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Jornal das Oficinas 126

Na edição de abril/maio 2024 do Jornal das Oficinas Nº 216, o artigo de destaque é sobre a Inteligência Artificial no Aftermarket, que está a transformar a forma como os profissionais simplificam e inovam as suas atividades de negócio. E, no setor do aftermarket, não é exceção. Quaisquer que sejam as questões que ainda se colocam com o desenvolvimento da IA, torna-se importante acompanhar até onde espreita o futuro nesta matéria

Na edição de abril/maio 2024 do Jornal das Oficinas Nº 216, o artigo de destaque é sobre a Inteligência Artificial no Aftermarket, que está a transformar a forma como os profissionais simplificam e inovam as suas atividades de negócio. E, no setor do aftermarket, não é exceção. Quaisquer que sejam as questões que ainda se colocam com o desenvolvimento da IA, torna-se importante acompanhar até onde espreita o futuro nesta matéria

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ESPECIAL<br />

REPINTURA<br />

ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA:<br />

PROBLEMA MAIOR<br />

O PARADIGMA QUE MUITOS ANOS EXISTIU DE QUE A PROFISSÃO PINTOR AUTOMÓVEL ERA VISTA<br />

COMO UM OFÍCIO MENOR, FEZ COM QUE A ATRATIVIDADE DO SETOR PARA OS JOVENS NÃO FOSSE UM FATOR<br />

CHAVE PARA A CAPTAÇÃO DE TALENTOS. É AÍ QUE TODO O SECTOR TERÁ DE TRABALHAR NO SENTIDO<br />

DE MUDAR ESTE PARADIGMA E TORNAR O SETOR MAIS “SEXY” PARA ATRAIR JOVENS PARA ESTA PROFISSÃO,<br />

QUE É CADA VEZ MAIS DE ALTO NÍVEL TÉCNICO E QUALIFICADA<br />

A<br />

falta de profissionais de repintura e mão de<br />

obra qualificada são por demais evidente,<br />

o que é um problema gravíssimo e que<br />

infelizmente com o passar dos anos tem vindo a<br />

piorar e não a melhorar, este é um desafio enorme<br />

para os próximos anos. A excessiva oferta de<br />

distribuidores e concorrência por vezes desleal que<br />

existe em Portugal, faz com que a competitividade<br />

seja prejudicial em vez de ser motivadora para o<br />

crescimento do setor. Há também uma volatilidade<br />

muito grande dos recursos humanos em cada<br />

oficina, muito devido à própria escassez que existe.<br />

A melhor forma de ultrapassar é criar mais escolas<br />

profissionais para o sector, qualificar melhor<br />

os formandos e tornar a profissão mais atrativa e<br />

melhor remunerada. É esse o caminho que se terá<br />

de seguir no futuro. A área da colisão (chapa e pintura)<br />

é um centro de lucros. Para tal, os recursos<br />

deverão ser geridos de forma organizada e profissional.<br />

Há que promover a formação para a qualificação<br />

e para a credenciação dos profissionais de<br />

pintura, assim como a melhoria da dignificação e<br />

<strong>das</strong> condições salariais dos profissionais de pintura,<br />

por forma a aumentar a valorização da profissão<br />

e a atratividade pelo sector. Como forma de<br />

ultrapassar este problema deve-se apostar na melhoria<br />

da dignificação e <strong>das</strong> condições salariais dos<br />

profissionais da pintura, por forma a aumentar a<br />

atratividade pelo setor, a formação para qualificação<br />

profissional, e uma maior visão empresarial e<br />

de gestão (organização, conhecimento/ domínio<br />

dos custos, etc). Para atrair e formar jovens, será<br />

importante: Abrir cursos para a repintura auto<br />

nos polos de formação profissional em todos os<br />

distritos em Portugal; O diploma de curso deve<br />

ser designado como “Técnico especialista de Repintura<br />

auto” e não como um simples “Pintor de<br />

automóveis”; Passar a mensagem aos jovens que<br />

esta profissão é uma profissão com futuro garantido,<br />

pois existe entrada imediata no mercado de<br />

trabalho após a formatura; Salários atrativos em<br />

comparação com outras áreas técnicas existentes;<br />

Considerar esta profissão tão digna como a de um<br />

curso superior.<br />

Reconhecimento da profissão<br />

Hoje, os técnicos de repintura automóvel são<br />

possuidores de muito conhecimento teórico e<br />

prático de elevada experiência, as técnicas e as<br />

cores de hoje são muito diferentes do passado<br />

mais complexas e exigentes na sua aplicação. As<br />

associações empresariais têm que fazer uma publicidade<br />

atrativa e concertada nos media, de forma<br />

a cativar os jovens para a arte de repintar automóveis<br />

e sentirem que vêm para uma profissão<br />

que é valorizada, reconhecida e aceite socialmente.<br />

Tratando-se de profissões técnicas de elevada<br />

complexidade e com a carência de centros de formação<br />

oficiais adequados, atualmente são as próprias<br />

oficinas contando com a colaboração dos<br />

seus parceiros (marcas e distribuidores) que têm<br />

vindo a desempenhar o papel de formadores, mas<br />

tratando-se de profissões muito técnicas e importantes<br />

para a economia nacional, esta questão deveria<br />

merecer uma maior atenção por parte <strong>das</strong><br />

entidades oficiais. Acreditamos que o principal<br />

desafio no futuro será a captação de talento para<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

22 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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