Jornal das Oficinas 213

ANA CASTRO
TODOS OS PRODUTOS CONTITECH TÊM UM QR CODE NAS EMBALAGENS
ONDE ATRAVÉS DE UMA CÂMARA DE UM TELEMÓVEL O CLIENTE PODE
IR DIRETAMENTE PARA A PÁGINA TÉCNICA DO PRODUTO QUE PROCURA
INFORMAÇÃO SOBRE CARACTERÍSTICAS E INSTALAÇÃO
ser uma empresa bastante evoluída
com imensas oportunidades que nos
permitem aprender e evoluir muito
em diversas vertentes.
Como define a sua forma de estar
no mercado? Que princípios e regras
defende?
Ainda estou numa fase de muita
aprendizagem e conhecimento do
mercado, focada em absorver toda a
informação que recebo, estudando
muito e estando atenta a todos os
inputs que recebo no dia a dia de trabalho,
da minha equipa e dos meus
clientes. Apesar da minha experiência
profissional anterior não ser na área
de vendas, sou da opinião que quando
temos princípios e valores como ser
humano conseguimos estar presentes
em qualquer trabalho e em qualquer
área de negócio. O respeito pelas pessoas
que nos rodeiam e com quem
trabalhamos, o foco no trabalho em
equipa, a dedicação e empenho que
aplicamos a tudo o que fazemos como
também a humildade para saber em
que momentos devemos atuar e de
que forma o fazemos, para mim, são
pilares fundamentais para sermos
bons profissionais. A partir daí, as
coisas surgem de uma forma natural.
O seguimento destes pilares no meu
dia a dia, é e será a minha posição no
mercado.
Qual a sua estratégia para chegar ao
máximo número de clientes possível?
A nossa estratégia não passa por ter
uma quantidade excessiva de clientes.
Temos claro, alguns números mínimos
estipulados, no entanto a Conti-
Tech PTG foca-se mais em ter clientes
de qualidade que tenham respeito
pela nossa marca e que queiram trabalhá-la,
assim como nós como marca,
também damos valor a ter clientes
nos quais confiámos no seu trabalho
e obviamente no seu futuro no mercado.
A nossa estratégia passa por
dar suporte e estarmos disponíveis
sempre, com objetivo de ter uma relação
de total confiança com os nossos
clientes, sabendo que adicionamos
valor mutuamente no nosso dia a dia.
Por fim, passa também por estarmos
ativos no mercado, atentos, sermos
observadores e críticos primeiro ao
nosso trabalho e depois ao restante.
Como está a ContiTech a acompanhar
o desenvolvimento da indústria
automóvel e do aftermarket?
A ContiTech é uma empresa que tem
departamentos e equipas dedicadas
exclusivamente ao desenvolvimento,
fazendo também grandes investimentos
na área e, por essas razões, estamos
constantemente atentos, tendo sempre
produtos novos e atualizados para
acompanhar o mercado. Já temos uma
gama bastante diversa para veículos
híbridos. Por outro lado, a eletrificação
dos veículos também abre novos campos
de aplicação para as correias... Estamos
a trabalhar nessa vertente.
A maioria das atividades da ContiTech
no setor automóvel está consolidada
no equipamento original. Quais
as vantagens de ser um fornecedor
de 1º equipamento?
Na ContiTech, construir uma relação
de confiança com os nossos parceiros
e clientes é imprescindível. A lista de
critérios para um novo carro entrar
no mercado é infinita. Os fabricantes
têm uma lista imensa de aspetos
a considerar e aperfeiçoar antes que
o veículo possa sair da fábrica para
a estrada e ficar ativo. Decidir quem
será o fornecedor de equipamento
de origem do carro é uma decisão de
grande responsabilidade que se baseia
em factos mas também na confiança.
Confiança na segurança, bem
como confiança na capacidade de desempenho
dos nossos produtos... e a
nossa empresa tem tudo isso.
O que está a ser feito pela ContiTech
no domínio da sustentabilidade?
A empresa tem especialistas que enfrentam
estes desafios, focando o seu
dia a dia para a neutralidade na emissão
de carbono, no uso de materiais
sustentáveis, em operações ecológicas
assim como no tratamento do final de
vida dos nossos produtos. Somos uma
empresa muito focada no tema da sustentabilidade!
Um dos exemplos disso
mesmo são as novas embalagens dos
nossos produtos que foram lançadas
no início deste ano 2023. Embalagens
com menos 50% papelão, 245 g mais
leves, que representam cerca de 70%
mais espaço por palete e também cerca
de 98 trajetos a menos realizados
por camiões por ano, traduzindo-se
em cerca de menos 390 toneladas de
transmissões de CO 2 por ano.
E como o mercado de peças aftermarket
pode ser mais sustentável?
Qual o papel dos componentes
reconstruídos neste domínio?
A procura de novos materiais sustentáveis
e de novos processos de montagem,
entre outros, são uma constante
não só para a nossa empresa como
para o mercado geral. A evolução da
indústria automóvel dita isso mesmo!
Na minha opinião, penso que
neste momento, o primeiro caminho
a seguir na área de aftermarket passa
muito nos processos logísticos que o
envolvem. Recriar e evoluir no embalamento
de produtos, usando novos
materiais, dimensões mais reduzidas
etc.; Reduzir de uma forma mais eficaz
os transportes realizados dos produtos
30 Novembro I 2023 www.jornaldasoficinas.com