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Jornal das Oficinas 213

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

Na edição de novembro do Jornal das Oficinas, o artigo de destaque é sobre a digitalização nas oficinas. A era da digitalização revolucionou a forma como funcionam praticamente todos os negócios. Isto inclui, obviamente, as oficinas de reparação, onde já não basta ser arrumado e manter toda a documentação organizada ou ser eficaz nas reparações

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diferentes sistemas de fixação mencionados são as<br />

seguintes:<br />

• Nivelamento de assentos e abas com martelo e tais<br />

para permitir que os elementos unidos fiquem perfeitamente<br />

montados. Esta tarefa é de especial importância<br />

quando se utilizam rebites estampados,<br />

adesivos, soldaduras autogéneas efetua<strong>das</strong> com um<br />

equipamento elétrico por resistência e soldaduras<br />

de tampão com um equipamento de fio. Em to<strong>das</strong><br />

estas situações, é fundamental que não fiquem espaços<br />

entre os metais sobrepostos para evitar como<br />

resultado uniões que apresentem uma fixação deficiente<br />

de baixa resistência estrutural.<br />

• Obtenção simétrica de juntas de união. Quando se<br />

procede à substituição parcial de um elemento fixo<br />

com um dos sistemas mencionados, as juntas de<br />

união da peça base e da peça de substituição têm de<br />

apresentar um rebordo o mais idêntico possível para<br />

facilitar as tarefas de montagem, ajuste e fixação.<br />

• Eliminação da tinta e/ou vedantes (na peça do automóvel)<br />

e da cataforese (na peça de substituição)<br />

nas zonas de fixação, a fim de possibilitar a passagem<br />

da corrente elétrica, quando se utilizam equipamentos<br />

de soldadura, e de aumentar a aderência dos adesivos.<br />

A tinta é eliminada de acordo com a forma já<br />

mencionada, ou seja, através de uma plaina ou de um<br />

disco de puas montado numa ferramenta rotativa.<br />

• Proteção <strong>das</strong> faces internas da união sobre elementos<br />

da carroçaria fabricados com aço em montagens<br />

que apresentam sobreposição. A eliminação da<br />

tinta deixa o metal a descoberto, o que a médio ou<br />

longo prazo provoca a oxidação e corrosão do aço.<br />

Portanto, é necessário aplicar um que proporcione<br />

proteção anticorrosiva, permita a passagem da corrente<br />

e não se degrade com as altas temperaturas<br />

que são alcança<strong>das</strong> ao realizar a soldadura. Este<br />

produto também é válido para proteger as zonas<br />

solda<strong>das</strong> uma vez efetuada a soldadura. Além disso,<br />

para os casos nos quais é necessário proporcionar<br />

selagem e estanquidade à união, podem ser utilizados<br />

adesivos estruturais específicos (geralmente polímeros<br />

MS de base química de silano modificado).<br />

• Alinhamento e ajuste dos componentes montados<br />

para que correspondam entre si e com as peças contíguas<br />

quanto a paralelismo, continuidade entre linhas,<br />

folgas e luzes, e obtenção de aberturas e fechos<br />

suaves nas peças que sejam articula<strong>das</strong>.<br />

• Limpeza do substrato a fixar. Tal como nos casos<br />

anteriores, a zona deve ser soprada e desengordurada<br />

para eliminar qualquer resíduo de sujidade ou<br />

gordura. Especialmente quando se aplicam adesivos<br />

estruturais, visto que a aderência dos mesmos pode<br />

ser afetada por uma inadequada limpeza do suporte.<br />

Além disso, de forma complementar a estas tarefas,<br />

há que ter em conta as seguintes operações específicas<br />

de preparação do suporte para determinados<br />

sistemas de fixação:<br />

• Ao realizar soldaduras de tampão, é necessário<br />

perfurar ou puncionar a chapa superior para se poder<br />

preencher o orifício com soldadura de fio (MAG<br />

para aço e MIG para alumínio).<br />

• Ao realizar soldaduras por pontos de resistência,<br />

é necessário espaçar convenientemente os referidos<br />

pontos para evitar ou reduzir o excessivo sobreaquecimento<br />

do metal. Este sobreaquecimento provoca<br />

a derivação da corrente elétrica e, em consequência,<br />

que as soldaduras revelem falta de resistência estrutural.<br />

A título de referência, os pontos de soldadura<br />

devem ser colocados a uma distância dos rebordos<br />

entre 10 e 15 mm, e a uma distância entre eles entre<br />

31 e 50 mm.<br />

• Também se deve reforçar a face interna <strong>das</strong> uniões<br />

topo a topo quando as juntas de união são muito<br />

longas ou se trabalha com metais macios, como o<br />

alumínio. De igual modo, as juntas de união próprias<br />

<strong>das</strong> substituições parciais em peças de alumínio<br />

necessitam de ser bisela<strong>das</strong> quando se utiliza<br />

um adesivo estrutural como sistema de fixação<br />

complementar aos rebites embutidos.<br />

Operações de preparação de fundos<br />

prévias à aplicação de tintas<br />

Antes de se aplicar qualquer tinta, seja de fundo<br />

ou de acabamento, devem ser seguidos alguns passos<br />

muito concretos para se criar um bom suporte.<br />

De forma geral, a preparação de fundos que se deve<br />

realizar nestes casos consta dos seguintes passos:<br />

• Lixamento e afinação do suporte<br />

• Limpeza<br />

• Proteção do metal descoberto<br />

• Mascaramento<br />

• Eliminação do pó residual<br />

Lixar e afinar convenientemente o suporte antes de<br />

aplicar qualquer tipo de tinta é estritamente necessário<br />

para evitar que, após a aplicação <strong>das</strong> tintas de<br />

acabamento, surjam defeitos de pintura resultantes<br />

de uma má preparação de fundos. Para isso, a superfície<br />

deve ser lixada com um grão suficientemente<br />

fino para que a tinta tenha a capacidade de cobrir<br />

os riscos resultantes e evitar, assim, o aparecimento<br />

de marcas de lixa que retirem brilho à camada final,<br />

que é a que fica à vista. De forma genérica, quanto<br />

mais densa é uma tinta, mais capacidade de cobertura<br />

tem, o que implica que o lixamento prévio pode ser<br />

mais grosseiro. Por outro lado, também é necessário<br />

ter em conta se a tinta é de um componente (1K),<br />

disponibilizada geralmente em aerossol, ou de dois<br />

componentes (2K). As tintas em spray de um componente<br />

tendem a cobrir menos e a oferecer menos<br />

resistência superficial, pelo que o lixamento prévio de<br />

que necessitam deve ser sempre mais fino. l<br />

A UTILIZAÇÃO DE PLÁSTICOS auMENTOU CONSIDERAVELMENTE NAS<br />

ÚLTIMAS DÉCADAS. ISTO IMPLICOU O DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS<br />

DE REPARAÇÃO DIVERSOS, COM OPERAÇÕES COMUNS E ESPECÍFICAS QUE<br />

SE adaptaM às PECULIARIDADES DE CADA GRUPO DE PLÁSTICOS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2023 61

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