Jornal das Oficinas 213

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

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28.10.2023 Views

Entrevista DAN MENAHEM, ADMINISTRADOR DA SOFRAPA É IMPORTANTE OFERECER VARIEDADE AO CONSUMIDOR A SOFRAPA É O MAIOR DISTRIBUIDOR DE PEÇAS A NÍVEL NACIONAL E DESDE 2016 QUE OCUPA O PRIMEIRO LUGAR DO RANKING TOP 100. NUMA EVOLUÇÃO SEM PRECEDENTES, ESTE ANO PREVÊ BATER UM RECORDE DE FATURAÇÃO E DEVE ATINGIR OS 90 MILHÕES DE EUROS, AO MESMO TEMPO QUE INAUGURA A 25.ª LOJA EM PORTUGAL. PARA NOS FALAR SOBRE ESTA ROTA DE SUCESSO, ESTIVEMOS À CONVERSA COM DAN MENAHEM, ADMINISTRADOR DA EMPRESA QUE CELEBRA 65 ANOS DESDE A SUA FUNDAÇÃO As origens da Sofrapa remontam a 1958, mas só em 1991, trinta e três anos depois, a empresa chegou às mãos do atual proprietário. Natural de Marrocos, criado em Paris, Dan Menahem veio há mais de três décadas estabelecer-se em Portugal, onde adquiriu aquela que é hoje a maior distribuidora de peças auto em Portugal. Quando emigrou para o nosso país, e enveredou pelo negócio das peças, agarrou numa Sofrapa que tinha 16 funcionários e era ele próprio o mais novo de todos. Atualmente, conta orgulhoso que é quase “o mais velho”, de uma família que soma perto de 400 colaboradores. Tem, neste momento, 24 pontos de venda abertos ao público pelo país inteiro, mas “quando o Jornal imprimir, se calhar já podem ser 25”, brinca, abrindo o jogo sobre as expetativas de inaugurar mais uma loja a muito breve trecho, para perfazer ainda este ano mais um marco. Quanto às instalações, para já, são suficientes, com armazéns em Odivelas (sede), no norte, Porto e Braga e ainda no Algarve. Empresa virada para as soluções “Foi um percurso com altos e baixos, pois em 32 anos não pode estar sempre sol”, começa por nos dizer o administrador, em jeito de balanço, sobre o caminho que tem traçado na Sofrapa. “Tivemos sempre uma presença um bocado atípica no mercado, porque vendemos peças originais e peças de aftermarket e é muito raro encontrarmos empre- sas assim na Europa e no mundo. São, em princípio, mundos opostos. Apostámos sempre no original e fomos crescendo no aftermarket, que agora já têm pesos praticamente equivalentes”, revela, explicando que a empresa se iniciou na venda de peças de origem para os concessionários e oficinas do grupo PSA, atual Stellantis. Há uns anos começou a vender também peças aftermarket, que hoje já representam 55% da faturação. O portefólio da Sofrapa é generoso e Dan Menahem assume que só não são ainda “muito fortes nas ferramentas e nos equipamentos. De resto vendemos tudo, tentamos servir a oficina em todas as necessidades de peças, desde as originais, às de aftermarket”. Apesar de estar nos planos apostar também na área dos equipamentos ainda não foi possível, pois “o crescimento é tanto que a gente não se consegue virar para todo o lado. Está previsto, só que não conseguimos dedicar nem o tempo, nem o dinheiro necessário”, esclarece. Entre as gamas de produtos mais fortes, destaca os lubrificantes e as baterias, até porque o percurso de desenvolvimento passou por “equipamento original, baterias, lubrificantes e só depois o aftermarket”. Ao longo destas seis décadas e meia, a Sofrapa foi somando prémios e distinções, que Dan Menahem prefere não relevar. A seu ver, “o importante é a relação com a nossa gente, as pessoas que trabalham na empresa, e com os nossos clientes”. O responsável pretende que esta seja uma empresa virada para as soluções, uma vez que “isso é que importa! Assim como o espírito de crescimento e que isto seja uma família feliz onde toda a gente gosta de trabalhar. Se ganhamos ou não prémios, isso é um aparte”. Proximidade ao mercado O aumento do número de lojas tem sido um dos grandes objetivos de Dan Menahem ao longo dos últimos anos. Hoje, tem espaços abertos em Lagoa, Portimão, Pateiro, Albufeira, Loulé, Faro, Tavira, Setúbal, Corroios, Lisboa, Sintra, Odivelas, Alverca, Torres Vedras, Leiria, Coimbra, Covilhã, Viseu, Canelas, Gaia, Porto, Braga, Mirandela e Chaves. O administrador pretende “manter a proximidade com os clientes e para isso precisamos de mais pontos de venda. Já cobrimos o território nacional todo, estando em mercados com maior importância em volume. O último ponto que abrimos foi Chaves, depois de Mirandela, que são mercados mais pequenos, mas que têm clientes, pois os grandes centros já estão cobertos”, indica. As vendas ao balcão continuam a ser importantes, havendo, dependente das zonas, “balcões mais fortes do que outros. Para nós não é uma estratégia, mas claro que tento ter lojas em sítios onde pode ter um balcão. Ainda assim, a maior parte das nossas vendas são em entrega direta às oficinas”. As entregas, naturalmente, são um dos temas quentes da distribuição de peças auto em Portu- 32 Novembro I 2023 www.jornaldasoficinas.com

NA ÚLTIMA DÉCADA, DAN MENAHEM TEM SIDO O RESPONSÁVEL POR CRIAR UMA EVOLUÇÃO SEM PRECEDENTES NA EMPRESA QUE GERE E TEM AS ESTRATÉGIAS BEM DEFINIDAS PARA OS TEMPOS QUE SE APROXIMAM

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