Jornal das Oficinas 126
Na edição de abril/maio 2024 do Jornal das Oficinas Nº 216, o artigo de destaque é sobre a Inteligência Artificial no Aftermarket, que está a transformar a forma como os profissionais simplificam e inovam as suas atividades de negócio. E, no setor do aftermarket, não é exceção. Quaisquer que sejam as questões que ainda se colocam com o desenvolvimento da IA, torna-se importante acompanhar até onde espreita o futuro nesta matéria
Na edição de abril/maio 2024 do Jornal das Oficinas Nº 216, o artigo de destaque é sobre a Inteligência Artificial no Aftermarket, que está a transformar a forma como os profissionais simplificam e inovam as suas atividades de negócio. E, no setor do aftermarket, não é exceção. Quaisquer que sejam as questões que ainda se colocam com o desenvolvimento da IA, torna-se importante acompanhar até onde espreita o futuro nesta matéria
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IA NO<br />
AFTERMARKET<br />
AO RACIONALIZAR OU autOMATIZAR DETERMINADOS PROCESSOS<br />
E auXILIAR A TOMADA DE DECISÕES HUMANAS NAS OPERAÇÕES<br />
QUOTIDIANAS, A IA PODE PROPORCIONAR ENORMES BENEFÍCIOS<br />
ÀS OPERAÇÕES DA CADEIA LOGÍSTICA<br />
os últimos anos, a<br />
inteligência artificial<br />
tem-se estabelecido<br />
como uma<br />
força transformadora<br />
dentro de<br />
uma variedade de setores, permeando<br />
tanto o tecido <strong>das</strong> empresas<br />
como o quotidiano <strong>das</strong> pessoas.<br />
Longe de ser uma simples promessa<br />
futurística, a IA já se instalou de<br />
forma omnipresente na sociedade,<br />
e, muitas <strong>das</strong> vezes, de forma impercetível.<br />
Desde assistentes virtuais<br />
(chatbots), que conseguem<br />
dar suporte ao cliente 24 sob 24<br />
horas até à otimização <strong>das</strong> cadeias<br />
de fornecimento, a IA está a abrir<br />
caminho para uma “nova era” de<br />
eficiência, personalização e inovação.<br />
A primeira vez em que se ouviu<br />
falar em inteligência artificial<br />
foi há cerca de 68 anos, durante<br />
uma conferência no Dartmouth<br />
College, em New Hampshire, nos<br />
EUA. Nessa época, John McCarthy,<br />
professor em Stanford, utilizava<br />
o termo para descrever a possibilidade<br />
de criar máquinas que<br />
pudessem exibir inteligência semelhante<br />
à humana. Era uma ideia<br />
ambiciosa, mas tornou-se até aos<br />
dias de hoje num tema central e de<br />
contínua discussão e desenvolvimento.<br />
A inteligência artificial (IA)<br />
pode ser entendida como uma “caixa<br />
de ferramentas”, projetada para<br />
replicar as funções cognitivas humanas,<br />
tais como o raciocínio, a<br />
aprendizagem, o planeamento e a<br />
capacidade de resolução de problemas.<br />
Dentro dos diversos subcampos da<br />
IA, destaca-se também a inteligência<br />
artificial generativa (IAG). Neste<br />
ramo, torna-se possível simular<br />
a criatividade humana ao aprender<br />
determinados padrões e estruturas<br />
com base em dados pré-existentes,<br />
gerando resultados novos<br />
e originais em diversos formatos<br />
como texto, imagem, áudio, vídeo<br />
e códigos. Uma ferramenta popular<br />
da IAG, é o ChatGPT. Com<br />
base na tecnologia GPT (Generative<br />
Pre-Trained Transformers),<br />
consegue criar um modelo de linguagem<br />
que permite interagir de<br />
forma contínua, tanto por escrito<br />
como oralmente, assemelhando-se<br />
a uma conversa entre seres humanos.<br />
Considere o exemplo prático<br />
dado por Ricardo Oliveira, CEO<br />
da World Shopper: “Se eu quiser<br />
pedir ao ChatGPT recomendações<br />
sobre o automóvel mais indicado<br />
para mim, posso fornecer um conjunto<br />
de informações semelhantes<br />
àquelas que partilharia numa conversa<br />
informal com um vendedor<br />
de automóveis. E, no final, ele será<br />
capaz de tomar uma decisão e recomendar-me<br />
o carro mais adequado,<br />
especificando modelo, marca e<br />
versão”.<br />
O Estado da Arte<br />
em Portugal<br />
A presença da inteligência artificial<br />
nas empresas portuguesas ainda é<br />
residual; no entanto, tem-se observado<br />
uma adesão gradual da mesma<br />
nos seus modelos de negócio.<br />
De acordo com um inquérito feito<br />
em 2023 sobre a utilização <strong>das</strong><br />
TIC – Tecnologias de Informação<br />
e Comunicação, pelo INE - Instituto<br />
Nacional de Estatística, 7,9%<br />
8 Abril I Maio 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com