Jornal das Oficinas 126
Na edição de abril/maio 2024 do Jornal das Oficinas Nº 216, o artigo de destaque é sobre a Inteligência Artificial no Aftermarket, que está a transformar a forma como os profissionais simplificam e inovam as suas atividades de negócio. E, no setor do aftermarket, não é exceção. Quaisquer que sejam as questões que ainda se colocam com o desenvolvimento da IA, torna-se importante acompanhar até onde espreita o futuro nesta matéria
Na edição de abril/maio 2024 do Jornal das Oficinas Nº 216, o artigo de destaque é sobre a Inteligência Artificial no Aftermarket, que está a transformar a forma como os profissionais simplificam e inovam as suas atividades de negócio. E, no setor do aftermarket, não é exceção. Quaisquer que sejam as questões que ainda se colocam com o desenvolvimento da IA, torna-se importante acompanhar até onde espreita o futuro nesta matéria
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jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />
216<br />
Pedro de Jesus<br />
Pág. 84 Prestes a celebrar o 40.º aniversário,<br />
a Cometil está mais dinâmica do que nunca. A<br />
empresa registou um recorde de faturação em 2023<br />
e prepara-se para mais um ano de crescimento.<br />
Entrevistámos o administrador, Pedro de Jesus<br />
Abril/Maio 2024<br />
PERIODICIDADE | BIMESTRAL<br />
ANO XVIII | 3 EUROS<br />
FORÇA<br />
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO AFTERMARKET<br />
transformadoraPág. 6<br />
Especial Repintura<br />
Pág. 16 O mercado da repintura automóvel em<br />
Portugal está num momento de clara transformação.<br />
Cada vez mais influenciado pelas companhias de<br />
seguros, está a criar um novo cenário em que as<br />
oficinas devem adaptar-se e renovar-se<br />
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Reparações especializa<strong>das</strong><br />
Pág. 106 Muitas vezes, as oficinas não podem<br />
ou não lhes é rentável dominar todos os aspetos que<br />
uma reparação atual do veículo exige<br />
e veem-se obriga<strong>das</strong> a subcontratar determinados<br />
trabalhos a oficinas especializa<strong>das</strong><br />
Rui Chorado<br />
Pág. 114 A Dispnal celebra em junho as bo<strong>das</strong><br />
de prata. Para assinalar o 25.º aniversário<br />
da empresa, falámos com o administrador,<br />
Rui Chorado, que já divide a pasta da direção<br />
com os filhos Rui Miguel e Rute Chorado<br />
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Editorial<br />
216 Abril/Maio 2024<br />
Folha de serviço ..................................................... 4<br />
DESTAQUE<br />
IA Inteligência Artificial no aftermarket . 6<br />
ESPECIAL REPINTURA<br />
Oferta de mercado ............................................. 16<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas ................................................................ 46<br />
Produto .................................................................... 90<br />
Pneus ...................................................................... <strong>126</strong><br />
EMPRESAS<br />
Acordo Texaco/Stellantis&You ................. 56<br />
35º aniversário KROFTools ........................... 72<br />
Seminário Beta .................................................... 88<br />
Fábrica Prinx Tailândia .................................. 124<br />
ENTREVISTAS<br />
Álvaro De La Cruz (FIGIEFA) ......................... 52<br />
João Silva (LuzDeAirbag) .............................. 58<br />
Hugo Tavares (Soulima) ................................. 62<br />
Rui Lopes (Escape Forte) .............................. 66<br />
Lúcia Tripa (Nelson Tripa) ................................ 70<br />
Paulo Torres (Vieira & Freitas) .................... 80<br />
Pedro de Jesus (Cometil) ............................. 84<br />
Ingo Riedeberger (The Tire Cologne) .... 112<br />
Rui Chorado (Dispnal) ..................................... 114<br />
Luis Rodriguez (Top Recambios) ............ 120<br />
OFICINA DO MÊS<br />
Fronteira Rigorosa (Mooving) ................... 104<br />
TÉCNICA & SERVIÇO<br />
Trabalhos subcontratados ......................... 106<br />
PARQUE A<br />
ENVELHECER!<br />
A<br />
idade média do parque automóvel continua a aumentar, sendo atualmente mais de 13<br />
anos para veículos ligeiros e mais de 15 anos para veículos de mercadorias. Neste momento<br />
o parque circulante está a ficar com mais carros velhos e com muita idade, ou seja,<br />
19% do parque circulante são carros com mais de 20 anos e 56% do parque circulante<br />
são carros com mais de 10 anos. O parque automóvel português é um dos mais velhos da Europa, o<br />
que não é uma boa notícia para o mercado de pós-venda. Quanto maior for a idade de um veículo,<br />
menor será, sem dúvida, o negócio para o mercado de pós-venda.<br />
A Solera salienta que um veículo com mais de 15 anos traz à oficina menos 70% de receitas de reparação<br />
e manutenção do que um veículo novo. Os condutores de veículos mais antigos tentam reparar<br />
apenas o essencial, as apólices que subscrevem são de terceiros e conduzem menos: um carro com 15<br />
anos ou mais apenas percorre em média 12.000 quilómetros por ano, enquanto um novo percorre<br />
mais de 18.000, pelo que a sua quilometragem é menor e a manutenção é reduzida. Isto, por sua vez,<br />
tem um impacto no volume de negócios que estes veículos trazem para as empresas do setor, uma<br />
vez que estes veículos com até 15 anos de idade passam até três vezes menos tempo na oficina do que<br />
aqueles com até cinco anos de idade.<br />
Neste contexto, o rejuvenescimento da frota é particularmente importante, mas não existe uma solução<br />
fácil. O aumento do preço dos automóveis novos complica consideravelmente as decisões de<br />
compra dos utilizadores. Poucas famílias podem pagar a prestação mensal do automóvel, tendo em<br />
conta que a maioria <strong>das</strong> compras em Portugal é financiada. É necessário adotar medi<strong>das</strong> agora, e as<br />
ferramentas são aquelas que colocam o cliente no centro da transição, para a mobilidade sustentável<br />
para todos. Mas não se pode pedir a um automobilista que tem um carro com 20 anos para dar um<br />
salto para um carro elétrico, porque isso é impossível para muitos utilizadores em Portugal. É necessário<br />
continuar a renovar o parque com to<strong>das</strong> as soluções que a indústria tem, designadamente a<br />
utilização de peças reconstruí<strong>das</strong> e usa<strong>das</strong> nas reparações, que podem perfeitamente coexistir com<br />
as peças OEM e IAM.<br />
Perante este cenário, as oficinas vão ter de se reestruturar de modo a conseguirem manter a rentabilidade<br />
com menos serviços. A sua vantagem reside nas relações com os clientes, na experiência localizada<br />
e na sua capacidade de ajustar o custo e tipo de peça ao que o cliente necessita. Certificar-se de que<br />
está disponível para responder aos vários pedidos dos seus clientes: conselhos, planos de manutenção,<br />
avarias simples ou mais complexas. Mostrar que a sua proximidade e interesse no cliente é uma constante<br />
na forma como trabalha demonstra um grande profissionalismo e irá certamente gerar um sentimento<br />
de confiança naqueles que têm de escolher para onde levar o seu veículo.<br />
Lembre-se que uma boa experiência global do cliente também irá ter repercussões na reputação da<br />
sua oficina e afetar a forma como a mesma é promovida através do boca a boca. O valor de um bom<br />
serviço ao cliente é apreciado pela maioria <strong>das</strong> pessoas. Evite cortar nos custos se isso diminuir a<br />
qualidade do serviço que consegue proporcionar.<br />
JOÃO VIEIRA | Diretor<br />
DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
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sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS // IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE<br />
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CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL NO SITE WWW.JORNALDASOFICINAS.COM<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 3
FOLHA<br />
DE SERVIÇO<br />
IPSIS<br />
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ÁLVARO DE LA CRUZ<br />
DIRETOR DE COMUNICAÇÃO<br />
DA FIGIEFA<br />
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O DIREITO E A CAPACIDADE DE<br />
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OS CONSUMIDORES TENHAM<br />
ACESSO AOS MELHORES<br />
SERVIÇOS DE MOBILIDADE<br />
A PREÇOS ACESSÍVEIS<br />
PEDRO DE JESUS<br />
ADMINISTRADOR DA COMETIL<br />
AS MUDANÇAS NO MODELO<br />
DE NEGÓCIOS DA OFICINA<br />
VÃO SER GRADUAIS, MAS<br />
O QUE NÃO PODE FALTAR<br />
É A ATENÇÃO AO CLIENTE.<br />
O EQUIPAMENTO JÁ FAZ TUDO<br />
PELA PESSOA, MAS AINDA<br />
NÃO FALA COM OS CLIENTES.<br />
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DE SER O TÉCNICO A ESTAR LÁ<br />
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apaixonados pelo seu trabalho e empenhados na sua profissão. É uma oportunidade única de conhecer<br />
de perto o trabalho que estes profissionais desempenham no seu dia a dia nas oficinas. O evento realça<br />
o valor da profissão Mecatrónico Automóvel e tem sido uma plataforma para dar a conhecer o trabalho<br />
destes profissionais e um alerta constante de que o sucesso requer uma formação contínua e um esforço<br />
incansável. Esta competição é fundamental para a evolução dos participantes e uma força motriz para<br />
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DE IDADE E APOSENTAÇÃO,<br />
COMO TAMBÉM OS<br />
ELEMENTOS ATUAIS, QUE<br />
SÃO PEÇAS CHAVE NO<br />
DESEMPENHO DA EMPRESA<br />
Baixa qualificação<br />
Há mais de 330 mil pessoas sem trabalho<br />
em Portugal, mas a percentagem de<br />
desempregados disponíveis com Ensino<br />
Superior é de pouco mais de 10%, o que<br />
confirma a necessidade de ser preciso<br />
formar e requalificar trabalhadores. É<br />
muito preocupante este desperdício<br />
de recursos, que limita o potencial<br />
de crescimento e desenvolvimento<br />
económico de Portugal. Apesar de<br />
os números do IEFP assinalarem um<br />
aumento da procura de emprego face<br />
ao mesmo período do ano anterior, os<br />
inquéritos efetuados às empresas têm<br />
vindo a refletir uma grande preocupação<br />
com a falta de mão de obra.<br />
Instabilidade governativa<br />
A instabilidade governativa que<br />
paira sobre Portugal pode complicar<br />
a implementação do PRR, alertam<br />
especialistas e também a Comissão de<br />
Acompanhamento do PRR, que teme<br />
atrasos no cumprimento <strong>das</strong> metas<br />
estabeleci<strong>das</strong> por Bruxelas. A Comissão<br />
Europeia já reiterou que a execução<br />
da bazuca não irá além de dezembro<br />
de 2026. Portugal já recebeu quatro<br />
dos dez cheques que estão previstos<br />
no âmbito do PRR, sendo que este ano<br />
estão previstos mais dois, um de valor<br />
superior a três mil milhões de euros<br />
e outro no valor de 1.900 milhões de<br />
euros.<br />
Redução taxas de juro<br />
Boas notícias para as empresas e para<br />
as famílias portuguesas. É cada vez mais<br />
provável que o Banco Central Europeu<br />
(BCE) avance para uma redução <strong>das</strong> taxas<br />
de juro em junho. Na última reunião<br />
dos membros do Conselho do BCE, foi<br />
reconhecido que se estão a fortalecer<br />
os argumentos para se considerar um<br />
corte nas taxas, tendo por base as mais<br />
recentes projeções macroeconómicas<br />
dos especialistas do BCE, com uma<br />
melhoria nas previsões de inflação e um<br />
agravamento do crescimento. Está assim<br />
à vista o fim do ciclo de subida <strong>das</strong> taxas<br />
que foi iniciado em julho de 2022.<br />
4 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Destaque<br />
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO AFTERMARKET<br />
FORÇA<br />
TRANS<br />
FORMA<br />
DORA!<br />
A EVOLUÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA) E A<br />
RECENTE INTRODUÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL<br />
GENERATIVA (IAG), ESTÁ A TRANSFORMAR A FORMA<br />
COMO OS PROFISSIONAIS SIMPLIFICAM E INOVAM<br />
AS SUAS ATIVIDADES DE NEGÓCIO. E, NO SETOR DO<br />
AFTERMARKET, NÃO É EXCEÇÃO. QUAISQUER QUE<br />
SEJAM AS QUESTÕES QUE AINDA SE COLOCAM COM<br />
O DESENVOLVIMENTO DA IA – QUE AINDA SÃO MUITAS<br />
–, TORNA-SE IMPORTANTE ACOMPANHAR ATÉ ONDE<br />
ESPREITA O FUTURO NESTA MATÉRIA
IA NO<br />
AFTERMARKET<br />
AO RACIONALIZAR OU autOMATIZAR DETERMINADOS PROCESSOS<br />
E auXILIAR A TOMADA DE DECISÕES HUMANAS NAS OPERAÇÕES<br />
QUOTIDIANAS, A IA PODE PROPORCIONAR ENORMES BENEFÍCIOS<br />
ÀS OPERAÇÕES DA CADEIA LOGÍSTICA<br />
os últimos anos, a<br />
inteligência artificial<br />
tem-se estabelecido<br />
como uma<br />
força transformadora<br />
dentro de<br />
uma variedade de setores, permeando<br />
tanto o tecido <strong>das</strong> empresas<br />
como o quotidiano <strong>das</strong> pessoas.<br />
Longe de ser uma simples promessa<br />
futurística, a IA já se instalou de<br />
forma omnipresente na sociedade,<br />
e, muitas <strong>das</strong> vezes, de forma impercetível.<br />
Desde assistentes virtuais<br />
(chatbots), que conseguem<br />
dar suporte ao cliente 24 sob 24<br />
horas até à otimização <strong>das</strong> cadeias<br />
de fornecimento, a IA está a abrir<br />
caminho para uma “nova era” de<br />
eficiência, personalização e inovação.<br />
A primeira vez em que se ouviu<br />
falar em inteligência artificial<br />
foi há cerca de 68 anos, durante<br />
uma conferência no Dartmouth<br />
College, em New Hampshire, nos<br />
EUA. Nessa época, John McCarthy,<br />
professor em Stanford, utilizava<br />
o termo para descrever a possibilidade<br />
de criar máquinas que<br />
pudessem exibir inteligência semelhante<br />
à humana. Era uma ideia<br />
ambiciosa, mas tornou-se até aos<br />
dias de hoje num tema central e de<br />
contínua discussão e desenvolvimento.<br />
A inteligência artificial (IA)<br />
pode ser entendida como uma “caixa<br />
de ferramentas”, projetada para<br />
replicar as funções cognitivas humanas,<br />
tais como o raciocínio, a<br />
aprendizagem, o planeamento e a<br />
capacidade de resolução de problemas.<br />
Dentro dos diversos subcampos da<br />
IA, destaca-se também a inteligência<br />
artificial generativa (IAG). Neste<br />
ramo, torna-se possível simular<br />
a criatividade humana ao aprender<br />
determinados padrões e estruturas<br />
com base em dados pré-existentes,<br />
gerando resultados novos<br />
e originais em diversos formatos<br />
como texto, imagem, áudio, vídeo<br />
e códigos. Uma ferramenta popular<br />
da IAG, é o ChatGPT. Com<br />
base na tecnologia GPT (Generative<br />
Pre-Trained Transformers),<br />
consegue criar um modelo de linguagem<br />
que permite interagir de<br />
forma contínua, tanto por escrito<br />
como oralmente, assemelhando-se<br />
a uma conversa entre seres humanos.<br />
Considere o exemplo prático<br />
dado por Ricardo Oliveira, CEO<br />
da World Shopper: “Se eu quiser<br />
pedir ao ChatGPT recomendações<br />
sobre o automóvel mais indicado<br />
para mim, posso fornecer um conjunto<br />
de informações semelhantes<br />
àquelas que partilharia numa conversa<br />
informal com um vendedor<br />
de automóveis. E, no final, ele será<br />
capaz de tomar uma decisão e recomendar-me<br />
o carro mais adequado,<br />
especificando modelo, marca e<br />
versão”.<br />
O Estado da Arte<br />
em Portugal<br />
A presença da inteligência artificial<br />
nas empresas portuguesas ainda é<br />
residual; no entanto, tem-se observado<br />
uma adesão gradual da mesma<br />
nos seus modelos de negócio.<br />
De acordo com um inquérito feito<br />
em 2023 sobre a utilização <strong>das</strong><br />
TIC – Tecnologias de Informação<br />
e Comunicação, pelo INE - Instituto<br />
Nacional de Estatística, 7,9%<br />
8 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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O DIAGNÓSTICO DE ÚLTIMA GERAÇÃO<br />
Acreditamos que to<strong>das</strong> as oficinas devem ter acesso à melhor<br />
tecnologia e funcionalidade necessárias para realizar reparações<br />
de maior qualidade. Na qualidade de pioneiros em soluções<br />
líderes do mercado, desenvolvemos uma nova solução de<br />
diagnóstico, revolucionária e intuitiva, a BlueTech.<br />
O seu avançado hardware e o seu completíssimo software fazem<br />
com que seja uma solução de diagnóstico preparada para o<br />
futuro, proporcionando às oficinas a oportunidade de maximizar<br />
as receitas e o potencial de crescimento.<br />
Bem-vindo/a à experiência BlueTech
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A IA REFERE-SE A SISTEMAS QUE APRESENTAM UM COMPORTAMENTO<br />
INTELIGENTE, ANALISANDO O SEU AMBIENTE E tomANDO MEDIDAS - COM<br />
ALGUM GRAU DE AutonomiA - PARA ATINGIR OBJECTIVOS ESPECÍFICOS<br />
<strong>das</strong> empresas portuguesas utiliza<br />
IA (+ 0.7 p.p. que em 2021). Essa<br />
percentagem aumenta (35,4%),<br />
quando falamos de organizações<br />
com mais de 250 funcionários. Um<br />
dos motivos que leva as empresas<br />
a estarem reticentes e a não adotarem<br />
ainda a IA (65,3%), deve-se à<br />
falta de conhecimentos concretos<br />
sobre como utilizar e beneficiar<br />
desta ferramenta.<br />
Aumento dos ganhos<br />
de produtividade<br />
Segundo um estudo da Public First,<br />
encomendado pela Google, a inteligência<br />
artificial generativa “poderá<br />
aumentar a dimensão da economia<br />
portuguesa em 15.000 milhões de<br />
euros (ou o equivalente a 8% do<br />
Valor Acrescentado Bruto ou 6% do<br />
Produto Interno Bruto), e poupar,<br />
em média, mais 80 horas por cada<br />
trabalhador – o equivalente a duas<br />
semanas de trabalho”. Para além<br />
disso, “ao ajudar todos em Portugal<br />
a concentrarem-se em tarefas mais<br />
produtivas e criativas, a IA pode<br />
acelerar o crescimento económico<br />
e, por sua vez, trazer progressos nos<br />
desafios sociais”, lê-se no mesmo relatório.<br />
Através da implementação<br />
da IA nas empresas, “para ajudar na<br />
monitorização preventiva dos riscos<br />
e na melhoria <strong>das</strong> competências dos<br />
trabalhadores em matéria de cibersegurança,<br />
Portugal poderia mitigar<br />
690 milhões de euros em riscos”,<br />
revela ainda. Com base nestas<br />
conclusões, a IA pode ser considerada<br />
como um aliado importante <strong>das</strong><br />
empresas portuguesas no processo<br />
de (re)formulação <strong>das</strong> suas estratégias<br />
de negócio, contribuindo para<br />
impulsionar o seu crescimento e aumentar<br />
as receitas.<br />
Desafios<br />
Um dos principais receios com a<br />
chegada da IA é a redução e/ou desaparecimento<br />
de alguns postos de<br />
trabalho. Um estudo da Randstad,<br />
sobre os efeitos da IA no mercado<br />
de trabalho português, revelou que<br />
na próxima década esta tecnologia<br />
irá afetar os trabalhos existentes<br />
e estima-se que 481 mil corram<br />
mesmo risco de serem automatizados.<br />
No entanto, a mesma análise<br />
também avança que a maioria (3,7<br />
milhões), não vão sentir qualquer<br />
impacto e 16% dos atuais postos de<br />
trabalho (795,2 mil), vão ser ainda<br />
beneficiados com esta tecnologia.<br />
Outro aspeto importante é a questão<br />
da segurança, mas aqui falamos,<br />
mais especificamente, dos veículos<br />
autónomos. Tal como refere Luís<br />
Miguel Silveira, professor do Instituto<br />
Superior Técnico da Universidade<br />
de Lisboa “neste momento há<br />
ainda muito caminho a fazer para<br />
que os sistemas autónomos possam<br />
vir a providenciar uma condução<br />
em segurança. Aquilo que se verifica,<br />
por vezes, em sistemas em<br />
10 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
que há algum tipo de autonomia<br />
é que há uma tendência, e há vários<br />
estudos sobre isso, para que os<br />
condutores se alheiem dos aspetos<br />
da condução quando têm muitos<br />
apoios na condução. E, portanto, é<br />
necessário que tenha como contrapartida<br />
uma segurança acrescida de<br />
modo a reduzir a possibilidade de<br />
acidentes”. Além disso, Luís Miguel<br />
Silveira, ressalva que a vantagem<br />
da manutenção preventiva pode,<br />
por si só, gerar preocupação. Com<br />
um sistema fiável como este, as intervenções<br />
podem vir a ser menos<br />
necessárias.<br />
“A inteligência artificial vai, essencialmente,<br />
auxiliar nas funções de<br />
natureza mais manual e repetitiva,<br />
sem substituir o ser humano na<br />
criatividade. Em vez disso, vai permitir<br />
que o ser humano tenha mais<br />
tempo para se dedicar à criatividade,<br />
sem desperdiçar tempo em<br />
tarefas repetitivas”, refere Ricardo<br />
Oliveira. Para este responsável “O<br />
aftermarket deve de tirar o máximo<br />
partido desta ferramenta, aprender<br />
mais sobre ela e, focar-se na experiência<br />
do cliente, que é algo que se<br />
persegue há anos, mas que com a<br />
introdução da IA podemos mesmo<br />
chegar a outro patamar. E, por último,<br />
acredito que seja importante<br />
que as organizações se adaptem às<br />
regulamentações que, inevitavelmente,<br />
irão surgir”. E acrescenta,<br />
“Uma coisa é certa, estas ferramentas<br />
vão permitir que haja muito<br />
mais eficiências ao nível da produção,<br />
manutenção e reparações<br />
dos automóveis, isso é inegável”.<br />
Luís Miguel Silveira, afirma: “O<br />
aftermarket está provido de ferramentas<br />
de diagnóstico poderosas<br />
e naturalmente deverá continuar<br />
a fazê-lo, porque essas ferramentas<br />
são cada vez mais prevalentes,<br />
dada a crescente penetração da<br />
tecnologia nos veículos e na mobilidade<br />
<strong>das</strong> pessoas, e são absolutamente<br />
necessários para a análise<br />
dos dados que estão disponíveis em<br />
cada veículo, correlacionando com<br />
situações semelhantes e identificando<br />
potenciais problemas”. l<br />
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de qualidade em mais de 80 países<br />
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tornando-se o parceiro ideal para<br />
o segmento asiático.<br />
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IA NO<br />
AFTERMARKET<br />
O QUE É A IA<br />
IA - Inteligência Artificial refere-se a sistemas que apresentam um<br />
A<br />
comportamento inteligente, analisando o seu ambiente e tomando medi<strong>das</strong><br />
- com algum grau de autonomia - para atingir objectivos específicos. Os sistemas<br />
baseados em IA podem ser puramente baseados em software, podem atuar no<br />
mundo virtual (por exemplo, assistentes de voz, software de análise de imagens,<br />
motores de busca, sistemas de reconhecimento facial), ou podem ser incorporados<br />
em dispositivos de hardware (por exemplo, robots avançados, veículos<br />
automatizados, drones ou aplicações da Internet <strong>das</strong> coisas). Por conseguinte, o<br />
termo IA abrange um domínio de investigação muito vasto, com muitos diferentes<br />
subconjuntos tecnológicos e varia<strong>das</strong> aplicações.<br />
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL<br />
E DADOS<br />
utilização de dados a bordo dos veículos é um dos principais motores da<br />
A<br />
criação de serviços de mobilidade novos e inovadores. Pode também trazer<br />
melhorias significativas aos serviços existentes, como a reparação e a manutenção.<br />
Sem dados, o desenvolvimento da IA e de outras aplicações digitais é impossível. Os<br />
sistemas de aprendizagem automática, por exemplo, “aprendem” a reconhecer<br />
padrões, grupos ou anomalias através do processamento de dados de treino. Quanto<br />
mais dados de treino são fornecidos ao sistema, mais preciso e exato o sistema pode<br />
tornar-se. Os dados são a força vital da IA, o que significa que um melhor acesso e a<br />
gestão dos dados é fundamental. Mas o setor automóvel está sujeito a desequilíbrios<br />
de poder de mercado em relação ao acesso e à utilização de dados. Atualmente, os<br />
dados a bordo dos veículos são controlados e e explorados comercialmente pelos<br />
fabricantes de veículos. Outros intervenientes no mercado, como as oficinas de<br />
reparação independentes, dependem dos fabricantes de veículos para disponibilizar<br />
os dados e estão, por conseguinte, numa posição de desvantagem.<br />
12 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
IA NO<br />
AFTERMARKET<br />
1<br />
Manutenção Preditiva<br />
2<br />
Gestão de Cadeias de Fornecimento<br />
VANTAGENS<br />
IA NO<br />
AFTERMARKET<br />
3<br />
Personalização de Produtos e Serviços<br />
4<br />
Assistentes Virtuais 24 Horas por Dia<br />
5<br />
Redução da Sinistralidade Rodoviária<br />
CINCO VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DE IA<br />
ara lidar com os desafios da economia digital, a integração desta tecnologia pode ser realmente “um grande trunfo”. As empresas que melhor se adaptem às constantes<br />
P<br />
exigências de um mercado em mudança garantem um diferencial competitivo em relação à concorrência. Para Ricardo Oliveira, CEO da World Shopper “Os benefícios<br />
desta ferramenta são claramente as eficiências. Ela transforma processos repetitivos, normalmente executados de forma lenta por humanos, em algo muito mais eficiente por<br />
alguém que é incansável, que está ali 24 horas ao serviço, que pode ser “metralhado” com perguntas e problemas”. Nesta mesma linha, o responsável destaca cinco<br />
importantes vantagens, que já se encontram a ser utiliza<strong>das</strong> tanto no mercado automóvel como no aftermarket:<br />
MANUTENÇÃO<br />
PREDITIVA<br />
A utilização de dados históricos<br />
em tempo real provenientes dos<br />
veículos, permite que a IA antecipe<br />
falhas de funcionamento e tome<br />
medi<strong>das</strong> corretivas de forma<br />
antecipada. Esta abordagem não só<br />
reduz os períodos de inatividade,<br />
como também aumenta a eficiência<br />
geral da manutenção.<br />
GESTÃO<br />
DE CADEIAS DE<br />
FORNECIMENTO<br />
A análise de dados feita pela IA<br />
permite antever a procura por<br />
uma determinada peça ou serviço,<br />
otimizando assim a gestão de stocks<br />
e reduzindo o tempo de espera.<br />
PERSONALIZAÇÃO<br />
DE PRODUTOS<br />
E SERVIÇOS<br />
Através da análise de dados sobre<br />
os hábitos de cada utilizador, como<br />
trajetos frequentes, a IA consegue<br />
adaptar o sistema às preferências<br />
individuais. Por exemplo, se um<br />
utilizador faz o mesmo trajeto casatrabalho<br />
regularmente, o sistema de<br />
navegação pode aprender e sugerir<br />
rotas otimiza<strong>das</strong> automaticamente.<br />
ASSISTENTES<br />
VIRTUAIS 24<br />
HORAS POR DIA<br />
As interações com assistentes<br />
virtuais evoluíram<br />
significativamente com<br />
a implementação da IA.<br />
Anteriormente, os bots ofereciam<br />
apenas respostas padroniza<strong>das</strong>.<br />
Atualmente, os assistentes<br />
virtuais oferecem uma experiência<br />
muito mais próxima da interação<br />
humana. Eles são capazes de<br />
compreender e responder de<br />
forma contextualizada, tornando<br />
a experiência mais natural e<br />
satisfatória para os utilizadores.<br />
REDUÇÃO DA<br />
SINISTRALIDADE<br />
RODOVIÁRIA<br />
Desde os mais simples aos mais<br />
complexos sistemas, esta tecnologia<br />
permite evitar acidentes e reduzir<br />
a sinistralidade rodoviária, através<br />
da gestão de sistemas de travagem<br />
de emergência e do cruise control<br />
adaptativo.<br />
“Também devemos ansiar que<br />
aspetos de eficiência energética,<br />
que são essenciais para a<br />
sustentabilidade, possam vir a<br />
sofrer melhorias e que a segurança<br />
seja sempre um fator extremamente<br />
relevante e possamos erradicar<br />
muitos acidentes evitáveis”, diz<br />
Luís Miguel Silveira, professor<br />
do Instituto Superior Técnico da<br />
Universidade de Lisboa.<br />
14 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Patrocinadores 2024<br />
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TUDO A POSTOS<br />
PARA A GRANDE FINAL!<br />
AS MELHORES EQUIPAS DE DEZ REDES OFICINAIS VÃO DISPUTAR JÁ NO DIA 18 DE MAIO DE 2024<br />
A GRANDE FINAL DA COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS, QUE SE REALIZA NAS INSTALAÇÕES<br />
DO PARCEIRO PRO4MATIC CAR SERVICE, EM MONTEMOR-O-VELHO. CONVIDAMOS TODOS<br />
A ACOMPANHAR ESTE GRANDE EVENTO AO VIVO, OU NAS REDES SOCIAIS ONDE IREMOS DIVULGAR<br />
TODO O DESENROLAR DAS PROVAS<br />
Este ano, a Competição Challenge <strong>Oficinas</strong>,<br />
organizada pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em<br />
parceria com a T Academy, é novamente<br />
dedicada às oficinas de rede, um conceito em<br />
franco crescimento e cuja tendência é continuar.<br />
As redes de oficinas têm-se afirmado como a<br />
melhor solução para as oficinas multimarca<br />
conseguirem competir a nível de conhecimentos<br />
e qualidade com os concessionários de marca.<br />
Agora e cada vez mais faz sentido uma oficina<br />
independente integrar uma rede oficinal. As<br />
redes privilegiam a relação oficina-retalhista-<br />
-distribuidor, permitindo que o elo intermédio<br />
desta cadeia, tantas vezes menosprezado, possa<br />
ganhar rentabilidade com a adesão dos seus<br />
clientes. A formação técnica é um pilar <strong>das</strong> redes<br />
oficinais, até devido ao facto de estarmos<br />
perante um ciclo de evolução sem precedentes<br />
no que toca à tecnologia automóvel. É neste<br />
enquadramento que a Competição Challenge<br />
<strong>Oficinas</strong> irá decorrer. Na Final as equipas irão<br />
disputar um Jogo Oficinal dinâmico (inter-redes)<br />
no qual é simulado o funcionamento de<br />
uma oficina através de diferentes painéis participativos.<br />
Voltamos assim a desafiar as melhores oficinas<br />
de Portugal a participarem numa competição<br />
única, que agrega valor à imagem e aumenta a<br />
visibilidade <strong>das</strong> oficinas finalistas e empresas<br />
patrocinadoras e parceiras.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 15
Especial<br />
ESPECIAL REPINTURA<br />
RENTABILIDADE<br />
É ESSENCIAL!<br />
O MERCADO DA REPINTURA<br />
AUTOMÓVEL EM PORTUGAL<br />
ESTÁ NUM MOMENTO DE CLARA<br />
TRANSFORMAÇÃO. CADA VEZ MAIS<br />
INFLUENCIADO PELAS COMPANHIAS<br />
DE SEGUROS, ESTÁ A CRIAR UM<br />
NOVO CENÁRIO EM QUE AS OFICINAS<br />
DEVEM ADAPTAR-SE E RENOVAR-<br />
SE. JÁ NÃO É SUFICIENTE OFERECER<br />
PRODUTOS DE QUALIDADE PARA<br />
FAZER UM BOM TRABALHO;<br />
AGORA É CRUCIAL TER SOLUÇÕES<br />
ECONÓMICAS QUE GARANTAM A<br />
SUSTENTABILIDADE DO NEGÓCIO. A<br />
QUALIDADE É IMPORTANTE, MAS A<br />
RENTABILIDADE É ESSENCIAL PARA O<br />
SUCESSO A LONGO PRAZO<br />
Em termos de players fornecedores, as principais marcas do segmento<br />
premium pertencentes aos maiores grupos mundiais de tintas estão<br />
presentes no nosso mercado sendo evidente o aumento da concorrência<br />
e procura de aumento de quota de mercado por exemplo no segmento<br />
dos concessionários de marca que se vão reduzindo pela via de integração/<br />
criação de grupos. O mercado em Portugal, à semelhança de outros países<br />
da Europa, está a derivar cada vez mais para as marcas de mid-market, não<br />
só por via <strong>das</strong> requisições que as companhias de seguros estão a fazer para<br />
cada reparação, mas também pela própria sobrevivência <strong>das</strong> oficinas de<br />
chapa e pintura face à rentabilidade que é vital para o negócio. Nesse sentido,<br />
as marcas mid-market têm ganho cada vez mais quota de mercado<br />
face às marcas premium. Isto traduz-se numa pressão muito grande sobre<br />
os preços provocando diminuição <strong>das</strong> rentabilidades num sector que exige<br />
investimentos significativos em termos de equipamentos e recursos humanos<br />
(assistência técnica-comercial). Continuamos a ver nas oficinas em<br />
Portugal um crescimento acentuado no consumo de tintas base solvente<br />
em detrimento <strong>das</strong> tintas base aquosa – produto que não cumpre a lei eu-
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
ropeia VOC. Temos também assistido<br />
a um crescimento na venda de<br />
produtos “vernizes 2K e aparelhos<br />
2K“ de marcas brancas não regista<strong>das</strong>,<br />
sem qualquer certificado de<br />
qualidade, sem fichas técnicas, sem<br />
fichas de higiene/segurança e sem<br />
identificação do fabricante. Esta situação<br />
deve-se ao fato de não haver<br />
fiscalização nesta área de negócio, o<br />
que leva a uma concorrência desleal<br />
para quem vende produtos de marcas<br />
regista<strong>das</strong>.<br />
Mercado hipercompetitivo<br />
O mercado da repintura automóvel<br />
em Portugal é hipercompetitivo. As<br />
margens e a rentabilidade estão em<br />
constante pressão. Por outro lado,<br />
verifica-se uma cada vez maior solicitação<br />
e exigência por parte dos<br />
clientes relativamente ao serviço<br />
prestado. Tal significa que o custo<br />
do serviço prestado tem tendência<br />
a aumentar e a rentabilidade gerada<br />
tendência a diminuir. Por outro lado,<br />
irá ser sempre um mercado dinâmico<br />
em permanente processo de mudança<br />
e evolução. Seja por obrigação<br />
legislativa/ambiental, seja por razões<br />
qualitativas, alteração de processos<br />
ou por razões energéticas tendo por<br />
objetivo a redução de consumos e<br />
maiores rentabilidades ou quaisquer<br />
outras razões que possam vir<br />
a surgir no futuro, este mercado irá<br />
continuar a sofrer alterações, o que<br />
sempre irá constituir um permanente<br />
desafio de atualização e melhoria<br />
para as principais marcas mundiais.<br />
De um modo geral, o mercado automóvel<br />
está a atravessar uma enorme<br />
mudança. Primeiramente, com a diminuição<br />
do volume de reparações<br />
devido à condução cada vez mais assistida<br />
e autónoma, mas agora também<br />
com as mudanças nos modelos<br />
de negócios, com o agenciamento, a<br />
eletrificação... É uma preocupação<br />
cada vez maior por partes <strong>das</strong> oficinas,<br />
o foco na eficiência e na rentabilidade<br />
dos seus recursos, quer seja<br />
através da digitalização <strong>das</strong> oficinas<br />
ou investimentos em equipamentos<br />
oficinais. Constata-se que muitas<br />
oficinas enfrentam desafios ao realizar<br />
orçamentos, particularmente<br />
na compreensão e determinação do<br />
custo real dos serviços que orçamentam,<br />
o que, por vezes, resulta na atribuição<br />
injusta de responsabilidade<br />
ao preço dos produtos. Como resposta<br />
a essas preocupações, é necessário<br />
as oficinas procurarem especialistas<br />
em orçamentação que lhes ofereçam<br />
suporte e orientação, com o objetivo<br />
de alterar este tabu do preço do produto<br />
e provar que realmente a tinta<br />
representa uma percentagem muito<br />
pequena na reparação do veículo.<br />
Consolidação vai continuar<br />
A consolidação é também uma realidade<br />
nesta área de negócio de repintura<br />
auto. Hoje já existe por toda<br />
a Europa a unificação de grandes<br />
distribuidores de tintas por aquisição.<br />
Alguns deles já estão presentes<br />
em vários países europeus. E Portugal<br />
não está imune a estas fusões<br />
e aquisições, que hoje já são uma<br />
realidade no nosso país. Ao nível dos<br />
grandes grupos automóveis há uma<br />
tendência crescente para aquisições<br />
e fusões, pelo que a consolidação<br />
ou a concentração do negócio da<br />
repintura automóvel é inevitável, é<br />
para continuar, e é para aumentar.<br />
Os principais players estão a adquirir<br />
outros pequenos grupos e neste<br />
caso, ganhando uma preponderância<br />
muito maior, quer em termos de<br />
negociação, necessidades e de implementação<br />
geográfica. A consolidação<br />
do negócio da repintura automóvel é<br />
uma tendência que se deverá manter<br />
nos próximos anos. Os grandes<br />
grupos estão a adquirir e a fundir-<br />
-se com empresas mais pequenas, a<br />
fim de conseguirem ganhar escala e<br />
competitividade no mercado. Assim<br />
passam a ter uma maior competitividade<br />
e um aumento do seu universo<br />
de clientes, podendo escalar mais<br />
rapidamente os seus negócios. A<br />
tendência atual nos concessionários<br />
será cinco a seis grupos dominarem<br />
80 a 90% do mercado. Nas oficinas<br />
multimarca reforça-se o conceito<br />
de redes oficinais e as oficinas <strong>das</strong><br />
companhias de seguros que também<br />
contribuem para a consolidação.<br />
Nas restantes multimarcas haverá<br />
uma seleção com o encerramento<br />
<strong>das</strong> menos organiza<strong>das</strong> e rentáveis.<br />
Mas apesar destas mudanças, o mercado<br />
da repintura automóvel em<br />
Portugal continuará com possibilidade<br />
de crescer e de se destacar.<br />
Tendencialmente<br />
decrescente em volume<br />
O mercado português é caraterizado<br />
por um número elevado de<br />
oficinas de colisão em relação ao<br />
parque automóvel comparativamente<br />
com outros mercados europeus,<br />
um mercado maduro e muito<br />
estabilizado, mas tendencialmente<br />
decrescente, em volume, por diversas<br />
razões:<br />
• Novos produtos tecnologicamente<br />
mais evoluídos que permitem<br />
aumentar a rentabilidade em termos<br />
de consumo e menos desperdício.<br />
• Carros mais evoluídos em termos<br />
de segurança, melhores estra<strong>das</strong>,<br />
leis mais severas, etc. que se traduzem<br />
em menos acidentes.<br />
• A nível económico, verifica-se<br />
uma fraca propensão para consumir<br />
e para investir por parte <strong>das</strong><br />
empresas e <strong>das</strong> famílias. O rendimento<br />
médio continua a um nível<br />
muito baixo face ao rápido e crescente<br />
aumento do custo de vida. l<br />
É PROVÁVEL QUE A CONSOLIDAÇÃO DO NEGÓCIO<br />
da REPINTURA autoMÓVEL CONTINUE, À MEDIDA QUE<br />
OS GRANDES GRUPOS PROCURAM EXPANDIR as SUAS OPERAÇÕES<br />
E GANHAR UMA POSIÇÃO MAIS Forte NO MERCADO<br />
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operacionais. Isto é realmente um desempenho fora de série.<br />
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ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
DIGITALIZAÇÃO:<br />
O GRANDE DESAFIO!<br />
ASSIM COMO EM OUTRAS ÁREAS, O RECURSO À DIGITALIZAÇÃO NA SEÇÃO DE PINTURA É CADA VEZ MAIS<br />
FREQUENTE. PERMITE REDUZIR CUSTOS, AUMENTAR A RAPIDEZ, E VALORIZAR CORRETAMENTE O SERVIÇO<br />
PRESTADO (DOMÍNIO DOS PROGRAMAS DE ORÇAMENTAÇÃO). TAL TENDÊNCIA FAZ COM QUE OS PROFISSIONAIS<br />
DE PINTURA TENHAM CADA VEZ MAIS QUE APREENDER E QUE SE ADAPTAR A TRABALHAR COM AS FERRAMENTAS<br />
DIGITAIS ATUALMENTE DISPONÍVEIS COMO PARTE INTEGRANTE E COMO APOIO À SUA ATIVIDADE PROFISSIONAL.<br />
A<br />
digitalização já é uma realidade sem retorno,<br />
pois sendo o que se passa no presente<br />
é também o futuro de to<strong>das</strong> as marcas<br />
de repintura o que fará com que as oficinas<br />
se adaptem a esta realidade. Tem sido um caminho<br />
difícil porque nestes últimos 30 anos muitos<br />
gerentes de oficinas/técnicos de repintura auto,<br />
nunca tinham utilizado um computador. Com o<br />
apoio/formação <strong>das</strong> marcas nos últimos anos, as<br />
oficinas têm aceitado a digitalização como uma<br />
ferramenta obrigatória na pintura. Referimo-nos<br />
a uma maior utilização do software <strong>das</strong> marcas<br />
de pintura e dos fornecedores de peças e equipamentos,<br />
dos processos informáticos internos, do<br />
marketing digital na Web e nas redes sociais. A<br />
digitalização é uma “ferramenta” fundamental<br />
nas oficinas de colisão automóvel, enquanto fator<br />
contributivo na obtenção de conhecimento,<br />
fluidez de processos e de uma mais rápida e precisa<br />
medição da rentabilidade do negócio. Em<br />
face desta realidade, o processo de implementação<br />
dos equipamentos e procedimentos para a<br />
digitalização <strong>das</strong> oficinas do setor da repintura,<br />
embora tendo sido prejudicado pela situação<br />
conjuntural atípica pela qual passamos desde o<br />
início de 2020, tem contado com a total aceitação<br />
e colaboração dos vários elementos envolvidos no<br />
processo (gestores, técnicos, …).<br />
A evolução da digitalização <strong>das</strong> oficinas de repintura<br />
tem vindo a evoluir gradualmente. As oficinas<br />
estão cada vez mais a investir em software<br />
de gestão oficinal, ferramentas de diagnóstico e<br />
outros sistemas digitais. A digitalização permite<br />
às oficinas otimizar os seus processos, aumentar<br />
a sua produtividade e melhorar a qualidade dos<br />
seus serviços. As empresas que não se adaptarem<br />
às novas tecnologias correm o risco de perderem<br />
competitividade no mercado. A digitalização é,<br />
simultaneamente, o presente e o futuro do sector<br />
automóvel. Neste ambiente em rápida evolução,<br />
é essencial para qualquer organização tomar medi<strong>das</strong><br />
e adaptar-se continuamente. As ferramentas<br />
digitais não só são indispensáveis para a gestão<br />
eficiente <strong>das</strong> oficinas, como também têm um<br />
grande potencial para acrescentar valor e capacitar<br />
a oficina. A inovação tecnológica significa que<br />
o processo de reparação da pintura dos veículos<br />
se torna mais rápido, mais fácil e mais económico.<br />
Sabemos que a digitalização é um processo<br />
de grande importância e que continuará a ser<br />
um tópico marcante no setor, tendo a consciência<br />
que são as oficinas que decidem a velocidade<br />
com a qual avançam no processo de digitalização,<br />
mas cabendo às marcas garantir que as oficinas<br />
têm disponíveis as ferramentas necessárias que<br />
permitam desenvolver e evoluir os seus negócios<br />
para o futuro, passo a passo.<br />
20 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ProClass<br />
Uma conjugação de capacidade e<br />
eficiência de alto nível.<br />
Produtividade de<br />
outro nível.<br />
Perfection<br />
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made simple<br />
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ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA:<br />
PROBLEMA MAIOR<br />
O PARADIGMA QUE MUITOS ANOS EXISTIU DE QUE A PROFISSÃO PINTOR AUTOMÓVEL ERA VISTA<br />
COMO UM OFÍCIO MENOR, FEZ COM QUE A ATRATIVIDADE DO SETOR PARA OS JOVENS NÃO FOSSE UM FATOR<br />
CHAVE PARA A CAPTAÇÃO DE TALENTOS. É AÍ QUE TODO O SECTOR TERÁ DE TRABALHAR NO SENTIDO<br />
DE MUDAR ESTE PARADIGMA E TORNAR O SETOR MAIS “SEXY” PARA ATRAIR JOVENS PARA ESTA PROFISSÃO,<br />
QUE É CADA VEZ MAIS DE ALTO NÍVEL TÉCNICO E QUALIFICADA<br />
A<br />
falta de profissionais de repintura e mão de<br />
obra qualificada são por demais evidente,<br />
o que é um problema gravíssimo e que<br />
infelizmente com o passar dos anos tem vindo a<br />
piorar e não a melhorar, este é um desafio enorme<br />
para os próximos anos. A excessiva oferta de<br />
distribuidores e concorrência por vezes desleal que<br />
existe em Portugal, faz com que a competitividade<br />
seja prejudicial em vez de ser motivadora para o<br />
crescimento do setor. Há também uma volatilidade<br />
muito grande dos recursos humanos em cada<br />
oficina, muito devido à própria escassez que existe.<br />
A melhor forma de ultrapassar é criar mais escolas<br />
profissionais para o sector, qualificar melhor<br />
os formandos e tornar a profissão mais atrativa e<br />
melhor remunerada. É esse o caminho que se terá<br />
de seguir no futuro. A área da colisão (chapa e pintura)<br />
é um centro de lucros. Para tal, os recursos<br />
deverão ser geridos de forma organizada e profissional.<br />
Há que promover a formação para a qualificação<br />
e para a credenciação dos profissionais de<br />
pintura, assim como a melhoria da dignificação e<br />
<strong>das</strong> condições salariais dos profissionais de pintura,<br />
por forma a aumentar a valorização da profissão<br />
e a atratividade pelo sector. Como forma de<br />
ultrapassar este problema deve-se apostar na melhoria<br />
da dignificação e <strong>das</strong> condições salariais dos<br />
profissionais da pintura, por forma a aumentar a<br />
atratividade pelo setor, a formação para qualificação<br />
profissional, e uma maior visão empresarial e<br />
de gestão (organização, conhecimento/ domínio<br />
dos custos, etc). Para atrair e formar jovens, será<br />
importante: Abrir cursos para a repintura auto<br />
nos polos de formação profissional em todos os<br />
distritos em Portugal; O diploma de curso deve<br />
ser designado como “Técnico especialista de Repintura<br />
auto” e não como um simples “Pintor de<br />
automóveis”; Passar a mensagem aos jovens que<br />
esta profissão é uma profissão com futuro garantido,<br />
pois existe entrada imediata no mercado de<br />
trabalho após a formatura; Salários atrativos em<br />
comparação com outras áreas técnicas existentes;<br />
Considerar esta profissão tão digna como a de um<br />
curso superior.<br />
Reconhecimento da profissão<br />
Hoje, os técnicos de repintura automóvel são<br />
possuidores de muito conhecimento teórico e<br />
prático de elevada experiência, as técnicas e as<br />
cores de hoje são muito diferentes do passado<br />
mais complexas e exigentes na sua aplicação. As<br />
associações empresariais têm que fazer uma publicidade<br />
atrativa e concertada nos media, de forma<br />
a cativar os jovens para a arte de repintar automóveis<br />
e sentirem que vêm para uma profissão<br />
que é valorizada, reconhecida e aceite socialmente.<br />
Tratando-se de profissões técnicas de elevada<br />
complexidade e com a carência de centros de formação<br />
oficiais adequados, atualmente são as próprias<br />
oficinas contando com a colaboração dos<br />
seus parceiros (marcas e distribuidores) que têm<br />
vindo a desempenhar o papel de formadores, mas<br />
tratando-se de profissões muito técnicas e importantes<br />
para a economia nacional, esta questão deveria<br />
merecer uma maior atenção por parte <strong>das</strong><br />
entidades oficiais. Acreditamos que o principal<br />
desafio no futuro será a captação de talento para<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
22 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
o setor, devido a existir uma baixa renovação da<br />
mão-de-obra decorrente do envelhecimento dos<br />
profissionais. É necessário trabalhar junto <strong>das</strong><br />
escolas e entidades de formação para aumentar<br />
a atratividade, onde as empresas pertencentes ao<br />
setor terão também de encontrar formas de melhorar<br />
as condições de trabalho para ajudarem a<br />
atrair os jovens.<br />
TransformaçãO<br />
no trabalho <strong>das</strong> oficinas<br />
Estamos a assistir a uma transformação significativa<br />
no trabalho <strong>das</strong> oficinas. Esta mudança<br />
afasta-se <strong>das</strong> práticas tradicionais do sector,<br />
devido à adoção de ferramentas digitais inovadoras.<br />
Atualmente, o processo de carroçaria<br />
é realizado de forma rápida e eficaz, graças a<br />
sistemas digitais avançados e a ferramentas especializa<strong>das</strong><br />
de correspondência de cores. Estas<br />
ferramentas digitais não só são essenciais para<br />
melhorar a produtividade, como também são especialmente<br />
atrativas para a Geração Z, que revela<br />
uma inclinação natural para a tecnologia e<br />
uma maior consciência ambiental. Para atrair e<br />
reter talentos para o sector, é necessário dar destaque<br />
a esta paisagem digital e propor percursos<br />
profissionais ambiciosos. As novas gerações têm<br />
de ver o nosso sector como atrativo e alinhado<br />
com os seus valores e interesses. A dignificação<br />
da profissão é determinante. Atualmente, para<br />
se ser um bom profissional em repintura automóvel,<br />
tem de se ter um conjunto de valências<br />
específicas e isso deve ser valorizado quer pelo<br />
reconhecimento a classe profissional, quer pelos<br />
salários. Isso pode fazer com que aumente a procura<br />
desta profissão assim como ter profissionais<br />
ainda mais produtivos e rentáveis. Acima<br />
de tudo é necessário valorizar a profissão, sendo<br />
indiscutível que a escassez de mão-de-obra é um<br />
dos temas mais marcantes do sector da repintura<br />
automóvel, algo que tem sido bastante discutido<br />
e um tema que certamente se prolongará.<br />
É necessário fazer um trabalho de divulgação<br />
consistente dirigido às escolas e aos jovens e<br />
promover parcerias estratégicas. Apesar de ser<br />
uma profissão que não se aprende facilmente,<br />
devido à sua componente técnica, é preciso mostrar<br />
aos jovens que atualmente é uma profissão<br />
com mais segurança e limpa, tecnologicamente<br />
evoluída, com ferramentas digitais, bem paga e<br />
com uma empregabilidade garantida.<br />
PUB<br />
PARA ATRAIR TALENTO PARA as OFICINAS DE REPINTURA,<br />
É FUNDAMENTAL INVESTIR EM PROGRAMAS DE FORMAÇÃO<br />
E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL, BEM COMO PROMOVER<br />
A ValoriZAÇÃO DA PROFISSÃO E OFERECER CONDIÇÕES<br />
ATRATIVas DE TRABALHO<br />
ai171326085823_Campanha EURO - <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.pdf 1 16/04/2024 10:47<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 23
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
FAZER MAIS COM MENOS RECURSOS!<br />
O SETOR DA REPINTURA AUTOMÓVEL APRESENTA DIVERSOS DESAFIOS PARA OS DISTRIBUIDORES E OFICINAS,<br />
QUE EXIGEM ADAPTAÇÃO E ESTRATÉGIAS INOVADORAS PARA SE DESTACAR NO MERCADO. O ELEVADO NÚMERO<br />
DE PLAYERS NO MERCADO EXIGE AOS DISTRIBUIDORES PRODUTOS E SERVIÇOS DE ALTA QUALIDADE A PREÇOS<br />
COMPETITIVOS, PARA ALÉM DE UM ATENDIMENTO DIFERENCIADO E PERSONALIZADO. FAZER MAIS COM MENOS<br />
RECURSOS É OBRIGATÓRIO E QUEM O CONSEGUIR VINGARÁ NOS PRÓXIMOS TEMPOS<br />
As dificuldades de carácter económico/financeiro<br />
unanimemente prevista pelas<br />
entidades e instituições nacionais e internacionais<br />
para os próximos tempos e que já se<br />
começaram a sentir os seus efeitos, inicialmente<br />
provoca<strong>das</strong> pela situação pandémica iniciada em<br />
2020, mas agora também muito influencia<strong>das</strong><br />
pela forte turbulência gerada pelos conflitos militares<br />
em curso e pela instabilidade política que<br />
se verifica em vários países e à qual Portugal se<br />
poderá juntar no curto prazo, seguramente continuará<br />
afetar os vários mercados, incluindo, naturalmente,<br />
o mercado da repintura automóvel.<br />
Naturalmente que a incerteza sobre a sua dimensão<br />
e tempo de duração irá condicionar o futuro<br />
de curto e médio prazo dos investimentos a todos<br />
os níveis, o que torna este próximo ciclo temporal<br />
muito mais imprevisível relativamente a todos<br />
os outros aos quais estávamos já habituados. A<br />
formação e informação serão uma <strong>das</strong> melhores<br />
formas de os responsáveis <strong>das</strong> oficinas poderem<br />
estar preparados para as próximas etapas que se<br />
avizinham especialmente desafiantes e exigentes.<br />
Manter as equipas motiva<strong>das</strong> e foca<strong>das</strong> em fazer<br />
um bom trabalho e proporcionar um serviço de<br />
qualidade aos seus clientes, também será um fator<br />
bastante diferenciador.<br />
<strong>Oficinas</strong> mais exigentes<br />
As oficinas estão cada vez mais exigentes na procura<br />
de soluções completas que vão muito para<br />
além do simples fornecimento de produtos. Com<br />
a evolução constante do mercado, torna-se fundamental<br />
as empresas atualizarem os seus conhecimentos<br />
com vista a colherem frutos ao nível da<br />
rentabilidade e eficiência. É fulcral que as oficinas<br />
apostem no desenvolvimento de competências dos<br />
seus técnicos para assegurarem que se mantêm<br />
competitivas no mercado e procurem ser apoia<strong>das</strong><br />
por parceiros estratégicos que consigam ajudar<br />
nesta passagem de conhecimento. Uma boa<br />
gestão de stock é fundamental para garantir uma<br />
entrega eficaz de produtos aos clientes. É crucial<br />
evitar ruturas de stock para evitar quebras no<br />
abastecimento e consequentemente causar incómodos<br />
ao dia-a-dia <strong>das</strong> oficinas. Investir na formação<br />
e desenvolvimento <strong>das</strong> equipas, como foco<br />
no conhecimento técnico, atendimento ao cliente<br />
e ven<strong>das</strong>, é essencial para garantir a excelência nos<br />
serviços prestados. Se as empresas de repintura se<br />
especializarem, utilizarem os melhores produtos,<br />
garantirem qualidade na reparação cativarem os<br />
seus clientes a frequentarem a sua oficina, ou, por<br />
via digital, o cliente ver como se está a processar<br />
a reparação da sua viatura, serem testemunhas da<br />
reparação do seu veículo, criar espaços agradáveis<br />
para receber o cliente, uma atividade de lazer (por<br />
exemplo: condução de automóvel de competição<br />
virtual), fideliza o seu cliente e o negócio cresce.<br />
Não esquecer os produtos sustentáveis amigos do<br />
ambiente. Infelizmente, há operadores e utilizadores<br />
que retrocederam nos processos e produtos,<br />
utilizando tintas de alto teor de solventes, prejudicando<br />
a saúde de quem os utiliza e de todos<br />
nós. Para garantir a sustentabilidade <strong>das</strong> oficinas,<br />
a assistência pós-venda é um pilar fundamental.<br />
Dar apoio e orientação constantes em termos de<br />
processos e organização é uma estratégia essencial<br />
nestes tempos de constante mudança. Esta perspetiva<br />
parece ser a direção que o setor irá seguir no<br />
futuro próximo. O fator humano será o elemento<br />
distintivo que posicionará as marcas no mercado.<br />
Formação em orçamentação é preciso<br />
Um dos principais desafios no setor reside na escassez<br />
de formação especializada em orçamentação.<br />
Esta lacuna pode resultar em oficinas com<br />
margens inadequa<strong>das</strong> nos seus orçamentos, o que<br />
por sua vez pode acarretar sérias dificuldades na<br />
gestão dos negócios e na retenção de mão de obra<br />
qualificada. A abordagem mais eficaz para superar<br />
este problema é investir em parceiros de confiança,<br />
que disponibilizam recursos especializados e formadores<br />
experientes para auxiliar as oficinas a superarem<br />
essas dificuldades. Outro grande desafio<br />
é o retorno à legalidade ambiental através da eliminação<br />
do uso indevido <strong>das</strong> bases bicamada solventes,<br />
que de forma generalizada cresceram nos<br />
últimos anos, apesar de ilegais. E teremos sempre<br />
o desafio da sustentabilidade económica, paralelamente<br />
à questão ambiental, que é um problema<br />
para o qual nem sempre estamos preparados para<br />
resolver pelos atos de gestão apropriados.<br />
24 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
TÉCNICO<br />
DE REPINTURA<br />
AUTOMÓVEL É<br />
UMA PROFISSÃO<br />
DE FUTURO<br />
ANTÓNIO CALDEIRA, DIRETOR DO CEPRA<br />
O CEPRA (CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE REPARAÇÃO AUTOMÓVEL) – O MAIOR CENTRO DE FORMAÇÃO DO<br />
SETOR AUTOMÓVEL A NÍVEL NACIONAL – ESTÁ EMPENHADO EM FAZER FACE À ESCASSEZ DE RECURSOS HUMANOS<br />
QUE É CADA VEZ MAIS EVIDENTE NA ÁREA DA REPINTURA AUTOMÓVEL. DESDE O SEU INÍCIO, HÁ MAIS DE 40 ANOS,<br />
QUE TEM CURSOS PARA TÉCNICOS DE REPARAÇÃO E PINTURA DE CARROÇARIAS, MAS ASSUME AGORA UM LUGAR<br />
PREPONDERANTE NA QUALIFICAÇÃO DA MÃO-OBRA QUE TANTA FALTA FAZ ÀS OFICINAS<br />
A<br />
dificuldade em conseguir mão-de-obra<br />
qualificada na área da repintura já não<br />
é novidade para ninguém. O estigma da<br />
profissão de pintor automóvel continua a existir<br />
e é complicado atrair novos profissionais para o<br />
setor, numa altura em que a idade média dos que<br />
estão no ativo não para de aumentar e as empresas<br />
desesperam à procura de soluções. Neste<br />
panorama, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi conversar<br />
com António Caldeira, diretor do CEPRA, que<br />
nos deu a conhecer a oferta formativa disponível<br />
na área da repintura.<br />
Para to<strong>das</strong> as idades<br />
Criado em 1981, o CEPRA sempre teve nas suas<br />
bases o apoio ao pós-venda da reparação automóvel<br />
e, nestas quatro déca<strong>das</strong>, já viveu muitas fases<br />
diferentes, alturas havendo em que “tinha muitos<br />
formadores e muita procura”, relembra António<br />
Caldeira, orgulhoso do amplo percurso do centro.<br />
Hoje, o CEPRA tem cursos de qualificação<br />
inicial “que são os mais difíceis de constituir e<br />
essa é a forma que temos de apoiar as empresas,<br />
de fornecer novos profissionais, na qualificação”,<br />
com um público-alvo de jovens até aos 29 anos.<br />
Nestas ações de formação juntam-se a reparação<br />
e a pintura, “para ser mais fácil constituir uma<br />
turma”, que é uma dificuldade já antiga, conta:<br />
“Há sempre um formando que tem mais apetência<br />
para reparação de carroçarias, outro para pinturas<br />
e ao começarmos uma turma com a reparação,<br />
eles próprios depois fazem a triagem. Este<br />
tipo de curso tem formação em centro e depois<br />
uma parte prática em contexto de trabalho, nas<br />
oficinas. E eles aí veem para que lado estão mais<br />
vocacionados”, explica. Por outro lado, o CEPRA<br />
disponibiliza também formação contínua, para<br />
apoiar os profissionais que já estão no setor.<br />
Curso com dupla certificação<br />
Desde que inicia o curso, até estar apto a ir para<br />
uma oficina, já com a certificação feita, o formando<br />
precisa de cerca de dois anos a dois anos<br />
e meio, em três períodos que não correspondem<br />
a anos letivos. Em cada um dos períodos, a turma<br />
inicia com a componente teórica e de prática simulada,<br />
passando, depois, à formação prática em<br />
contexto de trabalho, diretamente numa oficina.<br />
“Consideramos que é a melhor abordagem para<br />
as oficinas e para todos, pôr a formação prática<br />
em contexto de trabalho, no final de cada período.<br />
A esta formação chama-se alternância, centro-empresa.<br />
Depois há outra possibilidade, por<br />
exemplo três dias no centro, dois dias na empresa,<br />
mas nós consideramos melhor a abordagem<br />
por bloco, no final da formação”, esclarece o diretor<br />
do CEPRA, que conta que o curso “tinha 900<br />
horas de formação em centro e 300 horas de es-<br />
26 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
tágio, mas houve recentemente uma reformulação,<br />
cresceu um bocadinho e, no total, o primeiro<br />
período anda nas 1350 horas. Depois no segundo<br />
período vai diminuindo a formação em centro e<br />
vai aumentando no contexto de trabalho. No final,<br />
no caso deste curso, ronda as 4 mil horas”.<br />
Terminado o curso, “o formando sai com as competências<br />
ou para bate-chapas ou para pintor,<br />
para trabalhar em qualquer oficina de colisão”. O<br />
nono ano é requisito mínimo de entrada e o curso<br />
dá dupla certificação: Equivalência ao 12.º ano e<br />
qualificação profissional de nível 4 (QNQ/QEQ),<br />
com possibilidade de acesso ao ensino superior.<br />
Para tal, o Centro de Formação Profissional de<br />
Reparação Automóvel conta com quatro formadores<br />
internos para a área da colisão.<br />
Mercado ávido de profissionais<br />
A duração dos cursos é, segundo António Caldeira,<br />
um dos problemas destas formações. Depois<br />
da dificuldade em constituir a turma, o facto de<br />
os jovens contactarem com as empresas onde<br />
fazem a formação prática, fá-los abandonar antecipadamente<br />
a formação: “Primeiro começam<br />
a fazer umas horas a um sábado, no pós-laboral,<br />
depois começam a sentir o apelo do retorno financeiro<br />
e isso é uma <strong>das</strong> dificuldades que temos<br />
com estas turmas, a parte financeira muitas vezes<br />
prevalece sobre o resto e eles vão desistindo e começam<br />
a trabalhar”, diz, acrescentando que “não<br />
é anormal termos turmas destas a acabar com<br />
oito formandos, dez. Metade desiste, quer seja<br />
pela pouca apetência, porque tem que mostrar<br />
competências escolares; ou porque ingressam no<br />
mercado de trabalho; ou começam a contactar<br />
com outras realidades e vêm que há outro tipo de<br />
profissões mais «fáceis», digamos assim, onde até<br />
ganham mais”. Noutra perspetiva, o CEPRA faz<br />
também identificação de empresas que tenham<br />
interesse e/ou necessidade de profissionais e, em<br />
conjunto com o IEFP, “constitui um grupo destinado<br />
a ser uma primeira escolha para aquela<br />
empresa, que está a dar as condições e depois, os<br />
restantes são para outras empresas”. Este ano, o<br />
CEPRA tem duas ações deste género previstas<br />
em plano de atividades, uma no Norte e outra<br />
a Sul. “É uma novidade, estamos já a caminhar<br />
para ter um lugar estável no Algarve, ainda não<br />
lhe chamo delegação, porque tem de ter uma estrutura,<br />
alguém a dirigir, administrativos e, neste<br />
momento, só queremos um lugar físico, porque<br />
há muita falta de profissionais no Algarve. Já o<br />
temos, vai ser em parceria com a Motorpor, que<br />
nos vai ceder um espaço de cerca de 400 metros<br />
quadrados e mais salas de formação, em Faro,<br />
destinado a este tipo de formação. Quando estiver<br />
mais estável, a designação será CEPRA Norte<br />
e CEPRA Sul”, conta-nos o diretor.<br />
Formação atualizada<br />
Com a evolução do setor, o trabalho pedagógico do<br />
CEPRA foi obrigado a acompanhar, atualizando-<br />
-se e adaptando-se às novas realidades, algo que<br />
António Caldeira considera “essencial”. O diretor<br />
do CEPRA destaca a importância da parceria que<br />
tem com a Impoeste e “as capacidades que temos<br />
de aplicar verbas oriun<strong>das</strong> do PRR. Temos máquinas<br />
de mistura computoriza<strong>das</strong>, de simulação 3D,<br />
os espectrofotómetros, na colisão também temos<br />
apostado ultimamente nas carroçarias e na reparação<br />
com equipamentos mais modernos”, confirma.<br />
Neste momento, o CEPRA tem três turmas a<br />
decorrer, uma em primeiro período, uma em segundo<br />
e outra em terceiro, com uma nova turma<br />
prevista para começar já em setembro. O diretor,<br />
António Caldeira, sente que a capacidade de resposta<br />
do Centro de Formação não tem sido suficiente<br />
para satisfazer as necessidades do mercado,<br />
mas considera que feita a divulgação, em diferentes<br />
canais e em especial em feiras de emprego,<br />
pode conseguir-se cativar mais jovens.<br />
“A profissão tem futuro”<br />
António Caldeira acredita que ainda subsiste o<br />
estigma da profissão de pintor, nos jovens e nas<br />
famílias. A isso soma-se a questão da remuneração,<br />
que “já está melhor, que é a consciencialização<br />
<strong>das</strong> empresas de que têm de pagar mais, pois<br />
a base continua a ser muito baixa. Um jovem que<br />
investe aqui três anos da vida, vai três períodos<br />
para uma empresa, o último <strong>das</strong> quais está lá seis<br />
meses a trabalhar e no final oferecem um contrato<br />
de ordenado mínimo… não é muito atraente, e<br />
por isso não é de estranhar que depois enveredem<br />
por outro caminho”, salienta. “Vejo que a profissão<br />
tem futuro, aliás, se pensarmos que os elétricos<br />
são o caminho, uma coisa que vai acontecer<br />
sempre são as colisões. Profissionais para esta<br />
área vão sempre ser necessários e quem está mais<br />
capacitado para que tudo corra bem no setor da<br />
reparação são os pintores, os reparadores… os outros,<br />
se calhar, vão ser reconvertidos para o atendimento…”,<br />
sugere António Caldeira, que deixa<br />
uma mensagem aos profissionais da reparação<br />
automóvel: “Se for para responder à evolução que<br />
está a haver nas tintas, são mesmo necessários<br />
profissionais, senão ficam para trás na tecnologia<br />
e cristalizam. A formação contínua é obrigatória<br />
e o setor vai poder continuar a contar com o CE-<br />
PRA, que tem to<strong>das</strong> as ferramentas para dar esse<br />
apoio”, garante o diretor.<br />
DESDE O SEU INÍCIO, HÁ MAIS DE 40 ANOS, QUE O CEPRA<br />
TEM CURSOS PARA TÉCNICOS DE REPARAÇÃO E PINTURA<br />
DE CARROÇARIAS, MAS assuME AGORA UM LUGAR PREPONDERANTE<br />
NA QUALIFICAÇÃO DA MÃO-OBRA QUE tanta FALTA FAZ ÀS OFICINAS
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
MARCAS<br />
CROMAX<br />
A Cromax, uma marca de tintas premium da Axalta, distribuída<br />
em Portugal pela Portepim, foi concebida para aumentar<br />
a produtividade <strong>das</strong> oficinas. As suas tintas são formula<strong>das</strong><br />
especificamente para otimizar os negócios com processos<br />
avançados que poupam tempo, energia e material, aumentam<br />
a produtividade e proporcionam custos de operação<br />
mais baixos. As suas soluções de valor acrescentado oferecem<br />
aos clientes os sistemas mais avançados para obter os<br />
melhores resultados em todo o fluxo de trabalho. A Cromax<br />
dedica-se a ajudar as oficinas a gerir os seus negócios da<br />
forma mais eficiente. Hoje, à medida que o custo da energia<br />
continua a aumentar e o clima continua a aquecer, nunca foi<br />
tão importante para as oficinas poupar energia – tanto para<br />
poupar dinheiro como para proteger o ambiente. “Fast Cure<br />
Low Energy” é o nome da tecnologia revolucionária e patenteada<br />
que reduz o consumo de energia na cabina de pintura<br />
em até 70%, ao mesmo tempo que proporciona reparações<br />
da melhor qualidade. É uma tecnologia que inclui aparelho<br />
e verniz de secagem rápida e de baixo consumo energético.<br />
“Isto é exatamente o que as oficinas precisam neste momento<br />
para as apoiar perante a escalada dos preços da energia<br />
que absorve as margens que já estão sob pressão. Como não<br />
requer equipamentos ou infraestruturas adicionais, as oficinas<br />
podem começar a beneficiar do sistema imediatamente,<br />
sem qualquer investimento”, refere Manuel Pires, diretor<br />
comercial da Portepim. Além de reduzir drasticamente os<br />
custos, o sistema “Fast Cure Low Energy” também ajuda a<br />
reduzir a pegada de carbono da oficina e contribui para as<br />
suas credenciais ecológicas. A solução ChromaConnect, incluindo<br />
a mistura de cores totalmente automatizada, torna<br />
a correspondência de cores não apenas mais rápida, mas<br />
também mais precisa - garantindo resultados à primeira e<br />
reduzindo o desperdício. Quando os pintores utilizam o ChromaConnect,<br />
o avançado sistema de gestão digital de cor da<br />
Cromax, têm máxima liberdade e flexibilidade nos processos<br />
digitais totalmente sem fios para realizar qualquer tarefa,<br />
desde a identificação da cor até à preparação da mesma. Este<br />
método baseado na nuvem proporciona aos pintores controlo<br />
total de todos os aspetos da gestão da cor através da utilização<br />
de dispositivos com ligação Wi-Fi, incluindo balanças e<br />
impressoras sem fios, bem como o espectrofotómetro da Cromax,<br />
o ChromaVision, e o ChromaWeb, o software abrangente<br />
da Cromax, de busca de cor baseado na nuvem. O Drivus<br />
disponibiliza às oficinas as ferramentas de que necessitam<br />
para construir melhores negócios. É um conjunto de serviços<br />
inovadores, programas e consultoria especializada personalizada<br />
focada nos desafios enfrentados pelos pintores, que<br />
tem como objetivo aumentar a produtividade do negócio, o<br />
desempenho e a rentabilidade. A grande novidade da marca<br />
é a nova gama de tintas, a Cromax EZ+. A Cromax EZ+ vem<br />
substituir a linha Cromax Basecoat, apresentando um avanço<br />
tecnológico muito significativo relativamente à gama que<br />
substitui. Essa melhoria tecnológica reflete-se em ganhos<br />
objetivos em termos de colorimetria, poder de cobertura e<br />
secagem. Para além disso, esta nova linha é de fácil aplicação<br />
e requer menos empate de capital nos sistemas instalados e<br />
menos desperdício, já que é comercializada em embalagens<br />
de dimensões mais reduzi<strong>das</strong>. O Cromax EZ+ está disponível<br />
em embalagens inovadoras e fáceis de usar em três tamanhos<br />
(100 ml, 350 ml e 800 ml) que são fabrica<strong>das</strong> com 50%<br />
de plástico reciclado. Os utilizadores da Cromax EZ+ têm<br />
acesso a mais de 100.000 fórmulas de cores lisas, metaliza<strong>das</strong><br />
e nacara<strong>das</strong>. Destaque ainda para a Axalta Irus Mix, a nova<br />
máquina de mistura da Axalta que já se encontra a operar em<br />
diversas oficinas na Europa e brevemente também em Portugal.<br />
Totalmente automática e completamente mãos-livres, a<br />
Axalta Irus Mix proporciona cores e trabalhos muito precisos<br />
com embalagens originais Axalta, maximizando a rentabilidade<br />
e minimizando o impacto no ambiente. A nova máquina<br />
de mistura é o resultado da inovação da Axalta para responder<br />
às necessidades dos clientes de trabalhar de forma mais<br />
eficiente, rentável e sustentável. Com base nos ensaios da<br />
Axalta, os clientes de repintura podem poupar mais de 60%<br />
em tempo de trabalho com a Axalta Irus Mix em comparação<br />
com a mistura manual. É uma máquina muito fácil de usar<br />
e não necessita de ser operada por um técnico qualificado.<br />
O processo permite aos pintores realizarem outros trabalhos<br />
enquanto o corante está a ser misturado. Concebida para<br />
funcionar com embalagens originais Axalta, não é necessário<br />
reencher ou decantar o produto em embalagens especiais.<br />
Além disso, as embalagens originais têm tampas doseadoras<br />
precisas que proporcionam uma cor exata sem desperdícios.<br />
28 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
DEBEER<br />
Desde sempre ligada ao comércio e importação de materiais para<br />
manutenção e repintura automóvel, a Mota & Pimenta mantém há 27<br />
anos a representação exclusiva da marca DeBeer em Portugal, mantendo<br />
o compromisso com os clientes na oferta de produtos premium<br />
proporcionando resultados especializados na repintura automóvel. A<br />
DeBeer nos últimos 114 anos, aprendeu que a obtenção de um acabamento<br />
excecional passa pelo detalhe. Com a dedicação e melhoria<br />
contínua conseguiram alcançar soluções específicas para os requisitos<br />
dos seus clientes. O compromisso e o sucesso estendem-se a todos os<br />
serviços e suportes, desde a inovação até à tecnologia líder no setor.<br />
As parcerias estreitas são a chave para uma repintura automóvel de<br />
qualidade excecional. É por isso que, desde 1910, a DeBeer Refinish<br />
tem sempre prestado especial atenção às necessidades individuais<br />
dos seus clientes e parceiros. Esta herança de apoio permitiu-lhe criar<br />
continuamente soluções que funcionam para todos. A Mota & Pimenta,<br />
importador da DeBeer em Portugal, trabalha lado a lado com as<br />
oficinas, oferecendo serviços que as ajudam a minimizar o seu impacto<br />
ambiental, a operar de forma mais eficiente, a melhorar a segurança<br />
no local de trabalho, a cumprir as obrigações de conformidade locais<br />
e a reduzir os dispendiosos resíduos. A equipa técnica da Mota & Pimenta<br />
trabalha para que a oficina tire o máximo partido <strong>das</strong> novas<br />
oportunidades de mercado, fornecendo soluções mais simples e mais<br />
eficazes. Ao longo dos anos, muitas oficinas têm usufruído dos serviços<br />
da Mota & Pimenta para satisfazer expectativas de qualidade cada vez<br />
mais exigentes - de forma simples, rápida e rentável. A empresa trabalha<br />
lado a lado com a oficina, oferecendo serviços que a ajudam a<br />
minimizar o seu impacto ambiental, a operar de forma mais eficiente,<br />
a melhorar a segurança no local de trabalho, a cumprir as obrigações<br />
de conformidade locais e a reduzir os dispendiosos resíduos. A gama<br />
de produtos inclui o verniz multifunções Allround DB8-774/5. Com<br />
maior durabilidade pode ser usado numa vasta gama de reparações<br />
devido às suas excelentes propriedades. A relação de mistura é de 2:1<br />
utilizando um dos dois possíveis endurecedores. Face ao aumento dos<br />
custos energéticos, o DeBeer 8-347 Fast Surfacer de secagem ao ar é a<br />
solução para acelerar a produção. Com uma janela de secagem ao ar de<br />
15 a 20 minutos, irá reduzir as despesas de energia, tornando a oficina<br />
mais consciente em termos ambientais e as operações mais eficientes.<br />
A Base Aquosa Série 900+ é um sistema à base de água bastante flexível,<br />
com excelente cobertura, precisão de cor e pronto a usar. A última<br />
atualização inclui a adição de quatro novos toners à série 900+. Os novos<br />
toners estão disponíveis através da atualização de dados no ICRIS.<br />
R-M E GLASURIT<br />
A BASF é a maior empresa química do mundo, com uma presença ativa em mais de 91 países, incluindo<br />
Portugal, onde está presente com as marcas Glasurit e R-M para a repintura automóvel. Ao<br />
longo dos últimos anos, a Glasurit e R-M têm-se afirmado como referências tecnológicas com as<br />
séries 100 e ONYX, respetivamente. O sistema de duas cama<strong>das</strong> oferece uma combinação única de<br />
qualidade, velocidade de processo e benefícios ecológicos aos clientes para aumentar a rentabilidade.<br />
É a isto que a marca chama de ecoeficiência. Para além dos produtos de repintura as marcas<br />
Glasurit e R-M oferecem ferramentas de cor inovadoras, apoio técnico e uma vasta gama de produtos<br />
de consultoria que aumentam a eficiência, bem como um centro de formação de última geração que<br />
ajuda as oficinas a obterem resultados de repintura perfeitos da forma mais eficiente possível e a<br />
garantir o sucesso a longo prazo. A base da série 100 da Glasurit, do ponto de vista da eficiência e da<br />
sustentabilidade, é do melhor que há no mercado. Trata-se de uma linha de cores base, que neste<br />
caso é para as duas marcas, tanto para a Glasurit como para a R-M. No caso da Glasurit, é a série 100<br />
e na R-M a série AGILIS. Segundo Thierry Van der Brempt, Diretor Geral Ibérico “O nosso foco é a ecoeficiência,<br />
oferecer produtos eficientes aos nossos clientes, oferecer algo com uma boa rentabilidade,<br />
mas também, que sejam sustentáveis. Para além da sustentabilidade ser uma <strong>das</strong> principais prioridades,<br />
também revela ser uma grande vantagem, porque conseguimos ter produtos que desde o<br />
início da cadeia de produção são feitos através de matéria prima renovável, em vez de matéria prima<br />
fóssil. No domínio do custo de energia, importa também mencionar a nossa gama de produtos com<br />
tecnologia UV, que permite reduzir substancialmente o tempo de secagem. Desta forma, conseguimos<br />
reduzir o impacto ambiental e o consumo de energia.” Tem três distribuidores da marca Glasurit<br />
e seis da marca R-M, que cobrem todo o país e complementa isso com a venda direta que é sobretudo<br />
focada nas áreas de Lisboa e Porto. “Possuímos uma equipa comercial na venda direta, mas também<br />
temos uma equipa técnica, neste caso constituída por quatro técnicos, dois na zona norte e dois na<br />
zona sul. Acompanham as oficinas, dando assistência, formação e aconselhamento sobre a melhor<br />
forma de utilizar os nossos produtos, para que sejam rentáveis, eficientes e económicos”, acrescenta<br />
este responsável. As marcas Glasurit e R-M são conhecidos no mercado pela sua colorimetria, possuindo<br />
uma base de dados de cores bastante completa. Em Espanha, dispõe de um laboratório de<br />
cor onde consegue acompanhar de perto as novas variantes que aparecem e vai complementando<br />
na sua base de dados de cores. “Não queremos ser apenas um fornecedor de tintas, pois também<br />
oferecemos um serviço de apoio e consultoria. Os nossos técnicos têm uma agenda programada com<br />
as necessidades que os clientes vão transmitindo. Por exemplo, uma cor que não ficou bem definida<br />
ou dificuldades na aplicação, e nós estamos prontamente no mercado e encarregues da assistência”,<br />
conclui Thierry Van der Brempt.<br />
30 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
IXELL<br />
A Ixell, distribuída pela rede de concessionários Renault por todo o país, assume uma posição premium<br />
no mercado de repintura automóvel e dispõe da gama de produtos de repintura automóvel<br />
mais completa do mercado, com to<strong>das</strong> as soluções “da chapa nua ao verniz”. Como tal tem vindo<br />
a sofrer diversas evoluções ao longo dos últimos anos, com um foco constante na insígnia Boost<br />
Formula - presente na maioria dos novos produtos Ixell - na qual o principal mote é a preocupação<br />
ambiental. Produtos sustentáveis, com tempos de secagem mais eficazes, reduzindo consumos<br />
energéticos, beneficiando o ambiente e a rentabilidade oficinal. Uma <strong>das</strong> mais recentes novidades<br />
Ixell é a gama de polimento lançada em 2023, com diferentes níveis de desbaste. A grande novidade<br />
da marca para 2024, é a gama Luxia, uma gama UV, que - uma vez mais – enfatiza a preocupação<br />
da Ixell pela redução de consumos energéticos. A máquina de mistura Ixell, associada à balança conectada<br />
e ao computador, recebem atualizações de formulações constantes remotamente, quando<br />
conectado a uma rede Wi-Fi. Sendo a Ixell uma marca do grupo Renault, o centro de formação oficial<br />
está situado em França. Contudo as formações disponibiliza<strong>das</strong> aos clientes da rede Ixell em Portugal<br />
são realiza<strong>das</strong> nas próprias instalações dos clientes. Ao longo do ano 2024 vão ser desenvolvi<strong>das</strong> formações<br />
individuais em cada cliente oficinal. O acompanhamento técnico é um dos principais serviços<br />
associados à Ixell. “Dispomos de uma equipa de terreno, em que cada um dos elementos conta já com<br />
mais de 25 anos de experiência na marca. É uma equipa técnica formada e especializada, capaz de<br />
prestar o melhor conselho técnico e formar nova mão-de-obra de clientes da rede Ixell”, afirma Hugo<br />
Barbosa, diretor de comunicação da Renault, que acrescenta “O principal desafio da Ixell é o constante<br />
acompanhamento dos seus clientes, respondendo às suas necessidades e solicitações, enquanto<br />
paralelamente trabalhamos para expandir a rede Ixell no mercado Português”.<br />
NEXA AUTOCOLOR<br />
A Nexa Autocolor continua a posicionar-se como marca premium no<br />
mercado, tendo reforçado o posicionamento com os recentes lançamentos<br />
de produtos de alta produtividade e alta qualidade como o<br />
aditivo “One Visit”. “A gama de produtos é dinâmica e muito ajustada à<br />
realidade atual <strong>das</strong> oficinas de topo do mercado europeu. A melhor solução<br />
de cor no centro do sistema, rodeada de produtos de baixa energia<br />
e de elevada produtividade, como os novos aparelhos e vernizes de<br />
secagem ao ar”, refere Luís Jorge Santos, administrador da Impoeste,<br />
importador da Nexa Autocolor. A mais recente novidade é o aditivo<br />
“One Visit”, que permite a aplicação seguida <strong>das</strong> demãos de cor. É um<br />
opcional que o cliente pode escolher a qualquer momento e em qualquer<br />
trabalho: ou tudo seguido, ou com espera entre demãos. É uma<br />
opção que ajuda o pintor. As soluções de gestão digital da cor são <strong>das</strong><br />
mais avança<strong>das</strong> do mercado. Além da PPG ter sido a primeira marca a<br />
colocar no mercado o VizualizID, um monitor certificado para trabalhar<br />
digitalmente a cor, prescindindo dos catálogos, tem um ecossistema<br />
digital, o PPG Linq que assegura a liderança na otimização dos processos<br />
de pintura, agora, verdadeiramente digitais. Foi a primeira marca<br />
a colocar no mercado mundial uma máquina de mistura de cor automatizada,<br />
a Moonwalk, que é uma excelente opção, paralelamente<br />
às soluções tradicionais. A formação é também levada muito a sério<br />
pela marca, que dispõe de três centros de formação Impoeste - Nexa<br />
Autocolor em Portugal: um em Torres Vedras, um no CEPRA em Lisboa<br />
e outro no CEPRA no Porto. Estão equipados com sistemas Moonwalk e<br />
com todos os dispositivos modernos que estão disponíveis para a oficina<br />
de repintura automóvel. As formações estão disponíveis no calendário<br />
oficial do CEPRA para além <strong>das</strong> ações no centro em Torres Vedras<br />
de apresentação de produto. A marca é comercializada em Portugal<br />
através de uma rede de Ven<strong>das</strong> Diretas e de Distribuidores que tem cobertura<br />
nacional continental e insular. “Continuamos a ter uma equipa<br />
com cinco técnicos de apoio às oficinas, que atuam a nível nacional e<br />
acreditamos que as questões da assistência técnica estavam, estão e<br />
estarão na base do desenvolvimento positivo da atividade. Vamos por<br />
isso continuar a apostar neste campo”, afirma Luís Jorge Santos. A Nexa<br />
Autocolor é uma marca pioneira na sustentabilidade ambiental, tendo<br />
sido a primeira marca mundial a introduzir um sistema aquoso para<br />
a pintura de automóveis. A sustentabilidade ambiental e económica<br />
é a prioridade da marca, tendo nos últimos anos introduzido vários<br />
produtos que, para além de redução de emissão de COV, reduzem ou<br />
eliminam a necessidade de eleva<strong>das</strong> temperaturas na secagem, traduzindo-se<br />
por menores consumos energéticos e maiores velocidades de<br />
trabalho e secagem, que representa maior rentabilidade com o cumprimento<br />
integral dos limites ambientais.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 31
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
SIKKENS<br />
A Sikkens é hoje uma <strong>das</strong> marcas líderes mundiais no setor da repintura. Os seus produtos são<br />
utilizados em mais de cem países, possui laboratórios dedicados de investigação e inovação, para<br />
além de institutos de formação e desenvolvimento onde se formaram milhares de pintores de<br />
classe mundial. Ao longo dos anos, adquiriu um domínio inigualável do setor de reparação auto,<br />
garantindo sempre o alinhamento do seu conhecimento e competência com as solicitações e<br />
necessidades em constante mudança do mercado. O portefólio de produtos da Sikkens é uma<br />
linha inovadora e de qualidade superior baseada em produtos de alta tecnologia. Graças a um<br />
alto teor de qualidade de pigmentos e resinas, com os produtos da Sikkens são necessárias, em<br />
média, menos cama<strong>das</strong> por cada repintura, com uma consequente redução do consumo, dos<br />
tempos e dos custos por reparação. “Hoje a preocupação de uma empresa como a AkzoNobel é<br />
a sustentabilidade dos seus clientes. Por este motivo, este é o sistema de repintura perfeito para<br />
ajudar qualquer oficina a chegar aos seus objetivos”, afirma Nuno Andrade Tomé, diretor de ven<strong>das</strong><br />
AkzoNobel Portugal. No que diz respeito a novidades, destaque para o Autosurfacer Optima,<br />
que permite às oficinas realizar reparações de todos os tamanhos, em diferentes condições de<br />
aplicação e secagem, com um tempo de processo mais rápido e um menor consumo de produto.<br />
Ao mesmo tempo reduz o custo energético e oferece um acabamento final premium. A secagem<br />
rápida a uma temperatura ambiente reduz em 85% o custo energético em comparação com os<br />
aparelhos convencionais, sem comprometer a velocidade e a produtividade. Relativamente ao<br />
Mixit Cloud, uma aplicação avançada de pesquisa e identificação da cor da Sikkens, Nuno Andrade<br />
Tomé informa que “Estamos numa fase avançada de transição para a sua implementação nos<br />
nossos clientes. Esta plataforma proporciona uma experiência rápida e fácil para encontrar a cor<br />
certa online, oferecendo resultados de pesquisa precisos e instantâneos. O Mixit Cloud capacita os<br />
pintores a realizar os seus trabalhos com maior rapidez e precisão, ao mesmo tempo em que auxilia<br />
os gestores a reduzir custos, fornecendo informações sobre o negócio em tempo real. Destaca-<br />
-se ainda que o Mixit se integra de forma perfeita ao nosso espectrofotómetro Automatchic Vision<br />
e à sua balança inteligente, proporcionando um processo de trabalho suave e sem complicações<br />
em to<strong>das</strong> as ocasiões.” Relativamente à máquina de mistura de tintas, está a chegar às oficinas a<br />
ColorMatchic, 100% automática, para utilização dos produtos Sikkens. Trata-se de uma máquina<br />
totalmente automatizada, que está calibrada para a gama de produtos premium à base de água<br />
da Sikkens e da Lesonal, recorrendo à aplicação online de cores Mixit. Este equipamento permite<br />
uma mistura completa em menos de 5 minutos (em média), permitindo uma dosagem mínima<br />
de 40ml, sendo que o mecanismo de dosagem está regulado até 0.015 ml por dose (um terço de<br />
uma gota de água). O potencial desta máquina é libertar os técnicos qualificados para outras tarefas,<br />
potencialmente agregando milhares de Euros em receita diária ao aumentar a rotatividade<br />
do ciclo de trabalho na oficina. A Sikkens considera que investir no desenvolvimento <strong>das</strong> pessoas<br />
constitui o melhor investimento para a obtenção de lucros na oficina. Por isso investe muito na<br />
formação, para que os trabalhadores que utilizem os seus produtos estejam sempre atualizados<br />
e na vanguarda <strong>das</strong> novas tecnologias. Para acompanhar todos os clientes mais de perto,<br />
a AkzoNobel dispõe de um centro de formação no Carregado (Distrito de Lisboa) equipado com<br />
to<strong>das</strong> as ferramentas de repintura auto de última geração. Para 2024 estão previstas cerca de 528<br />
horas de formação para todos os clientes Sikkens ou para clientes que queiram conhecer os seus<br />
produtos. A AkzoNobel em Portugal continental e ilhas funciona com uma rede de distribuição<br />
independente (10 distribuidores) que comercializam as suas marcas Sikkens e Dynacoat. Possui<br />
também um ponto de venda no Carregado, propriedade da AkzoNobel, para clientes específicos<br />
OEM. O ano de 2023 foi excelente para a AkzoNobel e seus distribuidores com um crescimento de<br />
ven<strong>das</strong> total (Kg/Lt.) referente a 2022 de +17,8%. E este início de 2024 está com um crescimento<br />
dentro <strong>das</strong> perspetivas da Multinacional. “Ainda existem algumas zonas do país que podemos<br />
crescer/vender mais e por esse motivo estamos a aceitar candidaturas para novos distribuidores<br />
com prioridade nos distritos de Santarém e Coimbra”, conclui Nuno Andrade Tomé.<br />
PROFIX<br />
A Profix, distribuída em Portugal pela empresa Catalgaia, posiciona-se no<br />
mercado que procura sistemas e produtos de qualidade e com preços acessíveis,<br />
sendo o foco acima de tudo na qualidade. A Profix está consciente da<br />
necessidade de evoluir no sentido mais ecológico sem prejudicar o rendimento<br />
dos sistemas de pintura bem como dos restantes produtos, tendo para o efeito<br />
reformulado alguns dos seus produtos. A gama é composta por sistemas de<br />
pintura de base solvente 1K e 2K, bem como de um sistema de base aquosa e<br />
uma ampla gama de anexos que complementam a gama, tendo ainda assim<br />
reduzido o fabrico de alguns catalisadores no intuito de simplificar e reduzir o<br />
uso dos mesmos. Recentemente adicionou um produto já existente no mercado<br />
(Bedliner), mas novo na sua gama. De nome BodyGuard, com duas versões,<br />
uma de cor preta e outra transparente tintavel. De fácil aplicação com vários<br />
tipos de pistola e ou de aplicação manual a rolo, é resistente a vários agentes<br />
químicos. A outra novidade é o lançamento da linha industrial de nome<br />
Simplex, dedicada ao setor industrial e automóvel. “A digitalização na nossa<br />
marca é já uma realidade com o sistema Profix Refinish System, que permite<br />
conectar o espectrofotómetro com a máquina misturadora automatizada MC<br />
Mix, utilizando um programa de cores online aumentando significativamente<br />
a eficiência do trabalho e precisão, eliminando possíveis erros humanos”, refere<br />
Alberto Pedrosa, gerente da Catalgaia. Para este ano está prevista a conclusão<br />
de um centro de formação, sendo que a Catalgaia dispõe desde há alguns anos<br />
assistência técnica aos seus clientes bem como formação certificada. “As nossas<br />
ações de formação são constantes visto que damos resposta às necessidades<br />
dos nossos clientes sempre que solicitados. A equipa dispõe de dois técnicos<br />
certificados que prestam o acompanhamento técnico necessário sempre que<br />
solicitado bem como para apresentação de novos produtos”, sublinha. A rede<br />
de distribuidores é constituída por dezassete empresas que têm tido no geral<br />
um desempenho muito positivo. Para Alberto Pedrosa, um dos maiores desafios<br />
do setor “é a fidelização dos clientes ao uso de uma só marca no processo<br />
de repintura. A maioria dos profissionais priorizam o preço produto a produto,<br />
quando deveriam verificar as vantagens não só da garantia da reparação (uma<br />
vez usada uma só marca), bem como o real valor económico”.
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
SINNEK<br />
A SINNEK é uma marca premium de tintas para carroçaria comprometida com a qualidade,<br />
a tecnologia e a cor. É um produto premium de especialistas para especialistas que procuram<br />
garantia e qualidade a um preço competitivo, o que lhes permite poupar custos e<br />
melhorar a sua rentabilidade, mantendo sempre um acabamento de alta qualidade nos<br />
trabalhos de repintura. A marca trabalha continuamente na procura <strong>das</strong> soluções mais<br />
eficazes para ajudar os seus clientes a obter a maior produtividade nos seus processos de<br />
repintura automóvel. SINNEK possui um sistema de pintura aquosa de duas cama<strong>das</strong> de<br />
altíssimo rendimento e grande capacidade de mistura. O seu excelente poder de cobertura<br />
e colorimetria facilitam a poupança no consumo de produto, ao mesmo tempo que<br />
permite obter uma elevada qualidade no acabamento final. Iker Ecenarro, responsável do<br />
mercado português, explica a origem da marca “SINNEK é o resultado do conhecimento<br />
e da visão de futuro da equipa de profissionais da Bernardo Ecenarro S.A., que com esta<br />
marca confirma a sua forte aposta na inovação, e que lhe permitiu tornar-se num dos<br />
principais atores do setor da repintura a nível europeu. O projeto foi desenvolvido e criado<br />
integralmente nos laboratórios de I&D da sede de Bernardo Ecenarro S.A., assim como no<br />
laboratório de colorimetria em Itália, composto por uma equipa de mais de 14 profissionais<br />
altamente qualificados e com experiência comprovada no setor da colorimetria automóvel,<br />
e criado exclusivamente para prestar serviço a esta nova marca”. A SINNEK possui<br />
um sistema de pintura de duas cama<strong>das</strong> à base de água com um desempenho muito<br />
elevado e uma grande capacidade de mistura. O seu excelente poder de cobertura e colorimetria<br />
facilitam a poupança no consumo de produto, ao mesmo tempo que permitem<br />
um acabamento final de alta qualidade. Além disso, está especialmente concebido<br />
para otimizar os tempos de aplicação e secagem dos diferentes processos de reparação,<br />
permitindo uma importante poupança energética e garantindo um acabamento perfeito<br />
do veículo. A oferta de produtos completa-se com uma gama de massas, enchimentos,<br />
vernizes, etc. que garantem um acabamento perfeito do veículo, um excelente brilho,<br />
aspeto e durabilidade. A mais recente novidade são os produtos revolucionários Ceramic<br />
Clearcoat Plus CC/1800 e o SPF/UV spray primer. A colorimetria é essencial, e a SINNEK<br />
oferece soluções digitais de alto desempenho para as oficinas. Tirou partido <strong>das</strong> últimas<br />
tecnologias para integrar um conjunto de ferramentas no seu sistema de repintura de<br />
duas cama<strong>das</strong>, concebido para facilitar a obtenção de uma excelente colorimetria de uma<br />
forma simples e intuitiva. Por um lado, dispõe de um poderoso software de gestão da cor.<br />
Uma ferramenta concebida para o profissional, que lhe permitirá melhorar os processos<br />
de trabalho na oficina, bem como ajudá-lo na gestão e controlo do seu negócio. Através<br />
de um interface fácil de utilizar, oferece acesso remoto a uma <strong>das</strong> mais extensas bases<br />
de dados de fórmulas de cor do mercado, garantindo a reprodução de qualquer variante<br />
existente. Por outro lado, está equipado com um espectrofotómetro de última geração.<br />
Uma ferramenta de alta qualidade e fácil de utilizar, especialmente concebida para facilitar<br />
a leitura da cor. Por fim, o laboratório de cor 24 horas, situado em Itália, oferece<br />
uma plataforma de apoio contínuo para a introdução de variantes de cor e a resolução de<br />
questões relaciona<strong>das</strong> com a cor. Um recurso de apoio essencial para os profissionais <strong>das</strong> oficinas<br />
com uma resposta rápida e eficaz. A SINNEK está a consolidar uma rede de distribuidores<br />
comprometidos com a marca, que apoiam fortemente o projeto e acreditam na sua visão. Além<br />
disso, a sua presença nas oficinas está a aumentar constantemente.<br />
SONNE<br />
A marca SONNE está posicionada no segmento que vulgarmente conhecemos como<br />
mid-market. É portanto um posicionamento de grande competitividade, dada a qualidade<br />
que o produto apresenta. A gama SONNE é um sistema integralmente à base<br />
de água, completamente compliant com a legislação atual em vigor para o setor<br />
automóvel. Trata-se de uma gama completa que inclui sistema de cor, todos os auxiliares<br />
e também vernizes de elevada qualidade, tendo uma gama muito completa.<br />
A mais recente novidade foi o lançamento de um novo verniz com características<br />
STANDOX<br />
Tintas Robbialac SA é representante exclusivo da marca Standox em Portugal, uma<br />
marca integrada no universo Axalta que dispõe de uma grande reputação no mercado<br />
da repintura automóvel. Recomendada pelos principais fabricantes de automóveis, a<br />
Standox oferece excelente tecnologia e vários sistemas de pintura, onde se destaca o<br />
Standoblue, o mais recente sistema Base Bicamada que combina perfeitamente com<br />
a atual gama de produtos da marca, sendo solução ideal para melhorar a eficiência,<br />
qualidade e desempenho <strong>das</strong> oficinas. Sistema desenvolvido para minimizar etapas e<br />
distrações, permitindo que os pintores se concentrem na obtenção de bons resultados.<br />
As propriedades inovadoras e ampla possibilidade de aplicação permite a obtenção<br />
de diversas vantagens importantes no dia-a-dia do pintor. Os produtos Standox apresentam<br />
assim a mais recente tecnologia Axalta, com um portfólio técnico robusto que<br />
engloba tecnologia e desenvolvimento de produtos com excelentes características (dureza,<br />
resistência, durabilidade, etc.), tecnologia de cores, suporte técnico fornecendo<br />
soluções sustentáveis compatíveis e cumpridoras dos regulamentos COV. De forma<br />
geral, em termos de produtos a gama Standox é composta por betumes, primários,<br />
aparelhos, esmaltes (de base aquosa e de base solvente), vernizes, respetivos endurecedores,<br />
diluentes e aditivos. Em termos de esmaltes, há sistemas de tintagem específicos<br />
para: veículos ligeiros (Standoblue e Standohyd Plus - base aquosa); veículos<br />
comerciais (Standofleet - base solvente); e indústria (Standofleet Indústria - base solvente).<br />
A gama Standox tem vindo a desenvolver-se para produtos tecnologicamente<br />
mais evoluídos, mais eficientes, mais amigos da saúde dos pintores e do ambiente.<br />
Privilegiam a qualidade, a redução dos tempos de secagem, a redução dos tempos<br />
de aplicação, a redução dos custos de energia, a simplicidade dos processos, o incremento<br />
da produtividade, da eficiência, da rentabilidade, e da satisfação dos clientes.<br />
Esta evolução tecnológica aplica-se a todos os produtos que compõem o esquema de<br />
pintura: betumes, primários, esmaltes e vernizes. A mais recente novidade a nível de<br />
produto é o verniz VOC Xtreme Plus K9600, estabelecendo um novo nível de qualidade.<br />
Perfeito para as oficinas que procuram e desejam aplicações eficientes, com alto<br />
rendimento e que também desejam reduzir custos operacionais. Através do Paintshop<br />
Cockpit integrado no Drivus (marca dos programas de consultoria Axalta), com ligação<br />
ao programa Standowin IQ já é possível fazer uma gestão oficinal no que diz respeito<br />
a gestão de tempos e workflow que permite potenciar recursos e processos de traba-<br />
34 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
topo de gama, que permite um acabamento ainda melhor face às soluções disponibiliza<strong>das</strong>. O<br />
sistema de gestão digital da cor designado, Color Integral System (CIS), apresenta uma série de<br />
soluções que apenas comparam com as marcas premium. É sem dúvida um ponto forte relativamente<br />
à concorrência, tratando-se de um software cloud-based, com uma <strong>das</strong> melhores bases<br />
de dados de cor que existem no mercado, e que permite também uma série de gestões a nível<br />
de oficina que aumentam a produtividade e rentabilidade do produto. A máquina de mistura<br />
é integralmente digital, e tem um funcionamento muito intuitivo e prático, que permite uma<br />
importante poupança de tempo, essencial para a produtividade da oficina. A SONNE tem um<br />
centro de formação técnica em Madrid, completamente equipado com cabine de pintura, e no<br />
qual realiza frequentemente ações de formação com clientes. “É algo que é intrínseco à forma<br />
de trabalhar da HELLA no mercado, e queremos de facto ser o parceiro técnico do nosso cliente,<br />
no qual poderá confiar e assegurar que se mantém atualizado face aos últimos desafios do<br />
mercado automóvel. Temos já várias formações agenda<strong>das</strong> para todo o ano de 2024. De resto,<br />
em média fazemos mais de 40 formações por ano, pelo que é algo permanente dentro do nosso<br />
centro de formação técnica”, sublinha Frederico Abecasis, responsável da marca em Portugal.<br />
A SONNE disponibiliza aos parceiros um pacote de serviços que passam pela formação, pela<br />
assistência técnica in-loco, um técnico dedicado a todo a divisão de química que assegura um<br />
serviço de alto nível não apenas a distribuidores, mas também a seus clientes, dando um suporte<br />
adequado a cada ocasião.<br />
lho através da monitorização de to<strong>das</strong> as etapas no processo de repintura. A Standox significa<br />
também tecnologia sendo este um pilar na marca que já tinha como prioridade a digitalização<br />
através de processos, serviços e ferramentas maioritariamente digitais. Atualmente quando se<br />
fala em colorística é inevitável falar do digital e <strong>das</strong> novas soluções de gestão de cor de última<br />
geração, desde o software Standowin IQ, que permite que todos os intervenientes no processo<br />
trabalhem com mais segurança, mais eficiência e de uma forma mais simples, ao espectrofotómetro<br />
Genius ou Acquire da Axalta, ferramenta ideal e “obrigatória” numa oficina de referência.<br />
“Sabemos que a digitalização é um processo de grande importância e que continuará a ser um<br />
tópico marcante no setor, tendo a consciência que são as oficinas que decidem a velocidade com<br />
a qual avançam no processo de digitalização, mas cabendo a nós garantir que as oficinas Standox<br />
têm disponíveis as ferramentas necessárias que permitam desenvolver e evoluir os seus negócios<br />
para o futuro, passo a passo”, afirma Diogo Pereira, diretor de marketing Tintas Robbialac. No que<br />
diz respeito à máquina de mistura, existiu uma grande evolução da Axalta, transversal às três<br />
marcas do grupo, com o lançamento do sistema Irus Mix, que permite um processo de gestão<br />
de cores totalmente digital. A Formação, sempre foi um marco da marca, que apresenta mais de<br />
60 Centros de Formação em 35 países, apoiando as oficinas a ampliar os seus conhecimentos e<br />
a descobrir novas técnicas e produtos. Em Portugal, não poderia ser diferente, desde 1986 que o<br />
Centro de Formação se encontra ativo, localizado<br />
na sede <strong>das</strong> Tintas Robbialac – representante<br />
oficial da marca Standox em Portugal - o Centro<br />
de Formação de Repintura Automóvel (CFRA)<br />
desempenha um papel importante, no apoio<br />
aos pintores ao nível dos processos e produtos<br />
bem como no apoio à gestão oficinal dada aos<br />
gestores de pós-venda e aos chefes de oficina<br />
de colisão. Tintas Robbialac SA e Standox<br />
apresentam uma rede de distribuição bastante<br />
consolidada, que conta com 12 lojas próprias<br />
Robbialac especializa<strong>das</strong> em repintura automóvel<br />
e com uma rede com mais de 20 distribuidores<br />
especializados, cobrindo a totalidade<br />
de Portugal continental e ilhas.<br />
SPIES HECKER<br />
A Spies Hecker é uma marca Premium de tintas que apresenta no seu portfólio de produtos<br />
soluções para todos os segmentos de mercado na área de repintura automóvel. A<br />
evolução dos materiais e sistemas da Spies Hecker vão sempre no sentido de proporcionar<br />
soluções às oficinas que as ajudem a ser mais rentáveis, quer proporcionando reparações<br />
mais rápi<strong>das</strong>, quer reduzindo o consumo energético. Neste contexto, o sistema<br />
Speed-TEC da Spies Hecker, destaca-se como a solução utilizada por muitas oficinas em<br />
Portugal e que se adapta às necessidades da oficina garantindo que o consumo de energia<br />
é significativamente reduzido e que os processos de trabalho são mais rápidos. Isto<br />
porque o sistema Speed-TEC utiliza a tecnologia patenteada da Axalta que tira partido da<br />
temperatura e humidade ambiente para acelerar o processo de secagem. Além disso, foi<br />
demonstrado que as oficinas que utilizam a gama completa de produtos podem reduzir<br />
os custos energéticos de funcionamento de uma cabina de pintura a gás direto em cerca<br />
de 75%. A Spies Hecker nos últimos anos tem vindo a apresentar diversos produtos e<br />
serviços assentes sempre na inovação. E porque é uma <strong>das</strong> marcas de repintura premium<br />
da Axalta, os clientes da Spies Hecker também beneficiam <strong>das</strong> inovações da Axalta. O<br />
equipamento estrela de momento é a Axalta Irus Mix, a máquina de mistura mais rápida,<br />
totalmente automática e completamente mãos-livres para a indústria de repintura automóvel.<br />
Proporciona cores e trabalhos muito precisos com uma inovadora embalagem<br />
Axalta, maximizando a rentabilidade e minimizando o impacto no ambiente, contribuindo<br />
para os clientes de repintura atingirem os seus objetivos empresariais. A Spies Hecker é<br />
pioneira nas soluções de digitalização da cor a 100%. Graças à tecnologia digital, a gestão<br />
de cores por meio da Phoenix Cloud é fiável, fácil de usar e simples. Sem fios, rápido,<br />
seguro e sempre com uma base de dados de fórmulas atualizada, o Phoenix Cloud é uma<br />
base de dados baseada na Web e a uma ligação Wi-Fi entre os diferentes dispositivos da<br />
oficina. Todo o processo, desde a leitura <strong>das</strong> cores e pesquisa de cores até à seleção da<br />
fórmula <strong>das</strong> cores, pode ser controlado a partir de qualquer lugar na oficina ou até no escritório.<br />
A formação é um dos pontos fortes da Spies Hecker. Por isso mesmo o seu centro<br />
de formação em Mem Martins dispõe sempre <strong>das</strong> últimas tendências em equipamentos<br />
e ferramentas, para que os clientes quando o visitam, possam conhecê-los e tirar o máximo<br />
partido deles. Além disso, a Axalta lançou recentemente a Axalta Academy, uma<br />
plataforma de formação global inovadora que permite aos pintores manter e melhorar<br />
as respetivas competências especializa<strong>das</strong> com uma formação de alta qualidade. A Spies<br />
Hecker tem a melhor e mais bem preparada rede de distribuição em Portugal no mercado<br />
de repintura automóvel. Uma rede de distribuição que trabalha com a Axalta há muitos<br />
anos numa parceria que visa servir e satisfazer as necessidades dos seus clientes. A Rede<br />
de Distribuição da Spies Hecker cobre todo o território nacional, dispõe de serviços logísticos<br />
eficientes e adaptados aos seus mercados, assistência técnica e equipas comerciais<br />
devidamente forma<strong>das</strong> e conhecedoras dos produtos que comercializam e utilizam. O<br />
acompanhamento técnico às oficinas é feito com uma equipa que cobre o todo o país. A<br />
parceria que a marca tem com a sua rede de distribuição, faz com que se posicione com<br />
uma marca que corresponde sempre às necessidades dos seus clientes. A Spies Hecker<br />
com a sua gama de produtos Speed-TEC, patenteada pela Axalta, há vários anos que disponibiliza<br />
aos seus clientes as ferramentas certas para os ajudar a ter uma atividade mais<br />
sustentável e amiga do ambiente.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 35
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
DISTRIBUIDORES<br />
ACRILAC<br />
A Acrilac trabalha com a marca Standox há mais de 30 anos. Para<br />
Mário Duarte Santos, diretor geral, a parceria entre ambas as empresas<br />
tem sido de valor acrescentado “Quem trabalha numa área<br />
com uma forte componente técnica como é a da pintura automóvel<br />
sabe que o serviço é muito importante e muito valorizado pelos<br />
diversos intervenientes. O serviço inclui uma série de itens: disponibilidade/<br />
entrega do produto, colorística, formação diversa<br />
(produto, aplicação, equipamentos, proteção pessoal, etc), auditorias<br />
de produto e de processo, após-venda, garantia da reparação,<br />
investimento, entre outros.” Tendo em conta que a maior parte dos<br />
clientes não faz stock e que as encomen<strong>das</strong> efetua<strong>das</strong> são para as<br />
necessidades do dia a dia, a Acrilac faz entregas diárias <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong><br />
nas oficinas. Em complemento ao vendedor que visita<br />
regularmente os clientes, a Acrilac dispõe de um Técnico que faz<br />
aplicações e demonstrações de produtos, que informa, que esclarece<br />
dúvi<strong>das</strong>, e que sempre que necessário, resolve problemas. Em<br />
complemento a Standox também dispõe de um vendedor que faz<br />
visitas regulares aos clientes. A formação de produtos e de colorística<br />
pode ser efetuada no Centro Técnico Acrilac, no Centro de Formação<br />
Standox, ou nas instalações dos próprios clientes. “O nosso<br />
compromisso com os clientes é a satisfação <strong>das</strong> suas necessidades<br />
fornecendo soluções de pintura de qualidade, eficazes, eficientes<br />
e rentáveis. Promover uma relação de fidelização e uma parceria<br />
comercial de longa duração, com valor acrescentado para ambas as<br />
partes”, refere Mário Duarte Santos. Durante o corrente ano 2024<br />
iremos inaugurar o novo Centro de Formação Acrilac, que será instalado<br />
num espaço maior (250 m2), equipado com os mais modernos<br />
equipamentos, e com uma disposição mais eficiente.<br />
ASB<br />
Foi a 1 de outubro de 1977 que nasceu a Álvaro<br />
de Sousa Borrego S.A., empresa dedicada à comercialização<br />
de tintas e consumíveis para a repintura<br />
automóvel. Trabalha com a Spies Hecker<br />
desde que a marca veio para Portugal no ano de<br />
1991. “É uma longa e saudável parceria, que nos<br />
oferece o conforto e confiança de comercializar<br />
uma marca de referência pela sua elevada qualidade<br />
e inovação sem rival”, refere Álvaro Sousa,<br />
diretor geral. A empresa comercializa toda a<br />
gama de produtos Spies Hecker, com soluções<br />
para todo o tipo de mercado: automóvel e indústria.<br />
Tem dois polos de distribuição em Lisboa e<br />
Cascais com viaturas próprias, e recorre também<br />
a serviços externos de empresas distribuidoras<br />
de mercadorias. O acompanhamento técnico às<br />
oficinas é feito com dois assistentes técnicos e<br />
duas viaturas ASB on Road para formação on-job<br />
e o serviço ASB Consulting. “O nosso compromisso<br />
com os clientes teve início em 1966 com<br />
o fabrico de boinas de polir. Em 1977 alargamos<br />
a gama de comercialização de produtos para a<br />
repintura automóvel, faz este ano 48 anos no dia<br />
1 de outubro. Sempre na base da construção de<br />
relações duradoiras, parcerias fortes, compreender<br />
as necessidades dos clientes, dar a solução,<br />
obter uma cadeia de valor trazendo benefícios às<br />
empresas e contribuindo para o nosso crescimento”,<br />
sublinha Álvaro de Sousa. A Álvaro de Sousa<br />
Borrego foi <strong>das</strong> primeiras empresas retalhistas<br />
de tintas a ser certificada com a norma ISO 9002<br />
em 2002 e depois com a ISO 9001 em 2003. “Uma<br />
<strong>das</strong> grandes preocupações que temos é darmos<br />
a ferramenta essencial ao cliente, sem que este<br />
tenha de sair do seu local de trabalho e de forma<br />
adequada às suas necessidades. Com o aumento<br />
dos custos da energia recomendamos que os<br />
nossos clientes deem preferência a produtos que<br />
permitam a redução do custo energético <strong>das</strong> cabines<br />
de pintura, produtos esses que já comercializamos<br />
e que no processo de secagem não necessitam<br />
de aquecimento da cabine de pintura.<br />
A formação tem sido também muito importante,<br />
e a Spies Hecker foi pioneira neste sentido ao ter<br />
um centro de formação aberto aos profissionais<br />
em Portugal. A Álvaro de Sousa Borrego tem contribuído<br />
muito com a assistência técnica on-job,<br />
e a adesão tem sido positiva”, conclui. Este ano<br />
2024 vai inaugurar um novo polo logístico, dotado<br />
de armazém, sala de formação e escritórios.<br />
36 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
AUTOFLEX<br />
A Autoflex iniciou a sua relação comercial com a Valentine na<br />
década de 80 do século passado, empresa que, após ser adquirida<br />
em 1990 pelo grupo alemão Herberts, praticamente de<br />
imediato lançou em Portugal a marca Spies Hecker. Foi desde<br />
essa primeira hora e fruto da excelente relação que já existia<br />
com a Valentine, que a Autoflex iniciou a distribuição da marca<br />
Spies Hecker nas zonas geográficas onde, até essa data, representava<br />
e comercializava os produtos produzidos na fábrica<br />
Valentine localizada na cidade do Porto. Quer pela qualidade<br />
dos seus produtos e serviços, quer pela notoriedade e prestígio<br />
internacional que muito contribui para a sua forte liderança<br />
no mercado de repintura nacional, a marca Spies Hecker e a<br />
multinacional que a representa, Axalta, constituem uma enorme<br />
mais-valia para o negócio global da Autoflex. “Trata-se<br />
de uma parceria “Axalta/Autoflex” muito estável, alicerçada<br />
numa forte relação de confiança entre ambas as organizações<br />
e entre os profissionais que as representam e também muito<br />
suportada pela excelência dos produtos e serviços que são disponibilizados”,<br />
sublinha Joana Silva, diretora técnica e comercial.<br />
A Autoflex considera fundamental para o sucesso da sua<br />
atividade empresarial, que o seu serviço logístico funcione de<br />
forma extremamente eficaz tanto ao nível da disponibilidade<br />
da totalidade dos produtos em armazém, como na sua rapidez<br />
de entrega nos clientes (revendedores e consumidores).<br />
Por esse facto e considerando que a sua distribuição opera<br />
em ambas vertentes, fornecimento à rede de revenda e venda<br />
direta ao consumidor, a Autoflex tem espalhados pelas suas<br />
zonas de intervenção no país, treze “pontos de venda” cada um<br />
com o seu próprio stock da totalidade dos produtos comercializados<br />
e ajustados às especificidades <strong>das</strong> características da região<br />
onde estão inseri<strong>das</strong> e do seu próprio negócio local. Para<br />
além destes “pontos de venda” próprios, existem ainda fortes<br />
relações comerciais com alguns revendedores autónomos<br />
que permitem “cobrir” com eficácia outras zonas mais afasta<strong>das</strong><br />
dos próprios locais de venda. “No Centro de Formação<br />
“Autoflex” localizado em Fiães, no Centro de Formação “Spies<br />
Hecker” localizado em Mem Martins e/ou nas próprias oficinas<br />
dos nossos clientes, o apoio técnico e comercial que é facultado<br />
pelas nossas equipas, é uma realidade permanente. O ADN<br />
da Autoflex desde a sua fundação mantém-se inalterável - seriedade,<br />
empenhamento e real contribuição para assegurar<br />
maior produtividade e eficácia do negócio – compromissos<br />
que todos os nossos “parceiros” de negócios podem continuar<br />
a contar e confiar”, conclui Joana Silva.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 37
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
CENTROCOR<br />
A Centrocor tem uma parceria de longa data com a Spies Hecker,<br />
que remonta à origem da marca em Portugal. Através desta parceria,<br />
a Centrocor oferece aos seus clientes uma gama completa de<br />
produtos e serviços de excelência, atendendo às suas necessidades<br />
específicas. A parceria com a Spies Hecker garante um elevado nível<br />
de qualidade de serviço e uma grande disponibilidade de produtos.<br />
A Centrocor possui uma equipa de técnicos especializados nos<br />
produtos da marca Spies Hecker que podem dar apoio às oficinas<br />
em qualquer questão técnica. A empresa tem sempre disponível<br />
um stock completo de produtos Spies Hecker, o que garante que as<br />
oficinas possam receber os produtos que necessitam de uma forma<br />
rápida e eficiente. Para tal possui uma equipa própria de estafetas<br />
e parcerias com empresas de logística que lhe permite assegurar<br />
entregas em todo o território nacional em menos de 24 horas. A<br />
frequência pode ser ajustada de acordo com as necessidades dos<br />
clientes. A Centrocor investe na formação e acompanhamento dos<br />
profissionais <strong>das</strong> oficinas, capacitando-os com o conhecimento<br />
necessário para utilizar os produtos de forma uma forma eficaz e<br />
eficiente. “Os nossos técnicos encontram-se sempre à distância de<br />
uma chamada para auxiliar no esclarecimento de dúvi<strong>das</strong> e problemas<br />
técnicos. Os nossos clientes são visitados frequentemente<br />
pelos nossos técnicos de modo a serem avalia<strong>das</strong> as necessidades<br />
que surgem no dia-a-dia dos profissionais e lhes sejam propostas<br />
soluções personaliza<strong>das</strong>”, refere Álvaro Magalhães, diretor geral. O<br />
compromisso da Centrocor com os seus clientes é oferecer produtos<br />
e serviços de alta qualidade a preços competitivos. “Comprometemo-nos<br />
a fornecer um atendimento ao cliente de excelência, com<br />
foco na agilidade, na eficiência e na construção de relações duradouras”,<br />
afirma o responsável. O compromisso com a excelência<br />
e qualidade tem sido a base do sucesso da empresa, o que para<br />
continuar necessitará de um investimento constante em tecnologia,<br />
formação da equipa e parcerias estratégias para fornecer os<br />
melhores produtos e serviços possíveis. “A dinamização do nosso<br />
Centro de Treino totalmente equipado será um dos principais projetos<br />
da Centrocor, onde serão realiza<strong>das</strong> frequentemente ações de<br />
formação <strong>das</strong> mais distintas áreas da reparação automóvel, com<br />
especial foco no setor da colisão. Em suma, 2024 será um ano para<br />
a Centrocor continuar a sua afirmação como uma empresa líder no<br />
setor e iremos continuar a apresentar novos projetos e conquistas<br />
à medida que avançamos no tempo”, conclui Álvaro Magalhães.<br />
GRAVITYPAINT<br />
A GravityPaint iniciou a parceria com a Cromauto<br />
em 2019, e desde então tem sido um fornecedor<br />
muito importante para a empresa. “Têm-nos proporcionado<br />
um excelente apoio técnico, logístico<br />
e comercial, o que nos tem ajudado no mercado<br />
e junto dos nossos clientes”, afirma Mário Rui<br />
Ferreira, diretor geral, que acrescenta “Tal como<br />
as outras parcerias que temos com os nossos<br />
fornecedores, priorizamos sempre a qualidade,<br />
a fiabilidade e também uma logística eficiente.<br />
E encontramos tudo isso na Cromauto, pois em<br />
48 horas rececionamos as encomen<strong>das</strong> no nosso<br />
armazém.” Desde o início que a GravityPaint sempre<br />
defendeu o conceito de “respeitar o sistema<br />
de produtos da marca”. Isto é, aconselha sempre<br />
os seus clientes a utilizar os produtos da marca<br />
que elegerem para trabalhar nas suas oficinas,<br />
desde o betume até ao produto de acabamento.<br />
Tem disponível em stock cerca de 95% da gama<br />
de produtos Cromauto. Um serviço de proximidade<br />
e uma logística rápida também fazem parte do<br />
ADN da GravityPaint, por isso os seus clientes podem<br />
contar com entregas bi-diárias de segunda a<br />
sexta-feira. Além dos comerciais estarem habilitados<br />
para prestar os principais esclarecimentos<br />
sobre os produtos e equipamentos que comercializa,<br />
também dispõe do apoio dos técnicos <strong>das</strong><br />
marcas que representa, sejam eles nacionais ou<br />
estrangeiros. Qualidade, competência, profissionalismo,<br />
inovação e proximidade são os pilares do<br />
compromisso que a GravityPaint tem com os seus<br />
clientes. Para este ano está agendado um novo<br />
evento “Open Day”, nas instalações da Venda do<br />
Pinheiro, assim como a concretização de uma<br />
parceria com um fabricante de sistemas de robotização<br />
auto e industrial.<br />
38 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
GRUPO SF<br />
O grupo SF (Atlanticomix S.A.) trabalha com a marca Sikkens há<br />
alguns anos, o que lhe permitiu consolidar uma parceria estratégica<br />
crucial para o crescimento e sucesso global do Grupo. “A marca<br />
Sikkens é uma marca fundamental para o nosso negócio, pois oferece<br />
produtos de alta qualidade que satisfazem as necessidades dos<br />
nossos clientes e além disso a sua reputação traz-nos tranquilidade<br />
com o seu enorme know how no mercado da repintura”, refere Filipe<br />
Soledade COO do Grupo SF. Esta parceria define-se pela excelência na<br />
qualidade dos produtos e na disponibilidade dos mesmos. “A Sikkens<br />
é reconhecida pela sua qualidade superior e pela ampla gama de<br />
produtos disponíveis, o que nos permite oferecer um serviço de<br />
primeira classe aos nossos clientes além da logística e equipas que<br />
dispomos no grupo, preparados para ajudar o cliente no dia a dia”,<br />
refere o responsável. A logística de entrega <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> é gerida<br />
de forma eficiente, garantindo entregas pontuais e fiáveis às oficinas.<br />
O acompanhamento técnico é cada vez mais importante e por isso<br />
disponibiliza uma equipa com conhecimentos técnicos para prestar<br />
suporte sempre que necessário. Além disso, aposta muito na formação<br />
local (on job) e no centro de formação Sikkens. Aproveita as redes<br />
sociais e o site para divulgar to<strong>das</strong> as novidades de modo a garantir<br />
que as oficinas estejam sempre atualiza<strong>das</strong>. “O nosso compromisso<br />
com os clientes é fornecer produtos e serviços da mais alta qualidade,<br />
além de um atendimento personalizado e soluções adapta<strong>das</strong> às<br />
suas necessidades específicas. Estamos empenhados em estabelecer<br />
parcerias a longo prazo com os nossos clientes, tento em base a<br />
confiança, transparência e integridade”, afirma Filipe Soledade. Para<br />
2024, o Grupo SF aposta numa parceria nova em produtos Non Paint,<br />
que visa a dar novas soluções ao mercado, mas com uma aposta<br />
forte na formação. “Em parceria com a Sikkens, estamos numa fase<br />
avançada de transição para o Mixit Cloud nos nossos clientes, a nova<br />
ferramenta de identificação e busca de cores digital. Esta plataforma<br />
proporciona uma experiência rápida e fácil para encontrar a cor certa<br />
online, oferecendo resultados de pesquisa precisos e instantâneos.<br />
Fortalece ainda mais nossa capacidade de oferecer soluções completas<br />
e eficazes aos nossos clientes, garantindo resultados de alta<br />
qualidade e eficiência em cada etapa do processo de repintura automóvel”,<br />
conclui Filipe Soledade.<br />
QUIMIREGUA<br />
A Quimiregua trabalha com a marca Spies Hecker<br />
há mais de 40 anos, ainda do tempo da Valentine,<br />
e representa uma fatia importante da faturação<br />
anual da empresa. Esta parceira já longa deve-se<br />
muito à qualidade e alta tecnicidade dos produtos,<br />
o que lhe permite ir para o mercado com a<br />
confiança total na qualidade de serviço que pode<br />
oferecer aos seus clientes. A gama de produtos da<br />
Spies Hecker é bastante alargada e abrangente, o<br />
que permite cobrir quase to<strong>das</strong> as necessidades<br />
do mercado de repintura automóvel em Portugal.<br />
Desde a linha Permafleet até à linha Hi-Tec<br />
passando pela linha Speed-Tec, tem a solução<br />
necessária e adequada a qualquer tipo de reparação.<br />
Recentemente foi lançada pela Spies Hecker,<br />
a primeira máquina 100% automática, a Irus Mix,<br />
que será um modelo revolucionário nesta matéria<br />
e que dará ainda uma maior alavancagem à digitalização<br />
nas oficinas. Servir o cliente com rapidez<br />
e eficiência é o principal objetivo da Quimiregua<br />
“Neste momento temos duas pessoas afetas à<br />
distribuição diariamente. Fazemos duas entregas<br />
na parte da manhã e mais duas entregas na parte<br />
da tarde. Além disso ainda temos um serviço<br />
diário de envio de mercadoria por transportadora<br />
para clientes mais afastados da nossa delegação”,<br />
afirma Pedro Meira Ferreira, diretor comercial. A<br />
assistência técnica é outro pilar fundamental na<br />
orgânica da Quimiregua. “Damos muita importância<br />
a essa vertente, pois consideramos um aspeto<br />
fundamental na forma como vemos o mercado e<br />
como queremos ser percecionados pelos nossos<br />
parceiros”, sublinha o responsável, que acrescenta<br />
“O nosso compromisso com os clientes passa por<br />
cada vez mais sermos um parceiro altamente especializado,<br />
que permite que os nossos clientes<br />
confiem na Quimiregua e em toda a sua organização.<br />
Para tudo isto acontecer, temos uma sinergia<br />
em todos os departamentos da empresa, com o<br />
maior foco na parte comercial, logística, técnica e<br />
distribuição, para que nunca falte nada aos nossos<br />
clientes”.<br />
40 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ESPECIAL<br />
REPINTURA<br />
MOZELTINTAS<br />
A parceria entre a Mozeltintas e o grupo Akzo Nobel, tem mais de 15<br />
anos. Esta ligação tem permitido um crescimento sustentável, com<br />
uma gama de produtos alargada e de qualidade premium. Estando<br />
os produtos Sikkens homologados pelas principais marcas automóveis<br />
no mercado, permite que a empresa esteja também presente em<br />
concessionários. “Sendo o grupo Akzo Nobel um dos líderes mundiais<br />
no ramo da repintura automóvel, permite-nos estar sempre na vanguarda<br />
da inovação de produtos, bem como ter atualizações constantes.<br />
Quer a nível comercial como técnico tem havido um grande<br />
apoio para divulgação e acompanhamento”, afirma António Sousa,<br />
sócio-gerente da Mozeltintas. A gama de produtos Sikkens comercializada<br />
pela empresa é bastante alargada e muito completa. O<br />
acompanhamento técnico às oficinas é muito importante, por isso<br />
António Sousa pretende que “os clientes olhem para nós, não como<br />
uma empresa que só vende produtos, mas como uma empresa que<br />
está ao lado dos profissionais. Para aconselhar quando têm dúvi<strong>das</strong><br />
ou ajudar a mudar processos ou produtos, quando os que têm não<br />
estão a tirar o proveito adequado”. Para isso, além dos técnicos da<br />
marca, a empresa possui um técnico próprio para ajudar no dia-a-dia<br />
dos seus clientes. A Mozeltintas possui também um centro de formação<br />
moderno e do mais atualizado, para dar resposta aos clientes<br />
no que necessitarem, como testar novos métodos de trabalho ou<br />
produtos. Tem desenvolvido junto com os fornecedores, formações<br />
específicas em diversas áreas para os seus clientes, as quais têm<br />
tido uma boa adesão e aproveitamento. O compromisso da empresa<br />
com os clientes “é sempre o mesmo que nos levou até onde estamos<br />
hoje, sermos sérios e competentes com os nossos clientes, oferecer<br />
os produtos mais adequados para cada oficina, para podermos servir<br />
com a melhor relação qualidade/preço. Sempre aliado a um acompanhamento<br />
técnico/ comercial constante”, salienta António Sousa.<br />
Em 2024 pretende cimentar a parceria como grupo Akzo Nobel, com<br />
a entrada de diversos produtos da Dynacoat, uma marca do grupo<br />
com grande qualidade/preço. A empresa irá também apostar mais<br />
nas formações e em processos de reparação, no sentido de ajudar as<br />
oficinas a melhorar.<br />
LTINTAS<br />
A LTintas comemorou 46 anos de atividade ligados<br />
ao comércio de produtos para oficinas de colisão.<br />
Quatro déca<strong>das</strong> e meia depois da sua fundação, a<br />
empresa da Margem Sul conta com cinco lojas: Feijó<br />
(sede), Laranjeiro, Corroios, Beja e Évora. Dispõe de<br />
toda a gama de produtos, equipamentos e consumíveis<br />
para oficinas de repintura automóvel e é<br />
distribuidor <strong>das</strong> tintas Spies Hecker desde o início<br />
da atividade, onde se destaca o sistema Speed-TEC<br />
que inclui os seguintes produtos: Aparelho Rápido<br />
Permasolid Speed-TEC Molhado sobre Molhado<br />
5550, Aparelho Rápido Permasolid Speed-TEC 5500<br />
e Verniz Rápido Permasolid Speed-TEC 8810. Todos<br />
estes produtos podem ser usados com a Base<br />
Bicamada Permahyd 280/285/286 ou com a Base<br />
Bicamada Permahyd Hi-TEC 480 que permitem<br />
realizar reparações num tempo recorde. Aumentar<br />
a produtividade, reduzir o consumo energético e ao<br />
mesmo tempo melhorar a rentabilidade da oficina,<br />
são premissas que fazem parte <strong>das</strong> soluções que a<br />
Spies Hecker tem para as oficinas. Graças à tecnologia<br />
digital, a gestão de cores por meio da Phoenix<br />
Cloud é fiável, fácil de usar e simples. Isto tem um<br />
efeito positivo nas operações de uma oficina e facilita<br />
o trabalho dos pintores. A formação é um dos<br />
pontos fortes da LTintas, que dispõe de um centro<br />
nas suas novas instalações de Santa Marta de Corroios.<br />
Neste centro de formação totalmente equipado<br />
com as últimas tendências em equipamentos e<br />
ferramentas, a LTintas tem realizados diversas ações<br />
para os clientes, designadamente demonstrações<br />
de equipamentos, apresentação de novidades e<br />
formações específicas sobre determina<strong>das</strong> áreas,<br />
seja de gestão oficinal ou técnicas de aplicação de<br />
tintas e polimento. O slogan da empresa – “Temos<br />
experiência, garantimos soluções!” – transmite a<br />
maneira da LTintas estar no mercado, sendo que a<br />
experiência permite garantir que nenhum cliente<br />
fique sem o aconselhamento ou solução indicada<br />
para a sua necessidade. “Contamos com a nossa<br />
equipa de especialistas na área e os nossos parceiros<br />
para continuar a desenvolver a nossa atividade<br />
comercial e de assistência técnica junto dos clientes,<br />
ajudando-os a tirar partido da era digital que<br />
atravessamos, de modo a rentabilizar o seu negócio.<br />
Pretendemos introduzir mais marcas e linhas<br />
de produtos complementares aos equipamentos de<br />
chapa e consolidar as nossas lojas, mas sempre com<br />
os olhos postos no futuro e nesse sentido está previsto<br />
alargar a nossa zona de abrangência geográfica<br />
com a criação de uma nova loja”, refere Bruno<br />
Pereira, diretor geral da LTintas.<br />
42 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
MONDEGOPEÇAS APRESENTA<br />
NOVA FERRAMENTA<br />
DE TRABALHO ÀS OFICINAS<br />
No mês abril, a Mondegopeças apresentou aos seus clientes uma máquina de manutenção<br />
para caixas automáticas da Motul – a MotulEvo. “Aos dias de hoje, a<br />
caixa automática não é apenas um elemento de conforto, mas sim um equipamento<br />
de série em muitas viaturas que permite reduzir consumos e aumentar a eficiência<br />
do motor, e consequentemente, reduzir emissões de CO2”, explicou a empresa<br />
em comunicado. Tendo em conta esta premissa, é necessário preparar as oficinas para<br />
a manutenção <strong>das</strong> caixas automáticas, que, tal como o circuito de óleo de motor, o circuito<br />
de refrigeração ou o circuito de óleo de travões, a caixa de velocidades automática<br />
também carece de manutenção. Neste sentido, a Mondegopeças, reuniu alguns dos seus<br />
clientes para demonstrações deste equipamento, efetuando a manutenção <strong>das</strong> caixas<br />
automáticas em quatro viaturas diferentes. “Os clientes demonstraram muito interesse<br />
nesta ferramenta dado que permite acrescentar serviço à oficina e uma mais valia para o<br />
seu cliente que precisa de fazer a manutenção da caixa automática”, concluiu.<br />
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A MELHOR.<br />
ANUNCIAM PARCERIA ESTRATÉGICA<br />
FUCHS e Mercedes Benz | Para criar um futuro mais verde, a FUCHS SE e a Mercedes-<br />
-Benz Global Customer Service & Peças, assinaram um contrato de colaboração a 28 de março. “Esta<br />
parceria estratégica é uma excelente notícia para os nossos clientes, já que se juntaram duas empresas<br />
líderes com uma longa tradição e fortes investimentos em Investigação & Desenvolvimento. Uni<strong>das</strong><br />
pela mesma missão, a FUCHS e a Mercedes-Benz vão ditar novos standards”, explicou André Castro<br />
Pinheiro, diretor automotive da FUCHS. A parceria entre o Grupo FUCHS, o maior fabricante independente<br />
de lubrificantes do mundo, e a Mercedes-Benz Global Customer Service & Peças representa um<br />
salto significativo no avanço tecnológico, qualitativo e sustentável no setor automóvel. O foco está na<br />
redefinição dos padrões de lubrificação para disponibilizar aos clientes da Mercedes-Benz soluções<br />
personaliza<strong>das</strong> com desempenho otimizado. Nas palavras de Andreas Jörg, Diretor de Customer Service<br />
& Peças da Mercedes-Benz, «a nossa parceria estratégica com a FUCHS SE é uma excelente oportunidade<br />
para reforçar o compromisso com os nossos clientes e colaborar com tecnologias inovadoras<br />
que irão moldar o futuro da mobilidade e da experiência do cliente».<br />
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DELPHI | Com o objetivo de melhorar a experiência de todos os utilizadores, a Delphi decidiu<br />
renovar o seu website, com um design totalmente novo, em espanhol, e com um conjunto de novas<br />
soluções avança<strong>das</strong> (www.delphiaftermarket.com). Desta forma, a empresa destaca a sua aposta<br />
constante na inovação e na prestação de assistência qualificada na língua materna dos distribuidores,<br />
técnicos e oficinas. Um dos destaques do novo site é a seção “Masters of Motion”, uma plataforma<br />
digital com tutoriais, dicas técnicas e diversos recursos que visam oferecer suporte e formação técnica<br />
na área <strong>das</strong> tecnologias automobilísticas atuais e futuras. Esta iniciativa reflete a aposta da Delphi na<br />
formação contínua e no desenvolvimento de competências, com o objetivo de que as oficinas estejam<br />
adequadamente prepara<strong>das</strong> para enfrentar os desafios do presente e do futuro na reparação e manutenção<br />
de veículos. O catálogo eletrónico e de fácil acesso diretamente na página inicial, simplifica a<br />
procura e seleção de peças, melhorando assim a eficiência e a precisão na identificação dos componentes<br />
necessários para cada reparação ou substituição.<br />
Normas internacionais, raízes<br />
alemãs e máxima precisão – três<br />
razões pelas quais os clientes em<br />
todo o mundo depositam a sua<br />
confiança na nossa tecnologia de<br />
travagem.<br />
ATE. Desenvolvida na Alemanha.<br />
www.ate-brakes.com
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
RENOVA CERTIFICADO IATF<br />
16946 COMO FABRICANTE OE<br />
INAUGURA NONA OFICINA FRANQUEADA EM PORTUGAL<br />
Mi<strong>das</strong> | A MIDAS abriu em Guimarães a sua nona oficina em regime de franquia em Portugal. Desde o dia 25 de março de 2024,<br />
que a cidade berço passou a poder contar com a sua primeira oficina da marca especialista em manutenção automóvel multimarca. Sob<br />
gestão da empresa Mainstation, esta oficina auto marca a terceira parceria entre a Mi<strong>das</strong> Portugal e o Grupo Maintarget, S.A, depois <strong>das</strong><br />
aberturas em Braga e Viseu, bem como o regresso da Mi<strong>das</strong> a Guimarães. Estrategicamente localizada na Rua Rodovia de Covas, uma<br />
movimentada zona da cidade, e contando com uma equipa de técnicos especializados e as mais avança<strong>das</strong> ferramentas de manutenção<br />
automóvel, a Mi<strong>das</strong> Guimarães assegura aos condutores vimaranenses e às suas viaturas um serviço de qualidade superior. Para anunciar<br />
a abertura naquela que é uma <strong>das</strong> cidades chave na estratégia da marca no nosso país, e para reforçar um dos seus principais valores,<br />
a sustentabilidade, a Mi<strong>das</strong> apostou na decoração integral de um autocarro urbano elétrico, que circulará por toda a cidade ao longo de<br />
mais de 6 meses. A este meio, juntam-se ainda outdoors e a habitual comunicação nas redes sociais.<br />
SIDEM | A Sidem, fabricante de peças de direção e suspensão para a<br />
indústria automóvel de pós-venda, para marcas como a Porsche e McLaren,<br />
renovou o certificado IATF 16949, um selo de qualidade que permite<br />
consolidar a confiança dos clientes e parceiros no mercado. IATF 16949<br />
é uma norma de gestão de qualidade desenvolvida pela International<br />
Automotive Task Force (IATF), que garante o cumprimento dos requisitos<br />
de qualidade em todo o mundo. Esta certificação garante que fabricantes<br />
como a Sidem, atendam aos rigorosos padrões estabelecidos pelos<br />
principais fabricantes de automóveis. A Sidem revelou estar “orgulhosa<br />
por ser detentora da certificação IATF”, segundo o comunicado. Para os<br />
clientes, esta certificação IATF significa que as peças Sidem são fabrica<strong>das</strong><br />
de acordo com os mais rígidos padrões da indústria, pelo que o<br />
cliente pode confiar na durabilidade, confiabilidade e desempenho de<br />
cada produto”, esclareceu. “Temos orgulho em fazer parte da cadeia de<br />
fornecimento de algumas <strong>das</strong> marcas de automóveis mais respeita<strong>das</strong><br />
do mundo como fornecedores OEM: Porsche e McLaren”, acrescentou.<br />
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Dica<br />
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ESTE VERÃO, MAXIMIZE A EFICIÊNCIA<br />
DA SUA OFICINA COM O PROGRAMA<br />
DE TESTE DE BATERIAS DA VARTA<br />
Com o Verão à porta, as oficinas mecânicas desempenham um<br />
papel crucial na preparação dos veículos para enfrentar o calor<br />
intenso que se avizinha. Um dos pontos de maior preocupação<br />
nesta época é a saúde da bateria. A bateria é um componente vital<br />
para o funcionamento do veículo, fornecendo energia não apenas<br />
para o arranque do motor, mas também para alimentar os sistemas<br />
elétricos e eletrónicos do carro. Com o aumento <strong>das</strong> temperaturas,<br />
a bateria está sujeita a um desgaste acelerado e a um maior risco de<br />
falhas, devido ao stress térmico e ao aumento do consumo de energia<br />
para manter o sistema de ar condicionado em funcionamento. Assim,<br />
recomendar uma verificação da bateria revela-se fundamental para<br />
evitar contratempos aos clientes e garantir a fiabilidade do veículo<br />
durante os meses mais quentes do ano.<br />
A VARTA, reconhecida pela excelência em baterias automóveis, oferece<br />
um apoio valioso às oficinas através do seu Programa de Teste<br />
de Baterias. Este programa, integrado no VARTA Partner Portal,<br />
auxilia os mecânicos no diagnóstico do estado da bateria dos veículos.<br />
Ao aderir a este programa, as oficinas não só demonstram o<br />
seu compromisso com a segurança e a satisfação dos clientes, como<br />
também fortalecem a sua reputação como locais de confiança e dedicados<br />
à manutenção preventiva.<br />
Tornar-se parte da rede VARTA traz igualmente vantagens adicionais.<br />
Ao inscrever a sua oficina na ferramenta de Pesquisa de Parceiros da<br />
VARTA, é possível angariar mais clientes, expandindo assim o alcance<br />
do negócio. Além disso, ao fazer parte desta rede, as oficinas têm acesso<br />
às últimas novidades da marca, conteúdo informativo e formações<br />
especializa<strong>das</strong>. Isso permite manter-se atualizado sobre as melhores<br />
práticas e as mais recentes tecnologias no setor de baterias automóveis,<br />
garantindo um serviço de alta qualidade e fiabilidade aos clientes.<br />
Para mais informações ative o QR Code.<br />
Publireportagem
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
ABRE 31ª LOJA EM PORTUGAL<br />
Würth | A Würth, especialista no fornecimento de produtos e serviços de fixação e montagem, celebrou o<br />
seu 50º aniversário em Portugal com a expansão da sua rede, com a abertura da sua 31ª loja em Alverca, reforçando<br />
a sua presença no mercado nacional e proximidade aos clientes. Com 50 anos de experiência no mercado<br />
português, a Würth destaca-se pela sua ampla gama de produtos e serviços para profissionais, abrangendo áreas<br />
como fixação e montagem, ferramentas, químicos, ferragens, materiais de isolamento, vestuário de trabalho, entre<br />
outros. A empresa investe na expansão estratégica da sua rede de lojas, com foco na proximidade aos clientes<br />
e na satisfação <strong>das</strong> suas necessidades. A nova loja em Alverca está localizada na Rua da Juventude 1, Loja r/c Esqº,<br />
e conta com uma equipa experiente e dedicada a oferecer um atendimento de excelência. As Lojas Würth oferecem<br />
um atendimento especializado, com vendedores experientes que podem aconselhar e responder às questões<br />
sobre os produtos e serviços. A ampla gama de produtos, com mais de 3 mil referências diferentes, permite que os<br />
clientes encontrem tudo o que precisam num só lugar.<br />
APRESENTA O CITADINO MODERNO<br />
CITROËN C3<br />
Leaseway Portugal | Por apenas 249 euros por mês (com seguro de danos<br />
próprio e IVA incluído), a Leaseway Portugal possibilita a todos os seus clientes uma experiência<br />
única no Citroën C3 - 1.2 PURETECH 110cv S&S PLUS cvm6, durante 24 meses. A<br />
Leaseway, é uma multinacional francesa líder de mercado, com 18 anos de experiência em<br />
fornecer soluções de renting de veículos de cortesia para oficinas. Desde 2022, tem vindo a<br />
expandir os seus serviços para novos mercados, trazendo a sua experiência para Espanha,<br />
Itália e em Portugal desde junho de 2023. “Na Leaseway, estamos comprometidos em fornecer<br />
às oficinas de todo o país uma imagem diferenciada, contribuindo para a mobilidade dos<br />
seus clientes e da sua satisfação. Trabalhamos exclusivamente com viaturas novas, do segmento<br />
económico, e oferecemos ren<strong>das</strong> competitivas para garantir que a sua oficina tenha<br />
acesso às melhores opções de mobilidade para seus clientes”, afirmou a Leaseway Portugal<br />
em comunicado. Deste modo, a empresa apresenta o citadino moderno Citroën C3, disponível<br />
por 249 euros por mês (com seguro de danos próprio e IVA incluído), durante 24 meses.<br />
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NOVOS<br />
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CRIA CERTIFICADO DISTINTIVO “PEÇA VERDE”<br />
ANCAV | Foi no passado dia 21 de março, no Hotel Villa Batalha, que a ANCAV – Associação Nacional<br />
dos Centros de Abate de Veículos, organizou um evento para a apresentação da certificação “Peça<br />
Verde”, na presença de diversas entidades que caracterizaram a atual vertente ambiental e económica<br />
no setor. Para dar início ao evento, Vitor Pereira, Presidente da ANCAV, começou por contextualizar<br />
o projeto, referindo que a marca inovadora “Peça Verde”, consiste numa nova certificação de centros<br />
de abate que visa dotar os mesmos de uma chancela diferenciadora de carácter técnico e ambiental.<br />
Além disso, esta diferenciação irá legitimar a utilização de peças verdes quer pelo público geral quer<br />
por reparadores institucionais, tais como, companhias de seguro, reparadores oficiais de automóveis e<br />
outros canais de distribuição. Para Gracinda Marote, da APA - Agência Portuguesa do Ambiente “esta<br />
certificação é uma iniciativa que, para nós, se enquadra dentro daquilo que são os princípios da economia<br />
circular”. Segundo José Amaral, da Valorcar “nós temos como objetivo maximizar a circularidade<br />
dos veículos, e esta iniciativa vem mostrar que estamos no caminho certo”.<br />
DINAMIZA CONVENÇÃO<br />
COM DISTRIBUIDORES DE LUBRIFICANTES<br />
CEPSA | Sob o lema “Juntos criamos mais valor”, a Cepsa promoveu uma convenção que juntou os<br />
seus distribuidores de lubrificantes na Serra da Estrela, durante dois dias. Durante o encontro, a Cepsa<br />
apresentou a sua estratégia e objetivos para 2024 no que respeita ao negócio dos lubrificantes, tendo<br />
ainda contado com uma apresentação da GiPA, empresa de estudos de mercado especializada no pós-<br />
-venda automóvel, que incidiu sobre as alterações do mercado automóvel em Portugal e respetivo impacto<br />
no negócio dos distribuidores de lubrificantes. “A convenção tem por objetivo oferecer aos nossos<br />
distribuidores de lubrificantes a oportunidade única de se familiarizarem com a estratégia da Cepsa para<br />
o mercado português e, simultaneamente, refletirmos, em conjunto, sobre os desafios do setor”, afirmou<br />
João Madeira, Diretor Comercial de Lubrificantes Cepsa. Na ocasião foram, também, homenageados dois<br />
distribuidores com um troféu de 20 anos de atividade: a Trofoil e a Man S. Miguel.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 49
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
TORNA-SE DISTRIBUIDOR<br />
OFICIAL DA KRAFTWERK TOOLS<br />
FORWINNERS | Desde o dia 1 de abril de 2024, que a Forwinners<br />
passou a ser o distribuidor oficial para Portugal da marca Kraftwerk<br />
Tools. Fundada em 1979 na Suíça, é uma marca que opera internacionalmente<br />
na área <strong>das</strong> ferramentas manuais profissionais e equipamentos<br />
oficinais. Desde então, tem permanecido sob propriedade Suíça, e<br />
a partir de 2016 tornou-se propriedade de Alexander Pieper. Ao longo<br />
dos últimos 45 anos, a empresa não só cresceu em termos de gama de<br />
produtos, como também se expandiu internacionalmente, inclusive no<br />
mercado português. “A Kraftwerk procura uma constante inovação, qualidade<br />
e satisfação do cliente na sua jornada para o futuro”, afirmou a<br />
Forwinners em comunicado.<br />
ELEITA MELHOR MARCA DE TRAVÕES PELA 11ª VEZ<br />
BREMBO | Como parte dos prestigiados prémios BEST CARS 2024 da Auto Motor und Sport , os condutores, maioritariamente da<br />
Alemanha, votaram nas melhores marcas em 26 categorias relaciona<strong>das</strong> com produtos e serviços – e a Brembo conquistou o 1º lugar<br />
na classe “Travões/pastilhas de travão” –, obtendo 72,7% dos 92.798 votos enviados. A extensa pesquisa, realizada por um dos maiores<br />
títulos de automobilismo da Europa, veio consolidar ainda mais a reputação da Brembo como a marca de travões para automóveis e<br />
motos mais reconhecida e acarinhada. O prémio dos leitores da Auto Motor und Sport marca a 11ª vez em 13 anos que a Brembo vence<br />
esta categoria. Segue-se também uma série de outros prémios que elegeram a Brembo como os melhores travões da Alemanha. Só em<br />
2023, a Brembo conquistou o primeiro lugar em sete pesquisas de “Melhor Marca” conduzi<strong>das</strong> pela editora global de automobilismo e<br />
motos Motor Presse Stuttgart, nos seus respeitados títulos “Auto Motor und Sport”, “Sport Auto”, “Motorsport aktuell”, “Motorrad” e “PS<br />
Sport-Motorrad Magazin”. No total, a Brembo conquistou 90 prémios semelhantes nos últimos anos.<br />
CLARIOS<br />
NOMEADA COMO UMA DAS<br />
EMPRESAS MAIS ÉTICAS DE 2024<br />
A<br />
Clarios, uma <strong>das</strong> maiores fabricantes de baterias para automóveis do mundo, foi<br />
reconhecida pela Ethisphere, líder global na definição e promoção de práticas comerciais<br />
éticas, como uma <strong>das</strong> “Empresas Mais Éticas de 2024”, pelo segundo ano<br />
consecutivo. “Estamos imensamente orgulhosos de receber essa honra pela segunda vez<br />
consecutiva, o que ressalva o nosso compromisso inabalável de manter os mais altos padrões<br />
de ética, conformidade e governação”, afirmou Mark Wallace, presidente e CEO da<br />
Clarios. “Esta conquista é uma prova da dedicação dos quase 16 mil membros da nossa<br />
equipa em todo o mundo que incorporam os nossos valores e impulsionam a nossa missão<br />
de fazer o que é certo para os nossos funcionários, clientes, comunidades e o planeta”,<br />
acrescentou. “As empresas que elevam as melhores culturas de ética e integridade nesta<br />
categoria estabelecem um padrão de cidadania corporativa a ser seguido pelos seus pares e<br />
concorrentes. Este reconhecimento reafirma a importância fundamental da ética no cenário<br />
atual dos negócios”, comentou Erica Salmon Byrne, presidente Executiva e Diretora de<br />
Estratégia da Ethisphere.<br />
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Entrevista<br />
ÁLVARO DE LA CRUZ<br />
DIRETOR DE COMUNICAÇÃO DA FIGIEFA<br />
ACREDITAMOS<br />
NUM<br />
AFTERMARKET<br />
COMPETITIVO<br />
A FIGIEFA (ASSOCIAÇÃO INDEPENDENTE DOS DISTRIBUIDORES DE<br />
AFTERMARKET AUTOMÓVEL) TEM TIDO UM PAPEL FUNDAMENTAL<br />
NA DEFESA DA CONCORRÊNCIA DO SETOR DO PÓS-VENDA<br />
AUTOMOTIVO, COM ESPECIAL ENFOQUE NAS OFICINAS<br />
INDEPENDENTES E MULTIMARCA. EM ENTREVISTA AO JORNAL<br />
DAS OFICINAS, ÁLVARO DE LA CRUZ, DIRETOR DE COMUNICAÇÃO<br />
DESTA ENTIDADE, ABRIU O JOGO SOBRE O QUE TEM SIDO FEITO E<br />
OS GRANDES OBJETIVOS DA FIGIEFA PARA OS PRÓXIMOS ANOS<br />
Baseada em Bruxelas, a FIGIEFA é<br />
constituída por 19 associações<br />
nacionais de 18 países europeus<br />
e ainda por cinco Grupos Internacionais<br />
de Compras. Tem como<br />
missão “garantir que a legislação<br />
da União Europeia e <strong>das</strong> Nações Uni<strong>das</strong> com impacto<br />
no mercado de pós-venda automóvel preserva<br />
os interesses <strong>das</strong> empresas independentes e<br />
multimarcas”, pelo que o trabalho passa por “rever<br />
e comentar as legislações inicia<strong>das</strong> por estas<br />
instituições e levá-las a começar a trabalhar em<br />
algumas questões específicas, se necessário”, explica-nos<br />
Álvaro de la Cruz<br />
Uma voz comum<br />
A equipa da FIGIEFA está dividida em três áreas<br />
principais: política, técnica e comunicação, tendo<br />
alguns membros afetados a diferentes domínios,<br />
como a legislação ambiental e as questões de sustentabilidade,<br />
a legislação em matéria de concorrência,<br />
o acesso a informações ou dados técnicos,<br />
etc. Com o apoio dos membros, a associação investigou<br />
o impacto positivo que o MVBER teve na<br />
concorrência no mercado de pós-venda automóvel<br />
ao longo dos anos, bem como os casos em que não<br />
foi tão eficaz, tendo elaborado um relatório pormenorizado<br />
“que avalia a eficácia <strong>das</strong> várias cláusulas<br />
do MVBER, propõe recomendações para as melhorar,<br />
apresenta provas concretas que sustentam<br />
as suas alegações e estabelece uma comparação<br />
com países terceiros”. A FIGIEFA trabalha ainda<br />
em estreita colaboração com outras associações comerciais<br />
que representam diferentes segmentos do<br />
mercado de pós-venda automóvel (oficinas, editores<br />
de dados, fornecedores de equipamentos oficinais,<br />
fornecedores de lubrificantes...) no âmbito da<br />
AFCAR, a Aliança para a Liberdade da Reparação<br />
Automóvel na União Europeia, afirma Álvaro de<br />
la Cruz, “para termos uma voz comum que sublinhe<br />
a importância de todo o nosso ecossistema<br />
manter e atualizar o atual regime legislativo.<br />
52 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
UMA DAS VITÓRIAS MAIS RECENTES DA FIGIEFA<br />
FOI A PRORROGAÇÃO DO REGULAMENTO DE ISENÇÃO POR CATEGORIA<br />
PARA VEÍCULOS MOTORIZADOS E DIRETRIZES SUPLEMENTARES,<br />
O MVBER, POR MAIS CINCO ANOS
ÁLVARO<br />
DE LA CRUZ<br />
OS GRUPOS INTERNACIONAIS DE COMPRAS QUE AGORA INTEGRAM<br />
A FIGIEFA acRESCENTAM GRANDE VALOR ao TRABALHO E À MISSÃO<br />
DA associaÇÃO, FORNECENDO UM EXCELENTE CONTRIBUTO<br />
paRA OS SEUS ESFORÇOS TÉCNICOS E LEGISLATIVOS<br />
Estas associações articulam-se, em<br />
particular, sobre a questão do acesso<br />
à informação técnica, que parece<br />
ser o problema mais comum que<br />
todos os intervenientes no mercado<br />
enfrentam”. O diretor de comunicação<br />
é da opinião que os Grupos Internacionais<br />
de Compras que agora<br />
integram a FIGIEFA “acrescentam<br />
grande valor ao trabalho e à missão<br />
da nossa associação, fornecendo um<br />
excelente contributo para os nossos<br />
esforços técnicos e legislativos, com<br />
conhecimentos preciosos de muitos<br />
mercados diferentes em que estão<br />
presentes e através <strong>das</strong> suas melhores<br />
práticas e inovações”.<br />
MVBER por mais cinco anos<br />
A prorrogação do MVBER (Regulamento<br />
de Isenção por Categoria para<br />
Veículos Motorizados e Diretrizes<br />
Suplementares) em abril de 2023,<br />
por parte da Comissão Europeia, por<br />
mais cinco anos foi conseguida muito<br />
graças aos esforços e pressão da FI-<br />
GIEFA e Álvaro de la Cruz não tem<br />
dúvi<strong>das</strong> de que “o fim ou a desvalorização<br />
do MVBER poderia colocar os<br />
nossos membros e o mercado de pós-<br />
-venda independente em geral numa<br />
relação de dependência reforçada em<br />
relação aos fabricantes de veículos,<br />
uma vez que seriam abandona<strong>das</strong> variadíssimas<br />
salvaguar<strong>das</strong> que abrangem<br />
uma vasta gama de serviços do<br />
mercado de pós-venda. O MVBER<br />
garante, entre outros, os principais<br />
conjuntos de medi<strong>das</strong> que asseguram<br />
a nossa capacidade de sermos competitivos”,<br />
sublinha.<br />
Para o nosso interlocutor, o MVBER<br />
“é e continuará a ser uma peça essencial<br />
no quadro legislativo da concorrência<br />
no mercado de pós-venda<br />
automóvel. As alterações introduzi<strong>das</strong><br />
proporcionam novos meios<br />
aos operadores independentes para<br />
resolverem os obstáculos ao acesso<br />
aos dados gerados pelos veículos,<br />
informações técnicas, ferramentas e<br />
formação, que são necessários para<br />
OS OBSTÁCULOS DA CIBERSEGURANÇA<br />
os últimos anos, o argumento da<br />
N cibersegurança tem servido para os<br />
fabricantes poderem restringir ou limitar o<br />
acesso aos veículos, impedindo a utilização de<br />
peças de aftermarket por oficinas<br />
independentes, através de códigos e<br />
certificados de homologação. Álvaro de la<br />
Cruz defende que “o regulamento de<br />
homologação terá de ser atualizado para<br />
incluir requisitos específicos para as peças de<br />
aftermarket, desde o desenvolvimento <strong>das</strong><br />
peças (para necessidades de<br />
interoperabilidade/compatibilidade) até à<br />
instalação efetiva no veículo (acesso a<br />
códigos/certificados, requisitos de ensaio,<br />
necessidades de registo de peças, acesso à<br />
utilização de códigos através de ferramentas<br />
de diagnóstico multimarca, etc.)”. O mesmo<br />
salienta que esta é uma mudança de<br />
paradigma para a indústria, pois “há novos<br />
regulamentos que terão impacto nesta<br />
matéria, nomeadamente o R155 da ONU, a<br />
norma ISO 21434 sobre engenharia de<br />
cibersegurança e os requisitos Euro 7 para a<br />
proteção contra a manipulação ilícita. Estes<br />
requisitos permitirão que os fabricantes de<br />
veículos apliquem medi<strong>das</strong> de cibersegurança<br />
próprias como parte do processo de<br />
homologação e provem às autoridades de<br />
homologação, através de uma abordagem<br />
baseada no risco, que essas medi<strong>das</strong><br />
abordam/gerem os potenciais riscos de<br />
cibersegurança identificados para o veículo.<br />
Até agora, o regulamento estabelecia critérios<br />
de desempenho e procedimentos de ensaio<br />
no âmbito dos regulamentos de<br />
homologação, mas as novas regras de<br />
cibersegurança, por outro lado, dão liberdade<br />
aos fabricantes de veículos para a sua<br />
aplicação”, esclarece. Sobre os componentes,<br />
o nosso entrevistado reafirma que “a FIGIEFA<br />
acredita firmemente que a cibersegurança<br />
não deve ser utilizada como motivo para<br />
excluir os fabricantes independentes de peças<br />
do mercado. Os fabricantes de peças IAM<br />
devem ter o direito de colaborar com os<br />
fabricantes de veículos para poderem<br />
produzir peças compatíveis com a<br />
implementação da segurança do veículo, e<br />
essas peças devem poder ser instala<strong>das</strong> nos<br />
veículos (através do acesso a qualquer<br />
sistema de registo/codificação de peças<br />
implementado pelo fabricante do veículo)”. A<br />
associação solicita o direito básico dos<br />
operadores de aftermarket colaborarem com<br />
os fabricantes de veículos, para ter acesso a<br />
to<strong>das</strong> especificações como sejam requisitos de<br />
interoperabilidade/compatibilidade, lista<br />
transparente de peças afeta<strong>das</strong>, necessidades<br />
de registo/codificação de peças, necessidades<br />
de acesso a ferramentas de diagnóstico de<br />
várias marcas, etc. Em paralelo, a FIGIEFA é da<br />
opinião de que a legislação tem de garantir<br />
que os fabricantes de ferramentas de<br />
diagnóstico multimarca “tenham acesso aos<br />
requisitos de compatibilidade necessários<br />
(rotinas de diagnóstico, capacidades de<br />
leitura/escrita, etc.) com a arquitetura de<br />
cibersegurança dos veículos para poderem<br />
diagnosticar os veículos e executar as<br />
operações de reparação pertinentes para<br />
concluir o processo de reparação”.<br />
54 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ealizar tarefas de reparação e manutenção<br />
e continuar a desenvolver<br />
serviços inovadores”.<br />
Trabalho contínuo<br />
Álvaro de la Cruz lamenta que nem<br />
to<strong>das</strong> as preocupações expressas<br />
pela FIGIEFA durante a fase de<br />
consulta tenham sido ouvi<strong>das</strong>, mas<br />
diz-se “confiante de que os dados<br />
recolhidos nos últimos anos servirão<br />
para mostrar à Comissão Europeia,<br />
nos próximos dois/três anos, quando<br />
se iniciarem as discussões sobre<br />
a próxima revisão do MVBER, a<br />
necessidade de efetuar adaptações<br />
mais abrangentes à luz dos desenvolvimentos<br />
tecnológicos e do<br />
mercado”. Sendo um regulamento<br />
dedicado à matéria da concorrência,<br />
o MVBER define apenas alguns<br />
princípios, sem abordar em profundidade<br />
temas como as reparações<br />
remotas dos automóveis. Se as oficinas<br />
independentes o poderão ou<br />
não fazer, tal “deve ser estabelecido<br />
na legislação relativa à homologação<br />
2018/858”, adianta. Está previsto<br />
que o MVBER seja revisto em 2028<br />
e a Comissão Europeia já anunciou<br />
uma consulta pública até ao final de<br />
2024, da qual irá depender a evolução<br />
do regulamento e o diretor deixa<br />
o repto: “Gostaríamos de encorajar<br />
as pessoas preocupa<strong>das</strong> com a questão<br />
da definição de «peças originais»<br />
e «peças de qualidade equivalente»<br />
a participarem na consulta, uma vez<br />
que é uma oportunidade para que<br />
as vozes <strong>das</strong> partes interessa<strong>das</strong> sejam<br />
ouvi<strong>das</strong>”. Atualmente, o acesso<br />
aos dados do veículo é feito através<br />
da tomada OBD (On-Board-Diagnostics),<br />
mas é já uma preocupação<br />
perceber como se poderá aceder aos<br />
dados técnicos no futuro, quando os<br />
automóveis deixarem de ter OBD. A<br />
FIGIEFA, para garantir a concorrência<br />
com os fabricantes de veículos,<br />
solicita o acesso através de todos<br />
os pontos de integração disponíveis<br />
no veículo: “O princípio básico seria<br />
o acesso não discriminatório a quaisquer<br />
meios de acesso disponíveis<br />
para os fabricantes aos dados utilizados<br />
para a prestação de serviços.<br />
Isto incluiria também a utilização<br />
AFTERMARKET<br />
MAIS SUSTENTÁVEL<br />
Com a criação do FAAS (Fórum sobre<br />
R a Sustentabilidade do Mercado de<br />
Pós-Venda Automóvel) há pouco mais de um<br />
ano, sob orientação da FIGIEFA, Álvaro de la<br />
Cruz pensa que esta associação poderá dar<br />
um contributo positivo para tornar o<br />
aftermarket mais sustentável, em várias<br />
frentes. Em primeiro lugar, reunindo todos os<br />
intervenientes relevantes no setor<br />
(fabricantes, fornecedores, distribuidores,<br />
retalhistas, oficinas, prestadores de serviços e<br />
consumidores), promovendo a colaboração e<br />
impulsionando “práticas sustentáveis, tirando<br />
partido da nossa influência coletiva”,<br />
promovendo ativamente “soluções<br />
sustentáveis e circulares em toda a cadeia de<br />
valor do setor automóvel e estabelecendo<br />
normas comuns que permitam e melhorem a<br />
comparabilidade”, promovendo “atividades<br />
para reduzir o impacto ambiental do mercado<br />
pós-venda, tendo em vista as emissões de<br />
carbono, o consumo de materiais, a logística<br />
eficiente e o serviço ao cliente”, partilhando<br />
“a experiência coletiva” e capacitando “as<br />
empresas com conhecimentos e melhores<br />
práticas para impulsionar ativamente os<br />
esforços de sustentabilidade”. Contrariamente<br />
ao que se vem ouvindo dizer, Álvaro de la<br />
Cruz esclarece que “o FAAS não tem a<br />
intenção de reduzir o número de peças<br />
de plataformas de aplicações a bordo<br />
dos automóveis, que estão cada vez<br />
mais disponíveis nos novos veículos,<br />
e também o acesso através de plataformas<br />
fora de bordo”, conta-nos de<br />
la Cruz.<br />
entregues às oficinas”. No entanto, admite<br />
que existe um grupo de trabalho “que estuda<br />
a forma de otimizar a logística da cadeia de<br />
abastecimento com vista a reduzir a pegada<br />
de CO2 <strong>das</strong> atividades logísticas” e isso, claro,<br />
engloba várias ações, como “reduzir as<br />
embalagens de transporte, utilizando um<br />
software de otimização de rotas, utilizando<br />
mais veículos elétricos, reunindo<br />
encomen<strong>das</strong>, entre outras”, que, entende,<br />
“pode ter um impacto direto na pegada de<br />
CO2”. A Inteligência Artificial ganha nova<br />
preponderância e a FIGIEFA considera até que<br />
esta pode ajudar as oficinas e o mercado de<br />
pós-venda em geral a serem mais produtivos,<br />
eficientes e rentáveis, de duas maneiras:<br />
“desenvolvendo novos modelos de negócio<br />
inovadores com base no acesso aos dados do<br />
veículo (como a manutenção preditiva) e<br />
analisando as tendências comerciais internas<br />
e otimizando as operações nas próprias<br />
empresas. Ambas as formas exigiriam a<br />
realização de algumas análises de dados/<br />
modelação estatística como pré-requisito<br />
para obter informações comerciais a partir<br />
dos dados existentes. Em seguida, uma<br />
abordagem exploratória que utilize modelos<br />
de IA generativa poderia produzir novas<br />
tendências/oportunidades”, explica-nos o<br />
diretor de comunicação.<br />
culos a combustão, a FIGIEFA não<br />
acredita que “a norma Euro 7 resulte<br />
no fim dos motores de combustão”.<br />
Contudo, se a eletrificação do parque<br />
for o caminho da propulsão automóvel,<br />
Álvaro de la Cruz afiança que<br />
as empresas dedica<strong>das</strong> ao setor de<br />
pós-venda não vão desaparecer. O<br />
responsável justifica que continuará<br />
a ser necessário manter a frota europeia<br />
de veículos em circulação, que<br />
atualmente ascende a quase 300 milhões<br />
de veículos, mas ressalva que “é<br />
preciso que o mercado independente<br />
de pós-venda invista para se adaptar<br />
às novas evoluções do mercado e ao<br />
progresso tecnológico. O mesmo se<br />
aplica à digitalização dos seus serviços”.<br />
A seu ver, “haverá oportunidades<br />
de crescimento significativas, em<br />
torno da reparação e manutenção de<br />
baterias. Os veículos elétricos também<br />
tendem a ter uma elevada penetração<br />
de funcionalidades relaciona<strong>das</strong><br />
com o ADAS, o que gera um<br />
esforço adicional significativo para<br />
garantir que estão devidamente calibra<strong>das</strong><br />
e a funcionar corretamente.<br />
À medida que os veículos evoluem<br />
para a autonomia total, isto tornar-<br />
-se-á ainda mais crítico e é possível<br />
prever que os testes PTI irão provavelmente<br />
exigir a certificação contínua<br />
desses sistemas”.<br />
Desafios futuros<br />
A falta de recursos humanos qualificados<br />
é um problema que o setor do<br />
pós-venda enfrenta há vários anos.<br />
Na opinião da FIGIEFA, para o tornar<br />
mais atraente para as novas gerações,<br />
deve ser utilizado o advento<br />
da digitalização, para fazer com que<br />
novos talentos se interessem pelo<br />
negócio do aftermarket. De la Cruz<br />
entende que “este panorama de mercado<br />
só poderá ser desenvolvido se<br />
existir legislação eficaz que acompanhe<br />
o progresso técnico e possa ajudar<br />
a moldar o mercado único digital<br />
europeu”. O responsável termina<br />
com uma mensagem de esperança<br />
dirigida ao mercado do aftermarket,<br />
garantindo que na FIGIEFA acreditam<br />
“na existência de um mercado de<br />
pós-venda competitivo, apoiado por<br />
legislação de apoio. Isto é essencial<br />
para garantir que todos os atores legítimos<br />
do mercado tenham a capacidade<br />
de competir e oferecer produtos<br />
e serviços aos clientes. Um mercado<br />
de pós-venda equilibrado, que garanta<br />
o direito e a capacidade de todos<br />
os intervenientes fazerem negócios,<br />
apoiará a inovação e garantirá que<br />
os consumidores tenham acesso aos<br />
melhores serviços de mobilidade a<br />
preços acessíveis”, finaliza. l<br />
E se os elétricos<br />
forem o futuro?<br />
Embora introduza novos requisitos<br />
mais rigorosos para o parque de veíwww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Abril I Maio 2024 55
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Este ano, a Competição Challenge <strong>Oficinas</strong>, organizada<br />
pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em parceria com a T Academy, é<br />
novamente dedicada às oficinas de rede, um conceito<br />
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OFICIALIZOU UMA PARCERIA ENTRE A TEXACO E A STELLANTIS &YOU, QUE PERMITE AGORA<br />
A DISTRIBUIÇÃO DA GAMA PREMIUM DE LUBRIFICANTES HAVOLINE EM TERRITÓRIO NACIONAL<br />
A<br />
apresentação desta nova parceria decorreu<br />
no mês de fevereiro, em Lisboa,<br />
durante uma conferência de imprensa,<br />
onde o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> esteve presente, e<br />
reuniu os principais responsáveis <strong>das</strong> entidades<br />
envolvi<strong>das</strong> – João Madeira, Diretor Comercial<br />
de Lubrificantes CEPSA, e Luís Machado, Diretor<br />
Geral da Stellantis &You. No começo, foram<br />
feitas algumas considerações sobre o caminho<br />
que a Cepsa está a percorrer atualmente, com<br />
destaque para a mobilidade sustentável através<br />
da criação da maior fábrica de metanol verde da<br />
Europa, de forma a evitar até 1 milhão de tonela<strong>das</strong><br />
de emissões de CO 2. Mas não só, a empresa<br />
enérgica também tem estado atenta a outras<br />
áreas de negócio que se encontram em mudança.<br />
Sendo uma delas, a especialização do modelo<br />
de distribuição no setor automóvel. Tanto do<br />
lado <strong>das</strong> marcas como no aftermarket.<br />
Em termos de lubrificantes, a Cepsa distribui<br />
várias marcas, entre elas, a Texaco. Para efeitos<br />
de contextuação, de referir que a empresa Texaco<br />
faz parte do Grupo Chevron, uma <strong>das</strong> quatro<br />
maiores companhias energéticas integrados do<br />
mundo que opera em 180 países. Apresenta uma<br />
linha de produtos 100% global e encontra-se<br />
presente nos três ramos: Upstream (Exploração<br />
e produção de petróleo e gás natural); Downstream<br />
(Refinação, fabrico, supply e Trading de<br />
combustíveis, gás e lubrificantes) e Marketing<br />
(Comercialização de produtos petrolíferos, combustíveis<br />
e lubrificantes).<br />
Para finalizar, foi feita uma apresentação da Stellantis<br />
&You, a empresa de retalho e distribuição<br />
de peças do Grupo Stellantis, com uma forte<br />
presença por toda a Europa. Todos os meses,<br />
a empresa faz distribuição para cerca de 1.100<br />
clientes a nível nacional, e distingue-se pela sua<br />
agilidade, inovação, vontade de “vencer juntos”,<br />
preocupação com a sustentabilidade e os resultados<br />
para os seus investidores. “Com a Texaco,<br />
pretendemos estar junto de uma <strong>das</strong> maiores<br />
empresas de distribuição do país. Uma empresa<br />
com know-how, conhecimento, experiência<br />
e que também nos permita ter uma marca de<br />
prestígio junto dos clientes da Stellantis &You”,<br />
afirmou João Madeira, Diretor Comercial de<br />
Lubrificantes CEPSA. “Esta parceria foi feita<br />
com o interesse de alargarmos a nossa oferta<br />
na área dos lubrificantes. E, por isso, optámos<br />
por uma marca que fosse diferenciadora e que<br />
agregasse valor à nossa oferta atual”, referiu Luís<br />
Machado, Diretor Geral da Stellantis &You. E<br />
acrescenta, “Acreditamos que esta parceria tem<br />
sentido dentro do contexto de produto que temos<br />
hoje e dos projetos de futuro que temos previstos<br />
na Stellantis &You. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 57
Entrevista<br />
HUGO TAVARES, DIRETOR GERAL SOULIMA<br />
O QUE NOS DÁ MAIS<br />
MOTIVAÇÃO É QUERER<br />
SEMPRE REINVENTAR<br />
COM A AQUISIÇÃO DA SOULIMA, LAUSAN E GAUDI PELA GPC - AAG IBÉRIA, COMEÇA UM NOVO<br />
PROJETO PARA A SOULIMA DAR CONTINUIDADE A TODOS ESTES 32 ANOS DE PRESENÇA<br />
DE MERCADO. EM ENTREVISTA AO JO, HUGO TAVARES, DIRETOR GERAL DA SOULIMA REVELA<br />
A IMPORTÂNCIA DE PERTENCER AO MAIOR GRUPO DE DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS DO MUNDO,<br />
A GPC – GENUINE PARTS COMPANY<br />
Com um volume de negócios de<br />
22.000 milhões de dólares e<br />
mais de 53.000 colaboradores,<br />
a GPC está presente na Europa<br />
desde 2017, ano em que adquiriu<br />
a AAG - Alliance Automotive<br />
Group, e tem como objetivo ultrapassar o volume<br />
de negócios de 300 milhões de euros até<br />
2025, na Península Ibérica. Com a entrada no<br />
grupo AAG, a Soulima viu reforçados os seus recursos<br />
financeiros e profissionais e um nível de<br />
stocks elevado que permitirá, com a abertura do<br />
armazém central localizado em Madrid, fornecer<br />
toda a península ibérica e prestar um serviço<br />
de excelência alguma vez alcançado. A Soulima<br />
conta com uma equipa de 96 colaboradores, e<br />
no que diz respeito a instalações, tem a sede em<br />
Vialonga e seis lojas localiza<strong>das</strong> no distrito de<br />
Lisboa: Vialonga, Prior Velho, Póvoa Stº Adrião,<br />
Casal São Brás, Abrunheira e Lisboa, estando<br />
previsto uma nova abertura de loja em Torres<br />
Vedras, no próximo mês de Junho 2024. Possui<br />
ainda um armazém a norte, localizado na Maia<br />
– Folgosa, onde tem no interior uma loja ao público.<br />
A nível de desempenho, as lojas Soulima<br />
têm tido um crescimento acentuado, e o caminho<br />
é dar continuidade a esse trabalho.<br />
trazer aos mecânicos a qualidade aliada ao preço<br />
num produto premium de alta qualidade.<br />
O que representa a abertura do novo armazém<br />
com 22.000m 2 em Torrejón de Ardoz?<br />
Representa um futuro risonho para nós e para todos<br />
os nossos clientes, é poder garantir um nível de<br />
stock elevado, quase diria, ter a peça que o cliente<br />
precisa, e num prazo de 24h sem custo adicional.<br />
De referir que em nenhum momento iremos redu-<br />
zir os stocks na Soulima, apenas iremos aumentar<br />
quer em marcas, quer em número de referências, o<br />
que nos permitirá ser mais incisivos.<br />
Para além <strong>das</strong> peças também comercializam<br />
equipamentos?<br />
Aqui é sem dúvida um desafio para a Soulima,<br />
estamos a crescer neste campo, com a especialização<br />
de um elemento da nossa equipa que já<br />
está em andamento e a dar frutos, na qualidade<br />
Como é constituído o portfófio da Soulima?<br />
As marcas mais fortes são os produtos de lubrificantes,<br />
baterias e peças de desgaste, mas neste<br />
momento a nossa grande aposta é a marca<br />
NAPA, que num futuro a muito curto prazo vai<br />
Rui Fernandes (gestor de marketing), Hugo Tavares (diretor geral), Diogo Lima (Chefe de Ven<strong>das</strong><br />
Zona Sul) e Nuno Pinto (Chefe de Ven<strong>das</strong> Zona Norte)<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 59
HUGO TAVARES<br />
de serviço de apoio e aconselhamento<br />
ao cliente. As marcas que<br />
temos de momento de equipamento<br />
oficinal são da KROFTools e<br />
equipamentos diagnóstico da Bosch<br />
e da Hella.<br />
Como funciona a vossa logística<br />
de entrega de peças?<br />
Temos distribuição própria nas<br />
nossas lojas, o que nos permite<br />
oferecer aos clientes um nível de<br />
entregas elevado entre 8 a 12 entregas<br />
diárias. No caso dos nossos<br />
armazéns em Vialonga e Maia, o<br />
nível de logística é feito uma parte<br />
por viaturas próprias Soulima, que<br />
permite um nível de 4 a 6 entregas<br />
diárias, e outra contamos com uma<br />
logística externa onde garantimos<br />
um elevado número de entregas em<br />
Portugal continental.<br />
Como tem evoluído a vossa<br />
plataforma B2B?<br />
A nossa plataforma do B2B está<br />
neste momento a ser alterada para<br />
um B2B do grupo AAG, mas atualmente<br />
conta com uma boa plataforma<br />
de fácil acesso e muito intuitivo.<br />
Como é constituído o vosso Call<br />
Center?<br />
O Call Center é constituído por<br />
uma equipa jovem de oito elementos,<br />
e muito dinâmica, com<br />
um espírito de entreajuda elevado<br />
que nos orgulha e garante ao nosso<br />
cliente um serviço ao mais alto nível<br />
profissional e dedicado.<br />
Está prevista a criação de uma<br />
rede de oficinas em Portugal?<br />
Sim, estamos a trabalhar no tema e<br />
em breve teremos novidades.<br />
Quais as expetativas para 2024?<br />
Pensamos sempre positivo, apesar<br />
do início do ano ter sido abaixo<br />
<strong>das</strong> expetativas para todos. Este<br />
nosso setor é muito dinâmico e<br />
muitas vezes não conseguimos<br />
prever como gostaríamos, mas o<br />
que nos dá mais motivação é querer<br />
sempre dinamizar e ter ideias<br />
para nos reinventar, e isso agrada-<br />
-nos. Juntos somos mais fortes, e<br />
como costumamos dizer, se fosse<br />
fácil não seria para nós, por isso,<br />
seguramente vai ser um ano muito<br />
positivo. l<br />
NAPA É UM FATOR DE DIFERENCIAÇÃO<br />
entrada no grupo AAG permitiu à Soulima acrescentar ao seu portfólio de produtos a<br />
A NAPA, a maior marca privada do mundo, que irá trazer aos clientes um amplo leque de<br />
produtos de A a Z, com a qualidade elevada que a marca exige. Foi delineada uma estratégia<br />
de comunicação ibéria para a NAPA. “Estaremos presentes nos meios de comunicação do setor<br />
e tentaremos dar a conhecer um pouco mais sobre a NAPA através <strong>das</strong> redes sociais. Iremos<br />
realizar pelo segundo ano consecutivo, o evento NAPA no Circuito do Estoril onde vamos<br />
convidar os nossos clientes a estarem presentes e usufruírem de um dia bem passado em<br />
família”, refere Hugo Tavares. A NAPA tem mais de 30 Linhas de produto, um veículo pode ter<br />
até 85% de produtos NAPA. Em Portugal, estão de momento disponíveis 13 linhas de produto e<br />
até final de 2024 estão previstas chegar mais 7. Presente no nosso mercado há um ano, a<br />
marca tem tido um feed back positivo de parte <strong>das</strong> oficinas “Quem testa os produtos NAPA fica<br />
completamente rendido à marca. Atualmente são já os clientes que nos pedem mais produtos<br />
da marca NAPA, e isso é gratificante”, afirma Hugo Tavares, que acrescenta “Estamos muito<br />
otimista relativamente ao crescimento da marca NAPA em Portugal. Não podia ser de outra<br />
forma, sem dúvida que vai ser um sucesso, e já se verifica, com a introdução de mais produtos<br />
e a procura dos mesmos por parte dos clientes. Podermos comercializar a maior marca privada<br />
do mundo, com mais de 100 anos de existência, é muito gratificante para toda a equipa da<br />
Soulima.<br />
O SUCESSO ESTÁ NAS MARCAS<br />
PREMIUM DE QUALIDADE<br />
ara Hugo Tavares, “as oficinas enfrentam dias desafiantes, visto sermos detentores de<br />
P um parque envelhecido e por sua vez verificamos uma crescente necessidade de peças<br />
de reposição. O aparecimento de viaturas mais tecnológicas, cria desafios de acompanharmos<br />
essa mesma evolução e obter um nível de conhecimento adequado e cada vez mais específico<br />
de forma a responder a todos os desafios. O sucesso está nas marcas premium de qualidade.<br />
Vejam-se os automóveis cada vez mais eletrificados, e qualquer produto com menos qualidade<br />
irá de imediato ser um problema”.<br />
Para as empresas de distribuição, a concentração continua a ser a tendência do mercado.<br />
“Quem está sozinho no mercado da distribuição de peças vai ter sérias dificuldades em<br />
continuar na linha da frente. Ou se junta a um grupo ou terá sérias dificuldades. Tudo caminha<br />
para a concentração de forma a conseguir sinergias através da presença em grupo, e daí acesso<br />
a certos produtos ou condições que possam fazer com que o negócio tenha rentabilidade face<br />
às necessidades <strong>das</strong> oficinas.<br />
COM A INTEGRAÇÃO NO GRUPO AAG, A SOULIMA DELINEOU UMA<br />
ESTRATÉGIA BEM DEFINIDA, COM O FOCO NO CLIENTE DE FORMA<br />
A PRESTAR O MELHOR SERVIÇO, COM A MELHOR QUALIDADE, NAS<br />
PEÇAS QUE COMERCIALIZA<br />
60 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Entrevista<br />
A TEMOT É UMA PARCERIA<br />
DE GRANDE VALOR<br />
A EMPRESA BRACARENSE É UMA REFERÊNCIA NACIONAL NAS CHAMADAS «SPECIAL PARTS»,<br />
OU PEÇAS DIFÍCEIS, E HÁ CERCA DE UM ANO INTEGRA COMO ACIONISTA O GRUPO INTERNACIONAL<br />
DE COMPRAS TEMOT. O ADMINISTRADOR, PAULO TORRES, FAZ UM BALANÇO POSITIVO<br />
DO MOMENTO ATUAL DA EMPRESA, QUE MANTÉM HÁ MAIS DE 40 ANOS UMA PARCERIA COM<br />
A MARCA DE COMPONENTES ELÉTRICOS MEAT & DORIA
PAULO TORRES, ADMINISTRADOR VIEIRA & FREITAS<br />
Em dezembro, a Vieira & Freitas completa<br />
45 anos no comércio de peças auto, agora<br />
ainda com mais vigor do que nunca, depois<br />
de mais de dez distinções como PME Excelência.<br />
Entre 2022 e 2023, mudou de instalações e passou<br />
a integrar um dos principais grupos internacionais<br />
de compras, reforçando a sua posição no<br />
mercado nacional e melhorando o serviço prestado<br />
ao cliente. Ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, o administrador<br />
Paulo Torres nota a evolução da casa e<br />
explica o que tem mudado nesta última fase.<br />
Acesso às melhores marcas<br />
A decisão de entrar como acionista na Temot Internacional<br />
surge na sequência de um “namoro<br />
antigo” entre as duas partes. “Estávamos ambos<br />
disponíveis e decidimos aceitar o convite para integrar<br />
o grupo, porque o caminho é esse: ter parcerias<br />
de valor e, obviamente, a Temot é uma parceria<br />
de grande valor, <strong>das</strong> melhores no mercado”,<br />
enfatiza o responsável, que considera que depois<br />
de “muitos anos sós, o futuro dirá se tínhamos<br />
muita razão, ou só alguma razão em estarmos com<br />
a Temot, porque benéfico é certamente. A nível<br />
europeu e mundial, a Temot tem uma dimensão<br />
muito grande; já a nível nacional, se calhar não<br />
tem a mesma dimensão de há 5 anos, mas está<br />
bem e tem uma boa equipa de shareholders que,<br />
a curto prazo, vão mostrar força”. Na opinião de<br />
Paulo Torres, “a Temot tem um portefólio muito<br />
família Lorenzi e a entrada no grupo Temot não<br />
vai mudar isso”.<br />
Redes de oficinas vs benefícios<br />
O acordo com a Temot engloba diferentes valências<br />
e Paulo Torres admite que a empresa ainda<br />
“está muito verde e a dar os primeiros passos. A<br />
Temot tem um universo tão grande de parcerias<br />
com os associados e com os fornecedores preferenciais,<br />
que não vai ser de um dia para outro que<br />
vamos perceber tudo que existe, desde parcerias<br />
com formação, portais técnicos, compras de bases<br />
de dados… temos isso tudo à disposição neste<br />
momento e ainda vamos ter de aprender a mexer<br />
com tudo. Ainda não se realizou a convenção deste<br />
ano, onde iremos para aprender mais coisas e<br />
novas tendências”, revela. Entre as oportunidades<br />
coloca<strong>das</strong> à disposição dos acionistas, está a criação<br />
de redes oficinais, mas Paulo Torres diz-se “cético”<br />
em relação a estas, entendendo mesmo que<br />
“daqui a pouco as redes oficinais já são mais do<br />
que as oficinas”. “Sem querer ofender ninguém”,<br />
salienta, “para mim, é querer manipular a oficina,<br />
é tirar-lhe a independência e, consecutivamente,<br />
tirar-lhe a capacidade de servir bem os seus clientes.<br />
Se a oficina só tiver que servir os seus clientes<br />
com uma marca de embraiagens, não vai servir<br />
com duas nem três, dado que a sua rede só fornece<br />
aquela marca”, exemplifica. Do seu ponto de vista,<br />
“as mais valias não são significativas”, exceção<br />
Leque alargado de clientes<br />
Em finais de 2022, a Vieira & Freitas mudou-se<br />
para as novas instalações, de forma a garantir mais<br />
eficiência e rapidez ao negócio. O espaço, localizado<br />
no Parque Industrial de Celeirós, em Braga,<br />
está mais próximo <strong>das</strong> saí<strong>das</strong> da cidade, permitindo<br />
aos transportadores chegar mais tarde e<br />
oferecendo à empresa mais tempo para despachar<br />
as encomen<strong>das</strong>. Os cinco mil metros quadrados<br />
de área foram uma aposta no crescimento da empresa<br />
e resultaram de um investimento superior a<br />
dois milhões de euros, de capitais próprios. Mais<br />
de um ano depois, Paulo Torres está seguro de que<br />
a transição trouxe “um acréscimo de benefícios<br />
para a empresa e para os clientes, “principalmente<br />
a rapidez com que conseguimos prestar o serviço<br />
de separação e envio <strong>das</strong> peças”, sendo que neste<br />
momento é possível “executar encomen<strong>das</strong> a 10/15<br />
minutos da saída dos transportadores. Não há nenhuma<br />
encomenda que fique para o dia seguinte”,<br />
garante. Questionado sobre se a mudança permitiu<br />
alargar o número de clientes, o administrador<br />
observa que “a Vieira & Freitas, dentro dos grossistas,<br />
será dos que têm um leque mais alargado<br />
de clientes. Novos clientes só se os formos buscar à<br />
África, porque em Portugal todos os bons retalhistas<br />
são clientes da Vieira & Freitas”, ressalta.<br />
Com mais espaço para stock, foi também possível<br />
crescer em variedade de gamas de produtos: “já temos<br />
muitas peças na área da mecânica, principalmente<br />
aquelas que menos se usam, as designa<strong>das</strong><br />
peças difíceis” sublinha, sem esquecer que “a Vieira<br />
& Freitas tem essa imagem no mercado, de se<br />
poder encontrar aqui as peças mais difíceis.” A dedicação<br />
da empresa às peças elétricas e eletrónicas<br />
tem sido uma constante e é o grande aspeto diferenciador<br />
da Vieira & Freitas no mercado: “Nós temos<br />
as peças que não se vendem, que param muito<br />
no stock. É um investimento enorme, mas que faz<br />
a diferença”, admite Paulo Torres, dizendo que “em<br />
A VIEIRA & FREITAS MUDOU DE INSTALAÇÕES E PASSOU A INTEGRAR<br />
UM DOS PRINCIPAIS GRUPOS INTERNACIONAIS DE COMPRAS,<br />
REFORÇANDO A SUA POSIÇÃO NO MERCADO NACIONAL E MELHORANDO<br />
O SERVIÇO PRESTADO AO CLIENTE<br />
forte”, o que deixa a Vieira & Freitas “com vontade<br />
de fazer um bom trabalho com eles. Pertencendo<br />
ao grupo Temot, tenho acesso às quatro ou cinco<br />
melhores e mais conceitua<strong>das</strong> marcas do mercado,<br />
de grande qualidade”, esclarece. Os frutos, indica,<br />
chegarão “ao longo deste e do próximo ano,<br />
pois não é um trabalho que caia do céu de um dia<br />
para o outro, aliás, como em nada na Vieira &<br />
Freitas. As coisas acontecem sempre um passo de<br />
cada vez, até porque eu não quero vender o dobro<br />
amanhã. De qualquer modo, não estamos atrás de<br />
números de ven<strong>das</strong>”. O responsável acredita que,<br />
atualmente, a Temot não estará à procura de mais<br />
parceiros em Portugal, no entanto, reconhece<br />
que “são organizações dinâmicas, em que entram<br />
acionistas todos os dias”. O que este acordo não<br />
põe em causa, salienta, é a parceria de longa data<br />
que a Vieira & Freitas tem com a marca Meat &<br />
Doria, que continua a ser, segundo Paulo Torres,<br />
“a nossa principal camisola, somos parceiros da<br />
feita “aos contratos com empresas de leasing e de<br />
frotistas, mas de resto, a informação técnica está<br />
disponível e temos acesso a várias formações sem<br />
estar ligado a redes oficinais”, afirma. Até porque,<br />
alerta, “hoje já há oficinas que fazem parte de várias<br />
redes e há muito poucas que não fazem parte<br />
de nenhuma. Criar mais uma rede, serve para ir<br />
apanhar quem? Mas é a minha opinião sobre redes<br />
oficinais, se calhar estou errado...<br />
peças eletrónicas, temos a gama toda, se a Vieira<br />
& Freitas não tiver, ninguém tem!”. Para fazer face<br />
às falhas de fornecimento, agora cada vez mais<br />
pontuais, o administrador tem até estratégias, de<br />
modo a manter “a oferta controlada, trabalhamos<br />
com dois e três fornecedores por cada peça”.<br />
“Damos muitos benefícios<br />
aos colaboradores”<br />
Onde a empresa de Braga também gosta de primar<br />
pela diferença é junto dos funcionários e já<br />
não é recente a política de pagar 16 salários por<br />
ano, além de ter um salário mínimo que é superior<br />
ao salário mínimo nacional e oferecer seguro<br />
de saúde. O administrador explica que dão “muitos<br />
benefícios aos colaboradores, porque eles também<br />
colaboram e merecem”, ainda que não seja<br />
“fácil arranjar novos colaboradores que assumam<br />
a camisola da empresa. Queremos um bom operador<br />
de armazém, ou de call center, ou até um<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 63
PAULO<br />
TORRES<br />
COM MAIS ESPAÇO PARA STOCK, FOI TAMBÉM POSSÍVEL CRESCER<br />
EM VARIEDADE DE GAMAS DE PRODUTOS. “EM PEÇAS ELETRÓNICAS,<br />
TEMOS A GAMA TODA, SE A VIEIRA & FREITAS NÃO TIVER, NINGUÉM TEM!”,<br />
REFERE PAulo TORRES<br />
bom operador na área de compras<br />
e importação, mas ando há meses<br />
à procura e ainda não encontrei”,<br />
lamenta. Apesar de, neste momento,<br />
ter a equipa com “menos um ou<br />
dois colaboradores”, Paulo Torres<br />
nota que “o serviço está muito melhor<br />
organizado”, nas novas instalações,<br />
“pelo que a eficiência é muito<br />
maior”. Entre as plataformas B2B –<br />
uma com integração TecDoc e outra<br />
para trabalhar diretamente com referências<br />
– e o call center, onde laboram<br />
sete pessoas, a Vieira & Freitas<br />
processa entre 1.200 a 1.300 pedidos<br />
por dia. As peças são expedi<strong>das</strong><br />
através de todos os transportadores<br />
especializados no ramo. “Fazemos<br />
entregas bi-diárias até Coimbra, na<br />
zona de Aveiro, a sul do Porto e até<br />
ao Fundão, mas não consigo bi-diária<br />
para Lisboa, nem para o Sul. Há<br />
quem consiga, mas tem carros próprios<br />
a fazer isso”, comenta. Sobre a<br />
temática da formação, o responsável<br />
assume que ultimamente “não tem<br />
sido feito nada, mas somos patrocinadores<br />
de uma academia de formação<br />
aqui de Braga, na área da Mecatrónica,<br />
a PDAcademia da PDAuto,<br />
que é a Vieira & Freitas com a marca<br />
Meat & Doria. Esse tipo de parcerias<br />
procuramos sempre”.<br />
“As devoluções são um<br />
cancro do negócio”<br />
Atualmente, uma <strong>das</strong> principais dificuldades<br />
que a Vieira & Freitas enfrenta<br />
são as devoluções, que Paulo<br />
Torres não hesita em designar como<br />
“um cancro do negócio” e sem aparente<br />
solução à vista. No seu entender,<br />
“não é culpa dos clientes, nem<br />
dos fornecedores, mas sim de todo o<br />
sistema em que estamos incluídos.<br />
Muitas <strong>das</strong> peças são devolvi<strong>das</strong> por<br />
erros <strong>das</strong> plataformas de identificação,<br />
ou porque o funcionário errou,<br />
trocou um número, outras porque<br />
os retalhistas agora não querem ficar<br />
com certo tipo de peças em stock”.<br />
Paulo Torres indica que a média<br />
de devoluções é de 10%, o quer dizer<br />
que 10% do nosso trabalho não serviu<br />
para nada. Quando vem devolvido,<br />
esses 10%, vão dar 15 ou 20%<br />
de trabalho, porque é preciso abrir<br />
as caixas, ver se a peça está lá dentro,<br />
se não se danificou, enquanto foi e<br />
veio. O processo de receber uma<br />
peça devolvida demora muito mais<br />
tempo do que o processo de vender”,<br />
declara, constatando que “não há<br />
medi<strong>das</strong> para mitigar este problema.<br />
A medida seria dizer que já não<br />
aceitamos devoluções, mas assim, os<br />
clientes deixavam de comprar”, conclui.<br />
No que diz respeito aos desafios<br />
que o setor enfrenta, Paulo Torres<br />
considera que “o mercado <strong>das</strong> peças<br />
ainda tem uns anos para crescer<br />
nos carros de combustíveis fósseis.<br />
Para as peças dos restantes carros,<br />
que eu não acredito que sejam só<br />
elétricos, o nosso mercado vai ter<br />
que se adaptar. Estamos tranquilos<br />
nos próximos cinco anos, mas para<br />
os próximos vinte não faço ideia se<br />
teremos de vender peças para naves<br />
espaciais”, ironiza. Participantes<br />
ativos do expoMECÂNICA, a Vieira<br />
& Freitas acredita hoje que este<br />
evento, a par da Gala TOP100 do<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, é “o ponto de<br />
encontro do aftermarket”, pelo que<br />
tem presença garantida na edição<br />
deste ano. Para 2024, e com a alavanca<br />
da entrada no grupo Temot,<br />
a Vieira & Freitas está confiante e<br />
espera crescer dos 14,5 M€ de faturação<br />
registados em 2023, para<br />
“continuar a evoluir”. l<br />
entrada dos fornecedores espanhóis no mercado<br />
A português é um fenómeno que não assusta, ou sequer<br />
preocupa Paulo Torres. Para o administrador da Vieira & Freitas,<br />
“quando entra o fornecedor espanhol e monta filiais, é como se<br />
fosse mais um português, mais um player. Não tenho ideia de<br />
que os espanhóis sejam mais fortes que os portugueses no<br />
aftermarket”, diz, adiantando mesmo que “do pouco que<br />
conheço do mercado espanhol, as empresas portuguesas são<br />
melhores e estou a falar dos meus principais concorrentes,<br />
tenho essas empresas como melhores do que as espanholas”.<br />
NÃO TENHO IDEIA DE QUE OS ESPANHÓIS SEJAM MAIS FORTES<br />
QUE OS PORTUGUESES NO AFTERMARKET<br />
Na sua opinião, “o mercado já é ibérico neste momento”, pois o<br />
“nosso mercado, cá dentro, ou lá fora, depende da logística. O<br />
que é que funciona no mercado? A capacidade de servir o<br />
cliente. O que é que o cliente quer? A peça, logo que possível. O<br />
meu mercado vai até onde eu consiga colocar a peça no mais<br />
curto espaço de tempo. Se eu só conseguir passado oito dias, já<br />
não é o meu mercado”, explica. Sobre o fenómeno da<br />
consolidação do mercado da distribuição de peças, Paulo Torres<br />
comenta que “tem havido constantemente, e vai continuar a<br />
haver, aquisições pequenas. Aquisições de grandes<br />
distribuidores só se forem internacionais, porque não estou a<br />
ver em Portugal quem é que tem a capacidade de adquirir os<br />
maiores grupos”. Em referência aos protagonistas do mercado,<br />
o nosso entrevistado considera que a norma são os tradicionais<br />
canais de venda, “mas também se mantém tudo fora da<br />
norma. O importador e o retalhista, para mim já não existem<br />
há muitos anos. Existe o grande importador retalhista e o<br />
retalhista local, porque 80% dos grandes retalhistas também<br />
vendem a grandes oficinas, ou então são donos de retalhistas<br />
locais”, finaliza.<br />
64 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Entrevista<br />
O NOSSO CRESCIMENTO ESTÁ<br />
DEPENDENTE DA EVOLUÇÃO<br />
DAS OFICINAS<br />
PERTO DE COMPLETAR 50 ANOS DE EXISTÊNCIA, A ESCAPE FORTE ASSUME-SE COMO ESPECIALISTA<br />
NA REPARAÇÃO DE FILTROS DE PARTÍCULAS E CATALISADORES, ÁREA EM QUE FOI PIONEIRA EM<br />
PORTUGAL. A EMPRESA, SEDIADA NA MAIA, TEM UM CENTRO REPARADOR EM VILA DO CONDE E<br />
SOMA MILHARES DE PEÇAS REPARADAS E CONSTRUÍDAS, FOCANDO-SE NA IMPORTÂNCIA DO APOIO<br />
TÉCNICO E DA DISPONIBILIDADE PARA O CLIENTE, QUE A DESTACAM NESTE MERCADO. O DIRETOR-<br />
GERAL, RUI LOPES, RECEBEU-NOS PARA UMA CONVERSA ABERTA SOBRE A EVOLUÇÃO DA EMPRESA<br />
Em março do próximo ano, a Escape Forte<br />
sopra as velas <strong>das</strong> bo<strong>das</strong> de ouro. A empresa<br />
foi fundada pelo pai do atual proprietário,<br />
Rui Lopes, e começou por ser uma oficina na<br />
Maia, onde o atual responsável explorava apenas a<br />
parte dos pneumáticos. Com o avançar da idade do<br />
pai, em 2008, Rui propôs comprar-lhe a empresa,<br />
para lhe dar novo rumo, pois, a seu ver, “fazia todo<br />
o sentido não estar agarrado a algo que o meu pai<br />
construiu”. Ainda assim, reitera, “a Escape Forte<br />
é mérito dele, que tinha uma paixão pela parte<br />
mecânica”. Os passos seguintes foram dados “de<br />
acordo com aquilo que foi o desenvolvimento da<br />
mecânica”, diz, explicando que, “cedo percebi que<br />
queria desenvolver algo que me pudesse projetar<br />
de forma diferente daquilo que é ser mais uma oficina<br />
mecânica, queria algo mais. O meu pai faleceu<br />
em 2023, mas deixou legado, eu consegui dar<br />
seguimento a uma coisa que ele amava. Ele viveu<br />
para isto e eu também continuo a viver para isto.<br />
Acompanhou o procedimento, sempre com medo,<br />
pois era muita responsabilidade, muita correria e<br />
estava preocupado com a evolução, mas acho que<br />
no fim ele percebeu que o caminho era este e que<br />
estávamos bem estruturados, pois a empresa tem<br />
uma base sólida de pessoas”, considera.<br />
Aprender sozinho<br />
O caminho até à especialização nos filtros de partículas<br />
e em toda a atividade ligada às emissões foi<br />
praticamente feito de forma autodidata, revela-<br />
-nos Rui Lopes, que compreendeu que havia uma<br />
lacuna no mercado no que ao apoio técnico dizia<br />
respeito. “Foi uma história engraçada, tínhamos<br />
um Opel Corsa 1300, que é uma mecânica mais<br />
básica. E nós levávamos as peças a um senhor que<br />
lavava e preparava filtros em S. João da Madeira,<br />
não havia mais ninguém, nem sequer havia informação,<br />
e eu desconhecia totalmente o que era<br />
um filtro de partículas, em 2010 não havia grande<br />
informação sobre isso. E aquilo correu muito mal,<br />
porque eu montava a peça e ela rapidamente entupia.<br />
Eu ia lá reclamar e o senhor lavava a peça, eu<br />
trazia-a e montava-a e ela rapidamente entupia de<br />
novo. E percebi que a pessoa estava a fazer aquilo<br />
de forma mecânica. Veio-se a verificar que o filtro<br />
de partículas do Opel Corsa tinha uma série de<br />
características que obrigavam uma limpeza específica<br />
e afinações no sistema de alimentação. Este<br />
foi o ponto de partida para comprar uma máquina<br />
própria, pois só havia oferta no mercado para<br />
“lavar ou para limpar, mas não havia oferta com<br />
o apoio técnico de explicar o que é que deveria ser<br />
feito. Na altura, montei, na oficina do meu pai, na<br />
Maia, uma parte só para a limpeza dos filtros. À<br />
data, não havia solução de reconstrução e começámos<br />
a trabalhar com oficinas ali de perto a divulgar<br />
o serviço”. Foi preciso estudar e compreender<br />
“toda a montagem do filtro, porque é que se danificava,<br />
o que é que impedia que este funcionasse,<br />
fosse a temperatura, as velas de incandescência,<br />
tudo aquilo que nós ainda hoje dizemos aos nossos<br />
clientes. Foi uma caminhada quase à descoberta,<br />
entre 2010 e 2012, depois fomos obrigados<br />
a evoluir, quer pela exigência do cliente, quer pela<br />
própria concorrência que nos obrigou a sermos<br />
melhores”.<br />
O grande salTO<br />
O ponto de viragem, recorda Rui Lopes, foi em<br />
2011, quando foi publicada a primeira reportagem<br />
sobre a Escape Forte no <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. “A<br />
partir daí, começámos a crescer e fomos obrigados<br />
a evoluir, porque tínhamos que ter capacidade de<br />
resposta. Hoje, vê-se muitos players nossos concorrentes<br />
que reparam ou limpam a peça e entregam-na<br />
ao cliente. Se funcionar, funcionou, se não<br />
funcionar, não têm que ver o que se passa. E nós<br />
trabalhamos de maneira diferente. Antes de intervirmos<br />
na peça, fazemos um diagnóstico e quase<br />
que prevemos qual é o problema que provocou<br />
aquela situação”, conta. As pessoas começaram a<br />
passar a palavra e a encaminhar outras oficinas e<br />
particulares para a Escape Forte, que ainda hoje<br />
continua a aprender: “os carros novos vêm cá parar,<br />
nós temos que estudar a situação e vamos evoluindo.<br />
A formação que as marcas nos passam é a<br />
nível de eletrónica, nós temos que desenvolver as<br />
técnicas e perceber quais são os componentes que<br />
constituem todo o sistema de escape, para fazermos<br />
um diagnóstico completo do problema. Para<br />
Rui Lopes, o sistema de escape “é <strong>das</strong> partes mais<br />
complexas que o carro tem, nos dias de hoje e, com<br />
a normativa Euro 6, será dos componentes mais<br />
complexos de solucionar e compreender.”<br />
Evitar dar más notícias<br />
O nosso entrevistado entende que “estamos a passar<br />
a pior fase técnica da história da Escape Forte<br />
nesta área dos filtros partículas, porque neste<br />
momento já saem carros a gasolina com filtros de<br />
partículas. Também o sistema de AdBlue é muito<br />
complexo e volátil, pois basta uma mudança de<br />
temperatura e o AdBlue cristaliza ou altera qualidades<br />
e danifica o processo todo. Hoje, o ar que<br />
sai de um escape é tão puro como o ar ambiente.<br />
Quando o sistema avaria, temos reparações a<br />
custarem 1.800, 2.200 e 2.500 euros. Temos um<br />
cliente que tem uma frota de táxis no Alentejo,<br />
cujo sistema de AdBlue se avariou e contaminou<br />
o filtro de partículas. A reparação ficava por 6.000<br />
euros. O senhor vendeu os carros e comprou carros<br />
a gasolina”, nota, realçando as recorrentes problemáticas<br />
destes sistemas. Ainda assim, Rui Lopes<br />
66 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
RUI LOPES, DIRETOR-GERAL ESCAPE FORTE
RUI LOPES<br />
lamenta que o assunto dos filtros de<br />
partículas ainda esteja envolto numa<br />
nuvem de desconhecimento e aponta<br />
o dedo às oficinas que contornam<br />
os problemas, em vez de ir à raiz dos<br />
mesmos, apenas para não perder<br />
clientes com reparações que viriam<br />
a ser muito dispendiosas. “Andamos<br />
na caça às bruxas e às vezes nem<br />
sequer é um problema do filtro de<br />
partículas, basta uma sonda que está<br />
fora de leitura e baralha tudo, é preciso<br />
dedicar muito tempo”, diz exemplificando:<br />
“Se o carro for de uma<br />
gestora de frota, esta faz uma gestão<br />
mais apertada, sabe que se não resolvermos<br />
agora, teremos de resolver<br />
mais à frente, e pode ficar mais caro,<br />
porque estamos a falar de reparações<br />
que podem ascender a algumas centenas<br />
de milhares de euros”. O problema<br />
é quando se trata de veículos<br />
particulares e as oficinas “querem segurar<br />
o negócio e, para não dar a má<br />
notícia ao cliente, pegam pela ponta,<br />
em vez de ir ao início do problema.<br />
Nós reconstruímos o filtro de partículas,<br />
metemos um catalisador, mas<br />
é preciso resolver outro problema<br />
qualquer e nós é que somos o portador<br />
da má notícia. Essa é a parte que<br />
nos desgasta”. O diretor-geral da Escape<br />
Forte conta que se criam mesmo<br />
alguns constrangimentos com os<br />
profissionais <strong>das</strong> oficinas, porque a<br />
política da casa é transmitir-lhes que<br />
“ou o cliente faz tudo aquilo que nós<br />
aconselhamos ou então não fazemos<br />
o serviço”, assume. Outra <strong>das</strong> situações<br />
que o negócio dos filtros de partículas<br />
enfrenta, é a falta de controlo<br />
nos centros de inspeção, que possibilita<br />
ser cada vez mais habitual que os<br />
proprietários os eliminem do carro,<br />
para se esquivar a gastos maiores<br />
com a sua reparação. Rui Lopes considera<br />
que “se há uma isenção fiscal<br />
para viaturas com emissões bastante<br />
baixas, e se se retira o filtro de partículas,<br />
é óbvio que o carro vai poluir.<br />
E só aí já há uma fuga fiscal”, alerta.<br />
Capacidade de resposta<br />
A Escape Forte está dividida em<br />
vários departamentos: a oficina, a<br />
parte da logística, a parte técnica, o<br />
departamento comercial, o financeiro<br />
e a área administrativa. Hoje<br />
evidencia-se não só pela qualidade<br />
técnica, mas também pela capacidade<br />
de resposta a to<strong>das</strong> as solicitações,<br />
stock disponível e abrangente para<br />
grande quota do mercado automóvel<br />
nacional. O responsável enaltece<br />
a competência, compromisso e<br />
dedicação de todos os colaboradores.<br />
“Numa área de negócio onde o<br />
nosso sucesso não depende apenas<br />
de nós, toda a comunicação interna<br />
tem apenas um foco: o apoio ao<br />
cliente. Com as pessoas certas, o<br />
sucesso torna-se menos difícil.” Em<br />
to<strong>das</strong> as soluções a Escape Forte dá<br />
preferência ao material original ou<br />
matérias primas que garantam o<br />
sucesso, sendo as normas 5 e 6 mais<br />
exigentes na qualidade e dos materiais.<br />
“Estamos com to<strong>das</strong> as soluções,<br />
não existem peças impossíveis,<br />
se existe, a Escape Forte consegue<br />
clonar, com garantia” refere Rui Lopes,<br />
que entende que “continuamos<br />
a evoluir e a ter sucesso. Claro que<br />
vamos sempre dar naquele beco sem<br />
saída que é a decisão da oficina. Eu<br />
vendo o melhor bacalhau que existe<br />
no mercado, mas se o cozinheiro não<br />
prestar… a culpa não é do bacalhau,<br />
é do cozinheiro! E aqui é igual. Temos<br />
algumas oficinas que nos trazem<br />
bastantes constrangimentos,<br />
porque muitas vezes o mecânico, que<br />
não é o chefe da oficina, na sua boa fé<br />
tomou uma decisão que correu mal,<br />
mas que coloca em causa o nosso trabalho<br />
e a nossa imagem fica ferida<br />
por causa disso. O nosso problema<br />
maior é alterar este mindset de que<br />
o filtro de partículas é só obstrução”.<br />
Para dar a volta a essa situação, Rui<br />
Lopes pretende “fazer uma parceria<br />
com uma empresa de eletrónica<br />
automóvel para levarmos os meios<br />
às oficinas. Em vez de ser a oficina a<br />
investir, nós colocamos lá os meios e<br />
on-line ligamos à origem, para ajudarmos<br />
na solução, na atualização,<br />
ou nas adaptações remotamente”.<br />
Apoio remoto às oficinas<br />
O responsável não hesita, 2024 será<br />
um ano positivo: “Temos vindo a<br />
subir a faturação sempre acima dos<br />
dois dígitos. O ano passado foi o<br />
nosso melhor ano de faturação, só<br />
da área de emissões, e agora estamos<br />
no mesmo caminho. Por um lado, é<br />
bom, mas são muitas reconstruções<br />
e a nossa margem de comercialização<br />
é bastante mais baixa. A nossa<br />
projeção para 2024 é de crescimento,<br />
muito acompanhado com um<br />
investimento da parte eletrónica.<br />
Estamos também a investir em forte<br />
na reparação dos depósitos AdBlue,<br />
que é um complemento que nos está<br />
a alavancar a nível de números”, salienta,<br />
destacando que dentro de<br />
alguns meses se realiza a maior feira<br />
do setor de pós-venda automóvel, a<br />
expoMECÂNICA, na Exponor, que<br />
lhe dá a garantia de, nos meses seguintes,<br />
“aumentar a quantidade de<br />
cientes”. A aposta passa também por<br />
“apoiar as oficinas com capacidade<br />
técnica de diagnóstico, através de<br />
assistência remota”, porque muitas<br />
vezes o problema não acaba com<br />
uma peça nova, “e seguramente com<br />
muitas <strong>das</strong> peças em que nós intervimos,<br />
nem têm absolutamente nada,<br />
é uma questão de leituras, de atualizações<br />
de software, ou até mesmo<br />
questões eletrónicas relaciona<strong>das</strong><br />
com a viatura”, pelo que, defende, “As<br />
pessoas têm que evoluir, e quando<br />
não sabem, têm que procurar, falar<br />
connosco e pedir apoio”, comenta,<br />
admitindo que faz parte dos planos<br />
da Escape Forte “fazer uma triagem<br />
maior àqueles que queremos como<br />
parceiros”, conclui. l<br />
RUI LOPES AFIRMA , SEM QUALQUER DÚVIDA:<br />
“as Garantias SÃO A NOSSA MELHOR PUBLICIDADE, DESDE QUE O<br />
PROBLEMA FIQUE SOLUCIONADO. CONTINUAMOS A PROCURAR PARCEIROS<br />
QUE NECESSITEM DOS NOSSOS SERVIÇOS E QUE NOS POSSAM TRAZER<br />
ALGUMA APRENDIZAGEM”<br />
68 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MAIS DE 50 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM<br />
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VAMOS MANTER O<br />
LEGADO DE PROXIMIDADE<br />
HÁ MAIS DE 35 ANOS, SURGIU A NELSON TRIPA, LDA., UMA EMPRESA DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA<br />
EM CLIMATIZAÇÃO AUTOMÓVEL, REFRIGERAÇÃO E VENDA DE ELETRODOMÉSTICOS. RECENTEMENTE,<br />
A GERÊNCIA PASSOU PARA AS MÃOS DE LÚCIA TRIPA, FILHA DO FUNDADOR, DETERMINADA EM<br />
CONTINUAR A DESTACAR-SE NESTE SETOR E A SEGUIR OS PASSOS DO PAI
Entrevista<br />
LÚCIA TRIPA, GERENTE DA NELSON TRIPA<br />
Tal como prometido em 2021,<br />
numa entrevista ao JO, Nelson<br />
Tripa, fundador da Nelson Tripa,<br />
Lda., confiou o futuro da empresa<br />
à sua filha, Lúcia Tripa. Acarinhado<br />
por muitos, o responsável<br />
era conhecido por tratar todos os seus clientes e<br />
fornecedores com igual simpatia e respeito. Lúcia<br />
Tripa enaltece: “ele tratava bem tanto o bem<br />
vestido como o mal vestido, não fazia distinções<br />
entre as pessoas”. Além da proximidade com os<br />
clientes, também conseguia garantir a satisfação<br />
de 90% dos pedidos que lhe chegavam, com um<br />
stock de produtos infindável que conseguia atender<br />
a quase “todos os gostos e feitios”. Atualmente,<br />
é Lúcia Tripa quem lidera a empresa, comprometida<br />
em preservar o legado familiar.<br />
Negócio Familiar<br />
Os primeiros passos da Nelson Tripa foram dados<br />
em meados de 1970, com a comercialização<br />
exclusiva de peças e acessórios de ar condicionado<br />
para eletrodomésticos. Só mais tarde, em<br />
2002, com o acesso a catálogos da Automechanika,<br />
trazidos do estrangeiro por amigos,<br />
é que o responsável começou a equacionar a<br />
possibilidade de também vender componentes<br />
e acessórios de ar condicionado para veículos<br />
automóveis. O que o impulsionou a tomar essa<br />
decisão, foi um momento caricato que aconteceu<br />
na altura em que trabalhava numa oficina<br />
de refrigeração para motores de carros. Tinha<br />
surgido a necessidade de comprar um compressor<br />
e quando foi saber de preços, foi-lhe cobrado<br />
500 contos. Achou o valor exagerado, por isso,<br />
resolveu ir até Madrid para comparar valores. A<br />
diferença era bastante significativa – 400 contos<br />
a menos –, e foi aí que decidiu que seria uma boa<br />
ideia apostar nesta área.<br />
Já diz o velho ditado,<br />
“tal pai tal filho/a”<br />
Apesar de ainda se considerar “verde” na gestão<br />
global da empresa, Lúcia Tripa acredita que o caminho<br />
para o sucesso passa por colocar em prática<br />
tudo aquilo que o seu pai lhe ensinou. “Aprendi<br />
tudo o que sei com o meu pai. E, o que ainda não<br />
sei, estou a aprender com a Susana, que está na<br />
empresa há 38 anos e era quase como uma filha<br />
para ele”, contou. Tal como o pai, Lúcia também<br />
sabe colocar as “mãos na massa” sempre que assim<br />
seja necessário. “Eu faço de tudo um pouco.<br />
Se estiver alguém de férias ou tiver que sair para<br />
fazer um recado, eu não vou deixar o cliente à<br />
espera. Vou até à oficina e faço o tubo ou mudo<br />
a traseira do compressor. Alguns clientes ficam<br />
surpreendidos, mas eu não me importo de sujar<br />
as mãos”, explicou.<br />
Equipa Eficiente<br />
A equipa é composta por seis elementos, que,<br />
em conjunto, conseguem meter a casa toda a<br />
mexer. Para além de Lúcia, Tomás, o marido,<br />
também faz de tudo um pouco, desde arrumações<br />
de stock, atendimento ao balcão até à ajuda<br />
na oficina; Susana, o membro mais antigo,<br />
conhece toda a mecânica da empresa e por isso<br />
também faz de tudo um pouco; Maria, trabalha<br />
no escritório, mas também ajuda no atendimento<br />
ao cliente; José e Nuno também fazem<br />
atendimento ao cliente e ajudam na arrumação<br />
do armazém, para além disso, Nuno também<br />
costuma de dar assistência na oficina. Apesar<br />
<strong>das</strong> instalações serem as mesmas, houveram<br />
algumas mudanças na zona do balcão. “Quero<br />
que os clientes e os fornecedores entrem e que<br />
continuem a ver o Nelson Tripa Lda., tal como o<br />
meu pai fundou, mas que agora também vejam<br />
um pouco de mim”, afirmou.<br />
Linha de produtos<br />
As marcas são varia<strong>das</strong>, desde a marca branca<br />
(asiática) até a outras conheci<strong>das</strong> do público,<br />
como é o caso da Sanden, Delphi, Denso, Zexel,<br />
York e Waeco/Dometic “Nós temos muito público,<br />
e as pessoas que cá vêm dizem sempre que há<br />
poucas lojas com tanta variedade como a nossa”,<br />
revelou, orgulhosa. Salvo raras exceções em que<br />
são solicitados compressores muito específicos,<br />
o período de entrega é consideravelmente rápido<br />
– logo de um dia para o outro, ou no máximo<br />
dois dias. Caso o cliente opte por uma marca<br />
branca ou reconstruído, o período poderá estender-se<br />
para uma semana. Mas uma coisa é certa,<br />
“só não conseguimos satisfazer mesmo quando o<br />
produto já está obsoleto”, garantiu.<br />
Clientes satisfeitos<br />
EM PORTUGAL E além -fronteiras<br />
Como resultado de muitos anos a garantir qualidade<br />
no serviço e a transmitir confiança a quem<br />
o visitava, Nelson Tripa conseguiu expandir ainda<br />
mais o seu negócio e chegar a clientes de Angola<br />
e Espanha. “Temos clientes ativos que estão<br />
cá há mais tempo do que a minha idade; há<br />
outros que já se reformaram e que continuam a<br />
fazer questão de cá vir. Aliás, quando o meu pai<br />
faleceu, estavam lá tantas pessoas que eu nunca<br />
imaginei. Estavam lá clientes, fornecedores…<br />
Eu acho que estavam lá pela pessoa que o meu<br />
pai era”, recordou. “Ele era uma pessoa muito<br />
boa, tratava toda a gente de maneira igual, tinha<br />
sempre boa disposição e um sorriso na cara.<br />
E, isso, faz-nos pensar que realmente ele fazia a<br />
diferença na vida <strong>das</strong> pessoas, porque se não se<br />
importassem nem sequer iam. Por isso, vamos<br />
continuar a manter o legado de proximidade<br />
que o meu pai deixou”, acrescentou.<br />
Acompanhar a evolução<br />
Para 2024, a estratégia passa por “tentar ter de<br />
tudo um pouco, de forma a reduzir o tempo de<br />
espera do cliente. Além disso, quero conseguir<br />
entrar nos eixos do negócio e fazer o meu melhor<br />
para manter a proximidade com os clientes<br />
e o crescimento da empresa”, assegurou. Acompanhar<br />
a evolução também é uma premissa importante<br />
para Lúcia Tripa. “Estamos sempre a<br />
evoluir em tudo. A medicina evolui, o mercado<br />
de trabalho evolui, e o ar condicionado também<br />
vai continuar a evoluir. Recentemente, ficamos<br />
a par do surgimento de um novo gás para compressores<br />
e para os carros a hidrogénio, durante<br />
a nossa presença na expoMECÂNICA. Estamos<br />
agora a dedicar-nos mais a explorar este tema,<br />
pois já vários clientes nos pediram. Por isso, o<br />
foco principal é mesmo continuar a manter-nos<br />
atualizados”. l<br />
APESAR DE AINDA SE CONSIDERAR “VERDE” NA GESTão GLOBAL DA<br />
empresa, LÚCIA TRIPA acrediTA QUE O CAMINHO PARA O SUCESSO PASSA<br />
POR COLOCAR EM PRÁTICA TUDO aquilo QUE O SEU PAI LHE ENSINOU<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 71
Empresa<br />
PERCURSO EXIGENTE MAS GRATIFICANTE<br />
KROFTOOLS CELEBRA<br />
35º ANIVERSÁRIO<br />
A KROFTOOLS, FUNDADA EM 1989, CELEBRA ESTE ANO O 35º ANIVERSÁRIO E PREPARA-SE<br />
PARA INICIAR A CONSTRUÇÃO DE NOVAS INSTALAÇÕES QUE IRÃO AUMENTAR O STOCK E MELHORAR<br />
AS CONDIÇÕES DE TRABALHO PARA OS MAIS DE TRINTA FUNCIONÁRIOS QUE CONSTITUEM A EQUIPA,<br />
SEMPRE DISPOSTA A EVOLUIR E A ENTREAJUDAR-SE, TAL COMO UMA FAMÍLIA<br />
Em 1992, José Bárbara, CEO da KROFtools,<br />
que cresceu a absorver a paixão pela área<br />
automóvel e uma indiscutível vontade de<br />
vencer, aliou-se à empresa fundada pelo seu pai,<br />
a Crofil. Em 2003, Anabela Bárbara, CFO da<br />
KROFtools, associou-se à gestão da empresa,<br />
reforçando ainda mais o empenho de ambos no<br />
foco da melhoria constante. “Nestes 35 anos, têm<br />
sido vários os desafios que temos ultrapassado,<br />
mas consideramos que o mais desafiante, foi sem<br />
dúvida, ganhar a confiança dos clientes e a aceitação<br />
da nossa própria marca, a KROFtools – Professional<br />
Tools”, afirma José Bárbara. Apesar de<br />
estarem num mercado muito competitivo, “conseguir<br />
alcançar a nossa posição junto dos clientes<br />
foi exigente, mas muito gratificante”, acrescenta o<br />
CEO da KROFtools.<br />
Para que a empresa pudesse crescer, foi necessário<br />
implementar estratégias que permitissem destacar<br />
a KROFtools <strong>das</strong> ofertas existentes no mercado.<br />
“Inicialmente a estratégia de atuação apresentava<br />
um conceito um pouco diferente, pois efetuávamos<br />
a venda direta ao consumidor final, o leque de<br />
produtos também não era tão alargado”, partilha<br />
José Bárbara. Além da constante análise e melhoria,<br />
em 2005 a KROFtools dá início ao processo<br />
de venda exclusiva a distribuidores de peças auto<br />
e equipamentos para oficina, a nível nacional e<br />
internacional. Para trás fica a venda direta ao<br />
consumidor final. Estas mudanças foram importantes,<br />
pois permitiram a evolução significativa da<br />
empresa. Além disso, a presença em feiras nacionais<br />
e internacionais permitiram alargar o leque<br />
de clientes. “Para este “pontapé de saída”, iniciamos<br />
a presença nas feiras nacionais e internacionais.<br />
Começamos com a EMAF, em 2012, a nível<br />
nacional, e a primeira internacional em 2013 com<br />
a Motortec. Nesta altura, a presença do comercial<br />
da zona sul foi muito importante para a expensão”,<br />
reforça o CEO da KROFtools.<br />
Como comercializam apenas a marca própria<br />
KROFtools, “temos no nosso ADN qualidade, fiabilidade<br />
e inovação, características que consideramos<br />
imprescindíveis. Quando o consumidor opta<br />
por uma ferramenta ou equipamentos KROFtools<br />
tem garantido um produto de elevado desempenho,<br />
que irá corresponder às suas expetativas”, garante<br />
José Bárbara, CEO da KROFtools. Na sua<br />
visão “uma venda só é completa se incluir o serviço<br />
pós-venda. Por isso, oferecemos um serviço pós-<br />
-venda a todos os nossos produtos, e dispomos de<br />
uma equipa técnica na zona norte e outra na zona<br />
sul do país, para que possamos quase de imediato<br />
solucionar as questões que vão surgindo.”<br />
A nível de planos futuros, a KROFtools pretende<br />
abrir novas parcerias e acompanhar o progresso<br />
do mercado. “O lançamento de novos produtos já<br />
é uma prática recorrente da marca, pois vamos<br />
lançando vários ao longo do ano. Além disso,<br />
aprimoramos os modelos já existentes, o que faz<br />
com que seja uma mais-valia para alcançar novos<br />
mercados. Atualmente, o nosso catálogo já soma<br />
mais de 3.000 referências, o que fez com que em<br />
2023 criássemos um suplemento ao catálogo,<br />
para que quem nos procura consiga facilmente<br />
identificar as novidades”, conclui José Bárbara. O<br />
feedback positivo que tem tido ao longo dos anos<br />
dos seus parceiros e a amizade que se tem criado<br />
com muitos deles, denota o bom trabalho desenvolvido<br />
ao longo dos anos pela empresa, que pretende<br />
continuar neste bom caminho, na evolução<br />
e no aumento da gama de produtos. l<br />
HÁ TRÊS DÉCADAS E MEIA, UM SONHO GANHOU FORMA NO SETOR<br />
AUTOMÓVEL E HOJE A KROFTOOLS É RECONHECIDA NO MERCADO<br />
DAS FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS DE OFICINAS, COM UMA VISÃO<br />
MARCANTE DE QUALIDADE E EXCELÊNCIA<br />
72 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
UFI FILTERS<br />
LIDERA SISTEMAS DE FILTRAGEM<br />
NAS EQUIPAS DE FÓRMULA 1<br />
A<br />
UFI Filters confirma a excelência dos seus sistemas de filtração ao carro, com uma produção anual total de cerca de 8 mil filtros», revelou a<br />
fornecê-los aos carros de nove <strong>das</strong> dez equipas que competem na marca em comunicado. Para a Fórmula 1, cada filtro é feito à medida <strong>das</strong><br />
temporada de Fórmula 1 de 2024. Trata-se de um prémio de prestígio<br />
para as tecnologias desenvolvi<strong>das</strong> pela Divisão High Tech da UFI Filmos<br />
de dimensões e materiais utilizados (incluindo alumínio, fibra de car-<br />
necessidades <strong>das</strong> diferentes equipas, com soluções personaliza<strong>das</strong> em terters,<br />
fundada em 1999, e para a empresa que, desde 1978, tem registado bono e titânio). A sua definição é o resultado de um processo de co-design<br />
uma série de contínuos sucessos na categoria máxima do desporto automóvel.<br />
Na Fórmula 1, a UFI Filters não fornece apenas às equipas filtros Muitas vezes, no decorrer da época, as atualizações e as modificações dos<br />
entre os engenheiros da Divisão High Tech da UFI Filters e os <strong>das</strong> equipas.<br />
de óleo de motor e de gasolina e filtros de ar: «a complexidade dos carros filtros são também solicita<strong>das</strong> pelas equipas, em função <strong>das</strong> evoluções introduzi<strong>das</strong><br />
nos de hoje significa que são necessários até quinze elementos filtrantes num<br />
carros.<br />
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74 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
REFORÇA CONFIANÇA<br />
NA REPSOL HONDA PARA O MOTOGP 2024<br />
GS YUASA | A GS Yuasa anunciou com orgulho a continuação da sua parceria dinâmica com a<br />
equipa Repsol Honda para a época de MotoGP de 2024. Esta parceria, que ultrapassou uma década,<br />
não só celebra o compromisso da GS Yuasa com a excelência, mas também marca uma nova era com<br />
a introdução de Joan Mir e Luca Marini como pilotos da equipa. Joan Mir, ex-Campeão do Mundo de<br />
MotoGP, e Luca Marini, conhecido pelos seus “feitos notáveis em Moto2, estão prontos para inspirar<br />
a Equipa Repsol Honda com a sua mistura de experiência e ambição juvenil”, refere a GS Yuasa. “As<br />
proezas táticas de Mir e a busca incessante de desempenho de Marini exemplificam as qualidades<br />
que a GS Yuasa representa: qualidade, desempenho e fiabilidade. Juntos, representam uma força<br />
formidável na pista, encarnando o espírito dos campeões”, destaca. Desde o início da sua aliança com<br />
a Repsol Honda Team, a GS Yuasa não só testemunhou como também contribuiu para o legado de<br />
sucesso da equipa, conquistando seis títulos.<br />
DISTINGUIDO COMO<br />
“FORNECEDOR DO ANO” PELA NEXUS<br />
bilstein group | No passado dia 5 de março, o bilstein group foi nomeado “Fornecedor do<br />
Ano”, na categoria de veículos de passageiros, pela NEXUS Automotive International. Na cerimónia de<br />
entrega dos prémios no Mónaco, foram reconhecidos, em particular, os méritos do especialista em peças<br />
para veículos automóvel com sede em Ennepetal, em garantir o futuro do Aftermarket (IAM) e a parceria<br />
progressiva com oportunidades de desenvolvimento positivas para todos os envolvidos na cooperação.<br />
“O prémio NEXUS Community enche-nos de orgulho. Ao mesmo tempo, é também uma expressão do<br />
esforço contínuo do bilstein group em melhorar. Para nós, as relações comerciais basea<strong>das</strong> em parcerias<br />
e o crescimento conjunto fazem parte da nossa filosofia corporativa. A intensa cooperação com a NEXUS<br />
sublinha esta estratégia, uma vez que representamos valores comuns e estamos empenhados em<br />
fortalecer o IAM”, comentou Karsten Schüßler-Bilstein, Managing Director do bilstein group, sobre o<br />
prémio. A NEXUS Automotive International tem mais de 450 membros e está presente em 139 países. O<br />
grupo gera um volume de negócios superior a 40 mil milhões de euros.<br />
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NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
SOLUÇÃO INOVADORA<br />
PARA REPARAÇÃO AUTOMÓVEL<br />
Tips4y | Chega agora ao mercado nacional o novo DataDrive Mobile, uma solução digital<br />
desenvolvida pela Tips4y para o setor automóvel. “A mobilidade tornou-se um requisito<br />
fundamental para uma experiência de utilização que exige cada vez mais uma resposta<br />
imediata, ágil e simples”, começa por referenciar a Tips4y. Foi a pensar nisso que desenvolveram<br />
o novo DataDrive Mobile, uma solução digital inovadora que com apenas uma fotografia da<br />
matrícula consegue-se aceder a toda a informação do veículo, tanto em versão desktop como<br />
mobile: Matrícula: identifica com rigor uma viatura; Orçamento: obtém em 4 segundos um<br />
orçamento com preços OE e IAM; Agendamento: organiza de forma eficiente o tempo dos<br />
produtivos; Check-In: potencia o valor dos orçamentos em operações adicionais; Informação<br />
Técnica: garante qualidade da execução dos serviços; DataRepair: linha de Apoio Técnico ao<br />
Diagnóstico e à Reparação; Livro de Manutenção Digital: regista os serviços de Manutenção num<br />
único portal.<br />
RELANÇA AÇÃO DE REFLORESTAÇÃO<br />
NO PINHAL DE LEIRIA<br />
TOTALEnergies | A TotalEnergies Portugal pretende reflorestar 50 hectares na zona do Pinhal de<br />
Leiria, uma área consumida pelos incêndios em 2017. Dando continuidade ao projeto iniciado no final de<br />
2022, a TotalEnergies Marketing Portugal já realizou em 2023, várias ações de reflorestação no pinhal de<br />
Leiria. “Lançámos a primeira ação de plantação de pinheiro manso em 2023, com o objetivo de reflorestar<br />
cerca de 50 hectares da área consumida no incêndio de 2017”, revelou em comunicado. Este ano, estão<br />
previstas várias ações, tendo já decorrido uma em março, que contou com a presença dos colaboradores <strong>das</strong><br />
diferentes empresas da TotalEnergies em Portugal – Generg, AS24 e TotalEnergies Mkt Portugal. Contou<br />
também com a participação da FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting) neste projeto<br />
de reflorestação. Nesse dia juntaram-se em Leiria, pilotos e equipas desportivas que trocaram volantes e<br />
capacetes por pás e pinheiros, contribuindo de forma ativa para a reflorestação da mata ardida”, destaca.<br />
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FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EM VE<br />
PDauto e PDACADEMIA Portugal | A PDacademia e a PDauto recentemente<br />
organizaram uma formação especializada em manutenção de veículos elétricos da marca Tesla,<br />
destacando-se como um marco importante no setor automóvel. Com dois Teslas disponíveis para<br />
desmontagem, testes e diagnósticos, os participantes puderam mergulhar profundamente na<br />
tecnologia de ponta desses veículos e aprender técnicas avança<strong>das</strong> de reparação e manutenção. A<br />
formação proporcionou aos profissionais uma compreensão abrangente dos sistemas elétricos e<br />
mecânicos dos Teslas, capacitando-os a oferecer um serviço de excelência aos proprietários destes<br />
automóveis inovadores. Este evento reforça o compromisso da PDacademia e da PDauto em promover<br />
a especialização e a qualidade no mercado da manutenção automóvel.<br />
ABRE NOVO ARMAZÉM EM COIMBRA<br />
Krautli Portugal | Com a abertura desta plataforma logística, a Krautli Portugal passa<br />
a disponibilizar armazéns em Lisboa, Porto e Coimbra com uma capacidade instalada superior a<br />
7.800 m2. “É com grande entusiasmo que informamos que expandimos a nossa operação logística<br />
com a abertura de um novo armazém na cidade de Coimbra”, anuncia a Krautli em comunicado. Este<br />
novo espaço foi cuidadosamente projetado para atender às crescentes necessidades dos clientes<br />
da empresa, de modo a garantir um serviço de maior proximidade, eficiência e agilidade. O novo<br />
armazém de Coimbra tem 1.200 m2 de área e está localizado na Rua Cerâmica Ceres, 15, Fração T,<br />
Armazém 14 - 3020-927 Torre de Vilela – Coimbra. “Estamos confiantes de que esta expansão trará<br />
benefícios significativos na nossa operação, designadamente na zona centro do país”, concluiu.<br />
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NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
REALIZAM FORMAÇÃO<br />
SOBRE SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO<br />
AZ AUTO e NRF | A AZ Auto trabalha diariamente em parceria com a NRF, através de ações de<br />
formação, para fazer face à constante evolução tecnológica no sector automóvel no que toca à compreensão<br />
e manutenção adequada dos sistemas de climatização As sessões de formação, leva<strong>das</strong> a cabo na AZ Auto<br />
no Porto e Lisboa, ofereceram uma excelente oportunidade para as equipas internas da AZ Auto e clientes<br />
selecionados, aprofundarem os seus conhecimentos sobre os sistemas de climatização, componentes vitais<br />
para o conforto e desempenho dos veículos modernos. Os participantes tiveram a oportunidade de aprender<br />
e conhecer novidades sobre sistemas de climatização, compreendendo sua função, manutenção adequada<br />
e diagnóstico de problemas comuns. Com a crescente presença de veículos híbridos e totalmente elétricos<br />
nas nossas estra<strong>das</strong>, a compreensão dos sistemas de climatização torna-se ainda mais crucial. Estes veículos<br />
possuem necessidades específicas em termos de arrefecimento e gestão térmica, tanto do seu habitáculo como<br />
<strong>das</strong> próprias baterias do automóvel, o que faz com que um mau diagnóstico de uma avaria ou uma deficiente<br />
manutenção, possa incorrer em custos elevados e desnecessários.<br />
MUDA DE NOME PARA<br />
EMPORIO INFINITY PARTS<br />
Algarchapa | Com 20 anos de experiência no mercado do aftermarket, a Algarchapa<br />
decidiu acompanhar o ritmo de crescimento com a alteração da sua designação para<br />
Emporio Infinity Parts. O nome Algarchapa traduz-se em 20 anos de experiência em ven<strong>das</strong> e<br />
distribuição de peças automóveis que, recentemente, evoluiu para Emporio Infinity Parts. Para<br />
a empresa, esta mudança “representa um negócio mais amplo, que pretende alcançar novos<br />
desafios e mercados”. Assim, e no âmbito do investimento realizado e traduzido brevemente<br />
na inauguração <strong>das</strong> novas instalações com mais de 1.000 m2, em Algoz, foi entendido que a<br />
insígnia deveria ser renovada. Com o objetivo de representar a oferta de produtos que tem<br />
disponível no mercado, refletindo a maior notoriedade e presença no mercado, bem como, a<br />
abrangência e consequente perspetiva de futuro.<br />
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JOÃO SILVA, CEO LUZDEAIRBAG<br />
AUTEL É A MARCA BANDEIRA DA EMPRESA LEIRIENSE LUZDEAIRBAG, QUE SE DEDICA À<br />
COMERCIALIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO. FUNDADA EM 2017, A CASA TEM CRESCIDO<br />
EM MÉDIA 30 A 40% A CADA ANO E JOÃO SILVA, O CEO, DEU-NOS CONTA DO PERCURSO QUE TEM<br />
SIDO TRILHADO PELA EMPRESA ATÉ AOS DIAS DE HOJE, COM VÁRIOS PROJETOS NA CALHA<br />
A<br />
história da LuzDeAirbag começa<br />
precisamente com uma<br />
luz de airbag acesa no painel<br />
de instrumentos de um BMW<br />
E46, de um familiar de João<br />
Silva. “Eu sempre estive muito<br />
relacionado com a eletrónica e a informática<br />
e, na altura, tentei pesquisar uma solução e<br />
encontrei-a. Depois, pensei que poderia tornar<br />
isto num negócio, porque, de certa forma já havia<br />
pessoas que andavam a vender isto online.<br />
Com o passar do tempo consegui aumentar o<br />
portefólio, não só para o tal BMW do meu familiar,<br />
mas também para Mercedes, Audi e outras<br />
marcas”, conta, revelando que, desde logo se<br />
deparou com um problema, “ao ligarmos estes<br />
dispositivos, era sempre necessário utilizar uma<br />
máquina de diagnóstico para eliminar os erros.<br />
Comprei a primeira máquina, para testar e tornou-se<br />
«numa bola de neve» e hoje em dia somos<br />
o que somos, muito também à conta disso”.<br />
Autel Portugal<br />
A sede da LuzDeAirbag está situada na Estrada<br />
Nacional 113, ao KM6, e é lá que tem o serviço<br />
de assistência técnica e o armazém, que já começa<br />
a ser pequeno para todo o stock, pelo que<br />
há o projeto de construir outro nas redondezas,<br />
para apoiar a logística. “Também vai passar a<br />
ser o centro de reparações da Autel para Portugal,<br />
porque desde este ano que a marca decidiu<br />
que to<strong>das</strong> as reparações passam estar na mão<br />
do importador de cada país, para garantir uma<br />
maior celeridade nos processos”, explica-nos João<br />
Silva. O CEO esclarece que, apesar de a fábrica<br />
ser na China, grande parte do desenvolvimento<br />
é feito nos vários países onde estão as viaturas,<br />
em conjunto com o pessoal alocado à assistência<br />
técnica. Com a designação de LuzDeAirbag Autel<br />
Premium Partner desde 2023, “passámos a ser o<br />
importador e representante da marca para Portugal,<br />
ou seja, tudo o que diz respeito às linhas<br />
da marca tem a ver connosco”, afirma o responsável,<br />
não sem mencionar que continua a existir<br />
um mercado paralelo. “Há aquelas oficinas que<br />
adquirem equipamentos Autel que não são certificados<br />
para o mercado europeu… nós estamos<br />
a tentar informar o mercado o melhor que podemos<br />
e, de facto, o mercado já começa a estar<br />
consciencializado para essas questões, os profissionais<br />
preferem o equipamento certificado e isso<br />
nota-se nas ven<strong>das</strong>”, revela. A empresa vende diretamente<br />
às oficinas e, no caso <strong>das</strong> que têm parceiros,<br />
limitam-se a fazer “um trabalho de consultadoria,<br />
para perceber quais as necessidades a<br />
nível de diagnóstico, e é isso que também nos faz<br />
crescer”, assegura João Silva. A LuzDeAirbag tem<br />
um call center e sempre que alguém tem uma dúvida<br />
pode vê-la esclarecida através deste serviço:<br />
“os colegas ligam remotamente via TeamViewer e<br />
conseguem fazer tudo em conjunto com o cliente.<br />
É um apoio à máquina de diagnóstico e à reparação<br />
do carro, porque muitas vezes não é só ler<br />
o erro que nos aparece. É necessário identificar<br />
e avaliar dados reais, comparar com situações<br />
idênticas, e garantir que temos uma solução para<br />
aquele cliente. Aliás, acho que isto é um dos nossos<br />
segredos, uma <strong>das</strong> nossas bandeiras”, comenta,<br />
com satisfação.<br />
Solução 360°<br />
João Silva assegura que a LuzDeAirbag tem<br />
disponível uma solução 360° em tudo o que diz<br />
respeito a equipamentos de diagnóstico. Para já,<br />
dedicam-se especificamente a veículos ligeiros,<br />
mas estão “à espera de uma nova solução da Autel”,<br />
dirigida a veículos pesados. A empresa oferece<br />
também soluções para os TPMS: “Temos<br />
uma máquina única que nos permite fazer o<br />
alinhamento de direção e depois a calibração do<br />
ADAS, que é o IA900WA. Mais recentemente,<br />
temos o diagnóstico para os veículos elétricos,<br />
que permite avaliar o estado de saúde da bateria,<br />
célula a célula e determinar o SOH (Status Of<br />
Health) da bateria, ou seja, o estado de saúde, o<br />
que também vai determinar o valor comercial do<br />
carro”, conta o CEO da LuzDeAirbag. A estes somam-se<br />
equipamentos para fazer a reparação da<br />
bateria, “desmontamos a bateria do carro, temos<br />
a bancada e conseguimos repará-la, perceber<br />
qual é que é a célula danificada, balancear, recodificar<br />
o software e conseguimos garantir que<br />
temos uma solução única que neste momento já<br />
está no mercado”. Uma área que tem cada vez<br />
mais interessados, havendo já pré-encomen<strong>das</strong>,<br />
que aguardam apenas que a empresa possua a<br />
respetiva formação. João Silva destaca também<br />
o equipamento Autel que permite fazer o alinhamento<br />
de direção e a calibração do ADAS. “A<br />
nível do ADAS, eu diria que a Autel é <strong>das</strong> marcas<br />
que tem a solução mais avançada e completa,<br />
neste meio”, afirma. A LuzDeAirbag comercializa<br />
ainda sistemas de carregamento para veículos<br />
elétricos, e dedica-se à codificação de chaves,<br />
um trabalho que é realizado de forma remota. O<br />
CEO considera que esta é “uma oportunidade de<br />
negócio ótima”, para “tudo o que são chaveiros e<br />
sapateiros, pois nos sapatos ganham 10€ e para<br />
fazer uma chave são 150€”. Em fase de testes estão<br />
os complementos à oficina, “que precisa de<br />
produtos de qualidade, a um preço bom e que<br />
garanta fiabilidade ao consumidor”.<br />
“As redes sociais são fundamentais”<br />
Quando abordamos o tema <strong>das</strong> novas formas de<br />
comunicar com os clientes, João Silva não hesita<br />
em responder-nos que “estamos em 2024, não<br />
estamos em 1990. Se fizermos uma campanha<br />
nas redes sociais, eu consigo, se calhar, chegar a<br />
mil pessoas. Se tiver de bater porta a porta, é impossível.<br />
As redes sociais são fundamentais, uma<br />
excelente forma de comunicarmos com quem tem<br />
interesse e serve para angariar novos clientes”. O<br />
A LUZDEAIRBAG TEM UM CALL CENTER E SEMPRE QUE ALGUÉM<br />
TEM UMA DÚVIDA PODE VÊ-LA ESCLARECIDA ATRAVÉS DESTE SERVIÇO.<br />
OS TÉCNICOS LIGAM REMOTAMENTE VIA TEAMVIEWER E CONSEGUEM<br />
FAZER TUDO EM CONJUNTO COM O CLIENTE<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 81
JOÃO SILVA<br />
JOÃO SILva TEM VÁRIOS PROJETOS NA CALHA PARA A LUZDEAIRBAG.<br />
PARA JÁ, A EMPRESA ESTÁ A REMODELAR as INSTALAÇÕES,<br />
mas FAZ PARTE DOS OBJETIVOS TER UM SISTEMA DE ERP, PARA<br />
sabeR EXATAMENTE AO DIA O QUE É QUE TEM A NÍVEL DE STOCK<br />
responsável alerta, no entanto, para<br />
as fraudes que se multiplicam na internet:<br />
“nem tudo o que lá aparece<br />
é verdade. Eu costumo dizer assim:<br />
que nós estamos aqui, na Estrada<br />
Nacional 113, KM6, venham cá,<br />
pesquisem, nós damos a cara, mas<br />
hoje em dia, quem não está nas redes<br />
sociais, nem está na parte digital,<br />
não existe”, afirma. Em paralelo,<br />
também os salões são um ponto essencial<br />
para contactar com os clientes.<br />
João Silva conta que até era “um<br />
bocado reticente <strong>das</strong> feiras, porque<br />
era um investimento muito caro”,<br />
mas mudou radicalmente de opinião<br />
e hoje sente que a feira “é uma<br />
montra, um sítio onde nos podemos<br />
encontrar com aqueles clientes com<br />
quem falamos quase todos os dias.<br />
Este ano vamos estar novamente a<br />
expoMECÂNICA, com 200 metros<br />
quadrados. Só que desta vez vamos<br />
ter um visual novo”. Para o CEO da<br />
LuzDeAirbag, “a feira, para quem<br />
está nesta área, de forma séria e<br />
profissional, é obrigatório e um dever<br />
estar presente”, entende.<br />
Objetivos na manga<br />
João Silva tem vários projetos na<br />
calha para a LuzDeAirbag. Para já,<br />
a empresa está a remodelar as instalações,<br />
mas faz parte dos objetivos<br />
ter “um sistema de ERP, para<br />
sabermos exatamente ao dia o que<br />
é que temos a nível de stock, assim<br />
como os nossos parceiros e os<br />
nossos clientes. Isso vai-nos ajudar<br />
muito no processo <strong>das</strong> entregas, dos<br />
envios e tudo mais”. Para este ano,<br />
também, a empresa deseja alargar a<br />
assistência, não só para quem tem<br />
máquinas Autel, mas para to<strong>das</strong><br />
as pessoas que tenham máquinas<br />
OFICINAS PROCURAM APOIO TÉCNICO<br />
oão Silva considera que, atualmente, “o<br />
J preço já não é a questão mais<br />
importante” nos aspetos que as oficinas<br />
procuram num fornecedor de equipamentos de<br />
diagnóstico. Segundo o CEO da LuzDeAirbag, “o<br />
que as oficinas procuram é apoio técnico, para<br />
que, caso o equipamento avarie, tenham uma<br />
solução de imediato. Por exemplo, nós, quando<br />
o equipamento avaria, o cliente preenche um<br />
formulário, e os colegas da parte técnica vão<br />
entrar em contato para perceber o que é que se<br />
passa. Pode ser alguma avaria com o software<br />
fácil de resolver remotamente. Caso não seja,<br />
mandamos o equipamento de substituição<br />
pela transportadora, recolhemos o<br />
equipamento avariado e, quando está<br />
reparado, informamos que está pronto e o<br />
processo fica finalizado”. Possuir equipamentos<br />
de substituição, “equivalentes ou melhores” do<br />
que o equipamento que o cliente tem, é já uma<br />
obrigatoriedade para a LuzDeAirbag, que<br />
de diagnóstico e que necessitem<br />
de uma assistência técnica. Está<br />
previsto o lançamento do serviço<br />
chamado Remote Expert, em que<br />
o “cliente liga para a linha de assistência<br />
e nós fazemos o serviço<br />
de PassThru. A única coisa de que<br />
ele necessita é de ter a máquina de<br />
diagnóstico Autel, uma boa ligação<br />
considera que assim o cliente não se sente<br />
“descalço, porque dizer-lhe que vai ficar dois ou<br />
três meses sem a máquina, é impossível, tanto<br />
para ele como para nós”. A formação tem um<br />
lugar preponderante na LuzDeAirbag, que<br />
disponibiliza ao mercado a Academia Autel.<br />
Trata-se de formação certificada feita junto dos<br />
parceiros, onde é possível demonstrar “aquilo<br />
que o produto é capaz de fazer, com problemas<br />
reais do dia a dia e como é que os podemos<br />
resolver. Porque a nossa ideia é que quem tem<br />
os produtos Autel consiga tirar o máximo<br />
partido dos mesmos, que consiga fazer<br />
dinheiro com eles”. A Academia, explica, “é um<br />
conceito”, sendo que é a LuzDeAirbag que vai<br />
até ao parceiro, para ministrar a formação<br />
numa sala com capacidade para tal. Entre as<br />
empresas que já fizeram esta formação, está a<br />
RedeInnov, a MondegoPeças, a Krautli, a<br />
Bombóleo, ou o Grupo Trust, por exemplo.<br />
de internet e vai conseguir fazer<br />
tudo de uma forma muito tranquila”.<br />
A empresa iniciou o ano de forma<br />
“envergonhada”, mas João Silva<br />
acredita “que vai correr bem, como<br />
tem corrido sempre. Temos crescido<br />
uma média entre 30 a 40% todos os<br />
anos. E acho que este ano não vai ser<br />
exceção. Vamos trabalhar para isso.<br />
De 1,5 M€ de faturação em 2022,<br />
passamos para 2,3 M€ em 2023.<br />
Este ano queremos ver se conseguimos<br />
3,5 a 4 M€”. Para tal, João Silva<br />
reconhece a necessidade de “adicionar<br />
mais portefólio, porque senão<br />
estamos estagnados, encostados à<br />
Autel. Monomarca não é fácil, temos<br />
de trabalhar com mentalidades<br />
diferentes. Nós, europeus, temos<br />
uma mentalidade, os asiáticos têm<br />
outra, e às vezes é difícil conseguirmos<br />
gerir as mentalidades, e satisfazer<br />
todos”. A principal dificuldade,<br />
diz, prende-se com os objetivos da<br />
marca: “o asiático olha muito para<br />
a questão do dinheiro, eles querem<br />
logo tudo de uma vez, e por vezes é<br />
preciso dar um passo para trás para<br />
darmos dois para a frente”, defende,<br />
vendo o futuro com bons olhos. “A<br />
Autel, neste momento, é líder de<br />
mercado no diagnóstico. Agora, é<br />
preciso continuarmos a melhorar o<br />
produto e o produto ser bom, capaz<br />
e consistente, para continuarmos a<br />
ser líderes”, conclui. l<br />
82 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Entrevista<br />
PEDRO DE JESUS, ADMINISTRADOR DA COMETIL<br />
A caminho da<br />
ternura dos 40!<br />
PRESTES A CELEBRAR O 40.º ANIVERSÁRIO, A COMETIL ESTÁ<br />
MAIS DINÂMICA DO QUE NUNCA. A EMPRESA, QUE DISTRIBUI<br />
EQUIPAMENTOS OFICINAIS, REGISTOU UM RECORDE DE<br />
FATURAÇÃO EM 2023 E PREPARA-SE PARA MAIS UM ANO DE<br />
CRESCIMENTO, DEPOIS DE UM ARRANQUE AUSPICIOSO NESTE<br />
PRIMEIRO TRIMESTRE. PARCEIRA DA HUNTER DESDE O INÍCIO, A<br />
COMETIL POSSUI VÁRIAS OUTRAS MARCAS PREMIUM E AINDA<br />
A MARCA PRÓPRIA CAN. FOI SOBRE ISTO E MUITO MAIS QUE<br />
CONVERSÁMOS COM O ADMINISTRADOR, PEDRO DE JESUS<br />
A<br />
Cometil nasce em 1985, em Loures, às<br />
mãos de Pedro de Jesus, pai do atual administrador,<br />
com o mesmo nome. Nessa<br />
altura, depois de onze anos a trabalhar numa<br />
empresa de equipamentos que estava a entrar em<br />
declínio, o responsável – já quase sexagenário –<br />
decidiu entrar no negócio dos equipamentos oficinais<br />
para fazer face à lacuna que se afigurava<br />
no horizonte. O filho, conta-nos, acompanhou-o<br />
“desde o primeiro dia. Eu sempre gostei de carros<br />
e quando não havia escola, gostava era de andar<br />
nas oficinas. Éramos nós os três: a minha mãe<br />
a atender o telefone, na parte administrativa, ele<br />
na parte operativa e eu era o ajudante”, recorda,<br />
com um brilho no olhar que não esconde o saudosismo<br />
de tempos que já não voltam.<br />
Hunter: parceiros de sempre<br />
Desde logo, as bases da Cometil ficaram intrinsecamente<br />
liga<strong>das</strong> à marca norte-americana Hunter.<br />
“Ainda em 1985, a Hunter soube que o meu<br />
pai tinha feito uma empresa e convidou-o para<br />
tomar conta da marca em Portugal, visto que o<br />
antigo importador já tinha alguns problemas.<br />
Foi o início da Cometil «agarrada» à Hunter,<br />
que foi e continua a ser a nossa marca fulcral”,<br />
explica. A empresa nasceu com um perfil técnico,<br />
dedicado à formação e à assistência técnica,<br />
de onde surgiu o slogan «Com boa assistência e<br />
formação, as ven<strong>das</strong> acontecem». A evolução da<br />
casa trouxe novas gamas de produtos e várias outras<br />
marcas, entre as quais a Omer, Blitz/Rotary,<br />
Cemb, Butler, Waeco, Hazet/Vigor, Gutmann,<br />
AHS, DEA, Schrader Pacific ou a Romess, numa<br />
escolha variada que Pedro de Jesus define como<br />
“produtos premium, não só devido à qualidade,<br />
robustez e fiabilidade, mas também porque aportam<br />
ao cliente a capacidade de desenvolver a sua<br />
atividade comercial”.<br />
Hoje, em Portugal, a equipa engloba 33 colaboradores,<br />
entre a sede, em Loures, e a filial, em<br />
Santo Tirso. Desde há dez anos, existe também a<br />
Cometil Espanha, com sede em Barcelona, onde<br />
trabalham outras vinte pessoas. Ainda que sejam<br />
duas empresas distintas, partilham a génese e a<br />
parceria com a Hunter, que tem estado sempre<br />
no centro do seu desenvolvimento. “A Hunter<br />
veio ter connosco, pois o importador de Espanha<br />
começou a entrar em declínio e eles averiguaram<br />
o mercado e não encontraram uma solução para<br />
distribuidor. Então, lembraram-se de nós, que<br />
somos vizinhos e fazemos um bom trabalho há<br />
tantos anos, e questionaram-nos se estaríamos<br />
disponíveis para o projeto. Assim, formámos a<br />
Cometil Espanha em 2014 e começamos com a<br />
distribuição do mercado espanhol. Este ano um<br />
dos projetos que temos é abrir uma filial em Madrid,<br />
com um centro de formação, à semelhança<br />
do que temos aqui, e exposição, assim como em<br />
Santo Tirso e Barcelona”, diz-nos o responsável.<br />
A Cometil Portugal não vende para Espanha e<br />
vice-versa, “cada um distribui autonomamente<br />
84 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
EM PORTUGAL,<br />
A EQUIPA ENGLOBA<br />
33 COLABORADORES,<br />
ENTRE A SEDE, EM LOURES,<br />
E A FILIAL, EM SANTO TIRSO.<br />
DESDE HÁ DEZ ANOS,<br />
EXISTE TAMBÉM A COMETIL<br />
ESPANHA, ONDE TRABALHAM<br />
OUTRAS VINTE PESSOAS
PEDRO<br />
DE JESUS<br />
A COMETIL NASCEU COM UM PERFIL TÉCNICO, DEDICADO À FORMAÇÃO<br />
E À assistência TÉcnica, DE ONDE SURGIU O SLOGAN «COM BOA<br />
assistência E formaÇÃO, AS VENDas ACONTECEM»<br />
as marcas. Espanha também começou<br />
com a Hunter, mas rapidamente<br />
os outros fabricantes <strong>das</strong><br />
outras marcas quiseram que nós<br />
estivéssemos em Espanha com eles<br />
e hoje o catálogo é quase igual”.<br />
Dois mercados diferentes<br />
Para Pedro de Jesus, os mercados<br />
português e espanhol têm caraterísticas<br />
diferentes, apesar de semelhantes,<br />
e assume que a experiência<br />
em Portugal permitiu crescer<br />
muito mais depressa em Espanha.<br />
“Somos portugueses, conhecemos<br />
bem a nossa população e acompanhamos<br />
a evolução de tudo, do setor<br />
automóvel, <strong>das</strong> pessoas em si e<br />
<strong>das</strong> oficinas. Estes dez anos em Espanha<br />
não posso dizer que tenham<br />
sido fáceis, porque não foram. Em<br />
Portugal foi uma evolução com<br />
mais tempo, antigamente tudo era<br />
num ritmo mais lento e agora tudo<br />
tem que ser imediato, não se muda<br />
mentalidades de um momento<br />
para o outro”, afirma. Se, em Portugal,<br />
defende, o cliente tem “um<br />
bocadinho mais de brio, de querer<br />
fazer bem, de querer mostrar que<br />
tem o que é bom… em Espanha já<br />
não é assim. Eles são mais práticos,<br />
olham mais para a margem, são<br />
menos exigentes. E os que exigem<br />
mais são os nossos clientes. O nosso<br />
equipamento é premium, é caro,<br />
portanto, tem que se valorizar. Está<br />
a ser um desafio!”, assinala.<br />
Formar e dar assistência<br />
Até a forma de trabalhar difere entre<br />
os dois países ibéricos. No que<br />
diz respeito à assistência técnica,<br />
em Espanha “é normal o cliente<br />
esperar uma semana!”, espanta-se<br />
Pedro de Jesus, dizendo que do lado<br />
de lá da fronteira, “uma urgência<br />
são 72 horas… e nós sempre tivemos<br />
24 horas desde o primeiro dia,<br />
há 40 anos. E o cliente hoje acha<br />
que é banal. Percebo que em Espanha<br />
cumprir as 24 horas seja difícil<br />
em certos sítios, mas já estamos a<br />
conseguir na maioria dos casos”. Já<br />
na formação, a forma encontrada<br />
para cobrir todo o país foi através<br />
da criação de “um veículo-escola<br />
móvel, de matrícula portuguesa,<br />
que anda lá e cá, para que possamos<br />
ter uma escola ambulante em<br />
várias terras. É que vender uma<br />
máquina e explicar como se opera,<br />
todos fazem, mas explicar como é<br />
que o automóvel funciona e como<br />
é possível tirar partido do equipamento<br />
e ganhar dinheiro com ele, é<br />
aí que a formação tem valor!”, considera<br />
Pedro de Jesus, que salienta<br />
que “o nosso equipamento tem de<br />
ser mostrado, pois se chegarmos<br />
com um catálogo, e temos o nosso<br />
que custa 30, e há outro que custa<br />
10, temos de explicar porquê. Tem<br />
de haver bons argumentos para se<br />
explicar e se vender. O veículo-escola<br />
serve para mostrar a um cliente<br />
indeciso que queira comprar e<br />
oje, a Cometil tem uma gama<br />
H alargada e continua recetiva a novas<br />
marcas, “se houver bons produtos”, diz-nos o<br />
administrador, Pedro de Jesus, que comenta<br />
que são os próprios fabricantes a aumentar<br />
as gamas de produtos. “A Hunter, quando<br />
começou, eram equipamentos de<br />
alinhamento de direções, ponto final. Hoje,<br />
tem desde máquinas de equilibrar,<br />
desmontar, elevadores… todos os<br />
fabricantes vão alargando as gamas. Uma<br />
<strong>das</strong> últimas marcas que adicionámos foi a<br />
PORTEFÓLIO COMPLETO<br />
Waeco, de ar condicionado, e já estamos há<br />
cinco anos com eles. A Rotary abrange várias<br />
marcas e tem bancos de carroçarias, que é<br />
uma área onde não estávamos muito<br />
presentes e começamos agora a dar os<br />
primeiros passos. Não é o nosso corebusiness,<br />
mas já temos oferta. No fundo,<br />
não mudamos muito, mantemos as que<br />
temos e progredimos, vamos construindo a<br />
marca”, refere, acrescentando que mudar<br />
para marcas mais baratas não está sequer<br />
em cima da mesa. As marcas que<br />
comercializam são homologa<strong>das</strong> “pela maior<br />
parte dos fabricantes e isso é muito bom,<br />
porque essa homologação do fabricante<br />
OEM permite que haja confiança”.<br />
Recentemente, a Cometil apostou também<br />
na CAN, a marca própria através da qual<br />
otimizam determinados produtos, de forma<br />
estratégica, para vender linhas específicas<br />
e personaliza<strong>das</strong>. “Fazemos pequenas<br />
alterações, à cor ou ao formato. Já temos<br />
uma gama, com preço, feita na Europa, tudo<br />
com produtores que já conhecemos e a que<br />
estamos habituados. São equipamentos<br />
tendencialmente mais económicos, mas<br />
com qualidade. Vamos continuar a apostar<br />
na marca própria CAN, não tanto a pensar<br />
na margem, mas em arranjar soluções<br />
sem ir para o produto asiático. Vamos para<br />
uma gama mais baixa de preço, para que<br />
o cliente também possa comprar, porque,<br />
na verdade, a nossa preferência é manter o<br />
premium… não sendo possível, damos uma<br />
segunda opção, dentro de marca própria”,<br />
esclarece Pedro de Jesus.<br />
86 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
serve para formação. Temos várias<br />
formações sempre agenda<strong>das</strong> em<br />
vários pontos, com parte teórica e<br />
prática”, adianta.<br />
Desafios futuros<br />
Nesta altura, há muitos desafios que<br />
se apresentam à empresa e um deles<br />
é a digitalização, onde o responsável<br />
assume que “ainda há muito a fazer”.<br />
A Cometil tem site e utiliza as redes<br />
sociais para a divulgação de certos<br />
produtos e ações que realiza. Para as<br />
promoções, utilizam o formato de<br />
newsletter e disponibilizam o site<br />
para fazer encomen<strong>das</strong> online de<br />
pequenos consumíveis, já que para<br />
vender os próprios equipamentos<br />
tal não é exequível, pois carecem<br />
de uma abordagem personalizada.<br />
A Cometil não falha os principais<br />
eventos do setor, nomeadamente<br />
a expoMECÂNICA, agora de dois<br />
em dois anos, onde “as pessoas vão<br />
para manterem o contacto. É uma<br />
maneira de os clientes nos verem<br />
a todos de uma vez, com as coisas<br />
boas e más que isso traz. No nosso<br />
caso, que não é só levar três ou<br />
quatro equipamentos, é uma logística<br />
grande, mas vamos continuar<br />
AO LADO DOS CLIENTES DESDE SEMPRE!<br />
edro de Jesus acredita que o mercado é<br />
P o espelho daquilo que a Cometil tem<br />
feito na área dos equipamentos oficinais desde<br />
muito cedo. Logo em 1986, com a Hunter, a<br />
empresa foi pioneira ao promover um contrato<br />
de manutenção e “na altura isso nem se falava.<br />
Criámos esse contrato de assistência logo desde<br />
o primeiro dia, com o intuito de beneficiar, em<br />
especial os clientes do Norte, porque<br />
estávamos aqui em Lisboa. O preço era preço<br />
fixo para toda a gente, e foi uma maneira de<br />
por o país todo à mesma distância, com<br />
assistência em 24 horas. Ao mesmo tempo,<br />
sabíamos que tínhamos o material mantido<br />
preventivamente”. Além disso, a Cometil<br />
arriscou numa garantia própria: “Os fabricantes<br />
normalmente dão um ano de garantia,<br />
transversal a todos, mas nós dávamos três,<br />
aumentávamos a garantia porque tínhamos o<br />
equipamento sob controlo, para sabermos se<br />
estava a ser bem usado. Na altura isto foi algo<br />
controverso até mesmo com os fabricantes,<br />
porque diziam que não nos davam nada além<br />
de um ano. Mas depois até serviu de exemplo<br />
para outros distribuidores deles. Hoje temos<br />
clientes que têm esse contrato há 30 anos ou<br />
mais. Mudam de máquina e mantêm o<br />
contrato. Ter um contrato de manutenção<br />
preventiva é muito importante”, acredita o<br />
responsável. Em paralelo, tudo o que é a<br />
eletrónica já presente nos equipamentos<br />
permite aferir a rentabilidade dos mesmos,<br />
sejam em número de serviços ou em tempo de<br />
funcionamento, para “dar dados à parte<br />
decisora da oficina sobre o que está a ser<br />
rentável ou não, é um controlo importante”,<br />
sublinha.<br />
Sendo a grande maior parte <strong>das</strong> compras<br />
destes equipamentos feita através de<br />
financiamento, com recurso à banca, o<br />
administrador revela-nos que o “leasing ainda<br />
acaba por ser um canal muito usado, mas,<br />
entretanto, começaram a aparecer as empresas<br />
de renting, que torna o processo muito simples.<br />
No renting a pessoa acaba o contrato e fica<br />
com o equipamento, que dura 20/30 anos”. O<br />
advento dos carros elétricos vai, na opinião de<br />
Pedro de Jesus, “ter impacto positivo e negativo<br />
nos equipamentos. No nosso caso, voltando à<br />
marca histórica, a Hunter, muito associada aos<br />
pneus e às ro<strong>das</strong>, o elétrico continua a ter as<br />
ro<strong>das</strong> e aqui o impacto é positivo porque ainda<br />
por cima os carros elétricos gastam pneus mais<br />
depressa. Sendo melhor para a oficina, melhor<br />
para nós, porque o cliente precisa de mais<br />
equipamentos. Os concessionários também<br />
já estão muito pressionados a olhar para os<br />
pneus como um negócio a ter dentro de portas.<br />
Por outro lado, há aqueles produtos derivados<br />
dos carros a combustão que desaparecem.<br />
Equipamentos de lubrificação, óleos ou<br />
extração de gases, deixam de existir. Mas essa<br />
área de produtos, que é muito importante<br />
para as oficinas, vai diminuir, mas não vai<br />
desaparecer”, entende.<br />
As mudanças no modelo de negócios da<br />
oficina vão ser, a seu ver, “graduais”, mas o<br />
que não pode faltar “é a atenção ao cliente<br />
e a qualidade do trabalho. É sempre o que o<br />
cliente mais espera, ser bem atendido e ver o<br />
profissionalismo de fazer bem”. A digitalização<br />
<strong>das</strong> empresas faz falta, “porque a pessoa tem<br />
que ser informada, mas o relacionamento com<br />
o cliente deve ser prioritário. O equipamento já<br />
faz tudo pela pessoa, mas ainda não fala com<br />
os clientes. E no momento certo, tem de ser o<br />
técnico a estar lá. Acho que cada vez mais será<br />
assim”, finaliza.<br />
PARA PEDRO DE JESUS, OS MERCADOS PORTUGUÊS E ESPANHOL<br />
TÊM CARATERÍSTICAS DIFERENTES, APESAR DE SEMELHANTES,<br />
E ASSUME QUE A EXPERIÊNCIA EM PORTUGAL PERMITIU CRESCER<br />
MUITO MAIS DEPRESSA EM ESPANHA<br />
a estar presentes”. Para Pedro de<br />
Jesus, na atualidade, o maior desafio<br />
“são as pessoas”. No entanto,<br />
congratula-se por “ter a sorte de<br />
ter uma equipa muito estável. A<br />
antiguidade também já é preocupante,<br />
temos pessoas com 35 anos<br />
de casa, a média estará nos 20 anos<br />
de casa. Formamos as pessoas cá<br />
dentro, desde que mostrem interesse.<br />
E em Espanha ainda é mais<br />
difícil. Este ano entraram dois técnicos,<br />
um para Madrid e outro para<br />
Barcelona, mas ainda precisamos<br />
de mais. Lá já recorremos a empresas<br />
de recrutamento – aqui nunca<br />
o fizemos – pusemos anúncios, as<br />
pessoas até respondiam, iam à entrevista,<br />
aceitavam o trabalho, as<br />
condições, iam ver o local e uma<br />
semana antes desistiam. Pelo menos<br />
três disseram-nos que tinham<br />
outra proposta, que a nossa até era<br />
melhor a nível monetário, mas preferiam<br />
o horário da outra empresa.<br />
A juventude não quer compromissos<br />
e preferem um ordenado mais<br />
baixo. Isto é inacreditável e preocupante”,<br />
lamenta. Numa nota mais<br />
positiva, certo é que o ano de 2024<br />
arrancou “muito bem”, depois de<br />
2023 ter sido o recorde de sempre,<br />
“foi o nosso melhor ano a nível de<br />
faturação e curiosamente em Espanha<br />
ainda crescemos mais, foi um<br />
salto bastante bom” diz, esperando<br />
que se confirmem as expetativas de<br />
um bom ano para o negócio, a pouco<br />
tempo de celebrar 40 anos, já em<br />
2025. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 87
Empresa<br />
SEMINÁRIO BETA<br />
BOLAS ELEITO “MELHOR<br />
DISTRIBUIDOR DA EUROPA”<br />
FOI COM A CASA CHEIA QUE A BETA E A BOLAS DERAM INÍCIO AO SEMINÁRIO NACIONAL DE<br />
REVENDEDORES, APRESENTANDO O BALANÇO DO ANO DE 2023, PROJEÇÕES E NOVIDADES PARA<br />
2024. O EVENTO TEVE LUGAR NO HOTEL DO LUSO E REUNIU CERCA DE 60 EMPRESAS PARCEIRAS.<br />
ENTRE OS MOMENTOS MAIS MARCANTES, DESTACA-SE A CONQUISTA DA BOLAS, COMO “MELHOR<br />
DISTRIBUIDOR DA EUROPA”, TÍTULO ATRIBUÍDO PELA BETA<br />
A<br />
BOLAS, como representante exclusiva da<br />
BETA, para Portugal, Angola e Moçambique,<br />
realizou no dia 2 de março, no Hotel<br />
do Luso, no centro do país, um seminário nacional<br />
dos revendedores da marca, onde reuniu com<br />
cerca de 60 empresas e aproximadamente 150<br />
pessoas. Rui Bolas, administrador da BOLAS,<br />
deu início à apresentação dos trabalhos, descrevendo<br />
o ano de 2023 como “um novo marco no<br />
mercado nacional”, “em termos do volume de<br />
ven<strong>das</strong>”. Ainda assim, para Rui Bolas, “o ano de<br />
2024 será de crescimento”, com a promessa de<br />
que manterão “os mesmos valores e princípios<br />
que facilitam o trabalho e permitem alcançar resultados”.<br />
Para além do balanço de 2023 e a componente<br />
estratégica, a BOLAS, em conjunto com<br />
a BETA, aproveitaram o momento para apresentar<br />
as novidades de 2024. O novo catálogo<br />
é composto por 40 grupos de produtos e 16 mil<br />
referências, com destaque para as ferramentas e<br />
mobiliário oficinal.<br />
Alberto Cattaneo, Sales Director da BETA, também<br />
expressou a importância do mercado português<br />
para a marca. “Depois do mercado italiano,<br />
o mercado português é o mais importante para a<br />
BETA, temo-lo conseguido ao longo dos últimos<br />
50 anos, 11 dos quais, ou seja, desde 2013, através<br />
da empresa BOLAS”, referiu. Durante o evento,<br />
para surpresa de todos, a BOLAS foi condecorada<br />
como “Melhor Distribuidor da Europa”. Para Rui<br />
Bolas, foi um momento inesperado, mas que o<br />
encheu de orgulho, referindo que, “É um espelho<br />
do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao<br />
longo destes 11 anos com a marca e em resultado<br />
também do crescente apoio dos nossos clientes”.<br />
Para a conclusão dos trabalhos, o evento encerrou<br />
com um divertido espetáculo de magia proporcionada<br />
pelo mágico Nuno Rodrigues. l<br />
PRINCIPAIS LINHAS DE<br />
ESTRATÉGIA PASSAM POR<br />
QUATRO CATEGORIAS<br />
1A linha de produtos (a aposta em marcas premium, parceiros<br />
sólidos, oferta de uma gama completa e competitiva, mas<br />
que se diferencia pela qualidade e não pelo preço);<br />
2A otimização da cobertura e a qualidade da rede de<br />
distribuição de cada marca representada (maior penetração<br />
da linha de produtos nos clientes/mercados já existentes);<br />
3A política comercial (de forma a ser clara e transparente,<br />
com regras e que respeite os interesses dos parceiros<br />
distribuidores e que premeie a sua colaboração);<br />
4A melhoria contínua dos níveis de serviço (prazos de<br />
entrega, prazos de reparação, apoio prestado, entre<br />
outros), de forma a traduzir-se num aumento da satisfação de<br />
todos os parceiros envolvidos.<br />
88 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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produção destes produtos. Fundada em Águeda, a marca tem vindo a consolidar-se nas últimas quatro<br />
déca<strong>das</strong> no mercado Português e Europeu, apostando na qualidade e dedicação. A PECOL ampliou<br />
a sua gama neste segmento atendendo às exigências da indústria e do retalho, tendo este prémio<br />
vindo a provar o seu compromisso “em ser a escolha ideal para os clientes que valorizam qualidade e<br />
confiança”, destacou em comunicado. Recentemente, a empresa estabeleceu uma parceria com João<br />
Benedito, conceituado profissional e figura televisiva na área da remodelação, procurando elevar os<br />
padrões de qualidade e inovação na indústria de Silicones e Selantes. A empresa agradeceu a todos os<br />
que têm sido parte integrante desta jornada e demonstra-se ansiosa para continuar a servir os seus<br />
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acordo com a empresa, trata-se de um investimento sustentável a longo prazo, sem a preocupação<br />
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ao condutor tornar-se-ão obrigatórios em toda a UE. Estes incluem, por exemplo, o assistente de velocidade, um assistente de viragem<br />
ou o gravador de dados de acidentes. Para as oficinas independentes de veículos comerciais, os desafios da manutenção e reparação de<br />
camiões e autocarros são cada vez maiores. Neste caso, porque os sistemas de assistência ao condutor têm de ser verificados e recalibrados<br />
após uma reparação. Para tal, as oficinas também precisam de ter acesso às peças de substituição certas, em particular aos sensores<br />
que fornecem os dados para os sistemas de assistência ao condutor. É por isso que a ZF Aftermarket está a oferecer, pela primeira vez,<br />
no mercado independente de pós-venda, sensores para aplicações de veículos comerciais sob a sua marca WABCO. Estes são a câmara<br />
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94 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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• Reduz o consumo de combustível<br />
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O desempenho de qualquer veículo depende de cada componente do motor funcionar de forma perfeita.<br />
A tecnologia avançada <strong>das</strong> son<strong>das</strong> DENSO cuida do motor para o manter a funcionar em condições ótimas.<br />
Por isso, não é surpreendente que nove em cada dez carros estejam equipados com peças DENSO originais. Produtos<br />
como os nossos sensores lambda, que reduzem o consumo de combustível e as emissões. Se os principais fabricantes<br />
de automóveis depositam a sua confiança na DENSO, porque não o deve fazer?<br />
aftermarket.iberia@denso-ts.it
NOTÍCIAS<br />
PRODUTO<br />
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AUTOMÓVEIS | CAMIÕES | TRATORES<br />
REFORÇA PORTFÓLIO<br />
COM NOVA GAMA DE FILTROS<br />
FEBI | A febi lançou uma nova campanha para os seus filtros. Com um forte compromisso em<br />
entregar produtos de elevada qualidade, a mais recente campanha foca-se na introdução de uma<br />
gama abrangente de filtros pensados para otimizar o desempenho dos veículos e garantir a sua<br />
fiabilidade a longo prazo. “Desde filtros de óleo, ar e combustível a filtros de habitáculo e transmissão,<br />
a febi tem a solução de filtragem certa – e muito mais”, sublinha a marca. Com mais de 2.100<br />
componentes na gama all-makes, todos os veículos populares nas estra<strong>das</strong> europeias estão contemplados.<br />
Adicionalmente, a febi oferece uma vasta gama de filtros tais como filtros hidráulicos<br />
para Embraiagem Haldex, kits de manutenção e kits de manutenção da transmissão. A campanha<br />
de filtros febi reforça a sua reputação em produtos de qualidade oferecidos no aftermarket. Cada<br />
peça febi é submetida a testes de qualidade intensivos e regulares e os filtros não são exceção, com<br />
to<strong>das</strong> as peças planea<strong>das</strong> e fabrica<strong>das</strong> de acordo com os padrões do equipamento original (OE).<br />
APOSTA EM EMBALAGENS<br />
ATÉ 72% MAIS SUSTENTÁVEIS<br />
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Eni | A apresentação ao mercado de uma embalagem sustentável é o resultado da sinergia entre as<br />
empresas do grupo ENI, a Enilive e a Versalis. A colaboração consolidou-se com a utilização de matérias-primas<br />
plásticas com origem em reciclagem mecânica pós-consumo, um polietileno comercializado<br />
pela Versalis ao abrigo do nome Versalis Revive, derivado do seu know-how, investigações e tecnologias<br />
próprias. Deste modo, a empresa dispõe de ferramentas que “permitem alcançar os objetivos<br />
da economia circular”, revelou. Neste seguimento, a Enilive Iberia lançou em abril de 2023 a nova gama<br />
de embalagens de 5 e 20 litros com um teor de plástico reciclado até 72% (tampa inclusive), em função<br />
do tipo de embalagem. Enquanto que as embalagens de 20 litros resultam da mistura de plástico<br />
virgem e reciclado, os formatos mais pequenos são fabricados através de uma nova tecnologia multicama<strong>das</strong>,<br />
sendo o exterior de plástico virgem, o que permite manter as cores atuais, características <strong>das</strong><br />
diferentes gamas de produtos. “A incorporação de plástico reciclado nas nossas embalagens permite<br />
deixar de utilizar 179 tonela<strong>das</strong> por ano de plástico virgem, o que representa um grande avanço na<br />
sustentabilidade”, completou.
LANÇA APLICAÇÃO DEDICADA<br />
AO PROGRAMA EXTRA<br />
BOSCH | O programa eXtra Bosch Mobility Aftermarket tornou-se numa ferramenta muito valorizada<br />
pelas mais de dez mil oficinas inscritas, tanto em Portugal como Espanha, e que prossegue<br />
um objetivo claro: premiar e recompensar as oficinas que adquirem produtos Bosch. Coincidindo com<br />
o décimo aniversário do seu programa de fidelização eXtra, a Bosch Mobility Aftermarket acaba de<br />
lançar a tão aguardada aplicação digital, que chega repleta de novidades e que permitirá à empresa<br />
estar ainda mais próxima <strong>das</strong> oficinas. A Bosch avança assim com a digitalização deste programa de<br />
fidelização, atualmente presente em mais de 30 países. Com o programa eXtra, a oficina pode ganhar<br />
brindes e usufruir de benefícios exclusivos na compra de qualquer produto Bosch Automóvel. Para<br />
isso, é utilizado um sistema de pontos que permitirá à a oficina ir acumulando à medida que adquire<br />
diferentes produtos e envia os respetivos códigos EAN. Entre as novidades apresenta<strong>das</strong> pela aplicação,<br />
importa destacar o recurso às notificações instantâneas, que permite às oficinas terem um acesso mais<br />
rápido a to<strong>das</strong> as informações sobre as últimas novidades ofereci<strong>das</strong> pelo programa eXtra.<br />
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WHEREVER WE GO, WE GO TOGETHER<br />
SIMULADOR 3D<br />
KROFTOOLS<br />
ENSINA SOBRE ESTRUTURA<br />
E FUNÇÃO DO ALTERNADOR<br />
DT Spare PARTS | No novo vídeo “PS Tips”, o Parts Specialist Kevin, da Diesel Technic, analisou<br />
e explicou a estrutura e função de um alternador. Além disso, também analisou as diferentes formas<br />
de construção que precisam ser considera<strong>das</strong>. Os alternadores da DT Spare Parts estão disponíveis em<br />
vários tamanhos e correntes nominais de 29 a 140 amperes. Desta forma, a marca oferece uma ampla<br />
gama de itens. Em termos de tensão, há uma distinção entre alternadores de corrente alternada e<br />
de corrente contínua. Como os nomes sugerem, os alternadores de tensão CA produzem diferentes<br />
valores de corrente. Isto significa que são utilizados principalmente em autocarros, pois a tensão da<br />
corrente deve ser adaptada às diversas funções do veículo. A gama do produto inclui 185 artigos da<br />
marca DT Spare Parts. Além dos alternadores, a marca possui diversos acessórios individuais. Entre<br />
eles, kits de reparação, polidores, escovas de carvão e retificadores. Estes e outros produtos podem ser<br />
encontrados no novo Partner Portal da Diesel Technic. Os artigos podem ser utilizados, por exemplo,<br />
para as marcas DAF, Fendt, Fiat, Iveco, MAN, Mercedes-Benz, Neoplan, Renault, Scania e Volvo.<br />
A FERRAMENTA QUE PRECISA PARA<br />
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NOTÍCIAS<br />
PRODUTO<br />
APRESENTA TRÊS GAMAS<br />
DE FILTROS DE SECAGEM<br />
MANN+HUMMEL | A MANN+HUMMEL reuniu todo o seu conhecimento e anos de experiência na marca<br />
MANN-FILTER, para criar uma gama composta por diferentes tipos de filtros de secagem como equipamento<br />
original. Os filtros para secagem de ar da MANN-FILTER desumidificam e limpam o ar comprimido. Camiões,<br />
autocarros e tratores utilizam sistemas de ar comprimido para acionar diversos componentes, sendo especialmente<br />
notável o sistema para secagem do ar. Para isso, todo o circuito deve estar seco, limpo e isento de<br />
óleo. A humidade nas linhas de ar comprimido pode causar corrosão, formação de gelo e abrasão, reduzindo<br />
a potência de travagem e levando a reparos dispendiosos. A MANN-FILTER oferece atualmente três tipos diferentes<br />
de filtros para secagem de ar que diferem tanto em funcionalidade quanto em aparência: Uma versão<br />
branca como solução padrão para desempenho de secagem ideal, uma caixa prateada com filtro coalescente<br />
para melhorar a proteção do sistema contra gotículas de óleo prejudiciais, e uma versão premium Gold com<br />
secagem em etapas adicionais e separação otimizada de óleo para proteção máxima nas condições operacionais<br />
mais adversas.<br />
NOVO “MEMBRO DE EQUIPA”<br />
MEWA | Altamente qualificado, flexível, orientado para a qualidade, focado, robusto e sempre<br />
pronto – é assim que a Mewa descreve o seu novo pano de limpeza –, tal como um “verdadeiro<br />
especialista”. Tal como uma história, a Mewa começa por fazer a narrativa de um dia de trabalho,<br />
em que tudo começa quando os panos de limpeza vão entrar ao serviço e aumentam a sustentabilidade,<br />
qualidade e produtividade na oficina automóvel. Logo pela manhã, o mecânico retira o<br />
pano de limpeza fresco e guarda-o no macacão, onde está sempre à mão. Vai ser o seu fiel companheiro<br />
em to<strong>das</strong> as operações que efetua durante a revisão do carro que acaba de ser entregue.<br />
Ainda bem que o pano da Mewa é ultra-absorvente, graças à sua tecelagem especial. Por isso,<br />
pode ser reutilizado várias vezes, sempre a absorver lubrificantes e sujidade. Tal como no pano de<br />
limpeza, a Mewa disponibiliza a manta absorvente de óleos com serviço completo. Isto significa<br />
que a Mewa recolhe os têxteis reutilizáveis, dentro do SaCon, para lavagem ecológica, submete-os<br />
a um rigoroso controlo de qualidade e entrega todos os produtos impecáveis diretamente<br />
na oficina. Isto é seguro, cómodo e representa um contributo contínuo para a proteção do clima.<br />
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ECOFORCE.<br />
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PENSA NO TEU FUTURO.<br />
Um coração verde bate dentro dos automóveis mais evoluídos.<br />
O conceito de mobilidade está em constante evolução: conte<br />
com a tecnologia FIAMM para apoiar essa mudança. A nova<br />
gama de baterias ecoFORCE suporta as necessidades energéticas<br />
dos automóveis mais modernos. Os sistemas Start&Stop e<br />
Brake Energy presentes em automóveis micro-híbridos exigem<br />
um uso muito intenso da bateria: A FIAMM tem a solução ideal<br />
para continuar a viajar com eficiência.<br />
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98 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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NOTÍCIAS<br />
PRODUTO<br />
APRESENTAM “DLK SMART”<br />
Krautli Portugal e VDO | O novo equipamento de gestão de<br />
dados tacográficos, desenvolvido pela Krautli Portugal em parceria com a VDO,<br />
facilita o cumprimento dos novos requisitos legais do Pacote Europeu da Mobilidade.<br />
A VDO, marca líder em tacógrafos, em conjunto com a Krautli Portugal,<br />
continua a desenvolver serviços e produtos relacionados com tacográfos em<br />
colaboração com fabricantes de veículos, gestores de frotas e condutores. Neste<br />
sentido, a marca, que pertence ao Grupo Continental, adaptou as ferramentas de<br />
descarga, oferecendo ao mercado uma ferramenta única que não só simplifica<br />
a transferência de dados tacográficos, mas também facilita o cumprimento dos<br />
requisitos legislativos, uma vez que a obrigação de guardar dados tacográficos<br />
de veículos e condutores se aplica igualmente a to<strong>das</strong> as empresas de transporte,<br />
grandes ou pequenas. Este novo dispositivo é mais rápido, mais leve e mais<br />
compacto do que o seu antecessor, permitindo uma utilização mais dinâmica e<br />
proporcionando uma melhor resolução e facilidade de gestão, o que permitirá<br />
obter toda a informação de uma forma mais intuitiva e rápida.<br />
<strong>Jornal</strong><strong>das</strong><strong>Oficinas</strong>_220mmX145mm copy.pdf 1 18/03/24 10:48<br />
REPSOL LANÇA<br />
EMBALAGENS COM 60%<br />
PLÁSTICO RECICLADO<br />
A<br />
empresa multienergética lançou novas embalagens de lubrificantes que integram<br />
60% de plástico pós-consumo, reciclados mecanicamente, da gama Repsol<br />
Reciclex. O novo composto de polietileno de alta densidade (PEAD) Repsol<br />
Reciclex será utilizado em to<strong>das</strong> as embalagens de lubrificantes de 1l, 4l e 5 litros, em<br />
cinco cores para diferentes gamas de produtos, incluindo óleos para motores e sistema<br />
de transmissões de carros, motos e veículos pesados. A nova embalagem foi redesenhada<br />
para melhorar a sustentabilidade, mantendo as suas propriedades, em linha<br />
com o compromisso de reduzir a pegada de carbono e contribuir para uma economia<br />
circular através do uso de materiais reciclados, sempre que possível. Esta iniciativa é<br />
uma demonstração do compromisso da Repsol com uma maior sustentabilidade em<br />
toda a cadeia de valor, comercializando soluções inovadoras e amigas do ambiente. O<br />
conteúdo reciclado <strong>das</strong> novas embalagens representa 60% do peso total do recipiente,<br />
alcançando uma redução de 25% na pegada de carbono em comparação com as embalagens<br />
anteriores.<br />
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100 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOVA GAMA DE ELETRÓNICA<br />
Magneti Marelli | A Magneti Marelli Parts & Services começou<br />
por introduzir a gama eletrónica em 2023, mas com o sucesso que obteve<br />
junto do mercado do aftermarket, decidiu expandir ainda mais em 2024.<br />
O lançamento inclui 116 referências distribuí<strong>das</strong> da seguinte forma: 100<br />
sensores de estacionamento, 8 referências da família EGR (transdutor de<br />
pressão, radiador EGR e válvula EGR), 2 sensores de nível de combustível e<br />
várias referências de sensores e corpos de borboleta. A família de sensores de<br />
estacionamento atinge as 220 referências com este lançamento, e a cobertura<br />
do parque automóvel ultrapassa os 90%. A gama foi introduzida em 2023<br />
e recebeu agora a sua primeira ampliação em 2024, após ser bem recebida<br />
pelo mercado do pós-venda. As referências já se encontram disponíveis nos<br />
distribuidores da marca.<br />
OSRAM<br />
LÂMPADAS LED COM DESIGN<br />
ÓTICO AVANÇADO<br />
A<br />
NIGHT BREAKER H7 da OSRAM, é uma <strong>das</strong> “mais populares lâmpa<strong>das</strong> retrofit<br />
para luzes de máximos e médios em automóveis”, afirmou a marca em comunicado.<br />
Com a recém-lançada NIGHT BREAKER LED H7GEN, a solução<br />
LED retrofit aprovada pela OSRAM está agora disponível com um design ótico melhorado,<br />
maior intensidade de luz e para ainda mais modelos de veículos. A gama NIGHT<br />
BREAKER é tradicionalmente sinónimo de iluminação clara e brilhante, luz mais branca<br />
do que as lâmpa<strong>das</strong> de halogéneo convencionais e uma longa vida útil. Com até 230%<br />
mais brilho e 50% menos encandeamento, a nova NIGHT BREAKER LED H7 GEN2<br />
consegue uma visibilidade ainda melhor, especialmente em condições de iluminação<br />
difíceis, sem perturbar o tráfego em sentido contrário. Em combinação com a NIGHT<br />
BREAKER LED H7, H4 ou H1, os proprietários de veículos podem efetuar uma atualização<br />
LED abrangente com lâmpa<strong>das</strong> LED idealmente combina<strong>das</strong> e concebi<strong>das</strong> para o<br />
exterior e interior do seu veículo.<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com MAbril I Maio 2024 101
NOTÍCIAS<br />
PRODUTO<br />
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REFORMULA LINHA<br />
DE ANTICONGELANTES ORGÂNICOS<br />
Olipes | Um dos pilares da Olipes é o investimento em investigação e desenvolvimento. Como resultado<br />
desta aposta, a empresa reformulou todos os seus anticongelantes orgânicos e substituiu por<br />
ácido 2-etil-hexanoico. Desta forma, adaptam-se ao Regulamento Europeu EU 2022/692 e evita-se que<br />
fiquem relegados exclusivamente aos profissionais qualificados que fazem uso <strong>das</strong> pertinentes medi<strong>das</strong><br />
de segurança. A linha de anticongelantes orgânicos com esta nova formulação garante as mesmas prestações<br />
e especificações técnicas. “O utilizador final não vai notar este avanço na segurança do produto,<br />
porque a etiquetagem final de perigosidade não é afetada nem há variação nos pictogramas e frases<br />
de segurança que se encontram na embalagem”, assegurou a Olipes em comunicado. Entre os líquidos<br />
de refrigeração anticongelantes da Olipes de uso direto, os mais populares são G12+ e G12++. Ambos<br />
oferecem proteção contra o frio até -37 °C, enquanto o seu ponto de ebulição se atrasa até 145 °C. Além<br />
disso, os seus aditivos 100% orgânicos de última geração protegem eficazmente os novos radiadores<br />
de alumínio e os que são feitos com ligas de alumínio/magnésio, fundição ou cobre. E, o que é mais<br />
importante para o utilizador, têm uma longa vida útil.<br />
AUMENTA GAMA EURO 6<br />
COM MAIS 600 PRODUTOS<br />
Veneporte | As novas atualizações feitas pela Veneporte na sua gama Euro 6, têm como objetivo<br />
oferecer ao mercado produtos que sejam mais amigos do ambiente. O aumento da gama Euro 6 da<br />
Veneporte tem como finalidade os avanços em LNTs (Lean NOx Traps), PNAs (Passive NOx Adsorbers),<br />
SDPFs (Selective Diesel Particulate Filter) e cDPFs (Catalytic Diesel Particulate Filter). A empresa procura<br />
oferecer ao mercado novas aplicações de controlo de emissões de CO2, e revela: “dedicamo-nos a desenvolver<br />
e fornecer consistentemente produtos de alto nível que atendam aos requisitos legais baseados<br />
nas normas UNECE”. A gama de produtos homologados abrange mais de 600 aplicações em veículos,<br />
contendo atualizações nos clusters LNT’s, PNA’s, SDPF’s e cDPF’s de forma a atender às necessidades do<br />
mercado e para “garantir uma excelente montagem, desempenho e durabilidade”, destaca.
GALA<br />
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UZ DEAIRBAG
MARCAR A DIFERENÇA!<br />
QUANDO CRIOU A OFICINA FRONTEIRA RIGOROSA, PEDRO MOTA QUIS DESDE O INÍCIO DIFERENCIAR-<br />
SE DA CONCORRÊNCIA PELA QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO E OFERTA ABRANGENTE DE<br />
SOLUÇÕES DE REPARAÇÃO. PARA CONCRETIZAR ESTE OBJETIVO DECIDIU INTEGRAR A REDE<br />
MOOVING QUE GARANTE CONFIANÇA, INOVAÇÃO E COMPETÊNCIA
Oficina<br />
do Mês<br />
FRONTEIRA RIGOROSA<br />
A<br />
oficina Fronteira Rigorosa foi<br />
criada em 2016, mas teve o seu<br />
início em 2006, num pequeno<br />
espaço em Santa Maria da Feira,<br />
onde trabalhava apenas Pedro<br />
Mota em reparações de chapa<br />
e pintura. Hoje, o grupo possui três oficinas e<br />
o serviço não para de aumentar.<br />
Apenas com 12 anos de idade, Pedro Mota começou<br />
a trabalhar na reparação de automóveis,<br />
tendo passado por várias áreas, nomeadamente<br />
a carroçaria onde se especializou como bate<br />
chapa e pintor. Em 2006 decide estabelecer-se<br />
com uma pequena oficina dedicada exclusivamente<br />
à pintura, equipada com uma cabine e<br />
área de preparação. Em 2009 passou para um<br />
espaço maior, onde já dispunha de uma cabine<br />
mais ampla e três áreas de preparação. Em 2010<br />
começou a diversificar os serviços para a área da<br />
mecânica, passando assim a oferecer um serviço<br />
mais completo aos clientes, que incluía para<br />
além da pintura todo o tipo de reparações mecânicas.<br />
Em 2016 aposta na abertura da Fronteira<br />
Rigorosa que garante todos os serviços ligados<br />
aos pneus e também mecânica rápida.<br />
Integração na rede Mooving<br />
Com o objetivo de dinamizar o negócio e estar<br />
um passo à frente da concorrência decidiu integrar<br />
a rede de oficinas Mooving, promovida pela<br />
Trustauto. “Quando Miguel Moreira, responsável<br />
da OMA – Oliveira, Moreira & Azevedo,<br />
Lda., apresentou o projeto Mooving, identifiquei-me<br />
logo com o conceito, pois enquadra-se<br />
na estratégia de crescimento do grupo”, refere<br />
Pedro Mota. “O pós-venda automóvel está em<br />
constante mudança, o que exige um acompanhamento<br />
constante do mercado de forma a<br />
podermos dar a resposta mais completa possível<br />
às necessidades dos clientes, por isso é muito<br />
importante estarmos na rede Mooving, que garante<br />
formação, apoio técnico, marketing e ferramentas<br />
de gestão”, acrescenta.<br />
Embora a integração na rede Mooving seja recente,<br />
Pedro Mota já sente o impacto da nova<br />
imagem junto dos clientes, que reconhecem credibilidade<br />
e qualidade nos serviços prestados.<br />
“Penso que a entrada na rede Mooving ocorreu<br />
no tempo certo e que trará frutos a curto prazo,<br />
uma vez que o trabalho de casa foi feito, quer<br />
por mim, quer pela OMA, o nosso principal fornecedor<br />
de peças e responsável pela dinamização<br />
do conceito Mooving”, afirma.<br />
Leque alargado de serviços<br />
Equipada com dois elevadores, alinhamento<br />
de direções, várias máquinas de montagem de<br />
pneus e equilíbrio de ro<strong>das</strong>, a Fronteira Rigorosa<br />
oferece um serviço completo de pneus e<br />
mecânica rápida, embora garanta todo o tipo<br />
de reparações mecânicas nas outras oficinas<br />
do grupo, que dispõem de mais espaço e de outros<br />
meios. Localizada numa zona com grande<br />
potencial de crescimento, pois está rodeada de<br />
muitas indústrias e centros empresariais, a oficina<br />
tem tido uma procura crescente de serviços<br />
e Pedro Mota não quer defraudar as expetativas<br />
FRONTEIRA RIGOROSA<br />
Gerente<br />
Pedro Mota<br />
Morada<br />
Rua do Areal, 970 – 4520-605 São João de<br />
Ver – Santa Maria da Feira<br />
Telefone<br />
256 333 155<br />
Email<br />
fr.oficinas@gmail.com<br />
dos clientes, continuando a apostar na melhoria<br />
dos serviços. Promove a receção ativa, através da<br />
verificação dos componentes de segurança dos<br />
veículos que entram nas instalações e oferece<br />
carro de substituição, para que os clientes não<br />
fiquem privados de mobilidade enquanto o seu<br />
carro está na oficina.<br />
Relativamente às peças utiliza<strong>das</strong> nas reparações<br />
“Damos sempre preferência às marcas premium,<br />
mas também temos material alternativo para os<br />
clientes que procuram componentes mais económicos.<br />
Neste caso chamamos sempre a atenção<br />
para a menor fiabilidade destas peças”, refere<br />
Pedro Mota. Para comunicar com os clientes<br />
este responsável valoriza a via digital “é um meio<br />
que nos permite chegar mais longe e dar a conhecer<br />
as campanhas que lançamos e apresentar<br />
os nossos serviços. As redes sociais bem explora<strong>das</strong><br />
trazem benefícios quer na atualidade quer<br />
no futuro e por isso vamos continuar a apostar<br />
nestes meios, com uma imagem forte e informação<br />
útil para os clientes”, assegura.<br />
Otimismo para o futuro<br />
A formação é outro fator vital para o sucesso da<br />
oficina e sempre que pode, Pedro Mota assiste<br />
a cursos de formação para poder transmitir aos<br />
seus colaboradores informação sobre as inovações<br />
que surgem nos veículos e novos processos<br />
de reparação. “Procuro estar sempre atualizado<br />
com as novidades que são lança<strong>das</strong> no mercado,<br />
de forma a dar a resposta às necessidades que<br />
vão aparecendo. O cliente hoje está cada vez<br />
mais informado e temos de ter conhecimentos<br />
para transmitir de forma correta a nossa opinião<br />
e que não deixe dúvi<strong>das</strong>”, refere.<br />
Otimista por natureza, Pedro Mota, olha para<br />
o futuro com muita esperança “apesar de to<strong>das</strong><br />
as conjunturas que nos rodeiam na atualidade,<br />
acredito que podemos crescer e que o mercado<br />
pode esperar de nós uma resposta muito positiva,<br />
no que toca a seriedade, bom desempenho e<br />
compromisso”, conclui. l<br />
COM O OBJETIVO DE DINAMIZAR O NEGÓCIO E ESTAR UM PASSO À FRENTE<br />
DA CONCORRÊNCIA, PEDRO MOTA DECIDIU INTEGRAR A REDE DE OFICINAS<br />
MOOVING, PROMOVIDA PELA TRUSTAuto, QUE GARANTE FORMAção,<br />
APOIO TÉCNICO, MARKETING E FERRAMENTAS DE GESTÃO<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 105
Técnica<br />
&Serviço
Colaboração CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
REPARAÇÕES ESPECIALIZADAS<br />
TRABALHOS<br />
SUBCONTRATADOS<br />
PELAS OFICINAS<br />
MUITAS VEZES, AS OFICINAS NÃO PODEM OU NÃO LHES É RENTÁVEL DOMINAR TODOS OS ASPETOS<br />
QUE UMA REPARAÇÃO ATUAL DO VEÍCULO EXIGE E VEEM-SE OBRIGADAS A SUBCONTRATAR<br />
DETERMINADOS TRABALHOS A OFICINAS ESPECIALIZADAS<br />
A<br />
reparação de veículos requer uma formação<br />
constante por parte <strong>das</strong> oficinas<br />
para que estejam a par dos novos métodos,<br />
ferramentas e processos de trabalho. Assim,<br />
têm de dispor de pessoal formado e de equipamentos<br />
atualizados constantemente, o que implica<br />
um grande esforço económico e tecnológico.<br />
Muitas vezes as oficinas não têm ferramentas<br />
e conhecimentos para realizar determina<strong>das</strong> reparações<br />
e nestes casos a melhor solução é subcontratar<br />
os serviços. Vamos de seguida analisar<br />
os trabalhos subcontratados com mais frequência<br />
pelas oficinas e para saber como estes trabalhos<br />
podem ser subcontratados, ou como podem<br />
ser as próprias oficinas a disponibilizar-se para<br />
os realizar de forma complementar ao negócio,<br />
procure informar-se.<br />
Substituição de vidros para-brisas<br />
A substituição dos para-brisas não representa<br />
para a oficina uma especial complicação. No<br />
entanto, as companhias de seguros estabelecem<br />
acordos com oficinas especializa<strong>das</strong> em substituição<br />
de vidros para a realização destas operações.<br />
O acordo entre a companhia de seguros e<br />
a empresa especializada consiste em estabelecer<br />
um valor fixo de dinheiro para a substituição do<br />
para-brisas, incluindo o adesivo de colagem do<br />
vidro e, por outro lado, o preço do para-brisas.<br />
Calibração de sistemas ADAS<br />
Os ADAS (Advanced Driver Assistance Systems),<br />
ou sistemas de assistência à condução,<br />
A ELIMINAçãO DA MEMÓRIA DE ERROS AUMENTOU EM PARALELO<br />
COM A INTEGRAçãO NOS VEÍCULOS DE SOFTWARE DE VERIFICAçãO<br />
E CONTROLO DE ELEMENTOS MECÂNICOS, ELÉTRICOS E ELETRÓNICOS<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 107
TÉCNICA<br />
&SERVIÇO<br />
MUITAS VEZES AS OFICINAS NÃO TÊM FERRAMENTAS<br />
E CONHECIMENTOS PARA REALIZAR DETERMINADAS REPARAÇÕES<br />
E NESTES CASOS A MELHOR SOLUÇÃO É SUBCONTRATAR OS SERVIÇOS<br />
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X L A B C O M F O RT E V<br />
contribuem para melhorar a segurança<br />
rodoviária e tornam a<br />
condução mais cómoda e segura,<br />
visto que detetam e interpretam as<br />
imediações do veículo, ajudando o<br />
condutor nas diferentes situações<br />
de perigo que possam ocorrer, para<br />
evitar acidentes ou reduzir as suas<br />
consequências. Entre os Sistemas<br />
ADAS mais importantes destacam-se<br />
o alerta de colisão frontal, o<br />
detetor de ângulo morto, o controlo<br />
de mudança involuntária de faixa<br />
e o reconhecimento de sinais de<br />
trânsito. Estes e outros sistemas de<br />
assistência à condução baseiam-se<br />
em sensores de controlo do espaço<br />
envolvente, como radares, câmaras<br />
ou equipamentos de ultrassons,<br />
e alguns deles encontram-se presentes<br />
no vidro para-brisas. Na<br />
maioria dos casos, a diferença do<br />
tempo de substituição do para-brisas,<br />
com ou sem câmara, é mínima,<br />
visto que o processo de desmontagem<br />
do para-brisas é totalmente<br />
igual. Ao tempo de substituição do<br />
vidro acrescenta-se o da calibração.<br />
Quando uma oficina subcontrata a<br />
calibração <strong>das</strong> câmaras ou de um<br />
radar, a oficina especializada cobra<br />
pelo trabalho uma quantia fixa em<br />
euros. Caso a oficina especializada<br />
efetue uma calibração, o equipamento<br />
de diagnóstico elabora um<br />
relatório, indicando se é satisfatória.<br />
O relatório é a justificação para<br />
o perito de que, efetivamente, a calibração<br />
foi realizada.<br />
Eliminação da memória<br />
de erros<br />
Este tipo de trabalhos aumentou<br />
em paralelo com a integração nos<br />
veículos de software de verificação<br />
e controlo de elementos mecânicos,<br />
elétricos e eletrónicos. Nos veículos<br />
manifesta-se no seguimento<br />
de uma falha no sistema afetado,<br />
com o aparecimento, no painel de<br />
instrumentos, de um pictograma,<br />
que avisa da referida falha ou que<br />
inclusivamente impede o arranque<br />
do veículo. Nestes casos, o que se<br />
faz é ligar a máquina de diagnóstico<br />
à tomada de OBD (OnBoard Diagnostics)<br />
para que detete uma série<br />
de códigos de erro, os quais até que<br />
não sejam eliminados não deixam<br />
de dar aviso de avaria. Outras vezes,<br />
a avaria não é corrigida até que não<br />
se renove o software do elemento<br />
afetado. De igual modo, quando se<br />
substitui um elemento, como um
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TÉCNICA<br />
&SERVIÇO<br />
CASO A OFICINA ESPECIALIZADA EFETUE UMA CALIBRAção<br />
DO SISTEMA ADAS, O EQUIPAMENTO DE DIAGNÓSTICO ELABORA<br />
UM RELATÓRIO, INDICANDO SE É SATISFATÓRIA<br />
módulo eletrónico do sistema de<br />
airbags, é necessário reinicializá-lo<br />
para que funcione no veículo.<br />
Alinhamento da geometria<br />
da direção<br />
O alinhamento da geometria da<br />
direção consiste na verificação final<br />
de que nenhum elemento da<br />
direção ou suspensão está afetado.<br />
Pode ser realizado antes da reparação,<br />
naqueles casos em que haja<br />
dúvida se algum elemento da direção<br />
ou suspensão está afetado,<br />
ou pode-se efetuar o alinhamento,<br />
após a substituição do referido elemento.<br />
São normalmente as oficinas<br />
de carroçaria que subcontratam<br />
o alinhamento a uma oficina<br />
especializada.<br />
Reparação de plásticos<br />
Os trabalhos de reparação de plásticos<br />
nos automóveis começaram<br />
como uma especialização <strong>das</strong> oficinas,<br />
que se dedicavam quase em<br />
exclusividade a isso. Hoje em dia é<br />
mais uma atividade de reparação,<br />
embora predomine a opção por<br />
técnicos especialistas. A reparação<br />
de plásticos é realizada através de<br />
diferentes técnicas, consoante se<br />
trate de termoestáveis ou termoplásticos:<br />
l Os termoplásticos são reparados<br />
com técnicas de soldadura, para<br />
as ruturas do plástico, e de conformação<br />
com calor, para repor a sua<br />
forma original.<br />
l Nos termoestáveis, a técnica de<br />
reparação é a colagem através de<br />
adesivos de dois componentes.<br />
Reparação e pintura de<br />
jantes de alumínio<br />
A pintura de jantes de alumínio,<br />
em teoria, pode ser realizada em<br />
qualquer oficina de reparação de<br />
chapa e pintura, mas a reparação<br />
com adição de material ou a soldadura<br />
da jante de alumínio estão reserva<strong>das</strong><br />
às oficinas especializa<strong>das</strong>,<br />
com equipamentos específicos para<br />
soldar, desbastar e polir as jantes.<br />
Reparação de painéis de<br />
instrumentos e estofos<br />
A reparação de painéis de instrumentos<br />
e dos estofos, assim como<br />
dos bancos, é uma prática muito<br />
generalizada nos veículos antigos<br />
ou de época. Para a reparação de<br />
elementos do automóvel produzidos<br />
em couro ou vinil (painéis<br />
de instrumentos) são utilizados<br />
produtos como as resinas ou os<br />
adesivos. O processo é realizado<br />
preenchendo a rutura através de<br />
técnicas de aderência, aplicando<br />
resina epóxi flexível. Uma vez seca<br />
a resina, procede-se ao lixamento<br />
do excedente, limpa-se e aplica-se<br />
uma camada de tinta especial para<br />
couro ou vinil.<br />
Outro caso é a reparação de estofos<br />
em tecido, tipo veludo, cuja<br />
técnica de trabalho passa pela utilização<br />
de adesivos térmicos em<br />
pó e pequenas fibras de tecido de<br />
diferentes cores. Quando o dano<br />
não perfurou o tecido, mistura-se<br />
adesivo térmico em pó com partículas<br />
têxteis da mesma cor que<br />
os estofos, e preenche-se o dano.<br />
Em seguida, com a placa de calor,<br />
funde-se o adesivo misturado<br />
com as fibras têxteis. Se, pelo contrário,<br />
existe rutura do tecido, há<br />
que reforçar previamente a zona,<br />
introduzindo um pedaço de tecido<br />
no orifício do dano, e aplicar adesivo<br />
térmico em pó, completando<br />
a reparação com a adição de fibras<br />
têxteis.<br />
Reparação de radiadores,<br />
condensadores e<br />
intercoolerS<br />
Os elementos de refrigeração do<br />
motor, do circuito do ar condicionado<br />
e dos permutadores de calor,<br />
por norma, têm sido peças de reparação<br />
subcontratada, visto que<br />
o número de peças e a especialização<br />
que as operações requerem são<br />
determinantes para tal. Habitualmente,<br />
as oficinas especializa<strong>das</strong><br />
eram as que realizavam a reparação<br />
de radiadores. l<br />
110 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Gestão<br />
Software de gestão especializado<br />
Um stock otimizado é o resultado de um trabalho<br />
global e coordenado dos departamentos de<br />
Compras, Ven<strong>das</strong> e Logística. Não é algo que se<br />
improvise nem que se faça sozinho pois os processos<br />
que cada uma destas áreas da empresa<br />
realiza são interdependentes. Por exemplo, de<br />
nada serve ter uma maravilhosa gestão logística<br />
que tire partido de recursos como os empréstimos<br />
entre filiais, se as compras não forem<br />
planea<strong>das</strong> tendo em conta a procura real ou a<br />
equipa de ven<strong>das</strong> não possa dar alternativas<br />
equivalentes quando não dispõe de uma peça<br />
em stock. Por esse motivo, e como para conseguir<br />
reduzir o nível de stock mantendo o nível<br />
de serviço necessita de uma estratégia conjunta,<br />
é necessário dispor de um software de gestão especializado<br />
onde os diferentes processos estejam<br />
integrados e adaptados às necessidades específicas<br />
de um negócio de distribuição de peças de<br />
substituição.<br />
Otimizar<br />
o stock!<br />
NUM NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS EM QUE OS CLIENTES<br />
NECESSITAM DE CENTENAS DE MILHARES DE REFERÊNCIAS, É<br />
VITAL OTIMIZAR O STOCK PARA DAR O MÁXIMO NÍVEL DE SERVIÇO<br />
SEM A NECESSIDADE DE SOBRECARREGAR OS ARMAZÉNS<br />
Possuir um stock bem ajustado para fazer<br />
frente aos pedidos dos clientes tem muitos<br />
benefícios, nomeadamente: redução<br />
do capital investido, redução dos custos de gestão,<br />
armazenamento físico e envios, e ainda redução<br />
do risco de obsolescência e aumento <strong>das</strong><br />
ven<strong>das</strong>. Este último é fundamental, porque embora<br />
o preço seja importante, o mais importante<br />
é não falhar e ter sempre a peça. Não a ter é abrir<br />
a porta a que o negócio seja feito com outra empresa,<br />
e por essa razão os distribuidores devem<br />
ter muito cuidado com os seus stocks. As próprias<br />
caraterísticas da procura no aftermarket<br />
(com fatores como o elevadíssimo número de<br />
referências) dificultam a otimização do stock.<br />
As boas intenções e boas práticas da equipa não<br />
são suficientes para enfrentar este desafio. Impõe-se<br />
por isso a necessidade de possuir um bom<br />
software de gestão.<br />
DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS<br />
Departamento de Compras<br />
e otimização do stock<br />
Para que a equipa de Compras contribua na tarefa<br />
comum de otimizar o stock, um Software<br />
de Gestão coloca à sua disposição funções essenciais,<br />
como:<br />
Pedidos automáticos ao fornecedor - Calcula de<br />
forma automática os pedidos ao fornecedor. O<br />
resultado: poupança de tempo e um stock corretamente<br />
dimensionado, que proporciona um<br />
bom nível de serviço e evita os riscos associados<br />
ao excesso de stock. Cada Distribuidor deve definir<br />
à sua medida este cálculo automático, ajustando<br />
às necessidades do seu negócio os valores<br />
de quantidade mínima/máxima, consumo médio<br />
mensal e sazonalidade.<br />
Gestão de equivalências - As equivalências formam<br />
parte do ADN de um negócio de peças de<br />
substituição multimarca. Com um software de<br />
gestão que controla as equivalências, pode-se<br />
reduzir os pedidos ao fornecedor caso se perceba<br />
que as necessidades dos clientes podem ser<br />
abrangi<strong>das</strong> com referências equivalentes que já<br />
existam em stock.<br />
Departamento de Ven<strong>das</strong><br />
e otimização do stock<br />
Para que a equipa de Ven<strong>das</strong> tenha a sua contribuição<br />
no desafio conjunto de otimizar o stock, o<br />
Software de Gestão integra as seguintes funcionalidades<br />
basea<strong>das</strong> na virtualização da oferta:<br />
Consultar e vender stock de terceiros sem a necessidade<br />
de o ter armazenado - Uma loja online<br />
pode estar conectada com outros Distribuidores<br />
ou Fabricantes de forma a que se apresente<br />
e venda o stock destes sem a necessidade de os<br />
possuir armazenado. A partir daí, a pessoa da<br />
equipa de Ven<strong>das</strong> exporta o carrinho de compras<br />
do Software de Gestão Global e é feita a gestão<br />
da compra do cliente sem a necessidade de armazenamento<br />
prévio.<br />
Consultar o stock de outros Associados- Quando<br />
na venda aparece uma rotura de stock, o software<br />
permite consultar se outras empresas do<br />
grupo têm stock dessa peça ou de peças equivalentes.<br />
Dispor dessa possibilidade permite gerir<br />
o stock mantendo níveis mais baixos. l<br />
A REPOSIÇÃO ENTRE ARMAZÉNS É UMA DAS ESTRATÉgias LOGÍSTICAS<br />
QUE DÁ MAIS RESULTADOS PARA OTIMIZAR O STOCK OFERECENDO O MAIOR<br />
NÍVEL DE SERVIÇO COM O MENOR STOCK acUMULADO POSSÍVEL<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 111
Entrevista<br />
INGO RIEDEBERGER, DIRETOR DO THE TIRE COLOGNE<br />
VIVA, DIVERSIFICADA<br />
E DINÂMICA!<br />
O SALÃO THE TIRE COLOGNE 2024, QUE SE REALIZA DE 4 A 6 DE JUNHO EM COLÓNIA, ALEMANHA,<br />
APRESENTA-SE COM UM CONCEITO INOVADOR E UMA VASTA GAMA DE FORMATOS DE EVENTOS E DE<br />
NETWORKING. INGO RIEDEBERGER, DIRETOR DO SALÃO, APRESENTA OS PONTOS FORTES DA MAIS<br />
IMPORTANTE FEIRA DE NETWORKING PARA OS NEGÓCIOS B2B DO SETOR DOS PNEUS
A<br />
indústria internacional de pneus apresentará<br />
mais uma vez as suas inovações nos pavilhões<br />
de exposição de Colónia. Seja o design<br />
de pneus, a reciclagem, a economia circular, a digitalização<br />
ou as inovações de materiais - com expositores<br />
de renome de todo o mundo e um programa<br />
diversificado, a feira líder a nível mundial irá lançar<br />
luz sobre temas do sector virados para o futuro.<br />
Como é que a feira se adaptou às mudanças no<br />
sector, particularmente na área da digitalização?<br />
A digitalização é um importante fator de futuro<br />
para a indústria dos pneus. Para além de uma<br />
maior automatização dos processos de produção,<br />
os algoritmos de IA e a aprendizagem automática<br />
contribuem para uma produção mais eficiente e<br />
precisa de pneus. A utilização da inteligência artificial<br />
pode contribuir para aumentar a eficiência<br />
e, consequentemente, para poupanças de tempo<br />
relevantes. A IA também pode ser utilizada no retalho<br />
para tornar as recomendações de pneus mais<br />
e reciclagem, tais como B&J Rocket, Cima Impianti,<br />
E.I.B., Industrias del Neumático, Matteuzzi, M.I.G.<br />
MAE, TECH EUROPE, VIPAL Europe e VMI<br />
Holland apresentarão os seus produtos e soluções,<br />
todos eles totalmente dedicados à economia circular.<br />
Qual a dimensão do espaço de exposição e o<br />
número de expositores para a edição de 2024?<br />
No final de março, mais de 95 por cento do espaço<br />
previsto para o TTC já tinha sido reservado. Atualmente,<br />
contamos com mais de 300 empresas expositoras.<br />
Com a mesma configuração de pavilhões da<br />
última edição, isto corresponde a um aumento de<br />
expositores e de espaço de exposição de 50 por cento.<br />
O maior número de expositores virá mais uma<br />
vez da Alemanha, mas outros países também estão<br />
fortemente representados. A China, em particular,<br />
está de volta com muitos expositores. O TTC será,<br />
sem dúvida, novamente um evento muito internacional.<br />
Os expositores já vêm de mais de 30 países<br />
e a percentagem será novamente superior a 60 por<br />
Os pneus para veículos elétricos vão estar em<br />
destaque?<br />
Sim, sem dúvida. A crescente quota de mercado<br />
dos veículos elétricos abre uma oportunidade de<br />
negócio promissora para os fabricantes de pneus.<br />
Os veículos elétricos têm requisitos específicos para<br />
os pneus que têm de ser considerados devido ao seu<br />
elevado binário e peso, bem como às suas características<br />
especiais de aceleração. Os fabricantes de<br />
pneus podem desenvolver pneus com propriedades<br />
especiais para satisfazer os requisitos dos veículos<br />
elétricos, tais como uma menor resistência ao rolamento<br />
para melhorar a autonomia, uma construção<br />
robusta para suportar o peso adicional <strong>das</strong> baterias<br />
e uma redução otimizada do ruído para apoiar a experiência<br />
de condução tipicamente mais silenciosa<br />
dos veículos elétricos. Estes pneus especializados<br />
podem ser uma opção atrativa para os proprietários<br />
de veículos elétricos e proporcionar oportunidades<br />
de receitas adicionais para os fabricantes de pneus.<br />
O que é que vai mudar no futuro com o<br />
lançamento do “Pneu Conectado”?<br />
Espera-se que a introdução de pneus conectados<br />
transforme o mercado automóvel através de uma<br />
maior segurança, de uma gestão mais eficiente dos<br />
veículos, de uma melhor experiência de condução,<br />
do aparecimento de novos modelos de negócio e de<br />
um impacto ambiental positivo.<br />
MAIS DE 50% DOS EXPOSITORES E VISITANTES VÊM DE OUTROS PAÍSES,<br />
O QUE REFORÇA A IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL DO TTC. UM LOCAL<br />
ATRAENTE E DE FÁCIL ACESSO, CRUCIAL PARA EXPOSITORES E VISITANTES<br />
precisas, centrando-se nas preferências e necessidades<br />
específicas dos clientes. Assim, o visitante encontrará<br />
este tópico em muitas <strong>das</strong> apresentações<br />
dos expositores e nós, enquanto feira, estamos a<br />
centrar-nos neste tópico em duas áreas principais,<br />
no TIRE Stage no Pavilhão 6 - o fórum para o diálogo<br />
com especialistas de renome da indústria e<br />
investigadores de tendências bem conhecidos. Todos<br />
nós podemos constatar que os veículos estão a<br />
tornar-se cada vez mais sofisticados tecnicamente,<br />
o futuro é digital também aqui e coloca exigências<br />
cada vez maiores às oficinas. É por isso que estamos<br />
a fornecer uma visão sobre os requisitos <strong>das</strong> oficinas<br />
do futuro com a área temática Workshop LIVE e as<br />
empresas Hunter e Würth.<br />
Como é abordado o tema da sustentabilidade?<br />
Atualmente, a sustentabilidade já não é um fim em<br />
si mesmo, mas é relevante para os negócios. A economia<br />
e a ecologia devem estar em harmonia no futuro.<br />
Com isto em mente, desenvolvemos um conceito<br />
para uma Área de Economia Circular. Esta reunirá<br />
empresas de toda a economia circular de pneus,<br />
como a AZUR, que está a expor com vários parceiros<br />
e pode, assim, apresentar a economia circular na sua<br />
totalidade. Em consonância com isso, uma resolução<br />
de pneus usados será assinada na The Tire Cologne<br />
em 4 de junho de 2024, apelando a uma abordagem<br />
mais sustentável para pneus usados e novos. O tema<br />
da recauchutagem também desempenhará um papel<br />
importante no TTC. Muitos atores bem conhecidos<br />
da indústria dos segmentos de recauchutagem<br />
cento. Os parâmetros iniciais mostram-nos também<br />
que o TTC será igualmente muito internacional<br />
do lado dos visitantes.<br />
Quais são as suas expetativas relativamente ao<br />
número de visitantes?<br />
Do meu ponto de vista, o TTC vai, mais uma vez, ter<br />
um desempenho de sucesso. Os expositores de topo<br />
encontram-se com os decisores no TTC, e um total<br />
de 89% dos visitantes estão direta ou indiretamente<br />
envolvidos em decisões de compra. Mas, de um<br />
modo geral, vejo que há um tempo antes e um tempo<br />
depois da pandemia para as feiras comerciais.<br />
É por isso que os eventos são difíceis de comparar<br />
uns com os outros. Por um lado, o mercado está a<br />
consolidar-se e, por outro lado, já não se trata de<br />
superar o número de visitantes e expositores, mas<br />
sim de continuar a desenvolver a feira. Um evento<br />
do sector como a TTC tem de oferecer mais do<br />
que apenas uma montra como no passado. Estou<br />
convencido de que, no futuro, teremos de reforçar o<br />
conceito de comunidade e de rede e continuar a dar<br />
o impulso correto para tal.<br />
Qual é o principal objetivo da edição deste ano do<br />
The Tire Cologne?<br />
Há meses que estamos a preparar o TTC com grande<br />
prazer para que seja, mais uma vez, a mais importante<br />
feira de networking para negócios B2B no<br />
sector. O nosso objetivo é que a feira volte a ser o<br />
ponto de encontro central do setor, que promove ativamente<br />
o intercâmbio e o trabalho em rede dentro<br />
da indústria de pneus. É por isso que TTC 2024 se<br />
apresentará de forma viva, diversificada e muito dinâmica,<br />
com um conceito de feira inovador e uma<br />
vasta gama de eventos e formatos de networking.<br />
Está confiante no futuro do The Tire Cologne?<br />
TTC é sinónimo de abertura e transparência, confiança<br />
e parceria, tendências e transformação. Na<br />
minha opinião, a indústria de pneus está atualmente<br />
a passar por uma mudança dinâmica. É por<br />
isso que as discussões pessoais e os contactos com<br />
compradores e decisores relevantes, o elevado nível<br />
de internacionalidade do lado dos visitantes, a<br />
estrutura clara da feira, a visão geral completa de<br />
to<strong>das</strong> as tendências e tópicos com valiosos conhecimentos<br />
e inspiração estão a tornar-se cada vez mais<br />
importantes. O TTC continuará a dar um forte impulso<br />
à formação do futuro orientada para o valor,<br />
de forma ativa e em parceria. Nos próximos anos,<br />
queremos continuar a ser o local que reúne a comunidade<br />
da indústria e, como líder de pensamento,<br />
discute tópicos importantes que são relevantes não<br />
só para a indústria, mas também para a sociedade e<br />
destaca soluções. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 113
Entrevista<br />
RUI CHORADO, ADMINISTRADOR DISPNAL<br />
QUEREMOS SEMPRE<br />
FAZER O QUE ESTÁ AO<br />
NOSSO ALCANCE
A DISPNAL CELEBRA EM JUNHO AS BODAS DE PRATA. PARA ASSINALAR O 25.º ANIVERSÁRIO DA<br />
EMPRESA, QUE SE DEDICA À VENDA DE PNEUS, JANTES DE CAMIÃO E CÂMARAS DE AR, FALÁMOS<br />
COM O ADMINISTRADOR, RUI CHORADO, QUE JÁ DIVIDE A PASTA DA DIREÇÃO COM OS FILHOS RUI<br />
MIGUEL E RUTE CHORADO. ATUALMENTE, A EMPRESA ESTÁ TAMBÉM PRESENTE EM ESPANHA E<br />
CONTINUA A CRESCER, ANO APÓS ANO, TENDO RECENTEMENTE PASSADO A SER DISTRIBUIDOR<br />
OFICIAL DA MARCA PRINX NA PENÍNSULA IBÉRICA<br />
Lisboeta de nascimento, há 35 anos Rui<br />
Chorado muniu-se de coragem e rumou<br />
ao Norte do país com a família, à procura<br />
de melhores condições de vida. A decisão, que<br />
lembra ter sido “difícil e arrojada”, mostrou-se<br />
certeira e permitiu-lhe ter, hoje, um negócio<br />
consolidado e de referência na área dos pneumáticos.<br />
No ano em que a Dispnal comemora o<br />
25.º aniversário, Rui Chorado salienta o orgulho<br />
que tem no percurso que fez e no facto de não ter<br />
alterado a sua forma de ser e de estar ao longo<br />
destes anos. Fundada em 1999, a Dispnal está<br />
instalada em Baltar, no Porto, desde 2018, com<br />
um armazém de 8.000 m2 e outro de 4.000<br />
m2 em Valpedre, contando também com uma<br />
congénere em Espanha, a Dispnal Ibéria, a crescer<br />
em paralelo. Comercializa unicamente para<br />
as casas da especialidade do setor (postos de<br />
pneus), e oferece sempre uma ou duas opções de<br />
produto qualidade/preço. Chegado a este patamar,<br />
o proprietário considera que “foi um resultado<br />
positivo, conseguido por todos os colaboradores<br />
e clientes que aderiram à iniciativa de ter<br />
mais um distribuidor em Portugal. O início da<br />
exportação para África e o projeto de ven<strong>das</strong> em<br />
Espanha é um grande marco da Empresa”. Hoje,<br />
Rui Chorado desempenha funções administrativas<br />
“com o olhar virado para o projeto Espanha”,<br />
e acompanha as funções já defini<strong>das</strong> em pontos<br />
chave pelos filhos, Rui Miguel e Rute Chorado.<br />
Dispnal Ibéria<br />
O projeto ibérico, conta-nos o responsável, “tem<br />
crescido e continuará a crescer no futuro”. Estando<br />
num mercado cada vez mais globalizado,<br />
Rui Chorado reconhece que abrir portas em Espanha<br />
foi um passo “importante, que com todo<br />
o nosso esforço e dedicação tem tido sucesso”.<br />
Atualmente, a Dispnal Ibérica tem um armazém<br />
de logística em S. Fernando de Henares,<br />
em Madrid, a partir de onde se faz entregas bi-<br />
-diárias e integra sete comerciais que ocupam os<br />
seus dias em visitas aos clientes espanhóis. Para<br />
o administrador, as diferenças entre Portugal e<br />
Espanha, comercialmente, “não são assim muito<br />
grandes, só em tamanho e qualidade de produto,<br />
optando por marcas mais premium”; contudo,<br />
o esforço tem sido feito no sentido de fazer<br />
crescer as marcas quality e budget, também do<br />
outro lado da fronteira. Crescimento é, efetivamente,<br />
a palavra de ordem na Dispnal Ibéria<br />
e “está sempre em primeiro plano”, mas Rui<br />
Chorado é cauteloso e refere que a consolidação<br />
é feita “passo a passo, analisando os prós e os<br />
contras, tomando decisões a cada mês e a cada<br />
trimestre”.<br />
Dispnal em Portugal<br />
No nosso país, a Dispnal tem atualmente, como<br />
referido anteriormente, dois armazéns, totalizando<br />
12.000 m 2 de área, sendo o objetivo<br />
para o futuro duplicar a capacidade com um<br />
novo armazém de 12.000 m 2 , “que será iniciado<br />
assim que seja necessário”, diz o responsável,<br />
que esclarece que “os atuais, por vezes, devido<br />
à logística, atingem a carga máxima”. A partir<br />
de Baltar e de Valpedre os pneus saem diariamente,<br />
ou bi-diariamente, cobrindo o país todo.<br />
O processo é feito através de frota própria nas<br />
entregas mais rápi<strong>das</strong> na zona Norte e com transitários<br />
para as ilhas. As restantes entregas são<br />
realiza<strong>das</strong> por transportadoras especializa<strong>das</strong>. A<br />
empresa orgulha-se de passar ao lado <strong>das</strong> falhas<br />
de stock, visto que analisa as eventuais ruturas<br />
atempadamente, conseguindo assim a reposição<br />
antes de perder ven<strong>das</strong>. Em Portugal trabalham<br />
42 pessoas, com duas equipas de três pessoas<br />
aloca<strong>das</strong> ao call center, uma para cada país onde<br />
estão presentes. A Dispnal é hoje uma empresa<br />
digitalizada, sendo este um desafio “iniciado<br />
há já muitos anos”, e estando sempre prontos<br />
para “alterar e evoluir”, assegura Rui Chorado,<br />
que diz nunca estar satisfeito com a plataforma<br />
B2B: “iremos evolui-la tornando-a mais rápida,<br />
precisa e intuitiva, com informação total do produto,<br />
passo que ainda queremos dar no segundo<br />
trimestre de 2024”. O responsável acredita que<br />
a inovação é adaptada às necessidades de cada<br />
zona do mercado, razão pela qual aposta “na<br />
qualidade e variedade do produto e numa logística<br />
forte”, para que pneus, jantes e câmaras de<br />
ar sejam entregues o mais rápido possível após a<br />
confirmação dos clientes. Rui Chorado considera<br />
estar “no caminho certo, mas também sabemos<br />
que dependemos <strong>das</strong> empresas de logística<br />
na sua entrega”. No campo da sustentabilidade,<br />
assinala que desde o início da empresa contam<br />
com painéis fotovoltaicos nos dois armazéns,<br />
sendo autossustentáveis e conseguindo ainda<br />
injetar na rede o excedente, “queremos estar<br />
sempre atualizados, por princípio”.<br />
Oferta ampla<br />
A Dispnal oferece uma gama abrangente de<br />
produtos, incluindo pneus ligeiros, 4X4, comercial,<br />
camião, industrial, agrícola, empilhador,<br />
câmaras de ar e jantes de camião. Atualmente,<br />
o portefólio engloba não só marcas premium,<br />
como também marcas próprias quality e budget.<br />
A aposta mais recente passa por desenvolver a<br />
nova imagem e a marca Prinx, que Rui Chorado<br />
considera que será “mais valorizada consoante<br />
os lotes de medi<strong>das</strong> vão sendo fabricados”. Nomeada<br />
como distribuidor oficial da Prinx em<br />
Portugal e Espanha no final de 2023, a Dispnal<br />
aceitou o desafio com “muita responsabilidade”.<br />
Depois de ponderar durante muito tempo sobre<br />
a questão, a empresa está certa de que a Prinx<br />
“não pode ser mais uma marca, porque terá de<br />
ser elevada ao patamar que merece. Ficamos<br />
NO ANO EM QUE A DISPNAL COMEMORA O 25.º ANIVERSÁRIO, RUI CHORADO<br />
saLIENTA O ORGULHO QUE TEM NO PERCURSO QUE FEZ E NO FACTO DE NÃO<br />
TER ALTERADO A SUA FORMA DE SER E DE ESTAR ao LONGO DESTES ANOS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 115
RUI CHORADO<br />
FUNDADA EM 1999, A DISPNAL ESTÁ INSTALADA EM BALTAR DESDE 2018,<br />
COM UM ARMAZÉM DE 8.000 M2 E OUTRO DE 4.000 M 2 EM VALPEDRE,<br />
CONTANDO TAMBÉM COM UMA CONGÉNERE EM ESPANHA, A DISPNAL<br />
IBÉRIA, A CRESCER EM PARALELO<br />
muito contentes e sensibilizados<br />
com este passo, juntando todo o<br />
nosso esforço para ser top nos mercados<br />
de pneus, o que prevemos<br />
não ser difícil, porque tem muita<br />
qualidade. Resta a análise para<br />
futuro”. Por outro lado, a marca<br />
Toyo, que já tem fábrica na Europa,<br />
é, para Rui Chorado, “um produto<br />
conhecido que tem a sua quota de<br />
espaço, no entanto está a adaptar-<br />
-se à sua nova fábrica da Sérvia,<br />
com a qual terá oportunidade de<br />
crescer na Europa, sempre apoiada<br />
pela casa mãe, no Japão”, alerta.<br />
Para o administrador, as marcas exclusivas<br />
“serão sempre uma prioridade,<br />
porque se opta por trabalhar<br />
com clientes e dar apoio suficiente<br />
para o seu encorajamento de definir<br />
as suas estratégias comerciais”. Com<br />
vista a aumentar a sua notoriedade<br />
destas marcas, o responsável<br />
tem como estratégia dedicar-lhes<br />
“muito trabalho, acompanhando<br />
e agilizando a posição no mercado<br />
com produtos similares, na gama de<br />
turismo, agrícola, camião e industrial”.<br />
De tal forma, revela-nos, “não<br />
só se tem cumprido os seus valores,<br />
como conseguido o seu aumento<br />
nos dois mercados, ano após ano”.<br />
Neste momento, alargar a gama<br />
não está fora de hipótese e será sempre<br />
uma análise a fazer, caso surja<br />
essa oportunidade. No entanto,<br />
explica, “se considerar a entrada de<br />
uma marca, analisaremos a saída de<br />
outra”. Para já, no que diz respeito<br />
aos pneumáticos para veículos elétricos,<br />
a Dispnal tem disponíveis<br />
as medi<strong>das</strong> nas marcas premium,<br />
“pois é normal que, na primeira vez<br />
a trocar pneus num carro novo, o<br />
cliente goste de manter marca que<br />
vem de origem. Temos também na<br />
marca Prinx, que é muito forte e<br />
possui a gama total com qualidade/preço<br />
muito competitivo, o que<br />
vai trazer uma enorme garantia de<br />
qualidade e possibilidade de escolha”,<br />
diz-nos Rui Chorado.<br />
O DISTRIBUIDOR TERÁ DE SE ADAPTAR<br />
atual cenário da distribuição de pneus<br />
O<br />
e a tendência de consolidação e<br />
concentração do negócio nos grandes<br />
distribuidores e grossistas atravessa, segundo<br />
Rui Chorado, “uma fase diferente, tanto pelas<br />
caraterísticas do mercado, como pelo facto de<br />
os fabricantes terem alterado a filosofia de<br />
venda dos seus produtos. O objetivo será uma<br />
entrega de produto mais rápida e mais certa,<br />
porque hoje vivemos com uma imensidade de<br />
modelos e dimensões, o que só tende a<br />
aumentar”, comenta, referindo que hoje<br />
existem “os pneus normais, all-season, inverno<br />
e também com caraterísticas run-flat, com<br />
sistema silent e anti furo, etc…”. O facto de,<br />
hoje em dia, as marcas premium, com exceção<br />
da Continental, terem o seu centro de decisão<br />
em Espanha não traz qualquer problema para<br />
o administrador da Dispnal, que nota que<br />
entre Madrid e Portugal são somente 550 km e<br />
“hoje os tempos de entrega poderão demorar<br />
no máximo 24 horas, por isso o distribuidor<br />
terá de se adaptar assim como a outros países<br />
com mais quilómetros de distância”. Quando<br />
os fabricantes de pneus premium optam por<br />
não ter estruturas físicas no nosso país, é papel<br />
dos grandes grossistas como a Dispnal,<br />
defende, “assumir a responsabilidade de ter o<br />
produto no qual a marca aposta na sua<br />
formação e venda e valoriza também a sua<br />
imagem”. Sobre a evolução dos canais de<br />
venda, em especial o interesse que as oficinas<br />
de mecânica e os concessionários automóveis<br />
estão a demonstrar pelos pneus, Rui Chorado<br />
tem uma visão clara, entendendo que estes<br />
“pretendem servir o cliente, estando a viatura<br />
em reparação ou revisão, tendo mais produto<br />
para faturar e aproveitando o complemento<br />
total na entrega ao proprietário”. O<br />
responsável da Dispnal sente que o mercado<br />
B2C está em franco crescimento, uma vez que<br />
“existe muita gente que gosta de comprar pela<br />
net”. No entanto, a sua empresa não optou por<br />
este sistema. A flutuação dos custos dos pneus<br />
continua a ser uma realidade e Rui Chorado<br />
afirma que só dispõe de informações por parte<br />
dos fabricantes “à medida que as matérias<br />
primas e o custo de transporte oscilam. O<br />
mercado, como sabemos, está em permanente<br />
adaptação com algumas alterações profun<strong>das</strong><br />
e rápi<strong>das</strong>”. A consequência natural desta<br />
situação pode ser a escolha de marcas budget,<br />
em detrimento de outras, como alternativa à<br />
escalada de preços, sendo esta sempre “uma<br />
opção económica, porque há mercado e<br />
necessidade para isso”, até porque, evidencia o<br />
nosso entrevistado, “tendo homologação e<br />
certificado, as marcas dão sempre garantia.<br />
Altera só o seu comportamento de condução<br />
do dia a dia, mas, como se sabe, também as<br />
marcas premium possuem esta alternativa”.<br />
Na opinião de Rui Chorado, no futuro “haverá<br />
pneus com melhor qualidade, mais segurança,<br />
mais medi<strong>das</strong> e com opções muito diversas na<br />
construção e no fabrico de viaturas. Acho que<br />
irá haver qualidade com um nível cada vez<br />
mais avançado e para melhor servir o cliente/<br />
viatura” conclui.<br />
116 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Projetos futuros<br />
Fazer parte de um conceito de rede<br />
de retalhistas ligado a uma marca<br />
exclusiva é um projeto antigo<br />
que já esteve para se iniciar, mas<br />
ficou adiado por conta da pandemia.<br />
Atualmente, para celebrar<br />
os 25 anos, é intenção da Dispnal<br />
arrancar com este desafio com a<br />
marca Prinx, “que acreditamos ser<br />
um passo muito importante”. Algo<br />
também fundamental para as empresas<br />
de pós-venda é a presença<br />
nos eventos do setor, como seja o<br />
expoMECÂNICA em Portugal ou a<br />
Motortec em Espanha. O administrador<br />
entende que “a presença da<br />
empresa nas feiras é muito dispendiosa,<br />
mas estas são também bastante<br />
úteis quando são pensa<strong>das</strong> e<br />
pontuais. Claro que iremos estar<br />
presentes em Portugal e Espanha,<br />
analisando sempre espaço, tempo e<br />
necessidade de apresentação, pois<br />
é sempre uma mais valia”. Depois<br />
de um ano com elevada venda e faturação,<br />
a empresa fez uma análise<br />
de estudo relativa às necessidades<br />
do mercado e percebeu a importância<br />
de disponibilizar stock com<br />
entrega em 24 horas: “No final<br />
de 2023 todos nós, como equipa,<br />
ficamos contentes e agradecidos<br />
a todos os fornecedores, clientes<br />
e colaboradores, foi um sucesso.<br />
Queremos sempre fazer o que está<br />
ao nosso alcance. No final de 2024<br />
faremos a sua interpretação”, diz,<br />
sem adiantar que objetivos traçou<br />
para a Dispnal este ano. Aos clientes<br />
da Dispnal, Rui Chorado deixa<br />
um agradecimento “pela confiança<br />
e gosto de poder trabalhar com<br />
uma empresa preparada e valorizada<br />
para o futuro”, ao passo que aos<br />
fornecedores garante que irão “não<br />
só assumir os compromissos acordados<br />
como também, se possível,<br />
aumentá-los”. Aos colaboradores<br />
da empresa, relembra que “são o<br />
motor mais importante de toda<br />
esta máquina, porque só com uma<br />
equipa total bem formada e motivada<br />
se leva de forma mais fácil os<br />
desafios. Nunca me esquecerei de<br />
A AMBIÇÃO É SEMPRE NECESSÁRIA,<br />
DESDE QUE EQUILIBRADA<br />
ui Chorado é o fundador da<br />
R<br />
Dispnal. Nascido em 1955, em<br />
Lisboa, rumou ao Norte do país há 35 anos<br />
em busca de melhores condições de vida e<br />
hoje assume que estas três déca<strong>das</strong> e meia<br />
“passaram muito rápido e com muita<br />
satisfação”. Iniciou a carreira profissional<br />
nas férias anuais do liceu, fazendo<br />
trabalho de escritório durante o dia e <strong>das</strong><br />
19h às 24h na Feira Popular. Sem poder<br />
seguir o caminho universitário, após o 25<br />
de abril de 1974, cresceu “numa empresa<br />
líder de mercado no setor de venda ao<br />
público, com diversas lojas em Lisboa, a<br />
qual representei, revendendo por todo o<br />
país”. Em 1978, começou o projeto na<br />
empresa Martins & Almeida, tendo mais<br />
tarde criado a Teixeira Chorado,<br />
juntamente com o sócio Augusto Teixeira.<br />
Em 1989, arrancou de armas e bagagens<br />
de Lisboa para o Norte, onde se viria a<br />
fixar com a família, naquela que seria uma<br />
decisão “difícil e arrojada”, que significou “a<br />
iniciação do compromisso total” e o final<br />
de um ciclo menos bom na sua vida. Dez<br />
anos depois fundava a Dispnal, o seu<br />
maior projeto da vida profissional, que<br />
agora partilha com os filhos Rui Miguel e<br />
Rute Chorado.<br />
Em jeito de balanço desta carreira já longa,<br />
diz-se orgulhoso de não ter alterado a<br />
forma de ser e defende o princípio de “ser<br />
claro naquilo que pretendo e acredito, com<br />
a educação que me deram e que melhorei,<br />
adaptando-me às circunstâncias”. Entende<br />
que o orgulho é “palavra chave no sucesso”<br />
e salienta que este é “complementado<br />
pelo seu valor final, enquanto se delineia<br />
uma estrutura diferente, arrojada<br />
e acompanhada por pessoas que a<br />
interpretam e a desenvolvem. Tenho<br />
bastante orgulho em algumas pessoas<br />
alguns elementos que já não fazem<br />
parte por razões de idade e aposentação,<br />
como também os elementos<br />
atuais, que são peças chave no desempenho<br />
da empresa”, conclui. l<br />
que ainda hoje, e passados tantos anos,<br />
me acompanham e apoiam no dia a dia”.<br />
Gostar do comércio e conhecer o produto<br />
é, a seu ver, “o melhor caminho para a sua<br />
venda” e sabe que o facto de ter estado no<br />
setor de máquinas e acessórios de pneus,<br />
“com a oportunidade de cobrir todo o<br />
país e de conhecer todos os clientes mais<br />
importantes na sua compra, foi uma<br />
grande escola, que me deu conhecimentos<br />
para mais tarde fazer o percurso na área<br />
dos pneus”, revela. Tem aprendido nas<br />
relações humanas/pessoais, onde “tudo<br />
é mais contagiante. Em Portugal, com as<br />
diferenças pequenas do nosso país, há<br />
pormenores, modos e atitudes de região<br />
para região que nos trazem conhecimento”.<br />
Rui Chorado gosta “de tudo” na sua<br />
atividade profissional, exceção feita aos<br />
“princípios que não são seguidos”. Ainda<br />
assim, considera que na vida “não se pode<br />
ter tudo, apesar de poder ser melhorado<br />
hora a hora”. Por isso, se pudesse,<br />
estabeleceria neste setor de atividade<br />
“padrões e capacidades de comércio<br />
para criar condições totais na profissão<br />
que cada um escolheu, porque não vale<br />
tudo”. Sereno, afirma ter consciência de<br />
que fez o que gostava, e foi “além do<br />
que tinha imaginado, com a ajuda de<br />
clientes, fornecedores, colaboradores<br />
e família e chegando ou estando num<br />
ponto desbravado e com muito trabalho<br />
e esforço. Terei que agradecer a todos que<br />
me acompanharam e que estão sempre<br />
comigo, nem tudo foi, nem é fácil, mas o<br />
que conta é a soma de ter chegado onde<br />
se está. A ambição é sempre necessária,<br />
desde que equilibrada, porque quando se<br />
opta por diversos caminhos terá que haver<br />
capacidade para compreensão e opções de<br />
apoio”, reflete.<br />
A DISPNAL APOSTA NA QUALIDADE E VARIEDADE DO PRODUTO E NUMA<br />
LOGÍSTICA FORTE, TRABALHANDO PARA QUE AS ENTREGAS DOS PNEUS,<br />
JANTES E CÂMARAS DE AR SEJAM ENTREGUES O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL<br />
APÓS CONFIRMAÇÃO DOS CLIENTES<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 117
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pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceria com o CEPRA<br />
e apoio da expoMECÂNICA, comemora a<br />
7ª edição que será assinalada da melhor forma,<br />
com a Grande Final em novembro de 2024,<br />
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Empresa<br />
PARCERIA TIRESUR/TRIANGLE<br />
TRIANGLE REFORÇA<br />
PRESENÇA IBÉRICA<br />
A TIRESUR, UM DOS PRINCIPAIS DISTRIBUIDORES DE PNEUS NA PENÍNSULA IBÉRICA, E A TRIANGLE<br />
CONTINUAM A TRABALHAR EM CONJUNTO NO COMPROMISSO DE OFERECER AO MERCADO UMA<br />
VASTA GAMA DE PRODUTOS CONCEBIDOS PARA SATISFAZER AS ELEVADAS EXIGÊNCIAS DOS<br />
CLIENTES ATUAIS<br />
Desde pneus de verão a pneus para to<strong>das</strong> as<br />
estações e pneus todo-o-terreno, a gama<br />
de produtos Triangle oferece soluções<br />
para uma ampla variedade de veículos e diferentes<br />
tipos de condições de condução. Cada<br />
pneu é cuidadosamente concebido e fabricado<br />
com tecnologia de ponta para garantir um excelente<br />
desempenho e uma durabilidade excecional.<br />
A Triangle possui uma sólida reputação<br />
pela tecnologia dos seus pneus, que garante um<br />
excelente desempenho e segurança na estrada.<br />
A aposta da marca na inovação e nos processos<br />
de fabrico permitem ganhar a confiança de<br />
clientes em todo o mundo. A estreita colaboração<br />
entre a marca e a Tiresur está a ajudar a expandir<br />
ainda mais o seu alcance e a consolidar a<br />
sua posição como uma <strong>das</strong> marcas de pneus de<br />
referência nos mercados espanhol e português.<br />
Com a extensa rede de distribuição da Tiresur<br />
e o seu compromisso com a satisfação do cliente,<br />
as oficinas podem aceder facilmente à vasta<br />
gama de pneus de alta qualidade da Triangle<br />
através da plataforma do distribuidor em www.<br />
tiresur.com. Entre os produtos mais inovadores<br />
da Triangle destacam-se:<br />
EffeXSport TH202<br />
É o mais recente produto da Triangle a ser lançado<br />
no mercado. Trata-se de um pneu UHP de<br />
última geração que oferece um excelente comportamento<br />
em velocidades mais eleva<strong>das</strong>, excelente<br />
aderência, precisão de direção durante<br />
a condução e distâncias de travagem reduzi<strong>das</strong><br />
para um melhor controlo tanto em piso seco<br />
como molhado. Disponível para jantes de 16” a<br />
20” obteve o rótulo A de aderência em piso molhado<br />
em mais de metade da sua gama. A linha<br />
de produtos EffeXSport é composta por 95 tamanhos<br />
que variam de 16” a 22” polega<strong>das</strong>.<br />
ReliaXTouring TE307<br />
Com um elevado nível de conforto de condução,<br />
este pneu de alto desempenho está preparado<br />
para os terrenos mais difíceis como lama e neve,<br />
graças à sua marcação M+S. Oferece também<br />
um excelente desempenho a nível de consumo<br />
de combustível. Adequado para veículos com<br />
jantes 14” a 17”.<br />
AgileXAT TR292<br />
Como indica a sua sigla, é um pneu todo-o-terreno<br />
com elevada resistência, tração e durabilidade.<br />
Desenvolvido especificamente para responder ao<br />
aumento de procura no mercado 4X4, o seu desempenho<br />
equilibrado torna-o um excelente parceiro<br />
para veículos com jantes de 14” a 20”.<br />
SeasonX TA01<br />
É o pneu all season da Triangle, que proporciona<br />
um excelente desempenho durante todo o ano,<br />
combinando um piso de última geração com<br />
ranhuras em forma de V para uma evacuação<br />
eficiente da água. O seu composto com elevado<br />
teor de sílica e a marcação M+S permitem uma<br />
ótima tração em pisos molhado ou em neve. Este<br />
pneu está disponível para jantes 14” a 20”. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 119
Entrevista<br />
LUIS HERNÁNDEZ RODRÍGUEZ<br />
DIRETOR COMERCIAL PORTUGAL E ESPANHA TOP RECAMBIOS<br />
A TOP RECAMBIOS<br />
É UMA EMPRESA<br />
EXTREMAMENTE ÁGIL<br />
A TOP RECAMBIOS ASSINALOU O 30.º ANIVERSÁRIO EM 2023 E FOI AINDA “NA RESSACA<br />
DA CELEBRAÇÃO”, QUE O JORNAL DAS OFICINAS ENTREVISTOU LUIS HERNÁNDEZ RODRÍGUEZ,<br />
DIRETOR COMERCIAL PARA ESPANHA E PORTUGAL, SOBRE O TRABALHO QUE TEM VINDO<br />
A SER DESENVOLVIDO PELA EMPRESA, QUE CHEGA A MAIS DE QUINZE PAÍSES NA EUROPA<br />
É<br />
o maior distribuidor de pneus de Espanha<br />
e destaca-se pela ampla oferta de marcas e<br />
dimensões que disponibiliza ao mercado,<br />
com um impressionante stock permanente que<br />
em breve chegará às 2.500.000 unidades, para<br />
satisfazer as necessidades de todos os clientes.<br />
Fundada em 1993, a Top Recambios iniciou o<br />
seu percurso na venda de peças de substituição,<br />
passando depois pelo retalho e divergindo em<br />
2010 a atividade para a distribuição de pneus,<br />
onde se implementou com sucesso, tanto em<br />
Portugal como em Espanha. Ao longo de todos<br />
estes 14 anos “na aventura da distribuição de<br />
pneus”, houve sempre, segundo o diretor comercial<br />
para Espanha e Portugal, Luis Hernández<br />
Rodríguez, “algo que, de uma forma ou de outra<br />
marcou um antes e um depois: uma nova marca,<br />
novas instalações, um novo produto, uma atualização<br />
da plataforma, um novo acordo logístico...<br />
Estes anos ficaram marcados por uma velocidade<br />
vertiginosa”, resume, com entusiasmo, o<br />
percurso mais recente.<br />
A Top Recambios continua, ainda hoje, a ser uma<br />
empresa 100% familiar e é a partir de Valência<br />
que chega a toda a Península Ibérica e a mais<br />
de 15 países no resto da Europa. As instalações<br />
estão localiza<strong>das</strong> em Quart, Picasent e Alginet,<br />
onde ficam os escritórios centrais da empresa. A<br />
equipa integra duas centenas de pessoas, muitas<br />
<strong>das</strong> quais foca<strong>das</strong> na área da logística, para gerir<br />
o elevado fluxo de trabalho em 135.000 m 2<br />
de armazéns. O crescimento da capacidade está<br />
na calha e o objetivo é abrir um novo armazém,<br />
para chegar aos 200.000 m2, alcançando os 2,5<br />
milhões de unidades em stock permanente. O<br />
responsável explica que, neste momento, “não<br />
há planos para montar um armazém em Portugal”,<br />
mas deixa as portas abertas para que tal<br />
possa acontecer: “quem sabe o que o futuro nos<br />
reserva! Temos os recursos para poder ativar um<br />
plano adicional a qualquer momento”, admite.<br />
“Somos valorizados pelo todo”<br />
O cliente é “o pilar fundamental” do modelo<br />
de negócio da casa e Hernández Rodríguez diz<br />
que é por isso que “tentamos ser transparentes,<br />
numa visão global, fornecendo-lhes elementos<br />
que nos tornem diferentes dos restantes concorrentes.<br />
O nosso foco é a orientação para o cliente,<br />
a transparência e a diferenciação”. O diretor<br />
comercial entende que “tudo o que não acrescenta<br />
valor na relação comercial com o cliente<br />
deve ser eliminado, pois o que não nos aproxima<br />
dele, afasta-nos, portanto, é preciso corrigir ou<br />
eliminar imediatamente”, afirma. Questionado<br />
sobre o que os clientes mais valorizam na Top<br />
Recambios, o nosso interlocutor considera que<br />
“os clientes valorizam e apreciam a nossa oferta<br />
como um todo: as 80 marcas com as quais trabalhamos,<br />
as 16.000 referências disponíveis que<br />
temos e, claro, o preço competitivo que lhes oferecemos<br />
diretamente. Somos valorizados pelo<br />
todo, não por uma única caraterística”. O desafio<br />
é, de acordo com Luis Hernández Rodríguez,<br />
“constante” e está bem definido: “chegar a um<br />
maior número de clientes, retendo aqueles que<br />
já trabalham connosco, e isso exige uma estratégia<br />
360° trabalhando em to<strong>das</strong> as áreas, melhorando<br />
a nossa oferta de produtos e marcas,<br />
sendo mais competitivos e, claro, otimizando as<br />
nossas taxas de serviço”.<br />
Portefólio completo<br />
Neste momento, a oferta da Top Recambios é<br />
composta por mais de 80 marcas, abrangendo<br />
todos os segmentos de produtos: ligeiros de<br />
passageiros, carrinhas, SUV/4x4, motociclos,<br />
camiões, agrícolas e industriais. Da mesma<br />
forma, a oferta da empresa abrange as dife-<br />
120 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A VISÃO GERAL DA TOP RECAMBIOS SEMPRE ESTEVE BASEADA NUMA<br />
ECONOMIA DE CUSTOS, ALGO EM QUE A EMPRESA TEM VINDO A TRABALHAR<br />
DESDE A SUA CRIAÇÃO, E NOS PREÇOS DE COMPRA, DOIS PILARES EM QUE<br />
O NEGÓCIO ASSENTA<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 121
LUIS HERNÁNDEZ<br />
RODRÍGUEZ<br />
A top RECAMBIOS TEM atualmente UM STOCK PERMANENTE DE<br />
1.500.000 PNEUS, COMERCIALIZANDO toda A GAMA DE MAIS DE 80<br />
MARCas, QUE adapta CONTINUAMENTE PARA SATISFAZER A PROCURA DE<br />
todo O TIPO DE CLIENTES<br />
rentes categorias de produtos:<br />
premium, qualidade e budget. Na<br />
opinião do diretor comercial ibérico,<br />
“cada marca é importante,<br />
pois traz algum valor adicional<br />
à oferta global que apresentamos<br />
aos clientes. Olhamos para o<br />
mercado e tentamos dar-lhe uma<br />
resposta de valor acrescentado”.<br />
A Top Recambios dispõe ainda de<br />
marcas nos diferentes segmentos<br />
que trabalham de forma exclusiva,<br />
mas Hernández Rodríguez está<br />
consciente de que “exclusividade<br />
é hoje um termo que «perdeu força»,<br />
pois já qualquer pessoa pode<br />
trazer uma marca de onde quiser.<br />
Falar de Lanvigator, Comforser,<br />
Radar, Goodride, etc. seria um<br />
exemplo dessas exclusividades de<br />
que estamos a falar”, esclarece.<br />
Com pouco mais de 1,5 milhões<br />
de unidades em stock, a Top Recambios<br />
já atingiu praticamente<br />
100% da capacidade, razão<br />
pela qual decidiu expandir as<br />
instalações. A empresa considera<br />
que a cada dia é “mais necessário<br />
ter mais referências fisicamente<br />
no armazém. O cliente não está<br />
disposto a armazenar e está à<br />
procura de uma resposta para as<br />
suas necessidades”.<br />
Crescer em cada produto<br />
Em 2023, a Top Recambios vendeu<br />
mais de 3,4 milhões de unidades e o<br />
responsável não tem dúvi<strong>das</strong> de que<br />
“a nossa liderança na Península no<br />
segmento PC4 [ligeiros] é indiscutível”.<br />
Luis Hernández Rodríguez<br />
salienta que “a Top Recambios é<br />
uma empresa extremamente ágil.<br />
Assim, inovações, novas marcas,<br />
novos projetos e desenvolvimentos<br />
não esperam por um plano de lançamento,<br />
são implementados assim<br />
que estão prontos e, desta forma, a<br />
nossa vantagem competitiva é sempre<br />
máxima”, assegura. Pouco depois<br />
de ter celebrado 30 anos de existência,<br />
a empresa continua a assinalar<br />
um crescimento fulgurante “em cada<br />
produto, segmento e marca. Hoje estamos<br />
a dar resposta às novas necessidades<br />
dos fabricantes, bem como à<br />
mudança no modelo de negócio dos<br />
nossos clientes, por isso é um mau<br />
momento para tirar conclusões, uma<br />
vez que a matriz de análise está em<br />
constante mudança”, diz-nos o nosso<br />
entrevistado. Além dos pneus para<br />
veículos ligeiros, a Top Recambios<br />
também comercializa – há menos<br />
tempo – pneus para veículos pesados<br />
e para máquinas agrícolas.<br />
Sendo estes segmentos em que a<br />
empresa entrou mais recentemente,<br />
a oferta ainda está a ser construída,<br />
com o peso <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> a “tornar-se<br />
cada vez mais relevante. Sem dúvida,<br />
serão uma fonte de «satisfação» no<br />
futuro”.<br />
Fortes num mercado<br />
desregulamentado<br />
Numa altura em que o mercado<br />
enfrenta alguns desafios, como o<br />
aumento dos custos <strong>das</strong> matérias-<br />
-primas, <strong>das</strong> taxas dos fretes marítimos<br />
e rodoviários e da escassez<br />
de oferta de pneus, a Top Recambios<br />
não vacila. “Estamos prontos<br />
para trabalhar em ambientes em<br />
mudança e complexos. Abordámos<br />
as duas variáveis necessárias para<br />
poder fazer face à situação: recursos<br />
próprios, para realizar compras<br />
em volume, e espaço, para poder<br />
realizar compras em volume e<br />
mitigar estas situações”, conta-nos<br />
o responsável, que não sabe dizernos<br />
se o custo médio dos pneus irá<br />
ou não continuar a aumentar em<br />
2024: “Esta resposta deve ser dada<br />
por fabricantes e pelas empresas de<br />
logística. Há pouco que possamos<br />
fazer para lidar com os seus<br />
aumentos: ouvir, ver, calar-nos e<br />
comprar o melhor que pudermos<br />
e em quantidades suficientes para<br />
satisfazer a procura”, afirma.<br />
Luís Hernández Rodríguez acredita<br />
que está a acontecer uma mudança<br />
na segmentação e considera que<br />
haverá alterações nas escolhas dos<br />
utilizadores. Ainda assim, garante<br />
que “seja qual for o movimento,<br />
estaremos preparados para dar a<br />
melhor resposta. É verdade que o<br />
mercado está a «encolher o segmento<br />
premium» face aos segmentos<br />
de qualidade e budget, mas, nos<br />
nossos números, o premium continua<br />
a crescer e a ter cada vez mais<br />
volume”. Para este ano, o diretor comercial<br />
ibérico da Top Recambios<br />
espera “que seja um novo marco na<br />
história da empresa. A abertura do<br />
nosso novo armazém vai-nos dar<br />
uma nova vantagem competitiva<br />
em relação ao mercado e acrescentar<br />
valor ao que já temos. Como resultado,<br />
o nosso orçamento é muito<br />
ambicioso e, uma vez que o revemos<br />
com relativa frequência, as nossas<br />
expetativas continuam a crescer.<br />
Será um ano de novidades em to<strong>das</strong><br />
as áreas: produto, promoção, comunicação...<br />
A Top Recambios está<br />
a meio de uma redefinição, num<br />
processo de melhoria contínua”,<br />
conclui. l<br />
122 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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Empresa<br />
VISITA FÁBRICA PRINX CHENGSHAN TAILÂNDIA<br />
VERDE E INTELIGENTE!<br />
A PRINX CHENGSHAN REUNIU OS SEUS PRINCIPAIS DISTRIBUIDORES EUROPEUS NA TAILÂNDIA<br />
PARA UMA VISITA À MODERNA FÁBRICA DE WEIHUA, UM PASSO CRUCIAL NA IMPLEMENTAÇÃO DA<br />
ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO “VERDE” E “INTELIGENTE” DA PRINX CHENGSHAN, E É TAMBÉM<br />
UM PROJETO MARCANTE, QUER EM TERMOS DE FABRICO QUER DE GESTÃO DA QUALIDADE<br />
Esta foi a primeira vez que a empresa mostrou<br />
aos seus clientes europeus a fábrica de<br />
última geração na Tailândia, que foi construída<br />
em apenas 360 dias e iniciou a produção<br />
em 2020. Localizada a apenas 137 quilómetros<br />
de Banguecoque e a 50 quilómetros do porto de<br />
Limchabang, tem uma área de 311.000 metros<br />
quadrados no Parque Industrial de Weihua.<br />
Produz pneus para veículos pesados, para cumprir<br />
a legislação europeia anti-dumping, bem<br />
como pneus para ligeiros da marca Prinx, que<br />
está no centro de todos os seus esforços de penetração<br />
no mercado europeu. É a marca de<br />
topo do Grupo, em pneus de Verão, Inverno e<br />
AllSeason, estando presente como equipamento<br />
de origem em alguns modelos chineses.<br />
Segundo David Oliva, diretor de marketing Europa<br />
da Prinx Chengshan “O desenvolvimento<br />
ecológico, eficiente e sustentável foi sempre a<br />
filosofia empresarial da Prinx Chengshan. Por<br />
conseguinte, para além de liderar a indústria no<br />
fabrico inteligente, a fábrica da Tailândia também<br />
lidera a indústria em muitos aspectos do<br />
desenvolvimento ecológico. A empresa obteve o<br />
“Certificado de Indústria Verde Nível III” emitido<br />
pelo Ministério da Indústria da Tailândia.”<br />
A Prinx Chengshan Tailândia produz principalmente<br />
pneus para os mercados da Europa e dos<br />
EUA, com o objetivo de fornecer ao mercado<br />
produtos topo de gama com soluções sustentáveis.<br />
No segmento de pneus para automóveis<br />
de passageiros, destaque para o AQUILA VER<br />
e os pneus AllSeason VANEA 4S e QUATTU-<br />
RA 4S. No segmento de pneus comerciais, os<br />
pneus para pesados AR603, TH155 e TH135<br />
tiveram um desempenho excecional na certificação<br />
“TÜV MARK” da TÜV SÜD, demonstrando<br />
uma forte competitividade em termos de resistência<br />
ao desgaste e eficiência energética. Todos<br />
os pneus são concebidos no centro de I&D da<br />
Prinx Chengshan, e a taxa de sucesso do desenvolvimento<br />
de novos produtos é superior a 95%.<br />
“A plataforma de simulação dinâmica digital<br />
permite a conceção de simulações em vários cenários,<br />
permitindo-nos desenvolver rapidamente<br />
bons produtos que satisfaçam as necessidades<br />
do mercado e dos utilizadores”, refere David<br />
Oliva.<br />
Foco no mercado europeu<br />
Nos últimos anos, a Europa tem sido a região<br />
124 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
em que a Prinx Chengshan mais se tem concentrado,<br />
estando agora numa trajetória de crescimento<br />
nos segmentos de pneus de consumo<br />
e comerciais. “Queremos desenvolver uma presença<br />
duradoura com princípios modernos, evitando<br />
a batalha feroz de outras marcas asiáticas.<br />
Como objetivos, temos em mente números altamente<br />
ambiciosos, mas exequíveis, confirmando<br />
o nosso estatuto de fabricante líder da Ásia,<br />
oferecendo um produto excelente de qualidade<br />
superior, juntamente com muitas vantagens e<br />
preços competitivos”, afirma David Oliva.<br />
O mercado ibérico é um objetivo importante.<br />
“Orgulhamo-nos de ter parceiros locais como<br />
a Dispnal (Península Ibérica), São José Pneus<br />
(Península Ibérica), Tiresur (Península Ibérica),<br />
Neumaticos Soledad (Espanha) e 4 Pro (Portugal),<br />
que lidam exclusivamente com a nossa<br />
gama de produtos. Em primeiro lugar, diria<br />
que é uma família muito simpática que temos<br />
em Portugal. Pessoalmente, sinto uma clara<br />
vontade de desenvolver os nossos produtos em<br />
Portugal por parte de cada um deles, o que devo<br />
confessar que não vejo noutros mercados. É um<br />
ótimo exemplo de um negócio win-win, e quero<br />
aproveitar esta oportunidade para expressar os<br />
meus sinceros agradecimentos a cada um deles<br />
pelo seu excelente trabalho”, enalteceu.<br />
A PRINX Chengshan oferece aos seus importadores<br />
um conjunto de ferramentas para recompensar<br />
a lealdade e os esforços dos parceiros,<br />
abrangendo tanto os aspectos comerciais como<br />
os de marketing. “Esperamos começar a ver a<br />
sua implementação de forma mais visível em<br />
2024, especialmente no que diz respeito à notoriedade<br />
da marca. Estamos ao lado dos nossos<br />
distribuidores durante todo o ano, sempre com<br />
o objetivo de participar em todos os eventos essenciais,<br />
mas também oferecendo o know-how<br />
sobre os nossos produtos e a sua equipa de ven<strong>das</strong>”,<br />
afirma o responsável.<br />
Muitas novidades a caminho<br />
O Grupo está muito ativo no desenvolvimento<br />
de novos produtos. Para a gama comercial, está a<br />
lançar novos tamanhos adicionais para as frotas<br />
modernas que utilizam mega-reboques. “Estamos<br />
em vias de introduzir novos segmentos, que<br />
serão anunciados durante o salão The Tire Cologne<br />
2024. Incluiremos também produtos totalmente<br />
novos, como uma nova gama de pneus<br />
VAN 4s, o segmento que regista o crescimento<br />
mais rápido a nível europeu. Relativamente<br />
à nossa marca principal, PRINX, o aumento<br />
de medi<strong>das</strong> é agora o foco principal. Estão<br />
disponíveis muitos tamanhos novos, incluindo<br />
para o segmento de carros elétricos com a linha<br />
EV. Destaque para o PRINX Quattura 4S, um<br />
produto com uma tendência de crescimento rápido,<br />
causado principalmente pelas alterações<br />
climáticas (Invernos mais quentes), mas também<br />
por algumas regiões que tradicionalmente<br />
utilizavam apenas pneus de verão durante os Invernos<br />
amenos, que agora se preocupam com a<br />
segurança dos condutores. O Quattura 4S+ é a<br />
afirmação de que a marca está pronta para oferecer<br />
hoje ao mercado europeu um produto do<br />
futuro. Toda a gama foi testada e aprovada com<br />
sucesso pela prestigiada TÜV SÜD Alemanha”,<br />
explica David Oliva<br />
Em relação ao futuro <strong>das</strong> marcas PRINX, Austone,<br />
Chengshan e Fortune na Europa, David<br />
Oliva, diz que “é essencial compreender que<br />
as quatro marcas não funcionam em conjunto<br />
de forma semelhante. Embora a PRINX vise o<br />
segmento premium com os seus desempenhos,<br />
é também a nossa marca de referência para proporcionar<br />
a mais elevada qualidade e sensação a<br />
todos os condutores que a utilizam. A sua singularidade<br />
reside no facto de o produto se basear<br />
sempre nas mais recentes tecnologias, incluindo<br />
uma gama dedicada a motorizações alternativas,<br />
como os veículos elétricos. Além disso, os<br />
nossos importadores têm uma forma diferente<br />
de o apresentar e interagir com o mercado,<br />
prestando atenção a to<strong>das</strong> as vantagens que oferecemos.<br />
As outras três marcas, Austone, Chengshan<br />
e Fortune, já estão estabeleci<strong>das</strong> há muito<br />
tempo e oferecem um desempenho de grande<br />
qualidade, dirigindo-se a um espetro mais vasto<br />
de consumidores. Estas marcas são uma solução<br />
para a nossa gama de pneus comerciais para<br />
camiões e autocarros, com resultados surpreendentes<br />
já comprovados no continente europeu,<br />
certificações de qualidade e soluções adapta<strong>das</strong><br />
para frotas e retalhistas”, conclui. l<br />
A PRODUÇÃO totaLMENTE autoMATIZADA NA FÁBRICA DA taiLÂNDIA,<br />
REDUZ CONSIDERAVELMENTE OS ERROS HUMANOS DURANTE O FABRICO<br />
TRADICIONAL, ENQUANTO A GESTÃO DIGITAL PERMITE UM CÓDIGO ÚNICO<br />
PARA CADA PNEU<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I Maio 2024 125
NOTÍCIAS // PNEUS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Pneus<br />
REEDITA GUIA DE PNEUS PESADOS<br />
ACAP | A ACAP, através da sua Comissão Especializada de Produtores de Pneus,<br />
reeditou o Guia de Pneus Pesados, o qual reúne um conjunto de recomendações<br />
técnicas, fundamentais para que os condutores profissionais circulem com maior<br />
segurança e eficiência económica, assim como, com menor impacto ambiental.<br />
A edição agora lançada pela ACAP, promove a sustentabilidade, ao sensibilizar os<br />
condutores profissionais para a possibilidade de recauchutagem e, assim, contribuir<br />
para uma maior eco-responsabilidade e para a otimização do custo de utilização<br />
do pneu por quilómetro. Os especialistas da ACAP, chamam, ainda, a atenção dos<br />
condutores, para os pneus que possuam na sua parede lateral, a menção “reegrovable”,<br />
relativamente aos quais recomendam a reprodução do desenho da escultura,<br />
retirando a espessura de borracha existente debaixo da escultura original prevista<br />
para tal efeito. Desta forma, aumenta-se a segurança e vida útil dos pneus até 25%<br />
e otimiza-se o consumo de combustível até 5%. A adoção destas boas-práticas, tem<br />
como efeito o prolongamento da vida útil da carcaça do pneu, um menor consumo<br />
de recursos naturais e de energia, necessários para o seu fabrico e, consequentemente,<br />
um maior respeito pelo meio ambiente.<br />
AB TYRES E FALKEN<br />
PROPORCIONAM EXPERIÊNCIA<br />
ÚNICA NO MOTOGP<br />
Os clientes da AB Tyres e a Falken tiveram a oportunidade de assistir ao MotoGP<br />
e ainda tiveram algumas surpresas. No final do passado mês de março,<br />
o Autódromo Internacional de Portimão foi palco da tão aguardada etapa do<br />
Moto GP, atraindo milhares de entusiastas e aficionados, oriundos to<strong>das</strong> as partes<br />
do mundo. Neste cenário de velocidade e emoção, AB Tyres e Falken juntaram-se<br />
para proporcionar aos seus clientes a possibilidade de assistirem ao Moto GP nos<br />
camarotes Ria VIP Suites e, deste modo, vivenciarem uma experiência única e verdadeiramente<br />
diferenciadora. Ao longo dos três dias, todos os clientes presentes puderam<br />
assistir ao evento num espaço acolhedor, acompanhados por um serviço de<br />
catering permanente e disponível durante todo o dia, isto depois de à chegada terem<br />
sido surpreendidos com a oferta de um kit de boas-vin<strong>das</strong> composto exclusivamente<br />
por artigos da marca de pneus japonesa. Um dos momentos mais significativos e<br />
marcantes deste encontro foi a presença de Filipe Albuquerque, piloto português<br />
e embaixador da marca Falken em Portugal, com o qual os clientes tiveram a possibilidade<br />
de interagir, tirar algumas fotografias e autografar alguns produtos de<br />
merchandising oficiais.<br />
DESTACA SGPU BASTANTE<br />
POSITIVO EM 2023<br />
Valorpneu | A Valorpneu garante o fim de vida dos pneus usados através<br />
<strong>das</strong> atividades de gestão do sistema de gestão de pneus usados (SGPU) em Portugal,<br />
trabalhando com os seus parceiros para a sua constante melhoria, e seguindo as<br />
linhas para o desenvolvimento de uma economia circular e da sustentabilidade do<br />
planeta. Há mais de duas déca<strong>das</strong>, a entidade gestora tem-se mostrado empenhada<br />
em evitar a geração de pneus usados através da prevenção, em recuperar os mesmos<br />
dos seus detentores através da sua rede de recolha, prepará-los para a reutilização,<br />
reciclagem e, finalmente, valorização energética. “Em 2023, o balanço ambiental e<br />
estratégico do SGPU foi bastante positivo, tendo sido avaliado com base no impacto<br />
resultante em to<strong>das</strong> estas operações”, afirmou a Valorpneu em comunicado. No ano<br />
2023, a redução <strong>das</strong> emissões de carbono traduziu-se, em termos médios, em 1.975<br />
kg CO2eq/ton PU, tendo sido evitada, de forma global, a emissão de cerca de 181,8<br />
kton CO2eq. To<strong>das</strong> as operações inerentes ao funcionamento e gestão do SGPU resultaram<br />
numa poupança de energia através da valorização dos pneus usados. Em<br />
2023, o benefício resultante do consumo evitado de energia primária foi de 58 690<br />
MJ/ton PU, com uma poupança global de energia de cerca de 5 401,9 TJ.<br />
ADQUIRE CAMAC<br />
Nova Motorsport | A Nova Motorsport decidiu expandir o seu alcance global como especialista e fornecedora<br />
de pneus para automobilismo com aquisição da Camac em Portugal. Este desenvolvimento estratégico segue-se à recente<br />
aquisição de ativos pela Nova Motorsport, incluindo a licença da marca para o fabrico e venda de uma vasta gama de pneus<br />
de desporto motorizado sob os nomes “Avon Motorsport” e “Avon Racing”. A aquisição da Camac sinaliza uma expansão<br />
significativa na capacidade e alcance da Nova Motorsport na indústria de pneus especializados e de automobilismo, consolidando<br />
ainda mais o seu papel exclusivo como fornecedor global da grande maioria dos produtos Avon Motorsport e Avon<br />
Racing. Com sede em Palmeira, Portugal, a Camac possui uma capacidade de produção de mais de 500 mil pneus/ano. A empresa<br />
está há muito estabelecida como um interveniente-chave no mercado de pneus especializados, incluindo o altamente<br />
competitivo setor da competição automóvel. Esta aquisição marca mais um passo fundamental para a Nova Motorsport se<br />
tornar uma potência independente focada exclusivamente no desenvolvimento e fabricação de pneus de automobilismo de<br />
alto desempenho e pneus especializados.<br />
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