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Luís Carmelo «roda» novo livro no YouTube

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<strong>no</strong>tícias alentejo~ Março 2007<br />

3<br />

~destaque<br />

Antecipação<br />

ficcional<br />

em autênticas efabulações<br />

Promoção do<br />

que dão permanentemente a<br />

último <strong>livro</strong> de<br />

volta ao mundo», acrescenta<br />

Luís <strong>Carmelo</strong><br />

<strong>Carmelo</strong>.<br />

Assumindo a ousadia de complementar<br />

a realidade com fic-<br />

provoca alarido<br />

com <strong>no</strong>tícia ficcional ção, Luís <strong>Carmelo</strong> interroga:<br />

lançada na blogosfera<br />

«por que terá a ficcionalidade<br />

de um romance de arrumar-se<br />

entre a capa e a contracapa de<br />

um <strong>livro</strong>? Não poderá a ficcionalidade<br />

de um romance tam-<br />

Luís <strong>Carmelo</strong> apresenta este<br />

mês o seu <strong><strong>no</strong>vo</strong> <strong>livro</strong> - «E Deus bém saltar para o meio da reali-<br />

Pegou-me Pela Cintura», editacom<br />

ela? Eu creio que sim. E foi<br />

dade do vivido e misturar-se<br />

do pela Guerra e Paz. Será o<br />

o que aconteceu com esta opedécimo<br />

romance de um dos<br />

mais produtivos autores da ração performativa».<br />

<strong>no</strong>va geração de escritores porsentido<br />

reacções muito interes-<br />

O autor confessa que tem<br />

tugueses e o enredo centra-se<br />

<strong>no</strong> rapto de uma jornalista em santes à fórmula encontrada<br />

cenário de guerra. A promoção para promover o <strong>livro</strong>. Essas<br />

do <strong>livro</strong> provocou alarido na reacções, diz, consideram a «an-<br />

blogosfera, quando se espalhou tecipação ficcional como um<br />

a “<strong>no</strong>tícia” do sequestro de uma gesto artístico que expandiu o<br />

jornalista portuguesa <strong>no</strong> do <strong>livro</strong> a outras realidades»<br />

Líba<strong>no</strong>. Tratava-se, contudo, mas reconhece que recebeu<br />

de uma operação de marketing outras de teor bem diferente,<br />

que baralhou narrativa ficcio- mais adversas ao classifica de<br />

nal e realidade.<br />

«corrente de ar».<br />

Editor do blogue «Miniscente»<br />

(http://wp.luiscarmelo.net),<br />

professor Universitário, escritor,<br />

colaborador de jornais,<br />

entre os quais o Expresso e o<br />

Jogo de aparências<br />

«É um jogo de aparências, tal<br />

N o t í c i a s A l e n t e j o , Lu í s como é todo o jogo de imagens<br />

<strong>Carmelo</strong> é uma referência na em que globalmente vivemos.<br />

blogosfera portuguesa, com De facto, quando em Janeiro se<br />

experiências como a <strong>no</strong>vela discutia o paradeiro da jornainteractiva<br />

«Um Amor Catalão» lista Rute Monteiro, já se esta-<br />

( e m h t t p : / / l u i s c a r m e l o . va a discutir uma realidade dos<br />

blogspot.com ou em http:// últi mos c apít ulos do me u<br />

theminion.blogspot.com). Não romance. Da mesma maneira<br />

será, por isso, de estranhar esta que, quando se discutem os<br />

experiência de marketing na melhores portugueses de sem-<br />

Internet para promover o seu pre, já se está a discutir uma<br />

mais recente romance.<br />

realidade que tem que ver com<br />

O autor utilizou um blogue, as narrativas do <strong>no</strong>sso quotidio<br />

«freelance» (http://freelance. a<strong>no</strong>», sustenta, advertindo, conweblog.com.pt),<br />

para, utilizan- tudo, para a necessidade de<br />

do o <strong>no</strong>me de Olavo Aragão, olhar o marketing como uma<br />

referenciado como jornalista actividade <strong>no</strong>bre.<br />

independente, lançar uma cam- O recurso à Internet para<br />

panha sobre uma jornalista por- fazer correr a <strong>no</strong>tícia de um<br />

tuguesa que teria sido raptada rapto de uma portuguesa pro<strong>no</strong><br />

Líba<strong>no</strong>. Chegou mesmo a moveu, necessariamente, a<br />

colocar <strong>no</strong> <strong>YouTube</strong> um vídeo curiosidade dos jornalistas.<br />

com imagens de Rute, a jorna- <strong>Carmelo</strong> recorda que os prinlista<br />

sequestrada, para dar cipais jornais de referência conforça<br />

à “<strong>no</strong>tícia”. Tudo ficção, tactaram o jornalista virtual<br />

desde o jornalista Olavo à Olavo Aragão. «Eu e o meu edisequestrada<br />

Rute, mas uma fic- tor acabámos por decidir resção<br />

que, partindo da rede de peitar os códigos dos jornaliscumplicidades<br />

que caracteriza tas e informámo-los, com pedia<br />

blogosfera, se pode tornar do de reserva, acerca da antecinuma<br />

<strong>no</strong>va forma (ousad a pação ficcional. O que não impee<br />

polémica) de promover um de que não tenha havido diverproduto.<br />

sos órgãos de comunicação social<br />

que fizeram <strong>no</strong>tícia do caso<br />

comunicacional gerado pela<br />

Uma ideia simples<br />

antecipação ficcional do meu<br />

romance. E fizeram bem, pois<br />

vivemos todos num mundo da<br />

«Tratou-se de uma ideia sim-<br />

ples: uma antecipação ficcional»,<br />

explica Luís <strong>Carmelo</strong>,<br />

para quem, <strong>no</strong>s dias de hoje, <strong>no</strong><br />

mundo, «a ficção e a realidade<br />

andam de mãos dadas» um<br />

pouco por todo o lado e não apenas<br />

<strong>no</strong>s Reality Shows. «Aquilo<br />

que os teóricos da comunicação<br />

designam por “metaocorrência”<br />

é a transformação<br />

<strong>no</strong>s media de ocorrências reais<br />

comunicação».<br />

O <strong>livro</strong> é apresentado nas<br />

Livrarias do El Corte Inglés<br />

(18,30h): Lisboa, dia 6, com<br />

Francisco José Viegas; e Porto<br />

(Gaia), dia 13, com João Pereira<br />

Coutinho.<br />

~ página seguinte<br />

O enredo da história recente<br />

Editado pela editora grafia retrospectiva de meios políticos e diplomá-<br />

Guerra e Paz, o décimo Portugal, desde a revolu- ticos de países como<br />

romance de Luís <strong>Carmelo</strong> ção de 1974 ao 09/11. Portugal, Itália e Líba<strong>no</strong>.<br />

promete fazer correr mui- «O romance articula Para quem já tem um<br />

tas páginas na Internet. a vertigem de se narrar romance adaptado ao cine-<br />

De acordo com o autor, em tempo real com ma, <strong>Carmelo</strong> confessa que<br />

o enredo do <strong><strong>no</strong>vo</strong> romance a <strong>no</strong>ssa história mais <strong>no</strong> que escreve há sempre<br />

cruza a actualidade recente», diz o autor deste o «bichinho do cinema».<br />

(o rapto de uma jornalista romance, cujo enredo Por isso, admite a ideia de<br />

portuguesa após a guerra envolve uma teia de inte- ver «E Deus Pegou-me<br />

do Líba<strong>no</strong> de Julho/Agosto resses num cenário de Pela Cintura» em formato<br />

passados) com uma radio- guerra mas também <strong>no</strong>s cinematográfico.

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