Vereadora do Urbanismo<br />

da Câmara de Viseu, Mara Almeida. O evento foi marcado por uma atmosfera festiva e pelo<br />

entusiasmo da comunidade, que agora passa a contar com uma ampla gama de serviços e uma<br />

equipa altamente qualificada, pronta para fazer a diferença na manutenção automóvel viseense.<br />

Carlos Silva, representante da MainStation, do grupo MainTarget, que gere a nova oficina em<br />

Viseu, expressou a sua satisfação em fazer parte da família Mi<strong>das</strong> e enfatizou o compromisso da<br />

equipa em fornecer um serviço rápido e atencioso aos clientes da região. Este compromisso é<br />

reforçado pela localização estratégica da oficina no Edifício Real Business Centre, mesmo ao lado<br />

do Palácio do Gelo.<br />

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... com a marca de lubrificantes preferida dos<br />

alemães há 13 anos consecutivos. Aproveite<br />

a popularidade da marca para o seu próprio<br />

negócio e beneficie da nossa ampla gama<br />

de produtos e soluções para oficinas.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 23


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

LIQUI MOLY<br />

CELEBRA COM SUCESSO<br />

75 ANOS DA PORSCHE<br />

Cascais testemunhou um evento ímpar de comemoração dos 75 anos da<br />

Porsche e a LIQUI MOLY foi parte integrante do evento que fez bater mais<br />

forte o coração dos visitantes. Foram centenas os convidados aficionados<br />

da Porsche que participaram nestas comemorações, mas foram também muitos<br />

os milhares de pessoas que visitaram as várias zonas de atividades na Marina de<br />

Cascais. A Power Stage LIQUI MOLY foi um dos pontos do evento mais visitados<br />

e onde a emoção puxou mais pela veia desportiva dos fãs da Porsche, graças ao 911<br />

GT3 Cup de competição que deu espetáculo com o piloto Pedro Salvador aos comandos.<br />

“Foi um evento intenso e de grandes emoções”, referiu Matthias Bleicher,<br />

Chief Executive Officer da LIQUI MOLY Iberia. A comemoração portuguesa dos<br />

75 Anos da Porsche no Hipódromo e Marina de Cascais teve um impacto grande<br />

para a LIQUI MOLY, não só pelo número de visitantes e amantes dos automóveis,<br />

mas também pela cobertura que os media fizeram de um evento único que escreveu<br />

mais uma página de sucesso na história da marca em Portugal.<br />

FÓRUM “O PRÓXIMO AFTERMARKET”<br />

ACONTECE A 23 NOVEMBRO<br />

No Fórum “O Próximo Aftermarket”, organizado pela DPAI/ACAP, acontece já a 23 de<br />

Novembro, no Museu Oriente em Lisboa. O evento tem o apoio de 44 marcas do pós-venda<br />

independente e conta também com o apoio do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> como media partner. No<br />

programa do Fórum, destacam-se temas como «Aftermarket Automóvel 2024: tendências,<br />

inovação e legislação europeia”, a análise <strong>das</strong> megatendências do aftermarket e a relevância<br />

dos Recursos Humanos para o futuro deste sector. Destinado principalmente a oficinas,<br />

redes pós-venda (incluindo pneus), retalhistas, distribuidores, fabricantes e empresas<br />

de serviços ao aftermarket, este evento promete ser uma oportunidade única para os<br />

profissionais da área se atualizarem e prepararem para os desafios futuros. A inscrição no<br />

evento inclui almoço e ainda uma visita ao Museu do Oriente de forma gratuita. Para mais<br />

informações contactar o site www.acap.pt<br />

ACÓRDÃO DO ECJ SOBRE<br />

AS RESTRIÇÕES DE ACESSO À OBD<br />

As Associações do Aftermarket congratulam-se com a decisão do Tribunal de Justiça<br />

Europeu (ECJ - European Court of Justice) que considera ilegais as restrições específicas dos<br />

fabricantes ao acesso aos sistemas de diagnóstico a bordo dos veículos (OBD). A decisão<br />

envia uma mensagem forte: Os regulamentos da UE devem ser respeitados sem criar<br />

barreiras aos concessionários ou reparadores que procuram aceder aos dados dos veículos.<br />

É crucial que todos os concessionários e operadores do mercado pós-venda independente<br />

tenham igual acesso aos dados, funções e recursos dos veículos, a fim de garantir uma<br />

concorrência leal. Não há serviços inovadores e de qualidade sem um acesso equitativo<br />

aos dados dos veículos e as oficinas IAM não devem ser prejudica<strong>das</strong>, em particular por<br />

medi<strong>das</strong> de segurança não proporcionais. Os fabricantes de veículos têm de permitir<br />

que os operadores independentes não só acedam, mas também processem e utilizem as<br />

informações técnicas; e não podem impor outras condições para esse acesso para além <strong>das</strong><br />

expressamente menciona<strong>das</strong> no Regulamento de Homologação 2018/858.<br />

EXPANDE GAMA DE EIXOS DE TRANSMISSÃO<br />

FEBI | A febi introduziu uma nova gama de eixos de transmissão à sua vasta oferta de peças de reposição<br />

automóvel. Com mais de 230 artigos disponíveis atualmente para veículos populares, e com mais artigos<br />

previstos no futuro, estes cobrem mais de 20.000 aplicações para veículos que circulam atualmente na Europa<br />

e em todo o mundo. Os eixos de transmissão febi são fabricados e pensados de acordo com os mais elevados<br />

padrões de qualidade, garantindo que cumprem ou excedem as especificações do fabricante do equipamento<br />

original em ajuste, forma e função. Adicionalmente, todos os eixos de transmissão são submetidos a uma<br />

inspeção rigorosa para garantir que cumprem os mais elevados padrões de qualidade do bilstein group. Os<br />

eixos de transmissão febi são uma solução de reparação fácil. A substituição com recurso a um novo eixo de<br />

transmissão febi reduz o tempo que um veículo está na oficina, tornando a reparação menos dispendiosa,<br />

mais eficiente em termos de tempo e reduz os inconvenientes para o cliente.<br />

24 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


CELEBRAM PARCERIA<br />

NA NOVA LOJA EM CHAVES<br />

SOFRAPA E GS BATTERY | A Sofrapa e GS Battery celebraram parceria<br />

exclusiva com inauguração de nova loja da Sofrapa em Chaves. A GS Battery é a marca<br />

líder em baterias automóveis na Ásia e já é uma referência noutros países, sendo um<br />

dos principais fabricantes mundiais de baterias automóveis e de motociclos. A gama de<br />

produtos da GS Yuasa Europe inclui alguns dos produtos de bateria mais reconhecidos,<br />

confiáveis e de alta qualidade para uso numa ampla gama de aplicações automóveis,<br />

motociclos e máquinas industriais. Já está no TecDoc e dispõe de um sistema de<br />

identificação de baterias por matrícula. O desenvolvimento da marca em Portugal está<br />

a cargo de Cristiano Fumega, Area Sales Manager para Portugal, em conjunto com as<br />

equipas da Sofrapa. Conta com um plano de formação continuo e tem como novidade<br />

um programa específico para oficinas. A aposta na Sofrapa permitirá à GS Battery<br />

entrar no mercado português com um dos maiores distribuidores, com uma rede de<br />

distribuição bastante madura e com presença em todo o país.<br />

ATINGE 6,5 MILHÕES DE PEÇAS USADAS EM STOCK<br />

B-PARTS | A B-Parts, líder europeia no comércio online de peças originais de automóveis usados, anuncia<br />

um marco significativo. Com um stock de mais de 6.5 milhões de peças usa<strong>das</strong>, a B-Parts estabeleceu-se como<br />

o maior stock europeu de peças de carros usados provenientes exclusivamente de centros de desmantelamento<br />

certificados. Desde a sua fundação que a missão da B-Parts tem sido transformar o processo de compra de peças<br />

usa<strong>das</strong>. Com um compromisso de qualidade, fiabilidade e satisfação do cliente, a empresa construiu com sucesso<br />

uma vasta rede de centros de desmantelamento certificados em toda a Europa, garantindo o acesso a uma vasta<br />

gama de peças automóveis usa<strong>das</strong> de alta qualidade. A extensa rede de fornecedores da B-Parts abrange 9 países<br />

europeus, incluindo Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Itália, Países Baixos, Áustria e Lituânia. Em<br />

linha com o compromisso de inovação da empresa, a B-Parts está a estudar oportunidades para expandir a rede<br />

de fornecedores para a Europa de Leste.<br />

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UMA REFERÊNCIA IBÉRICA<br />

NA DISTRIBUIÇÃO<br />

DE PNEUS<br />

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NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

SALÃO EXPOMECÂNICA<br />

REGRESSA EM 2024<br />

A<br />

decisão da Motortec de adiar a próxima edição da feira para 2025, de modo a não coincidir<br />

com a Automechanika Frankfurt, alterou também os planos da expoMECÂNICA. O salão,<br />

que se realizou em abril deste ano, reabrirá as suas portas em novembro de 2024, alternando<br />

com o certame espanhol. O anúncio foi feito pela organização da feira em comunicado, no qual<br />

salienta que este ajuste de calendário “é necessário para poder realizar a expoMECÂNICA em alternância<br />

com a Motortec Madrid, prevista para abril de 2025”. A ideia, portanto, é realizar uma edição<br />

intermédia no final de 2024 (concretamente de 8 a 10 de novembro, apenas cinco meses antes da<br />

Motortec), para regressar em abril de 2026 e retomar o seu carácter bienal: a Motortec realizar-se-á<br />

nos anos ímpares, enquanto a expoMECÂNICA se realizará nos anos pares. De acordo com a organização,<br />

que continua a escolher a Exponor, em Matosinhos, como local de realização, esta alteração<br />

do calendário permite-lhes “reforçar o nosso compromisso de organizar uma feira profissional de<br />

dimensão ibérica de que todos nos podemos orgulhar”.<br />

“TIPSTORS” OS AJUDANTES<br />

DIGITAIS DO PÓS-VENDA<br />

AUTOMÓVEL<br />

TIPS4Y | Protagonizado pelos “Tipstors” (o conceito que<br />

identifica as suas pessoas), o novo vídeo da Tips4y dá a conhecer,<br />

num ambiente descontraído e familiar, qual o negócio da<br />

empresa e quais os seus valores diferenciadores, reforçando o seu<br />

posicionamento como empresa que inova nas soluções digitais<br />

para o mercado do Pós-Venda automóvel. O propósito da Tips4y<br />

é contribuir para o futuro da mobilidade automóvel, numa visão<br />

determinada em ser um parceiro estratégico neste desafio, com<br />

base numa cultura onde o foco são as pessoas. Para desenvolver<br />

este legado, a Tips4y oferece soluções inovadoras que se<br />

constroem com profundo conhecimento do mercado, em função<br />

<strong>das</strong> oportunidades atuais e <strong>das</strong> necessidades dos clientes. Susana<br />

Barros, Managing Parter da Tips4y salientou: “Este vídeo é uma<br />

oportunidade para partilharmos quem somos e o que nos diferencia,<br />

num mercado que exige inovação. Com base numa cultura<br />

centrada nas pessoas conseguimos verdadeiramente abraçar<br />

esses desafios com enorme impacto e motivação”. Pode ver o<br />

vídeo em https://www.youtube.com/watch?v=9jsQ_PQyVSU<br />

A YUASA JÁ CHEGOU À FIMAG<br />

YUASA | A FIMAG anunciou que as baterias da YUASA já estão disponíveis<br />

em todos os pontos de venda da FIMAG. As baterias YUASA garantem<br />

qualidade, alto rendimento e especificações de equipamento original<br />

(OEM), ou seja, produtos que se identificam totalmente com o que é o ADN<br />

da FIMAG e que já se encontram perfeitamente capazes de responder aos<br />

desafios dos automóveis mais modernos. O crescimento de gamas de produto<br />

de grande qualidade é o objetivo de qualquer distribuidor de peças e<br />

acessórios de automóveis e o segmento <strong>das</strong> baterias, pela importância que<br />

tem no automóvel moderno e do conhecimento adquirido ao longo de<br />

anos, é fundamental. Por isso a FIMAG decidiu apostar na comercialização<br />

<strong>das</strong> baterias YUASA.<br />

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K


GEAR UP - UNIDOS PELO ESPÍRITO CREATE<br />

CREATE | A Create reuniu no dia 23 de setembro, na Quinta do Paul, em Leiria, cerca<br />

de 600 colaboradores, para em conjunto celebrarem os 20 anos de vida da empresa.<br />

Com o lema Gear Up (evolução), o evento começou logo pela manhã, com apresentações<br />

dos vários fornecedores presentes, seguido de almoço animado pelo cantor Toy<br />

e prolongando-se pela tarde com muitas atividades lúdicas. No final, os participantes<br />

puderam ainda assistir a um concerto ao vivo. Pedro Proença, diretor-geral da Create,<br />

aproveitou a ocasião para agradecer a presença de todos os colaboradores neste dia<br />

tão especial e alertá-los para os grandes desafios que têm pela frente “Temos todos de<br />

ter consciência dos grandes desafios que nos esperam, designadamente a tecnologia<br />

automóvel, um parque com cada vez mais veículos elétricos, a digitalização e o acesso<br />

aos dados. O automóvel vai mudar radicalmente e a forma de trabalhar dos nossos<br />

clientes vai ser diferente. Se ficarmos a olhar para trás, não vamos conseguir construir<br />

o nosso futuro. O trabalho vai ser cada vez mais digitalizados e com as oportunidades<br />

que a tecnologia nos dá, temos de conseguir fazer melhor. Quem não se adapta fica no<br />

passado e torna-se irrelevante”.<br />

JOAQUIM CANDEIAS<br />

DISTINGUIDO COM PRÉMIO<br />

TRÓCOLA IBÉRICO<br />

Joaquim Candeias foi distinguido com o prémio Trócola Ibérico durante a Gala<br />

organizada pela Revista Autopos, parceira do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. O evento<br />

decorreu no passado dia 28 setembro, no Teatro Goya, em Madrid. Foi numa<br />

sala repleta de personalidades do aftermarket ibérico que decorreu a cerimónia da<br />

entrega do prémio Trócola Ibérico a Joaquim Candeias, em reconhecimento do trabalho<br />

desenvolvido em prol do aftermarket em Portugal e Espanha. Joaquim Candeias<br />

é atualmente Managing Director da Ferdinand Bilstein Portugal, uma subsidiária<br />

do bilstein group, com sede na Alemanha. É membro do board da ACAP<br />

- Associação Automóvel de Portugal e membro do board da FIGIEFA, desde 2015.<br />

A vasta experiência adquirida nos mercados português, espanhol e italiano devido<br />

à sua função de Managing Director na Automotive Distributors, permitiu-lhe um<br />

grande envolvimento em atividades portuguesas do IAM, tais como a Campanha<br />

Right to Repair, desenvolvimento de estatísticas, estabelecimento de normas e procedimentos<br />

relativos a garantias, qualificação e certificação de distribuidores e reparadores,<br />

entre outros.<br />

UE ADIA ENTRADA EM VIGOR DA DIRETIVA EURO 7<br />

Trata-se de uma decisão que gerou um intenso debate entre a indústria automóvel<br />

e os Estados-Membros da UE. Depois de muitas i<strong>das</strong> e vin<strong>das</strong>, os países da<br />

UE concordaram em adiar a entrada em vigor da norma de emissões Euro 7, de<br />

acordo com as exigências <strong>das</strong> associações do setor. Assim, a norma, que deveria<br />

entrar em vigor em 2025, foi adiada para 2027 para os veículos ligeiros e para<br />

2029 para os veículos comerciais. A abordagem comum adotada no Conselho<br />

Europeu de Ministros da Competitividade, em Bruxelas, inclui também novas<br />

restrições às emissões de partículas dos travões e dos pneus, no âmbito de um<br />

regulamento que visa reduzir tanto as emissões de CO2 como as de partículas<br />

poluentes. A proposta inicial da Comissão Europeia (entrada em vigor da norma<br />

Euro 7 em 2025) teve a forte oposição de um bloco de oito países: França, Itália,<br />

República Checa, Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia, apoiados<br />

pela Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA). Estes países<br />

argumentaram que estas novas medi<strong>das</strong> iriam impor custos adicionais à indústria<br />

durante um período de tempo demasiado curto antes da transição total<br />

para veículos com emissões zero.<br />

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rodape_PBS 2023.pdf 3 16/10/2023 12:16<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 27


COM FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ANA CASTRO INGRESSOU NA EMPRESA<br />

EM MAIO DESTE ANO, PARA DESEMPENHAR O CARGO DE SALES MANAGER<br />

PORTUGAL DA CONTINENTAL CONTITECH PTG (POWER TRANSMISSION GROUP)


Entrevista<br />

ANA CASTRO<br />

AREA SALES MANAGER PORTUGAL<br />

CONTINENTAL CONTITECH PTG<br />

SOMOS UMA<br />

EMPRESA MUITO<br />

FOCADA NO TEMA DA<br />

SUSTENTABILIDADE!<br />

NO INÍCIO DO ANO A CONTINENTAL REALINHOU ESTRATEGICAMENTE<br />

O GRUPO CONTITECH, COM O OBJETIVO DE AUMENTAR A EFICÁCIA E A<br />

EFICIÊNCIA, PASSANDO DE FORNECEDOR TRADICIONAL A FORNECEDOR<br />

DE SOLUÇÕES INTEGRADAS AOS SEUS CLIENTES. EM ENTREVISTA AO<br />

JO, ANA CASTRO, AREA SALES MANAGER CONTINENTAL CONTITECH<br />

PTG, EXPLICA A ESTRATÉGIA DA MARCA PARA PORTUGAL<br />

A<br />

Continental é uma grande empresa, que<br />

abrange diversos tipos de mercados e diferentes<br />

produtos. Tem sempre uma visão<br />

estratégica global e está constantemente à procura<br />

de uma qualidade e atualização de produtos<br />

para o mercado. O objetivo <strong>das</strong> mudanças é sempre<br />

com vista a melhorar, primeiro a qualidade<br />

dos seus produtos, a ser uma empresa atualizada<br />

e ativa no mercado, e claro, com pessoas motiva<strong>das</strong><br />

a trabalharem a marca.<br />

Ana Castro ingressou na empresa em maio deste<br />

ano, para desempenhar o cargo de Sales Manager<br />

Portugal da Continental ContiTech PTG ((Power<br />

Transmission Group) uma área dedicada à comercialização<br />

de produtos como correias, componentes,<br />

Kits e ferramentas, entre outros, sendo<br />

responsável pelo desenvolvimento do mercado<br />

português. Com formação em Engenharia, Ana<br />

Castro vai dar continuidade ao excelente trabalho<br />

realizado pelo João Cardoso, agora noutra divisão<br />

da Continental.<br />

Como foi o seu percurso profissional até chegar a<br />

Area Sales Manager da Continental ContiTech?<br />

O meu percurso até chegar à Continental foi todo na<br />

Bosch Braga. Comecei em 2014 com o meu projeto<br />

de mestrado para finalizar o curso de engenharia e<br />

fiquei até ao ano de 2023. Na altura, comecei a trabalhar<br />

como engenheira do laboratório de metrologia<br />

elétrica, que acabou por crescer bastante dentro<br />

a empresa ao longo dos anos. Nos últimos anos era<br />

Responsável/Team Leader do mesmo laboratório<br />

gerindo uma equipa de cerca de 6 pessoas. Foi todo<br />

um percurso ligado à área de produção, qualidade<br />

e gestão, o qual me fez crescer e aprender muito<br />

como profissional. Aliado a isso, o facto da Bosch<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 29


ANA CASTRO<br />

TODOS OS PRODUTOS CONTITECH TÊM UM QR CODE NAS EMBALAGENS<br />

ONDE ATRAVÉS DE UMA CÂMARA DE UM TELEMÓVEL O CLIENTE PODE<br />

IR DIRETAMENTE PARA A PÁGINA TÉCNICA DO PRODUTO QUE PROCURA<br />

INFORMAÇÃO SOBRE CARACTERÍSTICAS E INSTALAÇÃO<br />

ser uma empresa bastante evoluída<br />

com imensas oportunidades que nos<br />

permitem aprender e evoluir muito<br />

em diversas vertentes.<br />

Como define a sua forma de estar<br />

no mercado? Que princípios e regras<br />

defende?<br />

Ainda estou numa fase de muita<br />

aprendizagem e conhecimento do<br />

mercado, focada em absorver toda a<br />

informação que recebo, estudando<br />

muito e estando atenta a todos os<br />

inputs que recebo no dia a dia de trabalho,<br />

da minha equipa e dos meus<br />

clientes. Apesar da minha experiência<br />

profissional anterior não ser na área<br />

de ven<strong>das</strong>, sou da opinião que quando<br />

temos princípios e valores como ser<br />

humano conseguimos estar presentes<br />

em qualquer trabalho e em qualquer<br />

área de negócio. O respeito pelas pessoas<br />

que nos rodeiam e com quem<br />

trabalhamos, o foco no trabalho em<br />

equipa, a dedicação e empenho que<br />

aplicamos a tudo o que fazemos como<br />

também a humildade para saber em<br />

que momentos devemos atuar e de<br />

que forma o fazemos, para mim, são<br />

pilares fundamentais para sermos<br />

bons profissionais. A partir daí, as<br />

coisas surgem de uma forma natural.<br />

O seguimento destes pilares no meu<br />

dia a dia, é e será a minha posição no<br />

mercado.<br />

Qual a sua estratégia para chegar ao<br />

máximo número de clientes possível?<br />

A nossa estratégia não passa por ter<br />

uma quantidade excessiva de clientes.<br />

Temos claro, alguns números mínimos<br />

estipulados, no entanto a Conti-<br />

Tech PTG foca-se mais em ter clientes<br />

de qualidade que tenham respeito<br />

pela nossa marca e que queiram trabalhá-la,<br />

assim como nós como marca,<br />

também damos valor a ter clientes<br />

nos quais confiámos no seu trabalho<br />

e obviamente no seu futuro no mercado.<br />

A nossa estratégia passa por<br />

dar suporte e estarmos disponíveis<br />

sempre, com objetivo de ter uma relação<br />

de total confiança com os nossos<br />

clientes, sabendo que adicionamos<br />

valor mutuamente no nosso dia a dia.<br />

Por fim, passa também por estarmos<br />

ativos no mercado, atentos, sermos<br />

observadores e críticos primeiro ao<br />

nosso trabalho e depois ao restante.<br />

Como está a ContiTech a acompanhar<br />

o desenvolvimento da indústria<br />

automóvel e do aftermarket?<br />

A ContiTech é uma empresa que tem<br />

departamentos e equipas dedica<strong>das</strong><br />

exclusivamente ao desenvolvimento,<br />

fazendo também grandes investimentos<br />

na área e, por essas razões, estamos<br />

constantemente atentos, tendo sempre<br />

produtos novos e atualizados para<br />

acompanhar o mercado. Já temos uma<br />

gama bastante diversa para veículos<br />

híbridos. Por outro lado, a eletrificação<br />

dos veículos também abre novos campos<br />

de aplicação para as correias... Estamos<br />

a trabalhar nessa vertente.<br />

A maioria <strong>das</strong> atividades da ContiTech<br />

no setor automóvel está consolidada<br />

no equipamento original. Quais<br />

as vantagens de ser um fornecedor<br />

de 1º equipamento?<br />

Na ContiTech, construir uma relação<br />

de confiança com os nossos parceiros<br />

e clientes é imprescindível. A lista de<br />

critérios para um novo carro entrar<br />

no mercado é infinita. Os fabricantes<br />

têm uma lista imensa de aspetos<br />

a considerar e aperfeiçoar antes que<br />

o veículo possa sair da fábrica para<br />

a estrada e ficar ativo. Decidir quem<br />

será o fornecedor de equipamento<br />

de origem do carro é uma decisão de<br />

grande responsabilidade que se baseia<br />

em factos mas também na confiança.<br />

Confiança na segurança, bem<br />

como confiança na capacidade de desempenho<br />

dos nossos produtos... e a<br />

nossa empresa tem tudo isso.<br />

O que está a ser feito pela ContiTech<br />

no domínio da sustentabilidade?<br />

A empresa tem especialistas que enfrentam<br />

estes desafios, focando o seu<br />

dia a dia para a neutralidade na emissão<br />

de carbono, no uso de materiais<br />

sustentáveis, em operações ecológicas<br />

assim como no tratamento do final de<br />

vida dos nossos produtos. Somos uma<br />

empresa muito focada no tema da sustentabilidade!<br />

Um dos exemplos disso<br />

mesmo são as novas embalagens dos<br />

nossos produtos que foram lança<strong>das</strong><br />

no início deste ano 2023. Embalagens<br />

com menos 50% papelão, 245 g mais<br />

leves, que representam cerca de 70%<br />

mais espaço por palete e também cerca<br />

de 98 trajetos a menos realizados<br />

por camiões por ano, traduzindo-se<br />

em cerca de menos 390 tonela<strong>das</strong> de<br />

transmissões de CO 2 por ano.<br />

E como o mercado de peças aftermarket<br />

pode ser mais sustentável?<br />

Qual o papel dos componentes<br />

reconstruídos neste domínio?<br />

A procura de novos materiais sustentáveis<br />

e de novos processos de montagem,<br />

entre outros, são uma constante<br />

não só para a nossa empresa como<br />

para o mercado geral. A evolução da<br />

indústria automóvel dita isso mesmo!<br />

Na minha opinião, penso que<br />

neste momento, o primeiro caminho<br />

a seguir na área de aftermarket passa<br />

muito nos processos logísticos que o<br />

envolvem. Recriar e evoluir no embalamento<br />

de produtos, usando novos<br />

materiais, dimensões mais reduzi<strong>das</strong><br />

etc.; Reduzir de uma forma mais eficaz<br />

os transportes realizados dos produtos<br />

30 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


entre fabricantes/distribuidores/oficinas;<br />

Determinar boas estratégias e<br />

processos para eliminar os produtos<br />

no seu fim de vida... Isto são alguns<br />

pontos que acho que podem ajudar o<br />

aftermarket um pouco mais na área da<br />

sustentabilidade. No entanto, obviamente<br />

que sabemos que tudo isto demora<br />

o seu tempo e envolve também<br />

bastante investimento.<br />

Como está organizada a distribuição<br />

dos produtos ContiTech no mercado<br />

português?<br />

Atualmente na ContiTech PTG o número<br />

de distribuidores ajusta-se à<br />

mos visualizar montagens de determinados<br />

produtos, com conselhos de<br />

montagem entre outros inputs que<br />

são muito úteis a todos aqueles que<br />

trabalham com os nossos produtos.<br />

A nível de formação, o objetivo passa<br />

por ter um formador técnico a nível<br />

ibérico, que poderá promover diversas<br />

formações com os nossos clientes.<br />

O que tenciona fazer para aumentar<br />

a notoriedade da marca ContiTech,<br />

junto <strong>das</strong> oficinas e também do<br />

cliente final?<br />

Primeiro de tudo dar o meu melhor<br />

para continuar o excelente trabalho<br />

com os meus clientes forte, de forma<br />

a que possam confiar no meu trabalho<br />

e 100% na nossa marca. Obviamente<br />

que tudo isto sempre associado<br />

a ações de marketing, formações<br />

e um acompanhamento total dos<br />

nossos parceiros.<br />

Quais os benefícios e vantagens que<br />

uma oficina automóvel pode ter em<br />

adquirir produtos ContiTech?<br />

Primeiro destacar claro, a qualidade<br />

dos nossos produtos. Além disso,<br />

a ContiTech PTG oferece 5 anos de<br />

garantia para oficinas regista<strong>das</strong>.<br />

Todo o suporte técnico de fácil acesso<br />

code nas embalagens onde através de<br />

uma câmara de um telemóvel com<br />

acesso à internet pode ir diretamente<br />

para a página técnica do produto,<br />

que procura informação.<br />

Quais os projetos que pretende<br />

desenvolver com a ContiTech em<br />

Portuga?<br />

Estamos a trabalhar intensamente<br />

para seguir em frente, melhorando a<br />

nossa oferta de produtos e soluções.<br />

É um processo de melhoria contínua.<br />

A nossa motivação passa por acompanhar<br />

os nossos clientes no desenvolvimento<br />

dos seus negócios.<br />

A ESTRATÉGIA DA CONTITECH PASSA POR DAR SUPORTE E ESTAR SEMPRE<br />

DISPONÍVEL, COM OBJETIVO DE TER UMA RELAÇÃO DE TOTAL CONFIANÇA<br />

COM OS CLIENTES, SABENDO QUE ADICIONA VALOR MUTUAMENTE NO SEU<br />

TRABALHO DIÁRIO NA OFICINA<br />

realidade atual do mercado Ibérico<br />

como também de acordos que temos<br />

com os grupos de compra. Os pedidos<br />

são realizados através de uma<br />

plataforma e/ou email tendo um<br />

tempo estimado de entrega normalmente<br />

entre 3 a 4 dias úteis.<br />

Estão abertos à entrada de mais<br />

distribuidores?<br />

A ContiTech é uma empresa em busca<br />

de uma evolução e melhoria constante<br />

e, por essas razões, a avaliação<br />

de entrada de mais distribuidores<br />

depende de uma análise cuidada e<br />

claro, de um interesse comum.<br />

Que apoio dão aos vossos distribuidores<br />

a nível de campanhas de<br />

marketing, promoções de produto,<br />

informação técnica e formação para<br />

clientes?<br />

A nível de marketing existem contratos<br />

estabelecidos anuais de forma a<br />

que sejam feitas campanhas de uma<br />

forma eficaz e com investimentos<br />

planeados. Relativamente a informações<br />

técnicas, a ContiTech PTG<br />

tem um website (PIC www.continental-engineparts.com)<br />

que contém<br />

toda a informação técnica relativamente<br />

aos nossos produtos. Nesse<br />

site, também temos vídeos “Watch &<br />

Work” bastante técnicos, onde pode-<br />

que o João Cardoso (anterior ASM<br />

de PTG PT), Manel Real (chefe ibérico<br />

ven<strong>das</strong> PTG ContiTech) assim<br />

como toda a restante equipa têm<br />

feito em Portugal nos últimos anos.<br />

Estabelecer um nível de confiança<br />

(como por exemplo o site PIC) permitem<br />

que o dia a dia de um trabalhador<br />

de oficina seja mais facilitado,<br />

uma vez que tem acesso rápido e direto<br />

a muita informação técnica. Todos<br />

os nossos produtos têm um QR<br />

Quais as principais ameaças e desafios<br />

que se colocam à ContiTech nos<br />

próximos anos?<br />

O mundo atual e a constante exigência<br />

diária que temos no mercado onde<br />

atuamos faz com que os desafios sejam<br />

constantes para a nossa empresa!<br />

Encontramo-nos numa fase onde<br />

ninguém sabe exatamente qual será<br />

o futuro da indústria automóvel nomeadamente<br />

a nível de evolução dos<br />

veículos híbridos, elétricos, eliminação<br />

do Diesel(?) entre outros. Aliado<br />

a isso, não sabemos com que timing<br />

estas alterações do mercado vão acontecer.<br />

Como tal, temos que nos manter<br />

muito focados e observadores em tudo<br />

aquilo que faz parte do nosso mercado<br />

e nas diretrizes envolvi<strong>das</strong> de forma a<br />

estarmos prontos a agir conforme as<br />

tendências futuras. Estarmos bem preparados<br />

para as mudanças que vêm, é<br />

o maior desafio que temos atualmente.<br />

Que objetivos a ContiTech se propõe<br />

atingir este ano e em 2024?<br />

O nosso objetivo para 2023 assim<br />

como para 2024 centra-se na harmonização<br />

e transparência dos preços<br />

tendo sempre o foco no valor acima<br />

de volume. Trabalhamos com muito<br />

afinco para que o nosso negócio e o<br />

dos nossos parceiros seja sustentável<br />

a curto, médio e longo prazo. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 31


Entrevista<br />

DAN MENAHEM, ADMINISTRADOR DA SOFRAPA<br />

É IMPORTANTE OFERECER<br />

VARIEDADE AO CONSUMIDOR<br />

A SOFRAPA É O MAIOR DISTRIBUIDOR DE PEÇAS A NÍVEL NACIONAL E DESDE 2016 QUE OCUPA O PRIMEIRO<br />

LUGAR DO RANKING TOP 100. NUMA EVOLUÇÃO SEM PRECEDENTES, ESTE ANO PREVÊ BATER UM RECORDE<br />

DE FATURAÇÃO E DEVE ATINGIR OS 90 MILHÕES DE EUROS, AO MESMO TEMPO QUE INAUGURA A 25.ª LOJA<br />

EM PORTUGAL. PARA NOS FALAR SOBRE ESTA ROTA DE SUCESSO, ESTIVEMOS À CONVERSA COM<br />

DAN MENAHEM, ADMINISTRADOR DA EMPRESA QUE CELEBRA 65 ANOS DESDE A SUA FUNDAÇÃO<br />

As origens da Sofrapa remontam a 1958, mas<br />

só em 1991, trinta e três anos depois, a empresa<br />

chegou às mãos do atual proprietário.<br />

Natural de Marrocos, criado em Paris, Dan<br />

Menahem veio há mais de três déca<strong>das</strong> estabelecer-se<br />

em Portugal, onde adquiriu aquela que é<br />

hoje a maior distribuidora de peças auto em Portugal.<br />

Quando emigrou para o nosso país, e enveredou<br />

pelo negócio <strong>das</strong> peças, agarrou numa Sofrapa<br />

que tinha 16 funcionários e era ele próprio o mais<br />

novo de todos. Atualmente, conta orgulhoso que<br />

é quase “o mais velho”, de uma família que soma<br />

perto de 400 colaboradores. Tem, neste momento,<br />

24 pontos de venda abertos ao público pelo país<br />

inteiro, mas “quando o <strong>Jornal</strong> imprimir, se calhar<br />

já podem ser 25”, brinca, abrindo o jogo sobre as<br />

expetativas de inaugurar mais uma loja a muito<br />

breve trecho, para perfazer ainda este ano mais um<br />

marco. Quanto às instalações, para já, são suficientes,<br />

com armazéns em Odivelas (sede), no norte,<br />

Porto e Braga e ainda no Algarve.<br />

Empresa virada para as soluções<br />

“Foi um percurso com altos e baixos, pois em 32<br />

anos não pode estar sempre sol”, começa por nos<br />

dizer o administrador, em jeito de balanço, sobre<br />

o caminho que tem traçado na Sofrapa. “Tivemos<br />

sempre uma presença um bocado atípica no mercado,<br />

porque vendemos peças originais e peças de<br />

aftermarket e é muito raro encontrarmos empre-<br />

sas assim na Europa e no mundo. São, em princípio,<br />

mundos opostos. Apostámos sempre no original<br />

e fomos crescendo no aftermarket, que agora<br />

já têm pesos praticamente equivalentes”, revela,<br />

explicando que a empresa se iniciou na venda de<br />

peças de origem para os concessionários e oficinas<br />

do grupo PSA, atual Stellantis. Há uns anos começou<br />

a vender também peças aftermarket, que hoje<br />

já representam 55% da faturação.<br />

O portefólio da Sofrapa é generoso e Dan Menahem<br />

assume que só não são ainda “muito fortes<br />

nas ferramentas e nos equipamentos. De resto<br />

vendemos tudo, tentamos servir a oficina em to<strong>das</strong><br />

as necessidades de peças, desde as originais, às de<br />

aftermarket”. Apesar de estar nos planos apostar<br />

também na área dos equipamentos ainda não foi<br />

possível, pois “o crescimento é tanto que a gente<br />

não se consegue virar para todo o lado. Está previsto,<br />

só que não conseguimos dedicar nem o tempo,<br />

nem o dinheiro necessário”, esclarece. Entre as<br />

gamas de produtos mais fortes, destaca os lubrificantes<br />

e as baterias, até porque o percurso de desenvolvimento<br />

passou por “equipamento original,<br />

baterias, lubrificantes e só depois o aftermarket”.<br />

Ao longo destas seis déca<strong>das</strong> e meia, a Sofrapa foi<br />

somando prémios e distinções, que Dan Menahem<br />

prefere não relevar. A seu ver, “o importante é a relação<br />

com a nossa gente, as pessoas que trabalham<br />

na empresa, e com os nossos clientes”. O responsável<br />

pretende que esta seja uma empresa virada<br />

para as soluções, uma vez que “isso é que importa!<br />

Assim como o espírito de crescimento e que isto<br />

seja uma família feliz onde toda a gente gosta de<br />

trabalhar. Se ganhamos ou não prémios, isso é um<br />

aparte”.<br />

Proximidade ao mercado<br />

O aumento do número de lojas tem sido um dos<br />

grandes objetivos de Dan Menahem ao longo dos<br />

últimos anos. Hoje, tem espaços abertos em Lagoa,<br />

Portimão, Pateiro, Albufeira, Loulé, Faro, Tavira,<br />

Setúbal, Corroios, Lisboa, Sintra, Odivelas, Alverca,<br />

Torres Vedras, Leiria, Coimbra, Covilhã, Viseu,<br />

Canelas, Gaia, Porto, Braga, Mirandela e Chaves.<br />

O administrador pretende “manter a proximidade<br />

com os clientes e para isso precisamos de mais<br />

pontos de venda. Já cobrimos o território nacional<br />

todo, estando em mercados com maior importância<br />

em volume. O último ponto que abrimos foi<br />

Chaves, depois de Mirandela, que são mercados<br />

mais pequenos, mas que têm clientes, pois os grandes<br />

centros já estão cobertos”, indica. As ven<strong>das</strong><br />

ao balcão continuam a ser importantes, havendo,<br />

dependente <strong>das</strong> zonas, “balcões mais fortes do que<br />

outros. Para nós não é uma estratégia, mas claro<br />

que tento ter lojas em sítios onde pode ter um balcão.<br />

Ainda assim, a maior parte <strong>das</strong> nossas ven<strong>das</strong><br />

são em entrega direta às oficinas”.<br />

As entregas, naturalmente, são um dos temas<br />

quentes da distribuição de peças auto em Portu-<br />

32 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NA ÚLTIMA DÉCADA,<br />

DAN MENAHEM TEM<br />

SIDO O RESPONSÁVEL<br />

POR CRIAR UMA<br />

EVOLUÇÃO SEM<br />

PRECEDENTES NA<br />

EMPRESA QUE GERE E<br />

TEM AS ESTRATÉGIAS<br />

BEM DEFINIDAS PARA<br />

OS TEMPOS QUE SE<br />

APROXIMAM


DAN MENAHEM<br />

gal e Dan Menahem não se faz rogado<br />

ao classificar a logística do setor<br />

como “um pesadelo!”, dada a multiplicidade<br />

de viagens que são exigi<strong>das</strong><br />

pelas oficinas diariamente. A Sofrapa<br />

tem 150 viaturas próprias a circular<br />

e conta também com os serviços<br />

de transportadores para distâncias<br />

maiores. A empresa disponibiliza o<br />

acesso dos seus clientes a uma plataforma<br />

B2B, “que estes usam e nós<br />

tentamos que seja o caminho”, apesar<br />

de ainda haver uma boa fatia de<br />

pedidos que são feitos pelos canais<br />

mais tradicionais, seja o telefone ou o<br />

e-mail. Para já não é uma realidade,<br />

mas, no futuro, Menahem pretende<br />

estabelecer uma política de encomen<strong>das</strong><br />

que “castigue quem não usa<br />

o canal”, ou, por outras palavras, uma<br />

fase em que “o cliente que dá menos<br />

trabalho seja beneficiado”, adianta.<br />

O cliente quer escolha<br />

Depois de uma fase mais conturbada<br />

com as dificuldades de fornecimento<br />

para algumas referências, por conta<br />

não só da pandemia de Covid-19,<br />

como a crise dos contentores, que levaram<br />

a graves problemas na cadeia<br />

de abastecimento, a situação tende a<br />

regressar à normalidade. Para Dan<br />

to forte numa marca. Hoje o cliente<br />

quer escolha, porque o parque envelhece<br />

e a necessidade do cliente<br />

final é diferente consoante a idade<br />

do carro e da sua carteira. Então, temos<br />

que oferecer várias marcas com<br />

vários posicionamentos de preço. É<br />

fulcral ter uma oferta abrangente”,<br />

considera.<br />

Sobre se as peças de aftermarket<br />

têm tendência a crescer mais do que<br />

as peças de origem, Menahem entende<br />

que “pensava que a origem ia<br />

ter mais dificuldade, mas não sinto.<br />

As flutuações que sentimos no aftermarket,<br />

sentimos igualmente no<br />

original. Não há duas correntes diferentes,<br />

o que pode vir a mudar, mas<br />

até hoje não houve. Crescemos muito<br />

no aftermarket. Hoje, na Sofrapa, o<br />

original pesa 45% e o aftermarket<br />

55%”, conta.<br />

Serviço de qualidade<br />

Desde 2017 que a Sofrapa é distribuidora<br />

da rede europeia Distrigo<br />

(peças originais para as marcas Citroen,<br />

Peugeot, Opel, Alfa Romeo,<br />

Fiat, Jeep… e a marca de peças aftermarket<br />

Eurorepar), o que, na verdade,<br />

para a empresa poucas mudanças<br />

trouxe. “Já éramos distribuidores da<br />

“É MUITO IMPORTANTE<br />

EVOLUIR”<br />

As mudanças que estão a ocorrer no modelo<br />

de negócio dos distribuidores de peças,<br />

como a digitalização, eletrificação e as novas<br />

formas de mobilidade ainda não são fonte<br />

de preocupação para Dan Menahem, que se<br />

mostra aberto às novidades. Por um lado,<br />

confia que ainda vai demorar “muito, muito<br />

tempo a mudar alguma coisa. Até o carro<br />

elétrico ter peso suficiente para alterar o<br />

mercado vai demorar 15 anos”. Para este<br />

responsável, nesta fase, “é muito difícil<br />

prever” o que irá acontecer, mas considera que<br />

“a colisão vai diminuir por causa dos sensores,<br />

com a condução autónoma”. Assim, “é muito<br />

importante evoluir para vender consumíveis,<br />

porque viver só de colisão ou de mecânica vai<br />

ser difícil”, remata.<br />

dá para fazer comunicação global,<br />

pode-se fazer contratos com frotas e<br />

é diferente de o fazer com uma oficina”,<br />

explica. A seu ver, “como o grupo<br />

Stellantis consolidou as redes de distribuição<br />

e de reparação que tem, viram<br />

uma oportunidade de criar uma<br />

rede reparadora independente, porque<br />

havia muitas empresas pequenas<br />

de garagem, que deixaram de ser reparadoras<br />

oficiais. Esses reparadores<br />

passaram a ser Eurorepar Car Service.<br />

Depois, na segunda fase, aproveitaram<br />

o andamento e incorporaram<br />

oficinas independentes para aumentar<br />

a rede Eurorepar. Isto dá força a<br />

uma rede, são clientes que têm tendência<br />

a comprar peças originais e de<br />

aftermarket, aos quais temos de dar<br />

um serviço de qualidade, para estarem<br />

satisfeitos com a marca”.<br />

Por outro lado, a Sofrapa faz também,<br />

desde 2018, parte do grupo<br />

Serca, que trouxe mais-valias “no<br />

sentido em que ainda tínhamos dificuldade<br />

em abrir algumas portas<br />

com alguns fornecedores e que nalguns<br />

casos ajudaram a ultrapassar<br />

isso”. Em contrapartida, a única<br />

queixa que o responsável aponta é<br />

a “dificuldade a fazer acordos ibéricos<br />

com os fornecedores. São muito<br />

EMPRESÁRIO DE MÃO CHEIA, DAN MENAHEM SABE BEM analisar O<br />

MERCADO E TEM, NESTES ÚLTIMOS trinta ANOS, SABIDO CONDUZIR COM<br />

MESTRIA A SOFRAPA PARA A LEVAR A BOM PORTO, MESMO EM TEMPOS<br />

MENOS FÁCEIS PARA O SETOR<br />

Menahem, a solução foi só uma:<br />

“como todos os nossos concorrentes,<br />

tivemos que compensar essas falhas,<br />

aumentando os níveis de stock”. São,<br />

atualmente, um fornecedor global<br />

para as oficinas, ou, como o administrador<br />

gosta de salientar, “ainda<br />

mais global do que os outros, porque<br />

temos o original e o aftermarket.” A<br />

chegada a Chaves marcou também<br />

uma nova etapa para a Sofrapa, que<br />

assinou uma parceria de distribuição<br />

oficial e exclusiva para o mercado<br />

português com a marca de baterias<br />

GS Yuasa. O responsável explica a<br />

importância de, na atualidade, “oferecer<br />

variedade ao consumidor, pois<br />

antigamente o importador era mui-<br />

Peugeot antes e só alterou o nome,<br />

pois com a incorporação <strong>das</strong> outras<br />

marcas do grupo PSA ganhámos<br />

mercado”, conta. Neste âmbito, as<br />

garantias e devoluções assumem<br />

um peso “muito grande na Sofrapa.<br />

Com o centro Distrigo, estamos habituados<br />

ao processo, porque a garantia<br />

na marca original do carro é<br />

um assunto muito importante e tem<br />

que ser justo e rápido. Há artigos que<br />

precisam de muita técnica e outros<br />

que não”, comenta.<br />

A Sofrapa integra também o conceito<br />

Eurorepar Car Service, do qual Dan<br />

Menahem destaca os benefícios e o<br />

poder de escala que veio possibilitar,<br />

“por ser uma rede europeia, já<br />

LÍDER DE MERCADO<br />

HÁ OITO ANOS<br />

Desde 2016 que a Sofrapa ocupa o primeiro<br />

lugar do ranking TOP 100, algo que deixa<br />

Dan Menahem satisfeito, mas sem nunca<br />

embandeirar em arco e mantendo a<br />

humildade que o carateriza. “Pode haver uma<br />

concentração e, de um momento para o outro,<br />

alguém passa para a frente, não é grave. Tem<br />

sido um desempenho notável. Não importa<br />

ser primeiro, segundo ou terceiro, é mais uma<br />

competição contra nós próprios, para melhorar<br />

e andar para a frente do que com os outros”,<br />

afirma. Este ano prevê fechar novamente as<br />

contas a crescer, antevendo uma faturação a<br />

fixar-se nos 90 milhões de euros.<br />

Espanha ou Portugal. Se há um caminho<br />

para traçar é conseguir que os<br />

caminhos sejam mais ibéricos, para<br />

que os dois lados possam beneficiar”.<br />

Passar a fronteira<br />

Empresário de mão cheia, Dan Menahem<br />

sabe bem analisar o mercado<br />

e tem, nestes últimos trinta anos, sabido<br />

conduzir com mestria a Sofrapa<br />

para a levar a bom porto, mesmo em<br />

tempos menos fáceis para o setor.<br />

Especialmente na última década,<br />

tem sido o responsável por criar uma<br />

evolução sem precedentes na casa<br />

que gere e tem as estratégias bem defini<strong>das</strong><br />

para os tempos que se aproximam.<br />

Questionado sobre a eventual<br />

34 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


VENDA DAS PEÇAS ONLINE B2C<br />

Quanto à questão da venda <strong>das</strong> peças online B2C, Menahem refere “não há nenhum país<br />

onde o volume deste canal ultrapasse 15% do mercado, mas a verdade é que os preços<br />

têm tendência a ser muito baratos por conta de start-ups que nasceram. No entanto, o<br />

profissional precisa de muito serviço, de entregas e isso encarece a peça. Quando as peças<br />

são especialmente caras, o cliente final tenta arranjar solução, porque 4 euros num filtro até<br />

pode não ser muito, mas 200 euros numa embraiagem é muito! As pessoas vão comparar e<br />

tentam mandar vir… ora a oficina pode aceitar não ganhar na peça, mas vai cobrar mais na<br />

reparação”, considera, mostrando-se “pouco assustado com o B2C, acho que é em parte para as<br />

pessoas que fazem «bricolage» de domingo”.<br />

possibilidade de se aventurar além-<br />

-fronteiras, com negócios na vizinha<br />

Espanha, o administrador é perentório:<br />

“Não! Só iremos para Espanha<br />

numa consolidação, se houver movimentos…”.<br />

Neste momento, admite,<br />

“ainda temos espaço para crescer e,<br />

no nosso mercado, é mais importante<br />

ser muito forte num país do que<br />

estar muito disperso”.<br />

Seria inevitável, com a dimensão que<br />

a Sofrapa atingiu no setor, que não tivesse<br />

já sido uma empresa assediada<br />

com propostas de compra externas.<br />

Dan Menahem confirma, mas tem, até<br />

então, conseguido mantê-la nas suas<br />

mãos. Contudo, não põe de parte a<br />

hipótese de abrir mão da mesma “no<br />

momento certo. As empresas têm ciclos<br />

e há momentos para tudo. Há dois<br />

momentos para vender as empresas,<br />

quando estão muito mal e precisam de<br />

alguém para ajudar, ou quando estão<br />

no topo. Entre os dois, olhe, é o que<br />

houver!”, diz, sublinhando que para<br />

já ainda está “numa fase de expansão,<br />

mas estamos abertos a tudo”.<br />

Apostas para o futuro<br />

O futuro, para Dan Menahem é muito<br />

claro: “abrir mais pontos. Diversificar<br />

a oferta e tentar aos poucos ter<br />

INTERNACIONALIZAÇÃO<br />

GENERALIZADA<br />

Sobre a tão falada iberização do mercado da<br />

distribuição de peças auto, Dan Menahem<br />

acredita mais numa internacionalização<br />

generalizada do que propriamente na entrada<br />

de empresas espanholas em Portugal. O<br />

fenómeno só ainda não aconteceu em pleno,<br />

entende o proprietário da Sofrapa, “porque<br />

o nosso mercado é muito atomizado, há<br />

demasia<strong>das</strong> casas de peças e é muito difícil<br />

para quem se quer consolidar, mesmo para<br />

quem tem muito dinheiro, é uma dificuldade<br />

juntar as empresas”. Aliás, na sua opinião,<br />

nem será assim tão mau a entrada <strong>das</strong><br />

grandes empresas no mercado nacional:<br />

“Essas empresas vêm para ganhar dinheiro.<br />

Então, vão manter rentabilidade, o que para<br />

nós é bom, porque em vez de termos um<br />

concorrente que não ganha nada e com o<br />

qual não podemos fazer as contas da mesma<br />

forma, em princípio a nossa margem deve<br />

ter tendência a melhorar e a rentabilidade<br />

também”, argumenta.<br />

DAN MENAHEM CONSIDERA QUE O CLIENTE QUER ESCOLHA, PORQUE O<br />

PARQUE ENVELHECE E A NECESSIDADE DO CLIENTE FINAL É DIFERENTE<br />

CONSOANTE A IDADE DO CARRO E DA SUA CARTEIRA. POR ISSO OFERECE<br />

VÁRIAS MARCAS COM VÁRIOS POSICIONAMENTOS DE PREÇO<br />

famílias de produtos que não vão ser<br />

atingidos por alterações do parque<br />

de veículos, como quando ficar tudo<br />

elétrico, para compensar a evolução<br />

do mercado”, revela, mostrando-se<br />

atento às movimentações do setor. O<br />

administrador da Sofrapa destaca o<br />

facto de o parque automóvel estar a<br />

envelhecer, “o que para nós é positivo,<br />

porque é um consumidor que fica<br />

ali. O que ainda não medimos muito<br />

bem, que pode também ajudar, é<br />

a retração do cliente à eletrificação.<br />

Cada vez mais vai haver pessoas que<br />

vão guardar o carro, para não trocar<br />

pelo elétrico… há muitas reticências<br />

e isto pode fazer com que o parque<br />

continue a envelhecer”, refere. Instado<br />

a deixar uma mensagem aos<br />

clientes e fornecedores da Sofrapa, o<br />

administrador começa por fazer “um<br />

agradecimento pela confiança”. Além<br />

disso, agradece também “o bom relacionamento<br />

que temos com todos,<br />

tanto fornecedores, como clientes.<br />

Acho que estamos em sintonia com<br />

a evolução do mercado e vamos ser<br />

um parceiro para muito tempo”. O<br />

objetivo do responsável para a sua<br />

empresa é que o “ultrapasse a nível<br />

temporal. A Sofrapa não nasceu comigo,<br />

evoluiu comigo e espero que<br />

continue a evoluir, para ser um ator<br />

importante no mercado nacional. Se<br />

for um mercado ibérico, logo vemos”,<br />

finaliza. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 35


Entrevista<br />

GRACIANO COSTA<br />

DIRETOR-GERAL DA MEADELA PEÇAS<br />

A PROXIMIDADE<br />

É A NOSSA ARMA<br />

COM UMA FATURAÇÃO DE MAIS DE 2 MILHÕES DE EUROS ANUAIS,<br />

A MEADELA PEÇAS JÁ CONQUISTOU O SEU ESPAÇO NO MERCADO<br />

AUTOMÓVEL E DAS TINTAS AUTO. NO ENTANTO, ATÉ ALCANÇAR ESTE<br />

PATAMAR, FOI PRECISO SUBIR A PULSO, PASSAR POR MUITOS NEGÓCIOS,<br />

GANHAR E PERDER DINHEIRO, PARA CONSTRUIR A EMPRESA DE SUCESSO<br />

QUE HOJE DOMINA O DISTRITO DE VIANA DO CASTELO E NÃO SÓ.<br />

A HISTÓRIA É-NOS CONTADA NA PRIMEIRA PESSOA POR GRACIANO COSTA,<br />

DIRETOR-GERAL DA EMPRESA


Casa de referência no setor <strong>das</strong> peças, acessórios, equipamentos<br />

e repintura automóvel em Viana do Castelo, a<br />

Meadela Peças foi fundada por Graciano Costa em 1980.<br />

Aquela que agora comemora 43 anos de atividade, começou por<br />

ser uma oficina de colisão e foi crescendo e evoluindo o negócio<br />

para a distribuição de produtos de repintura. No início deste<br />

ano, a empresa inaugurou novas instalações, amplas, sempre a<br />

pensar no futuro e no crescimento da empresa. Nesta fase, são os<br />

filhos que asseguram a continuidade da casa, responsáveis pelos<br />

departamentos de ven<strong>das</strong> e financeiro. A Meadela Peças tem nos<br />

AS PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO<br />

SEMPRE FORAM A BASE DO NEGÓCIO<br />

DA MEADELA PEÇAS, DEPOIS<br />

SURGIRAM OS EQUIPAMENTOS E AS<br />

FERRAMENTAS E MAIS TARDE AS<br />

TINTAS PARA O SETOR AUTOMÓVEL<br />

seus quadros 26 funcionários e a faturação anual é superior a 2<br />

milhões de euros, o mesmo valor que foi recentemente investido<br />

na nova casa, que trouxe espaço e modernidade à empresa.<br />

A «mecânica» de uma empresa familiar<br />

Para compreendermos toda a «mecânica» de uma empresa familiar<br />

de estatuto invejável no panorama do mercado, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> foi conversar com Graciano Costa, diretor geral da Meadela<br />

Peças, ladeado pela filha, Sofia Costa, diretora financeira.<br />

Como responsável máximo da Meadela Peças, Graciano Costa lembra-se<br />

bem da história que começa com uma oficina de reparação:<br />

“a Meadela Peças surge como uma central de compras para prestar<br />

apoio a uma oficina, pois tínhamos dificuldade em encontrar peças.<br />

Na altura chegámos a ter quase 20 funcionários só na chapa<br />

e na pintura. Na verdade, tínhamos muito trabalho, os sinistros<br />

sucediam-se e depois surgiam as dificuldades… Para chegar aqui<br />

um litro de tinta, demorava, pelo menos, dois dias, vinha tudo do<br />

Porto. O transporte era complicado, eram duas horas e meia para<br />

cada lado! O «boom» da Meadela Peças foi tão grande, que precisámos<br />

de ter acompanhamento”, recorda. Não tardou que, pelo<br />

distrito, lhes começassem também a pedir material, o que obrigou<br />

a que se estendessem e acabaram “por ir deixando de lado a oficina,<br />

principalmente porque estamos num mercado regional, onde não<br />

é fácil evoluir. Numa grande cidade, isso funciona, hoje os grandes<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 37


GRACIANO COSTA<br />

CASA DE REFERÊNCIA NO SETOR DAS PEÇAS, ACESSÓRIOS, EQUIPAMENTOS<br />

E REPINTURA AUTOMÓVEL EM VIANA DO CASTELO, A MEADELA PEÇAS<br />

INAUGUROU NO INÍCIO DO ANO UMAS AMPLAS INSTALAÇÕES E DEU UM<br />

IMPORTANTE PASSO RUMO AO FUTURO<br />

concessionários têm todos oficinas,<br />

contudo no mercado regional, onde<br />

as pessoas se conhecem umas às outras,<br />

estaria a fazer concorrência aos<br />

meus clientes”, considera. Atualmente,<br />

a empresa ainda mantém a oficina,<br />

com cinco funcionários, mas noutra<br />

dimensão, muito mais reduzida,<br />

“quase para a nossa frota e mais uns<br />

amigos, sem ter a dinâmica de publicidade<br />

nem de expansão”, explica.<br />

A entrada<br />

no mercado <strong>das</strong> tintas<br />

A entrada no mercado <strong>das</strong> tintas fez<br />

a diferença na evolução da empresa,<br />

segundo o responsável, que nos conta<br />

que começaram “a trabalhar com<br />

a Robbialac, primeiro com tintas decorativas,<br />

mas logo de seguida expandimos<br />

para as auto e a partir daí foi<br />

sempre a crescer. Atualmente somos<br />

distribuidores da Standox na zona de<br />

Viana do Castelo”, refere, adicionando<br />

que trabalham com as marcas Standox<br />

e Cromax, têm pistolas de pintura<br />

da Devilbliss e são representantes da<br />

Car System, apresentando um leque<br />

de opções vasto e completo.<br />

Depois do arranque, o crescimento<br />

foi exponencial, para mais tarde se<br />

adaptarem às circunstâncias do mercado:<br />

“Tínhamos cerca de cinquenta<br />

máquinas de mistura instala<strong>das</strong>, mas<br />

agora temos apenas metade”. Nos dias<br />

de hoje, o grande suporte da empresa<br />

são as tintas e as non paint, e só depois<br />

o material de «choque», contudo,<br />

na opinião do diretor-geral, este<br />

mercado sofreu algumas alterações:<br />

“Na verdade, o mercado da reparação<br />

auto está totalmente diferente hoje.<br />

Já fizemos sucesso com os escapes,<br />

MEADELA PEÇAS<br />

Gerente // Graciano Costa<br />

Morada // Rua dos Carregais, 217<br />

4900-665 Viana do Castelo<br />

Telefone // 258 840 840<br />

E-mail // geral@meadelapecas.pt<br />

Site // www.meadelapecas.pt<br />

negócio que, entretanto, também desapareceu.<br />

Antigamente comprava-se<br />

200 panelas de escape por encomenda,<br />

e em 15 dias iam to<strong>das</strong>. Era bom<br />

negócio, havia até casas que só trabalhavam<br />

escapes. Eles optaram por<br />

outros negócios e nós também. Tentamos<br />

tanta coisa”, relembra.<br />

Além <strong>das</strong> tintas, a Meadela Peças abriu<br />

as portas aos equipamentos oficinais,<br />

como elevadores, ou esticadores de<br />

chapeiro, tudo equipamentos que as<br />

oficinas tinham dificuldade em adquirir.<br />

Depois de uma debandada dos<br />

distribuidores, a Meadela Peças entrou<br />

em cena para “desenrascar os que<br />

ficaram desamparados”, afirma, acrescentando<br />

que “felizmente, hoje, temos<br />

uma oferta alargada de equipamentos<br />

oficinais”. Já nas peças, “só temos os<br />

consumíveis de manutenção, como<br />

filtros, pastilhas, calços e óleos”, assume.<br />

No que diz respeito à formação, a<br />

Meadela Peças não sente necessidade,<br />

até ao momento, de ter um centro de<br />

treino, porque as marcas com que trabalham,<br />

“como a Standox, por exemplo,<br />

já tem centro de formação. A partir<br />

daí temos comerciais que dão apoio<br />

técnico e formação na casa do cliente”,<br />

afirma. Nas instalações da Meadela<br />

Peças há um laboratório onde se fazem<br />

as misturas para o cliente, “com<br />

muitas encomen<strong>das</strong> diárias, pois para<br />

a maior parte <strong>das</strong> oficinas deixou de<br />

ser sustentável ter os equipamentos,<br />

visto que ainda é preciso fazer algum<br />

investimento”, aponta. Para fazer meio<br />

litro de tinta, elucida, “é preciso comprar<br />

dois ou três corantes e, para isso,<br />

é preferível mandar fazer as tintas. Nós<br />

aqui aceitamos o pedido e é feito na<br />

hora. Se o pedido for feito às dez horas,<br />

é entregue no mesmo dia. Temos e asseguramos<br />

distribuição diária”, conclui<br />

Graciano Costa.<br />

A relação humana<br />

O negócio é feito por pessoas. Podemos<br />

introduzir muitas máquinas,<br />

muita tecnologia, muitos armazéns<br />

robotizados, mas, no entender de<br />

Graciano Costa, tem de haver a relação<br />

humana, especialmente ao nível<br />

regional “em que precisamos todos<br />

uns dos outros. Ainda por cima, aqui<br />

na zona raiana costuma-se achar que<br />

tudo o que vem de fora é que é bom,<br />

38 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


temos que aceitar essa realidade. Nós<br />

que trabalhamos com os fabricantes<br />

de tintas e equipamentos, sabemos<br />

que os produtos, estejam em qualquer<br />

parte da Europa ou do Mundo, em<br />

48 horas estão cá. Agora, isso obriga<br />

a ter sempre mercados locais de distribuição,<br />

porque há muita coisa para<br />

assegurar. Esses grandes grupos não<br />

conseguem em tempo real entregar as<br />

peças às oficinas… a tal proximidade,<br />

que é a nossa arma. Um distribuidor<br />

de tintas tem um grande armazém em<br />

Lisboa, no dia seguinte está cá…. Mas,<br />

se se esqueceu de pedir o corante,<br />

amanhã quer fazer a tinta e não consegue.<br />

Temos de ter parceiros capazes.<br />

Temos de ter espaço, argumentação e<br />

garantias para esse tipo de serviço.<br />

Não posso pedir um corante ou dois,<br />

só quando o cliente precisa dele. É<br />

AS NOVAS INSTALAÇÕES, DIVIDAS EM ESPaço DE EXPOSIÇÃO, ARMAZÉM,<br />

escritórios E UMA ÁREA ESPECÍFICA PARA FORMAÇÃO, PERMITEM agora<br />

À EMPRESA DE VIANA DO CASTELO PROPORCIONAR UM MELHOR SERVIÇO<br />

aos SEUS CLIENTES<br />

e os espanhóis entram com facilidade!<br />

Eles não, são muito nacionalistas<br />

e fecham-se. Tentei fazer negócio em<br />

Espanha, tínhamos produtos mais baratos<br />

que os deles cerca de 20%, mas<br />

não consegui, porque para eles os seus<br />

produtos eram sempre melhores”. Para<br />

vender tão bem, a Meadela Peças conta<br />

com vendedores técnicos que estão<br />

divididos pela área de choque e pela<br />

área de repintura. Na repintura são<br />

três, e nos acessórios mais dois, aos<br />

quais se somam outros três na área<br />

<strong>das</strong> tintas decorativas, “temos, no total,<br />

oito vendedores na rua”, explica. É<br />

com carinho que Graciano Costa fala<br />

dos seus colaboradores, “somos 24 na<br />

equipa, mas já fomos muitos mais. Eu<br />

criei a minha equipa e até já tenho colaboradores<br />

que entraram na idade da<br />

reforma, com mais de 25 anos de casa.<br />

Há aqui um bom ambiente de trabalho,<br />

e são os próprios funcionários que<br />

se disciplinam uns aos outros.”<br />

Novas instalações<br />

alavancam negócio<br />

Uma <strong>das</strong> mais recentes conquistas<br />

da Meadela Peças foi precisamente a<br />

mudança para umas instalações novas<br />

e mais modernas. “Já tínhamos<br />

tentado mudar de instalações, mas<br />

nunca tinha sido possível. Foi difícil<br />

conseguir licenciar e ter autorizações<br />

para construir aqui, mas conseguimos<br />

e resultante de um investimento<br />

de 2 milhões de euros, demos um<br />

importante passo rumo ao futuro.<br />

Umas amplas instalações, divi<strong>das</strong><br />

em espaço de exposição, armazém,<br />

escritórios e uma área específica para<br />

formação, permitem-nos prestar um<br />

melhor serviço aos clientes”, constata.<br />

“O negócio hoje é dinâmico, não<br />

podemos dizer que não vai crescer,<br />

mas temos de estar sempre a ajustar<br />

circunstâncias, contudo vamos manter<br />

a base do negócio nas tintas e nos<br />

equipamentos. Esta nova geração vai<br />

começar a introduzir coisas novas: os<br />

elétricos vão trazer novas evidências e<br />

vão alterar o negócio <strong>das</strong> peças, mas<br />

estou convencido de que a repintura<br />

se vai manter na mesma”, defende. Já<br />

na mecânica, pode não ser bem assim,<br />

diz: “Ainda está tudo num plano de<br />

aprendizagem e crescimento. Ainda<br />

há muito para saber e penso que o setor<br />

automóvel vai exigir mais profissionalismo”,<br />

refere.<br />

O futuro do negócio<br />

Questionado sobre como analisa<br />

a evolução deste negócio, Graciano<br />

Costa responde que “é difícil. Há<br />

concentração do negócio de peças, os<br />

grandes distribuidores estão a entrar.<br />

É evidente que, tanto na distribuição<br />

como na reparação, estão-se a criar<br />

muitos grupos. Os concessionários<br />

são poucos, mas têm as marcas quase<br />

to<strong>das</strong> e estas têm procurado acabar<br />

com os pequenos concessionários<br />

e agrupar-se em grandes grupos.<br />

Criam-se grupos, todos querem controlar<br />

o mercado… vai havendo ainda<br />

espaço para todos, mas no futuro vai<br />

ser difícil… e também será difícil para<br />

os grupos alimentarem a máquina<br />

que criaram. São estruturas muito<br />

grandes. Já temos visto grupos grandes<br />

que começaram a enfraquecer,<br />

porque é um mercado muito complexo”,<br />

entende.<br />

Além disso, a entrada dos distribuidores<br />

espanhóis é, para si, inevitável:<br />

“Os espanhóis estão encostados a nós,<br />

tudo «just-in-time»!”<br />

Na opinião de Graciano Costa, a Meadela<br />

Peças tem de “fazer o papel do<br />

armazenista local. Antigamente havia<br />

o fabricante, o importador, o retalhista…<br />

nós temos de ser o armazém local<br />

do produto. Temos de ter um stock<br />

grande, temos de fazer boa gestão de<br />

stock. Para sermos competitivos com<br />

os grandes grupos, é necessário trabalhar<br />

com os fabricantes diretamente,<br />

fazendo o mesmo papel que faz o<br />

grande distribuidor, o grossista”, diz.<br />

“Hoje no negócio temos de estar na<br />

primeira linha. E ter stock! O cliente<br />

não liga para cá a perguntar se eu tenho<br />

o produto que necessita. Ele diz<br />

«mande-me isto, isto e aquilo». Faz a<br />

encomenda e pronto. Cabe-nos a nós<br />

garantir esse tipo de serviço”, considera.<br />

Em relação ao ano de 2023, a Meadela<br />

está a atingir objetivos de faturação.<br />

“Estamos a crescer relativamente<br />

ao ano passado. Tivemos a pandemia,<br />

depois tivemos a fase de saída da pandemia,<br />

mas o mercado está estável,<br />

com alguns altos e baixos, mas está<br />

bom”, comenta, satisfeito. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 39


Entrevista<br />

TIAGO MOREIRA<br />

DIRETOR DE MARKETING DA EUROEXTRAS<br />

QUEREMOS MANTER<br />

ESTA EVOLUÇÃO<br />

POSITIVA<br />

A EUROEXTRAS, SITUADA EM BAGUIM DO MONTE (GONDOMAR), DEDICA-SE HÁ MAIS DE VINTE ANOS AO<br />

COMÉRCIO DE ACESSÓRIOS AUTO. CONTA COM PERTO DE 4 MIL REFERÊNCIAS EM STOCK, DISPONÍVEIS PARA<br />

ENCOMENDA ATRAVÉS DO SITE PRÓPRIO E OFERECE ENTREGAS BI-DIÁRIAS, PARA DAR RESPOSTA AOS<br />

PEDIDOS DAS CASAS DE PEÇAS DE TODO O PAÍS E ATÉ PARA ÁFRICA. DUAS DÉCADAS DEPOIS DA FUNDAÇÃO,<br />

É UMA EMPRESA SÓLIDA, QUE CONTINUA A CRESCER<br />

A<br />

empresa nasceu em 2002, pelas mãos de<br />

Saúl Dias, numa loja na vivenda de um<br />

dos seus sócios, mas depressa o espaço se<br />

foi tornando apertado para acompanhar o crescimento<br />

que a Euroextras conheceu. É certo que<br />

o negócio dos acessórios se alterou ao longo dos<br />

últimos vinte anos, mas a empresa soube adaptar-se<br />

aos novos tempos e manter uma evolução<br />

positiva contínua. De loja em loja, a Euroextras<br />

chegou mesmo a armazenar numa cave, até que<br />

há 12 anos se mudou finalmente para aquelas que<br />

são as atuais instalações, com um armazém de 800<br />

metros quadrados. “Foi sempre a crescer e a introduzir<br />

novas marcas”, conta Tiago Moreira, diretor<br />

de marketing da Euroextras, que explica o que fez<br />

a diferença neste mercado foi “o site, do qual fomos<br />

pioneiros”. A plataforma, que permite fazer<br />

encomen<strong>das</strong> de todos os produtos disponíveis, foi<br />

lançada em 2012, numa altura em que a equipa<br />

de ven<strong>das</strong> da casa já trabalhava com tablets, “para<br />

tentar estar sempre à frente a nível informático”,<br />

argumenta.<br />

Um nicho forte<br />

Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, Tiago Moreira relembra<br />

que o fundador da empresa escolheu o nicho de<br />

mercado dos acessórios depois de ter trabalhado<br />

numa empresa que era forte na área. Como não<br />

podia ir para a mecânica, porque aí já estavam os<br />

grandes distribuidores, optou por especializar-<br />

-se nos acessórios automóvel. Hoje, a Euroextras<br />

comercializa diversas marcas de acessórios de diferentes<br />

origens (Amio, AJBA, Amtra, Lampa,<br />

Farad, Spinelli, EST, Kamar, Geko, DGA, entre<br />

outras) e conta ainda com a marca própria com o<br />

nome da empresa, vocacionada para produtos de<br />

grande rotação, cabos de bateria, chaves de ro<strong>das</strong>,<br />

por exemplo, e que já representam um volume<br />

grande na empresa. No total, representam perto<br />

de 30 marcas e, apesar de não terem importação<br />

exclusiva de nenhuma delas, “porque é muito difícil”,<br />

possuem, assumidamente, o maior stock de<br />

várias, como é o caso da Lampa e Amio “duas marcas<br />

que entraram forte em Portugal”, revela-nos<br />

Tiago Moreira.<br />

O armazém da Euroextras acomoda entre 3 a 4 mil<br />

referências em stock e o diretor faz questão de evidenciar<br />

que “tudo o que mostramos no nosso site<br />

faz parte do nosso stock”, e que, efetivamente, “nós<br />

não mostramos o que não temos. Assim, o cliente<br />

sabe ao certo o que temos, pois se está no site, está<br />

no armazém. Se não estiver, tiramos do online…<br />

não adiantar estar disponível no site, e no final, é<br />

só por encomenda”, refere. Os produtos são origi-<br />

ATUALMENTE, 80% DAS ENCOMENDAS DA EUROEXTRAS SÃO COLOCADAS<br />

ONLINE, NA PLATAFORMA B2B, DESENVOLVIDA PELA EMPRESA.<br />

AS ENTREGAS SÃO FEITAS DE FORMA BI-DIÁRIA E OS PEDIDOS RECEBIDOS<br />

DE MANHÃ SÃO ENTREGUES À TARDE NA MAIORIA DAS ZONAS DO PAÍS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 41


TIAGO MOREIRA<br />

DUAS DÉCADAS PASSARAM DESDE A PEQUENA LOJA EM QUE<br />

A EUROEXTRAS INICIOU A ATIVIDADE E CRESCEU PARA SE TORNAR NUM<br />

DISTRIBUIDOR NACIONAL E INTERNACIONAL DE ACESSÓRIOS<br />

DE AUTOMÓVEL<br />

nários dos mais variados países, quer<br />

seja da Itália, Alemanha, Lituânia,<br />

ou de diferentes pontos na Ásia.<br />

Gama extensa<br />

Na empresa trabalham atualmente<br />

sete funcionários, que promovem<br />

um serviço de qualidade para todos<br />

os que desejam personalizar os seus<br />

carros ou simplesmente melhorar<br />

performances e segurança <strong>das</strong> suas<br />

viaturas. O cliente principal são as<br />

casas de peças, sendo que não são<br />

significativas as ven<strong>das</strong> diretas no site<br />

ao cliente final. A Euroextras procura<br />

estar atenta ao mercado, para atualizar<br />

o portefólio com novas marcas e<br />

linhas de produto, apresentando, na<br />

opinião de Tiago Moreira, uma gama<br />

“muito extensa”. Além dos acessórios<br />

auto, também têm disponíveis “a parte<br />

dos químicos, da Mannol; chapas<br />

refletoras ou sinalética; a linha Car-<br />

Care e ainda o detalhe com a Moje<br />

Auto. Tanto ouvimos falar no detalhe,<br />

que procurámos um fornecedor, e<br />

está a resultar muito bem”, revela o diretor<br />

de marketing. O mesmo destaca<br />

a importância de possuir um catálogo<br />

físico, “apelativo e com muita qualidade,<br />

que permite fazer a diferença<br />

junto dos clientes”.<br />

Para já, os produtos ligados à nova<br />

mobilidade, como trotinetes elétricas,<br />

baterias ou cabos para veículos sem<br />

motor a combustão não fazem parte<br />

do portefólio da Euroextras, mas Tiago<br />

Moreira acredita que esta próxima<br />

geração de clientes irá precisar “à<br />

mesma de tudo o que nós vendemos”.<br />

No seu entender todos irão sofrer, “a<br />

mecânica mais do que nós, pois algumas<br />

linhas irão desaparecer, inevitavelmente,<br />

mas há outras que crescem.<br />

Por exemplo, no caso <strong>das</strong> manetes<br />

de velocidade, vendíamos universais.<br />

Hoje, o que se vende mais são as específicas<br />

e temos a maior coleção do<br />

país! Por outro lado, as lâmpa<strong>das</strong> de<br />

Xénon vendem-se cada vez menos,<br />

agora é mais o LED. Há coisas novas<br />

que vão aparecendo, e nós vamo-nos<br />

adaptando às tendências e renovando<br />

as linhas”, explica.<br />

Contacto presencial<br />

Para o diretor de marketing da empresa,<br />

o contacto com os clientes é<br />

basilar. A figura do vendedor ainda<br />

faz parte da política da Euroextras,<br />

contudo, Tiago Moreira nota que<br />

“com a página na internet já não é<br />

fundamental”. Importante, sim, é o<br />

trabalho que estes realizam enquanto<br />

relações públicas, no terreno, “não<br />

para vender, mas sim para ouvir o<br />

cliente e saber como está o mercado.<br />

Até para resolver questões entre empresas<br />

ou, às vezes, fazer uma devolução,<br />

é preciso estar atento”, esclare-<br />

ce, adiantando que, hoje em dia, “não<br />

é fácil arranjar comerciais, pois ninguém<br />

quer pernoitar fora, nem fazer<br />

este tipo de trabalho. O futuro passa<br />

muito mais por ter relações públicas<br />

do que comerciais, graças à página<br />

na internet, onde é possível tratar de<br />

to<strong>das</strong> as encomen<strong>das</strong>”.<br />

EUROEXTRAS<br />

Diretor Geral<br />

Saul Dias<br />

Diretor de marketing<br />

Tiago Moreira<br />

Morada<br />

Zona Industrial Baguim do Monte,<br />

Avenida Dom Miguel, 521<br />

4435-687 Baguim do Monte<br />

Telefone<br />

224 856 431<br />

E-mail<br />

encomen<strong>das</strong>@euroextras.pt<br />

Site<br />

www.euroextras.pt<br />

Logística <strong>das</strong> entregas<br />

Atualmente, 80% <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong><br />

da Euroextras são coloca<strong>das</strong> online,<br />

na plataforma B2B, desenvolvida<br />

pela empresa. “Cada vez recebemos<br />

menos encomen<strong>das</strong> via telefone.<br />

Esporadicamente, quando passam<br />

nas casas dos clientes, os comerciais<br />

também recebem algumas, mas são<br />

eles próprios que tentam instrui-los<br />

para que não esperem pela vinda do<br />

vendedor. O ideal é que se precisarem,<br />

peçam logo online. Assim acabam<br />

sempre por ver mais qualquer<br />

coisa e juntar ao carrinho”, afirma.<br />

As entregas são feitas de forma bi-<br />

-diária, “algumas transportadoras<br />

conseguem entregar de manhã para<br />

a tarde, normalmente enviamos<br />

sempre no mesmo dia, exceto para<br />

as ilhas, para onde vai semanalmente”,<br />

diz-nos Tiago Moreira. Ainda<br />

que, nos acessórios, as margens “não<br />

sejam muito grandes”, o responsável<br />

reconhece que tem sido possível<br />

crescer nesta área de negócio. “Notamos<br />

que há firmas que desistem,<br />

os clientes vêm à nossa procura e<br />

nós, naturalmente, acabamos por<br />

ganhar mercado”, expõe. Para este<br />

ano, “as perspetivas são boas, continuamos<br />

a subir”, pelo que os objetivos<br />

para os próximos tempos<br />

passam por “manter esta evolução<br />

positiva”, finaliza. l<br />

42 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

CHEGA AO PORTFÓLIO DE PRODUTOS<br />

DA AUTOZITÂNIA<br />

KYB | A Autozitânia anunciou a incorporação da prestigiada marca de amortecedores<br />

KYB no seu portefólio, durante um evento exclusivo para os seus parceiros realizado em<br />

Lisboa. A KYB é reconhecida pela inovação e excelência na produção de amortecedores<br />

de qualidade Premium, sendo sinónimo de durabilidade e desempenho excecional,<br />

disponibilizando uma ampla gama de soluções que abrange a grande maioria do parque<br />

automóvel europeu. Com mais de um século de experiência no fabrico de amortecedores<br />

de automóveis, a KYB estabeleceu um padrão de excelência na indústria de amortecedores,<br />

fornecendo soluções de qualidade O.E. para o Aftermarket. A sua tradição de<br />

qualidade e inovação é um legado que beneficia agora os clientes da Autozitânia, que<br />

está empenhada em fornecer produtos e serviços de elevada qualidade, sendo a inclusão<br />

da KYB no portefólio um testemunho desse compromisso.<br />

DELPHI TECHNOLOGIES<br />

VOLTA A AUMENTAR LINHA BEV<br />

A<br />

Delphi Technologies anunciou o lançamento da sua nova linha de pastilhas<br />

de travão específicas para BEV, uma <strong>das</strong> mais completas do mercado.<br />

Com esta oferta de 52 referências, que abrange 2,7 milhões de veículos em<br />

circulação na Europa, a Delphi Technologies proporciona às oficinas uma importante<br />

oportunidade de serviço aos seus clientes. Estas pastilhas de travão, desenvolvi<strong>das</strong><br />

com a mais avançada tecnologia, oferecem às oficinas uma solução para<br />

VE que oferece o máximo desempenho de travagem com as rigorosas tolerâncias<br />

dos fabricantes originais. Graças ao seu revestimento avançado, estas pastilhas<br />

proporcionam um desempenho de fricção inicial imediato. A placa traseira revestida<br />

de prata oferece grande resistência à ferrugem e excelente durabilidade,<br />

enquanto a placa multicama<strong>das</strong> de aço e borracha minimiza o ruído e a vibração,<br />

proporcionando desempenho de travagem excecional. Além disso, foi adicionada<br />

uma marca de desgaste para indicar quando precisam ser substituí<strong>das</strong>.<br />

LANÇA KIT MINI LIXADEIRA<br />

Car Repair SYSTEM | A Car Repair System lançou no mercado a nova mini Lixadeira BSO 4103. É<br />

uma lixadeira de alta qualidade, muito leve e ergonómica que facilita a mobilidade do operador e o tempo<br />

para remover de forma fácil e simples os defeitos de pintura. Com um peso de apenas 475g, permite-nos<br />

manobrar livremente e com total mobilidade para trabalhar em torno do objeto, livre de cabos, sem causar<br />

fadiga. O Kit da Lixadeira BSO 4103, vem equipado com a mini lixadeira a bateria BSO 4103, um prato de<br />

velcro de 31 mm e um prato para lixa adesiva (PSA). Inclui também uma bateria de iões de lítio de 2,5 Ah<br />

com 40 minutos de tempo de trabalho contínuo e um carregador com um tempo de recarga total de 50-60<br />

minutos. O Kit Lixadeira BSO 4103 inclui: Prato de 31mm de velcro; Prato de 31 mm para lixa adesiva (PSA);<br />

Bateria de lítio de 2,5Ah com autonomia de 40 minutos de trabalho contínuo e Carregador com um tempo<br />

total de recarga 50-60 minutos.<br />

GS YUASA E AUTO ESFERA<br />

APRESENTAM BATERIAS SUPERSTART<br />

A GS YUASA Battery Iberia anunciou a sua parceria com a Auto Esfera, para o lançamento<br />

da marca de baterias Superstart no mercado português. A Auto Esfera, com uma<br />

equipa de 31 colaboradores e mais de 50.000 referências em stock, tem como objetivo<br />

fornecer produtos de alta qualidade e satisfazer as necessidades atuais e futuras dos<br />

seus clientes a nível regional e nacional. A aposta na Auto Esfera vai permitir à GS Yuasa<br />

crescer no mercado português através de um distribuidor especializado e com uma<br />

rede de distribuição consistente e presente em todo o país. “É uma aposta de futuro<br />

e estamos preparados para desenvolver a marca a todos os níveis. Esta parceria que<br />

permitirá a ambas as empresas crescerem no mercado e aproveitarem novas oportunidades”,<br />

revelou a GS Yuasa. A Superstart é uma <strong>das</strong> marcas de baterias para automóveis<br />

e veículos pesados do grupo GS YUASA, mantendo o padrão de qualidade e fiabilidade.<br />

A GS YUASA Iberia tem já implementa<strong>das</strong> 4 marcas no mercado Português, seguindo<br />

a grande aposta neste mercado desde 2021, apoiando-se na experiência, qualidade e<br />

C<br />

fiabilidade.<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

Rodape_<br />

K<br />

44 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


APOSTA NOS SISTEMAS DE INJEÇÃO RUFRE<br />

aZ auto | A AZ Auto, especializada na distribuição de peças e oferta de serviços técnicos e comerciais, acaba<br />

de adicionar ao seu portfólio, toda a gama de sistemas de injeção RUFRE. “Esta é uma novidade que temos<br />

vindo a preparar há algum tempo: trata-se do lançamento de mais uma marca que se vem juntar ao portefólio<br />

da AZ Auto, que segue assim a sua estratégia de crescimento. Graças à sua inquestionável qualidade e preços<br />

competitivos, a RUFRE é uma marca que vai permitir aos clientes AZ Auto continuarem a adquirir o melhor, ao<br />

melhor preço”, afirmou Rui Reis, Chefe de Ven<strong>das</strong> AZ Auto. A empresa explica que 100% <strong>das</strong> peças utiliza<strong>das</strong> no<br />

processo de reconstrução são novas e originais, além disso integra também: bancos de provas oficiais de cada<br />

marca, reparadores oficiais de serviços e tecnologia dos principais fabricantes Bosch, Delphi, Denso e Continental,<br />

entre outros. A Rufre tem 65 anos de experiência, e certificação ISO9001 e ISO14001.<br />

APRESENTA ADITIVO PARA PLÁSTICOS<br />

ULTRA PERFORMANCE AZ9700<br />

cromax | A Cromax lançou um novo Aditivo para Plásticos Ultra Performance<br />

AZ9700. Foi criado para melhorar a eficácia dos Aparelhos Ultra Performance Energy<br />

PS1081, PS1084 e PS1087 e dos Aparelhos sem Lixagem Molhado Sobre Molhado Ultra<br />

Performance NS2081, NS2084 e NS2087. Graças a este novo e tecnologicamente inovador<br />

aditivo com aplicação direta em peças de plástico, os Aparelhos Ultra Performance<br />

requerem agora menos fases de processo e produtos para a reparação de peças de<br />

plástico. Kevin Welling, Training Academy Manager da Axalta, afirmou: “Esta adição ao<br />

Sistema Ultra Performance Energy da Cromax permite agora às oficinas impulsionar a<br />

produtividade ainda mais, otimizar o fluxo de trabalho da reparação de peças de plástico<br />

e aumentar o rendimento.” O aditivo para plásticos Ultra Performance AZ9700 faz<br />

parte do conceito ValueShade que proporciona o produto de fundo ideal para to<strong>das</strong> as<br />

cores de acabamento para uma cobertura mais rápida e redução da utilização de bases<br />

bicama<strong>das</strong>, permitindo às oficinas acelerar os processos e aumentar a rendibilidade.<br />

_Rancho.pdf 2 19/01/2021 17:54<br />

VALVOLINE LUBRICANT ADVISOR<br />

TEM NOVAS FUNCIONALIDADES<br />

A<br />

Valvoline expandiu as capacidades do Valvoline Lubricant Advisor. A partir de agora, os<br />

utilizadores têm acesso a um Número de Registo de Veículo (VRN) que aumenta significativamente<br />

a eficiência da pesquisa. O Valvoline Lubricant Advisor é uma ferramenta<br />

online, que também está disponível no smartphone Valvoline aplicativo (iOS e Google Play),<br />

que combina veículos com os produtos Valvoline relevantes. Como resultado, garante a seleção<br />

correta do produto e ótimos resultados de desempenho para o veículo. Anteriormente, os<br />

utilizadores do Lubricant Advisor eram obrigados a seguir passo a passo o procedimento, inserindo<br />

primeiro o tipo de veículo, seguido da marca e modelo, antes de aceder às informações<br />

deseja<strong>das</strong>. Com este último desenvolvimento, os utilizadores que procurarem produtos para<br />

automóveis de passageiros e veículos comerciais ligeiros precisam apenas inserir o VRN na sua<br />

pesquisa para os resultados serem apresentados.<br />

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MELHORE<br />

O AMORTECIMENTO<br />

DO SEU<br />

TODO-O-TERRENO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 45<br />

geral@41jeep.com | 261 931 456 | www.41jeep.com


Notícias<br />

Produto<br />

ALTARODA<br />

EXPANDE PORTFÓLIO<br />

COM DUAS NOVIDADES<br />

A Altaroda reforçou as suas soluções para as oficinas de colisão, ligeiros e pesados,<br />

com uma solução móvel de Painéis Endotérmicos KUADRATO, do fabricante<br />

ASTRA e ainda o SmartPuller, um novo sistema de reparação de mossas<br />

para automóveis. A utilização de painéis endotérmicos no processo de repintura<br />

permite uma redução de 80% no custo energético e, por consequência, na “pegada<br />

carbónica”. Este equipamento permite a secagem a 70ºC, proporcionando<br />

as mesmas condições de secagem de uma cabine de pintura, mas no exterior.<br />

Para quem se dedica a Smart Repair, a Altaroda apresenta mais uma inovação,<br />

o SmartPuller. O SmartPuller é um novo sistema de reparação de mossas em<br />

veículos automóveis. Esta inovação torna a reparação de painéis e estruturas de<br />

caixas, mais rápida e mais económica. O SmartPuller é rápido e fácil de utilizar e<br />

permite a reparação de mossas em quase to<strong>das</strong> as áreas da carroçaria do veículo,<br />

em to<strong>das</strong> as direções necessárias.<br />

TEM NOVas UNIDADES<br />

DE ABastECIMENTO COMBUSTÍVEL<br />

Alfa e-Parts | A Alfa e-Parts regressa do verão mais forte do que nunca com o<br />

terceiro lançamento do ano, acrescentando 170 novos produtos ao seu catálogo de mais<br />

de 6.000 referências As unidades de abastecimento de combustível já existiam no seu<br />

catálogo, mas com este lançamento é alargado com 41 novas referências. Esta peça (da<br />

família dos atuadores e do sistema de combustível) é responsável pela alimentação do<br />

motor com o combustível necessário ao seu funcionamento, quer fornecendo o fluxo ao<br />

próprio sistema de injeção, quer a outro depósito ou bomba. A família dos fluxómetros<br />

sempre foi fundamental para a Alfa e-Parts, tendo sido o foco da marca desde a sua<br />

criação. Em cada um dos seus lançamentos, a marca apresentou ao mercado um grande<br />

número de inovações MAF. Com as 52 novas referências apresenta<strong>das</strong> neste lançamento,<br />

a Alfa e-Parts conta agora com quase 300 referências no seu catálogo. Outra família que<br />

se destaca neste lançamento é a <strong>das</strong> bombas de água adicionais, que com as 16 novas já<br />

atinge as 69 referências em stock.<br />

DESTACA UTILIZAÇÃO<br />

DE CHICOTES DE CABOS + KITS REPARAÇÃO<br />

Diesel Technic | Os chicotes de cabos estão a assumir um papel cada vez mais<br />

importante no setor automotive. O motivo é a crescente eletrificação e integração de<br />

componentes elétricos em veículos comerciais, o que leva automaticamente a que uma<br />

maior quantidade de cabos e chicotes de c abos seja necessária. No Partner Portal da<br />

Diesel Technic, os chicotes de cabos da DT Spare Parts para vários tipos de veículos estão<br />

disponíveis em diferentes versões, assim como artigos especiais para o motor, o interior<br />

do veículo, chassis e transmissão. Um chicote de cabos, combina cabos elétricos, fios<br />

e, muitas vezes, conexões de plugue que são usa<strong>das</strong> em veículos para fazer ligações<br />

elétricas entre diferentes componentes. As vantagens dos chicotes de cabos são múltiplas.<br />

A utilização de chicotes de cabos pré-montados minimiza o risco de erros, pois os<br />

cabos já vêm montados de acordo com os requisitos. Além disso, a utilização de chicotes<br />

de cabos pode agilizar o processo de instalação, pois os cabos já vêm preparados e só<br />

precisam ser conectados.<br />

ANUNCIA 120 NOVas REFERÊNCIAS<br />

REGULADORES VIDROS ELÉTRICOS<br />

Doga | A DOGA está a introduzir uma expansão do seu catálogo com mais de 120 novas referências de<br />

reguladores de vidros elétricos. Estas adições abrangem uma grande variedade de veículos, e incluem várias<br />

tecnologias, tais como vidros totalmente elétricos, mecanismo apenas para vidros elétricos e mecanismos<br />

manuais. Este lançamento reflete o forte compromisso da DOGA com a inovação e a qualidade na indústria<br />

de pós-venda automóvel. A marca continua a sua busca contínua para fornecer aos clientes uma seleção<br />

de produtos constantemente atualizada. A equipa da DOGA trabalhou arduamente para desenvolver uma<br />

gama de produtos que não só satisfaz, como excede as expectativas dos clientes. A qualidade sempre foi um<br />

pilar fundamental da filosofia da DOGA, e estas novas referências não são exceção. Cada regulador de janela<br />

foi concebido e fabricado de acordo com os mais rigorosos padrões de qualidade, tendo sido submetido a<br />

exaustivos testes de desempenho e segurança para garantir um produto de excelência.<br />

46 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NTK<br />

EXPANDE PORTFÓLIO<br />

COM NOVA GAMA EDPS<br />

A Niterra (anteriormente conhecida como NGK), anuncia o lançamento da sua<br />

nova gama de Sensores de Pressão dos Gases de Escape (EDPS). A adição desta<br />

linha de sensores à marca NTK Vehicle Electronics completa o seu portfólio de<br />

produtos antipoluição. Os Sensores de Pressão dos Gases de Escape (EDPS) desempenham<br />

um papel importante na otimização dos motores. Têm de fornecer<br />

às unidades de controlo do motor (ECU) as informações necessárias sobre as<br />

pressões dos gases de escape e o nível de enchimento do filtro de partículas diesel<br />

(DPF). A gama EDPS da NTK Vehicle Electronics inclui sensores de pressão<br />

diferencial (DPS), sensores de pressão de escape (EPS) e sensores de alta pressão<br />

(HPS). Estes sensores proporcionam uma cobertura abrangente do veículo. Além<br />

disso, os sensores podem ser instalados em diferentes posições no veículo.<br />

TEM CONTENTORES MAIS SUSTENTÁVEIS<br />

CEPSA | A Cepsa começou a fabricar os seus contentores IBC com 40% de plástico<br />

reciclado, prosseguindo a estratégia da multinacional de procurar opções mais sustentáveis<br />

para as suas embalagens. Uma mudança que continua a garantir a segurança dos<br />

produtos e embalagens Cepsa, sem alterar a sua qualidade, enquanto conserva plástico<br />

virgem que está em contacto direto com o produto. Além de se ter deixado de usar 122<br />

tonela<strong>das</strong> de plástico virgem por ano, a Cepsa também reduziu em 143 tonela<strong>das</strong> as<br />

emissões de CO2. “Está é mais uma iniciativa para contribuímos para a estratégia da<br />

nossa marca em ajudar os clientes na sua descarbonização. É público que queremos<br />

desempenhar um papel de destaque e liderança no setor, enquanto paralelamente<br />

acompanhamos a transição energética já em curso,” afirma João Madeira, Diretor<br />

Comercial de Lubrificantes da Cepsa Portugal.<br />

EXPANDE LINHA TÉRMICA COM RADIADORES DE ÁGUA<br />

RPL Clima | A RPL Clima pretende diversificar sua gama de produtos reforçando a linha térmica<br />

com radiadores de água. “O objetivo é abranger o maior número possível de veículos, atendendo às necessidades<br />

e tendências do mercado”, destacou a empresa de Vilamoura. O radiador de água é o principal<br />

componente do sistema de refrigeração do veículo, pois evita o sobreaquecimento do motor e pode ser<br />

um pesadelo quando param de funcionar corretamente. Este problema, requer atenção imediata de<br />

modo a evitar danos no motor e as causas mais comuns, são as fugas no radiador, falha no termostato,<br />

falha na bomba de água, baixo nível do líquido refrigerante ou avaria na ventoinha do radiador. “Estamos<br />

muito entusiasmados com as novas parcerias e em trazer produtos inovadores para o mercado ibérico,<br />

este reforço proporcionará aos nossos parceiros de ven<strong>das</strong> e operadores de oficinas, produtos de alta<br />

qualidade e maiores oportunidades de venda”, acrescentou a empresa em comunicado.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 47


Notícias<br />

Produto<br />

REVELA TECNOLOGIA BLOW-BY<br />

UFI Filters | A UFI Filters projeta e produz o filtro blow-by para o novo<br />

motor Cursor 16 TST (twin-stage-turbine), 6 cilindros de FPT para aplicações<br />

off-road 4WD – tração nas quatro ro<strong>das</strong>. Projetado para fornecer desempenho<br />

extraordinário nas missões mais exigentes, o novo motor topo de gama, com<br />

compacidade e relação peso/potência líder de mercado, garante custos operativos<br />

reduzidos, alto desempenho e produtividade excecional, características para as<br />

quais a tecnologia de filtração blow-by UFI Filters também contribui, que tem a<br />

função de filtrar e recuperar os aerossóis de óleo gerados pelo motor na câmara<br />

de combustão. O filtro desempenha um papel fundamental na redução <strong>das</strong><br />

emissões de poluentes, evitando a emissão para a atmosfera de contaminantes<br />

como dióxido de carbono, óxidos de azoto e micropartículas. O blow-by projetado<br />

pela UFI Filters para Cursor 16 TST é rotativo e auto-limpante, oferecendo assim<br />

uma capacidade de filtração de mais de 90%.<br />

TAB BATTERIES<br />

APRESENTA NOVA BatERIA<br />

taB MOTION BCI<br />

LANÇA NOVA MÁQUINA<br />

DE ALINHAR DIREÇÕES<br />

autel | A Autel, especialista em ferramentas de diagnóstico para a oficina,<br />

apresenta o seu principal produto para 2023. Trata-se do modelo IA900, um<br />

alinhador de direção com ajuste automático dos desníveis do solo e que aborda o<br />

alinhamento de uma perspetiva diferente. Esta nova ferramenta permite associar<br />

o diagnóstico eletrónico a uma verificação completa do veículo e ao estado de<br />

todos os parâmetros de alinhamento. É também a primeira vez no mundo do<br />

alinhamento que uma ferramenta guia a oficina ao longo de todo o processo, do<br />

início ao fim. Isto é possível graças ao investimento em informação técnica que<br />

a Autel fez com este produto. O alinhador Autel IA900 tem várias funções. Por<br />

exemplo, calibra sistemas de assistência ao condutor (ADAS), tais como câmaras<br />

frontais, radares, sistemas de ângulo morto, etc. Também pode ser facilmente<br />

deslocado, permitindo ao profissional trabalhar em diferentes pontos da oficina,<br />

conforme necessário em cada momento.<br />

A TAB Batteries apresentou a sua nova bateria TAB Motion BCI que vem completar<br />

a sua oferta de soluções de semi tração. Estas novas baterias do tipo chumbo ácido<br />

de ciclo profundo, são desenvolvi<strong>das</strong> para atender à crescente procura de operações<br />

em condições extremas de trabalho Os Motion BCIs, cuja fabricação é realizada na<br />

TAB Eslovénia, apresentam uma construção de chapa gessada premium, uma grande<br />

diferença quando o assunto é possuírem uma maior capacidade de descarga além de<br />

serem muito confiáveis e de longa duração. Os novos TAB Motion BCI são especialmente<br />

indicados para carrinhos elétricos, carros de golfe, instalações fotovoltaicas,<br />

lavadores, varredoras, plataformas elevatórias, veículos elétricos ou barcos. A TAB<br />

Espanha já dispõe de stocks nos seus armazéns para atender tanto à procura do mercado<br />

espanhol como o português.<br />

NOVas LUZES DE TRABALHO LED PHILIPS XPERION 3000<br />

Philips | Com dez novas luzes de trabalho LED versáteis e recarregáveis, a Philips oferece uma iluminação LED<br />

acessível, prática e robusta para qualquer tarefa em oficinas ou garagens. As novas luzes de trabalho LED Philips<br />

Xperion 3000 ajudam os trabalhadores a ver quase tudo o que precisam, oferecendo durabilidade e flexibilidade. São<br />

perfeitas para trabalhos de inspeção rápida e utilização diária. Incluem uma luz LED branca fria de modo duplo. O<br />

modo Boost fornece até 1.000 lúmenes em luzes de trabalho como o projetor Xperion 3000. Se for necessária menos<br />

luz e uma maior duração da bateria, basta mudar para o modo Eco, que fornece um feixe de até 600 lúmenes, dependendo<br />

da luz de trabalho. As luzes de trabalho Philips Xperion 3000 oferecem uma temperatura de cor de 6.000<br />

Kelvin. A sua luz brilhante e agradável aos olhos adequa-se à utilização diária e não causa fadiga ocular. Módulos de<br />

luz rotativos direcionam a luz exatamente para onde é necessária.<br />

48 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MANTAS ABSORVENTES PROTEGEM AMBIENTE<br />

NEWA | Nem sequer precisa de olhar: Pode simplesmente pôr de lado os componentes sujos com óleo<br />

na manta Multitex da Mewa. Ficam lá, de forma cómoda e segura, enquanto se concentra totalmente na<br />

reparação. Esta solução limpa também é sustentável, já que a manta de retenção de óleo ultra-absorvente<br />

é disponibilizada pela Mewa com sistema de reutilização: A Mewa traz, recolhe e lava as mantas. Com<br />

o seu formato de 58 cm x 88 cm, a manta de absorção de óleo da Mewa é leve e fácil de manusear. Pode<br />

ser guardada sem ocupar muito espaço – por exemplo numa prateleira –, colocada por baixo durante os<br />

trabalhos de reparação e encaixa-se de forma flexível em qualquer nicho por mais ângulos que tenha. Ela<br />

protege, de forma segura e limpa, as instalações, os componentes e o chão contra a sujidade e líquidos<br />

perigosos e contribui, assim, para uma maior segurança no trabalho. Pavimentos oleosos e escorregadios<br />

são passado com a Multitex. Para áreas maiores, basta juntar duas ou mais mantas.<br />

EXCELENTE ÉPOCA PARA A PARCERIA<br />

FUCHS / RICARDO TEODÓSIO<br />

FUCHS | Ricardo Teodósio e o seu navegador José Teixeira, é tricampeão nacional de ralis<br />

com o apoio da FUCHS, um novo título decidido na última prova, o Rali Vidreiro/ Centro de<br />

Portugal. A dupla algarvia terminou o primeiro dia com uma margem curta para outras três<br />

equipas, mas teve uma entrada muito forte no segundo dia, sábado, e deixou toda a concorrência<br />

atrás. Esta vitória apoiada pela FUCHS, a marca <strong>das</strong> oficinas, é já a terceira. «2019 foi o<br />

primeiro ano que estivemos com a FUCHS e fomos logo campeões», recorda Ricardo Teodósio<br />

que voltou a ganhar o campeonato nacional de ralis em 2021. Na época seguinte, 2022, o piloto<br />

integrou o Team Hyundai Portugal e arrancou ao volante de um novo carro, um Hyundai i20<br />

N Rally2. «O Ricardo e o José estão de parabéns. Tiveram uma excelente performance, muita<br />

garra e foco no objetivo. Foi uma excelente época para a nossa parceria que já vai no quinto<br />

ano», diz André Castro Pinheiro, diretor da Divisão Automotive da FUCHS Lubrificantes.<br />

PEÇAS UNIVEX - JORNAL DAS OFICINAS 235X140+3.pdf 1 15/9/23 10:09<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 49


empresa<br />

MOTA & PIMENTA<br />

HÁ 45 ANOS<br />

NA REPINTURA<br />

AUTOMÓVEL!<br />

DESDE SEMPRE LIGADA AO COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE MATERIAIS PARA MANUTENÇÃO<br />

E REPINTURA AUTOMÓVEL, A MOTA & PIMENTA CELEBRA ESTE ANO QUATRO DÉCADAS E MEIA DE HISTÓRIA.<br />

O JORNAL DAS OFICINAS VIAJOU ATÉ VILA NOVA DE FAMALICÃO, ONDE ESTEVE À CONVERSA<br />

COM O DIRETOR-GERAL E FUNDADOR, VIRGÍLIO MOTA; COM MARGARIDA MOTA, DIRETORA<br />

DE MARKETING E AINDA COM ALEXANDRA MOTA, DIRETORA FINANCEIRA<br />

Fundada em 1978, a Mota & Pimenta é uma<br />

empresa que já dispensa apresentações neste<br />

meio. Comercializa tintas e todos os produtos<br />

necessários para o setor da manutenção automóvel,<br />

mantendo há 26 anos a representação<br />

exclusiva da marca DeBeer em Portugal. “Temos<br />

mantido as marcas que tínhamos, só alterámos<br />

a marca própria, que passou a ser a Karlack, ao<br />

passo que a DeBeer continua a ser a nossa principal<br />

aposta. Já ao nível dos abrasivos, passámos<br />

a trabalhar com a Sia, para nos distinguir. Temos<br />

também a nossa marca própria de abrasivos, da<br />

qual não queremos abdicar”, introduz Margarida<br />

Mota, diretora de marketing da empresa. No que<br />

diz respeito à oferta da marca própria da Mota &<br />

Pimenta ao nível de tintas e de consumíveis, está<br />

disponível “tudo o que é necessário, desde o betume,<br />

ao verniz, passando pelo diluente, os endurecedores<br />

e até aos aparelhos. É tudo o que a oficina<br />

precisa e que, por vezes, temos necessidade que<br />

seja em marca própria, pois é essencial ter uma<br />

segunda linha e, assim, em vez de ser o vizinho do<br />

lado a vender, que sejamos nós”, acrescenta Alexandra<br />

Mota, diretora financeira. O objetivo, neste<br />

momento, é sustentar a oferta atual, apostando na<br />

continuidade, afirmam.<br />

De Portugal até África<br />

Com uma rede de distribuição composta por 35<br />

parceiros, a Mota & Pimenta está presente em todo<br />

o país (ilhas incluí<strong>das</strong>), assim como em Cabo Verde<br />

e São Tomé e Príncipe. Tem sido, na opinião do fundador<br />

“um bom trabalho, aquele que temos feito,<br />

com um crescimento anual normal. Já temos uma<br />

fatia muito significativa de mercado, com o país<br />

coberto de distribuidores e agora também em Cabo<br />

Verde e em São Tomé”, congratula-se, ressaltando<br />

também a venda direta às oficinas da zona onde estão<br />

inseridos: “tudo o que vai desde abaixo do Porto,<br />

por Amarante até lá acima, é coberto por nós, apesar<br />

de termos aqui distribuidores mesmo ao nosso<br />

lado, pois mantemos com eles uma relação cordial”.<br />

Os três responsáveis concordam que, atualmente,<br />

estão praticamente fechados à entrada de mais distribuidores,<br />

pois já só falta “uma zona muito específica,<br />

um ou dois concelhos de um distrito ou outro<br />

para completar o leque de distribuição”. No entanto,<br />

estão cientes de que “é algo que demora, porque<br />

um distribuidor não muda de parceiro por qualquer<br />

motivo, só o faz se estiver insatisfeito com o produto.<br />

Nós temos essa consciência de que eles próprios<br />

investem muito dinheiro nas marcas, pelo que é um<br />

namoro que se vai fazendo, por vezes durante dois<br />

anos e não dá em nada… outras vezes dá!”, contam,<br />

com Margarida Mota a adiantar que, além disso,<br />

“temos de lidar com outras marcas muito agressivas,<br />

com outra capacidade, o que dificulta um pouco<br />

num mercado pequeno”.<br />

Ao lado dos clientes<br />

A política comercial da empresa é orientada para o<br />

mercado e para os clientes, estando a equipa preparada<br />

para acompanhar as necessidades dos mesmos.<br />

A MAIORIA DAS MARCAS QUE A MOTA & PIMENTA REPRESENTA<br />

E COMERCIALIZA PERTENCEM A GRANDES GRUPOS EUROPEUS/<br />

AMERICANOS NA ÁREA DA REPINTURA AUTOMÓVEL, COMO SÃO O CASO<br />

DA DEBEER E SHERWIN-WILLIAMS<br />

50 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 51


MOTA & PIMENTA<br />

A PROXIMIDADE COM O CLIENTE E UM ACOMPANHAMENTO PERMANENTE,<br />

COM UMA EQUIPA DE VENDEDORES ESPECIALIZADOS E UMA ASSISTÊNCIA<br />

TÉCNICA SEMPRE DISPONÍVEL, FAZEM A DIFERENÇA NO MODO DE<br />

TRABALHAR DA MOTA & PIMENTA<br />

Margarida Mota explica que “há um<br />

acompanhamento periódico por parte<br />

dos técnicos. Nós temos a relação <strong>das</strong><br />

máquinas que estão instala<strong>das</strong> nos<br />

nossos distribuidores e tentamos, pelo<br />

menos duas vezes por ano, ir à oficina<br />

do nosso cliente. Nunca aparecemos<br />

sem combinar previamente com<br />

o nosso distribuidor para fazer um<br />

acompanhamento”. Alexandra Mota<br />

acrescenta que, nas oficinas “gostam<br />

sempre que nós façamos uma atualização,<br />

uma visita, às vezes apenas dar<br />

a cara”. Desde 2005, a empresa conta<br />

ainda com um centro de formação<br />

próprio, que está completamente equipado<br />

com a mais recente tecnologia do<br />

setor e que permite “reunir pequenos<br />

grupos para cursos regulares, tanto na<br />

parte da pintura como nos polimentos,<br />

pois é importante que os participantes<br />

possam conhecer os produtos sentindo<br />

o cheiro e tendo-os na mão”, considera<br />

o diretor-geral.<br />

Para os distribuidores dos Açores e<br />

da Madeira, a situação é diferente. Se,<br />

antigamente, “era mais apelativo vir<br />

cá, ultimamente, temos optado por<br />

dar lá a formação”, esclarece Margarida<br />

Mota, que revela que “volta e meia<br />

também organizamos formações nas<br />

ilhas africanas, onde são sempre necessários<br />

dez dias”.<br />

Por outro lado, este ano, a Mota & Pimenta<br />

promoveu também junto dos<br />

clientes o meeting europeu da 3D, que<br />

se realizou em Portugal. “É a marca<br />

americana de produtos de polimento<br />

que representamos e dado o relacionamento<br />

que temos com eles, decidiram<br />

fazer o encontro aqui, depois de há<br />

dois anos se ter realizado na Bélgica”,<br />

refere. Durante 3 dias o representante<br />

da marca americana em conjunto com<br />

a equipa de Mota & Pimenta, alguns<br />

clientes e representantes europeus<br />

juntaram-se no Centro de Formação<br />

de MP para partilhar experiências,<br />

aperfeiçoar as técnicas e descobrir algumas<br />

novidades. Para além da partilha<br />

sobre os variadíssimos produtos<br />

que a 3D disponibiliza para lavagens<br />

e polimentos, este meeting foi igualmente<br />

importante na perceção do<br />

mercado ao nível europeu.<br />

Comunicação de proximidade<br />

A Mota & Pimenta utiliza as novas<br />

plataformas e as redes sociais, recorrendo<br />

ainda às newsletters mensais<br />

para fornecer informação direta aos<br />

clientes. De acordo com Margarida<br />

Mota, “quando há alturas ou clientes<br />

mais específicos, ou de certas áreas,<br />

cria-se um e-mail mais diferenciado.<br />

Inclusive, por vezes, também fazemos<br />

este contacto através de SMS, porque<br />

a plataforma também sustenta esse<br />

formato. A newsletter sai todos os<br />

meses, seja ela técnica ou informativa,<br />

conforme for mais interessante<br />

naquele mês”. Apesar disso, na opinião<br />

dos três responsáveis, “o contacto<br />

pessoal é necessário, porque este<br />

MOTA & PIMENTA<br />

Gerentes<br />

Virgílio Mota e Margarida Mota<br />

Morada<br />

Parque Industrial de Fages, Lote 4<br />

4770-464 Requião<br />

Telefone<br />

252 323 909<br />

Email<br />

online@motapimenta.com<br />

Site<br />

www.motapimenta.com<br />

é um produto que se vende pela sua<br />

imagem, pelo seu aspeto e há muitos<br />

esclarecimentos que o cliente nos<br />

pede e, se não for cara a cara, dificilmente<br />

explicamos. Justifica-se ter os<br />

comerciais, por isso vamos continuar<br />

a tê-los”, garante. Assim, neste momento,<br />

estão 18 pessoas a trabalhar<br />

na empresa, dos quais cinco vendedores<br />

“sempre no terreno” e quatro<br />

técnicos, sendo que não está previsto<br />

aumentar a equipa.<br />

Atendendo a que as sextas-feiras à<br />

tarde são pouco produtivas, “porque<br />

as oficinas não nos podem receber,<br />

pois é dia de entrega de viaturas, esse<br />

é sempre o dia em que optamos por,<br />

de três em três semanas, ir para o<br />

centro de formação, reunir a equipa e<br />

fazer um refresh, quer seja a testar o<br />

sistema informativo ou a experimentar<br />

produtos. E isso motiva, o facto de<br />

estarmos todos juntos”, dizem. Promovem,<br />

de forma regular, campanhas<br />

de marketing “com produtos que precisamos<br />

que não sejam esquecidos.<br />

Não o fazemos mensalmente porque<br />

não se justifica e acaba por se banalizar,<br />

mas consideramos importante<br />

para diversificar e mostrar tudo o que<br />

temos. Por exemplo, se agora fizermos<br />

52 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


uma campanha de verniz, daqui a uns<br />

meses faremos de polimento”, explica<br />

Margarida Mota, que defende que<br />

“é preciso equilíbrio e cuidado nesse<br />

tipo de ações”.<br />

Digitalizar processos<br />

A Mota & Pimenta não dispõe de plataforma<br />

B2B, mas conta com um sistema<br />

informático interno, no qual os<br />

comerciais podem ver o stock disponível<br />

e colocam as encomen<strong>das</strong>, que são<br />

recebi<strong>das</strong> diretamente pelo armazém.<br />

Já as encomen<strong>das</strong> dos fornecedores,<br />

explica Margarida Mota, “são envia<strong>das</strong><br />

por e-mail pela distribuição e aqui eles<br />

separam e enviam”. Em breve, a ideia<br />

é criar um novo processo que facilite a<br />

introdução dos pedidos, para melhorar<br />

a gestão <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> e reduzir<br />

os eventuais erros de digitação. Sendo<br />

uma empresa certificada, a sustentabilidade<br />

“foi sempre uma preocupação,<br />

não é uma novidade. Temos auditorias<br />

e visitas, tem de estar tudo na perfeição”,<br />

refere o responsável, mencionando<br />

não só a minimização de resíduos,<br />

como também a necessidade de fazer<br />

reciclagem, automatizar e digitalizar<br />

processos. A eletricidade, exemplifica,<br />

tanto no centro de formação como na<br />

sede da empresa, é agora toda em LED.<br />

As entregas são feitas através de logística<br />

própria e transportadora. No caso<br />

da venda direta, por norma, a entrega<br />

é feita no dia seguinte pela própria empresa,<br />

ao passo que na distribuição, “a<br />

encomenda é colocada até às 12h30 e<br />

a transportadora até às 15h30 está aí,<br />

e no dia seguinte está a entregar. To<strong>das</strong><br />

as semanas mandamos material para<br />

as ilhas, o nosso distribuidor interno<br />

vai de manhã cedo, já sabemos os dias<br />

de maior e de menor fluxo e dependendo<br />

da ilha que é, leva e descarrega”,<br />

explicam.<br />

Olhar para o futuro<br />

Sobre as instalações atuais, num total<br />

de 2 000 m2, Virgílio Mota é perentório:<br />

“é nossa intenção continuar aqui,<br />

primeiro porque nos custou muito<br />

dinheiro, é nosso e, depois, porque o<br />

cliente já sabe onde estamos, não precisa<br />

de andar à procura. As acessibilidades<br />

são ótimas neste parque industrial,<br />

a área coberta também nos deixa<br />

servidos por uns anos. Penso que estamos<br />

bem. As instalações oferecem as<br />

condições necessárias, não há ideia de<br />

remodelar”. Já no que toca à evolução<br />

do negócio, Alexandra Mota sublinha<br />

que “hoje em dia já não podemos dizer<br />

que o mês de fevereiro e de agosto são<br />

maus e julho é que é bom. Há muito<br />

tempo que isso já acabou! Mas o ano<br />

está a correr bem, estamos a conseguir<br />

ultrapassar os números do ano passado<br />

que já foram bons”, refere a diretora<br />

financeira, explicando que atualmente<br />

já não analisa objetivos “por volume de<br />

ven<strong>das</strong>, mas sim por litros, por causa<br />

do preço. Os preços subiram tanto, em<br />

tão pouco tempo, que eu já não posso<br />

comparar. Eu posso dizer que cresci<br />

20%, mas quanto é que aumentaram<br />

os produtos? Interessa-me contabilizar<br />

os litros, as unidades vendi<strong>das</strong>. E<br />

estamos a vender mais litros”, conclui,<br />

satisfeita. l<br />

“O MERCADO DA REPINTURA ESTÁ ESTAGNADO”<br />

Instados a fazer uma análise da atualidade<br />

deste setor, Virgílio Mota, Margarida Mota e<br />

Alexandra Mota consideram que este é um<br />

mercado “estagnado”. A seu ver, as novidades<br />

surgem apenas ao nível <strong>das</strong> cores novas que as<br />

marcas lançam, “porque se formos a ver bem, os<br />

produtos auxiliares de referência, <strong>das</strong> marcas de<br />

topo, as mais vendi<strong>das</strong>, mantêm-se os mesmos<br />

há muitos anos”, argumentam. A única novidade<br />

que vai surgindo são “os vernizes e os aparelhos<br />

de secagem rápida, que não utilizam estufa. De<br />

resto não há muito mais a inventar”, consideram.<br />

Para o diretor-geral da Mota & Pimenta, “da<br />

parte <strong>das</strong> oficinas há uma evolução grande que<br />

tem que ser feita, na parte da digitalização dos<br />

processos”, pois estão to<strong>das</strong> “muito limita<strong>das</strong>, com<br />

falta de capacidade para absorver informação.<br />

Vamos a uma oficina que tem uma faturação<br />

importante, com sete ou oito pintores, mas se<br />

formos ver a gestão do negócio e os processos<br />

utilizados, constatamos muitas lacunas”. Sem<br />

grandes possibilidades de intervir nestas casas,<br />

a empresa nota que sempre que aparece um<br />

“comercial com mais conhecimentos, é mais um<br />

vendedor que lhes vai roubar tempo. Por fim<br />

ainda nos questionam porque haveríamos de<br />

querer saber os números deles…”, conta.<br />

Alexandra Mota adianta que a empresa<br />

está a trabalhar numa ferramenta nova<br />

para tentar melhorar processos nas oficinas,<br />

nomeadamente para conseguirem saber que<br />

tipo de produtividade têm: “Não se trata de uma<br />

coisa complexa, é muito simples, feita por nós, de<br />

maneira a que qualquer pessoa clique e coloque<br />

só o preço do artigo e insira valores aproximados.<br />

Isto porque a maior parte <strong>das</strong> oficinas, pelo<br />

menos aquelas com as quais lidamos, não têm”.<br />

No que diz respeito à venda de tintas sintéticas<br />

e celulosas, Virgílio Mota mostra-se contra as<br />

fiscalizações, “que só vêm roubar tempo, pois<br />

deixamos de trabalhar para lhes dar justificações”<br />

e considera que as tintas de solvente ainda<br />

vão ter “um longo caminho, uma vez que para<br />

acabar com isso teria de ser por contingente.<br />

O sistema de solvente é mais rápido e, para o<br />

pintor, é a escola que tem desde que nasceu, está<br />

mecanizado e tudo funciona melhor, na mente<br />

dele, o que nem sempre corresponde à realidade”,<br />

assume. Neste momento, a nível europeu há um<br />

rácio 50-50%, entre água e solvente. Legalmente,<br />

nas máquinas, em oficinas não é permitido,<br />

mas está disponível. A tinta serve para muitas<br />

aplicações e as pessoas quando compram não<br />

dizem para o que é!”, aponta.<br />

Quanto à falta de jovens na área de repintura<br />

automóvel, todos concordam que é uma situação<br />

difícil, pois “tudo o que envolva alguma sujidade,<br />

as pessoas não querem. Mas a pintura é uma<br />

atividade limpa”, esclarecem, notando que em<br />

todos os grupos de formação que acolheram este<br />

ano, só tiveram “dois miúdos, que fomos nós que<br />

formámos, de resto são pessoas que já estão na<br />

atividade”. Advogam a criação de mais cursos de<br />

formação em Famalicão, onde existe apenas o de<br />

mecânica, defendendo que “nas casas que têm<br />

uma grande oferta de produtos, nós precisamos<br />

de quem os consuma e que os saiba aplicar<br />

bem. Era preciso encontrar as empresas que tem<br />

condições para o fazer e nos dávamos o apoio<br />

técnico e os conhecimentos”, finalizam.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 53


Oficina<br />

do Mês<br />

auto services<br />

A oficina do mês é patrocinada por TotalEnergies QUARTZ (autoservices)<br />

CENTRO AUTO ESTRELA DA MANHÃ<br />

FOCO NA QUALIDADE<br />

E INOvaÇÃO!<br />

O CENTRO AUTO ESTRELA DA MANHÃ INICIOU ATIVIDADE EM 2015 E ATUALMENTE DISPÕE DE UMA ÁREA<br />

TOTAL DE 1.200 M2 E 19 COLABORADORES, DESDE EQUIPA DE RECEÇÃO, MECÂNICOS E TÉCNICOS DE<br />

SERVIÇOS RÁPIDOS. COM FOCO NA QUALIDADE E INOVAÇÃO, TRABALHA DIARIAMENTE COM O OBJETIVO DE<br />

SER LÍDER DE MERCADO NA ILHA DE SÃO MIGUEL<br />

O<br />

Centro Auto Estrela da Manhã está inserido<br />

no Grupo Estrela da Manhã, que inclui empresas<br />

liga<strong>das</strong> ao setor do turismo, hotelaria, rent<br />

a car e escolas de condução, entre outras. Diferencia-<br />

-se por oferecer um leque completo de serviços auto,<br />

desde montagem de pneus, mecânica a pintura auto.<br />

Integra o conceito oficinal “A Oficina” desde 2020<br />

e a visão dos seus responsáveis para o futuro, vai ao<br />

encontro da visão do Centro Auto Estrela da Manhã<br />

“Integrar esta rede trouxe mais valias para a empresa,<br />

pela proximidade com o nosso fornecedor principal,<br />

pelos produtos certificados e pela qualidade e rapidez<br />

de entrega dos materiais, permitindo-nos crescer de<br />

forma sustentada e sustentável e sermos uma oficina<br />

reconhecida e credível para a nossa comunidade”, refere<br />

João Tavares, gestor da oficina. “Temos um bom<br />

relacionamento com a equipa da APL Expresso, representante<br />

da rede A Oficina. Apostaram na nossa<br />

equipa jovem e, para além disso, esta rede de oficinas<br />

inspirou-nos confiança, motivando-nos a integrar o<br />

conceito desde o início”, acrescentou.<br />

Boa capacidade de resposta<br />

O fluxo diário de clientes na oficina exige que tenha<br />

uma capacidade de resposta adequa<strong>das</strong> às necessidades<br />

dos mesmos, por isso “É fundamental para nós a<br />

qualidade e rapidez no serviço prestado. Para poder<br />

responder às expectativas dos clientes, encontramos<br />

na APL Expresso um grande aliado, pois apresenta<br />

peças de qualidade e disponibilidade de produtos em<br />

tempo muito reduzido”, afirma João Tavares.<br />

Todos os colaboradores recebem formação anualmente,<br />

quer seja para equipa de receção como para<br />

os técnicos de mecânica. A nível da sustentabilidade,<br />

foi feito um investimento na aquisição de painéis<br />

fotovoltaicos, que irão garantir o fornecimento<br />

total de energia à oficina. O Centro Auto oferece<br />

todo o tipo de serviços e como faz a gestão de frotas<br />

de várias empresas como os rent a cars, os serviços<br />

mais solicitados são as operações de revisão e manutenção,<br />

para além da montagem de pneus. Tem<br />

também capacidade para reparar veículos híbridos<br />

e elétricos e, para isso muito têm contribuído as<br />

formações providencia<strong>das</strong> pela rede “A Oficina”.<br />

CENTRO AUTO ESTRELA DA MANHÃ<br />

Gerente<br />

Diogo Rocha Pereira<br />

Morada<br />

Rua da Mãe de Deus, 48<br />

9500-321 Ponta Delgada<br />

Telefone<br />

296 713 173<br />

Email<br />

centroauto@estreladamanha.pt<br />

Site<br />

www.autoestreladamanha.com<br />

Ir à luta num mercado competitivo<br />

Relativamente ao negócio, o ano 2023 está a ser<br />

muito positivo, com crescimento de faturação e a<br />

abertura de um centro de lavagem para complementar<br />

o leque de serviços. A decisão estratégica<br />

que tem contribuído para o crescimento do Centro<br />

Auto nos últimos anos tem a ver com a decisão de<br />

ir à luta num mercado competitivo, investindo na<br />

modernização da maquinaria e na formação <strong>das</strong><br />

pessoas. Em 2024, perspetiva aumentar a equipa,<br />

para conseguir dar uma melhor resposta aliada às<br />

necessidades dos seus clientes.<br />

O facto de estar localizado numa ilha não tem<br />

impedido o crescimento do Centro Auto Estrela<br />

da Manhã, pois a carteira de clientes tem aumentado,<br />

conforme sublinha João Tavares “Vivemos<br />

numa ilha em que a rede de transportes públicos<br />

não oferece as melhores alternativas à população,<br />

o que faz com que o número de veículos por habitação<br />

aumente (cada habitação tem mais do que<br />

um carro). Outro fator vantajoso tem a ver com<br />

o aumento do Turismo nos Açores e consequente<br />

aumento do parque automóvel. Enquanto os<br />

veículos continuarem a ser um bem essencial às<br />

famílias, o trabalho oficinal será bem-sucedido”,<br />

conclui.<br />

Mas crescer acarreta desafios, e o maior entrave<br />

atualmente sentido é a falta de mão de obra especializada,<br />

mas os responsáveis acreditam na sua<br />

capacidade de enfrentar os desafios que lhes irão<br />

permitir continuar a evoluir e crescer. l<br />

54 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


SEMPRE COM O CLIENTE EM MENTE, O CENTRO AUTO ESTRELA DA MANHÃ<br />

TRABALHA DIARIAMENTE COM O OBJETIVO DE SER LÍDER DE MERCADO<br />

NA ILHA DE SÃO MIGUEL E POSICIONAR-SE POR SER UMA OFICINA DE<br />

CONFIANÇA, RECONHECIDA PELO SERVIÇO DE EXCELÊNCIA


Produto<br />

MINTEX FIT<br />

O SOM DO SILÊNCIO!<br />

UMA DAS ÚLTIMAS INOVAÇÕES DA TMD FRICTION NO DOMÍNIO DA TRAVAGEM É A PASTILHA<br />

DE TRAVÃO MINTEX FIT. COM ESTA TECNOLOGIA INOVADORA, A MARCA OFERECE PASTILHAS QUE GERAM<br />

MENOS RUÍDO E VIBRAÇÃO<br />

Ao travar um veículo, as vibrações podem<br />

causar um guincho desagradável. São o<br />

resultado da fricção gerada quando as pastilhas<br />

de travão são empurra<strong>das</strong> contra o disco de<br />

travão. Felizmente, é possível evitá-las. A TMD<br />

Friction tem vindo a trabalhar nesta questão há<br />

vários anos através do desenvolvimento da sua<br />

tecnologia de pastilhas. Esta baseia-se em características<br />

especialmente concebi<strong>das</strong> para atenuar o<br />

ruído de travagem e melhorar o desempenho.<br />

Tecnologia inovadora<br />

A Mintex FIT destacável de várias cama<strong>das</strong> é fornecida<br />

diretamente com a pastilha de travão, onde<br />

é posicionada antes da montagem. Faz toda a diferença<br />

no sistema de travagem em termos de desem-<br />

penho. A equipa técnica da TMD Friction terá todo<br />

o prazer em responder a to<strong>das</strong> as perguntas sobre a<br />

utilização deste acessório, que por vezes não é familiar<br />

para os reparadores. O acrónimo “FIT” utilizado<br />

para este produto significa Floating Insulation Technology.<br />

Esta tecnologia baseia-se num mecanismo<br />

de desacoplamento e absorção. O calço é “preso” no<br />

lugar através de um sistema de bloqueio manual para<br />

evitar que se solte da placa traseira, permitindo ao<br />

mesmo tempo que se mova entre a pinça e a pastilha<br />

sob carga. O movimento natural da cunha e o seu revestimento<br />

de superfície isolante superior ajudam a<br />

reduzir o ruído e as vibrações. Esta solução de amortecimento<br />

foi igualmente concebida para aumentar<br />

a segurança, limitando os movimentos excessivos e<br />

protegendo o disco de travão de danos adicionais.<br />

Na vanguarda da indústria<br />

Num mercado automóvel altamente competitivo,<br />

os travões já não são apenas um requisito básico<br />

de segurança. Tornam-se um elemento-chave do<br />

prazer de condução quando reduzem incómodos<br />

como o chiar. As tecnologias de calços desenvolvi<strong>das</strong><br />

pela TMD Friction respondem diretamente a<br />

esta expetativa, permitindo ao fabricante manter-<br />

-se na vanguarda da indústria para to<strong>das</strong> as marcas<br />

do seu vasto portfólio. Este compromisso ajuda<br />

a manter o seu estatuto de líder mundial no fabrico<br />

de materiais de fricção para os mercados automóvel<br />

e de travagem. l<br />

Para mais informações, visite:<br />

https://textar.com/en/brake-pads/.<br />

56 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


WOLF ELECTRUM<br />

A PENSAR NA MOBILIDADE DO FUTURO<br />

A WOLF APRESENTA A SUA NOVA GAMA DE PRODUTOS ELECTRUM PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS.<br />

UMA GAMA DE FLUIDOS DE TRANSMISSÃO, MASSAS LUBRIFICANTES E LÍQUIDOS REFRIGERANTES<br />

DEDICADOS A SATISFAZER AS GERAÇÕES ATUAIS E VINDOURAS DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

Os veículos elétricos introduzem novas estruturas<br />

de alimentação que conduzem a requisitos<br />

de fluidos específicos. A Wolf desenvolve<br />

soluções para estar um passo à frente da<br />

concorrência e acelerar a adesão a veículos elétricos<br />

de elevado desempenho com eficiência energética<br />

e fiáveis. Impulsionado pelo endurecimento da<br />

legislação sobre emissões e pela crescente procura<br />

dos consumidores, o mercado de veículos elétricos<br />

global já avançou passos largos. A mudança em direção<br />

à maior eletrificação do parque de veículos<br />

global está a acelerar exponencialmente. Enquanto<br />

atualmente ainda são vendidos mais veículos<br />

com motor de combustão interna em comparação<br />

com os VE, a proporção está progressivamente a<br />

mudar. Na Europa, espera-se que até 2035 e nos<br />

anos seguintes 100% dos novos automóveis vendidos<br />

sejam elétricos. A preparar o terreno para a<br />

mobilidade elétrica do futuro, a Wolf está na vanguarda<br />

com a sua gama Electrum.<br />

Transmissão dos VEÍculos elétricos<br />

e constrangimentos de refrigeração<br />

Os veículos elétricos estão no mercado há duas<br />

déca<strong>das</strong>, no entanto, o desenvolvimento de fluidos<br />

especializados está apenas a começar a ganhar impulso.<br />

A gestão térmica, a condutividade elétrica<br />

e a proteção dos componentes são apenas alguns<br />

dos principais desafios complexos que os fluidos<br />

convencionais não conseguem resolver. A Wolf é<br />

a marca que dá, literalmente, vida aos veículos e<br />

que fornece a energia vital para melhorar o desempenho<br />

e a resistência dos mesmos. A nova gama<br />

Electrum define um marco importante no compromisso<br />

da marca para impulsionar soluções de<br />

mobilidade elétrica eficientes e sustentáveis. l<br />

GAMA DE PRODUTOS WOLF<br />

PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS:<br />

WOLF ELECTRUM MULTI E-ATF FLUID<br />

• Fluido de transmissão híbrida e motores elétricos<br />

WOLF ELECTRUM E-DCT FLUID<br />

• Fluido de transmissão E-DCT e redutor<br />

WOLF ELECTRUM TRANS FLUID<br />

• Fluido de transmissão automática para veículos elétricos e híbridos<br />

WOLF ELECTRUM COOLANT<br />

• Líquido refrigerante de bateria<br />

WOLF ELECTRUM HUB GREASE<br />

• Massa lubrificante sintética para rolamentos <strong>das</strong> ro<strong>das</strong><br />

WOLF ELECTRUM E-MOTOR GREASE<br />

• Massa lubrificante sintética para rolamentos de motores elétricos<br />

WOLF ELECTRUM BRAKE FLUID<br />

• Líquido de travões de baixa viscosidade<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 57


Técnica<br />

&Serviço<br />

PREPARAÇÃO DE FUNDOS NA REPARAÇÃO DE CARROÇARIAS<br />

OBTER RESULTADOS<br />

DE QUALIDADE!<br />

O PROCESSO DE REPARAÇÃO DA CARROÇARIA DE UM VEÍCULO BATIDO, DANIFICADO OU SINISTRADO IMPLICA<br />

A REALIZAÇÃO DE UM GRANDE NÚMERO DE TAREFAS E OPERAÇÕES QUE REQUEREM UM CONHECIMENTO<br />

TÉCNICO MUITO AMPLO E EXAUSTIVO. CADA UMA DESTAS OPERAÇÕES TEM UMA DETERMINADA COMPLEXIDADE<br />

E RELEVÂNCIA DENTRO DO PROCESSO DE REPARAÇÃO. NESTE ARTIGO VAMOS ANALISAR TUDO O QUE ESTÁ<br />

RELACIONADO COM AS DIFERENTES OPERAÇÕES DE PREPARAÇÃO DE FUNDOS<br />

58 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A<br />

preparação de fundos ou do suporte é um<br />

conjunto de operações que se devem realizar<br />

inicialmente sobre uma determinada peça<br />

ou substrato para que fique em excelentes condições<br />

que permitam a execução <strong>das</strong> posteriores tarefas<br />

de fixação ou revestimento e garantam o melhor<br />

acabamento do trabalho realizado. A preparação de<br />

fundos é necessária, de forma geral, na reparação<br />

da carroçaria de um veículo e, de forma particular,<br />

na aplicação de alguns dos diferentes processos parciais<br />

(moldagem da chapa, soldadura, pintura, etc.)<br />

que se vão executando durante as diferentes fases<br />

de reparação de uma carroçaria. As tarefas de preparação<br />

de fundos mais significativas e determinantes<br />

ocorrem em processos de reparação tão comuns<br />

como a soldadura, a aplicação de massa ou o revestimento<br />

de superfícies.<br />

A preparação de fundos<br />

e o processo de reparação<br />

Por vezes, comete-se o erro de dar toda a relevância<br />

às operações finais de acabamento que ficam à<br />

vista, como a pintura ou o revestimento da carroçaria,<br />

quando, na realidade, as tarefas prévias que<br />

se realizam têm uma importância similar, se não<br />

maior. Por exemplo, quando um aprendiz se dispõe<br />

a soldar sobre a carroçaria, costuma prestar especial<br />

atenção no momento de executar a soldadura, mas<br />

sem dedicar o tempo e aplicar os recursos necessários<br />

para preparar o suporte sobre o qual vai realizar<br />

a união. Isto representa um grande erro, visto que<br />

um substrato mal preparado dificulta, e inclusivamente<br />

impossibilita, a realização de soldaduras de<br />

qualidade que mantenham a sua resistência com o<br />

passar do tempo, com o consequente risco que isso<br />

representa quando o veículo se põe em circulação e<br />

deve suportar os diferentes esforços estáticos e dinâmicos<br />

que qualquer carroçaria enfrenta. Portanto,<br />

existem dois aspetos gerais que qualquer oficina<br />

de carroçaria e pintura deve ter em conta durante a<br />

execução da preparação de fundos:<br />

• A importância que tem a preparação de fundos<br />

dentro do processo de reparação de qualquer dano<br />

sobre a carroçaria do veículo, visto que facilita a<br />

execução <strong>das</strong> diferentes tarefas de acabamento e<br />

melhora a qualidade final da reparação quanto a<br />

variáveis como o aspeto, a resistência ou a proteção<br />

anticorrosiva.<br />

• A necessidade de sensibilizar o profissional da oficina<br />

para que realize to<strong>das</strong> estas operações de forma<br />

correta, tendo em conta as considerações concretas<br />

de cada situação de trabalho e utilizando os produtos<br />

mais adequados em cada caso.<br />

Operações de preparação de fundos<br />

prévias à aplicação de massas<br />

A aplicação de massas sobre substratos metálicos ou<br />

plásticos do veículo é um dos trabalhos que mais se<br />

realiza na oficina de chapa e pintura, visto que diariamente<br />

ocorrem colisões, impactos e danos que<br />

provocam deformações e defeitos nas diferentes<br />

peças da carroçaria. A preparação de fundos que se<br />

realiza nestes casos depende do facto de o componente<br />

afetado ser metálico ou de plástico. Embora<br />

em ambos os casos se efetue uma vez que os danos<br />

tenham sido reparados e seja necessário finalizar o<br />

processo de reparação com a igualação da superfície,<br />

utilizando produtos de enchimento como as<br />

massas. As operações de preparação do suporte que<br />

têm de ser realiza<strong>das</strong> antes de proceder à aplicação<br />

de massa são estas:<br />

• Proteção dos elementos e <strong>das</strong> zonas anexas<br />

• Eliminação da pintura na zona de atuação<br />

• Abertura de arestas e lixamento da chapa descoberta<br />

• Matização da zona circundante<br />

• Limpeza e desengorduramento do substrato<br />

• Proteção anticorrosiva do metal<br />

• Aplicação de um promotor de aderência quando<br />

se aplica massa em plásticos<br />

Proteção dos elementos<br />

e <strong>das</strong> zonas anexas<br />

Antes de se proceder à aplicação de massa, é necessário<br />

proteger as zonas ou elementos suscetíveis de<br />

sofrer danos ou ficar manchados durante o processo<br />

de reparação e aplicação de massa. Para o efeito, devemos<br />

proteger a superfície ou o componente com<br />

uma fita que adira bem à superfície e que seja capaz<br />

de resistir a abrasões, pequenas panca<strong>das</strong>, fricções e<br />

ao contacto com produtos químicos.<br />

Eliminação da pintura na zona de atuação<br />

Quando a reparação se realiza sobre um componente<br />

metálico, é imprescindível eliminar a pintura<br />

após as operações de remoção de mossas, retoque e<br />

batimento do metal, próprias da reparação manual<br />

da chapa, visto que sobre a superfície de atuação<br />

aparece marcas, fissuramentos e rachadelas que<br />

implicam um suporte com baixa aderência para<br />

os produtos de enchimento. Esta circunstância faz<br />

com que seja necessário eliminar to<strong>das</strong> as cama<strong>das</strong><br />

de tinta de acabamento e de enchimento para garantir<br />

a durabilidade da reparação. A eliminação<br />

da tinta deve ser feita com abrasivos que não sejam<br />

propensos a reduzir a espessura do metal e/ou a sobreaquecer<br />

a chapa. Geralmente, para danos graves<br />

ou médios, utilizam-se abrasivos tridimensionais<br />

ou discos de puas (metálicas, de nylon, etc.) montados<br />

em ferramentas rotativas como berbequins<br />

ou rebarbadoras, ao passo que para danos leves pode-se<br />

eliminar a pintura diretamente com um disco<br />

de lixa (a partir de P-80) colocado numa lixadora<br />

roto-orbital.<br />

Em contrapartida, quando se trabalha sobre plásticos,<br />

a tinta só se elimina nas zonas onde existe uma<br />

deformação que é necessário corrigir com transmissão<br />

de calor, visto que, ao reparar fissuras ou faltas<br />

de material, o próprio processo de preparação do<br />

suporte com abrasivos ou fresas rotativas elimina o<br />

revestimento. Nestes casos, a tinta é eliminada com<br />

lixadora roto-orbital e discos de lixa de grão a partir<br />

de P-120.<br />

Abertura de arestas<br />

e lixamento da chapa descoberta<br />

A eliminação da tinta com ferramentas rotativas<br />

produz uma aresta viva na zona de transição entre a<br />

chapa descoberta e as diferentes cama<strong>das</strong> de tinta.<br />

Esta aresta tem que ser rebaixada e reduzida o máximo<br />

possível a fim de gerar uma boa base para a<br />

massa e evitar, assim, posteriores imperfeições e/ou<br />

o aparecimento de ondulações. A redução do desnível<br />

é efetuada com uma lixadora roto-orbital e grão<br />

de lixa P-80, podendo utilizar-se um disco de lixa<br />

mais fino, como P-120, quando se abrem as arestas<br />

em danos leves, peças que não estão repinta<strong>das</strong> e<br />

atuações sobre plásticos.<br />

Matização da zona circundante<br />

Após a abertura <strong>das</strong> arestas, deve-se proceder à eliminação<br />

do brilho na periferia do dano reparado,<br />

com a finalidade de abrir o poro da pintura e permitir<br />

que a massa adira corretamente. Para tornar<br />

esta zona mate, também se utiliza uma lixadora roto-orbital,<br />

embora neste caso o grão utilizado tenha<br />

de ser mais fino, entre P-120 e P-180. Desta forma,<br />

quando se lixa a massa e se procede à sua afinação<br />

para reduzir os riscos (algo necessário antes de aparelhar),<br />

o processo é menos difícil para o operário e<br />

reduz-se o risco de aparecimento de marcas de lixa<br />

após a pintura.<br />

Limpeza<br />

Após se efetuarem to<strong>das</strong> estas operações de preparação<br />

de fundos, a superfície de atuação deve ficar perfeitamente<br />

limpa, sem pó e livre de quaisquer resíduos<br />

de gordura, silicones ou óleo, com o objetivo de<br />

não reduzir a aderência da massa. Para se conseguir<br />

este objetivo, em primeiro lugar sopra-se ou aspira-<br />

A APLICAção DE MASSAS SOBRE SUBSTRAtos METÁLICOS OU PLÁSTICOS<br />

DO VEÍCULO É UM DOS TRABALHOS QUE MAIS SE REALIZA NA OFICINA<br />

DE CHAPA E PINTURA, visto QUE DIARIAMENTE OCORREM COLISÕES,<br />

IMPActos E DANOS QUE PROVOCAM DEFORMAÇÕES NA CARROÇARIA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 59


TÉCNICA<br />

&SERVIÇO<br />

AS tarefas DE PREParação DE FUNDOS MAIS SIGNIFICATIVAS<br />

E DETERMINANTES OCORREM EM PROCESSOS DE REParação<br />

tão COMUNS COMO A SOLDADURA, A APLICAÇÃO DE MASSA<br />

OU O REVESTIMENTO DE SUPERFÍCIES<br />

-se a superfície para eliminar os resíduos de pó de<br />

lixamento e, em seguida, desengordura-se a superfície.<br />

Para desengordurar superfícies sensíveis aos dissolventes,<br />

como alguns tipos de plástico, utilizam-se<br />

produtos de limpeza específicos para materiais sintéticos,<br />

ao passo que, para desengordurar peças metálicas,<br />

utiliza-se um produto de limpeza para tal fim.<br />

Proteção anticorrosiva do metal<br />

Antes de se realizar a aplicação de massa na superfície<br />

metálica reparada, deve-se aplicar uma pintura<br />

de fundo ou algum tratamento que garanta a proteção<br />

anticorrosiva, da mesma forma que se faz no processo<br />

de fabrico do veículo. Não obstante, esta parte<br />

do processo é uma tarefa que não é efetuada em muitas<br />

<strong>das</strong> oficinas atuais, como consequência da falta de<br />

tempo tabelado (deve-se aplicar à pistola, com tudo o<br />

que isso implica quanto a preparação, mascaramento,<br />

etc.) ou porque tintas como o aparelho ou o verniz<br />

oferecem uma selagem que isola o aço do contacto<br />

com o ar. Hoje em dia, estes argumentos já não são<br />

válidos graças à evolução dos washprimers ou primários<br />

anticorrosivos e promotores da aderência. Estes<br />

já são comercializados em formato de toalhita, para<br />

facilitar a sua aplicação e para que esta não exija o<br />

aumento dos tempos de reparação nem a existência<br />

de um equipamento específico.<br />

Aplicação de um promotor de aderência<br />

quando se aplica massa em plásticos<br />

As massas e outros tipos de tintas e adesivos não<br />

apresentam uma boa aderência sobre os materiais<br />

sintéticos utilizados nos automóveis. É por isso que,<br />

na maioria dos casos, antes de se usar qualquer<br />

destes produtos sobre a maioria dos plásticos, é necessário<br />

aumentar o poder de colagem, aplicando<br />

promotores de aderência que garantam níveis adequados<br />

da mesma.<br />

Operações de preparação<br />

de fundos em plásticos<br />

A utilização de plásticos no fabrico de veículos aumentou<br />

consideravelmente nas últimas déca<strong>das</strong>.<br />

Isto implicou o desenvolvimento de processos de<br />

reparação diversos, com operações comuns e específicas<br />

que se adaptam às peculiaridades de cada<br />

grupo de plásticos (termoplásticos e termoestáveis,<br />

fundamentalmente). A preparação de fundos comum<br />

à reparação de plásticos, independentemente<br />

do método que seja utilizado, é a seguinte:<br />

• Assegurar o paralelismo e o alinhamento entre os<br />

rebordos de cada lado da fissura. Assim, quando<br />

se fecha a fissura com soldadura, adesivos, resinas,<br />

etc., mantém-se a uniformidade da superfície e é<br />

mais fácil efetuar a reparação.<br />

• Perfurar o final da fissura com uma broca de 3<br />

mm. Para faltas de material sem fissura não é necessário<br />

efetuar esta tarefa.<br />

• Biselar a fissura e o orifício efetuado em ambas<br />

as faces do plástico, sempre que o polímero tenha<br />

uma espessura superior a 2 mm e/ou se vá utilizar<br />

um remendo termoplástico como reforço interior. O<br />

ângulo que cada rebordo biselado deve ter é de 30º.<br />

Caso se crie um ângulo maior, a aresta resultante da<br />

criação do bisel em ambas as faces fica muito afiada<br />

e dificulta o processo de soldadura do plástico.<br />

• Eliminar a tinta e matizar a superfície segundo a<br />

forma descrita na secção anterior, antes de aplicar a<br />

massa de enchimento.<br />

• Realizar a sopragem e o desengorduramento da superfície<br />

segundo a forma anteriormente mencionada.<br />

Além disso, quando a fissura ou a falta de material<br />

é reparada com adesivos estruturais bicomponentes,<br />

é necessário realizar a seguinte preparação de<br />

fundos específica: Lixar cuidadosamente o bisel efetuado<br />

sobre a fissura ou falta de material, o orifício<br />

executado e a face interna do plástico sobre a qual<br />

se vai colocar o reforço; e Ativar as zonas onde se<br />

vai colocar o adesivo estrutural (biséis, face interna<br />

de colocação do reforço e superfícies limítrofes)<br />

para se conseguir aumentar a aderência do adesivo<br />

e, assim, a durabilidade, resistência e qualidade da<br />

reparação. A ativação do suporte consegue-se com a<br />

aplicação de um promotor de aderência.<br />

Operações de preparação de fundos<br />

nos processos de soldadura e colagem<br />

O conjunto da carroçaria é uma complexa estrutura<br />

de peças que encaixam entre si graças a uma<br />

ponderada conceção dos sistemas de união utilizados.<br />

Os diferentes componentes unidos fixam-se de<br />

forma permanente através de soldadura (em carroçarias<br />

de aço), rebites estampados (geralmente em<br />

carroçarias de alumínio e híbri<strong>das</strong>), uniões cola<strong>das</strong><br />

(sobretudo em carroçarias de aço) e/ou adesivos estruturais<br />

(utilizados como sistema de fixação complementar<br />

em todo o tipo de carroçarias). Nas carroçarias<br />

de aço, a maioria destas peças, sobretudo<br />

as que constituem a estrutura do veículo, fixam-se<br />

através de diferentes métodos de soldadura (laser,<br />

MIG-MAG, pontos de resistência, etc.). Ao substituir<br />

um elemento soldado, o profissional da oficina<br />

deve repor este sistema de fixação para garantir<br />

que a peça fica bem fixa. Contudo, antes de mais<br />

deve realizar uma preparação de fundos exaustiva<br />

que facilite o processo de união e fixação para que<br />

a resistência do conjunto montado não diminua.<br />

As operações de preparação de fundos comuns aos<br />

60 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


diferentes sistemas de fixação mencionados são as<br />

seguintes:<br />

• Nivelamento de assentos e abas com martelo e tais<br />

para permitir que os elementos unidos fiquem perfeitamente<br />

montados. Esta tarefa é de especial importância<br />

quando se utilizam rebites estampados,<br />

adesivos, soldaduras autogéneas efetua<strong>das</strong> com um<br />

equipamento elétrico por resistência e soldaduras<br />

de tampão com um equipamento de fio. Em to<strong>das</strong><br />

estas situações, é fundamental que não fiquem espaços<br />

entre os metais sobrepostos para evitar como<br />

resultado uniões que apresentem uma fixação deficiente<br />

de baixa resistência estrutural.<br />

• Obtenção simétrica de juntas de união. Quando se<br />

procede à substituição parcial de um elemento fixo<br />

com um dos sistemas mencionados, as juntas de<br />

união da peça base e da peça de substituição têm de<br />

apresentar um rebordo o mais idêntico possível para<br />

facilitar as tarefas de montagem, ajuste e fixação.<br />

• Eliminação da tinta e/ou vedantes (na peça do automóvel)<br />

e da cataforese (na peça de substituição)<br />

nas zonas de fixação, a fim de possibilitar a passagem<br />

da corrente elétrica, quando se utilizam equipamentos<br />

de soldadura, e de aumentar a aderência dos adesivos.<br />

A tinta é eliminada de acordo com a forma já<br />

mencionada, ou seja, através de uma plaina ou de um<br />

disco de puas montado numa ferramenta rotativa.<br />

• Proteção <strong>das</strong> faces internas da união sobre elementos<br />

da carroçaria fabricados com aço em montagens<br />

que apresentam sobreposição. A eliminação da<br />

tinta deixa o metal a descoberto, o que a médio ou<br />

longo prazo provoca a oxidação e corrosão do aço.<br />

Portanto, é necessário aplicar um que proporcione<br />

proteção anticorrosiva, permita a passagem da corrente<br />

e não se degrade com as altas temperaturas<br />

que são alcança<strong>das</strong> ao realizar a soldadura. Este<br />

produto também é válido para proteger as zonas<br />

solda<strong>das</strong> uma vez efetuada a soldadura. Além disso,<br />

para os casos nos quais é necessário proporcionar<br />

selagem e estanquidade à união, podem ser utilizados<br />

adesivos estruturais específicos (geralmente polímeros<br />

MS de base química de silano modificado).<br />

• Alinhamento e ajuste dos componentes montados<br />

para que correspondam entre si e com as peças contíguas<br />

quanto a paralelismo, continuidade entre linhas,<br />

folgas e luzes, e obtenção de aberturas e fechos<br />

suaves nas peças que sejam articula<strong>das</strong>.<br />

• Limpeza do substrato a fixar. Tal como nos casos<br />

anteriores, a zona deve ser soprada e desengordurada<br />

para eliminar qualquer resíduo de sujidade ou<br />

gordura. Especialmente quando se aplicam adesivos<br />

estruturais, visto que a aderência dos mesmos pode<br />

ser afetada por uma inadequada limpeza do suporte.<br />

Além disso, de forma complementar a estas tarefas,<br />

há que ter em conta as seguintes operações específicas<br />

de preparação do suporte para determinados<br />

sistemas de fixação:<br />

• Ao realizar soldaduras de tampão, é necessário<br />

perfurar ou puncionar a chapa superior para se poder<br />

preencher o orifício com soldadura de fio (MAG<br />

para aço e MIG para alumínio).<br />

• Ao realizar soldaduras por pontos de resistência,<br />

é necessário espaçar convenientemente os referidos<br />

pontos para evitar ou reduzir o excessivo sobreaquecimento<br />

do metal. Este sobreaquecimento provoca<br />

a derivação da corrente elétrica e, em consequência,<br />

que as soldaduras revelem falta de resistência estrutural.<br />

A título de referência, os pontos de soldadura<br />

devem ser colocados a uma distância dos rebordos<br />

entre 10 e 15 mm, e a uma distância entre eles entre<br />

31 e 50 mm.<br />

• Também se deve reforçar a face interna <strong>das</strong> uniões<br />

topo a topo quando as juntas de união são muito<br />

longas ou se trabalha com metais macios, como o<br />

alumínio. De igual modo, as juntas de união próprias<br />

<strong>das</strong> substituições parciais em peças de alumínio<br />

necessitam de ser bisela<strong>das</strong> quando se utiliza<br />

um adesivo estrutural como sistema de fixação<br />

complementar aos rebites embutidos.<br />

Operações de preparação de fundos<br />

prévias à aplicação de tintas<br />

Antes de se aplicar qualquer tinta, seja de fundo<br />

ou de acabamento, devem ser seguidos alguns passos<br />

muito concretos para se criar um bom suporte.<br />

De forma geral, a preparação de fundos que se deve<br />

realizar nestes casos consta dos seguintes passos:<br />

• Lixamento e afinação do suporte<br />

• Limpeza<br />

• Proteção do metal descoberto<br />

• Mascaramento<br />

• Eliminação do pó residual<br />

Lixar e afinar convenientemente o suporte antes de<br />

aplicar qualquer tipo de tinta é estritamente necessário<br />

para evitar que, após a aplicação <strong>das</strong> tintas de<br />

acabamento, surjam defeitos de pintura resultantes<br />

de uma má preparação de fundos. Para isso, a superfície<br />

deve ser lixada com um grão suficientemente<br />

fino para que a tinta tenha a capacidade de cobrir<br />

os riscos resultantes e evitar, assim, o aparecimento<br />

de marcas de lixa que retirem brilho à camada final,<br />

que é a que fica à vista. De forma genérica, quanto<br />

mais densa é uma tinta, mais capacidade de cobertura<br />

tem, o que implica que o lixamento prévio pode ser<br />

mais grosseiro. Por outro lado, também é necessário<br />

ter em conta se a tinta é de um componente (1K),<br />

disponibilizada geralmente em aerossol, ou de dois<br />

componentes (2K). As tintas em spray de um componente<br />

tendem a cobrir menos e a oferecer menos<br />

resistência superficial, pelo que o lixamento prévio de<br />

que necessitam deve ser sempre mais fino. l<br />

A UTILIZAÇÃO DE PLÁSTICOS auMENTOU CONSIDERAVELMENTE NAS<br />

ÚLTIMAS DÉCADAS. ISTO IMPLICOU O DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS<br />

DE REPARAÇÃO DIVERSOS, COM OPERAÇÕES COMUNS E ESPECÍFICAS QUE<br />

SE adaptaM às PECULIARIDADES DE CADA GRUPO DE PLÁSTICOS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 61


Gestão<br />

ORÇAMENTO NA OFICINA<br />

OS DADOS<br />

QUE NÃO PODEM FALTAR<br />

A OFICINA DEVE TER EM CONTA UMA SÉRIE DE PREMISSAS PARA ELABORAR<br />

UM BOM ORÇAMENTO DE REPARAÇÃO. A ELABORAÇÃO DE UM ORÇAMENTO<br />

PODE TORNAR-SE NUM PROCESSO COMPLEXO SE O ESTABELECIMENTO NÃO DISPUSER<br />

DAS FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA CALCULÁ-LO. NESTE ARTIGO, ENUMERAMOS<br />

UMA SÉRIE DE DADOS CHAVE QUE A OFICINA DEVE TER EM CONTA NO MOMENTO<br />

DE APRESENTAR UM ORÇAMENTO AO CLIENTE<br />

A data de criação e expiração<br />

do orçamento na oficina<br />

Para o cliente, e também para a oficina,<br />

a data de criação é útil porque<br />

facilita a organização do seu trabalho.<br />

Igualmente importante é a data de expiração,<br />

que serve como garantia. O<br />

preço <strong>das</strong> peças sobressalentes pode<br />

mudar muito rapidamente, pelo que<br />

é melhor fornecer uma estimativa realista<br />

que reflita a situação do mercado.<br />

O orçamento deve ser<br />

realizado tendo em<br />

consideração o custo/hora<br />

Por conseguinte, é necessário dividir<br />

to<strong>das</strong> as despesas da oficina (profissionais<br />

no quadro de pessoal, compra<br />

de peças e peças de substituição,<br />

marketing, equipamentos, etc.) pelo<br />

número de horas de trabalho.<br />

Horas de trabalho<br />

e tipo de oficina<br />

A mão de obra deve ser calculada<br />

por hora de trabalho e dependendo<br />

do tipo de oficina, de acordo com os<br />

veículos reparados ou com as marcas<br />

com as quais trabalham. Para fornecer<br />

um documento claro e preciso,<br />

é importante indicar as diferentes<br />

tarifas de trabalho para cada operação.<br />

Isto também indicará ao cliente<br />

o grau de complexidade da operação.<br />

Tempo de mão-de-obra<br />

Recomenda-se a utilização de tempos<br />

originais do fabricante para assegurar<br />

a legitimidade e exatidão dos dados.<br />

Embora obrigue necessariamente ao<br />

cumprimento de prazos, quando estes<br />

dados estão presentes servem como<br />

um ponto de referência importante<br />

porque não podem ser questionados.<br />

Descrição clara <strong>das</strong><br />

operações a realizar<br />

A fim de chegar a uma estimativa precisa,<br />

é necessário ter um documento que<br />

explique claramente as operações que<br />

farão parte do trabalho. Desta forma, o<br />

cliente pode compreender rapidamente<br />

o que será feito ao seu veículo.<br />

Especificar as referências<br />

<strong>das</strong> peças<br />

Sempre que possível, tente incluir re-<br />

ferências para as peças sobressalentes<br />

utiliza<strong>das</strong>: isto aumentará a confiança<br />

do seu cliente de que terá toda a<br />

informação de que necessita em caso<br />

de verificações e pesquisas.<br />

Descontos, promoções<br />

e ofertas<br />

Não devem significar uma desvalorização<br />

automática e sem sentido dos<br />

serviços. No momento de cobrar, é<br />

necessário rever as condições dos descontos<br />

e verificar que o cliente tem<br />

direito aos mesmos.<br />

Preços: simples e totais<br />

Para facilitar a leitura e a compreensão<br />

da estimativa, é essencial indicar<br />

os preços repartidos por linha (operação,<br />

peça, etc.). Esta repartição mostra<br />

em números o impacto do tempo<br />

e dos custos de mão-de-obra. O preço<br />

global, escusado será dizer, serve<br />

como ponto de referência no documento<br />

e dá ao cliente a informação<br />

final de que necessita.<br />

Conclusões<br />

Graças a toda a informação e detalhes<br />

no orçamento, é possível assegurar que<br />

o cliente é informado de tudo o que precisa<br />

de saber. A satisfação será, portanto,<br />

ainda maior porque aos seus olhos<br />

não haverá zonas cinzentas. Finalmente,<br />

terá um melhor controlo de custos e<br />

rastreabilidade administrativa. l<br />

62 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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Há 24 anos a liderar a comunicação<br />

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