universidade feevale maria cristina rocha dos santos

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Boticário na casa Real na Rua da Quitanda, N º 93. A 960 reis. No dia de entrudo pelas 9
horas e meia da noite fugio a Vicente Guedes de Souza huma mulata, filha do Cabo da Boa
Esperança, por nome Dina, de estatura ordinária, clara, e com signaes de sardas pela cara.
Falla português e inglez; cabello um pouco crespa, idade um pouco mais ou menos de 25
annos: Quem della tiver noticias, avisará ao mesmo, na rua Misericórdia, defronte o
açogue grande, ou na loja da Gazeta, e receba boas alviçaras.”
Como pode- se perceber este anúncio datado em 25 de fevereiro de 1809, da Gazeta
do Rio de Janeiro legitima o que Silva (2005), salientou quando diz que os anúncios
anteriores ao século XX tendiam para a racionalidade com textos longos e informativos,
obtinham a persuasão apenas pelo discurso verbal.
A partir de 1890, Silva (2005) ressalva que:
[...] os anúncios começaram a fazer uso crescente de fotografias e ilustrações e seu
texto passou a ser apresentado na forma de slogans, jingles e rimas simples, com a
imagem substituindo a racionalidade discursiva. Em um certo sentido a publicidade
tornou-se o discurso público dominante do século XX, com suas imagens de
mercadorias, consumo, estilos de vida, valores e papéis de gênero deslocando outras
formas de discursos público (SILVA ,2005 p.111).
Com o surgimento das revistas e a melhoria do parque gráfico, os anúncios ganham
ilustrações coloridas e textos objetivos. As primeiras agências de publicidade começaram a se
formar. No início, as peças gráficas apenas vendiam espaço publicitário para anúncio, depois
evoluíram para a elaboração de conteúdo. A seguir apresentamos algumas imagens: