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Jornal das Oficinas 213

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>213</strong><br />

C<br />

Novembro 2023<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XVIII | 3 EUROS<br />

PUB<br />

DIGITALIZAÇÃO NAS OFICINAS<br />

REVolução DIGITAL! Pág.<br />

10<br />

IX Gala toP 100<br />

Pág. 06 \\ A Quinta de São Luiz, em Coimbra,<br />

voltou a ser palco de mais uma edição da Gala TOP<br />

100, cerimónia que premiou no dia 13 de outubro,<br />

os melhores do aftermarket nacional<br />

Dan Menahem<br />

Pág. 32 \\ Entrevistámos Dan Menahem,<br />

administrador da Sofrapa, o maior distribuidor<br />

de peças a nível nacional que desde 2016 ocupa<br />

o primeiro lugar do ranking TOP 100<br />

Orçamento na oficina<br />

Pág. 62 \\ Neste artigo, enumeramos uma série<br />

de dados chave que a oficina deve ter em conta<br />

no momento de apresentar um orçamento de<br />

manutenção ou reparação ao cliente<br />

Preparação de fundos<br />

Pág. 58 \\ O processo de reparação da carroçaria<br />

de um veículo batido, danificado ou sinistrado<br />

implica a realização de um grande número<br />

de tarefas e operações que requerem um<br />

conhecimento técnico amplo e exaustivo<br />

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A qualidade está no nosso adn


SIDEM<br />

DIREÇÃO E<br />

SUSPENSÃO.<br />

ORIENTADOS PELA CONCENTRAÇÃO.<br />

LIDERADOS PELA EXCELÊNCIA.<br />

A Sidem é o principal designer e fabricante de peças para direção e suspensão para o setor automóvel<br />

na montagem e pós-venda. A empresa familiar, existente desde 1933, oferece mais de 9000<br />

referências e mais de 4 milhões de artigos disponíveis em stock para quase to<strong>das</strong> as<br />

marcas de automóveis europeias e asiáticas. Este facto, combinado com o seu<br />

próprio centro europeu de I&D, produção e logística, torna a Sidem no<br />

especialista em peças para direção e suspensão para automóveis<br />

com qualidade de equipamento original ou superior.<br />

SIDEM.EU


Editorial<br />

<strong>213</strong><br />

Novembro 2023<br />

Folha de serviço ...................................................... 04<br />

ACONTECIMENTO<br />

Gala TOP 100 ........................................................... 06<br />

DESTAQUE<br />

Digitalização nas oficinas ................................... 10<br />

CAMPANHA<br />

E-Mobility .................................................................... 18<br />

ENTREVISTAS<br />

Ana Castro (ContiTech) ........................................ 28<br />

Dan Menhaem (Sofrapa) ...................................... 32<br />

Graciano Costa (Meadela Peças) .................... 36<br />

Tiago Moreira (Euroextras) ................................ 40<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas .................................................................... 23<br />

Produto ........................................................................ 44<br />

EMPRESA<br />

Mota & Pimenta ....................................................... 50<br />

OFICINA DO MÊS<br />

Centro Auto estrela da Manhã ......................... 54<br />

PRODUTO<br />

Mintex FIT ................................................................... 56<br />

Wolf Electrum ........................................................... 57<br />

TÉCNICA & SERVIÇO<br />

Preparação de fundos .......................................... 58<br />

GESTÃO<br />

Orçamento na oficina ........................................... 62<br />

EXTRAORDINÁRIO<br />

2023<br />

O<br />

Aftermarket nacional continua a dar sinais de grande vitalidade e em 2023 a maior parte<br />

<strong>das</strong> empresas vai crescer relativamente a 2022. As várias crises não afetaram o setor e em<br />

alguns aspetos até o têm beneficiado. De uma forma geral, as empresas estão a crescer<br />

beneficiando da conjuntura económica favorável, verificando-se notoriamente um maior<br />

crescimento <strong>das</strong> empresas com maior dimensão. A valorização do Aftermarket e a solidificação<br />

da sua dimensão como área de negócio potenciou aquisições e fusões, e neste<br />

aspeto assistimos a um crescendo de associação por parte <strong>das</strong> empresas retalhistas de peças, quer pela<br />

inserção ou aglomeração em redes europeias, nomeadamente de Espanha, quer pela criação e desenvolvimento<br />

de redes nacionais. Como é evidente o mercado do pós-venda tem vindo a beneficiar deste<br />

fenómeno, permitindo manter níveis de crescimento, competitividade e dinâmica no sector.<br />

O momento atual antecipa indicadores de um futuro positivo que, com as devi<strong>das</strong> adaptações e com<br />

a flexibilidade adequada, significará que o aftermarket terá boas perspetivas de continuação de bons<br />

resultados, prolongando ao máximo este clima de euforia e prosperidade. Mas apesar do momento<br />

positivo que o setor atravessa, não podemos esquecer que vivemos numa altura de alguma instabilidade<br />

devido aos conflitos na Ucrânia e Israel e às várias medi<strong>das</strong> que a Europa tomou na tentativa<br />

de abrandar a inflação. Ainda não é possível prever se estas medi<strong>das</strong> resultarão num abrandamento<br />

acentuado do consumo, mas existe uma clara tendência para tornar o mercado mais pessimista o que<br />

consequentemente faz com que os investimentos e consumo sejam menores.<br />

O setor enfrenta dias desafiantes, visto Portugal ser detentor de um parque automóvel envelhecido e<br />

consequentemente se verificar uma crescente necessidade de peças de reposição. A par disso, o aparecimento<br />

de carros cada vez mais tecnológicos criam o desafio de acompanhar a sua evolução a nível de<br />

conhecimento e de peças de reposição cada vez mais específicas.<br />

A atividade dos principais agentes do setor pós-venda irá continuar fortemente condicionada por todo<br />

este ambiente de mudança na mobilidade automóvel, pelo que terão de ter a capacidade e a agilidade<br />

de operar em constante adaptação. Esta circunstância passa obrigatoriamente por saber interpretar<br />

os sinais e as tendências atuais e futuras que irão impactar o negócio. Há mais empresas a competir e<br />

assistimos a uma perda de margem significativa em muitas gamas de peças, pois existem empresas que<br />

para competir só ficam com os bónus que as marcas oferecem, e a médio prazo isso vai por em causa a<br />

sobrevivência de muitas.<br />

O momento é de uma total transformação no aftermarket, exigindo a todos os players muito rigor e<br />

ponderação na gestão dos seus negócios. O setor do pós-venda automóvel, caracteriza-se pela competitividade,<br />

exigência e progressão constante. Sempre foi reconhecido como muito resiliente, e o facto de<br />

ter suportado e ultrapassado várias “crises” recentes confirma a sua resiliência.<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor<br />

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com<br />

// PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N<br />

- 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

// IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM 10.000 exemplares<br />

www.apcomunicacao.com<br />

Parceiro em Espanha<br />

EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL GERAL@APCOMUNICACAO.COM<br />

CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 3


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

DAN MENAHEM<br />

ADMINISTRADOR DA SOFRAPA<br />

HOJE O CLIENTE QUER ESCOLHA,<br />

PORQUE O PARQUE ENVELHECE E<br />

A NECESSIDADE DO CLIENTE FINAL<br />

É DIFERENTE CONSOANTE A IDADE<br />

DO CARRO E DA SUA CARTEIRA.<br />

ENTÃO, TEMOS QUE OFERECER<br />

VÁRIAS MARCAS COM VÁRIOS<br />

POSICIONAMENTOS DE PREÇO.<br />

É FULCRAL TER UMA OFERTA<br />

ABRANGENTE<br />

CAMPANHA JO 2024:<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

NO AFTERMARKET<br />

Não pode haver dúvi<strong>das</strong> de que a sustentabilidade<br />

é uma <strong>das</strong> questões mais prementes<br />

que as empresas do aftermarket enfrentam<br />

atualmente. A sustentabilidade está a moldar a<br />

forma como o setor está a mudar, e continuará a<br />

fazê-lo no futuro. Para compreender plenamente<br />

o seu significado, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> vai lançar<br />

em 2024 a Campanha “Sustentabilidade (ESG) no<br />

Aftermarket” com o objetivo de informar gestores e<br />

profissionais sobre a importância de incorporarem<br />

iniciativas de ESG (Environment, Social and Governance)<br />

na estratégia da empresa. Patrocinar esta<br />

Campanha significa estar a acompanhar as tendências<br />

deste novo paradigma que vai alterar o funcionamento<br />

<strong>das</strong> empresas, tanto a nível interno como<br />

externo. As marcas e empresas associa<strong>das</strong> a esta<br />

Campanha transmitem uma imagem de confiança<br />

no futuro do aftermarket e deste modo aumentam a<br />

notoriedade junto do seu público alvo.<br />

ANA CASTRO<br />

AREA SALES MANAGER PORTUGAL<br />

CONTINENTAL CONTITECH PTG<br />

TEMOS QUE NOS MANTER MUITO<br />

FOCADOS E OBSERVADORES EM<br />

TUDO AQUILO QUE FAZ PARTE DO<br />

NOSSO MERCADO E NAS DIRETRIZES<br />

ENVOLVIDAS DE FORMA A ESTARMOS<br />

PRONTOS A AGIR CONFORME AS<br />

TENDÊNCIAS FUTURAS. ESTARMOS<br />

BEM PREPARADOS PARA AS<br />

MUDANÇAS QUE VÊM, É O MAIOR<br />

DESAFIO QUE TEMOS ATUALMENTE<br />

SEMÁFORO<br />

GRACIANO COSTA<br />

DIRETOR-GERAL DA MEADELA<br />

PEÇAS<br />

É EVIDENTE QUE, TANTO NA<br />

DISTRIBUIÇÃO COMO NA<br />

REPARAÇÃO, ESTÃO-SE A CRIAR<br />

MUITOS GRUPOS. TODOS QUEREM<br />

CONTROLAR O MERCADO, MAS NO<br />

FUTURO VAI SER DIFÍCIL PARA OS<br />

GRUPOS ALIMENTAREM A MÁQUINA<br />

QUE CRIARAM. SÃO ESTRUTURAS<br />

MUITO GRANDES. JÁ TEMOS VISTO<br />

GRUPOS GRANDES QUE COMEÇARAM<br />

A ENFRAQUECER, PORQUE É UM<br />

MERCADO MUITO COMPLEXO<br />

Atrasos nos apoios persistem<br />

Há empresas que estão a desistir ou a<br />

colocar em causa investimentos previstos<br />

devido aos atrasos nos pagamentos<br />

dos apoios relativos a fundos europeus,<br />

quer do PRR quer de anteriores quadros<br />

comunitários. Muitas empresas revelam<br />

um grande descontentamento pela<br />

demora na apreciação aos projetos,<br />

e há situações que são inadmissíveis,<br />

pois a demora ultrapassa um ano para<br />

darem uma resposta. É fundamental<br />

manter os apoios ao consumo de energia<br />

e de combustíveis <strong>das</strong> empresas, por<br />

uma questão de competitividade com<br />

empresas de outros países que conservam<br />

essas aju<strong>das</strong>.<br />

Salário mínimo volta a aumentar<br />

Foi proposto e aprovado em concertação<br />

social o aumento do salário mínimo<br />

nacional (SMN) para 820€ em 2024, com<br />

o objetivo de atingir a meta dos 900€<br />

em 2026. Isto representa um aumento<br />

de 7,9% face ao valor atual (acima da<br />

inflação). Trata-se do maior aumento<br />

anual do SMN alguma vez ocorrido.<br />

Entretanto, as perspetivas económicas<br />

apontam para um arrefecimento<br />

substancial da economia no próximo ano.<br />

Depois de um crescimento esperado do<br />

PIB de 2,2% este ano, Portugal irá crescer<br />

apenas 1,5% em 2024. No entanto,<br />

a economia portuguesa continuará a<br />

crescer acima da média da zona euro.<br />

Volta incentivo ao abate VFV<br />

A Proposta de Orçamento de Estado<br />

tem inscrita uma medida que prevê a<br />

Reintrodução do Incentivo ao Abate de<br />

Viaturas em Fim de Vida (matriculados<br />

até 2007). Esta é uma Medida com um<br />

elevado alcance estratégico, muito<br />

em particular numa altura em que<br />

o parque automóvel português se<br />

encontra extremamente envelhecido;<br />

atualmente muito próximo dos 14 anos<br />

de idade média. Não obstante ainda<br />

não haver detalhes dos mecanismos<br />

da medida, saúda-se o facto de estar<br />

assente num incentivo de um valor<br />

pecuniário a atribuir pelo Fundo<br />

Ambiental.<br />

4 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


EM BUSCA DO CONTROLE<br />

Todos os anos, passamos mais de 38.000 horas fazendo testes em estrada de<br />

formulações de fricção para freios. Expondo nossos produtos a pressão extrema<br />

sob as condições mais severas e em todos os ambientes de direção. Puramente em<br />

busca de um desempenho garantido. É isso que os especialistas em fricção fazem.<br />

www.textar.com


IX GALA TOP 100<br />

UMA NOITE DE BRILHO<br />

E RECONHECIMENTO!


Premium Partner<br />

UZ DE<br />

AIRBA<br />

A QUINTA DE SÃO LUIZ, EM COIMBRA,<br />

VOLTOU A SER PALCO DE MAIS<br />

UMA EDIÇÃO DA GALA TOP 100,<br />

CERIMÓNIA QUE PREMIOU NO DIA<br />

13 DE OUTUBRO, OS MELHORES DO<br />

AFTERMARKET NACIONAL. UMA NOITE<br />

DE BRILHO DE RECONHECIMENTO<br />

PARA OS 200 CONVIDADOS<br />

PRESENTES NO MAIOR EVENTO<br />

SOCIAL DO SETOR<br />

De ano para ano, a Gala TOP 100 Distribuidores e<br />

<strong>Oficinas</strong> Aftermarket tem-se afirmado como um<br />

momento marcante para os profissionais do aftermarket<br />

em Portugal. Mais do que premiar as empresas<br />

que se distinguem pelo bom desempenho ao longo<br />

do ano, é também uma oportunidade de unir pessoas<br />

que contribuem para o desenvolvimento do aftermarket<br />

de forma única.<br />

Numa noite que irradiou entusiasmo e camaradagem,<br />

os profissionais do aftermarket reuniram-se para celebrar<br />

o seu compromisso e paixão pelo que fazem. A<br />

celebração foi uma oportunidade para os participantes<br />

expressarem o seu orgulho de pertencerem a este setor<br />

e partilharem as suas histórias de sucesso num mercado<br />

que deve muito do seu crescimento ao esforço e dedicação<br />

incansáveis de cada uma <strong>das</strong> empresas presentes na<br />

Gala. O amplo salão da Quinta de São Luiz ficou totalmente<br />

cheio e o ambiente que se viveu foi de muita boa<br />

disposição e entusiasmo.<br />

A noite começou com um cocktail de boas vin<strong>das</strong> preparando<br />

os convidados para a cerimónia principal. A<br />

apresentação da Gala esteve a cargo de Joana Mendes,<br />

jornalista, e Mário Carmo, diretor comercial da AP Comunicação.<br />

João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />

deu as boas vin<strong>das</strong> aos convidados, destacando a importância<br />

da atribuição dos troféus TOP 100 às melhores<br />

empresas do setor. Após as apresentações da expoME-<br />

CÂNICA 2024, por José Costa, diretor da Kikai Eventos,<br />

e do Fórum DPAI/ACAP, por Joaquim Candeias,<br />

presidente da DPAI, deu-se início ao momento alto do<br />

evento: a cerimónia da entrega dos Troféus TOP 100<br />

aos melhores distribuidores e oficinas. Tal como dita a<br />

tradição, foram entregues troféus às empresas do pódio<br />

<strong>das</strong> dez categorias considera<strong>das</strong>: Distribuidores de Peças<br />

Ligeiros, Distribuidores de Peças Pesados, Distribuidores<br />

de Equipamentos, Distribuidores de Repintura;<br />

Distribuidores de Pneus; <strong>Oficinas</strong> em Rede, <strong>Oficinas</strong><br />

de Ligeiros, <strong>Oficinas</strong> de Pesados, <strong>Oficinas</strong> de Colisão e<br />

<strong>Oficinas</strong> de Pneus. No total foram entregues trinta troféus<br />

aos melhores de cada categoria, seguindo sempre os<br />

mesmos critérios.<br />

Relembramos que todos os troféus que foram entregues<br />

às empresas que integraram os quadros de honra<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 7


da TOP100, basearam-se em dados,<br />

exclusivamente, quantitativos, referentes<br />

aos resultados de 2022 em<br />

termos de Crescimento do Volume de<br />

Negócios; Rentabilidade dos Capitais<br />

Próprios; Produtividade Real; Valor<br />

Acrescentado Bruto; Autonomia Financeira<br />

e Geração de Emprego.<br />

Os vencedores agradeceram emocionados,<br />

expressando a sua gratidão<br />

aos colegas e clientes que os têm<br />

apoiado nas suas jorna<strong>das</strong>. Ficou<br />

assim fortalecida a união dos profissionais<br />

do setor, que apesar de<br />

pertenceram a diferentes áreas têm<br />

como elo de ligação o aftermarket e<br />

o orgulho de pertencerem a este setor<br />

tão importante para a economia<br />

nacional.<br />

A noite culminou numa festa pós-cerimónia,<br />

onde os convidados puderam<br />

comemorar as vitórias e socializar.<br />

Em resumo, a IX Gala TOP 100<br />

de entrega de troféus aos melhores<br />

distribuidores e oficinas foi uma noite<br />

inesquecível de glamour, reconhecimento<br />

e celebração <strong>das</strong> realizações<br />

de empresas e empresários em diversas<br />

áreas. Ela reforçou a importância<br />

de reconhecer e aplaudir o talento e o<br />

esforço <strong>das</strong> pessoas que contribuem<br />

para o crescimento e desenvolvimento<br />

do aftermarket em Portugal.<br />

Os participantes valorizaram todos<br />

os momentos do evento, com destaque<br />

para a cerimónia de entrega dos<br />

troféus aos melhores distribuidores e<br />

melhores oficinas, assim como a atribuição<br />

dos Prémios Carreira e Personalidade<br />

do Ano, e ainda o animado<br />

jantar servido na magnífica sala da<br />

Quinta de São Luiz. De registar a<br />

presença de diversos responsáveis<br />

de marcas e empresas espanholas,<br />

que com a sua vinda prestigiaram<br />

ainda mais este evento que já tem<br />

um âmbito ibérico e se afirma como<br />

o grande acontecimento social do aftermarket.<br />

l<br />

PATROCINADORES APOIAM E RECONHECEM IMPORTÂNCIA DA GALA<br />

A realização da Gala TOP 100 e a evolução que ela tem tido ao longo dos anos,<br />

só tem sido possível graças ao apoio de patrocinadores e parceiros, que têm<br />

reconhecido a importância deste evento que já se tornou numa tradição no<br />

panorama do aftermarket nacional. Como tal, após a entrega dos troféus, não<br />

quisemos deixar de fazer referência aos nossos patrocinadores e em formato<br />

de agradecimento oferecemos a todos uma placa comemorativa da IX Gala<br />

TOP 100, que este ano contou com um número recorde de 17 patrocinadores,<br />

o que revela bem o interesse e a valorização que as marcas conferem a este<br />

evento, que nos motiva a querer tornar a Gala cada vez melhor.<br />

UFI FILTERS; DIESEL TECHNIC; MANN FILTER; SAMPA; TAB BATTERIES; CORTECO;<br />

TRUST AUTO; PRO4MATIC; REPSOL; AUTEL; GO SHOP; RPL QUALITY; TIRSO<br />

PNEUS; MEWA; PHILIPS; LIZARTE e M COUTINHO PEÇAS, foram os patrocinadores<br />

da IX Gala TOP 100, a quem agradecemos todo o apoio e entusiasmo<br />

demonstrados.<br />

VALORIZAR O SETOR E OS SEUS PROFISSIONAIS<br />

A realização da Gala TOP 100 é também uma forma de valorizar o setor e os<br />

seus profissionais, porque acreditamos neles, nas suas qualidades humanas<br />

e no que trazem para o mercado. São profissionais empenhados em fazer<br />

bem as coisas e o nosso compromisso é com eles, com aqueles que trazem<br />

profissionalismo mas também valores ao mercado, porque é isso que nos<br />

torna melhores. Com profissionais comprometidos com o coletivo, cujo<br />

envolvimento nos melhora a todos. Um coletivo que precisa de se motivar, de<br />

continuar a aprender e de se adaptar.<br />

A IX GALA TOP 100 FOI UMA NOITE ESPECIAL DE MUITAS EMOÇÕES<br />

E SURPRESAS PARA OS 200 CONVIDADOS PRESENTES NESTE EVENTO<br />

ÚNICO NO PANORAMA DO AFTERMARKET NACIONAL,<br />

ONDE SÃO PREMIADOS OS MELHORES DO SETOR<br />

8 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Premium Partner<br />

UZ DE<br />

AIRBA<br />

APRESENTADOS NOVOS PROJETOS<br />

DA AP COMUNICAÇÃO PARA 2024<br />

Mário Carmo apresentou os novos projetos da AP Comunicação para 2024, que têm a<br />

sustentabilidade como mote e origem <strong>das</strong> novidades e alterações que vão acontecer<br />

no próximo ano. “Não pode haver dúvi<strong>das</strong> de que a sustentabilidade é uma <strong>das</strong><br />

questões mais prementes que as empresas do aftermarket enfrentam atualmente.<br />

A sustentabilidade está a moldar a forma como o setor está a mudar, e continuará a<br />

fazê-lo no futuro. A AP Comunicação não está indiferente a esta realidade e por isso<br />

decidiu tomar algumas medi<strong>das</strong> no sentido de contribuir para uma sociedade mais<br />

justa e sustentável”, refere Mário Carmo.<br />

Relativamente ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, vai passar de onze para seis edições anuais,<br />

fortalecendo assim a informação online e otimizando os conteúdos que sempre o<br />

distinguiram. Com esta medida, vamos conseguir reduzir a utilização de papel em 65%.<br />

A Revista dos Pneus também vai ter alterações, passando a integrar as edições<br />

impressas do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e vamos lançar o Anuário da Revista dos Pneus<br />

impresso, publicação que pretendemos seja uma ferramenta de trabalho essencial<br />

para os operadores do mercado.<br />

Vamos continuar a apostar cada vez mais na nossa comunicação online com a<br />

otimização dos nossos sites: <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> e Revista dos Pneus, e a Newsletter<br />

JO continuará a sair para o mercado, integrando também informação sobre os pneus.<br />

A 6ª edição do Melhor Mecatrónico vai arrancar em 2024 com o CEPRA como novo<br />

parceiro. Com esta alteração, queremos dar uma nova dinâmica à competição e<br />

criar novos motivos de interesse ao evento. A grande final vai realizar-se no salão<br />

expoMECÂNICA, em novembro de 2024.<br />

Foi ainda anunciada a Campanha JO 2024, que tem como tema a “Sustentabilidade<br />

no Aftermarket” e o objetivo de informar os profissionais sobre a importância de<br />

incorporar iniciativas de sustentabilidade na estratégia <strong>das</strong> empresas.<br />

AMÍLCAR NASCIMENTO – PRÉMIO CARREIRA<br />

Este ano o prémio Carreira foi entregue a Amílcar Nascimento,<br />

key account e diretor de marketing da Exide<br />

em Portugal. Começou a trabalhar na empresa onde<br />

hoje ainda se encontra há mais de 35 anos e para ele<br />

o aftermarket não tem segredos, tendo trabalhado na<br />

área industrial e no departamento de exportação. Andou<br />

por toda a Europa em empresas do grupo, foi ainda<br />

responsável pelas ven<strong>das</strong> da empresa em Inglaterra, e<br />

em 1995, quando a exportação deixou de fazer sentido,<br />

pois o grupo tinha empresas em praticamente todos<br />

os países, dedicou-se apenas ao mercado português.<br />

Depois do responsável de marketing sair da empresa, foi<br />

convidado para ficar como diretor de marketing, cargo<br />

que ainda hoje mantém. A empresa onde trabalha<br />

teve um papel preponderante na evolução do setor<br />

automóvel em Portugal, até porque já tem 100 anos de<br />

existência e já passou por inúmeros estágios.<br />

Tendo em conta a sua experiência de 35 anos na área<br />

de ven<strong>das</strong> e marketing para o mercado de pós-venda<br />

nacional, vê com positivismo as transformações nos<br />

modelos de negócio <strong>das</strong> empresas de distribuição<br />

de peças. Gosta de conviver, do contacto diário com<br />

as pessoas e conhecer a diferente visão que cada<br />

um tem da vida e do negócio, mas detesta a falta de<br />

transparência. “É muito gratificante ver o nosso trabalho<br />

reconhecido pelos principais players do setor<br />

e uma motivação para fazer mais e melhor”, referiu<br />

Amílcar Nascimento, na altura da entrega do Prémio<br />

que homenageia o seu percurso ímpar e enorme<br />

dedicação ao aftermarket em Portugal.<br />

JOSÉ COSTA – PRÉMIO PERSONALIDADE DO ANO<br />

Nesta edição da Gala apresentamos como novidade<br />

o Prémio Personalidade do Ano, que pretende<br />

homenagear e reconhecer o trabalho de uma<br />

personalidade no desenvolvimento e promoção do<br />

setor aftermarket em Portugal. José Costa, diretor da<br />

Kikai Eventos, e responsável pelo salão expoMECÂ-<br />

NICA, foi o premiado. Nasceu há 53 anos no Porto e<br />

vive atualmente entre esta cidade e São Paulo, no<br />

Brasil. Casado há 18 anos, tem três filhos que são a<br />

expressão maior de um amor incondicional. A família<br />

ocupa destacadamente uma posição cimeira nas<br />

suas prioridades. Generoso, gosta de passar tempo<br />

de qualidade com a família, brincar com os filhos, ler<br />

e estar com amigos.<br />

Tirou relações internacionais na Universidade do<br />

Minho e tem 25 anos de experiência como gestor<br />

em 3 continentes. “Tropeçou” numa oportunidade<br />

e apaixonou-se pelo mundo da organização de<br />

eventos, ao qual já dedicou mais de metade da sua<br />

vida. Tem por hábito começar a trabalhar muito<br />

cedo, toma o pequeno almoço em família e vai a pé<br />

para o escritório. Prepara sempre as reuniões com<br />

antecedência, prima pela pontualidade e procura<br />

sempre apresentar-se bem e com um sorriso! Gosta<br />

de conhecer pessoas inspiradoras e ao mesmo tempo<br />

partilhar experiências e aprender, mas não lhe agrada<br />

o ritmo e a desmesurada pressão por resultados.<br />

A despeito de to<strong>das</strong> as mais recentes alterações<br />

tecnológicas, acredita que sendo o automóvel um<br />

objeto de culto e de uso diário, os salões dedicados ao<br />

aftermarket continuarão a ter o seu espaço. Para José<br />

Costa “O segredo do sucesso está no trabalho árduo!<br />

Estar atento às novidades e sempre em busca de como<br />

fazer a diferença. Não prometer aquilo que sabe não<br />

pode cumprir, mas sim focado sempre em surpreender<br />

pela positiva! Está no acreditar e não desistir!”.<br />

OS CONVIDADOS VALORIZARAM TODOS OS MOMENTOS DA GALA,<br />

COM DESTAQUE PARA A ATRIBUIÇÃO DOS PRÉMIO CARREIRA<br />

E PERSONALIDADE DO ANO, E AINDA O ANIMADO JANTAR SERVIDO<br />

NA SALA PRINCIPAL DA QUINTA DE SÃO LUIZ<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 9


Destaque<br />

REVO<br />

LUÇÃO<br />

DI<br />

GI<br />

TAL<br />

DIGITALIZAÇÃO NAS OFICINAS<br />

REVOLUÇÃO<br />

DIGITAL NO<br />

AFTERMARKET


A ERA DA DIGITALIZAÇÃO<br />

REVOLUCIONOU A FORMA COMO<br />

FUNCIONAM PRATICAMENTE<br />

TODOS OS NEGÓCIOS. ISTO INCLUI,<br />

OBVIAMENTE, AS OFICINAS DE<br />

REPARAÇÃO, ONDE JÁ NÃO BASTA<br />

SER ARRUMADO E MANTER TODA<br />

A DOCUMENTAÇÃO ORGANIZADA<br />

OU SER EFICAZ NAS REPARAÇÕES.<br />

AGORA É NECESSÁRIO ESTAR<br />

INFORMADO SOBRE PRATICAMENTE<br />

TUDO O QUE SE PASSA NA OFICINA<br />

DE FORMA IMEDIATA<br />

Conseguir prestar um serviço rápido e eficiente aos<br />

clientes é o que distingue as oficinas da nova geração<br />

<strong>das</strong> oficinas tradicionais. Neste sentido,<br />

ser capaz de emitir um orçamento de uma intervenção<br />

com rapidez e precisão ou dar a conhecer aos clientes o<br />

estado do seu veículo, com detalhe e no momento em<br />

que a informação é solicitada, são alguns dos aspetos<br />

que marcam a diferença. A gestão eficiente <strong>das</strong> peças de<br />

substituição é outro dos pontos importantes a considerar.<br />

O espaço físico é um bem escasso na oficina, pelo<br />

que o seu máximo aproveitamento tem influência na<br />

rentabilidade do negócio. Uma boa gestão <strong>das</strong> peças de<br />

substituição permite estabelecer um calendário relativamente<br />

ajustado do volume de trabalho viável para cada<br />

negócio em função do seu tamanho. Também permite<br />

acelerar a rotação dos veículos na oficina.<br />

Estadia média na oficina<br />

Este conceito de ocupação ou rotação pode ser analisado<br />

através do rácio de dias de estadia média por veículo e<br />

de horas de estadia média por horas fatura<strong>das</strong>. Quanto<br />

menor for a estadia do veículo na oficina por hora faturada,<br />

maior será a rentabilidade da reparação. Pelo contrário,<br />

um veículo cuja reparação se prolonga na oficina,<br />

devido à indisponibilidade de peças de substituição necessárias,<br />

incide negativamente na rentabilidade. Outro<br />

aspeto importante é a relação com os clientes. Conhecer<br />

o historial de serviço de cada veículo ou manter contacto<br />

com cada cliente para relembrar que se aproxima a data<br />

da revisão do seu veículo são atividades fundamentais<br />

que fomentam a confiança no cliente e a sensação de<br />

TER PRESENÇA NA INTERNET É IMPRESCINDÍVEL<br />

PARA QUALQUER NEGÓCIO HOJE EM DIA.<br />

as FERRAMENTAS DIGITAIS toRNAM-SE PLATAFORMAS<br />

DE DIFUSÃO MUITO VALIOSAS PARA A OFICINA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 11


DIGITALIZAÇÃO<br />

NAS OFICINAS<br />

IGNORAR O PROCESSO DE DIGITALIZAÇÃO JÁ NÃO É UMA OPÇÃO<br />

para MUITOS EMPRESÁRIOS, QUE CONSIDERAM QUE SE NÃO<br />

PROCEDEREM A ESTA TRANSIÇÃO LHES SERÁ IMPOSSÍVEL CUMPRIR<br />

OS SEUS OBJETIVOS DE NEGÓCIO<br />

profissionalismo da oficina, o que se<br />

traduz em fidelidade e, portanto, em<br />

aumento <strong>das</strong> receitas.<br />

Esforço extra<br />

Tudo o que foi referido anteriormente<br />

exige por parte do pessoal da<br />

oficina um enorme esforço, já que<br />

todos devem fazer além do seu trabalho<br />

normal, que é a reparação de<br />

automóveis, uma série de atividades<br />

adicionais, especialmente para os<br />

seus responsáveis, para que as informações<br />

necessárias estejam sempre<br />

atualiza<strong>das</strong>. Felizmente, existem no<br />

mercado ferramentas informáticas<br />

especialmente concebi<strong>das</strong> para<br />

administrar oficinas de reparação<br />

que permitem que nos mantenhamos<br />

informados sobre praticamente<br />

tudo o que passa na oficina instantaneamente:<br />

estado de cada veículo,<br />

faturas por receber, pagamentos a<br />

realizar, impressão automática de faturas,<br />

situação do stock de peças de<br />

substituição, agenda de seguimento<br />

de clientes, etc. A mudança de paradigma<br />

nas oficinas de reparação já<br />

aconteceu. Atualmente, permanecerão<br />

no negócio aqueles que conseguirem<br />

oferecer um serviço ao cliente<br />

eficiente, com elevados padrões de<br />

qualidade e, sobretudo, com rapidez,<br />

os restantes vão sentir cada vez mais<br />

dificuldades.<br />

A digitalização oferece novas possibilidades<br />

de fazer as coisas, melhorias<br />

importantes nos processos, novas<br />

oportunidades para focar o negócio<br />

e, ao criar novas formas de interação,<br />

gera maior impacto e isso, por si só,<br />

também gera outras possibilidades<br />

de negócio Para se manterem competitivas,<br />

as oficinas independentes<br />

têm de acompanhar o restante setor<br />

automóvel em termos de conectividade<br />

e capacidade digital, juntando-se<br />

a prestadores de serviços de<br />

outros setores para satisfazerem as<br />

expetativas dos consumidores. Sabemos<br />

que muitos proprietários de<br />

oficinas são cautelosos quanto à realização<br />

de investimentos empresariais<br />

no contexto de incerteza em que<br />

nos encontramos, mas implantada<br />

de forma correta, a tecnologia digital<br />

pode melhorar a eficiência, a rentabilidade<br />

e a competitividade desde o<br />

primeiro dia.<br />

Soluções digitais<br />

para a gestão comercial<br />

O tempo de inatividade na oficina<br />

é dispendioso. É responsabilidade<br />

<strong>das</strong> oficinas gerirem de forma proativa<br />

o respetivo volume de trabalho,<br />

e é aqui que entram as soluções digitais<br />

de gestão de oficinas. A utilização<br />

dos dados para prever com rigor<br />

quanto tempo irá demorar cada<br />

trabalho é essencial, de modo a que<br />

o trabalho possa ser planeado de<br />

forma eficaz, e os recursos técnicos<br />

sejam reforçados ou reduzidos, consoante<br />

a necessidade. Maximizando<br />

a produtividade no espaço da oficina,<br />

o software de gestão de oficinas pode<br />

também simplificar os processos de<br />

back office.<br />

A encomenda de peças no mercado<br />

pós-venda independente tem vindo<br />

habitualmente a ser feita através do<br />

telefone, mas as encomen<strong>das</strong> online<br />

conseguem ser mais rápi<strong>das</strong>, tendo<br />

também a vantagem adicional de<br />

um rasto digital. Aquelas que compram<br />

através de plataformas B2B,<br />

conseguem uma visibilidade total da<br />

respetiva encomenda até ao momento<br />

em que a mesma é entregue, ajudando-as,<br />

uma vez mais, a planear o<br />

trabalho. As devoluções e garantias<br />

também são mais fáceis de gerir, e as<br />

linhas telefónicas <strong>das</strong> oficinas ficam<br />

livres para serem utiliza<strong>das</strong> pelos<br />

clientes <strong>das</strong> mesmas.<br />

Visibilidade digital<br />

para os clientes<br />

Apesar do facto de que muitos clientes<br />

ainda continuarão a fazer marcações<br />

por telefone, de modo a poderem<br />

indicar o que é que o veículo<br />

necessita, é provável que escolham<br />

uma oficina através de pesquisa online.<br />

Mesmo que alguém lhes tenha<br />

feito uma recomendação pessoal,<br />

eles podem muito bem investigar a<br />

oficina online antes de se dirigirem<br />

à mesma. As oficinas com uma presença<br />

online credível encontram-se<br />

em melhor posição para ganharem<br />

negócios. É por isso importante que<br />

as oficinas invistam na sua presença<br />

digital, o que inclui os respetivos websites,<br />

redes sociais e outras comunicações<br />

digitais com os clientes, como<br />

os e-mails.<br />

Capacidade digital<br />

e conectividade na oficina<br />

Os veículos estão a ficar permanentemente<br />

mais evoluídos, com a introdução<br />

de sistemas e softwares sofisticados<br />

concebidos para melhorar o<br />

desempenho, a eficiência, a segurança,<br />

e toda a experiência ao volante.<br />

Num estudo recente, descobrimos<br />

que mais de 30% <strong>das</strong> oficinas inde-<br />

12 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


pendentes, por vezes, têm de recusar<br />

trabalho porque não têm as competências<br />

e/ou o equipamento necessário<br />

para efetuar os trabalhos nos veículos<br />

mais modernos. O risco é que<br />

isto se torne mais habitual, a não ser<br />

que invistam nas suas competências<br />

digitais, em ferramentas e em conectividade.<br />

A prioridade imediata para<br />

as oficinas é estarem prepara<strong>das</strong> para<br />

efetuarem trabalhos em veículos<br />

Euro 6 e híbridos, muitos dos quais<br />

estão agora há quatro e cinco anos na<br />

posse dos proprietários e já não voltarão<br />

aos concessionários para manutenção<br />

e reparações. Tanto quanto<br />

estarem conectados e serem capazes<br />

de efetuar importantes atualizações<br />

de software, os técnicos têm de ter<br />

formação sobre a mais recente tecnologia,<br />

e ter à disposição as ferramentas<br />

e o equipamento necessários<br />

para diagnosticarem e repararem de<br />

forma segura e rigorosa quaisquer<br />

avarias.<br />

Tomemos os ADAS como exemplo.<br />

Esta tecnologia já está presente em<br />

mais de 10% do parque automóvel de<br />

Portugal. Frequentemente, a origem<br />

de uma reclamação relacionada com<br />

os ADAS é um sensor que necessita<br />

de uma recalibração, mas tal não se<br />

consegue descobrir através de uma<br />

inspeção manual. Todos os fornecedores<br />

mais importantes de aparelhos<br />

de diagnóstico adicionaram agora<br />

equipamento de calibração de ADAS<br />

aos respetivos portefólios de produtos,<br />

para ajudar as oficinas a resolver<br />

corretamente quaisquer problemas<br />

quando os mesmos tiverem sido<br />

identificados. É importante notar<br />

que enquanto as oficinas mecânicas<br />

tendem a ter um período de graça<br />

de quatro anos, correspondente ao<br />

tempo que os veículos mais recentes<br />

estão em garantia e se dirigem<br />

ao concessionário, o mesmo não se<br />

pode dizer <strong>das</strong> oficinas de colisão.<br />

Para além de serem capazes de reparar<br />

veículos Euro 6 e híbridos, as<br />

oficinas de colisão já podem esperar<br />

ver veículos elétricos entrarem pelas<br />

suas portas, mas a boa notícia é que<br />

são necessárias ferramentas e competências<br />

similares.<br />

Prepara<strong>das</strong> para o futuro<br />

Para além de se focarem em objetivos<br />

de continuação da atividade a curto<br />

prazo, as oficinas devem preocupar-<br />

-se em investimentos de longo prazo<br />

necessários para estarem prepara<strong>das</strong><br />

para o futuro. As soluções digitais<br />

conseguem ter um impacto positivo<br />

ao longo de toda a cadeia de valor,<br />

permitindo desde a atração de clientes,<br />

passando pelo processamento e<br />

planeamento de novos trabalhos, até<br />

à encomenda de peças, ao processamento<br />

de pagamentos e à finalização<br />

de reparações. Estudos revelam<br />

que os condutores regulares gastam<br />

mais de mil euros em reparações de<br />

veículos todos os anos. Pelo que é<br />

compreensível que as expetativas dos<br />

mesmos sejam eleva<strong>das</strong>. Tal como<br />

acontece com qualquer produto ou<br />

serviço que adquiram, eles pretendem<br />

transparência, eficiência e, em<br />

última instância, uma execução de<br />

alto nível. Não é diferente daquilo<br />

que as oficinas pretendem dos respetivos<br />

fornecedores. l<br />

A DIGITALIZAÇÃO, ELETRIFICAÇÃO E NOVAS FORMAS DE MOBILIDADE<br />

ESTÃO A MUDAR A FORMA DE OPERAR DOS DISTRIBUIDORES<br />

DE PEÇAS E DAS OFICINAS. A ADOÇÃO DO COMÉRCIO ELETRÓNICO<br />

E DE PLATAFORMAS ONLINE TORNA-SE ESSENCIAL<br />

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TITANIUM.<br />

A EXPERIÊNCIA DA FIAMM<br />

AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.<br />

A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original<br />

dos fabricantes de automóveis mais importantes do mundo:<br />

a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,<br />

que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de<br />

Aftermarket. As baterias da linha TITANIUM garantem alta potência<br />

para as necessidades de energia dos carros mais modernos, não<br />

precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do<br />

nível de carga graças ao sistema Check Control (Olho Mágico).<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 13<br />

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DIGITALIZAÇÃO<br />

NAS OFICINAS<br />

AS CINCO vantaGENS DA DIGITALIZAÇÃO DA OFICINA<br />

A<br />

transformação digital dos negócios<br />

de reparação de veículos<br />

é o melhor caminho para desenvolver<br />

as empresas para o futuro, ao qual chegarão<br />

melhor prepara<strong>das</strong>, sendo algo<br />

totalmente necessário num setor como<br />

o automóvel, no qual os avanços tecnológicos<br />

são contínuos e que, em pouco<br />

tempo, sofrerá uma mudança radical.<br />

São muitos os especialistas do setor, e<br />

de fora dele, que não deixam de referir<br />

que a digitalização já é uma obrigação<br />

empresarial para sobreviver no mercado.<br />

No entanto, ainda há quem tenha<br />

dúvi<strong>das</strong> sobre as vantagens da mesma.<br />

Por este motivo, é conveniente salientar,<br />

tanto para aqueles que ainda não<br />

têm a certeza de que a transformação<br />

digital seja positiva para a sua oficina,<br />

como para aqueles que embora estejam<br />

conscientes disso, ainda não procederam<br />

à mesma, cinco <strong>das</strong> vantagens<br />

de abordar a transição digital do<br />

respetivo negócio.<br />

Melhora os resultados<br />

1 económicos<br />

O custo do investimento é visto pelos<br />

empresários como um dos principais<br />

obstáculos para proceder à transformação<br />

digital dos negócios. No entanto,<br />

estes mesmos empresários não<br />

têm dúvi<strong>das</strong> de que o processo fará<br />

aumentar os benefícios da empresa.<br />

Neste sentido, convém referir que a<br />

digitalização é um investimento a médio<br />

e longo prazo. Numa primeira fase<br />

implica não só um esforço financeiro,<br />

mas também de formação da equipa<br />

e de adaptação a novas dinâmicas de<br />

trabalho. No entanto, as oportunidades<br />

que se abrem para o negócio valem<br />

a pena: melhoria dos processos<br />

produtivos, agilidade na resposta às<br />

necessidades do mercado e na renovação<br />

tecnológica, maior capacidade de<br />

decisão ou, inclusivamente, abertura<br />

de novas opções de negócio.<br />

Proporciona uma<br />

2 experiência mais<br />

satisfatória aos clientes<br />

Uma <strong>das</strong> vantagens da digitalização<br />

dos negócios é a melhoria na comunicação<br />

com os clientes. Graças à simples<br />

criação de um website, terá um<br />

ponto de contacto disponível 24 horas,<br />

7 dias por semana. Deste modo,<br />

a possibilidade de solicitar marcação<br />

prévia online, algo muito valorizado<br />

pelos clientes, aumenta as probabilidades<br />

de atrair novos clientes que<br />

acedam ao website. Conseguir dar<br />

uma resposta satisfatória, ser mais<br />

ágil na prestação do serviço, facilitar<br />

os processos de compra e disponibilizar<br />

soluções tecnológicas serão aspetos<br />

cruciais no futuro <strong>das</strong> empresas,<br />

como demonstram os estudos que<br />

indicam que a digitalização amplia<br />

os níveis de retenção de clientes até<br />

33%. Do mesmo modo, a capacidade<br />

de fidelização aumenta, visto que a digitalização<br />

permite conhecer melhor<br />

as necessidades do utilizador e, assim,<br />

possibilita a realização de campanhas<br />

promocionais “ad hoc” destina<strong>das</strong> a<br />

diferentes grupos de utilizadores.<br />

3 Aumenta a produtividade<br />

A entrada da digitalização nos processos<br />

laborais agiliza a tomada de decisões<br />

e facilita a gestão. Os inquéritos<br />

demonstram que os funcionários que<br />

incluíram ferramentas digitais no seu<br />

trabalho melhoraram o seu nível de<br />

satisfação e a sua eficiência. Não se<br />

TEMOS DE TER EM CONTA QUE atualMENTE O PARQUE autoMÓVEL<br />

EM PORTUGAL COM ven<strong>das</strong> A CRESCER NOS VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

E HÍBRIDOS vai OBRIGAR O PÓS-venda A ADEQUAR O SEU NEGÓCIO<br />

A ESTA NOVA TENDÊNCIA<br />

14 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


COM O ADVENTO DA ELETRIFICAÇÃO, A COMPOSIÇÃO DO CABAZ<br />

DE PEÇAS SOBRESSELENTES TAMBÉM VAI MUDAR: HAVERÁ MENOS<br />

REFERÊNCIAS COM UM PREÇO MÉDIO MAIS ELEVADO E UMA MAIOR<br />

COMPLEXIDADE TÉCNICA<br />

trata apenas de facilitar o trabalho. A<br />

digitalização permite avaliar os processos,<br />

reunir dados, analisar melhor<br />

cada passo que damos e identificar<br />

erros para melhorar o funcionamento<br />

empresarial. Um detalhe nada insignificante,<br />

tendo em conta que o tempo<br />

despendido em cada operação na<br />

oficina é fundamental.<br />

4 Atrai o talento<br />

O posicionamento digital de uma<br />

empresa joga a favor da sua reputação.<br />

Apresentar-se como uma empresa<br />

adaptada às necessidades do<br />

setor reforçará o reconhecimento da<br />

marca e fará com que se torne num<br />

lugar de trabalho desejado pelos profissionais,<br />

o que aumentará as opções<br />

de atrair talento, seja de forma direta<br />

ou indireta. Os processos de seleção<br />

serão mais concorridos, mas também<br />

permitirão um maior acesso a profissionais<br />

qualificados. Além disso, o<br />

mundo digital é o espaço ideal para<br />

encontrar a geração millennial. Em<br />

poucos anos representarão mais de<br />

metade da força laboral no mundo.<br />

Atrair este perfil é já uma necessidade:<br />

dominam a 100% o mundo<br />

<strong>das</strong> redes sociais e a sua agilidade<br />

permitirá que as empresas cresçam<br />

devidamente adapta<strong>das</strong> ao futuro.<br />

Por outro lado, como referíamos no<br />

ponto anterior, a digitalização também<br />

tem efeitos sobre o bem-estar<br />

laboral dos trabalhadores. Não haja<br />

dúvi<strong>das</strong>: a aplicação da tecnologia<br />

nos processos de trabalho também é<br />

um elemento crucial para a retenção<br />

de talento.<br />

Melhora a CAPACIDADE<br />

5 de adaptação à MUDANÇA<br />

Os inquiridos no estudo consideram<br />

que o processo de digitalização melhorou<br />

a sua capacidade de resposta<br />

perante as exigências do mercado. A<br />

aplicação da tecnologia proporciona<br />

agilidade nos processos produtivos.<br />

A resposta aos clientes será sempre<br />

mais eficiente e, uma vez iniciado o<br />

processo, a atualização tecnológica<br />

será mais simples.<br />

S<br />

OS 7 ERROS MAIS COMUNS<br />

AO DIGITALIZAR UMA OFICINA<br />

ão inúmeras as vantagens<br />

que a adoção de ferramentas<br />

informáticas na gestão do dia a<br />

dia proporciona às oficinas. Ainda<br />

mais tendo em conta os desafios<br />

colocados pelas grandes mudanças<br />

que se estão a viver tanto do ponto<br />

de vista empresarial como da vida<br />

privada <strong>das</strong> pessoas. Neste cenário<br />

digital, as novas tecnologias desempenham<br />

um papel fundamental<br />

na transformação <strong>das</strong> empresas,<br />

dando lugar a novos contextos,<br />

mais competitivos, nos quais existem<br />

alguns riscos que devem ser<br />

tidos em conta. Neste contexto, é<br />

necessário que qualquer responsável<br />

de oficina que queira dar o salto<br />

para a digitalização do respetivo<br />

negócio tenha em conta os erros<br />

mais comuns entre as PME quando<br />

tentam digitalizar o negócio.<br />

Não definir uma<br />

1 ESTRATÉgia global<br />

A transformação digital de um<br />

negócio nunca deve ser uma estratégia<br />

isolada, devendo antes estar<br />

alinhada com a estratégia global<br />

de negócio da empresa. Só desta<br />

forma se consegue a otimização<br />

dos recursos disponíveis.<br />

Não se adaptar à<br />

2 MUDANÇA nem evoluir<br />

CONTINUAMENTE<br />

Hoje em dia, qualquer setor de<br />

atividade económica evolui rapidamente,<br />

em especial o <strong>das</strong> novas<br />

tecnologias. Por isso, é importante<br />

mantermo-nos informados <strong>das</strong><br />

tendências, irmo-nos adaptando a<br />

elas e indo-as integrando progressivamente<br />

no negócio, visto que<br />

isto se traduzirá num aumento da<br />

produtividade e competitividade.<br />

Duplicar tarefas<br />

3 Digitalizar a oficina não implica<br />

apenas uma mudança nos<br />

processos, mas também uma mudança<br />

de mentalidade. Implica<br />

uma perda de tempo e diminui a<br />

produtividade se, além de realizarmos<br />

os processos de forma digital,<br />

continuarmos a executá-los como<br />

se fazia anteriormente. Trata-se de<br />

ser o mais eficiente possível e aproveitar<br />

os recursos ao máximo.<br />

Tentar abranger tudo<br />

4 Uma tendência generalizada é<br />

querer implantar to<strong>das</strong> as soluções<br />

existentes desde o primeiro momento.<br />

Isto, além de ser pouco produtivo,<br />

é um erro e pode ser muito<br />

dispendioso para a empresa. É importante<br />

conhecer o nível de maturidade<br />

digital do nosso negócio e,<br />

em função disso, decidir quais as<br />

soluções tecnológicas que são mais<br />

convenientes. O processo de transformação<br />

digital é progressivo.<br />

Adaptar-se ao MERCADO<br />

5 e não AO cliente<br />

Os clientes possuem cada vez mais<br />

informação e, portanto, a capacidade<br />

crítica dos mesmos é maior.<br />

Por isso, para além de se observar o<br />

mercado e ver o que a concorrência<br />

está a fazer, é importante analisar<br />

os nossos potenciais clientes, através<br />

dos comentários e avaliações<br />

dos mesmos nos espaços destinados<br />

a tal fim. Caso exploremos essa<br />

informação corretamente, poderemos<br />

obter interessantes resultados<br />

sobre como prosseguir com a nossa<br />

estratégia de negócio.<br />

Deixar a FORMAÇÃO<br />

6 TECNOLógica de lado<br />

Implantar soluções tecnológicas<br />

que melhorem a competitividade<br />

e produtividade do nosso negócio<br />

é uma boa decisão, mas quase tão<br />

importante como isto, é saber bem<br />

como funcionam, para podermos<br />

tirar o máximo partido <strong>das</strong> mesmas.<br />

Por isso, a formação é uma necessidade<br />

básica, que além do mais,<br />

permite que estejamos sempre informados<br />

<strong>das</strong> novidades contínuas.<br />

Não contar com ajuda e<br />

7 ASSESSORIA especializada<br />

Uma <strong>das</strong> situações mais comuns é a<br />

empresa encontrar-se perdida, não<br />

saber quais as soluções mais adequa<strong>das</strong><br />

para o respetivo negócio e<br />

acabar por tomar decisões erra<strong>das</strong>.<br />

Por isso, é importante contar com<br />

a ajuda de um especialista que analise<br />

as diferentes áreas do negócio<br />

para determinar o nível de maturidade<br />

digital, e assim poder aconselhar<br />

acerca <strong>das</strong> soluções mais adequa<strong>das</strong>.<br />

Além disso, isto permitirá à<br />

empresa contar com uma assessoria<br />

sobre o funcionamento e colocação<br />

em funcionamento destas soluções.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 15


DIGITALIZAÇÃO<br />

NAS OFICINAS<br />

S<br />

OFICINAS DE REDE<br />

digitaLIZAM MAIS<br />

depressa<br />

e há um domínio do setor automóvel<br />

onde a digitalização<br />

<strong>das</strong> empresas se desenvolve com especial<br />

lentidão é o da pós-venda. Isso<br />

representa um custo significativo do<br />

ponto de vista da ineficiência e da<br />

falta de competitividade de muitas<br />

empresas de reparação<br />

A adoção por parte <strong>das</strong> oficinas de<br />

reparação de ferramentas tecnológicas<br />

para melhorar a sua eficiência em<br />

todos os âmbitos da gestão empresarial<br />

é muito menor do que a ocorre<br />

nas empresas de venda de veículos.<br />

Não obstante, o grau de implantação<br />

não é homogéneo. As oficinas dependentes<br />

do canal oficial <strong>das</strong> marcas<br />

de automóveis costumam assumir a<br />

dianteira tanto no que se refere às<br />

ferramentas para a gestão empresarial<br />

do negócio como nas que têm<br />

que ver com a captação e fidelização<br />

de clientes. No caso <strong>das</strong> oficinas independentes,<br />

que percentualmente<br />

representam um número muito<br />

maior de empresas, o grau de digitalização<br />

é sensivelmente inferior, com<br />

exceção daqueles negócios que operam<br />

ao abrigo de uma rede.<br />

O surgimento de um cliente final que<br />

inicia a procura da oficina para fazer a<br />

manutenção e reparar o respetivo automóvel<br />

na Internet, é um fator que<br />

favorece a digitalização <strong>das</strong> oficinas.<br />

Este novo tipo de cliente exige, cada<br />

vez mais, não só que a oficina a que<br />

leva o seu veículo esteja na Internet,<br />

mas também que o faça de uma determinada<br />

forma, contribuindo com<br />

o valor necessário para que o mesmo<br />

seja atraído e sinta confiança. Daí que<br />

os reparadores que contam com uma<br />

sólida presença na Rede (disponham<br />

de abundante informação, permitam<br />

realizar orçamentos online ou fazer<br />

uma marcação prévia, por exemplo)<br />

tenham uma clara vantagem competitiva.<br />

Por outro lado, pela perspetiva<br />

da gestão económica do negócio e da<br />

otimização dos processos de produção,<br />

está a ser muito eficaz a inclusão<br />

de ferramentas como DMS, CRM<br />

ou programas de avaliação entre os<br />

padrões de qualidade que as companhias<br />

seguradoras ou as empresas<br />

de renting exigem às oficinas para<br />

trabalharem com elas. Contudo, o<br />

atraso na adoção de ferramentas digitais<br />

não impede que existam oficinas<br />

que já estejam a recorrer às mesmas<br />

para melhorar o seu posicionamento<br />

e competitividade.<br />

Como conclusão, de referir que a<br />

digitalização numa empresa dedicada<br />

à manutenção e reparação de<br />

veículos contempla a totalidade da<br />

mesma, de forma transversal, to<strong>das</strong><br />

as áreas funcionais, todos os processos<br />

e to<strong>das</strong> as pessoas. E estabelecem-se,<br />

para facilitar a análise e<br />

a reflexão, quatro âmbitos de digitalização:<br />

o da cultura da empresa,<br />

da gestão dos recursos humanos e<br />

da transformação <strong>das</strong> equipas; o da<br />

otimização dos processos de produção<br />

e <strong>das</strong> operações; o do marketing<br />

e da relação com o cliente; e o do<br />

controlo de gestão, da supervisão do<br />

gestor dos rácios económicos fundamentais<br />

da empresa e da tomada de<br />

decisões com boa informação e de<br />

forma ágil e eficaz.<br />

V<br />

COMO POTENCIAR<br />

A OFICINA ATRAVÉS<br />

da INTERNET<br />

ivemos ligados. A penetração<br />

do smartphone em<br />

Portugal é uma <strong>das</strong> maiores do<br />

mundo. Além do mais, é um dos 5<br />

países com maior utilização de telemóvel<br />

em média por utilizador.<br />

O acesso à internet a partir de<br />

smartphones cresce e o volume de<br />

compras também<br />

Cerca de 80% dos utilizadores<br />

procuram informações comerciais,<br />

comparam preços e consultam<br />

opiniões de outros utilizadores.<br />

Trazemos no bolso uma<br />

potente ferramenta de busca que<br />

nos permite tomar decisões de<br />

compra em qualquer momento<br />

e lugar.<br />

A internet permite que estejamos<br />

visíveis e acessíveis ao público 24<br />

horas por dia, 7 dias por semana.<br />

Se aproveitamos o potencial <strong>das</strong><br />

novas tecnologias para melhorarmos<br />

os nossos serviços de reparação<br />

(componentes eletrónicos,<br />

veículo conectado…), por<br />

que motivo não o aproveitamos<br />

também para aumentar as nossas<br />

ven<strong>das</strong> e melhorar a nossa comunicação<br />

com os clientes?<br />

Contar com uma página web é<br />

cada vez mais imprescindível.<br />

Além de estar acessível para os<br />

seus potenciais clientes irá estabelecer<br />

um ponto de contacto<br />

com eles e proporcionar-lhes a<br />

opção de contratarem os seus serviços<br />

diretamente.<br />

Que secções e conteúdos<br />

deverá conter a sua página<br />

web?<br />

Localização – um dos fatores<br />

mais decisivos na escolha da oficina<br />

é a proximidade. Certifique-se<br />

de que torna visível o seu negócio<br />

para as pessoas à sua volta.<br />

Serviços oferecidos – especifique<br />

aquilo a que se dedica e o tipo de<br />

reparações que oferece. Especifique<br />

a sua especialidade. Também<br />

pode criar uma listagem padrão<br />

de preços.<br />

Marcas com as quais trabalha<br />

– é importante que mostre aos<br />

utilizadores as marcas nas quais<br />

confia com o objetivo de assegurar<br />

uma garantia de qualidade e<br />

confiança nos seus serviços.<br />

Formulário de contacto – assim<br />

poderá ir gerando uma base de<br />

dados com a qual poderá comunicar<br />

posteriormente.<br />

Pedidos de marcação – desta for-<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

16 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ma poupa tempo de gestão telefónica<br />

e não perde possíveis serviços ainda<br />

que o contacto ocorra fora do horário<br />

de atendimento ao cliente.<br />

Opiniões de clientes – publicar os<br />

comentários <strong>das</strong> pessoas que utilizaram<br />

os seus serviços gerará confiança<br />

nos utilizadores indecisos.<br />

Blog – Se dispõe de tempo, pondere<br />

adicionar também um blog que<br />

inclua conselhos de condução, dicas<br />

para identificar possíveis avarias,<br />

utilizações incorretas, etc.<br />

Redes sociais<br />

O Facebook continua a ser a opção<br />

mais popular entre os utilizadores,<br />

uma rede que lhe proporciona inúmeras<br />

possibilidades para criar uma<br />

comunidade através da qual poderá<br />

comunicar com os seus clientes.<br />

Além do mais, poderá disponibilizar<br />

informações sobre o seu negócio e<br />

publicar ofertas e promoções específicas<br />

para os seus seguidores.<br />

Diretórios de empresas<br />

É importante que os cibernautas<br />

identifiquem sem problemas a localização<br />

da sua oficina. Para o efeito<br />

deve registar corretamente na ficha<br />

gratuita do Google MyBusiness a<br />

máxima informação possível sobre o<br />

seu negócio: horários, detalhe de serviços,<br />

marcas, etc. Neste sentido, na<br />

internet existem inúmeros diretórios<br />

dedicados a negócios de reparação.<br />

Tente aparecer nestes diretórios.<br />

Comunicação direta<br />

com os seus clientes<br />

Comunique com os seus clientes<br />

através de canais diretos como WhatsApp,<br />

SMS ou e-mail. Será a forma<br />

mais rápida e eficaz de informá-los<br />

sobre a evolução da reparação dos<br />

veículos, quando estão prontos, se é<br />

previsível alguma demora na entrega,<br />

etc.<br />

Boletins informativos<br />

Com a informação compilada tanto<br />

na sua oficina como nas suas restantes<br />

ferramentas digitais pode ir gerando<br />

uma base de dados de clientes<br />

com o objetivo de enviar-lhes informações<br />

periódicas. Inclua conselhos<br />

úteis e práticos para a manutenção<br />

do veículo, assim irão lembrar-se da<br />

sua oficina e esta tornar-se-á uma referência.<br />

Lembretes de manutenção<br />

Relembre os seus clientes quando<br />

for necessário fazer alguma intervenção<br />

periódica no veículo. Este<br />

serviço representa uma mais-valia,<br />

gera confiança no seu negócio e assegura<br />

que o cliente volta a visitar a<br />

sua oficina.<br />

A DIGITALIZAÇÃO EXISTE HÁ ANOS E O MERCADO ESTÁ DEFINITIVAMENTE<br />

A OPTAR POR SERVIÇOS DIGITAIS. É UMA TENDÊNCIA QUE CONTINUARÁ A<br />

avançaR ENQUANTO PROPORCIONAR BENEFÍCIOS<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 17


PATROCINADORES ><br />

NOVO CONTEXTO DA MOBILIDADE<br />

OS ELEMENTOS-<br />

CHAVE DA E-MOBILITY


A MOBILIDADE ELÉTRICA JÁ É UMA REALIDADE. ESTAMOS NO FINAL DO INÍCIO<br />

DE UMA VIAGEM MUITO LONGA. O RITMO DE UTILIZAÇÃO DE VE SUPEROU AS EXPETATIVAS.<br />

ENQUANTO OS VE REPRESENTAM HOJE APENAS 1,5% DO TOTAL DE 326 MILHÕES DE VEÍCULOS<br />

NA EUROPA, OS ANALISTAS PREVEEM QUE A QUOTA DE MERCADO AUMENTE PARA 65 MILHÕES<br />

DE VEÍCULOS ATÉ 2030 E DUPLIQUE PARA 130 MILHÕES DE VEÍCULOS ATÉ 2035<br />

O<br />

setor da mobilidade tem sofrido frequentes<br />

e rápi<strong>das</strong> disrupções tecnológicas<br />

e dos padrões de consumo. Este<br />

contexto irá acelerar, especialmente<br />

com o expectável agravamento dos<br />

custos de matérias-primas, transporte e energia.<br />

Simultaneamente, verifica-se um pico de procura<br />

e constrangimentos da oferta, exigindo ainda mais<br />

agilidade organizacional. As empresas do setor<br />

têm respondido com a revisão do posicionamento<br />

competitivo na cadeia de valor, especialmente materializada<br />

na elevada intensidade de aquisições,<br />

parcerias estratégicas que conferem maior agilidade<br />

organizacional, e desenvolvimento <strong>das</strong> competências<br />

in-house para maior resiliência <strong>das</strong> cadeias<br />

de abastecimento.<br />

A importância da inovação<br />

Nem sempre a inovação surge com um racional de<br />

geração de receita ou redução de custo. Em certos<br />

casos, o objetivo poderá ser comunicar confiança<br />

ao consumidor. A autonomia é um dos principais<br />

atributos da mobilidade do futuro, potenciada pelos<br />

recentes avanços da mobilidade elétrica. Tendo<br />

ultrapassado a fase de demonstração de conceito,<br />

encontra-se agora na importante etapa de demonstração<br />

de segurança. Naturalmente que, não<br />

sendo necessário um papel tão ativo do condutor,<br />

o tempo passado no veículo poderá ser monetizado<br />

(por empresas de media, educação, entretimento,<br />

entre outras), por exemplo, com marketing personalizado,<br />

anúncios interativos, permitindo pagamentos<br />

e compras, entre outras. Uma decisão recente<br />

da Tesla é um caso de estudo paradigmático<br />

desta realidade futura. A construtora automóvel<br />

lançou um microfone que se conecta ao sistema<br />

áudio dos veículos (TeslaMic), e permite ao condutor<br />

e passageiros participar em sessões de karaoke<br />

a bordo. O produto foi lançado no mercado Chinês<br />

e esgotou em menos de uma hora.<br />

Esta decisão estratégica poderá ter três leituras<br />

principais que refletem um possível caminho a seguir<br />

pelas construtoras automóveis na promoção<br />

da adoção da tecnologia autónoma:<br />

- Ecossistema de lifestyle: o veículo será uma extensão<br />

da nossa casa enquanto local de trabalho e<br />

entretenimento. Os produtos complementares ao<br />

automóvel ajudam a criar um ecossistema abrangente<br />

que concentra a experiência de utilização.<br />

- Fidelização: o ecossistema de produtos complementares<br />

poderá contribuir para a satisfação dos<br />

utilizadores (por exemplo, fornecendo opções de<br />

entretenimento a bordo e facilitando a execução de<br />

tarefas profissionais) e, consequentemente, para a<br />

sua fidelização.<br />

- Demonstração de confiança: a mensagem transmitida<br />

aos consumidores é de confiança na utilização<br />

de um veículo autónomo, ao ponto de as fontes<br />

de entretenimento considera<strong>das</strong> distrações nos<br />

parâmetros atuais poderem ser utiliza<strong>das</strong> numa<br />

nova tipologia de veículo.<br />

O TeslaMic tem características especificamente<br />

adequa<strong>das</strong> ao mercado em questão e às necessidades<br />

e desejos dos respetivos consumidores. Desta<br />

forma, a empresa poderá gerar insights valiosos<br />

em termos da aceitação deste tipo de produtos e<br />

do brand awareness. Adicionalmente, esta decisão<br />

reitera as intenções da marca em competir com<br />

as construtoras locais (por exemplo, a BYD) que<br />

já disponibilizam estes produtos complementares.<br />

Por fim, assegurar a propriedade dos dados gerados<br />

pelo ecossistema do veículo (isto é, os dados<br />

gerados pelos utilizadores, peões, outros veículos,<br />

infraestruturas rodoviárias, entre outras) será um<br />

dos principais “campos de batalha” <strong>das</strong> construtoras<br />

automóveis com as empresas tecnológicas, pelo<br />

seu potencial de monetização (por exemplo, para<br />

seguradoras, empresas de entretenimento, gestoras<br />

de postos de carregamento elétrico e estacionamento,<br />

entre outras).<br />

Consumidores têm o poder<br />

da transformação<br />

À medida que a adoção da mobilidade elétrica é<br />

cada vez mais rápida, temos de criar e investir em<br />

capacidades futuras para manter os VEs em circulação.<br />

Temos de definir as bases e construir infraestruturas<br />

que possam suportar 130 milhões de<br />

veículos elétricos (VE) até 2035. Não é o aumento<br />

da procura de eletricidade, mas sim a origem imprevisível<br />

do carregamento de VEs que representará<br />

o maior desafio para a rede elétrica. Ganhar<br />

a confiança e aceitação do consumidor é um fator<br />

determinante para o sucesso da mobilidade elétrica.<br />

Muitos países comprometeram-se a vender<br />

apenas carros novos com emissões zero até 2035,<br />

enquanto outros prometeram fazê-lo até 2040. Os<br />

fabricantes de automóveis estão a reformular os<br />

modelos de negócio e a reinventar a sua oferta. Os<br />

OS ANALISTAS CALCULAM QUE O AUMENTO PREVISTO DOS VE IRÁ GARANTIR,<br />

PELO MENOS, 65 MILHÕES DE POSTOS DE CARREGAMENTO – 9 MILHÕES DOS QUAIS<br />

SERÃO PÚBLICOS E 56 MILHÕES RESIDENCIAIS – ATÉ 2035 EM TODA A EUROPA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 19


DIFERENTES PADRÕES DE CONSUMO, RETOMA DA<br />

PROCURA, DISRUPÇÃO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO<br />

E O AUMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAIS IRÃO<br />

CONTINUAR A SER AS PRINCIPAIS FORÇAS DE MERCADO<br />

maiores players do mercado comprometeram-se a<br />

aumentar o número de modelos elétricos disponíveis<br />

e a aumentar a produção de veículos comerciais<br />

ligeiros (VCL). Alguns também planeiam introduzir<br />

veículos pesados elétricos.<br />

Os reguladores estão a reforçar as normas de emissões<br />

de dióxido de carbono (CO2) para automóveis<br />

de passageiros e VCL ao abrigo do pacote de reformas<br />

ambientais da Comissão Europeia Fit for 55.<br />

Os governos estão a oferecer incentivos, incluindo<br />

pagamentos de bónus e benefícios fiscais, a quem<br />

compra veículos elétricos. Os consumidores estão<br />

a ser atraídos por esquemas de incentivos, custos<br />

operacionais menores e um melhor desempenho<br />

dos veículos. O custo total de possuir VEs compactos<br />

ou de média dimensão é agora comparável com<br />

as alternativas a gasolina e gasóleo na maioria dos<br />

países europeus. Os custos <strong>das</strong> baterias baixaram<br />

acentuadamente e a sua capacidade está a aumentar,<br />

tornando a eletrificação uma opção viável para<br />

os camiões mais pequenos. As empresas, que já<br />

adotaram os veículos elétricos nas suas frotas de<br />

automóveis, estão agora a eletrificar os seus VCL,<br />

que são cada vez mais competitivos em termos de<br />

custos comparando as alternativas diesel. A mudança<br />

para a opção elétrica aumenta também as<br />

suas credenciais verdes e reputações empresariais.<br />

Assim, se as condições estiverem alinha<strong>das</strong>, os regulamentos,<br />

as políticas e os incentivos irão fazer o seu<br />

trabalho. Mas como podemos manter a dinâmica da<br />

transição e a ambição por continuar a apostar na<br />

eletricidade? Isso só será possível se os VEs forem<br />

tão fáceis, ou mais fáceis, de utilizar como os veícu-<br />

los de combustível tradicionais e se proporcionarem<br />

conforto, facilidade e fiabilidade aos consumidores.<br />

Afinal de contas, é o consumidor que exerce o poder<br />

real nesta transformação e decide se escolhe um<br />

veículo elétrico ou não. E, nesse aspeto, a aceitação<br />

do consumidor é um grande driver da mobilidade<br />

elétrica, tal como os imperativos económicos e ambientais<br />

que a criaram.<br />

Melhorar a experiência<br />

PARA os utilizadores de VE<br />

Com a ajuda de sistemas operacionais em tempo<br />

real e aplicações avança<strong>das</strong>, os serviços de carregamento<br />

irão controlar a capacidade disponível,<br />

o tempo e a duração dos carregamentos, atenuando<br />

o risco de sobrecarga da rede. O carregamento<br />

pode então acontecer quando a rede elétrica tem<br />

capacidade suficiente ou superior, ou quando há<br />

uma procura reduzida (durante a noite, por exemplo)<br />

ou quando a eletricidade é mais barata. E isso<br />

é um ganho para a rede elétrica e para o condutor.<br />

As soluções de serviços de carregamento podem<br />

ser geri<strong>das</strong> pelo fornecedor de energia, através de<br />

uma ligação de dados, para conduzir energia numa<br />

direção, desde a rede até ao veículo. Com o tempo,<br />

à medida que as tecnologias vehicle-to-grid (V2G)<br />

se aperfeiçoam, os VEs tornar-se-ão em unidades/<br />

equipamentos de armazenamento de energia sobre<br />

ro<strong>das</strong>. Para além disso, vão descarregar da bateria<br />

do VE para a rede ou para um edifício, de forma a<br />

estabilizar a geração e o consumo de eletricidade,<br />

reduzindo a necessidade de geração adicional ou<br />

reforço da rede.<br />

Outras soluções também estão a ser testa<strong>das</strong>. A<br />

localização da geração e armazenamento solar<br />

distribuído, por exemplo, pode ser instalado em<br />

estações de serviço <strong>das</strong> autoestra<strong>das</strong> onde o carregamento<br />

da rede é insuficiente para uma carga<br />

rápida e super-rápida. Os smart wires, para equilibrar<br />

ativamente os fluxos de energia nas linhas<br />

de transmissão, e carregamento sem fios são conceitos<br />

inovadores que também estão a ser explorados.<br />

Cada uma destas soluções do lado da procura<br />

cria sinergias entre a rede e os VEs. E embora não<br />

resolvam to<strong>das</strong> as situações, ajudarão a mitigar o<br />

impacto de grandes aglomerados de VEs a carregar<br />

em simultâneo.<br />

Os ORDs (Operadores de Redes de Distribuição)<br />

irão desempenhar um papel fundamental na expansão<br />

da mobilidade elétrica. Eles são responsáveis<br />

pelo planeamento do desenvolvimento da rede<br />

elétrica e pela gestão <strong>das</strong> operações de distribuição<br />

e novas ligações para os carregadores. Para além<br />

disso, também têm a obrigação social de oferecer<br />

os melhores resultados ambientais, ao menor custo<br />

possível, investindo nos locais certos, no momento<br />

certo, evitando ao mesmo tempo o risco de ativos<br />

irrecuperáveis. A supervisão <strong>das</strong> redes elétricas locais<br />

permite-lhes identificar áreas de congestionamento,<br />

avaliar o impacto do carregamento de VEs<br />

na procura de eletricidade, e antecipar futuras necessidades<br />

de investimento na rede. E, à medida que<br />

a Europa muda para redes inteligentes e mercados<br />

locais de flexibilidade, os operadores de redes de<br />

distribuição serão equipados para integrar soluções<br />

sóli<strong>das</strong> para reduzir os picos de consumo, reduzir o<br />

congestionamento e melhorar a qualidade e segurança<br />

energética. À medida que o ritmo de adoção<br />

de VEs aumenta, o planeamento da eletrificação do<br />

sistema energético é um grande desafio. O alargamento<br />

<strong>das</strong> competências dos ORDs, e uma melhor<br />

execução <strong>das</strong> suas novas atividades, reforçará o foco<br />

no cliente. Para além disso, irá ajudar a trazer soluções<br />

mais inovadoras, resultando numa melhor<br />

experiência para os utilizadores de VEs. l<br />

20 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PATROCINADORES ><br />

Durante a CONDUÇÃO<br />

Durante a condução, a bateria de 12V continua a<br />

desempenhar várias funções essenciais nos veículos<br />

elétricos. É responsável por suportar picos de<br />

carga e fornecer energia para os sistemas elétricos<br />

do veículo (como o sistema de ignição e navegação,<br />

o motor de arranque, ou as luzes) sempre que<br />

houver uma necessidade súbita de energia.<br />

Quando o sistema falha<br />

Quando ocorre uma falha no sistema elétrico<br />

principal do veículo elétrico, a bateria de 12V desempenha<br />

um papel crítico na manutenção da segurança.<br />

Ela fornece energia para sistemas essenciais,<br />

como as luzes de emergência ou os sistemas<br />

de direção assistida. Isto permite ao condutor<br />

manter o controle do veículo e garantir a segurança<br />

não apenas dos passageiros, como também<br />

dos outros veículos na estrada.<br />

VARTA – SPONSOR CAMPANHA E-MOBILITY<br />

O PAPEL FUNDAMENTAL<br />

DAS BATERIAS DE 12V<br />

NA MOBILIDADE ELÉTRICA<br />

UM ELEMENTO MUITAS VEZES DESCONHECIDO, MAS FUNDAMENTAL NA<br />

MOBILIDADE ELÉTRICA, SÃO AS BATERIAS DE 12V. ESTAS BATERIAS DESEMPENHAM<br />

UM PAPEL ESSENCIAL NO FUNCIONAMENTO DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS,<br />

ALIMENTANDO SISTEMAS AUXILIARES, GARANTINDO A FUNCIONALIDADE DOS<br />

RECURSOS DE SEGURANÇA, CONFORTO E CONECTIVIDADE<br />

A<br />

mobilidade elétrica, ou E-Mobility,<br />

emergiu como um pilar fundamental na<br />

busca por um futuro mais sustentável e<br />

ambientalmente responsável, tanto em<br />

Portugal como em toda a Europa. Este movimento<br />

revolucionário visa reduzir as emissões de carbono,<br />

promover a qualidade do ar e reduzir a dependência<br />

dos combustíveis fósseis. Na Europa, onde<br />

a consciência ambiental está no topo da agenda<br />

política, a E-Mobility tornou-se uma prioridade<br />

incontestável, e já começamos a ver os resultados.<br />

Em Portugal, a proporção de veículos elétricos matriculados<br />

nos primeiros sete meses de 2023 já alcançou<br />

uma impressionante marca de 15,7%.<br />

Mas para que esta visão se torne realidade, existem<br />

diversos elementos cruciais em jogo. Estes<br />

incluem o desenvolvimento de infraestruturas de<br />

carregamento acessíveis e eficientes, a implementação<br />

de regulamentações favoráveis à E-Mobility,<br />

a criação de incentivos financeiros e a contínua<br />

sensibilização do público para os benefícios desta<br />

tecnologia. No que diz respeito à adoção de carros<br />

híbridos e elétricos, é imprescindível que tanto os<br />

usuários quanto as oficinas estejam familiarizados<br />

com as particularidades destas novas tecnologias<br />

de veículos. Um elemento fundamental na<br />

mobilidade elétrica, são as baterias de 12V, pois<br />

desempenham um papel essencial no funcionamento<br />

dos veículos elétricos, conforme explicamos<br />

a seguir:<br />

Quando o VEÍCULO está desligado<br />

Quando o carro está desligado, a bateria de 12V<br />

assume a responsabilidade de fornecer a energia<br />

essencial para iniciá-lo quando a chave é virada<br />

ou o botão de ignição é pressionado. Além disso,<br />

também é responsável por alimentar sistemas<br />

auxiliares, como as luzes, o rádio, os sistemas de<br />

entretenimento, o computador de bordo e outros<br />

componentes eletrónicos do veículo.<br />

Gama VARTA xEV abrange 97% do parque VE<br />

A Clarios, como empresa líder em soluções de baterias,<br />

abraçou a transição para a E-Mobility com<br />

a sua nova linha de baterias Varta AGM desenvolvida<br />

para veículos xEV. Esta gama foi desenvolvida<br />

em colaboração com os principais fabricantes<br />

de automóveis e incorpora a tecnologia ideal para<br />

aplicações altamente exigentes, desde sistemas<br />

Start-Stop modernos até veículos totalmente<br />

elétricos. Atualmente, a linha de produtos Varta<br />

xEV abrange 97% dos veículos no segmento xEV,<br />

e continuará a ser expandida para acompanhar<br />

as necessidades e evolução do mercado. Assim, a<br />

Clarios está preparada para suportar todos os veículos<br />

elétricos e contribuir para uma mobilidade<br />

mais responsável e sustentável. Descubra mais<br />

no VARTA Partner Portal: https://varta-partner-<br />

-portal.com/varta-xev-page . l<br />

AS BATERIAS DE 12V<br />

VARTA XEV SÃO UM DOS<br />

ELEMENTOS ESSENCIAIS<br />

DA E-MOBILITY,<br />

DESEMPENHANDO<br />

UM PAPEL CRÍTICO<br />

NA INICIALIZAÇÃO,<br />

NA ALIMENTAÇÃO DE<br />

SISTEMAS SECUNDÁRIOS<br />

E NA MANUTENÇÃO DA<br />

SEGURANÇA DO VEÍCULO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 21


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

SPINERG<br />

TEM NOVA<br />

DIRETORA GERAL<br />

Catarina Bastos foi recentemente nomeada Diretora Geral da<br />

Spinerg – Soluções para Energia S.A., empresa que deu continuidade<br />

à marca Shell Lubricants em Portugal desde novembro<br />

de 2010. Licenciada em Gestão de Empresas, entra no Grupo<br />

Shell em 2001, depois de uma experiência no Grupo Bosch no<br />

Chile e de uma passagem pela área de consultoria financeira. A sua<br />

carreira passou pelas áreas de ven<strong>das</strong>, comunicação e marca, gestão<br />

de projetos, serviço a clientes, desenvolvimento de novos negócios<br />

e marketing. “É para mim um momento de grande alegria e entusiasmo<br />

aceitar este desafio de liderar uma empresa como a Spinerg.<br />

O meu compromisso é executar a missão da empresa com base nos<br />

seus valores fundamentais: a honestidade, a integridade e o respeito<br />

pelas pessoas e pelo meio ambiente, acreditando firmemente na importância<br />

fundamental da promoção da confiança, diversidade, profissionalismo<br />

e, do orgulho naquilo que fazemos. Só assim é possível<br />

acrescentar valor, reforçar a eficiência e excelência do nosso serviço,<br />

promovendo uma cultura de inovação”, revelou Catarina Bastos.<br />

AJUDA ESCOLA BÁSICA 2,3 DA VENDA DO PINHEIRO<br />

BILSTEIN GROUP | bilstein group apoia a Escola Básica 2,3 da Venda do Pinheiro com a oferta de mesas para exterior, após<br />

pedido de ajuda da Associação de Pais e Encarregados de Educação desta mesma escola. A entrega <strong>das</strong> mesas foi cortesia da Skynet<br />

que realizou o transporte, de forma totalmente gratuita. O bilstein group, no âmbito da sua estratégia de responsabilidade social,<br />

que prioriza essencialmente o apoio à comunidade, decidiu aceitar o pedido de ajuda e entregou os quatro conjuntos à escola, devidamente<br />

identifica<strong>das</strong> com o seu logo. Estas mesas vão permitir que os estudantes da Escola Básica da Venda do Pinheiro possam<br />

usufruir de espaços adicionais de lazer no recreio da escola, sendo que as poderão utilizar para comer, conversar, jogar e descansar.<br />

A escola já tinha alguns conjuntos semelhantes, mas a Associação de Pais identificou a necessidade de conseguirem colocar mais<br />

unidades no espaço exterior da escola. Para o bilstein group é motivo de satisfação poder ajudar a melhorar a qualidade dos tempos<br />

e espaços de lazer na Escola Básica da Venda do Pinheiro, uma <strong>das</strong> instituições escolares inseri<strong>das</strong> no concelho.<br />

JUNTA-SE À FAMÍLIA<br />

CGA CAR SERVICE<br />

FM DIESEL | A Davasa Automocion S.L. não para de fazer<br />

crescer a sua rede de oficinas CGA Car Service, Desta vez, foi a a FM<br />

Diesel, de Vila Real, que se juntou a esta família, uma oficina bem<br />

conhecida na região, com largos anos de experiência. O proprietário<br />

Filipe Miguéis mostrou-se muito feliz com o facto da sua oficina se<br />

ter juntado à CGA Car Service. Partilhou também que o conjunto<br />

largo de serviços e parcerias oferecidos pela maior rede oficinal da<br />

Península Ibérica foram determinantes para optar pela CGA Car<br />

Service. Tomás Pais, responsável de marketing e conceitos oficinais<br />

da Davasa Automocion Sucursal em Portugal, afirmou “Este é mais<br />

um passo dado para atingirmos o nosso objetivo de oficinas CGA<br />

Car Service. Pretendemos aumentar o número de oficinas na Rede<br />

até ao final de 2023 e seguir com o nosso plano estratégico para<br />

alargarmos o número de oficinas na Rede no próximo ano. Uma<br />

oficina como a FM Diesel representa tudo aquilo que queremos<br />

inserir na CGA Car Service.”<br />

22 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


CONTRATA RÚBEN CARREIRA<br />

PARA DELEGADO EM PORTUGAL<br />

GRUPO SERCA | O Grupo Serca continua a sua aposta no mercado português, desta vez<br />

com a incorporação profissional de Rúben Manuel Carreira como novo Delegado Territorial em<br />

Portugal. Esta decisão reforça a posição do Grupo na região ibérica e demonstra a aposta que<br />

pretendem realizar num mercado que tem tido um rápido crescimento nos últimos anos. Com<br />

mais de 10 anos de experiência no setor automóvel, Rúben Manuel Carreira é especialista no<br />

desenvolvimento de estratégias de compras, negociar com fornecedores e destaca-se pela sua<br />

capacidade de captar novos mercados, analisando e identificando oportunidades de negócio.<br />

A sua trajetória profissional tem sido uma prova da sua capacidade e dedicação. Em apenas um<br />

ano alcançou o cargo de Gerente de Produto na Tacofrota e durante os últimos três anos tem<br />

desempenhado o papel de Gerente de Compras na mesmo empresa. A contratação de Rúben<br />

Carreira faz parte da estratégia comercial que o Grupo está a desenvolver em Portugal, reforçando<br />

assim a confiança dos Parceiros e ratificando mais uma vez o compromisso claro e determinado<br />

pelo mercado português.<br />

Tudo<br />

funciona<br />

melhor...<br />

7ª OFICINA FRANQUEADA ABRE PORTAS EM VISEU<br />

MIDAS | No passado dia 12 de outubro, a Mi<strong>das</strong> voltou a expandir a sua presença em Portugal<br />

com a inauguração formal da 22ª oficina da rede, a Mi<strong>das</strong> Viseu. Trata-se de um marco significativo,<br />

uma vez que esta é a 2ª oficina franqueada em parceria com o grupo MainTarget e a 7ª oficina<br />

franqueada no país. A cerimónia de abertura da Mi<strong>das</strong> Viseu contou com a presença de clientes,<br />

empresários e outras figuras proeminentes da cidade, nomeadamente a Vereadora do Urbanismo<br />

da Câmara de Viseu, Mara Almeida. O evento foi marcado por uma atmosfera festiva e pelo<br />

entusiasmo da comunidade, que agora passa a contar com uma ampla gama de serviços e uma<br />

equipa altamente qualificada, pronta para fazer a diferença na manutenção automóvel viseense.<br />

Carlos Silva, representante da MainStation, do grupo MainTarget, que gere a nova oficina em<br />

Viseu, expressou a sua satisfação em fazer parte da família Mi<strong>das</strong> e enfatizou o compromisso da<br />

equipa em fornecer um serviço rápido e atencioso aos clientes da região. Este compromisso é<br />

reforçado pela localização estratégica da oficina no Edifício Real Business Centre, mesmo ao lado<br />

do Palácio do Gelo.<br />

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alemães há 13 anos consecutivos. Aproveite<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 23


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

LIQUI MOLY<br />

CELEBRA COM SUCESSO<br />

75 ANOS DA PORSCHE<br />

Cascais testemunhou um evento ímpar de comemoração dos 75 anos da<br />

Porsche e a LIQUI MOLY foi parte integrante do evento que fez bater mais<br />

forte o coração dos visitantes. Foram centenas os convidados aficionados<br />

da Porsche que participaram nestas comemorações, mas foram também muitos<br />

os milhares de pessoas que visitaram as várias zonas de atividades na Marina de<br />

Cascais. A Power Stage LIQUI MOLY foi um dos pontos do evento mais visitados<br />

e onde a emoção puxou mais pela veia desportiva dos fãs da Porsche, graças ao 911<br />

GT3 Cup de competição que deu espetáculo com o piloto Pedro Salvador aos comandos.<br />

“Foi um evento intenso e de grandes emoções”, referiu Matthias Bleicher,<br />

Chief Executive Officer da LIQUI MOLY Iberia. A comemoração portuguesa dos<br />

75 Anos da Porsche no Hipódromo e Marina de Cascais teve um impacto grande<br />

para a LIQUI MOLY, não só pelo número de visitantes e amantes dos automóveis,<br />

mas também pela cobertura que os media fizeram de um evento único que escreveu<br />

mais uma página de sucesso na história da marca em Portugal.<br />

FÓRUM “O PRÓXIMO AFTERMARKET”<br />

ACONTECE A 23 NOVEMBRO<br />

No Fórum “O Próximo Aftermarket”, organizado pela DPAI/ACAP, acontece já a 23 de<br />

Novembro, no Museu Oriente em Lisboa. O evento tem o apoio de 44 marcas do pós-venda<br />

independente e conta também com o apoio do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> como media partner. No<br />

programa do Fórum, destacam-se temas como «Aftermarket Automóvel 2024: tendências,<br />

inovação e legislação europeia”, a análise <strong>das</strong> megatendências do aftermarket e a relevância<br />

dos Recursos Humanos para o futuro deste sector. Destinado principalmente a oficinas,<br />

redes pós-venda (incluindo pneus), retalhistas, distribuidores, fabricantes e empresas<br />

de serviços ao aftermarket, este evento promete ser uma oportunidade única para os<br />

profissionais da área se atualizarem e prepararem para os desafios futuros. A inscrição no<br />

evento inclui almoço e ainda uma visita ao Museu do Oriente de forma gratuita. Para mais<br />

informações contactar o site www.acap.pt<br />

ACÓRDÃO DO ECJ SOBRE<br />

AS RESTRIÇÕES DE ACESSO À OBD<br />

As Associações do Aftermarket congratulam-se com a decisão do Tribunal de Justiça<br />

Europeu (ECJ - European Court of Justice) que considera ilegais as restrições específicas dos<br />

fabricantes ao acesso aos sistemas de diagnóstico a bordo dos veículos (OBD). A decisão<br />

envia uma mensagem forte: Os regulamentos da UE devem ser respeitados sem criar<br />

barreiras aos concessionários ou reparadores que procuram aceder aos dados dos veículos.<br />

É crucial que todos os concessionários e operadores do mercado pós-venda independente<br />

tenham igual acesso aos dados, funções e recursos dos veículos, a fim de garantir uma<br />

concorrência leal. Não há serviços inovadores e de qualidade sem um acesso equitativo<br />

aos dados dos veículos e as oficinas IAM não devem ser prejudica<strong>das</strong>, em particular por<br />

medi<strong>das</strong> de segurança não proporcionais. Os fabricantes de veículos têm de permitir<br />

que os operadores independentes não só acedam, mas também processem e utilizem as<br />

informações técnicas; e não podem impor outras condições para esse acesso para além <strong>das</strong><br />

expressamente menciona<strong>das</strong> no Regulamento de Homologação 2018/858.<br />

EXPANDE GAMA DE EIXOS DE TRANSMISSÃO<br />

FEBI | A febi introduziu uma nova gama de eixos de transmissão à sua vasta oferta de peças de reposição<br />

automóvel. Com mais de 230 artigos disponíveis atualmente para veículos populares, e com mais artigos<br />

previstos no futuro, estes cobrem mais de 20.000 aplicações para veículos que circulam atualmente na Europa<br />

e em todo o mundo. Os eixos de transmissão febi são fabricados e pensados de acordo com os mais elevados<br />

padrões de qualidade, garantindo que cumprem ou excedem as especificações do fabricante do equipamento<br />

original em ajuste, forma e função. Adicionalmente, todos os eixos de transmissão são submetidos a uma<br />

inspeção rigorosa para garantir que cumprem os mais elevados padrões de qualidade do bilstein group. Os<br />

eixos de transmissão febi são uma solução de reparação fácil. A substituição com recurso a um novo eixo de<br />

transmissão febi reduz o tempo que um veículo está na oficina, tornando a reparação menos dispendiosa,<br />

mais eficiente em termos de tempo e reduz os inconvenientes para o cliente.<br />

24 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


CELEBRAM PARCERIA<br />

NA NOVA LOJA EM CHAVES<br />

SOFRAPA E GS BATTERY | A Sofrapa e GS Battery celebraram parceria<br />

exclusiva com inauguração de nova loja da Sofrapa em Chaves. A GS Battery é a marca<br />

líder em baterias automóveis na Ásia e já é uma referência noutros países, sendo um<br />

dos principais fabricantes mundiais de baterias automóveis e de motociclos. A gama de<br />

produtos da GS Yuasa Europe inclui alguns dos produtos de bateria mais reconhecidos,<br />

confiáveis e de alta qualidade para uso numa ampla gama de aplicações automóveis,<br />

motociclos e máquinas industriais. Já está no TecDoc e dispõe de um sistema de<br />

identificação de baterias por matrícula. O desenvolvimento da marca em Portugal está<br />

a cargo de Cristiano Fumega, Area Sales Manager para Portugal, em conjunto com as<br />

equipas da Sofrapa. Conta com um plano de formação continuo e tem como novidade<br />

um programa específico para oficinas. A aposta na Sofrapa permitirá à GS Battery<br />

entrar no mercado português com um dos maiores distribuidores, com uma rede de<br />

distribuição bastante madura e com presença em todo o país.<br />

ATINGE 6,5 MILHÕES DE PEÇAS USADAS EM STOCK<br />

B-PARTS | A B-Parts, líder europeia no comércio online de peças originais de automóveis usados, anuncia<br />

um marco significativo. Com um stock de mais de 6.5 milhões de peças usa<strong>das</strong>, a B-Parts estabeleceu-se como<br />

o maior stock europeu de peças de carros usados provenientes exclusivamente de centros de desmantelamento<br />

certificados. Desde a sua fundação que a missão da B-Parts tem sido transformar o processo de compra de peças<br />

usa<strong>das</strong>. Com um compromisso de qualidade, fiabilidade e satisfação do cliente, a empresa construiu com sucesso<br />

uma vasta rede de centros de desmantelamento certificados em toda a Europa, garantindo o acesso a uma vasta<br />

gama de peças automóveis usa<strong>das</strong> de alta qualidade. A extensa rede de fornecedores da B-Parts abrange 9 países<br />

europeus, incluindo Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Itália, Países Baixos, Áustria e Lituânia. Em<br />

linha com o compromisso de inovação da empresa, a B-Parts está a estudar oportunidades para expandir a rede<br />

de fornecedores para a Europa de Leste.<br />

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NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

SALÃO EXPOMECÂNICA<br />

REGRESSA EM 2024<br />

A<br />

decisão da Motortec de adiar a próxima edição da feira para 2025, de modo a não coincidir<br />

com a Automechanika Frankfurt, alterou também os planos da expoMECÂNICA. O salão,<br />

que se realizou em abril deste ano, reabrirá as suas portas em novembro de 2024, alternando<br />

com o certame espanhol. O anúncio foi feito pela organização da feira em comunicado, no qual<br />

salienta que este ajuste de calendário “é necessário para poder realizar a expoMECÂNICA em alternância<br />

com a Motortec Madrid, prevista para abril de 2025”. A ideia, portanto, é realizar uma edição<br />

intermédia no final de 2024 (concretamente de 8 a 10 de novembro, apenas cinco meses antes da<br />

Motortec), para regressar em abril de 2026 e retomar o seu carácter bienal: a Motortec realizar-se-á<br />

nos anos ímpares, enquanto a expoMECÂNICA se realizará nos anos pares. De acordo com a organização,<br />

que continua a escolher a Exponor, em Matosinhos, como local de realização, esta alteração<br />

do calendário permite-lhes “reforçar o nosso compromisso de organizar uma feira profissional de<br />

dimensão ibérica de que todos nos podemos orgulhar”.<br />

“TIPSTORS” OS AJUDANTES<br />

DIGITAIS DO PÓS-VENDA<br />

AUTOMÓVEL<br />

TIPS4Y | Protagonizado pelos “Tipstors” (o conceito que<br />

identifica as suas pessoas), o novo vídeo da Tips4y dá a conhecer,<br />

num ambiente descontraído e familiar, qual o negócio da<br />

empresa e quais os seus valores diferenciadores, reforçando o seu<br />

posicionamento como empresa que inova nas soluções digitais<br />

para o mercado do Pós-Venda automóvel. O propósito da Tips4y<br />

é contribuir para o futuro da mobilidade automóvel, numa visão<br />

determinada em ser um parceiro estratégico neste desafio, com<br />

base numa cultura onde o foco são as pessoas. Para desenvolver<br />

este legado, a Tips4y oferece soluções inovadoras que se<br />

constroem com profundo conhecimento do mercado, em função<br />

<strong>das</strong> oportunidades atuais e <strong>das</strong> necessidades dos clientes. Susana<br />

Barros, Managing Parter da Tips4y salientou: “Este vídeo é uma<br />

oportunidade para partilharmos quem somos e o que nos diferencia,<br />

num mercado que exige inovação. Com base numa cultura<br />

centrada nas pessoas conseguimos verdadeiramente abraçar<br />

esses desafios com enorme impacto e motivação”. Pode ver o<br />

vídeo em https://www.youtube.com/watch?v=9jsQ_PQyVSU<br />

A YUASA JÁ CHEGOU À FIMAG<br />

YUASA | A FIMAG anunciou que as baterias da YUASA já estão disponíveis<br />

em todos os pontos de venda da FIMAG. As baterias YUASA garantem<br />

qualidade, alto rendimento e especificações de equipamento original<br />

(OEM), ou seja, produtos que se identificam totalmente com o que é o ADN<br />

da FIMAG e que já se encontram perfeitamente capazes de responder aos<br />

desafios dos automóveis mais modernos. O crescimento de gamas de produto<br />

de grande qualidade é o objetivo de qualquer distribuidor de peças e<br />

acessórios de automóveis e o segmento <strong>das</strong> baterias, pela importância que<br />

tem no automóvel moderno e do conhecimento adquirido ao longo de<br />

anos, é fundamental. Por isso a FIMAG decidiu apostar na comercialização<br />

<strong>das</strong> baterias YUASA.<br />

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K


GEAR UP - UNIDOS PELO ESPÍRITO CREATE<br />

CREATE | A Create reuniu no dia 23 de setembro, na Quinta do Paul, em Leiria, cerca<br />

de 600 colaboradores, para em conjunto celebrarem os 20 anos de vida da empresa.<br />

Com o lema Gear Up (evolução), o evento começou logo pela manhã, com apresentações<br />

dos vários fornecedores presentes, seguido de almoço animado pelo cantor Toy<br />

e prolongando-se pela tarde com muitas atividades lúdicas. No final, os participantes<br />

puderam ainda assistir a um concerto ao vivo. Pedro Proença, diretor-geral da Create,<br />

aproveitou a ocasião para agradecer a presença de todos os colaboradores neste dia<br />

tão especial e alertá-los para os grandes desafios que têm pela frente “Temos todos de<br />

ter consciência dos grandes desafios que nos esperam, designadamente a tecnologia<br />

automóvel, um parque com cada vez mais veículos elétricos, a digitalização e o acesso<br />

aos dados. O automóvel vai mudar radicalmente e a forma de trabalhar dos nossos<br />

clientes vai ser diferente. Se ficarmos a olhar para trás, não vamos conseguir construir<br />

o nosso futuro. O trabalho vai ser cada vez mais digitalizados e com as oportunidades<br />

que a tecnologia nos dá, temos de conseguir fazer melhor. Quem não se adapta fica no<br />

passado e torna-se irrelevante”.<br />

JOAQUIM CANDEIAS<br />

DISTINGUIDO COM PRÉMIO<br />

TRÓCOLA IBÉRICO<br />

Joaquim Candeias foi distinguido com o prémio Trócola Ibérico durante a Gala<br />

organizada pela Revista Autopos, parceira do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. O evento<br />

decorreu no passado dia 28 setembro, no Teatro Goya, em Madrid. Foi numa<br />

sala repleta de personalidades do aftermarket ibérico que decorreu a cerimónia da<br />

entrega do prémio Trócola Ibérico a Joaquim Candeias, em reconhecimento do trabalho<br />

desenvolvido em prol do aftermarket em Portugal e Espanha. Joaquim Candeias<br />

é atualmente Managing Director da Ferdinand Bilstein Portugal, uma subsidiária<br />

do bilstein group, com sede na Alemanha. É membro do board da ACAP<br />

- Associação Automóvel de Portugal e membro do board da FIGIEFA, desde 2015.<br />

A vasta experiência adquirida nos mercados português, espanhol e italiano devido<br />

à sua função de Managing Director na Automotive Distributors, permitiu-lhe um<br />

grande envolvimento em atividades portuguesas do IAM, tais como a Campanha<br />

Right to Repair, desenvolvimento de estatísticas, estabelecimento de normas e procedimentos<br />

relativos a garantias, qualificação e certificação de distribuidores e reparadores,<br />

entre outros.<br />

UE ADIA ENTRADA EM VIGOR DA DIRETIVA EURO 7<br />

Trata-se de uma decisão que gerou um intenso debate entre a indústria automóvel<br />

e os Estados-Membros da UE. Depois de muitas i<strong>das</strong> e vin<strong>das</strong>, os países da<br />

UE concordaram em adiar a entrada em vigor da norma de emissões Euro 7, de<br />

acordo com as exigências <strong>das</strong> associações do setor. Assim, a norma, que deveria<br />

entrar em vigor em 2025, foi adiada para 2027 para os veículos ligeiros e para<br />

2029 para os veículos comerciais. A abordagem comum adotada no Conselho<br />

Europeu de Ministros da Competitividade, em Bruxelas, inclui também novas<br />

restrições às emissões de partículas dos travões e dos pneus, no âmbito de um<br />

regulamento que visa reduzir tanto as emissões de CO2 como as de partículas<br />

poluentes. A proposta inicial da Comissão Europeia (entrada em vigor da norma<br />

Euro 7 em 2025) teve a forte oposição de um bloco de oito países: França, Itália,<br />

República Checa, Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia, apoiados<br />

pela Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA). Estes países<br />

argumentaram que estas novas medi<strong>das</strong> iriam impor custos adicionais à indústria<br />

durante um período de tempo demasiado curto antes da transição total<br />

para veículos com emissões zero.<br />

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rodape_PBS 2023.pdf 3 16/10/2023 12:16<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 27


COM FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ANA CASTRO INGRESSOU NA EMPRESA<br />

EM MAIO DESTE ANO, PARA DESEMPENHAR O CARGO DE SALES MANAGER<br />

PORTUGAL DA CONTINENTAL CONTITECH PTG (POWER TRANSMISSION GROUP)


Entrevista<br />

ANA CASTRO<br />

AREA SALES MANAGER PORTUGAL<br />

CONTINENTAL CONTITECH PTG<br />

SOMOS UMA<br />

EMPRESA MUITO<br />

FOCADA NO TEMA DA<br />

SUSTENTABILIDADE!<br />

NO INÍCIO DO ANO A CONTINENTAL REALINHOU ESTRATEGICAMENTE<br />

O GRUPO CONTITECH, COM O OBJETIVO DE AUMENTAR A EFICÁCIA E A<br />

EFICIÊNCIA, PASSANDO DE FORNECEDOR TRADICIONAL A FORNECEDOR<br />

DE SOLUÇÕES INTEGRADAS AOS SEUS CLIENTES. EM ENTREVISTA AO<br />

JO, ANA CASTRO, AREA SALES MANAGER CONTINENTAL CONTITECH<br />

PTG, EXPLICA A ESTRATÉGIA DA MARCA PARA PORTUGAL<br />

A<br />

Continental é uma grande empresa, que<br />

abrange diversos tipos de mercados e diferentes<br />

produtos. Tem sempre uma visão<br />

estratégica global e está constantemente à procura<br />

de uma qualidade e atualização de produtos<br />

para o mercado. O objetivo <strong>das</strong> mudanças é sempre<br />

com vista a melhorar, primeiro a qualidade<br />

dos seus produtos, a ser uma empresa atualizada<br />

e ativa no mercado, e claro, com pessoas motiva<strong>das</strong><br />

a trabalharem a marca.<br />

Ana Castro ingressou na empresa em maio deste<br />

ano, para desempenhar o cargo de Sales Manager<br />

Portugal da Continental ContiTech PTG ((Power<br />

Transmission Group) uma área dedicada à comercialização<br />

de produtos como correias, componentes,<br />

Kits e ferramentas, entre outros, sendo<br />

responsável pelo desenvolvimento do mercado<br />

português. Com formação em Engenharia, Ana<br />

Castro vai dar continuidade ao excelente trabalho<br />

realizado pelo João Cardoso, agora noutra divisão<br />

da Continental.<br />

Como foi o seu percurso profissional até chegar a<br />

Area Sales Manager da Continental ContiTech?<br />

O meu percurso até chegar à Continental foi todo na<br />

Bosch Braga. Comecei em 2014 com o meu projeto<br />

de mestrado para finalizar o curso de engenharia e<br />

fiquei até ao ano de 2023. Na altura, comecei a trabalhar<br />

como engenheira do laboratório de metrologia<br />

elétrica, que acabou por crescer bastante dentro<br />

a empresa ao longo dos anos. Nos últimos anos era<br />

Responsável/Team Leader do mesmo laboratório<br />

gerindo uma equipa de cerca de 6 pessoas. Foi todo<br />

um percurso ligado à área de produção, qualidade<br />

e gestão, o qual me fez crescer e aprender muito<br />

como profissional. Aliado a isso, o facto da Bosch<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 29


ANA CASTRO<br />

TODOS OS PRODUTOS CONTITECH TÊM UM QR CODE NAS EMBALAGENS<br />

ONDE ATRAVÉS DE UMA CÂMARA DE UM TELEMÓVEL O CLIENTE PODE<br />

IR DIRETAMENTE PARA A PÁGINA TÉCNICA DO PRODUTO QUE PROCURA<br />

INFORMAÇÃO SOBRE CARACTERÍSTICAS E INSTALAÇÃO<br />

ser uma empresa bastante evoluída<br />

com imensas oportunidades que nos<br />

permitem aprender e evoluir muito<br />

em diversas vertentes.<br />

Como define a sua forma de estar<br />

no mercado? Que princípios e regras<br />

defende?<br />

Ainda estou numa fase de muita<br />

aprendizagem e conhecimento do<br />

mercado, focada em absorver toda a<br />

informação que recebo, estudando<br />

muito e estando atenta a todos os<br />

inputs que recebo no dia a dia de trabalho,<br />

da minha equipa e dos meus<br />

clientes. Apesar da minha experiência<br />

profissional anterior não ser na área<br />

de ven<strong>das</strong>, sou da opinião que quando<br />

temos princípios e valores como ser<br />

humano conseguimos estar presentes<br />

em qualquer trabalho e em qualquer<br />

área de negócio. O respeito pelas pessoas<br />

que nos rodeiam e com quem<br />

trabalhamos, o foco no trabalho em<br />

equipa, a dedicação e empenho que<br />

aplicamos a tudo o que fazemos como<br />

também a humildade para saber em<br />

que momentos devemos atuar e de<br />

que forma o fazemos, para mim, são<br />

pilares fundamentais para sermos<br />

bons profissionais. A partir daí, as<br />

coisas surgem de uma forma natural.<br />

O seguimento destes pilares no meu<br />

dia a dia, é e será a minha posição no<br />

mercado.<br />

Qual a sua estratégia para chegar ao<br />

máximo número de clientes possível?<br />

A nossa estratégia não passa por ter<br />

uma quantidade excessiva de clientes.<br />

Temos claro, alguns números mínimos<br />

estipulados, no entanto a Conti-<br />

Tech PTG foca-se mais em ter clientes<br />

de qualidade que tenham respeito<br />

pela nossa marca e que queiram trabalhá-la,<br />

assim como nós como marca,<br />

também damos valor a ter clientes<br />

nos quais confiámos no seu trabalho<br />

e obviamente no seu futuro no mercado.<br />

A nossa estratégia passa por<br />

dar suporte e estarmos disponíveis<br />

sempre, com objetivo de ter uma relação<br />

de total confiança com os nossos<br />

clientes, sabendo que adicionamos<br />

valor mutuamente no nosso dia a dia.<br />

Por fim, passa também por estarmos<br />

ativos no mercado, atentos, sermos<br />

observadores e críticos primeiro ao<br />

nosso trabalho e depois ao restante.<br />

Como está a ContiTech a acompanhar<br />

o desenvolvimento da indústria<br />

automóvel e do aftermarket?<br />

A ContiTech é uma empresa que tem<br />

departamentos e equipas dedica<strong>das</strong><br />

exclusivamente ao desenvolvimento,<br />

fazendo também grandes investimentos<br />

na área e, por essas razões, estamos<br />

constantemente atentos, tendo sempre<br />

produtos novos e atualizados para<br />

acompanhar o mercado. Já temos uma<br />

gama bastante diversa para veículos<br />

híbridos. Por outro lado, a eletrificação<br />

dos veículos também abre novos campos<br />

de aplicação para as correias... Estamos<br />

a trabalhar nessa vertente.<br />

A maioria <strong>das</strong> atividades da ContiTech<br />

no setor automóvel está consolidada<br />

no equipamento original. Quais<br />

as vantagens de ser um fornecedor<br />

de 1º equipamento?<br />

Na ContiTech, construir uma relação<br />

de confiança com os nossos parceiros<br />

e clientes é imprescindível. A lista de<br />

critérios para um novo carro entrar<br />

no mercado é infinita. Os fabricantes<br />

têm uma lista imensa de aspetos<br />

a considerar e aperfeiçoar antes que<br />

o veículo possa sair da fábrica para<br />

a estrada e ficar ativo. Decidir quem<br />

será o fornecedor de equipamento<br />

de origem do carro é uma decisão de<br />

grande responsabilidade que se baseia<br />

em factos mas também na confiança.<br />

Confiança na segurança, bem<br />

como confiança na capacidade de desempenho<br />

dos nossos produtos... e a<br />

nossa empresa tem tudo isso.<br />

O que está a ser feito pela ContiTech<br />

no domínio da sustentabilidade?<br />

A empresa tem especialistas que enfrentam<br />

estes desafios, focando o seu<br />

dia a dia para a neutralidade na emissão<br />

de carbono, no uso de materiais<br />

sustentáveis, em operações ecológicas<br />

assim como no tratamento do final de<br />

vida dos nossos produtos. Somos uma<br />

empresa muito focada no tema da sustentabilidade!<br />

Um dos exemplos disso<br />

mesmo são as novas embalagens dos<br />

nossos produtos que foram lança<strong>das</strong><br />

no início deste ano 2023. Embalagens<br />

com menos 50% papelão, 245 g mais<br />

leves, que representam cerca de 70%<br />

mais espaço por palete e também cerca<br />

de 98 trajetos a menos realizados<br />

por camiões por ano, traduzindo-se<br />

em cerca de menos 390 tonela<strong>das</strong> de<br />

transmissões de CO 2 por ano.<br />

E como o mercado de peças aftermarket<br />

pode ser mais sustentável?<br />

Qual o papel dos componentes<br />

reconstruídos neste domínio?<br />

A procura de novos materiais sustentáveis<br />

e de novos processos de montagem,<br />

entre outros, são uma constante<br />

não só para a nossa empresa como<br />

para o mercado geral. A evolução da<br />

indústria automóvel dita isso mesmo!<br />

Na minha opinião, penso que<br />

neste momento, o primeiro caminho<br />

a seguir na área de aftermarket passa<br />

muito nos processos logísticos que o<br />

envolvem. Recriar e evoluir no embalamento<br />

de produtos, usando novos<br />

materiais, dimensões mais reduzi<strong>das</strong><br />

etc.; Reduzir de uma forma mais eficaz<br />

os transportes realizados dos produtos<br />

30 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


entre fabricantes/distribuidores/oficinas;<br />

Determinar boas estratégias e<br />

processos para eliminar os produtos<br />

no seu fim de vida... Isto são alguns<br />

pontos que acho que podem ajudar o<br />

aftermarket um pouco mais na área da<br />

sustentabilidade. No entanto, obviamente<br />

que sabemos que tudo isto demora<br />

o seu tempo e envolve também<br />

bastante investimento.<br />

Como está organizada a distribuição<br />

dos produtos ContiTech no mercado<br />

português?<br />

Atualmente na ContiTech PTG o número<br />

de distribuidores ajusta-se à<br />

mos visualizar montagens de determinados<br />

produtos, com conselhos de<br />

montagem entre outros inputs que<br />

são muito úteis a todos aqueles que<br />

trabalham com os nossos produtos.<br />

A nível de formação, o objetivo passa<br />

por ter um formador técnico a nível<br />

ibérico, que poderá promover diversas<br />

formações com os nossos clientes.<br />

O que tenciona fazer para aumentar<br />

a notoriedade da marca ContiTech,<br />

junto <strong>das</strong> oficinas e também do<br />

cliente final?<br />

Primeiro de tudo dar o meu melhor<br />

para continuar o excelente trabalho<br />

com os meus clientes forte, de forma<br />

a que possam confiar no meu trabalho<br />

e 100% na nossa marca. Obviamente<br />

que tudo isto sempre associado<br />

a ações de marketing, formações<br />

e um acompanhamento total dos<br />

nossos parceiros.<br />

Quais os benefícios e vantagens que<br />

uma oficina automóvel pode ter em<br />

adquirir produtos ContiTech?<br />

Primeiro destacar claro, a qualidade<br />

dos nossos produtos. Além disso,<br />

a ContiTech PTG oferece 5 anos de<br />

garantia para oficinas regista<strong>das</strong>.<br />

Todo o suporte técnico de fácil acesso<br />

code nas embalagens onde através de<br />

uma câmara de um telemóvel com<br />

acesso à internet pode ir diretamente<br />

para a página técnica do produto,<br />

que procura informação.<br />

Quais os projetos que pretende<br />

desenvolver com a ContiTech em<br />

Portuga?<br />

Estamos a trabalhar intensamente<br />

para seguir em frente, melhorando a<br />

nossa oferta de produtos e soluções.<br />

É um processo de melhoria contínua.<br />

A nossa motivação passa por acompanhar<br />

os nossos clientes no desenvolvimento<br />

dos seus negócios.<br />

A ESTRATÉGIA DA CONTITECH PASSA POR DAR SUPORTE E ESTAR SEMPRE<br />

DISPONÍVEL, COM OBJETIVO DE TER UMA RELAÇÃO DE TOTAL CONFIANÇA<br />

COM OS CLIENTES, SABENDO QUE ADICIONA VALOR MUTUAMENTE NO SEU<br />

TRABALHO DIÁRIO NA OFICINA<br />

realidade atual do mercado Ibérico<br />

como também de acordos que temos<br />

com os grupos de compra. Os pedidos<br />

são realizados através de uma<br />

plataforma e/ou email tendo um<br />

tempo estimado de entrega normalmente<br />

entre 3 a 4 dias úteis.<br />

Estão abertos à entrada de mais<br />

distribuidores?<br />

A ContiTech é uma empresa em busca<br />

de uma evolução e melhoria constante<br />

e, por essas razões, a avaliação<br />

de entrada de mais distribuidores<br />

depende de uma análise cuidada e<br />

claro, de um interesse comum.<br />

Que apoio dão aos vossos distribuidores<br />

a nível de campanhas de<br />

marketing, promoções de produto,<br />

informação técnica e formação para<br />

clientes?<br />

A nível de marketing existem contratos<br />

estabelecidos anuais de forma a<br />

que sejam feitas campanhas de uma<br />

forma eficaz e com investimentos<br />

planeados. Relativamente a informações<br />

técnicas, a ContiTech PTG<br />

tem um website (PIC www.continental-engineparts.com)<br />

que contém<br />

toda a informação técnica relativamente<br />

aos nossos produtos. Nesse<br />

site, também temos vídeos “Watch &<br />

Work” bastante técnicos, onde pode-<br />

que o João Cardoso (anterior ASM<br />

de PTG PT), Manel Real (chefe ibérico<br />

ven<strong>das</strong> PTG ContiTech) assim<br />

como toda a restante equipa têm<br />

feito em Portugal nos últimos anos.<br />

Estabelecer um nível de confiança<br />

(como por exemplo o site PIC) permitem<br />

que o dia a dia de um trabalhador<br />

de oficina seja mais facilitado,<br />

uma vez que tem acesso rápido e direto<br />

a muita informação técnica. Todos<br />

os nossos produtos têm um QR<br />

Quais as principais ameaças e desafios<br />

que se colocam à ContiTech nos<br />

próximos anos?<br />

O mundo atual e a constante exigência<br />

diária que temos no mercado onde<br />

atuamos faz com que os desafios sejam<br />

constantes para a nossa empresa!<br />

Encontramo-nos numa fase onde<br />

ninguém sabe exatamente qual será<br />

o futuro da indústria automóvel nomeadamente<br />

a nível de evolução dos<br />

veículos híbridos, elétricos, eliminação<br />

do Diesel(?) entre outros. Aliado<br />

a isso, não sabemos com que timing<br />

estas alterações do mercado vão acontecer.<br />

Como tal, temos que nos manter<br />

muito focados e observadores em tudo<br />

aquilo que faz parte do nosso mercado<br />

e nas diretrizes envolvi<strong>das</strong> de forma a<br />

estarmos prontos a agir conforme as<br />

tendências futuras. Estarmos bem preparados<br />

para as mudanças que vêm, é<br />

o maior desafio que temos atualmente.<br />

Que objetivos a ContiTech se propõe<br />

atingir este ano e em 2024?<br />

O nosso objetivo para 2023 assim<br />

como para 2024 centra-se na harmonização<br />

e transparência dos preços<br />

tendo sempre o foco no valor acima<br />

de volume. Trabalhamos com muito<br />

afinco para que o nosso negócio e o<br />

dos nossos parceiros seja sustentável<br />

a curto, médio e longo prazo. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 31


Entrevista<br />

DAN MENAHEM, ADMINISTRADOR DA SOFRAPA<br />

É IMPORTANTE OFERECER<br />

VARIEDADE AO CONSUMIDOR<br />

A SOFRAPA É O MAIOR DISTRIBUIDOR DE PEÇAS A NÍVEL NACIONAL E DESDE 2016 QUE OCUPA O PRIMEIRO<br />

LUGAR DO RANKING TOP 100. NUMA EVOLUÇÃO SEM PRECEDENTES, ESTE ANO PREVÊ BATER UM RECORDE<br />

DE FATURAÇÃO E DEVE ATINGIR OS 90 MILHÕES DE EUROS, AO MESMO TEMPO QUE INAUGURA A 25.ª LOJA<br />

EM PORTUGAL. PARA NOS FALAR SOBRE ESTA ROTA DE SUCESSO, ESTIVEMOS À CONVERSA COM<br />

DAN MENAHEM, ADMINISTRADOR DA EMPRESA QUE CELEBRA 65 ANOS DESDE A SUA FUNDAÇÃO<br />

As origens da Sofrapa remontam a 1958, mas<br />

só em 1991, trinta e três anos depois, a empresa<br />

chegou às mãos do atual proprietário.<br />

Natural de Marrocos, criado em Paris, Dan<br />

Menahem veio há mais de três déca<strong>das</strong> estabelecer-se<br />

em Portugal, onde adquiriu aquela que é<br />

hoje a maior distribuidora de peças auto em Portugal.<br />

Quando emigrou para o nosso país, e enveredou<br />

pelo negócio <strong>das</strong> peças, agarrou numa Sofrapa<br />

que tinha 16 funcionários e era ele próprio o mais<br />

novo de todos. Atualmente, conta orgulhoso que<br />

é quase “o mais velho”, de uma família que soma<br />

perto de 400 colaboradores. Tem, neste momento,<br />

24 pontos de venda abertos ao público pelo país<br />

inteiro, mas “quando o <strong>Jornal</strong> imprimir, se calhar<br />

já podem ser 25”, brinca, abrindo o jogo sobre as<br />

expetativas de inaugurar mais uma loja a muito<br />

breve trecho, para perfazer ainda este ano mais um<br />

marco. Quanto às instalações, para já, são suficientes,<br />

com armazéns em Odivelas (sede), no norte,<br />

Porto e Braga e ainda no Algarve.<br />

Empresa virada para as soluções<br />

“Foi um percurso com altos e baixos, pois em 32<br />

anos não pode estar sempre sol”, começa por nos<br />

dizer o administrador, em jeito de balanço, sobre<br />

o caminho que tem traçado na Sofrapa. “Tivemos<br />

sempre uma presença um bocado atípica no mercado,<br />

porque vendemos peças originais e peças de<br />

aftermarket e é muito raro encontrarmos empre-<br />

sas assim na Europa e no mundo. São, em princípio,<br />

mundos opostos. Apostámos sempre no original<br />

e fomos crescendo no aftermarket, que agora<br />

já têm pesos praticamente equivalentes”, revela,<br />

explicando que a empresa se iniciou na venda de<br />

peças de origem para os concessionários e oficinas<br />

do grupo PSA, atual Stellantis. Há uns anos começou<br />

a vender também peças aftermarket, que hoje<br />

já representam 55% da faturação.<br />

O portefólio da Sofrapa é generoso e Dan Menahem<br />

assume que só não são ainda “muito fortes<br />

nas ferramentas e nos equipamentos. De resto<br />

vendemos tudo, tentamos servir a oficina em to<strong>das</strong><br />

as necessidades de peças, desde as originais, às de<br />

aftermarket”. Apesar de estar nos planos apostar<br />

também na área dos equipamentos ainda não foi<br />

possível, pois “o crescimento é tanto que a gente<br />

não se consegue virar para todo o lado. Está previsto,<br />

só que não conseguimos dedicar nem o tempo,<br />

nem o dinheiro necessário”, esclarece. Entre as<br />

gamas de produtos mais fortes, destaca os lubrificantes<br />

e as baterias, até porque o percurso de desenvolvimento<br />

passou por “equipamento original,<br />

baterias, lubrificantes e só depois o aftermarket”.<br />

Ao longo destas seis déca<strong>das</strong> e meia, a Sofrapa foi<br />

somando prémios e distinções, que Dan Menahem<br />

prefere não relevar. A seu ver, “o importante é a relação<br />

com a nossa gente, as pessoas que trabalham<br />

na empresa, e com os nossos clientes”. O responsável<br />

pretende que esta seja uma empresa virada<br />

para as soluções, uma vez que “isso é que importa!<br />

Assim como o espírito de crescimento e que isto<br />

seja uma família feliz onde toda a gente gosta de<br />

trabalhar. Se ganhamos ou não prémios, isso é um<br />

aparte”.<br />

Proximidade ao mercado<br />

O aumento do número de lojas tem sido um dos<br />

grandes objetivos de Dan Menahem ao longo dos<br />

últimos anos. Hoje, tem espaços abertos em Lagoa,<br />

Portimão, Pateiro, Albufeira, Loulé, Faro, Tavira,<br />

Setúbal, Corroios, Lisboa, Sintra, Odivelas, Alverca,<br />

Torres Vedras, Leiria, Coimbra, Covilhã, Viseu,<br />

Canelas, Gaia, Porto, Braga, Mirandela e Chaves.<br />

O administrador pretende “manter a proximidade<br />

com os clientes e para isso precisamos de mais<br />

pontos de venda. Já cobrimos o território nacional<br />

todo, estando em mercados com maior importância<br />

em volume. O último ponto que abrimos foi<br />

Chaves, depois de Mirandela, que são mercados<br />

mais pequenos, mas que têm clientes, pois os grandes<br />

centros já estão cobertos”, indica. As ven<strong>das</strong><br />

ao balcão continuam a ser importantes, havendo,<br />

dependente <strong>das</strong> zonas, “balcões mais fortes do que<br />

outros. Para nós não é uma estratégia, mas claro<br />

que tento ter lojas em sítios onde pode ter um balcão.<br />

Ainda assim, a maior parte <strong>das</strong> nossas ven<strong>das</strong><br />

são em entrega direta às oficinas”.<br />

As entregas, naturalmente, são um dos temas<br />

quentes da distribuição de peças auto em Portu-<br />

32 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NA ÚLTIMA DÉCADA,<br />

DAN MENAHEM TEM<br />

SIDO O RESPONSÁVEL<br />

POR CRIAR UMA<br />

EVOLUÇÃO SEM<br />

PRECEDENTES NA<br />

EMPRESA QUE GERE E<br />

TEM AS ESTRATÉGIAS<br />

BEM DEFINIDAS PARA<br />

OS TEMPOS QUE SE<br />

APROXIMAM


DAN MENAHEM<br />

gal e Dan Menahem não se faz rogado<br />

ao classificar a logística do setor<br />

como “um pesadelo!”, dada a multiplicidade<br />

de viagens que são exigi<strong>das</strong><br />

pelas oficinas diariamente. A Sofrapa<br />

tem 150 viaturas próprias a circular<br />

e conta também com os serviços<br />

de transportadores para distâncias<br />

maiores. A empresa disponibiliza o<br />

acesso dos seus clientes a uma plataforma<br />

B2B, “que estes usam e nós<br />

tentamos que seja o caminho”, apesar<br />

de ainda haver uma boa fatia de<br />

pedidos que são feitos pelos canais<br />

mais tradicionais, seja o telefone ou o<br />

e-mail. Para já não é uma realidade,<br />

mas, no futuro, Menahem pretende<br />

estabelecer uma política de encomen<strong>das</strong><br />

que “castigue quem não usa<br />

o canal”, ou, por outras palavras, uma<br />

fase em que “o cliente que dá menos<br />

trabalho seja beneficiado”, adianta.<br />

O cliente quer escolha<br />

Depois de uma fase mais conturbada<br />

com as dificuldades de fornecimento<br />

para algumas referências, por conta<br />

não só da pandemia de Covid-19,<br />

como a crise dos contentores, que levaram<br />

a graves problemas na cadeia<br />

de abastecimento, a situação tende a<br />

regressar à normalidade. Para Dan<br />

to forte numa marca. Hoje o cliente<br />

quer escolha, porque o parque envelhece<br />

e a necessidade do cliente<br />

final é diferente consoante a idade<br />

do carro e da sua carteira. Então, temos<br />

que oferecer várias marcas com<br />

vários posicionamentos de preço. É<br />

fulcral ter uma oferta abrangente”,<br />

considera.<br />

Sobre se as peças de aftermarket<br />

têm tendência a crescer mais do que<br />

as peças de origem, Menahem entende<br />

que “pensava que a origem ia<br />

ter mais dificuldade, mas não sinto.<br />

As flutuações que sentimos no aftermarket,<br />

sentimos igualmente no<br />

original. Não há duas correntes diferentes,<br />

o que pode vir a mudar, mas<br />

até hoje não houve. Crescemos muito<br />

no aftermarket. Hoje, na Sofrapa, o<br />

original pesa 45% e o aftermarket<br />

55%”, conta.<br />

Serviço de qualidade<br />

Desde 2017 que a Sofrapa é distribuidora<br />

da rede europeia Distrigo<br />

(peças originais para as marcas Citroen,<br />

Peugeot, Opel, Alfa Romeo,<br />

Fiat, Jeep… e a marca de peças aftermarket<br />

Eurorepar), o que, na verdade,<br />

para a empresa poucas mudanças<br />

trouxe. “Já éramos distribuidores da<br />

“É MUITO IMPORTANTE<br />

EVOLUIR”<br />

As mudanças que estão a ocorrer no modelo<br />

de negócio dos distribuidores de peças,<br />

como a digitalização, eletrificação e as novas<br />

formas de mobilidade ainda não são fonte<br />

de preocupação para Dan Menahem, que se<br />

mostra aberto às novidades. Por um lado,<br />

confia que ainda vai demorar “muito, muito<br />

tempo a mudar alguma coisa. Até o carro<br />

elétrico ter peso suficiente para alterar o<br />

mercado vai demorar 15 anos”. Para este<br />

responsável, nesta fase, “é muito difícil<br />

prever” o que irá acontecer, mas considera que<br />

“a colisão vai diminuir por causa dos sensores,<br />

com a condução autónoma”. Assim, “é muito<br />

importante evoluir para vender consumíveis,<br />

porque viver só de colisão ou de mecânica vai<br />

ser difícil”, remata.<br />

dá para fazer comunicação global,<br />

pode-se fazer contratos com frotas e<br />

é diferente de o fazer com uma oficina”,<br />

explica. A seu ver, “como o grupo<br />

Stellantis consolidou as redes de distribuição<br />

e de reparação que tem, viram<br />

uma oportunidade de criar uma<br />

rede reparadora independente, porque<br />

havia muitas empresas pequenas<br />

de garagem, que deixaram de ser reparadoras<br />

oficiais. Esses reparadores<br />

passaram a ser Eurorepar Car Service.<br />

Depois, na segunda fase, aproveitaram<br />

o andamento e incorporaram<br />

oficinas independentes para aumentar<br />

a rede Eurorepar. Isto dá força a<br />

uma rede, são clientes que têm tendência<br />

a comprar peças originais e de<br />

aftermarket, aos quais temos de dar<br />

um serviço de qualidade, para estarem<br />

satisfeitos com a marca”.<br />

Por outro lado, a Sofrapa faz também,<br />

desde 2018, parte do grupo<br />

Serca, que trouxe mais-valias “no<br />

sentido em que ainda tínhamos dificuldade<br />

em abrir algumas portas<br />

com alguns fornecedores e que nalguns<br />

casos ajudaram a ultrapassar<br />

isso”. Em contrapartida, a única<br />

queixa que o responsável aponta é<br />

a “dificuldade a fazer acordos ibéricos<br />

com os fornecedores. São muito<br />

EMPRESÁRIO DE MÃO CHEIA, DAN MENAHEM SABE BEM analisar O<br />

MERCADO E TEM, NESTES ÚLTIMOS trinta ANOS, SABIDO CONDUZIR COM<br />

MESTRIA A SOFRAPA PARA A LEVAR A BOM PORTO, MESMO EM TEMPOS<br />

MENOS FÁCEIS PARA O SETOR<br />

Menahem, a solução foi só uma:<br />

“como todos os nossos concorrentes,<br />

tivemos que compensar essas falhas,<br />

aumentando os níveis de stock”. São,<br />

atualmente, um fornecedor global<br />

para as oficinas, ou, como o administrador<br />

gosta de salientar, “ainda<br />

mais global do que os outros, porque<br />

temos o original e o aftermarket.” A<br />

chegada a Chaves marcou também<br />

uma nova etapa para a Sofrapa, que<br />

assinou uma parceria de distribuição<br />

oficial e exclusiva para o mercado<br />

português com a marca de baterias<br />

GS Yuasa. O responsável explica a<br />

importância de, na atualidade, “oferecer<br />

variedade ao consumidor, pois<br />

antigamente o importador era mui-<br />

Peugeot antes e só alterou o nome,<br />

pois com a incorporação <strong>das</strong> outras<br />

marcas do grupo PSA ganhámos<br />

mercado”, conta. Neste âmbito, as<br />

garantias e devoluções assumem<br />

um peso “muito grande na Sofrapa.<br />

Com o centro Distrigo, estamos habituados<br />

ao processo, porque a garantia<br />

na marca original do carro é<br />

um assunto muito importante e tem<br />

que ser justo e rápido. Há artigos que<br />

precisam de muita técnica e outros<br />

que não”, comenta.<br />

A Sofrapa integra também o conceito<br />

Eurorepar Car Service, do qual Dan<br />

Menahem destaca os benefícios e o<br />

poder de escala que veio possibilitar,<br />

“por ser uma rede europeia, já<br />

LÍDER DE MERCADO<br />

HÁ OITO ANOS<br />

Desde 2016 que a Sofrapa ocupa o primeiro<br />

lugar do ranking TOP 100, algo que deixa<br />

Dan Menahem satisfeito, mas sem nunca<br />

embandeirar em arco e mantendo a<br />

humildade que o carateriza. “Pode haver uma<br />

concentração e, de um momento para o outro,<br />

alguém passa para a frente, não é grave. Tem<br />

sido um desempenho notável. Não importa<br />

ser primeiro, segundo ou terceiro, é mais uma<br />

competição contra nós próprios, para melhorar<br />

e andar para a frente do que com os outros”,<br />

afirma. Este ano prevê fechar novamente as<br />

contas a crescer, antevendo uma faturação a<br />

fixar-se nos 90 milhões de euros.<br />

Espanha ou Portugal. Se há um caminho<br />

para traçar é conseguir que os<br />

caminhos sejam mais ibéricos, para<br />

que os dois lados possam beneficiar”.<br />

Passar a fronteira<br />

Empresário de mão cheia, Dan Menahem<br />

sabe bem analisar o mercado<br />

e tem, nestes últimos trinta anos, sabido<br />

conduzir com mestria a Sofrapa<br />

para a levar a bom porto, mesmo em<br />

tempos menos fáceis para o setor.<br />

Especialmente na última década,<br />

tem sido o responsável por criar uma<br />

evolução sem precedentes na casa<br />

que gere e tem as estratégias bem defini<strong>das</strong><br />

para os tempos que se aproximam.<br />

Questionado sobre a eventual<br />

34 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


VENDA DAS PEÇAS ONLINE B2C<br />

Quanto à questão da venda <strong>das</strong> peças online B2C, Menahem refere “não há nenhum país<br />

onde o volume deste canal ultrapasse 15% do mercado, mas a verdade é que os preços<br />

têm tendência a ser muito baratos por conta de start-ups que nasceram. No entanto, o<br />

profissional precisa de muito serviço, de entregas e isso encarece a peça. Quando as peças<br />

são especialmente caras, o cliente final tenta arranjar solução, porque 4 euros num filtro até<br />

pode não ser muito, mas 200 euros numa embraiagem é muito! As pessoas vão comparar e<br />

tentam mandar vir… ora a oficina pode aceitar não ganhar na peça, mas vai cobrar mais na<br />

reparação”, considera, mostrando-se “pouco assustado com o B2C, acho que é em parte para as<br />

pessoas que fazem «bricolage» de domingo”.<br />

possibilidade de se aventurar além-<br />

-fronteiras, com negócios na vizinha<br />

Espanha, o administrador é perentório:<br />

“Não! Só iremos para Espanha<br />

numa consolidação, se houver movimentos…”.<br />

Neste momento, admite,<br />

“ainda temos espaço para crescer e,<br />

no nosso mercado, é mais importante<br />

ser muito forte num país do que<br />

estar muito disperso”.<br />

Seria inevitável, com a dimensão que<br />

a Sofrapa atingiu no setor, que não tivesse<br />

já sido uma empresa assediada<br />

com propostas de compra externas.<br />

Dan Menahem confirma, mas tem, até<br />

então, conseguido mantê-la nas suas<br />

mãos. Contudo, não põe de parte a<br />

hipótese de abrir mão da mesma “no<br />

momento certo. As empresas têm ciclos<br />

e há momentos para tudo. Há dois<br />

momentos para vender as empresas,<br />

quando estão muito mal e precisam de<br />

alguém para ajudar, ou quando estão<br />

no topo. Entre os dois, olhe, é o que<br />

houver!”, diz, sublinhando que para<br />

já ainda está “numa fase de expansão,<br />

mas estamos abertos a tudo”.<br />

Apostas para o futuro<br />

O futuro, para Dan Menahem é muito<br />

claro: “abrir mais pontos. Diversificar<br />

a oferta e tentar aos poucos ter<br />

INTERNACIONALIZAÇÃO<br />

GENERALIZADA<br />

Sobre a tão falada iberização do mercado da<br />

distribuição de peças auto, Dan Menahem<br />

acredita mais numa internacionalização<br />

generalizada do que propriamente na entrada<br />

de empresas espanholas em Portugal. O<br />

fenómeno só ainda não aconteceu em pleno,<br />

entende o proprietário da Sofrapa, “porque<br />

o nosso mercado é muito atomizado, há<br />

demasia<strong>das</strong> casas de peças e é muito difícil<br />

para quem se quer consolidar, mesmo para<br />

quem tem muito dinheiro, é uma dificuldade<br />

juntar as empresas”. Aliás, na sua opinião,<br />

nem será assim tão mau a entrada <strong>das</strong><br />

grandes empresas no mercado nacional:<br />

“Essas empresas vêm para ganhar dinheiro.<br />

Então, vão manter rentabilidade, o que para<br />

nós é bom, porque em vez de termos um<br />

concorrente que não ganha nada e com o<br />

qual não podemos fazer as contas da mesma<br />

forma, em princípio a nossa margem deve<br />

ter tendência a melhorar e a rentabilidade<br />

também”, argumenta.<br />

DAN MENAHEM CONSIDERA QUE O CLIENTE QUER ESCOLHA, PORQUE O<br />

PARQUE ENVELHECE E A NECESSIDADE DO CLIENTE FINAL É DIFERENTE<br />

CONSOANTE A IDADE DO CARRO E DA SUA CARTEIRA. POR ISSO OFERECE<br />

VÁRIAS MARCAS COM VÁRIOS POSICIONAMENTOS DE PREÇO<br />

famílias de produtos que não vão ser<br />

atingidos por alterações do parque<br />

de veículos, como quando ficar tudo<br />

elétrico, para compensar a evolução<br />

do mercado”, revela, mostrando-se<br />

atento às movimentações do setor. O<br />

administrador da Sofrapa destaca o<br />

facto de o parque automóvel estar a<br />

envelhecer, “o que para nós é positivo,<br />

porque é um consumidor que fica<br />

ali. O que ainda não medimos muito<br />

bem, que pode também ajudar, é<br />

a retração do cliente à eletrificação.<br />

Cada vez mais vai haver pessoas que<br />

vão guardar o carro, para não trocar<br />

pelo elétrico… há muitas reticências<br />

e isto pode fazer com que o parque<br />

continue a envelhecer”, refere. Instado<br />

a deixar uma mensagem aos<br />

clientes e fornecedores da Sofrapa, o<br />

administrador começa por fazer “um<br />

agradecimento pela confiança”. Além<br />

disso, agradece também “o bom relacionamento<br />

que temos com todos,<br />

tanto fornecedores, como clientes.<br />

Acho que estamos em sintonia com<br />

a evolução do mercado e vamos ser<br />

um parceiro para muito tempo”. O<br />

objetivo do responsável para a sua<br />

empresa é que o “ultrapasse a nível<br />

temporal. A Sofrapa não nasceu comigo,<br />

evoluiu comigo e espero que<br />

continue a evoluir, para ser um ator<br />

importante no mercado nacional. Se<br />

for um mercado ibérico, logo vemos”,<br />

finaliza. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 35


Entrevista<br />

GRACIANO COSTA<br />

DIRETOR-GERAL DA MEADELA PEÇAS<br />

A PROXIMIDADE<br />

É A NOSSA ARMA<br />

COM UMA FATURAÇÃO DE MAIS DE 2 MILHÕES DE EUROS ANUAIS,<br />

A MEADELA PEÇAS JÁ CONQUISTOU O SEU ESPAÇO NO MERCADO<br />

AUTOMÓVEL E DAS TINTAS AUTO. NO ENTANTO, ATÉ ALCANÇAR ESTE<br />

PATAMAR, FOI PRECISO SUBIR A PULSO, PASSAR POR MUITOS NEGÓCIOS,<br />

GANHAR E PERDER DINHEIRO, PARA CONSTRUIR A EMPRESA DE SUCESSO<br />

QUE HOJE DOMINA O DISTRITO DE VIANA DO CASTELO E NÃO SÓ.<br />

A HISTÓRIA É-NOS CONTADA NA PRIMEIRA PESSOA POR GRACIANO COSTA,<br />

DIRETOR-GERAL DA EMPRESA


Casa de referência no setor <strong>das</strong> peças, acessórios, equipamentos<br />

e repintura automóvel em Viana do Castelo, a<br />

Meadela Peças foi fundada por Graciano Costa em 1980.<br />

Aquela que agora comemora 43 anos de atividade, começou por<br />

ser uma oficina de colisão e foi crescendo e evoluindo o negócio<br />

para a distribuição de produtos de repintura. No início deste<br />

ano, a empresa inaugurou novas instalações, amplas, sempre a<br />

pensar no futuro e no crescimento da empresa. Nesta fase, são os<br />

filhos que asseguram a continuidade da casa, responsáveis pelos<br />

departamentos de ven<strong>das</strong> e financeiro. A Meadela Peças tem nos<br />

AS PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO<br />

SEMPRE FORAM A BASE DO NEGÓCIO<br />

DA MEADELA PEÇAS, DEPOIS<br />

SURGIRAM OS EQUIPAMENTOS E AS<br />

FERRAMENTAS E MAIS TARDE AS<br />

TINTAS PARA O SETOR AUTOMÓVEL<br />

seus quadros 26 funcionários e a faturação anual é superior a 2<br />

milhões de euros, o mesmo valor que foi recentemente investido<br />

na nova casa, que trouxe espaço e modernidade à empresa.<br />

A «mecânica» de uma empresa familiar<br />

Para compreendermos toda a «mecânica» de uma empresa familiar<br />

de estatuto invejável no panorama do mercado, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> foi conversar com Graciano Costa, diretor geral da Meadela<br />

Peças, ladeado pela filha, Sofia Costa, diretora financeira.<br />

Como responsável máximo da Meadela Peças, Graciano Costa lembra-se<br />

bem da história que começa com uma oficina de reparação:<br />

“a Meadela Peças surge como uma central de compras para prestar<br />

apoio a uma oficina, pois tínhamos dificuldade em encontrar peças.<br />

Na altura chegámos a ter quase 20 funcionários só na chapa<br />

e na pintura. Na verdade, tínhamos muito trabalho, os sinistros<br />

sucediam-se e depois surgiam as dificuldades… Para chegar aqui<br />

um litro de tinta, demorava, pelo menos, dois dias, vinha tudo do<br />

Porto. O transporte era complicado, eram duas horas e meia para<br />

cada lado! O «boom» da Meadela Peças foi tão grande, que precisámos<br />

de ter acompanhamento”, recorda. Não tardou que, pelo<br />

distrito, lhes começassem também a pedir material, o que obrigou<br />

a que se estendessem e acabaram “por ir deixando de lado a oficina,<br />

principalmente porque estamos num mercado regional, onde não<br />

é fácil evoluir. Numa grande cidade, isso funciona, hoje os grandes<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 37


GRACIANO COSTA<br />

CASA DE REFERÊNCIA NO SETOR DAS PEÇAS, ACESSÓRIOS, EQUIPAMENTOS<br />

E REPINTURA AUTOMÓVEL EM VIANA DO CASTELO, A MEADELA PEÇAS<br />

INAUGUROU NO INÍCIO DO ANO UMAS AMPLAS INSTALAÇÕES E DEU UM<br />

IMPORTANTE PASSO RUMO AO FUTURO<br />

concessionários têm todos oficinas,<br />

contudo no mercado regional, onde<br />

as pessoas se conhecem umas às outras,<br />

estaria a fazer concorrência aos<br />

meus clientes”, considera. Atualmente,<br />

a empresa ainda mantém a oficina,<br />

com cinco funcionários, mas noutra<br />

dimensão, muito mais reduzida,<br />

“quase para a nossa frota e mais uns<br />

amigos, sem ter a dinâmica de publicidade<br />

nem de expansão”, explica.<br />

A entrada<br />

no mercado <strong>das</strong> tintas<br />

A entrada no mercado <strong>das</strong> tintas fez<br />

a diferença na evolução da empresa,<br />

segundo o responsável, que nos conta<br />

que começaram “a trabalhar com<br />

a Robbialac, primeiro com tintas decorativas,<br />

mas logo de seguida expandimos<br />

para as auto e a partir daí foi<br />

sempre a crescer. Atualmente somos<br />

distribuidores da Standox na zona de<br />

Viana do Castelo”, refere, adicionando<br />

que trabalham com as marcas Standox<br />

e Cromax, têm pistolas de pintura<br />

da Devilbliss e são representantes da<br />

Car System, apresentando um leque<br />

de opções vasto e completo.<br />

Depois do arranque, o crescimento<br />

foi exponencial, para mais tarde se<br />

adaptarem às circunstâncias do mercado:<br />

“Tínhamos cerca de cinquenta<br />

máquinas de mistura instala<strong>das</strong>, mas<br />

agora temos apenas metade”. Nos dias<br />

de hoje, o grande suporte da empresa<br />

são as tintas e as non paint, e só depois<br />

o material de «choque», contudo,<br />

na opinião do diretor-geral, este<br />

mercado sofreu algumas alterações:<br />

“Na verdade, o mercado da reparação<br />

auto está totalmente diferente hoje.<br />

Já fizemos sucesso com os escapes,<br />

MEADELA PEÇAS<br />

Gerente // Graciano Costa<br />

Morada // Rua dos Carregais, 217<br />

4900-665 Viana do Castelo<br />

Telefone // 258 840 840<br />

E-mail // geral@meadelapecas.pt<br />

Site // www.meadelapecas.pt<br />

negócio que, entretanto, também desapareceu.<br />

Antigamente comprava-se<br />

200 panelas de escape por encomenda,<br />

e em 15 dias iam to<strong>das</strong>. Era bom<br />

negócio, havia até casas que só trabalhavam<br />

escapes. Eles optaram por<br />

outros negócios e nós também. Tentamos<br />

tanta coisa”, relembra.<br />

Além <strong>das</strong> tintas, a Meadela Peças abriu<br />

as portas aos equipamentos oficinais,<br />

como elevadores, ou esticadores de<br />

chapeiro, tudo equipamentos que as<br />

oficinas tinham dificuldade em adquirir.<br />

Depois de uma debandada dos<br />

distribuidores, a Meadela Peças entrou<br />

em cena para “desenrascar os que<br />

ficaram desamparados”, afirma, acrescentando<br />

que “felizmente, hoje, temos<br />

uma oferta alargada de equipamentos<br />

oficinais”. Já nas peças, “só temos os<br />

consumíveis de manutenção, como<br />

filtros, pastilhas, calços e óleos”, assume.<br />

No que diz respeito à formação, a<br />

Meadela Peças não sente necessidade,<br />

até ao momento, de ter um centro de<br />

treino, porque as marcas com que trabalham,<br />

“como a Standox, por exemplo,<br />

já tem centro de formação. A partir<br />

daí temos comerciais que dão apoio<br />

técnico e formação na casa do cliente”,<br />

afirma. Nas instalações da Meadela<br />

Peças há um laboratório onde se fazem<br />

as misturas para o cliente, “com<br />

muitas encomen<strong>das</strong> diárias, pois para<br />

a maior parte <strong>das</strong> oficinas deixou de<br />

ser sustentável ter os equipamentos,<br />

visto que ainda é preciso fazer algum<br />

investimento”, aponta. Para fazer meio<br />

litro de tinta, elucida, “é preciso comprar<br />

dois ou três corantes e, para isso,<br />

é preferível mandar fazer as tintas. Nós<br />

aqui aceitamos o pedido e é feito na<br />

hora. Se o pedido for feito às dez horas,<br />

é entregue no mesmo dia. Temos e asseguramos<br />

distribuição diária”, conclui<br />

Graciano Costa.<br />

A relação humana<br />

O negócio é feito por pessoas. Podemos<br />

introduzir muitas máquinas,<br />

muita tecnologia, muitos armazéns<br />

robotizados, mas, no entender de<br />

Graciano Costa, tem de haver a relação<br />

humana, especialmente ao nível<br />

regional “em que precisamos todos<br />

uns dos outros. Ainda por cima, aqui<br />

na zona raiana costuma-se achar que<br />

tudo o que vem de fora é que é bom,<br />

38 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


temos que aceitar essa realidade. Nós<br />

que trabalhamos com os fabricantes<br />

de tintas e equipamentos, sabemos<br />

que os produtos, estejam em qualquer<br />

parte da Europa ou do Mundo, em<br />

48 horas estão cá. Agora, isso obriga<br />

a ter sempre mercados locais de distribuição,<br />

porque há muita coisa para<br />

assegurar. Esses grandes grupos não<br />

conseguem em tempo real entregar as<br />

peças às oficinas… a tal proximidade,<br />

que é a nossa arma. Um distribuidor<br />

de tintas tem um grande armazém em<br />

Lisboa, no dia seguinte está cá…. Mas,<br />

se se esqueceu de pedir o corante,<br />

amanhã quer fazer a tinta e não consegue.<br />

Temos de ter parceiros capazes.<br />

Temos de ter espaço, argumentação e<br />

garantias para esse tipo de serviço.<br />

Não posso pedir um corante ou dois,<br />

só quando o cliente precisa dele. É<br />

AS NOVAS INSTALAÇÕES, DIVIDAS EM ESPaço DE EXPOSIÇÃO, ARMAZÉM,<br />

escritórios E UMA ÁREA ESPECÍFICA PARA FORMAÇÃO, PERMITEM agora<br />

À EMPRESA DE VIANA DO CASTELO PROPORCIONAR UM MELHOR SERVIÇO<br />

aos SEUS CLIENTES<br />

e os espanhóis entram com facilidade!<br />

Eles não, são muito nacionalistas<br />

e fecham-se. Tentei fazer negócio em<br />

Espanha, tínhamos produtos mais baratos<br />

que os deles cerca de 20%, mas<br />

não consegui, porque para eles os seus<br />

produtos eram sempre melhores”. Para<br />

vender tão bem, a Meadela Peças conta<br />

com vendedores técnicos que estão<br />

divididos pela área de choque e pela<br />

área de repintura. Na repintura são<br />

três, e nos acessórios mais dois, aos<br />

quais se somam outros três na área<br />

<strong>das</strong> tintas decorativas, “temos, no total,<br />

oito vendedores na rua”, explica. É<br />

com carinho que Graciano Costa fala<br />

dos seus colaboradores, “somos 24 na<br />

equipa, mas já fomos muitos mais. Eu<br />

criei a minha equipa e até já tenho colaboradores<br />

que entraram na idade da<br />

reforma, com mais de 25 anos de casa.<br />

Há aqui um bom ambiente de trabalho,<br />

e são os próprios funcionários que<br />

se disciplinam uns aos outros.”<br />

Novas instalações<br />

alavancam negócio<br />

Uma <strong>das</strong> mais recentes conquistas<br />

da Meadela Peças foi precisamente a<br />

mudança para umas instalações novas<br />

e mais modernas. “Já tínhamos<br />

tentado mudar de instalações, mas<br />

nunca tinha sido possível. Foi difícil<br />

conseguir licenciar e ter autorizações<br />

para construir aqui, mas conseguimos<br />

e resultante de um investimento<br />

de 2 milhões de euros, demos um<br />

importante passo rumo ao futuro.<br />

Umas amplas instalações, divi<strong>das</strong><br />

em espaço de exposição, armazém,<br />

escritórios e uma área específica para<br />

formação, permitem-nos prestar um<br />

melhor serviço aos clientes”, constata.<br />

“O negócio hoje é dinâmico, não<br />

podemos dizer que não vai crescer,<br />

mas temos de estar sempre a ajustar<br />

circunstâncias, contudo vamos manter<br />

a base do negócio nas tintas e nos<br />

equipamentos. Esta nova geração vai<br />

começar a introduzir coisas novas: os<br />

elétricos vão trazer novas evidências e<br />

vão alterar o negócio <strong>das</strong> peças, mas<br />

estou convencido de que a repintura<br />

se vai manter na mesma”, defende. Já<br />

na mecânica, pode não ser bem assim,<br />

diz: “Ainda está tudo num plano de<br />

aprendizagem e crescimento. Ainda<br />

há muito para saber e penso que o setor<br />

automóvel vai exigir mais profissionalismo”,<br />

refere.<br />

O futuro do negócio<br />

Questionado sobre como analisa<br />

a evolução deste negócio, Graciano<br />

Costa responde que “é difícil. Há<br />

concentração do negócio de peças, os<br />

grandes distribuidores estão a entrar.<br />

É evidente que, tanto na distribuição<br />

como na reparação, estão-se a criar<br />

muitos grupos. Os concessionários<br />

são poucos, mas têm as marcas quase<br />

to<strong>das</strong> e estas têm procurado acabar<br />

com os pequenos concessionários<br />

e agrupar-se em grandes grupos.<br />

Criam-se grupos, todos querem controlar<br />

o mercado… vai havendo ainda<br />

espaço para todos, mas no futuro vai<br />

ser difícil… e também será difícil para<br />

os grupos alimentarem a máquina<br />

que criaram. São estruturas muito<br />

grandes. Já temos visto grupos grandes<br />

que começaram a enfraquecer,<br />

porque é um mercado muito complexo”,<br />

entende.<br />

Além disso, a entrada dos distribuidores<br />

espanhóis é, para si, inevitável:<br />

“Os espanhóis estão encostados a nós,<br />

tudo «just-in-time»!”<br />

Na opinião de Graciano Costa, a Meadela<br />

Peças tem de “fazer o papel do<br />

armazenista local. Antigamente havia<br />

o fabricante, o importador, o retalhista…<br />

nós temos de ser o armazém local<br />

do produto. Temos de ter um stock<br />

grande, temos de fazer boa gestão de<br />

stock. Para sermos competitivos com<br />

os grandes grupos, é necessário trabalhar<br />

com os fabricantes diretamente,<br />

fazendo o mesmo papel que faz o<br />

grande distribuidor, o grossista”, diz.<br />

“Hoje no negócio temos de estar na<br />

primeira linha. E ter stock! O cliente<br />

não liga para cá a perguntar se eu tenho<br />

o produto que necessita. Ele diz<br />

«mande-me isto, isto e aquilo». Faz a<br />

encomenda e pronto. Cabe-nos a nós<br />

garantir esse tipo de serviço”, considera.<br />

Em relação ao ano de 2023, a Meadela<br />

está a atingir objetivos de faturação.<br />

“Estamos a crescer relativamente<br />

ao ano passado. Tivemos a pandemia,<br />

depois tivemos a fase de saída da pandemia,<br />

mas o mercado está estável,<br />

com alguns altos e baixos, mas está<br />

bom”, comenta, satisfeito. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 39


Entrevista<br />

TIAGO MOREIRA<br />

DIRETOR DE MARKETING DA EUROEXTRAS<br />

QUEREMOS MANTER<br />

ESTA EVOLUÇÃO<br />

POSITIVA<br />

A EUROEXTRAS, SITUADA EM BAGUIM DO MONTE (GONDOMAR), DEDICA-SE HÁ MAIS DE VINTE ANOS AO<br />

COMÉRCIO DE ACESSÓRIOS AUTO. CONTA COM PERTO DE 4 MIL REFERÊNCIAS EM STOCK, DISPONÍVEIS PARA<br />

ENCOMENDA ATRAVÉS DO SITE PRÓPRIO E OFERECE ENTREGAS BI-DIÁRIAS, PARA DAR RESPOSTA AOS<br />

PEDIDOS DAS CASAS DE PEÇAS DE TODO O PAÍS E ATÉ PARA ÁFRICA. DUAS DÉCADAS DEPOIS DA FUNDAÇÃO,<br />

É UMA EMPRESA SÓLIDA, QUE CONTINUA A CRESCER<br />

A<br />

empresa nasceu em 2002, pelas mãos de<br />

Saúl Dias, numa loja na vivenda de um<br />

dos seus sócios, mas depressa o espaço se<br />

foi tornando apertado para acompanhar o crescimento<br />

que a Euroextras conheceu. É certo que<br />

o negócio dos acessórios se alterou ao longo dos<br />

últimos vinte anos, mas a empresa soube adaptar-se<br />

aos novos tempos e manter uma evolução<br />

positiva contínua. De loja em loja, a Euroextras<br />

chegou mesmo a armazenar numa cave, até que<br />

há 12 anos se mudou finalmente para aquelas que<br />

são as atuais instalações, com um armazém de 800<br />

metros quadrados. “Foi sempre a crescer e a introduzir<br />

novas marcas”, conta Tiago Moreira, diretor<br />

de marketing da Euroextras, que explica o que fez<br />

a diferença neste mercado foi “o site, do qual fomos<br />

pioneiros”. A plataforma, que permite fazer<br />

encomen<strong>das</strong> de todos os produtos disponíveis, foi<br />

lançada em 2012, numa altura em que a equipa<br />

de ven<strong>das</strong> da casa já trabalhava com tablets, “para<br />

tentar estar sempre à frente a nível informático”,<br />

argumenta.<br />

Um nicho forte<br />

Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, Tiago Moreira relembra<br />

que o fundador da empresa escolheu o nicho de<br />

mercado dos acessórios depois de ter trabalhado<br />

numa empresa que era forte na área. Como não<br />

podia ir para a mecânica, porque aí já estavam os<br />

grandes distribuidores, optou por especializar-<br />

-se nos acessórios automóvel. Hoje, a Euroextras<br />

comercializa diversas marcas de acessórios de diferentes<br />

origens (Amio, AJBA, Amtra, Lampa,<br />

Farad, Spinelli, EST, Kamar, Geko, DGA, entre<br />

outras) e conta ainda com a marca própria com o<br />

nome da empresa, vocacionada para produtos de<br />

grande rotação, cabos de bateria, chaves de ro<strong>das</strong>,<br />

por exemplo, e que já representam um volume<br />

grande na empresa. No total, representam perto<br />

de 30 marcas e, apesar de não terem importação<br />

exclusiva de nenhuma delas, “porque é muito difícil”,<br />

possuem, assumidamente, o maior stock de<br />

várias, como é o caso da Lampa e Amio “duas marcas<br />

que entraram forte em Portugal”, revela-nos<br />

Tiago Moreira.<br />

O armazém da Euroextras acomoda entre 3 a 4 mil<br />

referências em stock e o diretor faz questão de evidenciar<br />

que “tudo o que mostramos no nosso site<br />

faz parte do nosso stock”, e que, efetivamente, “nós<br />

não mostramos o que não temos. Assim, o cliente<br />

sabe ao certo o que temos, pois se está no site, está<br />

no armazém. Se não estiver, tiramos do online…<br />

não adiantar estar disponível no site, e no final, é<br />

só por encomenda”, refere. Os produtos são origi-<br />

ATUALMENTE, 80% DAS ENCOMENDAS DA EUROEXTRAS SÃO COLOCADAS<br />

ONLINE, NA PLATAFORMA B2B, DESENVOLVIDA PELA EMPRESA.<br />

AS ENTREGAS SÃO FEITAS DE FORMA BI-DIÁRIA E OS PEDIDOS RECEBIDOS<br />

DE MANHÃ SÃO ENTREGUES À TARDE NA MAIORIA DAS ZONAS DO PAÍS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 41


TIAGO MOREIRA<br />

DUAS DÉCADAS PASSARAM DESDE A PEQUENA LOJA EM QUE<br />

A EUROEXTRAS INICIOU A ATIVIDADE E CRESCEU PARA SE TORNAR NUM<br />

DISTRIBUIDOR NACIONAL E INTERNACIONAL DE ACESSÓRIOS<br />

DE AUTOMÓVEL<br />

nários dos mais variados países, quer<br />

seja da Itália, Alemanha, Lituânia,<br />

ou de diferentes pontos na Ásia.<br />

Gama extensa<br />

Na empresa trabalham atualmente<br />

sete funcionários, que promovem<br />

um serviço de qualidade para todos<br />

os que desejam personalizar os seus<br />

carros ou simplesmente melhorar<br />

performances e segurança <strong>das</strong> suas<br />

viaturas. O cliente principal são as<br />

casas de peças, sendo que não são<br />

significativas as ven<strong>das</strong> diretas no site<br />

ao cliente final. A Euroextras procura<br />

estar atenta ao mercado, para atualizar<br />

o portefólio com novas marcas e<br />

linhas de produto, apresentando, na<br />

opinião de Tiago Moreira, uma gama<br />

“muito extensa”. Além dos acessórios<br />

auto, também têm disponíveis “a parte<br />

dos químicos, da Mannol; chapas<br />

refletoras ou sinalética; a linha Car-<br />

Care e ainda o detalhe com a Moje<br />

Auto. Tanto ouvimos falar no detalhe,<br />

que procurámos um fornecedor, e<br />

está a resultar muito bem”, revela o diretor<br />

de marketing. O mesmo destaca<br />

a importância de possuir um catálogo<br />

físico, “apelativo e com muita qualidade,<br />

que permite fazer a diferença<br />

junto dos clientes”.<br />

Para já, os produtos ligados à nova<br />

mobilidade, como trotinetes elétricas,<br />

baterias ou cabos para veículos sem<br />

motor a combustão não fazem parte<br />

do portefólio da Euroextras, mas Tiago<br />

Moreira acredita que esta próxima<br />

geração de clientes irá precisar “à<br />

mesma de tudo o que nós vendemos”.<br />

No seu entender todos irão sofrer, “a<br />

mecânica mais do que nós, pois algumas<br />

linhas irão desaparecer, inevitavelmente,<br />

mas há outras que crescem.<br />

Por exemplo, no caso <strong>das</strong> manetes<br />

de velocidade, vendíamos universais.<br />

Hoje, o que se vende mais são as específicas<br />

e temos a maior coleção do<br />

país! Por outro lado, as lâmpa<strong>das</strong> de<br />

Xénon vendem-se cada vez menos,<br />

agora é mais o LED. Há coisas novas<br />

que vão aparecendo, e nós vamo-nos<br />

adaptando às tendências e renovando<br />

as linhas”, explica.<br />

Contacto presencial<br />

Para o diretor de marketing da empresa,<br />

o contacto com os clientes é<br />

basilar. A figura do vendedor ainda<br />

faz parte da política da Euroextras,<br />

contudo, Tiago Moreira nota que<br />

“com a página na internet já não é<br />

fundamental”. Importante, sim, é o<br />

trabalho que estes realizam enquanto<br />

relações públicas, no terreno, “não<br />

para vender, mas sim para ouvir o<br />

cliente e saber como está o mercado.<br />

Até para resolver questões entre empresas<br />

ou, às vezes, fazer uma devolução,<br />

é preciso estar atento”, esclare-<br />

ce, adiantando que, hoje em dia, “não<br />

é fácil arranjar comerciais, pois ninguém<br />

quer pernoitar fora, nem fazer<br />

este tipo de trabalho. O futuro passa<br />

muito mais por ter relações públicas<br />

do que comerciais, graças à página<br />

na internet, onde é possível tratar de<br />

to<strong>das</strong> as encomen<strong>das</strong>”.<br />

EUROEXTRAS<br />

Diretor Geral<br />

Saul Dias<br />

Diretor de marketing<br />

Tiago Moreira<br />

Morada<br />

Zona Industrial Baguim do Monte,<br />

Avenida Dom Miguel, 521<br />

4435-687 Baguim do Monte<br />

Telefone<br />

224 856 431<br />

E-mail<br />

encomen<strong>das</strong>@euroextras.pt<br />

Site<br />

www.euroextras.pt<br />

Logística <strong>das</strong> entregas<br />

Atualmente, 80% <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong><br />

da Euroextras são coloca<strong>das</strong> online,<br />

na plataforma B2B, desenvolvida<br />

pela empresa. “Cada vez recebemos<br />

menos encomen<strong>das</strong> via telefone.<br />

Esporadicamente, quando passam<br />

nas casas dos clientes, os comerciais<br />

também recebem algumas, mas são<br />

eles próprios que tentam instrui-los<br />

para que não esperem pela vinda do<br />

vendedor. O ideal é que se precisarem,<br />

peçam logo online. Assim acabam<br />

sempre por ver mais qualquer<br />

coisa e juntar ao carrinho”, afirma.<br />

As entregas são feitas de forma bi-<br />

-diária, “algumas transportadoras<br />

conseguem entregar de manhã para<br />

a tarde, normalmente enviamos<br />

sempre no mesmo dia, exceto para<br />

as ilhas, para onde vai semanalmente”,<br />

diz-nos Tiago Moreira. Ainda<br />

que, nos acessórios, as margens “não<br />

sejam muito grandes”, o responsável<br />

reconhece que tem sido possível<br />

crescer nesta área de negócio. “Notamos<br />

que há firmas que desistem,<br />

os clientes vêm à nossa procura e<br />

nós, naturalmente, acabamos por<br />

ganhar mercado”, expõe. Para este<br />

ano, “as perspetivas são boas, continuamos<br />

a subir”, pelo que os objetivos<br />

para os próximos tempos<br />

passam por “manter esta evolução<br />

positiva”, finaliza. l<br />

42 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

CHEGA AO PORTFÓLIO DE PRODUTOS<br />

DA AUTOZITÂNIA<br />

KYB | A Autozitânia anunciou a incorporação da prestigiada marca de amortecedores<br />

KYB no seu portefólio, durante um evento exclusivo para os seus parceiros realizado em<br />

Lisboa. A KYB é reconhecida pela inovação e excelência na produção de amortecedores<br />

de qualidade Premium, sendo sinónimo de durabilidade e desempenho excecional,<br />

disponibilizando uma ampla gama de soluções que abrange a grande maioria do parque<br />

automóvel europeu. Com mais de um século de experiência no fabrico de amortecedores<br />

de automóveis, a KYB estabeleceu um padrão de excelência na indústria de amortecedores,<br />

fornecendo soluções de qualidade O.E. para o Aftermarket. A sua tradição de<br />

qualidade e inovação é um legado que beneficia agora os clientes da Autozitânia, que<br />

está empenhada em fornecer produtos e serviços de elevada qualidade, sendo a inclusão<br />

da KYB no portefólio um testemunho desse compromisso.<br />

DELPHI TECHNOLOGIES<br />

VOLTA A AUMENTAR LINHA BEV<br />

A<br />

Delphi Technologies anunciou o lançamento da sua nova linha de pastilhas<br />

de travão específicas para BEV, uma <strong>das</strong> mais completas do mercado.<br />

Com esta oferta de 52 referências, que abrange 2,7 milhões de veículos em<br />

circulação na Europa, a Delphi Technologies proporciona às oficinas uma importante<br />

oportunidade de serviço aos seus clientes. Estas pastilhas de travão, desenvolvi<strong>das</strong><br />

com a mais avançada tecnologia, oferecem às oficinas uma solução para<br />

VE que oferece o máximo desempenho de travagem com as rigorosas tolerâncias<br />

dos fabricantes originais. Graças ao seu revestimento avançado, estas pastilhas<br />

proporcionam um desempenho de fricção inicial imediato. A placa traseira revestida<br />

de prata oferece grande resistência à ferrugem e excelente durabilidade,<br />

enquanto a placa multicama<strong>das</strong> de aço e borracha minimiza o ruído e a vibração,<br />

proporcionando desempenho de travagem excecional. Além disso, foi adicionada<br />

uma marca de desgaste para indicar quando precisam ser substituí<strong>das</strong>.<br />

LANÇA KIT MINI LIXADEIRA<br />

Car Repair SYSTEM | A Car Repair System lançou no mercado a nova mini Lixadeira BSO 4103. É<br />

uma lixadeira de alta qualidade, muito leve e ergonómica que facilita a mobilidade do operador e o tempo<br />

para remover de forma fácil e simples os defeitos de pintura. Com um peso de apenas 475g, permite-nos<br />

manobrar livremente e com total mobilidade para trabalhar em torno do objeto, livre de cabos, sem causar<br />

fadiga. O Kit da Lixadeira BSO 4103, vem equipado com a mini lixadeira a bateria BSO 4103, um prato de<br />

velcro de 31 mm e um prato para lixa adesiva (PSA). Inclui também uma bateria de iões de lítio de 2,5 Ah<br />

com 40 minutos de tempo de trabalho contínuo e um carregador com um tempo de recarga total de 50-60<br />

minutos. O Kit Lixadeira BSO 4103 inclui: Prato de 31mm de velcro; Prato de 31 mm para lixa adesiva (PSA);<br />

Bateria de lítio de 2,5Ah com autonomia de 40 minutos de trabalho contínuo e Carregador com um tempo<br />

total de recarga 50-60 minutos.<br />

GS YUASA E AUTO ESFERA<br />

APRESENTAM BATERIAS SUPERSTART<br />

A GS YUASA Battery Iberia anunciou a sua parceria com a Auto Esfera, para o lançamento<br />

da marca de baterias Superstart no mercado português. A Auto Esfera, com uma<br />

equipa de 31 colaboradores e mais de 50.000 referências em stock, tem como objetivo<br />

fornecer produtos de alta qualidade e satisfazer as necessidades atuais e futuras dos<br />

seus clientes a nível regional e nacional. A aposta na Auto Esfera vai permitir à GS Yuasa<br />

crescer no mercado português através de um distribuidor especializado e com uma<br />

rede de distribuição consistente e presente em todo o país. “É uma aposta de futuro<br />

e estamos preparados para desenvolver a marca a todos os níveis. Esta parceria que<br />

permitirá a ambas as empresas crescerem no mercado e aproveitarem novas oportunidades”,<br />

revelou a GS Yuasa. A Superstart é uma <strong>das</strong> marcas de baterias para automóveis<br />

e veículos pesados do grupo GS YUASA, mantendo o padrão de qualidade e fiabilidade.<br />

A GS YUASA Iberia tem já implementa<strong>das</strong> 4 marcas no mercado Português, seguindo<br />

a grande aposta neste mercado desde 2021, apoiando-se na experiência, qualidade e<br />

C<br />

fiabilidade.<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

Rodape_<br />

K<br />

44 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


APOSTA NOS SISTEMAS DE INJEÇÃO RUFRE<br />

aZ auto | A AZ Auto, especializada na distribuição de peças e oferta de serviços técnicos e comerciais, acaba<br />

de adicionar ao seu portfólio, toda a gama de sistemas de injeção RUFRE. “Esta é uma novidade que temos<br />

vindo a preparar há algum tempo: trata-se do lançamento de mais uma marca que se vem juntar ao portefólio<br />

da AZ Auto, que segue assim a sua estratégia de crescimento. Graças à sua inquestionável qualidade e preços<br />

competitivos, a RUFRE é uma marca que vai permitir aos clientes AZ Auto continuarem a adquirir o melhor, ao<br />

melhor preço”, afirmou Rui Reis, Chefe de Ven<strong>das</strong> AZ Auto. A empresa explica que 100% <strong>das</strong> peças utiliza<strong>das</strong> no<br />

processo de reconstrução são novas e originais, além disso integra também: bancos de provas oficiais de cada<br />

marca, reparadores oficiais de serviços e tecnologia dos principais fabricantes Bosch, Delphi, Denso e Continental,<br />

entre outros. A Rufre tem 65 anos de experiência, e certificação ISO9001 e ISO14001.<br />

APRESENTA ADITIVO PARA PLÁSTICOS<br />

ULTRA PERFORMANCE AZ9700<br />

cromax | A Cromax lançou um novo Aditivo para Plásticos Ultra Performance<br />

AZ9700. Foi criado para melhorar a eficácia dos Aparelhos Ultra Performance Energy<br />

PS1081, PS1084 e PS1087 e dos Aparelhos sem Lixagem Molhado Sobre Molhado Ultra<br />

Performance NS2081, NS2084 e NS2087. Graças a este novo e tecnologicamente inovador<br />

aditivo com aplicação direta em peças de plástico, os Aparelhos Ultra Performance<br />

requerem agora menos fases de processo e produtos para a reparação de peças de<br />

plástico. Kevin Welling, Training Academy Manager da Axalta, afirmou: “Esta adição ao<br />

Sistema Ultra Performance Energy da Cromax permite agora às oficinas impulsionar a<br />

produtividade ainda mais, otimizar o fluxo de trabalho da reparação de peças de plástico<br />

e aumentar o rendimento.” O aditivo para plásticos Ultra Performance AZ9700 faz<br />

parte do conceito ValueShade que proporciona o produto de fundo ideal para to<strong>das</strong> as<br />

cores de acabamento para uma cobertura mais rápida e redução da utilização de bases<br />

bicama<strong>das</strong>, permitindo às oficinas acelerar os processos e aumentar a rendibilidade.<br />

_Rancho.pdf 2 19/01/2021 17:54<br />

VALVOLINE LUBRICANT ADVISOR<br />

TEM NOVAS FUNCIONALIDADES<br />

A<br />

Valvoline expandiu as capacidades do Valvoline Lubricant Advisor. A partir de agora, os<br />

utilizadores têm acesso a um Número de Registo de Veículo (VRN) que aumenta significativamente<br />

a eficiência da pesquisa. O Valvoline Lubricant Advisor é uma ferramenta<br />

online, que também está disponível no smartphone Valvoline aplicativo (iOS e Google Play),<br />

que combina veículos com os produtos Valvoline relevantes. Como resultado, garante a seleção<br />

correta do produto e ótimos resultados de desempenho para o veículo. Anteriormente, os<br />

utilizadores do Lubricant Advisor eram obrigados a seguir passo a passo o procedimento, inserindo<br />

primeiro o tipo de veículo, seguido da marca e modelo, antes de aceder às informações<br />

deseja<strong>das</strong>. Com este último desenvolvimento, os utilizadores que procurarem produtos para<br />

automóveis de passageiros e veículos comerciais ligeiros precisam apenas inserir o VRN na sua<br />

pesquisa para os resultados serem apresentados.<br />

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MELHORE<br />

O AMORTECIMENTO<br />

DO SEU<br />

TODO-O-TERRENO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 45<br />

geral@41jeep.com | 261 931 456 | www.41jeep.com


Notícias<br />

Produto<br />

ALTARODA<br />

EXPANDE PORTFÓLIO<br />

COM DUAS NOVIDADES<br />

A Altaroda reforçou as suas soluções para as oficinas de colisão, ligeiros e pesados,<br />

com uma solução móvel de Painéis Endotérmicos KUADRATO, do fabricante<br />

ASTRA e ainda o SmartPuller, um novo sistema de reparação de mossas<br />

para automóveis. A utilização de painéis endotérmicos no processo de repintura<br />

permite uma redução de 80% no custo energético e, por consequência, na “pegada<br />

carbónica”. Este equipamento permite a secagem a 70ºC, proporcionando<br />

as mesmas condições de secagem de uma cabine de pintura, mas no exterior.<br />

Para quem se dedica a Smart Repair, a Altaroda apresenta mais uma inovação,<br />

o SmartPuller. O SmartPuller é um novo sistema de reparação de mossas em<br />

veículos automóveis. Esta inovação torna a reparação de painéis e estruturas de<br />

caixas, mais rápida e mais económica. O SmartPuller é rápido e fácil de utilizar e<br />

permite a reparação de mossas em quase to<strong>das</strong> as áreas da carroçaria do veículo,<br />

em to<strong>das</strong> as direções necessárias.<br />

TEM NOVas UNIDADES<br />

DE ABastECIMENTO COMBUSTÍVEL<br />

Alfa e-Parts | A Alfa e-Parts regressa do verão mais forte do que nunca com o<br />

terceiro lançamento do ano, acrescentando 170 novos produtos ao seu catálogo de mais<br />

de 6.000 referências As unidades de abastecimento de combustível já existiam no seu<br />

catálogo, mas com este lançamento é alargado com 41 novas referências. Esta peça (da<br />

família dos atuadores e do sistema de combustível) é responsável pela alimentação do<br />

motor com o combustível necessário ao seu funcionamento, quer fornecendo o fluxo ao<br />

próprio sistema de injeção, quer a outro depósito ou bomba. A família dos fluxómetros<br />

sempre foi fundamental para a Alfa e-Parts, tendo sido o foco da marca desde a sua<br />

criação. Em cada um dos seus lançamentos, a marca apresentou ao mercado um grande<br />

número de inovações MAF. Com as 52 novas referências apresenta<strong>das</strong> neste lançamento,<br />

a Alfa e-Parts conta agora com quase 300 referências no seu catálogo. Outra família que<br />

se destaca neste lançamento é a <strong>das</strong> bombas de água adicionais, que com as 16 novas já<br />

atinge as 69 referências em stock.<br />

DESTACA UTILIZAÇÃO<br />

DE CHICOTES DE CABOS + KITS REPARAÇÃO<br />

Diesel Technic | Os chicotes de cabos estão a assumir um papel cada vez mais<br />

importante no setor automotive. O motivo é a crescente eletrificação e integração de<br />

componentes elétricos em veículos comerciais, o que leva automaticamente a que uma<br />

maior quantidade de cabos e chicotes de c abos seja necessária. No Partner Portal da<br />

Diesel Technic, os chicotes de cabos da DT Spare Parts para vários tipos de veículos estão<br />

disponíveis em diferentes versões, assim como artigos especiais para o motor, o interior<br />

do veículo, chassis e transmissão. Um chicote de cabos, combina cabos elétricos, fios<br />

e, muitas vezes, conexões de plugue que são usa<strong>das</strong> em veículos para fazer ligações<br />

elétricas entre diferentes componentes. As vantagens dos chicotes de cabos são múltiplas.<br />

A utilização de chicotes de cabos pré-montados minimiza o risco de erros, pois os<br />

cabos já vêm montados de acordo com os requisitos. Além disso, a utilização de chicotes<br />

de cabos pode agilizar o processo de instalação, pois os cabos já vêm preparados e só<br />

precisam ser conectados.<br />

ANUNCIA 120 NOVas REFERÊNCIAS<br />

REGULADORES VIDROS ELÉTRICOS<br />

Doga | A DOGA está a introduzir uma expansão do seu catálogo com mais de 120 novas referências de<br />

reguladores de vidros elétricos. Estas adições abrangem uma grande variedade de veículos, e incluem várias<br />

tecnologias, tais como vidros totalmente elétricos, mecanismo apenas para vidros elétricos e mecanismos<br />

manuais. Este lançamento reflete o forte compromisso da DOGA com a inovação e a qualidade na indústria<br />

de pós-venda automóvel. A marca continua a sua busca contínua para fornecer aos clientes uma seleção<br />

de produtos constantemente atualizada. A equipa da DOGA trabalhou arduamente para desenvolver uma<br />

gama de produtos que não só satisfaz, como excede as expectativas dos clientes. A qualidade sempre foi um<br />

pilar fundamental da filosofia da DOGA, e estas novas referências não são exceção. Cada regulador de janela<br />

foi concebido e fabricado de acordo com os mais rigorosos padrões de qualidade, tendo sido submetido a<br />

exaustivos testes de desempenho e segurança para garantir um produto de excelência.<br />

46 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NTK<br />

EXPANDE PORTFÓLIO<br />

COM NOVA GAMA EDPS<br />

A Niterra (anteriormente conhecida como NGK), anuncia o lançamento da sua<br />

nova gama de Sensores de Pressão dos Gases de Escape (EDPS). A adição desta<br />

linha de sensores à marca NTK Vehicle Electronics completa o seu portfólio de<br />

produtos antipoluição. Os Sensores de Pressão dos Gases de Escape (EDPS) desempenham<br />

um papel importante na otimização dos motores. Têm de fornecer<br />

às unidades de controlo do motor (ECU) as informações necessárias sobre as<br />

pressões dos gases de escape e o nível de enchimento do filtro de partículas diesel<br />

(DPF). A gama EDPS da NTK Vehicle Electronics inclui sensores de pressão<br />

diferencial (DPS), sensores de pressão de escape (EPS) e sensores de alta pressão<br />

(HPS). Estes sensores proporcionam uma cobertura abrangente do veículo. Além<br />

disso, os sensores podem ser instalados em diferentes posições no veículo.<br />

TEM CONTENTORES MAIS SUSTENTÁVEIS<br />

CEPSA | A Cepsa começou a fabricar os seus contentores IBC com 40% de plástico<br />

reciclado, prosseguindo a estratégia da multinacional de procurar opções mais sustentáveis<br />

para as suas embalagens. Uma mudança que continua a garantir a segurança dos<br />

produtos e embalagens Cepsa, sem alterar a sua qualidade, enquanto conserva plástico<br />

virgem que está em contacto direto com o produto. Além de se ter deixado de usar 122<br />

tonela<strong>das</strong> de plástico virgem por ano, a Cepsa também reduziu em 143 tonela<strong>das</strong> as<br />

emissões de CO2. “Está é mais uma iniciativa para contribuímos para a estratégia da<br />

nossa marca em ajudar os clientes na sua descarbonização. É público que queremos<br />

desempenhar um papel de destaque e liderança no setor, enquanto paralelamente<br />

acompanhamos a transição energética já em curso,” afirma João Madeira, Diretor<br />

Comercial de Lubrificantes da Cepsa Portugal.<br />

EXPANDE LINHA TÉRMICA COM RADIADORES DE ÁGUA<br />

RPL Clima | A RPL Clima pretende diversificar sua gama de produtos reforçando a linha térmica<br />

com radiadores de água. “O objetivo é abranger o maior número possível de veículos, atendendo às necessidades<br />

e tendências do mercado”, destacou a empresa de Vilamoura. O radiador de água é o principal<br />

componente do sistema de refrigeração do veículo, pois evita o sobreaquecimento do motor e pode ser<br />

um pesadelo quando param de funcionar corretamente. Este problema, requer atenção imediata de<br />

modo a evitar danos no motor e as causas mais comuns, são as fugas no radiador, falha no termostato,<br />

falha na bomba de água, baixo nível do líquido refrigerante ou avaria na ventoinha do radiador. “Estamos<br />

muito entusiasmados com as novas parcerias e em trazer produtos inovadores para o mercado ibérico,<br />

este reforço proporcionará aos nossos parceiros de ven<strong>das</strong> e operadores de oficinas, produtos de alta<br />

qualidade e maiores oportunidades de venda”, acrescentou a empresa em comunicado.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 47


Notícias<br />

Produto<br />

REVELA TECNOLOGIA BLOW-BY<br />

UFI Filters | A UFI Filters projeta e produz o filtro blow-by para o novo<br />

motor Cursor 16 TST (twin-stage-turbine), 6 cilindros de FPT para aplicações<br />

off-road 4WD – tração nas quatro ro<strong>das</strong>. Projetado para fornecer desempenho<br />

extraordinário nas missões mais exigentes, o novo motor topo de gama, com<br />

compacidade e relação peso/potência líder de mercado, garante custos operativos<br />

reduzidos, alto desempenho e produtividade excecional, características para as<br />

quais a tecnologia de filtração blow-by UFI Filters também contribui, que tem a<br />

função de filtrar e recuperar os aerossóis de óleo gerados pelo motor na câmara<br />

de combustão. O filtro desempenha um papel fundamental na redução <strong>das</strong><br />

emissões de poluentes, evitando a emissão para a atmosfera de contaminantes<br />

como dióxido de carbono, óxidos de azoto e micropartículas. O blow-by projetado<br />

pela UFI Filters para Cursor 16 TST é rotativo e auto-limpante, oferecendo assim<br />

uma capacidade de filtração de mais de 90%.<br />

TAB BATTERIES<br />

APRESENTA NOVA BatERIA<br />

taB MOTION BCI<br />

LANÇA NOVA MÁQUINA<br />

DE ALINHAR DIREÇÕES<br />

autel | A Autel, especialista em ferramentas de diagnóstico para a oficina,<br />

apresenta o seu principal produto para 2023. Trata-se do modelo IA900, um<br />

alinhador de direção com ajuste automático dos desníveis do solo e que aborda o<br />

alinhamento de uma perspetiva diferente. Esta nova ferramenta permite associar<br />

o diagnóstico eletrónico a uma verificação completa do veículo e ao estado de<br />

todos os parâmetros de alinhamento. É também a primeira vez no mundo do<br />

alinhamento que uma ferramenta guia a oficina ao longo de todo o processo, do<br />

início ao fim. Isto é possível graças ao investimento em informação técnica que<br />

a Autel fez com este produto. O alinhador Autel IA900 tem várias funções. Por<br />

exemplo, calibra sistemas de assistência ao condutor (ADAS), tais como câmaras<br />

frontais, radares, sistemas de ângulo morto, etc. Também pode ser facilmente<br />

deslocado, permitindo ao profissional trabalhar em diferentes pontos da oficina,<br />

conforme necessário em cada momento.<br />

A TAB Batteries apresentou a sua nova bateria TAB Motion BCI que vem completar<br />

a sua oferta de soluções de semi tração. Estas novas baterias do tipo chumbo ácido<br />

de ciclo profundo, são desenvolvi<strong>das</strong> para atender à crescente procura de operações<br />

em condições extremas de trabalho Os Motion BCIs, cuja fabricação é realizada na<br />

TAB Eslovénia, apresentam uma construção de chapa gessada premium, uma grande<br />

diferença quando o assunto é possuírem uma maior capacidade de descarga além de<br />

serem muito confiáveis e de longa duração. Os novos TAB Motion BCI são especialmente<br />

indicados para carrinhos elétricos, carros de golfe, instalações fotovoltaicas,<br />

lavadores, varredoras, plataformas elevatórias, veículos elétricos ou barcos. A TAB<br />

Espanha já dispõe de stocks nos seus armazéns para atender tanto à procura do mercado<br />

espanhol como o português.<br />

NOVas LUZES DE TRABALHO LED PHILIPS XPERION 3000<br />

Philips | Com dez novas luzes de trabalho LED versáteis e recarregáveis, a Philips oferece uma iluminação LED<br />

acessível, prática e robusta para qualquer tarefa em oficinas ou garagens. As novas luzes de trabalho LED Philips<br />

Xperion 3000 ajudam os trabalhadores a ver quase tudo o que precisam, oferecendo durabilidade e flexibilidade. São<br />

perfeitas para trabalhos de inspeção rápida e utilização diária. Incluem uma luz LED branca fria de modo duplo. O<br />

modo Boost fornece até 1.000 lúmenes em luzes de trabalho como o projetor Xperion 3000. Se for necessária menos<br />

luz e uma maior duração da bateria, basta mudar para o modo Eco, que fornece um feixe de até 600 lúmenes, dependendo<br />

da luz de trabalho. As luzes de trabalho Philips Xperion 3000 oferecem uma temperatura de cor de 6.000<br />

Kelvin. A sua luz brilhante e agradável aos olhos adequa-se à utilização diária e não causa fadiga ocular. Módulos de<br />

luz rotativos direcionam a luz exatamente para onde é necessária.<br />

48 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MANTAS ABSORVENTES PROTEGEM AMBIENTE<br />

NEWA | Nem sequer precisa de olhar: Pode simplesmente pôr de lado os componentes sujos com óleo<br />

na manta Multitex da Mewa. Ficam lá, de forma cómoda e segura, enquanto se concentra totalmente na<br />

reparação. Esta solução limpa também é sustentável, já que a manta de retenção de óleo ultra-absorvente<br />

é disponibilizada pela Mewa com sistema de reutilização: A Mewa traz, recolhe e lava as mantas. Com<br />

o seu formato de 58 cm x 88 cm, a manta de absorção de óleo da Mewa é leve e fácil de manusear. Pode<br />

ser guardada sem ocupar muito espaço – por exemplo numa prateleira –, colocada por baixo durante os<br />

trabalhos de reparação e encaixa-se de forma flexível em qualquer nicho por mais ângulos que tenha. Ela<br />

protege, de forma segura e limpa, as instalações, os componentes e o chão contra a sujidade e líquidos<br />

perigosos e contribui, assim, para uma maior segurança no trabalho. Pavimentos oleosos e escorregadios<br />

são passado com a Multitex. Para áreas maiores, basta juntar duas ou mais mantas.<br />

EXCELENTE ÉPOCA PARA A PARCERIA<br />

FUCHS / RICARDO TEODÓSIO<br />

FUCHS | Ricardo Teodósio e o seu navegador José Teixeira, é tricampeão nacional de ralis<br />

com o apoio da FUCHS, um novo título decidido na última prova, o Rali Vidreiro/ Centro de<br />

Portugal. A dupla algarvia terminou o primeiro dia com uma margem curta para outras três<br />

equipas, mas teve uma entrada muito forte no segundo dia, sábado, e deixou toda a concorrência<br />

atrás. Esta vitória apoiada pela FUCHS, a marca <strong>das</strong> oficinas, é já a terceira. «2019 foi o<br />

primeiro ano que estivemos com a FUCHS e fomos logo campeões», recorda Ricardo Teodósio<br />

que voltou a ganhar o campeonato nacional de ralis em 2021. Na época seguinte, 2022, o piloto<br />

integrou o Team Hyundai Portugal e arrancou ao volante de um novo carro, um Hyundai i20<br />

N Rally2. «O Ricardo e o José estão de parabéns. Tiveram uma excelente performance, muita<br />

garra e foco no objetivo. Foi uma excelente época para a nossa parceria que já vai no quinto<br />

ano», diz André Castro Pinheiro, diretor da Divisão Automotive da FUCHS Lubrificantes.<br />

PEÇAS UNIVEX - JORNAL DAS OFICINAS 235X140+3.pdf 1 15/9/23 10:09<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 49


empresa<br />

MOTA & PIMENTA<br />

HÁ 45 ANOS<br />

NA REPINTURA<br />

AUTOMÓVEL!<br />

DESDE SEMPRE LIGADA AO COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE MATERIAIS PARA MANUTENÇÃO<br />

E REPINTURA AUTOMÓVEL, A MOTA & PIMENTA CELEBRA ESTE ANO QUATRO DÉCADAS E MEIA DE HISTÓRIA.<br />

O JORNAL DAS OFICINAS VIAJOU ATÉ VILA NOVA DE FAMALICÃO, ONDE ESTEVE À CONVERSA<br />

COM O DIRETOR-GERAL E FUNDADOR, VIRGÍLIO MOTA; COM MARGARIDA MOTA, DIRETORA<br />

DE MARKETING E AINDA COM ALEXANDRA MOTA, DIRETORA FINANCEIRA<br />

Fundada em 1978, a Mota & Pimenta é uma<br />

empresa que já dispensa apresentações neste<br />

meio. Comercializa tintas e todos os produtos<br />

necessários para o setor da manutenção automóvel,<br />

mantendo há 26 anos a representação<br />

exclusiva da marca DeBeer em Portugal. “Temos<br />

mantido as marcas que tínhamos, só alterámos<br />

a marca própria, que passou a ser a Karlack, ao<br />

passo que a DeBeer continua a ser a nossa principal<br />

aposta. Já ao nível dos abrasivos, passámos<br />

a trabalhar com a Sia, para nos distinguir. Temos<br />

também a nossa marca própria de abrasivos, da<br />

qual não queremos abdicar”, introduz Margarida<br />

Mota, diretora de marketing da empresa. No que<br />

diz respeito à oferta da marca própria da Mota &<br />

Pimenta ao nível de tintas e de consumíveis, está<br />

disponível “tudo o que é necessário, desde o betume,<br />

ao verniz, passando pelo diluente, os endurecedores<br />

e até aos aparelhos. É tudo o que a oficina<br />

precisa e que, por vezes, temos necessidade que<br />

seja em marca própria, pois é essencial ter uma<br />

segunda linha e, assim, em vez de ser o vizinho do<br />

lado a vender, que sejamos nós”, acrescenta Alexandra<br />

Mota, diretora financeira. O objetivo, neste<br />

momento, é sustentar a oferta atual, apostando na<br />

continuidade, afirmam.<br />

De Portugal até África<br />

Com uma rede de distribuição composta por 35<br />

parceiros, a Mota & Pimenta está presente em todo<br />

o país (ilhas incluí<strong>das</strong>), assim como em Cabo Verde<br />

e São Tomé e Príncipe. Tem sido, na opinião do fundador<br />

“um bom trabalho, aquele que temos feito,<br />

com um crescimento anual normal. Já temos uma<br />

fatia muito significativa de mercado, com o país<br />

coberto de distribuidores e agora também em Cabo<br />

Verde e em São Tomé”, congratula-se, ressaltando<br />

também a venda direta às oficinas da zona onde estão<br />

inseridos: “tudo o que vai desde abaixo do Porto,<br />

por Amarante até lá acima, é coberto por nós, apesar<br />

de termos aqui distribuidores mesmo ao nosso<br />

lado, pois mantemos com eles uma relação cordial”.<br />

Os três responsáveis concordam que, atualmente,<br />

estão praticamente fechados à entrada de mais distribuidores,<br />

pois já só falta “uma zona muito específica,<br />

um ou dois concelhos de um distrito ou outro<br />

para completar o leque de distribuição”. No entanto,<br />

estão cientes de que “é algo que demora, porque<br />

um distribuidor não muda de parceiro por qualquer<br />

motivo, só o faz se estiver insatisfeito com o produto.<br />

Nós temos essa consciência de que eles próprios<br />

investem muito dinheiro nas marcas, pelo que é um<br />

namoro que se vai fazendo, por vezes durante dois<br />

anos e não dá em nada… outras vezes dá!”, contam,<br />

com Margarida Mota a adiantar que, além disso,<br />

“temos de lidar com outras marcas muito agressivas,<br />

com outra capacidade, o que dificulta um pouco<br />

num mercado pequeno”.<br />

Ao lado dos clientes<br />

A política comercial da empresa é orientada para o<br />

mercado e para os clientes, estando a equipa preparada<br />

para acompanhar as necessidades dos mesmos.<br />

A MAIORIA DAS MARCAS QUE A MOTA & PIMENTA REPRESENTA<br />

E COMERCIALIZA PERTENCEM A GRANDES GRUPOS EUROPEUS/<br />

AMERICANOS NA ÁREA DA REPINTURA AUTOMÓVEL, COMO SÃO O CASO<br />

DA DEBEER E SHERWIN-WILLIAMS<br />

50 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 51


MOTA & PIMENTA<br />

A PROXIMIDADE COM O CLIENTE E UM ACOMPANHAMENTO PERMANENTE,<br />

COM UMA EQUIPA DE VENDEDORES ESPECIALIZADOS E UMA ASSISTÊNCIA<br />

TÉCNICA SEMPRE DISPONÍVEL, FAZEM A DIFERENÇA NO MODO DE<br />

TRABALHAR DA MOTA & PIMENTA<br />

Margarida Mota explica que “há um<br />

acompanhamento periódico por parte<br />

dos técnicos. Nós temos a relação <strong>das</strong><br />

máquinas que estão instala<strong>das</strong> nos<br />

nossos distribuidores e tentamos, pelo<br />

menos duas vezes por ano, ir à oficina<br />

do nosso cliente. Nunca aparecemos<br />

sem combinar previamente com<br />

o nosso distribuidor para fazer um<br />

acompanhamento”. Alexandra Mota<br />

acrescenta que, nas oficinas “gostam<br />

sempre que nós façamos uma atualização,<br />

uma visita, às vezes apenas dar<br />

a cara”. Desde 2005, a empresa conta<br />

ainda com um centro de formação<br />

próprio, que está completamente equipado<br />

com a mais recente tecnologia do<br />

setor e que permite “reunir pequenos<br />

grupos para cursos regulares, tanto na<br />

parte da pintura como nos polimentos,<br />

pois é importante que os participantes<br />

possam conhecer os produtos sentindo<br />

o cheiro e tendo-os na mão”, considera<br />

o diretor-geral.<br />

Para os distribuidores dos Açores e<br />

da Madeira, a situação é diferente. Se,<br />

antigamente, “era mais apelativo vir<br />

cá, ultimamente, temos optado por<br />

dar lá a formação”, esclarece Margarida<br />

Mota, que revela que “volta e meia<br />

também organizamos formações nas<br />

ilhas africanas, onde são sempre necessários<br />

dez dias”.<br />

Por outro lado, este ano, a Mota & Pimenta<br />

promoveu também junto dos<br />

clientes o meeting europeu da 3D, que<br />

se realizou em Portugal. “É a marca<br />

americana de produtos de polimento<br />

que representamos e dado o relacionamento<br />

que temos com eles, decidiram<br />

fazer o encontro aqui, depois de há<br />

dois anos se ter realizado na Bélgica”,<br />

refere. Durante 3 dias o representante<br />

da marca americana em conjunto com<br />

a equipa de Mota & Pimenta, alguns<br />

clientes e representantes europeus<br />

juntaram-se no Centro de Formação<br />

de MP para partilhar experiências,<br />

aperfeiçoar as técnicas e descobrir algumas<br />

novidades. Para além da partilha<br />

sobre os variadíssimos produtos<br />

que a 3D disponibiliza para lavagens<br />

e polimentos, este meeting foi igualmente<br />

importante na perceção do<br />

mercado ao nível europeu.<br />

Comunicação de proximidade<br />

A Mota & Pimenta utiliza as novas<br />

plataformas e as redes sociais, recorrendo<br />

ainda às newsletters mensais<br />

para fornecer informação direta aos<br />

clientes. De acordo com Margarida<br />

Mota, “quando há alturas ou clientes<br />

mais específicos, ou de certas áreas,<br />

cria-se um e-mail mais diferenciado.<br />

Inclusive, por vezes, também fazemos<br />

este contacto através de SMS, porque<br />

a plataforma também sustenta esse<br />

formato. A newsletter sai todos os<br />

meses, seja ela técnica ou informativa,<br />

conforme for mais interessante<br />

naquele mês”. Apesar disso, na opinião<br />

dos três responsáveis, “o contacto<br />

pessoal é necessário, porque este<br />

MOTA & PIMENTA<br />

Gerentes<br />

Virgílio Mota e Margarida Mota<br />

Morada<br />

Parque Industrial de Fages, Lote 4<br />

4770-464 Requião<br />

Telefone<br />

252 323 909<br />

Email<br />

online@motapimenta.com<br />

Site<br />

www.motapimenta.com<br />

é um produto que se vende pela sua<br />

imagem, pelo seu aspeto e há muitos<br />

esclarecimentos que o cliente nos<br />

pede e, se não for cara a cara, dificilmente<br />

explicamos. Justifica-se ter os<br />

comerciais, por isso vamos continuar<br />

a tê-los”, garante. Assim, neste momento,<br />

estão 18 pessoas a trabalhar<br />

na empresa, dos quais cinco vendedores<br />

“sempre no terreno” e quatro<br />

técnicos, sendo que não está previsto<br />

aumentar a equipa.<br />

Atendendo a que as sextas-feiras à<br />

tarde são pouco produtivas, “porque<br />

as oficinas não nos podem receber,<br />

pois é dia de entrega de viaturas, esse<br />

é sempre o dia em que optamos por,<br />

de três em três semanas, ir para o<br />

centro de formação, reunir a equipa e<br />

fazer um refresh, quer seja a testar o<br />

sistema informativo ou a experimentar<br />

produtos. E isso motiva, o facto de<br />

estarmos todos juntos”, dizem. Promovem,<br />

de forma regular, campanhas<br />

de marketing “com produtos que precisamos<br />

que não sejam esquecidos.<br />

Não o fazemos mensalmente porque<br />

não se justifica e acaba por se banalizar,<br />

mas consideramos importante<br />

para diversificar e mostrar tudo o que<br />

temos. Por exemplo, se agora fizermos<br />

52 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


uma campanha de verniz, daqui a uns<br />

meses faremos de polimento”, explica<br />

Margarida Mota, que defende que<br />

“é preciso equilíbrio e cuidado nesse<br />

tipo de ações”.<br />

Digitalizar processos<br />

A Mota & Pimenta não dispõe de plataforma<br />

B2B, mas conta com um sistema<br />

informático interno, no qual os<br />

comerciais podem ver o stock disponível<br />

e colocam as encomen<strong>das</strong>, que são<br />

recebi<strong>das</strong> diretamente pelo armazém.<br />

Já as encomen<strong>das</strong> dos fornecedores,<br />

explica Margarida Mota, “são envia<strong>das</strong><br />

por e-mail pela distribuição e aqui eles<br />

separam e enviam”. Em breve, a ideia<br />

é criar um novo processo que facilite a<br />

introdução dos pedidos, para melhorar<br />

a gestão <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> e reduzir<br />

os eventuais erros de digitação. Sendo<br />

uma empresa certificada, a sustentabilidade<br />

“foi sempre uma preocupação,<br />

não é uma novidade. Temos auditorias<br />

e visitas, tem de estar tudo na perfeição”,<br />

refere o responsável, mencionando<br />

não só a minimização de resíduos,<br />

como também a necessidade de fazer<br />

reciclagem, automatizar e digitalizar<br />

processos. A eletricidade, exemplifica,<br />

tanto no centro de formação como na<br />

sede da empresa, é agora toda em LED.<br />

As entregas são feitas através de logística<br />

própria e transportadora. No caso<br />

da venda direta, por norma, a entrega<br />

é feita no dia seguinte pela própria empresa,<br />

ao passo que na distribuição, “a<br />

encomenda é colocada até às 12h30 e<br />

a transportadora até às 15h30 está aí,<br />

e no dia seguinte está a entregar. To<strong>das</strong><br />

as semanas mandamos material para<br />

as ilhas, o nosso distribuidor interno<br />

vai de manhã cedo, já sabemos os dias<br />

de maior e de menor fluxo e dependendo<br />

da ilha que é, leva e descarrega”,<br />

explicam.<br />

Olhar para o futuro<br />

Sobre as instalações atuais, num total<br />

de 2 000 m2, Virgílio Mota é perentório:<br />

“é nossa intenção continuar aqui,<br />

primeiro porque nos custou muito<br />

dinheiro, é nosso e, depois, porque o<br />

cliente já sabe onde estamos, não precisa<br />

de andar à procura. As acessibilidades<br />

são ótimas neste parque industrial,<br />

a área coberta também nos deixa<br />

servidos por uns anos. Penso que estamos<br />

bem. As instalações oferecem as<br />

condições necessárias, não há ideia de<br />

remodelar”. Já no que toca à evolução<br />

do negócio, Alexandra Mota sublinha<br />

que “hoje em dia já não podemos dizer<br />

que o mês de fevereiro e de agosto são<br />

maus e julho é que é bom. Há muito<br />

tempo que isso já acabou! Mas o ano<br />

está a correr bem, estamos a conseguir<br />

ultrapassar os números do ano passado<br />

que já foram bons”, refere a diretora<br />

financeira, explicando que atualmente<br />

já não analisa objetivos “por volume de<br />

ven<strong>das</strong>, mas sim por litros, por causa<br />

do preço. Os preços subiram tanto, em<br />

tão pouco tempo, que eu já não posso<br />

comparar. Eu posso dizer que cresci<br />

20%, mas quanto é que aumentaram<br />

os produtos? Interessa-me contabilizar<br />

os litros, as unidades vendi<strong>das</strong>. E<br />

estamos a vender mais litros”, conclui,<br />

satisfeita. l<br />

“O MERCADO DA REPINTURA ESTÁ ESTAGNADO”<br />

Instados a fazer uma análise da atualidade<br />

deste setor, Virgílio Mota, Margarida Mota e<br />

Alexandra Mota consideram que este é um<br />

mercado “estagnado”. A seu ver, as novidades<br />

surgem apenas ao nível <strong>das</strong> cores novas que as<br />

marcas lançam, “porque se formos a ver bem, os<br />

produtos auxiliares de referência, <strong>das</strong> marcas de<br />

topo, as mais vendi<strong>das</strong>, mantêm-se os mesmos<br />

há muitos anos”, argumentam. A única novidade<br />

que vai surgindo são “os vernizes e os aparelhos<br />

de secagem rápida, que não utilizam estufa. De<br />

resto não há muito mais a inventar”, consideram.<br />

Para o diretor-geral da Mota & Pimenta, “da<br />

parte <strong>das</strong> oficinas há uma evolução grande que<br />

tem que ser feita, na parte da digitalização dos<br />

processos”, pois estão to<strong>das</strong> “muito limita<strong>das</strong>, com<br />

falta de capacidade para absorver informação.<br />

Vamos a uma oficina que tem uma faturação<br />

importante, com sete ou oito pintores, mas se<br />

formos ver a gestão do negócio e os processos<br />

utilizados, constatamos muitas lacunas”. Sem<br />

grandes possibilidades de intervir nestas casas,<br />

a empresa nota que sempre que aparece um<br />

“comercial com mais conhecimentos, é mais um<br />

vendedor que lhes vai roubar tempo. Por fim<br />

ainda nos questionam porque haveríamos de<br />

querer saber os números deles…”, conta.<br />

Alexandra Mota adianta que a empresa<br />

está a trabalhar numa ferramenta nova<br />

para tentar melhorar processos nas oficinas,<br />

nomeadamente para conseguirem saber que<br />

tipo de produtividade têm: “Não se trata de uma<br />

coisa complexa, é muito simples, feita por nós, de<br />

maneira a que qualquer pessoa clique e coloque<br />

só o preço do artigo e insira valores aproximados.<br />

Isto porque a maior parte <strong>das</strong> oficinas, pelo<br />

menos aquelas com as quais lidamos, não têm”.<br />

No que diz respeito à venda de tintas sintéticas<br />

e celulosas, Virgílio Mota mostra-se contra as<br />

fiscalizações, “que só vêm roubar tempo, pois<br />

deixamos de trabalhar para lhes dar justificações”<br />

e considera que as tintas de solvente ainda<br />

vão ter “um longo caminho, uma vez que para<br />

acabar com isso teria de ser por contingente.<br />

O sistema de solvente é mais rápido e, para o<br />

pintor, é a escola que tem desde que nasceu, está<br />

mecanizado e tudo funciona melhor, na mente<br />

dele, o que nem sempre corresponde à realidade”,<br />

assume. Neste momento, a nível europeu há um<br />

rácio 50-50%, entre água e solvente. Legalmente,<br />

nas máquinas, em oficinas não é permitido,<br />

mas está disponível. A tinta serve para muitas<br />

aplicações e as pessoas quando compram não<br />

dizem para o que é!”, aponta.<br />

Quanto à falta de jovens na área de repintura<br />

automóvel, todos concordam que é uma situação<br />

difícil, pois “tudo o que envolva alguma sujidade,<br />

as pessoas não querem. Mas a pintura é uma<br />

atividade limpa”, esclarecem, notando que em<br />

todos os grupos de formação que acolheram este<br />

ano, só tiveram “dois miúdos, que fomos nós que<br />

formámos, de resto são pessoas que já estão na<br />

atividade”. Advogam a criação de mais cursos de<br />

formação em Famalicão, onde existe apenas o de<br />

mecânica, defendendo que “nas casas que têm<br />

uma grande oferta de produtos, nós precisamos<br />

de quem os consuma e que os saiba aplicar<br />

bem. Era preciso encontrar as empresas que tem<br />

condições para o fazer e nos dávamos o apoio<br />

técnico e os conhecimentos”, finalizam.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 53


Oficina<br />

do Mês<br />

auto services<br />

A oficina do mês é patrocinada por TotalEnergies QUARTZ (autoservices)<br />

CENTRO AUTO ESTRELA DA MANHÃ<br />

FOCO NA QUALIDADE<br />

E INOvaÇÃO!<br />

O CENTRO AUTO ESTRELA DA MANHÃ INICIOU ATIVIDADE EM 2015 E ATUALMENTE DISPÕE DE UMA ÁREA<br />

TOTAL DE 1.200 M2 E 19 COLABORADORES, DESDE EQUIPA DE RECEÇÃO, MECÂNICOS E TÉCNICOS DE<br />

SERVIÇOS RÁPIDOS. COM FOCO NA QUALIDADE E INOVAÇÃO, TRABALHA DIARIAMENTE COM O OBJETIVO DE<br />

SER LÍDER DE MERCADO NA ILHA DE SÃO MIGUEL<br />

O<br />

Centro Auto Estrela da Manhã está inserido<br />

no Grupo Estrela da Manhã, que inclui empresas<br />

liga<strong>das</strong> ao setor do turismo, hotelaria, rent<br />

a car e escolas de condução, entre outras. Diferencia-<br />

-se por oferecer um leque completo de serviços auto,<br />

desde montagem de pneus, mecânica a pintura auto.<br />

Integra o conceito oficinal “A Oficina” desde 2020<br />

e a visão dos seus responsáveis para o futuro, vai ao<br />

encontro da visão do Centro Auto Estrela da Manhã<br />

“Integrar esta rede trouxe mais valias para a empresa,<br />

pela proximidade com o nosso fornecedor principal,<br />

pelos produtos certificados e pela qualidade e rapidez<br />

de entrega dos materiais, permitindo-nos crescer de<br />

forma sustentada e sustentável e sermos uma oficina<br />

reconhecida e credível para a nossa comunidade”, refere<br />

João Tavares, gestor da oficina. “Temos um bom<br />

relacionamento com a equipa da APL Expresso, representante<br />

da rede A Oficina. Apostaram na nossa<br />

equipa jovem e, para além disso, esta rede de oficinas<br />

inspirou-nos confiança, motivando-nos a integrar o<br />

conceito desde o início”, acrescentou.<br />

Boa capacidade de resposta<br />

O fluxo diário de clientes na oficina exige que tenha<br />

uma capacidade de resposta adequa<strong>das</strong> às necessidades<br />

dos mesmos, por isso “É fundamental para nós a<br />

qualidade e rapidez no serviço prestado. Para poder<br />

responder às expectativas dos clientes, encontramos<br />

na APL Expresso um grande aliado, pois apresenta<br />

peças de qualidade e disponibilidade de produtos em<br />

tempo muito reduzido”, afirma João Tavares.<br />

Todos os colaboradores recebem formação anualmente,<br />

quer seja para equipa de receção como para<br />

os técnicos de mecânica. A nível da sustentabilidade,<br />

foi feito um investimento na aquisição de painéis<br />

fotovoltaicos, que irão garantir o fornecimento<br />

total de energia à oficina. O Centro Auto oferece<br />

todo o tipo de serviços e como faz a gestão de frotas<br />

de várias empresas como os rent a cars, os serviços<br />

mais solicitados são as operações de revisão e manutenção,<br />

para além da montagem de pneus. Tem<br />

também capacidade para reparar veículos híbridos<br />

e elétricos e, para isso muito têm contribuído as<br />

formações providencia<strong>das</strong> pela rede “A Oficina”.<br />

CENTRO AUTO ESTRELA DA MANHÃ<br />

Gerente<br />

Diogo Rocha Pereira<br />

Morada<br />

Rua da Mãe de Deus, 48<br />

9500-321 Ponta Delgada<br />

Telefone<br />

296 713 173<br />

Email<br />

centroauto@estreladamanha.pt<br />

Site<br />

www.autoestreladamanha.com<br />

Ir à luta num mercado competitivo<br />

Relativamente ao negócio, o ano 2023 está a ser<br />

muito positivo, com crescimento de faturação e a<br />

abertura de um centro de lavagem para complementar<br />

o leque de serviços. A decisão estratégica<br />

que tem contribuído para o crescimento do Centro<br />

Auto nos últimos anos tem a ver com a decisão de<br />

ir à luta num mercado competitivo, investindo na<br />

modernização da maquinaria e na formação <strong>das</strong><br />

pessoas. Em 2024, perspetiva aumentar a equipa,<br />

para conseguir dar uma melhor resposta aliada às<br />

necessidades dos seus clientes.<br />

O facto de estar localizado numa ilha não tem<br />

impedido o crescimento do Centro Auto Estrela<br />

da Manhã, pois a carteira de clientes tem aumentado,<br />

conforme sublinha João Tavares “Vivemos<br />

numa ilha em que a rede de transportes públicos<br />

não oferece as melhores alternativas à população,<br />

o que faz com que o número de veículos por habitação<br />

aumente (cada habitação tem mais do que<br />

um carro). Outro fator vantajoso tem a ver com<br />

o aumento do Turismo nos Açores e consequente<br />

aumento do parque automóvel. Enquanto os<br />

veículos continuarem a ser um bem essencial às<br />

famílias, o trabalho oficinal será bem-sucedido”,<br />

conclui.<br />

Mas crescer acarreta desafios, e o maior entrave<br />

atualmente sentido é a falta de mão de obra especializada,<br />

mas os responsáveis acreditam na sua<br />

capacidade de enfrentar os desafios que lhes irão<br />

permitir continuar a evoluir e crescer. l<br />

54 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


SEMPRE COM O CLIENTE EM MENTE, O CENTRO AUTO ESTRELA DA MANHÃ<br />

TRABALHA DIARIAMENTE COM O OBJETIVO DE SER LÍDER DE MERCADO<br />

NA ILHA DE SÃO MIGUEL E POSICIONAR-SE POR SER UMA OFICINA DE<br />

CONFIANÇA, RECONHECIDA PELO SERVIÇO DE EXCELÊNCIA


Produto<br />

MINTEX FIT<br />

O SOM DO SILÊNCIO!<br />

UMA DAS ÚLTIMAS INOVAÇÕES DA TMD FRICTION NO DOMÍNIO DA TRAVAGEM É A PASTILHA<br />

DE TRAVÃO MINTEX FIT. COM ESTA TECNOLOGIA INOVADORA, A MARCA OFERECE PASTILHAS QUE GERAM<br />

MENOS RUÍDO E VIBRAÇÃO<br />

Ao travar um veículo, as vibrações podem<br />

causar um guincho desagradável. São o<br />

resultado da fricção gerada quando as pastilhas<br />

de travão são empurra<strong>das</strong> contra o disco de<br />

travão. Felizmente, é possível evitá-las. A TMD<br />

Friction tem vindo a trabalhar nesta questão há<br />

vários anos através do desenvolvimento da sua<br />

tecnologia de pastilhas. Esta baseia-se em características<br />

especialmente concebi<strong>das</strong> para atenuar o<br />

ruído de travagem e melhorar o desempenho.<br />

Tecnologia inovadora<br />

A Mintex FIT destacável de várias cama<strong>das</strong> é fornecida<br />

diretamente com a pastilha de travão, onde<br />

é posicionada antes da montagem. Faz toda a diferença<br />

no sistema de travagem em termos de desem-<br />

penho. A equipa técnica da TMD Friction terá todo<br />

o prazer em responder a to<strong>das</strong> as perguntas sobre a<br />

utilização deste acessório, que por vezes não é familiar<br />

para os reparadores. O acrónimo “FIT” utilizado<br />

para este produto significa Floating Insulation Technology.<br />

Esta tecnologia baseia-se num mecanismo<br />

de desacoplamento e absorção. O calço é “preso” no<br />

lugar através de um sistema de bloqueio manual para<br />

evitar que se solte da placa traseira, permitindo ao<br />

mesmo tempo que se mova entre a pinça e a pastilha<br />

sob carga. O movimento natural da cunha e o seu revestimento<br />

de superfície isolante superior ajudam a<br />

reduzir o ruído e as vibrações. Esta solução de amortecimento<br />

foi igualmente concebida para aumentar<br />

a segurança, limitando os movimentos excessivos e<br />

protegendo o disco de travão de danos adicionais.<br />

Na vanguarda da indústria<br />

Num mercado automóvel altamente competitivo,<br />

os travões já não são apenas um requisito básico<br />

de segurança. Tornam-se um elemento-chave do<br />

prazer de condução quando reduzem incómodos<br />

como o chiar. As tecnologias de calços desenvolvi<strong>das</strong><br />

pela TMD Friction respondem diretamente a<br />

esta expetativa, permitindo ao fabricante manter-<br />

-se na vanguarda da indústria para to<strong>das</strong> as marcas<br />

do seu vasto portfólio. Este compromisso ajuda<br />

a manter o seu estatuto de líder mundial no fabrico<br />

de materiais de fricção para os mercados automóvel<br />

e de travagem. l<br />

Para mais informações, visite:<br />

https://textar.com/en/brake-pads/.<br />

56 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


WOLF ELECTRUM<br />

A PENSAR NA MOBILIDADE DO FUTURO<br />

A WOLF APRESENTA A SUA NOVA GAMA DE PRODUTOS ELECTRUM PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS.<br />

UMA GAMA DE FLUIDOS DE TRANSMISSÃO, MASSAS LUBRIFICANTES E LÍQUIDOS REFRIGERANTES<br />

DEDICADOS A SATISFAZER AS GERAÇÕES ATUAIS E VINDOURAS DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

Os veículos elétricos introduzem novas estruturas<br />

de alimentação que conduzem a requisitos<br />

de fluidos específicos. A Wolf desenvolve<br />

soluções para estar um passo à frente da<br />

concorrência e acelerar a adesão a veículos elétricos<br />

de elevado desempenho com eficiência energética<br />

e fiáveis. Impulsionado pelo endurecimento da<br />

legislação sobre emissões e pela crescente procura<br />

dos consumidores, o mercado de veículos elétricos<br />

global já avançou passos largos. A mudança em direção<br />

à maior eletrificação do parque de veículos<br />

global está a acelerar exponencialmente. Enquanto<br />

atualmente ainda são vendidos mais veículos<br />

com motor de combustão interna em comparação<br />

com os VE, a proporção está progressivamente a<br />

mudar. Na Europa, espera-se que até 2035 e nos<br />

anos seguintes 100% dos novos automóveis vendidos<br />

sejam elétricos. A preparar o terreno para a<br />

mobilidade elétrica do futuro, a Wolf está na vanguarda<br />

com a sua gama Electrum.<br />

Transmissão dos VEÍculos elétricos<br />

e constrangimentos de refrigeração<br />

Os veículos elétricos estão no mercado há duas<br />

déca<strong>das</strong>, no entanto, o desenvolvimento de fluidos<br />

especializados está apenas a começar a ganhar impulso.<br />

A gestão térmica, a condutividade elétrica<br />

e a proteção dos componentes são apenas alguns<br />

dos principais desafios complexos que os fluidos<br />

convencionais não conseguem resolver. A Wolf é<br />

a marca que dá, literalmente, vida aos veículos e<br />

que fornece a energia vital para melhorar o desempenho<br />

e a resistência dos mesmos. A nova gama<br />

Electrum define um marco importante no compromisso<br />

da marca para impulsionar soluções de<br />

mobilidade elétrica eficientes e sustentáveis. l<br />

GAMA DE PRODUTOS WOLF<br />

PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS:<br />

WOLF ELECTRUM MULTI E-ATF FLUID<br />

• Fluido de transmissão híbrida e motores elétricos<br />

WOLF ELECTRUM E-DCT FLUID<br />

• Fluido de transmissão E-DCT e redutor<br />

WOLF ELECTRUM TRANS FLUID<br />

• Fluido de transmissão automática para veículos elétricos e híbridos<br />

WOLF ELECTRUM COOLANT<br />

• Líquido refrigerante de bateria<br />

WOLF ELECTRUM HUB GREASE<br />

• Massa lubrificante sintética para rolamentos <strong>das</strong> ro<strong>das</strong><br />

WOLF ELECTRUM E-MOTOR GREASE<br />

• Massa lubrificante sintética para rolamentos de motores elétricos<br />

WOLF ELECTRUM BRAKE FLUID<br />

• Líquido de travões de baixa viscosidade<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 57


Técnica<br />

&Serviço<br />

PREPARAÇÃO DE FUNDOS NA REPARAÇÃO DE CARROÇARIAS<br />

OBTER RESULTADOS<br />

DE QUALIDADE!<br />

O PROCESSO DE REPARAÇÃO DA CARROÇARIA DE UM VEÍCULO BATIDO, DANIFICADO OU SINISTRADO IMPLICA<br />

A REALIZAÇÃO DE UM GRANDE NÚMERO DE TAREFAS E OPERAÇÕES QUE REQUEREM UM CONHECIMENTO<br />

TÉCNICO MUITO AMPLO E EXAUSTIVO. CADA UMA DESTAS OPERAÇÕES TEM UMA DETERMINADA COMPLEXIDADE<br />

E RELEVÂNCIA DENTRO DO PROCESSO DE REPARAÇÃO. NESTE ARTIGO VAMOS ANALISAR TUDO O QUE ESTÁ<br />

RELACIONADO COM AS DIFERENTES OPERAÇÕES DE PREPARAÇÃO DE FUNDOS<br />

58 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A<br />

preparação de fundos ou do suporte é um<br />

conjunto de operações que se devem realizar<br />

inicialmente sobre uma determinada peça<br />

ou substrato para que fique em excelentes condições<br />

que permitam a execução <strong>das</strong> posteriores tarefas<br />

de fixação ou revestimento e garantam o melhor<br />

acabamento do trabalho realizado. A preparação de<br />

fundos é necessária, de forma geral, na reparação<br />

da carroçaria de um veículo e, de forma particular,<br />

na aplicação de alguns dos diferentes processos parciais<br />

(moldagem da chapa, soldadura, pintura, etc.)<br />

que se vão executando durante as diferentes fases<br />

de reparação de uma carroçaria. As tarefas de preparação<br />

de fundos mais significativas e determinantes<br />

ocorrem em processos de reparação tão comuns<br />

como a soldadura, a aplicação de massa ou o revestimento<br />

de superfícies.<br />

A preparação de fundos<br />

e o processo de reparação<br />

Por vezes, comete-se o erro de dar toda a relevância<br />

às operações finais de acabamento que ficam à<br />

vista, como a pintura ou o revestimento da carroçaria,<br />

quando, na realidade, as tarefas prévias que<br />

se realizam têm uma importância similar, se não<br />

maior. Por exemplo, quando um aprendiz se dispõe<br />

a soldar sobre a carroçaria, costuma prestar especial<br />

atenção no momento de executar a soldadura, mas<br />

sem dedicar o tempo e aplicar os recursos necessários<br />

para preparar o suporte sobre o qual vai realizar<br />

a união. Isto representa um grande erro, visto que<br />

um substrato mal preparado dificulta, e inclusivamente<br />

impossibilita, a realização de soldaduras de<br />

qualidade que mantenham a sua resistência com o<br />

passar do tempo, com o consequente risco que isso<br />

representa quando o veículo se põe em circulação e<br />

deve suportar os diferentes esforços estáticos e dinâmicos<br />

que qualquer carroçaria enfrenta. Portanto,<br />

existem dois aspetos gerais que qualquer oficina<br />

de carroçaria e pintura deve ter em conta durante a<br />

execução da preparação de fundos:<br />

• A importância que tem a preparação de fundos<br />

dentro do processo de reparação de qualquer dano<br />

sobre a carroçaria do veículo, visto que facilita a<br />

execução <strong>das</strong> diferentes tarefas de acabamento e<br />

melhora a qualidade final da reparação quanto a<br />

variáveis como o aspeto, a resistência ou a proteção<br />

anticorrosiva.<br />

• A necessidade de sensibilizar o profissional da oficina<br />

para que realize to<strong>das</strong> estas operações de forma<br />

correta, tendo em conta as considerações concretas<br />

de cada situação de trabalho e utilizando os produtos<br />

mais adequados em cada caso.<br />

Operações de preparação de fundos<br />

prévias à aplicação de massas<br />

A aplicação de massas sobre substratos metálicos ou<br />

plásticos do veículo é um dos trabalhos que mais se<br />

realiza na oficina de chapa e pintura, visto que diariamente<br />

ocorrem colisões, impactos e danos que<br />

provocam deformações e defeitos nas diferentes<br />

peças da carroçaria. A preparação de fundos que se<br />

realiza nestes casos depende do facto de o componente<br />

afetado ser metálico ou de plástico. Embora<br />

em ambos os casos se efetue uma vez que os danos<br />

tenham sido reparados e seja necessário finalizar o<br />

processo de reparação com a igualação da superfície,<br />

utilizando produtos de enchimento como as<br />

massas. As operações de preparação do suporte que<br />

têm de ser realiza<strong>das</strong> antes de proceder à aplicação<br />

de massa são estas:<br />

• Proteção dos elementos e <strong>das</strong> zonas anexas<br />

• Eliminação da pintura na zona de atuação<br />

• Abertura de arestas e lixamento da chapa descoberta<br />

• Matização da zona circundante<br />

• Limpeza e desengorduramento do substrato<br />

• Proteção anticorrosiva do metal<br />

• Aplicação de um promotor de aderência quando<br />

se aplica massa em plásticos<br />

Proteção dos elementos<br />

e <strong>das</strong> zonas anexas<br />

Antes de se proceder à aplicação de massa, é necessário<br />

proteger as zonas ou elementos suscetíveis de<br />

sofrer danos ou ficar manchados durante o processo<br />

de reparação e aplicação de massa. Para o efeito, devemos<br />

proteger a superfície ou o componente com<br />

uma fita que adira bem à superfície e que seja capaz<br />

de resistir a abrasões, pequenas panca<strong>das</strong>, fricções e<br />

ao contacto com produtos químicos.<br />

Eliminação da pintura na zona de atuação<br />

Quando a reparação se realiza sobre um componente<br />

metálico, é imprescindível eliminar a pintura<br />

após as operações de remoção de mossas, retoque e<br />

batimento do metal, próprias da reparação manual<br />

da chapa, visto que sobre a superfície de atuação<br />

aparece marcas, fissuramentos e rachadelas que<br />

implicam um suporte com baixa aderência para<br />

os produtos de enchimento. Esta circunstância faz<br />

com que seja necessário eliminar to<strong>das</strong> as cama<strong>das</strong><br />

de tinta de acabamento e de enchimento para garantir<br />

a durabilidade da reparação. A eliminação<br />

da tinta deve ser feita com abrasivos que não sejam<br />

propensos a reduzir a espessura do metal e/ou a sobreaquecer<br />

a chapa. Geralmente, para danos graves<br />

ou médios, utilizam-se abrasivos tridimensionais<br />

ou discos de puas (metálicas, de nylon, etc.) montados<br />

em ferramentas rotativas como berbequins<br />

ou rebarbadoras, ao passo que para danos leves pode-se<br />

eliminar a pintura diretamente com um disco<br />

de lixa (a partir de P-80) colocado numa lixadora<br />

roto-orbital.<br />

Em contrapartida, quando se trabalha sobre plásticos,<br />

a tinta só se elimina nas zonas onde existe uma<br />

deformação que é necessário corrigir com transmissão<br />

de calor, visto que, ao reparar fissuras ou faltas<br />

de material, o próprio processo de preparação do<br />

suporte com abrasivos ou fresas rotativas elimina o<br />

revestimento. Nestes casos, a tinta é eliminada com<br />

lixadora roto-orbital e discos de lixa de grão a partir<br />

de P-120.<br />

Abertura de arestas<br />

e lixamento da chapa descoberta<br />

A eliminação da tinta com ferramentas rotativas<br />

produz uma aresta viva na zona de transição entre a<br />

chapa descoberta e as diferentes cama<strong>das</strong> de tinta.<br />

Esta aresta tem que ser rebaixada e reduzida o máximo<br />

possível a fim de gerar uma boa base para a<br />

massa e evitar, assim, posteriores imperfeições e/ou<br />

o aparecimento de ondulações. A redução do desnível<br />

é efetuada com uma lixadora roto-orbital e grão<br />

de lixa P-80, podendo utilizar-se um disco de lixa<br />

mais fino, como P-120, quando se abrem as arestas<br />

em danos leves, peças que não estão repinta<strong>das</strong> e<br />

atuações sobre plásticos.<br />

Matização da zona circundante<br />

Após a abertura <strong>das</strong> arestas, deve-se proceder à eliminação<br />

do brilho na periferia do dano reparado,<br />

com a finalidade de abrir o poro da pintura e permitir<br />

que a massa adira corretamente. Para tornar<br />

esta zona mate, também se utiliza uma lixadora roto-orbital,<br />

embora neste caso o grão utilizado tenha<br />

de ser mais fino, entre P-120 e P-180. Desta forma,<br />

quando se lixa a massa e se procede à sua afinação<br />

para reduzir os riscos (algo necessário antes de aparelhar),<br />

o processo é menos difícil para o operário e<br />

reduz-se o risco de aparecimento de marcas de lixa<br />

após a pintura.<br />

Limpeza<br />

Após se efetuarem to<strong>das</strong> estas operações de preparação<br />

de fundos, a superfície de atuação deve ficar perfeitamente<br />

limpa, sem pó e livre de quaisquer resíduos<br />

de gordura, silicones ou óleo, com o objetivo de<br />

não reduzir a aderência da massa. Para se conseguir<br />

este objetivo, em primeiro lugar sopra-se ou aspira-<br />

A APLICAção DE MASSAS SOBRE SUBSTRAtos METÁLICOS OU PLÁSTICOS<br />

DO VEÍCULO É UM DOS TRABALHOS QUE MAIS SE REALIZA NA OFICINA<br />

DE CHAPA E PINTURA, visto QUE DIARIAMENTE OCORREM COLISÕES,<br />

IMPActos E DANOS QUE PROVOCAM DEFORMAÇÕES NA CARROÇARIA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 59


TÉCNICA<br />

&SERVIÇO<br />

AS tarefas DE PREParação DE FUNDOS MAIS SIGNIFICATIVAS<br />

E DETERMINANTES OCORREM EM PROCESSOS DE REParação<br />

tão COMUNS COMO A SOLDADURA, A APLICAÇÃO DE MASSA<br />

OU O REVESTIMENTO DE SUPERFÍCIES<br />

-se a superfície para eliminar os resíduos de pó de<br />

lixamento e, em seguida, desengordura-se a superfície.<br />

Para desengordurar superfícies sensíveis aos dissolventes,<br />

como alguns tipos de plástico, utilizam-se<br />

produtos de limpeza específicos para materiais sintéticos,<br />

ao passo que, para desengordurar peças metálicas,<br />

utiliza-se um produto de limpeza para tal fim.<br />

Proteção anticorrosiva do metal<br />

Antes de se realizar a aplicação de massa na superfície<br />

metálica reparada, deve-se aplicar uma pintura<br />

de fundo ou algum tratamento que garanta a proteção<br />

anticorrosiva, da mesma forma que se faz no processo<br />

de fabrico do veículo. Não obstante, esta parte<br />

do processo é uma tarefa que não é efetuada em muitas<br />

<strong>das</strong> oficinas atuais, como consequência da falta de<br />

tempo tabelado (deve-se aplicar à pistola, com tudo o<br />

que isso implica quanto a preparação, mascaramento,<br />

etc.) ou porque tintas como o aparelho ou o verniz<br />

oferecem uma selagem que isola o aço do contacto<br />

com o ar. Hoje em dia, estes argumentos já não são<br />

válidos graças à evolução dos washprimers ou primários<br />

anticorrosivos e promotores da aderência. Estes<br />

já são comercializados em formato de toalhita, para<br />

facilitar a sua aplicação e para que esta não exija o<br />

aumento dos tempos de reparação nem a existência<br />

de um equipamento específico.<br />

Aplicação de um promotor de aderência<br />

quando se aplica massa em plásticos<br />

As massas e outros tipos de tintas e adesivos não<br />

apresentam uma boa aderência sobre os materiais<br />

sintéticos utilizados nos automóveis. É por isso que,<br />

na maioria dos casos, antes de se usar qualquer<br />

destes produtos sobre a maioria dos plásticos, é necessário<br />

aumentar o poder de colagem, aplicando<br />

promotores de aderência que garantam níveis adequados<br />

da mesma.<br />

Operações de preparação<br />

de fundos em plásticos<br />

A utilização de plásticos no fabrico de veículos aumentou<br />

consideravelmente nas últimas déca<strong>das</strong>.<br />

Isto implicou o desenvolvimento de processos de<br />

reparação diversos, com operações comuns e específicas<br />

que se adaptam às peculiaridades de cada<br />

grupo de plásticos (termoplásticos e termoestáveis,<br />

fundamentalmente). A preparação de fundos comum<br />

à reparação de plásticos, independentemente<br />

do método que seja utilizado, é a seguinte:<br />

• Assegurar o paralelismo e o alinhamento entre os<br />

rebordos de cada lado da fissura. Assim, quando<br />

se fecha a fissura com soldadura, adesivos, resinas,<br />

etc., mantém-se a uniformidade da superfície e é<br />

mais fácil efetuar a reparação.<br />

• Perfurar o final da fissura com uma broca de 3<br />

mm. Para faltas de material sem fissura não é necessário<br />

efetuar esta tarefa.<br />

• Biselar a fissura e o orifício efetuado em ambas<br />

as faces do plástico, sempre que o polímero tenha<br />

uma espessura superior a 2 mm e/ou se vá utilizar<br />

um remendo termoplástico como reforço interior. O<br />

ângulo que cada rebordo biselado deve ter é de 30º.<br />

Caso se crie um ângulo maior, a aresta resultante da<br />

criação do bisel em ambas as faces fica muito afiada<br />

e dificulta o processo de soldadura do plástico.<br />

• Eliminar a tinta e matizar a superfície segundo a<br />

forma descrita na secção anterior, antes de aplicar a<br />

massa de enchimento.<br />

• Realizar a sopragem e o desengorduramento da superfície<br />

segundo a forma anteriormente mencionada.<br />

Além disso, quando a fissura ou a falta de material<br />

é reparada com adesivos estruturais bicomponentes,<br />

é necessário realizar a seguinte preparação de<br />

fundos específica: Lixar cuidadosamente o bisel efetuado<br />

sobre a fissura ou falta de material, o orifício<br />

executado e a face interna do plástico sobre a qual<br />

se vai colocar o reforço; e Ativar as zonas onde se<br />

vai colocar o adesivo estrutural (biséis, face interna<br />

de colocação do reforço e superfícies limítrofes)<br />

para se conseguir aumentar a aderência do adesivo<br />

e, assim, a durabilidade, resistência e qualidade da<br />

reparação. A ativação do suporte consegue-se com a<br />

aplicação de um promotor de aderência.<br />

Operações de preparação de fundos<br />

nos processos de soldadura e colagem<br />

O conjunto da carroçaria é uma complexa estrutura<br />

de peças que encaixam entre si graças a uma<br />

ponderada conceção dos sistemas de união utilizados.<br />

Os diferentes componentes unidos fixam-se de<br />

forma permanente através de soldadura (em carroçarias<br />

de aço), rebites estampados (geralmente em<br />

carroçarias de alumínio e híbri<strong>das</strong>), uniões cola<strong>das</strong><br />

(sobretudo em carroçarias de aço) e/ou adesivos estruturais<br />

(utilizados como sistema de fixação complementar<br />

em todo o tipo de carroçarias). Nas carroçarias<br />

de aço, a maioria destas peças, sobretudo<br />

as que constituem a estrutura do veículo, fixam-se<br />

através de diferentes métodos de soldadura (laser,<br />

MIG-MAG, pontos de resistência, etc.). Ao substituir<br />

um elemento soldado, o profissional da oficina<br />

deve repor este sistema de fixação para garantir<br />

que a peça fica bem fixa. Contudo, antes de mais<br />

deve realizar uma preparação de fundos exaustiva<br />

que facilite o processo de união e fixação para que<br />

a resistência do conjunto montado não diminua.<br />

As operações de preparação de fundos comuns aos<br />

60 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


diferentes sistemas de fixação mencionados são as<br />

seguintes:<br />

• Nivelamento de assentos e abas com martelo e tais<br />

para permitir que os elementos unidos fiquem perfeitamente<br />

montados. Esta tarefa é de especial importância<br />

quando se utilizam rebites estampados,<br />

adesivos, soldaduras autogéneas efetua<strong>das</strong> com um<br />

equipamento elétrico por resistência e soldaduras<br />

de tampão com um equipamento de fio. Em to<strong>das</strong><br />

estas situações, é fundamental que não fiquem espaços<br />

entre os metais sobrepostos para evitar como<br />

resultado uniões que apresentem uma fixação deficiente<br />

de baixa resistência estrutural.<br />

• Obtenção simétrica de juntas de união. Quando se<br />

procede à substituição parcial de um elemento fixo<br />

com um dos sistemas mencionados, as juntas de<br />

união da peça base e da peça de substituição têm de<br />

apresentar um rebordo o mais idêntico possível para<br />

facilitar as tarefas de montagem, ajuste e fixação.<br />

• Eliminação da tinta e/ou vedantes (na peça do automóvel)<br />

e da cataforese (na peça de substituição)<br />

nas zonas de fixação, a fim de possibilitar a passagem<br />

da corrente elétrica, quando se utilizam equipamentos<br />

de soldadura, e de aumentar a aderência dos adesivos.<br />

A tinta é eliminada de acordo com a forma já<br />

mencionada, ou seja, através de uma plaina ou de um<br />

disco de puas montado numa ferramenta rotativa.<br />

• Proteção <strong>das</strong> faces internas da união sobre elementos<br />

da carroçaria fabricados com aço em montagens<br />

que apresentam sobreposição. A eliminação da<br />

tinta deixa o metal a descoberto, o que a médio ou<br />

longo prazo provoca a oxidação e corrosão do aço.<br />

Portanto, é necessário aplicar um que proporcione<br />

proteção anticorrosiva, permita a passagem da corrente<br />

e não se degrade com as altas temperaturas<br />

que são alcança<strong>das</strong> ao realizar a soldadura. Este<br />

produto também é válido para proteger as zonas<br />

solda<strong>das</strong> uma vez efetuada a soldadura. Além disso,<br />

para os casos nos quais é necessário proporcionar<br />

selagem e estanquidade à união, podem ser utilizados<br />

adesivos estruturais específicos (geralmente polímeros<br />

MS de base química de silano modificado).<br />

• Alinhamento e ajuste dos componentes montados<br />

para que correspondam entre si e com as peças contíguas<br />

quanto a paralelismo, continuidade entre linhas,<br />

folgas e luzes, e obtenção de aberturas e fechos<br />

suaves nas peças que sejam articula<strong>das</strong>.<br />

• Limpeza do substrato a fixar. Tal como nos casos<br />

anteriores, a zona deve ser soprada e desengordurada<br />

para eliminar qualquer resíduo de sujidade ou<br />

gordura. Especialmente quando se aplicam adesivos<br />

estruturais, visto que a aderência dos mesmos pode<br />

ser afetada por uma inadequada limpeza do suporte.<br />

Além disso, de forma complementar a estas tarefas,<br />

há que ter em conta as seguintes operações específicas<br />

de preparação do suporte para determinados<br />

sistemas de fixação:<br />

• Ao realizar soldaduras de tampão, é necessário<br />

perfurar ou puncionar a chapa superior para se poder<br />

preencher o orifício com soldadura de fio (MAG<br />

para aço e MIG para alumínio).<br />

• Ao realizar soldaduras por pontos de resistência,<br />

é necessário espaçar convenientemente os referidos<br />

pontos para evitar ou reduzir o excessivo sobreaquecimento<br />

do metal. Este sobreaquecimento provoca<br />

a derivação da corrente elétrica e, em consequência,<br />

que as soldaduras revelem falta de resistência estrutural.<br />

A título de referência, os pontos de soldadura<br />

devem ser colocados a uma distância dos rebordos<br />

entre 10 e 15 mm, e a uma distância entre eles entre<br />

31 e 50 mm.<br />

• Também se deve reforçar a face interna <strong>das</strong> uniões<br />

topo a topo quando as juntas de união são muito<br />

longas ou se trabalha com metais macios, como o<br />

alumínio. De igual modo, as juntas de união próprias<br />

<strong>das</strong> substituições parciais em peças de alumínio<br />

necessitam de ser bisela<strong>das</strong> quando se utiliza<br />

um adesivo estrutural como sistema de fixação<br />

complementar aos rebites embutidos.<br />

Operações de preparação de fundos<br />

prévias à aplicação de tintas<br />

Antes de se aplicar qualquer tinta, seja de fundo<br />

ou de acabamento, devem ser seguidos alguns passos<br />

muito concretos para se criar um bom suporte.<br />

De forma geral, a preparação de fundos que se deve<br />

realizar nestes casos consta dos seguintes passos:<br />

• Lixamento e afinação do suporte<br />

• Limpeza<br />

• Proteção do metal descoberto<br />

• Mascaramento<br />

• Eliminação do pó residual<br />

Lixar e afinar convenientemente o suporte antes de<br />

aplicar qualquer tipo de tinta é estritamente necessário<br />

para evitar que, após a aplicação <strong>das</strong> tintas de<br />

acabamento, surjam defeitos de pintura resultantes<br />

de uma má preparação de fundos. Para isso, a superfície<br />

deve ser lixada com um grão suficientemente<br />

fino para que a tinta tenha a capacidade de cobrir<br />

os riscos resultantes e evitar, assim, o aparecimento<br />

de marcas de lixa que retirem brilho à camada final,<br />

que é a que fica à vista. De forma genérica, quanto<br />

mais densa é uma tinta, mais capacidade de cobertura<br />

tem, o que implica que o lixamento prévio pode ser<br />

mais grosseiro. Por outro lado, também é necessário<br />

ter em conta se a tinta é de um componente (1K),<br />

disponibilizada geralmente em aerossol, ou de dois<br />

componentes (2K). As tintas em spray de um componente<br />

tendem a cobrir menos e a oferecer menos<br />

resistência superficial, pelo que o lixamento prévio de<br />

que necessitam deve ser sempre mais fino. l<br />

A UTILIZAÇÃO DE PLÁSTICOS auMENTOU CONSIDERAVELMENTE NAS<br />

ÚLTIMAS DÉCADAS. ISTO IMPLICOU O DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS<br />

DE REPARAÇÃO DIVERSOS, COM OPERAÇÕES COMUNS E ESPECÍFICAS QUE<br />

SE adaptaM às PECULIARIDADES DE CADA GRUPO DE PLÁSTICOS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 61


Gestão<br />

ORÇAMENTO NA OFICINA<br />

OS DADOS<br />

QUE NÃO PODEM FALTAR<br />

A OFICINA DEVE TER EM CONTA UMA SÉRIE DE PREMISSAS PARA ELABORAR<br />

UM BOM ORÇAMENTO DE REPARAÇÃO. A ELABORAÇÃO DE UM ORÇAMENTO<br />

PODE TORNAR-SE NUM PROCESSO COMPLEXO SE O ESTABELECIMENTO NÃO DISPUSER<br />

DAS FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA CALCULÁ-LO. NESTE ARTIGO, ENUMERAMOS<br />

UMA SÉRIE DE DADOS CHAVE QUE A OFICINA DEVE TER EM CONTA NO MOMENTO<br />

DE APRESENTAR UM ORÇAMENTO AO CLIENTE<br />

A data de criação e expiração<br />

do orçamento na oficina<br />

Para o cliente, e também para a oficina,<br />

a data de criação é útil porque<br />

facilita a organização do seu trabalho.<br />

Igualmente importante é a data de expiração,<br />

que serve como garantia. O<br />

preço <strong>das</strong> peças sobressalentes pode<br />

mudar muito rapidamente, pelo que<br />

é melhor fornecer uma estimativa realista<br />

que reflita a situação do mercado.<br />

O orçamento deve ser<br />

realizado tendo em<br />

consideração o custo/hora<br />

Por conseguinte, é necessário dividir<br />

to<strong>das</strong> as despesas da oficina (profissionais<br />

no quadro de pessoal, compra<br />

de peças e peças de substituição,<br />

marketing, equipamentos, etc.) pelo<br />

número de horas de trabalho.<br />

Horas de trabalho<br />

e tipo de oficina<br />

A mão de obra deve ser calculada<br />

por hora de trabalho e dependendo<br />

do tipo de oficina, de acordo com os<br />

veículos reparados ou com as marcas<br />

com as quais trabalham. Para fornecer<br />

um documento claro e preciso,<br />

é importante indicar as diferentes<br />

tarifas de trabalho para cada operação.<br />

Isto também indicará ao cliente<br />

o grau de complexidade da operação.<br />

Tempo de mão-de-obra<br />

Recomenda-se a utilização de tempos<br />

originais do fabricante para assegurar<br />

a legitimidade e exatidão dos dados.<br />

Embora obrigue necessariamente ao<br />

cumprimento de prazos, quando estes<br />

dados estão presentes servem como<br />

um ponto de referência importante<br />

porque não podem ser questionados.<br />

Descrição clara <strong>das</strong><br />

operações a realizar<br />

A fim de chegar a uma estimativa precisa,<br />

é necessário ter um documento que<br />

explique claramente as operações que<br />

farão parte do trabalho. Desta forma, o<br />

cliente pode compreender rapidamente<br />

o que será feito ao seu veículo.<br />

Especificar as referências<br />

<strong>das</strong> peças<br />

Sempre que possível, tente incluir re-<br />

ferências para as peças sobressalentes<br />

utiliza<strong>das</strong>: isto aumentará a confiança<br />

do seu cliente de que terá toda a<br />

informação de que necessita em caso<br />

de verificações e pesquisas.<br />

Descontos, promoções<br />

e ofertas<br />

Não devem significar uma desvalorização<br />

automática e sem sentido dos<br />

serviços. No momento de cobrar, é<br />

necessário rever as condições dos descontos<br />

e verificar que o cliente tem<br />

direito aos mesmos.<br />

Preços: simples e totais<br />

Para facilitar a leitura e a compreensão<br />

da estimativa, é essencial indicar<br />

os preços repartidos por linha (operação,<br />

peça, etc.). Esta repartição mostra<br />

em números o impacto do tempo<br />

e dos custos de mão-de-obra. O preço<br />

global, escusado será dizer, serve<br />

como ponto de referência no documento<br />

e dá ao cliente a informação<br />

final de que necessita.<br />

Conclusões<br />

Graças a toda a informação e detalhes<br />

no orçamento, é possível assegurar que<br />

o cliente é informado de tudo o que precisa<br />

de saber. A satisfação será, portanto,<br />

ainda maior porque aos seus olhos<br />

não haverá zonas cinzentas. Finalmente,<br />

terá um melhor controlo de custos e<br />

rastreabilidade administrativa. l<br />

62 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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