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Jornal das Oficinas 213

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

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TÉCNICA<br />

&SERVIÇO<br />

AS tarefas DE PREParação DE FUNDOS MAIS SIGNIFICATIVAS<br />

E DETERMINANTES OCORREM EM PROCESSOS DE REParação<br />

tão COMUNS COMO A SOLDADURA, A APLICAÇÃO DE MASSA<br />

OU O REVESTIMENTO DE SUPERFÍCIES<br />

-se a superfície para eliminar os resíduos de pó de<br />

lixamento e, em seguida, desengordura-se a superfície.<br />

Para desengordurar superfícies sensíveis aos dissolventes,<br />

como alguns tipos de plástico, utilizam-se<br />

produtos de limpeza específicos para materiais sintéticos,<br />

ao passo que, para desengordurar peças metálicas,<br />

utiliza-se um produto de limpeza para tal fim.<br />

Proteção anticorrosiva do metal<br />

Antes de se realizar a aplicação de massa na superfície<br />

metálica reparada, deve-se aplicar uma pintura<br />

de fundo ou algum tratamento que garanta a proteção<br />

anticorrosiva, da mesma forma que se faz no processo<br />

de fabrico do veículo. Não obstante, esta parte<br />

do processo é uma tarefa que não é efetuada em muitas<br />

<strong>das</strong> oficinas atuais, como consequência da falta de<br />

tempo tabelado (deve-se aplicar à pistola, com tudo o<br />

que isso implica quanto a preparação, mascaramento,<br />

etc.) ou porque tintas como o aparelho ou o verniz<br />

oferecem uma selagem que isola o aço do contacto<br />

com o ar. Hoje em dia, estes argumentos já não são<br />

válidos graças à evolução dos washprimers ou primários<br />

anticorrosivos e promotores da aderência. Estes<br />

já são comercializados em formato de toalhita, para<br />

facilitar a sua aplicação e para que esta não exija o<br />

aumento dos tempos de reparação nem a existência<br />

de um equipamento específico.<br />

Aplicação de um promotor de aderência<br />

quando se aplica massa em plásticos<br />

As massas e outros tipos de tintas e adesivos não<br />

apresentam uma boa aderência sobre os materiais<br />

sintéticos utilizados nos automóveis. É por isso que,<br />

na maioria dos casos, antes de se usar qualquer<br />

destes produtos sobre a maioria dos plásticos, é necessário<br />

aumentar o poder de colagem, aplicando<br />

promotores de aderência que garantam níveis adequados<br />

da mesma.<br />

Operações de preparação<br />

de fundos em plásticos<br />

A utilização de plásticos no fabrico de veículos aumentou<br />

consideravelmente nas últimas déca<strong>das</strong>.<br />

Isto implicou o desenvolvimento de processos de<br />

reparação diversos, com operações comuns e específicas<br />

que se adaptam às peculiaridades de cada<br />

grupo de plásticos (termoplásticos e termoestáveis,<br />

fundamentalmente). A preparação de fundos comum<br />

à reparação de plásticos, independentemente<br />

do método que seja utilizado, é a seguinte:<br />

• Assegurar o paralelismo e o alinhamento entre os<br />

rebordos de cada lado da fissura. Assim, quando<br />

se fecha a fissura com soldadura, adesivos, resinas,<br />

etc., mantém-se a uniformidade da superfície e é<br />

mais fácil efetuar a reparação.<br />

• Perfurar o final da fissura com uma broca de 3<br />

mm. Para faltas de material sem fissura não é necessário<br />

efetuar esta tarefa.<br />

• Biselar a fissura e o orifício efetuado em ambas<br />

as faces do plástico, sempre que o polímero tenha<br />

uma espessura superior a 2 mm e/ou se vá utilizar<br />

um remendo termoplástico como reforço interior. O<br />

ângulo que cada rebordo biselado deve ter é de 30º.<br />

Caso se crie um ângulo maior, a aresta resultante da<br />

criação do bisel em ambas as faces fica muito afiada<br />

e dificulta o processo de soldadura do plástico.<br />

• Eliminar a tinta e matizar a superfície segundo a<br />

forma descrita na secção anterior, antes de aplicar a<br />

massa de enchimento.<br />

• Realizar a sopragem e o desengorduramento da superfície<br />

segundo a forma anteriormente mencionada.<br />

Além disso, quando a fissura ou a falta de material<br />

é reparada com adesivos estruturais bicomponentes,<br />

é necessário realizar a seguinte preparação de<br />

fundos específica: Lixar cuidadosamente o bisel efetuado<br />

sobre a fissura ou falta de material, o orifício<br />

executado e a face interna do plástico sobre a qual<br />

se vai colocar o reforço; e Ativar as zonas onde se<br />

vai colocar o adesivo estrutural (biséis, face interna<br />

de colocação do reforço e superfícies limítrofes)<br />

para se conseguir aumentar a aderência do adesivo<br />

e, assim, a durabilidade, resistência e qualidade da<br />

reparação. A ativação do suporte consegue-se com a<br />

aplicação de um promotor de aderência.<br />

Operações de preparação de fundos<br />

nos processos de soldadura e colagem<br />

O conjunto da carroçaria é uma complexa estrutura<br />

de peças que encaixam entre si graças a uma<br />

ponderada conceção dos sistemas de união utilizados.<br />

Os diferentes componentes unidos fixam-se de<br />

forma permanente através de soldadura (em carroçarias<br />

de aço), rebites estampados (geralmente em<br />

carroçarias de alumínio e híbri<strong>das</strong>), uniões cola<strong>das</strong><br />

(sobretudo em carroçarias de aço) e/ou adesivos estruturais<br />

(utilizados como sistema de fixação complementar<br />

em todo o tipo de carroçarias). Nas carroçarias<br />

de aço, a maioria destas peças, sobretudo<br />

as que constituem a estrutura do veículo, fixam-se<br />

através de diferentes métodos de soldadura (laser,<br />

MIG-MAG, pontos de resistência, etc.). Ao substituir<br />

um elemento soldado, o profissional da oficina<br />

deve repor este sistema de fixação para garantir<br />

que a peça fica bem fixa. Contudo, antes de mais<br />

deve realizar uma preparação de fundos exaustiva<br />

que facilite o processo de união e fixação para que<br />

a resistência do conjunto montado não diminua.<br />

As operações de preparação de fundos comuns aos<br />

60 Novembro I 2023 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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